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Professor(a) Me. Fabiana Silva Botta Demizu
PSICOLOGIA
DA EDUCAÇÃO
REITORIA Prof. Me. Gilmar de Oliveira
DIREÇÃO ADMINISTRATIVA Prof. Me. Renato Valença 
DIREÇÃO DE ENSINO PRESENCIAL Prof. Me. Daniel de Lima
DIREÇÃO DE ENSINO EAD Profa. Dra. Giani Andrea Linde Colauto 
DIREÇÃO FINANCEIRA Eduardo Luiz Campano Santini
DIREÇÃO FINANCEIRA EAD Guilherme Esquivel
COORDENAÇÃO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO Profa. Ma. Luciana Moraes
COORDENAÇÃO ADJUNTA DE ENSINO Profa. Dra. Nelma Sgarbosa Roman de Araújo
COORDENAÇÃO ADJUNTA DE PESQUISA Profa. Ma. Luciana Moraes
COORDENAÇÃO ADJUNTA DE EXTENSÃO Prof. Me. Jeferson de Souza Sá
COORDENAÇÃO DO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Prof. Me. Jorge Luiz Garcia Van Dal
COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E PROCESSOS Prof. Me. Arthur Rosinski do Nascimento
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA EAD Profa. Ma. Sônia Maria Crivelli Mataruco
COORDENAÇÃO DO DEPTO. DE PRODUÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS Luiz Fernando Freitas
REVISÃO ORTOGRÁFICA E NORMATIVA Beatriz Longen Rohling 
 Carolayne Beatriz da Silva Cavalcante
 Caroline da Silva Marques 
 Eduardo Alves de Oliveira
 Jéssica Eugênio Azevedo
 Marcelino Fernando Rodrigues Santos
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Bruna de Lima Ramos
 Hugo Batalhoti Morangueira
 Vitor Amaral Poltronieri
ESTÚDIO, PRODUÇÃO E EDIÇÃO André Oliveira Vaz 
DE VÍDEO Carlos Firmino de Oliveira 
 Carlos Henrique Moraes dos Anjos
 Kauê Berto
 Pedro Vinícius de Lima Machado
 Thassiane da Silva Jacinto 
 
FICHA CATALOGRÁFICA
 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP
D381p Demizu, Fabiana Silva Botta
 Psicologia da educação / Fabiana Silva Botta Demizu
 Paranavaí: EduFatecie, 2024.
 80 p.: il. Color.
 
 1. Psicologia educacional. 2. Psicologia da aprendizagem.
 I. Centro Universitário UniFatecie. II. Núcleo de Educação a
 Distância. III. Título. 
 
 CDD: 23. ed. 370.15 
 Catalogação na publicação: Zineide Pereira dos Santos – CRB 9/1577
As imagens utilizadas neste material didático 
são oriundas do banco de imagens 
Shutterstock .
2023 by Editora Edufatecie. Copyright do Texto C 2023. Os autores. Copyright C Edição 2023 Editora Edufatecie.
O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva
dos autores e não representam necessariamente a posição oficial da Editora Edufatecie. Permitido o download da 
obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la 
de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.
https://www.shutterstock.com/pt/
3
Professor(a) Me. Fabiana Silva Botta Demizu
Sou docente na Unespar - Campus Paranavaí, atuando no curso de Pedagogia, 
além de possuir o título de Mestre em Ensino: Educação Interdisciplinar pela Unespar 
Campus Paranavaí, obtido em 2016. Atuo também como Professora do Ensino Médio no 
Sesi, no Município de Loanda, e como Tutora na Unifatecie, no município de Paranavaí.
Minha formação acadêmica inclui a graduação em Pedagogia pela Unespar Campus 
de Paranavaí, concluída em 2007, e a graduação em Ciências Biológicas pela Unipar - 
Universidade Paranaense - Campus de Paranavaí, também em 2007. Além disso, possuo 
especialização em Educação Especial Inclusiva pela Uniasselvi, concluída em 2010, e 
Especialização em Gestão Ambiental entre os Municípios pela UTFPR, finalizada em 2013.
Sou integrante ativa do Grupo de Estudos e Pesquisas Trabalho e Educação na 
Sociabilidade do Capital (GEPTESC/CNPQ/UNESPAR) desde 2016. Tenho um perfil no 
ORCID com o número 0000-0002-6737-4774.
Link do Currículo na Plataforma Lattes: http://lattes.cnpq.br/8616720476558911
AUTOR
http://lattes.cnpq.br/8616720476558911
4
Prezado aluno (a),
É com entusiasmo que damos as boas-vindas à sua jornada de exploração na 
intersecção entre Psicologia e Educação. Ao embarcar nessa trajetória, você se abrirá 
para um mundo de conhecimento que enriquecerá sua compreensão da mente humana e 
iluminará como os paradigmas psicológicos moldam a prática educacional.
Nossa apostila foi cuidadosamente elaborada para guiar você pelos principais 
tópicos, promovendo compreensão profunda e conexões significativas. Ao longo das aulas, 
exploraremos na unidade 1, os conceitos básicos dos paradigmas da Psicologia e suas 
repercussões na Educação. Mergulharemos nas bases dos paradigmas psicológicos, 
explorando conceitos como behaviorismo, cognitivismo, humanismo, psicodinâmico, 
construtivismo e sociointeracionismo. Discutiremos suas influências nas concepções sobre 
homem, sociedade e educação escolar.
Logo, na unidade 2, abordaremos teorias comportamentais que influenciam 
no ensino e aprendizagem. Sendo assim, aprofundaremos a compreensão das teorias 
cognitivas da aprendizagem e do desenvolvimento. Analisaremos processos mentais na 
aquisição de conhecimento, explorando estratégias de ensino baseadas no cognitivismo e 
avaliando sua eficácia.
Dando continuidade, na unidade 3 examinaremos as interações entre paradigmas e 
a prática educacional. Exploraremos abordagens integrativas, discutindo como influenciam 
concepções de ensino, aprendizagem e avaliação. Por fim, na última unidade refletiremos 
sobre pontos fortes e limitações de cada paradigma na educação. Abordaremos críticas 
contemporâneas e propomos abordagens pedagógicas inclusivas e eficazes.
Preparamos material rico em informações, exemplos e questões instigantes para 
estimular sua mente e nutrir sua paixão pelo aprendizado. Esperamos que esta apostila 
inspire seu conhecimento e oriente sua jornada educacional.
Estamos ansiosos para acompanhá-lo, incentivando a ativa participação, 
questionamento, reflexão e aplicação. Lembre-se de que estamos aqui para apoiá-lo.
Juntos, construiremos entendimento profundo da relação entre Psicologia e Educação, 
sua relevância na formação integral de indivíduos e contribuição para um mundo melhor.
Bons estudos!
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
5
SUMÁRIO
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
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Plano de Estudos
• Definição de paradigma e sua aplicação na Psicologia;
• Visão geral dos principais paradigmas psicológicos: behaviorismo, 
cognitivismo, humanismo, psicodinâmico, construtivismo, entre outros;
• Discussão sobre as bases teóricas, premissas e enfoques de cada 
paradigma.
Objetivos da Aprendizagem
• Definir o conceito de paradigma na Psicologia e explicar sua relevância 
para a compreensão do comportamento humano e processos mentais;• Identificar e descrever os principais paradigmas psicológicos, incluindo 
behaviorismo, cognitivismo, humanismo, psicodinâmico e construtivismo;
• Explorar como diferentes paradigmas influenciam a forma como 
os psicólogos abordam a pesquisa, a terapia e a compreensão dos 
fenômenos psicológicos.
• Discutir como cada paradigma contribui para a visão geral da 
Psicologia como um campo multidimensional.
Professor(a) Me. Fabiana Silva Botta Demizu
CONCEITOS BÁSICOS CONCEITOS BÁSICOS 
DOS PARADIGMAS DA DOS PARADIGMAS DA 
PSICOLOGIA E SUAS PSICOLOGIA E SUAS 
REPERCUSSÕES NA REPERCUSSÕES NA 
EDUCAÇÃOEDUCAÇÃO1UNIDADEUNIDADE
INTRODUÇÃO
7CONCEITOS BÁSICOS DOS PARADIGMAS DA PSICOLOGIA E SUAS REPERCUSSÕES NA EDUCAÇÃOUNIDADE 1
Nesta unidade, embarcaremos em uma jornada pelo intrigante universo dos 
paradigmas psicológicos, explorando em detalhes a sua relevância profundamente 
significativa na compreensão abrangente do comportamento humano e nos intrincados 
processos mentais que moldam nossa experiência. Os paradigmas atuam como poderosas 
lentes perceptivas que direcionam com precisão as abordagens e investigações dos 
psicólogos em relação à mente e ao comportamento. Eles exercem uma influência 
substancial na forma como abordamos a pesquisa, a terapia e a interpretação dos fenômenos 
psicológicos complexos que permeiam a experiência humana.
Assim sendo, nesta exploração nos aprofundaremos e examinaremos minuciosamente 
os principais paradigmas que moldam a psicologia contemporânea. Dentre eles, destacamos 
o behaviorismo, que foca na análise objetiva e mensurável do comportamento, o cognitivismo, 
que direciona a atenção para os processos internos de pensamento e percepção, o humanismo, 
que ressalta o potencial de autorrealização e crescimento humano, o psicodinâmico, que 
desvenda as camadas do inconsciente e suas influências e, por fim, o construtivismo, que 
enfatiza a construção ativa do conhecimento individual.
Ao nos aprofundarmos em cada paradigma, nosso objetivo é não apenas 
compreender suas bases teóricas fundamentais, mas também internalizar as premissas 
essenciais que sustentam suas estruturas conceituais. Além disso, analisaremos os 
enfoques distintos que cada paradigma adotado na análise do comportamento humano e 
dos processos mentais, oferecendo uma perspectiva rica e multifacetada para entender a 
complexidade da mente humana.
À medida que mergulhamos nessa exploração, estaremos preparados para apreciar 
a interseção dos paradigmas na pesquisa psicológica, bem como reconhecer a influência 
que cada um exerce na prática da terapia psicológica. Por fim, sairemos desta unidade com 
uma compreensão sólida e integrativa do papel vital que os paradigmas desempenham na 
configuração da visão multidimensional da psicologia, enriquecendo nossa apreciação pela 
riqueza e diversidade do comportamento humano e dos processos mentais.
DEFINIÇÃO DE PARADIGMA 
E SUA APLICAÇÃO NA 
PSICOLOGIA1
TÓPICO
8CONCEITOS BÁSICOS DOS PARADIGMAS DA PSICOLOGIA E SUAS REPERCUSSÕES NA EDUCAÇÃOUNIDADE 1
Um paradigma é um conjunto intrincado de crenças, valores e pressupostos que atua 
como uma bússola orientadora, influenciando como os indivíduos percebem e interpretam o 
mundo ao seu redor. Na esfera da psicologia, os paradigmas desempenham um papel essencial, 
moldando profundamente a maneira pela qual os psicólogos abordam a pesquisa, a terapia e 
a interpretação dos fenômenos psicológicos complexos que permeiam a experiência humana. 
Os principais paradigmas psicológicos constituem uma diversificada paleta de abordagens:
• O behaviorismo, que destaca o estudo minucioso do comportamento observável 
e quantificável, enquanto deliberadamente deixa de lado os processos mentais 
internos.
• O cognitivismo, que focaliza os intrincados processos mentais internos, 
incluindo percepção, memória e pensamento, como pilares fundamentais de 
compreensão.
• O humanismo, que ilumina a importância intrínseca da experiência subjetiva e 
a busca pela autorrealização na jornada da vida humana.
• O paradigma psicodinâmico, que lança luz sobre a influência profunda do 
inconsciente e das experiências passadas na formação da personalidade e do 
comportamento humano.
• O construtivismo, que destaca a valiosa participação do indivíduo na 
construção ativa do conhecimento e compreensão de seu entorno.
Cada um desses paradigmas apresenta suas próprias fundações teóricas distintas, 
premissas centrais e abordagens singulares na análise do comportamento humano e dos 
9CONCEITOS BÁSICOS DOS PARADIGMAS DA PSICOLOGIA E SUAS REPERCUSSÕES NA EDUCAÇÃOUNIDADE 1
processos mentais. A escolha do paradigma a ser adotado é intrinsecamente dependente 
da natureza da questão de pesquisa ou do desafio clínico em foco. Portanto, é de 
extrema importância que os psicólogos possuam um profundo conhecimento dos diversos 
paradigmas e compreendam suas implicações intrincadas para a prática profissional. Essa 
compreensão multifacetada não apenas enriquece a exploração do mundo psicológico, mas 
também enaltece a competência e sensibilidade necessárias para oferecer uma abordagem 
abrangente e eficaz aos desafios complexos que os indivíduos enfrentam.
Dando continuidade ao assunto, verificamos que dentro da psicologia 
contemporânea, os paradigmas estão em constante processo de evolução, emergindo 
como respostas críticas aos paradigmas tradicionais que os precederam. Um conjunto de 
exemplos representativos desses novos paradigmas inclui:
• Paradigma da Complexidade: Este paradigma lança um holofote sobre a 
interconexão e a interdependência inerentes aos sistemas. Ele abraça a intrincada 
complexidade do comportamento humano e dos processos mentais, reconhecendo 
a trama intricada de fatores que contribuem para nossa experiência única.
• Paradigma Transpessoal: Este paradigma destaca a dimensão espiritual e 
transcendental da experiência humana. Considera a importância fundamental 
da conexão com algo mais amplo do que o indivíduo, proporcionando um olhar 
que se estende além dos limites convencionais e explora as profundezas da 
espiritualidade.
• Paradigma Evolutivo: Sob essa abordagem, ressalta-se a relevância da 
evolução biológica e cultural na moldagem do comportamento humano e dos 
processos mentais. Reconhece-se que nossa trajetória evolutiva e o contexto 
cultural influenciam profundamente nossa psicologia e comportamento.
O que diferencia esses novos paradigmas dos antigos é a sua busca por uma 
perspectiva mais abrangente e integradora sobre o comportamento humano e os processos 
mentais. Eles abraçam a complexidade e diversidade intrínsecas à condição humana. 
Além disso, incorporam avanços científicos contemporâneos, como os insights (ideias) da 
neurociência e da biologia evolutiva, buscando integrar diversas disciplinas do conhecimento.
Logo, uma característica notável desses novos paradigmas é sua ênfase na 
espiritualidade e na conexão com algo maior do que o indivíduo. Isso pode ser interpretado 
como uma resposta à crítica direcionada aos paradigmas anteriores, que muitas vezes 
negligenciaram a dimensão espiritual da experiência humana. Nesse contexto, os novos 
paradigmas procuram preencher essa lacuna, reconhecendo a importância da espiritualidade 
como um aspecto essencial da compreensão humana.
10CONCEITOS BÁSICOS DOS PARADIGMAS DA PSICOLOGIA E SUAS REPERCUSSÕES NA EDUCAÇÃOUNIDADE 1
Como resultado, os paradigmas emergentes na psicologia contemporânea não 
apenas rompem com as limitações dos antigos, mas também proporcionam um panorama 
mais inclusivo e holístico, incorporando diversas facetas da existência humana e alinhando-
se com as percepções e descobertas mais recentes.
Dando ênfase às informações, compreendemos que dentro da psicologia ocorre 
também o processo de intercambiabilidade entre paradigmas na psicologia e este pode 
impactar a pesquisa de maneiras diversas, são:
• Limitação da Compreensão: A conversão entre paradigmas poderesultar 
em uma apreensão restrita dos fenômenos psicológicos. Cada paradigma 
possui suas próprias premissas e abordagens teóricas, dificultando a fusão de 
diferentes perspectivas e reduzindo a compreensão abrangente dos fenômenos 
examinados.
• Desafio na Comparação de Resultados: A transição entre paradigmas pode 
dificultar a comparação de resultados entre estudos distintos. Cada paradigma 
pode empregar diferentes métodos de pesquisa, medidas e conceitos-chave, 
tornando complexa a comparação e a integração dos desfechos de estudos 
realizados sob diferentes paradigmas.
• Resistência à Mudança: A tradução entre paradigmas pode encontrar 
resistência por parte de pesquisadores profundamente arraigados em um 
determinado paradigma. A alteração do paradigma pode ser percebida como 
uma ameaça à identidade profissional e à maneira como a pesquisa é conduzida, 
tornando desafiadora a adoção de novas perspectivas e abordagens.
• Fragmentação do Conhecimento: A tradução entre paradigmas pode 
ocasionar a fragmentação do conhecimento na psicologia. Cada paradigma pode 
estabelecer sua própria comunidade de pesquisadores, publicações acadêmicas 
e conferências, o que pode resultar na falta de intercâmbio e colaboração entre 
diferentes abordagens.
No entanto, a intercambiabilidade entre paradigmas também pode gerar benefícios, 
tais como a potencial integração de perspectivas diversas e a abertura para novas 
abordagens e descobertas. É fundamental que os pesquisadores estejam receptivos ao 
diálogo e à colaboração entre paradigmas, visando promover uma compreensão mais 
abrangente e fomentar o progresso do conhecimento na área da psicologia.
VISÃO GERAL DOS PRINCIPAIS PARADIGMAS 
PSICOLÓGICOS: BEHAVIORISMO, 
COGNITIVISMO, HUMANISMO, PSICODINÂMICO, 
CONSTRUTIVISMO, ENTRE OUTROS2
TÓPICO
11CONCEITOS BÁSICOS DOS PARADIGMAS DA PSICOLOGIA E SUAS REPERCUSSÕES NA EDUCAÇÃOUNIDADE 1
Uma exploração aprofundada dos principais paradigmas psicológicos oferece uma 
compreensão mais rica e detalhada das diferentes abordagens utilizadas para compreender 
o comportamento humano e os processos mentais. Cada paradigma traz consigo uma 
perspectiva única e uma estrutura teórica específica que molda a maneira como os 
psicólogos abordam a pesquisa, a terapia e a interpretação dos fenômenos psicológicos. 
Mergulhemos mais profundamente nos principais paradigmas psicológicos: behaviorismo, 
cognitivismo, humanismo, psicodinâmico e construtivismo, bem como vamos explorar 
alguns outros paradigmas notáveis.
⇒ Behaviorismo: é um dos principais paradigmas da psicologia e enfatiza 
a observação e a análise do comportamento observável e mensurável, ignorando os 
processos mentais internos. Esse paradigma acredita que o comportamento é influenciado 
por recompensas, punições e condições ambientais. O foco está na relação entre estímulo 
e resposta, com ênfase na aprendizagem por meio da associação.
O behaviorismo foi inaugurado com o artigo de John B. Watson, em 1913, intitulado 
“Psicologia: como os behavioristas a veem”. Watson tomava como objeto da psicologia 
o comportamento. O fundador do behaviorismo deu consistência à psicologia por ter um 
objeto de estudos observável e mensurável. Os experimentos dessa ciência poderiam ser 
reproduzidos em laboratório, em diferentes condições e em diferentes sujeitos. O mesmo se 
divide em duas vertentes principais: o behaviorismo metodológico e o behaviorismo radical. 
O behaviorismo metodológico, influenciado pelo trabalho de John B. Watson, enfatiza a 
12CONCEITOS BÁSICOS DOS PARADIGMAS DA PSICOLOGIA E SUAS REPERCUSSÕES NA EDUCAÇÃOUNIDADE 1
observação do comportamento e a análise dos estímulos e respostas. Já o behaviorismo 
radical, influenciado pelo trabalho de B.F. Skinner, enfatiza a análise do comportamento em 
relação ao ambiente e à história de vida do indivíduo. Para Skinner, o comportamento é um 
produto de uma série de experiências.
Behaviorismo: Teoria comportamentalista
Essa teoria tem sido criticada por sua ênfase no comportamento observável 
e mensurável, ignorando os processos mentais internos. Alguns críticos argumentam 
que essa abordagem leva a uma compreensão limitada do comportamento humano e 
dos processos mentais. No entanto, o behaviorismo também tem sido elogiado por sua 
metodologia objetiva e científica, que permite a realização de experimentos controlados e a 
obtenção de resultados precisos.
⇒ Cognitivismo: O cognitivismo, enquanto paradigma psicológico, concentra 
sua atenção nos processos mentais internos, como percepção, memória, pensamento e 
solução de problemas. Ao contrário do behaviorismo, que se concentra no comportamento 
observável, o cognitivismo visa compreender como as pessoas processam informações e 
constroem representações mentais do mundo ao seu redor.
Figuras proeminentes, como Jean Piaget e Ulric Neisser, representam e influenciam 
o cognitivismo. Este paradigma enfatiza a importância das estruturas cognitivas e da 
maneira pela qual as pessoas adquirem, armazenam e utilizam o conhecimento. Piaget, 
por exemplo, desenvolveu uma teoria do desenvolvimento cognitivo, descrevendo estágios 
sequenciais pelos quais as crianças passam enquanto constroem sua compreensão 
do mundo. Neisser, por sua vez, introduziu o termo “psicologia cognitiva” e destacou a 
relevância do processamento de informações na mente humana.
O cognitivismo desempenhou um papel significativo no desenvolvimento de teorias 
sobre aprendizagem, resolução de problemas e tomada de decisões. Reconhece que os 
processos mentais internos desempenham um papel crucial na compreensão e explicação 
do comportamento humano. Além disso, o cognitivismo tem aplicações em diversas áreas, 
como psicologia educacional, clínica e organizacional, a fim de aprimorar a compreensão e 
intervenção em questões relacionadas ao pensamento, aprendizagem e desempenho humano.
Em resumo, o cognitivismo é um paradigma concentrado nos processos mentais 
internos e na maneira como as pessoas processam e utilizam informações. Ele destaca a 
importância das estruturas cognitivas na compreensão do comportamento humano e tem 
13CONCEITOS BÁSICOS DOS PARADIGMAS DA PSICOLOGIA E SUAS REPERCUSSÕES NA EDUCAÇÃOUNIDADE 1
contribuído para o avanço do conhecimento em áreas como aprendizagem, resolução de 
problemas e tomada de decisões.
⇒ Humanismo: é um paradigma na psicologia que enfatiza a importância da 
experiência subjetiva e da autorrealização na vida humana. Ele se baseia na filosofia 
humanista, que coloca ênfase na importância da subjetividade de cada indivíduo e na 
construção do próprio significado da vida. O humanismo surgiu como uma “terceira força” 
na psicologia, em resposta às limitações percebidas do behaviorismo e do psicodinamismo.
A psicologia humanista valoriza a pessoa como um todo, considerando seus 
pensamentos, emoções, comportamentos e contexto vital. Ela enfatiza a importância da 
empatia, da não-julgamento e da não patologização na terapia. A psicologia humanista 
também destaca a importância da liberdade e da autodeterminação na vida humana.
Entre os principais teóricos do humanismo na psicologia estão Abraham Maslow, 
Carl Rogers e Rollo May. Maslow propôs uma hierarquia de necessidades humanas, que 
inclui necessidades fisiológicas, de segurança, sociais, de estima e de autorrealização. 
Rogers desenvolveu a terapia centrada no cliente, que enfatiza a importância da empatia, 
da autenticidade e da aceitação incondicional na terapia. May enfatizou a importância da 
busca de significado e propósito na vida humana.
O humanismo tem sido criticado por sua ênfase excessiva na subjetividade e 
na autorrealização, ignorando a importância do contexto social e cultural na formação 
do comportamento humano. Alguns críticos argumentam que o humanismo pode levar a 
uma compreensão limitada da diversidade humana e da complexidade do comportamento 
humano e dos processos mentais. No entanto, o humanismo tambémtem sido elogiado 
por sua abordagem centrada na pessoa e sua ênfase na liberdade e na autodeterminação.
⇒ Psicodinâmico: A abordagem psicodinâmica na psicologia está intimamente ligada 
às teorias desenvolvidas pela Teoria Psicanalítica, concentrando-se na análise dos processos 
mentais inconscientes que exercem influência sobre o comportamento humano. Central para 
a psicodinâmica é o destaque dado ao papel crucial do inconsciente e das vivências passadas 
na modelagem da personalidade e do comportamento individuais. Essa perspectiva busca a 
compreensão dos conflitos internos e das emoções reprimidas que podem estar moldando 
o comportamento presente do indivíduo. Firmemente fundamentada nas teorias pioneiras 
de Sigmund Freud, a abordagem psicodinâmica postula que o comportamento humano é 
profundamente influenciado por forças ocultas, como desejos reprimidos e traumas anteriores. 
Além de Freud, a psicodinâmica também se apoia nas contribuições de outros notáveis 
psicanalistas, incluindo Carl Jung, Alfred Adler e Melanie Klein.
14CONCEITOS BÁSICOS DOS PARADIGMAS DA PSICOLOGIA E SUAS REPERCUSSÕES NA EDUCAÇÃOUNIDADE 1
A psicodinâmica frequentemente se associa à psicoterapia psicanalítica, uma 
intervenção que visa auxiliar o indivíduo na compreensão e enfrentamento de conflitos 
internos e emoções reprimidas. Essa forma de terapia pode ser realizada individualmente 
ou em grupos e demonstra eficácia no tratamento de uma ampla gama de questões, como 
ansiedade, depressão, distúrbios alimentares e transtornos de personalidade.
Em síntese, a abordagem psicodinâmica destaca a relevância do inconsciente e 
das vivências pretéritas na configuração da personalidade e comportamento humanos. 
Sua meta é esclarecer os conflitos internos e as emoções reprimidas que possam estar 
impactando o comportamento presente, sendo frequentemente associada à prática da 
psicoterapia psicanalítica.
⇒ Socioconstrutivismo: O socioconstrutivismo de Vygotsky representa uma 
abordagem psicológica que destaca a significativa relevância da interação social e da 
cultura na formação do conhecimento. 
Vygotsky propôs que o desenvolvimento cognitivo é grandemente influenciado pelo 
ambiente social e cultural em que o indivíduo está imerso. Ele ressaltou a relevância intrínseca 
da interação social e do uso da linguagem no processo de construção do conhecimento.
O socioconstrutivismo de Vygotsky distingue-se do construtivismo de Piaget, o qual 
realça a construção individual do conhecimento. Enquanto Piaget sustentava que o indivíduo 
constrói conhecimento por meio da interação com o ambiente físico, Vygotsky enfatizava 
o papel primordial da interação social e da cultura no desenvolvimento do conhecimento.
Essa perspectiva socioconstrutivista de Vygotsky é aplicada com sucesso em diversos 
campos, como a psicologia educacional, clínica e organizacional. Ela é empregada para 
desenvolver abordagens de ensino mais eficazes, para compreender a influência da cultura 
na saúde mental e para aprimorar a comunicação e a colaboração no ambiente de trabalho.
Apesar das contribuições, o socioconstrutivismo de Vygotsky também enfrentou 
críticas pela ênfase na interação social e na cultura, em detrimento dos processos mentais 
individuais na construção do conhecimento. Alguns críticos argumentam que essa perspectiva 
pode conduzir a uma compreensão limitada da diversidade humana e da complexidade do 
comportamento humano e dos processos mentais.
Entretanto, o socioconstrutivismo de Vygotsky mantém sua influência como uma 
abordagem crucial na psicologia, especialmente no âmbito educacional. Ele continua a 
fornecer a base para o desenvolvimento de estratégias pedagógicas mais eficazes, 
incorporando a interação social e a influência cultural na construção do conhecimento.
DISCUSSÃO SOBRE AS BASES 
TEÓRICAS, PREMISSAS E 
ENFOQUES DE CADA PARADIGMA3
TÓPICO
15CONCEITOS BÁSICOS DOS PARADIGMAS DA PSICOLOGIA E SUAS REPERCUSSÕES NA EDUCAÇÃOUNIDADE 1
Os cientistas sociais operam a partir de pressupostos que norteiam a construção 
e fundamentação de suas teorias (Burrell & Morgan, 1979), de forma explícita ou 
implícita. Estes pressupostos dizem respeito à seleção de uma posição epistemológica 
coesa com uma visão específica sobre a natureza do conhecimento. A epistemologia, 
portanto, constitui um ramo da filosofia que se debruça sobre a investigação científica e 
seu produto resultante: o conhecimento científico (Bunge, 1973).
Na Psicologia, a emergência de um conhecimento científico ocorreu entre o fim 
do século XIX e o início do século XX, caracterizando-se pela diversidade e divergência 
de abordagens em relação aos fenômenos psicológicos (Filho & Martins, 2007). 
Paralelamente, a história da psicologia organizacional e do trabalho foi marcada por sua 
multidisciplinaridade e pela variedade de direções teórico-metodológicas, interagindo 
com diversos campos de conhecimento (Leão, 2012).
No contexto da psicologia organizacional e do trabalho, o campo da orientação 
profissional evoluiu, inicialmente, associado à seleção de indivíduos e centrado na 
análise estatística (Melo-Silva, Lassance & Soares, 2004). Surgiu como uma prática 
diretamente relacionada ao aprimoramento da eficiência industrial, com o propósito 
de identificar trabalhadores aptos para desempenhar atividades específicas (Sparta, 
2003). A orientação profissional ganhou forma no início do século XX, alicerçada em 
16CONCEITOS BÁSICOS DOS PARADIGMAS DA PSICOLOGIA E SUAS REPERCUSSÕES NA EDUCAÇÃOUNIDADE 1
teorias e práticas ancoradas em diversas epistemologias, principalmente nos Estados 
Unidos, posteriormente na Europa e, gradualmente, espalhando-se pelo mundo 
(Ribeiro, 2013). Tanto a origem quanto a evolução desse campo acompanham as 
transformações gradualmente ocorridas na maneira de gerenciar os indivíduos no 
ambiente organizacional (Duarte, 2006).
A partir do século XXI, o desenvolvimento da orientação profissional passou a 
enfrentar um conjunto de desafios, que culminou, inclusive, na adoção contemporânea 
de um novo termo: aconselhamento de carreira (career counseling), mais consonante 
com a compreensão atual da temática, que será abordada em seguida. A globalização e 
o avanço tecnológico contribuíram para a imprevisibilidade da carreira, demandando dos 
trabalhadores o desenvolvimento de competências substancialmente distintas daquelas 
requeridas pelas profissões do século XX. Conforme observado por Savickas et al. 
(2009), “os trabalhadores na era da informação, caracterizada pela precariedade, devem 
se tornar aprendizes contínuos, habilidosos na utilização de tecnologias avançadas e 
capazes de abraçar a flexibilidade”.
17CONCEITOS BÁSICOS DOS PARADIGMAS DA PSICOLOGIA E SUAS REPERCUSSÕES NA EDUCAÇÃOUNIDADE 1
A Psicologia Educacional tem sido aplicada em diversas áreas, como a Psicologia Clínica, a Psicologia 
Organizacional e a própria Psicologia Educacional, com o objetivo de melhorar a compreensão e a 
intervenção em questões relacionadas ao ensino e aprendizagem. Esse campo de estudo busca compreender 
o comportamento humano no ambiente educacional, aprofundando-se nos estudos das dificuldades de 
aprendizagem, como a dislalia, a dislexia e o déficit de atenção, entre outros. Esses estudos ajudam a criar 
ferramentas e estratégias que podem melhorar os processos de ensino, a forma como os professores lidam 
com os problemas de aprendizagem dos alunos, a maneira como deve ser feita a inclusão desses discentes 
e mais. Além disso, a Psicologia Educacional contribui para a formação de professores, fornecendo 
conhecimentos e estratégias que podem ser aplicados em sala de aula, visando a melhoria do processo de 
ensino e aprendizagem.
Fonte: Gonçalves (2022).
Entenda a importância da Psicologia da Educação
A Psicologia da Educação, também conhecida como Psicologia Educacional, é uma disciplina que se 
relaciona diretamente com o processo de ensino-aprendizagem em suasdiversas vertentes. Ela aborda 
a eficácia das táticas e metodologias educacionais, a eficiência dos mecanismos de ensino para crianças e 
adultos, e o funcionamento das instituições de ensino como organizações. Essa área da Psicologia é crucial 
para o sucesso educacional e deve ser desenvolvida em conjunto com os educadores.
Antes de entender a Psicologia da Educação, é importante compreender o que é a Psicologia como ciência. 
A Psicologia estuda os processos mentais e estados psicológicos, buscando compreender as condutas 
humanas e a interação dos indivíduos com o ambiente. A Psicologia possui diversas ramificações, sendo a 
Psicologia da Educação uma delas.
A Psicologia da Educação concentra-se no estudo do processo de ensino-aprendizagem em ambientes 
educacionais, incluindo intervenções necessárias e sua eficácia. Além disso, ela identifica e compreende 
obstáculos que podem dificultar a assimilação de conhecimentos, como problemas emocionais e 
dificuldades de aprendizagem, incluindo condições como dislexia e transtorno de déficit de atenção.
Fonte: Descomplica. Psicologia da educação: entenda a importância da disciplina. Disponível em: https://
descomplica.com.br/blog/psicologia-da-educacao/. Acesso em: 03 out. 2023.
https://descomplica.com.br/blog/psicologia-da-educacao/
https://descomplica.com.br/blog/psicologia-da-educacao/
18CONCEITOS BÁSICOS DOS PARADIGMAS DA PSICOLOGIA E SUAS REPERCUSSÕES NA EDUCAÇÃOUNIDADE 1
A psicologia da educação é um campo de estudos cujo objetivo é compreender 
o processo de ensino e aprendizagem em suas diversas vertentes, os mecanismos de 
aprendizagem, a eficiência e eficácia das táticas e estratégias educacionais, bem como 
o estudo do funcionamento da própria instituição escolar enquanto organização. A 
compreensão dos paradigmas psicológicos é fundamental para a psicologia da educação, 
pois cada paradigma tem suas próprias bases teóricas, premissas e enfoques na análise 
do comportamento humano e dos processos mentais.
A definição de paradigma na psicologia e sua aplicação na psicologia da educação 
são importantes para entender como diferentes paradigmas influenciam a forma como os 
psicólogos abordam a pesquisa, a terapia e a compreensão dos fenômenos psicológicos. 
A visão geral dos principais paradigmas psicológicos, incluindo behaviorismo, cognitivismo, 
humanismo, psicodinâmico e construtivismo, permite uma compreensão mais ampla e 
multidimensional da psicologia da educação.
A discussão sobre as bases teóricas, premissas e enfoques de cada paradigma é 
importante para entender como cada um deles contribui para a visão geral da psicologia 
como um campo multidimensional. A compreensão dos paradigmas psicológicos é 
fundamental para a psicologia da educação, pois permite uma análise mais aprofundada 
dos processos de ensino e aprendizagem, bem como uma compreensão mais ampla dos 
fenômenos psicológicos presentes na educação.
Em resumo, a compreensão dos paradigmas psicológicos é fundamental para a 
psicologia da educação, pois permite uma análise mais aprofundada dos processos de ensino 
e aprendizagem, bem como uma compreensão mais ampla dos fenômenos psicológicos 
presentes na educação. A psicologia da educação é um campo de estudos que tem como 
objetivo compreender o processo de ensino e aprendizagem em suas diversas vertentes, os 
mecanismos de aprendizagem, a eficiência e eficácia das táticas e estratégias educacionais, 
bem como o estudo do funcionamento da própria instituição escolar enquanto organização.
Logo mais, diante das afirmações acima, podemos concluir que em síntese, a 
familiaridade com os paradigmas psicológicos é uma peça-chave na abordagem da Psicologia 
da Educação, permitindo uma análise mais aprofundada dos processos educativos e uma 
apreensão mais holística dos fenômenos psicológicos no contexto educacional. Esse campo 
de estudo desvela-se como um catalisador na busca contínua por métodos eficazes de ensino, 
aprendizagem e compreensão das complexas dinâmicas presentes nas instituições escolares.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
19CONCEITOS BÁSICOS DOS PARADIGMAS DA PSICOLOGIA E SUAS REPERCUSSÕES NA EDUCAÇÃOUNIDADE 1
Artigo: Psicologia e educação: novas perspectivas para a educação brasileira
Resumo: O presente artigo tem como objetivo pensar a psicologia e a educação, 
refletindo ainda sobre a atual LEI Nº 13.935, que legitima a atuação do psicólogo na escola a 
partir da equipe de multiprofissionais. Os argumentos foram construídos sobre os seguintes 
questionamentos: qual a relação da psicologia na educação? Como será a atuação do 
psicólogo na escola junto a equipe de multiprofissionais? O estudo parte de uma revisão 
bibliográfica além de fomentar a reflexão sobre a nova lei.
Link da Web: https://periodicos.fclar.unesp.br/doxa/article/view/13227. 
LEITURA COMPLEMENTAR
https://periodicos.fclar.unesp.br/doxa/article/view/13227
MATERIAL COMPLEMENTAR
20CONCEITOS BÁSICOS DOS PARADIGMAS DA PSICOLOGIA E SUAS REPERCUSSÕES NA EDUCAÇÃOUNIDADE 1
FILME/VÍDEO
• Título: Como estrelas na terra.
• Sinopse: O filme tem duração de 165 minutos e é classificado 
como L (Livre). O protagonista do filme é Ishaan Awasthi, um menino 
que sofre de dislexia e é incompreendido pela família e pela escola, 
sendo vítima de preconceito e bullying. Seu destino muda quando 
o professor de artes Nikumbh consegue diagnosticar a razão da 
dificuldade de aprendizagem do menino e se esforça para motivá-
lo. O filme recebeu vários prêmios, incluindo o Filmfare Awards de 
2008 como melhor filme, melhor ator e melhor direção, além de 
ter sido premiado pelo National Film Awards. O filme foi cotado 
para ser indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2009, 
mas perdeu para o concorrente “Quem quer ser um milionário?”. 
Em 2010, os estúdios Disney investiram os direitos e distribuíram 
o filme no Reino Unido, nos Estados Unidos e na Austrália. Em 
inglês, o filme ficou conhecido como “Like stars on earth”. O elenco 
principal inclui Aamir Khan como o professor de artes e Darsheel 
Safary como Ishaan Awasthi.
• Ano de publicação: 2007.
• Direção: Aamir Khan.
LIVRO
• Título: Mentes Perigosas: o psicopata mora ao lado
• Autora: Ana Beatriz Barbosa Silva.
• Sinopse: Esse é um livro escrito pela psiquiatra e escritora 
Ana Beatriz Barbosa Silva, lançado em 2008. A obra aborda a 
caracterização e a compreensão dos psicopatas, indivíduos frios e 
perversos, que não possuem sentimentos de culpa. O livro também 
discute a relação entre a psicopatia e o Direito Penal, bem como a 
problemática do diagnóstico dessa condição.
• Ano de lançamento: 2008
• Editora: Principium.
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Plano de Estudos
• Exploração das teorias cognitivas da aprendizagem e do desen-
volvimento;
• Processos mentais envolvidos na aprendizagem: percepção, me-
mória, raciocínio;
• Estratégias de ensino baseadas no cognitivismo e sua eficácia.
Objetivos da Aprendizagem
• Descrever as principais teorias cognitivas da aprendizagem, como 
a teoria de Piaget, a teoria de Vygotsky e a teoria de Bruner;
• Comparar e contrastar as abordagens cognitivas da 
aprendizagem, destacando suas perspectivassobre o papel da 
interação social e da maturação cognitiva;
• Identificar estratégias de ensino centradas no aluno, como 
a aprendizagem baseada em problemas e a aprendizagem 
colaborativa, fundamentadas no cognitivismo.
Professor(a) Me. Fabiana Silva Botta Demizu
TEORIAS TEORIAS 
COMPORTAMENTAIS COMPORTAMENTAIS 
QUE INFLUENCIAM QUE INFLUENCIAM 
NO ENSINO E NO ENSINO E 
APRENDIZAGEMAPRENDIZAGEM
UNIDADEUNIDADE2
INTRODUÇÃO
22TEORIAS COMPORTAMENTAIS QUE INFLUENCIAM NO ENSINO E APRENDIZAGEMUNIDADE 2
No cenário educacional contemporâneo, a compreensão aprofundada das teorias 
cognitivas da aprendizagem e do desenvolvimento tornou-se fundamental para aprimorar 
os métodos de ensino e promover uma educação eficaz e significativa. Este plano de estudo 
visa explorar as complexidades dos processos mentais envolvidos na aprendizagem - 
percepção, memória e raciocínio - bem como examinar as estratégias de ensino baseadas 
no cognitivismo e sua eficácia no contexto educacional.
A compreensão das teorias cognitivas da aprendizagem é um ponto de partida 
essencial para qualquer educador ou estudioso da educação. As teorias propostas por 
figuras eminentes, como Piaget, Vygotsky e Bruner, têm influenciado de maneira profunda 
e duradoura a maneira como enxergamos o processo de aprendizagem. Este plano de 
estudo se propõe a descrever e analisar detalhadamente as principais teorias cognitivas da 
aprendizagem, explorando as nuances das perspectivas de cada teórico e suas implicações, 
na prática educacional.
Além disso, ao mergulharmos nos processos mentais subjacentes à aprendizagem 
- percepção, memória e raciocínio - buscamos desvendar os mecanismos pelos quais 
os indivíduos adquirem, processam, armazenam e aplicam conhecimento. Essa análise 
crítica nos permitirá compreender como as informações são assimiladas e transformadas 
em conhecimento duradouro, lançando luz sobre estratégias pedagógicas que podem ser 
adotadas para otimizar esse processo.
No âmago deste plano de estudo está a investigação das estratégias de ensino 
fundamentadas no cognitivismo e sua eficácia na promoção da aprendizagem significativa. 
Ao identificar e examinar abordagens como a aprendizagem baseada em problemas e a 
aprendizagem colaborativa, pretende-se oferecer uma visão abrangente das estratégias 
que colocam o aluno no centro do processo de aprendizagem. A análise crítica dessas 
estratégias permitirá avaliar seu impacto na motivação dos alunos, no desenvolvimento de 
habilidades cognitivas e na transferência de conhecimento para situações do mundo real.
Assim, este plano de estudo busca não apenas aprofundar o conhecimento sobre 
as teorias cognitivas da aprendizagem e do desenvolvimento, mas também fornecer 
ferramentas concretas para aprimorar a prática pedagógica. Ao final deste estudo, os 
participantes estarão preparados para aplicar conceitos teóricos em situações práticas de 
ensino, enriquecendo o ambiente educacional com abordagens inovadoras e fundamentadas 
no entendimento profundo dos processos cognitivos envolvidos na aprendizagem.
23TEORIAS COMPORTAMENTAIS QUE INFLUENCIAM NO ENSINO E APRENDIZAGEMUNIDADE 2
EXPLORAÇÃO DAS TEORIAS 
COGNITIVAS DA APRENDIZAGEM 
E DO DESENVOLVIMENTO1
TÓPICO
A teoria do desenvolvimento cognitivo de Piaget é uma das principais teorias 
cognitivas da aprendizagem. Jean Piaget, um psicólogo suíço, formulou essa teoria após 
anos de pesquisa empírica. Ele desenvolveu um modelo explicativo sobre o aprendizado 
baseado no conceito de “ação” e na interação ativa da criança com o mundo ao seu redor.
A teoria de Piaget é composta por quatro estágios do desenvolvimento cognitivo, 
nos quais as estruturas cognitivas se tornam cada vez mais complexas à medida que a 
criança dá significado à realidade e constrói seu próprio conhecimento. 
A teoria de Piaget enfatiza a importância da interação ativa entre a criança e o 
ambiente para o desenvolvimento cognitivo. Segundo Piaget, as crianças constroem seu 
conhecimento por meio da assimilação e acomodação, processos nos quais incorporam novas 
informações em estruturas mentais existentes e ajustam essas estruturas para acomodar as 
novas informações. É importante destacar que a teoria de Piaget representa apenas uma 
das principais abordagens cognitivas da aprendizagem. Outras teorias de relevo incluem a 
teoria sociocultural de Vygotsky e a teoria construtivista de Bruner, que também exploram o 
papel da interação social e da construção do conhecimento no processo de aprendizagem.
A falta de consciência do eu e a consciência centrada na autoridade do outro 
impossibilita a cooperação, em relação ao comum, pois este não existe. A consciência 
centrada no outro anula a ação do indivíduo como sujeito. O indivíduo submete-se às 
regras, e pratica-as em função do outro.
Segundo Piaget, os estágios podem representar a passagem para o nível da 
cooperação, quando, na relação, o indivíduo se depara com condições de possibilidades 
de identificar o outro como ele teoria de Jean Piaget descreve quatro períodos gerais de 
desenvolvimento cognitivo, que são:
24TEORIAS COMPORTAMENTAIS QUE INFLUENCIAM NO ENSINO E APRENDIZAGEMUNIDADE 2
Estágio Sensório-motor: Vai do nascimento até cerca de dois anos de idade. 
Nesse estágio, a criança interage com o mundo principalmente por meio de seus sentidos 
e ações motoras. Ela é egocêntrica, ou seja, sua perspectiva é centrada em si mesma. No 
final desse período, a criança começa a descentralizar suas ações em relação ao próprio 
corpo e a considerá-lo como um objeto entre os demais.
Estágio Pré-operacional: Vai dos dois aos seis ou sete anos de idade. Nesse 
estágio, a criança começa a usar a linguagem, símbolos e imagens mentais para organizar 
seu pensamento. No entanto, seu pensamento ainda não é reversível, ou seja, ela tem 
dificuldade em entender que certas ações podem ser desfeitas mesmo e não como si 
próprio (PIAGET, 1978).
Estágio Operacional-concreto: Inicia-se por volta dos sete ou oito anos e se 
estende até os 11 ou 12 anos. Nesse estágio, a criança desenvolve a capacidade de pensar 
de forma mais lógica e concreta. Ela também mostra uma descentração progressiva em 
relação à perspectiva egocêntrica que a caracterizava anteriormente.
Estágio Operacional-formal: Inicia-se por volta dos 11 ou 12 anos e continua 
até a idade adulta. Nesse estágio, a principal característica é a capacidade de raciocinar 
com hipóteses verbais e não apenas com objetos concretos. O adolescente, ao raciocinar, 
manipula proposições
Durante o período operacional-concreto, a criança ganha precisão no contraste e 
comparação de objetos reais e torna-se capaz, por exemplo, de predizer qual recipiente 
contém mais água.
Já na teoria de Vygotsky, também que muito destacada no âmbito da psicologia, 
compreendemos que a teoria sócio-histórica de Vygotsky oferece uma perspectiva 
profundamente enraizada na interação social e no contexto cultural como pilares essenciais 
para a aprendizagem e o desenvolvimento humanos. Essa abordagem, conforme exposta 
por Newton Duarte, se desdobra em três conceitos centrais, que revelam a complexidade 
das influências sociais no processo de crescimento intelectual:
• Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP): refere-se à distância entre o 
atual estágio de desenvolvimento de um indivíduo e o nível que ele é capaz de 
alcançar com a orientação e assistência de um tutor ou parceiro mais experiente. 
Este conceito enfatiza o potencial latente de desenvolvimento de uma pessoa, 
destacando que a aprendizagem ocorre de maneira mais eficaz quando há 
interação com alguém que possui um conhecimento mais avançado. A ZDP 
realça a importância da colaboração e do apoio mútuo na evolução cognitiva, 
ressaltando que o crescimento não é limitado ao que já foi alcançado, mas é 
ampliado pela interação social.
• Mediação: a mediação se refere ao processo pelo qual um tutor ou parceiro 
mais experiente auxilia um indivíduo a atingir um nível de desenvolvimento maisavançado. Essa mediação pode ocorrer por meio de diferentes abordagens, como 
25TEORIAS COMPORTAMENTAIS QUE INFLUENCIAM NO ENSINO E APRENDIZAGEMUNIDADE 2
instrução direta, modelagem, feedback ou outras formas de suporte. Vygotsky 
enfatiza a influência crucial que os outros têm na promoção da aprendizagem, 
destacando como a interação com mentores habilita a internalização de 
habilidades e conhecimentos que, inicialmente, estão além do alcance individual.
• Internalização: a internalização é um processo pelo qual as informações e 
habilidades adquiridas durante interações sociais são incorporadas à estrutura cognitiva 
do indivíduo. Nesse sentido, a aprendizagem deixa de ser algo externo e se torna 
parte do repertório mental do aprendiz. Esse processo possibilita a independência e 
autonomia progressivas na aprendizagem, uma vez que as habilidades internalizadas 
se tornam disponíveis para aplicação autônoma em situações diversas.
A teoria sócio-histórica de Vygotsky também ressalta o papel crucial da cultura e 
do contexto social. Conforme apontado por Duarte (2002) a cultura oferece ferramentas e 
símbolos que moldam o pensamento e a comunicação das pessoas. Além disso, o contexto 
social fornece oportunidades e desafios que estimulam o desenvolvimento. A interação com 
a cultura e o contexto social não apenas influencia o aprendizado, mas também molda 
a própria estrutura cognitiva, impulsionando a evolução intelectual e a construção de 
significado individual.
Em síntese, a teoria sócio-histórica de Vygotsky (1998) destaca a importância 
das relações sociais, do compartilhamento cultural e do suporte mútuo no processo de 
aprendizagem e desenvolvimento humano. Através da Zona de Desenvolvimento Proximal, 
da mediação e da internalização, essa abordagem ilumina como os seres humanos 
constroem conhecimento e crescem intelectualmente em colaboração com outros indivíduos 
e seu ambiente social.
Dentro dessas teorias apresentadas, temos a teoria de Bruner (1986) cuja 
formação é, psicólogo e pedagogo estadunidense, desenvolveu uma teoria do aprendizado 
construtivista conhecida como aprendizado por descoberta ou heurístico. A teoria de 
Bruner enfatiza a importância da curiosidade e da descoberta na aprendizagem, em vez 
de simplesmente transmitir informações acabadas. Segundo Bruner, o aprendizado deve 
ser um processo ativo e interativo, no qual os alunos constroem novos conhecimentos 
a partir de suas experiências anteriores e do ambiente em que estão inseridos. A teoria 
de Bruner também destaca a importância do papel do professor como guia e facilitador 
do aprendizado, fornecendo o material adequado para estimular os alunos através de 
estratégias de observação, comparação e análise de semelhanças e diferenças.
Os principais conceitos da teoria de Bruner (1986) são:
26TEORIAS COMPORTAMENTAIS QUE INFLUENCIAM NO ENSINO E APRENDIZAGEMUNIDADE 2
• Aprendizagem por descoberta: Bruner enfatiza a importância da descoberta 
ativa e da exploração por parte do aluno. Ele acredita que os alunos devem adquirir 
conhecimento por meio de uma descoberta guiada, na qual são motivados pela 
curiosidade e exploram o conteúdo de forma significativa.
• Zona de desenvolvimento proximal: assim como Vygotsky, Bruner também 
utiliza o conceito de zona de desenvolvimento proximal. Ele destaca a importância 
de identificar o nível atual de desenvolvimento de um aluno e fornecer o suporte 
adequado para que ele possa avançar para um nível mais avançado com a ajuda 
do professor ou de um parceiro mais experiente.
• Currículo em espiral: Bruner propõe um currículo em espiral, no qual os 
tópicos são revisitados em diferentes níveis de profundidade ao longo do tempo. 
Isso permite que os alunos construam uma compreensão mais completa e 
aprofundada dos conceitos, à medida que avançam em sua aprendizagem.
• Aprendizagem significativa: Bruner enfatiza a importância de tornar a 
aprendizagem significativa para os alunos. Ele acredita que os conteúdos de ensino 
devem ser apresentados em termos de problemas, relações e lacunas que os alunos 
precisam preencher, para a aprendizagem ser considerada relevante e significativa.
Esses conceitos fundamentais da teoria de Bruner têm implicações pedagógicas 
importantes, destacando a importância do papel do professor como facilitador da 
aprendizagem e do envolvimento ativo dos alunos na construção do conhecimento.
Proporcionar uma direção racional à exploração de alternativas apoia-se em duas 
considerações: o objetivo da tarefa e a importância de se verificar as alternativas para 
alcançar tal objetivo. 
Para dar direção à exploração, em resumo, o objetivo da tarefa precisa 
ser conhecido, com alguma aproximação, e a verificação das alternativas 
deverá sempre informar a posição com referência ao referido objetivo. Mas 
resumidamente ainda, a direção se apoia no conhecimento dos resultados 
das experiências de alguém, e a instrução deve mostrar-se superior à 
aprendizagem “espontânea”, ao garantir e maior grau tal conhecimento 
(BRUNER, 1973, p. 51).
Bruner (1973) apresenta uma teoria da aprendizagem como sendo estabelecida por 
regras que dispõem da melhor maneira de se obter conhecimento, e por ser apresentado desta 
forma nos possibilita analisar esse “padrão” para um lado crítico. Ela é apresentada de forma 
normativa, uma vez que estipula certos critérios a serem atendidos, e o mesmo deve apresentar 
critérios abrangentes que possam ser trabalhados com os diversos currículos de ensino.
27TEORIAS COMPORTAMENTAIS QUE INFLUENCIAM NO ENSINO E APRENDIZAGEMUNIDADE 2
PROCESSOS MENTAIS ENVOLVIDOS 
NA APRENDIZAGEM: PERCEPÇÃO, 
MEMÓRIA, RACIOCÍNIO2
TÓPICO
Os processos mentais envolvidos na aprendizagem, de acordo com a psicologia 
da educação, incluem percepção, memória e raciocínio. A percepção é o processo pelo 
qual os indivíduos interpretam e dão significado às informações sensoriais que recebem 
do ambiente. A memória é a função cognitiva que nos permite codificar, armazenar e 
recuperar informações do passado. É um processo básico para a aprendizagem, pois é 
o que nos permite criar um sentido de identidade. O raciocínio é o processo pelo qual os 
indivíduos usam informações e conhecimentos para chegar a uma conclusão ou solução 
de um problema. Esses processos cognitivos trabalham juntos para ajudar os indivíduos a 
aprender e a compreender novas informações. A atenção é fundamental no processamento 
de um estímulo ou atividade que se converterá em conhecimento. Logo, é indispensável 
para a regulação dos demais processos cognitivos, da percepção à aprendizagem, e, 
consequentemente, para o desenvolvimento cognitivo.
Assim, a percepção é um processo fundamental na aprendizagem, pois é através 
dela que os indivíduos interpretam e dão significado às informações sensoriais que recebem 
do ambiente. A seguir, são apresentadas algumas maneiras pelas quais a percepção 
influencia a aprendizagem:
Seleção de informações: a percepção ajuda os indivíduos a selecionar as 
informações mais relevantes do ambiente, filtrando aquelas que são menos importantes. 
Isso é importante para a aprendizagem, pois permite que os alunos se concentrem nas 
informações mais relevantes e significativas.
28TEORIAS COMPORTAMENTAIS QUE INFLUENCIAM NO ENSINO E APRENDIZAGEMUNIDADE 2
Interpretação de informações: A percepção também ajuda os indivíduos a interpretar 
as informações que recebem do ambiente. A interpretação é influenciada pelas experiências 
anteriores e pelas expectativas, o que pode afetar a forma como os alunos entendem e 
interpretam as informações.
• Motivação: A percepção do aluno sobre a importância de estudar pode ter 
uma influência significativa no desenvolvimento de sua aprendizagem. Se o 
aluno percebe que a informação é relevante e significativa, ele pode estar mais 
motivado a aprender e a se engajar na atividade.
• Atenção: A percepção também está relacionada à atenção, que é fundamental 
para a aprendizagem.A atenção permite que os alunos se concentrem nas 
informações relevantes e ignorem as distrações, o que pode melhorar a retenção 
e a compreensão das informações.
Em resumo, a percepção é um processo fundamental na aprendizagem, pois 
ajuda os alunos a selecionar, interpretar e dar significado às informações que recebem do 
ambiente. A percepção também pode influenciar a motivação e a atenção dos alunos, o que 
pode afetar a forma como eles aprendem e retêm as informações.
A motivação desempenha um papel fundamental na busca pelo aprendizado e no 
contínuo desenvolvimento. Ela é a força que impulsiona o desejo de adquirir conhecimento, 
estimulando a ação e direcionando o pensamento. O rendimento escolar frequentemente 
encontra explicação na motivação do indivíduo, já que esta influencia a qualidade das 
estratégias utilizadas para aprender.
No entanto, é comum observar um desinteresse em aprender, uma realidade que afeta 
uma considerável parcela dos alunos, independentemente do tipo de escola frequentada. 
Esse desinteresse muitas vezes advém da percepção da aprendizagem como algo árduo, 
cansativo e frustrante. A educação formal, por vezes, mantém-se presa a um modelo que 
visa transmitir uma visão específica de mundo e valores, transmitida através de currículos 
que nem sempre são adaptados aos variados estilos de personalidade, cognição e métodos 
de aprendizado, resultando na desmotivação dos estudantes pelo processo educacional.
A influência positiva do autoconceito sobre o rendimento escolar merece destaque. O 
autoconceito, compreendido como a percepção que alguém possui sobre si mesmo, atua como 
um impulsionador da aprendizagem. Um aluno que possui um autoconceito positivo demonstra 
interesse nas tarefas a serem realizadas, valoriza seus avanços, transita da insegurança para 
a segurança, da dependência para a independência, e da ansiedade para a tranquilidade.
Logo, associada ao autoconceito está a autoestima, que surge a partir das 
experiências passadas e da história pessoal do aluno. A autoestima, intimamente 
29TEORIAS COMPORTAMENTAIS QUE INFLUENCIAM NO ENSINO E APRENDIZAGEMUNIDADE 2
ligada à aprendizagem, auxilia o estudante a superar desafios pessoais, desenvolver a 
responsabilidade, conquistar autonomia, fomentar a socialização e criar expectativas 
positivas para a jornada educativa.
Outro aspecto relevante é a influência da ansiedade, que pode se manifestar de 
forma positiva ou negativa, dependendo de sua intensidade e manifestação. Enquanto a 
ansiedade pode motivar a busca pelo estudo, visando uma recompensa positiva, como 
a aprovação, também pode dificultar a aplicação dos conhecimentos e a resolução de 
problemas, podendo levar a resultados negativos, como a reprovação.
A memória, que se conecta intrinsecamente à aprendizagem, desempenha um 
papel contínuo nesse processo. Cada novo conceito ou comportamento adquirido modifica 
as estruturas mentais, e a memória prévia é fundamental para associar essas novas 
informações, expandindo o repertório de conhecimento, conceitos e habilidades.
Não se restringindo apenas a fatores pessoais, as dificuldades socioeconômicas 
enfrentadas pelos alunos exercem uma influência direta em seu desempenho escolar. 
Famílias que enfrentam dificuldades financeiras podem vivenciar carência alimentar, afetiva 
e educacional. Pais com níveis educacionais mais baixos podem encontrar dificuldades para 
auxiliar seus filhos nos estudos, faltando estímulos adequados para uma aprendizagem eficaz.
Além disso, desafios acadêmicos e institucionais também são obstáculos a serem 
considerados. Alunos com necessidades educacionais especiais podem enfrentar obstáculos 
em um sistema muitas vezes desprovido de adaptações curriculares, prejudicando seu 
progresso. O ambiente de sala de aula, por sua vez, exige professores preparados para 
lidar com conflitos e promover relações saudáveis entre os alunos. A qualidade da avaliação 
também deve ser valorizada, priorizando aspectos qualitativos em relação aos quantitativos, 
enquanto as estratégias de ensino devem ser compatíveis com as capacidades individuais.
A percepção é um fator importante no processo educacional, influenciando diversos 
aspectos da aprendizagem dos alunos. A percepção pode afetar a seleção e a interpretação 
de informações, a aplicação, a atenção e a interação com o professor e o ambiente escolar. 
Além disso, a percepção pode influenciar a compreensão, que é fundamental para uma 
aprendizagem significativa, e depende da interpretação pessoal do mundo. 
Assim, compreendemos que a atenção é um processo cognitivo que permite aos 
alunos se concentrarem nas informações relevantes e ignorar as distrações, o que pode 
melhorar a retenção e a compreensão das informações. Assim sendo, o professor tem a 
responsabilidade de mediar o processo de aprendizagem e instruir o aluno sobre como 
utilizar estratégias de aprendizagem aprimoradas em função do material que tem em mãos. 
30TEORIAS COMPORTAMENTAIS QUE INFLUENCIAM NO ENSINO E APRENDIZAGEMUNIDADE 2
É importante levar em conta as aspirações, sonhos, medos e dúvidas dos alunos, 
pois a aprendizagem é o alicerce para o desenvolvimento integral de um indivíduo. Para 
aprender, é necessário ter capacidades, habilidades e competências, além de saber como 
planejar a conduta, selecionar os estímulos, separar os aspectos relevantes dos irrelevantes 
e manter o foco da atenção. 
Porém, a percepção é um processo mental de interpretação e dá significado a uma 
sensação ou objeto, e propicia a construção do conhecimento. É importante ressaltar que 
as informações apresentadas neste texto foram baseadas em diversas fontes, incluindo 
artigos científicos e livros de autores reconhecidos na área de estudo, além de saber 
como planejar a conduta, selecionar especificamente os estímulos, separar os aspectos 
relevantes dos irrelevantes e manter o foco da atenção. 
De acordo com o supracitado, a percepção é um processo mental de interpretação 
e dá significado a uma sensação ou objeto, e propicia a construção do conhecimento. 
É importante ressaltar que as informações apresentadas neste texto foram baseadas em 
diversas fontes, incluindo artigos científicos e livros de autores reconhecidos na área de 
estudo, além de saber como planejar a conduta, selecionar especificamente os estímulos, 
separar os aspectos relevantes dos irrelevantes e manter o foco da atenção.
Concluímos que, a percepção é um processo mental de interpretação e dá significado 
a uma sensação ou objeto, e propicia a construção do conhecimento. É importante ressaltar 
que as informações apresentadas neste texto foram baseadas em diversas fontes, incluindo 
artigos científicos e livros de autores reconhecidos na área de estudo.
Em resumo, o rendimento escolar alcançará patamares satisfatórios quando o aluno 
perceber o propósito da educação, valorizar o aprendizado, autogerenciar seu processo de 
aprendizagem e ser reconhecido como um ser social, com suas habilidades, limitações 
e necessidades. Um ambiente motivador, adaptado e compreensivo contribuirá para um 
desenvolvimento integral, potencializando a jornada educativa e proporcionando resultados 
mais gratificantes.
31TEORIAS COMPORTAMENTAIS QUE INFLUENCIAM NO ENSINO E APRENDIZAGEMUNIDADE 2
ESTRATÉGIAS DE ENSINO 
BASEADAS NO COGNITIVISMO 
E SUA EFICÁCIA3
TÓPICO
Existem diversas estratégias de ensino baseadas no cognitivismo que podem ser 
eficazes para melhorar a aprendizagem dos alunos. Algumas dessas estratégias incluem:
• Ensino explícito: O ensino explícito envolve a apresentação clara e direta das 
informações, com ênfase na compreensão e na retenção. Essa estratégia pode 
ser eficaz para ajudar os alunos a adquirir novos conhecimentos e habilidades.
• Aprendizagem baseada em problemas: A aprendizagem baseada em problemas 
é uma estratégia que envolve a apresentação de um problema ou desafio para 
os alunos resolverem. Essa estratégiapode ser eficaz para ajudar os alunos a 
desenvolver habilidades de resolução de problemas e pensamento crítico.
• Aprendizagem colaborativa: A aprendizagem colaborativa envolve a interação 
entre os alunos para alcançar um objetivo comum. Essa estratégia pode ser eficaz 
para ajudar os alunos a desenvolver habilidades sociais e de comunicação, além 
de promover a compreensão e a retenção das informações.
• Metacognição: A metacognição envolve a reflexão sobre o próprio processo 
de aprendizagem. Essa estratégia pode ser eficaz para ajudar os alunos a 
desenvolver habilidades de autorregulação e a compreender melhor como eles 
aprendem.
• Infusão curricular: A infusão curricular envolve a incorporação de estratégias de 
aprendizagem cognitivas em todas as áreas do currículo. Essa estratégia pode 
ser eficaz para ajudar os alunos a desenvolver habilidades de aprendizagem em 
todas as áreas do conhecimento.
32TEORIAS COMPORTAMENTAIS QUE INFLUENCIAM NO ENSINO E APRENDIZAGEMUNIDADE 2
Essas estratégias de ensino baseadas no cognitivismo podem ser eficazes para 
melhorar a aprendizagem dos alunos, mas é importante lembrar que cada aluno é único 
e pode responder de maneira diferente a diferentes estratégias. É importante que os 
educadores estejam cientes das necessidades e habilidades individuais de seus alunos e 
adaptem suas estratégias de ensino de acordo.
Ganda (2016) classifica as intervenções em estratégias de aprendizagem segundo o 
formato e o conteúdo. Quanto ao formato, elas podem ocorrer por meio da infusão curricular, 
incorporando-se ao contexto de uma disciplina específica, ou através de sobreposição 
em horários extraclasses. As atividades podem ser integradas ou não ao currículo. Em 
relação ao conteúdo, as intervenções podem ser específicas, focando em estratégias de 
um conteúdo em particular, ou gerais, permitindo a aplicação das estratégias em diversos 
tipos de conteúdos e atividades.
Para Rosário e Polydoro (2014), a implementação de intervenções utilizando o 
método de infusão curricular é considerada eficaz. Isso ocorre porque os professores podem 
instruir sobre estratégias de aprendizagem dentro de suas próprias disciplinas, ajustando-
as às demandas e necessidades das tarefas e conteúdos específicos, fomentando a 
autorregulação em um contexto realista. Ademais, essa abordagem facilita a participação 
dos estudantes e sua presença nas sessões de intervenção, além de não acarretar custos 
para a sua realização.
As intervenções em estratégias de aprendizagem têm sido objeto de estudos que 
avaliam sua eficácia e impacto na promoção da autorregulação da aprendizagem. Essas 
intervenções são baseadas em diferentes áreas de investigação, como a psicologia cognitiva 
e a teoria sociocognitiva.
Alguns estudos têm demonstrado a influência positiva dessas intervenções no 
uso das estratégias de aprendizagem por estudantes em diferentes níveis de ensino. Por 
exemplo, pesquisas mostram que as estratégias cognitivas e metacognitivas, como repetição, 
elaboração, organização e pensamento crítico, podem ser avaliadas e desenvolvidas por 
meio dessas intervenções.
Além disso, a influência dos pares na aprendizagem também é considerada. O 
processo de aprendizagem ocorre por meio de interações entre as pessoas, e as atitudes e 
comportamentos dos colegas podem afetar a motivação e o desempenho dos alunos.
Outros fatores que interferem na aprendizagem, como a mediação do professor e 
o uso adequado das estratégias de aprendizado, também são considerados relevantes. No 
contexto do ensino superior, intervenções em autorregulação da aprendizagem têm sido 
realizadas, resultando em melhorias no conhecimento sobre as estratégias de aprendizagem 
e no desempenho dos alunos.
33TEORIAS COMPORTAMENTAIS QUE INFLUENCIAM NO ENSINO E APRENDIZAGEMUNIDADE 2
Podemos concluir que, as intervenções em estratégias de aprendizagem têm 
sido estudadas em diferentes contextos e níveis de ensino, demonstrando sua eficácia 
na promoção da autorregulação da aprendizagem. Essas intervenções podem envolver o 
ensino de estratégias específicas dentro de disciplinas específicas ou a generalização de 
estratégias para diferentes conteúdos e atividades.
A Teoria Cognitiva emergiu nos Estados Unidos durante as décadas de 1950 e 1960 
como uma resposta crítica ao Comportamentalismo. Este último concebia a aprendizagem 
como um resultado do condicionamento dos indivíduos mediante estímulos e respostas.
O termo “cognição” engloba um conjunto de capacidades mentais essenciais para 
a construção do conhecimento acerca do mundo. Os processos cognitivos abrangem 
habilidades relacionadas ao desenvolvimento do pensamento, raciocínio, linguagem, 
memória, abstração e mais. Estes processos têm início desde a infância e possuem vínculos 
diretos com a aprendizagem.
De acordo com proeminentes teóricos cognitivistas, incluindo figuras notáveis como 
Piaget, Wallon e Vygotsky, é crucial compreender a atuação do indivíduo no processo de 
construção do conhecimento. Apesar das diferenças existentes entre suas teorias, todos 
buscaram compreender como a aprendizagem ocorre em relação às estruturas mentais do 
sujeito e quais são as etapas necessárias para a aquisição de novos conhecimentos.
Os processos cognitivos desempenham um papel crucial na exploração dos 
mecanismos mentais que viabilizam a edificação do conhecimento. Entre esses processos, 
ressaltam-se alguns dos principais envolvidos na aprendizagem:
A percepção é o processo que guia a interpretação e organização das informações 
sensoriais, vindas do ambiente.
A memória assume a responsabilidade pela codificação, armazenamento e 
recuperação das informações.
O raciocínio se materializa na aplicação da lógica e do pensamento crítico para 
resolver problemas e tomar decisões.
Por meio da linguagem, ocorre a expressão de ideias e a compreensão do entorno 
por meio de comunicação verbal e escrita. A atenção dirige o foco, selecionando informações 
relevantes para a tarefa em questão. A abstração capacita a identificação de padrões e 
conceitos gerais a partir de informações particulares.
Diante de todas as informações supracitadas, concluímos que a apreensão destes 
processos cognitivos é de extrema relevância para o delineamento de estratégias de ensino 
eficazes, que viabilizem a construção de conhecimento significativo a partir do conhecimento 
preexistente. Adicionalmente, é imprescindível considerar os elementos capazes de exercer 
influência positiva ou negativa sobre a aprendizagem, incluindo fatores sociais, econômicos, 
físicos e mentais.
34TEORIAS COMPORTAMENTAIS QUE INFLUENCIAM NO ENSINO E APRENDIZAGEMUNIDADE 2
O papel desempenhado pelos profissionais da educação é de extrema importância não só para formação 
e alfabetização dos alunos, mas, para seu desenvolvimento educacional. O que muitos não sabem é que a 
psicologia pode atuar em conjunto com os professores para auxiliar o progresso dos alunos (as) e melhorar 
sua forma de aprendizagem, principalmente de quem possui algumas dificuldades em sala de aula.
Fonte: http://www.imontepascoal.com/noticias/22032021/a-psicologia-para-a-pedagogia-saiba-qual-e-a-importancia/
A Psicologia da Aprendizagem é uma vertente destacada na psicologia, concentrando-se na análise de como 
os indivíduos, especialmente durante a infância, adquirem conhecimento. Este campo de estudo explora 
os processos utilizados para assimilar informações e desenvolver pensamento e expressão próprios. Em 
cursos dedicados a essa área, como os de Psicologia da Aprendizagem, alunos, professores e profissionais da 
Educação aprimoram a compreensão dos estágios de captação de informações. Esse conhecimento beneficia 
a interação entre educadores, conteúdo e alunos, facilitando a assimilação do material em sala de aula. 
Importante ressaltar que a Psicologia da Aprendizagem não se limita ao aprendizado formal em escolas, 
abrangendo também dados do cotidiano. Compreender como o cérebroarmazena informações facilita a 
aprendizagem de novas tecnologias ou tarefas no ambiente de trabalho. Essa disciplina é essencial em diversos 
cursos de graduação e beneficia profissionais envolvidos na educação. Realizar cursos livres nesse campo 
pode ser especialmente valioso para universitários e profissionais de diferentes áreas do conhecimento.
Fonte: https://www.primecursos.com.br/blog/saiba-sobre-psicologia-aprendizagem/.
http://www.imontepascoal.com/noticias/22032021/a-psicologia-para-a-pedagogia-saiba-qual-e-a-importancia/
https://www.primecursos.com.br/blog/saiba-sobre-psicologia-aprendizagem/
35TEORIAS COMPORTAMENTAIS QUE INFLUENCIAM NO ENSINO E APRENDIZAGEMUNIDADE 2
Considerando as pesquisas contemporâneas sobre intervenções em estratégias 
de aprendizagem, torna-se evidente que a exploração das teorias cognitivas do 
aprendizado e desenvolvimento, assim como a análise dos processos mentais subjacentes 
à aprendizagem, incluindo percepção, memória e raciocínio, desempenham um papel 
fundamental na promoção da autorregulação da aprendizagem. Além disso, as estratégias 
de ensino fundamentadas no cognitivismo têm demonstrado serem eficazes para aprimorar 
a aprendizagem dos estudantes em variados níveis de educação.
As intervenções voltadas para estratégias de aprendizagem podem ser 
implementadas através de uma variedade de formatos. A abordagem de infusão curricular, 
incorporada ao contexto de disciplinas específicas, bem como a sobreposição, conduzida 
em horários extraclasses, figuram como possibilidades. Tais intervenções podem se 
desdobrar tanto em âmbito específico, focando em estratégias relacionadas a conteúdos 
particulares, quanto em âmbito geral, possibilitando a transferência das estratégias para 
distintos conteúdos e atividades.
No que diz respeito aos resultados esperados de uma intervenção em estratégias de 
aprendizagem, destacam-se diversas metas a serem atingidas. Espera-se um incremento 
na frequência de utilização das estratégias de aprendizagem pelos alunos, uma elevação no 
desempenho escolar dos estudantes enfrentando dificuldades de aprendizagem, bem como 
a ampliação do conhecimento acerca das estratégias de aprendizagem entre os alunos. 
Ademais, almeja-se o aprimoramento da autorregulação da aprendizagem, o fortalecimento 
da motivação e interesse dos alunos pelo processo de aprendizagem, a construção de 
habilidades de resolução de problemas e pensamento crítico, o desenvolvimento de 
proficiências sociais e de comunicação, e a melhoria geral na compreensão e retenção das 
informações assimiladas.
Obrigada por fazer parte dessa trajetória. Continue aqui. Aguardo você na próxima 
unidade. Até lá.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
36TEORIAS COMPORTAMENTAIS QUE INFLUENCIAM NO ENSINO E APRENDIZAGEMUNIDADE 2
CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA À EDUCAÇÃO BÁSICA E O PROBLEMA 
DA PSICOLOGIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO: UMA REVISÃO NARRATIVA
Resumo: O lugar ocupado historicamente pelas teorias psicológicas acabou 
por produzir o processo de psicologização da educação, ou seja, quando problemas 
educacionais são reduzidos, quase exclusivamente, a problemas psíquicos individuais 
ou familiares. Assim, a Psicologia acabou estabelecendo um percurso de legitimação de 
práticas adaptacionistas e de exclusão que, contemporaneamente, vem sendo repensado 
por teorias que buscam inserir o social como pilar importante a sustentar as explicações 
de problemas relacionados à aprendizagem e à educação. Por meio de uma pesquisa de 
revisão bibliográfica narrativa, busca-se repensar sobre as reais contribuições da atuação 
da Psicologia ao campo da Educação Básica considerando o fenômeno da psicologização 
da educação. Entende-se que a Psicologia só poderá contribuir a esta esfera da educação 
se fortalecer, através de um olhar crítico sobre suas teorias e práticas, um modo pensar e 
de operar que procure romper com sua história de psicologização e de adaptação social.
Palavras-chave: Psicologia. Psicologizacão. Educação.
Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/
download/8652472/18978/46578.
LEITURA COMPLEMENTAR
https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/download/8652472/18978/46578
https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/download/8652472/18978/46578
37TEORIAS COMPORTAMENTAIS QUE INFLUENCIAM NO ENSINO E APRENDIZAGEMUNIDADE 2
MATERIAL COMPLEMENTAR
FILME/VÍDEO
• Título: Nise: O coração da loucura.
• Ano: 2015.
• Sinopse: Nos anos 1950, uma psiquiatra contrária aos tratamentos 
convencionais de esquizofrenia da época é isolada pelos outros 
médicos. Inconformada com o tratamento de esquizofrênicos à base 
de eletrochoques e lobotomia, Nise revolucionou o atendimento 
psiquiátrico. Seu método obteve reconhecimento internacional. Ela 
então assume o setor de terapia ocupacional, onde inicia uma nova 
forma de lidar com os pacientes, pelo amor e a arte.
• Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=-m4F6HA1gyE.
LIVRO
• Título: Psicologia da Educação: Teoria, Investigação e Aplicação.
• Autor: Feliciano H. Veiga.
• Sinopse: o livro oferece uma visão abrangente da psicologia da 
educação, discutindo teorias, métodos de pesquisa e aplicações 
práticas no contexto educacional. O autor explora os contributos 
da psicologia para a educação, principalmente para as funções 
desempenhadas por professores e psicólogos, derivados das 
teorias, investigações e experiências. O livro aborda temas como 
desenvolvimento cognitivo, motivação, aprendizagem, diferenças 
individuais e necessidades de aprendizagem. O objetivo é 
fornecer conhecimentos resultantes de teorizações, pesquisas e 
experiências sobre o fenômeno do desenvolvimento de crianças, 
jovens e adultos no contexto educacional. A obra de Feliciano 
H. Veiga é uma referência na área da psicologia da educação, 
oferecendo aos leitores uma compreensão aprofundada dos 
processos psicológicos envolvidos na aprendizagem e no ensino, 
bem como estratégias práticas para melhorar o desempenho dos 
alunos e promover um ambiente educacional mais eficaz.
• Ano de lançamento: 2013.
• Editora: Climepsi.
https://www.youtube.com/watch?v=-m4F6HA1gyE
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
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Plano de Estudos
• A psicologia genética de Henri Wallon: fundamentos teórico-
metodológicos, concepções do desenvolvimento (afetivo, motor, 
cognitivo e pessoal), implicações para a educação;
• Contribuições da psicanálise de Sigmund Freud à análise do processo 
educativo: processos inconscientes na construção do saber;
• Psicologia, psicanálise e adolescência.
Objetivos da Aprendizagem
• Compreender os fundamentos teórico-metodológicos da psicologia 
genética de Henri Wallon e sua abordagem única para o estudo do 
desenvolvimento humano;
• Explorar as principais contribuições da psicanálise de Sigmund Freud 
no contexto educacional, enfatizando como seus conceitos podem 
enriquecer a compreensão do processo de ensino e aprendizagem;
• Analisar os conceitos psicanalíticos pertinentes à adolescência, como 
identidade, conflitos psicológicos e formação da personalidade, e 
como eles podem ser aplicados na compreensão do comportamentoe 
das emoções dos adolescentes.
Professor(a) Me. Fabiana Silva Botta Demizu
CORRENTES CORRENTES 
TEÓRICAS DA TEÓRICAS DA 
PSICOLOGIA PSICOLOGIA 
E O CAMPO E O CAMPO 
EDUCACIONALEDUCACIONAL
UNIDADEUNIDADE3
39CORRENTES TEÓRICAS DA PSICOLOGIA E O CAMPO EDUCACIONALUNIDADE 3
INTRODUÇÃO
No vasto campo da educação, o estudo das teorias psicológicas e psicanalíticas 
têm desempenhado um papel fundamental na compreensão das complexidades 
inerentes ao processo educativo. Cada indivíduo traz consigo um mundo interno rico 
em experiências, emoções e percepções, moldando assim sua jornada de aprendizado. 
Neste plano de estudo, embarcaremos em uma exploração profunda e enriquecedora 
de três áreas cruciais: a psicologia genética de Henri Wallon, as contribuições da 
psicanálise de Sigmund Freud à análise do processo educativo e a interseção entre a 
psicologia, a psicanálise e a fase crucial da adolescência.
No primeiro momento, mergulharemos nos fundamentos teórico-metodológicos 
da psicologia genética de Henri Wallon. Compreenderemos como sua abordagem única 
desvenda as múltiplas dimensões do desenvolvimento humano, incluindo o afetivo, o 
motor, o cognitivo e o pessoal. Ao desvelar os conceitos centrais da teoria de Wallon, 
exploraremos de que maneira sua perspectiva inovadora lança luz sobre a formação 
e a evolução das capacidades humanas. Além disso, consideramos como esses 
fundamentos teóricos se traduzem em práticas educacionais concretas, permitindo-nos 
discernir suas implicações e potenciais na promoção de ambientes de aprendizado 
enriquecedores.
Em seguida, direcionamos nosso olhar para as contribuições ímpares da 
psicanálise de Sigmund Freud no contexto educacional. Exploraremos a influência 
das forças inconscientes na construção do conhecimento, desvendando as complexas 
camadas que moldam as interações entre educadores e educandos. Ao analisar 
como a psicanálise pode enriquecer nossa compreensão do processo de ensino e 
aprendizagem, revelaremos os segredos subjacentes às dinâmicas emocionais e 
interpessoais que permeiam a sala de aula.
Por fim, adentramos na fase intrigante da adolescência, onde a psicologia, 
a psicanálise e a educação se entrelaçam de maneira intrigante. Exploraremos os 
conceitos psicanalíticos relevantes para essa fase de transição, como identidade, 
conflitos psicológicos e formação da personalidade. Ao analisar como esses 
40CORRENTES TEÓRICAS DA PSICOLOGIA E O CAMPO EDUCACIONALUNIDADE 3
conceitos podem ser aplicados na compreensão das emoções e comportamentos dos 
adolescentes, desvendaremos os elementos-chave que compõem essa fase crucial de 
desenvolvimento.
Nossos objetivos de aprendizagem são ambiciosos e gratificantes. Com o intuito 
de iluminar nossa jornada, nos propomos a compreender os fundamentos teóricos da 
psicologia genética de Wallon, explorar as valiosas contribuições da psicanálise de 
Freud para a educação e analisar de maneira abrangente os conceitos psicanalíticos 
pertinentes à adolescência. Ao concluir este plano de estudo, estaremos equipados 
não apenas com um conhecimento enriquecedor, mas também com insights práticos 
que enriqueceram nossa abordagem ao ensinar e aprender, destacando a importância 
da mente humana na educação.
Juntos, exploraremos novos horizontes do conhecimento e desvendaremos os 
intrincados caminhos da psicologia, psicanálise e educação. Sua presença é fundamental 
para enriquecer ainda mais nossa jornada educativa. Esteja conosco enquanto 
mergulhamos nas profundezas dessas áreas fascinantes e compartilhamos insights 
valiosos que moldaram nossa compreensão do processo educativo. Aguardamos com 
entusiasmo a oportunidade de aprender, crescer e explorar em conjunto.
A PSICOLOGIA GENÉTICA DE HENRI WALLON: 
FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS E 
CONCEPÇÕES DO DESENVOLVIMENTO (AFETIVO, 
MOTOR, COGNITIVO E PESSOAL), IMPLICAÇÕES 
PARA A EDUCAÇÃO1
TÓPICO
41CORRENTES TEÓRICAS DA PSICOLOGIA E O CAMPO EDUCACIONALUNIDADE 3
A teoria psicogenética de Henri Wallon, fundamentada em sólidos alicerces teórico-
metodológicos, concebe o indivíduo como um sujeito histórico e social, cujo desenvolvimento 
abrange os campos funcionais afetivo, motor, cognitivo e pessoal. Wallon, notável filósofo 
e psicólogo, forjou sua teoria na psicogênese, aninhando-a na corrente epistemológica 
materialista histórica e dialética.
A síntese psicogenética de Wallon entrelaça harmoniosamente afetividade 
e inteligência, enfatizando as alternâncias funcionais como pilares do progresso da 
personalidade. Essa evolução, contudo, não segue uma trajetória linear, mas se manifesta 
por meio de interrupções e superposições dinâmicas.
As reverberações da teoria walloniana reverberam profundamente no âmbito 
educacional, ao iluminar a necessidade de enxergar o indivíduo em sua plenitude e fomentar 
a integração entre afetividade e cognição no contexto do ensino-aprendizagem. Ademais, a 
teoria ressalta a importância de honrar as particularidades de cada sujeito e de considerar 
o contexto histórico e social que o circunda. Nesse sentido, a teoria psicogenética de 
Wallon ergue-se como um farol, guiando a construção de abordagens pedagógicas mais 
compassivas, abrangentes e contextualmente sensíveis.
Assim, os campos funcionais da teoria de Henri Wallon são:
Afetividade: Refere-se às emoções, sentimentos e relações afetivas do indivíduo. 
Wallon considerava a afetividade como um aspecto fundamental no desenvolvimento 
humano, influenciando a forma como o sujeito se relaciona com o mundo e com os outros.
42CORRENTES TEÓRICAS DA PSICOLOGIA E O CAMPO EDUCACIONALUNIDADE 3
Movimento: Envolve as ações motoras e a motricidade do indivíduo. Wallon 
entendia que o movimento é essencial para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social, 
pois através das experiências motoras o sujeito explora o ambiente e interage com ele.
Inteligência: Refere-se às capacidades cognitivas e intelectuais do indivíduo. 
Wallon acreditava que a inteligência não pode ser separada da afetividade e do movimento, 
pois o desenvolvimento cognitivo ocorre em interação com as dimensões afetivas e motoras.
Pessoa: Representa a formação do eu, a construção da identidade e da subjetividade 
do indivíduo. Wallon considerava que a pessoa é resultado da integração dos campos 
funcionais anteriores, ou seja, a afetividade, o movimento e a inteligência se entrelaçam na 
constituição do sujeito como um ser único.
Esses campos funcionais estão interligados e se influenciam mutuamente no 
processo de desenvolvimento humano. A compreensão desses campos é essencial para a 
educação, pois permite uma abordagem integral do indivíduo, considerando suas dimensões 
afetivas, motoras, cognitivas e pessoais.
CONTRIBUIÇÕES DA PSICANÁLISE DE 
SIGMUND FREUD À ANÁLISE DO PROCESSO 
EDUCATIVO: PROCESSOS INCONSCIENTES 
NA CONSTRUÇÃO DO SABER2
TÓPICO
43CORRENTES TEÓRICAS DA PSICOLOGIA E O CAMPO EDUCACIONALUNIDADE 3
Em 1925, Sigmund Freud, ao prefaciar o livro “Juventude Desorientada” de Aichorn, 
previu que nenhuma aplicação da psicanálise teria despertado tanto interesse e esperança 
quanto sua utilização na teoria e prática educacional (FREUD, 1925).
Ainda que não tenha dedicado um texto específico à educação, esse tema sempre 
permeou o pensamento de Freud. Um exemplo notável é seu trabalho de 1927, “O Futuro 
de uma Ilusão”, considerado por muitos como seu testamento pedagógico. Nesse contexto, 
ele define que a finalidade da educação é estabelecer o princípio da realidade, auxiliando 
a criança a abandonar seu modo de funcionamento quase exclusivamente orientado pelo 
princípio do prazer. Nesse sentido, a ação educativa consiste em introduzir marcas que 
promovam a transição da mera satisfação dos impulsos para um universo simbólico, onde 
a lei, personificada na palavra do Outro, orienta o futuro sujeito para o mundo “civilizado”. 
Assim, compreendemos que toda prática educativa implica operações de transmissão- de um 
legado, de conhecimento, de desejo - e transformação - da matéria à constituição do sujeito.
No entanto, por um período considerável, essa conexão pareceu estar em um estado 
latente. De acordo com Kupfer et al. (2010), o diálogo entre psicanálise e educação diminuiu 
significativamente por quase quatro décadas, culminando com o encerramento da Revista de 
Pedagogia Psicanalítica, publicada em Viena desde 1926, em 1937. É notável que o fechamento 
da revista coincidiu com a publicação do artigo “Análise Terminável e Interminável”, no qual o 
psicanalista reconheceu as limitações da aplicação da psicanálise na educação.
Logo, a situação atual é diferente, com um influxo de contribuições significativas 
de autores psicanalíticos sobre o assunto, que têm ganhado cada vez mais destaque e 
consistência, especialmente a partir da década de 1980 (KUPFER et al., 2010).
44CORRENTES TEÓRICAS DA PSICOLOGIA E O CAMPO EDUCACIONALUNIDADE 3
Na teoria de Freud, a influência dos processos subconscientes na formação 
do conhecimento é amplamente abordada através da perspectiva psicanalítica. Freud 
postulou que a mente humana é composta por diferentes níveis de consciência, incluindo 
o consciente, o pré-consciente e o subconsciente (ou inconsciente). Ele acreditava que 
grande parte do que acontece em nossa mente e afeta nosso comportamento ocorre no 
nível subconsciente, onde processos psíquicos ocorrem fora da nossa percepção imediata.
Um dos processos subconscientes mais influentes na formação do conhecimento é 
o papel dos desejos, impulsos e emoções reprimidas. Freud argumentava que sentimentos e 
desejos inconscientes podem afetar nossos pensamentos, percepções e ações de maneiras 
sutis e muitas vezes desconhecidas. Esses conteúdos inconscientes podem moldar nossas 
atitudes em relação a informações, pessoas e situações, influenciando indiretamente como 
processamos e interpretamos o conhecimento.
Além disso, outro processo subconsciente crucial na teoria de Freud é o papel 
dos mecanismos de defesa. Ele propôs que, para lidar com conflitos internos e emoções 
perturbadoras, a mente utilize mecanismos de defesa como repressão, projeção, negação e 
sublimação. Esses mecanismos operam subconscientemente, muitas vezes obscurecendo 
a verdadeira natureza de nossos pensamentos e sentimentos. Eles podem influenciar nossa 
percepção do conhecimento ao moldar nossas reações emocionais e cognitivas diante de 
informações específicas.
Em suma, segundo a teoria de Freud, os processos subconscientes desempenham 
um papel significativo na formação do conhecimento, moldando nossas percepções, 
atitudes e reações de maneiras que muitas vezes não estamos cientes. A compreensão 
desses processos é fundamental para uma apreciação mais profunda das forças que atuam 
por trás da construção do conhecimento humano.
De acordo com as informações supracitadas, verificamos que a teoria psicanalítica 
de Freud oferece diversas formas de aplicação prática no contexto educativo. Suas 
contribuições englobam uma variedade de áreas, tais como:
Transferência na relação professor/aluno: A noção de transferência, que envolve 
a projeção de emoções e desejos inconscientes sobre outras pessoas, pode ser aplicada 
à dinâmica entre professor e aluno. O entendimento da transferência permite ao professor 
compreender as reações emocionais do aluno e lidar com elas de maneira mais eficaz, 
enriquecendo o ambiente de aprendizagem (ALMEIDA, 2002).
45CORRENTES TEÓRICAS DA PSICOLOGIA E O CAMPO EDUCACIONALUNIDADE 3
Introdução do princípio da realidade: A teoria freudiana do desenvolvimento 
psicossexual sugere que a educação deve auxiliar a criança a transcender sua orientação 
quase exclusiva pelo princípio do prazer, incorporando o princípio da realidade. Isso implica 
em introduzir marcas que promovam a transição da mera satisfação dos impulsos para um 
universo simbólico, onde a lei, personificada na palavra do Outro, guie o indivíduo rumo a 
um contexto “civilizado” (GARCIA-ROZA, 2009).
Compreensão dos processos inconscientes na aprendizagem e 
desenvolvimento: A psicanálise capacita a compreensão dos processos inconscientes 
que influenciam a aprendizagem e o desenvolvimento do aluno. Isso abarca desde a 
identificação dos mecanismos de defesa empregados pelo aluno para enfrentar emoções 
difíceis até a compreensão das fantasias e desejos inconscientes que podem afetar seu 
comportamento e progresso acadêmico (KUPFER, 1989).
Aplicação dos conceitos psicanalíticos na prática pedagógica: Os conceitos 
psicanalíticos, como transferência, complexo de Édipo e pulsões, podem ser eficazmente 
aplicados na prática pedagógica. Tais ferramentas auxiliam na compreensão e manejo 
das emoções e comportamentos dos alunos. A abordagem pode incorporar técnicas como 
escuta ativa e interpretação de sonhos, proporcionando uma abordagem mais holística à 
educação (KUPFER et al., s.d.).
Estas contribuições da psicanálise à educação são amplamente discutidas em 
diversas fontes, incluindo artigos acadêmicos e obras literárias. As referências supracitadas 
exploram diferentes aspectos da aplicação prática da teoria psicanalítica de Freud no 
contexto educativo. Como resultado, a teoria de Freud desempenha um papel relevante 
ao enriquecer as práticas educacionais com uma compreensão mais profunda das 
complexidades psicológicas dos alunos.
PSICOLOGIA, 
PSICANÁLISE E 
ADOLESCÊNCIA3
TÓPICO
46CORRENTES TEÓRICAS DA PSICOLOGIA E O CAMPO EDUCACIONALUNIDADE 3
A psicologia é uma ciência que se dedica ao estudo dos processos mentais e do 
comportamento humano. Ela busca compreender como as pessoas pensam, sentem e se 
comportam em diferentes situações, bem como as influências biológicas, psicológicas e 
sociais que afetam esses processos. É uma disciplina relativamente nova, se desprendendo 
da filosofia a partir do século XVIII. Wilhelm Wundt é considerado o pai da psicologia, tendo 
criado o primeiro laboratório de psicologia experimental em 1879.
A psicologia se expandiu rapidamente, com a criação de diversas correntes teóricas 
e áreas de atuação, como a psicologia clínica, a psicologia educacional, a psicologia social, 
entre outras. A psicanálise, desenvolvida por Sigmund Freud, é uma das correntes teóricas 
mais conhecidas da psicologia, tendo como objetivo compreender os processos mentais 
inconscientes que influenciam o comportamento humano. A psicologia tem diversas aplicações 
práticas, como na saúde mental, na educação, no trabalho, na justiça, entre outras áreas.
A psicologia, como uma ciência abrangente e multifacetada, aborda uma ampla 
gama de áreas que se dedicam à análise dos variados aspectos do comportamento humano 
e dos processos mentais. Algumas das principais ramificações dessa disciplina incluem:
• Psicologia clínica: concentra-se na investigação e tratamento de distúrbios 
mentais e emocionais, fazendo uso de abordagens como psicoterapia e avaliação 
psicológica.
• Psicologia cognitiva: explora os processos mentais, como percepção, atenção, 
memória e pensamento, proporcionando insights sobre como a mente processa 
informações.
47CORRENTES TEÓRICAS DA PSICOLOGIA E O CAMPO EDUCACIONALUNIDADE 3
• Psicologia educacional: analisa os processos de aprendizagem e ensino, 
desenvolvendo estratégias pedagógicas eficazes para facilitar a transmissão de 
conhecimento.
• Psicologia social: investiga as dinâmicas sociais e os processos psicológicos 
que influenciam o comportamento em grupo, oferecendo compreensão sobre 
interações sociais.
• Psicologia do desenvolvimento: estuda a evolução humana, abrangendo 
fases desde a infância até a idade adulta, contemplando aspectos físicos, 
cognitivos, emocionais e sociais.
• Psicologia forense: aplica princípios psicológicos no âmbito judicial, avaliando 
testemunhas e analisando comportamento criminal.
• Psicologia do esporte: investiga o comportamento humano no contexto 
esportivo, abordando tópicos como motivação,ansiedade e desempenho.
• Psicologia da saúde: analisa fatores psicológicos que impactam saúde e bem-
estar, desenvolvendo estratégias para prevenção e tratamento de doenças.
• Psicologia organizacional: explora o comportamento humano em ambientes 
de trabalho, abordando temas como motivação, liderança e comunicação.
• Psicologia positiva: dedica-se a estudar os fatores que promovem bem-estar 
e felicidade, desenvolvendo estratégias para aumentar resiliência e satisfação 
com a vida.
• Psicologia transpessoal: investiga a experiência humana além do ego, 
contemplando aspectos espirituais, consciência e transcendência.
Essas diversas ramificações da psicologia são abordadas em variadas fontes, como 
artigos acadêmicos e livros. As referências mencionadas anteriormente exploram diferentes 
facetas dessa disciplina, incluindo suas origens, principais teorias e áreas de aplicação. 
Através do estudo dessas áreas, a psicologia oferece uma visão ampla e profunda do 
complexo mundo humano.
Já a psicanálise, é uma abordagem teórica e terapêutica que busca uma 
compreensão profunda dos processos mentais humanos, ultrapassando as fronteiras 
biológicas e fisiológicas. Proposta por Sigmund Freud, um médico neurologista austríaco, 
sua influência se estendeu a diversas correntes de pensamento e disciplinas das ciências 
humanas. Essa abordagem abrange conceitos e características fundamentais, tais como o 
inconsciente, que carrega desejos e pulsões capazes de impactar a saúde mental quando 
reprimidos. De acordo com Freud, “o inconsciente é o verdadeiro repositório da libido”. Seu 
método de investigação visa acessar os processos mentais subjacentes, como emoções e 
pensamentos, determinantes do comportamento.
48CORRENTES TEÓRICAS DA PSICOLOGIA E O CAMPO EDUCACIONALUNIDADE 3
Essa abordagem está intrinsecamente ligada à prática clínica, utilizando a 
psicoterapia para tratar questões psicológicas ao analisar o inconsciente em busca de 
causas subjacentes. Tornar-se um psicanalista requer sólida formação em teoria, técnica e 
clínica psicanalítica, incluindo terapia pessoal, supervisão clínica e estudo constante. Além 
do âmbito clínico, a psicanálise também abrange um vasto campo de pesquisa, explorando 
questões éticas, morais e culturais que permeiam a complexidade da mente humana.
“A psicanálise é uma ciência que se ocupa do estudo dos processos mentais 
inconscientes.” (FREUD, 1980). A psicanálise traz a ideia do inconsciente como a parte 
mais significativa dos processos mentais, influenciando todo o modo de viver dos sujeitos. 
Os processos psíquicos são em sua imensa maioria inconscientes, a consciência não é 
mais do que uma fração de nossa vida psíquica total.
Freud revolucionou o modo de compreensão do ser humano, introduzindo a ideia 
do inconsciente como a parte mais significativa dos processos mentais, influenciando todo o 
modo de viver dos sujeitos. Sua obra e teorias têm influenciado amplamente o pensamento 
contemporâneo e a cultura popular.
Dentro dessa perspectiva, Sigmund Freud se dedicou a explicar as complexidades 
da vida humana, abrangendo tanto os aspectos individuais quanto os sociais, através das 
tendências sexuais que ele identificou como libido. Essa terminologia foi utilizada pelo 
fundador da psicanálise para representar a energia sexual de maneira ampla e não específica. 
Inicialmente, nos estágios iniciais de desenvolvimento, a libido está interconectada com 
outras funções vitais.
Um exemplo é encontrado na criança que se alimenta, onde a ação de sugar o seio 
materno proporciona um prazer que transcende a simples obtenção de alimento, tornando-se 
um prazer buscado por si mesmo. Nesse sentido, Freud introduz a ideia de “zona erógena”, 
apontando que a boca, por exemplo, é uma região onde o prazer sexual se manifesta, como 
evidenciado pelo prazer obtido ao sugar. Assim, é importante destacar que a libido pode 
estar associada a áreas que podem parecer distintas em relação à sexualidade.
Dando ênfase ao tópico abordado, adentramos também dentro da psicologia, o 
termo adolescência que corresponde a uma etapa biológica de transição entre a infância 
e a idade adulta, conforme estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), 
abrangendo o período dos 10 aos 19 anos completos. Nesse contexto, a puberdade se 
insere como parte integrante da adolescência, focalizando exclusivamente as mudanças 
biológicas que habilitam o corpo infantil à reprodução e o aproximam da imagem adulta.
Caracterizada como um período de transição e descobertas, essa fase muitas 
vezes é referida coloquialmente como “aborrescência” e associada a outros adjetivos que 
capturam suas particularidades. Sendo assim, a adolescência é compreendida como um 
49CORRENTES TEÓRICAS DA PSICOLOGIA E O CAMPO EDUCACIONALUNIDADE 3
período de passagem do indivíduo da infância para a vida adulta, frequentemente marcado 
por conflitos, dúvidas e incertezas.
Sua definição abarca um escopo biopsicossocial que engloba a segunda década 
de vida, dos 10 aos 20 anos. Vale destacar que a adolescência transcende sua antiga 
concepção meramente preparatória para a vida adulta, ganhando um significado intrínseco, 
configurando-se como um fenômeno profundamente enraizado na cultura e cuja delimitação 
está estreitamente vinculada à reconfiguração da compreensão do desenvolvimento 
humano e à redefinição da autopercepção das gerações adultas.
Os principais desafios enfrentados pelos adolescentes incluem:
Mudanças físicas: Durante a adolescência, os jovens passam por mudanças 
físicas significativas, como o crescimento acelerado, desenvolvimento dos órgãos sexuais 
e características sexuais secundárias. Essas mudanças podem causar desconforto e 
insegurança, além de exigir adaptação a um novo corpo em constante transformação.
Identidade e autoestima: A adolescência é um período de busca e construção da 
identidade pessoal. Os adolescentes enfrentam desafios para descobrir quem são, seus 
interesses, valores e objetivos de vida. A pressão social e a comparação com os outros 
podem afetar a autoestima e a confiança dos adolescentes.
Relações interpessoais: Durante a adolescência, os jovens estão em busca de 
autonomia e independência, o que pode gerar conflitos com os pais e outras figuras de 
autoridade. Além disso, eles estão aprendendo a lidar com relacionamentos românticos, 
amizades e grupos sociais, o que pode ser desafiador e emocionalmente intenso.
Pressões acadêmicas: A adolescência é marcada pelo ingresso no ensino médio 
e pela preparação para exames e vestibulares. Os adolescentes enfrentam pressões 
acadêmicas, como a necessidade de obter boas notas, escolher uma carreira e tomar 
decisões importantes sobre o futuro educacional.
Saúde mental: A adolescência é uma fase em que os problemas de saúde mental 
podem surgir ou se agravar. Os adolescentes podem enfrentar ansiedade, depressão, 
distúrbios alimentares e outros transtornos mentais. É importante oferecer suporte e acesso 
a recursos de saúde mental para ajudar os adolescentes a lidar com esses desafios.
É fundamental que os pais, educadores e profissionais de saúde estejam atentos 
aos desafios enfrentados pelos adolescentes e ofereçam apoio emocional, orientação e 
recursos adequados para ajudá-los a navegar por essa fase de transição.
Na perspectiva de Freud, educar é essencialmente transmitir um legado de geração 
a geração, em uma dinâmica que reflete a relação entre pai e filho. Partindo do pressuposto 
de que a relação educativa está inextricavelmente imersa nas interações humanas, o 
processo educacional evolui por meio do vínculo estabelecido, superando em relevância o 
50CORRENTES TEÓRICAS DA PSICOLOGIA E O CAMPO EDUCACIONALUNIDADE 3
mero compartilhar de conhecimento verbalizado. Nesse contexto, ao conceber a educação 
através da conexão que um indivíduo cria com o outro, surge a necessidade de incorporar 
a subjetividade em um domínio no qual a ação habilidosa muitas vezes predominasobre a 
essência do ser. Isso implica em explorar elementos da transferência, um componente do 
arcabouço conceitual, para enriquecer essa reflexão.
Nos seus textos centrados na técnica psicanalítica, com destaque para “A Dinâmica 
da Transferência” (1912), Freud eleva o conceito de transferência a uma posição central no 
tratamento psicanalítico. Ele reconhece que por meio do diálogo, é possível a reestruturação 
do funcionamento psíquico do paciente. Já em 1901, encontramos uma definição notável 
de transferência nos escritos de Freud (1901, p. 998): “reedições dos impulsos e fantasias 
despertadas e tornadas conscientes durante o desenvolvimento da análise e que trazem 
como singularidade a substituição de uma pessoa anterior pela pessoa do médico”.
Tais processos biológicos e psicossociais, ainda que estejam mutuamente 
implicados e possam ocorrer simultaneamente durante esse período, são compreendidos 
como eventos distintos devido a suas especificidades.
Na adolescência, ocorreu um trabalho de ressignificação da identidade, possibilitando 
o acesso do jovem a outra etapa do ciclo vital. A sociedade oferece, conforme a sua cultura, 
rituais tradicionais de passagem à idade adulta que funcionam como mediações simbólicas 
entre o adolescente e o meio, e que lhe conferem o status de adulto.
Na atualidade, observa-se, como efeito das transformações sociais e culturais, uma 
redução do período historicamente caracterizado como infância e a decorrente expansão da 
adolescência. Nessa linha de raciocínio, Birman (2006) considera que a contemporaneidade 
vive tempos de uma adultez com critérios indefinidos, fato que dificulta demarcações, em 
termos de subjetividade, das idades da vida. O autor afirma que isso provoca, em consequência, 
uma desordem no contexto familiar, em que a relação com o aspecto dos cuidados é 
significativamente afetada, refletindo se nas novas formas de subjetivação da adolescência. 
O tema do cuidado remete a uma assimetria necessária entre a criança e o adulto, a partir da 
qual se constroem condições para uma progressiva autonomia no campo intersubjetivo.
A adolescência é uma etapa da vida marcada por complexas demandas que 
resultam em inegável exigência de investimentos por parte do sujeito. Os fatores biológicos, 
considerados intrínsecos da puberdade, designam as mudanças corporais e fisiológicas, 
enquanto as demandas psíquicas compreendem um intenso trabalho de metabolização 
de transformações psicossociais que estão mais especificamente associadas ao termo 
adolescência (Levisky, 1995; Blos, 1998; Macedo, Fensterseifer, & Werlang, 2004.
Kalina e Laufer (1974) entendem a adolescência como o segundo grande salto 
para a vida: o salto em direção a si mesmo, como ser individual. Esses autores distinguem 
51CORRENTES TEÓRICAS DA PSICOLOGIA E O CAMPO EDUCACIONALUNIDADE 3
puberdade de adolescência. Puberdade refere-se aos fenômenos fisiológicos, que 
compreendem as mudanças corporais e hormonais, enquanto adolescência diz respeito 
aos componentes psicossociais desse mesmo processo. Melvin e Wolkmar (1993) também 
fazem essa diferenciação.
A Organização Mundial de Saúde considera esses dois conceitos como distintos 
(Bianculli, 1997). Na puberdade, ocorrem mudanças orgânicas que tendem à maturação 
biológica adulta com dimorfismo sexual e capacidade reprodutiva; e, na adolescência, há 
adaptação às novas estruturas físicas, psicológicas e ambientais. Por isso, Lidz (1983) e Serra 
(1997) afirmam que existem várias adolescências, de acordo com as características de cada 
pessoa e de seu contexto social e histórico. Grossman (1998) destaca que Rosseau (séc. 
XVIII), em seu tratado sobre a natureza humana e a educação, sugeriu características da 
adolescência, as quais continuam influenciando o pensamento atual a respeito desse período.
A psicanálise, conforme definida por Freud (2006), é um procedimento para 
investigação de processos mentais quase inacessíveis por qualquer outro modo, um método 
para o tratamento de distúrbios neuróticos e uma coleção de informações psicológicas 
obtidas ao longo dessas linhas, que gradualmente se acumula numa nova disciplina 
científica (FREUD, 2006, p. 253)
Durante a fase da adolescência, ocorre um processo de redefinição da identidade, 
abrindo caminho para a entrada do jovem em uma nova etapa do ciclo de vida. Nas diversas 
culturas, a sociedade disponibiliza rituais tradicionais de transição para a idade adulta, 
servindo como elementos simbólicos intermediários entre o adolescente e seu ambiente, 
conferindo-lhe o status de adulto.
Nos tempos atuais, uma consequência das transformações sociais e culturais é a 
encurvação do período tradicionalmente associado à infância e, consequentemente, a ampliação 
da adolescência. Nesse contexto, Birman (2006) argumenta que a contemporaneidade está 
vivendo uma fase de vida adulta com contornos menos definidos, o que dificulta a delimitação 
das distintas fases da vida em termos de subjetividade. Esse cenário impacta as dinâmicas 
familiares, influenciando notavelmente a relação com o aspecto do cuidado e refletindo-se 
nas novas formas de formação da subjetividade na adolescência. O tema do cuidado sugere 
uma assimetria fundamental entre a criança e o adulto, estabelecendo condições para o 
desenvolvimento de uma autonomia gradual no âmbito intersubjetivo.
Em alguns casos, as questões que se manifestam na clínica psicanalítica podem 
originar-se das necessidades do próprio adolescente ou podem estar ligadas às pressões 
do ambiente social primário (como família e escola), revelando preocupações ou queixas 
relacionadas ao adolescente. É comum que certas expressões da adolescência sejam recebidas 
com desconforto, o que, por vezes, leva à rotulação para padronizar essas manifestações.
52CORRENTES TEÓRICAS DA PSICOLOGIA E O CAMPO EDUCACIONALUNIDADE 3
Algumas situações envolvendo adolescentes dizem respeito a conflitos ligados à 
diferença, ruptura e transformações que, inclusive, podem representar uma jornada rumo 
à saúde. Portanto, é crucial reconhecer a singularidade intrínseca a cada experiência de 
sofrimento humano, independentemente da idade.
Considerando a diversidade de razões que levam à busca por tratamento, a prática de 
escutar o paciente, seja por meio de palavras ou comportamentos, permite atribuir significados 
únicos às suas angústias. A abordagem psicanalítica, que se volta à singularidade de cada 
indivíduo, emerge como um recurso vital para a compreensão e intervenção nos desafios 
psicológicos. Com base em uma perspectiva que valoriza a complexidade humana, é possível 
conectar as formas de sofrimento na adolescência com as mudanças da era contemporânea, 
indo além de categorizações superficiais de angústias. O papel da psicanálise na atualidade, 
conforme apontado por Dockhorn e Macedo (2008), é criar um espaço onde o mundo interno 
do sujeito seja priorizado, sua singularidade seja respeitada e onde a relação do indivíduo 
com seu sofrimento possa ser verdadeiramente ouvida.
Dentro desse espaço de interação intersubjetiva, o analista fornece ao paciente 
as ferramentas necessárias para explorar novas e personalizadas interpretações de sua 
história. No cruzamento das esferas de adolescência e psicanálise, surge a indagação 
sobre como as demandas dos adolescentes se manifestam na contemporaneidade e como 
podem ser adequadamente atendidas por meio da escuta psicanalítica.
Notícia: A revista Psicologia da Educação acaba de publicar uma nova edição, número 54, Edição Especial 
(2022), disponível em seu site. A edição traz artigos sobre temas como a formação de professores, a inclusão 
escolar, a educação infantil e a psicologia escolar, entre outros. A revista é uma publicação da Pontifícia 
Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e tem como objetivo promover o diálogo entre a psicologia e 
a educação, contribuindo para o desenvolvimento de práticas educativas mais efetivas e inclusivas.
Link:Revista Psicologia da Educação. Edição Especial (2022). Disponível em: https://revistas.pucsp.br/
index.php/psicoeduca/issue/current. Acesso em: 14 ago. 2023.
https://revistas.pucsp.br/index.php/psicoeduca/issue/current
https://revistas.pucsp.br/index.php/psicoeduca/issue/current
53CORRENTES TEÓRICAS DA PSICOLOGIA E O CAMPO EDUCACIONALUNIDADE 3
Psicanálise: o que é e como funciona?
A psicanálise é a área de investigação da mente humana. Sob os seus domínios estão diversos tipos de 
tratamentos de saúde clínica. A origem da psicanálise se dá no século XIX a partir dos estudos da psique 
humana pelo médico Sigmund Freud, em 1881, quando ainda trabalhava no Hospital Geral de Viena.
Segundo Freud, a psicanálise seria a “profissão de pessoas leigas que curam almas”. No sentido científico 
da palavra, “alma” seria o equivalente a “mente” ou “inteligência”, atribuindo esse valor à condição das 
patologias que atingem e afligem muitas pessoas no mundo.
O que é PSICANÁLISE e como funciona na prática?
O principal objetivo da psicanálise é a interpretação de suas representações mentais, como sonhos, 
desejos, pensamentos e lembranças.
É a partir desta abordagem que o psicanalista visa entrar em contato com o subconsciente e oferecer ao 
paciente a possibilidade de autocura, afirmam os psicólogos. Desta forma, a ação consciente do psicanalista 
é o de fornecer as chaves para a psique do paciente, como se fosse um espelho.
Quais são as aplicações clínicas da psicanálise?
O psicoterapeuta fará uso da escuta atenta em relação aos pontos encontrados e indicados em uma 
breve apresentação dos conflitos que existem na mente da pessoa. Assim, o paciente será estimulado a 
reencontrar os trilhos perdidos de uma estrada, que são formados por lembranças.
Fonte: https://www.psicologoeterapia.com.br/blog/psicanalise-o-que-e/
https://www.psicologoeterapia.com.br/blog/psicanalise-o-que-e/
54CORRENTES TEÓRICAS DA PSICOLOGIA E O CAMPO EDUCACIONALUNIDADE 3
À medida que chegamos ao término desta jornada de exploração na interseção 
da Psicologia e Educação, é evidente que adquirimos uma compreensão mais profunda 
e rica sobre os aspectos intrínsecos do desenvolvimento humano e sua interação com o 
processo educativo. Ao longo das aulas, mergulhamos nas teorias de diferentes paradigmas 
psicológicos e suas implicações transformadoras na educação. Essas incursões nos 
conduziram a uma abordagem holística e integrada, permitindo-nos enxergar os alunos 
como seres complexos e multifacetados, cujo crescimento intelectual e emocional é moldado 
por uma miríade de influências.
Nosso plano de estudo nos levou a uma compreensão aprofundada da psicologia 
genética de Henri Wallon, uma perspectiva teórica que nos brindou com um olhar meticuloso 
sobre os diversos aspectos do desenvolvimento humano. Exploramos as concepções do 
afetivo, motor, cognitivo e pessoal, desvelando assim a riqueza de nuances que contribuem 
para a formação de indivíduos únicos.
Além disso, as contribuições da psicanálise de Sigmund Freud trouxeram à luz 
os processos inconscientes que permeiam a construção do conhecimento. Ao adentrar os 
recônditos da mente humana, percebemos a complexidade dos mecanismos que moldam 
nossa percepção e interação com o mundo ao nosso redor.
Nossa exploração culminou com uma análise profunda da psicologia, psicanálise 
e adolescência. Compreendemos a importância de conceitos como identidade, conflitos 
psicológicos e formação da personalidade na compreensão dos desafios e complexidades 
que os adolescentes enfrentam. Essa compreensão enriquecida nos oferece uma base 
sólida para abordar as necessidades emocionais e cognitivas dos adolescentes no contexto 
educacional.
Essa jornada não é apenas um fim em si mesma, mas um novo começo, onde as 
ideias e percepções adquiridas podem ser aplicadas para enriquecer nossas abordagens 
educacionais e, por consequência, enriquecer as vidas dos alunos que estão sob nosso 
cuidado. Que possamos seguir adiante, inspirados e capacitados pelo conhecimento que 
ganhamos aqui, promovendo uma educação mais holística, sensível e eficaz para as 
gerações vindouras.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
55CORRENTES TEÓRICAS DA PSICOLOGIA E O CAMPO EDUCACIONALUNIDADE 3
MATERIAL COMPLEMENTAR
FILME/VÍDEO
• Título: Nise: O Coração da Loucura. 
• Sinopse: O filme mostra como Nise da Silveira, uma médica 
calorosa e comprometida, enfrenta colegas de profissão e sistemas 
institucionais de sua época, que eram adeptos de práticas invasivas 
e violentas no tratamento de pacientes com esquizofrenia. Nise 
acredita que o trabalho terapêutico deve ser centrado nos pacientes 
e não na aplicação de tratamentos invasivos, como a lobotomia e 
o eletrochoque. Diante dessas dificuldades, Nise desenvolve uma 
abordagem inovadora, utilizando a arte e a criatividade como meios 
de acesso ao inconsciente dos pacientes e promover a recuperação. 
O filme destaca a importância da autonomia e da participação 
dos pacientes no processo terapêutico, demonstrando a eficácia 
das abordagens centradas no paciente. O filme recebeu críticas 
positivas, destacando a atuação de Glória Pires, que interpreta 
Nise da Silveira. Além disso, “Nise: O Coração da Loucura” serviu 
como inspiração para a prática psicológica e a busca por novas 
abordagens no tratamento da saúde mental
• Ano de publicação: 2015.
• Direção: Roberto Berliner.
LIVRO
• Título: O cérebro autista.
• Autora: Temple Grandin e Richard Panek.
• Sinopse: A obra explora as últimas descobertas científicas sobre 
o autismo e como elas se relacionam com a experiência pessoal de 
Grandin como autista. Ela argumenta que a educação de crianças 
autistas não deve se concentrar apenas em suas fraquezas, mas 
também em suas contribuições únicas. O livro também destaca 
transtornos sensoriais comuns em pessoas com autismo e como 
eles podem afetar a vida cotidiana. “O Cérebro Autista” é uma leitura 
interessante para quem deseja aprender mais sobre o autismo e como 
ele afeta a vida das pessoas que o têm. A perspectiva única de Grandin 
como autista e cientista oferece insights importantes sobre o tema.
• Ano de lançamento: 2013.
• Editora: Agea.
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Plano de Estudos
• Reflexão sobre os pontos fortes e limitações de cada paradigma 
na educação;
• Críticas contemporâneas aos paradigmas e sua relevância no 
contexto educacional atual;
• Propostas de abordagens pedagógicas que incorporam elementos 
de diferentes paradigmas.
Objetivos da Aprendizagem
• Reconhecer e identificar os tipos de avaliações existentes 
que favorecem um ensino e aprendizagem voltados para um 
conhecimento crítico;
• Relacionar conceitos estabelecidos dentro da Psicologia da 
Educação;
• Transtornos e sintomas que podem ser identificados no período 
escolar.
Professor(a) Me. Fabiana Silva Botta Demizu
AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO 
E DISCUSSÃO E DISCUSSÃO 
DENTRO DA DENTRO DA 
PSICOLOGIAPSICOLOGIA
DA EDUCAÇÃODA EDUCAÇÃO
UNIDADEUNIDADE4
57AVALIAÇÃO E DISCUSSÃO DENTRO DA PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃOUNIDADE 4
INTRODUÇÃO
Esta unidade de estudo abrange uma série de temas cruciais no âmbito educacional, 
oferecendo uma visão profunda e abrangentesobre os paradigmas, críticas contemporâneas 
e abordagens pedagógicas. Ao explorar esses tópicos, buscamos aprimorar nossas práticas 
educativas e nutrir um ambiente de aprendizado enriquecedor e inclusivo.
Nossa jornada começa com uma reflexão profunda sobre os paradigmas na 
educação. Ao compreender os pontos fortes e limitações de cada abordagem, somos 
capazes de discernir como diferentes paradigmas impactam a experiência educacional. 
A abordagem tradicional, por exemplo, pode oferecer uma base sólida de conhecimento, 
mas pode negligenciar a promoção do pensamento crítico. Por outro lado, o paradigma 
construtivista, enquanto estimula a participação ativa dos alunos, também pode enfrentar 
desafios em sua aplicação prática.
Na sequência, abordamos as críticas contemporâneas aos paradigmas educacionais, 
um aspecto crucial para o aprimoramento contínuo das práticas pedagógicas. Ao considerar 
essas críticas, reconhecemos a importância de uma educação centrada no aluno, que 
valorize não apenas a aquisição de conhecimento, mas também o desenvolvimento 
de habilidades sociais e emocionais. A busca por equilíbrio entre orientação docente e 
autonomia do aluno é fundamental para uma educação eficaz e holística.
Nossa jornada culmina com a exploração de abordagens pedagógicas integradoras, 
que incorporam elementos diversos dos paradigmas. Essas abordagens promovem uma visão 
holística da educação, enfatizando tanto a transmissão de conhecimento quanto a construção 
ativa pelo aluno. Ao empregar uma variedade de estratégias de ensino, desde aulas expositivas 
até projetos colaborativos, criamos um ambiente de aprendizado dinâmico e envolvente.
Ao entrelaçar esses conceitos com a Psicologia da Educação, ampliamos nossa 
compreensão sobre os processos psicológicos subjacentes à aprendizagem. Com essa 
perspectiva enriquecida, podemos identificar transtornos e sintomas que podem surgir 
durante o período escolar. Essa conscientização nos capacita a criar um ambiente 
educacional empático e de suporte, onde cada aluno possa prosperar plenamente.
Nossa jornada de exploração e reflexão visa não apenas aprimorar nossas práticas 
educativas, mas também promover uma educação inclusiva e transformadora. Ao considerar 
as diferentes perspectivas, críticas e abordagens, estamos preparados para moldar um 
ambiente de aprendizado que nutre a mente, o espírito e o potencial de cada indivíduo.
RECONHECER E IDENTIFICAR OS TIPOS DE 
AVALIAÇÕES EXISTENTES QUE FAVORECEM UM 
ENSINO E APRENDIZAGEM VOLTADOS PARA 
UM CONHECIMENTO CRÍTICO NO ÂMBITO DA 
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO.1
TÓPICO
58AVALIAÇÃO E DISCUSSÃO DENTRO DA PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃOUNIDADE 4
A Psicologia da Educação, que investiga os processos mentais e comportamentais 
relacionados ao aprendizado e ao ensino, desempenha um papel crucial na definição das 
práticas avaliativas que melhor atendem aos objetivos educacionais. Ao reconhecer a 
interseção entre a Psicologia da Educação e as estratégias de avaliação, podemos traçar 
um caminho que nutre o desenvolvimento do pensamento crítico nos alunos.
Reconhecer essas avaliações implica em compreender como os processos 
cognitivos dos alunos são ativados durante a avaliação. Por meio de uma análise psicológica 
criteriosa, podemos identificar avaliações que estimulam a análise profunda, a interpretação 
reflexiva e a aplicação prática do conhecimento. A compreensão da forma como os alunos 
processam informações, formam conceitos e desenvolvem habilidades de resolução de 
problemas nos permite selecionar estratégias avaliativas que se alinham aos princípios da 
Psicologia da Educação.
Ao identificar os tipos de avaliações que favorecem o conhecimento crítico, estamos 
aptos a criar um ambiente de aprendizagem que promove ativamente o engajamento dos 
alunos. Avaliações que demandam a análise de diferentes perspectivas, a argumentação 
baseada em evidências e a resolução de situações complexas estimulam a cognição 
superior e a reflexão profunda. Essa abordagem, fundamentada na Psicologia da Educação, 
facilita a construção de habilidades cognitivas e metacognitivas, preparando os alunos para 
enfrentar desafios intelectuais de forma independente.
É essencial considerar que, ao incorporar a Psicologia da Educação na seleção de 
avaliações, estamos contribuindo para uma aprendizagem mais significativa e duradoura. 
59AVALIAÇÃO E DISCUSSÃO DENTRO DA PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃOUNIDADE 4
A psicologia fornece insights sobre como os alunos aprendem e se desenvolvem 
cognitivamente, permitindo-nos criar avaliações que atendam às necessidades individuais 
e coletivas dos estudantes. Essa abordagem orientada pela psicologia não apenas fomenta 
o pensamento crítico, mas também nutre a autoconfiança, a autorregulação e o crescimento 
intelectual dos alunos.
Portanto, ao reconhecer e identificar os tipos de avaliações que promovem um ensino 
e aprendizagem voltados para o conhecimento crítico, estamos integrando a Psicologia da 
Educação como uma aliada poderosa na busca por uma educação transformadora, que 
prepara os alunos não apenas para absorver informações, mas para avaliá-las, questioná-
las e aplicá-las de maneira significativa em suas vidas e na sociedade.
Existem diferentes tipos de avaliações que favorecem um ensino e aprendizagem 
voltados para um conhecimento crítico no âmbito da Psicologia da Educação. 
Existem diferentes tipos de avaliação que favorecem o ensino crítico na psicologia 
da educação. Tais como: 
Avaliação do pensamento crítico: A avaliação do pensamento crítico é uma 
perspectiva emergente em psicologia que busca identificar a capacidade dos alunos de 
analisar, avaliar e sintetizar informações de forma crítica.
Avaliação psicológica: A avaliação psicológica pode ser utilizada para identificar as 
necessidades e habilidades dos alunos, bem como para avaliar o impacto das intervenções 
educacionais.
Avaliação formativa: A avaliação formativa é uma abordagem que busca fornecer 
feedback contínuo aos alunos, permitindo que eles identifiquem seus pontos fortes e fracos 
e ajustem seu aprendizado de acordo.
Avaliação por projetos: A avaliação por projetos é uma abordagem que envolve a 
realização de projetos pelos alunos, que são avaliados com base em critérios específicos, 
como a qualidade do trabalho em equipe, a criatividade e a capacidade de resolver 
problemas.
Avaliação por portfólio: A avaliação por portfólio envolve a coleta de trabalhos e 
atividades realizados pelos alunos ao longo do tempo, permitindo que eles reflitam sobre 
seu próprio aprendizado e desenvolvimento. Esses tipos de avaliação podem favorecer 
o ensino crítico na psicologia da educação, pois permitem que os alunos desenvolvam 
habilidades de análise, reflexão e avaliação, além de promoverem a participação ativa e 
a reflexão sobre o próprio processo de aprendizagem. É importante considerar que esses 
tipos de avaliação podem ser combinados e adaptados consoante as necessidades e 
objetivos educacionais.
60AVALIAÇÃO E DISCUSSÃO DENTRO DA PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃOUNIDADE 4
A avaliação crítica na psicologia da educação é um tema que tem despertado 
interesse e reflexão, refletindo-se na pluralidade das visões existentes ao nível da sua 
conceptualização e respetiva avaliação. 
Atualmente, existem vários testes a nível internacional que visam avaliar um ou mais 
aspectos do pensamento crítico, alguns deles com traduções e aferições para a população 
portuguesa. Os testes mais utilizados são, na sua maioria, pouco compreensivos, como os 
do tipo de escolha múltipla, que são mais rápidos de cotar e fornecem um resultado mais 
célere para interpretação, sendo especialmente indicados quando se pretende avaliar um 
elevado número de indivíduos, seja devido ao fator tempo como econômico.
No entanto, outros investigadores têm desenvolvido testes com base em perguntas 
de resposta aberta ou não estruturada, permitindo verificar se os alunos revelamaptidão 
para coordenar várias capacidades de pensamento crítico. Dessa forma, a avaliação crítica 
na psicologia da educação pode ser abordada por diferentes autores e teorias, como Elenita 
de Rício Tanamachi, Marisa Lopes da Rocha, Sass, Mitsuko Aparecida Makino Antunes, 
Maria Cristina Machado Kupfer, entre outros. Entende-se, assim, que uma boa avaliação 
do pensamento crítico irá permitir que o sistema nacional de ensino se direcione para as 
carências que os seus alunos sentem ao nível destas competências, sendo capaz de dar 
resposta às necessidades evidenciadas pelos mesmos.
Logo, por meio da Taxonomia de Bloom, conforme delineada por Krathwohl em 
2002, emerge a oportunidade de identificar e aplicar estratégias que amplificam a realização 
dos objetivos estipulados em relação às competências cognitivas de nível avançado. Essa 
abordagem pode servir como base fundamental para a construção das formulações das 
questões ou problemas que serão apresentados no teste, com o intuito de avaliar cada uma 
das habilidades mencionadas anteriormente.
De acordo com as informações supracitadas, verificamos que há distintos métodos 
avaliativos existentes que podem ser aplicados pelos docentes. Logo que, os métodos 
empregados na área da Psicologia da Educação são diversos e variam conforme os 
objetivos da pesquisa ou intervenção em questão. Alguns dos métodos frequentemente 
adotados englobam:
Observação: A prática direta de observar o comportamento de estudantes e 
educadores em ambientes de sala de aula ou outros contextos educativos é amplamente 
empregada na Psicologia da Educação. Essa observação pode ser conduzida de forma 
estruturada, com categorias de comportamento predefinidas, ou de maneira mais aberta, 
possibilitando a detecção de padrões e interações não planejadas.
61AVALIAÇÃO E DISCUSSÃO DENTRO DA PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃOUNIDADE 4
Entrevistas: As entrevistas constituem um meio para coletar informações 
qualitativas acerca das percepções, vivências e opiniões de alunos, professores e outros 
profissionais envolvidos no processo educativo. Esse método oferece uma compreensão 
mais profunda dos fenômenos psicológicos subjacentes à educação.
Questionários e escalas: A utilização de questionários e escalas consiste em 
métodos de coleta de dados quantitativos, permitindo a obtenção de informações sobre 
características individuais, atitudes, crenças e outros fatores relevantes na Psicologia da 
Educação. Esses instrumentos podem ser empregados em larga escala, viabilizando a 
comparação entre distintos grupos de alunos ou professores.
Estudos de caso: A abordagem de estudos de caso é qualitativa e envolve uma 
análise minuciosa de um indivíduo, grupo ou situação específica. Tal metodologia proporciona 
uma compreensão detalhada dos processos psicológicos envolvidos na educação e pode 
contribuir com percepções valiosas para a prática educacional.
Experimentos: Experimentos, por sua vez, constituem uma abordagem quantitativa 
que engloba a manipulação de variáveis independentes a fim de avaliar seu impacto sobre 
variáveis dependentes. Essa metodologia possibilita a identificação de relações de causa e 
efeito, sendo frequentemente empregada para avaliar a eficácia de intervenções educativas.
Cabe destacar que os métodos mencionados são apenas alguns exemplos dentre 
os empregados na Psicologia da Educação. A seleção do método mais adequado depende 
dos objetivos específicos da pesquisa ou intervenção. Ademais, é comum a adoção de 
abordagens mistas, que combinam métodos qualitativos e quantitativos, a fim de obter uma 
compreensão mais abrangente dos fenômenos psicológicos relacionados à educação.
RELACIONAR CONCEITOS 
ESTABELECIDOS DENTRO DA 
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO2
TÓPICO
62AVALIAÇÃO E DISCUSSÃO DENTRO DA PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃOUNIDADE 4
Diante desses fatores apresentados, compreendemos que os conceitos de 
aprendizagem e desenvolvimento são processos complexos. Podemos entender que a 
aprendizagem e o desenvolvimento do ser acontecem desde sua concepção.
A disciplina de Psicologia da Educação ganhou proeminência no contexto brasileiro 
a partir da década de 1920, coincidindo com as Reformas Educacionais e o surgimento 
das ideias da Escola Nova no Brasil (1920 a 1946), que se manifestaram em diversos 
estados do país. Em 1924, a Associação Brasileira de Educação foi estabelecida com o 
objetivo de fomentar discussões mais abrangentes sobre desafios educacionais. A inclusão 
da psicologia nas Escolas Normais surgiu como resultado desse movimento, passando a 
ser considerada alicerce do ensino primário, agora conhecido como ensino fundamental. A 
principal incumbência dessa abordagem era preparar os educadores para compreender as 
crianças com base em observações sobre suas personalidades e processos de aprendizado. 
Essas premissas formaram a base daquilo que ficou conhecido como o movimento Escola 
Nova, que se estendeu entre 1925 e 1950.
Esse movimento também defendia a criação de uma escola pública, gratuita, secular 
e obrigatória para todos. Seus fundamentos eram sustentados pelo pensamento liberal, 
enfatizando o papel da educação na construção de uma sociedade democrática. Durante as 
décadas de 1930 e 1940, as Constituições de 1934 e 1937 asseguraram a importância da 
escola pública. Nesse contexto, nas décadas de 1930 e 1940, houve uma ampla utilização 
de testes de inteligência, como o quociente intelectual (QI), nas escolas brasileiras, com o 
objetivo de categorizar indivíduos considerados “anormais” em relação aos “normais”.
63AVALIAÇÃO E DISCUSSÃO DENTRO DA PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃOUNIDADE 4
As décadas de 1940 e 1950 testemunharam o surgimento dos cursos de Filosofia 
e Pedagogia no país, que impulsionaram o desenvolvimento da Psicologia da Educação. 
Esses cursos foram aprimorados por educadores especializados nos Estados Unidos e na 
Europa, que contribuíram com as tendências educacionais da época.
Entretanto, o ano de 1964 ficou marcado pela queda do governo de João Goulart e 
o início do regime militar no Brasil. Esse regime, que se solidificou nos anos subsequentes, 
estabeleceu uma ditadura que reprimiu movimentos estudantis e qualquer forma de 
oposição, através dos chamados atos institucionais, sendo o Ato Institucional número 5 um 
dos mais notórios.
A aprendizagem se determina por um processo que depende das condições e 
situações que as pessoas experimentam ao longo de suas vidas. Já o desenvolvimento 
está associado às mudanças que ocorrem no ser a partir de suas experiências. 
O desenvolvimento pode ser entendido como um conjunto das transformações que 
ocorrem ao longo do tempo nas pessoas, se expressando na evolução da inteligência e das 
modalidades de relacionamento afetivo e social. 
É consenso entre os estudiosos da educação como Vygotsky, Paulo Freire, entre 
outros, que é ainda a partir da observação desses eventos por pessoas que se interessam 
pelo assunto, como os pais, professores, profissionais de saúde, que o desenvolvimento 
humano pode ser avaliado a partir dos seguintes aspectos: 
1. Padrões universais — quando nos referimos a alguns eventos que são comuns 
ao desenvolvimento de todos os humanos. Nem todas as teorias do desenvolvimento dão a 
mesma relevância aos padrões universais. O desenvolvimento humano depende muito da 
maturação dos órgãos do corpo de um modo geral, e do cérebro em particular, essa teoria 
é conhecida como organicista.
 2. Diferenças individuais — embora existam etapas que são universais no 
processo de desenvolvimento humano, sabemos que cada indivíduo tem características 
próprias, comportando-se de maneira diferente nas mais diversas situações, aprendendo 
de forma mais rápida ou mais lenta em relação aos demais, ou demonstrando uma atitude 
mais positiva, ou mais negativa frente à vida. 
3. Aspectos contextuais — entendemos que valorizar os aspectos contextuais não 
é o mesmo que defender que os estímulos do meioproduzam o jeito de ser dos sujeitos, cada 
grupo organiza de modo diferente suas experiências de educação e de desenvolvimento.
Com isso, percebemos que o ambiente em que ele está inserido, seu contexto 
social, econômico, cultural, familiar, escolar e até o trabalho são aspectos contextuais 
extremamente relevantes a serem considerados na análise do processo de desenvolvimento.
64AVALIAÇÃO E DISCUSSÃO DENTRO DA PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃOUNIDADE 4
Assim, a compreensão da aplicação dos princípios da Psicologia da Educação no 
contexto brasileiro demanda uma apreciação histórica dos fenômenos educativos. No Brasil, 
a Psicologia se formalizou como uma disciplina científica somente na década de 1960, com 
o estabelecimento dos primeiros cursos de Psicologia. Um aspecto intrigante a ser notado 
é que, no Brasil, a prática da Psicologia da Educação antecedeu o desenvolvimento da 
Psicologia enquanto ciência, um contraste marcante com a trajetória global. Nesse contexto, 
uma estreita relação entre psicologia e educação se estabeleceu. Estudiosos como Massimi 
e Guedes (2004) e Antunes (2001) apontam evidências que sugerem a existência de 
preocupações com aspectos psicológicos e educacionais já desde o período colonial.
A gênese do pensamento psicológico no Brasil reflete a contribuição de diversos 
domínios do conhecimento, todos eles preocupados com temas como as emoções, 
a educação infantil e o trabalho. A medicina, a teologia e outros campos também 
desempenharam papéis significativos nesse desenvolvimento.
É essencial não negligenciar a influência do contexto sócio-histórico e econômico 
na moldagem dessa disciplina emergente. Nas fases iniciais, enquanto colônia, o Brasil 
seguia a lógica e os interesses de Portugal. Conforme reflexões psicológicas começaram 
a emergir, ocorriam inevitáveis contrastes com as ideias predominantes na metrópole. No 
século XIX, com o Brasil tornando-se um império, surgiram transformações profundas na 
sociedade que se refletem igualmente no escopo do pensamento psicológico da época. 
Durante esse período, a Psicologia floresceu principalmente nas Escolas Normais e nos 
hospitais psiquiátricos, moldando sua trajetória e aplicação.
A interseção entre Psicologia e Educação no Brasil, ao longo desses momentos 
históricos, delineou um panorama singular que influenciou não apenas a evolução da 
disciplina, mas também sua relevância na formação educacional e no entendimento do 
comportamento humano no contexto educativo.
O sistema educacional passou por adaptações significativas para alinhar-se ao novo 
regime governamental, que defende um modelo desenvolvimentista. Esse modelo visava 
suprir a demanda por mão de obra qualificada para atender às necessidades das empresas 
multinacionais estabelecidas no país. Durante o período sob o regime militar, a Psicologia 
da Educação experimentou um notável avanço, concentrando-se predominantemente nas 
preocupações individuais dos alunos, em detrimento das questões sociais mais amplas. 
Na década de 1970, o Brasil iniciou um processo de abertura política, marcado por uma 
mudança gradual no cenário nacional. Nesse contexto, a Psicologia sofreu uma perda de 
influência e reconhecimento, um fenômeno que também se observou em outras nações. A 
disciplina enfrentou dificuldades em abordar eficazmente os desafios sociais em evolução, 
65AVALIAÇÃO E DISCUSSÃO DENTRO DA PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃOUNIDADE 4
abrindo espaço para a ascensão da Sociologia como uma disciplina mais capaz de lidar 
com essas questões mais amplas e complexas.
A Psicologia Educacional representa uma subdisciplina da Psicologia cujo propósito 
central é decifrar os fenômenos psicológicos que permeiam o âmbito educacional. Dentro 
deste campo, diversos conceitos essenciais foram estabelecidos, a saber:
Aprendizagem: A aprendizagem assume uma posição de destaque no escopo da 
Psicologia Educacional. Trata-se do processo mediante o qual os indivíduos assimilam novos 
saberes, competências e princípios por meio da interação com seu ambiente circundante.
Desenvolvimento: O progresso humano constitui um conceito central no domínio 
da Psicologia Educacional. Este se refere às transformações que ocorrem ao longo da vida, 
abarcando dimensões como o crescimento físico, cognitivo, emocional e social.
Ensino: Uma das atividades primordiais no contexto educacional é o ato de 
ensinar, envolvendo a transferência de conhecimentos, aptidões e valores de professores 
para estudantes.
Avaliação: A avaliação desempenha um papel crucial na Psicologia Educacional, 
compreendendo a mensuração do desempenho dos estudantes em relação às metas de 
aprendizagem estipuladas. Esse processo pode se manifestar de várias formas, incluindo 
exames, trabalhos, observações e retroalimentação.
Motivação: A motivação desempenha uma função relevante na aprendizagem, 
referindo-se ao conjunto de processos psicológicos que incitam os indivíduos a se 
envolverem em atividades e a persistirem até alcançarem seus objetivos.
Comportamento: O comportamento de alunos e educadores no contexto da 
sala de aula assume um lugar significativo na investigação da Psicologia Educacional. Tal 
comportamento pode ser observado e analisado para desvendar os processos psicológicos 
subjacentes à aprendizagem e ao ensino.
Intervenção: A Psicologia Educacional também abarca a aplicação de 
conhecimentos e técnicas para aprimorar o processo educativo. Essas intervenções podem 
englobar programas de capacitação docente, estratégias para amplificar a motivação dos 
alunos e abordagens para enfrentar desafios comportamentais em sala de aula.
TRANSTORNOS E SINTOMAS 
QUE PODEM SER IDENTIFICADOS 
NO PERÍODO ESCOLAR3
TÓPICO
66AVALIAÇÃO E DISCUSSÃO DENTRO DA PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃOUNIDADE 4
Explorar a história, os compromissos e as perspectivas da Psicologia Escolar e 
Educacional equivale a examinar três dimensões essenciais que compõem sua identidade 
enquanto área de conhecimento interligada a um campo de prática social. A natureza dessa 
interconexão se manifesta, pelo menos, em duas vertentes: a psicologia educacional como 
um dos alicerces científicos da educação e da prática pedagógica, e a psicologia escolar 
como uma modalidade de atuação profissional que encontra seu âmbito de ação no processo 
educacional, concentrando-se na escola e nas dinâmicas ali estabelecidas. Dada a intrincada 
complexidade e diversidade dessas questões, a exploração abarca um amplo leque de 
possibilidades, demandando uma delimitação que envolve a seleção de determinados 
enfoques em detrimento de outros, que podem ser abordados em ocasiões distintas.
Em um escopo mais amplo, poderíamos abordar a Psicologia Escolar e Educacional 
por meio de suas conexões mais antigas. A Antiga Grécia, entre outras civilizações, constitui 
uma rica fonte de estudo, uma vez que suas produções filosóficas sintetizam a teoria do 
conhecimento, conceitos psicológicos e propostas sistemáticas de educação para a juventude, 
acompanhadas de suas correspondentes práticas pedagógicas. Dentro dessa abordagem, 
seria possível explorar figuras como Protágoras e os sofistas, Pitágoras e a escola pitagórica, 
Sócrates e a maiêutica, Platão e a Academia, Aristóteles e o Liceu, entre muitos outros.
 Da mesma forma, poderíamos examinar o pensamento medieval, período em que 
filosofia/teologia, educação/pedagogia e ideias psicológicas permanecem profundamente 
interligadas. A modernidade trouxe consigo uma complexidade que ampliou significativamente 
o escopo de análise dessas interações, gerando um campo de estudo quase inabarcável, 
67AVALIAÇÃO E DISCUSSÃO DENTRO DA PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃOUNIDADE 4
que se estende até a contemporaneidade, influenciando suas determinações. Em última 
instância, podemos afirmar que a relação entre psicologia e educação, especialmente 
em suas conexões com as teorias do conhecimento, é uma questão intrínseca à própria 
evolução do pensamento humano,constituindo-se como um campo de estudo complexo e 
abrangente. No entanto, esta não é a perspectiva a ser tratada aqui, mas reiterar essa ideia 
é necessário para ressaltar a complexidade e a abrangência inerentes ao foco com o qual 
abordaremos a Psicologia Escolar e Educacional no contexto brasileiro.
A proposta da Escola Nova, um movimento que advogou por mudanças no sistema 
educacional, colocando o estudante como protagonista no processo de construção do 
conhecimento, emergiu como uma resposta a esses desafios. A psicologia escolar, por 
sua vez, desempenha uma função crucial na identificação e tratamento dos transtornos de 
desenvolvimento infantil.
Ao longo da etapa educacional, é possível identificar uma variedade de 
distúrbios e sintomas em crianças e adolescentes. Dentre os principais transtornos de 
neurodesenvolvimento que podem ser detectados, destacam-se:
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH): Este transtorno é 
caracterizado por desafios no controle da atenção, movimento e regulação emocional. Os 
indícios iniciais podem surgir durante os primeiros passos da criança ou ao longo de seu 
desenvolvimento escolar.
Transtorno do Espectro Autista (TEA): Englobando indivíduos que possuem 
dificuldades na interação social, na comunicação verbal e na expressão emocional, o TEA 
pode ser notado nos primeiros anos de vida e persistir ao longo do desenvolvimento.
Adicionalmente, a ansiedade é um sintoma comum em crianças e adolescentes, com 
escolas desempenhando um papel relevante na identificação e tratamento desses casos. 
Questões relacionadas à saúde mental, tais como violência, apatia e outros distúrbios, 
também podem afetar jovens, impactando inclusive seu relacionamento com a educação.
Os distúrbios do neurodesenvolvimento abrangem modificações nos estágios 
iniciais do desenvolvimento cerebral, que persistem ao longo da vida. Sua origem remonta 
ao período gestacional ou à infância, manifestando-se por meio de deficiências na interação 
social e habilidades de comunicação, as quais afetam o desempenho tanto nas esferas 
sociais quanto acadêmicas dos indivíduos afetados. Esses impactos podem variar desde 
limitações resultantes de deficiências intelectuais até perturbações na aprendizagem.
Dentre alguns distúrbios que caracterizam essas manifestações, temos:
• Depressão: Uma em cada dez crianças, com idades entre 6 e 12 anos, experimenta 
sentimentos persistentes de tristeza — o símbolo oficial da depressão. Visto que 
68AVALIAÇÃO E DISCUSSÃO DENTRO DA PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃOUNIDADE 4
as crianças podem ter dificuldade em expressar ou compreender muitos dos 
sintomas característicos da depressão em adultos, os pais devem estar atentos 
a certos comportamentos-chave — juntamente com mudanças nos padrões de 
alimentação e sono — que podem sinalizar a presença de depressão em crianças:
 ◦ Diminuição abrupta do desempenho escolar;
 ◦ Perda de interesse ou prazer em atividades anteriormente apreciadas;
 ◦ Acessos de raiva, irritabilidade inexplicada ou choros;
 ◦ Pensamentos sobre morte ou suicídio;
 ◦ Expressões de medo ou ansiedade;
 ◦ Comportamento agressivo, recusa em cooperar, atitudes antissociais;
 ◦ Uso de álcool ou outras substâncias;
 ◦ Reclamações constantes de dores nos braços, pernas ou estômago, sem 
causa óbvia.
O tratamento é crucial para crianças que enfrentam depressão, permitindo que 
elas desenvolvam habilidades acadêmicas e sociais. Durante a psicoterapia, as crianças 
aprendem a expressar seus sentimentos e a desenvolver maneiras de enfrentar sua 
condição. Algumas crianças também podem responder a antidepressivos, mas o uso 
desses medicamentos deve ser monitorado de perto. A medicação não deve ser a única 
abordagem de tratamento, mas sim parte de um plano abrangente.
• Transtorno de Hiperatividade e Déficit de Atenção (THDA): Os traços principais 
do THDA englobam hiperatividade, impulsividade e uma dificuldade em manter 
a atenção ou concentração. Esses sintomas principais ocorrem em níveis que 
causam sofrimento significativo e interferência na capacidade, sendo muito mais 
severos do que os normalmente encontrados em crianças com idades e estágios 
de desenvolvimento similares. O THDA afeta de 3% a 5% das crianças em idade 
escolar. É mais comum em meninos do que em meninas e frequentemente se 
manifesta antes dos 7 anos, embora o diagnóstico seja mais frequente entre os 8 
e 10 anos. Crianças com THDA:
 ◦ Pensam que é difícil concluir atividades que requerem concentração;
 ◦ Parecem não escutar o que é dito a elas;
 ◦ São excessivamente ativas - correndo ou escalando de maneira inadequada, 
se contorcendo ou pulando de seus assentos;
 ◦ São facilmente distraídas;
 ◦ Falam incessantemente, frequentemente respondendo antes que a pergunta 
seja concluída;
69AVALIAÇÃO E DISCUSSÃO DENTRO DA PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃOUNIDADE 4
 ◦ Têm dificuldade séria em esperar sua vez em jogos ou grupos.
Além disso, crianças com THDA podem apresentar dificuldades de aprendizado 
específicas, o que pode levar a problemas emocionais resultantes do atraso escolar ou de 
reprimendas constantes por parte dos adultos, ou de zombarias de outras crianças. Assim, 
o tratamento pode incluir o uso de medicamentos, programas educacionais especiais para 
ajudar a criança a acompanhar academicamente os outros e psicoterapia.
Cerca de 70% a 80% das crianças com THDA respondem à medicação, que lhes 
permite ampliar sua capacidade de atenção, melhorar seu desempenho acadêmico e 
controlar comportamentos impulsivos. Isso, por sua vez, melhora os relacionamentos das 
crianças com professores, colegas e pais, aumentando a autoestima. A psicoterapia ajuda 
as crianças a lidar com seu transtorno e com a reação dos outros a ele. Uma parte crucial 
da psicoterapia envolve o trabalho do psiquiatra infantil com a criança e seus pais para 
desenvolver técnicas de manejo comportamental.
Diante dos transtornos acima, temos também um transtorno caracterizado com uma 
grande frequência nas escolas, o transtorno de conduta é um distúrbio comportamental que pode 
afetar o desempenho escolar e a relação do aluno com o ambiente escolar. Algumas formas de 
ajudar alunos com transtorno de conduta a se adaptarem ao ambiente escolar incluem:
Identificar os sintomas: é importante que a escola esteja atenta aos sinais de 
transtorno de conduta em seus alunos, como comportamentos agressivos, desafiadores e 
desrespeitosos em relação às normas e regras sociais.
Oferecer suporte emocional: a escola pode oferecer um ambiente acolhedor e 
seguro para os alunos, permitindo que eles se sintam confortáveis para expressar seus 
sentimentos e preocupações.
Estabelecer limites claros: é importante que a escola estabeleça limites claros e 
consistentes para os alunos com transtorno de conduta, de modo a ajudá-los a compreender 
as regras e normas sociais.
Promover atividades que estimulem a empatia: a escola pode oferecer atividades 
que estimulem a empatia e o respeito pelos outros, como projetos sociais e atividades em grupo.
Encaminhar para profissionais de saúde mental: em casos mais graves, é 
importante que a escola encaminhe o aluno para um profissional de saúde mental capacitado 
para realizar o diagnóstico e o tratamento adequado.
É fundamental que a escola esteja preparada para lidar com transtornos de conduta 
em seus alunos, oferecendo um ambiente acolhedor e seguro e promovendo atividades que 
estimulem a empatia e o respeito pelos outros. Além disso, é importante que a escola esteja 
atenta aos sinais de transtorno de conduta em seus alunos e encaminhe para profissionais 
de saúde mental quando necessário.
70AVALIAÇÃO E DISCUSSÃO DENTRO DA PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃOUNIDADE 4
Porém, é crucial reconhecer a importância de abordar e compreender os diversos 
transtornos que podem afetar crianças e adolescentes no ambiente escolar. A escola 
desempenha um papel fundamental não apenas na promoção do aprendizado acadêmico, 
mas também no desenvolvimentoemocional, social e comportamental dos alunos. Sendo 
que, a identificação precoce e o apoio adequado a estudantes que enfrentam desafios como 
depressão, transtorno de hiperatividade e déficit de atenção, ansiedade, fobias, transtorno de 
conduta e autismo são essenciais para garantir um ambiente educacional inclusivo e saudável.
Ao estabelecer um ambiente acolhedor e seguro, promover a empatia, estabelecer 
limites claros e encaminhar para profissionais de saúde mental quando necessário, as 
escolas podem desempenhar um papel crucial na mitigação dos impactos negativos desses 
transtornos. A colaboração entre educadores, profissionais de saúde mental, pais e alunos é 
fundamental para garantir que todos os estudantes tenham a oportunidade de desenvolver 
plenamente seu potencial acadêmico e pessoal.
É imperativo que a sociedade como um todo reconheça a importância de tratar esses 
desafios de forma sensível e eficaz, promovendo a conscientização e o entendimento sobre 
questões de saúde mental desde cedo. A educação não se limita apenas aos aspectos 
cognitivos, mas também abrange o bem-estar emocional e psicológico dos alunos. Portanto, 
ao investir na compreensão e no suporte aos transtornos que podem surgir no ambiente 
escolar, estamos construindo uma base sólida para o crescimento e sucesso futuros de 
nossas crianças e adolescentes.
Confira 7 dicas de como cuidar da saúde mental!
1. Adote uma alimentação saudável; 2. Faça uma terapia com profissional; 3. Invista na qualidade do seu 
sono; 4. Pratique exercícios físicos; 5. Saiba escolher com quem se relaciona; 6. Pratique o amor-próprio; 
7. Tenha um tempo para meditar.
EINSTEIN. Como cuidar da saúde mental. Disponível em: https://vidasaudavel.einstein.br/como-cuidar-
da-saude-mental/. Acesso em: 4 de outubro de 2023.
71AVALIAÇÃO E DISCUSSÃO DENTRO DA PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃOUNIDADE 4
Guia de Carreiras: Entenda porque a Psicologia Infantil é importante!
A Psicologia Infantil é um ramo da ciência que trata das questões psíquicas de crianças. Assim, essa 
especialidade investiga e analisa o comportamento dessa faixa etária. O estudo inclui quesitos de cognição, 
de percepção, de aflições emocionais, das condições sociais e até mesmo físicas.
Um profissional com expertise nessa vertente conseguirá perceber demandas ocultas tanto de crianças 
quanto de adolescentes. As angústias, embora sejam subjetivas, exercem um papel fundamental na 
formação dos indivíduos.
Por isso, com a Psicologia Infantil, é possível ajudar meninos e meninas a crescerem de uma maneira mais 
saudável, melhorando a qualidade de vida desse público. Quer saber mais? Então veja neste post como a 
Psicologia Infantil pode transformar o destino dos pequenos e também servir como uma excelente forma 
de ascensão profissional.
UNYLEYA. Entenda porque a Psicologia Infantil é importante. Disponível em: https://blog.unyleya.edu.br/
guia-de-carreiras/entenda-porque-a-psicologia-infantil-e-importante/. Acesso em: 4 de outubro de 2023.
https://blog.unyleya.edu.br/guia-de-carreiras/entenda-porque-a-psicologia-infantil-e-importante/
https://blog.unyleya.edu.br/guia-de-carreiras/entenda-porque-a-psicologia-infantil-e-importante/
72AVALIAÇÃO E DISCUSSÃO DENTRO DA PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃOUNIDADE 4
A psicologia da educação desempenha um papel fundamental no entendimento 
e aprimoramento dos processos educativos, levando em consideração tanto os aspectos 
gerais da aprendizagem quanto às particularidades individuais e os desafios que podem 
surgir, como os transtornos específicos de aprendizagem.
Ao longo deste percurso, exploramos como os princípios psicológicos podem ser 
aplicados para otimizar o ensino e a aprendizagem, considerando as teorias existentes. A 
Teoria Cognitiva, por exemplo, destacou a importância do processamento da informação e 
da construção ativa do conhecimento pelo aluno, fornecendo bases sólidas para estratégias 
pedagógicas que estimulem o pensamento crítico e a resolução de problemas.
A Teoria Socioconstrutivista, por sua vez, ressalta a influência do ambiente social 
e das interações sociais na construção do conhecimento. Essa abordagem reforça a 
importância de práticas colaborativas, discussões em grupo e atividades práticas, criando 
ambientes de aprendizagem enriquecedores e estimulantes.
Quando se trata de transtornos específicos de aprendizagem, como a dislexia e 
a discalculia, a psicologia da educação desempenha um papel crucial. Compreender as 
características desses transtornos e adotar abordagens pedagógicas diferenciadas, como o 
uso de recursos visuais, estratégias multissensoriais e adaptações curriculares, pode ajudar 
a superar as dificuldades de aprendizagem e promover o sucesso acadêmico desses alunos.
Além disso, a psicologia da educação nos alerta sobre a importância de considerar 
o desenvolvimento emocional e social dos alunos. A Teoria da Autodeterminação destaca 
a necessidade de cultivar a autonomia, a competência e a relação social saudável para 
promover a motivação intrínseca e o bem-estar dos estudantes.
Em resumo, a psicologia da educação é uma disciplina que enriquece a prática 
educativa ao fornecer insights valiosos sobre como os alunos aprendem, como suas emoções 
afetam o processo de aprendizagem e como os educadores podem criar ambientes propícios 
para o desenvolvimento holístico dos estudantes, incluindo aqueles com transtornos 
específicos de aprendizagem. Ao incorporar teorias educacionais sólidas e estratégias 
adaptativas, a psicologia da educação capacita os educadores a promoverem o potencial 
máximo de cada indivíduo, tornando a jornada educativa mais inclusiva, envolvente e eficaz.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
73AVALIAÇÃO E DISCUSSÃO DENTRO DA PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃOUNIDADE 4
“Motivação e aprendizagem no contexto escolar” é um texto que explora teorias de 
motivação na aprendizagem e oferece sugestões práticas para os educadores promoverem 
um ambiente motivador em sala de aula.
Além disso, o texto também menciona a distinção entre motivação extrínseca e 
intrínseca, onde a motivação extrínseca está relacionada com a busca por recompensas 
externas, enquanto a motivação intrínseca está relacionada com a satisfação interna e 
interesse pela tarefa. Para promover um ambiente motivador em sala de aula, o texto 
sugere algumas práticas, como:
• Apontar tarefas interessantes e apropriadas à idade e capacidade dos alunos;
• Criar programas de incremento ou promoção da motivação;
• Utilizar estímulos reforçadores para ativar ou iniciar comportamentos desejados;
• Proporcionar espaços de socialização e recreação que estimulem a motivação.
Disponível: http://www.cefopna.edu.pt/revista/revista_03/es_05_03_FR.htm
LEITURA COMPLEMENTAR
http://www.cefopna.edu.pt/revista/revista_03/es_05_03_FR.htm
74AVALIAÇÃO E DISCUSSÃO DENTRO DA PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃOUNIDADE 4
MATERIAL COMPLEMENTAR
FILME/VÍDEO
• Título: O lado bom da vida.
• Ano: 2012.
• Sinopse: Pat Solitano (interpretado por Bradley Cooper) é um 
homem que, após passar um tempo em uma instituição psiquiátrica, 
retorna à casa dos pais e tenta reconstruir sua vida. Diagnosticado 
com transtorno bipolar, Pat luta para manter sua estabilidade 
emocional e reconquistar sua esposa. Ele encontra uma aliada 
improvável em Tiffany (interpretada por Jennifer Lawrence), uma 
mulher igualmente complicada, que propõe uma parceria peculiar. 
Juntos, eles embarcam em uma jornada de superação, participando 
de uma competição de dança e lidando com as complexidades dos 
relacionamentos interpessoais. A comédia dramática aborda temas 
de amor, superação pessoal e aceitação, oferecendo uma visão 
sensível e muitas vezes engraçada das nuances do transtorno 
bipolar e suas ramificações nos laços familiares e sociais.
LIVRO
• Título: O poder do hábito.
• Autor: Charles Duhigg.
• Sinopse: o livro explora como os hábitos funcionam e como 
podemos modificá-los para transformar nossa vida. O autor 
apresenta exemplos de estudos científicos, históriasreais e 
pesquisas para ilustrar como os hábitos influenciam nossas ações 
diárias, tanto pessoais quanto profissionais.
• Ano de lançamento: 2012.
• Editora: Objetiva.
75
Ao longo desta apostila, exploramos de forma abrangente e interligada os conceitos 
e conteúdos fundamentais da Psicologia da Educação, com foco nos principais paradigmas 
psicológicos e suas repercussões na educação. Nossa jornada nos conduziu por uma 
análise profunda das interações entre a Psicologia e o processo educativo, revelando como 
as teorias psicológicas influenciam as estratégias pedagógicas, os métodos de ensino e a 
gestão da sala de aula.
A investigação do desenvolvimento humano e da interação social emergiu como 
elementos cruciais na construção do conhecimento e na formação da subjetividade 
dos indivíduos em contextos educacionais. Destacamos especialmente a concepção 
sociointeracionista no ambiente escolar, reconhecendo o papel essencial do professor na 
promoção do desenvolvimento integral do aluno, com ênfase na importância das interações 
sociais e emocionais no processo de aprendizagem.
Aprofundamos nossa compreensão dos estágios da infância e adolescência, 
relacionando-os com a contemporaneidade e considerando os desafios e transformações 
que essas fases do desenvolvimento enfrentam em nossa sociedade em constante evolução.
Além disso, enfatizamos o compromisso social tanto da Psicologia quanto da 
Educação, destacando como essas disciplinas podem contribuir de maneira significativa para 
a promoção da equidade, inclusão e justiça social no contexto educacional. Reconhecemos 
a importância de considerar as diversidades culturais e as necessidades individuais dos 
estudantes, buscando criar ambientes de aprendizagem enriquecedores e significativos.
Concluímos, portanto, que a interligação entre a Psicologia e a Educação é essencial 
para a formação integral dos indivíduos, preparando-os para enfrentar os desafios de 
uma sociedade diversificada e em constante transformação. Ao entender os paradigmas 
psicológicos e suas implicações na educação, estamos melhor equipados para moldar 
práticas pedagógicas eficazes, centradas no desenvolvimento humano, na interação social 
e na busca por um mundo mais justo e inclusivo.
Ao encerrar esta apostila, convidamos você a continuar explorando e aplicando 
esses conceitos em sua jornada profissional, contribuindo para um ambiente educacional 
enriquecedor e transformador. A Psicologia e a Educação têm um papel fundamental na 
construção de um futuro mais promissor para todos os indivíduos e comunidades. Que 
esta compreensão aprofundada seja um ponto de partida inspirador para suas futuras 
realizações.
CONCLUSÃO GERAL
76
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