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Testes de Descarboxilases
(Lisina, Arginina e/ou Ornitina)
São testes usados para detectar a capacidade de um microorganismo de descarboxilar um aminoácido (Lisina, Arginina e/ou Ornitina) para formar uma amina, o que resulta em alcalinização do meio no qual o organismo se desenvolve, e assim, mudança de cor do meio por indicador de pH presente. O teste de descarboxilação é muito útil para diferenciar BGN e bactérias da família Enterobacteriaceae, com base na capacidade de integrantes dessa família em produzir enzimas descarboxilase.
Materiais
Meio de descarboxilação (meio Moeller), contendo peptona, e extrato de proteína animal (suprimento de nutrientes nitrogenados para o crescimento bac.), glicose (carboidrato para fermentação), púrpura de bromocresol e vermellho cresol (indicadores de pH) e coenzima piridoxal fosfato (cofator enzimático que aumenta a atividade da descarboxilase), juntamente com o aminoácido (substrato) específico para cada reação, alça.
Princípio
A descarboxilação é um passo na metabolização de aminoácidos. Esse processo se dá pela remoção de um grupo carboxila (-COOH) de um aminoácido, produzindo uma amina e CO2. Essa reação depende de enzimas específicas produzidas pelo microorganismo, denominadas descarboxilases. Existe uma enzima descarboxilase específica para cada aminoácido, mas somente 3 são usadas para a distinção entre bactérias entéricas: Lisina, arginina e ornitina descarboxilases.
No caso da Lisina descarboxilase, a amina produzida é a Cadaverina, a Ornitina descarboxilase produz Putrescina e a Arginina descarboxilase produz Agmatina, ou no caso de Enterobactérias Putrescina + uréia, pois estas liberam Agmatinase também.
Procedimento (semeadura)
Um isolado é inoculado em tubos testes, cada um contendo o substrato específico para cada enzima, com auxílio de uma alça de semeio. Após a inoculação, são adicionados 2-3ml de óleo mineral estéril para cobrir a camada superficial do meio, excluindo assim o O2 externo e promovendo a fermentação. A falta de O2 promove a produção de ácidos provenientes da fermentação da glicose, criando então um ambiente ácido necessário para a indução da produção das descarboxilases. Os tubos devem ser incubados a 35oC por 24-48h.
Leitura dos resultados
Os ácidos com origem da fermentação da glicose levam a redução do pH do meio, promovendo mudança de cor do indicador (púrpura de bromocresol), antes violeta, para amarelo. O ambiente ácido promove a formação de descarboxilases nas bactérias capazes de produzir as enzimas. A descarboxilação causa acúmulo de produtos finais da reação (aminas), que são compostos alcalinos, promovendo então aumento do pH do meio, mudando a cor do indicador de volta para violeta, que significa positividade para produção daquela enzima descarboxilase. Em caso de bactérias não fermentadoras de glicose, o meio não se tornaria amarelo, então, o teste sempre deve ser perfomado com um controle ausente de aminoácidos para comparação. Em bactérias não fermentadoras de glicose, o tubo controle se mantém violeta, enquanto nas fermentadoras, esse tubo fica amarelo.
Fonte(s):
https://microbenotes.com/decarboxylase-test-principle-procedure-and-result-interpretation/
https://farmatecaunicatolica.wordpress.com/wp-content/uploads/2017/12/prc3a1ticas-de-microbiologia-vermelho.pdf

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