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UNIASSELVI CURSO SUPERIOR DE BIOMEDICINA RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO SHIRLENE DE BARROS POLICARPO LAGUNA, MAIO DE 2024 UNIASSELVI CURSO SUPERIOR DE BIOMEDICINA SHIRLENE DE BARROS POLICARPO CLINISUL – LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLINÍCAS 08:00 ÀS 12:00 KAIO CESAR DE MELO GORGONHA Tutor da Disciplina Relatório Final de Estágio Curricular Supervisionado, apresentado a Uniasselvi-SC, como requisito para obtenção do diploma. LAGUNA, MAIO DE 2024. DADOS DO ESTÁGIÁRIO ALUNO: Shirlene de Barros Policarpo DATA DE NASCIMENTO: 06/05/1986 CONCLUSÃO DO CURSO: 2025 ENDEREÇO: Rua Nemesio Francisco Pereira, 201 FONE: (48)99831-3198 CURSO: Biomedicina ENDEREÇO: Avenida Colombo Machado Salles, 145 BAIRRO: Centro CIDADE: Laguna/SC CEP: 88790-000 FONE: (48) 3646-3335 DADOS DO ESTÁGIO RAZÃO SOCIAL: LABORATÓRIO CLINÍCO SUL LTDA ENDEREÇO: Rua Voluntário Carpes, 86 BAIRRO: Centro CIDADE: Laguna DATA DE FUNDAÇÃO: Setembro/2011 NATUREZA: Sociedade Empresária Ltda ÁREA DE ATUAÇÃO DA EMPRESA: Análises Clínicas NÚMERO DE EMPREGADOS: 6 PERÍODO DE ESTÁGIO: 01/04/2024 à 29/05/2024. REPRESENTANTE LEGAL DA EMPRESA: Juliano José Braun ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO .........................................................................................5 2. OBJETIVOS............................................................................................. 6 2.1 Objetivo Geral..........................................................................................6 2.2 Objetivos específicos ..............................................................................6 3. DESENVOLVIMENTO...............................................................................7 3.1 Histórico da empresa. .............................................................................7 3.2. Descrição dos setores........................ ...................................................8 3.3 Descrição da rotina diária no setor e relacionamento com a equipe .......................................................................................................................9 3.4 Descrição de casos clínicos vivenciados em seu estágio e suas possíveis resoluções/plano de ação.............................................................................................................10 3.5 Relatórios de dúvidas e como foram sanadas .....................................................................................................................13 4. CONCLUSÃO..........................................................................................14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................15 5. ANEXOS..................................................................................................16 1 INTRODUÇÃO O estágio supervisionado obrigatório é uma etapa fundamental na formação acadêmica dos estudantes de Biomedicina, proporcionando a integração entre a teoria adquirida ao longo do curso e a prática necessária para o exercício profissional. Neste contexto, o presente estágio foi realizado no Laboratório Clinisul, uma instituição renomada na área de análises clínicas, situada na cidade de Laguna, Santa Catarina. O laboratório clínico é responsável pelos resultados produzidos a partir de análises clínicas, os profissionais responsáveis pelo processo devem assegurar que não haja interferências ou falhas, mas sim que tenha êxito por meio do controle de qualidade, fidedignidade e sigilo. A informação produzida deve possibilitar a determinação e a realização correta de diagnóstico, tratamento e prognóstico das doenças (CHAVES, 2010). Durante o estágio, o acadêmico tem a oportunidade de vivenciar a rotina laboratorial, desenvolvendo habilidades técnicas e comportamentais essenciais para a atuação no mercado de trabalho. A prática laboratorial abrange diversos procedimentos, desde a coleta e encaminhamento de amostras até a realização e interpretação de exames clínicos, contribuindo para a formação de um profissional completo e capacitado. A importância do estágio supervisionado é ressaltada pela possibilidade de aplicar os conhecimentos teóricos em situações reais, permitindo ao estudante entender melhor a dinâmica do ambiente de trabalho, as responsabilidades e a ética profissional envolvidas. Além disso, a vivência prática possibilita o desenvolvimento de competências específicas, como o manuseio de equipamentos laboratoriais, a compreensão dos protocolos de biossegurança e a interação com a equipe multidisciplinar. Espera-se que esta experiência contribua significativamente para a formação acadêmica e profissional, preparando o estagiário para os desafios futuros na área de Biomedicina. 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral O presente relatório tem como objetivo descrever as atividades desenvolvidas durante o estágio, detalhando os setores do laboratório, a rotina diária, os casos clínicos acompanhados e a resolução de dúvidas que surgiram ao longo do processo.O estágio supervisionado obrigatório visa garantir ao acadêmico uma bagagem prática dos diversos campos de atuação da Biomedicina, neste caso, no âmbito laboratorial. Dessa forma, unindo teoria e prática em uma rotina de análises clínicas o acadêmico consegue desenvolver habilidades necessárias para o mercado de trabalho. 2.2 Objetivos Específicos · Conhecer a rotina de um laboratório clínico; · Observar as atividades de um biomédico no setor de coleta de sangue; · Encaminhamento das amostras para o setor de análise clínica; · Realizar o descarte correto dos materiais biológicos; · Entender a importância da biossegurança e aprender sobre as boas práticas no laboratório. · Desenvolver habilidades práticas e compreender a funcionalidades dos equipamentos; · Aprender como são realizados os exames nos setores de análises clínicas. 3 DESENVOLVIMENTO 3.1 Histórico da empresa De acordo com o site CLINISUL, no ano de 1971 os farmacêuticos-bioquímicos Dr. Alencar Alberto da Veiga Fucks e Dr. Nilo Oldirlei Martini Ribas se uniram em uma conversa no intuito de crescer e inovar no setor de análises clínicas na cidade Santo Ângelo no estado do Rio Grande do Sul. Houve o entendimento para formar uma sociedade e a criação de um novo laboratório que fosse mais moderno e que pudesse melhor servir a população e classe médica, nascendo assim o LABORATÓRIO CLINISUL. Em 2003 passou integrar a equipe o Dr. Mateus Batista Fucks, farmacêutico bioquímico, que posteriormente tornou-se sócio da empresa. Por 30 anos atenderam dentro das instalações do Hospital Regional. Em 2011 o Laboratório Clinisul resolveu trazer de lá todos os equipamentos que atendiam nesse Hospital, bem como o conhecimento prático e experiência para a cidade de Laguna no estado de Santa Catarina, e em pouco tempo tornou-se referência na região. A nova unidade passou a ter como diretor geral o Dr. Mateus Batista Fucks e como diretor Técnico o Dr. Juliano José Braun, farmacêutico-bioquímico que já atuava na unidade hospitalar em Santo Ângelo. Em 2013 o Laboratório Clinisul assumiu os serviços de análises clínicas do Hospital de Caridade Senhor Bom Jesus dos Passos, em Laguna-SC, atuando em regime de plantão 24 horas por dia. Em Junho de 2015 o Laboratório Clinisul de Laguna passou a atender na cidade vizinha de Pescaria Brava com a inauguração de um posto de coleta. Em 8 de abril de 2021 o Laboratório Clinisul completou 50 anos de história e a unidade de Laguna passou por uma reforma em sua estrutura, trocando todos os equipamentos, ampliando os atendimentos e trazendo mais conforto aos clientes. 3.2. Descrição dos setores O laboratório conta com 6 funcionários para exercer suas atividades, eles atuam num espaço que compreende 6 setores divididos em 2 andares, sendo estas muito bem equipadas e organizadas. Os setores são divididos em: · Recepção: possui sala de espera com cadeira confortáveis para os clientes enquanto aguardam o atendimento. O atendimento é feito por duasrecepcionistas que realizam cadastramentos, agendamentos, recebimentos das coletas biológicas e emissão de laudos. · Setor de coleta 1: Há uma enfermeira responsável por fazer a coleta de sangue e outros materiais biológicos. · Setor de coleta 2: Há uma enfermeira responsável por realizar as mesmas coletas do setor acima, sendo este especializado para o público infantil. · Banheiro: para oferecer mais facilidade aos clientes na hora de coletarem as amostras biológicas. · Área Técnica: Uma Biomédica e um Farmacêutico Bioquímico são responsáveis por receber as amostras, analisá-las e assinar os laudos laudo. Neste setor a acadêmica estagiária pode observar e auxiliar as atividades realizadas. · Almoxarifado: Local de armazenamento de todos os instrumentos e insumos utilizados no laboratório. 3.3 Descrição da rotina diária no setor e relacionamento com a equipe A estagiária foi integrada na área técnica do laboratório, onde interagiu de maneira eficaz com os profissionais responsáveis por este setor, sendo uma Biomédica e um Farmacêutico Bioquímico. Além disso, manteve um bom relacionamento com os demais funcionários e estagiários. A rotina diária da estagiária consistia em chegar ao laboratório, vestir o jaleco e dirigir-se à área técnica. Inicialmente, realizava a higienização das mãos e, em seguida, colocava luvas descartáveis. Posteriormente, dirigia-se ao setor de coleta, onde observava o processo de coleta de sangue realizado pela técnica de enfermagem através do procedimento a vácuo, que é mais prático e eficiente, especialmente quando os pacientes necessitavam de múltiplos exames, exigindo diversos tubos de coleta. Durante este processo, a estagiária também observava os procedimentos de biossegurança, descarte de material e compreendia a sequência de utilização de cada tubo. Em seguida, a estagiária encaminhava a rack com as amostras para o setor de análise (área técnica). Neste setor, as amostras eram preparadas utilizando máquinas específicas, tais como analisador hematológico, centrífuga e analisador bioquímico. Após essa preparação, as amostras eram submetidas a análises realizadas pelos profissionais biomédica e bioquímico responsáveis. Durante este período, a atenção e observação dos estagiários eram essenciais para a compreensão dos resultados. Adicionalmente, a estagiária adquiriu conhecimentos sobre a técnica de esfregaço sanguíneo e coloração de lâmina. Sempre sob supervisão, a estagiária foi auxiliada no preparo e realização de diversos exames, tais como tipagem sanguínea, VDRL, Beta HCG, coagulômetro TP e TTPa e fotômetro de chama (sódio e potássio). Posteriormente, teve a oportunidade de observar os preparos de exames de urinálise e parasitologia, bem como acompanhar os procedimentos de envio das amostras para o laboratório de apoio, realizados pela enfermeira responsável. Na área técnica de microbiologia, a estagiária adquiriu conhecimento sobre a preparação de semeaduras de urocultura e antibiograma FIGURA 1 – EXAME DE TIPAGEM SANGUÍNEA Fonte: A autora. 3.4 Descrição de casos clínicos vivenciados no estágio e suas possíveis resoluções/plano de ação Durante o estágio, o Dr. Juliano, supervisor de campo, apresentou um caso clínico específico com alterações na contagem automatizada do hemograma completo. Ele explicou que, quando isso ocorria, o procedimento subsequente seria analisar a amostra de sangue do paciente em uma lâmina de esfregaço sanguíneo. Seguem as informações deste caso clínico: uma mulher de 32 anos com alterações eritrocitárias. FIGURA 2 – ESFREGAÇO SANGUÍNEO FONTE: Laboratório Clinisul. Na imagem é possível observar algumas alterações morfológicas presentes nas hemácias: · Anisocitose: Presença de hemácias de diferentes tamanhos. · Microcitose: Hemácias menores do que o normal. · Hipocromia: As hemácias apresentam uma coloração mais clara, o que sugere pouca concentração de hemoglobina dentro das células. · Poiquilocitose: Há várias hemácias de formas anormais, algumas em forma de lágrima e outras com forma de alvo. FIGURA 3 – RESULTADO DE HEMOGRAMA COMPLETO FONTE: Laboratório Cinisul Diante dos achados do esfregaço de sanguíneo juntamente com os resultados no índice hematimétrico é possível confirmar a presença de anemia microcítica hipocrômica com anisocitose e poiquilocitose, manifestada por baixos valores de hemácias, hemoglobina, hematócrito, VCM e CMH. A anemia microcítica hipocrômica está frequentemente associada à deficiência de ferro. RDW elevado indica alterações no tamanho dos glóbulos vermelhos, o que é comum em anemias deficientes. A anemia microcítica e hipocrômica correspondem a um grupo de anemias, onde podem ser hereditárias ou adquiridas. Durante o processo de maturação dos eritrócitos é necessário uma homeostasia entre os valores da globina, heme e ferro (Fe), a fim de formar Hb estáveis. Nesse grupo se encaixam a anemia por carência de ferro, anemia sideroblástica e as talassemias, onde ocorre defeito na síntese de globinas ou heme. Em alguns casos se enquadram também anemias devido a processos crônicos, que na maioria das vezes é considerada normocíticas, no entanto, também podem ser microcíticas (AIXALÁ, 2017; MATOS et al., 2008) Para um diagnóstico preciso e tratamento adequado, é fundamental consultar um médico, que irá avaliar os resultados em relação à condição clínica do paciente e testes adicionais, se necessário, para realizar a determinação da causa subjacente da anemia e outras condições relacionadas. 3.5 Relatórios de dúvidas e como foram sanadas Durante a rotina do estágio, surgiram diversas dúvidas que foram esclarecidas pelo Dr. Juliano, responsável técnico do Laboratório, pela Biomédica e através de pesquisas realizadas. Questões como a finalidade de cada tubo de coleta foram resolvidas mediante pesquisas em vídeos no YouTube e em livros de disciplinas relacionadas. Em relação à definição do diagnóstico de Sífilis (VDRL), particularmente quando se realizava a diluição, havia uma dúvida sobre como identificar o resultado da titulação na última diluição que apresentava reatividade. Essa dúvida foi esclarecida pelo Dr. Juliano, que auxiliou na comparação dos poços que apresentavam reatividade semelhante, indicando até onde a amostra deixava de ser reagente. Outra dúvida foi sobre o exame de fotômetro de chama, especificamente sobre a dificuldade no processo. O Dr. Juliano explicou que, devido à sensibilidade do teste, ele precisava ser realizado com precisão, atentando-se às quantidades exatas de amostra e água deionizada, evitando a formação de bolhas de ar e garantindo a pipetagem correta. Além disso, em casos de resultados alterados, era necessário refazer o procedimento e verificar o histórico do paciente. 4. CONCLUSÃO O estágio supervisionado realizado no Laboratório Clinisul foi de extrema importância tanto no âmbito pessoal quanto profissional. Durante o período de estágio, a acadêmica teve a oportunidade de vivenciar de perto a rotina de um laboratório clínico, compreendendo as diversas etapas e procedimentos envolvidos nas análises clínicas. Esse contato direto com o ambiente de trabalho proporcionou um desenvolvimento significativo de habilidades práticas e teóricas. Do ponto de vista pessoal, o estágio permitiu o fortalecimento de atributos como responsabilidade, organização e comunicação eficaz. A interação diária com profissionais experientes e a necessidade de cumprir normas rigorosas de biossegurança e sigilo profissional contribuíram para um crescimento pessoal substancial, aprimorando a capacidade de trabalhar em equipe e resolver problemas de forma eficiente. Profissionalmente, a experiência no Laboratório Clinisul foi enriquecedora, agregando um vasto conhecimento sobre as técnicas laboratoriais, a funcionalidade dos equipamentos e a importância do controle de qualidade nas análises clínicas. A prática supervisionada possibilitou o desenvolvimento de competências essenciais para o mercado de trabalho, tais como a coleta e análise de amostras biológicas, o preparoe a realização de exames e a interpretação de resultados laboratoriais. Além disso, a experiência proporcionou uma compreensão aprofundada sobre a importância da biossegurança e das boas práticas no ambiente laboratorial. Em suma, o estágio supervisionado no Laboratório Clinisul foi uma experiência transformadora, contribuindo significativamente para a formação da acadêmica como futura profissional de Biomedicina. A união entre teoria e prática, aliada ao apoio e orientação dos profissionais do laboratório, resultou em um aprendizado valioso e essencial para a atuação competente e segura no campo das análises clínicas. 5. REFERÊNCIAS AIXALA, M. T. F. Anemia microcítica-hipocrómica: anemia ferropénica versus talasemia menor. Ato de bioquímica clínica latino-americana, La Plata, v 51, n 3, p 291-305, set, 2017. Disponível em: http://www.scielo.org.ar/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0325-29572017000300004&lng=es&nrm=iso Acesso em 03 de junho de 2024. Clinisul. Clinisul Laboratório de Análises clínicas. Disponível em: https://www.labclinisul.com.br Acesso em 25 de maio de 2024. CHAVES, Carla D. Controle de qualidade no laboratório de análises clínicas. Bras Patol Med Lab. Volume 46, Número 5, outubro 2010. 6. ANEXOS Recepção Sala de coleta infantil Sala de Coleta 1 Área Técnica Analisador Bioquímico Bancada Técnica e Estufas Analisador de Hemograma image4.jpeg image5.jpeg image6.jpeg image7.jpeg image8.jpeg image9.jpeg image10.jpeg image1.jpg image2.jpg image3.jpg