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Prévia do material em texto

GUIA DE 
CARREIRA MÉDICA
EDIÇÃO 01
I CONGRESSO ACADÊMICO DE CARREIRA MÉDICA DA UFV
2020
UMA VISÃO ALÉM DA GRADUAÇÃO
ORGANIZAÇÃO
ORGANIZAÇÃO DESTE MATERIAL
Igor Marinho Pereira
Igor Rodrigues Mendes
Pedro Alexandre Henriques Pedretti
Petrina Rezende de Souza
Pâmela Joanes Rosa Guerra
Mateus Pena Magalhães
Mariana Cordeiro Schneider
Farley Reis Rodrigues
Alexandre da Costa Pinto Lopes
Romario Brunes Will
ORGANIZAÇÃO DO I CONACME
Presidentes Docentes
Cristiane Junqueira de Carvalho
Sarah Fonseca dos Reis
Brunnella de Alcântara Chagas
Cristiane de Souza Chaves
Presidentes Discentes
Arthur Márcio Sabatini Santos
Carolina Henrique da Silva
Eduarda Demoner Paseto
Felipe Azevedo Rong
Plataformas e Gravações
Noelle Dias Almeida Costa
Matheus Luiz da Silva
Matheus Moura Novelli
Álvaro Coura Castro
Luiz Gustavo Alves Palhares
Lucas Cápia Castro de Carvalho
Assesoria
Larissa Santos Jacovine
Ana Beatriz Zanon
Alana Balbueno
Deborah Ferreira Crepalde
Myrella Lacerda de Freitas
Ensino
Igor Marinho Pereira
Igor Rodrigues Mendes
Pedro Alexandre Henriques Pedretti
Petrina Rezende de Souza
Pâmela Joanes Rosa Guerra
Mateus Pena Magalhães
Mariana Cordeiro Schneider
Farley Reis Rodrigues
Alexandre da Costa Pinto Lopes
Romario Brunes Will
Científico
Maria Júlia Dalton M. dos Santos
Larisse Vitória Moreira Arruda
Lucas Maggi Vieira
Marina Diniz Dias
Alaôr Reis Filho
Caio Vieira Soares
Sávio Marques de Souza
Ian Emanuel de Souza Ramos
Financeiro
Brenda Botelho Aiala Miranda
Kaylane Zuqueto da Silva
Layla Lacerda de Souza Anjos
Maria Clara Moreira Henriques
Wânia Cristina Pereira de Oliveira
Alice Rezende Correa e Castro Costa
Júlia Costa Nacif Santos
Marketing
João Victor Ramalho Pacheco
Matheus Lorenzoni Vazzoler
Luiz Eduardo Guerra de Sá
Danrley de Freitas Coelho
APOIO E
PARCERIAS
Cirúrgica Viçosa MD Spirit
English Live SOMITI
Veste CW: vestuários Fundação Arthur Bernardes
CCB - UFVMed Performance
DEM - UFV
Steve Jobs já dizia “Seu trabalho vai preencher boa parte da sua
vida e a única maneira de ser verdadeiramente satisfeito é fazer o
que acredita ser um ótimo trabalho. E a única maneira de fazer um
ótimo trabalho é amar o que faz”. Nessa perspectiva, esse guia veio
para trazer a você, leitor, a oportunidade de conhecer os detalhes
das mais diversas áreas da vasta medicina e poder escolher, com
clareza e sabedoria, uma especialidade a qual se enquadra com
seus planos, desejos e estilo de vida para que assim possa realizar
um ótimo trabalho, amar o que faz e ser verdadeiramente satisfeito. 
Este manuscrito surge simultaneamente e para complementar o I
Congresso Acadêmico de Carreira Médica da Universidade Federal
de Viçosa (I CONACME UFV), que veio com o objetivo de promover
um ambiente de descoberta, esclarecimento e produção do saber
sobre diversas áreas médicas, uma vez que grande parte dos
estudantes da graduação não conhecem muitos dos possíveis
caminhos a serem seguidos na carreira médica, fato este que
dificulta a escolha de seu futuro na profissão.
Além disso, tanto no congresso quanto no presente material,
pensando em toda jornada do estudante, a seção “Além da
medicina” vem para mostrar que o conhecimento a ser construído
transcende as salas de aula e instaura-se também em vivências
práticas, como intercâmbios, na aquisição de habilidades
interpessoais, conhecimento amplo de assuntos que, embora
fundamentais, são frequentemente esquecidos na medicina, como
gestão e empreendedorismo. Nesse sentido, tais fatores são tão
importantes quanto o conhecimento acadêmico para a construção
de um bom currículo.
PREFÁCIO
Desejamos que seja uma leitura proveitosa e que em conjunto aos
vídeos do congresso, vocês sintam-se satisfeitos com a produção do
conhecimento gerada a partir deles. 
Com o desejo que vocês façam um bom planejamento de vida e uma
consciente e boa escolha de carreira, finalizamos esse prefácio com
uma frase do Confúncio: “escolha um trabalho que você ame e não
terás que trabalhar um único dia de sua vida”.
Boa leitura!
Comissão organizadora do I CONACME UFV
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
Carreira médica.................................................................................17
Mateus Pena Magalhães, Arthur Márcio Sabatini Santos
Médico generalista...........................................................................06
Pâmela Joanes Rosa Guerra, Carolina Henrique da Silva
SUMÁRIO
2 |
SEÇÃO ESPECIAL: DOAÇÕES
4 |
5 |
6 |
7 |
8 |
9 |
SEÇÃO 2: ESPECIALIDADES MÉDICAS
Cardiologia .........................................................................................27
Igor Rodrigues Mendes, Eduarda Demoner Paseto
Cirurgia Geral ....................................................................................32
Mateus Pena Magalhães, Felipe Azevedo Rong
Cirurgia do trauma ..........................................................................35
Petrina Rezende de Souza, Noelle Dias Almeida Costa, Alaôr Reis Filho
Gastroenterologia ...........................................................................41
Mariana Cordeiro Schneider, Matheus Luiz da Silva
Ginecologia e Obstetrícia ............................................................45
Alexandre da Costa Pinto Lopes, Matheus Moura Novelli
Medicina de Família e Comunidade .........................................49
Farley Reis Rodrigues, Álvaro Coura Castro, Sávio Marques de Souza
Medicina do Exercício e do Esporte .........................................53
Alexandre da Costa Pinto Lopes, Luiz Gustavo Alves Palhares
3 |
10 |
SEÇÃO 1: APÓS A GRADUAÇÃO
Lar dos Velhinhos ............................................................................10
Larissa Santos Jacovine, Alana Balbueno
1 |
SEÇÃO 4: OUTRAS ÁREAS E POSSIBILIDADES
Médico legista.....................................................................................104
Lucas Maggi Vieira, Alice Rezende Correa e Castro Costa
SEÇÃO 3: ALÉM DA MEDICINA
Currículo ..............................................................................................89
Igor Marinho Pereira, Kaylane Zuqueto da Silva
Empreendedorismo .........................................................................95
Petrina Rezende de Souza, Layla Lacerda de Souza Anjos
Intercâmbio ........................................................................................99
Pâmela Joanes Guerra, Maria Clara Moreira Henriques
Medicina Oriental - Acupunturiatria ..........58
Romário Brunes Will, Lucas Cápia Castro de Carvalho
Nefrologia ...........................................................................................63
Pedro Alexandre Henriques Pedretti, Larissa Santos Jacovine
Oftalmologia ......................................................................................68
Pedro Alexandre Henriques Pedretti, Ana Beatriz Rodrigues Zanon
Ortopedia e Traumatologia ..........................................................72
Igor Rodrigues Mendes, Alana Balbueno, João Victor Ramalho Pacheco
Otorrinolaringologia ........................................................................77
Igor Marinho Pereira, Deborah Ferreira Crepalde, Matheus Lorenzoni
Vazzoler
Pediatria ..............................................................................................80
Mariana Cordeiro Schneider, Myrella Lacerda de Freitas, Luiz Eduardo
Guerra de Sá
Reumatologia .....................................................................................84
Romario Brunes Will, Brenda Botelho Aiala Miranda, Danrley de Freitas
Coelho
11 |
12 |
13 |
14 |
15 |
16 |
17 |
18 |
19 |
20 |
21 |
Médico Militar ....................................................107
Mariana Cordeiro Schneider, Maria Júlia Dalton 
Moreira dos Santos
Médicos Sem Fronteiras................................................................111
Ian Emanuel de Souza Ramos, Caio Vieira Soares
Pesquisa médica no exterior ......................................................116
Marina Diniz Dias, Wânia Cristina Pereira de Oliveira
ProgramaMédicos pelo Brasil ....................................................119
Alexandre da Costa Pinto Lopes, Júlia Costa Nacif Santos
Residência médica no exterior ..................................................124
Farley Reis Rodrigues, Larisse Vitória Moreira Arruda
Transplantes .....................................................................................131
Marina Diniz Dias, Wânia Cristina Pereira de Oliveira
22 |
23 |
24 |
25 |
26 |
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
27 |
SEÇÃO
ESPECIAL
SEÇÃO
ESPECIAL
DOAÇÕESDOAÇÕES
O psiquiatra e psicoterapeuta Carl Jung escreveu em um de seus livros
a seguinte frase: “Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas,
mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana”.
Esta expressão visa alertar a todos os profissionais da área da saúde
sobre a importância de entender as necessidades alheias e como essa
habilidade é fundamental para a formação de bons profissionais. 
 
Pensando nisso, a organização do I Congresso Acadêmico de Carreira
Médica da Universidade Federal de Viçosa (I CONACME-UFV) decidiu
que, como está realizando um evento com intuito de auxiliar na
formação de profissionais qualificados, seria essencial trabalhar de
alguma forma esse sentimento de empatia com os participantes do
evento, sejam eles médicos ou estudantes em formação.
Com tal intuito, foi criado uma modalidade de inscrição em que o
candidato poderia optar pela doação de diferentes valores para uma
instituição de caridade. Pensou-se em tal ação em virtude das
consequências diretas que a pandemia de COVID-19 gerou para as
organizações filantrópicas de todo o mundo. Além de estar
apresentando um gasto elevado por conta da necessidade de investir
na compra de materiais de proteção individual, essas instituições
estão, muitas vezes, recebendo uma quantidade menor de doações,
sobretudo pela diminuição do poder aquisitivo de um número elevado
de pessoas na grande parte dos países afetados pela pandemia.
10
Lar dos Velhinhos
Larissa Santos Jacovine, Alana Balbueno
CAPÍTULO 1
Os organizadores do I CONACME-UFV consideraram que, como a
organização está sendo realizada por estudantes de medicina da
Universidade Federal de Viçosa, seria interessante doar o dinheiro
arrecadado para uma instituição filantrópica local. Dessa forma, os
estudantes estariam de alguma forma retribuindo à cidade pelo apoio
e acolhimento que é proporcionado aos acadêmicos da UFV. Dentre as
instituições locais, a escolhida para o envio das doações foi o Lar dos
Velhinhos.
O Lar dos Velhinhos é uma instituição filantrópica que objetiva cuidar
de idosos em situação de vulnerabilidade social e que não possuem
condições de auto custeio. Além oferecer serviços médicos,
psicológicos e nutricionais aos assistenciados, a instituição prega pelo
cuidado humanizado do idoso, apresentando o seguinte lema: “Cuidar
dos idosos com amor e dando-lhes dignidade”. Por conta disso, a
organização é referência regional entre as Instituições de Longa
Permanência para Idosos.
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
11
O que é o Lar dos Velhinhos?
Imagem: atividade artístico-cultural realizada na sede do Lar dos Velhinhos
como forma de entretenimento para os assistenciados.
Lar dos Velhinhos
12
A instituição tem capacidade para atender até quarenta idosos e
conta com estrutura ampla e acolhedora localizada na área central da
cidade. Encontra-se próxima de unidades de saúde e hospitais, o que
possibilita uma maior assistência aos idosos acolhidos.
Os recursos para manutenção da instituição advêm de doações
financeiras e de gêneros alimentícios, repasses dos governos Federal e
Municipal, e, esporadicamente, das instituições sociais, estudantis e
empresas. Além disso, setenta por cento dos salários dos idosos
institucionalizados são utilizados para a manutenção do Lar dos
Velhinhos. 
 
A instituição tem parceria com a UFV e a Univiçosa, possibilitando que
estagiários dessas instituições ofereçam serviços jurídicos e
atendimentos nas áreas de fisioterapia, medicina, nutrição,
enfermagem, educação física e psicologia.
Qual é a história do Lar dos Velhinhos?
A instituição foi fundada em 18 de junho de 1967, na cidade de Viçosa,
Minas Gerais, através da iniciativa de um cidadão local: Dr. Laurindo
Carneiro. Juntamente a um grupo de pessoas, Dr. Laurindo iniciou uma
campanha para que fosse criado um local de atendimento aos idosos
em situação de vulnerabilidade que residiam em Viçosa.
O Lar dos Velhinhos acompanhou o crescimento da cidade viçosense e
hoje, em seus 53 anos de existência, abriga e assiste 40 idosos, graças
ao engajamento e a solidariedade dos doadores, funcionários,
voluntários e empresários locais.
A partir do momento em que foi decidido que a arrecadação obtida
através das inscrições seria revertida para uma entidade filantrópica
de Viçosa, a equipe de Assessoria do I CONACME UFV realizou uma
busca ativa entre as instituições do município.
A cidade do interior da zona da mata mineira possui muitas entidades
que sobrevivem de doações e ajudas dos moradores locais. Dessa
forma, foram estabelecidos critérios para a escolha de uma instituição
parceira para receber o valor total arrecadado. Os critérios foram:
situação financeira durante a pandemia; principais necessidades da
instituição; funcionamento atual; número de pessoas assistidas e
principal fonte financeira da instituição (governamental, privada ou
filantrópica).
A partir dessa análise prévia, o Lar dos Velhinhos demonstrou ser a
instituição mais vulnerável nesse momento de pandemia, quando
perdeu boa parte de seus doadores frente a crise financeira atual.
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
13
Por que escolhemos o Lar dos Velhinhos?
Imagem: retrato do início da construção do Lar dos Velhinhos.
14
Buscando contribuir com a manutenção de uma qualidade de vida
digna para os 40 idosos atendidos pelo Lar dos Velhinhos, o I
CONACME vem pedir sua ajuda em nome dessa instituição. Itens
básicos, como alimentos e fraldas geriátricas, são sempre necessários.
 
Com qualquer quantia você pode fazer diferença na vida de um idoso.
Doe através do QR CODE exposto na próxima página, o qual destina
os usuários diretamente à conta do PicPay destinada a doações. 
Junte-se a nós e colabore você também!
Lar dos Velhinhos
Pedido de doações
Imagem: funcionários e voluntários que atuam no Lar dos Velhinhos.
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
15
APÓS A
GRADUAÇÃO
APÓS A
GRADUAÇÃO
SEÇÃO 1SEÇÃO 1
Mesmo após concluir a graduação, descobrir o melhor jeito de estudar,
passar dias e noites estudando e adquirir todas as competências
médicas, o estudante de medicina ainda pode se deparar com a
dúvida de qual caminho escolher. Abaixo estão alguns
questionamentos comuns entre os graduandos e os recém-formados,
questionamentos estes que tentaremos esclarecer ao longo deste
material.
Durante a formação em Medicina, é natural que o estudante se
interesse mais por algumas matérias e áreas da profissão, chegando a
ter certeza sobre qual residência irá fazer. No entanto, é também
recorrente que haja dúvida entre duas ou mais especialidades, e até
mesmo a incerteza completa de qual caminho seguir. Após a
conclusão da graduação, tendo em mãos o registro no Conselho
Regional de Medicina (CRM), o recém-formado acaba seguindo
alguma das seguintes possibilidades:
Quais as opções 
disponíveis?
17
Além da residência, 
existem outros 
caminhos acadêmicos?
É possível começar 
a trabalhar direto?
Trabalhar como médico generalista1.
3. Ingressar na residência médica
2. Matricular-se na pós-graduação
CAPÍTULO 2
Carreira Médica
Mateus Pena Magalhães, Arthur Márcio Sabatini Santos
Nesta opção, o profissional começa a atender pacientes com as mais
diversas demandas, seja em hospitais, postos de saúde, clínicas e/ou
consultórios particulares, além da possibilidade de realizar plantões.
Dessa forma, o recém-formado pode conhecer mais de perto as
diferentes esferas da medicina, para assim escolher se especializar
naquela que mais gosta,como também, garantir a possibilidade de um
retorno financeiro mais rápido. Além disso, outras opções que seguem
essa mesma lógica são: a carreira de médico das forças armadas e o
ingresso no programa Médicos pelo Brasil. Tudo isso será detalhado em
capítulos específicos.
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
18
Trabalhar como médico generalista1.
2. Realizar especialização
A Especialização é definida como um curso de Pós-Graduação Lato
Sensu ou Strictu Sensu oferecida por instituições credenciadas e possui
mais foco acadêmico, ou seja, mais carga teórica do que prática. Na
modalidade Lato Sensu, a carga horária mínima é de 360 horas. As
aulas podem ser presenciais ou à distância e ao final do curso, é
necessária a apresentação de uma Monografia ou um Trabalho de
Conclusão de Curso (TCC). Porém, ao final de um curso de
especialização, o médico não recebe a titulação de especialista
naquela área, assim, a pós-graduação Lato Sensu entra mais como
uma formação complementar da graduação. É possível obter essa
titulação por meio da aprovação em provas de título organizadas por
Sociedades Médicas, contudo, nem todas as especialidades oferecem
essa opção. 
Escolha da residência: possibilidades e alternativas
19
A residência médica, assim como a especialização, também é
considerada uma modalidade de pós-graduação, porém, para
ingressar na residência é necessária a aprovação em um processo
seletivo. O programa de residência médica oferece uma bolsa e possui
carga horária prática bem mais elevada do que a especialização,
possuindo, em média, 2 anos, podendo variar entre áreas. A residência
confere título de especialista ao final dela, não sendo necessário
prestar prova de título.
A busca de uma vaga na residência costuma ser a opção mais
escolhida após a conclusão da graduação. O desejo de obter maior
qualificação e se tornar especialista na área médica de sua escolha
atinge cerca de 70% dos recém-formados. O tempo de curso e a
carga horária vão variar de acordo com o ramo escolhido, a
remuneração é por volta dos R$ 3.000,00 para 60 horas semanais.
Além disso, existe a possibilidade de fazer a residência em outro país,
porém o processo de entrada pode ser complexo. Após concluí-la, é
necessário fazer a revalidação do diploma para atuar no Brasil
3. Ingressar na residência médica
Já a pós-graduação na modalidade Strictu Sensu é a opção de
escolha para quem deseja fazer Mestrado e Doutorado em alguma
área do conhecimento e seguir carreira acadêmica como professor de
uma instituição ou pesquisador.
Apesar das diferenças, mesmo que você esteja completamente
decidido, ou completamente incerto sobre o que fazer, esperamos que
este congresso e este material possam te auxiliar na escolha de qual
caminho seguir. Independente de qual seja ele, bom trabalho e muito
sucesso!
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
20
A graduação médica é construída ao longo de seis anos, geralmente
divididos da seguinte forma:
21
Passadas essas etapas, conclui-se que o egresso, devidamente
aprovado em todas as disciplinas e tendo adquirido competências
técnicas, estará habilitado a desempenhar o raciocínio clínico com o
objetivo de realizar diagnósticos e estabelecer a terapêutica, sempre
se baseando nas evidências científicas mais recentes. Além disso,
espera-se que o recém-formado seja capaz de realizar procedimentos
cirúrgicos de baixa complexidade em ambientes ambulatoriais ou em
cenários de urgência e emergência.
Convém ressaltar que o médico generalista estará capacitado para
seguir as suas condutas baseadas nos protocolos elaborados pelas
sociedades médicas competentes, aplicando os conceitos da ética
médica e utilizando estratégias de comunicação verbal, não verbal e
escrita para o aprimoramento das relações interpessoais durante a
prática cotidiana nos diferentes níveis de atenção.
Graduação em
Medicina
Ciclo básico
(2 anos)
Ciclo clínico
(2 anos)
Internato
(2 anos)
CAPÍTULO 3
Médico generalista
Pâmela Joanes Rosa Guerra, Carolina Henrique da Silva
Ademais, deve estabelecer ações de prevenção, promoção de saúde e
reabilitação na perspectiva de uma assistência integral. O médico
generalista, portanto, é aquele que cumpriu os requisitos obrigatórios
para se tornar um profissional da medicina, possui um registro no CRM
(Conselho Regional de Medicina) que o autoriza a exercer a profissão,
porém não é detentor de nenhum título de especialidade e, por isso,
deve divulgar somente o nome, número do CRM e o termo “médico”
para fins de identificação e publicidade. A princípio, as áreas de
atuação do generalista parecem limitadas, no entanto, o profissional
pode transitar por diversos segmentos que possuem vantagens e
desvantagens:
Médico
Generalista
Consultório ParticularPlantão UBS
Contato com diversas áreas;
Forma rápida de ganhar
dinheiro;
Público amplo de pacientes.
Vantagens:
Rotina exigente e cansativa;
Atuar em áreas que não gosta;
Não conseguir focar nos
estudos se almejar um
Residência Médica. 
Desvantagens:
Carga horária personalizada;
Fechar parcerias com outros
médicos e dividir custos;
Maior potencial de
remuneração;
Vantagens:
Ser responsável pela gestão
do consultório;
Não ter muitos pacientes no
início;
Salário variável.
Desvantagens:
Rotina mais equilibrada em
relação aos outros serviços;
Salário fixo;
Público amplo e oportunidade
de atuar na Atenção Básica.
Vantagens:
Muitas vezes os recursos são
limitados;
Realizar procedimentos que
não gosta;
Baixa remuneração e
reconhecimento em
comparação com outros
serviços.
Desvantagens:
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
22
Uma das escolhas mais frequentes dos médicos generalistas é exercer
a função de plantonista, que consiste em atuar em ambientes de
urgência e emergência. Nesse cargo, o médico presta uma assistência
ao paciente que consiste na triagem, anamnese, exame físico,
prescrição de medicamentos e exames complementares que
eventualmente se façam necessários. O plantonista também
encaminha enfermos de risco aos serviços de maior complexidade,
garante a continuidade da atenção médica ao paciente em
observação ou em tratamento nas dependências da instituição até que
outro profissional assuma o caso, e, muitas vezes, monitora o paciente
crítico em processos de remoção e transporte a nível intermunicipal,
regional e estadual.
Processo de contratação: A grande maioria das
contratações ocorre de maneira informal através de
indicações ou envio de currículo por e-mail, porém
alguns hospitais contratam por meio de concursos
Remuneração: Em média 1.100 reais por cada
plantão de 12h. O valor varia conforme o local e a
instituição onde se presta serviço. Entre o plantão e
o pagamento pode haver um intervalo de um a
quatro meses
Plantão
Carga horária: Geralmente entre 6 a 12 horas, no
entanto, não deve ultrapassar 24 horas ininterruptas
Médico generalista: como é o mercado de trabalho?
23
Para aqueles que preferem uma rotina mais estável, outra possibilidade
é compor as equipes multiprofissionais que fazem parte da Estratégia
de Saúde da Família, atuando nas Unidades de Básica de Saúde (UBS).
A rotina do médico será basicamente realizar consultas clínicas,
pequenos procedimentos cirúrgicos e atividades em grupo na UBS.
Ademais, quando indicado ou necessário, ele deverá estender a
atuação a outros cenários, como ocorre nas visitas domiciliares e nos
demais espaços comunitários, realizando a estratificação de risco e
elaborando plano de cuidados para as pessoas que possuem
condições crônicas no território adscrito, isso sempre em conjunto com
os demais membros da equipe. Também cabe ao médico encaminhar,
quando preciso, usuários a outros níveis de atenção, mantendo sob sua
responsabilidade o acompanhamento do plano terapêutico prescrito e
indicar a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar. Além
disso, deve planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas pelos
ACS (Agentes Comunitários de Saúde) e ACE (Agentesde Combate às
Endemias) em conjunto com os outros membros da equipe
multiprofissional.
Processo de contratação: Normalmente ocorre
através de concursos públicos, mediante provas e
análise curricular
UBS
Remuneração: Em média 10 mil reais mensais,
podendo variar de acordo com a localidade
Carga horária: Geralmente 40 horas semanais
24
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
O médico generalista também poderá abrir seu próprio consultório.
Essa é uma escolha feita geralmente por quem deseja ter maior
controle do próprio tempo e não manter um vínculo empregatício com
uma empresa ou serviço público. Porém, possuir um consultório
particular demandará um aporte financeiro, conhecimentos em gestão,
além de estratégias que visarão atrair mais pacientes, ou seja, fatores
que poderão ser difíceis de conciliar com a vida pessoal e os esforços
demandados pela carreira médica em um primeiro momento. 
Existem outros caminhos que o médico generalista poderá seguir e que
serão tema de outros capítulos presentes neste guia.
25
Médico generalista: como é o mercado de trabalho?
ESPECIALIDADES
MÉDICAS
SEÇÃO 2SEÇÃO 2
ESPECIALIDADES
MÉDICAS
A cardiologia é a especialidade médica que se propõe a diagnosticar,
acompanhar e tratar doenças e alterações do coração e de outros
componentes do sistema cardiovascular. A especialidade tem como
pré-requisito a residência em Clínica Médica. A duração da residência
em Cardiologia é de dois anos e o médico cardiologista é capacitado
para trabalhar em diversos ambientes de saúde e lidar com uma
diversidade de situações clínicas relacionadas ao sistema
cardiovascular.
27
1. Rotina na cardiologia
O médico cardiologista pode atuar em clínicas, consultórios, hospitais
e demais unidades de saúde, públicas e privadas. O profissional pode
desempenhar diversas atividades, como a realização de consultas e
exames, investigação diagnóstica, elaboração de tratamentos, manejo
de doenças crônicas e acompanhamento de pacientes com quaisquer
comorbidades ou alterações relacionadas ao coração e ao sistema
cardiovascular como um todo, entre outras funções. As áreas de
atuação e capacitação do médico cardiologista são diversas e estão
sumarizadas no quadro 1.
- Métodos gráficos;
- Reabilitação;
- Tomografia;
- Dislipidemia;
- Hipertensão arterial;
- Eletrofisiologia invasiva;
- Ecocardiografia;
- Hemodinâmica e cardiologia intervencionista;
Quadro 1 – Principais áreas de atuação do médico cardiologista.
CAPÍTULO 4
Cardiologia
Igor Rodrigues Mendes, Eduarda Demoner Paseto
28
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
Graduação
(6 anos)
A residência em cardiologia tem duração de dois anos e possui, como
pré-requisito, a residência em Clínica Médica (Figura 1). Anualmente,
são oferecidas, aproximadamente, 923 vagas em todo o país. O
quadro 2 traz alguns exemplos de locais que oferecem residência
nessa especialidade.
2. Residência
Prova de
residência
Clínica Médica
(2 anos)
Prova de
residência
Cardiologia
(2 anos)
Prova de
título
Subespecialização
Figura 1 – Processo de formação do Médico Cardiologista, da
graduação à subespecialização.
O residente do primeiro ano (R1) tem maior atuação hospitalar, com
atendimento em enfermaria e pronto-atendimento cardiológico, por
exemplo, além de atuar em clínicas, com o acompanhamento de
pacientes com arritmias e/ou valvopatias. O residente do segundo ano
(R2) possui maior atuação ambulatorial, com a realização de exames
complementares e acompanhamento dos pacientes em procedimentos
cirúrgicos.
Após os dois anos de residência o profissional está habilitado para o
mercado de trabalho, podendo também optar por continuar os estudos
em uma subespecialidade de atuação clínica, diagnóstica ou
intervencionista (Quadro 3).
29
CEREM-GO 2
UFRJ 3
Fortaleza 
- CE
PSU CE 10
5
São Paulo
(SP) FMUSP 28
São José - SC SES-SC 8
Quadro 2 – Exemplos de locais que oferecem residência em Cardiologia.
Hospital
Cidade/
Estado
Edital Vagas
Fundação Hospital de Clínicas
Gaspar Vianna (FHCGV)
Belém - PA
Goiânia - GO
Rio de Janeiro
- RJ
PSU PA 4
Hospital das Clínicas - UFG
Hospital de Força Aérea do
Galeão (HFAG)
Hospital de Messejana
Hospital Universitário
Clementino Fraga Filho
Hospital Universitário 
USP
Hospital Veredas Maceió - AL PSU - AL 3
Instituto de Cardiologia de
Santa Catarina
Cardiologia
UFRJ
Rio de Janeiro
- RJ
30
Estimulação
cardíaca
Eletrofisiologia
invasiva
Quadro 3 – Algumas subespecialidades da cardiologia.
Atuação 
clínica
Dislipidemias
Miocardiopatias
Transplante
Hipertensão arterial
Eletrofisiologia cardíaca
Cardiopatias da mulher
Valvopatias
Coronariopatias
Cardiogeriatria
Cardiopatias congênitas
Cardio-intensivismo
Unidade coronariana
(UCO)
Pós-operatório de
cirurgia cardiológica
Ecocardiografia
Métodos gráficos
Ergometria e
reabilitação
Medicina nuclear
Tomografia
Ressonância magnética
Cardiologia
intervencionista
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
Atuação 
diagnóstica
Atuação 
intervencionista
3. Mercado de trabalho
Atualmente, há cerca de 15.516 cardiologistas no mercado. Desse total,
cerca de 30% dos profissionais são do sexo feminino, havendo
progressivo crescimento desse número a cada ano. A remuneração
média é de, aproximadamente, R$2.964 durante a residência e varia
entre R$6.500 e R$12.500 para o profissional após a residência.
31
Cardiologia
Apesar do grande número de profissionais, a perspectiva de mercado
de trabalho é muito boa, uma vez que há carência de profissionais em
relação ao aumento na incidência de doenças cardiovasculares,
aspecto que está relacionado ao aumento da expectativa de vida e ao
envelhecimento populacional.
A carga de trabalho do cardiologista é alta e as áreas de atuação são
muito amplas, conforme já discutido. O perfil dos pacientes é bastante
variado, incluindo significativamente aqueles mais idosos e com
doenças crônicas. A carga emocional desse especialista, por vezes, é
alta, uma vez que precisa aprender a lidar com as perdas de pacientes
que, geralmente, são crônicos ou graves.
Resumindo a Cardiologia
Entrada
Duração da residência
Média de vagas no país
Remuneração média
Nº de cardiologistas ativos
Pré-requisito em Clínica Médica
2 anos
923
R$6.500,00 a R$12.500,00
15.516
Estudantes que se identificam mais com a parte prática manual e
artística da medicina podem escolher as áreas cirúrgicas como sua
futura especialização. Para aqueles que têm essa afinidade, a Cirurgia
Geral é uma opção considerável, podendo ser feita tanto a opção de
residência quanto especialização. 
32
1. Residência
Cirurgia
Geral
Acesso direto
3 anos
2 anos
Título de
cirurgião geral
Coloprocto-
logia
Especialidades com pré-requisito
em cirurgia geral
A cirurgia geral é um pré-requisito de muitas subespecialidades. Dessa
forma, a residência exige bastante dedicação, já que os
conhecimentos serão necessários na prática profissional e em
subespecialidades que requerem maior capacidade técnica.
Cirurgia 
pediátrica
Cirurgia 
oncológica
Urologia
Medicina
intensiva
CAPÍTULO 5
Cirurgia Geral
Mateus Pena Magalhães, Felipe Azevedo Rong
33
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
O residente recebe uma bolsa padronizada para todos os serviços no
valor bruto de R$ 3.300,00. Além disso, existe a possibilidade de
complementar a renda por meio de plantões feitos durante a
residência. No entanto, a extensa carga horária semanal pode
dificultar essa prática.
R1
- Avaliação e estabilização de pacientes;
- Ano de clínica cirúrgica, convive mais com
os pacientes e os prepara para a cirurgia. 
2. Atribuições durante a residência
R2
- Realiza pequenas cirurgias;
- Supervisiona o R1.
R3
- Atua em pós-operatórios complicados;
- Supervisiona o R1 e o R2.
3. Áreas de atuação
O cirurgião geral pode desempenhar suas funções em clínicas,
hospitais privados, hospitais públicos e outros serviços.
Cirurgia
Geral
- Plantões em pronto-socorro;
- Consultórios de procedimentos pré-cirúrgicos;
- Atendimentoambulatorial;
- Cirurgias eletivas; 
34
Cirurgia Geral
Apesar de ser uma das especialidades com números elevados de
profissionais formados, cerca de 34.000, o mercado de trabalho é
crescente. O médico, para estar preparado em todos os aspectos,
além da habilidade na prática cirúrgica, deve saber se relacionar bem
com os pacientes e seus familiares, uma vez que o contato entre esses
é grande, sem mencionar a boa relação com os colegas de trabalho,
tendo em vista que os procedimentos são feitos em equipe. Exercendo
essa profissão, a remuneração é, em média, R$ 7.200,00 para uma
carga horária de 20h semanais. 
A residência em cirurgia geral é marcada por uma rotina com muita
adrenalina e intensidade. O profissional, ao adentrar nessa área, deve
possuir noção do que almeja para seu futuro, pensando na carga
horária laboral a qual será submetido durante o exercício da profissão,
marcada, muitas vezes, por plantões e expedientes em sobreaviso. Por
isso, deve-se atentar bem para a sua formação, investindo naquilo que
o possibilitará escolher o campo mais desejado, sem deixar de
considerar o bem-estar pessoal com a sua jornada de trabalho.
4. Mercado de trabalho
5. Estilo de vida
Resumindo a Cirurgia Geral
Entrada
Duração da residência
Média de vagas no país
Remuneração média
Nº de cirugiões gerais ativos
Acesso direto
3 anos
2006
R$7.271,00
34.065
Residência em
cirurgia geral
(3 anos)
Residência em
cirurgia do trauma
(1 ano)
Cirurgia do Trauma é a subespecialidade da cirurgia que foca nos
procedimentos cirúrgicos de urgência e emergência, realizados em
pacientes que sofreram algum trauma recente. Esse tipo de enfermo
diferencia-se dos demais pela necessidade de intervenções agressivas,
procedimentos rápidos e controle de hemorragias. Ademais, o médico
especialista nessa área deve estar preparado para lidar com pacientes
em risco iminente de óbito, assim como ter a capacidade emocional de
lidar com um maior número de mortes quando comparado às outras
áreas da Medicina.
Medicina
(6 anos)
35
Pré-requisito
Observação: residência na Área Cirúrgica Básica, que tem duração de 2 anos, não oferece subsídios para
entrada na residência em cirurgia do trauma, habilita apenas para procedimentos cirúrgicos mais simples.
Minas Gerais
Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro
Hospital João XXIII
Hospital Municipal Odilon Behrens
Hospital Risoleta T. Neves
1. Pré-requisitos para se tornar um cirurgião do trauma
2. Hospitais de referência para residência
CAPÍTULO 6
Cirurgia do Trauma
Petrina Rezende de Souza, Noelle Dias Almeida Costa, Alaôr Reis Filho
36
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
Gostar de estudar e fazê-lo com frequência;
Boa formação cirúrgica;
Possuir conhecimento profundo e consolidado de anatomia, tendo
em vista que o trauma atinge o organismo como um todo. Assim, a
partir da anatomia, é possível atuar na fisiologia do corpo humano;
Ser dinâmico e dedicado.
Bahia Hospital do Subúrbio
Rio de
Janeiro
Hospital Municipal Lourenço Jorge
Hospital Municipal Miguel Couto
Hospital Estadual Getúlio Vargas
Hospital Municipal Salgado Filho
São Paulo
Faculdade de Ciências Médicas – Unicamp
Faculdade de Medicina de São José do Rio
Preto
Hospital das Clínicas da Faculdade de
Medicina - FMRP USP
Rio Grande
do Sul
Hospital de Pronto Socorro
Hospital Cristo Redentor
Pará
Hospital Metropolitano de Urgência e
Emergência
3. Principais características que o residente deve
apresentar
37
Cirurgia do trauma
Durante a residência de cirurgia do trauma, é possível realizar plantões
extras, uma vez que é necessário cumprir uma carga horária exata de
sessenta horas semanais com plantões alternados. Logo, sobra tempo
durante a semana para a realização dos plantões para além da
residência.
Depende do que você programa para sua vida. É raro atender trauma
em consultório. Logo, é uma rotina majoritária de plantões, sendo
comum ser chamado em horários fora do serviço. Os centros públicos
são a maioria quando se trata de locais de trabalho, porque tal
especialidade exige procedimentos com alto custo, sendo mais rara
em hospitais privados. Entretanto, essa realidade está sendo, aos
poucos, alterada.
Contratação
por concurso
Pontuação extra para especializados em cirurgia do trauma
Pode ser temporária ou efetiva
Geralmente são 24 horas semanais, na forma de plantões
A expectativa é de melhoria e expansão do mercado, posto que a
Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
(SBAIT) está criando centros especializados de cirurgia de trauma, o
que demandará uma maior quantidade de profissionais formados na
área. É válido ressaltar ainda que, normalmente, os profissionais da
área não são de dedicação exclusiva.
4. É possível realizar plantões extras?
5. Como é a disponibilidade de emprego?
Não há nenhum preparo ou técnica específica. A experiência e o
tempo de atuação tornam o profissional mais hábil ao lidar com as
situações cotidianas da profissão. É importante gostar do que faz e da
adrenalina durante todo o plantão. Além disso, é fundamental uma boa
relação entre residente e preceptor, o qual deve oferecer orientação e
segurança ao seu aprendiz.
Atualmente, com uma grande disponibilidade de recursos, a
abordagem é diferente. O objetivo central é salvar a vida do paciente
primeiro, conter hemorragia, reanimá-lo e, se der tempo, corrigir as
demais fatalidades no bloco cirúrgico. Logo, esse momento inicial deve
ser o mais breve possível, entre quinze a vinte minutos. Após
reestabelecido o paciente, o médico ainda tem um intervalo de
descanso para então entrar no bloco cirúrgico, o qual não demandará
tanto tempo a mais.
38
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
Importante dedicar sempre um tempo à própria saúde física e mental
Salvar a vida
do paciente
Bloco
cirúrgico
Ser rápido e objetivo Não são cirurgias longas
2º1º
6. Existe algum preparo psicológico para lidar com a
área?
7. Existe algum preparo físico especial tendo em vista
a alta frequência de plantões nessa especialidade?
Cirurgia do trauma
39
Aprendizado
Tempo
A curva de aprendizado
apresenta crescimento
contínuo, sempre existindo um
caso novo e sendo impossível
estar 100% preparado.
Plantões 12 horas
24 horas semanais
R$ 800,00 a R$ 1200,00/plantão
Hospital público
Hospital privado
R$7.000,00 a
R$8.000,00/mês
R$15.000,00 a
R$16.000,00/mês
Proatividade
Trabalho
em equipe Agilidade
Boa
vontade
Entusiasmo
Gostar do
que faz
8. Curva de aprendizado: qual o tempo estimado
para estar seguro e exercer a profissão de maneira
plena?
9. Remuneração média
10. Características pessoais importantes para se
tornar cirurgião do trauma
40
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
Entrada
Duração da residência
Média de vagas no país
Remuneração média
Nº de cirugiões do trauma ativos
Pré-requisito: Cirurgia Geral 
1 ano
55
De R$7.000,00 a R$16.000,00
-
Resumindo a cirurgia do trauma
Para quem está em busca de uma especialidade ampla e com várias
opções de caminhos a seguir, a gastroenterologia pode ser uma boa
escolha. O especialista dessa área vai lidar com as doenças de todo
aparelho digestivo, podendo atuar em vários cenários, e, se desejar, se
especializar em endoscopia ou hepatologia. 
41
Pré-requisito
Medicina
(6 anos)
Residência em
Clínica Médica
(2 anos)
Residência em
Gastroenterologia
(2 anos)
Em geral, a especialização é
voltada para o ambiente
hospitalar e de enfermaria,
tratando, por exemplo,
pacientes cirróticos, e
preparando-os para exames
como a colonoscopia. 
As atribuições do residente se
alteram, passando para um
ambiente ambulatorial, com
maior contato com a
endoscopia e com paciente
com quadros mais graves. 
R3 R4
1. Pré-requisitos para se tornar um gastroenterologista
2. Rotina do residente (varia em cada serviço)
CAPÍTULO 7
Gastroenterologia
Mariana Cordeiro Schneider, Matheus Luiz da Silva
Endoscopia
Gastro-
enterologia
Clínica
médica
Medicina
42
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
Hospitais
Ambulatórios
Consultórios
Medicinaintensiva
Medicina
clínica
Hepatologia
No Brasil, há cerca de 5000 especialistas nessa área, sendo que
metade se concentra na Região Sudeste e menos de 5% na Região
Norte. O mercado de trabalho é menos concorrido onde tem-se menos
profissionais, mas em todos os locais há espaço para os clínicos, em
especial os que tratam dos quadros de maior gravidade.
3. Áreas de atuação
4. Possíveis trajetórias
43
Gastroenterologia
O investimento para começar é
relativamente baixo, pois a
estrutura é simples. No entanto, a
remuneração também é menor, o
que acaba sendo compensado
pelo volume considerável de
pacientes, seja em grandes
centros ou no interior. 
Consultório
Para iniciar a carreira com
procedimentos como a
endoscopia, o investimento inicial
é alto pela necessidade de
aquisição de equipamentos caros.
A remuneração nessa área é maior
que no consultório, mas a procura
pelo endoscopista varia, sendo
maior nos grandes centros. 
Endoscopia
No Brasil, o gastroenterologista recebe, em média, R$ 4.100,00 para
uma jornada de 15 horas semanais, a faixa salarial fica entre R$
3.600,00 e R$ 8.600,00. Já para o endoscopista, varia de R$ 4.600,00
a R$ 10.400,00, com uma média salarial de R$5.100,00 para jornada de
27 horas semanais.
5. Início de carreira
6. Remuneração
7. Análise da gastroenterologia
Vantagens
Área ampla e diversificada;
 Acompanha a evolução do
paciente;
Resolutiva, na maioria das vezes.
Desvantagens
Complexidade da especialidade;
Dificuldade do médico para se
estabelecer profissionalmente.
44
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
Entrada
Duração da residência
Média de vagas no país
Remuneração média
Nº de profissionais ativos
Pré-requisito: Clínica Médica 
2 anos
192
R$7.500,00 a R$15.000,00
4.881
Resumindo a Gastroenterologia
A Ginecologia e Obstetrícia é uma especialidade médica clínica e
cirúrgica que abrange uma ampla esfera da medicina e engloba, de
forma geral, tanto a saúde da mulher quanto a reprodução humana.
Assim, o profissional da área é formado para lidar com questões
relacionadas não só ao aparelho reprodutivo feminino e às mamas,
mas também com as que compreendem o período desde a concepção
até pós-parto.
Na prática, a diferença entre as áreas de abordagem não tende a ser
tão nítida, se misturando em muitas situações, mesmo que na maioria
dos casos o especialista recém titulado dê um enfoque maior a
determinada área ou até mesmo se volte para uma subespecialidade.
45
1. Residência
A residência de Ginecologia e Obstetrícia tem acesso direto e duração
mínima de 3 anos, com possibilidade de extensão dependendo da
instituição que oferece o programa. Essa especialização possui uma
das maiores concorrências dentre as especialidades médicas,
principalmente em grandes centros e grandes instituições.
Uma vez dentro do programa de residência, o profissional tem uma
carga horária média de 60h semanais e recebe uma bolsa de cerca de
2900 reais por mês, dependendo da instituição.
CAPÍTULO 8
Ginecologia e Obstetrícia
Alexandre da Costa Pinto Lopes, Matheus Moura Novelli
46
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
O esquema de ensino e a distribuição da carga horária adotada pela
residência varia de acordo com o local onde o programa é oferecido,
mas pode ser resumido da seguinte forma:
- De forma geral, essa fase é predominantemente voltada
para a formação obstétrica do profissional, por meio da
atuação em plantões e centros específicos para cenários
clínicos e cirúrgicos relacionados a pré-natal, parto e pós-
parto, além de ambulatórios e enfermarias para gestações
de baixo e alto risco.
- Algumas instituições ainda oferecem cenários relacionados
à ginecologia, como planejamento familiar, patologia de
trato genital inferior, questões endócrinas, entre outras. 
- Nessa fase, o residente tem sua atuação mais voltada para
a ginecologia, lidando de forma direta com diversas
subespecialidades por meio de ambulatórios especializados
em oncologia, mastologia, reprodução assistida, entre outros,
que podem incluir cenários práticos e cirúrgicos.
- No último ano obrigatório da residência, o profissional tem
formação voltada para situações de maior gravidade, como
gravidez de alto risco, e lida com condutas e técnicas gerais
e específicas da especialidade, além de ter contato próximo
com exames de imagem, como ultrassonografia.
- Geralmente é nessa fase que o residente se prepara e se
decide em relação à extensão do programa,
subespecialidades e áreas de atuação no mercado de
trabalho.
R1
R2
R3
47
Ginecologia e Obstetrícia
Com o fim da residência, para ser titulado como especialista em
Ginecologia e Obstetrícia, é preciso ter concluído o programa em uma
instituição reconhecida pelo Ministério da Saúde ou realizar o exame
de titulação oferecido pela FEBRASGO.
Atendimento de pré-natal, parto e pós-parto: geralmente
caracterizada por horários menos previsíveis devido às
particularidades da gestação e do parto. 
Atendimento ambulatorial: seja ele em âmbito público ou em
clínicas privadas, permite uma melhor organização dos horários,
principalmente na ginecologia. 
Atendimento por Plantões: alternativa que geralmente é
associada a outra forma de atuação e permite uma melhor
organização dos horários.
Meio Acadêmico.
A Ginecologia e Obstetrícia é uma área completa, de contato próximo
com o paciente e que oferece diversas áreas de atuação para o
profissional recém titulado, seja em âmbito ambulatorial, hospitalar,
clínico, cirúrgico ou laboratorial. Atualmente, o especialista pode optar
por uma atuação mais generalista ou se subespecializar em
determinada área, sendo que a transição pode ocorrer de acordo com
as oportunidades da carreira ou por afinidade individual.
Na maioria dos ambientes, além de atuar de forma clínica e cirúrgica,
é possível trabalhar com a realização de exames de imagem,
principalmente a ultrassonografia. Assim, as principais áreas de
atuação são:
2. Áreas de atuação e mercado de trabalho
48
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
O investimento inicial na esfera privada depende da complexidade do
serviço a ser oferecido, entretanto a maioria dos especialistas se
associa inicialmente a outros profissionais ou a centros já equipados, o
que reduz consideravelmente os custos.
Por ser uma especialidade muito vasta, surgiram diversas
subespecialidades voltadas para capacitação técnica e com maior
aprofundamento profissional. As principais subespecialidades
existentes atualmente são:
Dor pélvica 
Climatério
Endocrinologia Ginecológica
Sexologia
Ginecologia Infantopuberal
Videohisteroscopia
Videolaparoscopia
USG Ginecológica e Obstétrica
Infecção Genital 
Mastologia
Medicina Fetal
Oncologia Clínica e Cirúrgica
Patologia do Trato Genital
Inferior
Planejamento Familiar
Reprodução Humana
Uroginecologia e Cirurgia
Vaginal
Entrada
Duração da residência
Média de vagas no país
Remuneração média
Nº de profissionais ativos
Acesso direito
3 anos
1.100
R$7.000,00 a R$15.000,00
30.425
Resumindo a Ginecologia e Obstetrícia
A Medicina de Família e Comunidade (MFC) é uma especialidade
médica criada, inicialmente, com o nome de Medicina Geral
Comunitária, em Porto Alegre, no ano de 1976. Diferentemente das
demais áreas médicas, as quais segmentam e compartimentalizam o
corpo humano, a MFC visa enxergar o indivíduo em seu contexto
biopsicossocial, criando vínculos que facilitarão o acompanhamento
integral na atenção primária à saúde (APS), sendo que o perfil dos
pacientes independe de gênero e idade.
Dessa maneira, o profissional que optar por seguir essa área deverá
saber que toda a prática médica é centrada na pessoa. Além disso,
pelo fato de o acompanhamento ser integral e ao longo da vida, a
atuação não se limita ao cenário de adoecimento, mas também na
promoção e prevenção de doenças e na reabilitação, tudo isso com
ênfase na atenção primária, a qual é a base de todo o sistema de
saúde.
49
MFC's
"Especialistas
em gente"
Potencial de sanar
80-90% das
demandas em saúde
A residência médica em Medicina de Famíliae Comunidade é de
acesso direto, com duração de dois anos e carga horária de 60h
semanais, as quais raramente são excedidas.
1. Residência
CAPÍTULO 9
Medicina de Família 
e Comunidade
Farley Reis Rodrigues, Álvaro Coura Castro, Sávio Marques de Souza
50
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
Durante a formação, diferentemente do que se pensa, o treinamento
não é restrito ao ambiente da Atenção Primária, apesar de ela
preencher a maior parte da carga horária. Existem estágios divididos
na Atenção Ambulatorial, em que os residentes passam por rodízios em
ambulatórios de, por exemplo:
 - Dermatologia; - Ginecologia e Obstetrícia;
 - Saúde Mental; - Pediatria;
 - Pequenas Cirurgias.
Os médicos de família estão
amplamente capacitados para atender
a maior parte das demandas dos
pacientes, desde aquelas que figuram
como um caráter clínico até a
realização de pequenos procedimentos.
Tudo isso com um fator
importante e que faz
grande diferença na
adesão dos tratamentos: a
visão centrada na pessoa
e não na doença.
Há grande oferta de vagas para a MFC, sendo que, em 2017, havia
cerca de 2969 postos para R1. Destas, somente 1043 foram
preenchidas, de acordo com os dados da Demografia Médica Brasil
2018. A remuneração é de cerca de R$ 2.964,13 líquidos (valor previsto
pela bolsa ofertada pelo MEC). Contudo, dependendo do local de
trabalho, pode haver um bônus acrescido a essa quantia, variando de
R$ 3.000,00 a R$ 7.000,00. Há a possibilidade de se realizar uma
subespecialização (R3) em Medicina Paliativa, Gestão em Serviços de
Saúde e em Preceptoria. 
Ademais, por ser uma especialidade relativamente nova, é
desconhecida por grande parcela da população, inclusive entre os
 ...
51
Medicina de Família e Comunidade
estudantes de graduação em medicina (quando ingressam no curso),
sendo confundida, muitas vezes, com Clínica Médica. Entretanto, os
principais pontos que diferenciam essas áreas são o enfoque
comunitário e no indivíduo, além da continuidade do cuidado que a
MFC possui.
É importante, também, destacar que a MFC não é restrita ao ambiente
das Unidades de Saúde da Família (USF). Há possibilidades de
atuação em ambulatórios da especialidade, realização de contrato
com prefeituras, atuação em USFs e trabalho em consultórios
particulares. Além disso, o profissional pode atuar até mesmo no setor
privado, uma vez que os planos de saúde têm incentivado a
contratação de Médicos de Família, devido ao alto potencial de
resolutividade e capacidade de reestruturação dos serviços de saúde. 
Além disso, caso queira seguir carreira acadêmica, é possível optar
pela realização de concursos para trabalhar em universidades. Há uma
grande demanda nessa área, sobretudo em universidades particulares.
Áreas de
atuação
APS: setor público e privado
Carreira acadêmica
Ambulatórios
Cargos administrativos nos serviços de saúde.
Como dito ao longo do texto, a grande resolutividade das demandas
faz com que essa área seja vista com bons olhos, tanto para o setor
 ..
2. Áreas de atuação
3. Perspectivas futuras
52
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
privado como o público, já que há melhor aproveitamento e aplicação
dos recursos financeiros.
Outro ponto a ser destacado é que a MFC sofrerá mínima interferência
com os adventos tecnológicos e algoritmos da inteligência artificial, já
que preconiza-se a relação médico-paciente. As tecnologias serão
bem-vindas para agregar no processo.
Com isso, se você pensa em escolher uma área com rotina fixa, sem
necessidade de ficar de sobreaviso e dar plantões, além da alta
resolutividade, foco na pessoa e amplas possibilidades de atuação,
certamente a MFC é uma opção a ser considerada.
Resumindo a Medicina de Família e Comunidade
Entrada
Duração da residência
Média de vagas no país
Remuneração média
Nº de profissionais ativos
Acesso direito
2 anos
2969
R$8.500,00 a R$17.000,00
5.486
A Medicina do Exercício e do Esporte (MEE) é uma especialidade
médica que tem como objetivo, de modo geral, orientar a prática
adequada de esportes e exercícios físicos, tendo como base o perfil do
paciente. O profissional da área tem um papel de grande importância,
uma vez que a atividade física regular bem executada tem influência
clara na saúde do indivíduo como um todo, reduzindo a mortalidade e
a incidência de diversas doenças, além de melhorar a qualidade de
vida.
A função do especialista em MEE pode incluir a melhora de
performance de atletas, a prevenção e a recuperação de lesões ou
doenças relacionadas ao esporte e a orientação da prática de
atividades físicas por indivíduos saudáveis ou com doenças crônicas,
como as cardiovasculares, pulmonares, endócrinas, metabólicas, dentre
outras. 
53
1. Residência
Apesar de a Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do
Esporte (SBMEE) ter sido criada há quase 60 anos, a residência em
questão teve início apenas no ano de 2007. Dessa forma, a maioria
dos especialistas ativos não realizaram a residência, apenas focaram
no âmbito relacionado ao exercício e ao esporte dentro de sua
especialidade de origem e foram aprovados na prova de titulação da
SBMEE.
Medicina do Exercício 
e do Esporte
Alexandre da Costa Pinto Lopes, Luiz Gustavo Alves Palhares
CAPÍTULO 10
54
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
A residência apresenta acesso direto (sem pré-requisito), tem duração
de 3 anos e, atualmente, só está disponível em 5 instituições brasileiras:
Lo
ca
is
 d
e 
re
si
d
ên
ci
a Universidade Estadual de São Paulo (UNESP) - Botucatu
Universidade de Caxias do Sul (UCS)
Universidade de São Paulo (USP)
Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (IAMSPE)
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
A formação do profissional é essencialmente clínica, apesar da
possibilidade de contato básico com técnicas cirúrgicas e
procedimentos, e a carga horária se limita a 60h semanais. As
atribuições do residente variam tanto com a progressão da
especialização quanto com o local onde ela é realizada.
Especificamente no Hospital das Clínicas (HC) da USP, a divisão ocorre
da seguinte forma:
- Mais voltado para a formação básica em
clínica médica, atuando principalmente em
ambulatório geral, enfermaria, atenção
primária e pronto socorro;
- Envolve passagem pela pediatria e um
total de 12 plantões durante o primeiro ano. 
R1
55
Medicina do Exercício e do Esporte
Durante os 3 anos de especialização, o residente no HC da USP possui
uma rotina semanal baseada em conteúdos práticos de segunda a
quinta-feira, conteúdo teórico na sexta-feira e fim de semana
geralmente livre. Isso torna a rotina do residente mais flexível para
encaixar outros compromissos além da residência, como plantões e
estágios, complementando a bolsa de auxílio paga durante a
especialização.
A residência de MEE ainda não oferece a oportunidade de extensão 
 ..
- Maior enfoque na especialidade,
com atuação em ambulatórios
próprios da área, realização e
análise de exames como
ergoespirometria, eletrocardiograma
e outras avaliações cardiovasculares
pré-participação esportiva, inclusive
em clubes de alto rendimento;
- Oferece uma perspectiva
multiprofissional de contato direto
com áreas como a fisioterapia, por
meio da reabilitação, reeducação
do movimento e análise
biomecânica.
R2 R3
- Atua dentro da MEE, lidando não
só com ambulatórios próprios, mas
também com áreas adjacentes de
uma maneira voltada ao exercício e
ao esporte, como ambulatórios da
dor, do sono, da compulsão e de
cardiologia. 
- Também atua em clubes
profissionais de alto rendimento e
tem a proposta de fazer uma
correlação entre os conhecimentos
obtidos nos 2 primeiros anos de
residência com a prática
profissional do especialista.
56
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
do programa com enfoque em uma área específica da especialidade
(R4, R5...), como ocorre em outras áreas como ortopedia e cardiologia.
Dessa forma, muitos profissionais acabam criando um direcionamento
para áreas específicasde acordo com oportunidades, especialidades
anteriores ou preferências individuais.
Após a residência, para se apresentar como especialista em Medicina
do Exercício e do Esporte, o profissional deve realizar e ser aprovado
na prova de Título aplicada anualmente pela SBMEE.
2. Áreas de atuação e mercado de trabalho
Associações ou Clubes Esportivos;
Acompanhamento de Atletas de Alto Desempenho;
Serviços de Reabilitação; 
Consultório;
Apesar de ser uma especialidade geralmente associada ao
acompanhamento de atletas de alto desempenho e de clubes
esportivos profissionais, as áreas de atuação do especialista não se
limitam a essa esfera. As principais possibilidades de mercado de
trabalho atuais para o profissional podem ser resumidas da seguinte
forma:
De acordo com a área de atuação principal do profissional, ainda
existe a possibilidade de realizar procedimentos como infiltração em
articulações, agulhamento seco, terapia por ondas de choque, entre
outros.
57
Medicina do Exercício e do Esporte
Assim como durante a residência, o ambiente de trabalho do
especialista em MEE é geralmente multiprofissional e pode envolver
fisioterapeutas, educadores físicos, nutricionistas, psicólogos e outras
especialidades médicas, como ortopedia, cardiologia e
endocrinologia.
De modo geral, com o aumento da valorização da saúde por meio da
atividade física, a perspectiva atual é de que a especialidade continue
se desenvolvendo, com expansão do mercado de trabalho e das áreas
de atuação. Dessa forma, visando ampliar ou reciclar os
conhecimentos, o especialista pode optar pela realização de cursos de
pós-graduação em MEE regulamentados e autorizados pelo Ministério
da Educação, os quais são divulgados pela SBMEE em seu site oficial.
Entrada
Duração da residência
Média de vagas no país
Remuneração média
Nº de profissionais ativos
Acesso direto
3 anos
19
De R$6.500,00 a R$13.000,00
Cerca de 869
Resumindo a Medicina do Exercício e do Esporte
A acupunturiatria é uma especialidade médica generalista, de entrada
direta, com duração de dois anos, cujo profissional é capacitado para
atuar em diferentes técnicas da Medicina Tradicional Chinesa (MTC),
não apenas a acupuntura, auxiliando no tratamento da dor em
diferentes contextos.
O termo “acupuntura” refere-se, historicamente e de maneira
específica, apenas ao procedimento executado, que consiste na
inserção de agulhas na superfície corporal, em pontos específicos,
para fins de tratamento de diversos problemas de saúde. Já a
“acupunturiatria” refere-se ao conhecimento completo da
especialidade médica, que abrange desde a antiga medicina chinesa
até a medicina contemporânea mais avançada, com todos os seus
recursos, segurança e tecnologia.
58
1. Rotina na acupunturiatria
A atuação na Atenção Primária à Saúde (APS) é muito comum, já o
atendimento em hospitais é mais raro. Podem ser realizados
procedimentos como sessão de acupuntura e estimulação elétrica
transcutânea.
O profissional tem boa qualidade de vida, tendo tempo para
dedicação à família e projetos pessoais. Por ser uma especialidade
generalista, pode ser aplicada dentro de outras especialidades, como
Clínica Médica e Medicina de Família e Comunidade.
Medicina Oriental -
Acupunturiatria
CAPÍTULO 11
Romário Brunes Will, Lucas Cápia Castro de Carvalho
59
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
Algumas das áreas e locais de atuação do médico acupunturiatra
estão sumarizadas na Figura 1.
Acupuntura/
Acupunturiatria
2. Residência
APS
Sessão de
acupuntura
Clínicas
Estimulação
elétrica
transcutânea
Centros de
especialidades
Figura 1 – Principais áreas e locais de atuação do médico acupunturiatra
A residência em acupunturiatria é de acesso direto e tem duração de
dois anos. Anualmente são oferecidas, aproximadamente, 23 vagas em
todo o país. Segundo dados do ano de 2018, 19 dessas vagas não
foram ocupadas em 2017.
60
Distrito Federal -
DF
Universidade de São
Paulo (USP)
São Paulo - SP
Vitória - ES
Hospital
Cidade/
Estado
Vagas
Recife - PE
Hospital das Clínicas da Universidade
Federal de Pernambuco (HC-UFPE)
Hospital de Base do 
Distrito Federal
Universidade Federal de São Paulo
 (UNIFESP)
Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa
 e Inovação em Saúde (ICEPi)
Universidade Federal de Santa Catarina
 (UFSC)
Florianópolis -
SC
Medicina Oriental - Acupunturiatria
A tabela 1 traz alguns dos locais que oferecem residência nessa
especialidade.
2
2
1
São Paulo - SP 3
4
1
Tabela 1 – Alguns locais que oferecem residência em Acupunturiatria.
Ao final da residência, o médico recebe, de forma automática, o Título
de Especialista em Acupuntura (TEAC). Já aqueles que optaram por
fazer curso de especialização reconhecido pelo Colégio Médico
Brasileiro de Acupuntura (CMBA) precisam, ao final do curso, realizar
uma prova para a obtenção do TEAC. A Figura 2 resume o processo de
formação do médico acupunturiatra.
61
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
A rotina do R1 e R2 é um pouco cansativa, com realização de plantões
passando por áreas como ortopedia, clínica médica, ginecologia e
obstetrícia e neurologia. A bolsa é de cerca de R$2.900,00 líquidos,
mas alguns residentes dão plantões extras para complementar a renda,
apesar da rotina laboriosa que a residência exige.
Graduação
em Medicina
Residência em
acupunturiatria
Especialização
Mercado de
trabalho
TEAC
Figura 2 – Processo de formação do Médico Acupunturiatra.
3. Vida do residente
4. Mercado de trabalho
Atualmente, há cerca de 3600 médicos acupunturiatras no mercado,
sendo que o maior número de profissionais se concentra na região
centro-sul do Brasil. A remuneração varia de R$6.500,00 a
R$12.500,00. A demanda é alta, o mercado é amplo e a área de
atuação mais relevante é a do tratamento das queixas de dor,
dividindo espaço com outras oito especialidades (anestesiologia,
clínica médica, medicina física e reabilitação, neurocirurgia,
neurologia, ortopedia, pediatria, reumatologia). Esta área, atualmente,
também tem ganhado espaço entre pacientes oncológicos.
62
Entrada
Duração da residência
Média de vagas no país
Remuneração média
Nº de profissionais ativos
Acesso direto
2 anos
23
De R$6.500,00 a R$12.500,00
3.598
Resumindo a Medicina Oriental - Acupunturiatria
Medicina Oriental - Acupunturiatria
Nefrologia é uma especialidade médica dedicada ao diagnóstico e
tratamento clínico de doenças do sistema urinário, principalmente
aquelas relacionadas ao rim. Devido à importância desse órgão para a
fisiologia de todo o organismo, essa especialidade permite uma
interface com outras, tais como reumatologia, hematologia,
endocrinologia, que tratam outros sistemas, e, em especial a
cardiologia, haja vista as diversas repercussões que as doenças
cardiovasculares provocam nos rins. Logo, para atuar nessa área, o
médico deve estar pronto para lidar não só com pacientes que
possuem algum grau de falência renal, mas também com várias
comorbidades, como dislipidemias, doença mineral óssea, distúrbios
metabólicos, entre outras.
A especialidade é desafiadora, lidando com muitos pacientes graves
ou crônicos, e flexível, uma vez que possibilita a atuação em diversas
áreas. 
63
Pré-requisito
Medicina
(6 anos)
Residência em
Clínica Médica
(2 anos)
Residência em
Nefrologia
(2 anos)
60h semanais
1. Pré-requisitos para se tornar um nefrologista
CAPÍTULO 12
Nefrologia
Pedro Alexandre Henriques Pedretti, Larissa Santos Jacovine
64
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
O esquema adotado pela residência varia de acordo com a instituição,
mas pode ser resumido da seguinte forma: 
Unidade de Internação
25%
Ambulatório de Nefrologia e Especialidades
20%
Interconsulta nefrológica
20%
Serviço de Terapia Renal Substitutiva
15%
Atividades didáticas
10%
Estágios opcionais
10%
Estágios
opcionais
Imagem em
nefrologia
Laboratório
clínico
Nefro inter-
vencionista
Nefrologia
pediátrica
 Nutrição e
dietética
Patologia
renal
UTI
Urologia
Transplante
renal2. Distribuição da carga horária na residência
3. Exemplos de estágios opcionais
65
Nefrologia
Apesar da agenda apertada, alguns profissionais podem optar por
complementar a renda através de plantões, que geralmente tem uma
boa disponibilidade, principalmente no próprio local de residência.
Ademais, é comum nefrologistas darem plantões em UTI’s. 
Ambulatório
Consultório
particular
Cuidados
paliativos
Medicina
preventiva
UTI
Nefro inter-
vencionista
Diálise
Transplantes
Carreira
acadêmica
Além dessas áreas, observa-se um aumento na parte de
procedimentos, principalmente aqueles que envolvem a implantação
de catéteres vasculares, acessos venosos, catéteres para a diálise
peritoneal, biópsia renal, entre outros. Uma prática bastante comum
entre os nefrologistas é a realização de plantões em centros de
hemodiálise, que podem ser clínicas especializadas ou dentro de
hospitais. 
Vale lembrar a atuação deste profissional na medicina preventiva, já
que a doença renal crônica é, na imensa maioria das vezes, causada 
 ..
4. Plantões extras
5. Áreas de atuação e mercado de trabalho
66
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
por doenças cada vez mais frequentes na população que está
envelhecendo: a diabetes e a hipertensão. Logo, saber manejar
pacientes com essas patologias e prevenir o aparecimento de lesões
renais causadas por elas é de suma importância, seja promovendo
qualidade de vida ou diminuindo custos do sistema de saúde. Nessa
área o profissional deve estar preparado e apto para interromper os
tratamentos invasivos de forma ética e ainda ser capaz de oferecer
uma série de cuidados para que o paciente tenha conforto e
dignidade no final da vida e possa fazer sua passagem de forma
tranquila e sem sofrimento. 
Destaca-se que o Nefrologista também deve estar muito presente na
vida dos seus pacientes, pois, como muitos apresentam doenças
crônicas, um laço muito intenso é criado entre ambas as partes.
Portanto, é importante que o médico saiba lidar com as emoções,
anseios, medos e angústias de seus pacientes, oferecendo não só o
melhor tratamento possível, mas também um acolhimento, carinho,
atenção e disponibilidade por toda a vida. 
Por fim, o Nefrologista deve estar preparado para o futuro da profissão
e deve buscar se aliar às inovações tecnólogicas, como a telemedicina
e novos tratamentos, para exercer o ofício de forma correta, plena e
satisfatória, oferecendo os melhores cuidados aos pacientes, não
deixando de lado o aspecto humano e holístico da medicina. 
67
Entrada
Duração da residência
Média de vagas no país
Remuneração média
Nº de nefrologistas ativos
Pré-requisito: Clínica Médica 
2 anos
152
De R$6.000,00 a R$15.000,00
4.474
Resumindo a Nefrologia
Nefrologia
A Oftalmologia é uma especialidade que faz interface com diversas
áreas, como Endocrinologia, Reumatologia, Neurologia e Neonatologia,
visto que diversas doenças sistêmicas cursam com alterações oculares
que apenas o oftalmologista saberá manejar de forma correta.
Infelizmente, a Oftalmologia é uma especialidade que, geralmente, é
negligenciada durante a graduação. No entanto, mesmo que poucas
faculdades ofereçam matérias específicas sobre o tema, o estudante
pode buscar estabelecer um contato com a área. Assim, é
recomendado que o aluno participe de ligas acadêmicas, estágios
opcionais ou congressos, caso deseje adquirir conhecimentos e pense
em se especializar em Oftalmologia no futuro.
Os serviços de residência médica em Oftalmologia não ofertam tantas
vagas em comparação com outras especialidades, o que deixa os
processos seletivos um pouco mais concorridos. Dessa forma, o
candidato precisa de uma dedicação especial para ingressar na
especialidade de interesse.
68
Graduação
(6 anos)
Residência
médica direta
(3 anos)
Subespecialização
(2 a 3 anos)
1. Residência
CAPÍTULO 13
Oftalmologia
Pedro Alexandre Henriques Pedretti, Ana Beatriz Rodrigues Zanon
A residência em Oftalmologia também é bastante exigente e possui
uma carga horária preenchida por várias horas de estudo teórico e
atividades práticas. Por esse motivo, fazer uma grande quantidade de
plantões durante a residência não deve ser o foco, pois pode acabar
prejudicando a formação.
Existem, entretanto, oportunidades em áreas de pesquisa que são
relevantes para complementar a formação e podem abrir portas para o
futuro profissional. Logo, é interessante reservar um tempo para essas
atividades. 
O residente em Oftalmologia passa os três anos em contato com as
diversas áreas da especialidade. De forma geral, começa em
ambulatórios, realiza pequenas cirurgias e procedimentos de baixa
complexidade e, no decorrer da residência, atua em casos mais
difíceis, conhece algumas minúcias das subespecialidades e realiza
cirurgias conforme desenvolve habilidades e expande seus
conhecimentos teóricos. No último ano de residência, o estudante tem
mais autonomia para realizar procedimentos e intervenções práticas,
pois já possui os conhecimentos necessários para atender as doenças
oculares mais comuns.
Além da residência médica, que oferece bolsa, o estudante pode optar
por fazer uma especialização que pode ser dividida em duas
categorias:
69
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
70
Especialização
credenciada pelo CBO
Especialização não
credenciada pelo CBO
O ensino da instituição
segue as normas de
qualidade da CBO.
Não tem custos.
Não possui auxílio
financeiro/bolsas.
Para obter certificação de
especialista é necessária a
aprovação em uma prova
de título.
A instituição não segue
necessariamente as normas
da CBO.
Os custos variam conforme
a instituição.
Não possui auxílio
financeiro/bolsas.
Para obter certificação de
especialista é necessária a
aprovação em uma prova
de título.
O Oftalmologista possui uma vasta área de atuação e pode escolher
trabalhar em diversos ambientes, como urgência e emergência,
consultórios particulares, clínicas, Institutos Públicos, pesquisas e até
mesmo na indústria farmacêutica. Dependendo da subespecialidade, o
profissional pode lidar com pacientes de diversas faixas etárias, que
terão diferentes queixas, ou se especializar cada vez mais em
determinado assunto, sendo um expert naquela área.
2. Mercado de trabalho e áreas de atuação
Oftalmologia
Os custos para montar um consultório de oftalmologia são elevados.
Estima-se que seja necessário um gasto inicial com equipamentos em
torno de R$ 60.000 a 80.000, além de estar sempre aprimorando-os de
acordo com as necessidades e com os avanços tecnológicos. Porém,
isso não é um grande empecilho para atuar na área, pois é possível
comprar equipamentos usados, formar parcerias com outros
oftalmologistas e fazer financiamentos associados com a CBO para
ajudar com os custos. Entretanto, com a tendência de verticalização
da medicina por meio das operadoras de saúde, o recém formado
pode trabalhar para grandes conglomerados médicos ou clínicas mais
especializadas que já possuem toda estrutura pronta.
O oftalmologista desempenha um papel importantíssimo e gratificante,
seja ajudando uma criança com miopia que está com dificuldades
escolares ou revertendo quadros de cegueira tratável. A Oftalmologia
se mostra presente no cotidiano das pessoas e, portanto, o profissional
deve sempre trabalhar com ética e aliar conhecimento técnico com a
sensibilidade humana.
71
Resumindo a Oftalmologia
Entrada
Duração da residência
Média de vagas no país
Remuneração média
Nº de oftalmologistas ativos
Acesso direto 
3 anos
514
De R$8.000,00 a R$15.000,00
Cerca de 13.825
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
O médico ortopedista pode atuar em clínicas, consultórios, hospitais e
demais unidades de saúde, públicas e privadas, atendendo pacientes
de todas as idades e de ambos os sexos. O profissional pode
desempenhar diversas atividades como solicitar exames, realizar
diagnósticos, consultas e cirurgias, elaborar tratamentos, acompanhar
a recuperação dopaciente, entre outras.
As áreas de atuação do médico ortopedista são diversas e estão
sumarizadas no esquema 1.
A ortopedia é uma especialidade médica clínico-cirúrgica, de entrada
direta, com duração de três anos, cujo profissional é capacitado para
atuar na preservação e restabelecimento funcional de ossos, músculos,
ligamentos e articulações, além de também poder atuar em situações
que envolvem trauma (traumatologia).
72
Ortopedia e Traumatologia
Artroscopia e traumatologia
desportiva;
Doenças osteometabólicas;
Cirurgia de coluna;
Cirurgia de joelho.
Cirurgia de mão;
Cirurgia de pé e tornozelo;
Cirurgia de quadril;
Ortopedia pediátrica;
Oncologia ortopédica.
Esquema 1 – Principais áreas de atuação do médico ortopedista.
1. Rotina do ortopedista
Ortopedia e Traumatologia
CAPÍTULO 14
Igor Rodrigues Mendes, Alana Balbueno, João Victor Ramalho Pacheco
73
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
A residência em ortopedia e traumatologia é de acesso direto e tem
duração de três anos. Anualmente, são oferecidas, aproximadamente,
1000 vagas em todo o país, sendo que mais da metade dessas vagas
estão concentradas na região sudeste. A tabela 1 traz exemplos de
alguns locais que oferecem residência dessa especialidade na região
sudeste.
Ao final da residência, o residente pode se submeter a um exame para
obter o Título de Especialista em Ortopedia e Traumatologia (TEOT)
pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT),
elaborado e aplicado anualmente pela própria sociedade. O mercado
está progressivamente mais exigente e a obtenção do TEOT tem se
tornado ainda mais necessária, apesar de não ser obrigatória para o
exercício da profissão. Uma vez obtido o TEOT, o associado passa a
receber diversos benefícios da SBOT, como atualização científica e
educação continuada, descontos em eventos, mini site exclusivo, um
plano de previdência privada específico para ortopedistas e o direito
de solicitar associação à American Academy of Orthopaedic Surgeons
(AAOS).
Após os três anos de residência, o profissional está habilitado para o
mercado de trabalho, podendo também optar por continuar os estudos
em uma subespecialidade, como cirurgia de mão, trauma, medicina do
esporte, entre outras.
2. Residência
74
FHEMIG 4
PSU 3
Vitória (ES)
HSCMV e
CMHVV
3
Vila Velha
(ES)
HSCMV e
CMHVV
3
São Paulo
(SP) FMUSP 14
Rio de Janeiro
(RJ)
UFRJ 4
3
Tabela 1 – Exemplos de locais que oferecem residência em Ortopedia e
Traumatologia na região sudeste.
Hospital
Cidade/
Estado
Edital Vagas
Santa Casa de
Misericórdia de BH
Belo Horizonte
(MG)
Belo Horizonte
(MG)
Belo Horizonte
(MG)
Santa Casa
 BH
6
Hospital Maria 
Amélia Lins
Hospital da
 Baleia
Santa Casa de Misericórdia
de Vitória (HSCMV)
Centro Médico Hospitalar de
Vila Velha (CMHVV)
Hospital Universitário 
USP
Hospital do Servidor Público
Municipal (HSPM)
São Paulo
(SP)
SMS-SP 6
Hospital Universitário
Clementino Fraga Filho
Hospital de Força Aérea do
Galeão (HFAG)
Rio de Janeiro
(RJ)
UFRJ
Ortopedia e Traumatologia
Atualmente, há cerca de 15.500 ortopedistas no mercado e uma
subespecialização vem sendo cada vez mais necessária, apesar de não
ser obrigatória. Desse total, cerca de 6% são do sexo feminino,
entretanto esse número tem aumentado a cada ano. 
75
O esquema 2 resume o processo de formação do médico ortopedista.
Graduação 
em medicina
(6 anos)
Prova de
residência
Ortopedia e
Traumatologia
(3 anos)
Título de Especialista 
(TEOT)
Subespecialização
Esquema 2 – Processo de formação do Médico Ortopedista, da graduação à
subespecialização.
A remuneração média é de, aproximadamente, R$2.938,00 durante a
residência e varia entre R$7.216,00 e R$11.675,00 para o profissional
após a residência. Cirurgia da mão e da coluna são as únicas
subespecializações que exigem mais dois anos de estudo e nas quais a
bolsa do residente é mantida.
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
3. Mercado de trabalho
4. Remuneração
76
Ortopedia e Traumatologia
Entrada
Duração da residência
Média de vagas no país
Remuneração média
Nº de ortopedistas ativos
Acesso direto
 3 anos
1006
De R$7.216,00 a R$11.675,00
15.598
Resumindo a Ortopedia e Traumatologia
Especialidade médica com campo de atuação que envolve as doenças
do ouvido, nariz, seios paranasais, faringe, laringe, cabeça, pescoço,
boca e esôfago. O profissional da área é responsável por tratar da
audição dos pacientes, assim como de sua respiração, pregas vocais e
outros setores que envolvam essa parte do corpo.
77
1. Por que escolher a especialidade?
A otorrinolaringologia é uma especialidade que abrange tanto a área
cirúrgica quanto a clínica. Portanto, é bem diversificada, com muitas
áreas de atuação, permitindo ao profissional escolher a de maior
interesse e que, invariavelmente, vai lhe gerar uma boa qualidade de
vida.
Duração da
residência
Três anos para a parte básica.
Para as subespecializações,
geralmente, acrescenta-se mais
um ano (R4). Na atualidade, é
viável se tornar subespecialista
em uma área mais restrita.
2. Atuação do residente (varia para cada serviço)
R1
Atuação voltada principalmente para tubos
de ventilação, tonsilas e cirurgia de cabeça
e pescoço.
Otorrinolaringologia
CAPÍTULO 15
Igor Marinho Pereira, Deborah Ferreira Crepalde, Matheus L. Vazzoler
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
78
Atuação voltada, principalmente, para
procedimentos no septo, realização de
laringoplastia e microcirurgias de laringe
com laser.
R2
Atuação voltada, principalmente, para
cirurgias mais raras, realização de
microcirurgias de laringe sem laser e
abordagem de sinusites. 
R3
A atuação nos ambulatórios varia para cada serviço de residência,
tendo em vista que alguns oferecem abordagens mais específicas em
cada área de atuação, enquanto outros possuem cenários e
abordagens mais gerais. Além disso, algumas residências apresentam
uma carga horária cirúrgica maior e outras dividem igualmente entre
cirurgia e ambulatório. 
No primeiro mês de residência, o médico ainda não realiza
procedimentos, ele apenas acompanha cirurgias e aprende a dinâmica
e burocracia do local de atuação.
3. Entrada no mercado de trabalho
Depende muito do local de atuação. No geral, leva-se, em média, dois
anos para adquirir uma estabilidade nos consultórios, rotina que
normalmente é conciliada com centro cirúrgico e/ou outras áreas de
atuação. A título de exemplo, outras áreas de atuação incluem a
carreira acadêmica e a carreira na polícia como médico legista. 
 ...
4. Rotina do otorrinolaringologista
79
Otorrinolaringologia
FAMÍLIA CENTRO
CIRÚRGICO
CONSULTÓRIO
É POSSIVEL
CONCILIAR
Entretanto, a entrada no mercado não é muito complexa, uma vez que
há uma vasta possibilidade de áreas para se atuar. Ainda assim, é
importante que o profissional apresente um diferencial. Cabe destacar,
também, que não há plantões específicos de otorrinolaringologia.
Resumindo a Otorrinolaringologia
Entrada
Duração da residência
Média de vagas no país
Remuneração média
Nº de profissionais ativos
Acesso direto
 3 anos
87
R$5.000,00 a R$12.000,00
Cerca de 6.373
A pediatria é a área da medicina dedicada à saúde da criança e do
adolescente. O pediatra acompanha o desenvolvimento da criança,
atuando tanto na prevenção quanto no diagnóstico e tratamento de
doenças. Após a residência, é possível se especializar em diferentes
áreas de atuação. Para ser um bom pediatra, além de ter capacidade
de criar uma boa relação médico-paciente, o que inclui a família da
criança, é necessário ter um bom conhecimento técnico e domínio do
exame físico, já que a maioria dos pacientes não consegue explicar o
que está sentindo.
A residência em pediatria é de acesso direto e sua duração é de 3
anos. Durante esse período, o residente faz um rodízio entre as
diferentes rotinas de trabalho nas quais o pediatra pode atuar,
passando por ambulatório, enfermaria, unidade de tratamento
intensiva e pronto-socorro,além das diferentes áreas de atuação das
subespecialidades.
80
Medicina 
(6 anos)
Pediatria
(3 anos)
Acesso direto
1. Residência
CAPÍTULO 16
Pediatria
Mariana Cordeiro Schneider, Myrella Lacerda de Freitas,
Luiz Eduardo Guerra de Sá
81
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
Rodízio
Centro
obstétrico
Neonatologia
Serviço de
urgência e pronto-
-socorro
Unidade de
terapia intensiva
Enfermaria de
pediatria
Ambulatório de
subespecialidades
Ambulatório de
puericultura
Na hora de escolher uma residência ou especialização, é importante
buscar instituições que ofereçam contato com todos os possíveis
ambientes em que o pediatra pode atuar, dessa forma o médico terá
vivência nessas diferentes áreas e poderá se inserir no mercado de
trabalho com mais segurança. Lembrando que, ao cursar a
especialização, o médico necessita realizar a prova de título para se
denominar especialista.
Além de poder trabalhar em consultórios ou clínicas, o pediatra
também tem a possibilidade de atuar como plantonista em enfermarias
de hospitais, em centros de terapia intensiva, em pronto-socorro e, se
desejar, pode se subespecializar e trabalhar em áreas específicas da
medicina pediátrica. Ademais, o pediatra pode ser pesquisador e
trabalhar em laboratórios, lecionar em universidades ou atuar em
órgãos de fiscalização no setor público.
2. Áreas de atuação
82
Pediatria
Subespecialidades
Neonatologia 
Medicina do adolescente (hebiatria) 
Nutrologia pediátrica
Nefrologia pediátrica
Neurologia pediátrica
Infectologia pediátrica 
Cardiologia pediátrica 
Pneumologia pediátrica 
Reumatologia pediátrica
Endocrinologia pediátrica
Gastroenterologia pediátrica 
Alergia e imunologia pediátrica
Oncologia pediátrica 
Emergência pediátrica 
Hematologia e hemoterapia pediátrica
A pediatria é a especialidade com o segundo maior número de
médicos no Brasil, sendo menor apenas que o número de especialistas
em clínica médica, segundo o censo de 2018. Com um total de 39.234
profissionais, os pediatras configuram 10,3% dos especialistas no Brasil.
Porém, mesmo com esse alto número, a pediatria é uma área que tem
uma demanda muito grande, principalmente na rede pública.
3. Mercado de trabalho
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
83
Faixa salarial R$ 5.900,00 – R$ 16.600,00
Média salarial 
Entrada
Duração da residência
Média de vagas no país
Remuneração média
Nº de pediatras ativos
Acesso direto
 3 anos
1994
R$ 7.600,00
39.234
Resumindo a Pediatria
4. Remuneração
R$ 7.260,00
(jornada de 21h semanais)
Centros de
infusão
Carreira
acadêmica
Realização de
procedimentos Indústria
farmacêutica
Após a residência, a rotina do especialista em reumatologia é
caracterizada principalmente pela atuação em consultórios e
ambulatórios, ou seja, não possui muitos plantões e o contato direto
com hospitais é extremamente baixo. Mas, não fica restrita apenas a
isso, podem-se incluir outras áreas de atuação.
Reumatologia é a área do conhecimento médico que estuda doenças 
que acometem os tecidos conjuntivos, os quais incluem ligamentos,
articulações, músculos, ossos e tendões. Estas patologias são muitas
vezes designadas de doenças reumáticas.
Ultrassom
articular
84
Espaço criado especialmente
para pacientes que precisam de
tratamento com medicações
intravenosas, subcutâneas ou
intramusculares.
Exemplos: Infiltrações articulares
e capilaroscopia periungueal.
É importante ressaltar que o reumatologista deve saber um pouco de todas
as áreas, uma vez que é uma especialidade que possui interconexão com
todas os campos médicos.
1. Rotina do reumatologista e área de atuação
CAPÍTULO 17
Reumatologia
Romario B. Will, Brenda Botelho A. Miranda, Danrley de Freitas Coelho
85
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
Pré-requisito: Clínica Médica.
Algumas cidades que oferecem a residência no Brasil: Juiz de Fora,
Uberlândia e Belo Horizonte .
IPSEMG
Santa Casa
Hospital das
Clínicas
1 vaga
3 vagas, sendo uma delas
destinada à especialização
4 vagas
- Possui maior
concorrência, 5 a 7
pessoas por vaga,
normalmente.
- Possui um viés
acadêmico muito
forte e é o mais
conhecido dentre os
hospitais citados.
BE
LO
 H
O
RI
Z
O
N
TE
A especialização possui a mesma carga horária da residência, 60
horas semanais. Entretanto, diferentemente da residência, a
especialização não é remunerada, possui mensalidade em torno de
R$1500,00 e exige que o aluno faça a prova de título para se tornar
especialista. Embora a residência não exija, é comum que muitos
alunos realizem a prova de título, por ser uma questão cultural e para
que a Sociedade Brasileira de Reumatologia seja fortalecida.
2. Residência: como entrar e quais lugares oferecem
3. Residência x Especialização
86
O caminho tomado pelo reumatologista, devido à variedade de áreas
de atuação, não precisa ser constante, uma vez que o profissional
pode atuar em diferentes setores da especialidade até encontrar seu
próprio cenário ideal. Entretanto, é complicado atuar em múltiplas
áreas simultaneamente por limitação de tempo do profissional.
A área pública, no geral, carece de centros capacitados e de
profissionais rematologistas, muitas vezes pelo baixo reconhecimento e
pela remuneração insuficiente frente à grande demanda pelo serviço.
Em Belo Horizonte, especificamente, o cenário público da reumatologia
ainda apresenta problemas de âmbito estrutural e organizacional, uma
vez que existem diversos centros de atendimento secundário com
profissionais reumatologistas, mas estes possuem recursos limitados,
onde muitas vezes é inviável tratar doenças reumatológicas complexas.
Dessa forma, pode ser necessária a transferência para centros
especializados, porém esse processo apresenta grande dificuldade, o
que faz com que alguns pacientes se percam na rede e não continuem
o tratamento. Apesar disso, uma vez dentro das grandes unidades de
saúde municipais, o manejo do paciente é facilitado pela maior
disponibilidade de recursos, como medicamentos e procedimentos.
As características da reumatologia não são absolutamente positivas ou
negativas, uma vez que a percepção de seus elementos varia de
acordo com o perfil individual de cada profissional.
4. Cenário do setor público
5. Vantagens x Desvantagens
Reumatologia
Um ponto importante é o fato de que a reumatologia é uma
especialidade desafiadora, com doenças complexas, mas no dia a dia
os tipos de doença não variam muito, sendo a maioria das consultas
relacionadas a doenças como fibromialgia, artrose e acometimento de
partes moles.
Além disso, diversas doenças reumatológicas são passíveis apenas de
controle, não de cura. Sendo assim, o foco do tratamento pode ser
apenas garantir qualidade de vida ao paciente para que possa viver
bem com uma doença crônica, muitas vezes associada a um
adoecimento mental. Ainda assim, alguns profissionais podem se sentir
atraídos pela ideia da proximidade pelo acompanhamento ao
paciente, o que aumenta laços, cria confiança e, em alguns casos, até
mesmo amizade. 
Outra característica importante é a incerteza que permeia os
diagnósticos e tratamentos reumatológicos, principalmente pela falta
de evidências e guidelines consistentes em alguns contextos, o que
torna o julgamento clínico do profissional uma peça chave nessa
especialidade.
87
Resumindo a Reumatologia
Entrada
Duração da residência
Média de vagas no país
Remuneração média
Nº de reumatologistas ativos
Pré-requisito: Clínica Médica
2 anos
121
De R$6.500,00 a R$12.500,00
2.053
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
ALÉM DA
MEDICINA
SEÇÃO 3SEÇÃO 3
ALÉM DA
MEDICINA
Os seis anos do curso de medicina são repletos de novas experiências
e aprendizados, porém, não é somente a vivência desse período que é
desafiadora. Montar um currículo para a residência médica que
valorize qualidades e competências desenvolvidas ao longo da
graduação é uma tarefa que deixa muitos candidatos preocupados e
ansiosos. As notas dos currículos daqueles que pleiteiam uma vaga
para residência estão aumentando a cada ano,reflexo da procura
também crescente por informações sobre o tema. Deste modo,
preparar um bom currículo de acordo com os editais das instituições
não é um diferencial, mas algo imprescindível para competir por uma
vaga na residência médica.
Diferente do que muitos pensam, o primeiro passo para a construção
de um currículo relevante é o autoconhecimento. Saber o que as
bancas valorizam é necessário, porém, identificar preferências
individuais possibilita que as atividades sejam realizadas com um maior
interesse, o que reflete no desempenho e, consequentemente, no
reconhecimento por parte de colegas e professores que formarão uma
rede de influências importante para que outras oportunidades
acadêmicas ocorram.
Iniciação científica;
Monitorias;
Estágios;
Congressos;
Ligas acadêmicas;
Projetos de extensão;
Centro acadêmico;
Atlética;
Ações voluntárias;
Exemplos de atividades extracurriculares
Currículo
CAPÍTULO 18
Igor Marinho Pereira, Kaylane Zuqueto da Silva
89
É comum alunos se envolverem com determinados projetos com o único
objetivo de impressionar os avaliadores das instituições onde vão
prestar o processo seletivo para residência. Essa estratégia geralmente
falha, pois se o candidato não estabelecer um vínculo afetivo, não irá
se recordar de aspectos importantes da atividade, e, portanto, não
conseguirá defender a relevância desta em seu currículo perante a
banca examinadora.
Uma boa estratégia seria utilizar os primeiros quatro anos da
graduação médica para focar nas atividades que são indispensáveis,
ou seja, na estrutura básica do currículo. Já os dois últimos anos podem
ser usados para identificar as fragilidades curriculares e, se possível,
corrigi-las, além de realizar tarefas que irão agregar na formação
profissional.
Primeiros 
quatro anos
Autoconhecimento: identifique suas
preferências;
Conheça os editais: busque
participar de atividades que gosta e já
planeje como poderá abordá-las no
currículo;
Saiba o que é indispensável:
projetos de extensão, ligas, programas
voluntários, estágios e monitorias são
bem vistos pelos avaliadores, porém,
grande parte das instituições só
contam atividades com tempo superior
a 6 meses.
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
Sugestão de estratégia p/ construir um bom currículo
90
Currículo
Uma dúvida frequente dentre aqueles que prestarão a prova de
residência é sobre a necessidade de terem experiências
extracurriculares na especialidade desejada. Algumas bancas
valorizam o candidato que tenha algum direcionamento prévio,
contudo, a subespecialização precoce pode ser deletéria para a
formação do médico generalista e seu desempenho na prática. O mais
indicado é saber conciliar os interesses restritos com os conhecimentos
abrangentes obrigatórios.
Outros questionamentos que surgem são referentes à organização e
apresentação dos currículos. Seja em processos seletivos que tenham
análise remota ou presencial, há erros e acertos clássicos:
Seja estratégico: cursos como de
ética médica, Medicina Baseada em
Evidências (MBE), reanimação
neonatal, Suporte Básico de Vida (BLS)
e Suporte Avançado de Vida (ACLS)
não requerem tanto tempo, contarão
pontos nas provas de residência e são
importantes para a prática médica;
Participe de congressos: seja como
ouvinte ou até mesmo apresentando
trabalhos. Os congressos são uma
oportunidade de aprender e pontuar
nas bancas.
Últimos
dois anos
91
Exemplos de erros
- Desconhecer o que é pedido nos
editais;
- Esquecer de digitalizar certificados
importantes;
- Não saber defender os projetos nas
entrevistas;
- Anexar documentos fora do item
que está sendo pedido, no caso de
análises curriculares remotas;
- Deixar para organizar os
certificados na hora da inscrição.
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
- Seguir atentamente as exigências;
- Conferir se os certificados estão de
acordo com as normas;
- Diante de vários certificados,
escolher o que mais se encaixa no
perfil do edital;
- Estar atento à diagramação e
apresentação. As bancas presenciais
de São Paulo, por exemplo, pedem
que o currículo seja organizado tipo
um livro de capa dura.
Apesar das instituições seguirem um conteúdo programático bastante
similar, existem algumas particularidades, principalmente regionais.
Veja os exemplos a seguir:
- Relevância: é o maior concurso de residência médica do país em número de
instituições participantes;
- Importância do currículo: o edital distribui 14,6 pontos entre 12 itens. No
entanto, a nota máxima que o candidato poderá atingir é de 10 pontos.
- Análise curricular: ocorre de forma remota. Um sistema online admite um
PDF por item. Prioriza trabalhos que mostrem engajamento perante a
comunidade.
- Diferença em relação aos outros concursos: cada instituição participante
tem um edital e uma inscrição separada. Se um candidato deseja tentar uma
vaga em X instituições em uma determinada especialidade, ele pagará X taxas,
mas participará apenas de uma prova e processo seletivo.
Exemplos de acertos
PSU-MG (Processo Seletivo Unificado de Residência Médica de Minas Gerais)
92
Currículo
Para aqueles que não desejam prestar residência imediatamente após
o fim da graduação, o Programa de Valorização do Profissional da
Atenção Básica (Provab) é uma ótima oportunidade. O programa é
focado nas equipes de saúde da família e outras estratégias da
atenção básica. O médico cumpre uma carga horária de 32 horas 
 .
FMUSP-SP (Processo seletivo de Residência Médica da Faculdade de
Medicina de São Paulo)
- Relevância: a Universidade de São Paulo é reconhecida por sua excelência
nacionalmente e internacionalmente;
- Importância do currículo: a entrevista e o currículo contabilizam 10% da nota
total;
- Análise curricular: presencial juntamente com a entrevista. Valoriza muito a
produção científica;
- Diferença em relação aos outros concursos: exige do candidato saber
defender seus projetos em uma entrevista em que o currículo é abordado.
AMRIGS (Processo Seletivo Unificado da Associação Médica do 
Rio Grande do Sul)
- Relevância: é o maior concurso de residência médica unificado da região sul
do país.
- Importância do currículo: varia conforme a instituição. Em alguns hospitais,
serve como critério de desempate ou corresponde a 10% da nota total;
- Análise curricular: ocorre de forma remota e o currículo é cadastrado em um
sistema online. Preconiza produções científicas.
- Diferença em relação aos outros concursos: cada instituição participante
tem uma taxa de inscrição. Se um candidato deseja tentar uma vaga em X
instituições em uma determinada especialidade, ele pagará X taxas, mas
participará apenas de uma prova e processo seletivo.
93
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
semanais em contrato de um ano e, após esse período, poderá solicitar
uma bonificação de 10% nos processos seletivos de residência médica
ou estender seu vínculo profissional por mais três anos, o que é possível
desde 2015 devido à incorporação do Provab ao Mais Médicos.
94
Empreendedorismo é a habilidade de identificar problemas e
oportunidades, desenvolver soluções e investir em métodos para
criação de ações positivas voltadas à sociedade. Pode ser um projeto,
um negócio ou mesmo um movimento que gere renovação no cotidiano
dos indivíduos.
JALEKO
95
1. Exemplos de iniciativas na área da saúde
Em 2011, dois alunos de medicina da UFRJ
sentiram a necessidade de tornar o
aprendizado da faculdade mais moderno e
próximo da geração atual. Nesse contexto,
surgiu a ideia de criar o Jaleko, uma
plataforma que disponibilizaria o que o
aluno sentisse falta em sala de aula. Com o
passar do tempo, o projeto ganhou força,
ampliou a atuação e se fortaleceu no
mercado, sempre reafirmado o seu
propósito de melhorar a saúde através da
educação e tecnologia.
HACKMED
Iniciativa independente que visa
transformar a área da saúde no Brasil,
empoderando pessoas a serem agentes
transformadores de seu próprio
ecossistema.
Em 2016, Cauê Gasparotto, estudante de
medicina da USP participou de um curso
de inovação e empreendedorismo. A partir
daquelecurso, tendo em vista que era o
único aluno de medicina, surgiu à ideia de
criar um ecossistema de inovação e
empreendedorismo. Em 2018 participou de
uma palestra sobre o MIT- Hacking
Medicine- grupo que tem como objetivo
acelerar e impulsionar o
empreendedorismo e a inovação em saúde
nos EUA e pensou que seria importante
trazer isso para o Brasil. Assim nasceu o
Hackmed.
Plataforma de ensino que visa auxiliar o
aluno de medicina a melhorar sua
formação, como uma complementação ao
ensino oferecido nas universidades.
Empreendedorismo
CAPÍTULO 19
Petrina Rezende de Souza, Layla Lacerda de Souza Anjos
96
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
Centro de Simulação Médica comprometido com o avanço da
educação nessa área, segurança do paciente e resultados
otimistas na saúde. Utiliza-se da aplicação de tecnologias de
simulação médica com suporte em currículos inovadores,
metodologias educacionais contemporâneas, melhoria contínua e
pesquisa multidisciplinar rigorosa.
Surgiu com o objetivo de integrar inovação e empreendedorismo
para realizar pesquisa de maneira mais eficiente. O laboratório,
localizado no hospital Brigham and woman´s em Boston, visa
principalmente usar a tecnologia para otimizar o tempo e a
performance dos alunos e médicos, diminuindo o número de erros
médicos. Procura também personalizar e individualizar o
aprendizado.
STRATUS
2. Mentoria: definição e importância
O mentor é alguém mais experiente na área de interesse do Mentee
(alguém que está iniciando) disposto a repassar o que aprendeu
através da prática ou dos estudos de casos de sucesso, sobre os
desafios e como superá-los. As estratégias repassadas podem fazer o
Mentee economizar tempo e obter resultados mais rápidos. Essa
prática não é muito comum no Brasil, embora seja extremamente
importante no âmbito empreendedor. Entretanto, com o
desenvolvimento das Startups e dos empreendedores digitais, o
“Mentoring” – como é nomeado o processo de mentoria – tem surgido
no país de maneira ainda rudimentar.
É de extrema relevância criar esse processo de mentoria desde a
universidade, oportunizando a criação de uma “via de mão dupla” de
conhecimento. O que vai auxiliar na trajetória do aluno, alertá-lo sobre
. .
os erros cometidos para que ele não os repita e possibilitar o repasse
dos aprendizados adquiridos em sua trajetória de vida. Princípios de
universidades estrangeiras que podem ser aplicados no Brasil:
Filosofia do processo
de mentoria
97
Empreendedorismo
Multidisciplinaridade
Estímulo ao
empreendedorismo
Oportunidade de conhecer, ter
contato, trocar experiência e
conhecimento com estudantes de
outros cursos diferentes de Medicina.
3. Empreendedorismo
Empreender no Brasil é muito difícil
porque não há uma cultura voltada
para isso, principalmente quando se
trata da área da saúde. Essa
realidade vem sendo modificada de
forma exponencial, mas há ainda
muito a se desenvolver, principalmente
no ambiente universitário onde quase
não há estímulo.
BRASIL EUA
Estímulo muito maior e muito mais
cedo quando comparado ao Brasil.
União de muitas áreas diferentes para
resolver um problema. A ação
empreendedora faz parte do projeto
estratégico das universidades que
acabam criando um ambiente de
inovação e isso se torna um ciclo
vicioso. A instituição sabe que tal
estratégia é importante tanto para os
alunos quanto para o desenvolvimento
dela enquanto centro de ensino,
pesquisa, desenvolvimento e
tecnologia.
X
98
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
4. Habilidades necessárias para quem deseja
empreender
Planejamento e
organização financeira
Saber lidar com os
"nãos"
Persistência
Saber se comunicar
com os investidores
Saber se investir em
marketing e tecnologia
Preocupação com qualidade
(busca de feedbacks)
Busca de informações
Iniciativa e busca de
oportunidades
A vontade de adquirir novas experiências no âmbito pessoal e em
relação à prática médica faz com que vários alunos da área se
interessem pelos intercâmbios. No entanto, para ultrapassar as
fronteiras do país com essa finalidade e, além disso, aproveitar da
melhor forma os conhecimentos disponíveis no exterior, é preciso
planejamento, aquisição de conhecimentos técnicos e, sobretudo, o
desenvolvimento prévio de habilidades interpessoais.
Ligas
Atividades extracurriculares
Monitorias
Responsabilidade
Gestão de pessoas
Comunicação assertiva
Projetos de 
pesquisa
Eventos 
acadêmicos
Habilidades interpessoais
Empresas
juniores
Esquema 1: a participação em atividades extracurriculares e a aquisição de
habilidades interpessoais se relacionam de maneira recíproca.
A capacidade de manter um bom relacionamento com as pessoas,
além de facilitar a adaptação em um novo ambiente, pode ser usada
de modo estratégico durante as entrevistas e cartas de admissão. Uma
dica é correlacionar as atividades feitas até então com as
características pessoais desenvolvidas. Para isso é importante se
.
Resolução de conflitos
Inteligência emocional
Empatia e confiança
99
Intercâmbio
CAPÍTULO 20
Pâmela Joanes Guerra, Maria Clara Moreira Henriques
dedicar aos projetos que realmente despertem um interesse, assim será
possível extrair boas experiências, mensurar o impacto pessoal obtido e
defender com propriedade as atividades presentes no currículo.
O intercâmbio pode ser realizado por um amplo perfil de estudantes
de medicina, desde os convictos com a escolha profissional até
aqueles indecisos sobre a escolha do curso. É uma grande
oportunidade para os que não desejam ficar restritos ao conteúdo
programático da respectiva faculdade ou visam conhecer novos
caminhos além da tradicional carreira médica, e, dessa forma, almejam
construir um repertório técnico e social que seja a base para a futura
carreira médica.
Pode-se conseguir um intercâmbio de maneira formal ou informal:
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
Como conseguir um intercâmbio?
Network: rede de contato com colegas
e professores do seu entorno.
Convênio das faculdades com
instituições do exterior: geralmente os
representantes vêm de outros países e
escolhem os melhores candidatos.
E-mails: se comunicar com os
profissionais que trabalham ou tenham
relação com os locais de interesse.
Programas de intercâmbio: em geral
são organizações vinculadas aos
estudantes de Medicina. Para participar
é preciso acumular pontos através de
atividades extracurriculares.
Programa de Bolsas Ibero-Americanas
do Santander: oferece bolsas de
intercâmbio no valor de 3 mil euros por
aluno para países como Portugal e
Espanha. A bolsa é uma ajuda de custo e
deve ser utilizada para cobrir gastos com
transporte, hospedagem e alimentação.
100
Intercâmbio
O idioma é uma questão que deixa muitos estudantes apreensivos, uma
vez que a maioria dos programas de intercâmbio requer uma
certificação de fluência através de exames de proficiência. No
entanto, alguns processos seletivos de universidade renomadas, como
Harvard, não exigem o teste. O domínio do inglês nesses casos é
avaliado durante uma entrevista. Mesmo que alguns erros gramaticais
sejam cometidos, é necessário saber passar a mensagem que deseja. 
Abaixo são apresentados dois exemplos de intercâmbios realizados na
Universidade de Harvard:
1. Estágio em um laboratório que pesquisa os
componentes imunológicos das doenças
desmielinizantes
Forma de ingresso e competências necessárias: contato inicial através de network e
e-mails. Foi exigido um conhecimento básico sobre os tipos de células do Sistema
Nervoso e sobre os instrumentos de um laboratório. No entanto, o interesse e as
habilidades interpessoais demonstradas durante a entrevista foram determinantes.
Visto obtido: J1 (aplicado para os intercambistas). Foi exigido comprovar renda relativa
de 2.650 dólares mensais, porém grande parte do valor não foi utilizada.
Rotina: o início das atividades ocorria por volta de 8 horas e terminava às 21 horas. Ao
final do expediente era possível participar de mesas redondas sobre temas variados. O
trabalho era muito prático, com manipulação de camundongos e manuseiodos
instrumentos de laboratório.
Duração do intercâmbio: 1 ano.
Aspectos de destaque: em Harvard tudo é muito integrado. Desde laboratório até salas
de atendimento se localizam no mesmo prédio. A importância atribuída à pesquisa
também é um diferencial.
101
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
2. Estágio em Cirurgia Torácica
Forma de ingresso e competências necessárias: o interesse inicial surgiu durante um
evento acadêmico, porém, a abordagem efetiva ocorreu através de e-mails. O
candidato já tinha participado de atividades extracurriculares que abordavam a Cirurgia
Torácica. Além disso, durante a entrevista, buscou evidenciar a capacidade de
convivência em equipe.
Visto obtido: visto de turista.
Rotina: frequentou os ambulatórios de cirurgia, além de ter assistido aulas sobre temas
específicos e realizado provas orais que abordavam o conteúdo.
Duração do intercâmbio: 3 meses.
Aspectos de destaque: em Harvard ocorre uma utilização maciça da tecnologia tanto
nas pesquisas quanto nos consultórios que são regidos por profissionais de renome
internacional. Outro ponto relevante é a oportunidade de ver a Medicina além da
perspectiva tradicional, reuniões sobre carreira médica e gestão hospitalar ocorrem com
frequência.
102
OUTRAS ÁREAS E
POSSIBILIDADES
SEÇÃO 4SEÇÃO 4
OUTRAS ÁREAS E
POSSIBILIDADES
Desde sempre, a prática da medicina é associada à investigação.
Nessa temática, é válido destacar o maior e mais famoso detetive da
literatura e dos cinemas: Sherlock Holmes. O personagem, criado por
Arthur Conan Doyle, foi inspirado em dois cirurgiões escoceses do
século XIX, Joseph Bell e Henry Littlejohn, que chamaram a atenção do
autor por conta de suas capacidades de observação, pensamento
analítico e resolução de problemas. Destaca-se que Littlejohn também
foi pioneiro nos estudos da Medicina Forense, uso de impressões
digitais e fotografias da cena do crime. Nesse cenário, surgem os
ideais da hoje conhecida como medicina legal.
Especialidade tanto do âmbito jurídico quanto
médico, que faz uso dos conhecimentos técnico-
científicos da medicina para o esclarecimento de
fatos de interesse da justiça. O especialista
médico praticante é denominado médico legista.
Médico 
Legista
Médico 
Legal
Profissional que exerce sua função no intermédio
do direito e da medicina com o objetivo principal
de solucionar crimes a partir de vestígios e provas
no corpo humano.
MEDICINA
MÉDICO
LEGISTA
DIREITO
104
CAPÍTULO 21
Médico Legista
Lucas Maggi Vieira, Alice Rezende Correa e Castro Costa
Para se inserir no mercado de trabalho é preciso ser formado em
medicina e estar inscrito no Conselho Regional de Medicina (CRM).
Com esses dois pré-requisitos você já estará habilitado a prestar os
concursos para o cargo, entretanto, alguns concursos pontuam médicos
que tenham uma especialização envolvendo as seguintes áreas:
Além disso, é essencial estudar os conteúdos
ao lado, tendo em vista que eles são
cobrados tanto nos concursos como no
exercício da profissão por possuir uma
intrínseca relação com o Direito.
Medicina do
trabalho
Ginecologia e
Obstetrícia
Medicina 
Legal
O código penal;
Ética médica;
Direito Penal.
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
Dia a dia
 do profissional
Emissão de 
laudos
Antropologia
forense
Clínica
médica
Explicar as causas
dos óbitos
Exumar
cadáveres
Exame de lesão
corporal e parecer
em caso de erro
médico.
Variedade de
departamentos para
atuação
Atuação do médico legista
105
Varia conforme o concurso prestado.
Salários de R$ 11.000 até R$29.604,70.
Média salarial 
no Brasil
Médico legista: perspectivas de carreira
Os médicos legistas podem trabalhar nos Institutos Médicos Legais
(IMLs), no DETRAN (Departamento de Trânsito), no Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS), nas juntas médicas dos servidores públicos
municipais, estaduais ou federais, Polícia e outros órgãos públicos.
Cabe também ao médico Legista fazer o exame de corpo de delito em
vítimas vivas ou mortas. Em vítimas vivas, analisa os ferimentos, no caso
das mortas examina o cadáver e ferimentos e elabora laudos para
auxiliar a descrever o que ocorreu na cena do crime, as armas
utilizadas e causa das mortes.
106
Ter no mínimo 1,60m de altura para homens e
1,55m para mulheres
Ter menos de 38 anos completos até 31 de
dezembro do ano da convocação. Para seguir
carreira é necessário ter menos de 36 anos
completos no ano do concurso
Formas de
ingressar
Serviço militar obrigatório (somente para homens)
Serviço voluntário temporário
Militar de carreira
Requisitos
para servir
Ser brasileiro nato
Próximo do final da graduação, em geral, o Exército Brasileiro entra em
contato com a instituição de ensino e marca uma reunião com os
formandos. Neste espaço, há uma explicação sobre o funcionamento
do serviço médico militar e são disponibilizados formulários de
preenchimento obrigatório para homens e opcional para mulheres, nos
quais devem ser inseridas informações gerais de identificação e saúde,
além de manifestar interesse ou não em servir. 
1. Serviço militar obrigatório
107
CAPÍTULO 22
Médico Militar
Mariana Cordeiro Schneider, Maria Júlia Dalton Moreira dos Santos
Após um processo de seleção, caso seja convocado, o recém formado
deverá se apresentar para avaliação física e documental. Depois de
um período de treinamento teórico e físico, o médico é avaliado e
pode escolher o local onde irá servir, por ordem de colocação.
O serviço militar obrigatório tem duração de 12 meses, mas é possível
estender sua permanência em até 8 anos. Para aqueles que passaram
em concurso para residência, é possível trancar por um ano
apresentando comprovante de serviço militar. Dessa forma, o recém-
formado terá sua vaga de residência garantida e poderá seguir com
sua formação normalmente após o término do serviço militar, da
mesma forma ocorre para médicos que irão prestar o serviço
voluntariamente. Além disso, algumas residências pontuam candidatos
que já serviram. É importante lembrar que médicos com situação militar
irregular estão sujeitos a algumas penalidades, como pagamento de
multa, impossibilidade de emissão de passaporte e impedimento de
inscrição em concursos públicos.
Além disso, para quem deseja servir o exército sem seguir carreira, há a
opção de se inscrever para seleção de oficiais temporários, que vão
servir por um período mínimo de 1 ano e que pode ser estendido até 8
anos. Cada força militar realiza essa seleção de forma diferente,
podendo ser realizada com ou sem provas. Após um período de
treinamento e adaptação, o médico é alocado na função e localidade
onde irá servir de acordo com preferência ou disponibilidade de vagas.
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
2. Serviço militar temporário
108
Se o médico tem interesse em seguir carreira militar, um concurso
público deve ser prestado. O método de seleção varia de acordo com
a força armada de escolha e consiste em avaliação intelectual,
documental, inspeção de saúde e testes de aptidão física. O aprovado
fará um curso e, se completá-lo com bom desempenho, começará a
servir com cargo de 1° tenente. O militar de carreira que quiser deixar
seu cargo antes de um período mínimo de 5 anos, deverá pagar uma
multa proporcional ao tempo que falta para completá-lo.
Médico Militar
Carga
horária
- Geralmente, 30 horas semanais (meio expediente);
- É possível trabalhar à parte, porém, o médico militar
pode ser chamado fora do horário de trabalho e, se sua
presença for insubstituível, ele deve comparecer.
Vantagens
- Estabilidade e benefícios, como licença maternidade
/ paternidade e aposentadoria com valor integral.
- Estímulo ao crescimento profissional e oportunidades
no âmbito nacional e internacional;
É importante considerar que, em geral, à medida que o médico muda
de patente, seu trabalho se torna mais administrativo e se afasta da
prática médica, o que pra alguns pode ser um ponto negativo.
Lembrando que, para ser um bom militar, é essencial ter a capacidade
de se adequar à disciplina e hierarquia presentes nessemeio.
3. Serviço militar de carreira
Essa é uma boa opção para quem deseja conhecer o trabalho nas
forças armadas. Caso goste da experiência, poderá prestar concurso
na área. Caso não tenha interesse, o período mínimo de permanência
é de apenas um ano.
109
Durante o treinamento, em qualquer meio de ingresso nas Forças
Armadas, o médico é aspirante a oficial, no caso do Exército ou
Aeronáutica, e guarda-marinha, no caso da Marinha, recebendo o
soldo determinado para essas patentes durante esse período. Quando
o curso é concluído, o médico que ingressou em serviço militar
obrigatório ou voluntário serve como 2° tenente, já o concursado serve
como 1° tenente, recebendo os soldos correspondentes.
Almirante, Marechal e Marechal do ar
Almirante de Esquadra, General de Exército e Tenente-
Brigadeiro
Vice-Almirante, General de Divisão e Major-Brigadeiro
Contra-Almirante, General de Brigada e Brigadeiro
Capitão de Mar e Guerra e Coronel
Capitão de Fragata e Tenente-Coronel
Capitão de Corveta e Major
Capitão-Tenente e Capitão
Primeiro-Tenente
Segundo-Tenente
Guarda-Marinha e Aspirante a Oficial
R$ 14.031,00
R$ 12.490,00
R$ 11.451,00
R$ 11.250,00
R$ 11.088,00
R$ 9.135,00
R$ 8.245,00
R$ 7.490,00
R$ 7.315,00
POSTO/GRADUAÇÃO SOLDO
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
R$ 13.471,00
R$ 12.912,00
Quadro 1: remuneração militar. 
Fonte: https://folhadirigida.com.br/concursos/noticias/especial/soldos-dos-
militares-das-forcas-armadas-passam-por-reajustes-em-2020
Remuneração
A remuneração militar (quadro 1) é composta pelo
soldo, alguns adicionais e gratificações específicas. O
soldo é o valor mensal inerente à determinado posto ou
graduação militar.
110
Médicos Sem Fronteiras (MSF) é uma organização internacional de
cunho humanitário que tem o propósito de realizar projetos de
intervenção médica e humana nos países que se encontram em crises
agudas com aumento substancial da mortalidade e morbidade, como
ocorre em períodos de guerras, epidemias e catástrofes naturais. O
MSF também atua em locais que enfrentam problemas crônicos, como
exclusão social e fome.
A vontade de fornecer cuidados básicos de saúde a quem mais
precisa, a disposição para exercer a medicina em situações adversas e
o desejo de viver experiências em outras países de culturas e idiomas
diferentes faz com que muitos médicos se interessem em participar da
organização. Porém, muitas vezes, o principal entrave é a falta de
informação sobre o tema. Primeiramente é preciso explicar como
ocorre o processo de seleção.
Preencher o
questionário disponível
no site do MSF
Entrevista por
telefone
Entrevista presencial
no escritório do MSF
- Ter ao menos 2 anos de experiência
como médico para ingressar. O tempo
de residência está incluso nesse período;
- Informar sobre a disponibilidade e
especialidade médica, se houver;
- Falar inglês e/ou francês. Os
candidatos fluentes nos dois idiomas tem
mais chance de serem escolhidos.
- Dinâmicas que simulam as situações
encontradas nas missões do MSF;
- Parte da entrevista no idioma inglês
ou francês;
- Também é realizada uma prova que
avalia conhecimentos básicos.
Esquema 1: processo de recrutamento e seleção.
111
CAPÍTULO 23
Médicos Sem Fronteiras
Ian Emanuel de Souza Ramos, Caio Vieira Soares
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
No MSF, o número de vagas não é limitado. A demanda e o
recrutamento são influenciados principalmente pela compatibilidade
de perfil, experiência e especialidade médica do candidato (a
Pediatria, por exemplo, é uma área muito requisitada). O processo de
seleção consiste basicamente no preenchimento de um questionário no
site da organização, seguida de uma entrevista por telefone e uma
entrevista presencial que dura cerca de um dia e ocorre na sede do
Médicos Sem Fronteiras (no Brasil, a sede se localiza no Rio de
Janeiro). 
Após essa etapa, a organização do MSF procura postos de trabalho
que se enquadrem no perfil dos candidatos selecionados, agora
membros do projeto. Ao ser chamado para uma missão, o participante
recebe previamente uma descrição do público a ser atendido e a
função que será desempenhada. Caso o membro não se interesse pela
tarefa, pode se recusar participar e esperar uma nova oportunidade.
Para atuar nas missões, os membros devem comparecer a um
treinamento preparatório de, aproximadamente, uma semana de
duração que é voltado para o aprimoramento das habilidades de
comunicação, noções de segurança e consciência cultural. Esse
período de imersão é realizado em conjunto com as pessoas que foram
recrutadas para o mesmo local de trabalho com o intuito de já
estabelecer uma convivência e sincronia. O MSF também disponibiliza
um catálogo de cursos com diversas temáticas, como gestão de
pessoas, cirurgia, anestesia e HIV, que não são obrigatórios e podem
ser feitos ao longo da participação no projeto. 
112
Médicos Sem Fronteiras
Geralmente, a duração da primeira missão é de 6 meses para propiciar
uma maior adaptação e aprendizado para os participantes. Depois
desse período, presume-se que o participante está apto para ser
convocado para temporadas mais curtas de trabalho de até 2
semanas e até mesmo missões mais longas de um ano. O profissional
pode regressar quando quiser caso não se adapte ao local de
trabalho. 
A neutralidade, imparcialidade e independência são os princípios
norteadores do Médicos Sem Fronteiras, por isso, 90% das
contribuições que financiam a organização são contribuições mensais
ou pontuais de pessoas físicas. O dinheiro arrecadado, administrado
por escritórios do MSF presentes em vários países, financia as missões
que têm liberdade de atuar em qualquer situação, sem conflitos de
interesse religiosos, políticos ou culturais.
Para determinar os locais onde irá atuar, o MSF faz uma análise
minuciosa que vai desde a identificação dos locais que necessitam de
ajuda até a convocação dos membros para as missões (esquema 2).
A remuneração dos médicos participantes do Médicos Sem Fronteiras
é baseada na média do salário dos profissionais do seu país de origem,
com o tempo dentro da instituição e com o cargo ocupado, que pode
variar de acordo com as missões. Além do salário, que só é pago nos
períodos de trabalho do MSF, é fornecida uma ajuda de custo na
moeda do país onde acontece a missão, que, na maioria das vezes, é
suficiente para cobrir todos custos, uma vez que a passagem aérea e a
hospedagem são por conta da organização.
113
Elaboração de um relatório que contém todas as necessidades do local
identificadas por uma equipe exploratória do MSF
- 1 profissional de segurança;
- 1 profissional da saúde;
- 1 analista de logística.
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
Sondagens do MSF ou pedidos de hospitais, governos ou centros operacionais
Consultores do MSF
Missão aprovada Missão reprovada
Elaboração de um planejamento de abordagem multidisciplinar com
intervenções a serem feitas no local (para o melhor atendimento dos
pacientes), seguida da convocação dos membros.
Os profissionais que tem interesse em participar do MSF devem estar
cientes de que o trabalho irá alterar sua rotina e possui vantagens e
desvantagens:
Esquema 2: processo para determinação do local de atuação.
Vantagens
- Desenvolver inteligência emocional mediante situações de
estresse;
- Criar um bom Network e conhecer outras realidades;
- Aprimorar o exame físico e o raciocínio clínico, uma vez que
não há muitos recursos para exames complementares;
- As missões são muito variadas cada uma em um país com
doenças, hospitais, equipes e pacientes distintos.
114
Médicos Sem Fronteiras
Desvantagens
- Ficar distante dos familiares e amigos;
- Dificuldade de conviver com pessoas e culturas diferentes;
- Abrir mão do conforto de casa;
- Falta de estrutura para trabalhar;
- A remuneração, muitas vezes, está abaixo do que poderia ser
ganho atuando no mercado tradicional.
115
O seu sonho sempre foi morar fora do país ou já cogitou passar uma
temporada no exterior para aprimorar seus conhecimentos em alguma
área específica, como no campodas pesquisas? Caso a resposta seja
sim, esse capítulo servirá para esclarecer os principais fatores que
devem ser levados em consideração ao escolher esse caminho. O
recorte será feito enfatizando os Estados Unidos.
EUA
Universidades
renomadas
Vagas "ilimitadas"
para bons
profissionais
Cerca de 3% do PIB é
destinado à Pesquisa
e Desenvolvimento
Além disso, deve-se levar em conta a maior disponibilidade de recursos
materiais e a infraestrutura mais adequada dos laboratórios, a
valorização do pesquisador como peça fundamental no progresso da
nação, inclusive por parte da população leiga, e a possibilidade de
dedicar-se integralmente à carreira de pesquisador sem perdas
substantivas no salário. Todos esses fatos, na maior parte das vezes,
não são possíveis de se atingir ao permanecer no Brasil.
Pesquisa Médica no Exterior
CAPÍTULO 24
Marina Diniz Dias, Wânia Cristina Pereira de Oliveira
116
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
Os principais fatores que preocupam aqueles que querem se
estabelecer no exterior são a língua, a adaptação com o clima e com a
cultura. Isso faz com que, muitas vezes, surjam inseguranças e
questionamentos sobre a própria capacidade e uma certa
vulnerabilidade frente à conselhos desencorajadores de terceiros que
possuem uma visão de vida mais limitada.
O domínio da língua inglesa é uma das etapas que você certamente
atingirá com a prática diária. Por isso, não se restrinja somente a
assuntos e termos técnicos, já que as características de um profissional
de sucesso incluem as habilidades comunicativas e uma boa interação
social. Assim, é recomendável treinar o vocabulário com termos usados
no dia a dia para que não tenha que restringir os diálogos aos assuntos
de trabalho e possa manter conversas sobre outros temas, o que, de
certa forma, contribui para a socialização no ambiente.
A distância dos familiares e amigos é outro fator que deve ser
considerado ao escolher viver no exterior, já que provavelmente você
não conseguirá visitá-los com muita frequência. Porém, com o advento
da tecnologia, é possível manter contato através de chamadas de
vídeo, por exemplo, o que pode minimizar a saudade dos entes
queridos.
Em relação à cultura, o jeito caloroso, receptivo e simpático
característico dos brasileiros tende a contrastar com o perfil mais
reservado dos estadunidenses. Entretanto, essa discrepância é
facilmente superada, uma vez que é possível encontrar nos EUA
.
117
Pesquisa Médica no Exterior
pessoas com personalidades acolhedoras. Alguns imigrantes brasileiros
mais fechados, por outro lado, se identificam com o estilo mais "frio"
da maioria dos estadunidenses.
Por falar em frio, quanto mais ao norte você se encontrar, saiba que
mais frio será o clima. Com isso, cada pessoa possuirá um jeito de se
adaptar, e o brasileiro é famoso por essa resiliência. Então, por mais
que você não goste do frio, você conseguirá aprender a lidar com ele,
já que nem tudo na vida sempre nos agradará. O sucesso, portanto,
dependerá da sua capacidade em se adequar das mais variadas
situações e tirar proveito daquilo que for mais conveniente.
Dessa maneira, saiba que, apesar de o processo ser difícil, isso não
implica que você seja incapaz de atingi-lo. Muito pelo contrário, já que
só o fato de “pensar fora da caixa“ já demonstra toda a força de
vontade que, com o devido planejamento e execução, poderá resultar
em bons frutos.
Com isso, seja comprometido com sua profissão, seja a medicina ou
qualquer outra área, e faça tudo sempre com o muito amor e
dedicação. Ah, mas como saberei se é isso mesmo que eu quero
seguir? Bem, a resposta geralmente já costuma estar dentro de você.
Então, aproveite bem a graduação, tente se envolver ao máximo com
os projetos de iniciação científica desenvolvidos em sua universidade.
Desse modo, e com o passar do tempo, você saberá julgar se esse é o
caminho certo para você.
118
O programa “Médicos pelo Brasil” foi lançado pelo Governo Federal
em agosto de 2019 e prevê a criação de 18 mil vagas distribuídas por
4,8 mil municípios no país, substituindo, gradativamente, o programa
Mais Médicos. Essa ação governamental tem como objetivo levar
atendimento médico às regiões brasileiras mais carentes, com foco em
Atenção Primária à Saúde (APS), além de incluir formação profissional
e possibilidade de carreira federal. 
O Ministério da Saúde ainda não informou quantos médicos serão
contratados na primeira etapa do novo programa e nem quando ela
será iniciada. Enquanto os novos profissionais não são contratados,
aqueles que já fazem parte do “Mais Médicos” vão continuar a
trabalhar, pois eles têm contratos de até três anos.
Considerando tamanho da população, densidade demográfica e
distância de grandes centros urbanos, as regiões beneficiadas foram
divididas em 5 categorias: rurais remotas, rurais adjacentes,
intermediárias remotas, intermediárias adjacentes e urbanas.
As áreas classificadas como rurais remotas, rurais adjacentes e
intermediárias remotas, bem como unidades ribeirinhas/fluviais e
Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs), poderão incluir todas as
equipes de Saúde da Família no programa Médicos pelo Brasil.
...............
1. Distribuição das vagas
119
Programa Médicos pelo Brasil
CAPÍTULO 25
Alexandre da Costa Pinto Lopes, Júlia Costa Nacif Santos
O processo de seleção e contratação dos profissionais será de
responsabilidade da Agência para o Desenvolvimento da Atenção
Primária à Saúde, serviço sob orientação e supervisão do Ministério da
Saúde. Essa agência foi criada para promover e executar políticas de
desenvolvimento da atenção primária, inclusive as do programa
Médicos pelo Brasil.
Todos os candidatos deverão ter registro no Conselho Regional de
Medicina (CRM). Dessa forma, os profissionais que são formados no
exterior, inclusive médicos estrangeiros que deixam o Mais Médicos e
continuam no Brasil, terão que passar pelo processo de revalidação do
diploma (Revalida) para obter o registro e poderem atuar no programa.
Os candidatos devem passar por processo seletivo eliminatório e
classificatório, por meio de uma prova escrita, contemplando duas
funções: médico de família e comunidade e tutor médico.
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
Já municípios intermediários adjacentes e urbanos receberão médicos
em unidades de saúde consideradas de alta vulnerabilidade. Serão
cerca de 13 mil vagas em municípios distantes dos centros urbanos ou
pequenos e 5 mil vagas para as equipes de Saúde da Família com
parcela significativa de pessoas que recebem benefícios sociais ou
ganham até dois salários mínimos de aposentadoria, inclusive em
grandes centros urbanos.
2. Processo seletivo
120
Para essa função serão selecionados médicos com registro no CRM que
foram aprovados na avaliação escrita, os quais serão alocados para
unidades de saúde pré-definidas pelo Ministério da Saúde. 
Na unidade de saúde, será realizado um curso de especialização em
Medicina de Família e Comunidade com duração de 2 anos e jornada de
trabalho de 60 horas semanais, sendo 40h de atendimento e 20h de
atividades teóricas. 
Para concluir a especialização, os profissionais precisarão apresentar um
trabalho de conclusão, em que fazem uma análise da saúde no lugar onde
estão atuando. 
Após a especialização, os médicos realizarão uma prova para adquirirem
titulação de especialista em Medicina de Família e Comunidade e poderão
ser contratados via CLT, permanecendo nas unidades de saúde de
formação. 
1.
2.
3.
4.
Programa Médicos pelo Brasil
Médico de família 
e comunidade
Tutor 
médico
Para essa função serão selecionados médicos especialistas em Medicina
de Família e Comunidade ou em Clínica Médica, que possuam CRM e
foram aprovados na avaliação escrita.
Esses profissionais serão alocados para unidades de escolha do Ministério
da Saúde e serão contratados de acordo com regulamentações da CLT.
Sob sua responsabilidade, ficam o atendimento nas Unidades de Saúde da
Família(USF's) selecionadas e a supervisão dos demais médicos
ingressantes durante o curso de especialização. 
1.
2.
3.
121
Os profissionais em especialização receberão bolsa-formação no valor
de R$ 12.000,00 mensais líquidos, com gratificação de R$ 3.000,00
para locais considerados remotos e de R$ 6.000,00 para atuação com
indígenas e localidades ribeirinhas e fluviais. Com o fim dos 2 anos
iniciais, o profissional é contratado com carteira assinada pelo regime
da CLT e o salário passa a respeitar o plano de carreira estabelecido
pelo programa.
Já o tutor médico ingressa no programa contratado com carteira
assinada pelo regime da CLT e sua remuneração se baseia no plano de
carreira do programa, além de R$1.000,00 mensais adicionais pela
função que exerce.
O plano de carreira, apresentado no quadro 1, é formado por 4 níveis
salariais, de início em R$14.000,00, com progressão a cada 3 anos de
participação, além das gratificações por região de atuação e por
desempenho (varia de 11% a 30% em relação ao salário). Dessa forma,
o primeiro nível salarial pode chegar a até R$ 21.000,00 e,
gradativamente, atingir até R$ 31.000,00.
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
3. Remuneração
122
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
Níveis de
carreira
Nível
I
Nível
II
Nível
III
Nível
IV
Duração
Valor da
remuneração
Gratificação
por
desempenho
Gratificação
tutor
Gratificação
para locais
remotos
Gratificação
para distritos
indígenas
Potencial de
remuneração
0 a 3 anos 4 a 6 anos 7 a 9 anos 10 a 12 anos
R$ 12.600,00 R$ 14.790,00 R$ 16.800,00 R$ 18.400,00
R$ 1.400,00 R$ 2.210,00 R$ 3.200,00 R$ 5.600,00
R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 R$ 1.000,00
R$ 3.000,00 R$ 3.000,00 R$ 3.000,00 R$ 3.000,00
R$ 6.000,00 R$ 6.000,00 R$ 6.000,00 R$ 6.000,00
R$ 21.000,00 R$ 24.000,00 R$ 27.000,00 R$ 31.000,00
Quadro 1: plano de carreira - Programa Médicos pelo Brasil.
Fonte: Ministério da Saúde
123
Já pensou em realizar a residência médica em um país que concentra
diversas universidades renomadas, além de investimentos em pesquisa
e em avanços tecnológicos na área da saúde? Então, pode ser que os
EUA seja o lugar ideal para você conquistar tudo isso.
Para ser médico e atuar nesse país, você necessitará passar por um
processo de revalidação do diploma, além de realizar a residência ou o
fellowship – caso vise somente a subespecialização. Assim, você estará
apto a concorrer às vagas ofertadas lá.
O processo de revalidação é chamado de USMLE (United States
Medical Licensing Examination) e é composto por quatro provas,
divididas em três etapas, caracterizando os famosos steps. Esse exame
é realizado pelos estudantes estadunidenses durante a sua formação
médica.
Para os imigrantes, ou IMG (International Medical Graduates), que
pleiteiam uma vaga de residência, o processo pode ser iniciado a
partir do segundo ano da graduação, sendo necessário, primeiramente,
que a sua escola médica esteja listada no site do World Directory of
Medical Schools (WDOMS), assim todo o processo será intermediado
através do ECFMG (Educational Commission of Foreign Medical
Graduates) – espécie de “escritório” de assessoria.
1. Estados Unidos
124
Residência Médica no Exterior
CAPÍTULO 26
Farley Reis Rodrigues, Larisse Vitória Moreira Arruda
Vale ressaltar que as provas podem ser realizadas em qualquer ordem,
no entanto, o mais comum é realizar na seguinte ordem:
O step 1 e o step 2 CK podem ser realizados no Brasil – em centros
autorizados – e são compostos por questões objetivas, sendo que a
primeira prova se baseia nas questões das ciências básicas aprendidas
no curso, já a segunda possui questões semelhantes às provas de
residência no Brasil. O step 2 CS deve ser realizado em território
estadunidense, já que é uma prova de caráter prático e que avaliará
as competências requisitadas na prática médica, além da proficiência
em inglês.
Após realizadas essas três provas, você estará apto a pleitear uma
vaga, já que não são todos os hospitais que requisitam o step 3
(podendo ser realizado durante a residência). Contudo, é de extrema
importância a realização de estágios em cenário americano. Existem,
basicamente, dois tipos: observership e clerkship. São neles que você
conseguirá realizar networking e conseguir cartas de recomendação
(Letter of Recommendation - LOR).
Step 1 Step 2 CK Step 3Step 2 CS
CK: clinical knowledge. CS: clinical skills.
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
125
Dessa forma, sumarizando todo o processo, a “fórmula convencional”
para conquistar a sonhada vaga seria basicamente:
Mesmo seguindo esse caminho, ainda há chances de não conseguir
“dar match” (ser aprovado) no programa que você escolheu, já que nas
especialidades mais concorridas os candidatos necessitam possuir
publicações e ter experiência com pesquisa.
Assim como ocorre nos EUA, o primeiro passo para você estar elegível
a se candidatar ao processo é a sua escola médica estar listada no
site do World Directory of Medical Schools. O processo pode ser
realizado tanto por estudantes que estão finalizando o curso, como por
médicos.
OBSERVERSHIP CLERKSHIP
Limitado à observação
Disponível para estudantes e
graduados
Somente estudantes são
elegíveis
Cenário semelhante ao 
internato
Ambos possuem possibilidade de ofertar cartas de recomendação
Steps
Experiência
clínica
Cartas de
recomendação
Match
Residência médica no exterior
2. Canadá
126
Primeiramente, é necessário realizar a submissão das credenciais do
candidato através do site Physicians Apply Ca. Ao fim dessa etapa,
você poderá emitir o Educational Credential Assessment (ECA) e
marcar a prova.
A primeira avaliação é chamada Medical Council of Canada
Qualifying Examination (MCCQE-I), composta por questões objetivas
que avalia os seus conceitos em diagnóstico clínico.
Já a segunda etapa é o exame denominado National Assessment
Colaboration Exam (NAC), que avaliará o seu desempenho no cenário
prático. Após realizada as duas etapas, você estará apto a concorrer
aos programas de residência escolhidos.
Além disso, antes do término da residência, a fim de obter a sua
licença médica, é requisitada a realização de outra avaliação, o
MCCQE-II.
Para se candidatar às vagas oferecidas no Internato Médico – termo
equivalente à residência – em Portugal, é necessário realizar a
validação do diploma, inicialmente. A Administração Central do
Sistema de Saúde (ACSS), um instituto público que é relacionado ao
Ministério da Saúde, é responsável por regular toda a burocracia que
envolve o processo.
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
3. Portugal
127
Em Portugal, o curso de graduação em Medicina é integrado ao
mestrado, mas isso não impossibilita que brasileiros sem mestrado
consigam atuar lá.
As etapas de validação do diploma consistem na realização de uma
prova teórica com questões objetivas (semelhante às provas de
residência no Brasil), uma prova em um cenário de prática e a defesa
da tese de mestrado – também se aplica TCC ou artigos com temas
relevantes publicados – perante a uma banca da Universidade
escolhida pelo candidato, já que será a instituição de ensino que
mediará o processo de validação.
Após concluir a etapa de validação do diploma, o candidato poderá se
inscrever no concurso que oferece as vagas para o Internato Médico e
realizar a Prova Nacional de Acesso (PNA), a qual ocorre uma vez ao
ano e é composta por 150 questões objetivas que abrangem as
seguintes áreas: Medicina, Cirurgia, Pediatria, Ginecologia/Obstetrícia
e Psiquiatria.
A formação médica no Reino Unido se difere bastante da educação
médica do Brasil, no entanto, o médico brasileiro pode fazer a
revalidação do diploma e ingressar na residência, a fim de obter a
licença para exercer a profissão por lá. O processo é regulado pelo
General Medical Council (GMC).
Residência médica no exterior
4. Reino Unido
128
Em primeiro lugar, é necessária a realização da prova de proficiência
em inglês IELTS (InternationalEnglish Language Testing System). Com
os resultados em mãos, você estará apto para realizar a PLAB1
(Professional and Linguistic Assessments Board), uma prova composta
por 180 questões objetivas que aborda conteúdo semelhante às provas
de residências brasileiras. É importante ressaltar que a PLAB1 não
possui critério classificatório, então, a nota não é um fator decisivo.
Após aprovação no primeiro exame, você pode agendar a PLAB2, a
qual visa testar os seus conhecimentos médicos e avaliar as
habilidades de comunicação, já que é realizada em um cenário prático
composto por 18 estações. Nessa etapa, a nota é de caráter
classificatório e o corte dependerá do desempenho geral.
Caso seja aprovado, basta dar prosseguimento ao processo e entregar
os documentos que foram submetidos através do site do EPIC
(Electronic Portfolio of International Credentials). Assim, você irá
receber a licença que dará direito a trabalhar no Reino Unido.
Como dito anteriormente, a formação médica no Reino Unido é
diferente da Brasileira. Os estudantes nativos, ao terminarem os 5 ou 6
anos de graduação, devem realizar uma formação complementar de 2
anos, denominada Foundation Programme (FY1 e FY2), a fim de obter a
licença.
Entretanto, pelo fato de no Brasil ter o internato nos 2 últimos anos de
formação, o candidato brasileiro já ingressa no segundo ano (FY2) do
treinamento.
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
129
Após terminar o FY2, há a opção de prosseguir nos estudos por mais 3
anos e se tornar um General Practioner (GP), semelhante à Medicina
de Família e Comunidade.
Por outro lado, o Core Training (CT) – dividido basicamente entre
Cirurgia Geral e Clínica Médica – com 2 anos de duração, é pré-
requisito para algumas especialidades. Assim, você cursará 2 anos de
CT e os anos adicionais da especialidade escolhida, o programa
Specialty Training (ST). Contudo, existem especialidades em que você
poderá ingressar no ST, após terminar o FY2, sem passar pelos 2 anos
de CT (semelhante às especialidades de acesso direto no Brasil). Vale
ressaltar que os anos de treinamento são diferentes para cada
especialidade escolhida.
Residência médica no exterior
130
O transplante, também denominado de transplantação, consiste na
transferência de células, tecidos ou órgãos de uma pessoa (doador)
para outra pessoa (receptor). O profissional que realiza esse
procedimento é credenciado pelo Ministério da Saúde e possui
experiência na área. Entretanto, a área de transplantes não é
reconhecida como uma especialidade (com exceção do transplante de
medula).
Acompanhar serviço
de transplante (1 ano)
Graduação 
em medicina
Acompanhamento com a finalidade de
credenciamento no Ministério da Saúde,
vivenciando dentro do serviço de transplantes as
fases de preparação do paciente, a cirurgia
propriamente dita e o pós- operatório;
Residência 
em cirurgia geral
Especialização em
cirurgia do aparelho
digestivo
Como exemplo, veja a trajetória para realização de transplante de
fígado:
No Brasil, há diversos centros de formação, pois há uma grande
quantidade de transplantes no país.
1. Caminho para se tornar um médico apto a realizar
transplantes
131
Transplantes
Marina Diniz Dias, Wânia Cristina Pereira de Oliveira
CAPÍTULO 27
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
EUA e alguns
países da Europa
Um único serviço de transplante abrange uma
grande variedade de órgãos.
Brasil
Os serviços de transplantes são especializados:
urologista e nefrologista cuidam do transplante
dos rins, cirurgião do aparelho digestivo realiza
transplante do fígado e eventualmente de
pâncreas, por exemplo.
Observação: é possível que haja uma formação mais ampla.
Entretanto, seria necessária a dedicação exclusiva ao transplante por
parte do cirurgião, situação que não é comum no Brasil.
No Brasil e no mundo, há uma enorme escassez de órgãos para
doação, fazendo com que o desenvolvimento de pesquisas em busca
de novas fontes se tornasse uma ação cada vez mais recorrente. Como
exemplo, é cabível citar as pesquisas relacionadas ao uso de órgãos
de animais (xenotransplante), as quais trabalham com modificação
genética na tentativa de “humanizar” o DNA animal e reduzir as
chances de rejeição do organismo. Entretanto, os estudos relacionados
ao xenotransplante ainda não chegaram à aplicação clínica, devido a
aspectos de biossegurança.
2. Serviço de transplantes e abrangência dos órgãos
3. Questão ética e as novas fontes de órgãos
132
Transplantes
Exemplos como esse trazem à tona reflexões do campo bioético. Neste
caso em específico, o progresso tecnológico vai de contraponto à
ética da convicção, a qual teoricamente é baseada em princípios
imutáveis. Todavia, a necessidade de uma nova fonte de órgãos pode
fazer com que, em certo momento, os procedimentos se tornem
eticamente viáveis. Dessa forma, o xenotransplante pode vir a ser uma
opção eticamente aceita em tempos futuros.
Falta de órgãos;
Falta de campanhas de conscientização sobre a importância da
doação para que as pessoas deixem claro aos entes esse desejo;
Dificuldade na transportação de órgãos por causa da grande
extensão territorial do país;
Estrutura precária da atenção secundária e terciária em grande
parte dos centros de saúde do país.
Transplante
intervivo
Cadáver
Autonomia e condições de saúde do doador,
idade, grau de parentesco (para rins, por exemplo)
e ordem judicial.
Autorização dos familiares, submissão ao
protocolo de morte encefálica por dois médicos
distintos – gasometria associada a teste
complementar (arteriografia, por exemplo).
4. Limitações do transplante de órgãos no Brasil
5. Critérios legais para paciente ser doador
133
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
No Brasil, são raros os serviços de dedicação exclusiva a essa área
de atuação;
Há uma grande instabilidade, pois depende da morte encefálica
de um paciente e do curto prazo de conservação do órgão. Logo, o
médico dessa área pode ser solicitado a qualquer dia e horário;
Grande reconhecimento do atuante por exigir habilidades
específicas e treinamento especial;
Oportunidade de fazer a “ponte” entre uma família em situação de
angústia após a perda do ente e uma que se alegra ao receber o
órgão para prolongar a vida de seu familiar.
6. Carreira do médico de transplantes
134
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Guia de Carreira Médica - I CONACME UFV
SEÇÃO 1: APÓS A GRADUAÇÃO
Capítulo 2: carreira médica
CONTA MÉDICA. Médico recém-formado: como entrar no
mercado de trabalho?. Disponível em:
http://contamedica.com.br/blog/2019/02/04/medico-recem-
formado-como-entrar-no-mercado-de-trabalho/. Acesso em: 17
set. 2020.
GUIA DO ESTUDANTE. Dá para ir para a área de pesquisa fazendo
Medicina? Leia mais em:
https://guiadoestudante.abril.com.br/orientacao-profissional/da-
para-ir-para-a-area-de-pesquisa-fazendo-medicina/.
Disponível em: https://guiadoestudante.abril.com.br/orientacao-
profissional/da-para-ir-para-a-area-de-pesquisa-fazendo-
medicina/. Acesso em: 17 set. 2020.
SANARMED. Pós-graduação em Medicina: o que é, como funciona,
diferenças para Residência e mais. Disponível em:
https://www.sanarmed.com/pos-graduacao-em-medicina-o-
que-e-como-funciona?
utm_source=google&utm_medium=cpc&utm_campaign=blogpos
t. Acesso em: 17 set. 2020.
SOULMEDICINA. Me formei, e agora?. 2018. Disponível em
<https://www.soulmedicina.com.br/noticia/32/me-formei-em-
medicina-e-agora/>. Acesso em 17 de set. 2020.
136
Referências bibliográficas
SOULMEDICINA. Residência médica vs. Especialização. Disponível
em: https://www.soulmedicina.com.br/noticia/36/residencia-
medica-e-especializacao-entenda-as-diferencas/?
utm_source=soulmedicina&utm_medium=news&utm_campaign=
backlink&utm_term=residenciaxespecializacao&utm_content=oq
fazerdepoisdagraduacao. Acesso em: 17 set. 2020.
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA. O que é o CRM Médico e
qual é a sua importância?. Disponível em:
https://inscricaoucb.catolica.edu.br/blog/o-que-e-crm-medico.
Acesso em: 17 set. 2020.
Capítulo 3: Médico generalista
CARVALHO,Patrícia. Como é ser um médico plantonista?. 2019.
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