Prévia do material em texto
ANATOMIA PALPATÓRIA Prof. Msc. Luciano Garcia Pereira @fisiolucianogp Qual é a maior ferramenta do fisioterapeuta? Por que palpar? Avaliação Fisioterápica Anamnese Informações verbais Inspeção Informações visuais Palpação Informações táteis Por que palpar? Raciocínio clínico Fonte: https://www.physio- pedia.com/index.php?title=Clinical_Reasoning&veaction=edit§ion=1#cite_note-Jones-5 Palpação: palpação – subst. Fem. 1. med toque, sensação ou percepção pelo tato. 2. med exame do corpo usando o senso do toque. Palpação: As polpas dos dedos são usadas devido a sua alta concentração de terminações nervosas oferecendo alta sensibilidade a discriminação tátil. Tipo Localização Função Terminações nervosas livres Pele, órgãos vasos e articulações Dor,temperatura e tato protopático Corpúsculo de Ruffini Camadas profundas da pele, articulações Tato pesado e pressão. Discos de Merkel Pontas dos dedos Toque contínuo e textura Órgão terminal piloso próximo ao pelo contato inicial do movimento sobre a superfície do corpo. Corpúsculos de Pacini Camadas profundas da pele movimentos rápidos dos tecidos, vibrações e mudanças de pressão. De rápida resposta. Palpação Objetivos: • Avaliar e confirmar área a ser tratada • Delimitar a área presumida • Provocar os sintomas relatados Wright, 2015 Shimba, 2017 Palpação Objetivos: • Avaliar qualidade da ADM • Avaliar simetria • Perceber textura e elasticidade tecidual • Perceber superfícies e contornos ósseos e musculares • Perceber temperatura, umidade, dor, crepitação e edema Palpação Pré-requisitos: “Não se pode palpar aquilo que não se conhece.” Técnicas palpatórias • Polpas digitais • Pinça com o polegar e indicador • Dorso dos dedos e mãos para avaliar a temperatura • Digitopressão (polpas do polegar e indicador) – verificar pulsos, órgãos, edema. Princípios da palpação • Paciente e terapeuta devem estar relaxados • Comunicar ao paciente o que será feito e delimitar a região a ser investigada • Requerem delicadeza e respeito, cuidado, precisão e suavidade Princípios da palpação • Palpações dolorosas devem ser deixadas por último • O movimento das mãos é necessário para que as estruturas passem sob os dedos de maneira controlada • A velocidade dos movimentos e a profundidade devem ser ajustadas de maneira que percebam o máximo de informações possíveis Princípios da palpação • Observar a face do paciente e ouvir seus comentários • Utilizar o olho dominante ao comparar simetria de estruturas • Fechar os olhos pode ajudar a ter melhor percepção da estrutura palpada Cuidados com as mãos • Para garantir boa mobilidade, sensibilidade e destreza: • Lavar e secar as mãos • Evitar o uso de cremes • Unhas cortadas e limpas Princípios da palpação APRIMORAMENTO PRÁTICA= Complexo Articular do Ombro Complexo Articular do Ombro - Osteologia • Estruturas palpáveis: • Clavícula • Escápula • Úmero Escápula • Ângulo Inferior e superior • Borda medial e lateral • Espinha da escápula • Acrômio • Processo coracóide Escápula • Ângulo Inferior e superior • Borda medial e lateral • Espinha da escápula • Acrômio • Processo coracóide Clavícula • Artic. acrômio- clavicular • Porção acromial, 1/3 médio e esternal • Artic. Esterno- clavicular Úmero: • Cabeça • Grande tuberosidade • Sulco bicipital • Diáfise Complexo Articular do Ombro - Músculos • Estruturas palpáveis: • M. Deltóide • M. Trapézio • Mm. Manguito Rotador • M. redondo maior • M. bíceps braquial • M. tríceps braquial Ombro - Músculos • Deltóide • Anterior • Médio • Posterior Peitoral Maior • Abduzir o braço do paciente e iniciar a palpação a partir do esterno. • Possui 3 porções: • Clavicular • Esternal • abdominal Peitoral Menor • Palpação indireta • Localizar processo coracóide e posicionar o dedo sensitivo abaixo. Manguito Rotador • Supraespinhoso • Infraespinhoso • Redondo (Teres) Menor • Subescapular Manguito Rotador • Supraespinhoso (palpação indireta) Tendinopatia do supraespinhoso. Manguito Rotador • Infraespinhoso Manguito Rotador • Redondo (Teres) Menor Manguito Rotador • Subescapular Manguito Rotador • Dor referida Cotovelo e antebraço Cotovelo e antebraço • Estruturas palpáveis: • Epicôndilos • Olécrano • Cabeça do rádio Cotovelo e antebraço • Estruturas palpáveis: • Epicôndilos • Olécrano Epicondilalgia medial e lateral. Cotovelo e antebraço • Estruturas palpáveis: • Epicôndilos • Cabeça do rádio Cotovelo e antebraço Cotovelo - Músculos • Bíceps braquial • Cabeça longa • Cabeça curta Cotovelo - Músculos • Tríceps braquial • Cabeça longa • Cabeça lateral • Cabeça intermédia Cotovelo e antebraço • Estruturas palpáveis: • M. braquioradial • Mm. Extensores do punho e dedos • Mm. Flexores do punho e dedos • Tendões do bíceps e tríceps • N. mediano e ulnar • A. braquial Músculos extensores Músculos flexores Pronadores • Pronador Redondo • Pronador Quadrado Síndrome do pronador redondo. Punho • Estruturas palpáveis: • Cabeça da ulna (estilóide ulnar) • Radio distal (estilóide radial) • Ossos do carpo Ossos do carpo • Proximal (radial para ulnar): • escafoide • semilunar • piramidal • pisiforme • Distal: • trapézio • trapezoide • capitato • hamato Tra – Tra – Ca - Ha Es – Se – Pir - Pis Escafóide Tabaqueira anatômica • Palpar distalmente ao processo estiloide, ao nível da tabaqueira anatômica. Escafóide T. Extensor curto T. Extensor longo T. Abdutor longo Tenossinovite de De Quervain Punho • Estruturas palpáveis: • T. extensores Punho • Tendões flexores Punho • N. mediano Encontrar o tendão palmar longo, rebate-lo e perceber um fino cordão rígido abaixo. Síndrome do túnel do carpo. Mão • Eminência tenar • Eminência hipotenar Mão • Metacarpos e Articulações metacarpo falangeanas Mão • Articulações distais Referências: SOUZA, M. O. Anatomia Palpatória Funcional. 2. Ed. Rio de Janeiro – RJ. Thieme Revinter Publicações, 2019. JUNQUEIRA, L. Anatomia Palpatória – Tronco, Pescoço, Ombro e Membros Superiores. Rio de Janeiro – RJ. Ed. Guanabara Koogan, 2004. JUNQUEIRA, L. Anatomia Palpatória – Pelve e Membros Inferiores. Rio de Janeiro – RJ. Ed. Guanabara Koogan, 2004. REICHERT, B. Palpation Techniques – Surface Anatomy for Physical Therapists. New York, NY. Thieme Publishing Group, 2011. CAEL, C. Function Anatomy: musculoskeletal anatomy, kinesiology and palpation for manual therapists. Lippincot Willians & Wilkins. Philadelphia, PA, 2010. CAPURRO, B.; TEY, M.; MONLLAU, J. C.; CARRERA, A.; MARQUES, F. & REINA, F. Anatomic landmarks for a safe arthroscopic approach to the deep gluteal space: A cadaveric study. Int. J. Morphol., 39(2):359-365, 2021. MOATSHE G, Marchetti DC, Chahla J, et al. Qualitative and Quantitative Anatomy of the Proximal Humerus Muscle Attachments and the Axillary Nerve: A Cadaveric Study. Arthrosc - J Arthrosc Relat Surg. 2018;34(3):795-803. doi:10.1016/j.arthro.2017.08.301 SHIMBA LG, Latorre GC, Pochini A de C, Astur DC, Andreoli CV. Tratamento cirúrgico da lesão do reto femoral em jogadores de futebol: um relato de dois casos. Rev Bras Ortop. 2017;52(6):743-747. doi:10.1016/j.rbo.2016.10.014