Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

DISCUSSÃO ÉTICA
SOBRE
O
ABORTO
 
 
 
FINALIDADE DESTA OBRA
Este livro como os demais por mim publicados tem o intuito de levar os homens a
se tornarem melhores, a amar a Deus acima de tudo e ao próximo com a si mesmo. Minhas
obras não têm a finalidade de entretenimento, mas de provocar a reflexão sobre a nossa
existência. Em Deus há resposta para tudo, mas a caminhada para o conhecimento é
gradual e não alcançaremos respostas para tudo, porque nossa mente não tem espaço livre
suficiente para suportar. Mas neste livro você encontrará algumas respostas para alguns
dos dilemas de nossa existência.
 
AUTOR: Escriba de Cristo é licenciado em Ciências Biológicas
e História pela Universidade Metropolitana de Santos; possui curso
superior em Gestão de Empresas pela UNIMONTE de Santos; é
Bacharel em Teologia pela Faculdade das Assembléias de Deus de
Santos; tem formação Técnica em Polícia Judiciária pela USP e dois
diplomas de Harvard University dos EUA sobre Epístolas Paulinas e
Manuscritos da Idade Média. Radialista profissional pelo SENAC de
Santos, reconhecido pelo Ministério do Trabalho. Nasceu em
Itabaiana/SE, em 1969. Em 1990 fundou o Centro de Evangelismo
Universal; hoje se dedica a escrever livros e ao ministério de
intercessão. Não tendo interesse em dar palestras ou participar de
eventos, evitando convívio social.
CONTATO:
https://www.facebook.com/centrodeevangelismouniversal/
https://www.facebook.com/escribade.cristo
Dados Internacionais da Catalogação na Publicação (CIP)
 
 M543 Cristo, Escriba de, 1969 – Discussão sobre o
 aborto 
 
 Itariri, Amazon.com 
 Clubedesautores.com.br, 2019 228 p. ; 21 cm
 
 ISBN: 9798608414947 Edição 1°
 
1. Aborto 2. DIU 3 – Anticoncepcional 
 4. cristianismo 5. Vida
 
 CDD 610 
 CDU 618
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CENTRO DE EVANGELISMO UNIVERSAL
-CGC 66.504.093/0001-08
https://www.facebook.com/centrodeevangelismouniversal/
https://www.facebook.com/escribade.cristo
PARTE I
 
TEOLOGIA SOBRE O
ABORTO
 
 
 
INTRODUÇÃO
O que diz a Bíblia sobre o aborto? É um assassinato? A resposta
será dada a medida que discorremos no estudo deste assunto que
envolve até mesmo a área criminalista. Como o relato desta jovem
dá exemplo:
“Por que ninguém me avisou antes? Eu acreditei no meu
namorado quando ele disse: “Ora, mas todas as jovens
vivem juntos assim: Por que você é tão atrasada e fora da
moda? Não a nada demais nisto, nós nos amamos.” E pouco
tempo depois... eu percebi que ia ser mãe. Oh, meu Deus,
que é que eu faço, que é que eu faço? Eu suspirava
milhares de vezes por dia em minha aflição em meu indizível
temor e vergonha! Meu namorado recusou-se a casar
comigo. Simplesmente eu não era capaz de enfrentar a
situação... Tinha que escolher entre o suicídio ou desfazer-
me da criança! Preferi o último... Matei meu filho no meu
seio e agora isto me persegue dia e noite... EU SOU UMA
ASSASSINA! Minhas mãos estão manchadas com o sangue
do meu filho.”
A definição de aborto é A palavra aborto vem do latim abortus,
que, por sua vez, deriva do termo aborior. Este conceito é usado para
fazer referência ao oposto de orior, isto é, o contrário de nascer.
Como tal, o aborto é a interrupção do desenvolvimento do feto
durante a gravidez, desde que a gestação ainda não tenha chegado
às vinte semanas. Ocorrendo fora desse tempo, a interrupção da
gravidez antes do seu termo tem o nome de parto prematuro.
1 – Algumas considerações sobre o aborto.
2 – A ação do aborto.
3 – Abortos injustificáveis.
4 – Abortos justificáveis.
5 – O aborto e as consequências psicológicas.
6 – Uma guerra desonesta.
1 – ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O ABORTO
A – Qualificação do aborto
O aborto é praticando humanamente falando, por dois pontos de
vista. O terapêutico, este por razões diversas como a saúde da mãe
ou da morte da criança e também por ser concebido por ocasião de
um estupro. O outro ponto de vista é o criminoso, este é praticado ou
por não se desejar a criança ou porque o nascimento de um infante
trará consequências escandalosas, para os pais.
B – ESTATÍSTICAS E INFORMAÇÕES
As estatísticas e informações aqui apresentadas são tiradas dos
relatórios informativos do maior e mais importante instituto de
sexologia do mundo. Instituto Kinsey (esta pesquisa foi feita nos
E.U.A, em meados do século XX.)
a – Nos Estados Unidos mais de um milhão de abortos são 
praticados por ano na década de 1970.
b – Em cada dez mulheres Norte-Americana das classes
socialmente favorecida, uma engravida pelo menos uma vez, antes
ou fora do casamento e em cada dez que se acham nesta
circunstância, nove abortam.
c – As jovens vivem num dilema: A publicidade, o cinema, o
teatro, a literatura estão sempre a dizer-lhes: Sejam belas! Sejam
atraentes! Amem! Aproveitem a mocidade!!!! Mas os costumes não
permitem que tudo isso se realizem antes do casamento... Resultado
– A jovem e seu namorado vivem sob tensão permanente.
d – Quase metade das mulheres pertencentes à classe média e
superior tem relações sexuais antes do casamento e nas classes
mais humildes as relações são mais frequentes.
e – A frequência das relações sexuais da juventude feminina
são: (1) As mulheres de 20 anos têm relações em média a cada 5 ou
10 semanas. (2) As maiores de 20 anos têm relações de três em três
semanas.
f – As mulheres que se casam muito jovem são as que abortam
mais:
g – Dentre as mulheres que atingem os 40 anos, 24% abortaram
uma vez. Isso dá a média de um aborto para 4 gestações:
h – 6% das gestantes que culminam antes do casamento
terminam com o parto de crianças vivas. 5% terminam em aborto
espontâneo. 89% terminam em aborto provocado.
i – O grau de devoção religiosa exerce um efeito importante na
conduta sexual. Assim 16% das moças de 20 anos, devotas tiveram
relações sexuais, para 22% das moças de devoção moderna e quase
30% das moças sem devoção. Os números referentes aos abortos
são os seguintes: Entre as solteiras, 12% das devotas que tiveram
coito pré-nupcial provocaram aborto.
Do grupo das moças de devoção moderada o número sobe para
29% e do grupo de indiferentes a religião, 32%, no que diz respeito
às mulheres casadas estudadas em função de suas inclinações
religiosas, o relatório revelou que 8% das gestações terminam em
aborto provocado de parte das muito devotas, 18% das moderadas,
e 21% das indiferentes. A religião serve de freio, pois tanto os
prazeres da carne antes do casamento como ao uso de práticas sob
todos os títulos condenáveis como o aborto.
2 – A AÇÃO DO ABORTO
Quando uma mulher decide abortar na maioria dos casos tudo
começou assim: Percebendo que a menstruação não ocorreu no
tempo certo e tendo mantido relações sexuais no mês precedente,
ela passa a tomar banhos quentes e a irrigar a vagina com
substâncias que julga abortivas, contudo, isto não surte efeito. O que
fazer? Diante do fracasso, essas gestantes adquirem drogas
chamadas abortadas. O fato é que não existem mesmo drogas
abortivas. As únicas substâncias que poderiam provocar o aborto são
tóxicas que acabam matando a gestante também... Os métodos
usados geralmente pelos profissionais do aborto, “os fazedores de
anjos”, são a introdução de agulhas de tricô, gravetos duros, agulhas
de injeção vagina adentro. Isto é uma prática perigosíssima.
Perigosíssima pelo seguinte: Para adentrar o útero, o abortista tem
de fazer força para vencer a contração da musculatura do colo
uterino. E aí o instrumento pode escorregar e perfurar, a parede do
útero. Além de hemorragia é quase fatal a intoxicação do sangue
pelos micróbios. Outra prática que também foi usada pelos abortistas
era a de injetar no útero uma substância de consistência oleosa, a
fim de produzir as contraçõesuterinas. Mas o método foi
abandonado porque a substância provocava a morte súbita da
gestante pois o óleo obstruía as capilares do epitélio respiratório e a
mulher morria de embolia pulmonar.
Evidentemente há abortistas mais refinados. Se a clientela
selecionada é rica, passam a usar anestésico com isso, nas tabelas
de óbitos aparecem casos de mulheres que morrem por erro do
emprego de anestésicos, inadequados ou em dose maciça.
O aborto é considerado completo quando o feto é expelido
conjuntamente com todas as membranas embrionárias que o
envolve. Porém em grandes números de casos parte da placenta
permanece dentro do útero. Temos então o aborto incompleto. Neste
o risco de hemorragia é enorme! Se a interessada hesitar em apelar
para o médico, depois do aborto, e se estiver com essas hemorragias
é quase certo que morrerá.
A – VALOR MORAL DO ABORTO
Iremos a partir deste tópico analisa-lo de acordo com a escala de
valores morais.
a - O ABORTO NÃO É PRECISAMENTE UM ASSASSINATO.
O assassinato é definido como a ação de tirar uma vida
plenamente humana real. O aborto, todavia, é uma ação de tirar a
vida humana em potencial. Segundo a lei de Moisés matar um nenê
não-nascido não era considerado delito capital, em caso culposo. “Se
homens brigarem, e ferirem mulher grávida, e forem causa de que
aborte, porém o dano será obrigado a indenizar...” (Êxodo 21.22). No
caso de matar um ser humano nascido a indenização não era pedida
mas sim a vida do assassino.
3 – ABORTOS INJUSTIFICÁVEIS
A – CRIANÇA NÃO DESEJADA
O simples fato de que uma mulher grávida não desejar a criança
não é motivo suficiente para apagar uma vida humana em potencial.
Os caprichos ou desejos pessoais de uma mãe não tomam
procedência sobre o valor do embrião ou do seu direito de viver. O
não nascido tem direito à vida. Na vida temos de aceitar muitas
coisas que não desejamos (até filhos): Além disto, a questão moral
básica não tem a ver com se a criança foi desejada ou não, mas se
foi determinada ou não.
O bêbado não deseja a ressaca, embora tenha determinado que
ficaria bêbado.
Assim alguém que consente em ter relações deve aceitar as
consequências que advêm das relações sexuais, pois quem aceita
ter relações está implicitamente consentindo em ter filhos. Em
síntese, qualquer filho nascido das relações entre partes que
consentem, é claramente determinado e, como tal, tem o direito de
viver, quer seja desejada ou não. Alguns podem querer argumentar
que é melhor abortar do que criar um filho indesejado. Contudo este
pensamento é errado, pois a penitenciaria é indesejada, apesar de
ser essencial para manter a segurança pública, assim a criança pode
ser indesejada, mas é essencial os pais cria-la afim de respeitar a
vida e se conformar que esta é consequência direta da ação dos
pais. Portanto, nem tudo que nos acontece é por dadiva de Deus,
mas também por castigo divino. Com isso, resta para os pais uma
alternativa, se conformar com a criança que está por nascer e dar-lhe
o amor que este necessita. O contrario disto é desafiar a Deus e
entrar em franca rebeldia com o criador.
B – CONTROLE DA POPULAÇÃO
Outro abuso contemporâneo do aborto é considera-lo como um
tipo de método de controle de natalidade. Quando um homem
resolve pular de um prédio de 60 andares, é tarde mudar de opinião
quando já mergulhou no ar e já está a caminho do asfalto embaixo.
Semelhantemente quando um homem resolve ter relações que passa
a resultar na procriação, é tarde demais decidir que não quer a
criança depois da ter ocorrido a concepção. Há meios eficazes do
controle de natalidade, sem chegar ao aborto.
Dispositivos contraceptivos e esterilização são métodos
garantidos de controle populacional.
C – O QUE É UM ABORTO INJUSTIFICÁVEL
ASSASSINATO! Isto mesmo. Um especialista norte-americano
Dr. Bernardi Nathanson, disse que a “interrupção da gravidez é
equivalente ao assassinato”
O Dr. Nathanson desligou-se em 1978 da maior clínica de aborto
de Nova Iorque (60 mil abortos por ano), arrependido por haver sido
o responsável pela destruição de mais de 60 mil vidas humanas.
Hoje ele está unido ao movimento contra o aborto.
O aborto é em si, algo mundano, resultado da depravação,
convém notar o fato de que em certos períodos do ano no Brasil
cresce de forma assustadora os índices de aborto, como acontece no
carnaval, quase sempre decorridos 30, 60 e 90 dias, como
consequência da maior abertura no decorrer dos festejos
carnavalescos.
 
4 – ABORTOS JUSTIFICÁVEIS
A – RAZÕES TERAPÊUTICAS – Quando é um caso nítido ou de
tirar a vida do bebê não nascido, ou deixar a mãe morrer, exige-se o
aborto. A mãe é de maior valor do que uma vida potencial (o bebê
não nascido). A mãe é um ser humano plenamente desenvolvido, o
bebê é um ser não-desenvolvido e um ser humano realmente
desenvolvido é melhor que um que tem o potencial para a plena
humanidade, mas ainda não desenvolveu. Ser plenamente humano é
um valor superior à mera possibilidade de torna-se plenamente
humano.
O que é, tem mais valor do que o que podo ser, assim como a
flor tem mais valor que a semente que germina (uma flor em
potencial) assim a mãe tem mais valor do que o embrião.
Todavia, alguns podem argumentar: Se o bebê não nascido se
tornar um grande pregador e a mãe é uma indigente? O que
acontece se a mãe é uma meretriz e o bebê não nascido acabará
sendo um missionário? Neste caso podemos concordar que uma
vida humana potencialmente boa é melhor do que uma vida humana
realmente má, se no caso pudéssemos ter uma revelação de Deus
de que a criança acabaria sendo boa. Então exclui-se a ideia de
aborto, contudo, se não for revelado por Deus tal destino (pois Deus
poderia fazer uma decisão baseada num conhecimento completo do
fim ou dos resultados). Os homens finitos devem contentar-se com
as consequências imediatas, baseadas nos valores intrínsecos.
Nesta base, uma vida real (quer seja má, que não) é de mais valor
do que uma vida em potencial.
B – RAZÕES EUGÊNICAS
Há varias razões eugênicas pelas quais abortos têm sido
recomendados por alguns, tais como o mongolismo outros por
deformações devido à talidomida ou drogas semelhantes e alguns,
por retardamento ou outras deformações devido ao sarampo, ou por
outras causas. O que estamos plenamente de acordo, obviamente a
decisão fica por conta dos pais. Mas vejamos por exemplo um
anencefálico, para que serve? Para nada! É de fato um ser humano
com corpo, alma e espírito, todavia não há nenhuma razão de viver
um ser nestas condições, é uma vida sub-humana. Quantos aos
deformados temos alguns que conseguem vencer na vida, mas em
contrapeso temos uma quantidade muito elevada de deformados que
não serve para nada à humanidade, existem uma diferença de
nascer deformados e por algum acidente ficar deformado. Um já esta
destinado e o outro sofreu consequência do destino. Por exemplo:
somos quase unanimes de que vale a pena viver com risco de sofrer
qualquer deformação por acidente, mas certamente a maioria de nós
preferiria não nascer, antes nascer sem a visão ou sem os membros
do corpo. Neste caso sacrificar um embrião é justificável porque se
está abortando não por egoísmo, mas por amor àquela criatura que
nascerá em sérias desvantagens, ainda diante da crise populacional
seria incoerente trazer crianças imperfeitas quando na verdade já
não há lugar para as completas. Também a natureza testemunha à
favor do aborto por questões eugênicas pelo fato da natureza abortar
embriões imperfeitos, por isso é correto abortar artificialmente um
embrião imperfeito, não que vamos tomar o lugar da natureza, mas
que vamos levar a efeito o padrão que a natureza estabeleceu. A
natureza não perdoa os deformados graves. Se não tem capacidade
de obter seu próprio alimento, está condenado a morte.
C – RAZÕES DE CONCEPÇÃO SEM CONSENTIMENTO
Nenhuma mulher deve ser forçada a levar na madre uma criança
que ela não consentiu em ter relações sexuais. Uma intrusão violenta
na madre de uma mulher não traz consigo um direito moral de
nascimento para o embrião, a mãetem direito de recusar que o
corpo dela seja usado como objeto da intrusão sexual. A violação da
sua honra e personalidade foi um mal suficiente, seria piorar sua
triste situação ao ainda força sobre ela uma criança indesejada.
Dai concluímos que uma mulher não deve ser forçada a dar a luz
uma criança concebida pelo estupro e não há uma obrigação moral
de gerar uma criança sem consentimento na relação sexual.
D – RAZÔES NA CONCEPÇÃO MEDIANTE INCESTO
A concepção incestuosa pode envolver o estupro com
consequências eugênicas e, portanto, pode providenciar uma base
mais firma para um aborto justificável. O que já não impõe sobre a
moça a obrigação moral de levar a termo sua gravidez incestuosa.
Além de violação a criança pode ser seriamente danificada por
defeitos eugênicos. Alguns males devem ser extirpados pela raiz.
Deixar um mal desabrochar em nome de um bem em potencial (o
embrião) parece um modo insuficiente de lidar com o mal,
especialmente quando o embrião pode ser uma forma do mal. O
incesto pode ser errado nos dois lados: na concepção e nas
consequências.
 
5 – O ABORTO E AS CONSEQUÊNCIAS
PSICOLÓGICAS
 
De fato todas as mulheres sofrem psicologicamente por aborto, 
mas principalmente aquelas que abortam por motivos imorais, o 
jurista alemão e professor Eika Hippel descreveu como “indefensável 
e falsa impressão causada na sociedade” de que a morte no ventre 
materno representaria algo completamente normal e legal”. Por 
outro lado a psicóloga Maria Simon declarou ser o aborto contrário a 
natureza por se opor ao possível cumprimento do papel feminino – A 
maternidade. A afirmação, de que consequências psíquicas 
retardadas após um aborto seriam raras ou somente de curta 
duração, seria falsa.
Lamentável a posição do Edir Macedo.
É que pesquisas realizadas por ela comprovaram que 80% das
mulheres sofrem consequências psíquicas retardadas do seu aborto.
A crise de identidade iria até os pensamentos de suicídio e seria
muito mais do que, por exemplo, no caso da amputação de um seio.
Na interrupção da gravidez não somente estariam sendo destruídas
vidas antes do nascimento, mas se criaria constantemente um novo
exército de mulheres gravemente neuróticas.
Já o ginecologista Wolfgans Furch criticou a atual prática de
aconselhamento, pois frequentemente não se levaria em conta a
“situação psíquica peculiar” das gravidas até ao terceiro mês. Nesse
estágio 68% das mulheres teriam sentimentos de rejeição em relação
ao bebê. Estes, entretanto, desapareceriam tão logo se ouvisse as
batidas do coração da criança. Além do que, Furch mostrou por suas
experiências que muitas mulheres já mostraram “arrependimento
atormentado” dois dias após o aborto... O desagradável do aborto é
que ele atingir a mulher no intimo do seu ser, como o ginecologista
Doutor Pierre Vellay no seu livro A Experiência do Aborto diz: “O
aborto não é, nem nunca será um incidente simples e banal,
compromete a mulher no mais profundo do seu ser”. O que existe de
errado no aborto é especificamente pelo motivo que impulsiona esta
ação.
A verdade é que o feto expulso do útero não é a única vítima. A
mãe quase sempre tem que enfrentar a reação da sua própria
consciência, além da pressão da sociedade que, no íntimo,
desaprova essa prática. Tal foi o caso trágico de uma mulher de 30
anos, transcrevemos aqui de forma resumida (narrado por uma
parteira):
“Com um golpe de sangue coagulado é expelido um bracinho de uma criança de
aproximadamente cinco meses, se ainda houver algo que fazer, será somente através de
uma intervenção cirúrgica. Foi uma noite terrível. A mais horrível da minha vida, e alguns
dias e noites apavorantes se seguiram, mas eu gostaria que todos, que alguma vez foram
levados pelos Diabo a pensar em aborto, pudesse participar. Uma parteira esta acostumada
com muitas coisas, gemidos e gritos, medo e dor, sangue e pavor. Onde outras mulheres
desmaiam há muitos, tem que fazer, e fazer seu trabalho, quieta, firme e dura, como se não
houvesse nada vivo sob as mãos e um coração que participa. Mas um fim como o desta
mulher de trinta anos, eu não gostaria de ver novamente. O relógio da torre bateu 12 vezes
na quieta, abafada noite de verão. O dia havia sido muito quente, todas as janelas estavam
abertas para deixar penetrar o ar da noite. Normalmente os doentes gostam de escutar as
batidas do relógio. Mas agora a mulher se ergue... Olha para a porta com os olhos cheio de
terror... cheios de terror!!! Seu olhar é cada mais fixo e apavorado... Aparece nele o pavor da
loucura.
 
O cabelo se eriça... com um pulo quer saltar da cama, ir para janela aberta, jogar-se 
para fora... “embora... vá embora”, gemem os seus lábios pálidos. A testa está cheia de 
gotas de suor frio. Conseguimos segurá-las com o máximo de força. Agora ela se esconde 
debaixo da coberta, grita e geme em medo e pavor... E não há nada, nada, nenhuma 
sombra, nenhum raio de luz. O ambienta está em quieta penumbra. Acendemos a luz, mas 
ela grita ainda mais no seu sofrimento. Apagamos completamente as luzes, então aí mesmo 
o pavor toma conta dela. Finalmente usamos a seringa. Na guerra as enfermeiras, 
receberam bastante liberdade neste assunta. Já estamos no fim das nossas forças. Não 
podemos enfrentar as figuras do delírio, pois não sabemos como elas surgem. Ela não 
reage a nenhuma ponderação. Durante algum tempo ela fica deitada, esgotada, como 
morta. Seu rosto parece cera e está encovado como o de uma mulher de 70 anos, então o 
pavor surge de novo, e ela começa a falar; “Agora... eles estão voltando... um após o outro, 
um... dois... três... este já está grande, quase completo... quatro... cinco... este ficou bem 
pequeno... seis... sete... oito... A cabeça deste foi arrancada, agora ele a leva na mão... 
nove... dez... Deste faltam as pernas, ele se mexe.... cortando ao meio e sangrando... 
onze... doze... E agora só um braço... e uma perna... onde está tua cabeça... os outros 
membros?... Porque vocês não têm olhos... Não têm olhos?” De repente ela puxa a coberta 
e cobre o rosto. “Não... não... vão embora... vocês não têm direitos de viver”. E fica deita 
esgotada. Depois de algum tempo ela começa: “Você estão ouvindo o que eles falam? 
Vocês ouvem?... Não podemos ver a luz eterna... Não podemos ver a luz eterna... dá-nos 
teus olhos mãe!... Tu nos tiraste os nossos, dá-nos teus olhos mãe!... Vocês estão ouvindo... 
Lá... um... dois... três...”, novamente a apavorante contagem até treze (...) A pobre mulher 
gritou e gemeu durante três dias e três noites. Nem mesmo as mais fortes doses dos mais 
fortes analgésicos conseguirem leva-la ao descanso, há períodos maiores de tranquilidade. 
Sempre de novo ele via aproximar-se os treze filhos assassinados no ventre materno, com 
seus lamentos, acusações e pedidos. Ela não ficava consciente a ponto de permitir que se 
tentasse leva-la ao arrependimento. A volta de Deus. A ponto de se poder libertá-la deste 
terrível pavor mostrando-lhe a misericórdia e bondade de Deus. E também não conseguia 
morrer de tanto medo e pavor. As irmãs, os outros doentes, até o médico, aos poucos 
perderam o controle diante deste quadro. O sacerdote também não havia podido fazer nada. 
Depois de quatro dias repentinamente ficou calma, pelo menos aparentemente. Avisamos 
novamente nosso sacerdote, mandamos busca-lo. Ele veio. Após as primeiras palavras, ela 
o interrompeu: “São treze, sim”.
“Não precisa perguntar nada...” E quando ele quis falar da misericórdia de Deus, ela
retrucou com as últimas forças: “Deixe-me ir... quero ir para o inferno... pagar ao canalha na
eternidade...”
E morreu. Este caso foi tirado do livro Desafios da nossa época edição de 1982 página
179-184.
 
Diante de bestialidades como estas o Conselho Nacional
Executivo da Ordem dos Médicos de Portugal publicou o seguinte
comunicado: “Espera-se que nunca venha a ser aceitado o aborto
criminoso em nosso país”
6 – UMA GUERRA DESONESTA
Manifestantes pró-aborto.
O número de crianças que são anualmente vítima desse
assassinato no ventrematerno em todo o mundo, corresponde
aproximadamente ao número de vítimas da segunda Guerra Mundial
para tornar claro o peso desse número, deve-se lembrar que a II
Guerra Mundial (1939-1945) causou em torno de 56 milhões de
morte, entre soldados e civis e a atual guerra do abordo causa a cifra
de 54 milhões de abortos em todo mundo. Em 1987 o Brasil foi o
país, segundo o relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS)
que mais interrupção de gravidez provocou. Estima-se de 3 a 5
milhões, ou seja, 10% do total de aborto no mundo. Ainda conforme
o relatório, os abortos chegam a ser o dobro dos que nascem por
ano no Brasil. Para encerrar a questão com chave de sangue
conclui-se que 400.000 mulheres morrem no Brasil em consequência
desses abortos. Todavia, as demais nações tem parte no crime
também.
Em 1977, de cada 100 nascimentos na Alemanha Ocidental,
ocorria 10 abortos.
No Uruguai, em 1978, verificaram-se 150 mil abortos reforçando
a luta pró-legalização dessa prática naquele país, por sinal o primeiro
da América do Sul a legalizar o divórcio. Na Finlândia, país com
menos de 5 milhões de habitantes, o número de aborto já chegava,
em 1971 a perto de 20 mil por ano: Em protesto realizado em fins
daquele ano 150 evangélicos desfilaram pelas ruas de Helsinque
carregando nos braços pequenos caixões brancos, ao som de uma
marcha fúnebre. Em frente ao parlamento, onde terminou a
manifestação, um dos caixões foi colocado na escadaria de acesso
ao mesmo, com uma coroa de flores e os seguintes dizeres: “A
ESPERANÇA DA FINLÂNDIA, CIDADÃO DE LUTO”. Imaginemos
agora como reagiria uma criança no ventre materno se ela pudesse
presenciar e sentir consciente o seu crescimento, como ela reagiria?
1° MÊS – Hoje comecei a viver, hoje eu comecei a existir como
pessoa humana, imagem e semelhança de Deus, isto quando o
óvulo foi fecundado pelo espermatozoide. Apesar de que eu não
entendo o que quer dizer tudo isto, mas eu sinto qualquer coisa.
2° MÊS – Nestes dias pela primeira vez sinto o ar da primavera.
Minha mãezinha foi a primeira vez comigo longe da cidade. Que
diferença. Na escura cidade cheia de fumaça a gente quase se
afoga, por isto a viagem da minha mãe para respirar o ar puro do
campo.
Para mim é uma graça de Deus. Como deve ser lindo este
mundo! Eu, impaciente, espero este momento, quando poderei ver
essas maravilhas com meus olhos. Sinto que cada dia fico mais forte,
estou crescendo e cada vez pareço com minha mãe e meu pai.
Enfim, com uma pessoa humana, sinto que dentro de mim começa a
bater com mais força alguma coisa, a mamãe diz que é o coração.
Oh! Eu amo a minha mãezinha que me carrega no ventre, eu não sei
como poderei agradecer-lhe por este grande dom – A VIDA. Quando
eu puder ver este mundo, prometo ser sempre bom; não fazer mal a
ninguém e não deixar ninguém triste.
3° MÊS – Hoje é o primeiro dia do mês, eu escutei a voz de
minha mãe, dizendo que eu ainda terei que esperar 6 meses pelo
momento que Deus me chamará para a luz.
4° MÊS – Logo serei um humano completo, mas meu pai não
esta concordando com isto! Escutei uma grande discussão entre
meus pais. Esta discussão está começando a perturbar-me.
Seria eu o motivo do desentendimento deles? Se eu sou o
motivo, não entendo por que... não pedi para vir ao mundo. Em todo
caso, Ó Deus! Seja bom para eles, não mande castigo.
HOJE MINHA MÃE VAI ME MATAR...
CONCLUSÃO
Como acabamos de estudar, o aborto pode ser em alguns casos
correto e em outros, incorreto. Portando o aborto é pecado
dependendo do motivo.
Se uma irmã praticar um aborto injustificável, ela esta passível
de ser disciplinada. Bom é que não haja o aborto. Oremos por isto.
 
 
PARTE II –
 
CATOLICISMO
CONTRA
O
ABORTO
 
 
 
 
 * O texto que se segue é do Pe. David Francisquini com as 
adaptações necessárias. Mesmo sendo evangélico, eu concordo
com muitos pontos de vista da Igreja Católica porque somos da
mesma matriz, isto é, o Evangelho de Jesus Cristo, e as bases da
crença evangélica e católica são as mesmas. Portanto muitos dos
argumentos católicos contra o aborto são compatíveis com a nossa
visão de mundo, de ciência e de espiritualidade.
 
Por que devo defender a vida humana
 
INTRODUÇÃO
 
 
 
 
À 30 anos, quando se falava de aborto, um frêmito de repulsa
ainda se fazia sentir em quase todos os ambientes. Sobretudo — e a
fortiori — nos meios católicos. O tempo passou, e com ele uma
transformação gradual, mas profunda, começou a se operar em
diversos setores da sociedade, influenciados pela campanha senti-
mental de movimentos abortistas.
Transformação gradual, sim, como de gota em gota: “Sou
totalmente contrário ao aborto, mas em caso de estupro...”; depois:
“Jamais abortarei... mas não condeno quem o faça em casos
extremos”, e assim por diante. Transformação profunda, pois que
tangia princípios sagrados e perenes, ainda que inadvertidamente.
No entanto, chegou o momento em que os movimentos
abortistas se viram obrigados a mostrar seu vulto total. As pequenas
concessões que eles — às vezes declaradamente, às vezes não —
tentavam fazer passar em vários setores da sociedade, não tinham
senão um objetivo: caminhar para a aceitação total do aborto, de
todas as formas, em qualquer ocasião. Exemplo candente é o
Projeto de Lei 1135/91, que simplesmente escancara as portas ao
aborto no Brasil.
 
 
 
Ora, alguns, vendo tal sanha, cristalizaram-se, e começaram a
se perguntar: por que tanta radicalidade? Será mesmo por questão
de “saúde pública” que eles defendem o aborto? Por outro lado,
como explicar a universalidade do movimento abortista? Estarão eles
ligados entre si? Como se explica tudo isso?
 
Essas e outras perguntas passaram a inquietar também
numerosos espíritos. E tal inquietação chega, no momento presente,
a um auge. É nesse quadro trágico, mas providencial, que se insere
esta publicação.
Seja ela um instrumento de luta. Com efeito, se é com idéias
falsas e perniciosas que os defensores do aborto tentam impor sua
sanha, é também com idéias — apoiadas na Fé, na razão e na
ciência — que devemos rebatê-los.
Queira a Divina Providência servir-se desta obra para dar a
todos uma convicção profunda das razões pelas quais não se pode,
e não se deve, de nenhum modo, aceitar o aborto.
E queira Deus apoiar a todos os que envidarem seus preciosos
esforços para combater esse crime monstruoso, que, de acordo com
a doutrina perene de Cristo, “brada aos Céus e clama a Deus por
vingança”.
 
 
I - O sagrado dom da vida nesta Terra,
prelúdio da vida eterna no Céu
 
1. Por que os cristãos defendem a vida?
 
— A Bíblia nos ensina que há um só Deus, todo-poderoso, que
criou o Céu e a Terra e todas as coisas que no Céu e na Terra se
contêm, isto é, todo o universo. A vida, presente na Terra, é,
portanto, um dom de Deus, que nos cumpre preservar e orientar para
Deus.
 
2. Quais as criaturas mais nobres que Deus criou?
— As criaturas mais nobres que Deus criou foram os anjos e os
homens.
 
3. Qual a criatura mais elevada que Deus colocou sobre a Terra?
— A criatura mais elevada que Deus colocou sobre a Terra é o
homem, entendendo-se com esta palavra, por simplificação de
linguagem, os dois sexos, isto é, o homem e a mulher.
 
4. O que é o homem?
— O homem é uma criatura racional composta de espírito, alma
e corpo. O corpo é gerado pelos pais, e uma alma e o espírito são
criados e infundidos por Deus nesse corpo.
 
5. O que é a alma?
— A alma é uma substância espiritual, dotada de inteligência e
de vontade, capaz de conhecer e amar a Deus e de O possuir
eternamente.
 
 
6. Em que momento a alma é infundida por Deus?
— A infusão da alma dá-se desde o primeiro instante da
concepção; para outros, ela não poderia preceder ao menos a
nidação (isto é, quando o ovo fecundado atinge a cavidade uterina e
ali escava uma espécie de ninho, no qual se instala). Autores mais
antigos supunham que a alma só seria infundida quando o corpo
tivesse atingido um grau de organização mais adiantado. É o que se
chamava animação tardia. Com os conhecimentos atuaissobre o
desenvolvimento do embrião humano, a tendência dos autores é
considerar a infusão da alma como sendo concomitante à
concepção.
 
7. Essa tese da “animação tardia” não permitiria que o aborto
pudesse ser praticado antes da infusão da alma?
— Mesmo nessa hipótese, o aborto não pode ser justificado,
porque, a partir da concepção, estamos já perante uma vida humana
em formação. Documentos da Igreja o afirmam claramente: “No
decorrer da história, os Padres da Igreja, bem como os seus
Pastores e os seus Doutores, ensinaram a mesma doutrina, sem que
as diferentes opiniões acerca do momento da infusão da alma
espiritual tenham introduzido uma dúvida sobre a ilegitimidade do
aborto. (...) Jamais se negou que o aborto provocado, mesmo nos
primeiros dias da concepção fosse objetivamente falta grave. Uma tal
condenação foi de fato unânime”.* Desde o primeiro catecismo
elaborado pela Igreja — conhecido como Didaké — o aborto é
condenado: “Não matarás o embrião por meio do aborto” (2,2).
 
* Congregação para a Doutrina da Fé, Declaração sobre o
aborto provocado, nº 7, 1974.
 
8. Para que é o homem criado por Deus?
— Para conhecer, amar e servir a Deus neste mundo, e depois
gozar da vida eterna. Portanto, o homem é chamado a uma plenitude
da vida que se estende muito além da existência terrena, e que
consiste na participação da própria vida divina.
 
9. Então a vida não termina nesta Terra?
— Não. Deus nos criou para nos levar para o Céu, porém não
nos obriga a isso e quer que aceitemos voluntariamente esse
convívio eterno com Ele.
 
10. Como manifestamos nossa aceitação do convívio para o qual
Deus nos chama?
— Aceitando Jesus e obedecendo a Palavra de Deus;
 
11. Toda transgressão dos Mandamentos indica uma ruptura
completa com Deus?
— Não, mas ser contumaz na prática do pecado pode revelar
que tal cristão não teme nem ama a Deus.
 
12. E assim perdoados, vamos diretamente para o Céu? — Sim,
não existe lugar intermediário.
 
II - Entendendo o significado do aborto
 
 
 
13. O que é o aborto?
— Aborto é a morte da criança concebida e sua expulsão do
ventre materno, em qualquer fase do desenvolvimento pré-natal.
 
14. O que é aborto espontâneo?
— Aborto espontâneo é o que ocorre por causas naturais,
independente da vontade da mãe ou de interferências externas.
Sendo involuntário, não entra no âmbito da lei moral.
 
15. O que é aborto provocado?
— O aborto provocado é a morte deliberada e direta —
independente da forma como seja realizada — de um ser humano na
fase inicial de sua existência, que vai da concepção ao nascimento.
 
16. Quando começa a vida humana?
— A vida humana começa com a concepção, a partir do 
momento em que o óvulo é fecundado pelo espermatozóide, 
formando o zigoto ou ovo. É um ciclo de vida que só termina com a 
morte.
 
17. Que importância tem elucidar o momento em que tem início
uma nova vida humana?
— É importante que o momento do início de uma nova vida seja
elucidado e reconhecido, pois a vida humana precisa ser protegida
sempre, a partir de seus primórdios. Os partidários do aborto
propugnam que a vida do novo ser humano não começa no
momento da concepção. Nessas condições, o objeto do
procedimento abortivo seria um conjunto de células ainda
pertencente ao organismo da mãe, e, portanto, sua extirpação nesse
momento não constituiria crime nem assassinato. Entretanto, a
ciência médica moderna reconhece que a vida humana começa já na
concepção.*
 
* Cfr. VII Conclave da Federação Brasileira das Academias de
Medicina, 1998.
 
18. Poderia explicar melhor esse ponto?
— O resultado da fecundação é um ser biologicamente ainda
unicelular, que constitui o primeiro estágio da vida humana. É
conhecido, como foi dito acima, como zigoto ou ovo. O cientista Karl
Ernest von Baer, já em 1827, com os microscópios de então, pôde
observar o óvulo e o espermatozóide, a fecundação e o
desenvolvimento embrionário, constatando que o início da vida
humana ocorre no momento da concepção. Não obstante, os
abortistas, sem apresentar qualquer argumento científico, continuam
a pôr em dúvida o momento do início da vida humana, para tentar
justificar o aborto nessas circunstâncias.
 
19. O que se entende por fecundação?
— Fecundação é a primeira etapa da concepção, que começa
quando a cabeça de um espermatozóide (às vezes mais de um, dos
cerca de 400 milhões ou mais presentes no fluido seminal) penetra
no óvulo, e vai até a formação do zigoto, num processo que dura 12
horas. Durante esse processo, os núcleos dos gametas feminino
(óvulo) e masculino (espermatozóide) se estruturam, formando os
pronúcleos que vão se unir, constituindo o embrião unicelular.
 
20. Quando tem origem o embrião?
— A fusão, dois a dois, dos 46 cromossomos (23 masculinos e
23 femininos) e sua estruturação para dar origem à primeira divisão
celular pode ser considerada a etapa final da fecundação e o começo
do desenvolvimento embrionário, com a formação do embrião de
duas células.*
 
* Cfr. Natalia López Moratalla, Maria J. Iraburu Elizalde, Los
quince primeros días de una vida humana, Eunsa, Pamplona, 2004,
p. 75.
 
21. O zigoto já é um ser humano?
— Cada um de nós não veio de um zigoto, mas foi um zigoto. O
zigoto tem metabolismo próprio, crescimento, reação a estímulos.
Tem seu próprio e único código genético (com 46 cromossomos),
que não são nem os da mãe nem os do pai. Suas características
genéticas estão estabelecidas desde a concepção, ou seja, sexo,
altura, cor dos olhos, cor dos cabelos, cor da pele, imunidade ou
predisposição a certas doenças, etc. Participa já, portanto, da
mesma condição de todos os seres humanos. E é único, diferente de
todos os seres humanos que já existiram, existem ou existirão até o
fim do mundo. Isto é, um ser humano perfeitamente individualizado já
enquanto zigoto, com todas as características inerentes a um ser
humano potencialmente definidas.
 
22. Qual a fase seguinte do desenvolvimento humano?
— Dentro da primeira semana após a concepção, dá- se a
nidação, termo já explicado acima (cfr. questão 6). Aquela pequena
célula escolhe, pois, um lugar no útero materno para se fixar. Ali,
numa relação simbiótica entre o zigoto e a mãe, o zigoto se alimenta
da mãe, sem prejuízo para ela, e independente da vontade dela.
 
23. Como e quando se forma o feto?
— Cerca de três semanas depois da fecundação, um músculo
cardíaco começa a pulsar. Desenvolvem-se ou- tros órgãos até o
final do primeiro mês. Ondas cerebrais podem ser detectadas por
volta de 40 dias. Durante o se- gundo mês aparecem os olhos,
orelhas, língua e dedos, ao mesmo tempo que o esqueleto se
desenvolve. O coração bate e o sangue flui, com seu tipo próprio já
determinado. Por volta da oitava semana começam a se formar nos
dedos suas próprias e únicas impressões digitais. E assim por
diante, passo a passo — sem nenhuma quebra em seu contínuo
desenvolvimento, o embrião se transforma em feto — denominação
que tem o embrião cerca da oitava semana, quando os principais
órgãos estão constituídos, até nascer a criança por volta de 40
semanas.
 
 
III - Os métodos de realização do aborto
se caracterizam por extrema crueldade
 
 
 
24. Como é praticado o aborto?
— Os métodos de aborto são de extrema crueldade. Quando
executados por “profissionais”, assumem as seguintes modalidades
principais:
 
Aborto por envenenamento salino
— Extrai-se o líquido amniótico de dentro da bolsa que protege o
bebê; introduz-se uma longa agulha através do abdômen da mãe,
até a bolsa amniótica, e injeta-se em seu lugar uma solução salina
concentrada; o bebê ingere esta solução, que lhe causará a morte
em 12 horas por envenenamento, desidratação, hemorragia do
cérebro e de outros órgãos. A solução salina produz queimaduras
gra- ves na pele do bebê. Algumas horas mais tarde inicia-se “o
parto”, e a mulher dá à luz um bebê morto ou moribundo, muitas
vezes ainda com movimentos.
 
Aborto por sucção
— Insere-se no útero um tubo com uma ponta afiada. Uma forte
sucção (28 vezes mais forte quea de um aspirador doméstico)
despedaça o corpo do bebê que estava se desenvolvendo, assim
como a placenta, e absorve “o produto da gravidez”. A placenta é um
órgão localizado no útero e que estabelece, através do cordão
umbilical, a comunicação biológica entre a mãe e o filho. O crânio,
que costuma não sair pelo tubo de sucção, é extraído por meio de
uma pinça. Partes menores do corpo do bebê podem algumas vezes
ser identificadas no material succionado. Quase 95% dos abortos,
nos países desenvolvidos, são realizados desta forma.
 
Aborto por curetagem e dilatação
— Neste método é utilizada uma cureta (tipo de faca, provida na
sua ponta com uma colher de bordas afiadas), com a qual se vai
cortando o bebê em pedaços para permitir a sua extração. Durante o
segundo e terceiro trimestres da gestação, o bebê já é grande
demais para ser extraído por sucção, então utiliza-se este método. A
cureta é empregada para desmembrar o bebê, tirando-se em
seguida os pedaços com ajuda de um fórceps para dilatar o colo
uterino. Este método está se tornando mais usual.
 
Aborto por “nascimento parcial”
— Costuma ser designado como aborto por D&X, e é usado a
partir da 32ª semana. Este é o método mais espantoso de todos.
Costuma ser feito quando o bebê se encontra já muito próximo de
seu nascimento. Depois de ter dilatado o colo uterino durante três
dias, e guiando-se por ecografia, o executante do aborto introduz
algumas pinças que agarram uma perninha do bebê, depois a outra,
em seguida o corpo, até chegar aos ombros e braços. Assim se
extrai parcialmente o corpo do bebê, como se este fosse nascer,
deixando-se a cabeça dentro do útero. Como a cabeça é grande
demais para ser extraída intacta, introduzem-se tesouras na base do
crânio do bebê, ainda vivo, e com elas se abre um orifício que dá
acesso ao interior do crânio. Então se insere um catéter para
succionar o cérebro. Este procedimento faz com que o bebê morra e
sua cabeça desabe. Em seguida extrai-se o que resta do bebê, e lhe
é cortada a placenta.
 
 
Aborto por operação cesárea ou histerotomia
 
— Este método é exatamente igual a uma operação cesárea até
o momento em que se corta o cordão umbilical; porém, em vez dar
os devidos cuidados à criança extraída, deixa-se que ela morra. A
cesárea, neste caso, não tem, pois, o objetivo de extrair a criança
viva, mas sim de matá-la.
 
Aborto com o uso de prostaglandinas
 
— Esta droga provoca um parto prematuro em qualquer etapa
da gravidez. É usado para produzir o aborto desde a metade da
gravidez até suas últimas etapas. A principal “complicação” é que às
vezes o bebê sai vivo... Também pode causar graves danos à mãe.
Recentemente as prostaglandinas têm sido usadas com a RU-486,
para aumentar a “eficácia” destas.
 
Aborto por pílula RU-486
 
— Trata-se de uma pílula abortiva — a RU-486 — empregada
conjuntamente com uma prostaglandina, que é eficiente se for
empregada entre a primeira e a terceira semana depois de faltar a
primeira menstruação da mãe. Por este motivo é conhecida também
como pílula do dia seguinte. Essa pílula age evitando que o embrião
se insta- le no útero materno, matando-o de fome por privá-lo de um
elemento vital, o hormônio progesterona. O aborto acontece depois
de vários dias de dolorosas contrações.
 
25. Existem outras técnicas abortivas?
 
— Sim, há outras técnicas abortivas mais caseiras, que
podem dividir-se em três grupos:
 
Por substâncias químicas que variam ao infinito, como a sabina,
o fumo, o quinino, as cantáridas, o chumbo, o fósforo e outros que
podem levar ao abortamento;
Agentes físicos como o calor e a eletricidade, muito pouco
eficientes, e que na maioria das vezes queimam a gestante;
Agentes mecânicos por traumas diretos (quedas, pancadas,
massagens, podendo a gestante nesses casos resistir à grande
violência, já que seu organismo foi adaptado para proteger o feto, e
não para expulsá-lo); ou por traumas indiretos, como “lavagem
vaginal”, punção das membranas do ovo, raspagens e aspirações.*
 
* Cfr. Antonio José Eça, O Aborto, in Direito Fundamental à Vida,
Quartier Latin, 2005, pp. 550-551.
 
 
 
 
IV - O aborto é um pecado que brada aos Céus e
clama pela vingança de Deus
 
 
26. O aborto é um pecado grave?
— O aborto viola gravemente o 5º Mandamento da Lei de Deus:
Não matarás! Por isso é um pecado mortal, que produz a “morte” na
alma daquele que o praticou, privando-o da graça de Deus que é sua
vida sobrenatural, e tornando-o merecedor do inferno. Sobre as
condições do perdão.
 
27. Essa é uma questão definida pela Igreja Católica?
— O Papa João Paulo II, usando da autoridade pontifícia,
declarou: “Com a autoridade que Cristo conferiu a Pedro e aos seus
sucessores, em comunhão com os bispos [...], declaro que o aborto
direto, isto é, querido como fim ou como meio, constituiu sempre uma
desordem moral grave, enquanto morte deliberada de um ser
humano inocente [...]. Nenhuma circunstância, nenhum fim, nenhuma
lei no mundo poderá jamais tornar lícito um ato que é
intrinsecamente ilícito, porque contrário à lei de Deus, inscrita no
coração de cada homem, reconhecível pela própria razão e
proclamada pela Igreja” (destaques em negrito nossos).*
* Encíclica Evangelium vitae, nº 63, 25 de março de 1995.
Da Cátedra de São Pedro, em Roma, partem as orientações
morais para os católicos, que declaram o aborto”intrinsecamente
ilícito, porque contrário à lei de Deus, inscrita no coração de cada
homem, reconhecível pela própria razão e proclamada pela Igreja”
(João Paulo II, Encíclica Evangelium vitae, 25 de março de 1995).
 
28. Como classificar o aborto?
— A eliminação direta de seres humanos inocentes por meio do
aborto é uma violação total do direito à vida. Contrário à Lei de Deus
e à Lei natural, o aborto deve ser definido pelas leis dos homens
como crime de assassinato. Assassinato tanto mais grave quanto
praticado contra um ser inocente e que não pode se defender. Por
isso a doutrina católica diz que é um pecado que brada aos Céus e
clama pela vingança de Deus.
 
29. Qual a punição especial da Igreja Católica para aqueles que
praticam o aborto?
— Ela está prevista no Código de Direito Canônico, no cânon
1398: “Quem provoca o aborto, seguindo-se o efeito, incorre em
excomunhão latae sententiae”. Isso quer dizer que está
automaticamente fora da Igreja e excluído dos sacramentos. Caso se
arrependa e queira reconciliar-se, terá que recorrer ao bispo
diocesano para obter a absolvição ou a algum sacerdote investido de
poderes especiais para conceder tal absolvição.
 
30. A quem se aplica a excomunhão?
— A excomunhão latae sententiae (isto é, automática) atinge a
todos os que, com conhecimento e deliberadamente, intervêm no
processo abortivo, quer com a cooperação material — médico,
enfermeira, parteira, etc. — quer com a cooperação moral
verdadeiramente eficaz — como o marido ou o pai da criança que
ameacem a mulher, obrigando-a a submeter-se ao aborto.
A mãe pode não incorrer na pena de excomunhão caso se
enquadre dentro das circunstâncias atenuantes do cânon 1324, § 1,
incisos 1º, 3º e 5º, a saber: posse apenas parcial do uso da razão,
forte ímpeto de paixão (não voluntariamente fomentada) ou coação
por medo grave.
 
31. Como os profissionais de saúde devem agir no caso?
— Devem negar-se a fazer o aborto, levantando objeção de
consciência. Nenhuma lei humana pode obrigar alguém a agir contra
a Lei de Deus e a Lei natural.
 
32. Qual a responsabilidade das autoridades públicas, políticos e
organizações que votarem, ratificarem e propaga-rem leis abortistas?
— Para os católicos o Papa João Paulo II diz, na encíclica
Evangelium vitae (nº 59): “A responsabilidade cai ainda sobre os
legisladores que promoveram ou aprovaram leis abortivas, sobre os
administradores das estruturas clínicas onde se praticam os abortos,
na medida em que sua execução deles dependa. Uma
responsabilidade geral, mas não menos grave, cabe a todos aqueles
que favorecerem a difusão de uma mentalidade de permissivismo
sexual e de menosprezo pela maternidade(...). Não se pode
subestimar, enfim, a vasta rede de cumplicidades, nela incluin- do
instituições internacionais, fundações e associações que se batem
sistematicamente pela legalização e difusão do aborto no mundo”
(destaques em negrito nossos).
 
V - As relações do nascituro com Deus e a questão do
Batismo para a Igreja Católica
 
 
33. Como são as relações do nascituro com Deus?
— Deus disse ao Profeta Jeremias: “Antes que saísses do seio
materno, Eu te consagrei” (Jer. 1,4). Também o Profeta Isaías
exclamou: “Yavé me chamou desde antes do meu nascimento,
desde o seio de minha mãe me chamou por meu nome” (Is 49,1).
Deus conhece, pois, por seu nome, cada homem que vem a este
mundo, e lhe designa uma missão que só a ele cabe desempenhar
na sociedade dos homens.
 
34. Qual a missão que cabe a cada homem desempenhar nesta
Terra?
— Tendo Deus criado o homem à sua imagem e semelhança, e
sendo Ele infinitamente perfeito, a cada homem cabe representar
uma determinada perfeição divina que nenhum outro homem fará
brilhar como ele aos olhos do próprio Deus e dos demais homens.
Assim, quando uma mãe pratica o aborto, é como se apagasse uma
estrela que nunca mais brilhará neste mundo.
 
35. Qual o papel do batismo na Igreja Católica para a criança?
— Como descendentes de Adão e Eva, contraímos o pecado
original. Assim, explica a questão o Catecismo da Igreja Católica (nº
1250): “Por nascerem com uma natureza humana decaída e
manchada pelo pecado original, também as crianças precisam do
novo nascimento no Batismo, a fim de serem libertadas do poder das
trevas e transferidas para o domínio da liberdade dos filhos de Deus,
para a qual todos os homens são chamados. A gratuidade pura da
graça da salvação é particularmente manifesta no Batismo das
crianças. A Igreja Católica e os pais privariam então a criança da
graça inestimável de tornar-se filho de Deus se não lhe conferissem
o Batismo pouco depois do nascimento” (destaques em negrito
nossos).
 
36. Tudo isso é silenciado quando se discute a questão do
aborto?
— Tanto se silencia a missão única que Deus incumbe a cada
ser humano, quanto se negligencia o pecado gravíssimo de negar ao
filho concebido a vida sobrenatural, fazendo-o morrer sem o
sacramento do Batismo.
 
37. Se o feto abortado for batizado antes de morrer, ele recebe a
vida sobrenatural?
— Sim, desde que o batismo seja ministrado enquanto ainda
houver vida na criança. Mas ninguém tenha a ilusão de que, nos
ambientes em que se pratica o aborto, seja fácil encontrar quem
queira batizar o feto que está sendo brutalmente assassinado.
VI - As seqüelas do aborto para a mãe e as falsas alegações
em favor de sua legitimidade
 
 
38. Corre risco a mulher que se submete ao aborto, mesmo
executado por profissionais?
— Seria temerário negar que a mulher corre risco, mesmo
quando o aborto é executado por profissionais desse ramo macabro.
O aborto provoca freqüentemente seqüelas físicas, psicológicas e
morais.
 
39. Quais seqüelas físicas o aborto provoca?
— As seqüelas físicas que o aborto mais comumente provoca
são: hemorragia, lesão e infecção, perfuração do útero ou do
intestino, predisposição para abortos espontâneos, nascimentos
prematuros, câncer de seio, gravidez ectópica (fora do útero), etc.
 
40. E os problemas psicológicos e morais?
— A síndrome pós-aborto inclui crises de angústia, perda de
auto-estima, letargia, misantropia, depressão e, acima de tudo,
remorsos!
 
41. É só a mãe que sente problemas emocionais após o aborto?
— Não. Também o pai, com freqüência, quando toma
conhecimento do aborto de seu filho. Esse trauma pode ser
agravado pelo fato de a lei geralmente não lhe conceder nenhum
poder para proteger a vida de seu filho que vai nascer e é abortado
voluntariamente pela mãe, como tem acontecido nos países onde o
aborto é permitido.
 
42. As pessoas favoráveis ao aborto não sabem disso?
— Sabem, mas tal é a sua determinação de promover o aborto
que só se referem aos riscos do aborto clandestino, evitando
mencionar as seqüelas físicas, psicológicas e morais acima
descritas.
 
43. Os partidários do aborto alegam que a mulher tem direito ao
próprio corpo e, portanto, pode extirpar o conjunto de células que
está se formando no seu organismo e que lhe pertencem.
— Essa alegação parte do pressuposto de que o que está se
formando no seio da mãe não passa de um “grumo celular” agregado
ao seu corpo. A mulher, portanto, teria o “direito” de extirpá-lo, como
faria com um tumor que tivesse crescido em seu organismo.
Entretanto, essa concepção é falsa, pois esse “grumo celular” —
chamemo-lo assim, argumentandi gratia — é já um ser humano
potencialmente completo e distinto da mãe. Não cabe falar, nesse
caso, em “direito” da mãe ao próprio corpo, pois o que se formou
nela, a partir da concepção, constitui um “terceiro” em relação a ela,
sobre o qual ela não tem, de forma alguma, o direito de vida e de
morte.
 
44. Mas não é a mãe que fornece as células ao filho?
— Sua contribuição é indireta. Todos os órgãos auxiliares —
placenta, invólucro amniótico, cordão umbilical — são desenvolvidos
pelo próprio embrião, a partir dos nutrientes que recebe da mãe. Não
é, pois, a mãe que produz diretamente as células com o que o filho
vai se constituindo desde a fecundação.
45. E se a gravidez for indesejada pela mãe?
— Desde que a mulher esteja grávida, ela já é mãe de um ser
humano nos estágios iniciais da vida, não lhe cabe mais escolha.
Eliminar a criança indesejada é praticar o assassinato de uma
criatura inocente e indefesa. O certo será remover as causas pelas
quais a criança tornou-se indesejada, e não matá-la. Em caso de
pobreza, buscar auxílio, como, por exemplo, obter a adoção da
criança; em caso de vergonha, recolher-se discretamente. Nascer é
um direito da criança.
 
46. Por que obrigar uma mãe a dar seqüência a uma gravidez
resultante de estupro ou incesto?
— Matar a criança é um crime maior que o próprio estupro ou
incesto. Se o estuprador não é condenado à morte, por que o seria a
criança inocente?
 
(O item 46 acima é a interpretação do Catecismo Católico
Romano. Não concordo de forma alguma com esta tese. Afinal, se
ela não consentiu com a fecundação, por que ela agora fica obrigada
a carregar um filho do seu estuprador??? A mulher não tem o dever
moral de levar a termo uma gravidez fruto de uma violência. –
Escriba de Cristo)
 
47. Então a mãe vai ter que suportar a associação daquela
criança, durante o resto da vida, à imagem indelével do estuprador?
— Se a associação da imagem do filho com o fato do estupro
produzir um trauma irremovível, ainda há o remédio de entregar o
bebê a pessoas ou instituições que possam adotá-lo. É o que a
Igreja Católica recomendava às freiras estupradas durante as
guerras. Em caso algum será legítimo matar uma vítima que não
teve a culpa de ser gerada. O que deve ser lembrado à mãe é que,
ao optar pelo aborto, não escapará à síndrome pós-aborto, com os
problemas físicos, psicológicos e morais já referidos. Se, pelo
contrário, ela decide ter o filho e criá-lo, isso a eleva e dignifica aos
próprios olhos e diante da parte mais sadia da sociedade, pela
prática de um ato nobre e meritório. No caso da freira estuprada, a
Igreja permitia que ela voltasse ao seio da família, se assim o
desejasse, para criar e educar o filho.
 
(Mesmo não concordando que a mulher tenha o dever moral de
levar a termo a gravidez oriunda de um estupro, considero ato nobre
se ela em nome do amor por aquele ser humano que não tem nada a
ver com a sandice humana do estuprador, resolver concluir a
gestação. – Escriba de Cristo)
 
 
Santa Gianna Beretta Molla, preferiu morrer a abortar. Ela optou
pela própria morte evitando assassinar a filha em seu seio.
 
 
48. Pode-se abortar a criança para salvar a vida da mãe? —
Não. Assim como não se pode matar a mãe para salvar a criança,
não se pode matar a criança para salvar a mãe. Com os avanços da
ciência médica, esses casos praticamente deixaram de existir. E a
medicina tem hoje recursospara salvar os dois, e deve fazer tudo
para isso.
 
(Outra vez discordo do catecismo católico. Um ser humano
plenamente formado tem maior valor que um ser humano em
potencial. Na Lei de Moisés um assassinato de um ser humano pleno
era punido com a pena de morte, mas um aborto provocado tinha
pena pecuniária. – Escriba de Cristo)
 
49. Pode, entretanto, dar-se o caso de a mãe ter que fazer uma
cirurgia ou tomar um remédio que acabe provocando a morte do feto.
— É um caso extremo, conhecido na Moral como de duplo
efeito. Explica o Pe. Lodi da Cruz: “Neste caso a morte da criança
não é diretamente provocada nem sequer desejada, mas somente
tolerada como efeito secundário de uma ação boa. Por exemplo,
uma mulher grávida descobre que está com o útero canceroso. O
médico lhe diz que é preciso fazer uma histerectomia (remoção do
útero) para extirpar o tumor. Diz também que esta cirurgia deve ser
feita urgentemente, e não após o nascimento da criança, senão a 
mulher morrerá em pouquíssimo tempo. Analisando moralmente o 
caso, o médico não deseja matar a criança, mas remover o útero. 
Aliás, se ele simplesmente matasse a criança, não salva- ria a vida 
da mãe. Logo, o fim bom (salvar a mãe) não é obtido através de um 
meio mau (matar a criança), mas decorre diretamente de uma ação 
boa (a histerectomia), que aliás seria feita mesmo se a mulher não 
estivesse grá- vida. Esta ação boa, porém, teria um duplo efeito: um 
bom, desejado — a salvação da vida da mãe; outro mau, apenas 
tolerado, e não diretamente provocado — a morte da criança. Se, no 
caso que estudamos, não há outro meio de se obter o fim bom (a 
saúde da mãe) a não ser tolerando um efeito mau (a morte da
criança); e se há proporção entre o mal tolerado e o bem procurado,
então é lícito fazer a cirurgia. Procedimentos como este sempre
foram lícitos e não se enquadram no conceito de aborto diretamente
provocado, condenado pela Igreja Católica e defendido pelos
abortistas”.
 
 
50. A anencefalia é o novo “cavalo de batalha” dos abortistas. A
constatação da anencefalia justifica o aborto?
— O significado literal da palavra anencefalia é sem cérebro. Na
realidade, significa uma falha na formação do embrião, em que este
não desenvolve as partes superiores do cérebro (calota craniana,
tecidos que a ela se sobrepõem, hemisférios cerebrais e cerebelo).
Ele possui uma parte do sistema nervoso central que lhe permite
respirar e manter funcionando coração, pulmões, rins e fígado. Deve-
se admitir a possibilidade de alguma consciência e capacidade de
sentir dor. Alguns bebês anencéfalos que viveram alguns dias ou até
meses levam a crer nessa possibilidade.
 
51. Então o anencéfalo não é um morto cerebral?
— Absolutamente não. A morte do anencéfalo normalmente
ocorre por insuficiência respiratória.
 
52. Mas se o anencéfalo não tem possibilidade de sobreviver,
não seria melhor evitar para a mãe esse trauma da morte logo após
o nascimento?
— Não. Ninguém pode atentar contra o direito do anencéfalo de
nascer, viver o tempo que lhe for dado por Deus, receber um nome
próprio, ser batizado, morrer em paz e ter sepultura digna. Muito ao
contrário de ser esquartejado pelo médico, sugado para fora do útero
materno e jogado na lata de lixo hospitalar. Quanto à mãe, se
abortasse, certamente estaria sujeita à síndrome pós-aborto, com
todas as conseqüências físicas, psicológicas e morais já descritas.
 
(Outra vez discordo do catecismo católico, diante de um quadro
irreversível de um ser anencéfalo, o melhor é um aborto. A própria
natureza costuma abortar quando percebe que o feto esta sendo mal
formado, entretanto algumas vezes, o scanner biológico não detecta
a falha. A medicina pode corrigir um eventual defeito da natureza,
eliminando o feto mal formado. – Escriba de Cristo)
 
53. Seria eticamente aceitável retirar órgãos vitais de
anencéfalos para efeito de transplante?
— A Associação Médica Americana considera o anencéfalo um
ser humano vivo, até que venha a ser constatada sua morte com
critérios aplicáveis aos seres humanos em geral. Ela revogou a
posição que considerava o anencéfalo neonato como um caso à
parte para fins de doação de órgãos, colocando-o nos mesmos
padrões e regras utilizados para doações de órgãos em geral. Assim,
a previsão medicamente certa da curta vida extra-uterina do
anencéfalo não torna moralmente lícita a retirada de órgãos vitais
para transplante. O loteamento de órgãos de qualquer ser humano
ainda vivo é um crime nefando, que, por sua vez, alimentaria um
comércio mais que nefando... Aceita essa tese, logo viriam as
próximas vítimas: crianças com outras doenças graves, velhos que
não podem valer-se por si mesmos, qualquer indivíduo em estado
vegetativo prolongado, etc.
 
(Outra vez discordo do catecismo católico que parece depreciar
a doação de órgãos. Esta maravilha da medicina possibilita dar uma
sobrevida para quem ainda pode viver, extraindo órgãos de outro ser
humano que já não tem mais perspectiva. – Escriba de Cristo)
 
54. Mas o que justifica tanto desvelo por um anencéfalo que vai
mesmo morrer logo após o nascimento, se é que não nasce morto?
— É fato que muitas dessas crianças nascem mortas, e a
maioria vive umas poucas horas. Mas há algumas que vivem dias,
semanas e até meses, por vezes mais de um ano. Nesse período,
tem-se constatado um maravilhoso relacionamento humano,
especialmente com a mãe, mas também com parentes e
acompanhantes que cercam com
desvelo o anencéfalo. Mas, sobretudo, o que se deve ter em
conta são os misteriosos desígnios do Criador, que deu tão pouco
tempo de vida a essa criatura. O Dr. Albert Niedermeyer, Doutor em
Medicina, Filosofia e Direito, Catedrático da Universidade de Viena,
tece profundas considerações a esse respeito: “Sob o ponto de vista
sobrenatural, não há vida indigna de ser vivida. Ao enfermo
aparentemente mais perdido são aplicáveis as inspiradas palavras
de Santo Tomás: ‘É melhor para ele ser assim do que não ser em
absoluto’. Para compreender esta sentença, é indispensável poder
conceber que todo ser representa uma participação no ser de Deus.
Proposição misteriosa que, para a arrogância humana, incapaz de
elevar o olhar acima do terreno, poderá parecer loucura e escândalo,
mas que na realidade nasce de uma profunda sabedoria”.*
 
* Albert Niedermeyer, Compendio de Medicina Pastoral,
Barcelona, Ed. Herder, 1955, p. 223.
 
 
 
 
VII - Aborto, saúde pública e Estado leigo
 
 
 
55. O aborto é uma questão de saúde pública, com a qual a
religião nada tem a ver.
— Esta alegação é uma manobra tática dos propugnadores do
aborto para escapar da questão moral. Eles tentam colocar fora da
discussão a parte mais candente e essencial do tema, pois sabem
que suas teses são ética e moralmente insustentáveis, e por isso
rejeitadas pela maioria da opinião pública.
 
56. Qual a diferença entre ética e moral?
— Ética e moral são expressões correlatas, pois derivam
etimologicamente de duas palavras — uma em grego (ethos) e outra
em latim (mos) — que significam a mesma coisa, isto é, costume.
Entretanto, convencionou-se estabelecer, em certos círculos
acadêmicos, uma diferença entre ambas. A ética seria o estudo das
leis que regem o comportamento humano (os costumes), tais como
se deduzem lógica e racionalmente da natureza das coisas, isto é,
da Lei natural. A moral acrescenta aos elementos da Lei natural os
dados fornecidos pela Revelação. Como Deus é, ao mesmo tempo, o
autor da natureza e da Revelação, a harmonia e a concordância que
existe entre ambas são tais, que não há nem pode haver oposição
entre a ética e a moral cristã. Isto vale especialmente para a ética
médica.
 
57. De qualquer forma, vivemos num Estado leigo, o qual deve
ser neutro, legislar para todos, e não só para os cristãos.
— O Estado neutro ou leigo não professa uma religião, mas
professa uma ideologia que postula uma vida social e pública
desvinculada do fator religioso. É um tipo de confessionalidade
ideológica: agnóstica ou laicista.* Equivaleria a dizer: “Como você
temuma convicção religiosa, não pode impô-la a mim. Mas eu, que
sou agnóstico ou ateu, posso impor a minha a você. Nós divergimos,
mas quem tem razão sou eu, que tenho a mente livre e não atada
por dogmas religiosos”. Trata-se de um estranho Estado de Direito,
dito democrático e pluralista, no qual somente os ateus e agnósticos
têm o direito de falar e modelar as leis segundo seus princípios.
 
* Cfr. J. Hervada, Pensamientos sobre sociedad plural y
dimensión religiosa, in Jus Canonicum, XIX, 1979, nº 38, pp. 63-76.
 
58. Então o juízo da moral cristã contrário ao aborto é válido
para toda a sociedade?
— Quando o cristão defende as leis divinas não está impondo
arbitrariamente uma crença pessoal, mas proclamando que a justiça,
a verdade, o caráter sagrado da vida humana devem ser
reconhecidos, protegidos e respeitados por todos. Negar que os
cristãos tenham o direito de defender publicamente suas convicções
é afirmar que a apregoada liberdade religiosa não vale para eles.
Quanto ao aborto, ele é um crime não só para um católico, mas para
todos os homens, em qualquer lugar do mundo, como decorrência da
Lei natural. E ninguém tem direito de praticar um crime por ter
formado individualmente a opinião que tal ato não é crime. Os
princípios da Lei natural são acessíveis à razão humana e se
impõem a todos, independentemente de suas crenças — ou
descrenças... — religiosas.
 
59. Como um católico pode saber que o direito à vida é um
preceito da Lei natural?
 
— Diz o Papa João Paulo II na encíclica Evangelium vitae (nº 2):
“Mesmo por entre as dificuldades e incertezas, todo homem
sinceramente aberto à verdade e ao bem pode, pela luz da razão e
com o secreto influxo da graça, chegar a reconhecer, na lei natural
inscrita no coração (cfr. Rom. 2, 14-15), o valor sagrado da vida
humana desde o seu início até o seu termo, a afirmar o direito que
todo ser humano tem de ver plenamente respeitado este seu bem
primário. Sobre o reconhecimento de tal direito é que se funda a
convivência humana e a própria comunidade política”.
 
60. Ao tentar impor, aos que não têm fé, seus preceitos morais
baseados na fé, os católicos assumem uma atitude preconceituosa,
própria de fanáticos.
— Essa objeção já está formalmente respondida nas questões
anteriores, que demonstram a universalidade dos preceitos da Lei
natural. Concretamente, quando os católicos se opõem ao aborto, o
fazem baseados também em dados científicos que mostram a
falsidade e a nocividade dos argumentos pró-aborto. A medicina e a
higiene se baseiam nas ciências naturais, que chegam às suas
conclusões através dos métodos naturais de investigação. Mas
sendo o homem composto de matéria e espírito, essas ciências não
podem abstrair do conteúdo ético e moral de suas conclusões e de
suas aplicações concretas. Paradoxalmente, muitos partidários do
aborto, no seu fanatismo cego, usam argumentos não científicos,
mas sentimentais, deixando de lado os dados mais óbvios da razão.
 
61. Quais são as conseqüências da rejeição dos preceitos
morais pregados pelo cristianismo?
— O Professor Plinio Corrêa de Oliveira explica:
Excluí-la de qualquer assunto de natureza moral é pois excluir o
próprio Jesus Cristo, o que infelizmente não é raro acontecer em
órgãos de comunicação social de nossos dias.
“O direito da Igreja de Jesus Cristo de ser ouvida não lhe vem da
maioria, mas do próprio Jesus Cristo, o qual foi igualmente Mestre
quando a multidão o glorificava cantando ‘Hosana ao filho de Davi’,
como quando ululava ‘Crucifica-O’. A negação do Divino Mestre
obviamente é ainda mais censurável em um país cristão, no qual a
imensa maioria dispõe de meios, inclusive pacíficos e inteiramente
legais, para conseguir que a voz do Divino mestre nunca seja
recusada ou omitida.
“Cada aborto constitui um assassinato. À medida que a
impunidade legal venha a favorecer no Brasil que o aborto se
introduza em nossos costumes, ocorrerá um número infinitamente
crescente de assassinatos.
“Tudo isso abre como que um rio de pecados a bradarem aos
Céus clamando por vingança. Esta expressão enérgica está até nos
catecismos.
“No plano social, os efeitos do aborto são claros. De um lado, a
ausência de frutos nas chamadas uniões livres só pode concorrer
para multiplicá-las. De outro lado, os vínculos do matrimônio são
debilitados pelo aborto.
“Tudo isso redunda em mais um fator de debilitação do
matrimônio e da família, e portanto de toda a sociedade brasileira”.*
 
* Cfr. entrevista concedida a Edição Mineira, Belo Horizonte, nº
45, 5-1-1983.
 
62. Independente das implicações religiosas e morais, o fato é
que o aborto constitui um problema de saúde pública, que deve ser
resolvido de alguma maneira. Milhares de mulheres morrem, ou
quase, em abortos realizados clandestinamente. Realizado em
hospitais do Estado, o aborto é mais seguro. As mulheres ricas
podem fazer o aborto em clínicas especializadas, enquanto as
pobres não. É, portanto, obrigação do Estado evitar esses abortos
clandestinos, oferecendo às mulheres sem recursos a possibilidade
de um aborto legal e seguro.
— A obrigação do Estado é favorecer a vida, e nunca a morte.
Qualquer que seja a razão da gravidez, a obrigação da mãe é levá-la
até o fim. É um outro ser humano que ela leva em seu seio e que
tem direito fundamental à vida, e que ela não pode, em hipótese
alguma, eliminar. A única política pública aceitável é evitar o aborto,
com o oferecimento de assistência moral e material durante a
gravidez e o parto. Quer a mãe seja rica ou pobre, o problema é o
mesmo. O aborto é um assassinato de um ser inocente e indefeso, e
ninguém pode praticá-lo, independentemente de sua condição
financeira.
 
63. Mesmo que a lei penalize o aborto — queiramos ou não —
ele continuará a ser praticado. É, portanto, melhor legalizá-lo, para
evitar as conseqüências gravemente danosas do aborto clandestino.
— Não se elimina um mal legalizando-o. Isso equivaleria a
propor a legalização do roubo, do estupro, etc. Dentro dessa lógica,
não deveria haver lei penal alguma, sob o esdrúxulo argumento de
que, sem lei que o penalize, o crime deixaria de ser praticado. A
conseqüência evidente é que, pelo contrário, os crimes aumentariam,
pois estariam protegidos pela total impunidade.
 
64. Uma solução, então, seria promover, em larga escala, os
métodos artificiais de controle da natalidade.
Assim evitar-se-ia a gravidez indesejada, e por conseqüência o
aborto.
— A contracepção, de si, constitui uma violação da Lei divina e
da Lei natural, pois impede a realização do fim próprio do ato sexual,
que é a procriação, na vigência do casamento monogâmico e
indissolúvel. Ademais, não é lícito combater uma ação criminosa com
uma prática imoral. A contracepção não elimina a prática do aborto,
mas abre as portas para ele. Declara-o o ex-diretor médico de uma
entidade financiadora e promotora do aborto e do controle da
natalidade: “À medida que as pessoas adotam métodos
contraceptivos, aumenta e não decresce o número dos abortos”.* Na
verdade, sem um combate firme e decidido à generalizada
dissolução dos costumes, não se elimina a praga do aborto, a
pandemia da Aids e aberrações morais correlatas. Uma declaração
nesse sentido do Papa Bento XVI, por ocasião de sua viagem à
África, escandalizou os meios laicistas em todo o mundo, que
rasgaram as vestes diante de tal afirmação. Entretanto, a observação
do Pontífice é perfeitamen- te sensata e comprovada pela
observação comum.
 
* Andrew Scholberg, The Abortions and Planned Perenthod:
Familiar Bedfellows — IRNFP, vol. IV, nº 4, Winter 1980, p. 298.
 
(O fato das mulheres terem períodos em que estão férteis e
outro que não podem engravidar, mostra que Deus criou sistema na
própria natureza biológica que aponta que há sim, meios de regular a
reprodução humana e de todas as espécies de vida para que não
haja uma superpopulação como nós vivemos no século XXI. Deus
mandou encher a terra, acontece que desde meados do século XX
que a terra já está superlotada de humanos. A igreja católica esta
anacrônica,fora do seu tempo, e não percebe que as famílias tem o
direito de fazer o planejamento familiar. Colocar o anticoncepcional
no mesmo patamar do aborto, só mostra o por quê a Igreja Católica
não consegue nem mesmo convencer seus membros desta
aberração ideológica doutrinária. Pensamentos como este só fazem
as pessoas se afastarem do cristianismo verdadeiro. – ESCRIBA DE
CRISTO)
 
 
VIII - a lei brasileira e o aborto
 
 
65. Quais as leis brasileiras que tratam do aborto?
 
— Genericamente, a Constituição brasileira. E, além dela, o
Código Penal. Ademais, há tratados internacionais, subscritos pelo
Brasil, que tratam da questão.
 
66. O que diz a Constituição Brasileira?
— O artigo 5º da Constituição garante “aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida”.
 
67. E o Código Penal?
— Os artigos 124 a 128 do Código Penal tipificam o aborto como
crime:
“Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento
Art. 124 — Provocar aborto em si mesma ou consentir que
outrem lho provoque:
Pena — detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos. Aborto provocado
por terceiro
Art. 125 — Provocar aborto, sem o consentimento da gestante:
Pena — reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos.
Art. 126 — Provocar aborto com o consentimento da gestante:
Pena — reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. Parágrafo único
— Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de
14 (quatorze) anos, ou é alienada ou débil mental, ou se o
consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência.
 
Forma qualificada
Art. 127 — As penas cominadas nos dois artigos anteriores são
aumentadas de um terço, se, em conseqüência do aborto ou dos
meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal
de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas
causas, lhe sobrevém a morte.
Art. 128 — Não se pune o aborto praticado por médico: Aborto
necessário
I — se não há outro meio de salvar a vida da gestante; Aborto no
caso de gravidez resultante de estupro
II — se a gravidez resulta de estupro e o aborto é pre- cedido de
consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu
representante legal”.
 
68. Há, portanto, casos em que, pela lei penal brasileira, o aborto
é permitido?
 
— Não. O aborto é sempre crime, embora não passível de
punição nos casos de estupro, e se não há outro meio de salvar a
vida da gestante. Nesses dois casos, a lei não pune, mas continua a
considerá-los crime.
 
69. Nesses casos, é moralmente aceitável o aborto?
— Não. O fato de a lei não punir não o torna moralmente
aceitável, porque o aborto é inaceitável em qualquer caso, por ser
um atentado contra a vida humana indefesa e inocente.
 
70. Quais são os tratados internacionais que proíbem o aborto?
— O Brasil assinou o Pacto de São José (da Costa Rica), que
tem o efeito de lei, redigido nestes termos: “Art. 4º — Toda pessoa
tem direito a que se respeite a sua vida. Este direito estará protegido
pela lei, em geral, a partir do momento da concepção”.
 
IX - Campanha mundial pela legalização do aborto
 
 
 
71. A grande quantidade de abortos se deve exclusivamente ao
dinamismo espontâneo de uma sociedade que vai se corrompendo
moralmente ou há algo mais?
— É um engano pensar que a avalanche de pecados que
constituem os milhões de abortos praticados anualmente em todo o
mundo se deve apenas ao dinamismo puramente espontâneo de
uma sociedade em decadência moral. Pelo contrário, é notória a
existência de um imenso movimento pró-aborto, atuante em âmbito
mundial, que se dedica a promover a legalização e a prática do
aborto.
 
72. Que organizações se dedicam a promover o aborto? — São
incontáveis as organizações públicas e privadas, no mundo inteiro,
que se dedicam a promover o aborto. Entre elas incluem-se
organismos da ONU, numerosas ONGs, governos nacionais.
Constituem uma rede organizada, influente, que dispõe de imensos
recursos financeiros e midiáticos. A Santa Sé, através de núncio
apostólico que mantém nas Nações Unidas, advertiu que os
governos têm o dever de denunciar as agências da ONU que, contra
os tratados internacionais, promovem o aborto.
 
73. Que relação tem o aborto com as teses eugenistas?
— O movimento abortista, alegando chavões sentimentais,
favorece os desígnios de uma doutrina extremamente perigosa
chamada eugenia, que almeja impor-se ao mundo inteiro. São seus
objetivos: promover as raças e pessoas consideradas superiores
(eugenismo positivo); fazer desaparecer as raças e pessoas
consideradas inferiores (eugenismo negativo).* A eugenia era
praticada pelos povos pagãos, inclusive pelos gregos e romanos. Foi
a Igreja Católica que, ensinando gradativamente o alto valor da vida
humana e seu destino sobrenatural e eterno, inculcou ao mesmo
tempo o horror ao aborto e ao infanticídio.
 
* Cfr. Lilian Denise Mai e Emília Luigia Saporiti Angerami,
Eugenia negativa e positiva: significados e contradições, in Revista
Latino-Americana de Enfermagem, março-abril de 2006.
 
(Outra tese absurda, eugenia tinha sentido no nazismo e no
início do século XX. Agora hoje em dia, o socialismo de esquerda
favorece ao nascimento de crianças deficientes, filhos de drogadas
etc. – ESCRIBA DE CRISTO)
 
74. A eugenia reviveu depois?
— No século XIX a eugenia foi “redescoberta” por Darwin, cuja
teoria evolucionista de “seleção natural” procura explicar a formação
de raças superiores e inferiores: “Entre os selvagens, os corpos ou
mentes enfermos são rapidamente eliminados. Os homens
civilizados, ao contrário, constroem asilos para os imbecis,
incapacitados ou enfermos, e nossos médicos aplicam o melhor de
seu talento em conservar a vida de todos e de cada um, até o último
momento, permitindo que se propaguem os membros fracos das
nossas sociedades civilizadas. Ninguém que tenha trabalhado na
reprodução de animais domésticos duvidará de que isto é
sumamente prejudicial à espécie humana” (destaques em negrito
nossos).*
 
* Charles Darwin, The Descent of Man, cap. 5 — On the
Development of the Intellectual and Moral Faculties During Primeval
and Civilised Times.
 
(Bom, eu sou a favor da eugenia no sentido de impedir que
bandidos e deficientes possam procriar, porque assim impedindo que
eles reproduzam, se reduz esta decadência do gene humano. Isto é
aplicado com todas as espécies de animais e plantas e não tem por
que não aplicar nos humanos. O texto acima é de um catecismo
católico e eles valorizam acima da medida o direito de nascer,
tornando-o em um DEVER. – ESCRIBA DE CRISTO)
 
 
 
75. Que relação há entre eugenia, planejamento familiar e
aborto?
— Margaret Sanger (1879–1966), ícone do movimento feminista,
fundadora da International Planned Parenthood Federation
(Federação Internacional de Planejamento Familiar), prega
claramente a eugenia no seu livro The Pivot of Civilization (cfr. pp.
59-71) e em muitos outros escritos. A entidade por ela fundada é
uma das mais ativas organizações abortistas de nossos dias.
 
(A eugenia para melhoramento racial não é mais praticado, e só
teve grande importância até meados do século XX, a Igreja Católica
delira ao colocar eugenia no mesmo saco que o aborto e o
planejamento familiar. Pelo amor de Deus... – Escriba de Cristo)
 
76. A eugenia foi favorecida pelo nazismo?
— No século XX, a eugenia foi adotada como política oficial do
nazismo de Hitler e mereceu a repulsa geral da opinião pública, até
bem pouco tempo.
 
77. O que o aborto tem que ver com as teses de “ecologia
profunda”?
— A expressão doutrinária mais extremada do movimento
ecológico denomina-se ecologia profunda, e é aparentada com a
eugenia. Seus defensores afirmam que a capacidade da Terra para
suportar a população humana é muito limitada, entre um e dois
bilhões de pessoas. Muitos crêem que isso os leve a advogar a
extinção da humanidade, por ser predatória da natureza. De fato,
alguns deles pensam assim. Propõem, entre outras coisas, uma
extinção voluntária, consistente em renunciar a ter filhos ou abortá-
los. Nesse sentido trabalha, porexemplo, a ONG The Voluntary
Human Extinction Movement (Movimento pela extinção humana
voluntária).*
 
(Novamente vemos exageros dos dois lados. Sou a favor e muito
que a humanidade seja reduzido como espécime a no máximo um
bilhão de indivíduos. O mandamento divino era para crescer e
multiplicar ATÉ encher a Terra. Com a atual população de hoje com
mais de sete bilhões, o ecossistema do planeta esta sendo
gravemente afetado. A Igreja Católica neste ponto acaba
atrapalhando o planejamento familiar. O uso de qualquer método
anticoncepcional evitará a proliferação da espécime humana e
gradativamente reduzirá a superpopulação. Não precisa matar
pessoas, basta reduzir o nascimento, que a população se regulará.
Aborto como método de reduzir a população é descabido. – Escriba
de Cristo)
 
78. O que o aborto tem a ver com as teses marxistas e
comunistas?
— Para marxistas e comunistas, o aborto encaixa-se na luta pela
chamada “libertação da mulher”. Durante a revolução russa, o
departamento feminino do partido bolchevista conseguiu aprovar o
direito ao aborto legal gratuito nos hospitais do Estado. Com Stalin, o
aborto voltou a ser ilegal. Na década de 60, os comunistas, aliados
aos grupos feministas de inspiração marxista, conseguiram a
despenalização do aborto na Itália, França, Inglaterra e Estados
Unidos. E continuam difundindo virulentamente, em todo o mundo, a
defesa do aborto como se fosse um direito da mulher.
 
79. Em face da cultura da vida, existe também uma cultura da
morte?
— Sim, muitos se dedicam a difundir na sociedade uma
mentalidade que atenta contra a vida humana, propugnando o aborto
e a eutanásia. Segundo essa mentalidade, tais práticas não
deveriam mais ser consideradas crimes; assumiriam paradoxalmente
o caráter de direitos, a ponto de se pretender, para elas, um
reconhecimento legal do Estado, junto com a garantia de execução
gratuita por meio de profissionais de saúde. Estes ficariam, em
alguns casos, proibidos inclusive de levantar objeção de consciência
contra tais práticas criminosas.
(No aborto uma pessoa decide sobre se outra deve viver ou não,
justamente aquela pessoa que tem a missão de proteger a vida
indefesa do bebê, um ser humano que tem o direito a vida, pois
ainda não experimentou nada da vida fora do útero. Eutanásia trata-
se de uma vida em estado terminal e que se mantém vida
artificialmente por aparelhos impedindo o processo natural da morte.
A eutanásia já acho razoável por fim a um sofrimento desnecessário,
muitas vezes pessoas com idade avançada... deixe-as descansar.
Escriba de Cristo)
 
80. O movimento pró-aborto resulta de considerações
meramente sentimentais ou envolve algo mais profundo?
— As pessoas que se manifestam favoráveis ao aborto parecem
movidas por considerações meramente sentimentais, alegando
sobretudo a consternação da mulher diante de uma gravidez
indesejada. Alguns pensam também nas condições de pobreza em
que a criança vai viver depois de nascida. Mas não pensam no
sofrimento da vítima inocente e indefesa que vai ser brutalmente
sacrificada antes de nascer. Essa obnubilação do sentimento, que só
vê um dos lados da questão, é provocada, segundo o ensinamento
da Igreja, por aquele que foi o “homicida desde o princípio” e o “pai
da mentira”, ou seja, o demônio. Foi o demônio que incitou Caim a
matar seu irmão Abel, e desde então a maldição do homicídio pesa
sobre a descendência de Adão e Eva. Desde então, a humanidade
se dividiu em duas cidades, como ensina Santo Agostinho: a Cidade
do homem, fundada sobre o amor egoísta de si mesmo levado até o
ódio a Deus e a seus divinos Mandamentos; e, em contraposição, a
Cidade de Deus, constituída por aqueles que põem o amor a Deus
infinitamente acima do amor legítimo e desinteressado de si mesmo.
 
(A questão do aborto devido a pobreza dos pais não se justifica
de forma alguma. Aliás a gravidez indesejada não justifica o aborto.
Mas considere a biografia de vários ricos e vemos que muitos deles
foram pobres. Também pobreza não é sinônimo de infelicidade para
que se argumente a favor do aborto. – Escriba de Cristo)
 
 
X - O embate pelo aborto no Brasil
 
 
 
81. O aborto tem condições de ser aprovado no Brasil?
— O Brasil cristão, conservador, tradicional na índole de seu
povo, presencia uma agressiva campanha de grupos abortistas que
trabalham afanosamente no Congresso Nacional, e fora dele,
inclusive em altos setores do governo, para conseguir que o aborto
seja descriminalizado e declarado um direito da mulher. Se os
cristãos se unirem, e com valentia lutarem contra o homicídio de
nascituros, teremos vitória. Mas é preciso jamais esmorecer.*
 
 
82. Quais as conseqüências para o Brasil, enquanto nação, da
aprovação do aborto?
— Em 1998 o Brasil foi declarado pela OMS (Organi- zação
Mundial da Saúde) o país com o maior número de abortos no mundo
ocidental, calculados em 2,3 milhões por ano. No total do século, isto
significa mais que as vítimas de todas as guerras do século XX
juntas; mais do que todos os mortos em catástrofes naturais; mais do
que os espantosos genocídios promovidos por nazistas, comunistas,
ou resultantes de confrontos nacionais na Europa e na Ásia, ou de
guerras tribais na África. Quanto ao Brasil, se o país oficializar a
matança de inocentes legalizando o aborto, a gravidade do pecado
sobe de grau, pois passa a ser um pecado da nação brasileira.
Cumpre lembrar, a esse respeito, o famoso pensamento de Santo
Agostinho segundo o qual, como no Céu não haverá nações, estas
são castigadas ou premiadas nesta Terra pelas suas obras. O
combate que devemos desenvolver contra o aborto visa afastar do
Brasil esse castigo e atrair as bênçãos de Deus para a nossa nação.
 
83. Diante do atual embate sobre o aborto, é legítima uma
posição de simples negligência, ou mesmo de neutralidade
declarada?
— Na Divina Comédia, Dante Alighieri profliga aqueles que
viveram nesta Terra evitando tomar posição sobre os grandes
confrontos de sua época. Com isso levaram uma vida insignificante,
“sanza infamia e sanza lodo” (sem infâmia e sem louvor). Por isso,
não mereceram ser acolhidos no Céu, e o próprio Inferno os recebeu
com desdém, mantendo-os no vestíbulo dos antros infernais.
Encontrando-os aí, e vendo-os desprezados por todos, Virgílio
aconselha a Dante: “Non ragioniam di lor ma guarda e passa” (Não
percamos tempo com eles, olhe apenas e passe adiante).* Esse é o
desprezo que merecem os que, numa hora grave para a Religião e a
Pátria, preferem não se engajar na luta, mantendo-se numa
preguiçosa e ignóbil indiferença.
 
* Inferno, Canto III, vv. 34 e 49.
 
84. O que os católicos podem fazer concretamente?
— O intrépido pensador e líder católico brasileiro, Plinio Corrêa
de Oliveira, dizia: “Ao católico que mergulhar na deliciosa inércia, e
com falsa humildade perguntar ‘Quem sou eu? Que posso eu fazer,
se sou um mero particular, sem posição de destaque que me permita
exercer uma ação eficiente?’, lembramos que, se todos os católicos
brasileiros soubessem reivindicar os direitos da Igreja em suas
conversas, em suas discussões, em toda sua vida, nunca teria sido
nossa Constituição deformada por um positivismo ridículo, obsoleto,
com que se pretende fazer de nós a caricatura cruel de um povo
civilizado. Combatamos. A Igreja espera que cada um cumpra o seu
dever”.*
 
* O Legionário, nº 74, 8-2-1931.
 
 
 
 
 
 
 
 
PARTE III –
 
MOVIMENTO ABORTISTA
MUNDIAL
 
 
 
A Internacional do aborto: imensa máquina para impor o
genocídio de nascituros ao mundo inteiro
 
Tornou-se notória ultimamente a convergência de forças
internacionais visando impor o crime do aborto na totalidade dos
países, utilizando todos os meios possíveis para alcançar o seu
funesto objetivo: a completa liberação do assassinato de inocentes.
 
Alfredo MacHale
 
A ofensiva para implantar legalmente o aborto no mundo inteiro
adquiriu força a partir de 1973, quando a Corte Suprema dos
Estados Unidos sentenciou, no caso Roe x Wade, que a penalização
desse crime feria a Constituição americanapor violar o direito à
privacidade das mães que quisessem abortar.
A aprovação do aborto pela referida Corte constituiu um pecado
que clama ao Céu por vingança, e querer justificá-lo com argumentos
de “privacidade” é uma burla feita a Deus. Ao Estado cumpre
prevenir, inibir e reprimir os assassinatos, nunca autorizá-los. Tanto
mais quando eles são perpetrados contra vítimas inocentes e
indefesas, por iniciativa daqueles mesmos que lhes deram a vida!
 
 
(De forma irônica poderíamos alegar que os maridos podem
matar suas esposas, pois o Estado não podem violar à privacidade
dos lares... Cada decisão estapafúrdia que são tomadas pelas cortes
supremas do mundo afora que dói na alma... – Escriba de Cristo)
 
Aborto foi legalizado nos EUA em 1973
 
 
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON
 
O aborto é legal em todos os EUA desde 22 de janeiro de 1973,
quando a Suprema Corte resolveu o caso conhecido como Roe
versus Wade.
A decisão da Suprema Corte foi de que a mulher tem o direito
constitucional de praticar aborto. A maioria da população norte-
americana, segundo frequentes pesquisas de opinião pública, apóia
o direito ao aborto [justificável ou injustificável].
Apenas cerca de 15% defendem a tese de que todo aborto deve
ser posto fora da lei. Em torno de 33% acham que todo aborto deve
ser legal e 50% acreditam que apenas em certas circunstâncias [é o
caso em que eu defendo - Escriba].
 
Militantes antiaborto
 
Mas a minoria antiaborto é muito ruidosa e, por vezes, violenta.
Entre 1977 e 1994, houve 1.712 atentados contra clínicas de aborto
no país, incluindo 40 bombas e 92 incêndios criminosos. Quatro
pessoas morreram e oito ficaram feridas nesses incidentes.
O caso de John Salvi Terceiro, que apareceu morto na cela em
que cumpria pena de prisão perpétua por duplo homicídio em duas
clínicas de aborto em Boston, fez com que diminuíssem os atentados
violentos. Nos últimos dois anos, diminuíram os incidentes nas
clínicas [ano de 1996].
Em junho de 1992, a Suprema Corte manteve a decisão de Roe
versus Wade, embora tenha ampliado os poderes dos governos
estaduais de regularem a interrupção da gravidez.
O então presidente George Bush havia jogado pesado para que
a Corte, que ficara muito mais conservadora após 12 anos de
governos conservadores, modificasse a resolução de 1973.
Bush queria que o direito ao aborto fosse limitado a casos de
estupro, incesto e risco de vida para a mãe. Agora, com mais quatro
anos de administração Bill Clinton, que é favorável ao aborto, a
composição da Corte tornará mais difícil do que nunca, pelo menos
nos próximos 20 anos, qualquer alteração da Roe versus Wade.
O máximo que os conservadores têm conseguido em alguns
Estados é fazer com que a mulher que deseja praticar aborto ouça
exposição médica sobre o desenvolvimento do feto e espere 24
horas antes de se submeter à cirurgia e exigir que menores de 18
anos que não trabalham obtenham a autorização de um dos pais
para abortar. (1)
 
Desde aquela sentença — verdadeiramente de morte, de uma
crueldade sem paralelo, que provocou a execução sumária e impune
de milhões de nascituros — o aborto vem sendo aplicado nos EUA,
com a agravante de que independe dos meses de gestação já
transcorridos. Ou seja, é aplicável também no caso de bebês em
vésperas de nascer, portanto com a plenitude dos sentidos, sendo
submetidos a sofrimentos inenarráveis.
Antes disso a ofensiva abortista já existia, mas se manifestava
substancialmente através de sua prática ilegal e clandestina,
portanto limitada. Após essa decisão nefasta, dezenas de países
foram se perfilando na lista macabra dos imitadores de Herodes.
Mais uma vergonhosa contradição de nossa época, que se
caracteriza pelo horror ao sofrimento e incontáveis pessoas não
poupam esforços para evitá-lo.
 
A ofensiva assassina estende-se à Europa
 
Nos anos seguintes, a despenalização do aborto estendeu-se
aos mais importantes países europeus, hoje integrados à União
Européia (UE), a qual vem lutando para implantá-lo em todas as
nações que a compõem, e também naquelas sobre as quais exerce
alguma forma de influência.
Muitas vezes a legalização do aborto de início limita-se a certos
casos, ficando para uma segunda etapa sua aceitação mais geral.
Quando isso sucede, as mesmas forças que intervieram para abrir a
primeira brecha empenham-se em ampliá-la cada vez mais, até
obterem a liberalização e a impunidade completas, as quais
normalmente não demoram muito tempo em se produzir.
 
(Discordo do texto do padre acima. São três posições distintas:
Totalmente contra aborto, totalmente favorável ao aborto e os que
admitem o aborto seletivo só em casos justificáveis – Escriba de
Cristo)
 
Esse processo começou em países protestantes, para depois
atingir os católicos, e afetou as nações mais desenvolvidas antes de
alcançar as subdesenvolvidas. Assim, um a um os países europeus
foram se somando a esse autêntico genocídio programado de
nascituros, sendo Portugal o mais recente em fazê-lo.
Ainda há resistências em algumas nações que a União Européia
não conseguiu dobrar, e às quais ela não poupa ameaças e pressões
para obter que também capitulem. Entre elas está a Polônia. As
ameaças estendem-se ainda a países extrínsecos ao bloco, sob a
forma de sanções econômicas, comerciais, migratórias ou outras,
caso não adotem o sinistro código de Herodes.
Mais. Continuamente estão sendo elaboradas novas versões do
Direito em seus diversos ramos (Penal, Civil, Internacional, etc.),
segundo as quais não só o aborto é permitido, mas constitui delito
que os médicos, hospitais e clínicas se recusem a praticá-lo. A
perseguição estende- se assim às consciências.
 
Obstáculos à implantação do aborto em nível mundial
 
Não obstante, o panorama mundial para os abortistas não é
nada favorável, pois não cessa de crescer a reação da opinião
pública norte-americana — e de outras nações — contra a
imensidade do massacre perpetrado todos os anos contra os
nascituros.
Tal reação significa até agora que, em mais da metade dos EUA,
o aborto está sendo progressivamente dificultado. E a própria
sentença de 1973, que declarou conforme à Constituição do país o
aborto em quase todas as suas formas, está em via de ser
submetida a uma revisão.
A isso deve-se acrescentar que as forças conservadoras
daquele país aumentaram muito seu poder, de modo a impor aos
políticos liberais e amorais muitos retrocessos que há três décadas
eram simplesmente inconcebíveis.
Ao mesmo tempo, em muitas nações européias, nas quais a
legalidade do aborto foi estabelecida há várias décadas, vão se
produzindo reações vigorosas, pois tornam-se patentes as
conseqüências nefastas que a despenalização desse crime vem
causando no Velho Mundo.
Essa reatividade produz-se, em grande parte, porque o aborto
contribui para manter muito baixa, ou até negativa, a taxa do
aumento demográfico, em virtude da qual a Europa vai se
“deseuropeizando” em favor de populações oriundas de outros
países, de modo especial muçulmanos.
Embora tal razão seja em grande parte pragmática, por não se
relacionar proximamente com princípios, ao menos é manifestação
de um pouco mais de bom senso numa civilização em que este
encontra-se muito reduzido e, em certos setores, até mesmo ausente
por completo.
 
(Não podemos colocar o aborto no meio da questão da
islamização da Europa. Os estados europeus ao facilitarem o
ingresso de muçulmanos na Europa acabarão perdendo sua
identidade e facilitando o domínio político militar dos muçulmanos
naquele continente. O aborto é outra questão ética e moral – Escriba
de Cristo)
 
 
Poderosas forças empenham-se para impor o aborto no
mundo
 
As forças que tramam a imposição mundial do aborto adotam
como regra quase geral: a) dissimular ao máximo que seus esforços
são voltados diretamente para esse objetivo; b) apresentar-se com
freqüência como aquilo que não são, para produzir desinformação,
tornando assim mais fácil a obtenção de sua meta.
Por exemplo, poucos conhecem o enorme trabalho que a
descomunal máquinaabortista desenvolve no Brasil nesse sentido, e
quanto ela penetrou nas instâncias estratégicas da política
governamental, atuando para esse objetivo contra a opinião da
grande maioria do povo brasileiro, que é contrária à legalização e à
prática do aborto.
Menor ainda é o número dos que estão cabalmente informados
sobre as organizações que elaboraram tal estratégia e realizam e
controlam esse trabalho, todas elas com sedes no exterior, de onde
decidem o que será implantado no Brasil, nas Américas e no mundo.
Em suma, as pessoas realmente decisivas não aparecem, e as que o
fazem estão longe de ser as mais importantes.
 
 
A rede mundial Católicas pelo Direito de Decidir — CDD
 
Encabeçada pela entidade norte-americana Catholics for a Free
Choice (Católicas por uma livre escolha), a CDD segue a referida
tática de apresentação enganosa. Tal entidade, de católica só tem o
nome, escolhido evidentemente para confundir, ter mais influência na
sociedade e produzir a sensação de que na Igreja há uma corrente
abortista, de modo que os católicos pareçam divididos. Sua
verdadeira meta é a implantação definitiva e irreversível do aborto
em todo o mundo e em todas as circunstâncias.
Em sua página da internet, apresentam-se como um “grupo
ecumênico”, com colaboradores de diversas religiões, mas sem
vínculo com elas. Sua dirigente máxima, Frances Kissling, é uma ex-
freira que abandonou o convento em 1974 e não professa nenhuma
religião.
São significativas, a esse respeito, suas palavras: “Saí porque
não acreditava. Lembro-me de algumas conversas que tive com
outras irmãs e postulantes sobre controle da natalidade, divórcio e
segundo casamento. Eu não cria no que a Igreja ensinava sobre
essas coisas. A idéia de ser uma representante da Igreja
constitucional, ao mesmo tempo em que discrepava dessas
posições, não tinha sentido para mim. Eu não concordava com os
ensinamentos da Igreja [...]. E assim, quando deixei o convento,
parei de ir à igreja. Pode-se dizer que a partir desse ponto eu não era
mais católica ativa. Mas eu mesma, particularmente, não me
considerava mais uma católica”.
Posteriormente, quando ingressou na CDD para um cargo
diretivo, julgou conveniente reincorporar-se à Igreja, obviamente por
razões táticas, e só dos lábios para fora, não tendo pejo em declarar:
“Quando disse que voltei à Igreja, nunca voltei nos antigos termos.
Voltei à Igreja como agente da transformação social, voltei à igreja da
mulher” (sic).
 
Atuação de ONGS e poderosas fundações pró-aborto
 
A CDD é financiada — juntamente com uma miríade de outras
ONGs que atuam no mundo inteiro para o mes- mo fim — por uma
impressionante rede de poderosas fundações privadas, constituídas
e impulsionadas pelos maiores potentados norte-americanos. Estes
definem as es-ratégias, escolhem e remuneram os cúmplices, e
normalmente não aparecem para o público, pelo menos a propósito
do aborto.
Obviamente, essas fundações –– entre as quais estão a Ford, a
Rockefeller e a Buffet –– são as vozes decisivas, porque as ONGs
abortistas tanto podem prosperar como decair e desaparecer em
questão de semanas, conforme obtenham ou não daquelas os
donativos para a sua atuação.
O grosso das informações sobre Católicas pelo Direito de Decidir
— CDD está contido numa entrevista de mais de sete horas de
duração, concedida em 2002 por Frances Kissling, a qual pode ser
vista na página http://
www.smith.edu/libraries/libs/ssc/prh/transcripts/kissling- trans.html.
A entidade é internacional, com sede em Washington, e colabora
com a promoção do aborto nos EUA, em todos os países da América
Latina e na União Européia. Está iniciando sua expansão pela África,
não escondendo o desejo de intervir também na Ásia, especialmente
devido ao enorme contingente populacional ali existente.
O relato da própria entidade deixa transparecer a existência de
uma imensa máquina destinada a impulsionar o aborto em nível
mundial, a qual se move por uma ideologia totalmente diferente da
que os seus agentes declaram. São essas fundações internacionais
que traçam há várias décadas as estratégias e financiam os
trabalhos a serem realizados pelas organizações locais. Somente
estas últimas têm alguma visibilidade, e limitada a um muito reduzido
público.
 
Para a maioria da população, tais organizações nem sequer
aparecem, apesar de haver várias centenas delas no Brasil e
milhares no exterior, disseminadas por todo o mundo numa rede
estrategicamente coesa e coordenada. Para o grande público —
inclusive para muitos políticos e responsáveis pelo destino das
nações — a pressão pela legalização do aborto se apresenta como
um fenômeno natural, suposto efeito inevitável do desenvolvimento
da História, da expansão das comunicações ou das mudanças
políticas, contra as quais pouco ou nada pode ser feito. Contudo, por
trás dos bastidores tudo está meticulosamente planejado.
Em fins dos anos 70, Frances Kissling tornou-se presidente da
CDD, até então existente quase só nominalmente. Pode-se constatar
aí o poder das fundações que financiam a expansão do aborto, pois
a CDD era então a menor entre as organizações com esse fim, mas
já contava com um orçamento anual de 250 mil dólares, que desde
então não parou de crescer. Este fora obtido inicialmente das
mesmas fundações, que alguns anos antes haviam financiado a
entrada da International Planned Parenthood Federation — IPPF e
do International Pregnancy Advisory Services — IPAS na montagem
das redes de clínicas de aborto.
 
A Federação Internacional de Paternidade Planificada
 
A International Planned Parenthood Federation — IPPF é uma
organização multinacional, fundada por movimentos feministas em
Londres e Bombaim na década de 50, para promover o aborto em
todo o mundo. Utiliza um nome diferente da realidade, pois o público
entende por planificação familiar o controle da natalidade, e não o
aborto. Mas é a este que a organização se dedica.
A filial no rte-americana da IPPF detém uma rede que abarca
20% de todas as clínicas abortistas dos Estados Unidos e é a maior
promotora da matança de nascituros nesse país. Sua página na
internet contém abundante propaganda do aborto, e informa que
deseja transformar em seguros os 19 milhões de abortos inseguros
anuais que afirma haver no mundo — o que, em muitíssimos casos,
significa também legalizá-los e aumentar seu número. Para isso atua
em 189 países — ou seja, em todo o mundo —, 29 dos quais nas
Américas: portanto, no continente americano inteiro.
Até 1973, ano da sentença da Suprema Corte no caso Roe x
Wade, a IPPF só trabalhava na propaganda pela legalização da
prática, mas não queria entrar diretamente no negócio das clínicas
“para não ser estigmatizada” pelo público. Mas, segundo Frances
Kissling, as fundações que financiam as atividades da IPPF
obrigaram-na a entrar diretamente na estruturação e gerência da
própria prática do aborto, tornando-se hoje a maior promotora de
abortos na América e no mundo.
Com freqüência, as filiais da IPPF nos diversos países adotam
nomes que pouco ou nada condizem com a realidade de suas
atividades e propósitos, indicando tão-só a aparência que desejam
ostentar: Associação para a Proteção da Família, Instituto de
Paternidade Responsável ou Sociedade Civil de Bem-estar Familiar,
por exemplo. Mas, ao se analisar os seus trabalhos, conclui-se que
na realidade o substancial de sua ação é executar abortos. Aliás,
com as quais Kissling já havia trabalhado.
De acordo com reportagem publicada pelo The New York Times
em 2 de fevereiro de 2007, “o orçamento [anual] da seção norte-
americana da CDD é de três milhões de dólares, sendo amplamente
financiado por fundações bem conhecidas, entre as quais a
Fundação Ford” (cfr. Backing Abortion Rights while Keeping the
Faith).
A filial mexicana da CDD conta com um orçamento anual de um
milhão de dólares. A brasileira, com orçamento bem próximo disso, é
a maior depois da mexicana, e foi fundada nos anos 90 graças à
intervenção da Fundação MacArthur. Sua sede paulistana situa-se
no 6º andar de um prédio pertencenteaos padres carmelitas de São
Paulo, sendo que nesse mesmo prédio, no 5º andar, a CNBB tem a
sede de sua Regional Sul-1. Frances Kissling permaneceu fora da
Igreja por mais de 15 anos, de 1963 a 1979, quando se incorporou à
CDD. Para se justificar desse pseudo-retorno, diz que se considera
“uma pessoa espiritual”. No que ela crê? Responde que “esta vida
tem um sentido”, e ela está aqui “para fazer alguma coisa”, tem
obrigação de fazer alguma coisa. Isto, segundo ela, é uma crença,
porque a vida poderia ser totalmente sem sentido.
Em 1999 a CDD organizou a campanha mundial “See Change”
(mudança da Sé), por ocasião do debate relacionado com o aborto,
visando destruir a influência da Santa Sé na ONU. Exigia que a ONU
deixasse de reconhecer o Vaticano como estado independente e o
rebaixasse ao status de uma mera ONG, como a CDD.
A campanha contou com o apoio de milhões de dólares
provenientes das fundações Ford, Hewlett-Packard, Buffet e outras.
Terminou dois anos depois quando, apesar de todo o dinheiro
empregado, a Assembléia Geral da ONU confirmou o status da
Santa Sé como membro pleno.
 
A batalha para derrubar a “objeção de consciência”
 
Atualmente a CDD — juntamente com outras entidades
abortivas –– pressiona a União Européia para que revogue várias
concordatas entre alguns dos países que a constituem e a Santa Sé,
bem como para que seja extinto na Europa o direito à objeção de
consciência, dos médicos que se recusam a realizar abortos.
O que a CDD deseja é implantar o aborto em todo o mundo,
ditatorialmente e de modo irreversível. Segundo Kissling, enquanto
os movimentos se limitarem a legalizá- lo, nenhuma conquista será
definitiva. Ele só será irreversivelmente estabelecido quando, além
de se mudar a legislação, forem derrubadas as objeções morais em
relação a ele.
“O argumento dos bispos — acrescenta — afirma que o aborto é
um assassinato, que abortar é matar, e que a vida começa na
concepção. Mas esta perspectiva católica é o lugar adequado para
se começar o trabalho [abortista], porque a posição católica é a mais
desenvolvida. Assim, caso se consiga refutar a posição católica, ter-
se-á refutado todas as demais. Nenhum dos outros grupos religiosos
realmente tem declarações tão bem definidas sobre a personalidade,
sobre quando a vida tem início, sobre fetos, etc. Assim, caso se
derrube a posição católica, se ganha”. Daí a importância que os
abortistas dão ao combate contra a Igreja Católica.
 
 
O Serviço Internacional de Aconselhamento na Gravidez –
IPAS
 
O International Pregnancy Advisory Service começou apenas
como um instituto norte-americano que tinha essa finalidade, embora
já promovesse a prática do aborto, tal como o IPPF. O IPAS
tampouco queria entrar no negócio da fundação e gerência de
clínicas abortistas, por julgá-lo comprometedor.
No entanto, segundo Kissling, as mesmas fundações que
obrigaram a IPPF a criar e gerenciar a maior rede de clínicas de
aborto dos EUA, pressionaram o IPAS a fazer o mesmo em relação
aos países subdesenvolvidos, onde o aborto era — e em certos
casos continua sendo — ilegal. Assim, o IPAS omite em seu próprio
nome a questão do aborto, sem dizer que o “conselho” que dá com
mais freqüência às mulheres grávidas é de submeter-se a ele. Em
suma, é um nome inócuo ocultando uma realidade iníqua.
Com efeito, na sua página da internet, o IPAS afirma que 
trabalhou durante três décadas para incrementar a capacidade 
das mulheres de exercer seus direitos sexuais e reprodutivos, 
reduzindo as mortes e lesões causadas pelo aborto inseguro. Os 
programas globais e locais incluem treinamento, investigação, 
advocacia, distribuição de equipes para cuidar da saúde reprodutiva 
e da difusão de informações.
Atualmente o IPAS, com a conivência de autoridades da saúde,
administra cursos de técnicas abortivas para mais de mil novos
médicos por ano no Brasil. A desculpa é que tais cursos são para
capacitar os médicos a realizar abortos em casos de estupro. A lei
penal brasileira proíbe o aborto, admitindo não sua legalidade, mas
sua impunibilidade em duas hipóteses: o aborto terapêutico e o
aborto em virtude do estupro (artigo 128 do Código Penal). Mas, na
verdade, o que o IPAS visa é formar no País quadros imensos para
promover o aborto em todas as circunstâncias.
Por exemplo, em janeiro de 2007 o IPAS deu um curso sobre
técnicas de aborto na Maternidade Ana Braga, de Manaus. Em
fevereiro, cursos análogos foram ministrados no Hospital Fernando
de Magalhães, do Rio de Janeiro; na Maternidade Moura Tapajós, de
Manaus; na Santa Casa de Sobral (CE); em Palmas (TO); em São
Paulo; no Hospital da UNIC de Cuiabá; na Santa Casa de Goiânia e
em outros hospitais dessa cidade. Em março foi a vez do Hospital
Universitário de Santa Maria (RS). Para abril estavam previstos dois
cursos no Instituto de Perinatologia da Bahia; e para maio, na
Secretaria Estadual da Saúde de Boa Vista, em Roraima.
Os cursos do IPAS — indicados na sua página http:/
/www.ipas.org.br/agenda.html — são anunciados publicamente e
com antecedência há mais de dez anos, desde o primeiro mandato
de Fernando Henrique Cardoso, e ninguém nunca tomou nenhuma
providência a respeito do assunto, tanto na classe médica quanto
fora dela.
 
Pressão sobre os Estados baseada em conferências
mundiais
 
De acordo com as suas próprias palavras, a CDD procura
aprofundar o debate no que se refere à interrupção voluntária da
gravidez, “ampliando a discussão nos seus aspectos éticos, médicos
e legais, e lutando pela despenalização e legalização do aborto”.
Além do mais, exige do Estado o cumprimento dos compromissos
assumidos nas conferências mundiais organizadas pelas Nações
Unidas no Cairo (1994) e em Pequim (1995), assim como a
implementação de programas de educação sexual segundo a
perspectiva dos “direitos sexuais e reprodutivos”.
A CDD afirma participar, com o movimento das mulheres, “das
atividades da Campanha pela Despenalização do Aborto na América
Latina e no Caribe, no dia 28 de setembro, porque consideramos que
o estado deve garantir o direito que as mulheres têm, de decidir
sobre seu corpo, sua sexualidade e sua reprodução. A tradição
teológica cristã permite recorrer à própria consciência para tomar
decisões éticas e exercer o sagrado direito de decidir. Por isso
apoiamos a luta pela despenalização e legalização do aborto”.
A CDD também apóia a “Marcha do Orgulho GLBT (Gays,
Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros), que se realiza todos os anos
em diversas cidades do país, em comemoração ao Dia do Orgulho
GLBT”, pois defende “a vivência livre, prazenteira e responsável da
sexualidade, além de afirmar a possibilidade da livre orientação
sexual”.
Segundo William A. Donohue, presidente da Catholic League for 
Religious and Civil Rights (http:// www.catholicleague.org/cffc.htm), 
Frances Kissling afirma que passou 20 anos procurando um governo 
que ela pudesse tentar derrubar sem cair na prisão, e que finalmente
o encontrou na Igreja Católica. E acrescenta que os representantes
do Vaticano falsificaram, distorceram e mentiram sobre o que as
mulheres desejam.
Assim, Donohue conclui: “A CDD é freqüentemente descrita
como a maior organização católica a favor da livre escolha, o que é
duplamente falso: não é católica e não é uma organização. Foi
abertamente denunciada, tanto pelo Vaticano como pelos bispos
norte-americanos, como uma fraude; e não tem membros”.
 
Esforços intensivos para implantar o aborto na América
Latina
 
Devido às reações contra o aborto, que ultimamente vêm
despontando em muitas nações, os ativistas contra a vida e a
natalidade temem que se produza em futuro próximo uma verdadeira
onda de medidas de penalização do aborto, e querem evitá-la de
todos os modos, pois poderia estimular um fenômeno mundial no
mesmo sentido.
Aumentam então, tais ativistas, as pressões e maquinações
sobre os países da América Latina, África e Ásia para que implantem
o quanto antes o aborto, e dentro do possível se produza uma onda
a favor dele. Tentando, assim, diminuir a crescenteonda anti-
abortista.
Em todo caso, o problema não é de fácil solução para os
promotores do aborto, sobretudo na América Latina, por mais que
tenham cúmplices, colaboradores e “inocentes úteis” em muitos
setores. Isso porque a opinião católica do continente é totalmente
contrária à legalização desse crime, a ponto de tornar impraticável
obter sua aprovação como lei, tanto mediante trâmites legislativos
quanto através de plebiscitos.
Com efeito, nos poucos casos em que foram propostos
plebiscitos sobre a matéria, como no Brasil, os próprios abortistas
expressaram sua oposição, porque quase com certeza o perderiam.
Analogamente, a hipótese de aprová-lo por lei também é esquivada,
uma vez que os parlamentares que votassem a favor, muito
provavelmente não seriam reeleitos.
Para resolver esse impasse, os abortistas tiveram que elaborar
uma estratégia muito mais complexa e enganosa, apelando para
pressões dos meios de comunicação e para sentenças amorais de
certos organismos judiciais.
Mistificações grosseiras para confundir a opinião pública
 
A primeira medida tomada pelos abortistas foi preparar e pôr em
circulação uma série de sofismas, mistificações e slogans para
confundir e enganar setores da opinião pública, sobretudo os mais
modestos.
Assim, até nos acordos internacionais começaram a ser usadas
expressões como “anticoncepção de emergência”, “direitos sexuais e
reprodutivos”, “direitos básicos da mulher”, “maternidade segura”,
“serviços obstétricos de emergência”, etc., as quais correspondem a
conceitos que de algum modo incluem o aborto, sem que muitos se
dêem conta do seu real significado.
É freqüente os abortistas alegarem que as mulheres estariam
sendo discriminadas em alguns países, porque as que se submetem
ao aborto correm o risco de prisão por cometerem um crime,
enquanto para os homens não existe nenhum tratamento de saúde
que signifique esse perigo.
Poder-se-á dizer que tal sofisma é tosco, porque o aborto é o
assassinato do filho antes de nascer, e não um tratamento de saúde.
Mas o fato concreto é que já existem sentenças judiciais que se
basearam em raciocínios desse jaez.
Outra falsidade amiúde repetida é que os bebês ainda não
nascidos fazem parte do corpo das respectivas mães, e que o direito
que estas têm sobre seus corpos facultar-lhes-ia praticar o aborto
quando quisessem. É um argumento sem o menor valor, mas tem
servido de base em sentenças judiciais para se obter a impunidade
desse crime.
Outro sofisma muito utilizado afirma que, sendo o direito à vida o
mais básico de todos os direitos, deve ser garantido por lei, o que é
evidentemente certo. Mas distorcem a sua aplicação quando
acrescentam que um alto número de mortes de mulheres se produz
por causa dos abortos clandestinos, praticados em condições
inseguras e insalubres. Isso, no parecer dos abortistas, tornaria
obrigatório despenalizar o aborto para garantir a impunidade dessas
mulheres, que assim não correriam o risco de serem presas nem de
morrerem.
Além do mais, é usual que os termos utilizados pelos burocratas
internacionais promotores do aborto — “direitos humanos”, por
exemplo —, não tenham acepções definidas nem fixas, mas sejam
totalmente evolutivas, segundo “palavras de ordem” que eles vão
formulando. De tal modo que, com o passar do tempo, os acordos
firmados entre países são reinterpretados segundo os significados
novos postos em vigor pela propaganda. Produz-se assim uma
confusão jurídica em cuja sombra os governos dos países
signatários desses acordos são pressionados para implantar políticas
abortistas que de fato nunca aceitaram.
Um caso notório se dá com os chamados “direitos sexuais e
reprodutivos” atribuídos às mulheres, entre os quais com freqüência
se menciona o suposto direito delas de se submeterem ao aborto.
Cada vez que a expressão é incluída num acordo internacional, os
países signatários dão margem a que no futuro lhes seja cobrada
pelos burocratas da ONU a implantação do aborto.
Isso se baseia num pressuposto claramente hedonista, segundo
o qual a vida sexual estaria destinada ao prazer das partes, com
exclusão de qualquer fim superior, como o relacionado com a vida da
família e a procriação da prole.
 
Pressão internacional sobre os países: atentado à soberania
 
Nos últimos anos, Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Costa
Rica, Chile, Equador, El Salvador, Guatemala, Irlanda, Peru, Polônia,
Venezuela, entre outros países, foram pressionados de diversos
modos pelos órgãos da ONU para: a) modificar suas leis,
introduzindo nelas o aborto;
b) aumentar o número de casos em que este é permitido;
c) tomar medidas que o facilitassem. Tudo isso, sempre sob a
alegação de que as mulheres estariam sendo perseguidas pelo fato
de nesses países a lei proibir e castigar o assassinato dos filhos por
nascer.
As táticas abortistas vão mais além, no sentido de forçar a
interpretação dos tratados internacionais. Alegam que alguns destes
implicitamente aprovariam o aborto, e exigem que as leis dos países
o aprovem em forma explícita e ampla, o que constitui claro atentado
às soberanias nacionais.
Para isso os abortistas organizam o adestramento intensivo dos
ativistas pró-aborto em universidades adeptas da sua prática, com
vistas a uma ação mais incisiva, coordenada, global e dominante. E
fazem relatórios legais junto aos órgãos da ONU contra os países
que rejeitam o aborto, de modo que os comitês desta iniciem
pressões para que reformem suas leis.
 
Também impulsionam uma série de ONGs abortistas, muito
articuladas e solidárias entre si, para que exerçam internamente
pressões e denunciem no exterior supostas violações dos direitos
das mulheres quanto ao aborto, pelo fato de julgarem insuficientes os
casos em que ele é admitido. Desse modo, cresce sem cessar a
pressão sobre os governos para que implantem o aborto de forma
definitiva. E muitos regimes de esquerda não desejam outra coisa,
esperando apenas o momento adequado para fazê-lo, sem despertar
maiores reações das populações.
Essas ONGs às vezes parecem discrepar entre si em certos
pontos, dando uma falsa impressão de pluralismo. Mas, na realidade,
elas cumprem papel análogo ao dos diversos instrumentos de uma
orquestra, ao executarem, na diversidade das notas, a mesma peça
musical. Com efeito, enquanto umas promovem o aborto como
expressão do feminismo radical, outras o querem para limitar muito o
aumento demográfico. Contudo, elas se associam nos momentos-
chave, para avançar cada vez mais rumo à impunidade completa do
genocídio abortista.
De início as pressões eram dirigidas contra os governos e
parlamentos, para que impulsionassem leis de aborto. Mas
ultimamente voltaram-se também aos mais altos tribunais de Justiça,
no sentido de obter que usem de todo o seu poder para impor os
critérios abortistas, reinterpretando as leis vigentes segundo essa
orientação, deixando de lado numerosos princípios jurídicos, textos
legais, elementos de jurisprudência reconhecida e, sobretudo,
considerações morais.
 
Aprovação do aborto na Colômbia: paradigma de má fé
 
Entre os casos recentes, o mais protuberante ocorreu há um ano
na Colômbia, onde a Corte Constitucional sentenciou que os artigos
do Código Penal que proíbem o aborto seriam inaplicáveis, segundo
a Constituição do país, apesar de esta também o proibir.
Que razões invocou tal Corte para semelhante aberração? Os
mesmos sofismas utilizados pelos abortistas. Em síntese: que os
tratados internacionais prevalecem sobre as leis nacionais; que o
critério permanente dos organismos da ONU é a favor do “direito ao
aborto”; e que, portanto, as normas legais contra este deveriam ser
supressas.
Para isso, ajudaram as notórias e graves incoerências da
Constituição colombiana e o fato de que, por mais ab- surdas e
nocivas que sejam as sentenças da Corte Constitucional, vêm elas
sendo aceitas há mais de uma década.
Com o tempo, soube-se que a demandante era uma ativista
internacional do aborto, a advogada colombiana Mónica Roa. Depois
de se preparar por longo tempo em antros favoráveisà “matança dos
inocentes”, preocupou-se em examinar a lista dos juízes dos
diversos tribunais, para escolher aquele que tivesse magistrados
mais afins com as suas pretensões, e ali apresentou o seu pedido de
não-aplicação das leis anti-abortistas.
Mais ainda. Confessou que, antes de apresentar seu pedido, ela
e seus sequazes “penetraram nas bibliotecas dos magistrados”, ou
seja, enviaram-lhes abundantes documentos de doutrina jurídica a
favor do aborto, para que, caso eles quisessem fazer consultas sobre
o caso, encontrassem publicações favoráveis, quase nunca
contrárias.
Entretanto, é óbvio que vários desses magistrados já se haviam
previamente comprometido a aprovar o aborto. Tanto é assim que,
alguns meses antes de a demanda abortista ser apresentada, a
mesma ativista havia introduzido outra, no mesmo sentido, que fora
recusada por vícios de forma. A Corte, contudo, indicou à
demandante como ela deveria formular um novo pedido para que
fosse aceito. O que ela fez, conseguindo o resultado que lhe havia
sido prometido.
 
Surpreendente revelação: uma conspiração abortista
 
No Congresso internacional sobre aborto, direitos, subjetividade
e poder, realizado em Buenos Aires em agosto de 2006, a ativista
pró-aborto especialmente entrosada nesses meios, a mencionada
Mónica Roa, em sua conferência deixou “cair a máscara”. Ela
acabou revelando as estratégias utilizadas para se obter a aprovação
do aborto na Colômbia, enganando a opinião pública e conseguindo
transformar em lei o que até então era considerado crime. A
finalidade de tal conferência não foi apenas descrever as táticas
empregadas para conseguir a aprovação do aborto na Colômbia,
mas ensinar a todos os ativistas os métodos utilizados, a fim de que
eles os apliquem em seus respectivos países.
Dessa extensa conferência — intitulada Diferentes estratégias
para o acesso ao aborto legal, seguro e gratuito — transcrevemos
alguns excertos:
“Utilizamos três estratégias fundamentais. A primeira consiste
numa mudança no debate pelo aborto. A segunda, numa mudança
no fórum em que se estabelece o debate. A terceira, numa mudança
junto àqueles que estão participando do debate.
O que fizemos primeiramente foi estudar os termos
desenvolvidos no debate. Fizemos um estudo nos arquivos de
imprensa desde o ano de 1973, para ver como os meios de
comunicação cobriam a questão do aborto. Constatamos que o
debate sempre era de ordem moral e religiosa. Assim, decidimos
mudar radicalmente o rumo do debate. Tratamos o aborto sempre
como um problema de saúde pública, de direitos humanos e de
eqüidade de gênero.
Essa foi a maneira para mudarmos os rumos do debate. Isso
tinha muitas implicações práticas. Uma delas, por exemplo, se dava
quando os jornalistas me pediam entrevistas. Eu dizia: Vocês podem
perguntar, mas não podem me colocar para discutir com um
sacerdote, com algum representante da Igreja Católica, porque o
debate que quero é um debate jurídico, e não um debate moral ou
religioso. Se a Igreja Católica quiser argumentar contra, está perfeito,
mas deve-se discutir como as ‘Católicas pelo Direito de Decidir’. Há
representantes delas na Colômbia, são elas que criticam a posição
oficial da Igreja. Se vocês querem falar de moral sobre o aborto,
discutam com as ‘Católicas pelo Direito de Decidir’. Tragam
representantes da Igreja Católica, mas tragam também
representantes de outras religiões, para ver que posições elas têm
frente ao aborto. Se vocês quiserem discutir sobre a ação que
apresentei na Corte, têm que trazer-me um advogado
constitucionalista.
A segunda estratégia foi uma mudança de instância. Tinham
apresentado antes cinco ou seis projetos de lei no Congresso da
República, e todos fracassaram. Haviam fracassado claramente
porque, apesar de a Colômbia ser um Estado leigo, a Igreja Católica
continua tendo muito poder dentro do contexto colombiano.
À medida que o processo avançou, encontrei-me com muitos
políticos, que me diziam estar muito contentes em que o tema
estivesse na Corte Constitucional. Se estivesse na alçada deles, a
Igreja Católica iria às populações que elegem esses políticos, e nos
domingos faria sermões contra eles, que assim perderiam os votos.
Diziam isso com tristeza e vergonha, mas de maneira muito realista.
Por isso eles apoiavam que o tema fosse à Corte.
Na Colômbia temos um sistema constitucional que facilita
bastante esse processo, porque qualquer cidadão pode apresentar
uma ação de inconstitucionalidade diretamente à Corte
Constitucional.
Finalmente, uma referência à mudança dos autores.
Obviamente, como o debate era originalmente religioso, as primeiras
pessoas que os jornalistas iam entrevistar, quando havia algum
debate ou alguma notícia, era um representante da Igreja Católica.
Era a fonte principal para os jornalistas.
Conseguimos que isso fosse mudado, diversificando e
democratizando os autores. Obviamente, quando falamos de aborto
como um tema de saúde pública, os especialistas em saúde pública
têm coisas importantes para dizer: os médicos, os grupos feministas,
ainda que tenham posições iguais às da Igreja. Neste caso, adotei
uma posição moderada, pedia simplesmente a despenalização do
aborto nos casos extremos.
Em seguida todos os grupos de mulheres feministas saíram
dizendo que o que se necessitava era a despenalização total. Isto
me possibilitou seduzir o setor da população que estava no meio dos
dois extremos, e depois seduzir a maioria da sociedade.
Eu agia junto à parte política; junto às Católicas pelo Direito de
Decidir, criticava a Igreja, o que me ajudava a manter o eixo do
debate; as feministas organizadas faziam passeatas e manifestações
em lugares públicos; os universitários organizavam debates
acadêmicos; os comunicadores sociais escreviam e mantinham os
editoriais. Cada qual apoiava o processo naquilo que sabia fazer. Os
médicos especialistas em malformações falavam de malformações
de fetos. Uma multiplicação de autores, e cada qual falando e
fazendo o que sabia.
Essas foram em geral as estratégias mais importantes para se
conseguir a aprovação do aborto”.
 
 
Para os abortistas, é indispensável afastar o problema moral
 
O aspecto fundamental da estratégia é, de um lado, impedir que
a polêmica se situe no terreno religioso e moral, pois certamente eles
seriam derrotados, como sem- pre sucedeu; e, de outro lado,
apresentar como vítimas as mulheres que não podem abortar.
Mónica Roa acrescentou que é preciso mostrar o aborto como
mero “problema de saúde pública”, de “direitos humanos” e de
“eqüidade de gênero”; e as mulheres como vítimas, apresentando
“um caso de alto impacto” sentimental para mover a opinião pública.
Nessa situação, se algum católico notório esgrimisse razões
religiosas ou morais para recusar a medida, por esta significar a
morte de bebês, as promotoras deviam dizer que o modo de resolver
esse aspecto da questão seria uma polêmica entre católicos anti-
abortistas e católicos abortistas (!), como as assim chamadas
“Católicas pelo Direito de Decidir”.
Entretanto, esse grupo é minúsculo e insignificante. Sua
notoriedade provém tão-só da incoerência e extravagância do nome.
Já mostramos acima as inescrupulosas táticas que ele aplica, e que
é uma farsa, ele auto intitular-se católico, pois nada tem de católico.
Não só por ser abortista, mas também porque muitas de suas
dirigentes se afastaram da Religião ou nunca a tiveram. É conduzido
por uma ex-freira, hoje abortista confessa e agitadora internacional a
favor do aborto sem restrições.
A opinião pública, contudo, não sabe disso. Julga que esse
grupo representa um setor dentro da Igreja, e que cumpre dialogar
com ele, pois é um efeito do desacordo interno entre católicos. Para
se entender ainda melhor o que é esse grupo, veja-se a seguinte
notícia a respeito de sua ligação com o movimento homossexual:
“Um dos destaques [na parada homossexual] será a participação de
um grupo de católicas. Formada basicamente por lésbicas, a ONG
‘Católicas Pelo Direito de Decidir’ estará em três trios elétricos. 
‘Nossa intençãoé desconstruir o discurso fundamentalista de 
alguns religiosos’, afirmou a presidente do grupo, Valéria Melk” (O 
Estado de S. Paulo, 6-6-2007).
A polêmica entre católicos não chega, pois, a ter importância
alguma para a aceitação ou recusa do aborto, e às vezes nem
sequer se realiza. Contudo, essa manobra permite criar obstáculos à
intervenção da Igreja no debate, e assim favorecer os abortistas.
Por falta de esclarecimento, a tática surtiu efeito. Muitos anti-
abortistas, inclusive o próprio presidente Lula, terminaram repetindo
mecânica o disparate de qualificar o aborto como mero “problema de
saúde pública”. E prescindindo das considerações morais que, no
entanto, são compartilhadas pela imensa maioria da população
brasileira.
No caso da Colômbia, o episcopado teve uma reação de
aparente desconcerto: alguns prelados reagiram energicamente, mas
foram desautorizados por colegas que não queriam polêmica; outros
falaram de excomunhão para os abortistas, mas nenhum deles
chegou a formulá-la; outros ainda convocaram manifestações
improvisadas, que resultaram em fracasso; e a maioria ficou calada e
paralisada, como se, de antemão, desse a batalha por perdida.
Assim, se em algo coincidiram entre si os pastores, foi em
consentir que a polêmica se estabelecesse só no aspecto jurídico, e
não no religioso e moral. Com isso perderam quase toda a força dos
argumentos e muito da influência mobilizadora sobre a população
católica.
Para isso colaboraram evidentemente elementos da imprensa
conluiados com os mesmos ativistas. Cada vez que tratavam do
tema, apresentavam dois lados: um organizado e frontal, a favor do
aborto; outro desorientado e omisso, que simplesmente pedia que o
aborto fosse recusado, mas omitindo os argumentos mais fortes e
decisivos, que são os de conteúdo moral.
 
Rotação lamentável na moralidade pública
 
É verdade que a lei de aborto aprovada na Colômbia refere-se a
uns poucos casos concretos: gravidez decorrente de violação,
malformação do feto e risco de vida para a mãe.
 
(Estes três motivos são justificáveis e eu defendo aborto seletivo
sim. – Escriba de Cristo)
Mas os que apresentaram o pedido, já anunciaram que em breve
solicitarão à mesma Corte Constitucional a aplicação de idênticos
critérios para outras situações, sendo grande o risco de ser atendida.
O fato é que, em questão de semanas, as sondagens mostraram
uma mudança de opinião: de profundamente contrária em relação ao
aborto, passou à de resignação com a infame sentença a favor de
sua implantação. Foi uma dura lição para os católicos colombianos e
dos demais países do continente: nunca esquecer nem omitir as
razões fundadas na fé, para a defesa da moral. Silenciar essas
razões equivale a renunciar voluntariamente a uma vitória segura e
sujeitar-se a uma série de derrotas nos pontos mais vitais que estão
em debate.
Não obstante, se os abortistas conseguirem impingir à grande
maioria dos países esse debate vesgo, que não considera as razões
morais, lançarão uma nova “moral” totalmente relativista, baseada na
“ideologia do gênero”, na aceitação das piores aberrações sexuais e
na recusa de toda e qualquer discriminação. Exceto, é claro, em
relação àqueles que ousarem opor-se a eles.
Nesse sentido, numerosos ativistas do aborto consideram sua
vitória incompleta enquanto não tiverem obtido a sua implantação
nas leis, e também que a opinião pública.
O que os católicos podem fazer concretamente?
 
O intrépido pensador e líder católico brasileiro, Plinio Corrêa de
Oliveira, dizia: “Ao católico que mergulhar na deliciosa inércia, e com
falsa humildade perguntar ‘Quem sou eu? Que posso eu fazer, se
sou um mero particular, sem posição de destaque que me permita
exercer uma ação eficiente?’, lembramos que, se todos os católicos
brasileiros soubessem reivindicar os direitos da Igreja em suas
conversas, em suas discussões, em toda sua vida, nunca teria sido
nossa Constituição deformada por um positivismo ridículo, obsoleto,
com que se pretende fazer de nós a caricatura cruel de um povo
civilizado. Combatamos. A Igreja espera que cada um cumpra o seu
dever”.
 
 
Fraudes notórias na obtenção de sentenças abortistas
 
Sabe-se que, em muitos casos, as demandas judiciais de
mulheres que desejam abortar, e que para isso obtêm a
reinterpretação da lei, são baseadas em notórias fraudes. Alegam,
por exemplo, ter sofrido violações, que depois se revelam falsas.
Porém isso acontece muito tarde, quando a aprovação do aborto já
fora realizada.
Foi este o caso de Norma McCorvey, mais conhecida como Jane
Roe, no decurso da já mencionada causa judicial Roe x Wade, que
serviu em 1973 para legalizar o aborto nos Estados Unidos. Ela
posteriormente confessou a fraude, arrependeu-se e afirmou que, se
as mulheres soubessem a verdade sobre o aborto, jamais se
submeteriam a ele.
No início dos anos 70 ela declarou ter sido violentada, ficando
grávida. As advogadas Sarah Weddington e Linda Coffee
necessitavam de uma “cliente” para atacar a lei que havia cem anos
proibia o aborto voluntário. Elas convenceram-na a requerer o
aborto, em vez de tramitar a adoção de seu bebê. O processo
chegou à Suprema Corte, que em 1973 legalizou o aborto nos 50
estados da federação norte-americana.
Durante o processo, o bebê de McCorvey nasceu e foi
concedido em adoção. Em 1987 ela admitiu não ter sido violentada,
e que o pai da criança era um homem que ela conhecia. O relato de
sua violação constituía, pois, uma mentira. Há alguns anos
McCorvey se converteu ao catolicismo, e agora dedica-se a
promover a defesa dos não-nascidos.
Em relação às mentiras que as abortistas usaram no caso dela,
McCorvey explica: “As duas advogadas disseram-me que seria bom
que as mulheres pudessem escolher entre ter o bebê ou não; eu
então pensava o mesmo”. Também deve ser considerado o fato de
ela ter trabalhado numa clínica abortista desde 1991, vendo as altas
somas de dinheiro que iam para os bolsos dos médicos e o desprezo
que os advogados abortistas demonstravam pela medicina. Tudo
isso a decepcionou profundamente.
 
* * *
São desse naipe as artimanhas utilizadas pelos abortistas para
converter o crime em lei: sem o menor escrúpulo em espezinhar os
mais importantes princípios morais e jurídicos; desprezando as
convicções cristãs da população; zombando dos direitos mais
elementares; e tramando um processo de degradação suprema para
toda a sociedade, que desfechará numa perseguição implacável a
todos os que se oponham ao aborto.
Até onde chegará esse processo? Depende dos próprios
católicos, que devem resistir e se fazer ouvir pelas multidões, ao
mesmo tempo ávidas e desconcertadas. Ávidas de lutar contra tão
vasta conspiração para espezinhar princípios sagrados, e
desconcertadas com as tão freqüentes omissões daqueles que
deveriam defendê-los, inclusive dentro do clero. A Divina Providência
protegerá, inspirará e alentará os católicos fiéis a resistir e a lutar de
forma legal, mas com valentia e intransigência, na defesa da fé e da
moral verdadeiras.
Se cumprirmos desse modo o nosso dever de católicos,a Igreja
terá uma vitória como poucas houve ao longo de sua gloriosa história
já duas vezes milenar.
 
(Transcrito de Catolicismo, nº 679, julho de 2007, pp. 26-37).
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARTE – IV
 
ABORTO
NO
SILÊNCIO
Como algumas drogas de planejamento familiar podem causar
ABORTOS NO SILÊNCIO (Julio Severo)
 
“Josias tinha oito anos de idade quando se tornou rei de Judá.
Ele governou trinta e um anos em Jerusalém. A mãe dele se
chamava Jedida e era filha de Adaias, da cidade de Boscate. Josias
fez o que agrada ao Senhor; ele seguiu o exemplo do seu
antepassado, o rei Davi, e não se desviou nem para um lado nem
para o outro.” (2 Reis 22:1-2)
Josias foi um rei notável. Ele era tão sensível ao Espírito de
Deus que, em sua vida pessoal, ele não queria deliberadamente se
afastar de Deus. Entretanto, Josias estava com um problema sério.
Ele e os crentes de sua nação estavam, sem saber, pecando contra
Deus por ignorância. Eles estavamcometendo certos tipos de
pecado porque não tinham nenhum exemplar do Livro da Lei escrito
por Moisés. Tudo o que ele e os crentes de seu país sabiam sobre a
Lei de Deus era o que os seus antepassados lhes haviam ensinado.
No entanto, com o passar do tempo várias partes da Lei foram sendo
negligenciadas e esquecidas porque os seus antepassados tinham
deixado que as práticas do mundo influenciassem as suas vidas.
Então quando fez 26 anos de idade, Josias passou pela maior
experiência de sua vida. Enquanto o Templo do Senhor estava sendo
consertado, o Livro da Lei escrito por Moisés foi achado! Quando os
funcionários do governo abriram o Livro e o leram, eles ficaram
pasmados. Eles o leram para o rei Josias, e ele também ficou
pasmado. Josias sentiu-se mal, envergonhado e triste. Lendo o Livro
ele descobriu que ele e o povo vinham pecando contra Deus sem
perceber o que estavam fazendo! Por anos o coração de Josias só
queria agradar ao Senhor. Mas, apesar de todo o amor que tinha por
Deus, ele vinha pecando contra Deus por não o conhecer melhor!
Será que a mesma coisa também poderia acontecer em nossos
dias? Claro que sim.
Por exemplo, um crente que ama a Deus pode, ao mesmo
tempo, entender mal algum mandamento específico. Ele corre assim
o risco de pecar contra Deus por ignorância. Há também o caso em
que ele pode amar a Deus e entender corretamente um mandamento
específico, mas não compreende bem os fatos envolvidos. O
resultado é que a falta de informações poderá levá-lo a pecar contra
Deus por ignorância.
Um exemplo desse último tipo de situação seria uma cristã
usando dispositivos e substâncias químicas que, sem ela saber,
colocam em risco a vida de um bebê bem no começo de uma
gravidez. É claro, nenhuma mulher evangélica teria a coragem de
expor deliberadamente um bebê recém-concebido a esse tipo de
perigo, pois nós evangélicos somos firmemente contra o aborto e o
consideramos violação clara e deliberada do Quinto Mandamento:
NÃO MATARÁS.
Nenhuma mulher evangélica sincera pensaria em usar algo que
pode abortar uma criança inocente. Apesar disso, muitas esposas
cristãs usam o Dispositivo Intra-Uterino (DIU) sem saber que sua
função é causar micro-abortos. Muitas cristãs também usam as
modernas pílulas “anticoncepcionais” sem saber de modo adequado
como esse método realmente controla a natalidade. Elas não sabem
que, em parte, a função dessas pílulas é abortar um ser humano
bem no começo da gravidez! Sim, você está lendo direito — as
modernas pílulas “anticoncepcionais” têm como uma de suas
funções causar “abortos no silêncio” de seres humanos já
concebidos. Para compreendermos com clareza a seriedade dessa
questão, vamos estudar como o ser humano começa a existir.
 
QUANDO COMEÇA A VIDA HUMANA?
 
As feministas afirmam que ninguém sabe a resposta para essa
pergunta. Seus motivos são óbvios: elas reivindicam o direito legal
ao aborto. Nos EUA, onde elas conseguiram o que queriam, o aborto
é legal e livre durante os 9 meses de gravidez de uma mulher.
Anualmente, mais de 1 milhão de bebês em gestação são
mortos em hospitais e clínicas dos EUA. Alguns chegam a ser
deliberadamente mortos apenas poucas horas antes do parto!
Embora algumas feministas insistam em que não se sabe
quando começa a vida, uma pesquisa honesta dos fatos bíblicos e
científicos revelará as respostas corretas para essa questão.
Quando lemos a Bíblia, vemos que os bebês em gestação são
sempre considerados como seres humanos reais. Eles são tratados
como seres humanos desde o momento da concepção (fertilização),
como bem podemos ver no Salmo 51:5: “Eis que em iniqüidade fui
formado, e em pecado me concebeu minha mãe.” É também fácil ver
que a Bíblia jamais considera os bebês no útero como “coisas” que
se transformam em seres humanos em alguma determinada fase de
seu desenvolvimento. A Palavra de Deus declara que os bebês em
gestação têm personalidade, inteligência, emoções e valor aos olhos
de Deus. A Bíblia mostra que Deus em pessoa os observa e cuida
deles em seu desenvolvimento na barriga de suas mães:
“E Isaque orou muito ao Senhor em favor de sua esposa, pois
ela não podia ter filhos. E o Senhor ouviu a oração dele, e sua
esposa Rebeca ficou grávida. Os bebês lutavam um com o outro
dentro dela, e ela disse: Por que está me acontecendo isso? E ela foi
perguntar ao
Senhor. O Senhor lhe respondeu: No seu ventre há duas nações, e
os dois povos que estão dentro de você se separarão. Um será mais
forte do que o outro, e o mais velho será dominado pelo mais jovem.”
(Gênesis 25:21-23)
“Se alguns homens que estiverem brigando ferirem uma mulher
grávida, e ela der a luz antes do tempo, porém não houver danos
graves, aquele que feriu será obrigado a pagar o que o marido dela
exigir, de acordo com o que os juizes determinarem. Mas se houver
danos graves, o castigo será vida por vida, olho por olho, dente por
dente, mão por mão, pé por pé, queimadura por queimadura,
ferimento por ferimento, machucado por machucado.” (Êxodo 21:22-
25)
 
“Tu criaste cada parte do meu corpo; tu me formaste na barriga da
minha mãe. Eu te louvo porque fui formado de um modo espantoso e todo
maravilhoso. Tudo o que fazes é maravilhoso, e eu sei disso muito bem. Tu
viste quando os meus ossos estavam sendo formados, quando eu estava
sendo formado na barriga de minha mãe, crescendo ali em segredo. Teus
olhos me viram quando o meu corpo ainda não tinha forma, e os dias que
foram preparados para minha vida foram todos escritos no teu livro quando
nenhum deles existia.” (Salmo 139:13-16)
 
“Nações distantes, escutem o que eu, o servo de Deus, estou
dizendo; prestem atenção, todos os povos do mundo! O Senhor me
chamou quando eu estava no útero. Eu ainda estava dentro do corpo
da minha mãe quando ele me chamou pelo nome.” (Isaias 49:1)
“O Senhor me disse: Antes que eu formasse você no ventre eu o
conheci, e antes que você saísse de útero eu o escolhi para ser o
meu profeta para as nações.” (Jeremias 1:4-5)
“O nascimento de Jesus Cristo foi assim: Maria, a sua mãe, ia se
casar com José. Mas antes do casamento ela ficou grávida pelo
Espírito Santo.” (Mateus 1:18)
“E aconteceu que, quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o
bebê saltou em seu ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.”
(Lucas 1:41)
“[Isabel disse para Maria:] Logo que ouvi você me cumprimentar,
a criancinha saltou de alegria dentro da minha barriga.” (Lucas
1:44)1
Os cientistas honestos também sabem que a vida humana
começa na concepção (fertilização). Num excelente livro intitulado A
Posição da Ciência Moderna sobre o Começo da Vida Humana,
lemos a seguinte explicação:
Quando a sua vida começou? Só se pode conseguir uma
resposta a essa pergunta voltando no tempo. Antes de você se
tornar adulto, você era um adolescente. Antes disso você era uma
criança e antes disso você era um bebê. Antes de ser bebê — isto é,
antes de nascer — você era um feto, e antes disso um embrião.
Antes de ser embrião (mais ou menos no tempo de sua
implantação), você era um blastócito. Antes disso você era uma
mórula, e antes disso um zigoto ou óvulo fertilizado. Portanto, sua
vida começou quando o núcleo do espermatozóide do seu pai se
uniu com o núcleo do óvulo de sua mãe, isto é, sua vida começou na
fertilização.2
Portanto, examinando a Bíblia e a ciência com honestidade,
chega-se à conclusão óbvia: a vida humana começa na concepção.
A concepção, ou fertilização, ocorre quando o espermatozóide se
encontra com o óvulo nas trompas. Essa união acontece minutos
depois de uma relação sexual. Então o bebê recém-concebido nida
(“viaja”) até à camada do útero para se implantar. Como ele é muito
pequeno, essa “viagem” leva aproximadamente seis dias. Assim, a
implantação ocorre quase uma semana após a concepção.3
 
1 A palavra grega usada aqui em Lucas 1:44 para descrever
uma criancinha no útero é “brefos.” Essa mesma palavra é também
usada em Lucas 2:12 para se referir a um bebê recém-nascido e em
2 Timóteo 3:15 referindo-se a uma criança.
2 The Position of Modern Science on the Beginningof Human
Life, copyright 1975, Scientists for Life, Inc.), pág. 15.
3 Complete Book of Baby & Child Care (The Focus on the Family
Physicians Resource Council, U.S.A.: Colorado Springs, EUA, 1997),
p. 4.
 
Deus criou a vida humana (Gênesis 1:26-27) e essa vida
humana recebeu de Deus a capacidade de se multiplicar (Gênesis
1:28). Quando o espermatozóide vivo do pai se une com o óvulo vivo
da mãe, uma nova criatura humana começa a existir. Ainda que esse
ser humano seja muito pequeno (mais pequeno que o ponto final
deste parágrafo), ele ou ela é realmente um ser humano
completamente diferente de todos as outras pessoas e possui um
código genético diferente do código de seus pais. Deus declara
claramente em Êxodo 20:13 que ninguém tem permissão de matar
uma vida inocente. Ele não aprova o assassinato de nenhum ser
humano inocente, quer já tenha nascido, quer ainda esteja se
desenvolvendo na barriga da mãe. É errado permitir o assassinato
de um bebê 8 meses após a concepção. É também errado permitir o
assassinato de um bebê 1 minuto após a concepção.
 
DE QUE MANEIRA ALGUNS MÉTODOS DE CONTROLE DA
NATALIDADE COLOCAM EM RISCO A VIDA DE UM BEBÊ NO
COMEÇO DE UMA GRAVIDEZ?
 
A resposta a essa pergunta encontra-se nas informações a
seguir, traduzidas integralmente do Glossary of Abortifacients. Esse
documento foi originalmente publicado pela organização evangélica
Concerned Women for America4, presidida pela Dra. Beverly
LaHaye. Ela é autora, juntamente com seu marido Tim LaHaye, de O
Ato Conjugal, um dos livros mais vendidos da Editora Betânia.
 
 
POR QUE ESSES ABORTIVOS SÃO CONSIDERADOS
MÉTODOS CONTRACEPTIVOS?
 
Embora algumas dessas drogas permitam que a mulher à vezes
ovule, porém na grande maioria das vezes não permitem que um ser
humano recém-concebido consiga se implantar na mucosa do útero.
Assim, a mulher não fica “grávida” durante esse tipo de ovulação
porque a implantação é impedida. Isso pode corretamente ser
qualificado como micro-aborto. Não há dúvida: essas drogas, de um
modo ou de outro, têm como uma de suas funções impedir a
implantação.
O motivo pelo qual esses dispositivos e drogas são considerados
“anticoncepcionais” é porque anos atrás o Conselho Americano de
Ginecologia e Obstetrícia mudou o significado da palavra concepção,
redefinido-a com um novo sentido: implantação.
Em 1963, o Ministério da Saúde, Educação e Bem-estar dos
EUA (U.S. Department of Health, Education and Welfare) definiu
como aborto “todas as medidas que prejudicam a viabilidade do
zigoto [ser humano recém-concebido], em qualquer momento desde
a fertilização até a finalização do parto.” Até meados da década de
60, os cientistas em todo o mundo reconheciam que a concepção
ocorre no momento em que, em algum lugar nas trompas, o
espermatozóide fertiliza o óvulo. Mas os defensores do aborto já
estavam se preparando para efetuar certas mudanças nas palavras
anticoncepcional e abortivo.37
Com o objetivo de tornar os abortivos aceitáveis para as
mulheres e enganar as leis contrárias ao aborto, os defensores do
aborto perceberam a necessidade de obscurecer o significado e a
diferença entre anticoncepcional e abortivo. Eles só conseguiriam
realizar
tal distorção mudando a definição de concepção, não mais a
classificando como fertilização (a união do espermatozóide com o
óvulo), mas apenas como implantação. Com essa nova definição de
concepção, se um dispositivo ou droga — tal como o DIU ou a Depo-
Provera — impede a implantação, não há nenhuma necessidade de
se preocupar com a questão do aborto. De acordo com essa nova
definição, só ocorre um aborto quando um dispositivo ou droga mata
uma criança que já conseguiu se implantar na parede do útero.
As constantes campanhas dos defensores do aborto para torcer
tal terminologia acabaram produzindo resultados em 1965, quando o
Conselho Americano de Ginecologia e Obstetrícia publicou seu
primeiro Boletim de Terminologias. Esse boletim declara: “A
concepção é a implantação de um óvulo fertilizado.” 38 Assim, de
acordo com essa definição, um ser humano é concebido não quando
o espermatozóide se une ao óvulo, mas uma semana depois quando
consegue se implantar na camada do útero.
Apesar dessas fraudes graves na classe médica, o Dr. Richard
Sosnowski, presidente da Associação Sulista de Obstetras e
Ginecologistas, declarou em 1984:
 
37 Dr. Brian Clowes, The Facts of Life (Human Life International:
Front Royal, EUA, 1997), pp. 65,66. 38 Ibd., 66.
Não considero algo nobre brincar, numa profissão, de torcer o
significado das palavras… Preocupa-me também o fato de que,
embora não tivessem nenhuma evidência científica para tornar válida
a mudança, tenham redefinido o termo concepção de penetração
bem-sucedida do espermatozóide no óvulo para implantação de um
óvulo fertilizado. Parece-me que o único motivo para isso foi o dilema
criado pela possibilidade de que o dispositivo contraceptivo intra-
uterino tinha função abortiva.39
 
O QUE PRECISO FAZER SE TENHO USADO A PÍLULA OU O
DIU?
 
Seu coração pode estar sofrendo neste momento. Talvez você
seja uma mulher que está usando o DIU ou alguma moderna pílula
anticoncepcional sem saber que o DIU e a pílula podem causar
micro-aborto. (Ou talvez você seja um marido que pediu à esposa
que os usasse sem saber que podem causar micro-aborto.)
Provavelmente, você deve estar perguntando para você mesma:
“Será que eu já tive um aborto no silêncio? Ou vários? Será que
cheguei a destruir a vida de uma criança que Deus queria que eu
tivesse?” A resposta, naturalmente, é: Só Deus sabe. É possível que
Deus fizesse com que a pílula não deixasse você ovular, e assim
você jamais teve um aborto no silêncio. É possível que Deus não
permitisse que ocorresse um aborto no silêncio porque você não
conhecia todas as funções da pílula que estava usando. Mas, por
outro lado, sem dúvida alguma há a possibilidade de que você tenha
tido um (ou até mesmo mais de um) aborto no silêncio. Em nenhuma
parte da Bíblia Deus promete nos guardar de cometer pecados por
ignorância.
Contudo, mesmo que tenha tido um aborto no silêncio, você
ainda pode ter paz. Embora por fraqueza tenhamos pecado e assim
nos tornado culpados de desobedecer à vontade de Deus, pela fé
podermos ir até a presença dele e pedir perdão. Por meio de Jesus
podemos obter paz. A Bíblia nos mostra com clareza o perdão que
recebemos por meio do sacrifício de Jesus por nossos pecados. As
seguintes passagens nos dão a certeza de que Jesus está pronto
para nos perdoar:
“O Senhor diz: Venham agora, vamos discutir isso juntos. Ainda
que os seus pecados sejam como a cor vermelha, eles ficarão
brancos como a neve. Ainda que sejam como vermelho escuro, eles
ficarão brancos como a lã.” (Isaias 1:18)
“No entanto, era o nosso sofrimento que ele estava carregando,
era a nossa dor que ele estava suportando. E nós pensávamos que
era por causa das suas próprias culpas que Deus o estava
castigando, que Deus o estava maltratando e ferindo. Mas ele estava
sofrendo por causa dos nossos pecados, estava sendo castigado por
causa das nossas maldades. Nós obtemos paz por causa do castigo
que ele sofreu, somos sarados pelos ferimentos que ele recebeu.
Todos nós éramos como ovelhas que se haviam perdido; cada um de
nós seguia o seu próprio caminho. Mas o Senhor colocou sobre ele
[Jesus] a culpa e o pecado de todos nós.” (Isaías 53:4-6)
“No dia seguinte, João viu Jesus, que vinha na direção dele, e
disse: Olhem, ai está o Cordeiro de Deus que tira o pecado do
mundo!” (João 1:29)
39 Ibd., 66.
 
“Mas, se vivemos na luz, como Deus está na luz, então estamos
unidos uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos limpa
de todos os pecados. Se dissermos que não temos pecados,
enganamos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Mas, se
confessarmos os nossos pecados a Deus, ele cumprirá a sua
promessa e fará o que é justo: perdoará os nossos pecados e nos
limpará de toda maldade.” (1 João 1:7-9)
Toda vez que percebemos que podemos ter cometido algum
pecado contra Deus, nós colocamos os olhos em Jesus. Elemorreu
por nós. Confiando no que ele fez por nós, nós vamos até Deus e
confessamos os nossos pecados. Com a ajuda do Espírito Santo
podemos nos aproximar de Deus e dizer, audivelmente, a seguinte
oração:
Pai celestial, venho a ti com muita tristeza no coração. Acabei de
saber que a pílula que eu estava tomando pode causar micro-aborto.
Não sei se já tive um aborto no silêncio. Se tu impediste esse
pecado, ó Senhor, eu louvo o teu Santo Nome. Mas se eu já tive um
aborto no silêncio, ó Senhor, suplico o sangue de Jesus que foi
derramado por mim na Cruz. Lava-me com o sangue de Jesus e
torna-me pura aos teus olhos. E, Pai celestial, já que este mundo
está cheio de coisas confusas e difíceis de entender, eu suplico a ti:
enche-me com o teu Santo Espírito! Por meio do teu Espírito Santo,
ajuda-me a compreender a tua santa Palavra e mostra-me a tua
santa vontade para a minha vida. Capacita-me a
viver pela fé, abençoa-me e protege-me em minha confiança em ti.
Peço-te tudo no nome de Jesus. Amém.
E agora, querida amiga, levante-se de seus joelhos e não fique
triste, pois o Senhor nosso Deus é gracioso, onisciente e onipotente.
Ele não só nos perdoa, mas também nos dá poder para transformar
nossas experiências e erros em bênçãos (veja Romanos 8:28).
Como Neemias disse às pessoas que estavam chorando:
“Vão agora para casa e façam um a festa. Este dia é sagrado para o nosso
Deus. Por isso, não fiquem tristes, pois a alegria que o Senhor dá fará com que
vocês fiquem fortes.” (Neemias 8:10)
 
Com as informações que acabou de ler, você ficou sabendo
como é que funcionam alguns dispositivos e substâncias químicas
usados na prática do planejamento familiar. Agora cabe a você
proteger a sua saúde. Cuidando-se assim, você poderá também
estar protegendo a vida de um futuro bebê.
 
 
 
PARTE V
DIU
(Dispositivo intra-uterino)
 
 
 
 
 
O DIU TAMBÉM É ABORTIVO
 
Além de matar o embrião, o DIU produz efeitos "secundários" e 
esterilidade provocados por seu uso, chegando em alguns casos, 
inclusive à morte da usuária É inadmissível a afirmação de que o 
DIU não é abortivo, quando as próprias revistas especializadas e até 
a Organização Mundial da Saúde em seus informes a respeito, assim
o reconhecem explicitamente. Tanto é assim, que enquanto o aborto
foi ilegal nos Estados Unidos também estava proibida sua
comercialização e implantação.
O Laboratório que fabrica e distribui o Para Gard, DIU de última
geração, modelo T 380 A nos Estados Unidos, distribui de forma
obrigatória, um formulário com uma extensão de 11 páginas, de
caráter de declaração jurada, a que deve ser rubricada pela
interessada em sua colocação, em 12 oportunidades. Na mesma, há
informações sobre todas as contra-indicações e efeitos colaterais
que o DIU pode causar.
Lembramos que o nome T de cobre lhe é dado por causa da
membrana galvanizada de cobre que recobre o corpo plástico em
forma de "T" que tem o dispositivo.
Por suas características anatômicas, advertem que o DIU não é 
um dispositivo de barreira, quer dizer, não impede a livre circulação 
dos espermatozóides até encontrar-se com o óvulo. Sua função, na 
realidade, é, como agente exógeno ao organismo feminino, produzir 
irritação e inflamação nas paredes internas do útero (endométrio), o 
que lhe torna propenso a contrair uma série de infecções muito 
delicadas e que impossibilitam que o óvulo fecundado pelo 
espermatozóide (ovo) possa nidar-se ou implantar-se nessa parede. 
Isto leva ao desprendimento e que provoque um sangramento 
intermenstrual no qual é expulso. Ou seja, ocorre um aborto.
A declaração jurada antes mencionada, elaborada pelo próprio 
Laboratório, explica o efeito da seguinte forma: "Como age o Para 
Gard: Ainda não se sabe exatamente como o Para Gard impede a 
gravidez. Foram sugeridas várias teorias, entre elas, a interferência 
com o transporte, a fecundação e a implantação de 
espermatozóides. Os estudos clínicos com o DIU portadores de 
cobre indicam que a fecundação se altera, quer seja porque varia o 
número de espermatozóides ou pela falta de viabilidade destes. Os 
DIU não inibem a ovulação (produção e liberação de um óvulo dos 
ovários). O Para Gard nem sempre evita a produção de gravidez 
ectópica (a gravidez fora do útero, chamadA às vezes gravidez 
tubária). A gravidez ectópica pode requerer cirurgia e deixar a mulher 
incapacitada de ter filhos, em alguns casos pode causa a morte".
"Ainda não se compreende...", "Foram sugeridas várias
teorias...". Em bom português, vemos que o próprio fabricante
reconhece não saber como é o anticoncepcional. Na realidade,
porque não o é. E fala de evitar a "implantação de espermatozóides".
Como se o espermatozóide pudesse se implantar por si só no útero!
Mais adiante, a mesma declaração jurada sentença: "Fatores 
especiais de risco: ...Os dados indicam que há mais possibilidades 
em relação a outras mulheres, de que as usuárias do Para Gard 
contraiam alguma infecção grave denominada doença inflamatória 
pélvica (DIP), especialmente se mantiverem relações sexuais com 
mais de um parceiro. A DIP é o termo médico para designar a 
infecção da área pélvica superior. Nesta área encontra-se o útero 
(matriz), as trompas de Falópio, os ovários e os tecidos circundantes
(A vaginites, ou infecção local da vagina, não é DIP, mas pode levar
a ela). Os estudos realizados indicam que o maior número de casos
de DIP ocorre pouco depois da inserção do DIU e até quatro 
meses depois. A DIP pode causar obstrução permanente das 
trompas, esterilidade, gravidez ectópica ou, em raras ocasiões, a 
morte. Se você tem agora ou já teve alguma DIP, não deve usar o 
Para Gard. A DIP é uma infecção causada pela gonorréia, clamídias 
ou outros organismos microscópicos. A DIP normalmente é uma
doença sexualmente transmissível (DST ou EV)..."
Vemos então, que o DIU não só não é anticoncepcional, como é
abortivo, favorece as doenças de inflamação pélvica, a obstrução
das trompas de Falópio, a esterilidade definitiva, os sangramentos
constantes (e por conseqüências, anemias, debilidades, etc.) e, em
alguns casos, até a morte da usuária.
Muitas coisas se esclarecem quando sabemos que o dono da
patente do Para Gard é o próprio Conselho de População, organismo
vinculado à Fundação Rockefeller e consultor da ONU, junto ao
Gyno Pharma, uma pequena corporação farmacêutica estabelecida
como frente a pedido do próprio Conselho de População.
O laboratório Schering Argentina S.A.I.C. comercializa em nosso
meio o DIU de terceira geração "NOVAT", para cuja propaganda
acrescenta um rótulo que diz: "Método aprovado pelo Population
Council" (Conselho de População).
Para tal fim, publicou uma série de cadernos onde presta
informação sobre contraceptivos.
No caderno No 1, intitulado "Contracepção" (escrito por Gerd K.
Doring; sem data de publicação), ao referir-se sobre a ação do DIU,
diz: "Os anéis intrauterinos e as espirais impedem a implantação do
ovo fecundado no endométrio" (pág. 13).
E no caderno No. 4, intitulado "Ginecologia e obstetrícia" (escrito 
por Adolf Eduard Schindler e Eva-María Schindler; Bs. As. Argentina, 
1.989), dedica-se à contracepção pós-coital (págs. 17 a 19), 
eufemismo para referir-se a métodos e práticas abortivas. Nessas 
páginas, mencionam o DIU, e entre outras coisas afirma: "Pode-se 
obter uma contracepção pós-coital relativamente segura até 4 a 6 
dias após o coito sem proteção, mediante a colocação de um DIU..." 
Desde então, depois de 6 dias, se as condições orgânicas da mulher 
eram favoráveis, a fecundação já se produziu, já há uma nova vida, 
já há uma pessoa. Mas ainda não ocorre a nidação do ovo no 
endométrio, sendo a colocação do Diu viável para impedi-la 
definitivamente. Estamos simplesmente diante de uma prática 
abortiva.
Se persistirem as dúvidas, o caderno continua, e ao mencionar
as indicações para a colocação do DIU, entre outras, enumera:
"Planejamento familiar cumprido, mas não se deseja a 
esterilização; Diretamente na interrupção da gravidez. Como
anticoncepcionalpós-coital" (pág. 21-22).
E ao mencionar as complicações possíveis com o uso do DIU,
afirma:
"... Inflamação do pescoço e dos genitais internos...
. Perfuração;
. Aumento do índice de gravidez extrauterina;
. Gestações intrauterinas" (pág. 22).
Nos permitimos remeter a um artigo de atualização científica
publicado na "Revista da Faculdade de Ciências Médicas da
Universidade Nacional de Cuyo, República Argentina. 1.989 VOL. XI
Nro. 1” Neste artigo, intitulado "Dispositivo intrauterino e gravidez",
encontramos afirmações e sentenças como as seguintes:
. "Se uma portadora de DIU fica grávida, esta situação pode ser
complicada, além da posição que possa adotar o casal sobre o
futuro da gestação. É muito provável que a gravidez termine em um
aborto espontâneo no primeiro ou segundo trimestre... Se o DIU não
for retirado, aproximadamente 50% das gestações ortotópicas 
abortam espontaneamente... Ou seja que esta situação representa 
de 3 a 5 vezes mais que a taxa de abortos espontâneos em usuárias 
de outros métodos. Alguns estudos evidenciam que mais da 
metade de tais abortos ocorrem no 2o trimestre. Em 1984 nos 
Estados Unidos foi publicado um trabalho sobre 539 mulheres com 
DIU, que tinham 26 vezes mais probabilidades de ter um aborto 
espontâneo séptico no 2o trimestre em relação a mulheres grávidas 
sem DIU. Evidentemente que as complicações infecciosas no 2o 
trimestre são mais graves que as de aborto espontâneo precoce" 
(pág. 35).
E continua: "Outro dos problemas que podem ocorrer é o das
anomalias congênitas que costumam se apresentar em gestações
das portadoras de DIU... Mishell estudou os tecidos expulsos de 
mulheres que abortaram espontaneamente e eram portadoras de
DIU. Em sua estatística, 21 de 110 apresentaram anomalias
embrionárias" (pág. 36).
Depois acrescenta: "Se recordamos a ação do DIU, pode-se 
dizer que este diminui a nidação uterina em 99,5% e na trompa em 
95%. Portanto, se ocorre uma gravidez com DIU, há maior
possibilidade que seja ectópica" (pág. 36).
E remata afirmando: "Há poucos anos chamou a atenção o 
aumento de E.I.P (doenças de inflamação pélvica) devido às 
doenças sexualmente transmissíveis e foi sugerido que se produz 
com maior freqüência em quase 50% das portadoras de DIU. O 
teste epidemiológico desta hipótese vem dos estudos que mostram 
um aumento das taxas com uma maior duração de uso do DIU" 
(pág. 37).
Termina o artigo: "Por último, duas palavras sobe a recuperação 
da fertilidade daquelas que abandonam o uso do DIU. A recuperação 
não depende do tipo de DIU nem do tempo de uso, mas da 
gravidade do dano que estes causam" (pág. 37).
Assina o artigo o próprio Dr Héctor Osvaldo Lotfi, então, 
Professor titular de Clínica Ginecológica da Faculdade de Cs. 
Médicas da U.N.C.- Mendoza - Argentina. José Murri. Fonte: Revista
Arbil (2)
 
IMPEDE A NIDAÇÃO DO ÓVULO FECUNDADO
 
O DIU (Dispositivo Intrauterino) é com certeza também um
abortivo. Embora sua ação seja ainda muito discutida, fica claro que,
além de ter uma ação de anticoncepcional, que é impedir que o
espermatozoide chegue até o óvulo para fecundá-lo, este dispositivo
também IMPEDE A NIDAÇÃO, ou seja, que o óvulo já fecundado (ou
seja, um ser humano vivo que já iniciou o seu processo de
desenvolvimento) se implante no útero da mulher. Isto acontece
porque o maior efeito do DIU é criar uma inflamação que afeta os
fluídos uterinos de todo o trato genital da mulher, de modo que estes
se tornam tóxicos para espermatozoides E EMBRIÕES.
 
Infelizmente as mulheres geralmente não recebem esta
informação, de modo que elas podem estar abortando sem saber,
pois pensam que o DIU é somente para impedir a fecundação. O fato
de o DIU ser um abortivo assintomático favorece o seu uso como
método de abortamento, pois não gera o mesmo trauma que a
eliminação da criança por meio de um procedimento cirúrgico.
Os defensores do aborto irão negar a informação acima por meio
de uma estratégica muito astuta: eles estão afirmando,
contradizendo a biologia, que a vida só começa mesmo depois da
implantação do embrião no útero (em média 7 dias após a
fecundação). Assim, impedir a nidação não seria um abortamento.
Outros vão muito além dizendo que só há vida após a formação do
sistema nervoso central (após a terceira semana). Como o objetivo
por trás destes argumentos é legalizar o aborto, não espanta que
alguns defendam até mesmo que só há vida a ser salvaguardada
após o nascimento! Ao contrário do que dizem, a ciência comprova
que, uma vez fecundado o óvulo, estamos diante de um ser humano
vivo, com seu próprio código genético e que não é apenas uma
extensão do corpo da mãe, mas um outro corpo, um outro ser vivo,
que encontra-se em desenvolvimento.
Outro problema de saúde grave criado pelo uso do DIU é a
possibilidade deste favorecer uma gravidez ectópica; neste caso o
embrião se aloja fora do útero, geralmente nas tubas uterinas. É um
grave problema, pois pode levar à hemorragia, com risco de vida
para a mãe e quase sempre fatal para o embrião. Alguns estudos
têm apontado o DIU como causa para este problema. Interessante
notar que o número de gravidez ectópica nos EUA quadruplicou
desde a década de 60, quando o uso do DIU se popularizou…
 
Estratégia abortista
 
É interessante saber também que o DIU foi criado ainda nos 
anos 50, com apoio financeiro e político de Organizações abortistas 
e sob o acompanhamento do Dr. Frederic Osbon. Este, por sua vez, 
foi um famoso eugenista, ou seja, alguém que continuava as ideias 
de controle populacional no planeta, sempre em detrimento dos mais 
pobres dos países do terceiro mundo. As mesmas ideias que na 
década anterior levaram Hitler a cometer o horror da Segunda 
Guerra Mundial.
A estratégia da imposição do aborto no mundo, como meio de
controle populacional, começou com o DIU, sendo que depois
passou para o uso de drogas químicas e “refinou-se” no campo
ideológico, na tentativa de convencer as mulheres que elas não
devem ser mães… Todas estas estratégias continuam sendo usadas
hoje. Inclusive o DIU. (Pe. Silvio Roberto, MIC - Diretor da Casa Pró-
Vida Mãe Imaculada)
 
 
 
 
 
 
PARTE VI
 
MÉTODOS
ANTICONCEPCIONAIS
 
 
 
 
INTRODUÇÃO
O uso de métodos anticoncepcionais remontam aos tempos
primitivos da história. Todavia, nesta parte não abordaremos sobre a
história do anticoncepcional nem sobre o pronto de vista teológico no
caso de ser ou não permitido usar métodos anticoncepcionais
(conforme já estudamos na parte anterior, vemos que não há mal
algum em usar anticoncepcional). Ademais, até mesmo os que
combatem o uso de anticoncepcional químicos, usam outros, tais
como, os métodos naturais e tradicionais, somente resistindo aos
métodos químicos, mecânicos, cirúrgicos e anticoncepcionais
hormonais. Recomendamos aos casais que façam avaliação
meticulosa do método que mais os satisfaçam e que caso, se
interessem por algum destes métodos procurem ler mais sobre o
mesmo. Como já sabemos o objetivo desta obra é educar, instituindo
aos nossos amados irmãos para compreenderem melhor sobre
assuntos pertinentes a esta vida.
Abaixo segue-se o índice dos assuntos abordados aqui.
ÍNDICE:
1 – MÊTODOS NATURAIS
A – Método da tabelinha
B – método da temperatura basal
C – Método do muco
2 – MÉTODO TRADICIONAIS
A – Amamentação
B – Coito interrompido
C – Abstinência
D – Ducha pós-coital
3 MÉTODOS QUIMICOS E MECÂNICOS
A – Espermicidas
B – Espermicidas caseiros
C – Tampão vaginal
D – Preservativo
E – Diafragma
4 – ANTICONCEPCIONAIS HORMONAIS
A – Pílulas
B – Anticoncepcional injetável
C – Anel vaginal
D – Implante subcutâneo
E – Dispositivos intrauterinos
5 – MÉTODOS CIRURGICOS
A – Laqueadura tubária
B – Laparoscopia
C – Vasectomia
 
1 – MÉTODOS NATURAIS
A – MÉTODO DA TABELINHA
Este método só deve ser usado por mulheres com ciclo de
menstruação regular, mulheres cuja a menstruação ocorra no mesmo
período de tempo. (30 em 30, 28 em 28 dias).
Para que não haja erro, a primeira atitude deve ser de
observaçãodurante mais ou menos um semestre, o período de um
ciclo a outro. O perigo deste método falhar, consiste no problema das
alterações emocionais que podem atrasar ou adiantar o fluxo
menstrual, provocando erro no cálculo dos dias férteis. Uma mulher
cuja menstruação vem a cada 28 dias. Portanto, para não engravidar,
esta mulher não deverá ter relações nesses oito dias de fertilidade.
B – MÉTODOS DA TEMPERATURA BASAL
Este método consiste no controle da temperatura para detectar a
ovulação. É mais seguro, porém, mais trabalhoso que o método da
tabelinha.
Se a mulher medir e anotar a sua temperatura diariamente, antes
de levantar, movimentar, comer, beber, verificará oscilações em torno
do momento em que o óvulo é liberado. A temperatura talvez oscile
um pouco dois dias antes e depois da liberação do óvulo, depois se
eleva alguns décimos acima da média normal. Durante este período
de breve queda e elevação a mulher não deve ter relações sexuais.
A temperatura neste período pode variar em até 0,5 ‘C (meio grau
centígrado).
Geralmente varia de 0,2 a 0,3 graus centigrados.
MODO DE USAR:
É preferível usar um termômetro espacial, como uma escala
menor e espaços mais largos, que facilitem a leitura:
- Antes de colocar o termômetro, é necessário baixar o mercúrio,
agitando-o;
- A temperatura tomada na axila é muito falha para este fim,
sendo necessária medi-la no reto, na vagina, ou para maior
comodidade na boca;
- Meça a temperatura diariamente sempre na mesma hora, antes
de se levantar, movimentar, comer, beber;
- Anote diariamente o resultado no quadro gráfico. Ligando os
pontos de um dia para o outro por meio de uma reta, você terá a sua
curva da temperatura;
- A ovulação só é reconhecida quando a temperatura, se eleva
por 2 ou 3 dias consecutivos;
- Depois de medir a temperatura, lave o termômetro com água
fria e sabão.
C – MÉTODO DO MUCO
Este método aproveita as variações cíclicas do modo cervical,
produzido por glândulas localizadas no colo do útero e eliminado pela
vagina. Toda mulher pode perceber que em certos dias, ela se sente
seca, enquanto em outros ela se sente úmida, isto não é anormal.
Pelo contrario, é sinal de boa saúde e não tem nada a ver com
corrimentos, que precisam de tratamento médico, ou ainda com a
secreção resultante da excitação sexual. A mulher deve examinar o
muco de sua vagina todos os dias, menos nos dias em que está
menstruada. Poucos dias após a menstruação, o muco é grudento
ralo e opaco e a mulher se sente seca. Com este tipo de muco, os
espermatozoides não conseguem chegar ao útero e não há perigos
de engravidar. Em seguida, o muco torna-se suave, elástico, úmido
(semelhante a clara do ovo). Estes são os dias férteis. Depois, o
muco começa a se retrair, tornando-se novamente raro, grudento,
opaco. Geralmente desaparece por completo e a mulher volta a se
sentir seca novamente.
MODO DE USAR
Lave as mãos, pegue um pouco de muco da vagina e tente
estica-lo entre o dedo polegar e o indicador. Se o muco entende-se
sem se romper (se forma fio), trata-se de um dia fértil. Não se devem
ter relações sexuais até o muco se tornar meio opaco, grudento, raro.
Quando praticado corretamente, este método é bastante satisfatório.
As vantagens deste é que não representa perigo para a saúde por
ser natural. Devido a sua simplicidade pode ser entendida por
qualquer pessoa, até mesmo analfabetas e cegas. Porém tem como
negativo o incidente de algum corrimento poder prejudicar a
interpretação do muco.
2 – MÉTODOS TRADICIONAIS
A – AMAMENTAÇÃO
O aleitamento materno não é propriamente um anticoncepcional.
Mas vem sendo usado como um método para espaçar filhos. Durante
o puerpério há uma infertilidade relativa, em que 60 dias após o parto
a amamentação aumenta a infertilidade através de mecanismo
hormonal. A primeira ovulação ocorre 4 meses após o parto.
Assim que tiver a primeira menstruação, a mãe deve usar um
método anticoncepcional. Não é aconselhável a pílula porque ela
pode diminuir ou parar a produção de leite, além de trazer outros
prejuízos hormonais. Se for preciso tomar pílula a mini-pílula é
indicado desde o primeiro mês após o nascimento da criança.
B – COITO INTERROMPIDO
Este método é praticado da seguinte maneira; quando o homem
esta para sentir o orgasmo, ele retira o pênis de dentro da vagina e a
ejaculação ocorre externamente. Todavia este método tem muitas
desvantagens pelo fato de exigir do homem um autocontrole
bastante elevado, e também é preciso que a mulher confie que seu
marido conseguirá o autocontrole. Tornando assim uma relação
insatisfatória onde ambos ficam inseguros. Este método é
desaconselhável se houver uma segunda relação logo após a
anterior, porque possivelmente algum espermatozoide tenha
permanecido na uretra, podendo sair antes da ejaculação. Ainda
assim o Colégio Americano de obstetras e ginecologistas afirma que
este método possui um a eficácia de 82%.
C – ABSTINÊNCIA
Este método é 100% seguro. Este método consiste nas relações
extravaginais ou celibatário. Tomando uma posição de manter
somente sexo oral ou anal o casal esta indo para um campo
“anormal” e quando ao celibatário tem o problema que o casal
dificilmente conseguirá levar a cabo a resolução de abster-se.
D – DUCHA PÓS-COITAL
A ducha pós-coital tem uma eficiência retardada devido a rapidez
com que os espermatozoides chegam ao muco cervical. Sua
eficiência é estimada em aproximadamente 69%. Geralmente para
se fazer a ducha têm-se usado água, solução de água e sabão, sal
da cozinha, sumo de limão, vinagre ou outros espermicidas caseiros,
ou em esguichar a vagina com substancias que mantem o
espermatozoide (alguns esguicha com água morna o que também é
considerado espermicida) distante do óvulo. Apesar de ser um
método tradicional as duchas funcionam tanto mecânica quanto
quimicamente.
A introdução do vaso sanitário chamado bidê de origem
francesa, veio facilitar as lavagens da vagina, não se deve supor que
o simples esguicho vaginal após o coito represente método
anticoncepcional seguro. Os médicos não recomendam o uso
exclusivo das duchas como método anticoncepcional porque as
duchas são sempre praticadas depois de consumado o ato sexual. A
desvantagem da ducha ser feita imediatamente após o orgasmos
tem a inconveniência de interromper o repouso e a necessidade de
sono que normalmente sobrevêm após o coito.
 
3 – MÉTODOS QUIMICOS E MECÂNICOS
A – ESPERMICIDAS
Um método de controle muito vulgar é o realizado com
substâncias químicas viscosas que tem por finalidade bloquear a
entrada do canal uterino. Alguns produtos usados neste método é o
ácido bórico, ácido tartárico, ácido acético, ácido moleico, sulfato de
quinino, cloramina, alumínio, nitrato, etc. Uma das qualidades que
deve possuir o espermicida é que seja suficientemente viscoso para
reter os espermatozoides e permitir que a substância química possa
agir. Os espermicidas são amplamente usados como métodos
alternativos.
Os tipos de produtos são:
a - SUPOSITÓRIO: Tendo sua composição com os devidos
produtos químicos que devem ser inseridos profundamente na
vagina, uns dez minutos antes da relação, para que o espermicida
possa agir. Esses foram muito populares durante certo tempo.
Geralmente é do tamanho de uma amêndoa, da forma de um cone
feito da matéria gelatinosa. Os supositórios contêm substâncias que
matam os espermatozoides. Estes supositórios são colocados pela
mulher de maneira a obstruir ou fechar a boca do colo uterino. As
vantagens dos supositórios é que são fáceis de usar basta colocar no
lugar, dez minutos antes de iniciar o coito e são fáceis de transportar
ocupando pequeno espaço. Porém, existem também algumas
desvantagens, são mais caros, muitos contém substâncias ou odores
desagradáveis, outros derretem muito vagarosamente de maneira
que a substância espermicida não age tão prontamente contra os
espermatozoides como é preciso.
b – GELEIAS E CREMES: São também barreiras mecânicas na
passagem dos espermatozoides da vagina para o útero, onde há a
fecundação. As geleias anticoncepcionaissão pastas que agem
como barreiras físicas contra a entrada dos espermatozoides e que
tem a capacidade de mata-los, logo que estes são ejaculados,
quando entram em contado com as geleias e cremes. Geralmente
são vendidos em tubos; são compostos à base de manteiga de
cacau, glicerina, sabão, gorduras ou ceras.
c – AEROSOIS: São vendidos em tubos sob pressão com
aplicador especial para ser introduzido profundamente na vagina,
onde produzem densa espuma de dióxido de carbono.
d – TABLETES ESPUMANTES: Nestes, o agente espermicida
está misturado com o ingrediente efervescente que produz uma
massa espumante. O tablete deve ser umedecido com um pouco de
salina ou água. Espera-se um segundo para ver se faz espuma e,
então coloca-se o mais profundamente possível na vagina. Não use
tabletes se eles não espumarem ao serem molhados ou umedecidos.
B – ESPERMICIDAS CASEIROS
a – SAL: Uma colher de sal para 4 colheres de água. Esta
solução salina é a recomendável porque acima desta proporção pode
causar uma secreção aquosa abundante que flui das paredes
vaginais, ocasionando eventualmente irritação e dor.
b – SUCO DE LIMÃO: Molhar a esponja em suco de limão: uma
colher de chá de limão num copo de água.
c – SOLUÇÃO DE SABÃO: Pode ser preparada dissolvendo-se
sabão neutro em um litro de água fervida. Deve ser evitado sabões
fortes e em pó, e detergentes de todos os tipos, pelo efeito prejudicial
sobre a mucosa da vagina.
d – VINAGRE: Molhar uma esponja ou chumaço de algodão em
vinagre na seguinte proporção: 2 colheres de sopa de vinagre para
um copo de água.
e – ÓLEOS: Qualquer óleo de sozinha (exceto óleo de mostarda)
ou gorduras, incluindo manteiga ou margarina; são adequados para
aplicar sobre a esponja ou tampão.
C – TAMPÃO VAGINAL
É o método mais antigo e deve ter sido usado em muitas
comunidades primitivas. Os tampões são quase tão seguros quanto
os pessários, os tampões se mantem aderidos ao colo do útero, em
parte por sucção deste; os tampões servem como barreiras
mecânicas que impede a passagem dos espermatozoides. São
geralmente feito de látex, mas há também de metal, celuloide,
plástico, algodão, seda, lã e esponja. O algodão é um material
relativamente barato e fácil de ser adquirido o retalho deve ser limpo,
cortando e enrolado em forma de tampão do tamanho de um ovo de
galinha e unido por uma ponta para ser puxado depois do uso. Sua
eficácia aumenta se juntando a este, for também introduzindo alguns
dos espermicidas caseiros. Os tampões industrializados são os
fabricados de borracha e esponja-do-mar.
D – PRESERVATIVO
O preservativo é conhecido por vários nomes: camisinha, códon,
camisa de vênus, preservativo.
A maioria das camisinhas vem enrolada. Antes de usá-la deve-
se desenrolá-la e soprar levemente dentro dela para testar sua
integridade. Se estiver intacta enrola-se novamente. É necessário
deixa uma folga de pelo menos um centímetro na ponta para que
haja espaço para o sêmen. Terminada a relação, o homem deve
retirar o pênis antes que ele se torne flácido; assim, não haverá
possibilidade de que o sêmen acumulado ao redor da camisinha
espalhe. Ao retirar o pênis, segura-se a base da camisinha com os
dedos para que ela não escorregue e permaneça na vagina. Os
preservativos vêm acondicionados dentro de um envelope asséptico
onde se encontra totalmente enrolado. Há dois tipos de códons: O
códon para glande que cobre apenas quando desdobrado, a glande
ou cabeça do pênis. O outro cobre o pênis inteiro quando
desdobrado. O material de que são feitos os códons varia. Há
códons feitos de borracha ou látex. Os códons de látex são os mais
finos, por isso muito procurando por terem o menor efeito de todos
sobre a sensibilidade sexual do pênis. O códon de glande hoje caiu
em desuso principalmente por não proteger contra infecções
venéreas. O códon é muito usado e popularíssimo em todos os
países. Fabricam-se e vendem-se muitos milhões de códons por dia.
O preservativo é o anticoncepcional mais seguro dos que
existem, e podem ser usados sem necessidade de intervenção
médica. A camisa-de-vênus pode ser fabricada em massa e em série
por causa do progresso da tecnologia industrial moderna, o que
explica a redução do preço. Antigamente tinham paredes grossas e
por isso eram muitos impopulares entre os homens, porque reduziam
sobremaneira a sensibilidade sexual. Contudo hoje, os médicos em
geral adotaram como norma pela soma de razões acima indicadas.
Assim o povo julga que o preservativo recebe a consagração
científica ou médica e que os demais métodos não. O códon é
recomendável aos indivíduos com tendência a ejaculação prematura
(com a diminuição da sensibilidade da glande a ejaculação se
atrasa). Um detalhe importante refere-se ao movimento em que o
individuo deve vestir o preservativo. Muitos homens apreciam iniciar
o coito com pênis nu, para depois interrompendo a cúpula e retirando
o pênis da vagina, vesti-o com o preservativo. Essa prática faz
diminuir decisivamente a segurança do códon. Assim, o preservativo
deve ser colocado antes da penetração pois existe risco de
espermatozoides que estão no líquido que escorre pela uretra do
pênis, antes mesmo da ejaculação fecundarem o óvulo. As
camisinhas de boa qualidade podem ser usadas até mesmo 10
vezes. Mas hoje, com o baixo custo, se tornaram descartáveis.
E – DIAFRAGMA
O diafragma impede a passagem dos espermatozoides ao útero,
esta é uma peça de borracha redonda, ligeiramente côncava rodeada
por um aro metálico, também revestido de borracha. Com a utilização
deste e o espermicida em sua parte côncava, sua eficiência é ótima:
O diafragma só deve ser retirado 6 horas após a relação. Usando
este método a mulher não precisa de ducha e lavagens que alias, só
iria atrapalhar devido ao problema de deslocar o diafragma. Para
coloca-lo deve-se colocar o espermicida em sua cavidade e depois
fazê-lo deslizar até o fundo da vagina, com a parte côncava para
frente, com o dedo indicador pode-se averiguar se o diafragma cobriu
inteiramente a entrada do útero. Porém, alguém que resolve usar
este método deve ir primeiro ao ginecologista, o único habilitado para
definir o tipo e o tamanho a ser usado. Para que haja segurança no
método deve-se duas horas antes da relação sexual colocar o
espermicida. O diafragma chega a durar dois anos de uso, só
precisando ser trocado quando furar ou rasgar. É bom notar que
colocado corretamente o diafragma não atrapalha a relação de
maneira que nem o homem e nem a mulher o percebe. Uma virgem
não pode usá-lo, por isso não é um método válido para a lua-de-mel.
 
4 – ANTICONCEPCIONAIS HORMONAIS
A – PÍLULAS
A década de 60 marcou profundamente a história deste século
com grandes descobertas científicas e efeitos importantes para a
humanidade, uma delas foi a pílula anticoncepcional provocando
importantes transformações no plano das relações humanas.
Nenhum anticoncepcional foi tão bem divulgado. A pílula impede a
ovulação pelo fato de inibir parcialmente a hipófise, pois esta
glândula é responsável pela estimulação dos ovários. A pílula
também altera o muco produzido pelo colo do útero, dificultando a
penetração do espermatozoide, além disto, impede a
fixação do óvulo (CARACTERIZANDO ABORTO) e
aumenta a mobilidade das trompas; fazendo que o óvulo seja levado
rapidamente para o útero. Mulheres que sofrem de flebite, câncer,
derrame, cirrose, hepatite, doenças do fígado, enxaqueca, infecção
na urina, doença do coração, diabetes, hipertensão, embolia
pulmonar, fibromas e epilepsia só devem fazer uso da pílula com
absoluta supervisão médica. É importante que todas as que fazem
uso da pílula sob orientação médica a cada um ano, deve durante
dois meses de fazer a interrupção a fim de constatar eventuais
alterações que o uso da pílula possa ter provocado. A pílula faz
diminuir a menstruação, contudo seu uso prolongado pode levar a
falta de menstruação e, isto sim, pode ser um problema. Com o uso
correto da pílula dificilmente a mulher engravidará, todavia, em caso
de engravidar a mulher deve interromper imediatamenteo seu uso.
O uso de pílula pelas mulheres que estão amamentando não é
recomendável. Exceção feitas as minipílulas que só contém
progestogênios. Pois, sabe-se de muitos casos de mulheres que
produzem menos leite e param de produzi-lo devido às pílulas. Caso
uma moça case antes dos 18 anos e deseje usar a pílula, deve-se
procurar um médico que faça um acompanhamento especial, porque
a pílula pode provocar uma parada no crescimento, afetando
definitivamente a estatura da mulher. Pois, somente aos 18 anos
completa-se o amadurecimento sexual da mulher. É de significante
importância notificar que a pílula deixa a mulher mais sujeita as
infecções vaginais. A mulher que usa a pílula há um ano e para de
usá-la, tem as mesmas probabilidades de gravidez como antes de
tomar. Com o uso prolongado por mais de cinco anos, às vezes
ocorre uma diminuição da fertilidade. Com todos os remédios as
pílulas podem causar sérios problemas em algumas pessoas.
Contudo os benefícios dos anticoncepcionais são maiores do que os
riscos. Como a pílula contém os mesmos hormônios que o corpo da
mulher produz quando está grávida, acontece que algumas mulheres
têm a mesma sensação de uma grávida, um pouco de enjoo de
manhã e inchaço nos seios, contudo se o enjoo não melhorar deve
ser trocado o tipo de pílula. Conforme pesquisas do colégio
americano de obstetras e ginecologistas a eficácia das pílulas são as
seguintes:
Pílulas combinada: 99%.
Pílulas sequencial: 95%.
Minipílula: 95%.
A pílula não causa câncer, contudo, se a pessoa já tem um
câncer no seio ou no útero, a pílula pode fazer com que o tumor
cresça mais rapidamente.
Ainda sobre os perigos de doenças citaremos os efeitos mais
graves da pílula que é a trombo-embolia que é formação de coágulos
de sangue com consequente obstrução de vasos sanguíneos.
Também algumas mulheres tem um aumento na pressão, se isto
acontecer será melhor trocar de método anticoncepcional.
INSTRUÇÃO AS USUÁRIAS DA PÍLULA.
a – Se a mulher constantemente esquecer-se de tomar as pílulas
será melhor não utilizar este método.
b – Quando for a um médico ou ocorrer internação por um
motivo qualquer, comunicar o fato de estar usando a pílula, para que
o médico possa estar a par de uma possível contraindicação que
haja deste com o medicamento que tomará no hospital.
c – É recomendável que a cada seis meses se faça exames
médicos a fim de controlar a pressão arterial.
d – Tomar a primeira pílula no 5° dia após a menstruação,
contando o primeiro dia da menstruação como dia 1°.
e – Se houver falha de varias menstruações pode ser
aconselhável mudar de método anticoncepcional.
f – Não é bom usar pílulas sem orientação médica.
g – Não se deve estranhar quanto às mudanças da data das
menstruações ou quanto à duração, podendo aparecer também
sangramento extra.
h – Por medida de precaução, deve-se usar outro método ao
mesmo tempo, durante o primeiro mês para evitar riscos.
i – Se estiver tomando uma caixa com 21 pílulas, descanse por
uma semana antes de começar outra; se estiver tomando uma caixa
de 28, inicie outra caixa no dia seguinte ao término da primeira.
j – Não é motivo de preocupação a falha de uma menstruação,
isto é relativamente frequente quando se usa este método.
l – Caso ocorra diarreia severa por vários dias, utilizar outro
método adicional no restante do ciclo.
m – Deve-se tomar uma pílula por dia, sempre á mesma hora,
até terminar a caixa.
n – Caso esqueça uma ou duas pílulas, deve-se toma-las tão
logo se lembrar, juntas, seguir tomando as restantes, e se esquecer
mais de duas é melhor utilizar juntamente outro método por
prevenção, todavia se esqueceu mais de três pílulas começar outro
método imediatamente abandonando as pílulas restantes.
(ESTE MÉTODO TAMBÉM PODE SER ABORTIVO)
 
B – ANTICONCEPCIONAL INJETÁVEL
O nome da nova droga é deladroxato, são compostos derivados
da progesterona (depo-provera), administrados por injeções
intramusculares que devem ser tomadas a cada três meses. Este
anticoncepcional bloqueia o hormônio responsável pela ovulação.
Além de mais econômico, é mais prático, evitando esquecimento e
erro de manuseio. Contudo os seus efeitos se fazem aparecer
negativamente no ciclo menstrual.
C – ANEL VAGINAL
Mesmo podendo causar problemas no ciclo menstrual o anel
vaginal tem muitas vantagens tais como: Fácil manuseio e troca-se
somente de mês em mês. Estes pequenos anéis, semelhante ao anel
do diafragma que são colocados na vagina, contêm hormônios
sintéticas (progestagênios) que também são liberados e absorvidos
lentamente pela vagina.
D – IMPLANTE SUBCUTÂNEO
É uma cápsula implantada sob a pele semelhante em ação ao
injetável. A cápsula contêm progestagênios que são liberados
lentamente inibindo a ovulação. O seu efeito pode durar um ano. No
Brasil, este método é pouco conhecido.
5 – DISPOSITIVOS INTRAUTERINOS
Quando colocados no útero, os anéis tendem a impedir a
concepção, provavelmente porque dificulta a
nidificação dos óvulos fertilizados (isto é
impedem de algum modo a fixação do
microscópico embrião na parede uterina), na
verdade, ainda não se conhece bem o mecanismo de ação do D.I.U.
também supõem-se que ele funcione aumentando os micrófagos na
cavidade uterina, que têm a capacidade de matar os
espermatozoides e podem lesar o ovo. Outra teoria é que seu uso
provoca aceleração do transporte do óvulo na trompa impedido a
fecundação. A implantação do D.I.U. é feita em consultório,
preferivelmente durante o período menstrual e leva mais ou menos
10 minutos, tudo que a paciente precisa fazer é ficar deitada e
relaxada como qualquer exame ginecológico.
Não é recomendável as mulheres que sofrem frequentemente de
infecções genitais, que tem fibromas ou alterações da forma do
útero. Existem alguns casos em que o D.I.U. perfura o útero,
principalmente no momento em que é colocado, mas estas
perfurações raramente são graves. Faça-se mensalmente uma
verificação logo após a menstruação. O fiozinho que em geral tem o
D.I.U. não dará para controlar a sua posição no lugar certo. Quanto a
ação de retirá-lo dependerá da localização do D.I.U., se tiver o
fiozinho é só puxar com delicadeza, mas não é bom que a mulher o
faça principalmente em caso de gravidez. Não tendo fiozinho, então
o médico o retirará com um aparelho especial. No primeiro mês,
depois de colocado, deve-se usar outro anticoncepcional por medida
de precaução.
A eficácia do D.I.U. é bastante confiável, 95%, comparável
mesmo a minipílula. Por prudência, deve-se ir acompanhada quando
for colocar o D.I.U. pois pode ser que sinta mal-estar devido ao fato
do organismo reagir contra o D.I.U. Normalmente durante os
primeiros meses de uso, quando surge em geral cólicas e dores
abdominais, e sangramento vaginal, a menstruação tende a ser mais
prolongada e abundante, além disso, acontece de haver perdas de
sangue fora do período menstrual. Caso esteja usando um D.I.U. de
cobre ou impregnado de progesterona deve-se a cada três anos
trocá-lo devido a perda de sua efetividade. É digno de notar que o
risco de gravidez ectópica aumenta 10 vezes, como ele impede a
implantação do óvulo na parede interna do útero, acaba favorecendo
a implantação na trompa. A usuária do D.I.U. deve frequentemente
localizar o fiozinho (cauda) do D.I.U., e caso não consiga apalpá-lo
deve procurar um médico imediatamente. Caso a mulher fique
gravida e o D.I.U. permanecer nela haverá 33% de chances dela
abortar e caso a gestação continue até o fim, os efeitos não são
nocivos. Em casos assim, geralmente o D.I.U. é encontrado na face
materna da placenta ou nas membranas. Quando se usa o D.I.U.
precisa-se fazer exame ginecológico um mês após colocá-lo e outro
ao fim de três meses e mais outro ao fim de seis meses. A partir daí
basta um exame anual, inclusive para fazer prevenção do câncer.
Para a mulher voltar a ser fértil só precisa retirá-lo, e em pouco
tempo estará pronto para conceber. O D.I.U. só é aconselhável ser
colocado 6 semanas após um parto normal e 12 semanas após uma
cesárea.
(O DIU FOI LARGAMENTO DISCUTIDO
NESTELIVRO E NÃO É SOMENTE UM
MÉTODO ANTICONCEPCIONAL, MAS
TAMBÉM ABORTIVO – NÃO
RECOMENDÁVEL EM HIPOTESE ALGUMA)
 
 
 
6 – MÉTODOS CIRURGICOS
A – LAQUEADURA TUBÁRIA
A laqueadura tubária torna a mulher estéril, sem afetar sua
ovulação ou ciclo menstrual. A cada ano que passa o numero de
laqueaduras vem aumentando, principalmente no Nordeste do Brasil
onde há pouco ou acesso aos meios anticoncepcionais (isso nos
anos 1980). A cirurgia acontece da seguinte maneira: sob anestesia
geral raquidiana ou peridural, o cirurgião faz uma incisão de uns 7
centímetros no ventre, através da qual, ele atinge as trompas
uterinas, “amarrando-as” com fio cirúrgico e, em seguida removendo
um trecho de cada uma delas.
Cerca de três dias depois, a paciente pode ter alta hospitalar.
Duas semanas mais tarde pode retornar a vida sexual, sem riscos de
engravidar. Esta cirurgia pode ser feita durante uma cesariana ou
outra cirurgia. A laqueadura também pode ser feita com maior
facilidade técnica logo após o parto, quando o útero ainda não
evoluiu completamente. Depois da laqueadura, os óvulos impedidos
de entrarem no útero, morrem em 24 horas, decompõe-se e são
absolvidos pelo organismo. Este método anticoncepcional é
praticamente irreversível.
B – LAPAROSCÓPIA
Praticamente igual a laqueadura tubária, contudo é uma outra
técnica para esterilização, esta se realiza através de uma ou duas
pequenas incisões de cerca de um centímetro, na altura ou ao redor
do umbigo. Neste tipo de incisão, a cicatriz é praticamente
imperceptível, a cirurgia é feita por meio de um aparelho óptico de
pequeno calibre, o laparoscópico, que serve para visualizar as
trompas, cauteriza-la e em seguida seccioná-las. Nesta intervenção o
tempo de permanência no hospital pode ser menor.
C – VASECTOMIA
A vasectomia consiste na ligadura dos canais diferentes
impedindo definitivamente a passagem de espermatozoides para fora
do aparelho genital masculino. A vasectomia não afeta o
desempenho sexual e não tem nada a ver com a castração. Quando
for submeter-se a operação, deve-se raspar os pelos da região
perineal, lavar-se cuidadosamente algumas horas antes da
operação, isto previna infecção.
Levar para o hospital um suporte para o saco escrotal; será
necessário, usá-lo após a operação. Após a operação não será
possível dirigir automóvel, portanto se necessário ir acompanhado.
Depois do curto período de recuperação da cirurgia, o paciente
poderá levantar-se ir para casa, devendo repousar por 48 horas.
Poderá surgir alguma dor ou inflação, o escroto poderá ficar escuro
ou arroxado e poderá haver um pequeno sangramento. Manter
compressa de gelo por 4 horas ou mais, isto reduzirá as
possibilidades de inflação, sangramento e mal-estar. Somente após 3
dias as atividades normais poderão ser retomadas. Usar suporte
escrotal por 48 horas sem retirá-lo à noite. Deve-se evitar exercícios
pesados durante uma semana.
As relações sexuais poderão ser reiniciadas 4 ou 5 dias depois
ou quando se desejar, mas somente umas 8 semanas depois se terá
conseguido a esterilização.
48 horas após a vasectomia as faixa poderão ser retiradas caso
venha a sentir dores, pode-se tomar um analgésico a cada 4 ou 6
horas. Há casos que a incisão é tão curta (menos de um centímetro)
que os bordos da pele juntam-se tão bem que não é necessário nem
dar pontos. E quando houver pontos, eles são absorvidos não sendo
necessário retira-los, não custa nada uma semana após a operação
fazer um exame médico. Mesmo após a vasectomia deve-se usar
algum método anticoncepcional até que se completem 15
ejaculações. A vasectomia é tão segura que somente uma pequena
porcentagem de 0,1% das cirurgias é necessária repetir outra
vasectomia, devido os vasos diferentes se religarem, por isso sua
eficácia é praticamente 100%. Na operação são feitas duas
pequenas incisões na pele do escroto para alcançar os canais
diferentes que são cortados e amarrados produzidos nos tubos
seminíferos situados dentro dos testículos, os espermatozoides
amadurecem no epidídimo, dai são levados pelos diferentes até as
vesículas seminais. Uma vez barrada a passagem dos
espermatozoides pela vasectomia, o liquido seminal continua fluindo
normalmente na ejaculação.
 
 
CONCLUSÃO
Este livro analisou o aborto como ele foi se popularizando pelo
mundo através de organizações pró-aborto no mundo sob o manto
mentiroso de “proteção as mulheres”. A ciência mostra que a nova
vida surge no momento da concepção e não da nidificação do
embrião. O zigoto é o momento mágico da vida humana, quando o
espermatozóide fecunda o óvulo feminino. Todo método
anticoncepcional que age depois da fecundação é aborto. Os
maquiavélicos abortistas conseguiram induzir nos organismos
médicos e internacionais a considerarem o aborto somente as
intervenções após a nidificação do óvulo no útero. Com esta
manobra, a pílula do dia seguinte e o D.I.U. se tornaram métodos
legais. Mas diante de Deus continua imoral e criminoso. Nas páginas
deste livro vemos uma série de debates e questões sobre este tema.
Podemos e devemos reduzir o número de pessoas para níveis que
não saturem os recursos do planeta Terra. Acho que meio bilhão de
pessoas está bom demais. Mas podemos fazer isto com
planejamento familiar e não com aborto. Deus mandou a
humanidade crescer e multiplicar-se até encher a Terra. Já faz tempo
que saturamos o planeta...
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS
 
1https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1996/12/02/cotidiano/6.html
2 - https://www.acidigital.com/vida/aborto/diu.htm
3 - https://casaprovidami.com.br/diu-e-abortamento/
 
LIVROS PUBLICADOS PELO
https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1996/12/02/cotidiano/6.html
https://www.acidigital.com/vida/aborto/diu.htm
https://casaprovidami.com.br/diu-e-abortamento/
ESCRIBA DE CRISTO:
 
BIOGRAFIA
Vida de Antão com comentários
Vida de Constantino comentada capítulo a capítulo
David Ben-Gurion – Herói da humanidade
 
TEOLOGIA
Refutando o determinsmo de Lutero
Jesus era chato e antipático
Parapsicologia Bíblica 
Compêndio teológico sobre o véu
Guia de Estudo Bíblico 
Dogmatologia 
Entenda a CCB – Volume I
Entenda a CCB – Volume II
Javé, o Deus da Bíblia
A Triunidade de Deus
Como fundar uma Igreja
O Diabo está ao seu lado
Sexologia cristã 
Tratado teológico sobre a barba
 
APOCRIFOLOGIA
Livro de Enoque com comentários
Livro dos Segredos de Enoque analisado
Livros de Adão e Eva
Pseudo-epígrafos de Barnabé com comentários
Apócrifo Pastor de Hermas com comentários
 
BIBLIOLOGIA
Os quatro livros biográficos de Jesus
Primeira Carta aos Coríntios comentada
Primeira epístola de Pedro com comentários
Epístola de Tiago com comentários
Apocalipse comentado
A Septuaginta
 
ESCATOLOGIA
Arrebatamento pré-tribulacionista
Juízo Final
O Fim do Mundo
 
HISTÓRIA
Introdução à Arqueologia
Egiptologia Bíblica
História Eclesiástica de Eusébio de Cesaréia
História do Universo comentada
História do Cristianismo comentada
O que é Igreja Católica Romana?
O anjo de quatro patas
A Epopéia de Gilgamesh
O livro dos Mártires com comentários
 
PATROLOGIA
Vida de Antão com comentários
Clemente de Roma
De Trinitate de Agostinho com comentários
As vestimentas na Igreja Primitiva - Tertuliano
Hexamerão de Ambrósio ilustrado e explicado
 
POLÍTICA
Memorial criminoso do PT – Volume I
Memorial criminoso do PT – Volume II
PT X Cristianismo
Todos os telefones do presidente Lula
Os amigos de Lula
Jair Bolsonaro, presidente do Brasil
Os tentáculos malignos da Esquerda
Minha Luta de Adolf Hitler com comentários
O lado bom do nazismo
Lula e o caso do triplex
Ministro Gilmar Mendes, o juiz iníquo
U.N.E. – A serviço do comunismo
O fracasso da democracia
Planilha de propina da Odebrecht explicada
SÉRIE: Presidente Moro 2022
– O caso do triplex
 
CIÊNCIA MILITAR
Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários
A arte da Guerra com comentários
 
CIÊNCIAS ESPACIAIS
ISS – Estação Espacial Internacional – Maravilha de Deus
Terra plana dos insensatos
Terra Plana e os satélites geoestacionários
TerrraPlana e os ônibus espaciais
Os astronautas e a terra plana
 
CIÊNCIAS SOCIAIS
Controle Populacional ou o caos
O Estado Judeu de Israel
 
CIÊNCIAS NATURAIS
Biologia, O mito da Evolução
Baleias, maravilhas de Deus
Formigas, maravilhas de Deus
Pôr do sol, maravilha de Deus
Abelha sem ferrão, maravilha de Deus
As palmeiras, maravilhas de Deus
Orquídeas, maravilhas de Deus
1O1 maravilhas de Deus, Volume I
1O1 maravilhas de Deus, Volume II
1O1 maravilhas de Deus, Volume III
1O1 maravilhas de Deus, Volume IV
1O1 maravilhas de Deus, Volume V
1O1 maravilhas de Deus, Volume VI
Botânica Bíblica
 
DIREITO
Escrivão de Polícia é cargo técnico científico
Código Hamurabi e a Lei de Moisés
Direito Divino a Legítima Defesa
O instituto divino da Pena de Morte
Autoridade Espiritual com comentários
 
DEVOCIONÁRIO
A imitação de Cristo de Tomás de Kempis com comentários
O peregrino de John Bunyan ilustrado e explicado
Experimentando Jesus através da Oração (com comentários)
– Madame Guyon
 
ÉTICA
Bebida alcoólica não é pecado
Como se vestem os santos
Deus é machista
Você é invejoso, entenda isso
 
ARTE E LITERATURA
Pinturas de Caravaggio
Hamlet de Shakespeare com comentários
A arte poética de Aristóteles comentada
O Guarani, ilustrado e comentado
A Revolução dos Bichos comentada e ilustrada
 
EM OUTROS IDIOMAS
Alcoholic drink is not sin (Inglês)
The Dress in the early church (Inglês)
Biology, the myth of Evolution (Inglês)
The Four-legged Angel (Inglês)
Life of Constantine (Inglês)
Last Judgment (inglês)
ArchéologieBiblique (Francês)
Juicio Final (Espanhol)
Indossare il velo (Italiano) 
生物学–進化の神話 (Japonês)
110 livros publicados
 
	(Untitled)
	(Untitled)

Mais conteúdos dessa disciplina