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Função renal: tudo o que você precisa saber para mandar bem na prova! UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA Função Renal: revisão anatômica e as funções renais https://sanarmed.com/ A função renal refere-se à capacidade dos rins de desempenhar suas funções essenciais no corpo humano. Os rins são órgãos vitais responsáveis por �ltrar o sangue, remover resíduos metabólicos, regular o equilíbrio eletrolítico, controlar a pressão arterial e manter a homeostase hídrica. O rim Os rins encontram-se fora da cavidade peritoneal. Cada rim em um adulto pesa aproximadamente 150 gramas. Esse órgão é recoberto por uma cápsula dura e �brosa, que protege suas delicadas estruturas internas. As duas principais regiões do rim são o córtex externo e a medula interna. A medula é dividida em 8 a 10 massas de tecido em forma de cone chamadas de pirâmides renais. A base de cada pirâmide origina-se na borda entre o córtex e a medula, e termina na papila, que se projeta para dentro do espaço da pelve renal, uma continuação da extremidade superior do ureter, em forma de funil. A borda externa da pelve é dividida em bolsas abertas denominadas grandes cálices, que se estendem para baixo e se dividem em cálices menores, que coletam a urina dos túbulos de cada papila. As paredes dos cálices, da pelve e do ureter contêm elementos contráteis que impulsionam a urina em direção a bexiga, onde é armazenada até que seja eliminada pela micção. Imagem: Estrutura dos rins. Fonte: Guyton & Hall, Fundamentos da Fisiologia, 13a edição. Vascularização renal O sangue �ui para cada rim através da artéria renal, que se rami�ca progressivamente para formar as artérias: Interlobares Arqueadas Interlobulares Aferentes, que levam aos capilares glomerulares, onde a �ltração dos líquidos e dos solutos começa. Os capilares de cada glomérulo se juntam para formar uma arteríola eferente, que leva a uma segunda rede capilar, os capilares peritubulares, que circundam os túbulos. Capilares peritubulares Os capilares peritubulares se esvaziam nos vasos do sistema venoso, que correm paralelos aos vasos arteriolares, e progressivamente formam a veia: Interlobular Arqueada Interlobar Renal. A veia renal deixa o rim ao longo da artéria renal e do ureter. Os vasa recta são capilares peritubulares especializados que se estendem para o interior da medula renal e cursam paralelamente às alças de Henle. Córtex renal A parte externa do rim, o córtex renal, recebe a maioria do �uxo sanguíneo do rim e apenas 1% a 2% do total do �uxo sanguíneo renal passa pelos vasa recta, que suprem a medula renal. Duas características distintas da circulação renal são: Alta taxa de �uxo de sangue Presença de dois leitos capilares Capilares glomerulares Os capilares glomerulares �ltram grandes quantidades de líquidos e solutos. Desses, a maioria são reabsorvidos dos túbulos renais nos capilares peritubulares. Imagem: Corte do rim humano mostrando os principais vasos que fornecem o �uxo sanguíneo para os rins. Fonte: Guyton & Hall, Fundamentos da Fisiologia, 13a edição. O néfron É a unidade funcional dos rins. Podemos descrevê-lo como uma estrutura microscópica formada por corpúsculos de Malpighi, contendo o sistema tubular. Ele é composto pelo: Túbulo contorcido proximal Alça de Henle Túbulo contorcido distal Túbulo coletor. O néfron se responsabiliza pelos dois principais processos que envolvem a gênese da urina: A produção do �ltrado glomerular nos corpúsculos de Malpighi Complexo processamento deste �ltrado em seu sistema tubular. O corpúsculo de Malpighi, os túbulos contorcidos proximal e distal e a parte inicial do túbulo coletor são elementos corticais. Enquanto a alça de Henle e a maior parte dos túbulos coletores fazem parte da zona medular. Imagem: Microcirculação do néfron. Fonte: Guyton & Hall, Fundamentos da Fisiologia, 13a edição. Quais as funções dos rins? Os rins são órgãos excretores e reguladores que eliminam o excesso de água e metabólitos do organismo. Além de controlam o volume de líquidos corporais, contribuindo para a manutenção da homeostase. Dentre suas várias funções, podemos citar: Excreção de metabólitos e substâncias exógenas Produção e secreção hormonal Regulação do equilíbrio eletrolítico e ácido-base Neoglicogênese Regulação da pressão arterial Excreção de metabólitos e substâncias exógenas A excreção de metabólitos e substâncias exógenas é uma função importante dos rins no processo de �ltragem do sangue e na formação da urina. A excreção renal envolve a remoção de: Resíduos metabólicos Produtos de degradação de substâncias Toxinas e outras substâncias indesejadas do corpo. Produção e secreção hormonal Os rins também desempenham um papel na produção e secreção de hormônios que têm efeitos importantes no corpo. Dois hormônios renais notáveis são a eritropoietina e a renina. A eritropoietina é um hormônio produzido pelos rins em resposta à detecção de baixos níveis de oxigênio no sangue. A renina é uma enzima produzida pelas células justaglomerulares dos rins em resposta a vários estímulos, como a baixa pressão sanguínea ou baixos níveis de sódio. Regulação do equilíbrio eletrolítico e ácido-base Os rins regulam a excreção de íons inorgânicos, tais como: Na K Cl HCO H Ca PO + + – 3 – + 2+ 4 3- Fazendo com que as quantidades ingeridas sejam iguais as excretadas. Assim, não ocorre balanço negativo ou positivo de nenhuma delas. O pH sanguíneo ideal é em torno de 7,4 e os rins, juntamente com o fígado e com os pulmões, agem através de sistemas de tamponamento temporários ou de�nitivos para mantê-lo constante. Neoglicogênese x função renal Em situações de jejum prolongado ou diabetes mellitus descompensada, os rins são capazes de sintetizar glicose a partir de aminoácidos e outros precursores. Regulação da pressão arterial A pressão arterial (PA) depende basicamente do débito cardíaco e da resistência periférica total, e o aumento dessas duas variáveis, em um indivíduo saudável, não é capaz de alterar sua pressão arterial média a longo prazo porque os rins atuam para manter o ponto de equilíbrio da PA através do débito renal de água e sal. Caso ocorra aumento da PA, o débito renal de água e sal aumenta na tentativa de diminuí-la – as excreções de água e de sal pela urina são fenômenos denominados de diurese e natriurese pressóricas, respectivamente. Os dois mecanismos principais pelos quais os rins controlam esse débito renal de água e sal são: Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona Peptídeo natriurético atrial Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona A renina é uma enzima armazenada nas células justaglomerulares na forma de pró-renina. Quando a PA diminui, a renina é liberada e age sobre o angiotensinogênio, que é ativado e transforma-se em angiotensina I. A angiotensina I é catalisada nos vasos pulmonares e transforma-se em angiotensina II, um potente vasoconstritor que promove a vasoconstrição das artérias e a leve vasoconstrição das veias. Assim, há um aumento do retorno venoso e o bombeamento cardíaco. A angiotensina II também promove a reabsorção de sódio pelos túbulos proximais e a produção de aldosterona pelo córtex adrenal. A aldosterona provoca o aumento da reabsorção de sódio. Com isso, aumenta o volume extracelular, contribuindo para o aumento da pressão arterial. Este sistema é controlado por feedback negativo, sendo desestimulado pela redução da PA. Peptídeo natriurético atrial x função renal Esse mecanismo é antagônico ao sistema renina-angiotensina-aldosterona, pois estimula a diminuição da pressão arterial. O peptídeo natriurético atrial (PNA) é produzido pelo miócitos atriais quando o volume sanguíneo aumenta, provocando o estiramento do músculo cardíaco. O PNA promove a vasodilatação da arteríola aferente e a vasoconstrição da arteríola eferente, aumentando a taxa de �ltração glomerular. Portanto, a carga �ltrada de sódio, além de inibir a reabsorção de sódio, agem diretamente nas células do ducto coletor. Também inibe a secreção de renina e a liberação hipotalâmica de ADH, diminuindoa permeabilidade dos ductos coletores à água e aumentando o volume da urina. O aumento da ingesta de NaCl tem maior capacidade de elevar a PA do que o aumento da ingesta de água. Isso ocorre pois enquanto a água pura é eliminada pela urina por osmose quase na mesma velocidade com que é ingerida, o cloreto de sódio provoca o acúmulo de líquido extracelular. Portanto, há um aumento da reabsorção de água e a redução do volume de urina. Como a urina é formada? A primeira etapa na formação da urina é a �ltração que ocorre na cápsula glomerular, sendo um processo passivo. Caracteriza-se pela saída do �ltrado do plasma do interior do glomérulo para a cápsula e isso ocorre em virtude da alta pressão do sangue neste local. O chamado �ltrado glomerular, ou urina inicial, é livre de proteínas e assemelha-se ao plasma sanguíneo. O �ltrado resultante da etapa da �ltração apresenta substâncias que são bastante importantes para o organismo e devem ser reabsorvidas. Reabsorção A reabsorção ocorre no túbulo néfrico, principalmente nos túbulos proximais. Essa reabsorção é importante para evitar a perda excessiva de substâncias, tais como: Água Sódio Glicose Aminoácidos. Este processo é responsável por determinar como será a composição �nal da urina. https://www.sanarflix.com.br/assine/?utm_source=hub&utm_medium=hub&utm_campaign=blocoreutilizavelsanarflix&__hstc=261696338.5e030c4d6de6ccc313df27b568ee1f1a.1716688932760.1716934883290.1717098668200.3&__hssc=261696338.26.1717098668200&__hsfp=409355387 https://www.sanarflix.com.br/assine/?utm_source=hub&utm_medium=hub&utm_campaign=blocoreutilizavelsanarflix&__hstc=261696338.5e030c4d6de6ccc313df27b568ee1f1a.1716688932760.1716934883290.1717098668200.3&__hssc=261696338.26.1717098668200&__hsfp=409355387 https://www.youtube.com/watch?v=E2y7m3OSRl4