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Fotomontagem Jornalística Uma imagem com sentido amplo, só acaba por lançar gasolina às mentes inflamáveis pela criatividade que penetra na cabeça daqueles que se dispõem a tornar-se um leitor de textos ou de imagens, o perigo está nos que não aprendem a ter bom senso e valores contra violência e esses também existem. Ana Paula dos Anjos Aguiar Graduanda em Publicidade e Propaganda pela Ufes imagem da fotógrafa Gabriela Biló publicada na capa da Folha de São Paulo (19 de janeiro de 2023). Assim como um texto, a fotografia vai mostrar um posicionamento. Quando algo é novo, traz uma criatividade inesperada para aquele cenário, como foi o caso da fotografia da Gabriela Biló para a folha, no meu ponto de vista, se torna um caso de parcialidade onde, se não tiver apoiado em um texto ou um conteúdo complementar que enviesasse aquela imagem, irá deixar que o leitor dê o seu significado a ela. Vivemos em um momento político onde um fato nítido, uma imagem “pura” de um momento real já tem sido interpretada com ambiguidade a depender do partido político da pessoa. Então se um jornal dispõe como apoio ao seu texto uma imagem com sentido amplo, Uma imagem com sentido amplo, só acaba por lançar gasolina às mentes inflamáveis pela criatividade que penetra na cabeça daqueles que se dispõem a tornar-se um leitor de textos ou de imagens, o perigo está nos que não aprendem a ter bom senso e valores contra violência e esses também existem. O fotojornalismo tem como base a ideia de verdade, assim como o texto jornalístico. Em um cenário onde fake news são expostas em massa no WhatsApp e têm circulado tendo cada vez mais apoiadores e com imagens montadas. O que começo a questionar aqui não é se é montagem, auto exposição, ou não, o que movimentou a discussão sobre a fotografia montada do Lula com o vidro quebrado. Vejo que o movimento vem em torno do medo do que uma fotografia pode vir a representar para a maioria. Se vir a representar violência ao imaginário da maioria é errado. Se vier a representar o imaginário da maioria como uma presidência intácta com os atentados então pode ser uma questão de concordar ou não com o teor da imagem. Logo, me parece uma questão numérica de possibilidades que se levadas a sério por um grupo com o imaginário violento pode suscitar transtornos maiores a um cenário em que a violência já tem se instalado.