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Formação da Terra APRESENTAÇÃO A Terra é o terceiro planeta mais próximo do Sol. É um planeta rochoso, organizado em três ca madas: crosta, manto e núcleo. É a presença de diferentes tipos de gases que possibilita a vida n a Terra. Nesta Unidade de Aprendizagem você aprenderá sobre a formação do planeta Terra e suas princ ipais características. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer o processo de formação da Terra.• Explicar a origem das três camadas que compõem o planeta Terra.• Relacionar o processo de formação da Terra com o processo de formação da Lua.• INFOGRÁFICO O infográfico a seguir apresenta a sequência de acontecimentos que influenciaram na formação do planeta Terra. CONTEÚDO DO LIVRO A história do processo de formação da Terra é marcada por uma série de acontecimentos que inf luenciaram na composição e estrutura do planeta que conhecemos atualmente. Acompanhe algumas páginas da obra Para entender a Terra, de John Grotzinger e Tom Jordan. Inicie a leitura no tópico A origem da Terra e seus geossistemas globais, em seguida leia a partir do item A Terra primitiva: formação de um planeta em camadas e termine lendo o tópico Resum o. Boa leitura. CYAN VS Gráfica VS Gráfica MAG VS Gráfica YEL VS Gráfica BLACK GEOCIÊNCIAS www.grupoa.com.br JOHN GROTZINGER TOM JORDAN TERRA P A R A E N T E N D E R A SEXTA EDIÇÃO GROTZINGER & JORDAN SEXTA EDIÇÃO PA RA EN TEN D ER A TERRA Desde que Frank Press e Raymond Siever lançaram a primeira edição de Para Entender a Terra (1965), este manual vem sendo paulatinamente atualizado e hoje se tornou um dos mais importantes livros-texto de universidades de vários países. Sucessores dos grandes mestres que iniciaram esta obra, Tom Jordan e John Grotzinger, dois cientistas de gran- de envergadura na atualidade, terminam, nesta sexta edição, o ciclo de uma grande reestruturação em relação à primeira edição. A introdução de desenhos e esquemas inovadores, a mo- derna concepção sobre tectônica de placas, a concepção da Terra como um sistema interativo e a análise de como a di- nâmica planetária tem infl uenciado a evolução da vida evi- denciam a profunda modernização deste livro-texto. O leitor é estimulado a fazer e pensar como os geólogos, enten- dendo como eles adquiriram o conhecimento que possuem, como esse conhecimento impacta a vida dos cidadãos e o que se pode fazer para melhorar o ambiente da Terra. Leitura indicada para os cursos de bacharelado e licen- ciatura em Geologia, Geografi a, Ciências da Terra, Cli- matologia, Meteorologia, Ciências do Solo, Agronomia, Engenharias, Biologia, Ecologia, Ciências Ambientais e afi ns. A obra destina-se também a técnicos e profi ssionais que necessitem complementar e atualizar seus conhecimen- tos gerais fora da área de especialização e ao público em geral que se interessa pelos fenômenos da Terra e da natureza. TERRA P A R A E N T E N D E R A SEXTA EDIÇÃO G ROTZ I NG E R & JOR DAN 42685 Para Entender a Terra.indd 142685 Para Entender a Terra.indd 1 31/01/2013 10:05:0731/01/2013 10:05:07 Catalogação na publicação: Natascha Helena Franz Hoppen CRB10/2150 G881e Grotzinger, John. Para entender a terra [recurso eletrônico] / John Grotzinger, Tom Jordan ; tradução: Iuri Duquia Abreu ; revisão técnica: Rualdo Menegat. – 6. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Bookman, 2013. Editado também como livro impresso em 2013. Tradução da 4. ed. de Rualdo Menegat, Paulo César Dávila Fernandes, Luís Aberto Dávila Fernandes, Carla Cristine Porcher. ISBN 978-85-65837-82-8 1. Geociências. 2. Geologia. I. Jordan, Tom. II. Título. CDU 55 Tradutores da 4ª edição Rualdo Menegat Professor do Instituto de Geociências/UFRGS Paulo César Dávila Fernandes Professor da Universidade do Estado da Bahia Luís Aberto Dávila Fernandes Professor do Instituto de Geociências/UFRGS Carla Cristine Porcher Professora do Instituto de Geociências/UFRGS 18 PA R A E N T E N D E R A T E R R A A origem da Terra e de seus geossistemas globais Usando a evidência de meteoritos, os geólogos consegui- ram demonstrar que a Terra e os outros planetas do siste- ma solar se formaram há cerca de 4,56 bilhões de anos por meio da rápida condensação de uma nuvem de poeira que circulava em torno do jovem Sol. O violento processo, que envolveu a agregação e colisão de conglomerados cada vez maiores de matéria, será descrito com mais detalhe no Capítulo 9. Em apenas 100 milhões de anos (um tempo relativamente curto, em termos geológicos), a Lua havia se formado e o núcleo da Terra havia se separado do manto. É difícil saber o que ocorreu nas centenas de milhões de anos seguintes. Muito pouco do registro geológico foi ca- paz de sobreviver ao intenso bombardeamento dos gran- des meteoritos que atingiam a Terra de modo constante. Esse período dos primórdios da história da Terra é apro- priadamente chamado de idade geológica “das trevas”. As rochas mais antigas encontradas atualmente na superfície terrestre têm cerca de 4,3 bilhões de anos. Ro- chas muito antigas, com idade de 3,8 bilhões de anos, mostram evidências de erosão pela água, indicando a existência da hidrosfera e a operação de um sistema do clima que não era muito distinto do atual. Rochas apenas um pouco mais novas, com 3,5 bilhões de anos, registram um campo magnético tão forte quanto o que vemos hoje, mostrando que o geodínamo já estava em operação na- quela época. Há 2,5 bilhões de anos, reuniu-se suficien- te crosta de baixa densidade na superfície terrestre para formar grandes massas continentais. Os processos geo- lógicos que subsequentemente modificaram esses con- tinentes foram muito similares àqueles que hoje vemos atuando nas placas tectônicas. A evolução da vida A vida também começou muito cedo na história da Terra, segundo podemos afirmar pelo estudo dos fósseis, traços de organismos preservados no registro geológico. Fósseis de bactérias primitivas foram encontrados em rochas da- tadas de 3,5 bilhões de anos. Um evento-chave foi a evo- lução de organismos que liberam oxigênio na atmosfera e nos oceanos. O acúmulo de oxigênio na atmosfera já esta- va ocorrendo há 2,7 bilhões de anos. As concentrações de oxigênio atmosférico provavelmente subiram até os níveis atuais em uma série de etapas ocorridas em um período de tempo de pelo menos 2 bilhões de anos. A vida no início da Terra era simples, consistindo basicamente em pequenos organismos unicelulares que flutuavam próximo à superfície dos oceanos ou viviam no fundo dos mares. Entre 1 e 2 bilhões de anos atrás, formas de vida mais complexas, como as algas e as algas marinhas, evoluíram. Os primeiros animais entraram em cena há cerca de 600 milhões de anos, evoluindo em uma sequência de ondas. Em um breve período iniciado há 542 milhões de anos e, provavelmente, com uma duração me- nor que 10 milhões de anos, oito filos inteiramente novos do reino animal foram estabelecidos, incluindo os ances- trais de quase todos os animais que conhecemos hoje. Foi durante essa explosão evolutiva, às vezes referida como “Big Bang” (“grande explosão”) da biologia, que animais cujo corpo continha partes duras deixaram pela primeira vez carcaças fósseis no registro geológico. Embora a evolução biológica seja muitas vezes vista como um processo muito lento, ela é pontuada por breves períodos de mudança rápida. Exemplos espetaculares são as extinções em massa, durante as quais muitos tipos de or- ganismos desapareceram subitamente do registro geoló- gico. Cinco dessas imensas reviravoltas estão indicadas na fita do tempo geológico da Figura 1.17. A última, já discu- tida neste capítulo, foi causada pelo impacto de um grande bólido há 65 milhões de anos. O bólido, não muito maior do que 10 km de diâmetro, causou a extinção de metade das espécies da Terra, inclusive todos os dinossauros. As causas das outras extinções ainda estãosen- do debatidas. Além do impacto de bólidos, os cientistas têm proposto outros tipos de eventos extremos, como Grotzinger_01.indd 18Grotzinger_01.indd 18 05/12/12 08:5605/12/12 08:56 C A P Í T U LO 1 � O S I S T E MA T E R R A 19 variações climáticas rápidas ocasionadas por glaciações e enormes erupções de material vulcânico. As evidên- cias são frequentemente ambíguas ou inconsistentes. Por exemplo, o maior evento de extinção de todos os tempos ocorreu há cerca de 251 milhões de anos, varrendo 95% de todas as espécies. O impacto de um bólido tem sido proposto por alguns investigadores, mas o registro geo- lógico mostra que as capas de gelo se expandiram nes- sa época e que houve mudança da composição química da água do mar, o que seria consistente com uma grande crise climática. Simultaneamente, uma enorme erupção vulcânica cobriu uma área na Sibéria com quase a metade do tamanho dos Estados Unidos, com 2 ou 3 milhões de quilômetros cúbicos de lava. Essa extinção em massa foi batizada de “Assassino do Expresso Oriente” 8 , pois exis- tem muitos suspeitos! As extinções em massa reduzem o número de espé- cies competindo por espaço na biosfera. Com a “diluição da multidão”, esses eventos extremos podem promover a evolução de novas espécies. Após o fim dos dinossauros há 65 milhões de anos, os mamíferos tornaram-se a classe dominante de animais. A rápida evolução dos mamíferos em espécies com cérebros maiores e mais destreza levou à emergência de espécies humanoides (hominídeos) cer- ca de 5 milhões de anos atrás e à nossa própria espécie, o Homo sapiens (palavra latina para “homem sábio”), há aproximadamente 200 mil anos. Sendo recém-chegados na biosfera, estamos apenas começando a deixar nossa marca no registro geológico. De fato, nossa breve histó- ria como espécie pode ser avaliada pela percepção de que ela cobre menos do que a largura de uma linha na fita do tempo geológico (ver Figura 1.17). 443 359 251 200 65 1.000 Ma 0 Ma2.000 Ma 542 Ma “Big Bang” evolutivo 420 Ma Animais terrestres mais antigos 125 Ma Plantas florescentes mais antigas 5 Ma Primeiros hominídeos 0,12 Ma Primeiro aparecimento de nossa espécie, Homo sapiens 7 PROTEROZOICO FANEROZOICO FUTURO Extinções em massa Bem-vindo ao Google Earth O Google Earth (GE) é uma interface de conjuntos de dados espaciais disponível na Internet pela ferramenta de busca Google, podendo ser baixado de forma gratuita. A interface usa fotografias aéreas e de satélite em uma variedade de resoluções espaciais sobrepostas em conjuntos de dados de modelo de elevação digital para dar às imagens uma qualidade tridimensional. Como os dados são georreferenciados nas três dimensões, podem ser usados para fazer medições de distância com as ferramentas de medição “linha” e “caminho” do GE. Elevação, latitude e longitude são continua- mente monitoradas para qualquer localização específica do cursor, sendo exibidas na parte inferior da tela. O GE também oferece ferramentas de navegação no canto superior direito da tela, as quais permitem usar o zoom e alterar o azimute e o aspecto da visualização. Uma das funções mais recentes do GE é a capacidade de voltar no tempo em algumas localizações, acessando conjuntos de dados espaciais arquivados. No espírito de todas as fer- ramentas de busca, o Google também fornece uma janela de busca “simulador de voo”, que pode ser usada para se transportar até determinadas localizações virtuais. É possível adicionar à lista de favoritos e também associar localizações a imagens digitais georreferenciadas obtidas nos mesmos lugares. Use algumas ou todas essas ferramentas enquanto se familiariza com a interface e divirta-se! Grotzinger_01.indd 19Grotzinger_01.indd 19 05/12/12 08:5605/12/12 08:56 20 PA R A E N T E N D E R A T E R R A Projeto no Google Earth A Terra é um sistema complexo e dinâmico de componentes inter-relacionados. Uma grande di- versidade de fatores opera para dar forma à superfície da Terra e eles estão integrados pela teoria global da Tectônica de Placas. Em nosso primeiro exercício, usaremos o GE para explorar os pontos extremos do relevo do planeta. Nos capítulos seguintes, utilizaremos outros exercícios para explo- rar a origem dessas feições. Vamos começar pelo topo do mundo: o Himalaia. LOCALIZAÇÃO Exploração do relevo do Himalaia, na Ásia Central, até a Depressão Challenger, na costa sul de Guam, no Oceano Pacífico. OBJETIVO Demonstrar a variação do relevo de nosso planeta e introduzir as ferramentas do Google Earth. REFERÊNCIA Figura 1.8 Monte Everest Depressão Challenger Data SIO, NOAA, U.S. Navy, NGA, GEBCO Image © 2009 TerraMetrics Data @ MIRC/JHA Image ©2009 DigitalGlobe M ontanha do Himalaia Fo ss a d as M ar ian as 1. Digite 9 “Monte Everest” na ferramenta de busca do GE e use o cursor para encontrar seu ponto mais alto. Qual é a elevação aproximada acima do nível do mar (acima do nível médio do mar, ou NMM)? Talvez seja útil inclinar a visualização para o norte a fim de selecionar o ponto mais alto. a. 10.400 m acima do NMM b. 7.380 m acima do NMM c. 8.850 m acima do NMM d. 9.230 m acima do NMM 2. Diminua o zoom do Monte Everest e dê uma olhada na forma do Himalaia como um todo (tente uma altitude de visão de 4.400 km). Qual das seguintes descrições melhor representa o que você vê? a. Uma cordilheira triangular composta de um único pico alto b. Uma cordilheira com orientação leste-oeste composta de dúzias de picos altos c. Uma cordilheira com orientação norte-sul composta de picos altos e picos menores em torno das bordas d. Uma cordilheira circular fechada em torno de um amplo domo central Grotzinger_01.indd 20Grotzinger_01.indd 20 05/12/12 08:5605/12/12 08:56 C A P Í T U LO 1 � O S I S T E MA T E R R A 21 RESUMO O que é Geologia? A Geologia é a ciência que trata da Terra – sua história, sua composição e estrutura interna e suas feições superficiais. Como os geólogos estudam a Terra? Os geólogos, como outros cientistas, utilizam o método científico. Eles elabo- ram e testam hipóteses, que são tentativas de explicações para fenômenos naturais com base em observações e ex- perimentos. Eles compartilham os dados que obtiveram e verificam mutuamente suas hipóteses. Um conjunto coerente de hipóteses que sobreviveu a repetidos desa- fios constitui uma teoria. Hipóteses e teorias podem ser combinadas em um modelo científico que representa um sistema ou processo natural. A credibilidade cresce nas hipóteses, teorias e modelos que resistem repetidamente aos testes e são capazes de predizer os resultados de no- vas observações ou experimentos. Qual é a forma da Terra? A forma geral da Terra é uma es- fera, com raio médio de 6.370 km, que é levemente abau- lada no equador e um pouco achatada nos polos, devido à rotação do planeta. Sua topografia varia em cerca de 20 km do ponto mais alto ao mais baixo da superfície. As elevações podem ser divididas em dois grupos: 0 a 1 km acima do nível do mar sobre a maioria dos continentes e 4 a 5 km abaixo do nível do mar em grande parte das bacias oceânicas. Quais são as principais camadas da Terra? O interior da Terra é dividido em camadas concêntricas de diferentes composições, separadas por limites nítidos, quase esféri- cos. A camada externa é a crosta, composta principalmen- te de rocha silicática, cuja espessura varia de cerca de 40 km no caso da crosta continental até cerca de 7 km para a crosta oceânica. Abaixo da crosta está o manto, uma casca espessa de rocha silicática mais densa que se estende até o limite núcleo-manto, a uma profundidade de aproxima- damente 2.890 km. O núcleo, composto basicamente de ferro e níquel, é dividido em duas camadas: um núcleo externo líquido e um núcleo interno sólido, separados por um limite a uma profundidade de 5.150 km. Saltos de densidade entre essas camadas são essencialmente cau- sados por diferenças de composição química. Como fazemos paraestudar a Terra como um sistema de componentes interativos? Quando tentamos entender um sistema complexo como a Terra, frequentemente con- sideramos que é mais simples fragmentá-lo em vários subsistemas (chamados de geossistemas). Este livro con- centra-se nos três principais geossistemas globais: o siste- ma climático, que envolve interações controladas entre a atmosfera, a hidrosfera, a criosfera, a biosfera e a litosfera; o sistema das placas tectônicas, que envolve interações entre os componentes sólidos da Terra; e o geodínamo, que envolve interações dentro do núcleo da Terra. O sis- tema climático é controlado pelo calor do Sol, ao passo que o sistema das placas tectônicas e o geodínamo são controlados pelo motor térmico interno da Terra. 3. Do Himalaia, vá para um dos locais mais profun- dos da superfície da Terra digitando “Challenger Deep” no painel de busca. O GE deve levá-lo ime- diatamente para o mar, na costa das Filipinas. Use a ferramenta de medição “linha” do GE para deter- minar a distância superficial horizontal aproxima- da entre as duas localizações. Qual é a distância 10 ? a. 6.300 km b. 2.200 km c. 185.000 km d. 75.500 km 4. Diminua o zoom da Depressão Challenger até uma altitude de visão de 4.200 km. Observe a superfície única que conecta a Depressão Challenger até re- giões profundas do oceano neste local. Como você descreveria essa feição em larga escala? a. A Depressão Challenger é parte de uma ca- deia submarina com uma orientação aproxi- madamente norte-sul. b. A Depressão Challenger é parte de uma trin- cheira arqueada no fundo do Oceano Pacífico que se inclina quase a leste-oeste nesta locali- zação. c. A Depressão Challenger é a porção mais pro- funda de uma enorme planície, quase plana, próxima à região mediana do Oceano Pacífico. d. A Depressão Challenger está no topo de um vulcão submarino que se estende bem acima do assoalho do Oceano Pacífico. Pergunta-desafio opcional 5. Usando a resposta da Questão 1 e movendo o cursor para observar a profundidade máxima da Depressão Challenger abaixo do nível médio do mar, calcule a diferença total aproximada de ele- vação entre as duas localizações. Qual dos núme- ros abaixo chega mais próximo a essa diferença? a. 14.000 m b. 20.000 m c. 18.000 m d. 26.000 m Grotzinger_01.indd 21Grotzinger_01.indd 21 05/12/12 08:5605/12/12 08:56 22 PA R A E N T E N D E R A T E R R A Quais são os elementos básicos da tectônica de placas? A litosfera é fragmentada em cerca de 12 grandes placas. Go- vernadas pela convecção do manto, as placas movem-se ao longo da superfície da Terra com taxas de alguns centí- metros por ano. Cada placa atua como uma unidade rígida distinta, arrastando-se sobre a astenosfera, a qual também está em movimento. O material quente do manto ascende dos limites onde as placas se formam e se separam, res- friando-se e solidificando-se à medida que se afasta desse limite divergente. Por fim, a maior parte dele afunda de volta ao manto nos limites onde as placas convergem. Quais são os principais eventos da história da Terra? A Terra formou-se como planeta há 4,56 bilhões de anos. Rochas com até 4,3 bilhões de anos foram preservadas na sua cros- ta. A água líquida existia na superfície terrestre há cerca de 3,8 bilhões de anos. Rochas com idade de cerca de 3,5 bilhões de anos são provas de um campo magnético, e a evidência mais antiga de vida foi encontrada em rochas de mesma idade. Há cerca de 2,7 bilhões de anos, a quantidade de oxigênio na atmosfera estava aumentando devido à pro- dução de oxigênio por organismos primitivos, e, por volta de 2,5 bilhões de anos atrás, grandes massas continentais formaram-se. Os animais apareceram repentinamente há cerca de 600 milhões de anos, diversificando-se rapida- mente em uma grande explosão evolutiva. A subsequente evolução da vida foi marcada por uma série de extinções em massa, a última delas causada pelo impacto de um grande bólido há 65 milhões de anos. Nossa espécie, Homo sapiens, apareceu pela primeira vez há cerca de 200 mil anos 11 . Grotzinger_01.indd 22Grotzinger_01.indd 22 05/12/12 08:5605/12/12 08:56 C A P Í T U LO 9 � H I S TÓ R I A P R I M O R D I A L D O S P L A N E TA S T E R R E S T R E S 227 A Terra primitiva: formação de um planeta em camadas Sabemos que a Terra é um planeta em camadas com nú- cleo, manto e crosta, circundado por um oceano líquido e uma atmosfera gasosa (ver Capítulo 1). Como, a partir de uma massa rochosa, a Terra evoluiu até um planeta vivo, com continentes, oceanos e uma atmosfera? A resposta reside na diferenciação gravitacional: a transformação de blocos aleatórios de matéria primordial em um corpo cujo interior é dividido em camadas concêntricas, que di- ferem umas das outras tanto física como quimicamente. A diferenciação gravitacional ocorreu nos primeiros mo- mentos da história da Terra, quando o planeta adquiriu calor suficiente para se fundir. Aquecimento e fusão da Terra primordial Embora tenha provavelmente começado como uma acu- mulação de planetesimais e outros remanescentes da ne- bulosa solar, a Terra não reteve essa forma por muito tem- po. Para entender a atual estrutura em camadas da Terra, devemos retornar ao tempo em que ela foi exposta aos violentos impactos dos planetesimais e de corpos maio- res. À medida que esses objetos colidiam com o planeta primitivo, a maior parte de sua energia de movimento (energia cinética) era convertida em calor – outra forma de energia –, que causava a fusão. Um planetesimal colidin- do com a Terra a uma velocidade típica de 15 a 20 km/s li- beraria uma energia cinética equivalente a 100 vezes o seu peso em TNT. 1 A energia de impacto de um corpo com o tamanho de Marte colidindo com a Terra seria equivalente a explodir vários trilhões de bombas nucleares de 1 me- Grotzinger_09.indd 227Grotzinger_09.indd 227 05/12/12 08:4905/12/12 08:49 228 PA R A E N T E N D E R A T E R R A gaton (uma só destruiria uma grande cidade). Isso seria suficiente para ejetar no espaço uma grande quantidade de detritos e fundir a maior parte do que restou da Terra. Muitos cientistas agora pensam que tal cataclismo de fato ocorreu durante os estágios tardios de acrescimen- to da Terra. Um grande impacto por um corpo do tama- nho de Marte criou uma chuva de detritos, tanto da Terra como do corpo impactante, que se propalou para o espa- ço. A Lua agregou-se a partir desses detritos (Figura 9.4). Segundo essa teoria, a Terra teria se reconstituído como um corpo com camada externa com espessura de quilô- metros – um oceano magmático. Esse monumental impacto acelerou a velocidade de rotação da Terra e mudou seu eixo rotacional, golpeando-o da posição vertical em rela- ção ao plano orbital da Terra para sua atual inclinação de 23°. 2 Tudo isso há cerca de 4,51 bilhões de anos, entre o início do período de acrescimento da Terra (4,56 bilhões de anos) e a idade das rochas mais antigas da Lua (4,47 bilhões de anos) trazidas pelos astronautas da Apollo. Outra fonte de calor que teria causado a fusão nos primórdios da história da Terra foi a radioatividade. Os elementos radioativos emitem calor quando decaem. Em- bora presente apenas em quantidades pequenas, os isóto- pos radioativos de urânio, tório e potássio continuaram a manter o interior da terra quente. Diferenciação entre núcleo, manto e crosta da Terra Por consequência do enorme impacto e da energia ab- sorvida durante a formação da Terra, seu interior aque- ceu-se até um estado “leve” (menos denso), no qual seus componentes podiam mover-se de um lado para outro. O material pesado mergulhou para o núcleo, liberando energia gravitacional e causando mais fusão, e o mate- rial mais leve flutuou para a superfície e formou a crosta. A emersão do material mais leve carregou consigo calor interno para a superfície, de onde ele poderia irradiar-se para o espaço. Dessa forma, a Terra foi transformada em um planetadiferenciado ou zoneado em três camadas principais: um núcleo central, um manto e uma crosta externa (Figura 9.5). NÚCLEO DA TERRA O ferro, mais denso que a maioria dos outros elementos, correspondia a cerca de um terço do material do planeta primitivo (ver Figura 1.12). O ferro e outros elementos pesados, como o níquel, mergulharam para formar o núcleo, o qual começa a uma profundidade de cerca de 2.890 km. Por meio de sondagem com ondas sísmicas, os cientistas descobriram que o núcleo é líquido na parte externa, mas sólido em uma região chamada de núcleo interno, que se estende desde uma profundidade de 6 Rochas da Lua com 4,47 bilhões de anos, trazidas pelos astronautas da Apollo, confirmaram essa hipótese do impacto. 3 O impacto acelerou a rotação da Terra e inclinou o seu plano orbital para 23˚. 4 A Terra reconstituiu-se como um grande corpo fundido... 5 ... e a Lua agregou-se a partir dos detritos. 8,4 min4,2 min após o impacto 125 min Terra Corpo impactante 1 Durante os estágios intermediários e finais do acrescimento da Terra, um corpo do tamanho de Marte impactou a Terra. 2 O impacto gigante rapidamente ejetou para o espaço uma chuva de detritos tanto do corpo impactante como da Terra. FIGURA 9.4 � Simulação computadorizada do impacto na Terra de um corpo do tamanho de Marte. [Solid-Earth Sciences and Society. Washington, D.C.: National Research Council, 1993] Grotzinger_09.indd 228Grotzinger_09.indd 228 05/12/12 08:4905/12/12 08:49 C A P Í T U LO 9 � H I S TÓ R I A P R I M O R D I A L D O S P L A N E TA S T E R R E S T R E S 229 cerca de 5.150 km até o centro da Terra, a cerca de 6.370 km. Hoje o núcleo interno é sólido porque a pressão no centro é muito alta para o ferro fundir-se. CROSTA DA TERRA Outros materiais líquidos e menos densos do que o ferro e o níquel flutuaram em direção à superfície do oceano de magma. Aí se resfriaram para formar a crosta sólida da Terra, que atualmente tem es- pessura variando de aproximadamente 7 km no assoalho oceânico até cerca de 40 km nos continentes. Sabemos que a crosta oceânica é constantemente gerada por ex- pansão do fundo oceânico e reciclada no manto por sub- ducção. Em contrapartida, a crosta continental começou a acumular-se nos primórdios da história da Terra, a partir de silicatos de densidade relativamente baixa com uma composição félsica e baixas temperaturas de fusão. Esse contraste entre a crosta oceânica densa e a crosta con- tinental menos densa é o que ajuda a conduzir a crosta oceânica em zonas de subducção, enquanto a crosta con- tinental resiste à subducção. Recentemente, no oeste da Austrália (ver Capítulo 8), um fragmento do mineral zircão foi datado com a idade de 4,4 bilhões de anos, sendo o mais antigo material ter- restre já descoberto. Análises químicas indicam que ele foi formado próximo à superfície, na presença de água, sob condições relativamente frias. Essa descoberta sugere que a Terra resfriou-se o suficiente para formar uma crosta so- mente 100 milhões de anos depois de ter se reconstituído do gigantesco impacto que produziu a Lua. MANTO DA TERRA Entre o núcleo e a crosta encontra-se o manto, uma região que forma a maior parte da Terra só- lida. O manto é o material deixado na zona intermediá- ria depois que grande quantidade da matéria mais densa afundou e a matéria menos densa emergiu. O manto tem aproximadamente 2.850 km de espessura e consiste em rochas silicatas ultramáficas que contêm mais magnésio e ferro do que os silicatos crustais. A convecção no manto retira calor do interior da Terra (ver Capítulo 2). Como era mais quente nos primórdios da história ter- restre, o manto estava provavelmente entrando em con- vecção de modo mais vigoroso do que ocorre atualmente. Alguma forma de tectônica de placas pode ter estado em operação mesmo naquela época, embora as “placas” pro- vavelmente fossem muito menores e mais delgadas, e é provável que as feições tectônicas fossem muito distintas dos cinturões lineares de montanhas e longas dorsais me- soceânicas que vemos hoje na superfície terrestre. Alguns cientistas acham que, atualmente, Vênus serve de analogia para esses processos há muito desaparecidos na Terra. Em breve, faremos uma comparação entre os processos tectô- nicos na Terra e em Vênus. A formação dos oceanos e da atmosfera da Terra Os oceanos e a atmosfera podem ter sua origem rastreada no “nascimento úmido” da própria Terra. Os planetesimais que se agregaram para formar nosso planeta tinham gelo, água e outros voláteis, como nitrogênio e carbono, ligados nos minerais. Quando a Terra se aqueceu e seus materiais fundiram-se parcialmente, o vapor d’água e outros gases foram liberados e levados para a superfície pelos magmas, sendo lançados na atmosfera pela atividade vulcânica. Os gases emitidos pelos vulcões há cerca de 4 bilhões de anos consistiam, provavelmente, nas mesmas subs- tâncias que são expelidas dos vulcões atuais (embora não necessariamente na mesma quantidade relativa): a prin- cípio hidrogênio, dióxido de carbono, nitrogênio, vapor d’água e alguns outros gases (Figura 9.6). Quase todo o hidrogênio escapou para o espaço exterior, enquanto os gases pesados envolveram o planeta. Parte do ar e da água também pode ter vindo de corpos do sistema solar ex- terno ricos em voláteis, como cometas, que atingiram o planeta após sua formação. Incontáveis cometas podem ter bombardeado a Terra nos primórdios de sua história, fornecendo água, dióxido de carbono e gases que, assim, Ferro Ferro sólido do núcleo interno (5.150–6.370 km) Ferro líquido do núcleo externo (2.890–5.150 km) Manto (40–2.890 km) Crosta (0–40 km) Matéria mais leve Durante a diferenciação gravitacional, o ferro afundou em direção ao centro e o material mais leve flutuou para cima... ... de modo que a Terra se apresenta como um planeta zoneado. FIGURA 9.5 � A diferenciação gravi- tacional da Terra primordial resultou em um planeta com três camadas principais. Grotzinger_09.indd 229Grotzinger_09.indd 229 05/12/12 08:4905/12/12 08:49 230 PA R A E N T E N D E R A T E R R A deram origem aos oceanos e à atmosfera primitivos. Essa atmosfera primitiva era destituída de oxigênio, elemento que constitui 21% da atmosfera atual. O oxigênio não fa-zia parte da atmosfera até que organismos fotossintéticos evoluíssem, como veremos no Capítulo 11. FIGURA 9.6 � A atividade vulcânica primitiva contribuiu com o lançamento, para a atmosfera e os oceanos, de grandes quan- tidades de vapor d’água, dióxido de carbono e nitrogênio. O hi- drogênio, devido à sua leveza, escapou para o espaço exterior. Di óxid o de carbono N itr og ên io H id ro gê ni o Para a atmosfera Para a atmosfera Para os oceanos Escape para o espaço Vulcão Rocha líquida Água Grotzinger_09.indd 230Grotzinger_09.indd 230 05/12/12 08:4905/12/12 08:49 C A P Í T U LO 9 � H I S TÓ R I A P R I M O R D I A L D O S P L A N E TA S T E R R E S T R E S 251 RESUMO Como se originou o nosso sistema solar? Segundo a hipó- tese da nebulosa, o Sol e sua família de planetas se forma- ram quando uma nuvem de gás e poeira, conhecida como nebulosa solar, se condensou há cerca de 4,5 bilhões de anos. Os planetas interiores terrestres, inclusive a Terra, diferem dos planetas exteriores gigantes em termos de composição. Como a Terra se formou e evoluiu no decorrer do tempo? A Terra provavelmente aumentou por acrescimento de planetesimais colidentes. Logo depois de formada, foi impactada por um corpo gigantesco aproximadamente do tamanho de Marte. A matéria ejetada para o espaço, tanto da Terra como do corpo, agregou-se para formar a Lua. O impacto gerou calor suficiente para fundir grande parte do que restou da Terra. A radioatividade e a energia gravitacional também contribuíram para o aquecimento e a fusão inicial. A matéria mais pesada, rica em ferro, afun- dou parao centro da Terra para formar o núcleo, e a maté- ria mais leve ascendeu para formar a crosta. Gases ainda mais leves formaram os oceanos e a atmosfera da Terra. Dessa forma, a Terra foi transformada em um planeta di- ferenciado, com camadas distintas. Quais são os principais eventos da história primitiva do sistema solar? A idade do sistema solar, conforme de- terminada a partir da datação isotópica de meteoritos, é de aproximadamente 4,56 bilhões de anos. A Terra e os outros planetas terrestres formaram-se em um intervalo de cerca de 10 milhões de anos. O impacto que formou a Lua ocorreu há 4,51 bilhões de anos. Minerais de até 4,4 bilhões de anos de idade sobreviveram na crosta terrestre. O Bombardeio Pesado Tardio, que teve seu pico em torno de 3,9 bilhões de anos atrás, marcou o fim do Éon Hade- ano na Terra. Como as superfícies planetárias podem ser datadas? Ro- chas coletadas na superfície da Lua pelas missões Apollo foram datadas usando métodos isotópicos. As terras altas lunares mostram idades de 4,4 a aproximadamente 4,0 bi- lhões de anos. Os mares lunares mostram idades de 4,0 a 3,2 bilhões de anos. Essas idades isotópicas permitiram aos geólogos calibrar a escala de tempo relativa que ha- viam desenvolvido por contagem de crateras. Os outros planetas têm sistemas de tectônica de placas? Vênus é o único planeta, além da Terra, que tem feições indicativas de atividade tectônica, resultante de convec- ção do manto. Mas Vênus não parece ter placas litosféri- cas espessas. Em vez disso, esse planeta tem uma crosta delgada de lava solidificada que se quebra em flocos ou se enruga como um tapete à medida que é empurrada e esticada por vigorosas correntes de convecção. Esse pro- cesso, referido pelos geólogos como tectônica de flocos, pode ter ocorrido na Terra quando ela era mais nova e mais quente. Grotzinger_09.indd 251Grotzinger_09.indd 251 05/12/12 08:4905/12/12 08:49 252 PA R A E N T E N D E R A T E R R A Como tem sido feita a exploração de Marte e dos outros planetas? Quatro tipos de espaçonaves têm sido usados para explorar Marte e os outros planetas. Durante um so- brevoo, uma espaçonave aproxima-se de um planeta ape- nas uma vez. Uma orbitadora circula o planeta, fazendo observações remotas de sua superfície e de seu interior. Uma aterrissadora pode, de fato, tocar a superfície de um planeta para fazer observações locais. Um veículo pode deixar o local de pouso e percorrer diversos quilômetros para investigar novos terrenos. Existe água em Marte? Hoje, a água está presente em Marte apenas na forma de calotas de gelo nos polos mar- cianos e também como permafrost. No passado, a água pode ter estado presente na forma líquida, segundo a evi- dência geológica de que ela percorreu a superfície para criar canais de corrente e depositar sedimentos em cor- rentes sinuosas. A água também acumulou-se em lagos ou mares rasos, onde evaporou e precipitou uma varieda- de de sedimentos químicos, inclusive sulfatos. Como usamos a luz na exploração das estrelas e do sistema solar? Em alguns casos, podemos usar fotografias apri- moradas de telescópios, que podem revelar feições su- perficiais de objetos distantes. Em outros, podemos usar informações do espectro de luz, que varia dependendo da composição do objeto que produz ou reflete essa luz. Nosso sistema solar é único? Temos evidência de mais de 300 planetas que giram em torno de outras estrelas. Em diversos casos, existe mais de um planeta nesses sis- temas solares. Uma vez que esses novos planetas estão fora do nosso sistema solar, podem ser chamados de exoplanetas. Grotzinger_09.indd 252Grotzinger_09.indd 252 05/12/12 08:4905/12/12 08:49 Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual da Instituição, você encontra a obra na íntegra. DICA DO PROFESSOR A teoria aceita atualmente é de que a Lua se formou após o impacto de um corpo gigantesco co m a Terra. A matéria da Terra e desse corpo foi ejetada para o espaço, formando a Lua. Para sab er mais sobre o processo de formação da Terra, assista à dica construída para esta Unidade de A prendizagem. Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar. EXERCÍCIOS 1) O impacto de um corpo gigantesco com a Terra foi um dos importantes aconteciment os no processo de formação do planeta. Assinale a alternativa que apresenta uma das consequências deste evento: A) A formação do Sol. B) A formação dos oceanos. C) A formação de meteoritos. D) Início do movimento de rotação da Terra. E) Formação da Lua. Marque a alternativa que apresenta corretamente as camadas da Terra na figura abai xo: 2) https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/92a944b9d88377eb43808ef182f2381f A) I) Crosta II) Manto III) Núcleo externo IV) Núcleo interno. B) I) Crosta II) Manto III) Camada sial IV) Núcleo externo. C) I) Crosta II) Descontinuidade de Mohorovicic III) Manto IV) Núcleo externo. D) I) Crosta II) Manto III) Núcleo externo IV) Atmosfera. E) I) Crosta II) Criosfera III) Núcleo interno IV) Núcleo externo. 3) Todas as partes do nosso planeta e todas as suas interações tomadas juntas constitue m o "sistema Terra". Marque a alternativa que apresenta uma afirmação correta sob re o sistema Terra: A) O sistema Terra é um sistema fechado. B) Nosso clima é controlado unicamente pela energia solar. C) Os subssistemas especializados são chamados de geossistemas. D) Os geossistemas encontram-se isolados uns dos outros, não há interação entre eles. E) A transferência de massa entre a Terra e o espaço acontece, em grande quantidade, desde o s primórdios do Sistema Solar. 4) Sobre o geossistema clima, marque a alternativa que apresenta a afirmação correspo ndente a ele: A) Tempo é o termo usado para descrever a temperatura. B) O sistema clima envolve somento o estudo da atmosfera. C) O efeito estufa é prejudicial ao desenvolvimento da vida na Terra. D) O clima é a descrição do tempo em termos de temperatura durante o período de um ano. E) Os ciclos sazonais (estações) e diários (dias e noites) são importantes para prever o tempo com maior antecedência. 5) Em consequência do enorme impacto e energia absorvida durante sua formação, a Te rra diferenciou-se em três camadas principais: núcleo, manto e crosta. Sobre as cama das da Terra, sua origem e formação, marque a alternativa que apresenta a afirmaçã o verdadeira: A) Elementos pesados, como ferro e níquel, emergiram para formar a crosta terrestre. B) O núcleo interno da Terra encontra-se em estado líquido. C) Um oceano de magma se resfriou, formando a crosta da Terra. D) A crosta oceânica e a crosta continental possuem a mesma densidade. E) A convecção do manto retira calor do Sol. NA PRÁTICA Não é de hoje que se sabe que a Lua influencia nas marés. Na realidade, é a força da gravidade q ue influencia a subida e descida do mar. Um oceanógrafo, que faz parte de um projeto de Educação Ambiental e Sustentabilidade, fez u ma palestra para orientar pescadores de uma pequena comunidade, em uma baía do litoral brasil eiro, quanto à melhor forma de pescar em cada maré, de modo a otimizar tempo e esforço. Veja o exemplo apresentado pelo oceanógrafo. Um grupo de pescadores resolveu pescar em uma baía. Veja o seguinte cenário: SAIBA + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professo r: A origem do planeta Terra Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar. Geossistemas - uma introdução à geografia física Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! https://www.youtube.com/embed/2fNnz-qSulY
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