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Histologia veterinária Apostila com base nas anotações realizadas em sala de aula e com os slides. O presente conteúdo não é de minha autoria. Nome:________________________________________ Maria Eduarda Cabral SUMÁRIO Tecido Epitelial p.1 Tecido Conjuntivo p.10 Tecido Adiposo p.17 Tecido Cartilaginoso p.20 Tecido Ósseo p.24 Tecido Muscular p.31 Sistema Nervoso p.38 Sistema Circulatório p.48 Sistema Linfático p.54 Sistema Digestório p.57 Glândulas Anexas ao Trato Digestivo p.71 Sistema Urinário p.78 Sistema Tegumentar p.85 Sistema Respiratório p.90 Órgãos Linfoides p.94 Sistema Reprodutor Feminino p.99 Sistema Reprodutor Masculino p.104 Página | 1 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Também pode ser chamado de epitélio. Células com formatos variados. Unidas firmemente por junções intercelulares (3 grupos – 5 subtipos). Revestem a superfície externa de corpo, cavidades e formam as glândulas. São avasculares (não apresentam vasos sanguíneos), a difusão de substâncias ocorre pela membrana basal proveniente do tecido conjuntivo. Células coesas. Os núcleos variam de acordo com o formato das células. Células epiteliais estão sempre apoiadas sobre um tecido conjuntivo frouxo (lâmina própria). Não existe espaço ou substâncias entre as células epiteliais. OBS: todo tecido epitelial está associado ao tecido conjuntivo frouxo, por ser um tecido avascular. O tecido conjuntivo frouxo recebe o nome de lâmina própria. Produz glicoproteínas e fibrilas de colágeno, resultando na formação da lâmina basal, a junção de duas lâminas basais forma a membrana basal -> adesão do epitélio com o tecido conjuntivo. Revestimento de superfícies (pele). Absorção de moléculas (intestino). Secreção (glândulas). Percepção de estímulos (neuroepitélio olfatório e gustativo). Contração (células mioepiteliais). Formada por moléculas localizadas entre as células epiteliais e o tecido conjuntivo. CONSTITUIÇÃO: colágeno tipo IV e glicoproteínas (são secretados pelas células epiteliais), adere-se ao tecido conjuntivo por meio de fibrilas de ancoragem formadas de colágeno tipo VII. Pode ter um componente extra fibras reticulares que são produzidos pelo tecido conjuntivo que está abaixo, formando assim a lâmina reticular. FUNÇÕES: promover adesão das células epiteliais ao tecido conjuntivo, estrutura para células, filtração de moléculas, orienta a migração celular, regula a proliferação celular (visível somente no microscópio eletrônico), também pode estar presente em células musculares, adiposas e de Schwann. Estrutura de fixação do Tecido Epitelial ao tecido conjuntivo frouxo. Fusão de duas lâminas basais ou uma lâmina basal e uma lâmina reticular, visível ao microscópio de luz como uma faixa escura abaixo do epitélio. Página | 2 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l 1. Quanto ao número de camadas de células: uma camada de célula. duas camadas de célula. três ou mais camadas de células. 2. Quanto a morfologia celular (formato): facilita a passagem de oxigênio (revestimento dos vasos sanguíneos). só existe no simples. pouco citoplasma, ex. tireoide, glândula mamária; só existe no simples. Exemplos TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO SIMPLES PAVIMENTOSO. presente em vasos sanguíneos, por ser fina favorece a troca gasosa. Página | 3 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO SIMPLES COLUNAR. presente no estômago, intestino e vesícula biliar. TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO SIMPLES CÚBICO. presente nos ovários, ductos de glândulas e folículos tireoidianos. TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO ESTRATIFICADO PAVIMENTOSO. presente no esôfago, pele (apresenta queratina). 2 lâminas basais (produzida pelo epitélio); lâmina reticular (produzida pelo tecido conjuntivo frouxo). 1. GLICOPROTEÍNAS + COLÁGENO + FIBRILA DE COLÁGENO = lâmina basal. o conjunto das duas lâminas basais forma a membrana basal (mais comum ocorrer nos órgãos) – mais delicada. 2. 1 LÂMINA BASAL + 1 LÂMINA RETICULAR = fita de colágeno. o epitélio produz uma lâmina basal e o tecido conjuntivo frouxo origina uma lâmina reticular formando uma membrana basal – membrana mais resistente (mais comum na pele). Página | 4 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Estruturas associadas à membrana plasmática das células, com a função de coesão adesão, impermeabilização e comunicação entre as células. 1. JUNÇÃO IMPERMEÁVEL: zônula de oclusão: função impossibilita a passagem de substâncias como microrganismos, formando uma barreira. 2. JUNÇÃO DE ADESÃO: zônula de adesão. desmossomos. hemidesmossomos. 3. JUNÇÃO COMUNICANTE: junção comunicante ou GAP. Zônula de oclusão Localizada na região apical, sendo um espessamento da membrana, cuja função é promover a adesão e vedação de espaços intercelular, impedindo o movimento de substâncias/materiais entre as células. Ocorre apenas uma por célula, zônula indica que pode formar uma faixa ou cinturão ao redor da célula e a oclusão refere-se a adesão das membranas, vedando o espaço intercelular. Zônula de adesão Circunda toda a célula, contribui para a aderência entre as células vizinhas. As proteínas agrupam-se formando filamentos de actinas que se inserem no citoplasma (ocorre perto da membrana plasmática). zônula de oclusão + zônula de adesão = Desmossomos Forte adesão, em forma de disco na superfície da célula (sobreposta a outro disco na célula adjacente). No citoplasma forma-se uma placa de ancoragem (12 proteínas caderinas) mais filamentos de queratina se inserem nela e formam alças que retornam ao citoplasma. São grupos de proteínas que formam uma placa, constituindo de 12 proteínas, pode ocorrer em qualquer lugar docitoplasma ou membrana, sendo abaixo de zônula de adesão (exceção do núcleo), podendo ocorrer várias na mesma célula. As 12 proteínas compõem a placa de ancoragem, para que ocorra a adesão precisa do filamento de queratina. Tudo o que ocorrer numa célula tem que acontecer nas células da frente. Não se localiza na região basal. O filamento de queratina vai para o citoplasma para criar resistência, podendo voltar para outras proteínas da mesma placa que saiu (“costura” a célula), pode se ligar Página | 5 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l nos próximos desmossomos desde que volte para a origem. O caminho percorrido é: Hemidesmossomos Equivale a metade de um desmossomo, possui 6 proteínas mais os filamentos de queratina, mudando o tipo de proteína. Desmossomo não se liga nos hemidesmossomos, localiza- se na região basal da célula, fazendo a adesão da célula epitelial à membrana basal. As placas de ancoragem têm proteínas diferentes dos desmossomos (caderinas) sendo as integrinas, que são proteínas transmembrana que age como receptor de macromoléculas da matriz extracelular, como o colágeno tipo IV. O caminho percorrido é: Junção comunicante ou GAP Ocorre várias por células em qualquer lugar abaixo da zônula de adesão, em qualquer lugar das membranas laterais das células epiteliais. As proteínas conexinas se organizam em torno de um poro, se ligando a eles, fazendo com que um poro se ligue ao outro poro de outra célula. Várias destas estruturas (proteínas com os poros) formam o conexon (placa), o conexon de uma célula se alinha com o da célula vizinha formando canais que permitem o intercâmbio de moléculas ou alguns hormônios. Tecidos trabalham de forma ordenada (ex. coordenação da contração do músculo cardíaco). FUNÇÕES: comunicação, passagem de substâncias, como hormônios, água e entre outros. Estruturas que podem ou não estar presentes na superfície da célula epitelial. A presença da especialização ou não depende da localização da célula epitelial no corpo do animal e a função que a mesma desempenha. Aparece na região apical: 1. Microvilos. 2. Estereocílios. 3. Cílios. 4. Flagelos. São projeções do citoplasma que podem variar quanto ao tipo, número e forma (possuindo um formato de dedo, sendo curtas ou longas). Citoplasma Placa Célula vizinha Placa Citoplasma Placa de origem Citoplasma Placa Membrana basal Placa projeções de citoplasma e membrana plasmática, são imóveis. estruturas anexas, são móveis. Página | 6 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Não estão presentes em todas as células epiteliais, auxiliam na absorção de água e substâncias, favorecendo a nutrição das células e aumentando a superfície de contato (sendo constituído por uma projeção do citoplasma e membrana plasmática). Presente em células de órgãos que exercem intensa absorção, como as células epiteliais do intestino delgado (absorção de nutrientes) e dos túbulos contorcidos proximais nos rins (reabsorção de água), possuindo centenas de microvilos. A junção dos microvilos mais glicocálice resulta no aspecto de borda em escova, presente em células de intensa absorção. GLICOCÁLICE: as células animais são envoltas por uma camada de carboidratos ligados as proteínas ou lipídios, sendo conhecido como glicocálice. Essa estrutura se encontra na parte externa da membrana plasmática e é proveniente do Complexo de Golgi o glicocálice exerce a função de diminuir o tempo de passagem, localizando-se acima dos microvilos. Um tipo de microvilo longo e ramificado; Prolongamentos longos e imóveis. Projeção do citoplasma e membrana plasmática, porém libera o que a célula produz, favorecendo a reabsorção do fluido velho e secretando o fluido novo (a produção do fluido novo é realizado pela célula e secretado pelos estereocílios, controlando a renovação do fluido). Presente em células do epidídimo e ducto deferente, no sistema reprodutor masculino, liberando e reabsorvendo um fluido, que avalia na formação e na sobrevivência dos espermatozoides. FUNÇÃO: é aumentar a área de superfície da célula, facilitando o movimento de moléculas para dentro e para fora da célula. Prolongamentos médios e móveis. Aparece durante a formação da célula, onde a membrana plasmática não possui alteração, sendo uma estrutura anexa contendo milhares por células. Possui movimento coordenado de fluidos ou partículas na superfície epitelial. Localizado na tuba uterina (auxilia na movimentação do óvulo até o útero) e no trato respiratório (exercendo a função de limpeza). São inseridos no corpúsculo basal na superfície apical da célula. FUNÇÃO: movimento ordenado de partículas, limpeza na superfície epitelial. Página | 7 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Produzido pela própria célula, sendo longo e limitados a um por célula, possui um movimento ordenado. Estrutura semelhante ao cílio, porém, é maior. FUNÇÃO: locomoção. Presente apenas nos espermatozoides. Revestimento Pele, revestimento interno dos órgãos e cavidades do corpo. As células estão organizadas em camadas que cobrem a superfície externa ou cavidades do corpo, os exemplos são: tecido epitelial de revestimento simples pavimentoso. tecido epitelial de revestimento estratificado pavimentoso. tecido epitelial de revestimento simples cúbico. tecido epitelial de revestimento simples colunar. epitélio de transição. epitélio de revestimento pseudoestratificado colunar ciliado com células caliciformes. epitélio estratificado cúbico. Glandular Originado através de um epitélio de revestimento, possui características iguais ao de revestimento. EXEMPLOS: glândula sebácea, glândula sudorípara, glândula mamária... Epitélio de transição É um epitélio estratificado, onde uma célula se encontra em cima da outra formando uma linha descontínua. Reveste o trato urinário (nas estruturas de cálice renal, bexiga e ureteres), possui a capacidade de expansão, permitindo a distensão da estrutura, presença de muito citoplasma. Células globosas estratificado. Epitélio pseudoestratificado colunar ciliado com células caliciformes Página | 8 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Composto por uma única camada de células, todas diretamente apoiadas na membrana basal, mas com os núcleos em diferentes alturas. Apresenta cílios e células caliciformes (produtoras de muco que ajuda na retenção de partículas). Comum nas vias respiratórias. Composição do nome do epitélio OBRIGATORIAMENTE USAR: tecido epitelial de revestimento ou epitélio de revestimento número de camadas presentes morfologia celular (se houver presença de cílios, usar o termo ciliado). Tecido epitelial ou epitélio de revestimento simples pavimentoso. Tecido epitelial de revestimento duplo cúbico. EX: tecido epitelial de revestimento pseudoestratificado colunar ciliado. EXCEÇÃO: epitélio de transição (não é necessário usar revestimento neste caso). Células especializadas na atividade de secreção. Exemplos de secreção: proteínas (pâncreas). lipídeos (adrenais e glândulas sebáceas). complexo de carboidratos e proteínas (glândulas salivares). hormônios (tireoide). Glândulas exócrinas EXEMPLOS: glândulas sebáceas, sudoríparas, mamárias,intestinal... Mantém a conexão com o epitélio do qual se originou. Suas secreções são variadas e eliminadas na superfície do corpo ou em cavidades, podem apresentar ductos (separa uma célula da outra formando uma passagem para a liberação das secreções). Não vai para a corrente sanguínea. CLASSIFICAÇÃO DAS GLÂNDULAS EXÓCRINAS De acordo com a porção do ducto: GLÂNDULA SIMPLES: 1 ducto não-ramificado, a secreção cai direto no ducto principal. GLÂNDULA COMPOSTA: ductos ramificados, a secreção passa por vários ductos até chegar no ducto principal. Página | 9 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l De acordo com o modo pelo qual os produtos de secreção deixam as células: MERÓCRINAS: a secreção é liberada pela célula por meio de exocitose, sem perda de outro material celular. Não destrói a membrana plasmática, secreção sai por vesículas. exemplo: parte exócrina do pâncreas e glândula salivar. HOLÓCRINAS: o produto de secreção é eliminado juntamente com toda a célula, onde ela irá se desprender do epitélio acarretando numa morte celular, ou seja, rompe a membrana plasmática para a liberação das secreções. exemplo: glândulas sebáceas. APÓCRINAS: produto de secreção é eliminado junto com porções do citoplasma. A secreção sai causando um dano parcial à membrana plasmática, onde é eliminada junto com porções do citoplasma. exemplo: glândula mamária. Glândulas endócrinas EXEMPLOS: adrenal, tireoide, paratireoide, lóbulo anterior da hipófise. Produtoras obrigatoriamente de hormônios. Interrompimento da conexão com o epitélio originário. Não possuem ductos, as secreções são lançadas na corrente sanguínea. CLASSIFICAÇÃO DAS GLÂNDULAS ENDÓCRINA As glândulas endócrinas não apresentam nenhum tipo de classificação, pois a secreção é sempre lançada na corrente sanguínea. FORMAÇÃO DAS GLÂNDULAS Glândula mista Localizadas no pâncreas, possuindo partes independentes. É constituída por uma parte endócrina (produção de hormônios: insulina e glucagon) e uma exócrina (suco pancreático – secreção). Página | 10 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Responsável pela manutenção da forma do corpo – conecta e liga células e tecidos do corpo; meio onde ocorre trocas de nutrientes; preenchimento e sustentação em órgãos. Células separadas. FIBROBLASTO: células que produzem elementos, é uma célula ativa. FIBRÓCITO: células que não produzem elementos, células jovens ou velhas. Presença de vasos sanguíneos. obrigatoriamente vasculares – auxilio a tecidos como o epitelial. Ausência de junções intercelulares e organização das células. Tecido amplamente distribuído no corpo. Grande quantidade de substâncias intercelulares = matriz extracelular. fibroblasto e fibrócito + matriz extracelular FIXAS: fibroblastos e fibrócitos. RESIDENTES: macrófagos, plasmócitos, mastócitos, células adiposas ou adipócitos. Substância fundamental e fibras (proteínas fibrosas). fibroblastos Célula ativa, capaz de produzir os elementos da matriz extracelular. Elementos: grupos de macromoléculas e proteínas fibrosas (elastina e colágeno). matriz extracelular Organizada em duas partes: 1. O complexo viscoso é formado por macromoléculas, originando a primeira parte da matriz extracelular, a substância fundamental (barreira contra microrganismos, preenchimento na matriz extracelular). macromoléculas: glicosaminoglicanos. proteoglicanos. glicoproteínas. proteínas multiadesivas. se ligam para fazer uma adesão maior entre as células, são mais fortes (fibronectina, laminina). As macromoléculas são produzidas pelos fibroblastos. As proteínas multiadesivas (fibronectina laminina) se ligam as proteínas receptoras (integrinas) presentes na célula e a outros componentes da matriz extracelular, proporcionando uma rigidez à matriz extracelular. 2. A segunda parte é formada por proteínas, que se dividem em: proteínas colágeno são produzidas pelo fibroblasto. fibra colágeno. fibra reticular. proteínas elastina fibra elástica. A junção de todos os componentes (fibroblasto, substância fundamental e proteínas) formam a matriz extracelular. // preenche os espaços entre as células mais fracas. Página | 11 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Fibroblasto Citoplasma abundante, presença de prolongamentos, núcleo ovóide e grande. Sintetizam proteínas – colágeno e elastina, glicosaminoglicanos, proteoglicanos e glicoproteínas. Compõe a matriz extracelular e auxiliam na proliferação e diferenciação celular. Mais comuns no tecido conjuntivo, sendo uma forma ativa da célula, possui uma maior quantidade de retículo endoplasmático rugoso. Glicosaminoglicano: sequência de dímeros de açúcares ou dissacarídeos. As glicoproteínas são proteínas que contêm cadeias de oligossacarídeos. Fibroblasto: mais comuns no tecido conjuntivo – forma ativa da célula. Fibrócito: forma inativa da célula. Existem células que vem do sangue para participar da defesa, sendo células auxiliares. EX: linfócitos, mastócitos, macrófagos (originados a partir de um monócito), plasmócitos, células adiposas ou adipócitos (armazenam triglicerídeos). São células que podem estar presentes no tecido conjuntivo. Sistema fagocitário mononuclear Página | 12 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l medula óssea monócitos (células inativas) tecido conjuntivo fígado SNC pele macrófago célula de Kupffer micróglia célula de Langerhans MACRÓFAGO: faz a síntese proteica. CÉLULA DE KUPFFER: função de defesa. MICRÓGLIA: função de defesa. CÉLULA DE LANGERHANS: função de defesa, formada pela união de vários monócitos. Monócitos e macrófagos são a mesma célula em diferentes estágios de maturação. Realizam fagocitose e pinocitose. Características morfológicas diversas (atividade funcional e tecido). Todas as células (macrófagos, célula de Kupffer, micróglia e células de Langerhans) realizam a fagocitose que é um englobamento de partículas sólidas, em contrapartida, a pinocitose é o englobamento de substâncias líquidas. Os monócitos estão presentes na circulação sanguínea, sendo ausente a síntese proteica. Suas características morfológicas são diversas (atividade funcional e tecido). O processo de transformação monócito – macrófago resulta no aumento da célula e aumento da síntese de proteína. Mastócitos Provenientes da medula óssea. Com grânulos de mediadores químicos, participam de reação alérgica e de processos inflamatórios no tecido conjuntivo. Colaboram com as reações imunes e tem papel fundamental na inflamação, reação alérgica e expulsão de parasitas, possui uma atuação local. Quando se encontra maduro é uma célula globosa, sendo grande e com um citoplasma repleto de grânulos. Núcleo pequeno, esférico, central e pouco visível por estar coberto de grânulos. Os grânulos possuem mediadores químicos como a histamina e glicosaminoglicanos, sendo que esses grânulos são liberados aos poucos acarretando na morte do invasor. Plasmócitos Abundantes no tecido conjuntivo do tubo digestório e regiões de inflamação crônica. Originados a partir de linfócitos B, realizando a produção de anticorpos, seu aparelho de Golgi encontra-se aderido ao núcleo,sendo uma área esbranquiçada perinuclear, aparece em processos avançados/crônicos. Pouco presentes no tecido conjuntivo saudável, são atraídos quando ocorre a entrada de algum parasita. Possuem um núcleo esférico, excêntrico com grânulos de cromatina. O plasmócito não permanece o tempo inteiro no tecido conjuntivo, ou seja, migra quando o organismo apresenta alguma infecção por bactérias (ex. mucosa intestinal) ou inflamações crônicas. produz Página | 13 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Leucócitos São glóbulos brancos que migram dos vasos sanguíneos, sendo um constituinte normal do tecido conjuntivo, eles participam de processos inflamatórios (são células especializadas na defesa contra microrganismos agressores). A inflamação é uma reação celular e vascular contra substâncias estranhas (bactérias patógenas). Células adiposas ou adipócitos Não são produzidos na medula óssea e não vêm da corrente sanguínea, são originadas do tecido conjuntivo frouxo. Sua função é o armazenamento de energia (triglicerídeos), sendo uma célula grandes com um núcleo periférico, seu citoplasma é preenchido por gordura. SUBSTÂNCIA FUNDAMENTAL: complexo viscoso de macromoléculas. glicosaminoglicanos, proteoglicanos e glicoproteínas. multiadesivas (fibronectina, laminina) que se ligam a proteínas receptoras (integrinas) presentes na superfície da célula e outros componentes da matriz. rigidez à matriz extracelular. Característica e função Incolor e transparente, preenche os espaços entre as células e o tecido conjuntivo, lubrificante, barreira contra penetração de microrganismos invasores. Componentes do tecido conjuntivo Células + matriz extracelular (elementos fibrosos “fibras” e substância fundamental “viscosa”) Fibras do tecido conjuntivo Proteínas filamentosas que se polimerizam formando estruturas alongadas. Fibras colágenas Fibras reticulares Fibras elásticas proteina elast ina Colágeno é a proteína mais abundante do organismo (30%). PROTEÍNA COLÁGENO: tipo I, tipo II ... tipo XV. forma fibrila longa (sequência de proteínas colágeno). forma fibrila curta. forma uma rede (união de fibrilas longas com curtas). ancoragem (predominantemente na lâmina basal). Classificação do colágeno COLÁGENO QUE FORMA FIBRAS LONGAS: tipo I, II, III, IV e XI. tipo I (mais abundante) está presente nos ossos, dentina, tendões, cápsulas de órgãos e derme. COLÁGENOS ASSOCIADOS A FIBRILAS curtas: estruturas curtas que ligam as fibrilas de colágeno umas as outras e a componentes da matriz extracelular. tipo IX, XII e XIV. as fibrilas curtas são formadas através de uma atração entre cada tipo de colágeno, caso essas fibrilas formassem uma longa, elas iriam se desestabilizar. colágeno que forma rede: tipo IV, encontrado principalmente na lâmina basal, cuja função é a aderência e filtração de moléculas. colágeno de ancoragem: tipo VII, presente nas fibrilas que ancoram as fibras de colágeno tipo I à lâmina basal. TROPOCOLÁGENO: as fibrilas de colágeno são formadas pela polimerização de moléculas alongadas tropocolágenos (subunidades de cadeias polipeptídicas proteina colageno Página | 14 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l arranjadas em tripla hélice). As regiões lacunares se sobrepõem, o que causa a estriação característica das fibras de colágeno com faixas claras e escuras. Tipos de colágenos TIPO I: pele, tendão, osso e dentina. TIPO II: cartilagem. TIPO III: pele, músculos, vasos, frequentemente associado ao tipo I. TIPO IV: membranas basais. TIPO V: tecidos fetais, pele, osso e placenta. TIPO VII: interface epitélio – tecido conjuntivo. TIPO IX: cartilagem. TIPO XI: cartilagem. TIPO XII: tendão embrionário e pele. TIPO XIV: pele fetal e tendão. FORMAÇÃO DAS FIBRAS COLÁGENAS Tropocolágeno: a proteína colágeno é formada por vários tropocolágenos. Vários tropocolágenos formam uma proteína, a junção dessas proteínas numa mesma linha forma a fibrila, a união dessas fibrilas origina uma fibra. O conjunto de fibrilas longas formam a fibra colágeno. FORMAÇÃO DAS FIBRAS RETICULARES Só pode ser formada por proteína colágeno tipo III. São finas e delicadas. PRESENTES NO: músculo liso, baço, nódulos linfáticos e medula óssea. Tem de duas a três fileiras, sendo assim, é extremamente fina. Página | 15 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l As fibras formam uma rede delicada ao redor de células e alguns órgãos ou estruturas, como as glândulas endócrinas – sustentação. Também formam uma rede flexível em órgãos que estão sujeitos a mudanças fisiológicas de forma ou volume, como no baço, fígado, útero, camadas musculares do intestino e artérias. FORMAÇÃO DAS FIBRAS ELÁSTICAS Formada pela proteína elastina (possuindo apenas um tipo). Formado por três tipos de fibras, a estrutura do sistema de fibras elásticas se desenvolve por meio de três estágios. 1º GRAU DE FORMAÇÃO DA PROTEÍNA ELASTINA = oxilânico/oxitalânica. são feixes de microfibrilas (glicoproteínas) que se organizam em forma de rede para receber elastina. resistentes à força de tração. zônula de olho, conecta sistema elástico com a lâmina basal (pele), é resistente à força de tração. 2º GRAU DE FORMAÇÃO (DEPOSIÇÃO) = eulanínica. deposição irregular de elastina nas microfibrilas oxitalânicas. ao redor das glândulas sudoríparas e derme. 3º GRAU DE FORMAÇÃO = elástica. elastina continua acumulando-se até ocupar todo o centro de microfibrilas (região periférica permanece livre). distende-se facilmente. Principais células produtoras de elastina são os fibroblastos e o músculo liso dos vasos sanguíneos. formação de uma base. ausência de elastina. resistente. a sequência de glicoproteínas forma a microfibrila. começa a deposição de elastina (deposição parcial). ex. derme, deposição total de elastina. exceto nas bordas Página | 16 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Refletem seu componente (elemento) predominante ou a organização estrutural do tecido. A combinação dos elementos da matriz extracelular (fibras e substância fundamental) formam os tipos de tecido conjuntivo. A presença em maior quantidade das células/fibras e suas combinações formam os diferentes tipos de tecido conjuntivo. Tecido conjuntivo frouxo Suporta estruturas sujeitas a pressão e atritos pequenos. Não há predomínio de componentes, ou seja, a quantidade de substância fundamental e de fibras são semelhantes. COMPOSIÇÃO: fibroblastos, macrófagos residentes, fibras colágenas, elásticas e reticulares, substância fundamental. Sempre associado ao tecido epitelial, fazendo a adesão entre os tecidos, presente em diversos lugares, sendo bem vascularizado. LOCALIZAÇÃO Entre grupos de células musculares, adipócitos. Suporte e oxigenação de células epiteliais. Em torno dos vasos sanguíneos. Papilas da derme. Hipoderme. Tecido conjuntivo denso Resistência e proteção aos tecidos. Preenchimento de órgãos. Predomínio de fibras colágenas. Mais resistente à tensão que o frouxo. TECIDO CONJUNTIVO DENSO NÃO MODELADO Fibras colágenas são organizadas em feixes sem uma orientaçãodefinida. Resistência à tração exercida em qualquer direção. É desorganizado e faz o preenchimento nos órgãos ocos. Derme profunda da pele. TECIDO CONJUNTIVO DENSO MODELADO Organizado, os feixes de colágeno estão paralelos, um ao lado do outro e alinhado com os fibroblastos. Forças de tração exercidas num determinado sentido. Página | 17 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Se localizam em tendões e cápsula de músculo estriado esquelético. O que difere ambos é a organização. Feixes espessos e paralelos de fibras elásticas, possuindo grande elasticidade e uma coloração amarelada, há um predomínio de fibras elásticas + fibroblastos. Encontra-se nos ligamentos amarelo da coluna vertebral, cordas vocais, parede de grandes artérias. Forma uma rede tridimensional delicada, sendo similar a uma esponja, ocorre um predomínio de fibras reticulares associadas com fibroblastos. Localiza-se nos órgãos linfoides e hematopoiéticos -> produtores de células do sangue (medula óssea, linfonodos e baço). Predominância de matriz extracelular composta de substância fundamental (amorfa), não pode conter fibra colágeno. Rica em ácido hialurônico e possui uma consistência gelatinosa com poucas fibras; Fibroblastos. É encontrada no cordão umbilical e na polpa jovem dos dentes. Tipo especial de tecido conjuntivo, advindo do tecido conjuntivo frouxo. Há uma predominância de células adiposas (adipócitos). Formam agregados compondo o tecido adiposo distribuído no corpo animal, são células isoladas ou em grupos formadas a partir do tecido conjuntivo frouxo. Maior depósito de energia sob a forma de triglicerídeos, as células hepáticas e musculares (tecido muscular esquelético) também acumulam energia, mas na forma de glicogênio. triglicerídeos fornecem 9,3 kcal/g. glicogênio 4,1 kcal/g. Página | 18 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Vasculares devido aos septos de T.C.F (tecido conjuntivo frouxo). Células isoladas ou agregadas - tecido adiposo. Maior depósito de energia - triglicerídeos. As células adiposas são revestidas pela lâmina basal – manutenção da forma da célula. Reserva energética, armazenamento na forma de triglicerídeo (gera 9,3 kcal de energia). Proteção contra choques mecânicos. Modela a superfície do corpo dos animais (abaixo da pele). Forma coxins absorventes de choques. Faz termorregulação (manutenção da temperatura), favorecendo o isolamento térmico do organismo -> más condutores de calor. Atividade secretora (sintetizam enzimas). Auxiliam na manutenção da posição de alguns órgãos, principalmente dentro da cavidade abdominal. ex. rim. As células que armazenam triglicerídeos são chamadas de células adiposas ou adipócitos. O tecido adiposo é dividido em dois tipos: 1. Tecido adiposo comum, amarelo ou unilocular. 2. Tecido adiposo pardo ou multilocular. Com uma gotícula de gordura ocupando todo o citoplasma. É uma célula grande, há a entrada de gotículas de triglicerídeos, essas gotículas se fundem no citoplasma da célula, se unindo às outras gotículas, com isso ocorre a formação de uma única gota no citoplasma da célula, por conta desse processo o núcleo é periférico. Quando isoladas são redondas, em grupos são poliédricas pela compressão recíproca. Sua preparação histológica é comum -> remoção da gotícula lipídica (anel de citoplasma e núcleo periférico). Possui uma única gota de triglicerídeo no citoplasma, a lâmina basal reveste toda a célula. A membrana plasmática mostra vesículas de pinocitose. O septo de tecido conjuntivo frouxo origina as células adiposas e fornece a estrutura ao tecido adiposo, as células ficam presas no septo. As fibras reticulares do septo sustentam o tecido. No septo de tecido conjuntivo frouxo temos a presença de vasos sanguíneos e nervos. vasos sanguíneos: fazem a nutrição dos adipócitos. nervos: fazem a propagação de sinais para que a célula comece a liberar triglicerídeos aos poucos, fazendo com que a liberação ocorra de maneira lenta, decorrente disso, o processo de emagrecimento é lento. As fibras agem lentamente, as células adiposas não possuem vasos sanguíneos, apenas os septos, entretanto, como o septo é considerado parte do tecido adiposo, então é caracterizado como vascular. As células adiposas não somem rapidamente, elas reduzem de tamanho, o tecido só se degenera após muito tempo. Vem da absorção e do metabolismo. Inervado por fibras simpáticas do tecido nervoso autônomo, as terminações nervosas encontram-se na parede dos vasos sanguíneos e em alguns adipócitos. As células do tecido adiposo unilocular podem ficar poligonais ou fusiformes por diminuição dos triglicerídeos: alimentação controlada ou aumento do gasto energético. Página | 19 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Disposição e mobilidade dos lipídios Principalmente os triglicerídeos – ácidos graxos e glicerol. absorção na alimentação e conduzidos para as células adiposas como triglicerídeos; oriundos do fígado e conduzidos ao tecido; da síntese nas próprias células adiposas, a partir da glicose. Tumores originados a partir deste tecido LIPOMA: formado por adipócitos uniloculares, benigno (infiltrativo) e comum em cães. LIPOSSARCOMAS: tumores malignos, comum em animais domésticos. Células com numerosas gotículas lipídicas e muitas mitocôndrias, essas gotículas não se unem. É uma célula pequena com um núcleo centralizado e as gotículas de triglicerídeos isoladas. A liberação de triglicerídeo ocorre de maneira mais rápida, é especializado na produção de calor, sendo formado no período embrionário. Característico em animais que hibernam (possuem muito multilocular), nos humanos só tem relevância nos recém- nascidos para realizar a termorregulação. As fibras nervosas fazem com que a liberação de triglicerídeos ocorra de maneira mais rápida, é escuro pela grande vascularização e quantidade de mitocôndria. Não cresce após o nascimento, portanto, os adultos possuem pequena quantidade, esse tecido começa a ser degenerado pelo metabolismo, pois a sua função é a termorregulação no nascimento. No nascimento encontramos alta quantidade de multiloculares e baixas de uniloculares, após o crescimento ocorre uma inversão. O unilocular é formado após o nascimento. Células com formato poligonal, citoplasma carregado de gotículas lipídicas de tamanhos variados, as terminações nervosas simpáticas atingem diretamente os vasos sanguíneos e adipócitos. Nas espécies que hibernam o despertar ocorre com estímulos nervosos sobre o tecido adiposo multilocular que atua como um acendedor dos outros tecidos, por distribuir o sangue aquecido. Página | 20 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Forma especializada de tecido conjuntivo com consistência rígida, vem do tecido conjuntivo denso não modelado. Temos a presença de cartilagem na traqueia, nos meios das articulações, nos brônquios... É um tecido rígido, porém com flexibilidade, absorve o impacto quando localizado perto dos ossos, quando localizada na traqueia e no brônquio tem a função de deixá- lo aberto. Suporte para tecidos moles, reveste superfícies articulares (absorve impactos -> choque), facilita o deslizamento dos ossos nas articulações e é essencial para a formação dos ossos longos na vidaintrauterina. Avasculares. Nutrido e inervado pelos capilares e nervos do tecido conjuntivo envolvente – pericôndrio. Presença de lacunas – cavidade da matriz ocupada pelos condrócitos. CÉLULAS: condrogênicas, condroblastos e condrócitos. MATRIZ CARTILAGINOSA: colágeno ou colágeno e elastina (fibras), macromoléculas (GAGs, glicoproteínas, proteoglicanas), ácido hialurônico e água. PERICÔNDRIO: tecido conjuntivo denso com vasos sanguíneos, linfáticos e nervos. Cartilagens que revestem a superfície de ossos nas articulações móveis não tem pericôndrio, sendo nutridas pelo líquido sinovial das cavidades articulares. Condroblastos Não ficam em meio ácido, são tipo os fibroblastos, possuem as mesmas funções, secretam os elementos da matriz. Presentes na cartilagem em crescimento, secretam colágeno tipo II, proteoglicanos, glicoproteínas (condronectina). Seu funcionamento depende de um balanço hormonal adequado. Síntese de proteoglicanos é acelerada pelo aumento de tiroxina e testosterona ou diminuída pela cortisona, hidrocortisona e estradiol. Página | 21 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l O hormônio do crescimento (hipófise) promove a síntese de Somatomedina C no fígado. fígado somatomedina C aumenta a multiplicação dos condroblastos estimula o crescimento da cartilagem. Condrócitos São tipo os fibrócitos, fazem a manutenção da matriz, todo o condrócito está dentro de uma lacuna, a lacuna faz a proteção porque os condrócitos ficam em meio ácido. É uma forma menos ativa dos condroblastos, estão mais aprofundados (no meio da matriz): podem se organizar em grupos de até oito células, chamados isógenos por serem células originadas de um único condroblasto. Responsáveis pela manutenção permanente e contínua da matriz cartilaginosa. É um material extracelular, é formada por fibras (colágenas e/ou elastina), macromoléculas, água e ácido hialurônico (auxilia na absorção de impactos). colágeno ou colágeno e elastina + proteoglicanos e glicoproteínas + glicosaminoglicanos e ácido hialurônico. Consistência firme da cartilagem: ligações das glicosaminoglicanas e colágeno mais alta concentração de moléculas de águas presas aos glicosaminoglicanas -> água de solvatação. A é quando as macromoléculas, a água e o ácido se juntam para ficarem mais resistentes (dá a capacidade de absorver impactos). Cavidade da matriz extracelular ocupados pelos condrócitos. Avasculares. Nutrido pelos capilares do tecido conjuntivo envolvente. O tecido conjuntivo denso não modelado quando associado ao tecido cartilaginoso é chamado de pericôndrio (periferia da cartilagem). Camada de tecido conjuntivo denso que envolve as cartilagens hialinas (exceção das cartilagens articulares). O pericôndrio dá origem ao tecido cartilaginoso, responsável por formar condroblastos. O crescimento da cartilagem ocorre em direção ao centro com o pericôndrio nas extremidades. É formado por tecido conjuntivo contendo vasos sanguíneos, linfáticos e nervos. As cartilagens que revestem a superfície de ossos nas articulações móveis não possuem pericôndrio, sendo nutridas pelo líquido sinovial das cavidades articulares. Página | 22 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l O pericôndrio nutre e origina os condroblastos através dos fibroblastos localizados na borda, os condroblastos produzem a matriz e são carregados para o centro, tornando-se um condrócito. Organizado em duas partes: 1. CAMADA EXTERNA FIBROSA: rica em fibras colágenas do tipo I. 2. ZONA CONDROGÊNICA (INTERNA): rica em células condrogênicas. Funções do pericôndrio Fonte de condroblastos a partir de células condrogênicas. Nutrição, oxigenação e eliminação dos metabólitos da cartilagem pela presença dos vasos sanguíneos e linfáticos, além de nervos. CRESCIMENTO INTERSTICIAL: divisão mitótica dos condrócitos preexistentes (nas primeiras fases da vida do organismo). crescimento rápido. característico da cartilagem hialina, principalmente durante o desenvolvimento embrionário. CRESCIMENTO APOSICIONAL: células do pericôndrio (crescimento predominante). crescimento lento. crescimento de manutenção do tecido. presente em todos os tipos de cartilagem. Os condroblastos formados produzem fibrilas colágenas, proteoglicanos e glicoproteínas. O crescimento real é maior do que o produzido pelo aumento do número de células. CLASSIFICAÇÃO: predomínio de elemento e/ou organização dos condrócitos. Fibras de colágeno tipo II, alta quantidade de macromoléculas, alta concentração de água e ácido hialurônico, presença de pericôndrio (ausente em grandes articulações), ex.: traqueia, brônquios... Depois da meia vida do animal o pericôndrio deixa de produzir condroblastos, consequentemente ocorre um ressecamento da matriz, podendo apresentar problemas nas articulações. Tipo mais abundante no corpo dos animais. Forma o primeiro esqueleto do embrião, sendo substituído por tecido ósseo posteriormente. Localização Parede das fossas nasais. Traqueia e brônquios. Extremidade ventral das costelas. Recobre as superfícies dos ossos longos articulações com grande mobilidade). Constituição MATRIZ – CARTILAGEM HIALINA Fibrilas de colágenos tipo II (40%), ácido hialurônico, glicosaminoglicanos, proteoglicanos e glicoproteínas condronectina macromoléculas com sítios de ligação para condrócitos, fibrilas de colágeno tipo II e glicosaminoglicanos. crescimento interst icial crescimento aposicional Página | 23 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l causa um enrijecimento da matriz mais abundante na cartilagem hialina. CÉLULAS Todos os tipos presentes. Condrogênicas no pericôndrio, condroblastos e condrócitos. PERICÔNDRIO Ausentes em articulações moveis (líquido sinovial), demais cartilagens hialinas apresentam com a constituição básica. Camada de tecido conjuntivo denso não modelado que envolve as cartilagens hialinas (exceto a de cartilagens articulares). Uma parte é rica em fibras colágenas do tipo I camada externa fibrosa. Outra parte rica em células, condroblastos zona condrogênica. FUNÇÕES: fonte de condroblastos a partir de fibroblastos, nutrição, oxigenação e eliminação dos metabólitos da cartilagem pela presença dos vasos sanguíneos e linfáticos, além de nervos. CRESCIMENTO Intersticial e aposicional. A cartilagem elástica é a única que tem fibras elásticas, bastante macromoléculas, quantidade moderada de água e pouco ácido hialurônico. Localização Pavilhão auditivo e conduto auditivo externo. Epiglote. Laringe (cartilagem cuneiforme). Composição Fibrilas de colágeno tipo II + (rede – coloração amarelada), pericôndrio, condroblastos e condrócitos. Crescimento Principalmente por aposição (células do pericôndrio). Página | 24 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l A cartilagem fibrosa possui fibras colágenas tipo I, baixa quantidade de macromoléculas, pouca água e ácido hialurônico. Menos frequente nos animais, porém é encontrada formando uma parte do coração de cães, seno menos abundante e seu pericôndrio não é evidente. Aparece interposta entre outros tecidos e cartilagem hialina, tendões ou ligamentos. Localização Discos intervertebrais de todos os animais. Forma o menisco da articulação da soldra dos equinos. No cãoaparece no esqueleto cardíaco (trígono fibroso), que une os músculos cardíacos atriais e ventriculares. Constituição Fibras colágenas tipo I salientes na matriz. Condrócitos em fileiras. No Trígono fibroso os condrócitos e as fibras permanecem mais dispersos. Sem pericôndrio diferenciado. A cartilagem pode apresentar fibras colágenas ao redor, mas não existe a camada celular. CONDRÓCITOS: formam fileiras. MATRIZ: proteoglicanas, glicoprotéinas, GAGs – escassa. Localizado entre as vértebras. 2 componentes: 1. Anel fibroso (fibrocartilagem): porção periférica de conjuntivo denso (feixes colágenas formam camadas concêntricas). 2. Núcleo pulposo (líquido viscoso): parte central, células arredondadas, muito ácido hialurônico e água com pouco colágeno. Substituído por fibrocartilagem com a idade. Discos intervertebrais previnem o desgaste dos ossos das vértebras durante o movimento da coluna espinhal. rico em ácido hialurônico, muito hidratado - absorve as pressões e protege as vértebras contra impactos. Mesoderme. É um tipo especial de tecido conjuntivo, sendo vascularizado. Dois modos de ser formado: Página | 25 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l 1. Ossificação intramembranosa: a partir de uma membrana de tecido conjuntivo denso (T.C.D.) 2. Ossificação endocondral: a partir de um molde de cartilagem hialina. Suporte para os tecidos moles e músculos. Proteção de órgãos vitais (caixa craniana, torácica, canal raquidiano). Aloja e protege a medula óssea. Depósito de minerais: cálcio, fosfato e outros íons. Absorvem toxinas e metais pesados (minimizando em outros tecidos). Vascularizado. Presença de revestimento externo e interno – periósteo e endósteo, respectivamente. Matriz é dividida em orgânica e inorgânica (mineralizada). CÉLULAS: osteogênicas ou osteoprogenitoras. linhagem osteoblástica – mesenquimal. osteoblastos; osteócitos. linhagem osteoblástica – mesenquimal. osteoclastos. linhagem osteoclástica – monócitos. MATRIZ ÓSSEA: orgânica: fibras colágenas e macromoléculas. inorgânica: íons – fosfato de cálcio. REVESTIMENTOS: periósteo e endósteo. Osteogênicas ou osteoprogenitoras Células que compõe a linhagem osteoblástica – pequenas e sem prolongamentos Origem mesenquimal. Alojadas no periósteo principalmente. Capazes de sofrer divisão mitótica e se diferenciar em osteoblasto. Osteoblastos Produção da matriz orgânica e inorgânica. Sintetizam componentes da matriz óssea (orgânica): colágeno tipo I, proteoglicanas e glicoproteínas, concentram e armazenam fosfato de cálcio (mineralização). Localizados nas superfícies ósseas – endósteo e periósteo. Formam um arranjo semelhante a um epitélio simples – após envoltos pela matriz óssea – tornam-se osteócitos. Matriz se deposita ao redor da célula e ocorre a formação das lacunas e canalículos. Página | 26 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Osteócitos Presentes no interior da matriz óssea (dentro das lacunas), são achatados e realizam a manutenção da integridade da matriz óssea, apresentam canalículos que permitem comunicar-se com outro osteócito. Células alongadas com prolongamentos. Ocupam as lacunas e os prolongamentos os canalículos. Apresentam junções comunicantes nas pontas dos prolongamentos. função: manutenção da integridade da matriz óssea. Os osteoblastos vêm de células osteogênicas ou osteoprogenitoras. células pequenas, não estão ativadas. Esquema: célula osteogênica osteoblasto osteócito As células osteogênicas vêm da diferenciação celular na mesoderme. Osteoclastos Células mononucleadas provenientes dos monócitos – na medula óssea se funde formando uma célula multinucleada. São células móveis, grandes, multinucleadas e ramificadas. Responsável pela reabsorção óssea, pois liberam substâncias ácidas e colagenase (enzima). Digerem matriz óssea e dissolvem os cristais de sais de cálcio. Seu precursor são as células mononucleadas precursoras do sangue que na medula óssea se fundem formando a célula multinucleada: osteoclasto. Tem a função de degradar a matriz óssea para os osteoblastos regenerarem ela, não realiza fagocitose. Página | 27 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Matriz óssea orgânica: fibras colágenas + macromoléculas inorgânica: íons - fosfato de cálcio. Composta por parte orgânica e parte inorgânica. 50% orgânica: fibras colágenas (tipo I), proteoglicanos e glicoproteínas. produzida pelo osteoblasto, sendo flexível, porém resistente. 50% inorgânica: cálcio, fosfato, magnésio, potássio, sódio, cálcio+ fósforo + H2O= hidroxiapatita (cristais). vem da circulação sanguínea, através da alimentação, constituído por íons. + = A combinação de cálcio + fósforo + água resulta na formação de cristais, que são chamados de hidroxiapatita, sendo que a junção da hidroxiapatita com o colágeno proporciona uma consistência dura e, através disso, possui uma rigidez maior quando associada com a parte inorgânica. O osso com ausência de cálcio se torna flexível, enquanto que um osso com ausência de colágeno fica quebradiço. Os osteócitos possuem prolongamentos e são células pequenas, os prolongamentos favorecem a comunicação entre as células, fazendo com que ocorra a troca de substâncias. Ocorre a formação de lacunas, cuja função é revestir a célula, realizando o revestimento dos prolongamentos temos os canaliculos. Na região de tecido conjuntivo frouxo encontramos as células osteogênicas que se diferenciam em osteoblastos. macromoléculas: glicoproteínas e proteoglicanas. Primeiro ocorre a formação da matriz orgânica e depois da inorgânica. PERIÓSTEO: revestimento da região externa da matriz, presença de células osteogênicas e tecido conjuntivo frouxo. externo. ENDÓSTEO: revestimento da região interna da matriz. interno. reveste as traves no osso esponjoso e a cavidade medular. Funções: nutrição do tecido ósseo, fornecimento de novos osteoblastos e oxigenação da matriz. Página | 28 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l tecido ósseo jovem ou primário ou não lamelar tecido ósseo maduro ou secundário ou lamelar Periósteo Ausentes nas superfícies articulares. Formado por tecido conjuntivo denso modelado (fibroblastos) e células osteogênicas. Camada externa: fibras de colágeno e fibroblastos, fibras de Sharpey (são as fibras que vão para o meio da matriz, cuja a função é preencher o periósteo ao osso). possui poucos vasos sanguíneos, porém é a região do osso por onde correm os vasos e nervos que penetram nos ossos por pequenos orifícios. Camada interna: células osteogênicas e osteoblastos. Região do osso por onde correm vasos sanguíneos e nervos que vão entrar na matriz óssea. Endósteo Camada delgada, sem divisão da matriz, composta por poucas células osteogênicas, osteoblastos e osteoclastos. O endósteo reveste, além da, parede do canal medular, todas as traves e porções de tecido ósseo esponjoso. células osteogênicas achatadas, canal medular, canais de Havers e os de Volkmann (transversais, comunicam- se com os canais de Havers). Grande quantidade de células osteogênicas, presença de nervos e vasos sanguíneos, apresentam osteoclastos. Página | 29C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Os osteoblastos começam a produzir a matriz orgânica, através dos prolongamentos, os osteócitos começam a se ligar entre si. Esse tecido jovem encontra-se em algumas inserções de tendões, nas suturas e nas ligações do dente com os ossos. Quando não possui mais osteoblastos e as fibras estão bagunçadas, começa a deposição de sais minerais, fazendo com que ocorra uma reorganização. Os vasos sanguíneos e os nervos que se encontram fora da matriz, começam a adentrá-la, ganhando um revestimento chamado de canal de Havers. A matriz começa a se formar entre os vasos (matriz com fibras sofre atração), sendo chamado de lamela, os osteócitos começa, a se posicionar ao redor, se ligando com os vasos sanguíneos, fazendo com que se forme mais uma camada de fibras colágenas, sendo cada volta uma lamela. Após isso, começa a deposição de sais minerais, tornando-se um osso maduro. TECIDO ÓSSEO IMATURO, PRIMÁRIO OU NÃO LAMELAR: composto por matriz orgânica desorganizada e menor deposição de íons. TECIDO ÓSSEO MADURO, SECUNDÁRIO OU LAMELAR: organização das fibras de forma concêntrica, deposição maior de íons e presença de canais que revestem vasos sanguíneos e nervos. Primeiro tecido ósseo a se formar, não possui lamelas, sem organização das fibras e macromoléculas, sendo substituído gradativamente pelo tecido ósseo lamelar (organizado) ou secundário. características: fibras colágenas desorganizadas e pouca quantidade de minerais. O tecido ósseo primário pode permanecer como primário ou continuar o desenvolvimento e originar o secundário ou lamelar. Adultos: presente próximo às suturas dos ossos do crânio, alvéolos dentários e em alguns pontos de inserção de tendões. Fibras colágenas organizadas em lamelas, sendo paralela às outras: sistema de Havers: camadas concêntricas em torno de vasos e nervos (canal de Havers, passagem do vaso sanguíneo) -> diáfise de ossos longos. canais longitudinais que alojam os vasos sanguíneos e os nervos. canais de Volkmann: canais transversais que permitem a comunicação entre os canais de Havers. Para iniciar a organização das fibras e macromoléculas, os vasos sanguíneos e nervos penetram na medula óssea, os quais também estão revestidos (canais de Havers e Volkmann). Fibras colágenas e macromoléculas se organizam em lamelas ao redor do canal de Havers e entre elas tem a substância cimentante (matriz com pouco colágeno) onde os osteócitos se alojam. Conjunto é chamado de SISTEMA DE HAVERS. Camadas concêntricas de fibras colágenas, macromoléculas e osteócitos, tudo coberto pela matriz inorgânica e organizado em torno de vasos e nervos (canais de Havers e de Volkmann). Periósteo e endósteo permanecem revestindo a matriz ósseo, agora organizada nos sistemas de Havers. Página | 30 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Presente nas cavidades dos ossos esponjosos e no canal medular da diáfise dos ossos longos. Animais jovens: coloração avermelhada (hemácias). Animais idosos: coloração amarelada (presença de tecido adiposo). Ossos esponjosos e ossos compactos (corticais). Epífise (extremidade): osso esponjoso + delgada camada compacta. Diáfise (parte cilíndrica): maior parte osso compacto. Centro esponjoso com camada periférica compacta. Duas camadas externas compactas e meio esponjoso. Página | 31 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Manutenção da forma enquanto crescem: ao mesmo tempo que forma novo tecido ósseo, ocorre reabsorção parcial do tecido já formado, assim o osso cresce mantendo sua forma. Fraturas: periósteo e endósteo respondem com intensa proliferação celular que contorna a fratura, osteoclastos degradam a matriz danificada e nova matriz é produzida pelos osteoblastos. 2 tipos: 1. ENDOCONDRAL: a partir de um molde de cartilagem hialina e; 2. INTRAMEMBRANOSA: a partir de uma membrana de tecido conjuntivo. Ocorre sob uma peça menor de cartilagem hialina. Formação de ossos longos e curtos. Formação do esqueleto no desenvolvimento embrionário. Cartilagem hialina sofre modificações que causam hipertrofia nos condrócitos, redução da matriz cartilaginosa a tabiques, mineralização e morte dos condrócitos. Lacunas dos condrócitos são invadidas pelos vasos sanguíneos e células osteogênicas, provenientes do pericôndrio. Células osteogênicas se diferenciam em osteoblastos e inicia a formação da matriz óssea jovem sob os tabiques, que será substituída pela lamelar em seguida. Pericôndrio origina periósteo e algumas células migram para a região interna formando endósteo. Ocorre no interior de membranas de tecido conjuntivo. Forma o osso frontal, parietal e partes do occipital, temporal e maxilares. Contribui para o crescimento dos ossos curtos. O local em que a ossificação começa é chamado centro de ossificação primário. A partir de feixes de tecido conjuntivo - centro de ossificação primário: células mesenquimais se diferenciam em células osteogênicas, que se diferenciam em osteoblastos, produtores da matriz óssea jovem (osteóide). ocorre organização das fibras em lamelas, entrada de vasos sanguíneos e nervos do centro de ossificação primário e mineralização. Formação de osso maduro ou lamelar (processo de formação do osso jovem para maduro). O feixe de tecido conjuntivo origina o periósteo e algumas células migram compondo o endósteo. Vários pontos de início se formam no centro de ossificação primária, ocorre encontro das partes em formação, gerando o aspecto esponjoso. Página | 32 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Realiza a contração, possui origem na mesoderme, durante a diferenciação celular junto com a formação das proteínas filamentosas. Diferenciação ocorre pela síntese de proteínas filamentosas concomitantemente ao alongamento das células. Dentro das células musculares temos filamentos de actina e miosina, a organização desses filamentos citoplasmáticos de proteínas contráteis fazem com que as células musculares sejam alongadas, gerando força para a contração desse tecido. Altamente vascularizado e inervado. PROTEÍNAS FILAMENTOSAS: actina, miosina, troponina e tropomiosina. Realizar contração envolvida no movimento do corpo em conjunto ao tecido ósseo que compõe o esqueleto. Movimento peristáltico dos órgãos do trato digestório. Auxilio na propulsão do sangue nas artérias, retorno do sangue nas veias, auxilio no deslocamento da linfa. Suporte e resistência em órgãos como útero no período gestacional, vesícula urinária, vesícula biliar. Altamente vascularizado e inervado. Células alongadas com filamentos citoplasmáticos de proteínas contráteis – geram força para a contração desse tecido. Presença ou ausência de sarcômeros que formam estrias e localização no corpo. Divididos em 3 grupos: 1. MUSCULAR ESTRIADO ESQUELÉTICO – ligado ao esqueleto (início do trato digestório e esfíncter). 2. MUSCULAR ESTRIADO CARDÍACO – coração. 3. MUSCULAR LISO – órgãos (exceto o coração). Características Cilíndricas. Multinucleadas. Núcleos periféricos. Longas (cerca de 30 cm). Presença de estrias transversais. Alternância de cor devido a presença de actina e miosina, só actina ou só miosina. Página | 33 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r ia E d u a r d a C a b r a l O efeito estriado está relacionado com a quantidade de proteínas e a sua proporção, ou seja, a faixa escura é quando temos a actina e a miosina. Esse tecido está ligado aos ossos, mas também é encontrado na língua e na primeira porção do esôfago. Suas células são longas (podendo ter até 30cm), são cilíndricas e multinucleada, seus núcleos estão localizados na periferia, apresentando estrias. Sua contração é voluntária, vigorosa e rápida, suas estrias são transversais. corte longitudinal sarcolema: membrana plasmática. sarcoplasma: citoplasma. retículo sarcoplasmático: retículo endoplasmático liso. sarcossomas: mitocôndrias. Cada célula é uma fibra muscular, o conjunto de fibras musculares é um feixe/fascículo muscular, o conjunto de feixes musculares forma o músculo. Células musculares se organizam em feixes e vários feixes de agrupam formando o músculo. Apresenta 3 tipos de revestimentos: endomísio, perimísio e epimísio. Contração rápida, vigorosa e controle voluntário. Revestimentos EPIMÍSIO: envolve o músculo todo e protege os músculos do atrito contra outros músculos e ossos. tecido conjuntivo denso modelado. PERIMÍSIO: envolve os feixes musculares para proteger e manter as fibras organizadas potencializando a ação muscular. tecido conjuntivo denso não modelado. ENDOMÍSIO: envolve e protege cada célula ou fibra muscular. tecido conjuntivo frouxo. corte transversal Página | 34 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Tipos de fibras no tecido muscular estriado esquelético 2 tipos: Fibras Vermelhas (Tipo I) e Fibras Brancas (Tipo II). Diferença na quantidade de mioglobina presente. A mioglobina é uma hemoproteína, que pode guardar oxigênio sendo muito necessária em músculos que tem alta atividade necessitando de grande consumo de oxigênio. A mioglobina, quando ligada ao oxigênio, possui coloração vermelho-escura, o que dá a cor característica aos músculos. proteína com grupo heme – transporte de O2. FIBRAS VERMELHAS OU DO TIPO I Ricas em mioglobina em seu sarcoplasma (citoplasma). Contração lenta e continua usando a glicose e ácidos graxos como fonte de energia. São fibras menores com numerosas mitocôndrias, o que garante um bom rendimento energético aeróbio. FIBRAS BRANCAS OU DO TIPO II Pobres em mioglobina. Contração rápida descontinua. Devido ao pequeno número de mioglobina, pouco O2 é guardado, sendo liberado para a mitocôndria. 2 subclasses: IIa, que são rápidas e resistentes a fadiga e IIb, que são rápidas, porém acumulam ácido lático rapidamente o que causa fadiga e dor muscular. As fibras musculares IIb podem ser chamadas de fibra mista, ou intermediária. Características Conhecidos como miócitos. Tamanho médio. Presença de estrias. São ramificadas. 1 ou 2 núcleos centrais. Presença de disco intercalar. Localizada no coração, suas células ou miócitos são mais curtas que as fibras estriadas esqueléticas, sendo Página | 35 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l adaptadas para formar a maior parte do coração. Possui estrias transversais, suas células são alongadas e ramificadas, unidas por meio dos discos intercalares, seus núcleos são centrais, contendo de 1 a 2 núcleos por miócito, seu tamanho é intermediário. A contração é rítmica, voluntária e vigorosa. Apresenta endomísio e perimísio, mas o epimísio é ausente. Localizado no miocárdio (camada intermediária da parede do coração). Presença de junções comunicantes - auxilia na propagação do potencial de ação. É o músculo mais forte do corpo, com junções comunicantes auxilia na propagação do potencial de ação. Função do disco intercalar Realiza a união entre as ramificações, auxilia na troca rápida de íons, característico e essencial para que o coração tenha uma contração rítmica. Os discos intercalares fazem a conexão elétrica entre todas as células do coração. Assim, se uma célula receber um estímulo suficientemente forte, ele é transmitido a todas as outras células daquela região e os átrios ou os ventrículos se contraem. Essa transmissão do estímulo é feita por canais de passagem de água e íons entre as células, que facilita a difusão do sinal iônico entre uma célula e outra, determinando a onda rítmica de contração das células. Os discos intercalares possuem estruturas de adesão entre as células que as mantém unidas mesmo durante o vigoroso processo de contração da musculatura cardíaca. Características Fusiformes (pequenas). Sem estrias. 1 núcleo central. Sem ramificação. Com proteínas contrateis, mas que não se organizam nos sarcômeros. Contração lenta e involuntária, ocorrendo aos poucos, com movimentos peristálticos (trato digestório). Página | 36 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Presente nos órgãos. REVESTIMENTO: somente endomísio (fibras reticulares). Os filamentos ficam ao redor das células, na borda da membrana plasmática. Células dispostas em camadas na parede do tubo digestivo, vasos sanguíneos, útero, etc, sendo revestidas e unidas por uma rede delicada de fibras reticulares. A fibra muscular lisa, além da capacidade contrátil, pode sintetizar fibras colágenas, elásticas e proteoglicanas, neste caso seu retículo endoplasmático rugoso é bem desenvolvido. Cada célula do tecido muscular liso é envolvida por um revestimento constituído por uma rede de filamento de proteínas e fibras reticulares, chamado de endomísio. Ausência de perimísio e epimísio. Fibra muscular lisa Capacidade contrátil. Síntese de colágeno, elastina e proteoglicanas (REG desenvolvido). Responsável por movimentos peristálticos – contrações lentas e involuntárias em ondas que deslocam o alimento pelo sistema digestório. O sarcômero é o conjunto de proteínas filamentosas organizadas. PROTEÍNAS: actina + troponina C, I, T + tropomiosina (filamento fino). miosina (filamento grosso). sarcômero miofibrila (sequência de sarcômeros) célula muscular (dentro têm várias miofibrilas). Região que só tem actina é chamada de banda I que é dividida na linha Z, a linha Z divide a parte da contração que a banda I vai puxar. Página | 37 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Região que tem actina e miosina é a banda A, região que faz a contração. Banda H é a região que não possui proteínas, região que diminui na contração. A contração é dependente de cálcio, pois o cálcio faz com que a troponina saia de cima da actina, permitindo que a miosina se encaixe na cabeça da actina, portanto, a troponina impede a contração, o cálcio tira a troponina e joga ela para o lado. O encontro da terminação nervosa com a célula pelo sarcolema resulta na formação da placa motora. Começa a ocorrer uma troca de íons de sódio através das substâncias liberadas pela terminação nervosa. O potencial de ação faz com que o estímulo passe pela célula, abrindo e fechando o canal de sódio, a passagem de cálcio ocorre através do túbulo T. O cálcio possui afinidade com a troponina, se ligando para deixar a cabeça da actina livre. Toda a cabeça de miosina tem uma molécula de ATP, o magnésio (Mg+) quebra o ATP liberando energia para que ocorra a contração. Para relaxarvem um ATP que se liga na cabeça da miosina, promovendo o relaxamento. Quando para de chegar estímulo, o cálcio é guardado no retículo endoplasmático gastando ATP. A substância química causa uma despolarização, fazendo com que o sódio passe estimulando o túbulo T que estimula o retículo endoplasmático liberando o cálcio. As células musculares possuem mais mitocôndrias, a contração gasta energia, o relaxamento não gasta. Não pode ter o potencial passando na mesma velocidade, ele passa mais rápido fazendo com que a contração seja rítmica. Abre o canal de sódio e o canal que troca sódio e cálcio, o cálcio entra mais rápido. O disco intercalar faz com que o potencial de ação seja 10x mais rápido. O sódio ativa o túbulo T mandando um sinal para liberar o cálcio, a função do disco intercalar é espalhar o potencial. Contração lenta, uma célula contrai, relaxa e estimula a seguinte. Não possui sarcômero, apenas a actina e miosina. O cálcio é armazenado no alvéolo (dobra da membrana plasmática), as miosinas estão soltas no citoplasma, junto com a miosina tem a enzima quinase, cuja função é fazer a miosina formar um filamento. O estímulo chega na primeira célula muscular lisa, a célula recebe o estímulo e faz com que o cálcio que está dentro do cavéolo seja jogado no citoplasma, o cálcio se liga com a calmodulina. A actina que está na borda vai para o meio do citoplasma e as miosinas começam a formar um filamento, o filamento de desmina e vimentina começa a puxar a célula, o corpo denso é estimulado pela passagem da actina e miosina nele. A célula contra tanto que por estímulo o cálcio se desliga da calmudolina relaxando, não gasta ATP. Página | 38 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l O tecido nervoso se interliga em uma rede, formando o sistema nervoso que se divide em: Sistema Nervoso Central (SNC) que é composto pelo encéfalo e medula espinhal, e, o Sistema Nervoso Periférico (SNP) constituído por nervos (prolongamentos de neurônios) e gânglios (agregados de neurônios). SNC: encéfalo e medula espinal. SNP: nervos e gânglios nervosos. SNE: gânglios no trato digestório. Detectar, analisar e transmitir informações geradas pelos estímulos sensoriais representados por calor, luz, etc. Organizar e coordenar o funcionamento de muitas funções do organismo (motoras, viscerais, endócrinas e psíquicas). Estabilizar pressão sanguínea, tensão de O2 e CO2, teor de glicose, de hormônios, de pH do sangue e padrões de comportamento como a alimentação, reprodução, defesa e interação com outros seres vivos. Apresenta dois tipos de células, as neuroglias ou células da glia (são células auxiliares) e os neurônios (são as células principais, as células nervosas). As neuroglias são compostas pelo astrócito, micróglia e oligodendrócito. Arquitetura em forma de rede (sua organização), pois um neurônio fica ligado a outro neurônio, sendo sustentado pelas células da glia. As células da glia com as proteínas formam um microambiente. O NEURÔNIO é composto por: dendritos, axônio, corpo celular ou pericárdio, núcleo, vesículas sinápticas e terminações de axônio. Os nervos são formados por agrupamentos de axônios/fibras/prolongamentos. Os gânglios são agrupamentos de corpos celulares/corpos de neurônios. Os neurônios são a unidade básica de processamento de informações, recebendo e transmitindo-as, são especializados na condução do impulso nervoso. Responsável pelas funções exclusivas do SNC, como reconhecer, atividade muscular, regulação de secreções glandulares, etc. Para que o neurônio consiga atuar, precisa das neuroglias favorecendo um microambiente bom, as proteínas que constituem o neurópilo são produzidas pelo neurônio. Página | 39 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l As neuroglias ocupam os espaços entre os neurônios, suas funções são: sustentação, revestimento ou isolamento, modulação da atividade neuronal, nutrição e defesa. Dividido conforme a sua organização em duas regiões: 1. SUBSTÂNCIA BRANCA: mais interna, é constituída por axônios ou prolongamentos do neurônio, células da glia e bainha de mielina. 2. SUBSTÂNCIA CINZENTA: localizada no córtex, sendo mais externa. É composta por axônios ou prolongamentos, células da glia e corpo celular. É a região do processamento das informações. O axônio é formado pelo citoplasma com uma menor quantidade de organelas. O tálamo é a estrutura que recebe impulsos dos órgãos os sentidos (exceto o olfato) e os transmite ao córtex, região de interpretação. Informações provenientes do córtex passam pelo tálamo e seguem para a medula ou para o tronco encefálico. O hipotálamo está localizado sob o tálamo (tamanho de grão de ervilha), realiza a regulação do equilíbrio interno do organismo (temperatura corporal, apetite, sede, excesso ou falta de água no corpo, pressão sanguínea, raiva, instinto sexual, medo, ciclo menstrual e controle de hormônios da hipófise). O tronco encefálico é composto por mesencéfalo, ponte e bulbo raquidiano. o mesencéfalo está localizado ao lado do tálamo e hipotálamo, responsável pelos reflexos visuais e auditivos. o bulbo raquidiano constituído por regiões que controlam funções vitais (ritmo cardíaco, vasoconstrição, respiração e etc). a ponte é o centro de retransmissão de impulsos (fibras nervosas que se unem ao cerebelo e ao córtex cerebral). O cerebelo atua na coordenação de movimentos do corpo, equilíbrio, manutenção da postura e tônus muscular, o cerebelo se liga ao córtex cerebral medula espinhal e tronco encefálico por inúmeras fibras nervosas. Se dividem em três tipos: 1. Neurônio unipolar. 2. Neurônios bipolares. 3. Neurônios multipolares. Não possuem dendritos, sendo constituídos apenas pelo corpo celular e um axônio, são pouco frequentes, porém são encontrados nas células sensoriais da retina (auxilia na Página | 40 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l visão) e mucosa olfatória (auxilia na percepção do cheiro, ficam no revestimento do focinho). Conhecido como Possuem um dendrito, um corpo celular e um axônio. São frequentes nas estruturas sensoriais (retina e mucosa olfatória). Também conhecido como . Possuem um corpo celular, vários dendritos e um axônio. Constituem a maioria dos neurônios do tecido nervoso. NEURÔNIOS SENSORIAIS: recebem estímulos sensoriais do meio e do próprio organismo. INTERNEURÔNIOS: conectam neurônios, formando um complexo. NEURÔNIOS MOTORES: controlam órgãos efetores, como as glândulas exócrinas e endócrinas e fibras musculares. Dendritos Recebem o estímulo e transmite para o corpo celular a informação, possui um aspecto/processo arboriforme, estão inseridos no corpo celular. Prolongamentos com função de receber estímulos do meio de células epiteliais sensoriais e/ou de outros neurônios. É o primeiro local de processamento dos sinais – impulso nervoso, sendo especializado em receber estímulos, altera o potencial de repouso da membrana plasmática. Corpo celular ou pericárdio Núcleo circundado pelo citoplasma, é o centro metabólico, sendo o centro de controle do neurônio, é a parte mais importante, também tem função receptora e integradora de estímulo de outras células nervosas. Página | 41 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Axônio É um processo único, longo (seu comprimento varia conformea região) e fino, emerge do corpo celular através do cone de implantação, realiza a propagação dos sinais, sendo especializado na condução de impulsos nervosos para outros neurônios, fibra muscular, células glandulares e o axônio pode apresentar a mielina. Seu citoplasma é pobre me organelas e seu tamanho é variável. moléculas proteicas sintetizadas no corpo celular migram pelo axônio. traz moléculas diversas para o corpo celular. Extremidade ou terminações do axônio Possui a vesícula sináptica contendo neurotransmissores (substâncias químicas) que fazem o estímulo ativando o neurônio seguinte. Potencial de ação É a maneira na qual os neurônios comunicam-se entre si. O impulso nervoso só ocorre quando acontece um potencial de ação, o sódio que está fora começa a entrar no citoplasma do axônio causando uma despolarização e o potássio que está dentro, sai causando uma repolarização, resultando na propagação do impulso nervoso. O estímulo chega através das trocas de íons ativando as vesículas sinápticas, fazendo com que os neurotransmissores passem a informação para o dendrito seguinte. O potencial de ação depende que a membrana plasmática esteja em repouso e a presença de canais iônicos, os canais iônicos permite a difusão de íons específicos através da membrana plasmática, indo do local mais concentrado para o menos concentrado, sendo uma bomba para troca de íons. (membrana plasmática do axônio) bombeia sódio (Na+) para fora do citoplasma e (K+) potássio, é mantida alta dentro do citoplasma e baixa no meio externo, forma-se uma diferença de potencial de -65 mV = potencial de repouso da membrana. POTENCIAL DE REPOUSO Quando não está recebendo o estímulo. Possui alta quantidade de potássio dentro e grande de sódio fora. O potencial +30 mV fecha os canais iônicos tornando a membrana impermeável, os canais de K+ altera a concentração de íons e o potencial volt ao de repouso (- 65 mV), isso possui uma duração de 5 ms. Página | 42 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Sinapse Passagem do neurotransmissor para o neurônio seguinte. Fenda sináptica É o espaço entre um neurônio e o outro, sendo o local onde ocorre a sinapse. A resposta é feita através de outro neurônio, podendo estimular o músculo. Neurotransmissores É o sinal químico, são substâncias carregadas em vesículas sinápticas terminais nos axônios, próximo ao seu sítio de liberação. Composta por acetilcolina, serotonina, GABA e etc. Sua função é transmitir informação do neurônio para o músculo, do neurônio para glândulas e do neurônio para neurônio. Possui um tamanho menor, sendo um microambiente para os neurônios, realiza o auxílio e a sustentação do neurônio. Para cada neurônio tem aproximadamente 10 células da glia. Possui 5 tipos: SNC SNP oligodendrócito células de Schwann astrócitos células satélites micróglia Oligodendrócitos (SNC) e células de Schwann (SNP) Produtores da mielina (lipídio) que origina a bainha de mielina, envolvendo os axônios, faz a condução de impulsos nervosos saltatório em axônios, com a bainha de mielina normal. Possui dois tipos de mielina: fibras nervosas amielínicas e fibras nervosas mielínicas. Página | 43 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l FIBRAS NERVOSAS AMIELÍNICAS Axônios de pequeno diâmetro com uma única dobra de mielina, propagação lentar, é o conjunto do axônio mais uma volta da bainha de mielina. Condução nervosa velocidade mais baixa. FIBRAS NERVOSAS MIELÍNICAS Envoltórios concêntricos da bainha de mielina, a propagação é mais rápida porque o potencial só passa nas regiões onde não tem a bainha de mielina, os pontos que não tem mielina recebe o nome de nódulo de Ranvier, isso faz com que o impulso seja saltatório. Astrócitos Forma estrelada, são células de sustentação se perdendo no axônio, vasos sanguíneos e pia-máter. Controlam a composição de neurópilo (fina rede de fibrilas nervosas existentes na substância cinzenta nervosa). ASTRÓCITOS FIBROSOS Localizados na substância branca, prolongamentos menos numerosos e mais longos. ASTRÓCITOS PROTOPLASMÁTICOS Localizados na substância cinzenta, seus prolongamentos são mais numerosos e mais curtos. FUNÇÕES Sustentação. Controle da composição do neurópilo (fina rede de fibrilas nervosas existentes na substância cinzenta nervosa). Micróglia Possui núcleos pequenos e alongados, são monócitos, realizando fagocitose quando viram micróglias. Veio do sistema fagocitário mononuclear do SNC, participam da inflamação e reparação do SNC. Células ependimárias Página | 44 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Ciliadas. Células epiteliais colunares. Movimento do líquido cefalorraquidiano. Revestem ventrículos e canal central da medula espinal. Axônios (prolongamentos), células da glia e bainha de mielina. Axônios (prolongamentos), células da glia e corpos celulares. No cérebro e no cerebelo a substância cinzenta é externa e a substância branca é interna. Na medula espinhal a substância cinzenta é interna formando uma borboleta, a substância branca é externa. No cérebro e na medula espinhal a constituição da substância branca e da substância cinzenta é igual, no cerebelo a substância cinzenta é em camadas, com uma divisão. A SUBSTÂNCIA CINZENTA (córtex) é dividida em 3 camadas: 1. Camada molecular: apresenta prolongamentos e células da glia, é a mais externa. 2. Camada de Purkinje: onde está localizados os maiores neurônios do corpo é a camada intermediária. 3. Camada granulosa: muitos corpos celulares e pequenos, possui prolongamentos e células da glia, é a camada mais interna, ficando em contato com a substância branca. SUBSTÂNCIA BRANCA: sem corpos de neurônios, com prolongamentos e com células da glia. Possui função de equilíbrio do corpo. Página | 45 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Localizada no interior da coluna vertebral, revestida pelas meninges e composta por nervos espinhais. Mediadora de informações, produção de estímulos simples, que permite rápida reação do animal (antes que a informação chegue ao cérebro - retirar a pata do chão quente). No meio da substância cinzenta tem o canal medular com o líquido cefalorraquidiano (LCR), possui um revestimento de células epiteliais, chamadas de células ependimárias -> são células de proteção para que o líquido cefalorraquidiano não entre em contato com a substância cinzenta. medula espinal substância branca e substância cinzenta canal medular = LCR revestido por células epiteliais colunares ciliadas células ependimárias. As células ependimárias são células epiteliais colunares com cílios, auxilia no movimento do líquido cefalorraquidiano, revestem ventrículos e o canal central da medula espinal. Membranas de tecido conjuntivo que envolvem e protege a caixa craniana e o canal vertebral. São elas: dura-máter, aracnoide e pia-máter. A dura-máter é uma continuação do periósteo. Dura-máter É a mais externa, formada por tecido conjuntivo denso não modelado com um epitélio de revestimento simples pavimentoso. Aracnoide O líquido cefalorraquidiano fica na aracnoide, cuja função é a proteção, absorvendoos impactos. É constituído de duas partes, uma delas fica em contato com a dura-máter sendo uma membrana de conjuntivo, a outra parte é constituída de traves que ligam a aracnoide a pia-máter, a cavidade entre as traves é chamado de espaço subaracnóide, local que fica o LCR. Página | 46 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Se comunica com os ventrículos, exerce a função de proteção hidráulica contra traumas. Pia-máter Formado por tecido conjuntivo denso não modelado, é altamente vascularizado sendo que os vasos sanguíneos ficam na borda, por estar mais próximo do tecido nervoso. É uma barreira funcional que diminui o diâmetro dos capilares sanguíneos afim de tentar proteger o tecido nervoso, dificulta a passagem de antibióticos, agentes químicos e toxinas do sangue para o tecido nervoso. Possui cinco junções oclusivas nas células epiteliais, o astrócito se liga no vaso para aumentar a proteção. É uma dobra da pia-máter, sendo rica em capilares e se projetam para o interior do ventrículo, seu epitélio simples cúbico produz e secreta o LCR. – Também conhecido como líquor, possui uma grande quantidade de linfócitos (células de defesa), baixa quantidade e com raras células de descamação, contém de 2 a 5 linfócitos por mL com uma produção contínua, a absorção também é contínua, no SNC não existe vasos linfáticos e o LCR é absorvido pelas vilosidades (dobras) aracnoides. Função Proteção contra traumatismos no SNC. Proporciona ao encéfalo um suporte contra a pressão na caixa craniana. Nutrição do encéfalo (pequena quantidade). Elimina os metabólitos do SNC. Serve como via para as secreções chegarem a glândula hipófise. Permite o diagnóstico de doenças neurológicas e constituem uma via de entrada para a anestesia epidural. Formado por: nervos: (fibras nervosas – axônio e bainha de mielina): grupos de prolongamentos, possuem muitas células de Schwann. gânglios: tem corpos de neurônios fora do SNC, presença das células satélites e prolongamentos. terminações nervosas. célula da glia: a célula satélite é igual ao astrócito no SNC, realizando a sustentação do corpo celular, a Página | 47 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l célula de Schwann é igual ao oligodendrócito no SNC, produzindo a mielina. São agrupamentos de fibras nervosas, sendo formado por fibras mielínicas. Se dividem em: sensoriais, motores e mistos. nervos sensoriais/sensitivo: só tem fibras de neurônios aferentes. nervos motores: só tem fibras de neurônios eferentes, levando a resposta. nervos mistos: fibras aferentes e eferentes. Sua composição possui as fibras nervosas (axônio + bainha de mielina), tecido adiposo e tecido conjuntivo. Seu revestimento é: endoneuro: reveste as fibras nervosas, formado por tecido conjuntivo frouxo. perineuro: reveste os feixes de fibras, formado por tecido conjuntivo denso não modelado. epineuro: reveste o nervoso, formado por tecido conjuntivo denso não modelado. Entre o perineuro e epineuro pode aparecer tecido adiposo. Agrupamentos de neurônios fora do SNC, estão ligados aos nervos e todo o gânglio posteriormente originará um nervo, predomínio de corpos de neurônio. São revestidos Página | 48 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l por epineuro (cápsulas de tecido conjuntivo denso não modelado). Possui corpos celulares + células satélites + prolongamentos, sendo mais encontrado nos órgãos. Com base na sua estrutura e função, o sistema nervoso periférico pode ainda subdividir-se em duas partes: o sistema nervoso somático e o sistema nervoso autônomo ou de vida vegetativa. As ações voluntárias resultam da contração de músculos estriados esqueléticos, que estão sob o controle do sistema nervoso periférico voluntário ou somático. Já as ações involuntárias resultam da contração das musculaturas lisa e cardíaca, controladas pelo sistema nervoso periférico autônomo, também chamado involuntário ou visceral. O SNP VOLUNTÁRIO OU SOMÁTICO tem por função reagir a estímulos provenientes do ambiente externo. Constituído por fibras motoras que conduzem impulsos do sistema nervoso central aos músculos esqueléticos. O corpo celular de uma fibra motora do SNP voluntário fica localizado dentro do SNC e o axônio vai diretamente do encéfalo ou da medula até o órgão que inerva. O SNP AUTÔNOMO OU VISCERAL: tem por função regular o ambiente interno do corpo, controlando a atividade dos sistemas digestório, cardiovascular, excretor e endócrino. Contém fibras nervosas que conduzem impulsos do sistema nervoso central aos músculos lisos das vísceras e à musculatura do coração. Abrange o sistema vascular sanguíneo e o sistema linfático. O sistema linfático é constituído pelos vasos linfáticos (veias linfáticas e capilares linfáticos), esse sistema recolhe o que foi perdido pelos vasos sanguíneos, auxiliando o sistema circulatório. O sistema vascular sanguíneo é diferente dos vasos linfáticos, é constituído pelo coração, artérias, vasos capilares e veias. Os vasos linfáticos vão até o coração. CORAÇÃO: órgão com função de bombear o sangue pelos vasos sanguíneos. Página | 49 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l ARTÉRIAS: uma série de vasos que se tornam maiores à medida que se ramificam. Função de transportar o sangue com nutrientes e oxigênio do coração aos tecidos. VASOS CAPILARES: vasos delgados que formam uma rede complexa de tubos finos. Por suas paredes ocorre trocas entre o sangue e os tecidos adjacentes. VEIAS: resultam da convergência de vasos capilares em um sistema de canais mais calibrosos (próximo ao coração). Sua função é o transporte de sangue provenientes dos tecidos. coração artérias arteríolas capilares vênulas veias O coração impulsiona o sangue para as artérias (apresenta túnica média bem desenvolvida), esse sangue é transportado pelas artérias que se ramificam em arteríolas, onde posteriormente se ramificarão em capilares, cuja função é realizar a troca gasosa. Os capilares irão se fundir formando as vênulas que transportará o sangue para vasos maiores, que são as veias, fazendo com que esse sangue retorne ao coração, as veias apresentam uma túnica adventícia bem desenvolvida, com ausência de fibras elásticas. A é um conjunto de tecidos. Sai de um grande vaso e vai se ramificando até os capilares, quando chega nos capilares começa a se fundir em vasos maiores. A superfície interna de vasos linfáticos e vasculares sanguíneos é revestida por uma única camada de epitélio de revestimento simples pavimentoso (ENDOTÉLIO). vasos de macrocirculação: vasos calibrosos responsáveis pelo transporte de sangue aos órgãos e retorná-lo ao coração. artérias e veias. vasos de microcirculação: vasos delgados que realizam as trocas com os tecidos. arteríolas, capilares e vênulas. Sangue arterial é carregado de gás oxigênio, o sangue venoso é carregado de gás carbônico. O vaso sanguíneo realiza o transporte de sangue a as trocas gasosas. A parede dos vasos é formada pelo e quantidades variáveis de . A associação dos tecidos forma as camadas ou túnicas dos vasos sanguíneos. A quantidade e a organização dos tecidos nos vasos têm relação: fatores mecânicos: pressão sanguínea. fatores metabólicos: necessidade local dos tecidos. Forma uma barreira semipermeável interposta entre dois compartimentos do meio interno:o plasma sanguíneo e o fluido intersticial. Diferenciado para mediar e monitorar ativamente as trocas bidirecionais de pequenas moléculas, e ao mesmo tempo, restringir o transporte de macromoléculas. As células endoteliais são funcionalmente diversas, de acordo com o vaso em que está presente. Nos capilares, por exemplo, que são vasos de trocas de O2, CO2, H2O e solutos, as células permitem ou não a passagem. Compõe os vasos sanguíneos com exceção das arteríolas e vênulas. Presentes na túnica média, onde se organizam em camadas helicoidais. Cada célula muscular lisa é envolta por uma lâmina basal e quantidade variável de tecido conjuntivo. Unidas por junções comunicantes. Os componentes do tecido conjuntivo variam de acordo com as necessidades funcionais dos vasos em que estão presentes. Página | 50 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Fibras colágenas: abundante nas paredes dos vasos, encontradas entre as musculares lisas, na túnica adventícia. Colágeno do tipo IV, III e I: são encontrados na membrana basal, túnica média e adventícia respectivamente. Fibras elásticas: fornecem resistência ao estriamento promovido pela expansão da parede dos vasos. Predominam nas grandes artérias. Substância fundamental: formam um gel heterogêneo nos espaços extracelulares da parede dos vasos. De modo geral os vasos sanguíneos apresentam as camadas: 1. Túnica íntima: apresenta uma camada de células endoteliais que reveste a superfície interna do vaso, lâmina elástica interna (artérias). Está em contato com o sangue e pode conter fibras elásticas. endotélio: epitélio simples pavimentoso. subendotélio: tecido conjuntivo frouxo. 2. Túnica média: constituída por camadas concêntricas de células musculares lisas, fibras elásticas, reticulares e proteoglicanas (não existe nos capilares sanguíneos). tecido conjuntivo frouxo. células musculares lisas. fibras ou lâminas elásticas (opcional) -> presentes nas artérias. 3. Túnica adventícia: consiste principalmente em tecido conjuntivo, com fibras colágenas e elásticas. Formada por colágeno do tipo I e fibras elásticas. Presente em todas as artérias e veias. tecido conjuntivo frouxo. Túnica íntima Camada de células endoteliais apoiada na camada de tecido conjuntivo frouxo, a camada subendotelial – pode conter ou não células musculares lisas. Nas artérias a túnica intima é separada da túnica média por uma fibra elástica interna, a qual é o componente mais externo da íntima. Túnica média Página | 51 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Camadas concêntricas de células musculares lisas organizadas. Interpostas entre as células musculares ocorre quantidade variável de matriz extracelular, formada por fibras elásticas e reticulares, proteoglicanas e glicoproteínas. Túnica adventícia Formada por colágeno do tipo I e fibras elásticas. Vasa vasorum Também conhecido como vaso dos vasos. Em vasos grandes ocorrem a presença de capilares, arteríolas e vênulas que se ramificam na túnica adventícia e as vezes, na túnica média. Eles proveem a adventícia e a média de metabólitos, pois os vasos maiores as camadas são muito espessas para serem nutridos somente pela difusão a partir do sangue que circula no lúmen do vaso. Muito comum em veias (mais do que em artérias – recebem nutrição e O2 por difusão do sangue que circula no lúmen do vaso). Inervação Vasos sanguíneos que tem músculo liso na parede é geralmente provido por uma rede de fibras não mielínicas de inervação. Artéria elástica São as grandes artérias elásticas. Predomina as fibras elásticas, inclui a aorta e seus grandes ramos, vasos de cor amarelada devido a elastina na túnica média. A é rica em fibras elásticas e é espessa. A é formada por muitas lâminas elásticas perfuradas, concêntricas, entre as fibras elásticas ficam as células musculares lisas, fibras de colágeno, proteoglicanas e glicoproteínas. A é pouco desenvolvida. Auxilia na uniformidade do fluxo sanguíneo. Artérias musculares Possui um tamanho médio. A com camada subendotelial mais espessa do que nas arteríolas, a é formada por células musculares lisas (até 40 camadas). Entre as células musculares pode-se ter número variado de lamelas elásticas formadas por fibras reticulares e proteoglicanas. A é formada apenas por tecido conjuntivo frouxo. Controlam o fluxo do sangue para os órgãos. Predomínio de células musculares lisas. Se divide em: artéria muscular de maior calibre e artéria muscular de menor calibre. ARTÉRIA MUSCULAR DE MAIOR CALIBRE Possui duas fibras elásticas, uma entre a túnica íntima e a túnica média, e a outra entre a túnica média e a túnica adventícia. ARTÉRIA MUSCULAR DE MAIOR CALIBRE Página | 52 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Contém apenas uma fibra elástica entre a túnica íntima e a túnica média. Arteríolas O diâmetro do lúmen começa a se estreitar. Camada subendotelial delgada, lâmina elástica geralmente ausente, a túnica média é formada por 1 ou 2 camadas de células musculares lisas, desaparece a túnica adventícia. Começa a perder túnicas, realiza o transporte do sangue. Túnica média e íntima finais. Vasos capilares sofrem variação estrutural que os adaptam a exercer os níveis de trocas metabólicas entre o sangue e os tecidos. Formadas por 1 camada de células endoteliais que se enrolam em forma de tubo (possui apenas o endotélio). Realiza as trocas gasosas, sua nutrição é feita pelo sangue. artéria elástica artéria muscular de maior calibre artéria muscular de menor calibre arteríola capilar Se divide em 4 tipos. Capilar contínuo ou somático Ausência de fenestras em sua parede, possuindo células na sequência, é o tipo mais comum, encontrado nos três tipos de tecidos musculares, tecido conjuntivo e glândula exócrina. Capilar fenestrado ou visceral Com grandes orifícios ou fenestras nas paredes das células endoteliais, as quais são obstruídas por um diafragma (é como uma membrana, porém é mais fina que a membrana plasmática da própria célula). Com a presença do diafragma a velocidade de troca diminui, sendo uma velocidade intermediária. Encontrado em órgãos que necessitam de trocas rápidas de substâncias como o rim, o intestino e as glândulas endócrinas. Capilar fenestrado e destituído de diafragma ou capilar fenestrado sem diafragma Suas células são descontínuas, onde o sangue só é separado dos tecidos por uma lâmina basal espessa e contínua, favorecendo a troca rápida de água, íons, gases e etc. É característico de glomérulo renal, onde tudo que for água e íons acaba saindo. Capilar sinusóide Com maior diâmetro, células endoteliais formando camada descontínua e separada por espaços. Com presença de macrófagos (células de Kupffer) entre as células endoteliais. Encontrados no fígado e em órgãos hemocitopoéticos (formadores de células do sangue) como a medula óssea e o baço. Página | 53 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Os capilares se anastomosam livremente, formando uma rede que interconecta pequenas arteríolas com pequenas vênulas. O SANGUE RETORNA CARREGADO DE GÁS CARBÔNICO! As vênulas pós-capilares é a transição do capilar para a vênula, que ocorre gradualmente, sendo que a parede das vênulas é formada por apenas uma camada deendotélio, elas podem ser de dois tipos: 1. Vênulas pericíticas: participam em processos inflamatórios e trocas de moléculas do sangue com o tecido. Apresenta apenas o endotélio, não realiza trocas gasosas, possui a mesma constituição dos capilares, porém com função diferente, conduz o sangue em direção ao coração. 2. Vênulas musculares: possui uma túnica média e íntima finas. É a junção de várias vênulas pericíticas, apresenta o endotélio, tecido conjuntivo frouxo e algumas células musculares lisas na parede. O sangue que é coletado dos capilares e vênulas é posteriormente coletado pelas veias, sendo classificadas em pequenas, médias e grandes, contendo ao menos algumas células musculares lisas em suas paredes. A com uma camada subendotelial fina formada por tecido conjuntivo (pode ser ausente). A é formada por um pacote de pequenas células musculares lisas entremeadas por fibras reticulares e uma rede de fibras reticulares. A é a mais espessa e bem desenvolvida. veias de pequeno calibre veias de médio calibre veias de grande calibre (ex. veia cava). A diferença entre elas é a quantidade de tecido e o tamanho do lúmen que vai aumentando gradativamente. Para auxiliar no retorno do sangue temos as válvulas, possuem a mesma constituição da túnica íntima, cuja função é o fechamento para que o sangue não retorne. Formado originalmente de um vaso sanguíneo, o coração também é constituído de três túnicas equivalentes às túnicas dos vasos sanguíneos: 1. Epicárdio: camada mais externa. 2. Miocárdio: camada mais espessa, tecido muscular estriado cardíaco (corresponde a túnica média dos vasos). 3. Endocárdio: camada mais interna. Epicárdio Camada constituída de tecido conjuntivo denso não modelado apoiado sobre a camada subepicárdica, constituída de tecido adiposo unilocular. A superfície do epicárdio é revestida por um mesotélio. Tecido conjuntivo denso não modelado + epitélio simples pavimentoso (mesotélio). Tecido adiposo unilocular (subepicárdio). Miocárdio Tecido muscular estriado cardíaco em várias direções + tecido conjuntivo frouxo. Página | 54 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Característico ter vaso sanguíneo no meio. Camada mais espessa, o músculo estriado cardíaco corresponde a túnica média dos vasos. Endocárdio Reveste as cavidades do coração. Constituído de tecido conjuntivo frouxo revestido por uma camada de endotélio. Abaixo do endocárdio há uma camada subendocárdica, é de espessura variável e às vezes seus limites com o endocárdio não são muito nítidos, sendo difícil delimitar uma camada da outra. CAMADA SUBENDOCÁRDICA: tecido conjuntivo com vasos sanguíneos, nervos e componentes do sistema de condução de impulsos do coração (formado por fibras musculares cardíacas modificadas, denominadas fibras de Purkinje). As fibras de Purkinje são células de diâmetro bastante Tecido epitelial de revestimento simples pavimentoso (endotélio). Tecido conjuntivo frouxo. Tecido conjuntivo frouxo + fibras de Purkinje (subendocárdica). Toda a artéria que vai para a circulação sistêmica tem sangue arterial e a veia sangue venoso, na circulação pulmonar a artéria tem sangue venoso e a veia sangue arterial. É um sistema de canais com paredes finas revestidas por endotélio que coleta o fluido dos espaços intersticiais e o retorna ao sangue. O fluido é a linfa que circula somente na direção do coração. É constituído pelos linfonodos e vasos linfáticos, é auxiliar ao sistema circulatório sanguíneo, recolhendo o sangue que foi extraviado ao longo do trajeto dos vasos sanguíneos. Muitas vezes as moléculas, os íons, as proteínas e outros constituintes, durante a troca gasosa, o líquido extravasa para o espaço intersticial, o vaso linfático serve para recolher o que se encontra no meio dos tecidos, o conjunto do que é recolhido é chamado de linfa, desembocando na veia subclávia ou jugular (veia próxima ao coração). O sistema linfático recolhe e redefine o caminho. Filtra a linfa, tem grande quantidade de células de defesa para que nenhum microrganismo entre em contato com o sangue, fazendo uma barreira. Quando ocorre uma inflamação ou algum processo que irrite as células, fazendo com que elas sejam ativadas irá causar um leve inchaço. Os vasos linfáticos vêm da periferia do corpo até próximo ao coração, ausente na medula óssea e no sistema nervoso, possuem um ponto cego. É dividido em dois tipos: capilares linfáticos e veias linfáticas. Encontrados na extremidade do corpo, pequenos vasos com fundo/ponto cego, que consiste em uma camada de endotélio e uma lâmina basal incompleta. Página | 55 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l São mantidos abertos devido inúmeras microvilosidades elásticas, que se ancoram em tecido conjuntivo que os envolve. Os vasos linfáticos convergem gradualmente e terminam em dois grandes troncos – ducto torácico e ducto linfático direito, que desembocam na junção das veias jugular, subclávia direita e esquerda. São encontrados em quase todos os órgãos, exceto: sistema nervoso central e medula óssea. Semelhante as veias, exceto por serem mais finas e não apresentarem separação clara entre as túnicas (íntima, média e adventícia). Com várias válvulas em cada vaso. endotélio, subendotélio, tecido conjuntivo frouxo, células musculares lisas e tecido conjuntivo frouxo. A circulação da linfa tem auxilio por forças externas – contração dos músculos estriados esqueléticos circunjacentes das paredes. A contração rítmica da musculatura lisa da parede das veias linfáticas maiores ajuda a impulsionar a linfa na direção do coração. Capilares finos – médios e veias linfáticas. e . Morfologia parecida com a das veias. Possui parede mais delgada sem separação nítida entre as túnicas íntima, média e adventícia (válvula - seta curta). São órgãos encapsulados espalhados pelo corpo, sempre no trajeto dos vasos linfáticos. Formato de rim com presença de hilo (artérias e veias) Medem de 1mm a 1-2 cm de comprimento. SUSTENTAÇÃO: fibras reticulares. Circulação linfática unidirecional. Presença de linfócito T e B -> são produzidos na medula óssea, o B vem da medula óssea e o T fica maduro no timo, o B tem papel periférico e podem produzir anticorpos, o mais efetivo é o T. Página | 56 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Cápsula Tecido conjuntivo frouxo. Região cortical/córtex Se divide em duas regiões: 1. Região cortical superficial: constituída por nódulos ou folículos linfáticos e por tecido linfoide frouxo, forma os seios subcapsulares. predomínio de linfócitos B, macrófagos, plasmócitos e células foliculares dendríticas. seios subcapsulares: recebem a linfa vinda pelos vasos aferentes – medular. 2. Região cortical profunda ou paracortical: predomínio de linfócitos T, ausência de nódulos linfáticos. Região medular/medula Constituída por cordões medulares, com linfócitos B. As fibras e células reticulares (síntese e secreção de colágeno que se organiza sob forma de fibras reticulares, importantes estruturas que mantém a arquitetura do órgão), apresenta macrófagos. Os seios medulares separam os cordões medulares que recebem a linfa que vem da cortical e comunicam-se com os vasos linfáticos eferentes - linfa sai do linfonodo. A linfa entra na região da cápsula e sai pelo hilo. Os linfonodos são “filtros” da linfa, removendo as partículas estranhas antes que a linfa retorne ao sistema circulatóriosanguíneo. cordões medulares seios medulares Página | 57 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Todos os componentes são formados por um tubo oco composto de lúmen ou luz, diâmetro variável, circundado por uma parede composta de: , , e . Começa na boca e termina no ânus, é um trato interligado sendo contínuo, sua principal característica é a presença de camadas. No intestino delgado e grosso se localiza as placas de Peyer realizando a proteção. É a camada mais interna. Camada epitelial (tecido epitelial). Lâmina própria (tecido conjuntivo frouxo). pode apresentar glândulas, tem vaso sanguíneo, vaso linfático, nervos, macrófagos e linfócitos (células de defesa, servem para a proteção), os nódulos linfoides podem estar presentes na lâmina própria e submucosa. Camada muscular da mucosa (até 2 subcamadas finas de músculo liso). auxilia na contração e no movimento peristáltico. Pode apresentar glândulas e nódulos linfoides (característico no intestino e estômago). Barreira seletiva. Facilitar transporte e a digestão do alimento. Promover a absorção dos produtos da digestão. Produzir hormônios que regulam a atividade do sistema digestivo. Produção de muco para lubrificação e proteção. são produzidos nas glândulas da submucosa, auxiliando na movimentação do alimento no esôfago. no estômago o muco serve para a proteção do epitélio contra o ácido do suco gástrico. no intestino grosso que realiza a absorção de água e íons, o muco auxilia no deslizamento do bolo fecal que ficou enrijecido. Produção de hormônios (gastrina) no estômago, produzido por células glandulares ou pelo epitélio e liberado quando o estômago enche. Presença de macrófagos e linfócitos. Nódulos linfoides: presentes na lâmina própria e submucosa. Página | 58 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Tecido conjuntivo denso não modelado. Presença de vaso sanguíneo, vaso linfático e plexo nervoso submucoso. Pode apresentar glândulas e tecido linfoide (são aglomerados de células de defesa). Da língua até o início do esôfago: tecido muscular estriado esquelético. Do início do esôfago até o meio do esôfago: transição da musculatura estriado esquelético para a musculatura lisa. Do meio do esôfago até o reto: tecido muscular liso. Dividida em duas subcamadas de musculatura, onde o primeiro feixe muscular é na transversal sendo o mais interno, o segundo feixe é na longitudinal sendo o mais externo. As duas subcamadas auxiliam na movimentação interna, sendo mais eficiente e auxilia na mistura do bolo alimentar no estômago. Entre as duas subcamadas temos o plexo nervoso mioentérico e tecido conjuntivo frouxo com vasos sanguíneos e linfáticos, o tecido conjuntivo frouxo serve para fazer a adesão entre os dois feixes musculares. SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO: formado por gânglios dentro do trato gastrointestinal (esôfago até o reto), podendo ficar na submucosa recebendo o nome de plexo ou gânglio submucoso e no mioentérico (no meio da camada muscular) sendo denominado plexo mioentérico. O axônio presente no gânglio vai para o epitélio exercendo o controle do trato gastrointestinal. Ausentes na mucosa ou no meio das glândulas. Camada final do órgão (fechando), é uma camada fina de tecido conjuntivo frouxo, revestido por epitélio simples pavimentoso (mesotélio). Em estômago tem serosa. Na cavidade abdominal, a serosa que reveste os órgãos é o peritônio visceral. Em órgãos que estão ligados a outros órgãos possuem adventícia. Tecido conjuntivo frouxo, tecido adiposo com vasos sanguíneos e nervos, sem mesotélio. Presente em órgãos do trato digestivo que estão unidos a outros órgãos ou estruturas, ex. final do intestino grosso e início do esôfago. Página | 59 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Obter a partir dos alimentos ingeridos as moléculas necessárias para a manutenção, o crescimento e as demais necessidades energéticas do organismo. CAVIDADE ORAL: língua e mucosa. ESÔFAGO. ESTÔMAGO: monogástrico: presença de um estômago verdadeiro, encontrado em cães, gatos, suínos e carnívoros. poligástrico: encontrado em ruminantes, são vários estômagos, sendo três pré-estômagos com ausência de glândulas. 1. é o maior, câmara fermentativa, apresenta microrganismos. 2. poucas bactérias, o alimento vai sendo amassado e regurgitado, depois de quebrar o alimento volta para a boca para terminar de mastigar e vai para o omaso. 3. também quebra o alimento. estômago verdadeiro. equinos: um único estômago dividido em parte aglandular (“pré-estômago”) e glandular (produção do suco gástrico). INTESTINO DELGADO: duodeno, jejuno e íleo. INTESTINO GROSSO: ceco, cólon e reto. GLÂNDULAS ANEXAS: glândulas salivares, fígado e pâncreas. Revestida por epitélio estratificado pavimentoso queratinizado para proteger a mucosa contra agressões mecânicas durante a mastigação, presente na gengiva e palato duro. Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado presente no palato mole, lábios, bochechas e assoalho da boca. Auxilia na mastigação. Epitélio de revestimento estratificado pavimentoso queratinizado na região dorsal da língua. Epitélio de revestimento estratificado pavimentoso não queratinizado na região ventral. Lâmina própria (tecido conjuntivo frouxo) localizada após o epitélio e entre as fibras musculares. Tecido muscular estriado esquelético é revestido pela mucosa apresentando as fibras musculares em três direções (transversal, longitudinal e oblíquo), sendo separadas pelo tecido conjuntivo frouxo. face dorsal face ventral Página | 60 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Mucosa aderida à musculatura pelo tecido conjuntivo da lâmina própria que penetra os espaços entre os feixes musculares. A superfície ventral (parte inferior da língua) é lisa, enquanto que a superfície dorsal (região superior) é irregular, apresentando iminências que são as papilas. As papilas são dobras no epitélio, sendo as papilas mecânicas aquelas que participa da mastigação, com ausência de células sensitivas e, as papilas gustativas possuem botões gustativos, que são conjuntos de células com ligações com os neurônios, sendo capazes de perceber o sabor. O terço posterior da língua separada por um “V” dos dois terços anteriores, os 2/3 da frente da língua realizam a percepção dos gostos, os 3/3 final da língua, posterior ao “V” possuem células de defesa, que formam agregados linfoides que formam grupos de nódulos e tonsilas linguais. PAPILAS LINGUAIS: elevações do epitélio oral e lâmina própria com várias funções e formas, sendo divididas em 4 tipos: filiformes. fungiformes. foliáceas ou foliadas. circunvaladas ou valadas. Região que conecta a cavidade oral com o esôfago e a cavidade nasal com a laringe. região orofaringe: vai para o esôfago. região nasofaringe: vai em direção a laringe. Contém aberturas para a cavidade oral (orofaringe), cavidade nasal e tubas auditivas (nasofaringe) e, a laringe e esôfago (laringofaringe). Possui as 4 camadas: 1. Mucosa com glândulas (para a produção do muco) e sem muscular da mucosa (camada de fibras elásticas). 2. Submucosa com glândulas. 3. Camada muscular (MEE – músculo estriado esquelético). 4. Adventícia (orofaringe com o esôfago). A faringe possui um epitélio estratificadopavimentoso não queratinizado na região contínua ao esôfago. Epitélio pseudoestratificado colunar ciliado com células caliciformes nas regiões próximas a cavidade nasal. Formação de tonsilas (grupos de células de defesa), fica aderida na mucosa. No início da laringe, é uma lâmina que se encontra por detrás da língua para atuar como uma válvula da laringe, que é um dos órgãos do aparelho respiratório. É uma lâmina de CARTILAGEM ELÁSTICA que evita a comunicação entre os aparelhos respiratório e digestivo. Durante a deglutição, a laringe se eleva, enquanto que a epiglote se abaixa, fechando a entrada da laringe e permitindo a passagem do alimento para o esôfago. Durante a respiração, a epiglote se eleva, mantendo a laringe aberta e permitindo a passagem do ar. Tubo muscular com função de transportar o alimento da boca para o estômago. Página | 61 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Epitélio de revestimento pavimentoso estratificado não queratinizado em carnívoros, ligeiramente queratinizado em suínos, medianamente em equinos e totalmente em ruminantes. Lâmina própria próxima ao estômago com glândula esofágica da cárdia (produtora de muco). Glândulas esofágicas (produtoras de muco), a secreção auxilia no transporte do alimento e protege a mucosa. Tecido conjuntivo denso não modelado. PORÇÃO PROXIMAL: músculo estriado esquelético (MEE). PORÇÃO MÉDIA: músculo estriado esquelético (MEE) e músculo liso (ML). PORÇÃO DISTAL: músculo liso (ML). Porção na cavidade abdominal, formada por tecido conjuntivo frouxo mais mesotélio (epitélio simples pavimentoso). Nas demais regiões, formada por tecido conjuntivo frouxo mais tecido adiposo. camada muscular interna que origina o esfíncter (feixe de músculo que separa o esôfago do estômago). Região dilatada do trato digestivo, possui uma luz maior e irregular. Digestão parcial do alimento, a digestão começa na boca e termina no duodeno no intestino delgado. Funções exócrinas (digestão de alimentos) e endócrinas (secreção de enzimas e hormônios). O estômago verdadeiro possui a parte das glândulas, que ocorre a digestão química junto com a mecânica. continuar digestão de carboidratos iniciada na boca. adicionar um fluído ácido ao alimento ingerido (HCl). transformar o alimento em massa viscosa (quimo). Página | 62 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l digestão inicial das proteínas (pepsina realiza a quebra da proteína, sendo uma enzima). digestão dos triglicerídeos (lipase gástrica e lingual, são enzimas). Dividido em quatro regiões: cárdia (início), corpo e fundo (intermediário) e piloro ou antro (fundo). A prega gástrica é formada pelo epitélio mais a lâmina própria (tecido conjuntivo frouxo), as fossetas gástricas presentes no epitélio são invaginações ou dobras no epitélio em direção a lâmina própria, onde irá desembocar a secreção das glândulas. CÁRDIA: poucas glândulas e pregas. CORPO: pregas longas e glândulas longas. FUNDO. Mucosa Constituída pelo epitélio simples colunar, apresentando pregas gástricas (dobras do epitélio) e fossetas gástricas (invaginações do epitélio em direção a lâmina própria). A lâmina própria será formada pelo tecido conjuntivo frouxo e células linfoides. A musculatura da mucosa é um feixe fino muscular que separa a mucosa da submucosa. A secreção de muco alcalino é composta por 95% de água, glicoproteínas e lipídios, protegendo as células da acidez estomacal. CÁRDIA Transição entre esôfago e estômago, é uma banda celular estreita de 1,5 a 3 cm de largura. Sua mucosa apresenta as glândulas da cárdia, com dois tipos de células, sendo elas: células mucosas: secretoras de muco e lisozima (enzimas que destroem a parede da bactéria e carboidratos). células parietais (oxintícas): produtoras de ácido clorídrico (HCL = H+ CL-), fazem parte da digestão. Página | 63 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l CORPO E FUNDO Apresentam glândulas longas (glândulas fúndicas), sua mucosa com glândulas fúndicas, sendo que 3 a 7 glândulas se abrem em cada fosseta gástrica. A glândula é dividida m três partes por ser extremamente longa: istmo, colo e base. ISTMO: células mucosas (produção de muco), célula tronco (realiza a reposição do epitélio, renova as células glandulares) e células parietais ou oxintícas (produtoras de HCl). COLO: células mucosas do colo (produtoras de muco), célula tronco, células parietais e células enteroendócrinas (produz peptídeos e proteínas, participando do controle do peristaltismo – contração – e do controle da produção de muco). BASE: células parietais, células enteroendócrinas e células principais zimogênicas (produção de pepsinogênio que é uma enzima inativa e revestida por uma membrana/grânulo, quando jogada em meio ácido, esse grânulo se rompe formando a pepsina que é a forma ativa -> o pâncreas também produz pepsinogênio). Funções de cada célula Célula tronco: são células colunares, repõem as células mucosas superficiais por mitose, podem se diferenciar em células parietais, principais e enteroendócrinas. Células mucosas do colo: localizadas entre as células parietais do colo, seu formato é irregular, com núcleos basais e grânulos de secreção na superfície apical. Células oxintícas/parietais: células arredondadas à piramidais com um núcleo centralizado. Secretam ácido clorídrico, cloreto de potássio e fator gástrico intrínseco (gastrina – hormônio – e histamina – vasodilatador com função reguladora –, estimulam a produção do ácido clorídrico). Células principais ou zimogênicas: produzem e exportam proteínas, presença de grânulos de pepsinogênio no interior do citoplasma, o pepsinogênio é liberado no estômago que em meio ácido se torna a enzima pepsina. Células enteroendócrinas: secretam proteínas e peptídeos que controlam funções fisiológicas, regular a digestão e auxiliar no controle do peristaltismo, proteção da mucosa e renovação celular. Página | 64 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l PILORO Pregas e fossetas gástricas profundas e glândulas curtas, contém células mucosas, células enteroendócrinas e células G na região pilórica, que ao serem estimuladas liberam gastrina que ativam a produção de ácido clorídrico pelas células parietais. Tem um único estômago só que possui uma parte que não é verdadeira. Região superior do estômago de equinos é aglandular e a região posterior é glandular, a separação dessas duas regiões é feita pela margem pregueada/margos plicatus onde ocorre a mudança dos epitélios. ª aglandular. mucosa: tecido epitelial de revestimento estratificado pavimentoso queratinizado, tecido conjuntivo frouxo, muscular da mucosa. Sendo uma dilatação do esôfago. ª glandular: mucosa: epitélio de revestimento simples colunar, lâmina própria (tecido conjuntivo frouxo) + glândulas, muscular da mucosa. Submucosa. Muscular. Serosa. Porção aglandular Não apresenta mecanismos protetores de mucosa contra o suco gástrico. Pouco contato com a ingesta e motilidade reduzida. Ao se posicionar dorsalmente à região glandular, impede que a ingesta tenha ação corrosiva do HCl e da pepsina. Possui função de armazenamento, e possível fermentação microbiana (semelhante ao rúmen), ausência de muco. O posicionamento do estômago faz com que oalimento que está em contato com o suco gástrico não chegue na região aglandular. Porção glandular Grande motilidade, região de digestão mecânica, química e enzimática dos alimentos ingeridos. Sua mucosa é protegida devido a uma camada de muco espesso e do bicarbonato, secretados pelas células da mucosa. É dividida em três regiões: 1. CÁRDICA: apresenta células mucosas (produtoras de muco). 2. PARIETAL: células parietais (produtoras de HCl), células mucosas (produtoras de muco e fazem o papel de reposição), células principais ou zimogênicas e a produção do suco gástrico. 3. PILÓRICA: células G (produzem gastrina e pepsinogênio). Página | 65 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Na área parietal, as glândulas contêm células parietais produtoras de HCl, entre as células parietais tem as células mucosas do colo que secretam muco fino. As células mucosas do colo são as únicas com a capacidade de diferenciação e reposição celular na mucosa. As células principais se encontram na base das glândulas, responsáveis por secretar pepsinogênio, o precursor da enzima pepsina. As glândulas cárdicas secretam apenas muco. Seu muco é alcalino e serve para proteger o estômago. As glândulas pilóricas possuem apenas células G, produtoras de gastrina e pepsinogênio. Resumo MUCOSA: dividida em aglandular e glandular. aglandular: tecido epitelial de revestimento estratificado pavimentoso queratinizado, tecido conjuntivo frouxo (lâmina própria) e muscular da mucosa. glandular: tecido epitelial de revestimento simples colunar, lâmina própria mais glândulas e muscular da mucosa. Subdividida em 3 partes: 1. células mucosas (secretam muco). 2. células parietais, células mucosas e células principais ou zimogênicas. 3. células G. SUBMUCOSA: tecido conjuntivo denso não modelo, vasos sanguíneos, linfático e plexo nervoso submucoso. MUSCULAR: tecido muscular liso, tecido conjuntivo frouxo aderindo os feixes musculares. SEROSA: tecido conjuntivo frouxo e mesotélio (tecido epitelial de revestimento simples pavimentoso). Presente nos animais que se alimentam de fibras vegetais. Regurgitação e ruminação Funções dos estômagos Fornecer ao organismo, de forma contínua, nutrientes, água. Armazenar alimentos por um determinado período de tempo e liberá-los parcialmente para sofrerem digestão. Metabolizar o alimento para absorção. Eliminar os resíduos alimentares (produtos não digeridos). Presença de 3 pré-estômagos e 1 estômago verdadeiro (contém glândulas, igual ao dos monogástricos). rúmen: é o primeiro pré-estômago, sendo uma câmara grande e alojando uma lata quantidade de microrganismos, faz a fermentação, após o rúmen a ingesta fibrosa prossegue para o retículo. É a primeira porção que possibilita o armazenamento temporário das fibras vegetais, ausência de muscular da mucosa. retículo: segundo pré-estômago. omaso: terceiro pré-estômago. abomaso: é o estômago verdadeiro, sendo o único com a presença de glândulas. O rúmen, retículo e omaso são originados a partir da região esofágica do estômago e são referidas juntas como proventrículo (pré estômagos). Facilitam a quebra da ingesta fibrosa ingerida pelos animais, são aglandulares, sendo formados por tecidos que permitem as ingestas serem maceradas por mecanismos mecânicos. Pré-estômago Mucosa: epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, lâmina própria e muscular da mucosa (pode ter ou não). Página | 66 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Submucosa: tecido conjuntivo denso não modelado. Muscular: duas subcamadas de músculo liso. Serosa: tecido conjuntivo frouxo e mesotélio (epitélio simples pavimentoso). Toda mucosa do pré-estômago tem dobras formadas por epitélio estratificado pavimentoso queratinizado e lâmina própria formando as papilas gástricas que realizam a quebra (maceração). Lentamente o alimento prossegue para o retículo que faz o controle de quanto de alimento volta para a boca. RÚMEN (PANÇA) É o maior, chamado de câmara fermentativa, a fermentação ocorre através dos microrganismos, as papilas abrigam um número maior de microrganismos para a fermentação, aumentando a área de contato, também fazem o armazenamento do alimento. Ausência de muscular da mucosa, o tecido conjuntivo frouxo (lâmina própria) se funde no tecido conjuntivo denso não modelado formando a lâmina própria submucosa (junção do tecido conjuntivo frouxo + submucosa). Como resultado da fermentação, ocorre a produção de dois gases poluentes: metano e dióxido de carbono, que são liberados na respiração. Sendo um reservatório e uma câmara fermentativa, a digestão ou fermentação é garantida por enzimas produzidas por microrganismos, que não são secretadas, mas ficam aderidas a parede celular. O epitélio mucoso fornece a cobertura adequada para abrigar uma mistura de bactérias e protozoários que realizam a fermentação dos vegetais ingeridos. A fermentação gera ácidos graxos voláteis e outras substâncias para serem absorvidas ou metabolizadas pelo proventrículo. Como subproduto da fermentação anaeróbica – metano e dióxido de carbono – gases que devem ser expelidos do rúmen por contrações. Os gases se movem para o esôfago e pulmões através da faringe, sendo expelidos na respiração. RETÍCULO (BARRETE) Continuação do rúmen, porém menor. Junto com o rúmen faz com que o alimento seja regurgitado, a contração é maior do que no rúmen com papilas mais longas. Realiza a maceração e auxilia na regurgitação. Página | 67 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Presença de dobras mucosas (cristas reticulares), as cristas se projetam para o lúmen, se fundem ou anastomosam formando sulcos com aspectos de favo de mel. Ocupa uma posição não completamente separado ao rúmen. Surge as papilas secundárias sendo menores, não apresenta muscular da mucosa. A muscular da mucosa surge apenas nas pontas das papilas primárias auxiliando na maceração e regurgitação. Não secreta nenhuma enzima e apresenta um movimento constante. Em sintonia com o rúmen, participa do processo de ruminação, responsável pela contração que ocasiona a regurgitação. OMASO É o terceiro pré-estômago, sua membrana mucosa é queratinizada e com numerosas pregas, apresentando as papilas primárias, secundária e terciárias (papilas folheadas são as papilas menores). Presença de muscula da mucosa contínua dentro das papilas. Responsáveis pela absorção de água, de minerais e reduz partículas alimentares, realiza as contrações omasais que trituram e comprimem o alimento. O alimento vai sendo macerado através do aspecto folheado, realizando a maceração e com ausência de microrganismos. A lâmina própria, a submucosa, a túnica muscular e a túnica serosa são típicas, a muscular da mucosa entra e forma um feixe de músculo na papila primária, para que ocorra a contração precisa da muscular da mucosa. A subcamada da muscular interna prolifera afastando a submucosa e entrando na papila, a origem da muscular da mucosa é junto com a muscular. A submucosa é separada da lâmina própria pela muscular da mucosa. Abomaso Estômago glandular, possui a mesma conformação do estômago dos monogástricos, as principais células do estômago dos monogástricos e abomaso são: células mucosas e células parietais. Resumo Estômago de poligástricos MUCOSA DO PRÉ-ESTÔMAGO: epitélio estratificado pavimento queratinizado (aglandular) e lâmina própria. rúmen: ausênciade muscular da mucosa, lâmia própria submucosa (lâmina própria e conjuntivo da submucosa Página | 68 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l fusionados), apresenta as papilas ruminais (papilas primárias, são pequenas). retículo: papilas primárias, papilas secundárias, lâmina própria submucosa (na ponta das papilas primárias contém aglomerados de músculo liso da camada muscular da mucosa). omaso: membrana mucosa queratinizada com numerosas pregas, apresenta papilas primárias, secundárias e terciárias. Lâmina própria, camada muscular da mucosa contínua dentro das papilas, formando um eixo de músculo liso em toda extensão da prega, submucosa (tecido conjuntivo denso não modelado) A lâmina da musculatura interna adentra as papilas primárias. MUSCULAR DO PRÉ-ESTÔMAGO: 2 subcamadas de músculo liso. SEROSA DO PRÉ-ESTÔMAGO: tecido conjuntivo frouxo e mesotélio (epitélio de revestimento simples pavimentoso). ABOMASO: também conhecido como estômago verdadeiro. mucosa: tecido epitelial de revestimento simples colunar, lâmina própria, glândulas e muscular da mucosa. É dividida em: 1. glândulas da cárdia, células mucosas e células parietais ou oxintícas. 2. glândulas longas que são divididas em istmo, colo e base. istmo: células mucosas, células parietais e células tronco. colo: células tronco, células mucosas do colo, células oxintícas e células enteroendócrinas. base: células oxintícas, células principais e células enteroendócrinas. 3. células enteroendócrinas, células mucosas e células G. submucosa: tecido conjuntivo denso não modelado, vaso sanguíneo e plexo nervoso submucoso. muscular: células musculares lisas em duas subcamadas, entre essas camadas tem o plexo nervoso mioentérico, tecido conjuntivo frouxo com vasos sanguíneos e linfáticos. serosa: tecido conjuntivo frouxo e mesotélio (epitélio simples pavimentoso). Local terminal da digestão dos alimentos, absorção de nutrientes e secreção endócrina. Sua membrana mucosa apresenta vilosidades intestinais, criptas (entre as vilosidades) e glândulas de Lieberkuhn. É dividido em: duodeno, jejuno e íleo. As células epiteliais são responsáveis pela absorção de nutrientes, a parede do intestino delgado apresenta várias estruturas para aumentar a superfície de contato e favorecer a absorção de nutrientes, que são as vilosidades ou vilos. No duodeno acontece o final das quebras das proteínas, o pâncreas produz o pepsinogênio e libera o bicarbonato de sódio. o controle da acidez é realizado pelo bicarbonato de sódio, neutralizando o pH do quimo (sai o duto pancreático trazendo o suco pancreático) e a emulsificação das gorduras advindas da bile que é formada na vesícula miliar, ocorre o final da digestão e o início da absorção. Página | 69 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Organizado em mucosa, submucosa, muscular e serosa que compõem o duodeno, jejuno e íleo. Ausência de glândulas, as criptas são conjuntos de células perto da vilosidade, realizando a renovação das células. As vilosidades ou vilos são dobras do tecido epitelial e do tecido conjuntivo frouxo, sendo projeções longas do epitélio simples colunar e lâmina própria. No duodeno as vilosidades tem formato de folhas e em direção ao íleo tem formato de dedo. REVESTIMENTOS DAS VILOSIDADES: epitélio simples colunar com células absortivas (enterócitos) e células caliciformes, e em continuação com o epitélio das – células absortivas, caliciformes, enteroendócrinas, de Paneth e tronco. As vilosidades servem para aumentar a superfície de contato para a absorção, as vilosidades são maiores no duodeno, médias no jejuno e pequenas no íleo, a constituição é básica em todo o intestino. O epitélio simples colunar podemos chamar de célula absortiva ou enterócito com a presença dos microvilos formando a vilosidade. Presença de células caliciformes produtoras de muco, presente nos três constituintes só que em maior quantidade no íleo, juntos com o epitélio, o muco protege o epitélio e favorece o deslizamento do quimo. A lâmina própria faz a oxigenação e sustentação do epitélio, preenche a vilosidade, apresenta algumas células musculares lisas ajudando na contração para favorecer o deslizamento do quimo. As criptas mantêm a renovação do epitélio, possui 5 tipos de células dispostas aleatoriamente, são conjuntos de células, se dividem por mitose. 1. Célula absortiva: seu formato é colunar, com microvilosidades e borda em escova. Responsável por internalizar moléculas produzidas durante a digestão e manter a reposição das células colunares. 2. Célula caliciforme: repõe as células caliciformes e estão atribuídas entre as células absortivas. Produzem glicoproteínas ácidas (mucinas) que são hidratadas e formam muco que realiza a proteção e lubrificação do revestimento intestinal, está em menor quantidade no duodeno e aumenta em direção ao íleo. 3. Célula enteroendócrina: controlam o funcionamento da cripta. 4. Célula de Paneth: localizada na porção basal das criptas intestinais, responsáveis por produzir e secretar lisozima e defensina (são enzimas que podem destruir a parede das bactérias, realizando a defesa). 5. Célula tronco: origina qualquer outra célula, é uma célula base. As células M (microfold) são células epiteliais especializadas em recobrir folículos linfoides nas placas de Peyer do íleo, são células que captam antígenos por endocitose/fagocitose e transporta para o macrófago e células linfoides (defesa imunológica intestinal). Após o epitélio simples colunar vem a lâmina própria com tecido conjuntivo frouxo, vasos sanguíneos, linfáticos, fibras nervosas e células musculares lisas. Presente a Página | 70 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l muscular da mucosa formada por músculo liso. No íleo apresenta toda essa constituição mais as placas de Peyer. Duodeno Tecido conjuntivo denso não modelado com glândulas mucosas (glândulas duodenais) secretoras de muco para proteção da mucosa da acidez do suco gástrico, protegendo o intestino, o muco é composto por glicoproteínas mais água. Jejuno Tecido conjuntivo denso não modelado. Íleo Tecido conjuntivo denso não modelado, é a transição do intestino delgado com o grosso, presença de placas de Peyer (são aglomerados de linfócitos revestidos pelas células M, as células M captura o antígeno e joga para dentro da placa de Peyer por fagocitose, não degradando o antígeno, as placas de Peyer são grandes nódulos linfoides). Duas subcamadas de músculo liso. Mesotélio e tecido conjuntivo frouxo. Ceco, cólon e reto. É a porção final do trato digestivo, começa na prega ileocecal (junção ileocecal), sua função básica é a absorção de água e formação do bolo fecal. Após o reto apresenta o canal anal, contendo glândulas, com uma alta quantidade em cães, gatos e suínos, no canal anal desaparecem as glândulas na mucosa. Página | 71 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Ceco Nos animais domésticos o ceco é bem desenvolvido e nos ruminantes é menos proeminente. Não apresenta vilosidades, com um epitélio simples colunar com grandes glândulas e células caliciformes (para a produção de muco, favorecendo a passagem do bolo fecal), além de nódulos linfoides na mucosa e submucosa (concentrados ou não). Lâmina própria mais glândulas (complementa a produção de muco) e muscular da mucosa. Cólon Semelhante ao ceco,mucosa sem vilosidades e células caliciformes, glândulas da mucosa alojadas na lâmina própria, muscular da mucosa. Reto Mucosa sem vilosidades, alta quantidade de células caliciformes. Tecido conjuntivo denso não modelado, apresentando nódulos linfoides (são maiores e com quantidade reduzida, faz a defesa). Duas subcamadas de músculo liso, exceto em equinos e suínos que possuem a união dos músculos lisos mais as fibras elásticas formando as tênias, que favorecem a motilidade e contração do bolo fecal. As fibras elásticas ficam entre as duas subcamadas de músculo liso, presentes no ceco e cólon, sendo denominadas de tênias do ceco e tênias do cólon. A túnica muscular realiza a motilidade para mistura posterior da ingesta e propulsão de materiais não digeríveis e excrementos na direção do ânus, sendo semelhantes aos movimentos peristálticos. No reto a camada muscular é mais desenvolvida do que a do cólon. Tecido conjuntivo frouxo mais mesotélio, no final do reto vira adventícia (tecido conjuntivo frouxo sem mesotélio, pode conter o tecido adiposo), o reto é a última porção do trato digestivo. É o final do intestino grosso e do trato digestivo como um todo, se funde ao reto formando a junção mucocutânea ou retoanal. As paredes começam a desaparecer originando a mucosa anal. As glândulas retais se tornam curtas e desaparecem, permanecendo o epitélio simples colunar, quando o epitélio simples colunar se estende a frente se torna o epitélio estratificado pavimentoso, diminui a lâmina própria e desaparece a muscular da mucosa, ausência de submucosa. A camada circular interna da túnica muscular se torna o músculo esfíncter interno do ânus, envolvido por uma cobertura fibroelástica. O músculo esfíncter interno e a cobertura fibroelástica são envolvidos por músculo estriado esquelético formando o músculo esfíncter externo do ânus. O esfíncter é uma válvula de controle. Nas espécies de grandes herbívoros domésticos o canal anal é curto e sem glândulas. Em cães, gatos e suínos, o canal anal tem glândulas e zonas específicas, as glândulas anais de suínos produzem muco e as de cães e gatos produzem lipídios. Página | 72 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Formado pelo pâncreas, fígado e glândulas salivares. Chamadas de glândulas acessórias, pois não estão dentro do sistema digestivo, mas auxiliam na digestão. Glândula mista, possui parte exócrina e parte endócrina. A parte exócrina produz suco pancreático que é direcionado para o intestino delgado, no duodeno. A parte endócrina produz insulina e glucagon, fazendo o controle e o equilíbrio da glicose na corrente sanguínea. O ducto pancreático se localiza na parte exócrina do pâncreas. O revestimento do pâncreas se chama cápsula, formada por tecido conjuntivo denso não modelado, que se prolifera para dentro do pâncreas formando os septos. Cada septo forma o lóbulo, dentro de cada lóbulo tem a parte endócrina e exócrina, sendo que o conjunto de lóbulos forma os lobos e, o conjunto de lobos origina o pâncreas. Produtora do suco pancreático que vai para o intestino delgado no duodeno. Ocorre a produção de enzimas digestivas (amilase, lipase, tripsinogênio, colagenase) que são armazenadas e secretadas como grânulos de zimogênio, água e íons, bicarbonato de sódio e etc, sendo essa a composição do suco pancreático. Se a enzima for produzida em sua forma ativa ela degradará as próprias células produtoras. Quando as células ou enzimas estão inativas elas são envolvidas por uma membrana que é o grânulo de zimogênio. A enzima inativa é liberada até o duodeno. CONTROLE DA SECREÇÃO EXÓCRINA: secretina e colecistoquinina (hormônios provenientes das células enteroendócrinas do duodeno e jejuno). O pH ácido no intestino estimula as células enteroendócrinas a produzir secretina, que diminui a secreção de enzimas e aumenta o bicarbonato de sódio. Quem produz são os dutos intercalares e sua ação neutraliza o pH do intestino delgado (duodeno). A colecistoquinina promove a secreção de enzimas, pois o hormônio atua na liberação dos grânulos de zimogênio. Os ácinos são circundados por lâmina basal que é sustentada por uma bainha delicada de fibras reticulares. O controle da parte exócrina do pâncreas depende de uma ação direta do intestino no duodeno, onde se localiza as criptas. As criptas contêm células enteroendócrinas que percebem a acidez do quimo advindo do estômago, as células enteroendócrinas começam a liberar o hormônio Página | 73 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l secretina que cai na corrente sanguínea atuando na porção exócrina do pâncreas que começa a liberar bicarbonato de sódio, água e íons para neutralizar a acidez o quimo. Após a neutralização, começa a ser liberado a colecistoquinina, que cai na corrente sanguínea e ativa os grânulos de zimogênio, sendo transportado para o duodeno fazendo o final da digestão. O suco pancreático é produzido nos ácinos serosos (grupo de células). A organização da parte exócrina do pâncreas é: são formados por aglomerados de células que são os ácinos serosos, produtores de enzimas, essas enzimas são transportadas para o ducto intercalar que libera bicarbonato de sódio, água e íons, o ducto intercalar sai do ácino. o hormônio secretina atua no ducto intercalar, a colecistoquinina atua nas células acinares que produzem as enzimas, sendo liberadas como grânulos de zimogênio. os ductos acinares ou ductos intercalares caem no ducto inicial e depois no ducto principal (sai do pâncreas), ao redor dos ácinos tem fibras reticulares e cada ácino tem uma lâmina basal. Fica entre a parte exócrina, produtora de hormônios: insulina (células beta) e glucagon (células alfa), são produzidos por células epiteliais que formam as ilhotas de Langerhans. As ilhotas de Langerhans são constituídas por células beta (secretoras de insulina), células alfa (secretora de glucagon) e células deltas (realizam a sustentação). Os hormônios possuem efeitos antagônicos, ou seja, atividade fisiológica inversa. Para que o nível de glicose no sangue seja mantido, ele é controlado pelo pâncreas, que começa a liberar insulina para retirar a glicose do sangue, diminuindo sua concentração sérica. a glicose é armazenada nos hepatócitos do fígado e nos músculos estriados esqueléticos como glicogênio e, no tecido adiposo na forma de triglicerídeos. O glucagon, com atividade oposta, aumenta o teor de glicose na corrente sanguínea a partir da quebra do glicogênio (substância de reserva energética), retirando o glicogênio ou triglicerídeo que está armazenado, quebrando-o para liberar a glicose. Serve para equilibrar a quantidade de glicose no sangue. Os dois hormônios são produzidos e liberados no sangue, sendo ausente os ductos. Quando o ducto principal sai do pâncreas e encontra o ducto da vesícula biliar forma o ducto colédoco que se direciona ao duodeno. Página | 74 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Cápsula fina de tecido conjuntivo, reveste o pâncreas e envia septos para seu interior, separando em lóbulos. Formado por um extenso sistema de dutos dentro e entre os lóbulos dessa glândula. As secreções saem pelos dutos intercalares, caem nos interlobulares, pancreático principal esvaziando-se no duodeno. A secretina atua no duto intercalar para a liberação de água, íons e produção de bicarbonato de sódio, neutralizando o quimo. As células enteroendócrinas produzem a colecistoquinina após a neutralização do quimo, o quimoprecisa ser neutralizado para continuar a digestão, o grânulo se rompe no duodeno e forma a enzima ativa. ILHOTAS DE LANGERHANS: células maciças com ausência de luz, liberando os hormônios no sangue. ÁCINOS: grupo de células que possuem uma luz, apresentam os dutos. DUTO COLÉDOCO: direciona para o duodeno, junção do duto da vesícula biliar e do duto pancreático principal, se forma depois do pâncreas próximo ao duodeno. É a maior glândula do corpo dos animais, também é um órgão, realiza a secreção de diversas moléculas. Suas funções são: excreção de substâncias “inúteis”. responsável pelo armazenamento do glicogênio, a insulina guarda o glicogênio nos hepatócitos, armazena lipídios, vitamina A e B. destoxificação/destruição de agentes farmacológicos, ou seja, de substâncias tóxicas/medicamentos. fagocitose de corpos estranhos através das células de Kupffer. secreção da bile (emulsifica a gordura), esterificação de gordura. metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídios. Divididos em lobos hepáticos, os lóbulos são as partes que compõem os lobos. As células do fígado são chamadas de hepatócitos, são células poliédricas (parece uma célula cúbica menor), com um ou dois núcleos, apresentam muitas organelas, como mitocôndrias, ribossomos, retículo endoplasmático rugoso e liso, complexo de Golgi, peroxissomos e etc. Os hepatócitos se organizam em “correntes” ou fileiras, separados por capilares sinusóides (ou sinusóides hepáticos), os hepatócitos são ligados por junções comunicantes e junção oclusiva, os sinusóides hepáticos apresentam células de revestimento simples pavimentoso e células de Kupffer (macrófagos que realizam a defesa). Os hepatócitos se organizam em grandes grupos revestidos de tecido conjuntivo (septos visíveis nos suínos, demais animais os septos são finos). No septo de tecido conjuntivo frouxo que reveste os lóbulos encontra-se o espaço porta (tríade portal ou sistema porta). Página | 75 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Formado por artéria hepática (rica em gás oxigênio), veia porta (rica em nutrientes) e ducto biliar (sai dos hepatócitos carregando a bile). O conjunto de lóbulos forma o lobo (revestido por uma serosa, peritônio visceral). A ARTÉRIA HEPÁTICA manda sangue oxigenado para os capilares sinusóides que levam o oxigênio para os hepatócitos. A VEIA PORTA vem do intestino (trato digestivo), pâncreas e baço com uma baixa concentração de oxigênio, porém rica em nutrientes e outras coisas, carregada de sangue venoso. É direcionada aos capilares sinusóides junto com a artéria hepática, sendo que ocorre uma mistura, dessa forma, o capilar sinusóide carrega sangue misto. Artéria hepática + veia porta = dupla circulação. O sangue que está no capilar sinusóide sai para a VEIA CENTROLOBULAR que o encaminha para o coração para ser bombeado e sofrer a hematose no pulmão. O espaço porta divide o sangue para cada lóbulo. Uma função importante do fígado é a remoção da bilirrubina do sangue. O hepatócito produz a bile e ela é direcionada para o duto biliar, entre os hepatócitos tem os canalículos biliares direcionando a bile para o duto biliar que a encaminha para a vesícula biliar, local que armazenará a bile. A bile é composta por sais biliares, bilirrubina, proteínas e colesterol. A bilirrubina é um pigmento amarelo-esverdeado resultante da quebra das hemácias (hemoglobina) no baço, durante a quebra da hemoglobina libera a bilirrubina, se os hepatócitos não destinarem essa bilirrubina, acaba deixando o individuo amarelado e causando uma intoxicação. A bilirrubina é direcionada para a vesícula biliar, emulsificando a gordura (tornando a gordura solúvel a quebra) no duodeno. Após a emulsificação da gordura, as enzimas que vieram do pâncreas podem realizar a digestão, quebrando a gordura. Toda vez que o animal se alimenta ele libera a bile através do esfíncter biliar que controla a saída da bile. Os canalículos biliares formam os ductos biliares que caem nos ductos biliares interlobulares e ducto hepático. O duto hepático se liga ao duto cístico que leva a bile até a vesícula biliar, onde é direcionada para o duto da vesícula biliar, que próximo ao duodeno encontra o duto pancreático originando o duto colédoco, levando a bile para o duodeno. Os dutos são revestidos por epitélio simples colunar ou cúbico. A bile sai do fígado pelo duto biliar e é armazenada na vesícula biliar, para ser liberada no duodeno, pelo duto colédoco, quando o animal se alimentar, realizando a solubilização da gordura. Bile com bilirrubina na gordura forma a micela mista, que é o processo de saponificação, permitindo que a enzima Página | 76 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l proteica do pâncreas quebre em ácido graxo e colesterol, no fígado será absorvida e armazenada. O duto biliar é circundado por um músculo liso que forma um esfíncter, que é responsável pelo controle da saída da bile do duto, possuindo relação com a alimentação, em períodos de jejum permanece fechado. Os equinos não possuem vesícula biliar, a bile é produzida e liberada constantemente, sendo mais diluída. No restante dos animais ocorre o armazenamento da bile e a reabsorção da água, tornando-a mais concentrada. Parte posterior do fígado, formato de bexiga. A constituição da vesícula biliar é: epitélio simples colunar (pode apresentar células caliciformes em ruminantes). lâmina própria mais submucosa (pode conter glândulas submucosas) = tecido conjuntivo frouxo. camada muscular. serosa. Nos bovinos a vesícula biliar tem células caliciformes, a submucosa é composta de tecido conjuntivo frouxo e glândulas dispersas. Nas espécies domésticas tem variação a localização e quantidade de glândulas e ao tipo de material secretado por elas – seroso ou mucoso. Tecido linfático presente. Após a liberação da bile, a vesícula permanece pregueada (falsos vilos). Suas funções são: produção da saliva (água + enzimas, como amilase e lipase, + íons + muco), é um conjunto de substâncias que iniciam a digestão na boca. umedecer o alimento. lubrificar a mucosa oral e o alimento. iniciar a digestão de carboidratos e lipídios (amilase e lipase). secretar substâncias germicidas, como a imunoglobulina A (IgA), lisozima e lactoferrina. manter o pH neutro na cavidade bucal. A contém enzimas que podem aumentar o paladar e auxiliar no início da digestão, que são a amilase e lipase. Nos ruminantes as salivas são fontes de líquido no rúmen. São glândulas exócrinas e produzem saliva, que é uma mistura de produtos secretórios mucosos e serosos. Os estímulos olfativos, gustativos, visuais desencadeiam o reflexo da salivação e mastigação. Temos dois tipos de glândulas salivares: 1. Grandes glândulas salivares: possuem uma cápsula/revestimento de tecido conjuntivo denso não modelado. Suas três principais são: submandibular (mista), parótida (serosa) e sublingual (mista). 2. Pequenas glândulas salivares: fica no meio de tecidos, sendo sustentadas e inseridas nestes tecidos, ausência de cápsula de tecido conjuntivo denso não modelado. Suas principais são: lingual (mista), faríngea (mista), labial, bucal e molar (em gatos). Todas as glândulas salivares são exócrinas, sendo classificadas em: glândulas salivares mistas: possuem uma parte produtora de muco que é chamada de mucosa e outra parte secretora de enzimas, denominada serosa. Página | 77 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a br a l glândulas salivares serosas; produtoras apenas de enzimas. Não existem glândulas apenas produtoras de muco, as pequenas glândulas salivares normalmente são mistas, a glândula mista no lóbulo seroso, são formadas por ácinos com células de núcleo central. No lóbulo seroso também tem ácinos serosos e ácinos submucosos (mistos) são produtoras de muco e enzimas. As glândulas apresentam terminações secretoras e sistema de dutos em meio ao tecido conjuntivo, que forma os lóbulos. As terminações secretoras podem ser mucosas ou serosas e com células mioepiteliais. formato piramidal, no ápice com microvilos para o lúmen, formam ácinos e produzem enzimas. formato cubóide a colunar, secretam muco, formam os ácinos. encontradas nas terminações secretoras, fazem contração e se organizam entre as células secretoras. Os lúmens dos ácinos se abrem nos dutos intercalares que desembocam nos estriados ou salivares, se estendem até a borda do lóbulo e desembocam no duto interlobular (localizado no septo de tecido conjuntivo). A sustentação da glândula é feita pelos septos, possuem vaso sanguíneo e nervo. A glândula mista possui um lado seroso e o outro mucosa, a sustentação da glândula é feita pelos septos, que possuem vaso sanguíneos e nervo. A parte mucosa é mais clara, pois seus ácinos são apenas secretores, tendo uma baixa atividade metabólica, seu núcleo se localiza na região basal da célula com uma luz menor. Presença do duto intercalar saindo do ácino, levando o que a glândula produziu. Caminho da saliva: ácinos duto intercalar duto estriado. O duto estriado sai pelos lobos levando para a boca a saliva, a saliva é a união do que é produzido na parte mucosa e serosa. Quando a glândula é pequena, o tecido o qual está inserida faz o papel de cápsula, realizando a sustentação desta glândula, se for a glândula lingual ela estará entre o músculo estriado esquelético na língua, o tecido em que ela se encontra passa revestindo. O olfato também estimula as células mioepiteliais para que ocorra a liberação da secreção, a salivação ocorre através do sentido que faz a contração das células mioepiteliais ao redor dos ditos e dos ácinos, também auxiliam na movimentação da secreção pelos dutos e estimula a liberação da saliva. Presença de pouco tecido conjuntivo frouxo entre os dutos, ácinos e células mioepiteliais. Salivares menores (bucal, lingual, palatina, faríngea): no geral são serosas ou seromucosas. As linguais permanecem na língua entre os feixes musculares. Glândula salivar zigomática apenas em carnívoros – são mucosas. Ácino serosa (produz amilase). Encontrada no tecido conjuntivo que preenche linfócitos e plasmócitos (produzem IgA), defesa contra patógenos na cavidade oral. serosa mucosa Página | 78 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Seromucosas (mistas), presença de ácinos serosos e ácinos mucosos ou ácinos mucosos com terminação serosa. Nos cães e gatos são predominantemente mucosas, no epitélio do duto pode aparecer células caliciformes. Sua função consiste em eliminar os restos metabólicos do corpo na forma de urina (boa parte do ultrafiltrado é reabsorvido) e manter a homeostase dos ingredientes essenciais que sustentam o corpo, pela regulação, renovação e conservação de íons, água, glicose e proteínas. COMPOSIÇÃO: rim, ureter, bexiga ou vesícula urinária e uretra. Sendo dois rins, dois ureteres, uma bexiga e uma uretra. O rim se localiza na região retroperitoneal. Seu formato é variável conforme a espécie. Carnívoros e pequenos ruminantes: liso com formato de feijão. Cavalo: liso, mas com formato similar a um coração. Grandes ruminantes: oval e lobado/lobulado. Página | 79 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Cranial ao rim temos a glândula adrenal. O hilo renal é o ponto de entrada e saída dos vasos. Apresenta uma fina cápsula de tecido conjuntivo denso não modelado com fibras elásticas, revestido por um epitélio mesotelial (mesotélio), parcialmente revestido por tecido adiposo, se localiza entre as pirâmides e no hilo renal, é chamada de gordura perirrenal. camada externa, porção inicial do rim. camada interna, região central do rim e organizada em pirâmides. Dentro do rim encontra-se tecido adiposo para o posicionamento do ureter. O caminho da urina é: néfron pirâmide renal papila renal cálice menor cálice maior pelve renal ureter Unidade funcional do rim, é o que filtra, absorve e seleciona o que entra e sai do rim. A cápsula de Bowman é formada por um epitélio simples pavimentoso, circunda o glomérulo renal, sendo um revestimento. O glomérulo renal filtra o sangue através de um grupo de capilares, tudo que sai do sangue fica no espaço de Bowman, que protege o líquido para não sair da cápsula de Bowman. O túbulo contorcido proximal é o local onde o líquido filtrado segue, possui a maior taxa de reabsorção, após isso, o líquido prossegue para o ramo descendente da alça de Henle e depois, continua o seu caminho pelo ramo ascendente chegando no túbulo contorcido distal, última Página | 80 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l porção que realiza a reabsorção. O ducto coletor passa do córtex para a medula e drena a pelve renal, sendo formado a urina. O corpúsculo renal ou Malpighi é o conjunto de tubos de capilares (glomérulo renal) mais a cápsula de Bowman. O sangue chega até os capilares do glomérulo renal pela artéria aferente, onde começa a sair água, íons e todas as moléculas pequenas, só não sai as proteínas e moléculas/células do sangue, tudo o que saiu ficará no espaço de Bowman e recebe o nome de ultrafiltrado. O ultrafiltrado caminha pelo néfron para ser reabsorvido nas regiões do túbulo contorcido proximal, alça de Henle e túbulo contorcido distal, sendo a maior taxa de reabsorção no túbulo contorcido proximal. Tudo o que foi reabsorvido, posteriormente será devolvido para o sangue. O ducto coletor se insere na papila renal, direcionando a urina para a pelve renal, não realiza a reabsorção. O túbulo contorcido proximal, o túbulo contorcido distal e o ducto coletor são formados por epitélio simples cúbico, sendo que o túbulo contorcido proximal apresenta microvilosidades na região apical da célula, aumentando a superfície de contato e favorecendo a reabsorção em maior quantidade. Os tipos de néfrons são: néfron cortical: estão situados na parte externa do córtex renal, apresentam alças de Henle curtas, esse tipo de néfron está totalmente inserido na região cortical. Aproximadamente 80% dos néfrons são corticais. néfron justamedular: descem profundamente na região medular, alças de Henle longas aproximadamente 20% dos néfrons são justamedulares. O corpúsculo de renal, túbulo contorcido proximal e distal estão inseridos no córtex, enquanto que as alças de Henle e ducto coletor aparecem na região medular. O corpúsculo renal fica próximo a região medular, mas inseridos no córtex. Cada região do néfron desempenha sua função específica, como: glomérulo renal: filtração do sangue. túbulo contorcido proximal, alças de Henle e túbulo contorcido distal: reabsorção (glicose e ureia parcialmente, água e íons). ducto coletor: faz a condução da urina e a secreção de medicamentos do sangue, sendo eliminado pela urina. A filtração do plasma é o início da formação da urina, este processo geraum ultrafiltrado com composição semelhante ao do plasma. As proteínas e células do sangue não passam para o túbulo proximal por causa da barreira de filtração dos glomérulos, onde os capilares permitem a passagem livre da água e dos solutos pequenos, mas os Página | 81 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l poros são pequenos e não permitem a passagem de moléculas como proteínas ou células sanguíneas. BARREURA GLOMERULAR: os capilares possuem uma determinada formação. 1. Camada endotelial: epitélio simples pavimentoso. 2. Membrana basal glomerular: realiza a adesão dos tecidos. 3. Camada de células epiteliais glomerulares (denominadas podócitos) + células mesangiais (células musculares lisas, fazem a estruturação do glomérulo, fagocitose de corpos estranhos, controle do fluxo sanguíneo, controle de vasoconstrição e vasodilatação). MÁCULA DENSA: são células musculares lisas que circundam os capilares glomerulares. são contráteis e possuem receptores para algumas substâncias que ao se ligarem promovem vasoconstrição ou vasodilatação. dão suporte estrutural ao glomérulo. fagocitam e digerem substâncias normais e patológicas. Se as proteínas ou células sanguíneas saem, elas não conseguem ser reabsorvidas. Mácula densa Região onde a alça de Henle encosta na arteríola aferente de outro néfron e começa a proliferar as células justaglomerulares (produzem o hormônio renina), as células conseguem perceber a quantidade de água e sódio. Na queda da pressão arterial o mecanismo entra em ação, a queda de pressão arterial diminui a quantidade de água e sódio sendo filtrado, quando ocorre essa queda as células justaglomerulares começam a produzir a renina que cai na corrente sanguínea. No sangue ela encontra a angiotensinogênio (é produzido pelo fígado, é uma glicoproteína), a junção da renina + angiotensinogênio forma a angiotensina I. A angiotensina I encontra uma enzima conversora de angiotensina (ECA - é produzida pelos vasos sanguíneos) que vira a angiotensina II que vai para a glândula suprarrenal ou adrenal, fazendo a glândula adrenal liberar o hormônio aldosterona que cai na corrente sanguínea, se direcionando para o túbulo contorcido distal, fazendo Página | 82 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l aumentar a reabsorção de água e sódio, aumentando a pressão arterial. Quando a pressão sanguínea estabilizar, a tendência é parar o mecanismo de reabsorção. Cessa o mecanismo de reabsorção de água e sódio o: produzido pelo átrio no coração. A mácula densa é o conjunto da alça de Henle, células justaglomerulares e arteríola aferente. O nome do mecanismo para aumentar a pressão arterial se chama sistema renina-angiotensina-aldosterona. Quando aumenta a pressão, o coração consegue perceber o quanto de sangue que está passando, com isso, o coração libera um peptídeo chamado natriurético atrial que cai na corrente sanguínea, indo para as células justaglomerulares fazendo cessar a produção do hormônio renina. No corpúsculo renal encontramos a cápsula de Bowman, constituída por epitélio simples pavimentoso, dentro do corpúsculo renal tem o glomérulo renal que possui uma barreira. O túbulo contorcido proximal possui um epitélio simples cúbico + microvilosidades. O túbulo contorcido distal e alça de Henle possui um epitélio simples cúbico. O ducto coletor possui um epitélio simples cúbico (citoplasma claro, células de revestimento, baixa taxa metabólica). Página | 83 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l A reabsorção tubular começa na região do túbulo contorcido proximal, a urina é formada por metabólitos e tudo aquilo que não é mais útil a célula, o que é reabsorvido: água, íons, glicose, aminoácidos e metabólitos úteis. A excreção é tudo aquilo que foi filtrado menos o que foi reabsorvido e mais o que foi secretado (ex. medicamentos) formando a urina. O ureter faz o transporte da urina até a bexiga. Os rins são o local de formação da urina. A produção de urina é o resultado de todos os processos que ocorrem no rim. BEXIGA: saco oco que expande até 500 ml. Epitélio de transição (várias camadas de células com formato globoso), encontrado no ureter, bexiga e começo da uretra. Lâmina própria (tecido conjuntivo frouxo). Muscular da mucosa (músculo liso). Camada muscular: 2 subcamadas de músculo liso e 3 subcamadas próximo a bexiga. Serosa e adventícia, a adventícia está presente no final do ureter próximo a bexiga. Realiza o transporte de urina. Revestimento interno: epitélio de transição. Página | 84 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Os gatos não apresentam muscular da mucosa, não apresentando assim, separação nítida da mucosa e submucosa. Submucosa pouco desenvolvida. Camada muscular é mais obliqua e raramente aparece em camadas circulares. O epitélio sofre alterações: quando a bexiga se esvazia o epitélio se espessa e a mucosa fica pregueada. URETRA = estudada no sistema reprodutor masculino. Epitélio de transição. Lâmina própria (ausente em gatos). Submucosa (fina). Camada muscular (espessa). Serosa. As glândulas adrenais ou suprarrenais, localizadas uma sobre cada rim, são constituídas por dois tecidos secretores bastante distintos. Um deles forma a parte externa da glândula, o córtex, enquanto o outro forma a sua porção mais interna, a medula. Essas glândulas também secretam o aldosterona que participa do sistema Renina Angiotensina Aldosterona. A medula adrenal produz dois hormônios principais: a adrenalina (ou epinefrina) e noradrenalina (ou norepinefrina). Esses dois hormônios são quimicamente semelhantes, produzidos a partir de modificações bioquímicas no aminoácido tirosina. A adrenalina causa taquicardia (aumento do ritmo cardíaco), aumento da pressão arterial e maior excitabilidade do sistema nervoso central. Essas alterações metabólicas permitem que o organismo de uma resposta rápida à situação de emergência. A noradrenalina é liberada em doses mais ou menos constantes pela medula adrenal, independentemente da liberação de adrenalina. Sua principal função é manter a pressão sanguínea em níveis normais. Produzem o hormônio aldosterona. córtex (região externa): produz o hormônio aldosterona. medula (região interna): produz adrenalina e noradrenalina. adrenalina: liberada em determinadas situações, acelera o coração. noradrenalina: liberada constantemente em pequenas quantidades, mantém constante o batimento cardíaco. Página | 85 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Pele e estruturas anexas (pálpebra, unhas, casco, chifre, coxins absorventes...) serve para a proteção, sendo uma barreira física contra invasores. Recobre toda a superfície do corpo. PELE ESPESSA: coxins, cotovelos e superfície dorsal do corpo. PELE FINA: superfície ventral do corpo. Três camadas: 1. Epiderme (epitélio). 2. Derme (tecido conjuntivo denso não modelado + anexos - pelos e glândulas). 3. Hipoderme (tecido adiposo e tecido conjuntivo frouxo). Epitélio de revestimento estratificado pavimentoso queratinizado. varia a quantidade de queratina, quando tem pouca queratina forma a pele fina, por exemplo, as axilas. a pele grossa possui uma quantidade de queratinamaior. a quantidade de queratina muda conforme a região do animal. CAMADA BASAL: células cuboides (realiza mitose para originar novas células, apresenta intensa atividade mitótica). só possui uma fileira de células, ficam apoiadas na membrana basal. junto com a camada espinhosa é responsável pela renovação epitelial. CAMADA ESPINHOSA: várias camadas de células, elas ficam mais achatadas, realizam pouca mitose e começa a produção de queratina, unidas por desmossomos. Página | 86 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l CAMADA GRANULOSA: produz grânulos de proteínas chamados de grânulos lamelares, ocupando o espaço entre uma célula e outra, esses grânulos lamelares formam uma barreira impedindo a entrada de microrganismos e a saída de água. células achatadas (3 a 5 fileiras). citoplasma com grânulos (proteínas). grânulos lamelares contribuem para a formação da barreira contra a penetração de substâncias, pois ficam fora da membrana das células e auxiliam ainda na impermeabilização da pele, impedindo a perda de água do organismo. CAMADA LUCIDA: morte programada (apoptose), a morte celular ocorre devido a liberação de enzimas pelos lisossomos, essas enzimas destroem o núcleo deixando a queratina. CAMADA CÓRNEA: filamentos de queratina = células mortas + queratina. pele fina = camada fina. pele grossa = camada mais espessa. Apresenta quatro tipos de células que compõem a epiderme: 1. Melanócitos: camada basal. 2. Queratinócitos: camada espinhosa, têm prolongamentos. 3. Célula de Langerhans: camada espinhosa. 4. Célula de Merkel: camada basal. Melanócitos Células formadas no embrião (ectoderma). Possui prolongamentos, sendo produtor da melanina (pigmento marrom escuro que dá coloração aos pelos e pele). Os animais albinos contêm os melanócitos, porém não tem a enzima que participa da formação da melanina. A melanina vai no núcleo da célula revestindo-a, criando uma proteção contra a radiação. Encontram-se na junção da derme com a epiderme (camada basal), folículos, dutos de glândulas. Grânulos migram para os queratinócitos. Queratinócitos Células que armazenam a melanina. Página | 87 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Células de Langerhans São macrófagos intraepidérmicos (macrófagos da pele), realizam fagocitose e defesa. MONÓCITOS células de Langerhans. Células ramificadas entre os queratinócitos. Camada espinhosa. Função: captam antígenos e os apresenta para os linfócitos T. Reações imunes cutâneas. Formadas por células precursoras do sangue. Células de Merkel Epitelioides táteis. Células que tem ligação com fibras nervosas, são células sensitivas, fazendo a percepção de pressão Única célula sensitiva na epiderme. Maior quantidade na pele espessa. Apoiadas na membrana basal. Presas as demais células por desmossomos. Na base das células de Merkel - presença de disco, onde se inserem as fibras nervosas (conduzem impulsos para o SNC). Sensibilidade tátil. Tecido conjuntivo que apoia a epiderme, é uma fina camada após o epitélio, faz manutenção, sustentação e oxigenação da derme, é chamada de (derme superficial). Camada papilar Delgada tecido conjuntivo frouxo (papilas dérmicas). Vasos sanguíneos nutrição da epiderme Camada reticular Espessa tecido conjuntivo denso não modelado (derme profunda), ocorre a inserção dos folículos pilosos, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas (seu ducto insere na camada papilar). Folículos pilosos: pelos, formado na epiderme que invagina. Tecido adiposo unilocular e tecido conjuntivo frouxo. Camada variável na espessura. Forma uma camada de isolamento térmico. Presença de vasos sanguíneos e linfáticos. Inervação. Corpúsculos sensoriais: Ruffini, Meissner, Krauser e Valter-Pacini. Página | 88 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Receptores de Krause FRIO Receptores de Ruffini CALOR Discos de Merkel TATO E PRESSÃO Receptores de Valter- Pacini PRESSÃO Receptores de Meissner TATO Terminações nervosas livres PRINCIPALMENTE DOR Glândulas sebáceas Glândula holócrina exócrina (célula solta-se inteira), inserida no duto do folículo piloso. Localizadas na derme e seus ductos desembocam nos folículos pilosos. secreção: lipídios que contêm triglicerídeos, ácidos graxos livres, colesterol e ésteres de colesterol. A glândula sebácea encosta no folículo e joga a sua secreção direto no folículo, não consegue enxergar o duto da glândula que vai até o folículo piloso. A célula se solta pelo ducto, se rompe no folículo piloso e é encaminhada para a superfície, realizando a hidratação. Glândulas sudoríparas Glândulas merócrinas exócrinas (secreção sai por exocitose), esse tipo de glândula não causa danos às suas células para liberar a secreção. Faz a exocitose (passagem sem causar dano), não se insere no duto do folículo, seu duto desemboca na superfície da pele. Seu formato é enovelado. Todo folículo piloso tem uma terminação nervosa perto da base (termorregulação). Ductos se abrem na superfície da pele. Cães e gatos: não participam da termorregulação (não suam). São estruturas delgadas, queratinizadas originadas dos folículos pilosos. Cor, tamanho e disposição variam de acordo com a raça e região do corpo. Crescem descontinuamente. Parte dentro do folículo – raiz pilosa, que apresenta botão terminal chamado bulbo piloso, fixado na papila dérmica. Haste (região externa ao folículo), cutícula (células queratinizadas), córtex (células queratinizadas) e medula (células cubicas). Nos ovinos o pelo ou velo é chamado de fibras. 3 tipos: 1. Fibras de lã: onduladas com diâmetro pequeno, desprovida de medula. 2. Fibra emaranhada: áspera com medula. Página | 89 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l 3. Fibra grossa: diâmetro intermediário entre as outras duas. Diferentes raças, tipos diferentes de velo e finalidades. Vem do folículo e é organizado em 3 partes: 1. Cutícula: mais externa, tecido epitelial de revestimento estratificado pavimentoso queratinizado. 2. Córtex: ausência de queratina, tecido epitelial de revestimento estratificado pavimentoso. 3. Medula: mais interna, tecido epitelial simples cúbico. O córtex e a medula são variáveis no pelo. Feixes de células musculares lisas que se estendem dos folículos à camada papilar da derme. Também circundam em parte a glândula sebácea. A contração das fibras eleva os folículos pilosos, causando o aspecto de arrepiado, promovendo a liberação de calor e liberação do sebo da glândula para dentro do ducto que desemboca na pele. Estruturas continuas com a epiderme e derme da pele e do pé. Formadas por placas de células queratinizadas. Revestidas por epiderme espessa com todas as camadas epidérmicas. Presença de glândulas sudoríparas e tecido adiposo com junção de fibras elásticas e colágenas. COXINS ABSORVENTES: proteção dos dígitos, epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, tecido conjuntivo frouxo com muito adiposo e fibras elásticas. Nos ruminantes são revestimentos dos processos cornuais do osso frontal do crânio. Apresentam epiderme, derme e hipoderme (preenche o espaço entre a epiderme, derme e o periósteo do osso). Composto por: epiderme, dermee hipoderme. A epiderme é queratinizada e a derme chamada de córion, com alta vascularização para nutrir o casco. Por último, o tecido subcutâneo que forma a almofada digital (hipoderme). O termo casco compreende a cápsula ou estrato córneo da epiderme e demais tecidos ou camadas. CASCO: região de epiderme com muita queratina e a região de córion (com muitos vasos sanguíneos, tecido conjuntivo frouxo e tecido conjuntivo denso não modelado). Unha e chifre são formados pela epiderme, apresentam vasos sanguíneos e nervos. A unha é uma placa de epiderme com muita queratina e vasos sanguíneos irrigando (tecido conjuntivo frouxo apresenta esses vasos). O chifre é uma placa de epiderme, é uma proteção para o osso, apresenta muita queratina, tecido conjuntivo frouxo e tecido conjuntivo denso não modelado. Página | 90 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Dividido em: cavidade nasal, nasofaringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e alvéolos (local que ocorre as trocas gasosas). Constituído pelos e um sistema de tubos que comunica o parênquima pulmonar com o meio exterior. A maior parte serve para a condução, filtração, regulação da temperatura e umidificação, evitando a entrada de microrganismos. Ligado ao sistema circulatório para realizar as trocas gasosas. O pulmão é o órgão principal. Inicia-se na narina (focinho) e termina no alvéolo. Uma das divisões é: 1. PORÇÃO CONDUTORA: prepara o ar até as trocas gasosas. fossas nasais – nasofaringe – laringe – traqueia – brônquios – bronquíolos. 2. PORÇÃO RESPIRATÓRIA: bronquíolos respiratórios (não ocorre as trocas gasosas), ductos alveolares – alvéolos pulmonares (troca gasosa). Brônquio primário encontra-se fora do pulmão. Os cílios participam da função do pulmão e as células caliciformes idem, junto com as glândulas produzindo o muco, umidificando, regulando e conduzindo. O muco faz a filtração e umidificação do ar junto com a regulação da temperatura. Bronquíolo não tem muco. Realiza as trocas gasosas para que o oxigênio seja conduzido pelos vasos até os tecidos e, também faz a retirada de gás carbônico. Limpeza, aquecimento e umidificação do ar. Fornecimento de O2 (tecidos por meio da circulação sanguínea). Remoção do CO2 (atividade celular nos tecidos). VENTILAÇÃO: movimento de ar entre atmosfera e pulmão. RESPIRAÇÃO EXTERNA: difusão e troca de O2 e CO2 nas vias aéreas. TRANSPORTE DE GASES E RESPIRAÇÃO INTERNA: envolvidos na circulação sanguínea. Trato respiratório superior: narinas, cavidades nasais, faringe e laringe. Trato respiratório inferior: traqueia, brônquios, bronquíolos, pulmões e alvéolos pulmonares. Organizada em três partes: 1. Cavidade cutânea: é a região inicial, as narinas. epitélio de revestimento estratificado pavimentoso queratinizado, passando a não queratinizado. dobra do epitélio, diminui a queratina quando entra na narina, passando a ser não queratinizado. 2. Respiratória: da metade da cavidade nasal até os brônquios, é epitélio respiratório. epitélio de revestimento pseudoestratificado colunar ciliado com células caliciformes (epitélio respiratório). 3. Olfatória: epitélio de revestimento pseudoestratificado colunar ciliado com células caliciformes (poucas) e células neurosensitivas (neurônios bipolares). em meio as células colunares têm neurônios, apresentando as células neurosensitivas. Dependendo da espécie pode apresentar glândulas sebáceas na lâmina própria e submucosa (equinos). Sustentado por tecido conjuntivo denso (submucosa), cartilagem hialina e osso. O EPITÉLIO RESPIRATÓRIO (colunar pseudoestratificado ciliado com células caliciformes) tem vários tipos de células: Página | 91 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l basal. colunar ciliada (com e sem microvilosidades). secretora (caliciformes). Aglomerados de células na base do epitélio: células basais: com um formato “cúbico” e pequena, realiza mitose e reposição. células caliciformes: secretam muco. células colunares: pode ter cílios (mais comum) e pode ter microvilosidades (formando a borda em escova). Na traqueia é apenas cílios. No revestimento do bronquíolo tem as células de clara (glicoproteína para defesa), pois desaparece as células caliciformes e somem as glândulas, essa célula produz glicoproteínas depositando-as na luz (superfície) e, pode reabsorver glicoproteína tentando limpar o epitélio. Retêm as sujeiras através da glicoproteína, fazendo a limpeza. Parte da faringe localizada dorsalmente ao palato mole, se estende da cavidade nasal até a laringe. Epitélio respiratório. Lâmina própria submucosa (T.C.F. – tecido conjunto frouxo) com glândulas mistas e nódulos linfoides, formando as tonsilas faríngeas. Lâmina própria = tecido conjuntivo frouxo + submucosa (tecido conjuntivo denso não modelado). Tonsilas faríngeas (amígdalas): é um nódulo linfoide para proteção. Com forma tubular, para passagem do ar. Presença de anéis de cartilagem e músculo estriado esquelético. A musculatura controla o movimento entre os anéis de cartilagem durante a deglutição ou vocalização. Presença de cartilagem hialina (contornando a laringe) e elástica (dentro da epiglote). Epiglote costuma dobrar para baixo durante a deglutição. epiglote: epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado e cartilagem elástica. Laringe Epitélio respiratório. Forma feixes de músculo estriado esquelético, faz o controle quando o animal deglute ou late, contração voluntária. Cartilagem hialina faz o contorno da laringe (exceto na epiglote). EPITÉLIO RESPIRATÓRIO: lâmina própria submucosa com tecido conjuntivo frouxo, células de defesa e glândulas mistas, as glândulas são produtoras de muco, sendo depositado acima dos cílios. superfície da epiglote com epitélio pavimentoso estratificado. Tubo flexível de comprimento variável dependendo da espécie. Se estende e se bifurca nos brônquios primários dentro da cavidade torácica. Epitélio respiratório com lâmina própria-submucosa (T.C.F.), glândulas seromucosas, cartilagem hialina na forma de U ou C e adventícia bem desenvolvida (T.C.F. + adiposo). O tecido adiposo advém do tecido conjuntivo frouxo, podendo ter deposição do tecido adiposo na submucosa. Página | 92 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Na parte posterior da traqueia tem um feixe de músculo liso -> músculo traqueal, fica apenas na região que finaliza a cartilagem, proporcionando fixação. Mucosa com vários tipos de células: basais, colunares ciliadas, em escova, caliciformes, de Clara e neuroendócrinas (10%). as podem não ter cílios e são colunares estreitas, função desconhecida. as são raras na traqueia de mamíferos e frequentes na árvore bronquial, são colunares com função de secreção, contribuindo para o fluido das vias aéreas. as são piramidais e produzem grânulos que são liberados na lâmina própria. Seu limite externo – adventícia, além de conjuntivo denso não modelado e cartilagem hialina. Suas bordas livres apresentam músculo liso – músculo traqueal. Após a traqueia começa a formação dos brônquios, originando os primários (extrapulmonares), exatamente igual a traqueia. 1ª divisão das vias aéreas = brônquios extrapulmonares primários direito e esquerdo. Essa bifurcação se ramifica e origina as árvores bronquiais. Cada árvore é formada pelos brônquios extrapulmonares primários (direito e esquerdo) e intrapulmonar de vias aéreas, seguido de bronquíolos, bronquíolosterminais e respiratórios. Quando entra no pulmão começa a se dividir, diminuindo a cartilagem e mudando seus tecidos. A partir do brônquio secundário (intrapulmonar) ocorre uma mudança gradativa, divisão dicotômica -> cada ramo se divide em dois, a subdivisão leva um epitélio respiratório a um epitélio simples cúbico chegando no bronquíolo. Fazem cerca de 10 divisões dicotômicas. Os primários são anatomicamente idênticos a traqueia. As vias aéreas vão se tornando mais finas (menores em diâmetro) e seu epitélio respiratório se torna mais curto com menos células caliciformes, menor quantidade de glândulas, conjuntivo e cartilagem. O tecido muscular liso aumenta e a quantidade das células de Clara, também (colunares com função de secreção). Os brônquios primários se dividem formando os brônquios intrapulmonares (lobares). Os lobares se dividem em 2 ramos, que por sua vez se subdivide em mais 2 – ramificação dicotômica (padrão de ramificação do pulmão). A cartilagem hialina vai se tornando mais fina; na mucosa tem músculo liso, glândulas mistas em pequena quantidade. Página | 93 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Os bronquíolos surgem após 10 ramificações dicotômicas. Epitélio simples cúbico ciliado, com raras caliciformes. começa ciliado, porém para de ter cílios próximo ao alvéolo. Células de Clara presente no epitélio dos bronquíolos com função de secretar e absorver. Secretam grânulos de glicoproteínas que protegem o epitélio bronquiolar. Lâmina própria – conjuntivo frouxo aglandular e músculo liso. Com adventícia, mas sem cartilagem. Os bronquíolos se ramificam em bronquíolos terminais – última parte da porção condutora do sistema respiratório. epitélio cúbico simples sem cílios. brônquio 2ª e 3ª bronquíolo Epitélio respiratório Epitélio simples cúbico (ciliado) Surge as células de Clara Lâmina própria + glândulas (poucas) Lâmina própria Feixe muscular (músculo liso) Feixe muscular Cartilagem hialina (placas cartilagem, pois começam a diminuir) Adventícia Adventícia O brônquio diminui seus tecidos conforme as divisões e transforma seu epitélio. Os bronquíolos também se dividem, ausência de glândula e cartilagem. bronquíolos terminais: porção de condução, na sua última divisão se transforma em um bronquíolo respiratório. Subdivisão do bronquíolo terminal, que ocasionalmente é interrompido por saculações de parede fina = ALVÉOLOS PULOMARES. Envolvido na troca gasosa e junto com os ductos alveolares e sacos alveolares formam a porção respiratória. Bronquíolo respiratório (sua última subdivisão). Cai em um ducto alveolar que direciona até o saco alveolar, mesma constituição, porém mais fina. saco alveolar: conjunto de alvéolos pulmonares (local que ocorre a troca gasosa, unidade funcional). Os bronquíolos respiratórios terminam nos ductos alveolares. Agrupamento de alvéolos forma uma saculação cega – saco alveolar. Unidades funcionais do sistema respiratório. Epitélio simples pavimentoso. Tecido conjuntivo frouxo. Pneumócito tipo I e tipo II. PNEUMÓCITO TIPO I: impedem a passagem de substâncias líquidas. no meio do epitélio, núcleo alongado. Página | 94 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l PNEUMÓCITOS TIPO II: produz surfactante (impede o colabamento do saco alveolar). no meio do tecido conjuntivo frouxo, núcleo redondo. auxiliar no movimento do alvéolo, lubrificação. Septo alveolar (epitélio e conjuntivo): divisão de um alvéolo do outro. Os tecidos se juntam, por isso tem adventícia. protege o organismo contra microrganismos e moléculas estranhas. Órgãos linfoides: timo. baço. linfonodos – tonsilas. nódulos linfáticos (mucosa- aparelhos digestório, respiratório e urinário, MALT, tecido linfático associado a mucosa). Órgãos linfoides centrais: medula óssea e timo. Por meio do sangue e linfa – linfócitos nos órgãos linfoides periféricos: baço. linfonodo. nódulos isolados – placas de Peyer – íleo. tonsilas. Órgão linfoepitelial localizado no mediastino, atrás do esterno e na altura dos grandes vasos do coração. Apresenta 2 lobos que são divididos em lóbulos, envoltos por cápsula de tecido conjuntivo denso. Cápsula origina septos. Página | 95 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Zona cortical: parte periférica – Alta concentração de linfócitos T, macrófagos e células reticulares epiteliais. Zona medular: parte central (clara) – linfócitos T, células epiteliais reticulares, poucos macrófagos e corpúsculos de hassall. Linfócitos T em diferentes estágios de maturação. Zona cortical Zona medular Núcleo grande, citoplasma com numerosos prolongamentos que se ligam aos das células adjacentes, por desmossomos. Podem ter grânulos de secreção e feixes de filamentos de queratina (origem epitelial). De 4 a 6 tipos de células reticulares epiteliais. Se organizam dentro da cápsula e dos septos: forma o retículo região cortical e medular – local de diferenciação dos linfócitos T. Camada ao redor dos vasos sanguíneos. Constituem os corpúsculos de hassall. Formados por células reticulares epiteliais degeneradas e queratinizadas, concêntricas e unidas por desmossomos. Página | 96 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Linfócitos se multiplicam intensamente na zona cortical – permanecem temporariamente. Morrem por apoptose e são fagocitados pelos macrófagos ou migram para a zona medular e entram na corrente sanguínea, atravessando a parede das vênulas indo para outros órgãos linfoides. Células epiteliais envolvem externamente os capilares. Dificulta a penetração dos antígenos contidos no sangue na camada cortical – maturação de linfócitos T. Não filtra a linfa. Histofisiologia Desenvolvimento máximo antes do 1º ano de vida do animal. Involui a partir da puberdade. O timo é um local de formação e seleção de linfócitos T. + 95% são destruídos por apoptose. São órgãos encapsulados espalhados pelo corpo, sempre no trajeto dos vasos linfáticos. Formato de rim com presença de hilo (artérias e veias). Medem de 1 mm a 1-2 cm de comprimento. Sustentação: fibras reticulares. Circulação linfática unidirecional. Região cortical superficial REGIÃO CORTICAL SUPERFICIAL: constituída por nódulos ou folículos linfáticos e por tecido linfoide frouxo, forma os seios subcapsulares. Peritrabeculares e por nódulos linfáticos (condensações esféricas de linfócitos) com áreas centrais, centros germinativos. Predomínio de linfócitos B, macrófagos, plasmócitos e células foliculares dendriticas. Células foliculares dendríticas: retém antígenos em sua superfície para serem reconhecidos pelos linfócitos B – não são células apresentadoras de antígenos. Seios subcapsulares: recebem a linfa vinda pelos vasos aferentes - medular Região cortical profunda ou paracortical REGIÃO CORTICAL PROFUNDA OU PARACORTICAL: predomínio de linfócitos T. Ausência de nódulos linfáticos. Página | 97 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Constituída por cordões medulares – linfócitos B. Fibras e células reticulares (síntese e secreção de colágeno que se organiza sob forma de fibras reticulares, importantes estruturas que mantém aarquitetura do órgão). Macrófagos. Seios medulares: separam os cordões medulares. recebem a linfa que vem da cortical e comunicam-se com os vasos linfáticos eferentes - linfa sai do linfonodo. Linfonodos são “filtros” da linfa: removem partículas estranhas antes que a linfa retorne ao sistema circulatório sanguíneo. Órgão de defesa contra microrganismos que penetram no sangue circulante. Órgão destruidor de eritrócitos (hemácias) desgastados pelo uso. Filtro fagocitário e imunológico para o sangue, grande produtor de anticorpos e linfócitos. Cápsula de tecido conjuntivo com trabéculas – dividem o parênquima ou polpa esplênica em compartimentos incompletos. Fibras musculares lisas na cápsula e nas trabéculas causam a expulsão do sangue acumulado no baço (maior quantidade de células musculares em gatos, cães e equinos). penetra vasos e nervos e sai veias e vasos linfáticos. POLPA BRANCA: constituída por nódulos linfáticos- descontínua. POLPA VERMELHA: tecido rico em sangue, com cordões esplênicos ou cordões de Billroth entre os quais se localizam os capilares sinusóides ou seios esplênicos. POLPA ESPLÊNICA: células e fibras reticulares, macrófagos, e células apresentadoras de antígenos. Presença de nódulos – predomínio de linfócitos B. Tecido linfoide que constitui as bainhas periarteriais – predomínio de linfócitos T. Seios marginais: espaço mal delimitado entre polpa branca e polpa vermelha linfócitos, macrófagos e células apresentadoras de antígenos. desempenha importante papel imunitário. grande quantidade de arteríolas- filtram o sangue. Página | 98 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Formada por cordões esplênicos (cordões de Billroth), separados por capilares sinusóides. Constituídos por uma rede de células reticulares e fibras reticulares (colágeno tipo III), com presença de macrófagos, linfócitos B e T, plasmócitos, monócitos, leucócitos, granulócitos, plaquetas e eritrócitos (hemácias). Formação de linfócitos (polpa branca). Destruição de eritrócitos (vida média de 120 dias) hemocaterese: processo de remoção das hemácias em via de degeneração. macrófagos auxiliam na fagocitose de hemácias que se fragmentam no espaço extracelular. Filtro para o sangue: macrófagos do baço são ativos na fagocitose de microrganismos e partículas inertes que penetram no sangue. Presente nos tratos digestivo, respiratório, urogenital e glândula mamária. Sujeitos a invasões microbianas: abertura para meio externo acúmulos de linfócitos (nódulos linfoides) localizados na mucosa e na submucosa o tecido linfoide das mucosas é denominado de MALT (Mucosa Associated Lymphatic Tissue). – Placas de Peyer. Nódulos de Linfócitos, plasmócitos e macrófagos. Epitélio revestindo os nódulos – Células M – função de “captura” e revestimento. – Presentes em coelhos, ratos, cobaias e porcos, e ausentes em humanos e gatos. Não é bem desenvolvido em ovinos e bovinos. Órgãos constituídos por aglomerados de tecido linfoide, encapsulado incompleto. Localizado abaixo e em contato com o epitélio das porções iniciais do trato digestivo. Defende o organismo contra antígenos transportados pelo ar e pelos alimentos. Produzem linfócitos que infiltram o epitélio. JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica. Guanabara Koogan, 12ºed. 2013. EURELL, J. A.; FRAPPIER, B. L. Histologia Veterinária de Dellmann. Monole, 6º ed. 2012. Página | 99 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Composto por: ovário, tubas uterinas, útero (corno e corpo uterino), cérvix e vagina (vulva externamente). A cérvix é a porção final do útero. Produz os gametas femininos para a fertilização. Coletivamente o sistema recebe e transporta os gametas masculinos. Após a fertilização aloja o concepto dos mamíferos até o nascimento. As glândulas mamárias são essenciais, após o nascimento para o desenvolvimento do filhote. Glândula exócrina (ovos) e endócrina (hormônios, progesterona e estrógeno). Apresenta cápsula, região de córtex e medula. Formato oval a arredondado, aparência e tamanho variam – espécies, idade e fase sexual. São pareados, organizados em córtex e medula. SUPERFÍCIE OVARIANA: revestimento simples pavimentoso a cúbico (baixo) e conjuntivo pouco vascularizado – túnica albugínea (cápsula do ovário). Epitélio simples pavimentoso Epitélio cúbico baixo Epitélio cúbico comum Tecido conjuntivo frouxo = túnica albugínea. Periférico na maioria dos animais, é interno nas éguas. Região de tecido conjuntivo frouxo (estroma), circunda os folículos nos diversos estágios de maturação (presença de fibroblastos e células da teca – desenvolvimento folicular) e corpo lúteo (estrutura produtora de progesterona entre outros hormônios, temporária no ovário). Células intersticiais: preenchimento, organizadas em cordões em cadelas, roedoras e gatas. Os folículos primordiais (pré-antrais, em repouso), formados por um ovócito primário e epitélio simples pavimentoso. Formados na vida pré-natal, nas cachorras pode surgir, após o nascimento. Presentes no córtex, podem permanecer isolados (ruminantes e porcas) ou agrupados (carnívoros). Ovócitos primários iniciam a divisão meiótica antes do nascimento, mas o término da prófase só ocorre no período de ovulação. Ovócitos primários permanecem na prófase suspendida até após a puberdade, quando inicia a ovulação. intérfase – prófase – metáfase – anáfase – telófase Tecido conjuntivo frouxo (estroma). Folículos primordiais (ovócitos, são formados no desenvolvimento embrionário, estando estagnados na prófase I, dá sequência à meiose na puberdade), folículo 1ª, folículo 2ª e folículo 3ª (apenas na puberdade). Células intersticiais fazem a sustentação, nas cadelas formam filamentos/grupos, em outros animais ficam soltas. Quando a fêmea ovula temos a formação do corpo lúteo que produz hormônios, caso não tenha sido fecundado o óvulo teremos o corpo lúteo se transformando em corpo albicans. Epitélio de revestimento simples pavimentoso: revestimento do folículo primordial. Folículo primordial: ovócito I + epitélio simples pavimentoso. Folículo primário: epitélio simples cúbico. Folículo secundário: estratificado poliédrico (é o formato das células), parece uma célula cúbica – epitélio estratificado granular. zona pelúcida: deposição de glicoproteínas no ovócito. Página | 100 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l células da Teca: células epiteliais modificadas, revestimento. Folículo terciário: epitélio estratificado granular, células da Teca e líquido preenchendo -> antro, zona pelúcida. nutrição do ovócito. Região central do ovário (exceto nas éguas que é periférica). Composta por vasos sanguíneos e linfáticos, fibras nervosas, envoltos por tecido conjuntivo frouxo, filamento de músculo liso, fibras elásticas e reticulares. Faz o suprimento de oxigênio. A vascularização medular fornece o suprimento necessário para o desenvolvimento e a regressão folicular. O mesovário é uma extensão do peritônio que fixa e suspende cada ovário na região pélvica da cavidade abdominal, sendo o local onde os nervos e vasos penetram os ovários. final do ovário e é a região que prende o ovário. A partir de cada ovário, o ovócito flui pela tuba uterina, que é uma estrutura tubular ondulada aberta, com função de direcionar o gameta feminino até o útero. Transporte do óvulo e fecundação na ampola. infundíbulo, ampola e istmo.Forma de funil, próxima ao ovário, presença dos cílios auxiliando na movimentação do óvulo pela tuba uterina, junto com a camada muscular. O movimento dos cílios é sincronizado. Presença de cílios para o transporte do óvulo. Região com inúmeras pregas mucosas-submucosas, camada muscular fina. As pregas são dobras do epitélio com lâmina própria e submucosa, nessa região temos uma diminuição dos cílios. Região de provável fertilização. A ampola leva ao istmo, que tem uma parede muscular espessa e pregas mucosas-submucosas, em menor número e mais ramificadas do que na ampola. Diminui as pregas, mas aumenta as ramificações na prega e não tem mais cílios. Página | 101 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Epitélio simples colunar ou pseudoestratificado colunar nas vacas e porcas (ciliado e pode apresentar microvilos). Os animais que tem um determinado epitélio na tuba permanece no útero, diminuindo o tamanho do epitélio em relação a altura. Quanto mais próximo ao útero mais baixa são as células. O epitélio é envolto por uma lâmina própria-submucosa (tecido conjuntivo frouxo). Seguido da camada muscular lisa em duas camadas: longitudinal e transversal, com feixes oblíquos isolados. Apresenta camada serosa – conjuntivo frouxo e epitélio simples pavimentoso. Local de implantação e subsequente desenvolvimento fetal, pois recebe o óvulo fertilizado encaminhado pela tuba uterina. Formado por 3 regiões: 1. Cornos uterinos (fundo). 2. Corpo do útero (corpus) – local de implantação. 3. Colo uterino ou cérvice (colo) – une-se a vagina, não participa do desenvolvimento embrionário. As paredes dessas regiões apresentam: endométrio (mucosa e submucosa). miométrio (camada muscular). perimétrio (serosa). Endométrio Camada mucosa-submucosa que reveste o lúmen, com epitélio colunar simples em caninos, felinos e equinos, e pseudoestratificado colunar nos suínos e ruminantes. Na lâmina própria – submucosa tem inúmeras glândula – secretoras de progesterona. lâmina própria e submucosa = tecido conjuntivo frouxo. Miométrio Túnica muscular dos cornos e corpo. Dispostas em duas camadas – transversal, longitudinal. Entre as subcamadas de músculo há muitos vasos sanguíneos (artérias e veias de grande calibre) e linfáticos Página | 102 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l – estrato vascular (grandes vasos sanguíneos entre os tecidos, principalmente artérias). Durante a gestação o miométrio tem um desenvolvimento pronunciado, as células musculares sofrem hipertrofia, chegando a aumentar 10 vezes seu comprimento – devido aos altos níveis de estrógeno. Ocorre o aumento na quantidade de fibras nesse período também, aumentando a espessura da camada muscular. Perimétrio Túnica serosa. Composta de tecido conjuntivo frouxo revestido por epitélio pavimentoso simples (mesotélio peritoneal). Poucos vasos sanguíneos, linfáticos e nervos. O útero termina nesta região que depois se estende e projeta para a vagina. Durante a gestação, essa porção se assemelha a uma válvula, selando o útero da vagina. Não participa do desenvolvimento diretamente, apresenta células caliciformes produtoras de muco, dificultando a entrada de microrganismos, sendo uma barreira de proteção. Presença de epitélio simples colunar ou pseudoestratificado colunar, lâmina própria-submucosa, conjuntivo frouxo e denso não modelado, formando pregas irregulares. lâmina própria (tecido conjuntivo frouxo) e submucosa (tecido conjuntivo denso não modelado). Sem glândulas, mas células caliciformes e mucinogenas, produtoras de muco. Apresenta muscular em duas subcamadas com fibras elásticas e a serosa composta de conjuntivo frouxo e epitélio simples pavimentoso. A lubrificação da vagina é através da cérvix. As células caliciformes ficam no meio do epitélio. Tubo muscular que conecta o útero e recebe o órgão copulador masculino. O epitélio é estratificado pavimentoso não queratinizado, na maioria das espécies ocorre a presença de dobras ou pregas na mucosa e submucosa. As secreções mucosas que aparecem são provenientes do cérvix. A lâmina própria-submucosa, sem glândulas, mas com tecido linfoide na forma de nódulos (para evitar a entrada de microrganismos). Apresenta túnica muscular com duas voltas pelo menos, em cadelas e porcas têm três voltas (+ long). Adventícia presente em quase todo o revestimento externo – conjuntivo frouxo com vasos maiores e nervos. Cranialmente a túnica da vagina é serosa que pode ter uma fina camada muscular – túnica serosa muscular. Página | 103 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l início da vagina é serosa com células musculares (túnica serosa muscular), no final é adventícia. Extremidade mais caudal e externa do trato reprodutivo feminino. Composta pelos lábios, vestíbulo e clitóris. Pregas cutâneas com elementos como pelos e glândulas sebáceas, além de tecido conjuntivo frouxo e denso não modelado com fibras elásticas. Dobras do epitélio e lâmina própria com a presença de glândulas sebáceas e pelos para a proteção. Espaço associado aos orifícios da vagina e da uretra. Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado, presença de vasos linfáticos e sanguíneos. Nos ruminantes o epitélio é lubrificado por secreções das glândulas mucosecretoras – glândulas vestibulares maiores (bulbouretrais dos machos, na submucosa). essas glândulas liberam muco lubrificando a vagina. Menor e homólogo ao pênis. O corpo do clitóris apresenta conjuntivo denso que envolve o corpo cavernoso, músculo liso, tecido adiposo e linfático. Revestido por epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado com muitas terminações nervosas sensoriais. Grande glândula secretora de leite, composta de uma mistura de nutrientes adequados e necessários para a sustentação e proteção do neonato. Os nutrientes incluem: lactose, lipídios, proteínas, minerais e vitaminas adicionados a anticorpos, linfócitos e monócitos. O colostro é rico em anticorpos. São secretados pelos ácinos organizados em número variável de lóbulos, dependendo da espécie. O corpo da glândula tem revestimento de conjuntivo denso não modelado – cápsula, e a porção secretora é mantida pelo estroma de tecido conjuntivo frouxo. ORGANIZAÇÃO: porção secretora do leite e de sustentação. Unidade secretora: os alvéolos (túbulos secretores ou ácinos) associados formam as unidades secretoras da glândula mamária, formado por epitélio cúbico simples. produtora do leite. epitélio simples cúbico e células mioepiteliais. o tecido conjuntivo é fino e reveste os ácinos. tecido adiposo realiza a sustentação. tecido conjuntivo denso não modelado promove a sustentação. tecido conjuntivo denso não modelado ou conjuntivo intersticial. separação em lóbulos. Os ácinos desembocam em pequenos ductos caindo nos ductos mamários. Ductos: cada lóbulo possui um ducto lactífero que pode dilatar durante a coleta do leite para a formação de um seio confluente com o seio da teta ou cisterna. Na vaca, inúmeros ductos lobulares escoam para o seio lactífero, que forma uma cavidade comum. Página | 104 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Estes ductos tem revestimento simples cúbico a colunar, passando depois a duplo cúbico. epitélio simples cúbico quando sai da porção secretora, depois vira duplo cúbico mais célulasmioepiteliais. as células mioepiteliais fazem a contração e produz a ocitocina. Além das células secretoras, células mioepiteliais revestem as unidades secretoras – responsáveis pela liberação de ocitocina, levando ao preenchimento dos túbulos por leite, a ser comprimido e pressionado para o sistema de ductos, no processo chamado secreção do leite. Os lóbulos podem cair num canal comum (ex. cadelas) ou em ductos incomum/cisterna (ex. vacas). FUNÇÃO: produzir e transportar espermatozoides para o sistema reprodutor feminino para fertilizar o óvulo. Formado por testículos, ductos genitais, glândulas acessórias (produtoras de muco e nutrientes) e pênis (uretra). 1 par de testículos numa bolsa de pele – escroto (revestido pelo saco escrotal/escroto). À medida que os testículos se desenvolvem eles invaginam na cavidade abdominal ao longo da parede posterior, descendo até o escroto. É revestido por uma cápsula de T.C.D.N.M. (tecido conjuntivo denso não modelado) – túnica albugínea. Escroto – epiderme e derme. Septos da túnica albugínea se projetam internamente dividindo o testículo em lóbulos – lóbulos do testículo. Cada lóbulo tem de 1 a 4 túbulos seminíferos contorcidos para a produção dos espermatozoides. Mediastino do testículo: região de encontro dos septos com presença de vasos sanguíneos e linfáticos. Os espermatozoides produzidos nos túbulos seminíferos irão passar pelos túbulos retos, e cai na rede do testículo. rede do testículo é formado pelos túbulos curtos, após isso, sai pelo ducto eferente chegando no epidídimo e prosseguindo para o ducto deferente. Ductos eferente. Ducto do epidídimo, chegando ao epidídimo, depois serão eliminados pelo ducto deferente. Glândulas tubulares que produzem secreção e espermatozoides. Epitélio Estratificado Germinativo: células de sustentação (SERTOLI) e germinativas (ESPERMATOGÊNESE). Página | 105 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Lâmina própria com células intersticiais ou de Leydig: produtora de testosterona. epitélio estratificado germinativo (epitélio que é formado a partir da espermatogênese) e células de sustentação (células de Sertoli). tecido conjuntivo frouxo (conjuntivo intersticial – promove a sustentação e revestimento) e células de Leydig no meio do tecido conjuntivo frouxo (produtoras de testosterona). Células do epitélio seminífero (germinativo) 2 tipos: 1. CÉLULAS DE SUSTENTAÇÃO OU DE SERTOLI: células de sustentação com junções intercelulares (zônulas de oclusão) impedem a passagem do sangue da lâmina própria para o lúmen do túbulo seminífero – barreira hematotesticular, proteção contra o sistema imunológico. as células de sustentação também controlam a influência da testosterona, auxiliando na sincronização das atividades de espermatogênese. presentes apenas na camada basal. apresentam junções intercelulares: zônulas de oclusão, impedem a passagem de sangue para dentro do túbulo seminífero, não pode entrar sangue para que não ocorra uma reação do sistema imune causando morte do espermatozoide. barreira hematotesticular: dada pela presença da zônula de oclusão nas células de Sertoli, protegendo o espermatozoide. influenciadas pela testosterona que é redistribuída pela célula de Sertoli para o epitélio germinativo, a testosterona é produzida pelas células de Leydig. 2. CÉLULAS ESPERMATOGÊNICAS: forma a célula espermatogônia (origina as demais células). entre as células de Sertoli no epitélio seminífero. sofre influência da testosterona (divisão celular). algumas espermatogônias não entram no processo de divisão – células de reserva ou escuras tipo A. as células reservas fazem mitose originando novas espermatogônias, presentes apenas na camada basal. Túbulo seminífero: espermatogônia (1), espermatócito primário (2), espermátide (3), célula de Sertoli (sustentação - seta) Revestimento do túbulo seminífero: conjuntivo frouxo e células intersticiais (Leydig). Página | 106 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l O espermatozoide para ser encaminhado precisa de secreção, sai do túbulo seminífero impulsionado pelo muco desembocando no túbulo reto. Intratesticular. Túbulo seminífero desemboca nos túbulos retos – epitélio simples cúbico. secreta um fluido que o espermatozoide necessita para se manter vivo, auxiliando no deslocamento idem. Lâmina própria (tecido conjuntivo frouxo) + submucosa (tecido conjuntivo denso não modelado). Intratesticular. Rede do testículo. Caem na rede do testículo (ductos curtos anastosomados) – epitélio simples colunar, com microvilosidades e cílios (para impulsionar o espermatozoide). ducto eferente e ducto do epidídimo – epitélio continua simples colunar com microvilosidades e parte com cílios, partes sem. sustentada por tecido conjuntivo denso não modelado. Lâmina própria (tecido conjuntivo frouxo) + submucosa (tecido conjuntivo denso não modelado). Ambos os túbulos produzem muco para impulsionar o espermatozoide. O epidídimo está dentro do escroto (extratesticular). acúmulo de conjuntivo frouxo com muitos vasos sanguíneos (intratesticular). Até o mediastino tem ducto intratesticular. Sai do testículo, mesma organização da rede do testículo. Epitélio simples colunar ciliado (pode apresentar microvilosidades). Lâmina própria + tecido conjuntivo denso não modelado. Produção de fluido desde o túbulo reto, o espermatozoide não tem motilidade. Túbulos do epidídimo. O espermatozoide se transforma ganhando motilidade, é maturado e ganha o flagelo. Apresenta vários túbulos menores. Revestido por uma cápsula/túnica albugínea = tecido conjuntivo denso não modelado. Organizado em túbulos com um epitélio pseudoestratificado colunar com estereocílios (projeção do epitélio e membrana plasmática) + lâmina própria (T.C.F) + células musculares lisas. Com três regiões: cabeça, corpo e cauda. A cabeça recebe os espermatozoides. O corpo com epitélio simples colunar contendo células principais (colunares altas) e as basais. local que ganha a motilidade. O epitélio na cabeça e cauda é pseudoestratificado com microvilosidades longas – estereocílios. Epitélio pseudoestratificado com estereocílios. Lâmina própria. Página | 107 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Músculo liso. Epidídimo: epitélio (E), tecido conjuntivo (C), fibras musculares lisas (seta). Epitélio pseudo-estratificado colunar com estereocílios + lâmina própria (Mc) e muscular em duas camadas (Ms) + adventícia. Mesmo epitélio da região da cauda até o ducto se encontrar com a uretra. Epitélio pseudoestratificado colunar com estereocílios + lâmina própria (T.C.F) e submucosa (T.C.F), camada muscular, adventícia. Ducto deferente: mucosa (Mc), muscular (Ms) e adventícia (Ad). A uretra é um ducto excretor que vem da bexiga urinária e termina no prepúcio ou na glande do pênis. Em machos é dividida em: porção prostática (se estende da vesícula urinária até a próstata): epitélio de transição + lâmina própria + submucosa (pouco corpo cavernoso). Página | 108 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l porção membranosa ou pélvica (até o bulbo peniano): epitélio de transição + lâmina própria + submucosa (pouco corpo cavernoso). porção esponjosa ou peniana (até a abertura uretral): epitélio de transiçãopassa para simples cúbico, terminando em estratificado pavimentoso. epitélio de transição no começo, seguido de um epitélio cúbico simples e no final (na abertura da uretra) é epitélio estratificado pavimentoso. Presença de pregas na mucosa que se dilatam na ejaculação ou na micção, deixando a luz circular. Epitélio de transição ou simples cúbico, lâmina própria submucosa T.C.F. com corpo cavernoso, fibras elásticas e células musculares lisas. Camada muscular (começa com músculo liso e no final é músculo estriado esquelético). Adventícia. Não apresenta divisões. Epitélio de transição, próximo a abertura uretral, estratificado pavimentoso. Lâmina própria submucosa (corpo cavernoso em algumas espécies) -> tecido conjuntivo frouxo). Camada muscular (M.L e M.E.E porção distal). Adventícia. Mais curta. No final do ducto deferente se forma a primeira glândula acessória do sistema reprodutor masculino. Glândula mucosa na submucosa do ducto. Todas as secreções das glândulas acessórias formam o plasma vesicular da ejaculação ou sêmen. FUNÇÃO: manutenção da vida do espermatozoide, limpeza da uretra e lubrificação da vagina. Fica no ducto deferente na mesma região da próstata. Possui uma cápsula revestindo (tecido conjuntivo denso não modelada). Glândula desenvolvida produtora de muco. Quando é glândula do ducto deferente ela é pouco desenvolvida e fica na submucosa do ducto (ex. gatos), inserida na parede do ducto, produz muco, não tem cápsula. Nos cães, carneiros e touros essa glândula é desenvolvida e forma a glândula ampolar. Nos gatos a glândula existe, mas é pequena (glândula do ducto deferente). Produz lipídios. Pequena e inserida na região de submucosa no final do ducto deferente. Todos os animais têm. Ductos com epitélio simples cúbico (ou colunar), o epitélio glandular é pseudoestratificado colunar, produtor de lipídios. Na submucosa tem conjuntivo frouxo seguida da camada muscular. Final do ducto deferente. Produz muco e lipídios para a nutrição do espermatozoide para permanecer vivo. Epitélio varia nas espécies, sendo de cúbico a colunar. Todos os animais apresentam. Glândula ao redor da uretra (pélvica). O corpo da próstata é revestido externamente por uma cápsula de tecido conjuntivo denso não modelado e lâmina própria submucosa. O epitélio glandular varia de cúbico a colunar. Página | 109 C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª C a m i l a B a s s o M a r i a E d u a r d a C a b r a l Pareada, alojada na uretra. Não compõe o fluido vesicular por ser liberada antes do fluido para fazer uma limpeza da uretra, sendo um muco. Auxilia no pH da vagina e lubrifica a região, chega primeira no corpo da fêmea. Ausentes nos cães. A secreção liberada, antes da ejaculação, limpa a uretra – urina, e auxilia na lubrificação da vagina. O epitélio secretor é colunar simples e produz muco. Recoberta por uma cápsula de conjuntivo denso não modelado com células musculares estriadas esqueléticas e lisas. Presença de submucosa. Compartimento de saída para a excreção de urina e deposição de espermatozoides no sistema reprodutor feminino. Composto de tecido erétil com corpo cavernoso, esponjoso e glande do pênis. O corpo cavernoso é formado por duas colunas de tecido erétil, revestidas por tecido conjuntivo denso não modelado– túnica albugínea; tecido erétil é tecido conjuntivo vascularizado com fibras elásticas e ou músculo liso. A glande é revestida externamente pelo prepúcio, e finaliza na abertura da uretra. Pode conter osso e fibrocartilagem. Prepúcio camada de tegumento externo com pelos e glândulas sebáceas.