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Questão 1 Respondida José Renato é um músico gaúcho tradicionalista. É popularmente conhecido como “Bico de Pato”, uma figura folclórica no interior do Rio Grande do Sul (RS). Acontece que Bico de Pato é um sujeito galanteador. E, em uma de suas apresentações por um dos rincões do RS, acabou conhecendo uma igualmente música, porém de nacionalidade argentina, chamada Mercedes Zoza. Ambos apaixonaram-se. O resultado: a celebração do matrimônio, em Buenos Aires, capital Argentina. Considerando o casamento de Bico de Pato e Mercedes, indique a alternativa correta: As formalidades serão regidas pela Lei brasileira, já que o marido é brasileiro, e vivemos em uma sociedade patriarcal. As formalidades serão regidas pela lei argentina, já que vivemos sob forte influência do feminismo e, portanto, aplica-se a lei da esposa. As formalidades serão regidas pela lei do local da celebração do matrimônio, já que este é o critério adotado pelo Brasil. As formalidades serão regidas pela lei escolhida pelos noivos, já que é uma faculdade permitida pela Lei brasileira. As formalidades serão regidas pela Lei brasileira, já que o Brasil é um país muito maior e mais importante economicamente do que a Argentina. Sua resposta As formalidades serão regidas pela lei do local da celebração do matrimônio, já que este é o critério adotado pelo Brasil. Em relação às formalidades do casamento, a regra aplicável é a lei do local de celebração. O § 1º do artigo 7º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro dispõe que “realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada alei brasileira quanto aosimpedimentos dirimentese àsformalidades de celebração”. Portanto, toda vez que for celebrado um casamento no Brasil, mesmo que os nubentes sejam de outra nacionalidade, deverão ser seguidas as formalidades previstas na lei brasileira (1.525 a 1.5271do Código Civil e artigos 67 a 69 da Lei n. 6.015/1973) e, uma vez válido, deverá ser reconhecido nos demais países produzindo todos os efeitos. No caso de Bico de Pato e Mercedes, como a Lei brasileira remete ao local da celebração, por analogia, serão observadas as formalidades da Lei argentina. Questão 2 Respondida A cooperação jurídica internacional é um dos pilares para a construção de um mundo global mais justo e digno para que a humanidade se desenvolva em sua plenitude. De suma importância, portanto, para o Direito Internacional. Acontece que o Brasil recebe um pedido de cooperação jurídica no sentido de efetuar a citação de um réu que se encontra no país, sendo que os países não possuem tratado de cooperação. Tendo em conta a ausência de tratado e o fato de que o país requerente não promove a publicidade processual, além de não se utilizar da diplomacia, assinale a alternativa correta: O Brasil não promoverá a cooperação jurídica internacional, eis que a autoridade judiciária requerente não obedece à publicidade processual e, portanto, pode violar direitos e garantias do réu. A cooperação jurídica internacional é suprema. Por isso, o Judiciário brasileiro deve citar o réu. O Brasil promoverá a cooperação jurídica internacional, eis que a autoridade judiciária requerente não obedece à publicidade processual e, portanto, pode violar direitos e garantias do réu. A cooperação jurídica internacional não tem disciplina na Lei brasileira. Portanto, cabe ao Juiz a escolha de cooperar ou não com o Estado requerente. A cooperação jurídica internacional é sempre compulsória segundo a Lei brasileira, já que é o objetivo principal do Direito Internacional hodierno. Sua resposta O Brasil não promoverá a cooperação jurídica internacional, eis que a autoridade judiciária requerente não obedece à publicidade processual e, portanto, pode violar direitos e garantias do réu. O artigo 26 do NCPC determina que “A cooperação jurídica internacional será regida por tratado de que o Brasil faz parte e observará: I - o respeito às garantias do devido processo legal no Estado requerente; II - a igualdade de tratamento entre nacionais e estrangeiros, residentes ou não no Brasil, em relação ao acesso à justiça e à tramitação dos processos, assegurando-se assistência judiciária aos necessitados; III - a publicidade processual, exceto nas hipóteses de sigilo previstas na legislação brasileira ou na do Estado requerente; IV - a existência de autoridade central para recepção e transmissão dos pedidos de cooperação; V - a espontaneidade na transmissão de informações a autoridades estrangeiras. § 1o Na ausência de tratado, a cooperação jurídica internacional poderá realizar-se com base em reciprocidade, manifestada por via diplomática”. Ora, se o país requerente não garante a publicidade processual e não se utiliza da diplomacia, a cooperação resta inviabilizada. Questão 3 Respondida Existe uma empresa brasileira que constrói aviões. Esta empresa, que é globalmente conhecida como prestadora de um serviço de altíssima qualidade, é encravada no interior da Paraíba, na cidade de São Sepé. Em virtude disto, a empresa celebra contratos com inúmeras empresas de outros países. Acontece que, determinado negócio celebrado com uma empresa polonesa, a construtora de aviões entregou o produto e jamais recebeu o pagamento devido. Considerando que a empresa polonesa devedora tem filial no Brasil mas que se sabe informalmente que encerrou suas atividades no Brasil, qual a alternativa que melhor pode resultar na obtenção do pagamento devido por intermédio da cooperação jurídica internacional? Deve a empresa brasileira ajuizar a demanda na Comarca de São Sepé, em desfavor da filial da empresa polonesa no Brasil. Após, com a negativa da citação, deve pleitear nos autos a expedição de carta rogatória destinada à matriz na Polônia no intento de cobrar a dívida. Deve a empresa brasileira se conformar, pois não há nada que possa ser feito. A empresa brasileira deve se utilizar da cooperação jurídica internacional, requerendo que a Polícia polonesa prenda os sócios da empresa polonesa e os mande ao Brasil para o pagamento da dívida. A empresa polonesa não tem dever de pagamento, já que a empresa brasileira não se resguardou como recomenda o direito internacional civil. A empresa brasileira deve ajuizar a demanda em desfavor da filial da empresa polonesa no Brasil. Mesmo que saiba informalmente do encerramento das atividades da devedora no país, pode ser que ainda haja algum bem penhorável. Além disso, nada mais há a fazer. Sua resposta Deve a empresa brasileira ajuizar a demanda na Comarca de São Sepé, em desfavor da filial da empresa polonesa no Brasil. Após, com a negativa da citação, deve pleitear nos autos a expedição de carta rogatória destinada à matriz na Polônia no intento de cobrar a dívida. Considerando que as cartas rogatórias destinam-se ao cumprimento de diligências processuais relativas à realização de comunicações pessoais, como citação e intimação, e que a citação da filial restou negativa, incumbe à empresa credora, por meio da cooperação jurídica internacional consubstanciada na expedição de carta rogatória, buscar seus direitos com a colaboração do Justiça polonesa. Questão 4 Respondida O Direito Internacional Privado é um ramo do Direito muito importante, sobretudo no mundo de hoje, altamente globalizado, em que as pessoas e as ideias transportam-se ao redor do mundo em velocidade frenética e ritmo alucinante. Nesse contexto, é difícil definir como se dá a resolução de problemas que advém destas relações globalizadas e transfronteiriças. Considerando a narrativa e seus conhecimentos do Direito Internacional Privado (DIPri), assinale a alternativa correta: O Brasil entendeu a necessidade da definição de um critério claro para a resolução destes problemas. E, quando estamos diante de fatos que envolvem a capacidade civil do agente e um conflito normativo com elemento de conexão internacional, o domicílio é o critério eleito pelo Brasil. O Brasil entendeua necessidade da definição de um critério claro para a resolução destes problemas. E, quando estamos diante de fatos que envolvem a capacidade civil do agente e um conflito normativo com elemento de conexão internacional, a territorialidade é o critério eleito pelo Brasil. O Brasil entendeu a necessidade da definição de um critério claro para a resolução destes problemas. E, quando estamos diante de fatos que envolvem a capacidade civil do agente e um conflito normativo com elemento de conexão internacional, o local onde ocorreu o fato é o critério eleito pelo Brasil. O Brasil entendeu a necessidade da definição de um critério claro para a resolução destes problemas. E, quando estamos diante de fatos que envolvem a capacidade civil do agente e um conflito normativo com elemento de conexão internacional, o caso concreto determinará qual a legislação a ser pelo Brasil aplicável. O Brasil somente tutela internamente a capacidade civil, sendo, portanto, este um conceito restrito ao Direito Civil brasileiro. Pouco importa para o DIPri e para a resolução de um problema com conexão internacional. Sua resposta O Brasil entendeu a necessidade da definição de um critério claro para a resolução destes problemas. E, quando estamos diante de fatos que envolvem a capacidade civil do agente e um conflito normativo com elemento de conexão internacional, a territorialidade é o critério eleito pelo Brasil. O Direito Internacional Privado se presta a solver os problemas que advém de conflitos no que tange a aplicação de normas de distintos países, ou seja, que apresentam elemento de conexão internacional e envolve entes privados. Acontece que o Brasil, no caso de conflitos entre leis estrangeiras decorrentes de relações jurídicas com conexão internacional que abordem um desses atributos: capacidade civil, personalidade jurídica e direito ao nome, o critério adotado é o do domicílio da pessoa envolvida no conflito. Questão 5 Respondida O Direito Internacional Privado se manifesta sempre que há um conflito que compreende um elemento de conexão internacional e que engloba entes privados. E, no sentido de otimizar a resolução destes conflitos, há diversos instrumentos tendentes a promover a cooperação jurídica internacional. Sobre a cooperação jurídica internacional, utilizando-se de seus conhecimentos, assinale a alternativa correta: Dentre os mecanismos de cooperação internacional adotados pelo Brasil, pode-se destacar o “auxílio direto”, que se consubstancia na solicitação feita pela autoridade de um Estado estrangeiro para a execução de diligência em solo brasileiro, diretamente, podendo compreender atos jurisdicionais e também administrativos. Dentre os mecanismos de cooperação internacional adotados pelo Brasil, pode-se destacar o “auxílio direto”, que se consubstancia na solicitação feita pela autoridade de um Estado estrangeiro para a execução de diligência em solo brasileiro, diretamente, compreendendo somente atos jurisdicionais. Dentre os mecanismos de cooperação internacional adotados pelo Brasil, pode-se destacar o “auxílio direto”, que se consubstancia na solicitação feita pela autoridade de um Estado estrangeiro para a execução de diligência em solo brasileiro, diretamente, compreendendo somente atos administrativos. Dentre os mecanismos de cooperação internacional que o Brasil adota, podemos salientar o cumprimento de carta precatória, tanto para ato administrativo quanto para ato jurisdicional. Dentre os mecanismos de cooperação internacional que o Brasil adota, podemos salientar o cumprimento de carta precatória, que é admitido somente para ato administrativo. Sua resposta Dentre os mecanismos de cooperação internacional adotados pelo Brasil, pode-se destacar o “auxílio direto”, que se consubstancia na solicitação feita pela autoridade de um Estado estrangeiro para a execução de diligência em solo brasileiro, diretamente, podendo compreender atos jurisdicionais e também administrativos. O auxílio direto é a solicitação feita pela autoridade estrangeira para levar a efeito o cumprimento de diligência em determinado país. No Brasil, foi regulamentado expressamente pelo NCPC, através dos artigos 28 a 34. Aplica-se tanto a atos jurisdicionais como administrativos, deve ser encaminhado pela autoridade estrangeira para a autoridade central brasileira a qual compete fazer um juízo de apreciação da medida. Questão 6 Sem resposta “Rosas e Perfumes” é uma renomada banda musical brasileira. Muito popular entre os jovens no mundo inteiro, vem sendo muito requisitada para abrir shows de bandas internacionais. O conjunto foi contratado para abrir a apresentação da famosa banda “Guns in Rosses”, na França. Acontece que, por improvável infortúnio, o avião apresentou pane mecânica, despencando no oceano, tendo todos os passageiros morrido no desastre. Todos os músicos eram domiciliados no Brasil, em que pese o desastre ter se dado em território francês. Considerando o afirmado e os preceitos do Direito Internacional Privado (DIPri) que regulam a relação, indique a alternativa correta: Ocorreu o fenômeno da comoriência, tutelado pelo Código Civil de 2002. Tal episódio determinou o fim da personalidade jurídica dos indivíduos da banda. E, para dirimir o conflito da legislação aplicável aos olhos do DIPri, a sucessão dos integrantes da banda se regerá pela Lei brasileira, já que o Brasil se utiliza do critério do domicílio. Já que a França adota como critério um estudo sobre a estimativa de vida de cada pessoa para a determinação da ordem das mortes nos casos de comoriência, e esta restou configurada, a sucessão dos músicos, uma vez que tiveram o fim de suas personalidades jurídicas, se dará de acordo com este fundamento, já que a fatalidade se deu em território Francês. Ocorreu o fenômeno da comoriência, tutelado pelo Código Civil de 2002. Tal episódio determinou o fim da personalidade jurídica dos indivíduos da banda. E, para dirimir o conflito da legislação aplicável aos olhos do DIPri, a sucessão dos integrantes da banda se regerá pela Lei francesa, já que o Brasil se utiliza do critério do local do evento. A França adota como critério, no caso concreto, o elemento da territorialidade para a definição da sucessão que contempla elemento de conexão internacional, já que os músicos eram brasileiros, pelo que a lei francesa irá reger a relação. Portanto, pouco importa o critério adotado pelo Brasil. Não há qualquer elemento de conexão internacional. Tudo foi uma fatalidade que, por assim ser, é alheia ao Direito Internacional Privado. Sua resposta Ocorreu o fenômeno da comoriência, tutelado pelo Código Civil de 2002. Tal episódio determinou o fim da personalidade jurídica dos indivíduos da banda. E, para dirimir o conflito da legislação aplicável aos olhos do DIPri, a sucessão dos integrantes da banda se regerá pela Lei brasileira, já que o Brasil se utiliza do critério do domicílio. O art.8º do Código Civil brasileiro, para solucionar o problema da comoriência, determina que “se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos”. Como o acidente ocorreu no território francês, há elemento de conexão internacional. Todavia, o Brasil se utiliza do critério do domicílio para dirimir este conflito. Portanto, a sucessão se dá pela Lei brasileira, eis que os músicos eram domiciliados no Brasil. Questão 7 Sem resposta O Direito Internacional Privado trabalha com vários elementos que se destinam a dirimir um cenário de conflito que contém elemento de conexão internacional e que envolve particulares. E, em muitas vezes, estas situações conflituosas somente se resolvem com a implementação da cooperação judiciária internacional. É um mecanismo de cooperação judiciária internacional que se presta a resolver uma situação destas aquele constante da alternativa: Carta rogatória. Carta precatória. Condução coercitiva. Carta de condução. Condução voluntária. Sua resposta Carta rogatória. A cooperação jurídica internacional se desenvolve por diversos instrumentos que são utilizados pelos países ao redor do globo. Acontece que, dentre estes instrumentos, a carta rogatória, ao contrário da condução coercitiva, da carta precatória, da carta de condução e da condução voluntária é o único instrumento de cooperação judiciária internacional. Questão 8 Sem resposta Rodriguez é um Senhor uruguaio que não sabe se manter parado. Cansado de seu país natal, veio ao Brasil, constituindo aqui domicílio. Em resumo, um senhor de oitenta e três anos, mas com um espirito completamente jovial e aventureiro. Mas não é só. O Sr. Rodriguez sempre foi um sujeito muito galanteador. Nas suas andanças, como um homem solteiro que é, sempre buscou aproveitar a vida. Em uma oportunidade, em um baile da terceira idade, conheceu uma Sra. que, até aquele momento, era freira de um convento, com seus aproximados 65 anos de idade. Acontece que o Sr. Rodriguez nunca foi fácil. Tanto insistiu que, após alguns meses, o casal estava formado: a então freira deixou de ser freira, e ambos viveram felizes para sempre. Mas, o Sr. Rodriguez não era fácil realmente. Do Uruguai, descobriu-se que o mesmo lá mantinha uma família. Nessa situação, buscou a esposa uruguaia do Sr. Rodriguez o divórcio. Considerando o caso narrado no texto acima, analise as assertivas sobre a competência jurisdicional e assinale a alternativa correta: A ação somente poderá ser ajuizada no Uruguai, já que ambos são uruguaios. A ação somente poderá ser julgada no Brasil, já que o Sr. Rodriguez está passeando no Brasil. A ação pode ser ajuizada em ambos os países, eis que há uma competência concorrente. Todavia, a lei brasileira autoriza o ajuizamento da medida no Brasil, já que o Sr. Rodriguez possui domicílio fixado no Brasil. Para a possibilidade de ajuizamento no Brasil, pouco importa o domicílio, e sim o fato de a pessoa demandada estar em solo brasileiro. A competência é exclusiva do Uruguai, independente do domicílio ou de onde se encontra o Sr. Rodriguez. Sua resposta A ação somente poderá ser julgada no Brasil, já que o Sr. Rodriguez está passeando no Brasil. Considerando que o personagem da questão fixou domicílio no Brasil, e o teor do artigo 21, inciso I, do NCPC, que atribui competência à Justiça brasileira, independente da nacionalidade do réu, desde que o mesmo esteja domiciliado no país, mesmo que o casamento tenha sido celebrado no Uruguai e sob a Lei uruguaia, é caso de competência concorrente, sendo o Judiciário brasileiro apto a julgar a ação. Questão 9 Sem resposta O nome de uma pessoa é algo de extrema importância para seu desenvolvimento enquanto ser humano. Uma pessoa sem nome se torna sem identidade. E por isso o nome é regulado de maneira concreta na maioria dos ordenamentos jurídicos do mundo inteiro. Em havendo um conflito com elemento de conexão internacional que verse sobre o direito ao nome, indique qual a alternativa correta: O Brasil elege o critério do domicílio da pessoa para dirimir tal conflito. O Brasil elege o critério do território em que a pessoa se encontra para dirimir tal conflito O Brasil elege o critério da nacionalidade da pessoa para dirimir tal conflito O Brasil faculta ao indivíduo a escolha da lei que melhor lhe resguarda para dirimir tal conflito. O Brasil elege o critério da imutabilidade, não permitindo qualquer alteração que verse sobre o nome, independentemente de haver elemento de conexão internacional. Sua resposta O Brasil elege o critério da nacionalidade da pessoa para dirimir tal conflito O direito ao nome é efetivamente um direito muito caro ao ser humano. E, por esta importância, deve ser devidamente tutelado pelos ordenamentos jurídicos. O Brasil, por seu turno, preserva este direito e indica que quando ocorrer um conflito versando sobre o direito ao nome com elemento de conexão internacional, o critério do domicílio do agente é o eleito para a sua resolução. Questão 10 Sem resposta Kidi é um grande artista musical brasileiro, muito famoso e requisitado pelo mundo inteiro. Em seu repertório, incontáveis singles que agitam as noites ao redor do globo. Acontece que Kidi foi contratado para executar um espetáculo de inauguração de um estádio da futebol na República do Congo. Trata-se da nova “casa” do glorioso “Todo Poderoso Mondambi”. No contrato, há uma cláusula expressa de eleição do Foro como sendo exclusivo no país africano. Ocorre que Kidi realizou o show, tal qual constou do pacto. Considerando que Kidi prestou seus serviços e não recebeu o pagamento entabulado no Contrato, o mesmo ajuizou, já em solo brasileiro, uma ação de cobrança. Neste contexto, é correto assinalar: A Justiça brasileira detém competência para o julgamento, já que Kidi é um nacional do Brasil. Kidi faz "jus" à apreciação de sua demanda no Brasil, já que foi nitidamente lesado. A contratante congolesa, em contestação, alegará a total incompetência da Justiça brasileira por conta da eleição do Foro, o que deve ser acatado pelo juízo. Como o espetáculo ocorreu no Congo, não há que se falar em ajuizamento da ação no Brasil. Kidi notadamente errou ao apresentar-se sem previamente ter recebido. E se sabe que “o Direito não socorre os que adormecem”. Sua resposta A contratante congolesa, em contestação, alegará a total incompetência da Justiça brasileira por conta da eleição do Foro, o que deve ser acatado pelo juízo. O Novo Código de Processo Civil inovou em vários aspectos. Nesse sentido, como não poderia ser diferente, disciplinou a questão do Foro no que diz respeito aos limites da jurisdição nacional e tratou da cooperação internacional. E é aí que temos o teor do artigo 25 que determina que:“Não compete à autoridade judiciária brasileira o processamento e o julgamento da ação quando houver cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro em contrato internacional, arguida pelo réu na contestação”