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APOSTILA 6 GEOGRAFIA ELABORADA POR IRMA STORTI Conteúdo retirado do site: http://www.sogeografia.com.br/Conteudos/GeografiaFisica/ Movimentos da Terra A Terra faz movimentos constantes no espaço. Esses movimentos são chamados de movimento de rotação e movimento de translação. Rotação Rotação é movimento onde a Terra gira em torno de seu próprio eixo. Esse movimento acontece no sentido anti-horário e dura exatamente 23 horas 56 minutos 4 http://www.sogeografia.com.br/Conteudos/GeografiaFisica/ segundos e 9 centésimos para ser concluído, sendo o responsável por termos o dia e a noite. Quando um lado do planeta está para o lado do sol, é dia, e, consequentemente, do lado oposto é noite. Sem o movimento da Rotação não haveria vida na Terra, já que este movimento desempenha um papel fundamental no equilíbrio de temperatura e composição química da atmosfera. O movimento de rotação da Terra ocorre de oeste para leste, ou seja, a porção Leste vê o nascer do sol primeiro que o Oeste. Como exemplo podemos citar o Brasil e o Japão, onde a diferença de fusos horários é exatamente 12 horas, deste modo, quando no Japão são 6h da manhã, no Brasil são 6h da tarde. Translação O movimento de translação é aquele que o planeta Terra realiza ao redor do Sol junto com os outros planetas. O tempo necessário para completar uma volta ao redor do Sol é de 365 dias, 5 horas e cerca de 48 minutos e ocorre numa velocidade média de 107.000 km por hora. O tempo que a planeta leva para dar uma volta completa ao redor do Sol é chamado "ano". O ano civil, aceito por convenção, tem 365 dias. Como o ano sideral, ou o tempo concreto do movimento de translação, é de 365 dias e 6 horas, a cada quatro anos temos um ano de 366 dias, dia este que é acrescido ao nosso calendário no mês de fevereiro e que recebe o nome de ano bissexto. O movimento de translação é o responsável pelas quatro estações do ano: verão, outono, inverno e primavera, que ocorrem em razão das diferentes localizações da Terra no espaço. Sistema Solar O Sistema Solar é constituído pelo Sol e pelo conjunto dos corpos celestes localizados no mesmo campo gravitacional. Fazem parte do Sistema Solar os planetas, planetas anões, asteroides, cometas e os meteoroides (meteoritos). Existem inúmeras teorias que tentam explicar como o Sistema Solar foi formado, entretanto a mais aceita é a da Teoria Nebular ou Hipótese Nebular onde diz que a formação do sistema se deu através de uma grande nuvem formada por gases e poeira cósmica que em algum momento começou a se contrair acumulando matéria e energia dando assim origem ao Sol. Os planetas realizam sua órbita em torno do sol de forma elíptica cada qual com suas próprias características como, por exemplo, massa, tamanho, gravidade e densidade. Os planetas que estão mais próximos do sol possuem composição sólida enquanto os planetas menos próximos possuem composição gasosa. Entre os outros corpos celestes, os asteroides são menores que os planetas e são compostos por minerais não-voláteis. Os cometas são compostos por gelos voláteis que se estendem pelo núcleo, cabeleira e cauda. Meteoroides são compostos por minúsculas partículas que ao chegar ao solo, caso isso ocorra, recebe o nome de meteorito. O Sistema Solar está contido na Via Láctea que ainda abriga cerca de 200 bilhões de estrelas. Planetas do Sistema Solar Oito planetas orbitam em torno do Sol: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Podemos classificar os planetas como sólidos ou gasosos, ou, mais especificamente, de acordo com suas características físico-químicas, como os planetas mais próximos do Sol sendo sólidos e densos, mas de insignificante massa; e os planetas mais distantes sendo gasosos massivos de baixa densidade. Desde a sua descoberta em 1930 até 2006 Plutão foi considerado como o nono planeta do Sistema Solar. Porém em 2006, a União Astronômica Internacional criou a classificação de planeta anão. Atualmente, o Sistema Solar possui cinco planetas anões: Plutão, Eris, Haumea, Makemake, e Ceres. Todos são plutoides, com exceção de Ceres, localizado no cinturão de asteroides. As massas de todos estes objetos constituem em conjunto apenas uma pequena porção da massa total do Sistema Solar (0,14%), com o Sol concentrando a maior parte da massa total do Sistema Solar (99,86%). O espaço entre corpos celestes dentro do Sistema Solar não é vazio, sendo preenchido por plasma proveniente do vento solar, bem como poeira, gás e partículas elementares, que constituem o meio interplanetário. Sol Imagem obtida da estação espacial Skylab da NASA em 19 de dezembro de 1973. O Sol é a estrela central do Sistema Solar. Todos os outros corpos do Sistema Solar, como planetas, planetas anões, asteroides, cometas e poeira, bem todos os satélites associados a estes corpos, giram ao seu redor. O Sol é responsável por 99,86% da massa do Sistema Solar. O Sol possui uma massa 332 900 vezes maior que a da Terra, e, em seu interior caberiam 1,3 milhões de Terras. A camada externa visível do Sol é chamada fotosfera, e tem uma temperatura de 6.000°C. Esta camada tem uma aparência turbulenta devido às erupções energéticas que lá ocorrem. A distância da Terra ao Sol é de cerca de 150 milhões de km e a luz solar demora aproximadamente 8 minutos e 18 segundos para chegar à Terra. A energia do Sol é responsável pelos fenômenos meteorológicos e pelo clima na Terra, bem como a manutenção da vida de todos os seres vivos que habitam nosso planeta. O Sol é composto basicamente de hidrogênio (74% de sua massa, ou 92% de seu volume) e hélio (24% da massa solar, 7% do volume solar), conta também com traços de outros elementos, incluindo ferro, níquel, oxigênio, silício, enxofre, magnésio, cálcio e cromo. Eclipses do Sol O eclipse solar ocorre quando a Lua passa diante do Sol e da Terra, cobrindo parcialmente ou totalmente o Sol. Estes eventos podem ocorrer apenas durante a Lua nova, onde o Sol e a Lua estão em conjunção, como visto da Terra. Entre dois a cinco eclipses solares ocorrem por ano na Terra, com o número de eclipses totais do Sol variando entre zero e dois. Eclipses totais do Sol são raros em uma localização qualquer na Terra em razão de que cada eclipse total existe apenas em um estreito corredor na área relativamente pequena da penumbra da Lua. Mercúrio A superfície de Mercúrio é semelhante a superfície da Lua Mercúrio é o planeta que está mais próximo do Sol e é o planeta que orbita com maior velocidade (o ano mercuriano tem apenas 88 dias) é o segundo planeta mais quente. Devido a sua proximidade à Terra e que permite a sua observação a olho nu, é um dos 6 planetas conhecidos da antiguidade. Apesar de não emitir luz própria aparente, reflete a luz do Sol e é um dos planetas mais brilhantes do céu. Entretanto, é um planeta complexo de observar. Visto da Terra, nunca se afasta muito do Sol e está a maior parte do tempo ofuscado por este. Sem o auxílio de um telescópio, só o conseguimos ver durante o pôr ou o nascer do Sol. Por exemplo, pode ser visto pouco antes do nascer do Sol como uma estrela da manhã que o precede. Além disso, o fato de Mercúrio ter uma órbita mais próxima do Sol do que a da Terra permite-nos observar um fenômeno astronômico interessante, chamado Trânsito Solar, que ocorre quando Mercúrio visto da Terra passa à frente do Sol. Vênus Vênus é o segundo planeta mais próximo do Sol e o planeta mais próximo da Terra. As perguntas intrigantes que este planeta "gêmeo" da Terra nos coloca começam com o seu movimento de rotação própria. Uma rotação completa sobre si mesmo demora 243.01 dias, o que é um período relativamente longo. Além disso,enquanto que a maior parte dos planetas rodam sobre si próprios no mesmo sentido, Vênus é uma das exceções. Tal como Urano e Plutão, a sua rotação é retrógrada, o que significa que em Vênus o Sol nasce a leste e põe-se a oeste. Durante muito tempo não se tinha a certeza do porquê que existiam estas exceções, uma vez que a maior parte dos planetas no sistema solar, mesmo os satélites dos vários planetas, rodam no mesmo sentido, 'herdado' do movimento de rotação da nuvem primordial, no entanto, estudos dinâmicos recentes da obliquidade dos planetas podem explicar a rotação atípica de Vênus. Vênus pode ser visto com clareza a olho nu quatro horas antes de o Sol nascer ou quatro horas depois do Sol se por, pois seu afastamento angular do Sol visto da Terra é de no máximo 48 graus. E, quando o afastamento está próximo do valor máximo, Vênus pode ser visto a olho nu a qualquer hora de um dia de céu limpo, sendo necessário apenas conhecer sua localização na hora da observação e desde que não esteja visualmente muito próximo do Sol. Por esta razão, desde a antiguidade Vênus é também conhecido como a estrela matutina ou estrela vespertina. No ponto do seu maior brilho, Vênus é 16 vezes mais brilhante do que a estrela mais brilhante no céu, Sirius. Vênus é um planeta muito parecido com a Terra, em tamanho, densidade e força gravitacional, tendo-se chegado a especular sobre a possibilidade de condições favoráveis à vida. Hoje sabemos que, apesar de ter tido origens muito semelhantes à Terra, a sua maior proximidade ao Sol levou a que o planeta desenvolvesse um clima extremamente agressivo à vida. De fato, Vênus é o planeta mais quente do sistema solar, sendo mais quente do que Mercúrio, que está mais próximo do Sol. A sua temperatura média na superfície é de 460ºC em razão ao forte efeito estufa que acontece a grande escala em todo o planeta. Terra O planeta Terra é o 3º planeta a contar do Sol, apesar de ser aquele em que vivemos e que conhecemos melhor, continua a ser o que nos intriga mais. Única no nosso sistema solar, a complexidade física e química dos mecanismos que a fizeram um lugar tão propício à vida continua a surpreender-nos e a intrigar-nos. Movimento de translação A Terra leva 365.256 dias para completar uma volta ao Sol. É este movimento, combinado com a inclinação do seu eixo que dá origem às estações do ano. Movimento de rotação, o dia e a noite. A Terra demora 23.9345 horas para fazer uma rotação em torno do seu eixo que tem uma inclinação de 23.45º com o plano da eclíptica. É este o movimento responsável pela passagem dos dias e das noites. A Terra possui uma só lua, que ficou presa ao campo gravitacional terrestre após uma colisão, nos primeiros tempos do sistema solar, entre um protoplaneta e a Terra. A Lua é o único satélite da Terra e todos sabem que nos mostra sempre a mesma face. Isto ocorre porque o seu período de rotação é igual ao seu período de translação. Diz-se que tem uma rotação síncrona. Excessivamente pequena para reter uma atmosfera, sem campo magnético global, a Lua está geologicamente morta como indicam as grandes quantidades de crateras que observamos. Marte Paisagem de Marte Depois da Terra, Marte é o planeta mais fácil de observar. Visto da Terra Marte parece um planeta vermelho. O seu eixo de rotação tem uma inclinação muito semelhante à do nosso planeta, 25.19º, o que significa que tem estações do ano. Ao contrário de Mercúrio, que está exageradamente perto do Sol para que seja facilmente observado, e de Vênus, cujas densa atmosfera e cobertura de nuvens bloqueiam a observação da sua superfície, Marte está relativamente próximo da Terra sem estar muito próximo do Sol. Possui uma atmosfera bem rarefeita, o que nos permite observar a sua superfície com relativa facilidade. A melhor altura para observar Marte é quando este se encontra na sua oposição, isto é, quando a Terra está entre Marte e o Sol. Além das características da sua órbita, com um período de 686.98 dias, os primeiros dados de Marte a serem obtidos através de observações feitas na Terra datam de 1659, quando Christiaan Huygens, observando através de telescópio o movimento de uma grande mancha negra no planeta chamada Syrtis Maior concluiu que o seu período de rotação era aproximadamente 24h, muito semelhante com o da Terra. Até ao séc. XX, após inúmeras observações chegou-se a criar grande especulação sobre a possibilidade da existência de vida inteligente em Marte, embora posteriormente se tenha reconhecido que as imagens obtidas com os telescópios tinham induzido em erro os astrônomos. Posteriormente, na era da exploração espacial, entre os anos de 1964 e 1969, as Mariner 4, Mariner 6 eMariner 7 fizeram os primeiros voos próximos ao planeta e conseguiram as primeiras imagens da sua superfície. Estas indicaram um planeta com aspectos semelhantes à Lua, sem nenhuma evidência de vida, e com várias crateras, antigos vulcões e desfiladeiros, o que significa que pelo menos parte da sua superfície é bastante antiga, datando dos primeiros tempos do sistema solar, quando os planetas estavam sujeitos às colisões frequentes de meteoritos. Júpiter Júpiter é o maior planeta do sistema solar, e o primeiro dos gigantes gasosos. Seu diâmetro é 11 vezes maior que o diâmetro da Terra e uma massa 318 vezes superior. Tal como Marte, a melhor altura para observar Júpiter no céu é quando ele se encontra em oposição, quando a Terra fica entre Júpiter e o Sol. Demora quase 12 anos a completar uma órbita, mas tem um período de rotação relativamente rápido: 9h 50m 28s sendo considerado o planeta com a rotação mais rápida do sistema solar. O planeta possui uma atmosfera bastante complexa e dinâmica, com padrões climáticos estáveis e uma aparente estrutura em camadas que exibem diferentes cores. É um planeta com um interior quente, consequência da sua própria ação gravitacional. Júpiter será sempre um planeta difícil para estudos em razão das suas condições agrestes. Pensa-se que a sua atmosfera é composta por nuvens de gelo de amônia na primeira camada, seguidas por nuvens de hidrosulfureto de amônio e finalmente por nuvens de água. As diferentes cores nas nuvens observadas resultam da temperatura e, portanto da profundidade a que se encontram: nuvens castanhas são as mais quentes, e portanto mais fundas, seguidas de nuvens brancas, e as vermelhas as mais altas, e mais frias. No entanto estas nuvens ocupam apenas os primeiros 100 km do interior do planeta. À medida que penetramos no seu interior a pressão aumenta assim como a temperatura. Júpiter, tal como os planetas terrestres, tem um núcleo sólido, denso, com oito vezes a massa da Terra embora devido à pressão de 70 milhões de atmosfera tenha um diâmetro de apenas 11000 km (menor que a Terra). A esta profundidade a temperatura é de 22000 K, ou 21726 ºC. Saturno Saturno é considerado um dos planetas mais bonitos e populares do sistema solar. Apesar de todos os jovens planetas possuírem anéis, nenhum os possuí como Saturno; tem uma órbita quase duas vezes maior que Júpiter embora pelo seu grande tamanho (é o segundo maior planeta do sistema solar) apareça no céu como uma estrela brilhante. De fato, ele é bem visível no céu, sendo o planeta mais longínquo conhecido na antiguidade. Demora quase 30 anos a completar uma volta ao Sol e, tal como Júpiter, o seu período de rotação interno é ligeiramente superior ao seu período equatorial.. Imagem real dos anéis de Saturno obtida pela voyager 2 na qual as diferenças de tonalidades da luz visível e ultravioleta captada foram acentuadas através de um computador. As variações de cor indicam composição química ligeiramente diferente. Urano Urano foi o primeiro planeta a ser descoberto na era moderna.Pela distância a que está do Sol, Urano demora 84 anos terrestres a completar a sua órbita. Um dos aspectos mais curiosos da sua dinâmica é o seu eixo de rotação ter uma inclinação de 97.86º com o plano da sua órbita, em outras palavras, ele roda deitado. Especula-se que Urano tenha ganhado esta inclinação depois da colisão com um protoplaneta de grandes proporções. Curiosamente, apesar de um dos lados de Urano não receber luz solar durante quase 22 anos, o registro de temperatura é o mesmo ao longo de toda a sua superfície visível, o que sugere mecanismos eficazes de condução do calor pela atmosfera, como as fortes tempestades originadas pelas diferenças de temperatura. Assim como Saturno, Urano também possui anéis. Porém, estes têm uma composição química diferente, razão pela qual não é fácil observá-los já que refletem muito pouco a luz do Sol. Netuno Netuno representa um marco na história do nosso conhecimento do Universo e em particular do sistema solar, pois antes de ter sido observado no céu a sua existência foi prevista no papel usando as leis de Newton. Tendo uma órbita, os astrônomos apontaram os telescópios para a zona do céu onde esse planeta deveria estar, e encontraram-no. O 8º planeta do sistema solar, 'deduzido' das leis de Newton e descoberto depois em 1846, foi batizando como Netuno. A uma distância média de 30 U.A., Netuno demora 165 anos terrestres a completar uma órbita. O movimento de rotação própria tem um período de 16 horas, e o eixo de rotação tem uma inclinação de apenas 29.56º com o plano da órbita, ao contrário do que vimos em Urano. Apesar de visivelmente semelhante a Urano, Netuno apresenta diferenças consideráveis. Ambos têm aproximadamente o mesmo diâmetro e a mesma composição química (80% de hidrogênio, 19% de hélio e 2% de metano), porém, Netuno tem 18% mais massa. E já sabemos como a massa de um planeta é determinante na sua evolução. Netuno possui 13 luas conhecidas, das quais 6 foram descobertas pela Voyager 2. Pouco se conhece sobre estas luas além de serem pequenas e provavelmente constituídas por gelo. Aquecimento Global O aquecimento global é um fenômeno climático de grande extensão — um aumento significativo da temperatura da superfície terrestre - que vem atingindo o planeta nos últimos 150 anos. Este fenômeno ocorre em consequência das alterações ocorridas no planeta, sejam elas de causas naturais ou antropogênicas (causadas pelo homem). De acordo com os cientistas do Painel Intergovernamental em Mudança do Clima (IPCC), da Organização das Nações Unidas (ONU), o século XX foi o mais quente dos últimos cinco séculos com aumento de temperatura média entre 0,3°C e 0,6°C. Esse aumento parece insignificante, mas é suficiente para alterar todo clima de uma região e atingir profundamente a biodiversidade, desencadeando desta forma vários desastres ambientais. Uma parcela da comunidade científica que estuda o aquecimento global atribui esse fenômeno como um processo natural, afirmando que o planeta Terra está atravessando uma fase de transição natural, um processo dinâmico e longo, saindo da era glacial para a interglacial, sendo o aumento da temperatura consequência desse fenômeno. Entretanto, as principais atribuições para o aquecimento global são relacionadas às atividades humanas, que através do aumento na queima de gases de combustíveis fósseis, como petróleo, carvão mineral e gás natural intensificam o efeito de estufa. Ao queimar essas substâncias são produzidos gases como o dióxido de carbono (CO2), o metano (CO4) e óxido nitroso (N2O), que retêm o calor proveniente das radiações solares, como se o planeta estivesse dentro de uma estufa de plantas, como consequência desse processo temos o aumento da temperatura. Os desmatamentos das florestas e as constantes impermeabilizações do solo são fatores que também contribuem de forma significativa para as alterações climáticas. Outra consequência do aquecimento global é o degelo das calotas polares. De acordo com especialistas, a região mais afetada é a do oceano Ártico. Nos últimos anos, a camada de gelo que cobre este oceano se tornou 40% mais fina e sua área sofreu uma redução de aproximadamente 15%. As principais cordilheiras do planeta também estão perdendo sua massa de gelo e neve. As geleiras dos Alpes reduziram aproximadamente 40%, e, de acordo com artigo publicado na revista britânica Science, a capa de neve que cobre o monte Kilimanjaro, na Tanzânia, poderá desaparecer nas próximas décadas. Como forma de minimizar o aquecimento global, no ano de 1997, cento e sessenta e dois países assinaram o Protocolo de Kyoto. De acordo com o documento, as nações desenvolvidas se comprometem a reduzir sua parcela na emissão de gases que provocam o efeito de estufa, em pelo menos 5% em relação aos níveis de 1990. Essa meta tem que ser cumprida entre os anos de 2008 e 2012. Entretanto, vários países não fizeram nenhum esforço para que esse objetivo fosse atingido, nao aderindo ao Tratado, sendo o principal deles os EUA. Atualmente os principais países emissores dos gases causadores do efeito de estufa são respectivamente: China, Estados Unidos, Rússia, Índia, Brasil, Japão, Alemanha, Canadá, Reino Unido e Coreia do Sul. No ano de 2007, a ONU através do IPCC redigiu e divulgou três textos. No primeiro, de fevereiro, o IPCC responsabilizou a atividade humana pelo aquecimento global. Advertiu também que, se mantido o crescimento atual dos níveis de poluição da atmosfera, a temperatura média do planeta subirá 4 graus até o fim do século. O relatório seguinte, apresentado em abril, tratou do potencial catastrófico do fenômeno e concluiu que ele poderá provocar extinções em massa, elevação dos oceanos e a devastação em áreas costeiras. Entretanto a surpresa veio no terceiro documento, divulgado no mês de maio. Em linhas gerais, o texto diz: sendo o homem o causador do problema, pode também resolvê-lo. E por um preço relativamente modesto se comparado a dimensão do problema. Teria que ser investindo pouco mais de 0,12% do produto interno bruto mundial por ano até 2030. O valor destinado do PIB mundial seria gasto tanto pelos governos, financiando o desenvolvimento de tecnologias limpas, como pelos consumidores, que precisariam mudar alguns de seus hábitos, como objetivo final teríamos a redução das emissões de gases do efeito estufa, que impedem a dissipação do calor que esquenta a atmosfera. Apenas a publicação dos relatórios do IPCC não servirá para conter o aquecimento global. Para a obtenção de resultados significativos, o esforço de redução da poluição precisa ser mundial. As camadas da Terra A Terra possui a sua estrutura interna dividida em três camadas: - Litosfera ou Crosta Terrestre: Camada externa e sólida que circunda a Terra. É constituída por rochas e solo de níveis variados e composta por grande quantidade de minerais. A litosfera possui espessura de aproximadamente 72 km abaixo dos continentes, que recebe o nome de crosta continental, e espessura de aproximadamente 8 km abaixo dos oceanos, que recebe o nome de crosta oceânica. As rochas que constituem a litosfera podem ser: Rochas magmáticas ou rochas ígneas: São formadas pelo magma localizado abaixo das rochas que se solidificam. Rochas sedimentares: Formadas pela falta de detritos provocados por ações erosivas. Rochas metamórficas: Formadas por rochas magmáticas e sedimentares que sofreram alterações. - Manto: camada localizada logo abaixo da Crosta Terrestre e estende-se até quase a metade do raio da Terra É formada por vários tipos de rochas que, devido às altas temperaturas, encontram-se no estado pastoso e recebem o nome de magma. - Núcleo: é a camada mais interna do planetae representa cerca de 1/3 de toda a massa da Terra. Possui temperaturas altíssimas e acredita-se que seja formado por metais como ferro e níquel entre outros elementos. Camadas da Atmosfera O planeta Terra é envolvido pelo ar. Esse ar é disposto de acordo com a pressão que recebe, ficando de mais denso ou menos denso à medida que se distancia da Terra. A atmosfera é constituída por cinco camadas: troposfera, estratosfera, mesosfera, termosfera e exosfera; que servem como proteção, uma vez que se elas não existissem não suportaríamos o caloremitido pelos raios solares. Da mesma forma aconteceria o resfriamento da Terra durante a noite, onde perderíamos todo o calor adquirido pelo sol, sofrendo uma variação muito rápida de temperatura. A camada de ar mais próxima da Terra recebe o nome de Troposfera, essa camada se estende até 20 km do solo, no equador, e a aproximadamente 10 km nos pólos. É o ar em que vivemos, respiramos e onde ocorrem fenômenos naturais como chuvas, neves, ventos e relâmpagos. É também na troposfera que ocorre a poluição do ar. Os aviões de transporte de cargas e passageiros voam nesta camada. As temperaturas nesta camada podem variar de 40°C até –60°C. Quanto maior a altitude menor a temperatura. Acima da troposfera está a Estratosfera. Esta camada ocupa uma faixa que vai até 50 km acima do solo. As temperaturas nesta camada variam de –5°C a –70°C. Na Estratosfera localiza-se a camada de ozônio, que faz a proteção da Terra absorvendo os raios ultravioletas do Sol. É nessa camada que os aviões fazem seus vôos e onde acontece o efeito estufa. Efeito estufa é causado pela emissão de gases na atmosfera, gases como o CO2, que liberado em grandes quantidades, contribui seriamente para o aquecimento global. Este fenômeno acontece devido a forte poluição que o planeta sofre diariamente, e isto esta ocasionando buracos na camada de ozônio, o que por sua vez, esta causando o aquecimento da atmosfera. Alem do aquecimento da terra, essa "falha" na camada de ozonio permite a entrada em demasia de ondas eletromagnéticas na Terra, os conhecidos raios UVa e UVb, o que pode causar diversos tipos de câncer. Entre 50 e 80 quilômetros de distância da Terra temos a Mesosfera, camada de ar extremamente friacom temperaturas que variam entre –10°C até –100°C onde existem os íons – pequenas partículas elétricas – utilizados para fazer a transmissão de rádio e TVs. A parte inferior é mais quente porque absorve calor da estratosfera. Nesta camada ocorre o fenômeno da aeroluminescência. A camada seguinte é a Termosfera.Encontra-se entre 80 quilômetros e 500 quilômetros de distância da Terra. É a camada atmosférica mais extensa. O ar é muito escasso e raro, recebendo o nome de ar rarefeito. É a camada mais quente, uma vez que as raras moléculas de ar absorvem a radiação do Sol. As temperaturas no topo chegam a 1.000ºC. A última camada, ou seja, a que está mais distante da Terra, é a Exosfera. É a camada que antecede o espaço sideral. Vai do final da termosfera até 800 km do solo. Nesta camada as partículas se desprendem da gravidade do planeta Terra. As temperaturas podem atingir 1.000°C. É formada basicamente por metade de gás hélio e metade de hidrogênio. Na exosfera acontece o fenômeno da aurora boreal e também permanecem os satélites de transmissão de dados e também telescópios espaciais. Fossas Oceânicas As fossas oceânicas são as regiões mais profundas dos oceanos. São grandes depressões que se formam em zonas de encontro das placas tectônicas. As fossas oceânicas são caracterizadas pela falta total de luz, águas com temperaturas extremamente baixas e ausência quase total de vegetais. Estas regiões são habitadas por seres adaptados a estas condições, como bactérias heterotróficas, seres que se alimentam de restos de seres vivos e detritos orgânicos, esponjas, anêmonas-do-mar, e também uma variedade de peixes cegos. Essas profundas depressões possuem grande pressão atmosférica, fato este que impede a presença de animais marinhos e do homem. Peixe habitante de regiões profundas do oceano. Fotografado por cientistas que trabalhavam na Fossa de Kermadec na costa da Nova Zelândia. No planeta existem cerca de vinte fossas oceânicas. As principais fossas oceânicas são: Fossa Sandwich do Sul: Localizada no Oceano Antártico entre a América do Sul e a Antártida, tendo aproximadamente 7.235m de profundidade. Fossa Litke Deep: Localizada no Oceano Ártico próximo a Bacia Eurásia, com aproximadamente 5.450m de profundidade. Fossa de Kermadec: Localizada no Oceano Pacífico com aproximadamente 10.047 m. de profundidade. Fossa de Porto Rico: Localizada no Caribe no Oceano Atlântico, com aproximadamente 8.648m de profundidade. Fossa de Java: Localizada na Indonésia no Oceano Índico, com aproximadamente 7.725m de profundidade. Fossa das Marianas: Localizada nas Ilhas Marianas no Oceano Pacífico, com aproximadamente 11.500m de profundidade. Abalos Sísmicos Abalo sísmico ou terremoto é um tremor da superfície terrestre produzido por forças naturais situadas no interior da crosta terrestre e a profundidades variáveis. Os abalos são causados pelo choque de placas rochosas situadas a profundidades que vão desde 50 até 900 km abaixo do solo. Outros fatores considerados são deslocamentos de gases como o metano e as atividades vulcânicas. Existem dois tipos de sismos: Os de origem natural e os induzidos. A maioria dos abalos sísmicos é de origem natural da Terra, são chamados de sismos tectônicos. A força das placas tectônicas desliza sobre a astenosfera podendo colidir, afastar-se ou deslizar-se uma pela outra. Através dessas forças as rochas vão se alterando até seu ponto de tensão, posteriormente as rochas começam a se romper e liberam uma energia acumulada durante o processo de deslocamento. A energia então é liberada através de ondas sísmicas pela superfície e interior da Terra. Os sismos induzidos são basicamente resultado da ação do homem. Originam-se de explosões, extração de minérios, de água ou fósseis, ou até mesmo por queda de edifícios; entretanto a intensidade apresentada é bastante inferior a dos terremotos tectônicos. Entre as consequências de um abalo sísmico citamos: • Vibração do solo com intensidades variada, • Abertura de falhas, • Deslizamento de terra, • Tsunamis, • Mudanças na rotação da Terra. As conseqüências de um abalo sísmico normalmente acarretam em efeitos nocivos ao homem como ferimentos, mortes, prejuízos financeiros e sociais, desabamento de construções, destruição entre outros. As regiões mais suscetíveis a abalos sísmicos são as regiões próximas às placas tectônicas como o oeste da América do Sul onde está localizada a placa de Nazca e a placa Sul-Americana; e nas regiões em que se formam novas placas como no oceano Pacífico onde se localiza o Cinturão de Fogo. O comprimento de uma falha causada por um terremoto pode variar de centímetros a quilômetros. Para medir a dimensão dos abalos sísmicos é utilizada uma escala. A mais usada é a do sismólogo Charles Francis Richter. Sua escala varia de 0 a 9 graus e calcula a energia liberada pelos tremores. Outra escala bastante utilizada é a Mercalli, que mede os terremotos pela extensão dos danos. Essa escala se divide em 12 categorias de acordo com sua intensidade. Descrição dos 12 graus da escala de Mercalli: 1) Não sentido; 2) Sentido por pessoas em repouso ou em andares superiores de prédios altos; 3) Há vibração leve, e objetos pendurados balançam; 4) Há vibração moderada, como a causada por máquinas fazendo terraplanagem, as janelas e louças chacoalham, e os carros balançam; 5) Sentido fora de casa, capaz de acordar pessoas. Pequenos objetos e quadroscaem; 6) Sentido por todos, provoca deslocamento de mobílias e danos como quebra de louças e vidraças e rachaduras em rebocos; 7) Percebido por pessoas que estão dirigindo, quem sente tem dificuldade em permanecer de pé. Chaminés, ornamentos arquitetônicos e mobílias se quebram. Sinos de igrejas tocam. Há grandes rachaduras em rebocos e alvenarias, algumas casas desabam; 8) Galhos e troncos se quebram. Solos úmidos sofrem rachaduras. Torres de água elevadas e monumentos, por exemplo, são destruídos. Estruturas de tijolo, casas de madeira frágeis, obras de irrigação e diques sofrem graves danos; 9) Há rachaduras em solos, causando crateras de areia. Construções de alvenaria não armada desabam e estruturas de concreto frágeis e tubulações subterrâneas sofrem danos; 10) Desabamentos e rachaduras aparecem muito espalhadas no solo. Há destruição de pontes, túneis e algumas estruturas de concreto armado. Há danos na maioria das alvenarias, barragens e estradas de ferro; 11) Solos sofrem distúrbios permanentes; 12) Dano quase total.