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CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
1 
 
 
 
 
 
Fundamentos da Educação Especial 
 
 
 
 
 
As terminologias utilizadas na Educação Especial e 
sua evolução 
Aula 3 
 
 
Prof. Ana Regina Caminha Braga 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
2 
Conversa inicial 
Olá! Seja bem-vindo à terceira aula de Fundamentos da Educação 
Especial! Nesta temática, serão abordados alguns tópicos relevantes da 
Educação Especial para que os professores e a comunidade escolar possam 
compreender e aprender sobre os momentos marcantes das evoluções já 
conquistadas. Para isso, é necessário definir as terminologias da Educação 
Especial e em seguida desenvolver algumas especificidades dos alunos com 
Transtornos Globais do Desenvolvimento, Altas Habilidades/Superdotação e os 
Recursos da Educação Especial. 
 
Para saber mais sobre o que será estudado na aula de hoje, assista ao 
vídeo de introdução que está disponível no material on-line! 
Contextualizando 
Aline é professora na escola “Lápis Colorido”, com uma turma de 2º ano 
do Ensino Fundamental. Pela primeira vez, mediante seus anos de docência, 
estava analisando sua turma e percebeu que Antônio tem apresentado algumas 
características específicas de um possível autismo, mas ela não tem clareza do 
diagnóstico, pois não possui formação adequada para tal. Quais providências a 
professora Aline pode tomar para auxiliar o processo e desenvolvimento de 
aprendizagem do seu aluno? 
 
Para os comentários da professora Ana Regina sobre o caso 
apresentado, assista ao vídeo que está disponível no material on-line. 
 
Ao iniciar a temática proposta, é necessário pontuar que o objetivo ao 
elaborar o material é colocar para os alunos, professores e familiares a realidade 
das pessoas que fazem parte do desenvolvimento da Educação Especial, as 
quais também acompanharam os aspectos negativos e atualmente o esforço 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
3 
para que tenham mais resultados significativos no momento não apenas de 
aprender, mas assim seja feito também na sua inserção familiar e social. 
A Educação Especial passou por vários processos desde a Declaração 
de Salamanca (1994), o Estatuto da Pessoa com Deficiência (1995), dentre 
outros documentos assegurados pelo Ministério da Educação. Neles é possível 
verificar as diferentes visões estabelecidas ou os paradigmas socialmente 
vividos para com a presença das pessoas com deficiência e pertencentes à 
Educação Especial. 
O relevante é oportunizar uma reflexão atual do pensamento e atitudes da 
sociedade para com esse público, pois na escola, na família e na sociedade 
como um todo, esse tema tem sido abordado com frequência e bastante 
intensidade com o objetivo de amenizar o preconceito. 
Como você visualiza essa prática no meio em que convive? Para nortear 
essa reflexão é disponibilizada uma frase de Paulo Freire que leva cada um a 
pensar em como recebe e olha as especificidades do ser humano: 
"Não há saber mais ou saber menos: há saberes diferentes". 
 É importante parar para refletir como sociedade, pois o simples olhar ou 
atitude demonstrada, seja em sala de aula, na igreja, no supermercado, no teatro 
ou em qualquer espaço, faz a diferença não apenas para a pessoa com a 
deficiência, mas também para a família que é conhecedora dos limites e das 
lutas enfrentadas, com o objetivo de motivar seu filho e/ou familiar a ir além do 
que já conquistou. 
O colocar-se no lugar do outro é um dos caminhos possíveis para iniciar 
a aprendizagem das pessoas para as novas realidades da educação especial e 
inclusão. Esse processo só acontece de fato quando há o respeito, intenção e 
conhecimento dos profissionais para que os indivíduos sejam inseridos na escola 
de maneira consciente, com planejamento adequado e professores com 
formação adequada para atender as especificidades dentro de sala de aula. 
Devem também ter disposição para trabalhar com os demais alunos as 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
4 
diferenças, não para despertar o “pré-conceito”, mas a necessidade de incluir 
com consciência do processo e do percurso escolar a ser estabelecido. 
 A primeira instituição a perceber que a criança apresenta uma 
especificidade na maioria dos casos é a família e em segunda instância, a 
escola. Mas, independente do movimento, é preciso compreender a importância 
de identificar as situações e procurar as pessoas especialistas na área ou buscar 
aqueles que podem auxiliar a encontrar um norte, por exemplo, psicopedagogos, 
psicólogos, neuropediatras, psicomotricistas, dentre outros. 
 Agora chamo você a entrar nesse “mundo” de definições, características 
e possibilidades para conhecer e aprender sobre as pessoas com deficiência ou 
especificidades. 
O que é deficiência? 
A deficiência, além de ter sua definição, também conta com os 
paradigmas, muitas vezes, instaurados no olhar da sociedade. Ou seja, é preciso 
defini-la como parte do estudo profissional do professor, da equipe pedagógica, 
da reorganização e conhecimento da dificuldade que apresenta um filho para 
seus responsáveis. Logo, é relevante pontuar que as definições não podem ser 
unanimidade no processo, de forma a paralisar um processo educacional ou 
social, pois todo ser humano tem seu potencial e, dentro dele, suas limitações. 
Dessa maneira, deficiência é o termo utilizado em referência àqueles que 
apresentam algum tipo de comprometimento físico, sensorial e/ou intelectual. 
No entanto, essa definição não é única, pois existe uma divergência desde 
a cultura, crenças, atitudes até áreas de estudo de cada autor, por exemplo. 
Sendo assim, alguns analisam a deficiência por meio de uma visão cognitivista, 
sociológica, comportamental, dentre outras. 
De acordo com Smith (2008, p. 29), deficiência é: 
Uma necessidade política e econômica de sociedades que requerem uma 
estrutura de classes. Outros não aceitam a ideia de que a deficiência é o 
resultado de uma sociedade estratificada e rejeitam a ideia de que todos 
devem ser tratados do mesmo modo. Outra explicação refere-se à 
necessidade de as pessoas focarem o conceito de “diferença” e de fazerem 
julgamentos de valor. 
 
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5 
 A palavra deficiência em si é passível de terminações que levam aos 
demais a pensar em a pessoa ser capaz, não capaz, defeituoso, excepcional, 
dentre outros. Logo, o objetivo é compreender que a nomenclatura não deve 
estipular se a pessoa com deficiência é capaz ou não. 
 Diferentes termos são adotados buscando uma definição melhor do 
público da educação especial e uma alternativa que não revele preconceito. Por 
isso, termos como anormais, idiotas, incapacitados nunca deveriam ter sido 
utilizados e, felizmente, não o são mais. 
 Uma preocupação que pode ser realidade da educação especial é a 
possibilidade de um termo utilizado erroneamente ou até mesmo as atitudes das 
pessoas mais próximas daquelas que possuem deficiência, por um excesso de 
cuidado ou quem sabe até o descaso, limite a independência do indivíduo. É 
preciso considerar que o ser humano é composto de dimensões cognitivas, 
afetivas e sociais, ou seja, é reflexo de uma autoestima, reconhecimento de suas 
habilidades e limitações. 
Na visão de Smith (2008), a deficiência ainda pode ser considerada como 
uma diferença que coloca o deficiente à parte dos ditos “normais”. Dessa 
maneira, pode tornar-se evidente a segregação, exatamente o que a educação 
tem lutado para não acontecer no cotidiano do aluno do século XXI. 
É importante destacar que a expressão necessidades educacionais 
especiais não tem o mesmo significado de deficiência, uma vez que pode 
abranger a deficiência, mas não fica reduzida a ela. Cabe aqui lembrar que 
deficiência é o termo utilizado em referência àqueles que apresentam algum tipo 
de comprometimentofísico, sensorial e/ou intelectual. Assim, a expressão 
necessidades educacionais especiais está relacionada aos alunos que, ao 
longo de sua vida acadêmica, apresentam alguma dificuldade de aprendizagem. 
Para compreender a Educação Especial é possível abordar a Lei de 
Diretrizes e Bases (LDB), na qual algumas modificações foram vivenciadas nos 
anos 1961, 1971 e 1996. Sendo assim, é possível fazer em tópicos um pequeno 
levantamento dos acontecimentos: 
 
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6 
■ Lei n˚ 4.024, de 20 de dezembro de 1961: considerava que a educação 
de excepcionais deveria ser inclusa no sistema geral da educação com o 
objetivo de inseri-los na sociedade; 
■ Lei n˚ 5.692, de 11 de agosto de 1971: os alunos que apresentassem 
deficiência física, mental, com atraso para a idade regular ou os 
superdotados receberiam tratamento especial; 
■ Lei n˚9.394, de 20 de dezembro de 1996: é possível observar como se dá 
o entendimento da Educação Especial: 
Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a 
modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular 
de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do 
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. (Redação dada pela 
Lei nº 12.796, de 2013) 
§ 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola 
regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial. 
§ 2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços 
especializados, sempre que, em função das condições específicas dos 
alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino 
regular. 
§ 3º A oferta de educação especial, dever constitucional do Estado, tem início 
na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil. 
 
 Para aprofundar algumas questões das deficiências e dificuldades será 
contemplado o autismo, as altas habilidades/superdotação e os recursos da 
Educação Especial. 
 
Para saber mais, acesse o material on-line e assista ao vídeo que está 
disponível para você! 
Transtorno Global do Desenvolvimento: alunos com autismo 
 No Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD) está o autismo, a 
Síndrome de Asperger, o Transtorno Invasivo sem Especificação, o Transtorno 
Desintegrativo de Infância e a Síndrome de Rett. Aqui será abordado apenas o 
autismo. 
 O autismo, assim como todas as deficiências, dificuldades e síndromes, 
possui suas características. Para continuar esse estudo, é válido pontuar 
algumas, como: a indiferença; interação com seus pares diferenciada e só há 
 
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interação caso um adulto esteja presente para auxiliar na comunicação; insiste 
no mesmo assunto; a convivência com outras crianças é restrita; apresenta 
resistência a mudanças e não apresenta contato visual. 
 Amaral (2014) pontua o desenvolvimento da criança autista dos seus 2 
meses até 5 anos. Veja a seguir: 
■ 2 meses: um bebê dentro dessa idade fixa o olhar, presta atenção aos 
sons, se aninha no colo e troca o olhar ao mamar. A criança com autismo 
não apresenta essas características. 
■ 3 meses: o bebê firma o pescoço, vira a cabeça conforme o barulho, 
segura objetos, reconhece o cheiro e rosto da mãe. O autista é indiferente 
a esses sinais e também não reage quando está com fome ou sujo. 
■ 4 meses: o bebê sorri, emite sons, estica os braços para alguém pegá-lo, 
se distrai com as mãos e pés. O autista nessa fase é pouco sorridente, 
não tem movimentos emancipatórios e não demonstra interesse com os 
móbiles. 
■ 6 meses: o bebê sorri, leva os objetos à boca, imita sons, demonstra 
medo a estranhos, se reconhece no espelho e já fica em pé sem apoio. O 
bebê com autismo não evidencia resposta ao sorriso ou sons de outras 
pessoas. Ele precisa de mais estímulo, não responde quando chamado 
pelo nome e, às vezes, é possível pensar que ele não escuta. 
■ 10/11 meses: o bebê já tem pinça para pegar objetos e participa de 
brincadeiras com gestos; mas o autista não acena e nem aponta para os 
objetos com o objetivo de chamar atenção. 
■ 1/3 anos: a criança consegue brincar de faz de conta, com frases curtas 
e faladas, o vocabulário enriquece e a interação com seus pares aumenta. 
A interação e atenção desprendida é reduzida, assim como seu interesse 
por pinturas e desenhos. 
■ 4/5 anos: a criança apresenta interesse de afetividade pelas pessoas, se 
veste sozinha, já separa os objetos por tamanho e cor; no entanto, o 
autista não demonstra dificuldade em se colocar no lugar do outro, pode 
 
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apresentar um comportamento peculiar seu e não tem interesse no 
desenho e pintura. 
Ao citar o faz de conta, é importante dizer do predomínio da fantasia, 
porém, a atividade psicomotora garante que a realidade se mantenha. O 
princípio da imaginação garante que a criança modifique sua vontade por meio 
do “faz de conta”, porém, como a atividade é expressa por meio do corpo, 
obrigatoriamente respeita a realidade concreta e as relações com o mundo real. 
Com o amadurecimento da criança, esse jogo, se estimulado, prevê a 
diminuição da atividade egocêntrica, passando a adquirir uma socialização 
crescente. Dentre as características do jogo simbólico se destacam: 
■ Liberdade de regras do mundo adulto, prevalecendo às criadas 
pela criança; 
■ Desenvolvimento da imaginação; 
■ Ampliação do caráter fantasioso da ação; 
■ Não há um objetivo explícito ou consciente para a criança; 
■ A criança estabelece sua própria lógica com a realidade; 
■ Assimilação da realidade ao "eu". 
No cerne da prática docente é preciso explorar as imitações sem modelo, 
as dramatizações, os desenhos e pinturas, o “faz de conta”, a linguagem, 
permitindo a exploração do jogo simbólico seja individualmente ou em relação 
com outras crianças. Afinal, essas práticas são fundamentais para o 
desenvolvimento cognitivo e para a sustentação emocional. 
É fundamental perceber que em crianças com TGD o jogo simbólico 
acontece de outra forma: é preciso incentivar e promover práticas principalmente 
por meio da imitação, para que essa criança se desenvolva de forma harmoniosa 
e completa. 
O trabalho em sala de apoio especializada para o autista deve ser 
específico com materiais próprios por conta de possível agressividade, 
dependendo do grau, o que difere de pessoa para pessoa. Alguns cuidados são 
citados por Amaral (2014, p. 25): 
 
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luminosidade da sala de aula – pessoas com autismo não gostam de muita 
luz; cheiro dos produtos utilizados incomodam, podendo apresentar 
comportamento inadequado; material concreto – alfabeto móvel, blocos 
lógicos, jogos de quebra-cabeças e jogos da memória. 
 
Para aprender e aprofundar suas leituras e conhecimentos sobre o 
autismo, ficam disponíveis dois vídeos interessantes para o seu acesso: 
https://www.youtube.com/watch?v=mNab1gzIy1o 
https://www.youtube.com/watch?v=NqCIfVlX9GI 
Alunos com altas habilidades/superdotação 
As características do aluno com altas habilidades/superdotação são 
variadas, mas um grupo delas é considerado universal, por exemplo, a 
curiosidade, vivacidade mental, motivação interna, persistência na área de seu 
talento, capacidade de resolver problemas, energia, habilidade em assumir 
riscos, sensibilidade, pensamento original e divergente, conduta criativa. 
 No entanto, características podem variar em grau de intensidade e na 
forma de sistematizar os comportamentos. O relevante é atender esses alunos, 
oferecendo-lhes uma condição adequada para sua aprendizagem e que 
atendam suas necessidades, de acordo com a realidade cognitiva, afetiva, 
familiar e social de cada aluno. 
 Pessoas superdotadas e com altas habilidades podem ser conceituadas 
por Smith (2008, p. 222) como 
aquelesque foram identificados na pré-escola e no ensino fundamental por 
terem demonstrado ou terem potencial de habilidades que evidencie uma 
capacidade de alto desempenho nas áreas intelectuais, criativas, acadêmicas 
especificas, habilidade de liderança e realização, artes visuais e, por essas 
razões, requerem serviços que não são comumente oferecidas pelas escola. 
 
 Dentro dessa perspectiva, é possível visualizar que pessoas 
superdotadas e com altas habilidades podem ter uma constituição neurológica 
que permite que elas aprendam com mais facilidade. Utilizam algumas 
ferramentas a seu favor, como a boa memória, o processamento das 
informações para conduzi-las até uma aprendizagem de maneira eficaz, num 
tempo diferente de seus colegas da mesma idade. 
https://www.youtube.com/watch?v=mNab1gzIy1o
https://www.youtube.com/watch?v=NqCIfVlX9GI
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
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 A principal orientação é, independente do caso apresentado pelos alunos 
em suas especificidades, buscar parceria com a equipe pedagógica na escola, 
na família para que eles também participem e compreendam a importância de 
seguir as recomendações, e outros profissionais para auxiliar no processo de 
investigação. 
 No vídeo a seguir, você poderá assistir a um depoimento e uma orientação 
referente à altas habilidades/superdotação no programa Ligado em Saúde: 
https://www.youtube.com/watch?v=KLQFreZ9LsI 
 
Para tirar as dúvidas, assista ao vídeo que a professora Ana Regina 
preparou para você! Acesse o material on-line! 
Recursos da Educação Especial 
Atendimento Educacional Especializado (AEE) 
O século XX, mais precisamente 1926, registra a fundação do Instituto 
Pestalozzi, especializado no atendimento às pessoas com deficiência mental. Em 
1945, a Sociedade Pestalozzi, por meio de Helena Antipoff, cria o primeiro AEE 
voltado às pessoas com superdotação. 
As políticas públicas para o AEE têm em seu universo de ação crianças, 
adolescentes e adultos, de qualquer idade e com diferentes situações de 
aprendizagem. 
Na Educação Inclusiva esse atendimento tem como foco: a 
aprendizagem, enquanto processo interminável, e o comportamento do 
aprendiz. O grande desafio é possibilitar o acesso e a permanência com 
qualidade dos alunos com necessidades educacionais especiais na escola. 
Ao discutir a meta da inclusão desse público, faz-se necessário considerar 
que este é um fato relativamente recente na educação brasileira, o que causa 
receios e apreensões, tanto por parte da escola como dos pais. 
Na Lei 5692/71 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, existe 
a caracterização da clientela da Educação Especial como sendo alunos que 
https://www.youtube.com/watch?v=KLQFreZ9LsI
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
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apresentam deficiências físicas ou mentais, assim como os que se encontram 
em atraso considerável quanto à idade regular de matrícula e os alunos 
superdotados. 
Na atuação das políticas públicas, em decorrência da ampliação do 
acesso à escola para a população em geral, são implantadas as classes 
especiais nas escolas básicas – públicas, sob a responsabilidade, na maioria, 
dos sistemas estaduais. 
Esse atendimento se dá em razão do rendimento escolar aquém do 
esperado. No entanto, quando se fala em classes especiais e remete-se ao 
sistema estadual, já são conhecidos os fatores que prejudicam o andamento e o 
trabalho significativo com esse público, pois são necessários professores com 
formação adequada com recursos disponíveis para utilizar com os alunos e 
vários outros elementos importantes. 
Em 1973 acontece a interferência do privado no público por influência de 
entidades privadas de Educação Especial, quando ocorre a criação do Centro 
Nacional de Educação Especial (CENESP), tendo a função de gerenciar a 
Educação Especial no Brasil, ainda com uma concepção de “políticas especiais” 
e não universal; e também a ocorrência de um atendimento paliativo aos alunos 
com superdotação. 
Salas de Recursos Multifuncionais (SRMs) 
A SRMs é um ambiente adequado com mobiliário, recursos, materiais 
pedagógicos e acessibilidade para que os alunos da Educação Especial sejam 
atendidos no contraturno. Essa realidade é presente nas escolas de ensino 
regular público. 
O Ministério da Educação apoia a construção e alimentação de materiais, 
como kits atualizados, para que os profissionais possam dar o apoio necessário 
às crianças que precisam do Atendimento Educacional Especializado. 
As SRMs são abertas de acordo com o número de alunos da Educação 
Especial presente na escola e a distribuição dos recursos é realizada por 
empresas, de acordo com licitações ganhas. 
 
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Os recursos inclusos nas SRMs são computadores e impressoras braile, 
mouses com acionadores de pressão e mobiliário adquirido por meio do Fundo 
Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). 
 
Quer saber mais? Então acesse o material on-line e assista ao vídeo que a 
professora Ana Regina preparou! 
Trocando ideias 
Durante a temática aqui desenvolvida, foram abordadas as altas 
habilidades/superdotação. Para fomentar a discussão do fórum, assista ao vídeo 
em que a psicóloga Cristina Delou fala sobre o assunto e responda a seguinte 
questão: 
Qual é o desafio da escola e da família para oferecer às crianças e aos 
alunos com superdotação um ambiente significativo para suas aprendizagens, 
de acordo com suas habilidades e limitações? 
https://www.youtube.com/watch?v=0jCKBoLPU14 
Comentário 
É relevante considerar as aprendizagens já adquiridas e também o 
acompanhamento da escola juntamente com os profissionais para que sejam 
orientados a utilizar as estratégias e recursos adequados com as pessoas 
superdotadas, de maneira que elas se sintam inseridas e motivadas a interagir 
e participar das atividades propostas pela escola e pela família. 
Na prática 
Vamos retomar a situação apresentada no início dos nossos estudos? 
Nela, a professora Aline do 2˚ ano do Ensino Fundamental percebe que Antônio 
tem apresentado algumas características específicas de um possível autismo. 
Quais providências Aline pode tomar para auxiliar o processo e desenvolvimento 
de aprendizagem do seu aluno? 
https://www.youtube.com/watch?v=0jCKBoLPU14
 
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Comentários 
■ A professora pode amadurecer seus levantamentos com observações e 
análises da participação do seu aluno ao desenvolver as atividades 
solicitadas, bem como a interação do Antônio com os colegas dentro e 
fora da sala de aula. 
■ Ao perceber que o aluno apresenta especificidades, a professora pode 
imediatamente chamar a equipe pedagógica para uma reunião e pontuar 
o caso para a escola tomar as providências cabíveis e, assim, ela possa 
prosseguir suas aulas sem preocupações relacionadas ao assunto. 
■ Durante as primeiras hipóteses da professora de um movimento 
específico do aluno, é imprescindível que uma parceria seja estabelecida 
com a equipe pedagógica e demais profissionais da escola para 
estabelecer uma aproximação com a família e, assim, conversarem sobre 
os encaminhamentos necessários, de maneira a iniciar um trabalho 
diagnóstico, pois, a partir dessa devolutiva, a escola pode readequar as 
estratégias necessárias de acordo com as habilidades e limitações do 
Antônio. 
 
Para mais esclarecimentos sobre o caso apresentado, assista ao vídeo 
que está disponível no material on-line! 
Síntese 
Nesta aula, foi possível abordar as terminologias da Educação Especial, 
algumas especificidades dos alunos com Transtornos Globais do 
Desenvolvimento (TGD). Trabalhamos especificamente o autismo e, em 
seguida, as altas habilidades/superdotação e os recursos da Educação Especial 
com Atendimento Educacional Especializado e a Sala de Recursos 
Multifuncionais. 
Para as considerações finaisda professora Ana Regina, assista ao vídeo 
que está disponível no material on-line! 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
14 
 
Referências 
AMARAL, P. Autismo no tempo da delicadeza. Rio de Janeiro: Ed. Wak, 2014. 
Diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm> Acesso em 02 de abril de 
2016. 
MEC. Educação Inclusiva: atendimento educacional especializado para a 
deficiência mental. Disponível em: 
<http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/defmental.pdf> Acesso em 02 de 
abril de 2016. 
MEC/SECADI. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da 
Educação Inclusiva. Disponível em: 
<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alia
s=16690-politica-nacional-de-educacao-especial-na-perspectiva-da-educacao-
inclusiva-05122014&Itemid=30192> Acesso em 02 de abril de 2016. 
ORRÚ, S. Autismo, Linguagem e Educação: interação social no cotidiano 
escolar. Rio de Janeiro: Ed. Wak, 2012. 
Plano Nacional de Educação. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13005.htm> 
Acesso em 02 de abril de 2016. 
SMITH, Deborah. Introdução à Educação Especial: ensinar em tempos de 
inclusão. 5.ª Ed. Porto Alegre: Editora Artmed, 2008. 
STAINBACK, S.; STAINBACK, W. Inclusão: um guia para educadores. Porto 
Alegre: Editora Artes Médicas Sul, 1999. 
UNESCO. Declaração de Salamanca sobre princípios, política e práticas na 
área das necessidades educativas especiais. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/defmental.pdf
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http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=16690-politica-nacional-de-educacao-especial-na-perspectiva-da-educacao-inclusiva-05122014&Itemid=30192
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13005.htm
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
15 
<http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001393/139394por.pdf> Acesso em 02 
de abril de 2016. 
Secretaria de Direitos Humanos. Salas de Recursos Multifuncionais. 
Disponível em: <http://www.sdh.gov.br/assuntos/pessoa-com-
deficiencia/observatorio/acesso-a-educacao/salas-de-recursos-multifuncionais> 
Acesso em 02 de abril de 2016. 
 
 
http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001393/139394por.pdf
http://www.sdh.gov.br/assuntos/pessoa-com-deficiencia/observatorio/acesso-a-educacao/salas-de-recursos-multifuncionais
http://www.sdh.gov.br/assuntos/pessoa-com-deficiencia/observatorio/acesso-a-educacao/salas-de-recursos-multifuncionais

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