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laxativos · Tratamento voltado para diminuir a dificuldade durante o processo evacuatório e para evitar as complicações. Medidas educacionais · Grande parte dos casos de obstipação pode ser corrigida com direta rica em fibras s (20-35 g/dia), pela ingestão hídrica ( >2L/dia), prática de atividades físicas e por hábitos e treinamento intestinais adequados. Formadores do bolo fecal · São polímeros de polissacarídeos não degradados no trato gastrointestinal que podem sofrer fermentação parcial ou total pelas bactérias do cólon. · Absorvem água e formam um gel emoliente e volumoso, que provoca distensão do cólon e promovem peristalse. · Para o que o medicamento funcione adequadamente, é necessário que haja um aporte adequado de líquidos e motilidade preservada do TGI. · Também são capazes de estimular a proliferação da flora da microbiota intestinal e adsorver parte da gordura e da glicose da dieta. · Demora a produzir efeitos porém não se associam a importantes efeitos colaterais. · Efeitos colaterais: · Evitar em dilatações colonicas · Proscritos na suspeita de obstrução intestinal · Uso em excesso pode levar a distensão abdominal, meteorismo e atonia do cólon Policarbofila cálcica · Composto semissintético · Pouco fermentado · Pode absorver água e aumentar o bolo fecal · Uso por via oral Farelo · É o resíduo da farinha de cereais e contem mais de 40% de fibras dietéticas. Pectina · Presente em vegetais e frutas · Sofre fermentação mais rapidamente e exerce menos efeitos sobre o trânsito intestinal Psyllium · Composto natural, obtido da casca de psílio, que contem um muciloide hidrofílicos que sofre fermentação importante no colon, levando a um aumento da quantidade de bactérias no cólon. Emolientes/surfactantes · Ducusato, supositórios de glicerina · Amolecem o material fecal, permitindo a penetração de água e lipídeos. · Promovem lubrificação da mucosa intestinal · São indicados para indivíduos que devem evitar qualquer esforço de defecação. · Podem ser administrados por via oral ou retal. Glicerina · É utilizada por via retal, como via retal, como supositório ou em enema · Frequentemente promove evacuação em menos de uma hora. · Amolece e lubrifica as fezes, além de provocar distensão colônica e defecação reflexa. Óleo mineral · É utilizado por via oral e se trata de uma mistura de hidrocarbonetos alifáticos obtidos do petróleo. · Como não é digerido nem absorvido no TGI aumenta a secreção de água para a luz intestinal e penetra nas fezes, amolecendo-as e lubrificando-as Ducosato de sódio · Utilizado por via oral · Facilita a mistura da água ao bolo fecal, umedecendo as fezes, além de aumentar a secreção final de água no cólon. · Tem efeito laxante mínimo, sendo empregado principalmente para reduzir a consistência das fezes e, consequentemente, o esforço da evacuação. · Pode provocar, em altas doses, distensão e dor abdominal. · No brasil associação com o bisacodil Laxativos osmóticos · O cólon é incapaz de concentrar ou de diluir o líquido fecal: a água fecal é isotônica em toda a extensão do cólon. Os laxativos osmóticos são compostos solúveis, porém não absorvíveis, que resultam em aumento da liquefação das fezes, devido a um aumento obrigatório da água. · Promovem aumento do volume de líquido na luz intestinal por osmose · Produzem evacuação imediata dentro de 1 a 3 horas. · Podem causar: distensão abdominal, diarreia, cólicas, flatulências e distúrbios eletrolíticos. · Evitar em crianças, insuficiência renal, insuficiência cardíaca · são usados no tratamento da constipação aguda ou prevenção da constipação crônica, preparo para colonoscopia, cirurgia do TGI e no tratamento de encefalopatia hepática. Hidróxido de magnésio · Laxantes salinos · Estimulam a liberaca de colescistocinina, que leva ao acúmulo intramulinal de líquidos e eletrólitos, assim como o aimento da motilidade intestinal. Lactulose · Dissacarídeo semissintestico composto por frutose e galactose, que não é digerido pelas enzimas do TGI · Chegando ao cólon, as bactérias lá presentes hidrolisam a lactulose, dando origem à frutose e à galactose, que não podem ser absorvidas nesse ponto do trato digestivo. Esses carboidratos são então fermentados pelas bactérias colônicas, que aumentam a força osmótica e reduzem o pH do conteúdo intraluminal, aumentando assim a secreção e a motilidade intestinais · A dose mínima recomendada para o tratamento da constipação em adultos é de 10g por via oral, em dose única ou dividida. · Altas doses · Flatulência, cólica abdominal, Diarreia, Distúrbio hidroeletrolítico Sorbitol · Oral ou retal · Início de ação 1 a 2 horas após o uso Polierilenoglicol (PEG) · Os polietilenoglicois de cadeia longa são pouco absorvidos e retém água devido à sua natureza altamente osmóticos. · São preparados com uma mistura isotônica de sulfato de sódio, cloreto de sódio e cloreto de potássio. · Via oral · Início de ação de 1 a 4 dias. Laxativos catárticos/estimulantes · Induzem evacuação por meio de vários mecanismos pouco elucidados, que incluem a estimulação direta do sistema nervoso entérico e a secreção colonica de eletrólitos e líquidos. · São indicados para: · pacientes com comprometimento neurológico; · acamados em instituição de cuidados prolongados; · e em casos de obstipação mais grave · Podem provocar isquêmica colonica, hipermagnesemia, queda da taxa de filtração glomerular, melanose colonica, diarreia, dor abdominal senna/cáscara sagrada · São compostos naturais derivados da antraquina, pouco absorvidos e, após hidrólise no cólon, produzem evacuação em 6 a 12 horas quando administrados por via oral e dentro de 2 horas quando administrados por via retal. · Seu uso crônico leva a uma pigmentação castanha característica, conhecida como “melanose do cólon”. Bisacodil · Usado com soluções de polietilenoglicois para limpeza colonica antes da colonoscopia. · Produz evacuação dentro de 6 a 10 horas quando administrado por via oral e em 30 a 60 minutos quando administrado por via retal Picossulfato de sódio · É um fármaco de ação local, que sofre clivagem bacteriana no cólon, estimula a mucosa do intestino grosso, promovendo a acumulação de água e, consequentemente, de eletrólitos no lúmen. · Resulta na estimulação da defecação, redução do tempo de transito e amolecimento das fezes. Secretagogos · Esses medicamentos são projetados para aumentar a secreção de líquidos intestinais, a frequência do movimento intestinal e a quantidade de água nas fezes · O mecanismo dessa classe de medicamentos é através da liberação de Cl- ou Cl- e HCO3, seguido de aumento do aporte de água para o lúmen intestinal. · São indicados: · Casos de constipação idiopática crônica · Síndrome do intestino irritável com predomínio de constipação · Constipação induzida por opioides. Linaclotide · É um peptídeo pouco absorvido, que se liga ao receptor de guanilato ciclase-C na superfície luminal dos enterocitos intestinais, ativando o canal de condutância transmembrana da fibrose cística e estimulando a secreção intestinal de líquido. Lupriprostone · É um derivado do ácido prostanoico · Sua ação consiste em estimular o canal de cloreto tipo 2 no intestino delgado. Isso aumenta a secreção de líquido rico em cloreto no intestino, o que estimula a motilidade intestinal e diminui o tempo de transito intestinal. Plecanatide · É um agonista dos receptores da guanilato ciclase-C pouco absorvível no intestino e é usado no tratamento da constipação crônica e da síndrome do intestino irritável.