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CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 1 Fundamentos da Educação Especial As terminologias utilizadas na Educação Especial e sua evolução Aula 3 Prof. Ana Regina Caminha Braga CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 2 Conversa inicial Olá! Seja bem-vindo à terceira aula de Fundamentos da Educação Especial! Nesta temática, serão abordados alguns tópicos relevantes da Educação Especial para que os professores e a comunidade escolar possam compreender e aprender sobre os momentos marcantes das evoluções já conquistadas. Para isso, é necessário definir as terminologias da Educação Especial e em seguida desenvolver algumas especificidades dos alunos com Transtornos Globais do Desenvolvimento, Altas Habilidades/Superdotação e os Recursos da Educação Especial. Para saber mais sobre o que será estudado na aula de hoje, assista ao vídeo de introdução que está disponível no material on-line! Contextualizando Aline é professora na escola “Lápis Colorido”, com uma turma de 2º ano do Ensino Fundamental. Pela primeira vez, mediante seus anos de docência, estava analisando sua turma e percebeu que Antônio tem apresentado algumas características específicas de um possível autismo, mas ela não tem clareza do diagnóstico, pois não possui formação adequada para tal. Quais providências a professora Aline pode tomar para auxiliar o processo e desenvolvimento de aprendizagem do seu aluno? Para os comentários da professora Ana Regina sobre o caso apresentado, assista ao vídeo que está disponível no material on-line. Ao iniciar a temática proposta, é necessário pontuar que o objetivo ao elaborar o material é colocar para os alunos, professores e familiares a realidade das pessoas que fazem parte do desenvolvimento da Educação Especial, as quais também acompanharam os aspectos negativos e atualmente o esforço CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 3 para que tenham mais resultados significativos no momento não apenas de aprender, mas assim seja feito também na sua inserção familiar e social. A Educação Especial passou por vários processos desde a Declaração de Salamanca (1994), o Estatuto da Pessoa com Deficiência (1995), dentre outros documentos assegurados pelo Ministério da Educação. Neles é possível verificar as diferentes visões estabelecidas ou os paradigmas socialmente vividos para com a presença das pessoas com deficiência e pertencentes à Educação Especial. O relevante é oportunizar uma reflexão atual do pensamento e atitudes da sociedade para com esse público, pois na escola, na família e na sociedade como um todo, esse tema tem sido abordado com frequência e bastante intensidade com o objetivo de amenizar o preconceito. Como você visualiza essa prática no meio em que convive? Para nortear essa reflexão é disponibilizada uma frase de Paulo Freire que leva cada um a pensar em como recebe e olha as especificidades do ser humano: "Não há saber mais ou saber menos: há saberes diferentes". É importante parar para refletir como sociedade, pois o simples olhar ou atitude demonstrada, seja em sala de aula, na igreja, no supermercado, no teatro ou em qualquer espaço, faz a diferença não apenas para a pessoa com a deficiência, mas também para a família que é conhecedora dos limites e das lutas enfrentadas, com o objetivo de motivar seu filho e/ou familiar a ir além do que já conquistou. O colocar-se no lugar do outro é um dos caminhos possíveis para iniciar a aprendizagem das pessoas para as novas realidades da educação especial e inclusão. Esse processo só acontece de fato quando há o respeito, intenção e conhecimento dos profissionais para que os indivíduos sejam inseridos na escola de maneira consciente, com planejamento adequado e professores com formação adequada para atender as especificidades dentro de sala de aula. Devem também ter disposição para trabalhar com os demais alunos as CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 4 diferenças, não para despertar o “pré-conceito”, mas a necessidade de incluir com consciência do processo e do percurso escolar a ser estabelecido. A primeira instituição a perceber que a criança apresenta uma especificidade na maioria dos casos é a família e em segunda instância, a escola. Mas, independente do movimento, é preciso compreender a importância de identificar as situações e procurar as pessoas especialistas na área ou buscar aqueles que podem auxiliar a encontrar um norte, por exemplo, psicopedagogos, psicólogos, neuropediatras, psicomotricistas, dentre outros. Agora chamo você a entrar nesse “mundo” de definições, características e possibilidades para conhecer e aprender sobre as pessoas com deficiência ou especificidades. O que é deficiência? A deficiência, além de ter sua definição, também conta com os paradigmas, muitas vezes, instaurados no olhar da sociedade. Ou seja, é preciso defini-la como parte do estudo profissional do professor, da equipe pedagógica, da reorganização e conhecimento da dificuldade que apresenta um filho para seus responsáveis. Logo, é relevante pontuar que as definições não podem ser unanimidade no processo, de forma a paralisar um processo educacional ou social, pois todo ser humano tem seu potencial e, dentro dele, suas limitações. Dessa maneira, deficiência é o termo utilizado em referência àqueles que apresentam algum tipo de comprometimento físico, sensorial e/ou intelectual. No entanto, essa definição não é única, pois existe uma divergência desde a cultura, crenças, atitudes até áreas de estudo de cada autor, por exemplo. Sendo assim, alguns analisam a deficiência por meio de uma visão cognitivista, sociológica, comportamental, dentre outras. De acordo com Smith (2008, p. 29), deficiência é: Uma necessidade política e econômica de sociedades que requerem uma estrutura de classes. Outros não aceitam a ideia de que a deficiência é o resultado de uma sociedade estratificada e rejeitam a ideia de que todos devem ser tratados do mesmo modo. Outra explicação refere-se à necessidade de as pessoas focarem o conceito de “diferença” e de fazerem julgamentos de valor. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 5 A palavra deficiência em si é passível de terminações que levam aos demais a pensar em a pessoa ser capaz, não capaz, defeituoso, excepcional, dentre outros. Logo, o objetivo é compreender que a nomenclatura não deve estipular se a pessoa com deficiência é capaz ou não. Diferentes termos são adotados buscando uma definição melhor do público da educação especial e uma alternativa que não revele preconceito. Por isso, termos como anormais, idiotas, incapacitados nunca deveriam ter sido utilizados e, felizmente, não o são mais. Uma preocupação que pode ser realidade da educação especial é a possibilidade de um termo utilizado erroneamente ou até mesmo as atitudes das pessoas mais próximas daquelas que possuem deficiência, por um excesso de cuidado ou quem sabe até o descaso, limite a independência do indivíduo. É preciso considerar que o ser humano é composto de dimensões cognitivas, afetivas e sociais, ou seja, é reflexo de uma autoestima, reconhecimento de suas habilidades e limitações. Na visão de Smith (2008), a deficiência ainda pode ser considerada como uma diferença que coloca o deficiente à parte dos ditos “normais”. Dessa maneira, pode tornar-se evidente a segregação, exatamente o que a educação tem lutado para não acontecer no cotidiano do aluno do século XXI. É importante destacar que a expressão necessidades educacionais especiais não tem o mesmo significado de deficiência, uma vez que pode abranger a deficiência, mas não fica reduzida a ela. Cabe aqui lembrar que deficiência é o termo utilizado em referência àqueles que apresentam algum tipo de comprometimentofísico, sensorial e/ou intelectual. Assim, a expressão necessidades educacionais especiais está relacionada aos alunos que, ao longo de sua vida acadêmica, apresentam alguma dificuldade de aprendizagem. Para compreender a Educação Especial é possível abordar a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), na qual algumas modificações foram vivenciadas nos anos 1961, 1971 e 1996. Sendo assim, é possível fazer em tópicos um pequeno levantamento dos acontecimentos: CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 6 ■ Lei n˚ 4.024, de 20 de dezembro de 1961: considerava que a educação de excepcionais deveria ser inclusa no sistema geral da educação com o objetivo de inseri-los na sociedade; ■ Lei n˚ 5.692, de 11 de agosto de 1971: os alunos que apresentassem deficiência física, mental, com atraso para a idade regular ou os superdotados receberiam tratamento especial; ■ Lei n˚9.394, de 20 de dezembro de 1996: é possível observar como se dá o entendimento da Educação Especial: Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) § 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial. § 2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular. § 3º A oferta de educação especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil. Para aprofundar algumas questões das deficiências e dificuldades será contemplado o autismo, as altas habilidades/superdotação e os recursos da Educação Especial. Para saber mais, acesse o material on-line e assista ao vídeo que está disponível para você! Transtorno Global do Desenvolvimento: alunos com autismo No Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD) está o autismo, a Síndrome de Asperger, o Transtorno Invasivo sem Especificação, o Transtorno Desintegrativo de Infância e a Síndrome de Rett. Aqui será abordado apenas o autismo. O autismo, assim como todas as deficiências, dificuldades e síndromes, possui suas características. Para continuar esse estudo, é válido pontuar algumas, como: a indiferença; interação com seus pares diferenciada e só há CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 7 interação caso um adulto esteja presente para auxiliar na comunicação; insiste no mesmo assunto; a convivência com outras crianças é restrita; apresenta resistência a mudanças e não apresenta contato visual. Amaral (2014) pontua o desenvolvimento da criança autista dos seus 2 meses até 5 anos. Veja a seguir: ■ 2 meses: um bebê dentro dessa idade fixa o olhar, presta atenção aos sons, se aninha no colo e troca o olhar ao mamar. A criança com autismo não apresenta essas características. ■ 3 meses: o bebê firma o pescoço, vira a cabeça conforme o barulho, segura objetos, reconhece o cheiro e rosto da mãe. O autista é indiferente a esses sinais e também não reage quando está com fome ou sujo. ■ 4 meses: o bebê sorri, emite sons, estica os braços para alguém pegá-lo, se distrai com as mãos e pés. O autista nessa fase é pouco sorridente, não tem movimentos emancipatórios e não demonstra interesse com os móbiles. ■ 6 meses: o bebê sorri, leva os objetos à boca, imita sons, demonstra medo a estranhos, se reconhece no espelho e já fica em pé sem apoio. O bebê com autismo não evidencia resposta ao sorriso ou sons de outras pessoas. Ele precisa de mais estímulo, não responde quando chamado pelo nome e, às vezes, é possível pensar que ele não escuta. ■ 10/11 meses: o bebê já tem pinça para pegar objetos e participa de brincadeiras com gestos; mas o autista não acena e nem aponta para os objetos com o objetivo de chamar atenção. ■ 1/3 anos: a criança consegue brincar de faz de conta, com frases curtas e faladas, o vocabulário enriquece e a interação com seus pares aumenta. A interação e atenção desprendida é reduzida, assim como seu interesse por pinturas e desenhos. ■ 4/5 anos: a criança apresenta interesse de afetividade pelas pessoas, se veste sozinha, já separa os objetos por tamanho e cor; no entanto, o autista não demonstra dificuldade em se colocar no lugar do outro, pode CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 8 apresentar um comportamento peculiar seu e não tem interesse no desenho e pintura. Ao citar o faz de conta, é importante dizer do predomínio da fantasia, porém, a atividade psicomotora garante que a realidade se mantenha. O princípio da imaginação garante que a criança modifique sua vontade por meio do “faz de conta”, porém, como a atividade é expressa por meio do corpo, obrigatoriamente respeita a realidade concreta e as relações com o mundo real. Com o amadurecimento da criança, esse jogo, se estimulado, prevê a diminuição da atividade egocêntrica, passando a adquirir uma socialização crescente. Dentre as características do jogo simbólico se destacam: ■ Liberdade de regras do mundo adulto, prevalecendo às criadas pela criança; ■ Desenvolvimento da imaginação; ■ Ampliação do caráter fantasioso da ação; ■ Não há um objetivo explícito ou consciente para a criança; ■ A criança estabelece sua própria lógica com a realidade; ■ Assimilação da realidade ao "eu". No cerne da prática docente é preciso explorar as imitações sem modelo, as dramatizações, os desenhos e pinturas, o “faz de conta”, a linguagem, permitindo a exploração do jogo simbólico seja individualmente ou em relação com outras crianças. Afinal, essas práticas são fundamentais para o desenvolvimento cognitivo e para a sustentação emocional. É fundamental perceber que em crianças com TGD o jogo simbólico acontece de outra forma: é preciso incentivar e promover práticas principalmente por meio da imitação, para que essa criança se desenvolva de forma harmoniosa e completa. O trabalho em sala de apoio especializada para o autista deve ser específico com materiais próprios por conta de possível agressividade, dependendo do grau, o que difere de pessoa para pessoa. Alguns cuidados são citados por Amaral (2014, p. 25): CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 9 luminosidade da sala de aula – pessoas com autismo não gostam de muita luz; cheiro dos produtos utilizados incomodam, podendo apresentar comportamento inadequado; material concreto – alfabeto móvel, blocos lógicos, jogos de quebra-cabeças e jogos da memória. Para aprender e aprofundar suas leituras e conhecimentos sobre o autismo, ficam disponíveis dois vídeos interessantes para o seu acesso: https://www.youtube.com/watch?v=mNab1gzIy1o https://www.youtube.com/watch?v=NqCIfVlX9GI Alunos com altas habilidades/superdotação As características do aluno com altas habilidades/superdotação são variadas, mas um grupo delas é considerado universal, por exemplo, a curiosidade, vivacidade mental, motivação interna, persistência na área de seu talento, capacidade de resolver problemas, energia, habilidade em assumir riscos, sensibilidade, pensamento original e divergente, conduta criativa. No entanto, características podem variar em grau de intensidade e na forma de sistematizar os comportamentos. O relevante é atender esses alunos, oferecendo-lhes uma condição adequada para sua aprendizagem e que atendam suas necessidades, de acordo com a realidade cognitiva, afetiva, familiar e social de cada aluno. Pessoas superdotadas e com altas habilidades podem ser conceituadas por Smith (2008, p. 222) como aquelesque foram identificados na pré-escola e no ensino fundamental por terem demonstrado ou terem potencial de habilidades que evidencie uma capacidade de alto desempenho nas áreas intelectuais, criativas, acadêmicas especificas, habilidade de liderança e realização, artes visuais e, por essas razões, requerem serviços que não são comumente oferecidas pelas escola. Dentro dessa perspectiva, é possível visualizar que pessoas superdotadas e com altas habilidades podem ter uma constituição neurológica que permite que elas aprendam com mais facilidade. Utilizam algumas ferramentas a seu favor, como a boa memória, o processamento das informações para conduzi-las até uma aprendizagem de maneira eficaz, num tempo diferente de seus colegas da mesma idade. https://www.youtube.com/watch?v=mNab1gzIy1o https://www.youtube.com/watch?v=NqCIfVlX9GI CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 10 A principal orientação é, independente do caso apresentado pelos alunos em suas especificidades, buscar parceria com a equipe pedagógica na escola, na família para que eles também participem e compreendam a importância de seguir as recomendações, e outros profissionais para auxiliar no processo de investigação. No vídeo a seguir, você poderá assistir a um depoimento e uma orientação referente à altas habilidades/superdotação no programa Ligado em Saúde: https://www.youtube.com/watch?v=KLQFreZ9LsI Para tirar as dúvidas, assista ao vídeo que a professora Ana Regina preparou para você! Acesse o material on-line! Recursos da Educação Especial Atendimento Educacional Especializado (AEE) O século XX, mais precisamente 1926, registra a fundação do Instituto Pestalozzi, especializado no atendimento às pessoas com deficiência mental. Em 1945, a Sociedade Pestalozzi, por meio de Helena Antipoff, cria o primeiro AEE voltado às pessoas com superdotação. As políticas públicas para o AEE têm em seu universo de ação crianças, adolescentes e adultos, de qualquer idade e com diferentes situações de aprendizagem. Na Educação Inclusiva esse atendimento tem como foco: a aprendizagem, enquanto processo interminável, e o comportamento do aprendiz. O grande desafio é possibilitar o acesso e a permanência com qualidade dos alunos com necessidades educacionais especiais na escola. Ao discutir a meta da inclusão desse público, faz-se necessário considerar que este é um fato relativamente recente na educação brasileira, o que causa receios e apreensões, tanto por parte da escola como dos pais. Na Lei 5692/71 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, existe a caracterização da clientela da Educação Especial como sendo alunos que https://www.youtube.com/watch?v=KLQFreZ9LsI CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 11 apresentam deficiências físicas ou mentais, assim como os que se encontram em atraso considerável quanto à idade regular de matrícula e os alunos superdotados. Na atuação das políticas públicas, em decorrência da ampliação do acesso à escola para a população em geral, são implantadas as classes especiais nas escolas básicas – públicas, sob a responsabilidade, na maioria, dos sistemas estaduais. Esse atendimento se dá em razão do rendimento escolar aquém do esperado. No entanto, quando se fala em classes especiais e remete-se ao sistema estadual, já são conhecidos os fatores que prejudicam o andamento e o trabalho significativo com esse público, pois são necessários professores com formação adequada com recursos disponíveis para utilizar com os alunos e vários outros elementos importantes. Em 1973 acontece a interferência do privado no público por influência de entidades privadas de Educação Especial, quando ocorre a criação do Centro Nacional de Educação Especial (CENESP), tendo a função de gerenciar a Educação Especial no Brasil, ainda com uma concepção de “políticas especiais” e não universal; e também a ocorrência de um atendimento paliativo aos alunos com superdotação. Salas de Recursos Multifuncionais (SRMs) A SRMs é um ambiente adequado com mobiliário, recursos, materiais pedagógicos e acessibilidade para que os alunos da Educação Especial sejam atendidos no contraturno. Essa realidade é presente nas escolas de ensino regular público. O Ministério da Educação apoia a construção e alimentação de materiais, como kits atualizados, para que os profissionais possam dar o apoio necessário às crianças que precisam do Atendimento Educacional Especializado. As SRMs são abertas de acordo com o número de alunos da Educação Especial presente na escola e a distribuição dos recursos é realizada por empresas, de acordo com licitações ganhas. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 12 Os recursos inclusos nas SRMs são computadores e impressoras braile, mouses com acionadores de pressão e mobiliário adquirido por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Quer saber mais? Então acesse o material on-line e assista ao vídeo que a professora Ana Regina preparou! Trocando ideias Durante a temática aqui desenvolvida, foram abordadas as altas habilidades/superdotação. Para fomentar a discussão do fórum, assista ao vídeo em que a psicóloga Cristina Delou fala sobre o assunto e responda a seguinte questão: Qual é o desafio da escola e da família para oferecer às crianças e aos alunos com superdotação um ambiente significativo para suas aprendizagens, de acordo com suas habilidades e limitações? https://www.youtube.com/watch?v=0jCKBoLPU14 Comentário É relevante considerar as aprendizagens já adquiridas e também o acompanhamento da escola juntamente com os profissionais para que sejam orientados a utilizar as estratégias e recursos adequados com as pessoas superdotadas, de maneira que elas se sintam inseridas e motivadas a interagir e participar das atividades propostas pela escola e pela família. Na prática Vamos retomar a situação apresentada no início dos nossos estudos? Nela, a professora Aline do 2˚ ano do Ensino Fundamental percebe que Antônio tem apresentado algumas características específicas de um possível autismo. Quais providências Aline pode tomar para auxiliar o processo e desenvolvimento de aprendizagem do seu aluno? https://www.youtube.com/watch?v=0jCKBoLPU14 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 13 Comentários ■ A professora pode amadurecer seus levantamentos com observações e análises da participação do seu aluno ao desenvolver as atividades solicitadas, bem como a interação do Antônio com os colegas dentro e fora da sala de aula. ■ Ao perceber que o aluno apresenta especificidades, a professora pode imediatamente chamar a equipe pedagógica para uma reunião e pontuar o caso para a escola tomar as providências cabíveis e, assim, ela possa prosseguir suas aulas sem preocupações relacionadas ao assunto. ■ Durante as primeiras hipóteses da professora de um movimento específico do aluno, é imprescindível que uma parceria seja estabelecida com a equipe pedagógica e demais profissionais da escola para estabelecer uma aproximação com a família e, assim, conversarem sobre os encaminhamentos necessários, de maneira a iniciar um trabalho diagnóstico, pois, a partir dessa devolutiva, a escola pode readequar as estratégias necessárias de acordo com as habilidades e limitações do Antônio. Para mais esclarecimentos sobre o caso apresentado, assista ao vídeo que está disponível no material on-line! Síntese Nesta aula, foi possível abordar as terminologias da Educação Especial, algumas especificidades dos alunos com Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD). Trabalhamos especificamente o autismo e, em seguida, as altas habilidades/superdotação e os recursos da Educação Especial com Atendimento Educacional Especializado e a Sala de Recursos Multifuncionais. Para as considerações finaisda professora Ana Regina, assista ao vídeo que está disponível no material on-line! CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 14 Referências AMARAL, P. Autismo no tempo da delicadeza. Rio de Janeiro: Ed. Wak, 2014. Diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm> Acesso em 02 de abril de 2016. MEC. Educação Inclusiva: atendimento educacional especializado para a deficiência mental. 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