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08/04/2023, 22:26 D875
www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d0875.htm 1/23
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
DECRETO No 875, DE 19 DE JULHO DE 1993
Promulga o texto da Convenção sobre o Controle de
Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e
seu Depósito.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VIII, da Constituição, e 
Considerando que a Convenção de Basiléia sobre o Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos
Perigosos e seu Depósito foi adotada sob a égide da Organização das Nações Unidas, em Basiléia, em 22 de março de
1989;
Considerando que a Convenção ora promulgada foi oportunamente submetida à apreciação do Congresso
Nacional, que a aprovou por meio do Decreto Legislativo n° 34, de 16 de junho de 1992;
Considerando que o Governo brasileiro depositou a Carta de Adesão ao instrumento multilateral em epígrafe em
15 de outubro de 1992, passando o mesmo a vigorar, para o Brasil, em 30 de dezembro de 1992, na forma de seu artigo
25, parágrafo 2°,
DECRETA:
Art. 1° A Convenção de Basiléia sobre o Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e seu
Depósito, concluída em Basiléia, em 22 de março de 1989, apensa por cópia a este decreto, deverá ser cumprida tão
inteiramente como nela se contém, ressalvada a declaração de reservas apresentada por ocasião do depósito do
instrumento de adesão junto ao Secretariado-Geral das Nações Unidas e adiante transcrita "in verbis":
"1. Ao aderir à Convenção de Basiléia sobre o Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e
seu Depósito, o Governo brasileiro se associa a instrumento que considera positivo, uma vez que estabelece
mecanismos internacionais de controle desses movimentos - baseados no princípio do consentimento prévio e explícito
para a importação e o trânsito de resíduos perigosos -, procura coibir o tráfico ilícito e prevê a intensificação da
cooperação internacional para a gestão adequada desses resíduos.
2. O Brasil manifesta, contudo, preocupação ante as deficiências da Convenção. Observa, assim, que seu
articulado corresponderia melhor aos propósitos anunciados no preâmbulo caso apontasse para a solução do problema
da crescente geração de resíduos perigosos e estabelecesse um controle mais rigoroso dos movimentos de tais
resíduos. O artigo 4, parágrafo 8, e o artigo 11, em particular, contêm dispositivos excessivamente flexíveis, deixando de
configurar um compromisso claro dos Estados envolvidos na exportação de resíduos perigosos com a gestão
ambientalmente saudável desses resíduos.
3. O Brasil considera, portanto, que a Convenção de Basiléia constitui apenas um primeiro passo no sentido de se
alcançarem os objetivos propostos ao iniciar-se o processo negociador, a saber: a) reduzir os movimentos
transfronteiriços de resíduos ao mínimo consistente com a gestão eficaz e ambientalmente saudável de tais resíduos; b)
minimizar a quantidade e o conteúdo tóxico dos resíduos perigosos gerados e assegurar sua disposição ambientalmente
saudável tão próximo quanto possível do local de produção; e c) assistir os países em desenvolvimento na gestão
ambientalmente saudável dos resíduos perigosos que produzirem.
4. Quanto à questão da abrangência da Convenção, o Brasil reitera seus direitos e responsabilidades em todas as
áreas sujeitas a sua jurisdição, inclusive no que se refere à proteção e à preservação do meio ambiente em seu mar
territorial, zona econômica exclusiva e plataforma continental."
Art. 2° O presente decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 19 de julho de 1993; 172° da Independência e 105° da República.
ITAMAR FRANCO
Luiz Felipe Palmeira Lampreia
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 20.7.1993
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/DEC%20875-1993?OpenDocument
Amanda.andrade
Realce
Amanda.andrade
Realce
Amanda.andrade
Realce
08/04/2023, 22:26 D875
www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d0875.htm 2/23
ANEXO AO DECRETO QUE PROMULGA A CONVENÇÃO DE BASILÉIA SOBRE O CONTROLE DE MOVIMENTOS
TRANSFRONTEIRIÇOS DE RESÍDUOS PERIGOSOS E SEU DEPÓSITO, DE 22/03/1989/MRE.
CONVENÇÃO DE BASILÉIA SOBRE O CONTROLE DE MOVIMENTOS TRANSFRONTEIRIÇOS DE RESÍDUOS
PERIGOSOS E SEU DEPÓSITO
(ADOTADA em 22 de março de 1989)
PREÂMBULO
As Partes da presente Convenção,
Conscientes do risco que os resíduos perigosos e outros resíduos e seus movimentos transfronteiriços
representam para a saúde humana e o meio ambiente,
Atentas à crescente ameaça à saúde humana e ao meio ambiente que a maior geração, complexidade e
movimento transfronteiriço de resíduos perigosos e outros resíduos representam,
Atentas também ao fato de que a maneira mais eficaz de de proteger a saúde humana e o meio ambiente dos
perigos que esses resíduos representam é a redução ao mínimo da sua geração em termos de quantidade e/ou potencial
de seus riscos,
Convencidas de que os Estados devem tomar medidas necessárias para garantir que a administração de resíduos
perigosos e outros resíduos, inclusive seu movimento transfronteiriço e depósito, seja coerente com a proteção da saúde
humana e do meio ambiente, independentemente do local de seu deposito,
Observando que os Estados devem assegurar que o gerador cumpra suas tarefas no que se refere ao transporte
e deposito de resíduos perigosos e outros resíduos numa maneira coerente com a proteção do meio ambiente,
independentemente do local de depósito,
Reconhecendo plenamente que qualquer Estado tem o direito soberano de proibir a entrada ou depósito de
resíduos perigosos e outros resíduos estrangeiros em seu território,
Reconhecendo também o desejo crescente de proibir movimentos transfronteiriços de resíduos perigosos e seu
depósito em outros Estados, especialmente nos países em desenvolvimento,
Convencidas de que os resíduos perigosos e outros resíduos devem, na medida em que seja compatível com uma
administração ambientalmente saudável e eficiente, ser depositados no Estado no qual foram gerados,
Conscientes também de que os movimentos transfronteiriços desses resíduos do Estado gerador para qualquer
outro Estado devem ser permitidos apenas quando realizados em condições que não ameacem a saúde humana e o
meio ambiente, nas condições previstas na presente Convenção,
Considerando que um maior controle do movimento transfronteiriço de resíduos perigosos e outros resíduos agirá
como um estímulo para a administração ambientalmente saudável dos mesmos e para a redução do volume deste
movimento transfronteiriço,
Convencidas de que os Estados devem tomar medidas para estabelecer um intercâmbio adequado de
informações sobre o movimento transfronteiriço de resíduos perigosos e outros resíduos que saem desses Estados ou
neles entram e para o controle de tais movimentos,
Observando que diversos acordos internacionais e regionais abordaram a questão da proteção e preservação do
meio ambiente em relação ao trânsito de bens perigosos,
Levando em consideração a Declaração da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano
(Estocolmo, 1972), as Diretrizes e Princípios do Cairo para a administração ambientalmente saudável de resíduos
perigosos adotados pelo Conselho de Administração do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA)
por meio da decisão 14/30 de 17 de junho de 1987, as Recomendações do Comitê de Peritos das Nações Unidas para o
Transporte de Bens Perigosos (formuladas em 1957 e atualizadas bienalmente), recomendações, declarações,
instrumentos e regulamentos pertinentes adotados dentro do sistema das Nações Unidas e o trabalho e os estudos
desenvolvidos dentro de outras organizações internacionais e regionais,
Atentas ao espírito, princípios, objetivos e funções da Carta Mundial da Natureza adotada pela Assembléia Geral
das Nações Unidas na sua trigésima sétima sessão (1982) como a regra de ética para a proteção do meio ambiente
humano e a preservação dos recursos naturais,
Afirmando que os Estadosdevem cumprir suas obrigações internacionais no que se refere à proteção da saúde
humana e proteção e à preservação do meio ambiente e que são responsáveis por danos em conformidade com o direito
internacional,
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Reconhecendo que, no caso de uma violação grave dos dispositivos da presente Convenção ou de qualquer
protocolo da mesma, aplicar-se-ão as normas pertinentes do direito internacional dos tratados,
Conscientes da necessidade de continuar o desenvolvimento e a implementação de tecnologias ambientalmente
racionais, que gerem escassos resíduos, medidas de reciclagem e bons sistemas de administração e de manejo,
permitam reduzir ao mínimo a geração de resíduos perigosos e outros resíduos,
Conscientes também da crescente preocupação internacional com a necessidade de um controle rigoroso do
movimento transfronteiriço de resíduos perigosos e outros resíduos, bem como com a necessidade de, tanto quanto
possível, reduzir este movimento a um mínimo,
Preocupadas com o problema do tráfico transfronteiriço ilegal de resíduos perigosos e de outros resíduos,
Levando também em consideração que países em desenvolvimento têm uma capacidade limitada para
administrar resíduos perigosos e outros resíduos,
Reconhecendo que é preciso promover a transferência de tecnologia para a administração saudável dos resíduos
perigosos e outros resíduos produzidos localmente, particularmente para os países em desenvolvimento, de acordo com
o espírito das Diretrizes do Cairo e da decisão 14/16 do Conselho de Administração do PNUMA sobre a promoção da
transferência de tecnologias de proteção ambiental,
Reconhecendo também que os resíduos perigosos e outros resíduos devem ser transportados de acordo com as
convenções e recomendações internacionais pertinentes,
Convencidas também de que o movimento transfronteiriço de resíduos perigosos e outros resíduos só deve ser
permitido quando o transporte e o depósito final desses resíduos forem ambientalmente racionais, e
Determinadas a proteger, por meio de um controle rigoroso, a saúde humana e o meio ambiente contra os efeitos
adversos que podem resultar da geração e administração de resíduos perigosos e outros resíduos,
Acordaram o seguinte:
ARTIGO 1
Alcance da Convenção
1. Serão "resíduos perigosos" para os fins da presente Convenção, os seguintes resíduos que sejam objeto de
movimentos transfronteiriços:
a) Resíduos que se enquadrem em qualquer categoria contida no Anexo I, a menos que não possuam quaisquer
das características descritas no Anexo III; e
b) Resíduos não cobertos pelo parágrafo (a) mas definidos, ou considerados, resíduos perigosos pela legislação
interna da Parte que seja Estado de exportação, de importação ou de trânsito.
2. Os resíduos que se enquadram em qualquer categoria contida no Anexo II e que sejam objeto de movimentos
transfronteiriços serão considerados "outros resíduos" para os fins da presente Convenção.
3. Os resíduos que, por serem radioativos, estiverem sujeitos a outros sistemas internacionais de controle,
inclusive instrumentos internacionais que se apliquem especificamente a materiais radioativos, ficam excluídos do âmbito
da presente Convenção.
4. Os resíduos derivados de operações normais de um navio, cuja descarga esteja coberta por um outro
instrumento internacional, ficam excluídos do âmbito da presente Convenção.
ARTIGO 2
Definições
Para os fins da presente Convenção:
1. Por "Resíduos" se entendem as substâncias ou objetos, a cujo depósito se procede, se propõe proceder-se, ou
se está obrigado a proceder-se em virtude do disposto na legislação nacional;
2. Por "Administração" se entende à coleta, transporte e depósito de resíduos perigosos e outros resíduos,
incluindo a vigilância dos locais de depósito;
3. Por "Movimento transfronteiriço" se entende todo movimento de resíduos perigosos ou outros resíduos
procedentes de uma área sob a jurisdição nacional de um Estado para ou através de uma área sob a jurisdição nacional
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de outro Estado ou para ou através de uma área não incluída na jurisdição nacional de qualquer Estado, desde que o
movimento afete a pelo menos dois Estados;
4. Por "Depósito" se entende qualquer das operações especificadas no Anexo IV da presente Convenção;
5. Por "Local ou Instalação aprovada" se entende um local ou uma instalação para o depósito de resíduos
perigosos e outros resíduos autorizada ou liberada para operar com esta finalidade por uma autoridade competente do
Estado no qual o local ou a instalação esteja localizada;
6. Por "Autoridade competente" se entende uma autoridade governamental designada por uma Parte para ser
responsável, dentro das áreas geográficas consideradas adequadas pela Parte, para receber a notificação de um
movimento transfronteiriço de resíduos perigosos ou outros resíduos, bem como qualquer informação relativa ao mesmo,
e para dar resposta a tal notificação, como prevê o Artigo 6;
7. Por "Ponto focal" se entende a entidade de uma Parte mencionada no Artigo 5, responsável por receber e
fornecer informações na forma prevista nos Artigos 13 e 16;
8. Por "Administração ambientalmente saudável de resíduos perigosos ou outros resíduos" se entende a tomada
de todas as medidas práticas para garantir que os resíduos perigosos e outros resíduos sejam administrados de maneira
a proteger a saúde humana e o meio ambiente de efeitos nocivos que possam ser provocados por esses resíduos;
9. Por "Área sob a jurisdição nacional de um Estado" se entende qualquer área terrestre, marítima ou aérea dentro
da qual um Estado exerça responsabilidade administrativa e regulamentadora de acordo com o direito internacional em
relação à proteção da saúde humana ou do meio ambiente;
10. Por "Estado de exportação" se entende uma Parte a partir da qual se planeja iniciar ou se inicia um movimento
transfronteiriço de resíduos perigosos ou outros resíduos;
11. Por "Estado de importação" se entende uma Parte para a qual se planeja fazer ou se faz efetivamente um
movimento transfronteiriço de resíduos perigosos ou outros resíduos com a finalidade de aí depositá-los ou de carregá-
los antes de depositá-los numa área não incluída na jurisdição nacional de qualquer Estado;
12. Por "Estado de trânsito" se entende qualquer Estado, que não seja o Estado de exportação ou importação,
através do qual se planeja fazer ou se faz um movimento transfronteiriço de resíduos perigosos o outros resíduos;
13. Por "Estados interessados" se entende as Partes que são Estados de exportação ou importação, ou Estados
de trânsito, quer sejam Partes ou não;
14. Por "Pessoa" se entende qualquer pessoa física ou jurídica;
15. Por "Exportador" se entende qualquer pessoa sob a jurisdição do Estado de exportação que providencia a
exportação de resíduos perigosos ou outros resíduos;
16. Por "Importador" se entende qualquer pessoa sob a jurisdição do Estado de importação que providencia a
importação de resíduos perigosos ou outros resíduos;
17. Por "Transportador" se entende qualquer pessoa que realiza o transporte de resíduos perigosos ou outros
resíduos;
18. Por "Gerador" se entende qualquer pessoa cuja atividade produza resíduos perigosos ou outros resíduos que
sejam objeto de um movimento transfronteiriço ou, caso essa pessoa não seja conhecida, a pessoa que possui e/ou
controla esses resíduos;
19. Por "Encarregado do depósito" se entende qualquer pessoa para a qual resíduos perigosos ou outros resíduos
são enviados ou que efetua o depósito desses resíduos;
20. Por "Organização de integração política e/ou econômica" se entende uma organização constituída por Estados
soberanos para a qual seus Estados-membros tenham transferido a competência pelas questões regidas pela presente
Convenção e que tenha sido devidamente autorizada, de acordo com seus procedimentos internos, a assiná-la, ratificá-
la, aceitá-la, aprová-la, confirmá-la formalmente ou aderir à mesma;21. Por "Tráfico ilegal" se entende qualquer movimento transfronteiriço de resíduos perigosos ou outros resíduos
na forma especificada no Artigo 9.
ARTIGO 3
Definições Nacionais de Resíduos Perigosos
Amanda.andrade
Realce
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1. Cada Parte deverá, dentro de um prazo de seis meses a contar da data em que se tornar uma Parte da
presente Convenção, informar a Secretaria da Convenção a respeito dos resíduos, excluídos aqueles relacionados nos
Anexos I e II, considerados ou definidos como perigosos em sua legislação nacional e a respeito de quaisquer requisitos
relacionados com os procedimentos adotados para o movimento transfronteiriço desses resíduos.
2. Cada Parte deverá subseqüentemente informar a Secretaria a respeito de quaisquer mudanças significativas
ocorridas na informação prestada em conformidade com o parágrafo 1.
3. A Secretaria deverá prontamente levar ao conhecimento de todas as Partes as informações recebidas de
acordo com os parágrafos 1 e 2.
4. As Partes estarão obrigadas a colocar à disposição de seus exportadores a informação que lhes seja
transmitida pela Secretaria em cumprimento do parágrafo 3.
ARTIGO 4
Obrigações Gerais
1. (a) As Partes que estiverem exercendo o seu direito de proibir a importação de resíduos perigosos e outros
resíduos para depósito deverão informar as outras Partes de sua decisão em conformidade com o que prevê o Artigo 13.
(b) As Partes deverão proibir ou não permitir a exportação de resíduos perigosos e outros resíduos para as Partes
que proibirem a importação desses resíduos, quando notificadas como prevê o subparágrafo (a) acima.
(c) As Partes deverão proibir ou não permitir a exportação de resíduos perigosos e outros resíduos se o Estado de
importação não der consentimento por escrito para a importação específica, no caso de o Estado de importação não ter
proibido a importação desses resíduos.
2. Cada Parte deverá tomar medidas adequadas para:
(a) Assegurar que a geração de resíduos perigosos e outros resíduos em seu território seja reduzida a um mínimo,
levando em consideração aspectos sociais, tecnológicos e econômicos;
(b) Assegurar a disponibilidade de instalações adequadas para o depósito, visando a uma administração
ambientalmente saudável de resíduos perigosos e outros resíduos, as quais deverão se localizar, na medida do possível,
dentro de seu território, seja qual for o local de depósito;
(c) Assegurar que as pessoas envolvidas na administração de resíduos perigosos e outros resíduos dentro de seu
território tomem as medidas necessárias para evitar a poluição por resíduos perigosos e outros resíduos provocada por
essa administração e, se tal poluição ocorrer, para minimizar suas conseqüências em relação à saúde humana e ao meio
ambiente;
(d) Assegurar que o movimento transfronteiriço de resíduos perigosos e outros resíduos seja reduzido ao mínimo
compatível com a administração ambientalmente saudável e eficiente desses resíduos e que seja efetuado de maneira a
proteger a saúde humana e o meio ambiente dos efeitos adversos que possam resultar desse movimento;
(e) Não permitir a exportação de resíduos perigosos e outros resíduos para um Estado ou grupo de Estados que
pertençam a uma organização de integração econômica e/ou política de que sejam Partes países, particularmente
países em desenvolvimento, cuja legislação tenha proibido todas as importações, ou se tiver razões para crer que os
resíduos em questão não serão administrados de forma ambientalmente saudável, de acordo com critérios a serem
decididos pelas Partes em sua primeira reunião.
(f) Exigir que informações sobre qualquer movimento transfronteiriço de resíduos perigosos e outros resíduos
proposto sejam fornecidas aos Estados interessados, de acordo com o Anexo V A, no sentido de definir claramente os
efeitos desse movimento sobre a saúde humana e o meio ambiente;
(g) Impedir a importação de resíduos perigosos e outros resíduos se tiver razões para crer que os resíduos em
questão não serão administrados de forma ambientalmente saudável;
(h) Cooperar com outras Partes e organizações interessadas em atividades, diretamente e através do
Secretariado, inclusive divulgando informações sobre o movimento transfronteiriço de resíduos perigosos e outros
resíduos, com o objetivo de aprimorar a administração ambientalmente saudável desses resíduos e impedir o tráfico
ilegal;
3. As Partes consideram que o tráfico ilegal de resíduos perigosos ou outros resíduos é uma atividade criminosa.
4. Cada Parte deverá tomar medidas legais, administrativas ou de outra natureza para implementar e fazer vigorar
os dispositivos da presente Convenção, inclusive medidas para impedir e punir condutas que representem violação da
presente Convenção.
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5. Nenhuma Parte permitirá que resíduos perigosos ou outros resíduos sejam exportados para um Estado que não
seja Parte, ou importados de um Estado que não seja Parte.
6. As Partes acordam que não permitirão a exportação de resíduos perigosos e outros resíduos para depósito
dentro da área ao sul dos 60 graus de latitude sul, estejam ou não esses resíduos sujeitos a movimento transfronteiriço.
7. Além disso, cada Parte deverá:
(a) Proibir todas as pessoas sob sua jurisdição nacional de transportarem ou depositarem resíduos perigosos ou
outros resíduos, a não ser que essas pessoas estejam autorizadas ou tenham permissão para realizar esse tipo de
operações;
(b) Exigir que os resíduos perigosos e outros resíduos a serem objeto de um movimento transfronteiriço sejam
embalados, etiquetados e transportados em conformidade com normas e padrões internacionais aceitos e reconhecidos
de forma geral no campo da embalagem, etiquetagem e transporte, e que sejam levadas em consideração práticas
pertinentes internacionalmente reconhecidas;
(c) Exigir que os resíduos perigosos e outros resíduos se façam acompanhar de um documento de movimento
desde o ponto no qual tenha início um movimento transfronteiriço até o ponto de depósito.
8. Cada Parte deverá exigir que os resíduos perigosos e outros resíduos a serem exportados sejam administrados
de forma ambientalmente saudável no Estado de importação ou em qualquer outro lugar. Diretrizes técnicas a serem
adotadas para a administração ambientalmente saudável dos resíduos cobertos pela presente Convenção serão
acordadas pelas Partes em sua primeira reunião.
9. As Partes deverão tomar medidas adequadas no sentido de garantir que o movimento transfronteiriço de
resíduos perigosos e outros resíduos só seja permitido se:
(a) O Estado de exportação não tiver capacidade técnica e as instalações necessárias, capacidade ou locais de
depósito adequados para depositar os resíduos em questão de forma ambientalmente saudável e eficiente; ou
(b) Os resíduos em questão forem necessários como matéria-prima para as indústrias de reciclagem ou
recuperação no Estado de importação; ou
(c) O movimento transfronteiriço em questão estiver de acordo com outros critérios a serem acordados pelas
Partes, desde que esses critérios não divirjam dos objetivos da presente Convenção.
10. A obrigação estipulada pela presente Convenção em relação aos Estados nos quais são gerados resíduos
perigosos e outros resíduos, de exigir que esses resíduos sejam administrados de forma ambientalmente saudável não
poderá, em nenhuma circunstância, ser transferida para os Estados de importação ou trânsito.
11. Nada na presente Convenção deve impedir uma Parte de impor exigências adicionais que sejam compatíveis
com os dispositivos da presente Convenção e que estejam em concordância com as normas de direito internacional, a
fim de melhor proteger a saúde humana e o meio ambiente.
12. Nada na presente Convenção deve afetar em nenhum aspecto a soberania dos Estados sobre seu mar
territorial, estabelecida de acordo com o direito internacional e os direitos soberanos e a jurisdição que os Estados
exercemsobre suas zonas econômicas exclusivas e plataformas continentais de acordo com o direito internacional, bem
como o exercício dos direitos e liberdades de navegação por parte dos navios e aviões de todos os Estados, conforme
prevê o direito internacional e como estabelecido em instrumentos internacionais pertinentes.
13. As Partes deverão rever periodicamente as possibilidades de reduzir a quantidade e/ou o potencial de poluição
dos resíduos perigosos e outros resíduos que são exportados para outros Estados, particularmente para os países em
desenvolvimento.
ARTIGO 5
Designação de Autoridades Competentes e do Ponto Focal
Para facilitar a implementação da presente Convenção, as Partes deverão:
1. Designar ou estabelecer uma ou mais autoridades competentes e um ponto focal. Uma autoridade competente
deverá ser designada para receber a notificação no caso de um Estado de trânsito.
2. Informar o Secretariado, em um período de três meses a partir da entrada em vigor da presente Convenção
para elas, a respeito das repartições designadas por elas como seu ponto focal e suas autoridades competentes.
3. Informar o Secretariado, em um período de um mês a contar da data da decisão, a respeito de quaisquer
mudanças relacionadas com a designação feita em conformidade com o parágrafo 2 acima.
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ARTIGO 6
Movimento Transfronteiriço entre Partes
1. O Estado de exportação deverá notificar, ou exigir que o gerador ou exportador notifiquem, por escrito, por meio
da autoridade competente do Estado de exportação, a autoridade competente dos Estados interessados, a respeito de
qualquer movimento transfronteiriço de resíduos perigosos ou outros resíduos proposto. Essa notificação deverá conter
as declarações e informações especificadas no Anexo V A, escritas numa língua aceitável para o Estado de importação.
Apenas uma notificação precisará ser enviada para cada um dos Estados interessados.
2. O Estado de importação deverá responder por escrito ao notificador, permitindo o movimento com ou sem
condições, negando permissão para o movimento ou solicitando informações adicionais. Uma cópia da resposta final do
Estado de importação deverá ser enviada às autoridades competentes dos Estados interessados que sejam Partes.
3. O Estado de exportação não deverá permitir que o gerador ou exportador dê início ao movimento
transfronteiriço até que tenha recebido confirmação por escrito de que:
(a) O notificador recebeu o consentimento por escrito do Estado de importação; e
(b) O notificador recebeu da parte do Estado de importação confirmação quanto à existência de um contrato entre
o exportador e o encarregado do depósito especificando a administração ambientalmente saudável dos resíduos em
questão.
4. Cada Estado de trânsito que seja Parte deverá acusar prontamente ao notificador o recebimento da notificação.
Subseqüentemente, poderá dar uma resposta por escrito ao notificador, em um prazo de 60 dias, permitindo o
movimento com ou sem condições, negando permissão para o movimento ou solicitando informações adicionais. O
Estado de exportação não deverá permitir que o movimento transfronteiriço tenha início antes de haver recebido a
permissão por escrito do Estado de trânsito. Não obstante, caso em qualquer momento uma Parte decida não exigir
consentimento prévio, de forma geral ou sob condições especificas, para movimentos transfronteiriços de trânsito de
resíduos perigosos ou outros resíduos, ou caso modifique seus requisitos neste particular, devera informar prontamente
as outras Partes de sua decisão, como prevê o Artigo 13. Neste último caso, se o Estado de exportação não receber
qualquer resposta em um prazo de 60 dias a partir do recebimento de uma determinada notificação pelo Estado de
trânsito, o Estado de exportação poderá permitir que a exportação se faça através do Estado de trânsito.
5. No caso de um movimento transfronteiriço em que os resíduos sejam legalmente definidos ou considerados
como resíduos perigosos apenas:
(a) Pelo Estado de exportação, os requisitos do parágrafo 9 do presente Artigo que se aplicam ao importador e
encarregado do depósito e ao Estado de importação aplicar-se-ão, mutatis mutandis, ao exportador e ao Estado de
exportação, respectivamente;
(b) Pelo Estado de importação, ou pelos Estados de importação e de trânsito que sejam Partes, os requisitos dos
parágrafos 1, 3, 4 e 6 do presente Artigo que se aplicam ao exportador e ao Estado de exportação aplicar-se-ão, mutatis
mutandis, ao importador ou encarregado do depósito e ao Estado de importação, respectivamente; ou
(c) Por qualquer Estado de trânsito que seja uma Parte, os dispositivos do parágrafo 4 aplicar-se-ão a tal Estado.
6. O Estado de exportação poderá, mediante consentimento por escrito dos Estados interessados, permitir que o
gerador ou o exportador usem uma notificação geral pela qual os resíduos perigosos ou outros resíduos com as mesmas
características físicas e químicas sejam expedidos regularmente para o mesmo encarregado do depósito via a mesma
aduana de saída do Estado de exportação, via a mesma aduana de entrada do Estado de importação e, no caso de
trânsito, via a mesma aduana de entrada e saída do Estado ou Estados de trânsito.
7. Os Estados interessados poderão apresentar sua permissão por escrito para a utilização da notificação geral
mencionada no parágrafo 6 mediante o fornecimento de determinadas informações, como as quantidades exatas ou
relações periódicas de resíduos perigosos ou outros resíduos a serem expedidos.
8. A notificação geral e o consentimento por escrito mencionados nos parágrafos 6 e 7 poderão abranger múltiplas
expedições de resíduos perigosos ou outros resíduos durante um período máximo de 12 meses.
9. As Partes deverão exigir que todas as pessoas encarregadas de um movimento transfronteiriço de resíduos
perigosos ou outros resíduos assinem o documento do movimento na entrega ou no recebimento dos resíduos em
questão. Também deverão exigir que o encarregado do depósito informe tanto o exportador quanto a autoridade
competente do Estado de exportação do recebimento, pelo encarregado do depósito, dos resíduos em questão e, no
devido tempo, da conclusão do depósito de acordo com as especificações da notificação. Caso essas informações não
sejam recebidas no Estado de exportação, a autoridade competente do Estado de exportação ou o exportador deverão
notificar o Estado de importação.
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10. A notificação e resposta exigidas pelo presente Artigo deverão ser transmitidas à autoridade competente das
Partes interessadas ou às autoridades governamentais responsáveis no caso de Estados que não sejam Partes.
11. Qualquer movimento transfronteiriço de resíduos perigosos ou outros resíduos deverá ser coberto por seguro,
caução ou outra garantia exigida pelo Estado de importação ou qualquer Estado de trânsito que seja uma Parte.
ARTIGO 7
Movimento Transfronteiriço a Partir de uma Parte através de Estados que não sejam Partes
O parágrafo 2 do Artigo 6 da Convenção aplicar-se-á, mutatis mutandis, ao movimento transfronteiriço de
resíduos perigosos ou outros resíduos a partir de uma Parte através de um Estado ou Estados que não sejam Partes.
ARTIGO 8
O Dever de Reimportar
Quando um movimento transfronteiriço de resíduos perigosos ou outros resíduos para o qual foi dado
consentimento dos Estados interessados, com base nos dispositivos da presente Convenção não puder ser concluído de
acordo com os termos do contrato, o Estado de exportação deverá garantir que os resíduos em questão serão levados
de volta para o seu território pelo exportador, caso não possam ser estabelecidos esquemas alternativos para o depósito
dos mesmos, de uma forma ambientalmente saudável, num prazo de 90 dias a partir da data em que o Estado
importador informou o Estado de exportação e o Secretariado a esse respeito, ou emqualquer outro prazo acordado
entre os Estados interessados. Para esse fim, o Estado de exportação e qualquer Parte de trânsito não deverá se opor,
dificultar ou impedir o retorno desses resíduos para o Estado de exportação.
ARTIGO 9
Tráfico Ilegal
1. Para os fins da presente Convenção, qualquer movimento transfronteiriço de resíduos perigosos ou outros
rejeitos:
(a) sem notificação, segundo os dispositivos da presente Convenção, para todos os Estados interessados; ou
(b) sem o consentimento, segundo os dispositivos da presente Convenção, de um Estado interessado; ou
(c) com o consentimento de Estados obtido por meio de falsificação, descrição enganosa ou fraude; ou
(d) que não esteja materialmente em conformidade com os documentos; ou
(e) que resulte num depósito deliberado (por exemplo, “dumping” ) de resíduos perigosos ou outros resíduos
caracterizando violação da presente Convenção e de princípios gerais do direito internacional, será considerado tráfico
ilegal.
2. No caso de um movimento transfronteiriço de resíduos perigosos ou outros resíduos considerado tráfico ilegal
em função da conduta do exportador ou gerador, o Estado de exportação deverá assegurar que os resíduos em questão
sejam:
(a) levados de volta pelo exportador ou pelo gerador ou, se necessário, pelo próprio Estado para dentro de seu
território ou, se isto for impraticável,
(b) depositados de alguma outra forma de acordo com os dispositivos da presente Convenção, em um prazo de 30
dias a contar da data em que o Estado de exportação foi informado do trafico ilegal ou em qualquer outro prazo acordado
entre os Estados interessados. Para esse fim, as Partes interessadas não deverão se opor, dificultar ou impedir o retorno
desses resíduos para o Estado de exportação.
3. No caso de um movimento transfronteiriço de resíduos perigosos ou outros resíduos considerado tráfico ilegal
em função da conduta do importador ou do encarregado do depósito, o Estado de importação deverá assegurar que os
resíduos em questão sejam depositados de forma ambientalmente saudável pelo importador ou encarregado do depósito
ou, se necessário, pelo próprio Estado de importação em um prazo de 30 dias a partir da data em que o tráfico ilegal
tenha chegado ao conhecimento do Estado de importação ou em qualquer outro prazo acordado entre os Estados
interessados. Para esse fim, as Partes interessadas deverão cooperar umas com as outras, conforme necessário, no
depósito dos resíduos de forma ambientalmente saudável.
4. Nos casos em que a responsabilidade pelo tráfico ilegal não possa ser atribuída ao exportador ou gerador nem
ao importador ou encarregado do depósito, as Partes interessadas ou outras Partes, de acordo com a situação, deverão
assegurar, por meio de cooperação, que os resíduos em questão sejam depositados o mais rapidamente possível
deforma ambientalmente saudável no Estado de exportação, no Estado de importação ou em algum outro lugar
considerado adequado.
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5. Cada Parte deverá implementar uma legislação nacional/interna adequada para impedir e punir o tráfico ilegal.
As Partes deverão cooperar umas com as outras para atingir os objetivos deste Artigo.
ARTIGO 10
Cooperação Internacional
1. As Partes deverão cooperar umas com as outras com o objetivo de aprimorar e alcançar um manejo
ambientalmente saudável de resíduos perigosos e outros resíduos.
2. Para esse fim, as Partes deverão:
(a) Mediante solicitação, fornecer informações, seja numa base bilateral ou multilateral, com vistas a promover o
manejo ambientalmente saudável de resíduos perigosos e outros resíduos, incluindo a harmonização de padrões
técnicos e práticas para um manejo adequado de resíduos perigosos e outros resíduos;
(b) Cooperar na vigilância dos efeitos do manejo de resíduos perigosos sobre a saúde humana e o meio ambiente;
(c) Cooperar, em sintonia com suas leis, regulamentos e políticas nacionais, no desenvolvimento e implementação
de novas tecnologias ambientalmente racionais com baixo índice de resíduos e no aperfeiçoamento das tecnologias
existentes com vistas a eliminar, na medida do possível, a geração de resíduos perigosos e outros resíduos e
estabelecer métodos mais efetivos e eficientes de assegurar um manejo ambientalmente saudável para os mesmos,
incluindo o estudo dos efeitos econômicos, sociais e ambientais da adoção de tais tecnologias novas ou aperfeiçoadas;
(d) Cooperar ativamente, em sintonia com suas leis, regulamentos e políticas nacionais, na transferência de
tecnologias e sistemas administrativos relacionados com o manejo ambientalmente saudável de resíduos perigosos e
outros resíduos. Também deverão cooperar no desenvolvimento de capacidade técnica entre as Partes, especialmente
entre aquelas que necessitem ou solicitem assistência técnica nessa área;
(e) Cooperar no desenvolvimento de diretrizes técnicas e/ou códigos de práticas apropriadas.
3. As Partes deverão empregar meios adequados para cooperarem umas com as outras a fim de dar assistência
aos países em desenvolvimento na implementação dos subparágrafos a, b, c e d do parágrafo 2 do Artigo 4.
4. Levando em consideração as necessidades dos países em desenvolvimento, estimula-se a cooperação entre
as Partes e as organizações internacionais competentes com o objetivo de promover, inter alia, uma consciência pública,
o desenvolvimento de um manejo ambientalmente saudável de resíduos perigosos e outros resíduos e a adoção de
novas tecnologias com baixo índice de resíduos.
ARTIGO 11
Acordos Bilaterais, Multilaterais e Regionais
1. Não obstante o disposto no Artigo 4 parágrafo 5, as Partes podem estabelecer acordos ou arranjos bilaterais,
multilaterais ou regionais no que se refere ao movimento transfronteiriço de resíduos perigosos ou outros resíduos com
Partes ou não Partes, desde que esses esquemas ou acordos não derroguem a administração ambientalmente saudável
dos resíduos perigosos e outros resíduos exigida pela presente Convenção. Esses acordos ou esquemas deverão
estabelecer dispositivos que não sejam menos ambientalmente saudáveis que aqueles previstos na presente
Convenção, particularmente levando-se em consideração os interesses dos países em desenvolvimento.
2. As Partes deverão notificar o Secretariado a respeito de quaisquer acordos ou arranjos bilaterais, multilaterais
ou regionais mencionados no parágrafo 1 assim como a respeito daqueles estabelecidos antes da entrada em vigor da
presente Convenção para tais Partes, com a finalidade de controlar os movimentos transfronteiriços de resíduos
perigosos e outros resíduos exclusivamente entre as Partes desses acordos. Os dispositivos da presente Convenção
não afetarão movimentos transfronteiriços efetuados em conformidade com esses acordos, desde que esses acordos
sejam compatíveis com o manejo ambientalmente saudável de resíduos perigosos e outros resíduos, que estipula
apresente Convenção.
 
ARTIGO 12
Consultas sobre Responsabilidade
As Partes deverão cooperar com o objetivo de adotar, tão pronto possível, um protocolo que estabeleça normas e
procedimentos adequados no campo da responsabilidade e compensação por danos provocados pelo movimento
transfronteiriço e depósito de resíduos perigosos e outros resíduos.
ARTIGO 13
Transmissão de Informações
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1. As Partes deverão velar para que sejam imediatamente informados os Estados interessados, sempre que
tiverem conhecimento de algum acidente ocorrido durante o movimento transfronteiriço de resíduos perigosos ou outros
resíduos que possa apresentar riscos à saúde humana e ao meio ambiente em outros Estados.
2. As Partes deverão informar umas às outras, por meio do Secretariado, do seguinte:
(a) Mudanças em relação à designação de autoridades competentes e/ou pontos focais, de acordo com o Artigo 5;
(b) Mudanças na sua definição nacional de resíduos perigosos, de acordo com o Artigo 3; e, o mais rapidamente
possível,(c) Decisões tomadas por elas de proibir total ou parcialmente a importação de resíduos perigosos ou outros
resíduos para depósito dentro da área sob sua jurisdição nacional;
(d) Decisões tomadas por elas com vistas a limitar ou banir a exportação de resíduos perigosos ou outros
resíduos;
(e) Quaisquer outras informações exigidas em conformidade com o parágrafo 4 do presente Artigo.
3. As Partes deverão, em consonância com suas leis e regulamentos nacionais, transmitir, por meio do
Secretariado, à Conferência das Partes estabelecida pelo Artigo 15, antes do final de cada ano civil, um relatório sobre o
ano civil anterior, o qual deverá conter as seguintes informações:
(a) Autoridades competentes e pontos focais designados pelas mesmas de acordo com o Artigo 5;
(b) Informações sobre os movimentos transfronteiriços de resíduos perigosos ou de outros resíduos com os quais
tenham tido alguma relação, incluindo:
(i) A quantidade de resíduos perigosos e outros resíduos exportados, a categoria dos mesmos, suas
características, destino e qualquer país de trânsito e método de depósito especificados na resposta à notificação;
(ii) A quantidade de resíduos perigosos e outros resíduos importados, a categoria dos mesmos, suas
características, origem e métodos de depósito;
(iii) Depósitos que não tenham sido efetuados como planejado;
(iv) Esforços para reduzir a quantidade de resíduos perigosos e outros resíduos sujeitos a movimento
transfronteiriço;
(c) Informações sobre as medidas adotadas por elas na implementação da presente Convenção;
(d) Informações sobre estatísticas qualificadas disponíveis que tenham sido compiladas pelas mesmas a respeito
dos efeitos da geração, transporte e depósito de resíduos perigosos e outros resíduos sobre a saúde humana e o meio
ambiente;
(e) Informações sobre acordos e esquemas bilaterais, multilaterais e regionais estabelecidos de acordo com o
Artigo 11 da presente Convenção;
(f) Informações sobre acidentes ocorridos durante o movimento transfronteiriço e depósito de resíduos perigosos e
outros resíduos e sobre as medidas tomadas para lidar com os mesmos;
(g) Informações sobre opções de depósito existentes dentro da área de sua jurisdição nacional;
(h) Informações sobre medidas tomadas para desenvolver tecnologias destinadas a reduzir e/ou eliminar a
produção de resíduos perigosos e outros resíduos; e
(i) Quaisquer assuntos considerados pertinentes pela Conferência das Partes.
4. As Partes deverão, em consonância com suas leis e regulamentos nacionais, assegurar que cópias de cada
notificação relativa a qualquer movimento transfronteiriço de resíduos perigosos ou outros resíduos, bem como de sua
resposta, sejam enviadas ao Secretariado toda vez que uma Parte, ao considerar que seu meio ambiente pode ser
afetado por aquele movimento transfronteiriço, formule solicitação nesse sentido.
ARTIGO 14
Aspectos Financeiros
1. Às Partes convêm que, de acordo com as necessidades específicas de diferentes regiões e subregiões, devem
ser estabelecidos centros regionais e subregionais para treinamento e transferências de tecnologias relacionadas com o
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manejo de resíduos perigosos e outros resíduos e com a redução ao mínimo de sua geração. As Partes deliberarão a
respeito do estabelecimento de mecanismos de financiamento adequados em bases voluntárias.
2. As Partes examinarão a conveniência de estabelecer um fundo rotativo destinado a prestar assistência
provisória no caso de situações de emergência, com o objetivo de minimizar os danos provocados por acidentes
resultantes de movimentos transfronteirços de resíduos perigosos e outros resíduos, ou ocorridos durante o depósito
desses resíduos.
ARTIGO 15
Conferência das Partes
1. Fica estabelecida por meio desta uma Conferência das Partes. A primeira reunião da Conferência das Partes
será convocada pelo Diretor Executivo do PNUMA no prazo do um ano a partir da entrada em vigor da presente
Convenção. Subseqüentemente, reuniões ordinárias da Conferência das partes serão realizadas em intervalos regulares
a serem determinados pela Conferência em sua primeira reunião.
2. Reuniões extraordinárias da Conferência das Partes serão realizadas em outras ocasiões consideradas
necessárias pela Conferência, ou mediante solicitação por escrito de qualquer Parte, num prazo de seis meses a partir
do envio da referida solicitação ao Secretariado, desde que tal solicitação seja apoiada por pelo menos um terço das
Partes.
3. A Conferência das Partes deverá acordar e adotar por consenso regras de procedimento para si mesma e para
qualquer organismo subsidiário que possa vir a estabelecer, bem como normas financeiras para determinar
especificamente a participação financeira das Partes no cumprimento da presente Convenção.
4. Em sua primeira reunião, as Partes deverão considerar medidas adicionais que possam auxiliá-las no
cumprimento de suas responsabilidades em relação à proteção e preservação do meio ambiente marinho no contexto da
presente Convenção.
5. A Conferência das Partes deverá manter sob contínua revisão e avaliação a efetiva implementação da presente
Convenção e, além disso,deverá:
(a) Promover a harmonização de políticas, estratégias e medidas adequadas, com vistas a minimizar os danos
provocados por resíduos perigosos e outros resíduos à saúde humana e ao meio ambiente;
(b) Considerar e adotar, de acordo com as necessidades, emendas à presente Convenção e seus anexos, levando
em consideração, inter alia, informações cientificas, técnicas, econômicas e ambientais disponíveis;
(c) Considerar e empreender qualquer ação adicional que possa ser necessária para alcançar os propósitos da
presente Convenção à luz da experiência adquirida na sua operacionalização assim como na operacionalização dos
acordos e esquemas previstos no Artigo 11;
(d) Considerar e adotar protocolos, de acordo com as necessidades; e
(e) Estabelecer quaisquer organismos subsidiários considerados necessários para a implementação da presente
Convenção.
6. As Nações Unidas, suas agências especializadas, bem como qualquer Estado que não seja Parte da presente
Convenção, poderão estar representados como observadores nas reuniões da Conferência das Partes. Qualquer
organismo ou agência, seja nacional ou internacional, governamental ou não governamental, qualificado nas áreas
relacionadas a resíduos perigosos ou outros resíduos que tenha informado o Secretariado de seu desejo de ser
representado como observador numa reunião da Conferência das Partes, poderá ter permissão para tal, a não ser que
pelo menos um terço das Partes presentes façam objeção. A admissão e participação de observadores ficará sujeita às
regras de procedimento adotadas pela Conferência das Partes.
7. A Conferência das Partes deverá fazer, num prazo de três anos a partir da entrada em vigor da presente
Convenção e pelo menos a cada seis anos subseqüentemente, uma avaliação de sua eficácia e, se julgado necessário,
considerar a adoção de uma proibição completa ou parcial de movimentos transfronteiriços de resíduos perigosos e
outros resíduos, à luz das últimas informações cientificas, ambientais, técnicas e econômicas disponíveis.
ARTIGO 16
O Secretariado.
1. As funções do Secretariado serão as seguintes;
(a) Organizar e prestar assistência às reuniões previstas nos Artigos 15 e 17;
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(b) Preparar e transmitir relatórios baseados nas informações recebidas de acordo com os Artigos 3, 4, 6, 11 e 13,
bem como nas informações oriundas de reuniões de organismos subsidiários estabelecidas de acordo com o Artigo 15 e
também, de acordo com as necessidades, nas informações fornecidas por entidades intergovernamentais e não
governamentais pertinentes;
(c) Preparar relatórios sobre as atividades que desenvolveu na implementação de suas funções de acordo com a
presente Convenção e apresentá-los à Conferência das Partes;
(d) Garantir anecessária coordenação com organismos internacionais pertinentes e, em particular, estabelecer
esquemas administrativos e contratuais necessários para o efetivo desempenho de suas funções;
(e) Comunicar-se com os pontos focais e autoridades competentes estabelecidas pelas Partes de acordo com o
Artigo 5 da presente Convenção;
(f) Compilar informações relativas aos locais e instalações nacionais autorizadas pelas Partes e disponíveis para o
depósito de seus resíduos perigosos e outros resíduos e fazer essas informações circularem entre as Partes;
(g) Receber e transmitir informações de e para Partes sobre:
- fontes de assistência técnica e treinamento;
- know-how técnico e científico disponível;
- fontes de consultoria e avaliação especializada; e
- disponibilidade de recursos com vistas a assistir às Partes, mediante solicitação, em áreas como:
- gerenciamento do sistema de notificação da presente Convenção;
- manejo de resíduos perigosos e outros resíduos;
- tecnologias ambientalmente racionais relacionadas com os resíduos perigosos e outros resíduos, como tais
tecnologias com baixo índice de resíduos ou sem resíduos;
- avaliação das capacidades e locais de depósito;
- vigilância de resíduos perigosos e outros resíduos; e
- respostas a emergências;
(h) Fornecer às Partes, mediante solicitação, informações sobre consultores ou firmas de consultoria que tenham
a necessária competência técnica na área e que possam assistir às mesmas no exame de uma notificação para um
movimento transfronteiriço, na avaliação da conformidade de um carregamento de resíduos perigosos ou outros resíduos
com a notificação pertinente e/ou na verificação de que às instalações propostas para o depósito de resíduos perigosos e
outros resíduos são ambientalmente saudáveis, quando as Partes tiverem razões para crer que os resíduos em questão
não serão manejados de forma ambientalmente saudável. Qualquer exame dessa natureza não terá suas despesas
cobertas pelo Secretariado;
(i) Assistir às Partes, mediante solicitação, na identificação de casos de tráfico ilegal e fazer circular
imediatamente, para as Partes interessadas, quaisquer informações que tenha recebido sobre tráfico ilegal;
(j) Cooperar com as Partes e com as organizações e agências internacionais pertinentes e competentes no
fornecimento de peritos e equipamentos para rapidamente prestar assistência aos Estados no caso de uma situação de
emergência; e
(k) Desempenhar quaisquer outras funções relevantes às finalidades da presente Convenção, de acordo com as
determinações da Conferência das partes.
2. As funções do Secretariado serão interinamente desempenhadas pelo PNUMA até a conclusão da primeira
reunião da Conferência das Partes realizada de acordo com o Artigo 15.
3. Na sua primeira reunião, a Conferência das Partes deverá nomear o Secretariado dentre as organizações
intergovernamentais competentes existentes que tiverem manifestado intenção de desempenhar as funções do
Secretariado estabelecidas na presente Convenção. Nessa reunião, a Conferência das Partes deverá também avaliar a
execução, pelo Secretariado interino, das funções a ele designadas, em particular aquelas decorrentes do parágrafo 1
acima, e tomar decisões a respeito das estruturas adequadas para essas funções.
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ARTIGO 17
Emendas à Convenção
1. Qualquer Parte poderá propor emendas à presente Convenção e qualquer Parte de um protocolo poderá propor
emendas àquele protocolo. Essas emendas deverão levar em conta, inter alia, considerações cientificas e técnicas
relevantes.
2. Emendas à presente Convenção deverão ser adotadas em uma reunião da Conferência das Partes. Emendas a
qualquer protocolo deverão ser adotadas numa reunião da Conferencia das Partes envolvendo o protocolo em questão.
O texto de qualquer emenda proposta à presente Convenção ou a qualquer protocolo, salvo quando previsto de outra
maneira em tal protocolo, devera ser comunicado às Partes pelo Secretariado pelo menos 6 meses antes da reunião na
qual ela será proposta para adoção. O Secretariado deverá ainda comunicar as emendas propostas aos Signatários da
presente Convenção para informação dos mesmos.
3. As Partes deverão envidar todos os esforços para chegarem a um consenso em relação a qualquer emenda
proposta à presente Convenção. Caso tenham sido feitos todos os esforços, sem que se tenha chegado a um consenso,
a emenda deverá, como último recurso, ser adotada por voto majoritário de três quartos das Partes presentes e que
estejam votando na reunião e apresentada pelo Depositário a todas as Partes para ratificação, aprovação, confirmação
formal ou aceitação.
4. O procedimento mencionado no parágrafo 3 acima aplicar-se-á a emendas propostas a qualquer protocolo, a
não ser quando uma maioria de dois terços das Partes do protocolo em questão presentes e que estejam votando na
reunião seja suficiente para a sua adoção.
5. Os instrumentos de ratificação, aprovação, confirmação formal ou aceitação de emendas deverão ser
depositados junto ao Depositário. As emendas adotadas de acordo com os parágrafos 3 e 4 acima deverão entrar em
vigor entre as Partes que as tenham aceito no nonagésimo dia após a recepção pelo Depositário do instrumento de
ratificação, aprovação, confirmação formal ou aceitação de pelo menos três quartos das Partes que tenham aceito as
emendas ao protocolo em questão, a não ser quando previsto de outra maneira no próprio protocolo. As emendas
deverão entrar em vigor para qualquer outra Parte no nonagésimo dia após essa Parte ter depositado seu instrumento de
ratificação, aprovação, confirmação formal ou aceitação das emendas.
6. Para os fins do presente Artigo, por "Partes presentes e que estejam votando" entende-se Partes que estejam
presentes e emitam um voto afirmativo ou negativo.
ARTIGO 18
Adoção de Emendas aos Anexos
1. Os anexos, da presente Convenção ou de qualquer protocolo deverão ser parte integrante desta Convenção ou
do protocolo em questão, conforme o caso, e, salvo quando expressamente previsto de outra maneira, uma referência a
esta Convenção ou a seus protocolos constitui também uma referência a seus anexos. Esses anexos restringir-se-ão a
questões cientificas, técnicas e administrativas.
2. Salvo quando previsto de outra maneira em qualquer protocolo em relação a seus anexos, o seguinte
procedimento aplicar-se-à à proposta, adoção e entrada em vigor de anexos adicionais à presente Convenção ou de
anexos a um protocolo.
(a) Os anexos à presente Convenção e seus protocolos deverão ser propostos e adotados de acordo com o
procedimento estabelecido no Artigo 17, parágrafos 2, 3 e 4;
(b) Qualquer Parte que não possa aceitar um anexo adicional à presente Convenção ou um anexo a qualquer
protocolo de que seja Parte deverá notificar o Depositário a esse respeito, por escrito, em um prazo de seis meses a
partir da data da comunicação da adoção feita pelo Depositário. O Depositário notificará sem demora todas as Partes a
respeito do recebimento de qualquer notificação dessa natureza. Uma Parte poderá a qualquer momento substituir uma
declaração anterior de objeção por uma aceitação e os anexos deverão, depois disso, entrar em vigor para essa Parte;
(c) Ao término de seis meses a partir da data em que circular a comunicação feita pelo Depositário, o anexo
deverá entrar em vigor para todas as Partes da presente Convenção ou de qualquer protocolo em questão, mesmo as
que não tiverem apresentado uma notificação como previsto no subparágrafo (b) acima.
3. A proposta, adoção e entrada em vigor de emendas a anexos da presente Convenção ou de qualquer protocolo
ficarão sujeitas ao mesmo procedimento adotado em relação à proposta, adoção e entrada em vigor de Anexos à
presente Convenção ou Anexos a um protocolo. Os Anexos e emendas aos mesmos deverão levar em conta, inter alia,
considerações cientificas e técnicas relevantes.
4. Caso um anexo adicional ou alguma emenda a um anexo envolva uma emenda à presenteConvenção ou a
qualquer protocolo, o anexo adicional ou anexo emendado não deverá entrar em vigor até que a emenda à presente
Convenção ou ao protocolo entre em vigor.
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ARTIGO 19
Verificação
Qualquer Parte que tenha razões para crer que outra Parte agiu, ou está agindo de forma a violar suas obrigações
para com a presente Convenção poderá informar o Secretariado a esse respeito e, nesse caso, deverá simultânea e
imediatamente informar, diretamente ou por meio do Secretariado, a Parte contra a qual as alegações estão sendo
levantadas. Todas as informações pertinentes deverão ser encaminhadas pela Secretaria às Partes.
ARTIGO 20
Solução de Controvérsias
1. No caso de alguma controvérsia entre as Partes quanto à interpretação, aplicação ou cumprimento da presente
Convenção ou de qualquer protocolo da mesma, estas deverão procurar solucionar a controvérsia por meio de
negociações ou de qualquer outro meio pacífico de sua escolha.
2. Caso as Partes interessadas não consigam solucionar a controvérsia pelos meios mencionados no parágrafo
anterior, a controvérsia deverá ser submetida, se as Partes nela envolvidas assim concordarem, à Corte Internacional de
Justiça ou a arbitragem sob as condições descritas no Anexo VI sobre Arbitragem. Não obstante, caso não cheguem a
um acordo quanto à submissão da controvérsia à Corte Internacional de Justiça ou a arbitragem, as Partes não ficarão
isentas da responsabilidade de continuar a procurar uma solução pelos meios mencionados no parágrafo 1.
3. Ao ratificar, aceitar, aprovar, confirmar formalmente ou aderir à presente Convenção, ou em qualquer momento
subseqüente, um Estado ou organização de integração política e/ou econômica poderá declarar que reconhece como
obrigatório de pleno direito e sem acordo especial, em relação a qualquer Parte que aceite a mesma obrigação; a
submissão da controvérsia;
(a) à Corte Internacional de Justiça; e/ou
(b) a arbitragem de acordo com os procedimentos estabelecidos no Anexo VI.
Essa declaração deverá ser notificada por escrito ao Secretariado, que a comunicará às Partes.
ARTIGO 21
Assinatura
A presente Convenção ficará aberta para assinatura por Estados, pela Namíbia, representada pelo Conselho das
Nações Unidas para a Namíbia, e por organizações de integração política e/ou econômica, em Basiléia em 22 de março
de 1989, no Departamento Federal de Negócios Estrangeiros da Suíça, em Berna, de 23 de março de 1989 a 30 de
junho de 1989 e na sede das Nações Unidas em Nova York de 1 de julho de 1989 a 22 de março de 1990.
ARTIGO 22
Ratificaçao, Aceitação, Confirmação Formal ou Aprovação
1. A presente Convenção será objeto de ratificação, aceitação ou aprovação pelos Estados e pela Namíbia,
representada pelo Conselho das Nações Unidas para a Namíbia, e de confirmação formal ou aprovação por
organizações de integração política e/ou econômica. Os instrumentos de ratificação, aceitação, confirmação formal ou
aprovação deverão ser depositados junto ao Depositário.
2. Qualquer organização mencionada no parágrafo 1 acima que se torne Parte da presente Convenção sem que
nenhum de seus Estados-membros seja uma Parte ficará sujeita a todas as obrigações previstas na presente
Convenção. No caso de organizações dessa natureza, em que um ou mais de seus Estados-membros sejam Parte da
Convenção, a organização e seus Estados-membros deverão decidir a respeito de suas respectivas responsabilidades
em relação ao cumprimento de suas obrigações previstas na Convenção. Nesses casos, a organização e os Estados-
membros não poderão exercer concomitantemente direitos previstos na Convenção.
3. Em seus instrumentos de confirmação formal ou aprovação, as organizações mencionadas no parágrafo 1
acima deverão declarar o âmbito de sua competência em relação às questões regidas pela Convenção. Essas
organizações deverão também informar o Depositário, o qual, por sua vez, informará as Partes, a respeito de qualquer
modificação substancial no âmbito de sua competência.
ARTIGO 23
Adesao
1. A presente Convenção ficará aberta à adesão de Estados, da Namíbia, representada pelo Conselho das
Nações Unidas para a Namíbia, e de organizações de integração política e/ou econômica a partir do dia seguinte à data
na qual a Convenção for fechada para assinaturas. Os instrumentos de adesão deverão ser depositados junto ao
Depositário.
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2. Em seus instrumentos de adesão, as organizações mencionadas no parágrafo 1 acima deverão declarar o
âmbito de sua competência em relação às questões regidas pela Convenção. Essas organizações também deverão
informar o Depositário a respeito de qualquer modificação substancial ocorrida no âmbito de sua competência.
3. Os dispositivos do Artigo 22, parágrafo 2 aplicar-se-ão às organizações de integração política e/ou econômica
que aderirem à presente Convenção.
ARTIGO 24
Direito a Voto
1. Com exceção do que prevê o parágrafo 2 abaixo, cada Parte Contratante da presente Convenção terá um voto.
2. As organizações de integração política e/ou econômica exercerão, em matérias no âmbito de sua competência,
de acordo com o Artigo 22, parágrafo 3, e Artigo 23, parágrafo 2, seu direito de voto com um número de votos igual ao
número de seus Estados-membros que sejam Partes da Convenção ou do protocolo em questão. Essas organizações
não deverão exercer seu direito de voto se seus Estados-membros exercerem o direito deles e vice-versa.
ARTIGO 25
Entrada em Vigor
1. A presente Convenção entrará em vigor no nonagésimo dia após a data de depósito do vigésimo instrumento de
ratificação, aceitação, confirmação formal, aprovação ou adesão.
2. Para cada Estado e/ou organização de integração política e/ou econômica que ratifique, aceite, aprove ou
confirme formalmente a presente Convenção ou que aceda à mesma após a data de depósito do vigésimo instrumento
de ratificação, aceitação, aprovação, confirmação formal ou adesão, a Convenção entrará em vigor no nonagésimo dia
após a data de depósito por esse Estado ou organização de integração política e/ou econômica de seu instrumento de
ratificação, aceitação, aprovação, confirmação formal ou adesão.
3. Para os fins dos parágrafos 1 e 2 acima, qualquer instrumento depositado por uma organização de integração
política e/ou econômica não será contado como adicional àqueles depositados pelos Estados-membros daquela
organização.
ARTIGO 26
Reservas e Declarações
1. Não poderá ser feita qualquer reserva ou exceção à presente Convenção.
2. O parágrafo 1 deste Artigo não impede que um Estado ou organização de integração política e/ou econômica,
ao assinar, ratificar, aceitar, aprovar, confirmar formalmente ou aderir à presente Convenção, emita declarações ou
manifestações, sob qualquer forma ou título, com vistas a, inter alia, harmonizar suas leis e regulamentos com os
dispositivos da presente Convenção, desde que essas declarações ou afirmações não pretendam excluir ou modificar os
efeitos legais dos dispositivos da Convenção na sua aplicação àquele Estado.
ARTIGO 27
Denúncia
1. A qualquer momento, após um prazo de três anos contado a partir da data de entrada em vigor da presente
Convenção para uma Parte, a mesma poderá denunciar a Convenção apresentando uma notificação por escrito ao
Depositário.
2. A denúncia será efetiva um ano após o recebimento da notificação pelo Depositário ou em qualquer data
posterior especificada na notificação.
ARTIGO 28
Repositório
O Secretário-Geral das Nações Unidas será o Depositário da presente Convenção e de todo protocolo à mesma.
ARTIGO 29
Textos Autênticos
Os textos originais em árabe, chinês, inglês, francês, russo e espanhol da presente Convenção são igualmente
autênticos.
Em fé do que, os signatários, estando devidamente autorizados nesse sentido, assinaram a presente Convenção.
Feita em Basiléia, em 22 de março de 1989.
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ANEXO I
CATEGORIAS DE RESÍDUOS A SEREM CONTROLADOS
Fluxos de Resíduos
Y1 Resíduos clínicos oriundos de cuidados médicos em hospitais, centros médicos e clínicas
Y2 Resíduos oriundos da produção e preparação de produtos.farmacêuticos
Y3 Resíduos de medicamentos e produtos farmacêuticos
Y4 Resíduos oriundos da produção, formulação e utilização de biocidas e produtos fitofarmacêuticos
Y5 Resíduos oriundos da fabricação, formulação e utilização de produtos químicos utilizados na preservação de madeira
Y6 Resíduos oriundos da produção, formulação e utilização de solventes orgânicos
Y7 Resíduos oriundos de operações de tratamento térmico e de têmpera que contenham cianetos
Y8 Resíduos de óleos minerais não aproveitáveis para o uso a que estavam destinados
Y9 Misturas, ou emulsões residuais de óleos/água, hidrocarbonetos/água
Y10 Substâncias e artigos residuais que contenham ou estejam contaminados com bifenilos policlorados e/ou terfenilos
policlorados e/ou bifenilos polibromados
Y11 Resíduos de alcatrão resultantes de refino, destilação ou qualquer outro tratamento pirolítico
Y12 Resíduos oriundos da produção, formulação e utilização de tintas em geral, corantes, pigmentos, lacas, verniz
Y13 Resíduos oriundos da produção, formulação e utilização de resinas, látex, plastificantes, colas/adesivos
Y14 Resíduos de substâncias químicas produzidas em atividades de pesquisa e desenvolvimento ou de ensino que não
estejam identificadas e/ou sejam novas e cujos efeitos sobre o homem e/ou o meio ambiente sejam desconhecidos
Y15 Resíduos de natureza explosiva que não estejam sujeitos a outra legislação
Y16 Resíduos oriundos da produção, preparação e utilização de produtos químicos e materiais de processamento
fotográfico
Y17 Resíduos resultantes do tratamento superficial de metais e plásticos
Y18 Resíduos resultantes de operações de depósito de resíduos industriais
Resíduos que tenham como elementos constitutivos:
Y19 Carbonilos metálicos
Y20 Berílio; compostos de berílio
Y21 Compostos de cromo hexavalentes
Y22 Compostos de cobre
Y23 Compostos de zinco
Y24 Arsênico; compostos de arsênico
Y25 Selênio; compostos de selênio
Y26 Cádmio; compostos de cádmio
Y27 Antimômio; compostos de antimônio
Y28 Telúrio; compostos de telúrio
Y29 Mercúrio; compostos de mercúrio
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Y30 Tálio; compostos de tálio
Y31 Chumbo; compostos de chumbo
Y32 Compostos inorgânicos de flúor, excluindo o fluoreto de cálcio
Y33 Cianetos inorgânicos
Y34 Soluções ácidas ou ácidos em forma sólida
Y35 Soluções básicas ou bases em forma sólida
Y36 Amianto (pó e fibras)
Y37 Compostos fosforosos orgânicos
Y38 Cianetos orgânicos
Y39 Fenóis; compostos fenólicos, inclusive clorofenóis
Y40 Éteres
Y41 Solventes orgânicos halogenados
Y42 Solventes orgânicos, excluindo os solventes halogenados
Y43 Qualquer congênere de dibenzo-furano policlorado
Y44 Qualquer congênere de dibenzo-p-dioxina
Y45 Compostos orgânicos halógenos diferentes das substâncias mencionadas no presente Anexo (por exemplo, Y39,
Y41, Y42, Y43, Y44)
ANEXO II
CATEGORIAS DE RESÍDUOS QUE EXIGEM CONSIDERAÇA0 ESPECIAL
Y46 Resíduos coletados de residências
Y47 Resíduos oriundos da incineração de resíduos domésticos
ANEXO III
LISTA DE CARACTERÍSTICAS PERIGOSAS
CLASSE DAS NU* Código Características
 1 H1 Explosivos
Por substância ou resíduo explosivo entende-se toda substância ou resíduo sólido ou líquido (ou mistura de
substâncias e resíduos) que por si só é capaz, mediante reação química, de produzir gás a uma temperatura, pressão e
velocidade tais que provoque danos às áreas circunjacentes;
 3 H3 Líquidos inflamáveis
Por líquidos inflamáveis entende-se aqueles líquidos, ou misturas de líquidos, o líquidos que contenham sólidos
em solução ou suspensão (por exemplo, tintas, vernizes, lacas, etc., mas sem incluir substâncias ou resíduos
classificados de outra maneira em função de suas características perigosas) que liberam vapores inflamáveis a
temperaturas não superiores a 60,5 C, ao serem testados em recipiente fechado, ou a 65,6 C, em teste com recipiente
aberto. (Considerando que os resultados dos testes com recipiente aberto e recipiente fechado não são estritamente
comparáveis, e que resultados individuais dos mesmos testes muitas vezes variam, regulamentos que apresentem
variações dos números apresentados acima com o objetivo de levar em conta essas diferenças seriam compatíveis com
o espírito desta definição).
 4.1 H4.1 Sólidos inflamáveis
Sólidos, ou resíduos sólidos, diferentes dos classificados como explosivos, que sob as condições encontradas no
transporte possam entrar em combustão facilmente ou causar ou contribuir para gerar fogo por fricção.
4.2 H4.2 Substâncias ou resíduos sujeitos a combustão espontânea
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Substâncias ou resíduos sujeitos a aquecimento espontâneo sob condições normais de transporte ou a
aquecimento quando em contato com o ar, sendo portanto suscetíveis a pegar fogo
4.3 H4.3 Substâncias ou resíduos que, em contato com água, emitem gases inflamáveis
Substâncias ou resíduos que, por interação com água, podem se tornar inflamáveis espontaneamente ou emitir
gases inflamáveis em quantidades perigosas
5.1 H5.1 Oxidantes
Substâncias ou resíduos que, embora não sejam necessariamente combustíveis por sua própria natureza, possam
provocar a combustão de outros materiais ou contribuir para tanto, geralmente mediante a liberação de oxigênio.
5.2 H5.2 Peróxidos orgânicos
Substâncias ou resíduos orgânicos que contém a estrutura-o-o-bivalente são substâncias termicamente instáveis
que podem entrar em decomposição exotérmica auto-acelerada
6.1 H6.1 Venenosas (Agudas)
Substâncias ou resíduos passíveis de provocar morte ou sérios danos ou efeitos adversos à saúde humana se
ingeridos ou inalados ou pelo contato dos mesmos com a pele.
6.2 H6.3 Substâncias infecciosas
Substâncias ou resíduos contendo microorganismos viáveis ou suas toxinas que comprovada ou possivelmente
provoquem doenças em animais ou seres humanos.
8 H8 Corrosivas
Substâncias ou resíduos que, por ação química, provoquem sérios danos quando em contato com tecidos vivos
ou, em caso de vazamento, materialmente danifiquem, ou mesmo destruam, outros bens ou o meio de transporte; eles
também podem implicar outros riscos.
9 H10 Liberação de gases tóxicos em contato com o ar ou a água.
Substâncias ou resíduos que, por interação com o ar ou a água, são passíveis de emitir gases tóxicos em
quantidades perigosas.
9 H11 Tóxicas (Retardadas ou crônicas)
Substâncias ou resíduos que, se inalados ou ingeridos, ou se penetrarem na pele, podem implicar efeitos
retardados ou crônicos, inclusive carcinogenicidade.
9 H12 Ecotóxicas
Substâncias ou resíduos que, se liberados, apresentem ou possam apresentar impactos adversos retardados
sobre o meio ambiente por bioacumulação e/ou efeitos tóxicos sobre os sistemas bióticos.
9 H13 Capazes, por quaisquer meios, após o depósito, de gerar outro material, como,
por exemplo, lixívia, que possua quaisquer das características relacionadas acima.
*Corresponde ao sistema de classificação de risco incluído nas Recomendações das Nações Unidas para o Transporte
de Mercadorias Perigosas (ST/SG/AC.10/1/Rev.5, Nações Unidas, Nova York, 1988
TESTESOs riscos potenciais de determinados tipos de resíduos ainda não foram completamente documentados; não
existem testes para definir quantitativamente esses riscos. É necessário aprofundar as pesquisas a fim de desenvolver
meios para caracterizar riscos desses resíduos em relação ao ser humano e/ou ao meio ambiente. Foram elaborados
testes padronizados para as substâncias e materiais puros. Diversos países desenvolveram testes nacionais que podem
ser aplicados aos materiais relacionados no Anexo I com o objetivo de decidir se esses materiais apresentam quaisquer
das características relacionadas neste Anexo.
ANEXO IV
OPERAÇÕES DE DEPÓSITO
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A. Operações que não incluam a possibilidade de recuperação de recursos, reciclagem, reaproveitamento, regeneração,
reutilização direta ou usos alternativos
A Seção A abrange todas as operações de depósito que ocorrem na prática
D1 Depósito na terra ou sobre superfície de terra (por exemplo, aterramento, etc.)
D2 Tratamento de solo (por exemplo, biodegradação de resíduos líquidos ou lamacentos no solo, etc.)
D3 Injeção profunda (por exemplo, injeção de resíduos bombeáveis em poços, formações salinas ou depósitos de
ocorrência natural, etc.)
D4 Confinamento superficial (por exemplo, depósito de resíduos líquidos ou lamacentos em covas, tanques ou lagoas,
etc.)
D5 Aterramentos especialmente projetados (por exemplo, em compartimentos separados, revestidos, tampados e
isolados uns dos outros e do meio ambiente, etc.)
D6 Descarga num corpo de água, exceto mares/oceanos
D7 Descarga em mares/oceanos, inclusive inserções nos leitos dos mares
D8 Tratamento biológico não especificado em outra parte do presente Anexo que produza compostos ou misturas finais
que sejam eliminadas por meio de quaisquer das operações mencionadas na Seção A
D9 Tratamento físico-químico não especificado em outra parte do presente Anexo que produza compostos ou misturas
finais que sejam eliminadas por meio de quaisquer das operações mencionadas na Seção A (por exemplo, evaporação,
secagem, calcinação, neutralização, precipitação, etc.)
D10 Incineração sobre o solo
D11 Incineração no mar
D12 Armazenagem permanente (por exemplo, colocação de containers dentro de uma mina, etc.)
D13 Combinação ou mistura antes de se efetuar quaisquer das operações mencionadas na Seção A
D14 Reempacotamento antes de se efetuar quaisquer das operações mencionadas na Seção A
D15 Armazenagem no decorrer de quaisquer das operações mencionadas na Seção A
B. Operações que possam levar à recuperação de recursos, reciclagem, reaproveitamento, reutilização direta ou usos
alternativos
A Seção B abrange todas as operações relacionadas com materiais legalmente definidos ou considerados como
resíduos perigosos e que, de outro modo, teriam sido destinados a operações incluídas na Seção A.
R1 Utilização como combustível (mas não incineração direta) ou outros meios de gerar energia
R2 Reaproveitamento/regeneração de solventes
R3 Reciclagem/reaproveitamento de substâncias orgânicas que não sejam usadas como solventes
R4 Reciclagem/reaproveitamento de metais e compostos metálicos
R5 Reciclagem/reaproveitamento de outros materiais inorgânicos
R6 Regeneração de ácidos ou bases
R7 Recuperação de componentes usados na redução da poluição
R8 Recuperação de componentes de catalisadores
R9 Re-refinamento de petróleo usado ou outras reutilizações de petróleo previamente usado
R10 Tratamento de solo que produza benefícios para a agricultura ou melhoras ambientais
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R11 Utilização de materiais residuais obtidos a partir de qualquer das operações relacionadas de R1 a R10
R12 Intercâmbio de resíduos para submetê-los a qualquer das operações relacionadas de R1 a R11
R13 Acumulação de material que se pretenda submeter a qualquer das operações mencionadas na Seção B
ANEXO VA
Informações a serem Fornecidas por Ocasião da Notificação
1. Razão para a exportação dos resíduos
2. Exportador dos resíduos 1/
3. Gerador (es) dos resíduos e local de geração 1/
4. Encarregado do depósito e local efetivo do mesmo 1/
5. Transportador (es) pretendido (s) dos resíduos ou seus agentes, se conhecidos 1/
6. País de exportação dos resíduos
 Autoridade competente 2/
7. Possíveis países de trânsito
 Autoridade competente 2/
8. País de importação dos resíduos
 Autoridade competente 2/
9. Notificação geral ou isolada
10. Data(s) projetada(s) do(s) embarque(s) e período durante o qual os resíduos serão exportados e itinerário proposto
(inclusive ponto de entrada e saída) 3/
11. Meio de transporte planejado (rodovia, ferrovia, mar, ar, águas internas)
12. Informações sobre seguro 4/
13. Designação e descrição física dos resíduos, inclusive número Y e número das Nações Unidas e sua composição 5/
e informações sobre quaisquer requisitos especiais de manejo inclusive providências de emergência em caso de
acidentes
14. Tipo de empacotamento planejado (por exemplo, a granel, dentro de tambores, navio)
15. Quantidade estimada em peso/volume 6/
16. Processo pelo qual os resíduos são gerados 7/
17. Para os resíduos relacionados no Anexo I, classificações do Anexo III: características de risco, número H e classe
das Nações Unidas.
18. Método de depósito, de acordo com o Anexo IV
19. Declaração do gerador e exportador de que as informações são corretas
20. Informações transmitidas (inclusive descrição técnica da usina) ao exportador ou gerador da parte do encarregado
do depósito a respeito dos resíduos, com base nas quais este fez a sua avaliação de que não havia razão para crer que
os resíduos não seriam administrados de forma ambientalmente saudável de acordo com as leis e regulamentos do país
de importação.
21. Informações relativas ao contrato entre o exportador e o encarregado do depósito.
NOTAS
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1/ Nome completo e endereço, número do telefone, telex ou facsímile e nome, endereço, número do telefone, telex ou
facsímile da pessoa a ser contatada
2/ Nome completo e endereço, número do telefone, telex ou facsímile
3/ No caso de uma notificação geral para diversas expedições, as datas planejadas de cada expedição ou, se não forem
conhecida, a freqüência esperada das expedições será exigida
4/ Informações a serem fornecidas sobre exigências relativas ao seguro e sobre como serão cumpridas pelo exportador,
transportador e encarregado do depósito
5/ A natureza e a concentração dos componentes mais perigosos, em termos de toxicidade e outros perigos
apresentados pelos resíduos tanto no seu manuseio como no método de depósito proposto.
6/ No caso de uma notificação geral para diversas expedições, tanto a quantidade total estimada como as quantidades
estimadas para cada expedição individual serão exigidas.
7/ Na medida em que isto for necessário para avaliar o risco e determinar até que ponto a operação de depósito proposta
é efetivamente adequada.
ANEXO VB
Informações a serem fornecidas no Documento de Movimento
1. Exportador dos resíduos. 1/
2. Gerador(es) dos resíduos e local de geração. 1/
3. Encarregado do depósito e local efetivo do mesmo.
4. Transportador(es) dos resíduos 1/ ou seu(s) agente(s).
5. Objeto da notificação geral ou unitária.
6. A data de início do movimento transfronteiriço e data(s) e assinatura de cada pessoa encarregada dos resíduos por
ocasião do recebimento dos mesmos.
7. Meio de transporte (rodovia, ferrovia, vias aquáticas internas, mar, ar), inclusive países de exportação, trânsito e
importação, bem como ponto de entrada e saída que tenham sido indicados.
8. Descrição geral dos resíduos (estado físico, nome de embarque e classe apropriados das Nações Unidas, número das
Nações Unidas, número Y e número H, de acordo com o caso).
9. Informações sobre exigências especiais demaniseio, inclusive providências de emergência em caso de acidentes.
10. Tipo e número de pacotes.
11. Quantidade em peso/volume.
12. Declaração do gerador ou exportador de que as informações são corretas.
13. Declaração do gerador ou exportador de que não há objeção alguma por parte das autoridades competentes de
todos os Estados interessados que sejam Partes.
14. Certificado do encarregado do depósito quanto ao recebimento na instalação de depósito designada e indicação do
método de depósito e data aproximada do mesmo.
NOTAS
As informações exigidas para o documento de movimento serão, quando possível, integradas num único
documento com as informações exigidas pelas normas de transporte. Quando isto não for possível, as informações
devem complementar, e não duplicar, aquelas exigidas de acordo com as normas de transporte. O documento de
movimento deverá conter instruções a respeito de quem deverá fornecer informações e preencher qualquer formulário.
1/ Nome completo e endereço, número de telefone, telex ou facsímile e o nome, endereço, número de telefone, telex ou
facsímile da pessoa a ser contatada em caso de emergência
ANEXO VI
Arbitragem
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ARTIGO 1
Salvo se o acordo mencionado no Artigo 20 da Convenção dispuser de outra maneira, o procedimento da
arbitragem deverá ser conduzido de acordo com os Artigos 2 a 10 abaixo.
ARTIGO 2
A parte demandante deverá notificar o Secretariado de que as partes concordaram em submeter a controvérsia a
arbitragem de acordo com o parágrafo 2 ou parágrafo 3 do Artigo 20 e indicar, em particular, os Artigos da Convenção
cuja interpretação ou aplicação sejam objeto da controvérsia. O Secretariado encaminhará as informações recebidas a
todas as Partes da Convenção.
ARTIGO 3
O tribunal de arbitragem deverá ser composto por três membros. Cada uma das partes envolvidas na controvérsia
deverá indicar um árbitro e os dois árbitros assim indicados deverão designar de comum acordo um terceiro árbitro, que
será o presidente do tribunal. Este último não poderá ser um cidadão de qualquer das partes envolvidas na controvérsia,
nem residir usualmente no território de uma das partes, e tampouco ser empregado por uma delas ou ter lidado com o
caso em qualquer outra instância.
ARTIGO 4
1. Caso o presidente do tribunal de arbitragem não tenha sido designado no prazo de dois meses a contar da data de
indicação do segundo árbitro, o Secretário-Geral das Nações Unidas deverá, a pedido de uma das partes, designá-lo
dentro de um prazo adicional de dois meses.
2. Caso uma das partes envolvidas na controvérsia não indique um árbitro num prazo de dois meses a partir do
recebimento da solicitação, a outra parte poderá informar o fato ao Secretário-Geral das Nações Unidas, o qual
designará o presidente do tribunal de arbitragem num período adicional de dois meses. Após a designação, o presidente
do tribunal de arbitragem deverá solicitar à parte que não indicou um árbitro para fazê-lo num prazo de dois meses.
Decorrido este período, ele deverá informar o Secretário-Geral das Nações Unidas, que fará a indicação num prazo
adicional de dois meses.
ARTIGO 5
1. O tribunal de arbitragem deverá proferir sua decisão de acordo com o direito internacional e de acordo com os
dispositivos da presente Convenção.
2. Qualquer tribunal de arbitragem constituído como previsto no presente Anexo deverá estabelecer suas próprias regras
de procedimento.
ARTIGO 6
1. As decisões do tribunal de arbitragem com relação tanto ao procedimento quanto à substância, deverão ser tomadas
por voto majoritário de seus membros.
2. O tribunal poderá tomar as medidas apropriadas para determinar os fatos. Mediante solicitação de uma das partes,
poderá recomendar medidas cautelares indispensáveis.
3. As Partes envolvidas na controvérsia oferecerão todas as facilidades necessárias para o bom andamento do processo.
4. A ausência ou não cumprimento de obrigação por uma parte não representará impedimento ao andamento do
processo.
ARTIGO 7
O tribunal poderá conhecer alegações contrárias baseadas diretamente na matéria da controvérsia, e deliberar a
respeito.
ARTIGO 8
A menos que o tribunal de arbitragem determine de outra forma em função de circunstâncias particulares do caso,
as despesas do tribunal, inclusive a remuneração de seus membros, deverão ser assumidas pelas partes envolvidas na
controvérsia e divididas igualmente. O tribunal manterá um registro de todas as suas despesas e encaminhará um
balanço final das mesmas às partes.
ARTIGO 9
08/04/2023, 22:26 D875
www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d0875.htm 23/23
Qualquer parte que tenha um interesse de natureza legal na matéria da controvérsia, o qual possa ser afetado
pela decisão do caso, poderá intervir no processo mediante autorização do tribunal.
ARTIGO 10
1. O tribunal deverá proferir sua sentença arbitral num prazo de cinco meses a partir da data de sua constituição, a
menos que julgue necessário dilatar o prazo por um período adicional que não deve exceder cinco meses.
2. A sentença do tribunal de arbitragem deverá ser acompanhada por uma declaração de motivos. Ela será definitiva e
obrigatória para as Partes envolvidas na controvérsia.
3. Qualquer controvérsia que possa surgir entre as Partes com relação à interpretação ou execução da sentença poderá
ser encaminhada ao tribunal de arbitragem que emitiu a sentença ou, caso não seja possível submetê-la a este, a um
outro tribunal constituído da mesma maneira que o primeiro.
(Vide, no Decreto de promulgação, declaração de reservas feita pelo Brasil, por ocasião do depósito da Carta de Adesão,
em 15 de outubro de 1992).
 
 
 
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https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2003/d4581.htm 1/13
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
DECRETO Nº 4.581, DE 27 DE JANEIRO DE 2003.
Promulga a Emenda ao Anexo I e Adoção dos Anexos VIII e
IX à Convenção de Basiléia sobre o Controle do Movimento
Transfronteiriço de Resíduos Perigosos e seu Depósito.
 O VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no exercício do cargo de Presidente da República, usando da atribuição
que lhe confere o art. 84, inciso VIII, da Constituição, e
 Considerando que o Congresso Nacional aprovou, por meio do Decreto Legislativo no 463, de 21 de novembro de
2001, os textos da Emenda ao Anexo I e dos Anexos VIII e IX à Convenção de Basiléia sobre o Controle do Movimento
Transfronteiriço de Resíduos Perigosos e seu Depósito, adotados durante a IV Reunião da Conferência das Partes,
realizada em Kuching, na Malásia, em 27 de fevereiro de 1998;
 Considerando que a Emenda e os Anexos entraram em vigor internacional, em 27 de agosto de 1998, para as
Partes que não fizeram objeções específicas, nos termos do art. 18, parágrafo 2 (b) da Convenção;
 DECRETA:
 Art. 1º A Emenda ao Anexo I e os Anexos VIII e IX à Convenção de Basiléia sobre o Controle do Movimento
Transfronteiriço de Resíduos Perigosos e seu Depósito, adotados durante a IV Reunião da Conferência das Partes,
realizada em Kuching, na Malásia, em 27 de fevereiro de 1998, apensos por cópia ao presente Decreto, serão
executados e cumpridos tão inteiramente como neles se contém.
 Art. 2º São sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resultar em revisão da referida
Convenção ou que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional, nos termos do art. 49, inciso
I, da Constituição Federal.
 Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
 Brasília, 27 de janeiro de 2003; 182º da Independência e 115º da República.
JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA
Celso Luiz Nunes Amorim
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 28.1.2003
C.N. 77.1998. Tratados-2 (Anexo IV/9).
Emenda e adoção de anexos à Convenção
 A Conferência,
 Recordando a decisão III/I da Conferência das Partes, que instruiu o Grupo de Trabalho Técnico,entre outras
coisas, a dar prioridade total à conclusão do trabalho sobre caracterização da periculosidade e à elaboração de listas, de
modo a encaminhá-los para aprovação pela quarta reunião da Conferência das Partes,
 Recordando a decisão III/2 da Conferência das Partes, que instruiu o Grupo de Trabalho Técnico, entre outras
coisas, a examinar formas de avançar com a preparação das listas de resíduos perigosos e dos procedimentos
aplicáveis para sua revisão, com base no resultado do trabalho do Grupo de Trabalho Técnico, bem como desenvolver
as listas de resíduos não previstos por esta Convenção,
 Tomando nota do trabalho do Grupo de Trabalho Técnico e, em particular, o desenvolvimento de uma lista de
resíduos que são caracterizados como perigosos nos termos do Artigo 1º, parágrafo 1º, alínea (a) (a lista A contida na
nota sobre listas consolidadas de resíduos e procedimentos aplicáveis para seu exame e ajuste (UNEP/CHW.4/3)) e uma
lista de resíduos que não estão cobertos pelo Artigo 1º, parágrafo 1º, alínea (a) desta Convenção (a lista B contida na
nota sobre listas consolidadas de resíduos e os procedimentos aplicáveis para seu exame e ajuste), bem como o
progresso já alcançado em relação ao desenvolvimento de um procedimento para examinar ou ajustar essas listas e de
um formulário de solicitação exigido para a inclusão ou exclusão de resíduos dessas listas,
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/DEC%204.581-2003?OpenDocument
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 Considerando que o Anexo I e o Anexo II permanecerão como os fatores de caracterização de um resíduo como
perigoso para os fins desta Convenção, que as listas A e B desenvolvidas pelo Grupo de Trabalho Técnico constituem
uma forma ágil de facilitar a implementação dessa Convenção, inclusive do Artigo 4A, ao estabelecer quais resíduos
estão ou não cobertos pelo Artigo 1º, parágrafo 1º, alínea (a), desta Convenção, e que essas listas devem ter o mesmo
"status",
 Tomando nota de que os resíduos relacionados nas listas A e B constituem um desenvolvimento e uma clarificação
do disposto no Artigo 1º, parágrafo 1º, alínea (a), desta Convenção, mediante referência aos Anexos I e III,
 Reconhecendo que as Listas A e B não pretendem ser exaustivas,
 Tomando nota de que o Comitê Aberto Ad Hoc decidiu, em sua terceira reunião, propor que a Conferência das
Partes prorrogasse o mandato do Grupo de Trabalho Técnico para encarregar-se do procedimento para exame e ajuste
das listas de resíduos, e que a Conferência das Partes adotasse o formulário de solicitação para esse fim, conforme
determinado na nota sobre as listas consolidadas de resíduos e os procedimentos aplicáveis para seu exame e ajuste.
 Tomando nota de que, nos termos da decisão IV/6, o Grupo de Trabalho Técnico está instruído a manter as listas de
resíduos sob exame e apresentar à Conferência das Partes recomendações de revisões ou ajustes,
 Tomando nota ainda de que, nos termos da decisão IV/6, o Grupo de Trabalho Técnico está instruído a rever o
procedimento para exame ou ajuste das listas de resíduos, inclusive do Formulário de Solicitação, conforme determinado
na nota sobre as listas consolidadas de resíduos e os procedimentos aplicáveis para seu exame e ajuste, e apresentar
uma proposta a ser aprovada durante a quinta reunião da Conferência das Partes.
 Decide adotar a seguinte emenda e os anexos à Convenção:
 1. Acrescentar, ao final do Anexo I, os parágrafos a seguir:
 a) Para facilitar a aplicação desta Convenção, e nos termos dos parágrafos (b), (c) e (d), os resíduos relacionados
no anexo VIII são caracterizados como perigosos de acordo com o Artigo 1º, parágrafo 1º, alínea (a) desta Convenção, e
os resíduos relacionados no Anexo IX não estão cobertos pelo Artigo 1º, parágrafo 1º, alínea (a) desta Convenção;
 b) A inclusão de um resíduo no Anexo VIII não impede que, num determinado caso, o Anexo III seja usado para
demonstrar que um resíduo não é perigoso à luz do Artigo 1º, parágrafo 1º, alínea (a) desta Convenção;
 c) A inclusão de um resíduo no Anexo IX não impede que este seja, num determinado caso, caracterizado como
perigoso à luz do Artigo 1º, parágrafo 1º, alínea (a) desta Convenção, se contiver materiais do Anexo I em quantidade
suficiente para apresentar uma característica do Anexo III;
 d) Os Anexos VIII e IX não afetam a aplicação do Artigo 1, parágrafo 1º, alínea (a) desta Convenção, para o
propósito de caracterização de resíduos.
 2. Acrescentar os seguintes dois novos anexos a esta Convenção, como Anexos VIII e IX.
Anexo VIII
Lista A
 Os resíduos relacionados neste Anexo são caracterizados como perigosos, nos termos Artigo 1º, parágrafo 1º,
alínea (a) desta Convenção, e sua inclusão neste Anexo não impede o uso do Anexo III para demonstrar que um resíduo
não é perigoso.
 A1 Resíduos metálicos e resíduos que contenham metais
 A1010 Resíduos metálicos e resíduos que contenham ligas de quaisquer dos elementos a seguir:
 . Antimônio
 . Arsênico
 . Berílio
 . Cádmio
 . Chumbo
 . Mercúrio
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 . Selênio
 . Telúrio
 . Tálio
 Mas excluindo os resíduos especificamente relacionados na lista B.
 A1020 Resíduos que tenham como elementos constitutivos ou contaminadores, excluindo resíduos metálicos em
forma maciça, quaisquer dos seguintes:
 . Antimônio; compostos de antimônio
 . Berílio; compostos de berílio
 . Cádmio; compostos de cádmio
 . Chumbo; compostos de chumbo
 . Selênio; compostos de selênio
 . Telúrio; compostos de telúrio
 A1030 Resíduos que tenham como elementos constitutivos ou contamidores quaisquer dos seguintes:
 . Arsênico; compostos de arsênico
 . Mercúrio; compostos de mercúrio
 . Tálio; compostos de tálio
 A1040 Resíduos que tenham como elementos constitutivos quaisquer dos seguintes:
 . Carbonilos metálicos
 . Compostos hexavalentes de cromo
 A1050 Lodo galvânico
 A1060 Resíduos fluidos a partir da decapagem de metais
 A1070 Resíduos de lixiviação no processamento de zinco, pó e lodo tais como jarosita, hematita, etc.
 A1080 Resíduos de zinco não incluídos na lista B, que contenham chumbo e cádmio em concentrações suficientes
para apresentar características do Anexo III
 A1090 Cinzas obtidas a partir da incineração de fios de cobre isolados
 A1100 Pós e resíduos de sistemas de limpeza à gás em fundições de cobre
 A1110 Soluções eletrolíticas esgotadas provenientes do eletrorefinamento e da eletrorecuperação de cobre
 A1120 Lodos residuais, excluindo os lodos de anódio, produzidos por sistemas de purificação eletrolítica nas
operações de eletrorefinamento e eletrorecuperação de cobre
 A1130 Soluções exauridas de gravação a ácido, contendo cobre dissolvido
 A1140 Resíduo de cloreto cúprico e catalisadores de cianeto de cobre
 A1150 Cinzas de metais preciosos produzidas pela incineração de placas de circuitos impressos não incluídos na
lista B1
 A1160 Resíduos de baterias de chumbo, inteiras ou trituradas
 A1170 Resíduos não selecionados de baterias, excluindo misturas de baterias que aparecem unicamente na lista B.
Resíduos de baterias não especificados na lista B e que contenham elementos do Anexo I em quantidade suficiente para
torná-los perigosos.
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 A1180 Resíduos ou sucata de conjuntos elétricos ou eletrônicos2 que contenham componentes tais como
acumuladores e outras baterias incluídas na lista A, chaves de mercúrio, vidros de tubos deraios catódicos e outros
vidros ativados e capacitadores de PCB, ou contaminados com elementos do Anexo I (por exemplo, cádmio, mercúrio,
chumbo, bifenila policlorada) a ponto de adquirirem quaisquer das características contidas no Anexo III (notar o item
correspondente na lista B – B1110)3
 A2 Resíduos que contenham principalmente elementos constituintes inorgânicos, que possam conter metais e
materiais orgânicos
 A2010 Resíduos de vidro de tubos de raios catódicos e outros vidros ativados
 A2020 Resíduos de compostos inorgânicos de flúor, sob a forma de líquidos ou lodo, mas excluindo os resíduos
especificados na lista B
 A2030 Resíduos de catalisadores, mas excluindo os resíduos especificados na lista B
 A2040 Resíduos de gesso provenientes de processos químicos industriais, quando contiverem elementos do Anexo
I em quantidade suficiente para apresentar as características de perigo do Anexo III (notar o item correspondente na lista
B – B2080)
 A2050 Resíduos de amianto (pó e fibras)
 A2060 Pó de cinzas provenientes de usinas elétricas movidas a carvão e que contenha substâncias do Anexo I em
concentrações suficientes para apresentar características do Anexo III (notar o item correspondente na lista B – B2050)
 A3 Resíduos que contenham principalmente elementos constituintes orgânicos, que possam conter metais ou
materiais inorgânicos
 A3010 Resíduos da produção ou do processamento de coque e de betume de petróleo
 A3020 Resíduos de óleos minerais impróprios para o uso original
 A3030 Resíduos que contenham, sejam constituídos de ou estejam contaminados por lodo de compostos
antidetonantes à base de chumbo
 A3040 Resíduos de fluidos térmicos (transferência de calor)
 A3050 Resíduos provenientes da produção, formulação e uso de resinas, látex, plastificantes, colas/adesivos
excluindo os resíduos especificados na lista B (notar o item correspondente na lista B – B4020)
 A3060 Resíduos de nitrocelulose
 A3070 Resíduos de fenol, compostos de fenol, incluindo o clorofenol, na forma de líquidos ou lodo
 A3080 Resíduos de éter, não incluindo aqueles especificados na lista B
 A3090 Resíduos de couro em forma de pó, cinzas, lodo e farinhas que contenham compostos hexavalentes de
cromo ou biocidas (notar o item correspondente na lista B – B3100)
 A3100 Aparas e outros resíduos de couro ou de couro composto impróprios para a manufatura de artigos de couro,
e que contenham compostos hexavalentes de cromo ou biocidas (notar o item correspondente na lista B – B3090)
 A3110 Resíduos de preparo de peles contendo compostos hexavalentes de cromo ou biocidas ou substâncias
infecciosas (notar o item correspondente na lista B – B3110)
 A3120 Lanugem – a fração leve de desfibramento
 A3130 Resíduos de compostos orgânicos de fósforo
 A3140 Resíduos de solventes orgânicos não halogenados, mas excluindo os resíduos especificados na lista B
 A3150 Resíduos de solventes orgânicos halogenados
 A3160 Resíduos, halogenados ou não halogenados, provenientes da destilação não aquosa em operações de
recuperação de solventes orgânicos
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 A3170 Resíduos provenientes da produção de hidrocarbonetos alifáticos halogenados (como o clorometano, dicloro-
etano, cloreto de vinil, cloreto de viniledeno, cloreto de alilo e epicloridrina)
 A3180 Resíduos, substâncias e artigos que contenham sejam constituídos de ou estejam contaminados por bifenias
policloradas (PCB), terfenilas policloradas (PCT), naftalenos policlorados (PCN) ou bifenias polibromadas (PBB), ou
quaisquer análogos polibromados desses compostos, a um nível de concentração de 50 mg/kg ou mais.4
 A3190 Resíduos de alcatrão (excluindo cimento de asfalto) provenientes de refino, destilação e qualquer tratamento
pirolítico de materiais orgânicos
 A4 Resíduos que possam conter elementos constituintes inorgânicos ou orgânicos
 A4010 Resíduos provenientes da produção, preparação e uso de produtos farmacêuticos, mas excluindo resíduos
especificados na lista B
 A4020 Resíduos clínicos e relacionados, isto é, resíduos provenientes de práticas médicas, de enfermagem,
odontológicas, veterinárias ou semelhantes, e resíduos produzidos em hospitais ou outras instalações durante o exame
ou o tratamento de pacientes ou projetos de pesquisa
 A4030 Resíduos provenientes da produção, formulação e uso de biocidas e fitofarmacêuticos, inclusive resíduos de
pesticidas e herbicidas que estejam fora das especificações, fora do prazo5, ou impróprios para o uso originalmente
pretendido
 A4040 Resíduos provenientes da fabricação, formulação e uso de produtos químicos preservativos de madeira6
 A4050 Resíduos que contenham, sejam constituídos de ou estejam contaminados por quaisquer dos seguintes:
 . Cianetos inorgânicos, excluindo os resíduos que contenham metais preciosos sob forma sólida e que contenham
traços de cianetos inorgânicos
 . Cianetos orgânicos
 A4060 Misturas ou emulsões residuais de óleos/água, hidrocabonetos/água
 A4070 Resíduos provenientes da produção, formulação e uso de tintas, tinturas, pigmentos, corantes, lacas,
vernizes, com exceção dos resíduos especificados na lista B (notar o item correspondente na lista B- B4010)
 A4080 Resíduos de natureza explosiva (mas excluindo os resíduos especificados na lista B)
 A4090 Resíduos de soluções ácidas ou básicas, com exceção daquelas que estão especificadas no lugar
correspondente na lista B (notar o item correspondente na lista B – B2120)
 A4100 Resíduos provenientes dos dispositivos de controle da poluição industrial usados na limpeza de gases
industriais, mas excluindo os resíduos especificados na lista B
 A4110 Resíduos que contenham, sejam constituídos de ou estejam contaminados por quaisquer dos seguintes:
 Qualquer congênere de dibenzo-furano policrorado
 Qualquer congênere de dibenzo-dioxina policlorada
 A4120 Resíduos que contenham, sejam constituídos de ou estejam contaminados por peróxidos
 A4130 Resíduos de embalagens e contêineres que contenham substâncias do Anexo I em concentrações
suficientes para apresentarem características de periculosidade do Anexo III
 A4140 Resíduos constituídos de ou que contenham produtos químicos fora das especificações ou fora do prazo7,
que correspondam às categorias do Anexo I e apresentem características de periculosidade do Anexo III
 A4150 Resíduos de substâncias químicas produzidas em atividades de pesquisa e desenvolvimento ou de ensino
que não estejam identificadas e/ou sejam novas e cujos efeitos sobre a saúde humana e/ou o meio ambiente sejam
desconhecidos
 A4160 Carvão ativado usado que não esteja incluído na lista B (notar o item correspondente na lista B – B2060)
Anexo IX
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Lista B
 Os resíduos contidos no Anexo não serão os resíduos cobertos pelo Artigo 1º, parágrafo 1º, alínea (a) desta
Convenção, a menos que contenham elementos do Anexo I em concentração tal que apresentem características do
Anexo III.
 B1 Resíduos de metais e resíduos que contenham metais
 B1010 Resíduos de metais e de ligas metálicas, em forma metálica e não suscetível de dispersão:
 . Metais preciosos (ouro, prata, o grupo da platina, mas não o mercúrio)
 . Sucata de ferro e aço
 . Sucata de cobre
 . Sucata de níquel
 . Sucata de alumínio
 . Sucata de zinco
 . Sucata de estanho
 . Sucata de tungstênio
 . Sucata de molibdênio
 . Sucata de tântalo
 . Sucata de magnésio
 . Sucata de cobalto
 . Sucata de bismuto
 . Sucatade titânio
 . Sucata de zircônio
 . Sucata de manganês
 . Sucata de germânio
 . Sucata de vanádio
 . Sucata de háfnio, índio, nióbio, rênio e gálio
 . Sucata de tório
 . Sucata de terras-raras
 B1020 Sucata de metal, limpo e não contaminado, incluindo ligas em forma acabada a granel (lâmina, chapa, viga,
vara, etc.), de:
 . Sucata de antimônio
 . Sucata de berílio
 . Sucata de cádmio
 . Sucata de chumbo (mas excluindo baterias de chumbo)
 . Sucata de selênio
 . Sucata de telúrio
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 B1030 Metais refratários que contenham resíduos
 B1040 Sucata de conjuntos provenientes da geração de energia elétrica, não contaminada por óleo lubrificante,
PCB ou PCT a ponto de torná-la perigosa
 B1050 Sucata de mistura de metais não-ferrosos (fração pesada), que não contenha materiais do Anexo I em
concentrações suficientes para que apresente características do Anexo III8
 B1060 Resíduos de selênio e telúrio em forma elementar metálica, inclusive em pó
 B1070 Resíduos de cobre e de ligas de cobre em forma passível de dispersão, a menos que contenham elementos
do Anexo I em concentração suficiente para apresentar características do Anexo III
 B1080 Cinzas e resíduos de zinco, incluindo resíduos de ligas de zinco em forma passível de dispersão, a menos
que contenham elementos do Anexo I em concentração suficiente para apresentar características do Anexo III ou
características de periculosidade H4.39
 B1090 Resíduos de baterias dentro das especificações, excluindo aquelas feitas com chumbo, cádmio ou mercúrio
 B1100 Resíduos contendo metais, provenientes da fusão, fundição e do refino de metais:
 . Mates de galvanização contendo zinco
 . Escória contendo zinco:
 . Escória da superfície de lâmina de zinco para galvanização (> 90%Zn)
 . Escória do fundo de lâmina de zinco para galvanização (> 92%Zn)
 . Escória da fundição de zinco sob pressão (> 85%Zn)
 . Escória de lâmina de zinco de galvanização a quente (fornada) (> 92%Zn)
 . Escuma de zinco
 . Escuma de alumínio, excluindo escória de sal
 . Escória do processamento de cobre para posterior processamento ou refino e que não contenha arsênico, chumbo
ou cádmio em concentração que leve à apresentação de características de periculosidade como as do Anexo III
 . Resíduos de revestimentos refratários, incluindo crisóis, provenientes da fundição de cobre
 . Escória do processamento de metais preciosos, para posterior refino
 . Escória de estanho contendo tântalo, com menos de 0,5% de estanho
 B1110 Conjunto elétricos e eletrônicos:
 . Conjuntos eletrônicos consistindo apenas de metais ou ligas
 . Resíduos ou sucata de conjuntos elétricos e eletrônicos10 (incluindo placas de circuitos impressos) que não
contenham componentes como acumuladores e outras baterias incluídas na lista A, chaves de mercúrio, vidro de tubos
de raios catódicos e outros vidros ativados e capacitores de PCB, ou não contaminados com elementos do Anexo I, (por
exemplo, cádmio, mercúrio, chumbo, bifenila policlorada) ou de onde esses tiverem sido removidos, a ponto de não
possuírem quaisquer das características assinaladas no Anexo III (notar o item correspondente na lista A – A1180)
 . Conjuntos elétricos e eletrônicos (incluindo placas de circuitos impressos, componentes eletrônicos e fios)
destinados à reutilização direta11, e não para reciclagem ou eliminação final12
 B1120 Catalisadores esgotados, excluindo líquidos usados como catalisadores, contendo qualquer dos seguintes:
. Metais de transição, excluindo resíduos de catalisadores
(catalisadores esgotados, catali-
sadores usados líquidos ou outros catalizado-
Escândio
Vanádio
Manganês
Titânio
Cromo
Ferro
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res) na lista A: Cobalto
Cobre
Ítrio
Nióbio
Háfnio
Tungstênio
Níquel
Zinco
Zircônio
Molibdênio
Tântalo
Rênio
. Lantanídeos (metais terras-raras) Lantânio
Praseodímio
Samário
Gadolínio
Disprósio
Érbio
Itérbio
Cério
Neodímio
Európio
Térbio
Hólmio
Túlio
Lutécio
 B1130 Catalisadores contendo metais preciosos, esgotados e lavados
 B1140 Resíduos contendo metais preciosos, em forma sólida, e que contenham traços de cianetos inorgânicos
 B1150 Resíduos de metais preciosos e ligas (ouro, prata, o grupo da platina, mas não mercúrio) em forma passível
de dispersão, não líquida, com embalagem e rotulagem apropriada
 B1160 Cinzas de metais preciosos provenientes da incineração de placas de circuitos impressos (notar o item
correspondente na lista A – A1150)
 B1170 Cinzas de metais preciosos provenientes da incineração de filmes de fotografia
 B1180 Resíduos de filmes fotográficos que contenham halóides de prata e prata metálica
 B1190 Resíduos de papel fotográfico que contenham halóides de prata e prata metálica
 B1200 Escória granulada proveniente da produção de ferro e aço
 B1210 Escória proveniente da produção de ferro e aço, incluindo escória que seja fonte de TiO2 e vanádio
 B1220 Escória da produção de zinco, estabilizado quimicamente, com alto teor de ferro (superior a 20%) e
processado de acordo com as especificações industriais (por exemplo, DIN 4301) sobretudo para construção
 B1230 Escamadura de laminação proveniente da produção de ferro e aço
 B1240 Escamadura de laminação de óxido de cobre
 B2 Resíduos que contenham sobretudo elementos constituintes inorgânicos e que possam conter metais e
materiais orgânicos
 B2010 Resíduos de operações de mineração, em forma não passível de dispersão:
 . Resíduos de grafite natural
 . Resíduos de ardósia, quer aparados de forma grosseira ou apenas cortados, quer serrados ou não
 . Resíduos de mica
 . Resíduos de leucita, nefelina e sienite nefelinínico
 . Resíduos de feldspato
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 . Resíduos de espatoflúor
 . Resíduos de sílica em forma sólida, excluindo aqueles usados em operações de fundição
 B2020 Resíduos de vidro, em forma não passível de dispersão:
 . Fragmentos, refugo e outros resíduos de vidro, com exceção do vidro proveniente de tubos de raios catódicos e
outros vidros ativados
 B2030 Resíduos cerâmicos em forma não passível de dispersão:
 . Resíduos e sucata de metal cerâmico (compostos de metal e cerâmica)
 . Fibras baseadas em cerâmica e não especificadas ou incluídas em outra parte
 B2040 Outros resíduos contendo principalmente elementos inorgânicos:
 . Sulfato de cálcio parcialmente refinado produzido a partir da dessulfuração dos gases de combustão
 . Resíduos de folhas de revestimento ou de divisórias de gesso provenientes da demolição de prédios
 . Escória da produção de cobre, estabilizada quimicamente, com alto teor de ferro (acima de 20%) e processada de
acordo com especificações industriais (por exemplo, DIN 4301 e DIN 8201), sobretudo para aplicações em construção e
fins abrasivos
 . Enxofre em forma sólida
 . Calcário proveniente da produção de cianamida de cálcio (com pH inferior a 9)
 . Sódio, potássio, cloretos de cálcio
 . Carborundo (carboneto de silício)
 . Concreto quebrado
 . Lítio-tântalo e lítio-nióbio contendo fragmentos de vidro
 B2050 Pó de cinzas de usinas de energia elétrica movidas a carvão, não incluídas na lista A (notar o item
correspondente na lista A – A2060)
 B2060 Carvão ativado esgotado proveniente do tratamento de água potável e de processos na indústriaalimentícia
e na produção de vitaminas (notar o item correspondente na lista A – A4160)
 B2070 Lodo de fluoreto de cálcio
 B2080 Resíduos de gesso provenientes de processos da indústria química e não incluídos na lista A (notar o item
correspondente na lista A – A2040)
 B2090 Resíduos de pontas de anódio provenientes da produção de aço ou alumínio, produzidos a partir de coque
de petróleo ou betume e lavados conforme as especificações normais da indústria (excluindo pontas de anódio da
eletrólise cloro-alcalina e da indústria metalúrgica)
 B2100 Resíduos de hidratos de alumínio e de alumina e resíduos da produção de alumina, excluindo materiais
usados nos processos de limpeza à gás, floculação e filtragem
 B2110 Resíduos de bauxita ("lama vermelha") (pH moderado a menos de 11,5)
 B2120 Resíduos de soluções ácidas ou básicas com pH superior a 2 e inferior a 11,5, que não sejam corrosivas ou
que não apresentem perigo (notar o item correspondente na lista A – A4090)
 B3 Resíduos que contenham sobretudo elementos constituintes orgânicos e que possam conter metais e materiais
 inorgânicos
 B3010 Resíduos sólidos de plástico:
 Os seguintes materiais plásticos ou mistos de plástico, desde que não combinados com outros resíduos e desde
que estejam preparados conforme as especificações:
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 . Sucata de plástico de polímeros e co-polímeros não halogenados, incluindo, mas não limitado, aos seguintes
elementos13:
 . Etileno
 . Estireno
 . Polipropileno
 . Tereftalato de polietileno
 . Acrilonitrilo
 . Butadieno
 . Poliacetal
 . Poliamidas
 . Tereftalato de polibutileno
 . Policarbonatos
 . Poliéteres
 . Sulfetos de polifenilene
 . Polímeros acrílicos
 . Alcanos C10 – C13 (plastificante)
 . Poliuretano (que não contenham CFCs)
 . Polisiloxanos
 . Metacrilato de polimetila
 . Álcool polivinil
 . Butiral de polivinil
 . Acetato de polivinil
 . Resíduos de resinas curadas ou produtos de condensação que incluem os seguintes:
 . Resinas de formaldeído de uréia
 . Resinas de formaldeído de fenol
 . Resinas de formaldeído de melamina
 . Resinas de epóxi
 . Resinas alquílicas
 . Poliamidas
 Os seguintes resíduos de polímeros fluorados14
 . Perfluoretileno/propileno (FEP)
 . Perfluoralcóxi alcano (PFA)
 . Perfluoralcóxi alcano (MFA)
 . Polivinifluoreto (PVF)
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 . Polivinilidenefluoreto (PVDF)
 B3020 Resíduos de papel, papelão e de produtos de papel
 Os seguintes materiais, desde que não estejam misturados com resíduos perigosos:
 Resíduos e refugo de papel ou de papelão provenientes de:
 . papel ou papelão cru, ou de papel ou papelão corrugado
 . outros produtos de papel e papelão, produzidos sobretudo a partir da pasta química alvejada, não colorida na
massa
 . papel ou papelão produzidos sobretudo a partir de pasta mecânica (por exemplo, jornais, revistas e materiais
impressos semelhantes)
 . outros, incluindo mas não limitados a 1) papelão laminado 2) refugo não classificado
 B3030 Resíduos têxteis
 Os seguintes materiais, desde que não estejam misturados com outros resíduos e que tenham sido preparados de
acordo com as especificações:
 . Resíduos de seda (incluindo os casulos impróprios para serem bobinados, resíduos de fios e materiais desfiados)
 . Não cardados ou penteados
 . Outros
 . Resíduos de lã ou de pêlos de animal finos ou grossos, incluindo resíduos de fios, mas excluindo materiais
desfiados
 . Resíduos de penteadeiras de lã ou de pêlos finos de animais
 . Outros resíduos de lã ou de pêlos finos de animais
 . Resíduos de pêlos grossos de animais
 . Resíduos de algodão (inclusive resíduos de fios e materiais desfiados)
 . Resíduos de fios (inclusive resíduos de linha)
 . Materiais desfiados
 . Outros
 . Estopa e resíduos de linho
 . Estopa e resíduos (inclusive resíduos de fios e materiais desfiados) de cânhamo verdadeiro (Cannabis sativa L.)
 . Estopa e resíduos (inclusive resíduos de fios e materiais desfiados) de juta e outras fibras têxteis liberianas
(excluindo o linho, o cânhamo verdadeiro e o rami)
 . Estopa e resíduos (inclusive resíduos de fios e material desfiado) de sisal e outras fibras têxteis do gênero Agave
 . Estopa, resíduos de penteadeira e outros resíduos (inclusive resíduos de fios e materiais desfiados) de coco
 . Estopa, resíduos de penteadeira e outros resíduos (inclusive resíduos de fios e material tecido) de abacá
(cânhamo-de-manilha ou Musa textilis Nee)
 . Estopa, resíduos de penteadeira e outros resíduos (inclusive resíduos de fios e materiais desfiados) de rami e
outras fibras têxteis vegetais que não tenham sido especificadas ou incluídas em outra parte
 . Resíduos (inclusive resíduos de penteadeira, resíduos de fios e materiais desfiados) de fibras não naturais
 . De fibras sintéticas
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https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2003/d4581.htm 12/13
 . De fibras artificiais
 . Roupas gastas e outros artigos têxteis gastos
 . Trapos usados, restos de barbante, cordoalha, cordas e cabos e artigos já gastos de barbante, cordoalha, cordas
ou cabos de materiais têxteis
 . Classificados
 . Outros
 B3040 Resíduos de borracha
 Os seguintes materiais, desde que não estejam misturados com outros resíduos:
 . Resíduos e restos de borracha dura (por exemplo, ebonite)
 . Outros resíduos de borracha (excluindo resíduos especificados em outros lugares)
 B3050 Cortiça não tratada e resíduos de madeira:
 . Resíduos e restos de madeira, aglomerados ou não em toras, briquetes, pelotas ou formas similares
 . Resíduos de cortiça: cortiça esmagada, granulada ou moída
 B3060 Resíduos provenientes de indústrias agroalimentícias, desde que não sejam infecciosos:
 . Lodo de vinho
 . Resíduos de verduras, secos e esterilizados; resíduos e subprodutos, sob forma de pelotas ou não, de um tipo
usado em ração para animais, que não tenham sido especificados ou incluídos em outra parte
 . Resíduos desengordurados: resíduos provenientes do tratamento de substâncias graxas ou ceras animais ou
vegetais
 . Resíduos de ossos e chifres, não tratados, desengordurados, preparados de forma simplificada (mas não
cortados), tratados com ácido ou degelatinados
 . Resíduos de pesca
 . Casca, palhas, películas de cacau e outros resíduos de cacau
 . Outros resíduos da indústria agroalimentícia, excluindo subprodutos que atendam às exigências e aos padrões
internacionais para consumo humano ou animal
 B3070 Os seguintes resíduos:
 . Restos de cabelo humano
 . Restos de palha
 . Micélio de fungo desativado, resultado da produção de penicilina e destinado a servir de ração para animais
 B3080 Restos e aparas de borracha
 B3090 Aparas e outros resíduos de couro ou de couro composto e que não sejam próprios para a manufatura de
artigos de couro, excluindo lodo de couro, que não contenham compostos hexavalentes de cromo e biocidas (notar o
item correspondente na lista A – A3100)
 B3100 Pó, cinzas, lodos ou farinhas de couro que não contenham compostos hexavalentes de cromo ou biocidas
(notar o item correspondente na lista A – A3090)
 B3110 Resíduos de tratamento de peles, que não contenham compostos hexavalentes de cromoou biocidas ou
substâncias infecciosas (notar o item correspondente na lista A – A3110)
 B3120 Resíduos constituídos de corantes alimentícios
08/04/2023, 22:28 D4581
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2003/d4581.htm 13/13
 B3130 Resíduos de éteres polímeros e resíduos de éteres monômeros não perigosos, incapazes de formarem
peróxidos
 B3140 Resíduos de pneumáticos, excluindo aqueles destinados às operações do Anexo IV A
 B4 Resíduos que possam conter elementos constituintes inorgânicos ou orgânicos
 B4010 Resíduos consistindo sobretudo de tintas à base de água/látex e vernizes endurecidos que não contenham
solventes orgânicos, metais pesados ou biocidas em concentração alta o suficiente para torná-los perigosos (notar o item
correspondente na lista A – A4070)
 B4020 Resíduos da produção, formulação e uso de resinas, látex, plastificantes, colas/adesivos, que não constem
da lista A, que não contenham solventes e outros elementos contaminadores em concentração suficiente para
apresentarem características do Anexo III; por exemplo, à base de água, ou colas à base de amido de caseína, dextrina,
éteres de celulose, álcoois polivinil (notar o item correspondente na lista A – A3050)
 B4030 Câmaras para uso único, já usadas, com baterias não incluídas na lista A
 _____________________________
 1 Notar que o item correpondente na lista B (B1160) não especifica exceções.
 2 Este item não inclui sucata de peças provenientes da geração de energia elétrica.
 3 Os PCBs estão em um nível de concentração igual ou superior a 50 mg/kg
 4 O nível de 50 mg/kg é considerado um nível internacionalmente prático para todos os resíduos. Entretanto, muitos
países estabeleceram, individualmente, níveis regulatórios mais baixos (por exemplo, 20 mg/kg) para resíduls
específicos.
 5 "Fora do prazo" significa que o produto não foi usado dentro do prazo recomendado pelo fabricante.
 6 Esse item não inclui a madeira tratada com produtos químicos preservativos de madeira.
 7 "Fora do prazo" significa que o produto não foi usado dentro do prazo recomendado pelo fabricante.
 8 Notar que mesmo quando há, inicialmente, baixo nível de contaminação por materiais do Anexo I, processos
subseqüentes, inclusive processos de reciclagem, poderão gerar frações separadas que contenham concentrações
significativamente mais altas de materiais do Anexo I.
 9 A situação da cinza de zinco está sendo reexaminada no momento e há uma recomendação junto à Conferência
das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) no sentido de que as cinzas de zinco não devem ser
consideradas produtos perigosos.
 10 Este item não inclui refugo proveniente da geração de eletricidade.
 11 Reutilização pode incluir reparos, renovação ou modernização, mas não uma grande montagem.
 12 Em alguns países, esses materiais destinados a reutilização direta não são considerados resíduos.
 13 Entende-se que esses refugos são completamente polimerizados.
 14. Resíduos pós-consumo estão excluídos deste item;
 . Resíduos não devem ser misturados; e
 . Problemas decorrentes de práticas de queima a céu aberto devem ser levados em consideração.
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RESOLUÇÃO CONAMA Nº 452 DE 02/07/2012
 Publicado no DOU em 4 jul 2012
Dispõe sobre os procedimentos de controle da importação de resíduos, conforme as normas adotadas pela Convenção da Basiléia sobre o
Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e seu Depósito.
O Conselho Nacional Do Meio Ambiente - CONAMA, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 8º da Lei nº 6.938, de 31 de
agosto de 1981, regulamentada pelo Decreto nº 99.274, de 06 de junho de 1990, e tendo em vista o disposto no seu Regimento Interno e o
que consta do Processo nº 02000.002645/2010-92, e
 
Considerando os riscos reais e potenciais que o gerenciamento inadequado de resíduos pode acarretar à saúde e ao meio ambiente;
 
Considerando que a Convenção de Basiléia sobre o Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e seu Depósito, adotada
sob a égide da Organização das Nações Unidas, concluída em Basiléia, Suíça, em 22 de março de 1989, e promulgada pelo Governo
Brasileiro, por meio do Decreto nº 875, de 19 de julho de 1993, preconiza que o movimento transfronteiriço de resíduos perigosos e outros
resíduos seja reduzido ao mínimo compatível com a administração ambientalmente saudável e eficaz desses resíduos e que seja efetuado de
maneira a proteger a saúde humana e o meio ambiente dos efeitos adversos que possam resultar desse movimento;
 
Considerando que a referida Convenção reconhece plenamente que qualquer país que seja parte tem o direito soberano de proibir a entrada
ou depósito de resíduos perigosos e outros resíduos estrangeiros em seu território;
 
Considerando as disposições da legislação aduaneira, consubstanciadas no Decreto-Lei nº 37, de 18 de novembro de 1966; e
 
Considerando que a Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, dispõe sobre as diretrizes
relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos e demais exigências e procedimentos para geradores de resíduos sólidos,
em especial os perigosos, proibindo a importação destes resíduos e rejeitos,
 
Resolve:
 
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
 
Art. 1º. Esta Resolução dispõe sobre os procedimentos de controle da importação de resíduos, em consonância com a Convenção da Basiléia
sobre o Controle da Movimentação Transfronteiriça de Resíduos Perigosos e seu Depósito, objeto dos Decretos nº 875, de 19 de julho de 1993
e nº 4.581, de 27 de janeiro de 2003.
 
Art. 2º. Para efeitos desta Resolução serão adotadas as seguintes definições:
 
I - Resíduos Perigosos - Classe I: são aqueles que se enquadrem em qualquer categoria contida no Anexo I, a menos que não possuam
quaisquer das características descritas no Anexo III, bem como os resíduos listados nos Anexos II e IV;
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II - Resíduos Não Inertes - Classe IIA: são aqueles que não se enquadram nas classificações de Resíduos Perigosos - Classe I ou de
Resíduos Inertes - Classe IIB;
 
III - Resíduos Inertes - Classe IIB: quaisquer resíduos que, quando amostrados de uma forma representativa, segundo a ABNT NBR 10.007, e
submetidos a um contato dinâmico e estático com água destilada ou desionizada, à temperatura ambiente, conforme ABNT NBR 10.006, não
tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água, excetuando-se aspecto,
cor, turbidez, dureza e sabor, conforme Anexo G da ABNT NBR 10.004;
 
IV - Outros Resíduos: são os resíduos coletados de residências ou os resíduos oriundos de sua incineração, conforme o Anexo II;
 
V - Rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos
disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada;
 
VI - Resíduos Controlados: são os resíduos controlados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis -
IBAMA e sujeitos à restrição de importação, podendo ser classificados em Classe IIA ou Classe IIB;
 
VII - Destinador de Resíduos: pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, que exerce atividades de destinação ambientalmente
adequada de resíduos sólidos;
 
VIII - Reciclagem: processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas oubiológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos produtos, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos
competentes do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA e, se couber, do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária - SNVS e do
Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária - SUASA;
 
IX - Importadores de Resíduos: são os Destinadores de Resíduos ou os terceiros por eles contratados.
 
CAPÍTULO II
DAS PROIBIÇÕES E PROCEDIMENTOS DE CONTROLE
 
Art. 3º. É proibida a importação dos Resíduos Perigosos - Classe I e de rejeitos, em todo o território nacional, sob qualquer forma e para
qualquer fim, conforme determina a Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010.
 
Parágrafo único. As listas de resíduos e de características de periculosidade constantes dos Anexos I e III desta Resolução poderão ser
ampliadas, mediante avaliação e deliberação do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA.
 
Art. 4º. É proibida a importação de resíduos definidos como Outros Resíduos, sob qualquer forma e para qualquer fim.
 
Parágrafo único. Excetuam-se do disposto no caput deste artigo os casos previstos em acordos bilaterais firmados pelo Brasil.
 
Art. 5º. A listagem dos resíduos cuja importação é proibida ou controlada será elaborada com base na Nomenclatura Comum do Mercosul -
NCM baseada no Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias (SH), consoante com os Anexos I, II e IV e deverá ser
publicada e atualizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA por meio de Instrução
Normativa.
 
Art. 6º. Não estão sujeitos à restrição de importação os Resíduos Inertes - Classe IIB, desde que não controlados pelo IBAMA
 
e não combinados com Outros Resíduos ou rejeitos, à exceção dos pneumáticos usados cuja importação é proibida.
 
§ 1º O IBAMA, mediante decisão motivada e exclusiva, poderá ampliar a lista de Resíduos Inertes - Classe IIB sujeitos à restrição de
importação, cujas características causem dano ao meio ambiente, à saúde pública e animal e à sanidade vegetal, ainda que para tratamento,
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reforma, reuso, reutilização ou recuperação.
 
§ 2º No caso de estabelecimento de restrições de importação para os Resíduos Inertes - Classe IIB referidos acima, deverão ser adotados os
procedimentos constantes no art. 7º desta Resolução.
 
§ 3º Fica excluída da proibição contida no caput deste artigo a reimportação de pneumáticos de uso aeronáutico com vistas à extinção de
operação anterior de exportação efetuada sob o regime aduaneiro especial de exportação temporária para aperfeiçoamento passivo.
 
Art. 7º. A importação de Resíduos Controlados só poderá ser realizada por Destinador de Resíduos para reciclagem, em instalações
devidamente licenciadas para tal fim, após autorização e anuência prévia do IBAMA com o atendimento das seguintes exigências:
 
I - regularidade perante o Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais (CTF),
gerenciado pelo IBAMA;
 
II - apresentação de licença ambiental do Destinador de Resíduos, expedida pelo órgão ambiental competente;
 
III - laudo técnico atestando a classificação da carga de resíduos que esteja sendo importada, exceto nos casos onde houver dispensa
fundamentada do IBAMA;
 
IV - atendimento às normas nacionais e internacionais de acondicionamento e transporte, bem como observância dos cuidados especiais de
manuseio em trânsito, inclusive interno, além da previsão de ações de emergência para cada tipo de resíduo;
 
V - cumprimento das condições estabelecidas pela legislação federal, estadual e municipal de controle ambiental pertinente quanto à
armazenagem, manipulação, utilização e reprocessamento do resíduo importado, bem como de eventuais resíduos gerados nesta operação,
inclusive quanto à sua disposição final.
 
§ 1º A autorização de que trata o caput deste artigo deve se referir a cada tipo de resíduo que se pretenda importar.
 
§ 2º O Importador de Resíduos deverá inserir, quando do registro no Sistema Integrado de Comércio Exterior - SISCOMEX, a descrição e a
destinação do resíduo em campo específico da licença de importação.
 
§ 3º Quando a importação de Resíduos Controlados não for realizada diretamente pelos Destinadores de Resíduos, mas sim por terceiros,
estes ficam obrigados a cumprir o disposto neste artigo, além de apresentar cópia do contrato firmado com os Destinadores de Resíduos.
 
§ 4º Quando a importação de resíduos Classe II-A for realizada por terceiros, ficam estes obrigados a cumprir o disposto neste artigo, além de
apresentar a cópia do contrato firmado com a empresa que se responsabilizará formalmente pela destinação ambientalmente adequada.
 
§ 5º O IBAMA poderá solicitar aos Importadores de Resíduos a qualquer tempo outros documentos e informações necessários para autorizar a
importação de Resíduos Controlados.
 
§ 6º Para atestar a classificação da carga de resíduos, somente serão aceitos laudos técnicos emitidos por laboratórios acreditados pelo
Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - Inmetro para realização deste ensaio ou por laboratórios estrangeiros acreditados
por organismos de acreditação, signatários de um acordo de reconhecimento mútuo, do qual o Inmetro faça parte.
 
Art. 8º. A importação de Resíduos Não Inertes - Classe IIA controlados deverá também atender aos procedimentos de notificação prévia,
conforme determinado na Convenção de Basiléia em seu art. 6º e Anexos V-A e V-B.
 
Art. 9º. No caso de países não Partes da referida Convenção, a importação de resíduos não perigosos somente será possível mediante
acordos ou arranjos bilaterais, multilaterais ou regionais, regulamentados pelo Decreto nº 875, de 1993 e outros instrumentos legais
pertinentes.
 
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CAPITULO III
 
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
 
Art. 10º. O IBAMA poderá estabelecer normas complementares dispondo sobre os procedimentos de controle e acompanhamento a serem
adotados para importação de resíduos, nos termos previstos nesta Resolução e em observância às orientações ditadas pela Convenção de
Basiléia.
 
Art. 11º. Os órgãos ambientais estaduais, distrital ou municipais, quando constatarem o descumprimento das condições estabelecidas pela
legislação federal, estadual, distrital ou municipal de controle ambiental pertinentes à armazenagem, transporte, manipulação, utilização e
reciclagem do resíduo importado, comunicarão ao IBAMA a ocorrência, para as providências previstas na Convenção de Basiléia.
 
Art. 12º. O IBAMA deverá publicar Instrução Normativa, conforme determinado pelos artigos 5º, 6º e 10, em até 180 dias após a entrada em
vigor desta Resolução.
 
Art. 13º. O não cumprimento do disposto nesta Resolução sujeitará os infratores, dentre outras, às sanções previstas na Lei nº 9.605, de 12 de
fevereiro de 1998, e em seu regulamento.
 
Art. 14º. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
 
Art. 15º. Ficam revogadas as Resoluções CONAMA nos 08, de 1991, 23, de 1996, 235, de 1998 e 244, de 1998.
 
IZABELLA TEIXEIRA
 
Presidente do Conselho
 
ANEXO I
 
RESÍDUOS PERIGOSOS - CLASSE I
 
(Anexo I da Convenção de Basiléia)
 
FLUXOS DE RESIDUOS
 
Y1 Resíduos clínicos oriundos de cuidados médicos em hospitais, centros médicos e clínicas
 
Y2 Resíduos oriundos da produção e preparação de produtos farmacêuticos
 
Y3 Resíduos de medicamentos e produtos farmacêuticos
 
Y4 Resíduos oriundos da produção, formulação e utilização de biocidas e produtos fitofarmacêuticos
 
Y5 Resíduos oriundos da fabricação, formulação e utilização de produtos químicos utilizados na preservação de madeira
 
Y6 Resíduos oriundos da produção, formulação e utilizaçãode solventes orgânicos
 
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Y7 Resíduos oriundos de operações de tratamento térmico e de têmpera que contenham cianetos
 
Y8 Resíduos de óleos minerais não aproveitáveis para o uso a que estavam destinados
 
Y9 Misturas, ou emulsões residuais de óleos/água, hidrocarbonetos/água
 
Y10 Substâncias e artigos residuais que contenham ou estejam contaminados com bifenilos policlorados e/ou terfenilos policlorados e/ou
bifenilos polibromados
 
Y11 Resíduos de alcatrão resultantes de refino, destilação ou qualquer outro tratamento pirolítico
 
Y12 Resíduos oriundos da produção, formulação e utilização de tintas em geral, corantes, pigmentos, lacas, verniz
 
Y13 Resíduos oriundos da produção, formulação e utilização de resinas, látex, plastificantes, colas/adesivos
 
Y14 Resíduos de substâncias químicas produzidas em atividades de pesquisa e desenvolvimento ou de ensino que não estejam identificadas
e/ou sejam novas e cujos efeitos sobre o homem e/ou o meio ambiente sejam desconhecidos
 
Y15 Resíduos de natureza explosiva que não estejam sujeitos a outra legislação
 
Y16 Resíduos oriundos da produção, preparação e utilização de produtos químicos e materiais de processamento fotográfico
 
Y17 Resíduos resultantes do tratamento superficial de metais e plásticos
 
Y18 Resíduos resultantes de operações de depósito de resíduos industriais Resíduos que tenham como elementos constitutivos:
 
Y19 Carbonilos metálicos
 
Y20 Berílio; composto de berílio
 
Y21 Compostos de cromo hexavalentes
 
Y22 Compostos de cobre
 
Y23 Compostos de zinco
 
Y24 Arsênico; compostos de arsênico
 
Y25 Selênio; compostos de selênio
 
Y26 Cádmio; compostos de cádmio
 
Y27 Antimônio; compostos de antimônio
 
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Y28 Telúrio; compostos de telúrio
 
Y29 Mercúrio; compostos de mercúrio
 
Y30 Tálio; compostos de tálio
 
Y31 Chumbo; compostos de chumbo
 
Y32 Compostos inorgânicos de flúor, excluindo o fluoreto de cálcio
 
Y33 Cianetos inorgânicos
 
Y34 Soluções ácidas ou ácidos em forma sólida
 
Y35 Soluções básicas ou bases em forma sólida
 
Y36 Amianto (pó e fibras)
 
Y37 Compostos fosforosos orgânicos
 
Y38 Cianetos orgânicos
 
Y39 Fenóis; compostos fenólicos, inclusive clorofenóis
 
Y40 Eteres
 
Y41 Solventes orgânicos halogenados
 
Y42 Solventes orgânicos, excluindo os solventes halogenados
 
Y43 Qualquer congênere de dibenzo-furano policlorado
 
Y44 Qualquer congênere de dibenzo-p-dioxina
 
Y45 Compostos orgânicos halógenos diferentes das substâncias mencionadas no presente Anexo (por exemplo, Y39, Y42, Y42, Y43, Y44).
 
ANEXO II
 
(Anexo II da Convenção de Basiléia)
 
CATEGORIAS DE RESIDUOS QUE EXIGEM CONSIDERAÇAO ESPECIAL
 
Y46 Resíduos coletados de residências
 
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Y47 Resíduos oriundos da incineração de resíduos domésticos
 
ANEXO III
 
(Anexo III da Convenção de Basiléia)
 
LISTA DE CARACTERISTICAS PERIGOSAS
 
CLASSE DAS NAÇÕES UNIDAS * - Código - Características
 
1 H1 Explosivos
 
Por substância ou resíduo explosivo entende-se toda substância ou resíduo sólido ou líquido (ou mistura de substâncias e resíduos) que por si
só é capaz, mediante reação química, de produzir gás a uma temperatura, pressão e velocidade tais que provoque danos às áreas
circunjacentes.
 
3 H3 Líquidos inflamáveis
 
Por líquidos inflamáveis entende-se aqueles líquidos, ou misturas de líquidos, os líquidos que contenham sólidos em solução ou suspensão
(por exemplo, tintas, vernizes, lacas, etc., mas sem incluir substâncias ou resíduos classificados de outra maneira em função de suas
características perigosas) que liberam vapores inflamáveis a temperaturas não superiores a 60,5 C, ao serem testados em recipiente fechado,
ou a 65,6 C, em teste com recipiente aberto. (Considerando que os resultados dos testes com recipiente aberto e recipiente fechado não são
estritamente comparáveis, e que resultados individuais dos mesmos testes muitas vezes variam, regulamentos que apresentem variações dos
números apresentados acima com o objetivo de levar em conta essas diferenças seriam compatíveis com o espírito desta definição).
 
4.1 H4.1 Sólidos inflamáveis
 
Sólidos, ou resíduos sólidos, diferentes dos classificados como explosivos, que sob as condições encontradas no transporte possam entrar em
combustão facilmente ou causar ou contribuir para gerar fogo por fricção.
 
4.2 H4.2 Substâncias ou resíduos sujeitos a combustão espontânea
 
Substâncias ou resíduos sujeitos a aquecimento espontâneo sob condições normais de transporte ou a aquecimento quando em contato com o
ar, sendo portanto suscetíveis a pegar fogo.
 
4.3 H4.3 Substâncias ou resíduos que, em contato com água, emitem gases inflamáveis
 
Substâncias ou resíduos que, por interação com água, podem se tornar inflamáveis espontaneamente ou emitir gases inflamáveis em
quantidades perigosas.
 
5.1 H5.1 Oxidantes
 
Substâncias ou resíduos que, embora não sejam necessariamente combustíveis por sua própria natureza, possam provocar a combustão de
outros materiais ou contribuir para tanto, geralmente mediante a liberação de oxigênio.
 
5.2 H5.2 Peróxidos orgânicos
 
Substâncias ou resíduos orgânicos que contêm a estruturao-o-bivalente são substâncias termicamente instáveis que podem entrar em
decomposição exotérmica auto-acelerada.
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6.1 H6.1 Venenosas (Agudas)
 
Substâncias ou resíduos passíveis de provocar morte ou sérios danos ou efeitos adversos à saúde humana se ingeridos ou inalados ou pelo
contato dos mesmos com a pele.
 
6.2 H6.3 Substâncias infecciosas
 
Substâncias ou resíduos contendo microorganismos viáveis ou suas toxinas que comprovada ou possivelmente provoquem doenças em
animais ou seres humanos.
 
8 H8 Corrosivas
 
Substâncias ou resíduos que, por ação química, provoquem sérios danos quando em contato com tecidos vivos ou, em caso de vazamento,
materialmente danifiquem, ou mesmo destruam, outros bens ou o meio de transporte; eles também podem implicar outros riscos.
 
9 H10 Liberação de gases tóxicos em contato com o ar ou a água
 
Substâncias ou resíduos que, por interação com o ar ou a água, são passíveis de emitir gases tóxicos em quantidades perigosas.
 
9 H11 Tóxicas (Retardadas ou crônicas)
 
Substâncias ou resíduos que, se inalados ou ingeridos, ou se penetrarem na pele, podem implicar efeitos retardados ou crônicos, inclusive
carcinogenicidade.
 
9 H12 Ecotóxicas
 
Substâncias ou resíduos que, se liberados, apresentem ou possam apresentar impactos adversos retardados sobre o meio ambiente por
bioacumulação e/ou efeitos tóxicos sobre os sistemas bióticos.
 
9 H13 Capazes, por quais meios, após o depósito, de gerar outro material, como, por exemplo, lixívia, que possua quaisquer das
características relacionadas acima.
 
* Corresponde ao sistema de classificação de risco incluído nas Recomendações das Nações Unidas para o Transporte de Mercadorias
Perigosas (ST/SG/AC.10/1/Rev.5, Nações Unidas, Nova York, 1988).
 
TESTES
 
Os riscos potenciais de determinados tipos de resíduos ainda não foram completamente documentados; não existem testes para definir
quantitativamente esses riscos. É necessário aprofundar as pesquisas a fim de desenvolver meios para caracterizar riscos desses resíduos em
relação ao ser humano e/ou ao meio ambiente. Foram elaborados testes padronizados para as substâncias e materiais puros.
 
Diversos países desenvolveram testes nacionais que podem ser aplicados aos materiais relacionados no AnexoI com o objetivo de decidir se
esses materiais apresentam quaisquer das características relacionadas neste Anexo.
 
ANEXO IV*
 
Lista de Resíduos Perigosos
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(Anexo VIII - da Convenção de Basiléia)
 
Lista A
 
Os resíduos relacionados neste Anexo são caracterizados como perigosos, nos termos do Artigo 1º, parágrafo 1º, alínea "a" da Convenção de
Basiléia, e sua inclusão neste Anexo não impede o uso do Anexo III para demonstrar que um resíduo não é perigoso.**
 
A1 Resíduos metálicos e resíduos que contenham metais
 
A1010 Resíduos metálicos e resíduos que contenham ligas de quaisquer dos elementos a seguir:
 
. Antimônio
 
. Arsênico
 
. Berílio
 
. Cádmio
 
. Chumbo
 
. Mercúrio
 
. Selênio
 
. Telúrio
 
. Tálio
 
Mas excluindo os resíduos especificamente relacionados na lista B.
 
A1020 Resíduos que tenham como elementos constitutivos ou contaminadores, excluindo resíduos metálicos em forma maciça, quaisquer dos
seguintes:
 
Antimônio; compostos de antimônio.
 
Berílio; compostos de berílio.
 
Cádmio; compostos de cádmio.
 
Chumbo; compostos de chumbo.
 
Selênio; compostos de selênio.
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Telúrio; compostos de telúrio
 
A1030 Resíduos que tenham como elementos constitutivos ou contaminantes quaisquer dos seguintes:
 
. Arsênico; compostos de arsênico
 
. Mercúrio; compostos de mercúrio.
 
Tálio; compostos de tálio
 
A1040 Resíduos que tenham como elementos constitutivos quaisquer dos seguintes:
 
. Carbonilos metálicos.
 
Compostos hexavalentes de cromo
 
A1050 Lodo galvânico
 
A1060 Resíduos fluidos a partir da decapagem de metais
 
A1070 Resíduos de lixiviação no processamento de zinco, pó e lodo tais como jarosita, hematita, etc.
 
A1080 Resíduos de zinco não incluídos na lista B, que contenham chumbo e cádmio em concentrações suficientes para apresentar
características do Anexo III
 
A1090 Cinzas obtidas a partir da incineração de fios de cobre isolados
 
A1100 Pós e resíduos de sistemas de limpeza à gás em fundições de cobre
 
A1110 Soluções eletrolíticas esgotadas provenientes do eletrorefinamento e da eletrorecuperação de cobre
 
A1120 Lodos residuais, excluindo os lodos de anódio, produzidos por sistemas de purificação eletrolítica nas operações de eletrorefinamento e
eletrorecuperação de cobre
 
A1130 Soluções exauridas de gravação a ácido, contendo cobre dissolvido
 
A1140 Resíduo de cloreto cúprico e catalisadores de cianeto de cobre A1150 Cinzas de metais preciosos produzidas pela incineração de
placas de circuitos impressos não incluídos na lista B [1]
 
A1160 Resíduos de baterias de chumbo, inteiras ou trituradas
 
A1170 Resíduos não selecionados de baterias, excluindo misturas de baterias que aparecem unicamente na lista B. Resíduos de baterias não
especificados na lista B e que contenham elementos do Anexo I em quantidade suficiente para torná-los perigosos.
 
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A1180 Resíduos ou sucata de conjuntos elétricos ou eletrônicos [2] que contenham componentes tais como acumuladores e outras baterias
incluídas na lista A, chaves de mercúrio, vidros de tubos de raios catódicos e outros vidros ativados e capacitadores de PCB, ou contaminados
com elementos do Anexo I (por exemplo, cádmio, mercúrio, chumbo, bifenila policlorada) a ponto de adquirirem quaisquer das características
contidas no Anexo III (notar o item correspondente na lista B - B1110) [3]
 
A2 Resíduos que contenham principalmente elementos constituintes inorgânicos, que possam conter metais e materiais orgânicos
 
A2010 Resíduos de vidro de tubos de raios catódicos e outros vidros ativados
 
A2020 Resíduos de compostos inorgânicos de flúor, sob a forma de líquidos ou lodo, mas excluindo os resíduos especificados na lista B
 
A2030 Resíduos de catalisadores, mas excluindo os resíduos especificados na lista B
 
A2040 Resíduos de gesso provenientes de processos químicos industriais, quando contiverem elementos do Anexo I em quantidade suficiente
para apresentar as características de perigo do Anexo III (notar o item correspondente na lista B - B2080)
 
A2050 Resíduos de amianto (pó e fibras)
 
A2060 Pó de cinzas provenientes de usinas elétricas movidas a carvão e que contenha substâncias do Anexo I em concentrações suficientes
para apresentar características do Anexo III (notar o item correspondente na lista B - B2050)
 
A3 Resíduos que contenham principalmente elementos constituintes orgânicos, que possam conter metais ou materiais inorgânicos
 
A3010 Resíduos da produção ou do processamento de coque e de betume de petróleo
 
A3020 Resíduos de óleos minerais impróprios para o uso original
 
A3030 Resíduos que contenham, sejam constituídos de ou estejam contaminados por lodo de compostos antidetonantes à base de chumbo
A3040 Resíduos de fluidos térmicos (transferência de calor)
 
A3050 Resíduos provenientes da produção, formulação e uso de resinas, látex, plastificantes, colas/adesivos excluindo os resíduos
especificados na lista B (notar o item correspondente na lista B - B4020)
 
A3060 Resíduos de nitrocelulose
 
A3070 Resíduos de fenol, compostos de fenol, incluindo o clorofenol, na forma de líquidos ou lodo
 
A3080 Resíduos de éter, não incluindo aqueles especificados na lista B
 
A3090 Resíduos de couro em forma de pó, cinzas, lodo e farinhas que contenham compostos hexavalentes de cromo ou biocidas (notar o item
correspondente na lista B - B3100)
 
A3100 Aparas e outros resíduos de couro ou de couro composto impróprios para a manufatura de artigos de couro, e que contenham
compostos hexavalentes de cromo ou biocidas (notar o item correspondente na lista B - B3090)
 
A3110 Resíduos de preparo de peles contendo compostos hexavalentes de cromo ou biocidas ou substâncias infecciosas (notar o item
correspondente na lista B - B3110)
 
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A3120 Lanugem - a fração leve de desfibramento A3130 Resíduos de compostos orgânicos de fósforo A3140 Resíduos de solventes orgânicos
não halogenados, mas excluindo os resíduos especificados na lista B
 
A3150 Resíduos de solventes orgânicos halogenados
 
A3160 Resíduos, halogenados ou não halogenados, provenientes da destilação não aquosa em operações de recuperação de solventes
orgânicos
 
A3170 Resíduos provenientes da produção de hidrocarbonetos alifáticos halogenados (como o clorometano, dicloro-etano, cloreto de vinil,
cloreto de viniledeno, cloreto de alilo e epicloridrina)
 
A3180 Resíduos, substâncias e artigos que contenham sejam constituídos de ou estejam contaminados por bifenilas policloradas (PCB),
terfenilas policloradas (PCT), naftalenos policlorados (PCN) ou bifenilas polibromadas (PBB), ou quaisquer análogos polibromados desses
compostos, a um nível de concentração de 50 mg/kg ou mais. [4]
 
A3190 Resíduos de alcatrão (excluindo cimento de asfalto) provenientes de refino, destilação e qualquer tratamento pirolítico de materiais
orgânicos
 
A4 Resíduos que possam conter elementos constituintes inorgânicos ou orgânicos
 
A4010 Resíduos provenientes da produção, preparação e uso de produtos farmacêuticos, mas excluindo resíduos especificados na lista B
 
A4020 Resíduos clínicos e relacionados, isto é, resíduos provenientes de práticas médicas, de enfermagem, odontológicas, veterinárias ou
semelhantes, e resíduos produzidos em hospitais ou outras instalações durante o exame ou o tratamento de pacientes ou projetos de pesquisa
 
A4030 Resíduos provenientes da produção, formulação e uso de biocidas e fitofarmacêuticos,inclusive resíduos de pesticidas e herbicidas que
estejam fora das especificações, fora do prazo [5], ou impróprios para o uso originalmente pretendido
 
A4040 Resíduos provenientes da fabricação, formulação e uso de produtos químicos preservativos de madeira [6]
 
A4050 Resíduos que contenham, sejam constituídos de ou estejam contaminados por quaisquer dos seguintes:
 
. Cianetos inorgânicos, excluindo os resíduos que contenham metais preciosos sob forma sólida e que contenham traços de cianetos
inorgânicos. Cianetos orgânicos
 
A4060 Misturas ou emulsões residuais de óleos/água, hidrocarbonetos/água
 
A4070 Resíduos provenientes da produção, formulação e uso de tintas, tinturas, pigmentos, corantes, lacas, vernizes, com exceção dos
resíduos especificados na lista B (notar o item correspondente na lista B- B4010)
 
A4080 Resíduos de natureza explosiva (mas excluindo os resíduos especificados na lista B)
 
A4090 Resíduos de soluções ácidas ou básicas, com exceção daquelas que estão especificadas no lugar correspondente na lista B (notar o
item correspondente na lista B - B2120)
 
A4100 Resíduos provenientes dos dispositivos de controle da poluição industrial usados na limpeza de gases industriais, mas excluindo os
resíduos especificados na lista B
 
A4110 Resíduos que contenham, sejam constituídos de ou estejam contaminados por quaisquer dos seguintes:
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. Qualquer congênere de dibenzo-furano policlorado.
 
Qualquer congênere de dibenzo-dioxina policlorada
 
A4120 Resíduos que contenham, sejam constituídos de ou estejam contaminados por peróxidos A4130 Resíduos de embalagens e
contêineres que contenham substâncias do Anexo I em concentrações suficientes para apresentarem características de periculosidade do
Anexo III
 
A4140 Resíduos constituídos de ou que contenham produtos químicos fora das especificações ou fora do prazo [7], que correspondam às
categorias do Anexo I e apresentem características de periculosidade do Anexo III
 
A4150 Resíduos de substâncias químicas produzidas em atividades de pesquisa e desenvolvimento ou de ensino que não estejam
identificadas e/ou sejam novas e cujos efeitos sobre a saúde humana e/ou o meio ambiente sejam desconhecidos
 
A4160 Carvão ativado usado que não esteja incluído na lista B (notar o item correspondente na lista B - B2060)
 
-------------------------
 
* Este texto não substitui a listagem original publicada pelo Decreto nº 4.581, de 27 de janeiro de 2003.
 
** A Lista B citada neste Anexo se refere aos resíduos não cobertos pelo Artigo 1º, parágrafo 1º, alínea "a" da Convenção de Basiléia, a menos
que contenham elementos do Anexo I em concentração tal que apresentem características do Anexo III.
 
[1] Notar que o item correspondente na lista B (B1160) não especifica exceções.
 
[2] Este item não inclui sucata de peças provenientes da geração de energia elétrica.
 
[3] Os PCBs estão em um nível de concentração igual ou superior a 50 mg/kg.
 
[4] O nível de 50 mg/kg é considerado um nível internacionalmente prático para todos os resíduos. Entretanto, muitos países estabeleceram,
individualmente, níveis regulatórios mais baixos (por exemplo, 20 mg/kg) para resíduos específicos.
 
[5] "Fora do prazo" significa que o produto não foi usado dentro do prazo recomendado pelo fabricante.
 
[6] Esse item não inclui a madeira tratada com produtos químicos preservativos de madeira.
 
[7] "Fora do prazo" significa que o produto não foi usado dentro do prazo recomendado pelo fabricante.
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Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI Nº 12.305, DE 2 DE AGOSTO DE 2010.
Regulamento
Regulamento
Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei
no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras
providências. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS 
CAPÍTULO I
DO OBJETO E DO CAMPO DE APLICAÇÃO 
Art. 1o Esta Lei institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, dispondo sobre seus princípios, objetivos e
instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos,
incluídos os perigosos, às responsabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos
aplicáveis. 
§ 1o Estão sujeitas à observância desta Lei as pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado,
responsáveis, direta ou indiretamente, pela geração de resíduos sólidos e as que desenvolvam ações relacionadas à
gestão integrada ou ao gerenciamento de resíduos sólidos. 
§ 2o Esta Lei não se aplica aos rejeitos radioativos, que são regulados por legislação específica. 
Art. 2o Aplicam-se aos resíduos sólidos, além do disposto nesta Lei, nas Leis nos 11.445, de 5 de janeiro de 2007,
9.974, de 6 de junho de 2000, e 9.966, de 28 de abril de 2000, as normas estabelecidas pelos órgãos do Sistema
Nacional do Meio Ambiente (Sisnama), do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), do Sistema Unificado de
Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa) e do Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
(Sinmetro). 
CAPÍTULO II
DEFINIÇÕES 
Art. 3o Para os efeitos desta Lei, entende-se por: 
I - acordo setorial: ato de natureza contratual firmado entre o poder público e fabricantes, importadores,
distribuidores ou comerciantes, tendo em vista a implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do
produto; 
II - área contaminada: local onde há contaminação causada pela disposição, regular ou irregular, de quaisquer
substâncias ou resíduos; 
III - área órfã contaminada: área contaminada cujos responsáveis pela disposição não sejam identificáveis ou
individualizáveis; 
IV - ciclo de vida do produto: série de etapas que envolvem o desenvolvimento do produto, a obtenção de
matérias-primas e insumos, o processo produtivo, o consumo e a disposição final; 
V - coleta seletiva: coleta de resíduos sólidos previamente segregados conforme sua constituição ou composição; 
VI - controle social: conjunto de mecanismos e procedimentos que garantam à sociedade informações e
participação nos processos de formulação, implementação e avaliação das políticas públicas relacionadas aos resíduos
sólidos; 
VII - destinação final ambientalmente adequada: destinação de resíduos que inclui a reutilização, a reciclagem, a
compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos competentes
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2012.305-2010?OpenDocument
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/Decreto/D7404.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Decreto/D10936.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/Lei/L11445.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9974.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9966.htm
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do Sisnama, do SNVS e do Suasa, entre elas a disposição final, observando normas operacionais específicas de modo a
evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos; 
VIII - disposição final ambientalmente adequada: distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando normas
operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos
ambientais adversos; 
IX - geradores de resíduos sólidos: pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, que geram resíduos
sólidos por meio de suas atividades, nelas incluído o consumo; 
X - gerenciamento de resíduos sólidos: conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de
coleta,transporte, transbordo, tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição
final ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos ou
com plano de gerenciamento de resíduos sólidos, exigidos na forma desta Lei; 
XI - gestão integrada de resíduos sólidos: conjunto de ações voltadas para a busca de soluções para os resíduos
sólidos, de forma a considerar as dimensões política, econômica, ambiental, cultural e social, com controle social e sob a
premissa do desenvolvimento sustentável; 
XII - logística reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de
ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial,
para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente
adequada; 
XIII - padrões sustentáveis de produção e consumo: produção e consumo de bens e serviços de forma a atender
as necessidades das atuais gerações e permitir melhores condições de vida, sem comprometer a qualidade ambiental e
o atendimento das necessidades das gerações futuras; 
XIV - reciclagem: processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a alteração de suas propriedades
físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos produtos, observadas as
condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do Sisnama e, se couber, do SNVS e do Suasa; 
XV - rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por
processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição
final ambientalmente adequada; 
XVI - resíduos sólidos: material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em
sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou
semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento
na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em
face da melhor tecnologia disponível; 
XVII - responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos: conjunto de atribuições individualizadas e
encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços
públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos
gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de
vida dos produtos, nos termos desta Lei; 
XVIII - reutilização: processo de aproveitamento dos resíduos sólidos sem sua transformação biológica, física ou
físico-química, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do Sisnama e, se
couber, do SNVS e do Suasa; 
XIX - serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades previstas no art.
7º da Lei nº 11.445, de 2007. 
TÍTULO II
DA POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS 
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 4o A Política Nacional de Resíduos Sólidos reúne o conjunto de princípios, objetivos, instrumentos, diretrizes,
metas e ações adotados pelo Governo Federal, isoladamente ou em regime de cooperação com Estados, Distrito
Federal, Municípios ou particulares, com vistas à gestão integrada e ao gerenciamento ambientalmente adequado dos
resíduos sólidos. 
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Art. 5o A Política Nacional de Resíduos Sólidos integra a Política Nacional do Meio Ambiente e articula-se com a
Política Nacional de Educação Ambiental, regulada pela Lei no 9.795, de 27 de abril de 1999, com a Política Federal de
Saneamento Básico, regulada pela Lei nº 11.445, de 2007, e com a Lei no 11.107, de 6 de abril de 2005. 
CAPÍTULO II
DOS PRINCÍPIOS E OBJETIVOS 
Art. 6o São princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos: 
I - a prevenção e a precaução; 
II - o poluidor-pagador e o protetor-recebedor; 
III - a visão sistêmica, na gestão dos resíduos sólidos, que considere as variáveis ambiental, social, cultural,
econômica, tecnológica e de saúde pública; 
IV - o desenvolvimento sustentável; 
V - a ecoeficiência, mediante a compatibilização entre o fornecimento, a preços competitivos, de bens e serviços
qualificados que satisfaçam as necessidades humanas e tragam qualidade de vida e a redução do impacto ambiental e
do consumo de recursos naturais a um nível, no mínimo, equivalente à capacidade de sustentação estimada do planeta; 
VI - a cooperação entre as diferentes esferas do poder público, o setor empresarial e demais segmentos da
sociedade; 
VII - a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos; 
VIII - o reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico e de valor social,
gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania; 
IX - o respeito às diversidades locais e regionais; 
X - o direito da sociedade à informação e ao controle social; 
XI - a razoabilidade e a proporcionalidade. 
Art. 7o São objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos: 
I - proteção da saúde pública e da qualidade ambiental; 
II - não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como disposição final
ambientalmente adequada dos rejeitos; 
III - estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo de bens e serviços; 
IV - adoção, desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias limpas como forma de minimizar impactos
ambientais; 
V - redução do volume e da periculosidade dos resíduos perigosos; 
VI - incentivo à indústria da reciclagem, tendo em vista fomentar o uso de matérias-primas e insumos derivados de
materiais recicláveis e reciclados; 
VII - gestão integrada de resíduos sólidos; 
VIII - articulação entre as diferentes esferas do poder público, e destas com o setor empresarial, com vistas à
cooperação técnica e financeira para a gestão integrada de resíduos sólidos; 
IX - capacitação técnica continuada na área de resíduos sólidos; 
X - regularidade, continuidade, funcionalidade e universalização da prestação dos serviços públicos de limpeza
urbana e de manejo de resíduos sólidos, com adoção de mecanismos gerenciais e econômicos que assegurem a
recuperação dos custos dos serviços prestados, como forma de garantir sua sustentabilidade operacional e financeira,
observada a Lei nº 11.445, de 2007; 
XI - prioridade, nas aquisições e contratações governamentais, para: 
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a) produtos reciclados e recicláveis; 
b) bens, serviços e obras que considerem critérios compatíveis com padrões de consumo social e ambientalmente
sustentáveis; 
XII - integração dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nas ações que envolvam a responsabilidade
compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos; 
XIII - estímulo à implementação da avaliação do ciclo de vida do produto; 
XIV - incentivo ao desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental e empresarial voltados para a melhoria dos
processos produtivos e ao reaproveitamento dos resíduos sólidos, incluídos a recuperação e o aproveitamento
energético; 
XV - estímulo à rotulagem ambiental e ao consumo sustentável. 
CAPÍTULO III
DOS INSTRUMENTOS 
Art. 8o São instrumentos da Política Nacional de Resíduos Sólidos, entreoutros: 
I - os planos de resíduos sólidos; 
II - os inventários e o sistema declaratório anual de resíduos sólidos; 
III - a coleta seletiva, os sistemas de logística reversa e outras ferramentas relacionadas à implementação da
responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos; 
IV - o incentivo à criação e ao desenvolvimento de cooperativas ou de outras formas de associação de catadores
de materiais reutilizáveis e recicláveis; 
V - o monitoramento e a fiscalização ambiental, sanitária e agropecuária; 
VI - a cooperação técnica e financeira entre os setores público e privado para o desenvolvimento de pesquisas de
novos produtos, métodos, processos e tecnologias de gestão, reciclagem, reutilização, tratamento de resíduos e
disposição final ambientalmente adequada de rejeitos; 
VII - a pesquisa científica e tecnológica; 
VIII - a educação ambiental; 
IX - os incentivos fiscais, financeiros e creditícios; 
X - o Fundo Nacional do Meio Ambiente e o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico; 
XI - o Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (Sinir); 
XII - o Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (Sinisa); 
XIII - os conselhos de meio ambiente e, no que couber, os de saúde; 
XIV - os órgãos colegiados municipais destinados ao controle social dos serviços de resíduos sólidos urbanos; 
XV - o Cadastro Nacional de Operadores de Resíduos Perigosos; 
XVI - os acordos setoriais; 
XVII - no que couber, os instrumentos da Política Nacional de Meio Ambiente, entre eles: 
a) os padrões de qualidade ambiental; 
b) o Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais; 
c) o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental; 
d) a avaliação de impactos ambientais; 
e) o Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente (Sinima); 
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f) o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras; 
XVIII - os termos de compromisso e os termos de ajustamento de conduta; 
XIX - o incentivo à adoção de consórcios ou de outras formas de cooperação entre os entes federados, com vistas
à elevação das escalas de aproveitamento e à redução dos custos envolvidos. 
TÍTULO III
DAS DIRETRIZES APLICÁVEIS AOS RESÍDUOS SÓLIDOS 
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
Art. 9o Na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, deve ser observada a seguinte ordem de prioridade: não
geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada
dos rejeitos. 
§ 1o Poderão ser utilizadas tecnologias visando à recuperação energética dos resíduos sólidos urbanos, desde
que tenha sido comprovada sua viabilidade técnica e ambiental e com a implantação de programa de monitoramento de
emissão de gases tóxicos aprovado pelo órgão ambiental. 
§ 2o A Política Nacional de Resíduos Sólidos e as Políticas de Resíduos Sólidos dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios serão compatíveis com o disposto no caput e no § 1o deste artigo e com as demais diretrizes
estabelecidas nesta Lei. 
Art. 10. Incumbe ao Distrito Federal e aos Municípios a gestão integrada dos resíduos sólidos gerados nos
respectivos territórios, sem prejuízo das competências de controle e fiscalização dos órgãos federais e estaduais do
Sisnama, do SNVS e do Suasa, bem como da responsabilidade do gerador pelo gerenciamento de resíduos, consoante
o estabelecido nesta Lei. 
Art. 11. Observadas as diretrizes e demais determinações estabelecidas nesta Lei e em seu regulamento,
incumbe aos Estados: 
I - promover a integração da organização, do planejamento e da execução das funções públicas de interesse
comum relacionadas à gestão dos resíduos sólidos nas regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões,
nos termos da lei complementar estadual prevista no § 3º do art. 25 da Constituição Federal; 
II - controlar e fiscalizar as atividades dos geradores sujeitas a licenciamento ambiental pelo órgão estadual do
Sisnama. 
Parágrafo único. A atuação do Estado na forma do caput deve apoiar e priorizar as iniciativas do Município de
soluções consorciadas ou compartilhadas entre 2 (dois) ou mais Municípios. 
Art. 12. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão e manterão, de forma conjunta, o
Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (Sinir), articulado com o Sinisa e o Sinima. 
Parágrafo único. Incumbe aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios fornecer ao órgão federal
responsável pela coordenação do Sinir todas as informações necessárias sobre os resíduos sob sua esfera de
competência, na forma e na periodicidade estabelecidas em regulamento. 
Art. 13. Para os efeitos desta Lei, os resíduos sólidos têm a seguinte classificação: 
I - quanto à origem: 
a) resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticas em residências urbanas; 
b) resíduos de limpeza urbana: os originários da varrição, limpeza de logradouros e vias públicas e outros serviços
de limpeza urbana; 
c) resíduos sólidos urbanos: os englobados nas alíneas “a” e “b”; 
d) resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços: os gerados nessas atividades, excetuados
os referidos nas alíneas “b”, “e”, “g”, “h” e “j”; 
e) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os gerados nessas atividades, excetuados os referidos
na alínea “c”; 
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f) resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalações industriais; 
g) resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde, conforme definido em regulamento ou em
normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS; 
h) resíduos da construção civil: os gerados nas construções, reformas, reparos e demolições de obras de
construção civil, incluídos os resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis; 
i) resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecuárias e silviculturais, incluídos os relacionados a
insumos utilizados nessas atividades; 
j) resíduos de serviços de transportes: os originários de portos, aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e
ferroviários e passagens de fronteira; 
k) resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração ou beneficiamento de minérios; 
II - quanto à periculosidade: 
a) resíduos perigosos: aqueles que, em razão de suas características de inflamabilidade, corrosividade,
reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade, apresentam significativo
risco à saúde pública ou à qualidade ambiental, de acordo com lei, regulamento ou norma técnica; 
b) resíduos não perigosos: aqueles não enquadrados na alínea “a”. 
Parágrafo único. Respeitado o disposto no art. 20, os resíduos referidos na alínea “d” do inciso I do caput, se
caracterizados como não perigosos, podem, em razão de sua natureza, composição ou volume, ser equiparados aos
resíduos domiciliares pelo poder público municipal. 
CAPÍTULO II
DOS PLANOS DE RESÍDUOS SÓLIDOS 
Seção I
Disposições Gerais 
Art. 14. São planos de resíduos sólidos: 
I - o Plano Nacional de Resíduos Sólidos; 
II - os planos estaduais de resíduos sólidos; 
III - os planos microrregionais de resíduos sólidos e os planos de resíduos sólidos de regiões metropolitanas ou
aglomerações urbanas; 
IV - os planos intermunicipais de resíduos sólidos; 
V - os planos municipais de gestão integrada de resíduos sólidos; 
VI - os planos de gerenciamento de resíduos sólidos. 
Parágrafo único. É assegurada ampla publicidade ao conteúdo dos planos de resíduos sólidos, bem como
controle social em sua formulação, implementação e operacionalização, observado o dispostona Lei no 10.650, de 16 de
abril de 2003, e no art. 47 da Lei nº 11.445, de 2007. 
Seção II
Do Plano Nacional de Resíduos Sólidos 
Art. 15. A União elaborará, sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente, o Plano Nacional de Resíduos
Sólidos, com vigência por prazo indeterminado e horizonte de 20 (vinte) anos, a ser atualizado a cada 4 (quatro) anos,
tendo como conteúdo mínimo: 
I - diagnóstico da situação atual dos resíduos sólidos; 
II - proposição de cenários, incluindo tendências internacionais e macroeconômicas; 
III - metas de redução, reutilização, reciclagem, entre outras, com vistas a reduzir a quantidade de resíduos e
rejeitos encaminhados para disposição final ambientalmente adequada; 
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IV - metas para o aproveitamento energético dos gases gerados nas unidades de disposição final de resíduos
sólidos; 
V - metas para a eliminação e recuperação de lixões, associadas à inclusão social e à emancipação econômica de
catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis; 
VI - programas, projetos e ações para o atendimento das metas previstas; 
VII - normas e condicionantes técnicas para o acesso a recursos da União, para a obtenção de seu aval ou para o
acesso a recursos administrados, direta ou indiretamente, por entidade federal, quando destinados a ações e programas
de interesse dos resíduos sólidos; 
VIII - medidas para incentivar e viabilizar a gestão regionalizada dos resíduos sólidos; 
IX - diretrizes para o planejamento e demais atividades de gestão de resíduos sólidos das regiões integradas de
desenvolvimento instituídas por lei complementar, bem como para as áreas de especial interesse turístico; 
X - normas e diretrizes para a disposição final de rejeitos e, quando couber, de resíduos; 
XI - meios a serem utilizados para o controle e a fiscalização, no âmbito nacional, de sua implementação e
operacionalização, assegurado o controle social. 
Parágrafo único. O Plano Nacional de Resíduos Sólidos será elaborado mediante processo de mobilização e
participação social, incluindo a realização de audiências e consultas públicas. 
Seção III
Dos Planos Estaduais de Resíduos Sólidos 
Art. 16. A elaboração de plano estadual de resíduos sólidos, nos termos previstos por esta Lei, é condição para os
Estados terem acesso a recursos da União, ou por ela controlados, destinados a empreendimentos e serviços
relacionados à gestão de resíduos sólidos, ou para serem beneficiados por incentivos ou financiamentos de entidades
federais de crédito ou fomento para tal finalidade. (Vigência)
§ 1o Serão priorizados no acesso aos recursos da União referidos no caput os Estados que instituírem
microrregiões, consoante o § 3o do art. 25 da Constituição Federal, para integrar a organização, o planejamento e a
execução das ações a cargo de Municípios limítrofes na gestão dos resíduos sólidos. 
§ 2o Serão estabelecidas em regulamento normas complementares sobre o acesso aos recursos da União na
forma deste artigo. 
§ 3o Respeitada a responsabilidade dos geradores nos termos desta Lei, as microrregiões instituídas conforme
previsto no § 1o abrangem atividades de coleta seletiva, recuperação e reciclagem, tratamento e destinação final dos
resíduos sólidos urbanos, a gestão de resíduos de construção civil, de serviços de transporte, de serviços de saúde,
agrossilvopastoris ou outros resíduos, de acordo com as peculiaridades microrregionais. 
Art. 17. O plano estadual de resíduos sólidos será elaborado para vigência por prazo indeterminado, abrangendo
todo o território do Estado, com horizonte de atuação de 20 (vinte) anos e revisões a cada 4 (quatro) anos, e tendo como
conteúdo mínimo: 
I - diagnóstico, incluída a identificação dos principais fluxos de resíduos no Estado e seus impactos
socioeconômicos e ambientais; 
II - proposição de cenários; 
III - metas de redução, reutilização, reciclagem, entre outras, com vistas a reduzir a quantidade de resíduos e
rejeitos encaminhados para disposição final ambientalmente adequada; 
IV - metas para o aproveitamento energético dos gases gerados nas unidades de disposição final de resíduos
sólidos; 
V - metas para a eliminação e recuperação de lixões, associadas à inclusão social e à emancipação econômica de
catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis; 
VI - programas, projetos e ações para o atendimento das metas previstas; 
VII - normas e condicionantes técnicas para o acesso a recursos do Estado, para a obtenção de seu aval ou para
o acesso de recursos administrados, direta ou indiretamente, por entidade estadual, quando destinados às ações e
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programas de interesse dos resíduos sólidos; 
VIII - medidas para incentivar e viabilizar a gestão consorciada ou compartilhada dos resíduos sólidos; 
IX - diretrizes para o planejamento e demais atividades de gestão de resíduos sólidos de regiões metropolitanas,
aglomerações urbanas e microrregiões; 
X - normas e diretrizes para a disposição final de rejeitos e, quando couber, de resíduos, respeitadas as
disposições estabelecidas em âmbito nacional; 
XI - previsão, em conformidade com os demais instrumentos de planejamento territorial, especialmente o
zoneamento ecológico-econômico e o zoneamento costeiro, de: 
a) zonas favoráveis para a localização de unidades de tratamento de resíduos sólidos ou de disposição final de
rejeitos; 
b) áreas degradadas em razão de disposição inadequada de resíduos sólidos ou rejeitos a serem objeto de
recuperação ambiental; 
XII - meios a serem utilizados para o controle e a fiscalização, no âmbito estadual, de sua implementação e
operacionalização, assegurado o controle social. 
§ 1o Além do plano estadual de resíduos sólidos, os Estados poderão elaborar planos microrregionais de resíduos
sólidos, bem como planos específicos direcionados às regiões metropolitanas ou às aglomerações urbanas. 
§ 2o A elaboração e a implementação pelos Estados de planos microrregionais de resíduos sólidos, ou de planos
de regiões metropolitanas ou aglomerações urbanas, em consonância com o previsto no § 1o, dar-se-ão
obrigatoriamente com a participação dos Municípios envolvidos e não excluem nem substituem qualquer das
prerrogativas a cargo dos Municípios previstas por esta Lei. 
§ 3o Respeitada a responsabilidade dos geradores nos termos desta Lei, o plano microrregional de resíduos
sólidos deve atender ao previsto para o plano estadual e estabelecer soluções integradas para a coleta seletiva, a
recuperação e a reciclagem, o tratamento e a destinação final dos resíduos sólidos urbanos e, consideradas as
peculiaridades microrregionais, outros tipos de resíduos. 
Seção IV
Dos Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos 
Art. 18. A elaboração de plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos, nos termos previstos por esta
Lei, é condição para o Distrito Federal e os Municípios terem acesso a recursos da União, ou por ela controlados,
destinados a empreendimentos e serviços relacionados à limpeza urbana e ao manejo de resíduos sólidos, ou para
serem beneficiados por incentivos ou financiamentos de entidades federais de crédito ou fomento para tal
finalidade. (Vigência)
§ 1o Serão priorizados no acesso aos recursos da União referidos no caput os Municípios que: 
I - optarem por soluções consorciadas intermunicipais para a gestão dos resíduos sólidos, incluída a elaboração e
implementação de plano intermunicipal, ou que se inserirem de forma voluntária nos planos microrregionais de resíduos
sólidos referidos no § 1o do art. 16; 
II - implantarem a coleta seletiva com a participação de cooperativas ou outras formas de associação decatadores
de materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda. 
§ 2o Serão estabelecidas em regulamento normas complementares sobre o acesso aos recursos da União na
forma deste artigo. 
Art. 19. O plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos tem o seguinte conteúdo mínimo: 
I - diagnóstico da situação dos resíduos sólidos gerados no respectivo território, contendo a origem, o volume, a
caracterização dos resíduos e as formas de destinação e disposição final adotadas; 
II - identificação de áreas favoráveis para disposição final ambientalmente adequada de rejeitos, observado o
plano diretor de que trata o § 1o do art. 182 da Constituição Federal e o zoneamento ambiental, se houver; 
III - identificação das possibilidades de implantação de soluções consorciadas ou compartilhadas com outros
Municípios, considerando, nos critérios de economia de escala, a proximidade dos locais estabelecidos e as formas de
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prevenção dos riscos ambientais; 
IV - identificação dos resíduos sólidos e dos geradores sujeitos a plano de gerenciamento específico nos termos
do art. 20 ou a sistema de logística reversa na forma do art. 33, observadas as disposições desta Lei e de seu
regulamento, bem como as normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS; 
V - procedimentos operacionais e especificações mínimas a serem adotados nos serviços públicos de limpeza
urbana e de manejo de resíduos sólidos, incluída a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos e observada a
Lei nº 11.445, de 2007; 
VI - indicadores de desempenho operacional e ambiental dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de
resíduos sólidos; 
VII - regras para o transporte e outras etapas do gerenciamento de resíduos sólidos de que trata o art. 20,
observadas as normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS e demais disposições pertinentes da
legislação federal e estadual; 
VIII - definição das responsabilidades quanto à sua implementação e operacionalização, incluídas as etapas do
plano de gerenciamento de resíduos sólidos a que se refere o art. 20 a cargo do poder público; 
IX - programas e ações de capacitação técnica voltados para sua implementação e operacionalização; 
X - programas e ações de educação ambiental que promovam a não geração, a redução, a reutilização e a
reciclagem de resíduos sólidos; 
XI - programas e ações para a participação dos grupos interessados, em especial das cooperativas ou outras
formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda,
se houver; 
XII - mecanismos para a criação de fontes de negócios, emprego e renda, mediante a valorização dos resíduos
sólidos; 
XIII - sistema de cálculo dos custos da prestação dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de
resíduos sólidos, bem como a forma de cobrança desses serviços, observada a Lei nº 11.445, de 2007; 
XIV - metas de redução, reutilização, coleta seletiva e reciclagem, entre outras, com vistas a reduzir a quantidade
de rejeitos encaminhados para disposição final ambientalmente adequada; 
XV - descrição das formas e dos limites da participação do poder público local na coleta seletiva e na logística
reversa, respeitado o disposto no art. 33, e de outras ações relativas à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida
dos produtos; 
XVI - meios a serem utilizados para o controle e a fiscalização, no âmbito local, da implementação e
operacionalização dos planos de gerenciamento de resíduos sólidos de que trata o art. 20 e dos sistemas de logística
reversa previstos no art. 33; 
XVII - ações preventivas e corretivas a serem praticadas, incluindo programa de monitoramento; 
XVIII - identificação dos passivos ambientais relacionados aos resíduos sólidos, incluindo áreas contaminadas, e
respectivas medidas saneadoras; 
XIX - periodicidade de sua revisão, observado prioritariamente o período de vigência do plano plurianual
municipal.
XIX - periodicidade de sua revisão, observado o período máximo de 10 (dez) anos. (Incluído pela Lei nº
14.026, de 2020)
§ 1o O plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos pode estar inserido no plano de saneamento
básico previsto no art. 19 da Lei nº 11.445, de 2007, respeitado o conteúdo mínimo previsto nos incisos do caput e
observado o disposto no § 2o, todos deste artigo. 
§ 2o Para Municípios com menos de 20.000 (vinte mil) habitantes, o plano municipal de gestão integrada de
resíduos sólidos terá conteúdo simplificado, na forma do regulamento. 
§ 3o O disposto no § 2o não se aplica a Municípios: 
I - integrantes de áreas de especial interesse turístico; 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/Lei/L11445.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14026.htm#art11
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II - inseridos na área de influência de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental de
âmbito regional ou nacional; 
III - cujo território abranja, total ou parcialmente, Unidades de Conservação. 
§ 4o A existência de plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos não exime o Município ou o Distrito
Federal do licenciamento ambiental de aterros sanitários e de outras infraestruturas e instalações operacionais
integrantes do serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos pelo órgão competente do Sisnama. 
§ 5o Na definição de responsabilidades na forma do inciso VIII do caput deste artigo, é vedado atribuir ao serviço
público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos a realização de etapas do gerenciamento dos resíduos a que
se refere o art. 20 em desacordo com a respectiva licença ambiental ou com normas estabelecidas pelos órgãos do
Sisnama e, se couber, do SNVS. 
§ 6o Além do disposto nos incisos I a XIX do caput deste artigo, o plano municipal de gestão integrada de
resíduos sólidos contemplará ações específicas a serem desenvolvidas no âmbito dos órgãos da administração pública,
com vistas à utilização racional dos recursos ambientais, ao combate a todas as formas de desperdício e à minimização
da geração de resíduos sólidos. 
§ 7o O conteúdo do plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos será disponibilizado para o Sinir, na
forma do regulamento. 
§ 8o A inexistência do plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos não pode ser utilizada para impedir
a instalação ou a operação de empreendimentos ou atividades devidamente licenciados pelos órgãos competentes. 
§ 9o Nos termos do regulamento, o Município que optar por soluções consorciadas intermunicipais para a gestão
dos resíduos sólidos, assegurado que o plano intermunicipal preencha os requisitos estabelecidos nos incisos I a XIX do
caput deste artigo, pode ser dispensado da elaboração de plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos. 
Seção V
Do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos 
Art. 20. Estão sujeitos à elaboração de plano de gerenciamento de resíduos sólidos: 
I - os geradores de resíduos sólidos previstos nas alíneas “e”, “f”, “g” e “k” do inciso I do art. 13; 
II - os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que: 
a) gerem resíduos perigosos; 
b) gerem resíduos que, mesmo caracterizados como não perigosos, por sua natureza, composição ou volume,
não sejam equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder público municipal; 
III - as empresas de construção civil, nos termos do regulamento ou de normas estabelecidas pelos órgãos do
Sisnama; 
IV - os responsáveispelos terminais e outras instalações referidas na alínea “j” do inciso I do art. 13 e, nos termos
do regulamento ou de normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e, se couber, do SNVS, as empresas de
transporte; 
V - os responsáveis por atividades agrossilvopastoris, se exigido pelo órgão competente do Sisnama, do SNVS ou
do Suasa. 
Parágrafo único. Observado o disposto no Capítulo IV deste Título, serão estabelecidas por regulamento
exigências específicas relativas ao plano de gerenciamento de resíduos perigosos. 
Art. 21. O plano de gerenciamento de resíduos sólidos tem o seguinte conteúdo mínimo: 
I - descrição do empreendimento ou atividade; 
II - diagnóstico dos resíduos sólidos gerados ou administrados, contendo a origem, o volume e a caracterização
dos resíduos, incluindo os passivos ambientais a eles relacionados; 
III - observadas as normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa e, se houver, o plano
municipal de gestão integrada de resíduos sólidos: 
a) explicitação dos responsáveis por cada etapa do gerenciamento de resíduos sólidos; 
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b) definição dos procedimentos operacionais relativos às etapas do gerenciamento de resíduos sólidos sob
responsabilidade do gerador; 
IV - identificação das soluções consorciadas ou compartilhadas com outros geradores; 
V - ações preventivas e corretivas a serem executadas em situações de gerenciamento incorreto ou acidentes; 
VI - metas e procedimentos relacionados à minimização da geração de resíduos sólidos e, observadas as normas
estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa, à reutilização e reciclagem; 
VII - se couber, ações relativas à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, na forma do art.
31; 
VIII - medidas saneadoras dos passivos ambientais relacionados aos resíduos sólidos; 
IX - periodicidade de sua revisão, observado, se couber, o prazo de vigência da respectiva licença de operação a
cargo dos órgãos do Sisnama. 
§ 1o O plano de gerenciamento de resíduos sólidos atenderá ao disposto no plano municipal de gestão integrada
de resíduos sólidos do respectivo Município, sem prejuízo das normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS
e do Suasa. 
§ 2o A inexistência do plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos não obsta a elaboração, a
implementação ou a operacionalização do plano de gerenciamento de resíduos sólidos. 
§ 3o Serão estabelecidos em regulamento: 
I - normas sobre a exigibilidade e o conteúdo do plano de gerenciamento de resíduos sólidos relativo à atuação de
cooperativas ou de outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis; 
II - critérios e procedimentos simplificados para apresentação dos planos de gerenciamento de resíduos sólidos
para microempresas e empresas de pequeno porte, assim consideradas as definidas nos incisos I e II do art. 3o da Lei
Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006, desde que as atividades por elas desenvolvidas não gerem resíduos
perigosos. 
Art. 22. Para a elaboração, implementação, operacionalização e monitoramento de todas as etapas do plano de
gerenciamento de resíduos sólidos, nelas incluído o controle da disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos,
será designado responsável técnico devidamente habilitado. 
Art. 23. Os responsáveis por plano de gerenciamento de resíduos sólidos manterão atualizadas e disponíveis ao
órgão municipal competente, ao órgão licenciador do Sisnama e a outras autoridades, informações completas sobre a
implementação e a operacionalização do plano sob sua responsabilidade. 
§ 1o Para a consecução do disposto no caput, sem prejuízo de outras exigências cabíveis por parte das
autoridades, será implementado sistema declaratório com periodicidade, no mínimo, anual, na forma do regulamento. 
§ 2o As informações referidas no caput serão repassadas pelos órgãos públicos ao Sinir, na forma do
regulamento. 
Art. 24. O plano de gerenciamento de resíduos sólidos é parte integrante do processo de licenciamento ambiental
do empreendimento ou atividade pelo órgão competente do Sisnama. 
§ 1o Nos empreendimentos e atividades não sujeitos a licenciamento ambiental, a aprovação do plano de
gerenciamento de resíduos sólidos cabe à autoridade municipal competente. 
§ 2o No processo de licenciamento ambiental referido no § 1o a cargo de órgão federal ou estadual do Sisnama,
será assegurada oitiva do órgão municipal competente, em especial quanto à disposição final ambientalmente adequada
de rejeitos. 
CAPÍTULO III
DAS RESPONSABILIDADES DOS GERADORES E DO PODER PÚBLICO 
Seção I
Disposições Gerais 
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Art. 25. O poder público, o setor empresarial e a coletividade são responsáveis pela efetividade das ações
voltadas para assegurar a observância da Política Nacional de Resíduos Sólidos e das diretrizes e demais
determinações estabelecidas nesta Lei e em seu regulamento. 
Art. 26. O titular dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos é responsável pela
organização e prestação direta ou indireta desses serviços, observados o respectivo plano municipal de gestão integrada
de resíduos sólidos, a Lei nº 11.445, de 2007, e as disposições desta Lei e seu regulamento. 
Art. 27. As pessoas físicas ou jurídicas referidas no art. 20 são responsáveis pela implementação e
operacionalização integral do plano de gerenciamento de resíduos sólidos aprovado pelo órgão competente na forma do
art. 24. 
§ 1o A contratação de serviços de coleta, armazenamento, transporte, transbordo, tratamento ou destinação final
de resíduos sólidos, ou de disposição final de rejeitos, não isenta as pessoas físicas ou jurídicas referidas no art. 20 da
responsabilidade por danos que vierem a ser provocados pelo gerenciamento inadequado dos respectivos resíduos ou
rejeitos. 
§ 2o Nos casos abrangidos pelo art. 20, as etapas sob responsabilidade do gerador que forem realizadas pelo
poder público serão devidamente remuneradas pelas pessoas físicas ou jurídicas responsáveis, observado o disposto no
§ 5o do art. 19. 
Art. 28. O gerador de resíduos sólidos domiciliares tem cessada sua responsabilidade pelos resíduos com a
disponibilização adequada para a coleta ou, nos casos abrangidos pelo art. 33, com a devolução. 
Art. 29. Cabe ao poder público atuar, subsidiariamente, com vistas a minimizar ou cessar o dano, logo que tome
conhecimento de evento lesivo ao meio ambiente ou à saúde pública relacionado ao gerenciamento de resíduos sólidos. 
Parágrafo único. Os responsáveis pelo dano ressarcirão integralmente o poder público pelos gastos decorrentes
das ações empreendidas na forma do caput. 
Seção II
Da Responsabilidade Compartilhada 
Art. 30. É instituída a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, a ser implementada de
forma individualizada e encadeada, abrangendo os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, os
consumidores e os titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, consoante as
atribuições e procedimentos previstos nesta Seção. 
Parágrafo único. A responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos tem por objetivo: 
I - compatibilizar interesses entre os agentes econômicos e sociais e os processos de gestão empresarial e
mercadológica com os de gestão ambiental, desenvolvendo estratégias sustentáveis; 
II - promover o aproveitamento de resíduos sólidos, direcionando-os para a sua cadeia produtiva ou para outras
cadeias produtivas; 
III - reduzir a geração de resíduos sólidos, o desperdício de materiais, a poluição e os danos ambientais; 
IV - incentivar a utilização de insumos de menor agressividade ao meio ambiente e de maior sustentabilidade; 
V - estimular o desenvolvimentode mercado, a produção e o consumo de produtos derivados de materiais
reciclados e recicláveis; 
VI - propiciar que as atividades produtivas alcancem eficiência e sustentabilidade; 
VII - incentivar as boas práticas de responsabilidade socioambiental. 
Art. 31. Sem prejuízo das obrigações estabelecidas no plano de gerenciamento de resíduos sólidos e com vistas
a fortalecer a responsabilidade compartilhada e seus objetivos, os fabricantes, importadores, distribuidores e
comerciantes têm responsabilidade que abrange: 
I - investimento no desenvolvimento, na fabricação e na colocação no mercado de produtos: 
a) que sejam aptos, após o uso pelo consumidor, à reutilização, à reciclagem ou a outra forma de destinação
ambientalmente adequada; 
b) cuja fabricação e uso gerem a menor quantidade de resíduos sólidos possível; 
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II - divulgação de informações relativas às formas de evitar, reciclar e eliminar os resíduos sólidos associados a
seus respectivos produtos; 
III - recolhimento dos produtos e dos resíduos remanescentes após o uso, assim como sua subsequente
destinação final ambientalmente adequada, no caso de produtos objeto de sistema de logística reversa na forma do art.
33; 
IV - compromisso de, quando firmados acordos ou termos de compromisso com o Município, participar das ações
previstas no plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos, no caso de produtos ainda não inclusos no sistema
de logística reversa. 
Art. 32. As embalagens devem ser fabricadas com materiais que propiciem a reutilização ou a reciclagem. 
§ 1o Cabe aos respectivos responsáveis assegurar que as embalagens sejam: 
I - restritas em volume e peso às dimensões requeridas à proteção do conteúdo e à comercialização do produto; 
II - projetadas de forma a serem reutilizadas de maneira tecnicamente viável e compatível com as exigências
aplicáveis ao produto que contêm; 
III - recicladas, se a reutilização não for possível. 
§ 2o O regulamento disporá sobre os casos em que, por razões de ordem técnica ou econômica, não seja viável a
aplicação do disposto no caput. 
§ 3o É responsável pelo atendimento do disposto neste artigo todo aquele que: 
I - manufatura embalagens ou fornece materiais para a fabricação de embalagens; 
II - coloca em circulação embalagens, materiais para a fabricação de embalagens ou produtos embalados, em
qualquer fase da cadeia de comércio. 
Art. 33. São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos
após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos
sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de: (Regulamento)
I - agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja embalagem, após o uso, constitua
resíduo perigoso, observadas as regras de gerenciamento de resíduos perigosos previstas em lei ou regulamento, em
normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa, ou em normas técnicas; 
II - pilhas e baterias; 
III - pneus; 
IV - óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; 
V - lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; 
VI - produtos eletroeletrônicos e seus componentes. (Regulamento)
§ 1o Na forma do disposto em regulamento ou em acordos setoriais e termos de compromisso firmados entre o
poder público e o setor empresarial, os sistemas previstos no caput serão estendidos a produtos comercializados em
embalagens plásticas, metálicas ou de vidro, e aos demais produtos e embalagens, considerando, prioritariamente, o
grau e a extensão do impacto à saúde pública e ao meio ambiente dos resíduos gerados. (Regulamento)
§ 2o A definição dos produtos e embalagens a que se refere o § 1o considerará a viabilidade técnica e econômica
da logística reversa, bem como o grau e a extensão do impacto à saúde pública e ao meio ambiente dos resíduos
gerados. 
§ 3o Sem prejuízo de exigências específicas fixadas em lei ou regulamento, em normas estabelecidas pelos
órgãos do Sisnama e do SNVS, ou em acordos setoriais e termos de compromisso firmados entre o poder público e o
setor empresarial, cabe aos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes dos produtos a que se referem os
incisos II, III, V e VI ou dos produtos e embalagens a que se referem os incisos I e IV do caput e o § 1o tomar todas as
medidas necessárias para assegurar a implementação e operacionalização do sistema de logística reversa sob seu
encargo, consoante o estabelecido neste artigo, podendo, entre outras medidas: 
I - implantar procedimentos de compra de produtos ou embalagens usados; 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10240.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10388.htm
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II - disponibilizar postos de entrega de resíduos reutilizáveis e recicláveis; 
III - atuar em parceria com cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e
recicláveis, nos casos de que trata o § 1o. 
§ 4o Os consumidores deverão efetuar a devolução após o uso, aos comerciantes ou distribuidores, dos produtos
e das embalagens a que se referem os incisos I a VI do caput, e de outros produtos ou embalagens objeto de logística
reversa, na forma do § 1o. 
§ 5o Os comerciantes e distribuidores deverão efetuar a devolução aos fabricantes ou aos importadores dos
produtos e embalagens reunidos ou devolvidos na forma dos §§ 3o e 4o. 
§ 6o Os fabricantes e os importadores darão destinação ambientalmente adequada aos produtos e às
embalagens reunidos ou devolvidos, sendo o rejeito encaminhado para a disposição final ambientalmente adequada, na
forma estabelecida pelo órgão competente do Sisnama e, se houver, pelo plano municipal de gestão integrada de
resíduos sólidos. 
§ 7o Se o titular do serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, por acordo setorial ou
termo de compromisso firmado com o setor empresarial, encarregar-se de atividades de responsabilidade dos
fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes nos sistemas de logística reversa dos produtos e embalagens a
que se refere este artigo, as ações do poder público serão devidamente remuneradas, na forma previamente acordada
entre as partes. 
§ 8o Com exceção dos consumidores, todos os participantes dos sistemas de logística reversa manterão
atualizadas e disponíveis ao órgão municipal competente e a outras autoridades informações completas sobre a
realização das ações sob sua responsabilidade. 
Art. 34. Os acordos setoriais ou termos de compromisso referidos no inciso IV do caput do art. 31 e no § 1o do
art. 33 podem ter abrangência nacional, regional, estadual ou municipal. 
§ 1o Os acordos setoriais e termos de compromisso firmados em âmbito nacional têm prevalência sobre os
firmados em âmbito regional ou estadual, e estes sobre os firmados em âmbito municipal. (Vide Decreto nº
9.177, de 2017)
§ 2o Na aplicação de regras concorrentes consoante o § 1o, os acordos firmados com menor abrangência
geográfica podem ampliar, mas não abrandar, as medidas de proteção ambiental constantes nos acordos setoriais e
termos de compromisso firmados com maior abrangência geográfica. (Vide Decreto nº 9.177, de 2017)
Art. 35. Sempre que estabelecido sistema de coleta seletiva pelo plano municipal de gestão integrada de resíduos
sólidos e na aplicação do art. 33, os consumidores são obrigados a: 
I - acondicionar adequadamente e de forma diferenciada os resíduos sólidos gerados; 
II - disponibilizar adequadamente os resíduos sólidos reutilizáveis e recicláveispara coleta ou devolução. 
Parágrafo único. O poder público municipal pode instituir incentivos econômicos aos consumidores que participam
do sistema de coleta seletiva referido no caput, na forma de lei municipal. 
Art. 36. No âmbito da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, cabe ao titular dos serviços
públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, observado, se houver, o plano municipal de gestão
integrada de resíduos sólidos: 
I - adotar procedimentos para reaproveitar os resíduos sólidos reutilizáveis e recicláveis oriundos dos serviços
públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos; 
II - estabelecer sistema de coleta seletiva; 
III - articular com os agentes econômicos e sociais medidas para viabilizar o retorno ao ciclo produtivo dos
resíduos sólidos reutilizáveis e recicláveis oriundos dos serviços de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos; 
IV - realizar as atividades definidas por acordo setorial ou termo de compromisso na forma do § 7o do art. 33,
mediante a devida remuneração pelo setor empresarial; 
V - implantar sistema de compostagem para resíduos sólidos orgânicos e articular com os agentes econômicos e
sociais formas de utilização do composto produzido; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Decreto/D9177.htm#art4
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VI - dar disposição final ambientalmente adequada aos resíduos e rejeitos oriundos dos serviços públicos de
limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos. 
§ 1o Para o cumprimento do disposto nos incisos I a IV do caput, o titular dos serviços públicos de limpeza
urbana e de manejo de resíduos sólidos priorizará a organização e o funcionamento de cooperativas ou de outras formas
de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda, bem
como sua contratação. 
§ 2o A contratação prevista no § 1o é dispensável de licitação, nos termos do inciso XXVII do art. 24 da Lei no
8.666, de 21 de junho de 1993. 
CAPÍTULO IV
DOS RESÍDUOS PERIGOSOS 
Art. 37. A instalação e o funcionamento de empreendimento ou atividade que gere ou opere com resíduos
perigosos somente podem ser autorizados ou licenciados pelas autoridades competentes se o responsável comprovar,
no mínimo, capacidade técnica e econômica, além de condições para prover os cuidados necessários ao gerenciamento
desses resíduos. 
Art. 38. As pessoas jurídicas que operam com resíduos perigosos, em qualquer fase do seu gerenciamento, são
obrigadas a se cadastrar no Cadastro Nacional de Operadores de Resíduos Perigosos. 
§ 1o O cadastro previsto no caput será coordenado pelo órgão federal competente do Sisnama e implantado de
forma conjunta pelas autoridades federais, estaduais e municipais. 
§ 2o Para o cadastramento, as pessoas jurídicas referidas no caput necessitam contar com responsável técnico
pelo gerenciamento dos resíduos perigosos, de seu próprio quadro de funcionários ou contratado, devidamente
habilitado, cujos dados serão mantidos atualizados no cadastro. 
§ 3o O cadastro a que se refere o caput é parte integrante do Cadastro Técnico Federal de Atividades
Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais e do Sistema de Informações previsto no art. 12. 
Art. 39. As pessoas jurídicas referidas no art. 38 são obrigadas a elaborar plano de gerenciamento de resíduos
perigosos e submetê-lo ao órgão competente do Sisnama e, se couber, do SNVS, observado o conteúdo mínimo
estabelecido no art. 21 e demais exigências previstas em regulamento ou em normas técnicas. 
§ 1o O plano de gerenciamento de resíduos perigosos a que se refere o caput poderá estar inserido no plano de
gerenciamento de resíduos a que se refere o art. 20. 
§ 2o Cabe às pessoas jurídicas referidas no art. 38: 
I - manter registro atualizado e facilmente acessível de todos os procedimentos relacionados à implementação e à
operacionalização do plano previsto no caput; 
II - informar anualmente ao órgão competente do Sisnama e, se couber, do SNVS, sobre a quantidade, a natureza
e a destinação temporária ou final dos resíduos sob sua responsabilidade; 
III - adotar medidas destinadas a reduzir o volume e a periculosidade dos resíduos sob sua responsabilidade, bem
como a aperfeiçoar seu gerenciamento; 
IV - informar imediatamente aos órgãos competentes sobre a ocorrência de acidentes ou outros sinistros
relacionados aos resíduos perigosos. 
§ 3o Sempre que solicitado pelos órgãos competentes do Sisnama e do SNVS, será assegurado acesso para
inspeção das instalações e dos procedimentos relacionados à implementação e à operacionalização do plano de
gerenciamento de resíduos perigosos. 
§ 4o No caso de controle a cargo de órgão federal ou estadual do Sisnama e do SNVS, as informações sobre o
conteúdo, a implementação e a operacionalização do plano previsto no caput serão repassadas ao poder público
municipal, na forma do regulamento. 
Art. 40. No licenciamento ambiental de empreendimentos ou atividades que operem com resíduos perigosos, o
órgão licenciador do Sisnama pode exigir a contratação de seguro de responsabilidade civil por danos causados ao meio
ambiente ou à saúde pública, observadas as regras sobre cobertura e os limites máximos de contratação fixados em
regulamento. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm#art24xxvii
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Parágrafo único. O disposto no caput considerará o porte da empresa, conforme regulamento. 
Art. 41. Sem prejuízo das iniciativas de outras esferas governamentais, o Governo Federal deve estruturar e
manter instrumentos e atividades voltados para promover a descontaminação de áreas órfãs. 
Parágrafo único. Se, após descontaminação de sítio órfão realizada com recursos do Governo Federal ou de
outro ente da Federação, forem identificados os responsáveis pela contaminação, estes ressarcirão integralmente o valor
empregado ao poder público. 
CAPÍTULO V
DOS INSTRUMENTOS ECONÔMICOS 
Art. 42. O poder público poderá instituir medidas indutoras e linhas de financiamento para atender,
prioritariamente, às iniciativas de: 
I - prevenção e redução da geração de resíduos sólidos no processo produtivo; 
II - desenvolvimento de produtos com menores impactos à saúde humana e à qualidade ambiental em seu ciclo de
vida; 
III - implantação de infraestrutura física e aquisição de equipamentos para cooperativas ou outras formas de
associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda; 
IV - desenvolvimento de projetos de gestão dos resíduos sólidos de caráter intermunicipal ou, nos termos do inciso
I do caput do art. 11, regional; 
V - estruturação de sistemas de coleta seletiva e de logística reversa; 
VI - descontaminação de áreas contaminadas, incluindo as áreas órfãs; 
VII - desenvolvimento de pesquisas voltadas para tecnologias limpas aplicáveis aos resíduos sólidos; 
VIII - desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental e empresarial voltados para a melhoria dos processos
produtivos e ao reaproveitamento dos resíduos. 
Art. 43. No fomento ou na concessão de incentivos creditícios destinados a atender diretrizes desta Lei, as
instituições oficiais de crédito podem estabelecer critérios diferenciados de acesso dos beneficiários aos créditos do
Sistema Financeiro Nacional para investimentos produtivos. 
Art. 44. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no âmbito de suas competências, poderão instituir
normas com o objetivo de conceder incentivos fiscais, financeiros ou creditícios, respeitadas as limitações da Lei
Complementar no 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), a: 
I - indústrias e entidades dedicadas à reutilização, ao tratamento e à reciclagem de resíduossólidos produzidos no
território nacional; 
II - projetos relacionados à responsabilidade pelo ciclo de vida dos produtos, prioritariamente em parceria com
cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas
físicas de baixa renda; 
III - empresas dedicadas à limpeza urbana e a atividades a ela relacionadas. 
Art. 45. Os consórcios públicos constituídos, nos termos da Lei no 11.107, de 2005, com o objetivo de viabilizar a
descentralização e a prestação de serviços públicos que envolvam resíduos sólidos, têm prioridade na obtenção dos
incentivos instituídos pelo Governo Federal. 
Art. 46. O atendimento ao disposto neste Capítulo será efetivado em consonância com a Lei Complementar nº
101, de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), bem como com as diretrizes e objetivos do respectivo plano plurianual, as
metas e as prioridades fixadas pelas leis de diretrizes orçamentárias e no limite das disponibilidades propiciadas pelas
leis orçamentárias anuais. 
CAPÍTULO VI
DAS PROIBIÇÕES 
Art. 47. São proibidas as seguintes formas de destinação ou disposição final de resíduos sólidos ou rejeitos: 
I - lançamento em praias, no mar ou em quaisquer corpos hídricos; 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11107.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp101.htm
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II - lançamento in natura a céu aberto, excetuados os resíduos de mineração; 
III - queima a céu aberto ou em recipientes, instalações e equipamentos não licenciados para essa finalidade; 
IV - outras formas vedadas pelo poder público. 
§ 1o Quando decretada emergência sanitária, a queima de resíduos a céu aberto pode ser realizada, desde que
autorizada e acompanhada pelos órgãos competentes do Sisnama, do SNVS e, quando couber, do Suasa. 
§ 2o Assegurada a devida impermeabilização, as bacias de decantação de resíduos ou rejeitos industriais ou de
mineração, devidamente licenciadas pelo órgão competente do Sisnama, não são consideradas corpos hídricos para
efeitos do disposto no inciso I do caput. 
Art. 48. São proibidas, nas áreas de disposição final de resíduos ou rejeitos, as seguintes atividades: 
I - utilização dos rejeitos dispostos como alimentação; 
II - catação, observado o disposto no inciso V do art. 17; 
III - criação de animais domésticos; 
IV - fixação de habitações temporárias ou permanentes; 
V - outras atividades vedadas pelo poder público. 
Art. 49. É proibida a importação de resíduos sólidos perigosos e rejeitos, bem como de resíduos sólidos cujas
características causem dano ao meio ambiente, à saúde pública e animal e à sanidade vegetal, ainda que para
tratamento, reforma, reúso, reutilização ou recuperação. 
TÍTULO IV
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS 
Art. 50. A inexistência do regulamento previsto no § 3o do art. 21 não obsta a atuação, nos termos desta Lei, das
cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis. 
Art. 51. Sem prejuízo da obrigação de, independentemente da existência de culpa, reparar os danos causados, a
ação ou omissão das pessoas físicas ou jurídicas que importe inobservância aos preceitos desta Lei ou de seu
regulamento sujeita os infratores às sanções previstas em lei, em especial às fixadas na Lei no 9.605, de 12 de fevereiro
de 1998, que “dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio
ambiente, e dá outras providências”, e em seu regulamento. 
Art. 52. A observância do disposto no caput do art. 23 e no § 2o do art. 39 desta Lei é considerada obrigação de
relevante interesse ambiental para efeitos do art. 68 da Lei nº 9.605, de 1998, sem prejuízo da aplicação de outras
sanções cabíveis nas esferas penal e administrativa. 
Art. 53. O § 1o do art. 56 da Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, passa a vigorar com a seguinte redação: 
“Art. 56. ................................................................................. 
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem: 
I - abandona os produtos ou substâncias referidos no caput ou os utiliza em
desacordo com as normas ambientais ou de segurança; 
II - manipula, acondiciona, armazena, coleta, transporta, reutiliza, recicla ou dá
destinação final a resíduos perigosos de forma diversa da estabelecida em lei ou
regulamento.
.............................................................................................” (NR) 
Art. 54. A disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, observado o disposto no § 1o do art. 9o, deverá
ser implantada em até 4 (quatro) anos após a data de publicação desta Lei.
Art. 54. A disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos deverá ser implantada até 31 de dezembro de
2020, exceto para os Municípios que até essa data tenham elaborado plano intermunicipal de resíduos sólidos ou
plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos e que disponham de mecanismos de cobrança que garantam
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9605.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9605.htm#art68
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sua sustentabilidade econômico-financeira, nos termos do art. 29 da Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, para os
quais ficam definidos os seguintes prazos: (Redação dada pela Lei nº 14.026, de 2020)
I - até 2 de agosto de 2021, para capitais de Estados e Municípios integrantes de Região Metropolitana (RM) ou
de Região Integrada de Desenvolvimento (Ride) de capitais; (Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
II - até 2 de agosto de 2022, para Municípios com população superior a 100.000 (cem mil) habitantes no Censo
2010, bem como para Municípios cuja mancha urbana da sede municipal esteja situada a menos de 20 (vinte)
quilômetros da fronteira com países limítrofes; (Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
III - até 2 de agosto de 2023, para Municípios com população entre 50.000 (cinquenta mil) e 100.000 (cem mil)
habitantes no Censo 2010; e (Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
IV - até 2 de agosto de 2024, para Municípios com população inferior a 50.000 (cinquenta mil) habitantes no
Censo 2010. (Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
§ 1º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
§ 2º Nos casos em que a disposição de rejeitos em aterros sanitários for economicamente inviável, poderão ser
adotadas outras soluções, observadas normas técnicas e operacionais estabelecidas pelo órgão competente, de
modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais. (Incluído
pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 55. O disposto nos arts. 16 e 18 entra em vigor 2 (dois) anos após a data de publicação desta Lei. 
Art. 56. A logística reversa relativa aos produtos de que tratam os incisos V e VI do caput do art. 33 será
implementada progressivamente segundo cronograma estabelecido em regulamento. (Regulamento)
Art. 57. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Brasília, 2 de agosto de 2010; 189o da Independência e 122o da República. 
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Rafael Thomaz Favetti
Guido Mantega
José Gomes Temporão
Miguel Jorge
Izabella Mônica Vieira Teixeira
João Reis Santana Filho
Marcio Fortes de Almeida
Alexandre Rocha Santos Padilha
Este texto não substitui o publicado no DOU de 3.8.2010
*
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11445.htm#art29
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08/04/2023, 22:40 Resolução CONAMA nº 416 de 30/09/2009 - Federal - LegisWeb
https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=111056 1/3
RESOLUÇÃO CONAMA Nº 416 DE 30/09/2009
 Publicado no DOU em 1 out 2009
Dispõe sobre a prevenção à degradação ambiental causada por pneus inservíveis e sua destinação ambientalmente adequada, e dá outras providências.
O Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 8º, inciso VII, da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, e tendo
em vista o disposto em seu Regimento Interno, e
Considerando a necessidade de disciplinar o gerenciamento dos pneus inservíveis;
Considerando que os pneus dispostos inadequadamente constituem passivo ambiental, que podem resultar em sério risco ao meio ambiente e à saúde pública;
Considerando a necessidade de assegurar que esse passivo seja destinado o mais próximo possível de seu local de geração, de forma ambientalmente adequada e segura;
Considerando que a importação de pneumáticos usados é proibida pelas Resoluções nºs 23, de 12 de dezembro de 1996, e 235, de 7 de janeiro de 1998, do Conselho
Nacional do Meio Ambiente-CONAMA;
Considerando que os pneus usados devem ser preferencialmente reutilizados, reformados e reciclados antes de sua destinação final adequada;
Considerando ainda o disposto no art. 4º e no anexo 10-C da Resolução CONAMA nº 23, de 1996, com a redação dada pela Resolução CONAMA nº 235, de 7 de janeiro de
1998;
Considerando que o art. 70 do Decreto nº 6.514, de 22 de julho 2008, impõe pena de multa por unidade de pneu usado ou reformado importado;
Considerando que a liberdade do comércio internacional e de importação de matéria-prima não devem representar mecanismo de transferência de passivos ambientais de
um país para outro,
Resolve:
Art. 1º Os fabricantes e os importadores de pneus novos, com peso unitário superior a 2,0 kg (dois quilos), ficam obrigados a coletar e dar destinação adequada aos pneus
inservíveis existentes no território nacional, na proporção definida nesta Resolução.
§ 1º Os distribuidores, os revendedores, os destinadores, os consumidores finais de pneus e o Poder Público deverão, em articulação com os fabricantes e importadores,
implementar os procedimentos para a coleta dos pneus inservíveis existentes no País, previstos nesta Resolução.
§ 2º Para fins desta resolução, reforma de pneu não é considerada fabricação ou destinação adequada.
§ 3º A contratação de empresa para coleta de pneus pelo fabricante ou importador não os eximirá da responsabilidade pelo cumprimento das obrigações previstas no caput
deste artigo.
Art. 2º Para os fins do disposto nesta Resolução, considera-se:
I - Pneu ou pneumático: componente de um sistema de rodagem, constituído de elastômeros, produtos têxteis, aço e outros materiais que quando montado em uma roda de
veiculo e contendo fluido(s) sobre pressão, transmite tração dada a sua aderência ao solo, sustenta elasticamente a carga do veiculo e resiste à pressão provocada pela
reação do solo;
II - Pneu novo: pneu, de qualquer origem, que não sofreu qualquer uso, nem foi submetido a qualquer tipo de reforma e não apresenta sinais de envelhecimento nem
deteriorações, classificado na posição 40.11 da Nomenclatura Comum do Mercosul-NCM;
III - Pneu usado: pneu que foi submetido a qualquer tipo de uso e/ou desgaste, classificado na posição 40.12 da NCM, englobando os pneus reformados e os inservíveis;
IV - Pneu reformado: pneu usado que foi submetido a processo de reutilização da carcaça com o fim específico de aumentar sua vida útil, como:
a) recapagem: processo pelo qual um pneu usado é reformado pela substituição de sua banda de rodagem;
b) recauchutagem: processo pelo qual um pneu usado é reformado pela substituição de sua banda de rodagem e dos ombros; e
c) remoldagem: processo pelo qual um pneu usado é reformado pela substituição de sua banda de rodagem, ombros e toda a superfície de seus flancos.
V - pneu inservível: pneu usado que apresente danos irreparáveis em sua estrutura não se prestando mais à rodagem ou à reforma;
VI - destinação ambientalmente adequada de pneus inservíveis:
procedimentos técnicos em que os pneus são descaracterizados de sua forma inicial, e que seus elementos constituintes são reaproveitados, reciclados ou processados por
outra(s) técnica(s) admitida(s) pelos órgãos ambientais competentes, observando a legislação vigente e normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à
saúde pública e à segurança, e a minimizar os impactos ambientais adversos;
VII - Ponto de coleta: local definido pelos fabricantes e importadores de pneus para receber e armazenar provisoriamente os pneus inservíveis;
VIII - Central de armazenamento: unidade de recepção e armazenamento temporário de pneus inservíveis, inteiros ou picados, disponibilizada pelo fabricante ou importador,
visando uma melhor logística da destinação;
IX - mercado de reposição de pneus é o resultante da fórmula a seguir:
https://www.legisweb.com.br/produtos/sistemas/portal_sped/#inicio
08/04/2023, 22:40 Resolução CONAMA nº 416 de 30/09/2009 - Federal - LegisWeb
https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=111056 2/3
MR = (P + I) - (E + EO), na qual:
MR = Mercado de Reposição de pneus;
P = total de pneus produzidos;
I = total de pneus importados;
E = total de pneus exportados; e
EO = total de pneus que equipam veículos novos.
Art. 3º A partir da entrada em vigor desta resolução, para cada pneu novo comercializado para o mercado de reposição, as empresas fabricantes ou importadoras deverão
dar destinação adequada a um pneu inservível.
§ 1º Para efeito de controle e fiscalização, a quantidade de que trata o caput deverá ser convertida em peso de pneus inservíveis a serem destinados.
§ 2º Para que seja calculado o peso a ser destinado, aplicar-se-á o fator de desgaste de 30% (trinta por cento) sobre o peso do pneu novo produzido ou importado.
Art. 4º Os fabricantes, importadores, reformadores e os destinadores de pneus inservíveis deverão se inscrever no Cadastro Técnico Federal-CTF, junto ao Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis-IBAMA.
Art. 5º Os fabricantes e importadores de pneus novos deverão declarar ao IBAMA, numa periodicidade máxima de 01 (um) ano, por meio do CTF, a destinação adequada dos
pneus inservíveis estabelecida no art. 3º desta Resolução.
§ 1º O não cumprimento do disposto no caput deste artigo poderá acarretar a suspensão da liberação de importação.
§ 2º O saldo resultante do balanço de importação e exportação poderá ser compensado entre os fabricantes e importadores definidos no art. 1º desta Resolução, conforme
critérios e procedimentos a serem estabelecidos pelo IBAMA.
§ 3º Cumprida a meta de destinação estabelecida no art. 3º desta Resolução, o excedente poderá ser utilizado para os períodos subsequentes.
§ 4º O descumprimento da meta de destinação acarretará acúmulo de obrigação para o período subsequente, sem prejuízo da aplicação das sanções cabíveis.
§ 5º Para efeito de comprovação junto ao IBAMA, poderá ser considerado oarmazenamento adequado de pneus inservíveis, obrigatoriamente em lascas ou picados, desde
que obedecidas as exigências do licenciamento ambiental para este fim e, ainda, aquelas relativas à capacidade instalada para armazenamento e o prazo máximo de 12
meses para que ocorra a destinação final.
Art. 6º Os destinadores deverão comprovar periodicamente junto ao CTF do IBAMA, numa periodicidade máxima de 01 (um) ano, a destinação de pneus inservíveis,
devidamente licenciada pelo órgão ambiental competente.
Art. 7º Os fabricantes e importadores de pneus novos deverão elaborar um plano de gerenciamento de coleta, armazenamento e destinação de pneus inservíveis (PGP), no
prazo de 6 meses a partir da publicação desta Resolução, o qual deverá ser amplamente divulgado e disponibilizado aos órgãos do Sistema Nacional do Meio Ambiente-
SISNAMA.
§ 1º O PGP deverá conter no mínimo os seguintes requisitos:
I - descrição das estratégias para coleta dos pneus inservíveis, acompanhada de cópia de eventuais contratos, convênios ou termos de compromisso, para este fim;
II - indicação das unidades de armazenagem, informando as correspondentes localização e capacidade instalada, bem como informando os dados de identificação do
proprietário, caso não sejam próprias;
III - descrição das modalidades de destinação dos pneus coletados que serão adotadas pelo interessado;
IV - descrição dos programas educativos a serem desenvolvidos junto aos agentes envolvidos e, principalmente, junto aos consumidores;
V - número das licenças ambientais emitidas pelos órgãos competentes relativas às unidades de armazenamento, processamento, reutilização, reciclagem e destinação; e
VI - descrições de programas pertinentes de auto-monitoramento.
§ 2º O PGP deverá incluir os pontos de coleta e os mecanismos de coleta e destinação já existentes na data da entrada em vigor desta Resolução.
§ 3º Anualmente, os fabricantes e importadores de pneus novos deverão disponibilizar os dados e resultados dos PGPs.
§ 4º Os PGPs deverão ser atualizados sempre que seus fundamentos sofrerem alguma alteração ou o órgão ambiental licenciador assim o exigir.
Art. 8º Os fabricantes e os importadores de pneus novos, de forma compartilhada ou isoladamente, deverão implementar pontos de coleta de pneus usados, podendo
envolver os pontos de comercialização de pneus, os municípios, borracheiros e outros.
§ 1º Os fabricantes e os importadores de pneus novos deverão implantar, nos municípios acima de 100.000 (cem mil) habitantes, pelo menos um ponto de coleta no prazo
máximo de até 01 (um) ano, a partir da publicação desta Resolução.
§ 2º Os municípios onde não houver ponto de coleta serão atendidos pelos fabricantes e importadores através de sistemas locais e regionais apresentados no PGP.
Art. 9º Os estabelecimentos de comercialização de pneus são obrigados, no ato da troca de um pneu usado por um pneu novo ou reformado, a receber e armazenar
temporariamente os pneus usados entregues pelo consumidor, sem qualquer tipo de ônus para este, adotando procedimentos de controle que identifiquem a sua origem e
destino.
§ 1º Os estabelecimentos referidos no caput deste artigo terão prazo de até 1 (um) ano para adotarem os procedimentos de controle que identifiquem a origem e o destino
dos pneus.
§ 2º Os estabelecimentos de comercialização de pneus, além da obrigatoriedade do caput deste artigo, poderão receber pneus usados como pontos de coleta e
armazenamento temporário, facultada a celebração de convênios e realização de campanhas locais e regionais com municípios ou outros parceiros.
Art. 10. O armazenamento temporário de pneus deve garantir as condições necessárias à prevenção dos danos ambientais e de saúde pública.
Parágrafo único. Fica vedado o armazenamento de pneus a céu aberto.
Art. 11. Com o objetivo de aprimorar o processo de coleta e destinação dos pneus inservíveis em todo o país, os fabricantes e importadores de pneus novos devem:
I - divulgar amplamente a localização dos pontos de coleta e das centrais de armazenamento de pneus inservíveis;
II - incentivar os consumidores a entregar os pneus usados nos pontos de coleta e nas centrais de armazenamento ou pontos de comercialização;
III - promover estudos e pesquisas para o desenvolvimento das técnicas de reutilização e reciclagem, bem como da cadeia de coleta e destinação adequada e segura de
pneus inservíveis; e
IV - desenvolver ações para a articulação dos diferentes agentes da cadeia de coleta e destinação adequada e segura de pneus inservíveis.
Art. 12. Os fabricantes e os importadores de pneus novos podem efetuar a destinação adequada dos pneus inservíveis sob sua responsabilidade, em instalações próprias ou
mediante contratação de serviços especializados de terceiros.
08/04/2023, 22:40 Resolução CONAMA nº 416 de 30/09/2009 - Federal - LegisWeb
https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=111056 3/3
Parágrafo único. A simples transformação dos pneus inservíveis em lascas de borracha não é considerada destinação final de pneus inservíveis.
Art. 13. A licença ambiental dos destinadores de pneus inservíveis deverá especificar a capacidade instalada e os limites de emissão decorrentes do processo de destinação
utilizado, bem como os termos e condições para a operação do processo.
Art. 14. É vedada a destinação final de pneus usados que ainda se prestam para processos de reforma, segundo normas técnicas em vigor.
Art. 15. É vedada a disposição final de pneus no meio ambiente, tais como o abandono ou lançamento em corpos de água, terrenos baldios ou alagadiços, a disposição em
aterros sanitários e a queima a céu aberto.
Parágrafo único. A utilização de pneus inservíveis como combustível em processos industriais só poderá ser efetuada caso exista norma especifica para sua utilização.
Art. 16. O IBAMA, com base nos dados do PGP, dentre outros dados oficiais, apresentado pelo fabricante e importador, relatará anualmente ao CONAMA, na terceira reunião
ordinária do ano, os dados consolidados de destinação de pneus inservíveis relativos ao ano anterior, informando:
I - a quantidade nacional total e por fabricante e importador de pneus fabricados e importados;
II - o total de pneus inservíveis destinados por unidade da federação;
III - o total de pneus inservíveis destinados por categoria de destinação, inclusive armazenados temporariamente; e
IV - dificuldades no cumprimento da presente resolução, novas tecnologias e soluções para a questão dos pneus inservíveis, e demais informações correlatas que julgar
pertinente.
Art. 17. Os procedimentos e métodos para a verificação do cumprimento desta Resolução serão estabelecidos por Instrução Normativa do IBAMA.
Art. 18. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 19. Ficam revogadas as Resoluções CONAMA nº 258, de 26 de agosto de 1999, e nº 301, de 21 de março de 2002.
IZABELLA TEIXEIRA
Presidente do Conselho Interina
08/04/2023, 22:41 Resolução CONAMA nº 401 de 04/11/2008 - Federal - LegisWeb
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RESOLUÇÃO CONAMA Nº 401 DE 04/11/2008
 Publicado no DOU em 5 nov 2008
Estabelece os limites máximos de chumbo, cádmio e mercúrio para pilhas e baterias comercializadas no território nacional e os critérios e padrões para o seu gerenciamento
ambientalmente adequado, e dá outras providências.
O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA, no uso das atribuições e competências que lhe são conferidas pelo art. 8º, inciso VII, da Lei nº 6.938, de 31 de
agosto de 1981, e pelo art. 7º, incisos VI e VIII e § 3º, do Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990, e conforme o disposto em seu Regimento Interno, e o que consta do
Processo nº 02000.005624/1998-07, e
Considerando a necessidade de minimizar os impactos negativos causados ao meio ambiente pelo descarte inadequado de pilhas e baterias;
Considerando a necessidade de se disciplinar o gerenciamento ambiental de pilhas e baterias, em especial as que contenham em suas composições chumbo, cádmio,
mercúrio e seus compostos, noque tange à coleta, reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final;
Considerando a necessidade de reduzir, tanto quanto possível, a geração de resíduos, como parte de um sistema integrado de Produção Mais Limpa, estimulando o
desenvolvimento de técnicas e processos limpos na produção de pilhas e baterias produzidas no Brasil ou importadas;
Considerando a ampla disseminação do uso de pilhas e baterias no território brasileiro e a conseqüente necessidade de conscientizar o consumidor desses produtos sobre os
riscos à saúde e ao meio ambiente do descarte inadequado;
Considerando que há a necessidade de conduzir estudos para substituir as substâncias tóxicas potencialmente perigosas ou reduzir o seu teor até os valores mais baixos
viáveis tecnologicamente; e
Considerando a necessidade de atualizar, em razão da maior conscientização pública e evolução das técnicas e processos mais limpos, o disposto na Resolução CONAMA
nº 257/1999, resolve:
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º Esta Resolução estabelece os limites máximos de chumbo, cádmio e mercúrio e os critérios e padrões para o gerenciamento ambientalmente adequado das pilhas e
baterias portáteis, das baterias chumbo-ácido, automotivas e industriais e das pilhas e baterias dos sistemas eletroquímicos níquel-cádmio e óxido de mercúrio, relacionadas
nos capítulos 85.06 e 85.07 da Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM, comercializadas no território nacional.
Art. 2º Para os fins do disposto nesta Resolução, considera-se:
I - bateria: acumuladores recarregáveis ou conjuntos de pilhas, interligados em série ou em paralelo;
II - pilha ou acumulador: gerador eletroquímico de energia elétrica, mediante conversão de energia química, podendo ser do tipo primária (não recarregável) ou secundária
(recarregável);
III - pilha ou acumulador portátil: pilha, bateria ou acumulador que seja selado, que não seja pilha ou acumulador industrial ou automotivo e que tenham como sistema
eletroquímico os que se aplicam a esta Resolução;
IV - bateria ou acumulador chumbo-ácido: dispositivo no qual o material ativo das placas positivas é constituído por compostos de chumbo e o das placas negativas
essencialmente por chumbo, sendo o eletrólito uma solução de ácido sulfúrico;
V - pilha-botão: pilha que possui diâmetro maior que a altura;
VI - bateria de pilha botão: bateria em que cada elemento possui diâmetro maior que a altura;
VII - pilha miniatura: pilha com diâmetro ou altura menor que a do tipo AAA - LR03/R03, definida pelas normas técnicas vigentes;
VIII - plano de gerenciamento de pilhas e baterias usadas: conjunto de procedimentos ambientalmente adequados para o descarte, segregação, coleta, transporte,
recebimento, armazenamento, manuseio, reciclagem, reutilização, tratamento ou disposição final;
IX - destinação ambientalmente adequada: destinação que minimiza os riscos ao meio ambiente e adota procedimentos técnicos de coleta, recebimento, reutilização,
reciclagem, tratamento ou disposição final de acordo com a legislação ambiental vigente;
X - reciclador: pessoa jurídica devidamente licenciada para a atividade pelo órgão ambiental competente que se dedique à recuperação de componentes de pilhas e baterias;
XI - importador: pessoa jurídica que importa para o mercado interno pilhas, baterias ou acumuladores ou produtos que os contenham, fabricados fora do país.
Art. 3º Os fabricantes nacionais e os importadores de pilhas e baterias referidas no art. 1º e dos produtos que as contenham deverão:
I - estar inscritos no Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras dos Recursos Ambientais - CTF, de acordo com art. 17, inciso II, da
Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981;
II - apresentar, anualmente, ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA laudo físico-químico de composição, emitido por
laboratório acreditado junto ao Instituto Nacional de Metrologia e de Normatização - INMETRO;
III - apresentar ao órgão ambiental competente plano de gerenciamento de pilhas e baterias, que contemple a destinação ambientalmente adequada, de acordo com esta
Resolução.
https://www.legisweb.com.br/faleconosco/teste_gratis/?utm_campaign=testegratis
08/04/2023, 22:41 Resolução CONAMA nº 401 de 04/11/2008 - Federal - LegisWeb
https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=108777 2/3
§ 1º Caso comprovado pelo laudo físico-químico de que trata o inciso II que os teores estejam acima do permitido, o fabricante e o importador estarão sujeitos às penalidades
previstas na legislação.
§ 2º Os importadores de pilhas e baterias deverão apresentar ao IBAMA plano de gerenciamento referido no inciso III para a obtenção de licença de importação.
§ 3º O plano de gerenciamento apresentado ao órgão ambiental competente deve considerar que as pilhas e baterias a serem recebidas ou coletadas sejam acondicionadas
adequadamente e armazenadas de forma segregada, até a destinação ambientalmente adequada, obedecidas as normas ambientais e de saúde pública pertinentes,
contemplando a sistemática de recolhimento regional e local.
§ 4º O IBAMA publicará em 30 dias, a contar da vigência desta resolução, o termo de referência para a elaboração do plano de gerenciamento.
Art. 4º Os estabelecimentos que comercializam os produtos mencionados no art. 1º, bem como a rede de assistência técnica autorizada pelos fabricantes e importadores
desses produtos, deverão receber dos usuários as pilhas e baterias usadas, respeitando o mesmo princípio ativo, sendo facultativa a recepção de outras marcas, para
repasse aos respectivos fabricantes ou importadores.
Art. 5º Para as pilhas e baterias não contempladas nesta Resolução, deverão ser implementados, de forma compartilhada, programas de coleta seletiva pelos respectivos
fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes e pelo poder público.
Art. 6º As pilhas e baterias mencionadas no art. 1º, nacionais e importadas, usadas ou inservíveis, recebidas pelos estabelecimentos comerciais ou em rede de assistência
técnica autorizada, deverão ser, em sua totalidade, encaminhadas para destinação ambientalmente adequada, de responsabilidade do fabricante ou importador.
Parágrafo único. O IBAMA estabelecerá por meio de Instrução Normativa a forma de controle do recebimento e da destinação final.
CAPÍTULO II
DAS PILHAS E BATERIAS DE PILHAS ELÉTRICAS ZINCO-MANGANÊS E ALCALINO-MANGANÊS
Art. 7º A partir de 1º de julho de 2009, as pilhas e baterias do tipo portátil, botão e miniatura que sejam comercializadas, fabricadas no território nacional ou importadas,
deverão atender aos seguintes teores máximos dos metais de interesse:
I - conter até 0,0005% em peso de mercúrio quando for do tipo listado no inciso III do art. 2º desta resolução;
II - conter até 0,002% em peso de cádmio quando for do tipo listado no inciso III do art. 2º desta resolução;
III - conter até 2,0% em peso de mercúrio quando for do tipo listado nos incisos V, VI e VII do art. 2º desta resolução;
IV - conter traços de até 0,1% em peso de chumbo.
CAPÍTULO III
DAS BATERIAS CHUMBO-ÁCIDO
Art. 8º As baterias, com sistema eletroquímico chumbo-ácido, não poderão possuir teores de metais acima dos seguintes limites:
I - mercúrio - 0,005% em peso; e
II - cádmio - 0,010% em peso.
Art. 9º O repasse das baterias chumbo-ácido previsto no art. 4º poderá ser efetuado de forma direta aos recicladores, desde que licenciados para este fim.
Art. 10. Não é permitida a disposição final de baterias chumbo-ácido em qualquer tipo de aterro sanitário, bem como a sua incineração.
Art. 11. O transporte das baterias chumbo-ácido exauridas, sem o seu respectivo eletrólito, só será admitido quando comprovada a destinação ambientalmente adequada do
eletrólito.
CAPÍTULO IV
DAS BATERIAS NÍQUEL-CÁDMIO E ÓXIDO DE MERCÚRIO
Art. 12. O repasse das baterias níquel-cádmio e óxido de mercúrio previsto no art. 4º poderá ser efetuado de forma direta aos recicladores, desde que licenciados para este
fim.
Art. 13. Não é permitida a incineraçãoe a disposição final dessas baterias em qualquer tipo de aterro sanitário, devendo ser destinadas de forma ambientalmente adequada.
CAPÍTULO V
DA INFORMAÇÃO, EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO AMBIENTAL
Art. 14. Nos materiais publicitários e nas embalagens de pilhas e baterias, fabricadas no País ou importadas, deverão constar de forma clara, visível e em língua portuguesa,
a simbologia indicativa da destinação adequada, as advertências sobre os riscos à saúde humana e ao meio ambiente, bem como a necessidade de, após seu uso, serem
encaminhadas aos revendedores ou à rede de assistência técnica autorizada, conforme Anexo I.
Art. 15. Os fabricantes e importadores de produtos que incorporem pilhas e baterias deverão informar aos consumidores sobre como proceder quanto à remoção destas
pilhas e baterias após a sua utilização, possibilitando sua destinação separadamente dos aparelhos.
Parágrafo único. Nos casos em que a remoção das pilhas ou baterias não for possível, oferecer risco ao consumidor ou, quando forem parte integrante e não removíveis do
produto, o fabricante ou importador deverá obedecer aos critérios desta Resolução quanto à coleta e sua destinação ambientalmente adequada, sem prejuízo da obrigação
de informar devidamente o consumidor sobre esses riscos.
Art. 16. No corpo do produto das baterias chumbo-ácido, níquel-cádmio e óxido de mercúrio deverá constar:
I - nos produtos nacionais, a identificação do fabricante e, nos produtos importados, a identificação do importador e do fabricante, de forma clara e objetiva, em língua
portuguesa, mediante a utilização de etiquetas indeléveis, legíveis e com resistência mecânica suficiente para suportar o manuseio e intempéries, visando assim preservar as
informações nelas contidas durante toda a vida útil da bateria;
II - a advertência sobre os riscos à saúde humana e ao meio ambiente; e
III - a necessidade de, após seu uso, serem devolvidos aos revendedores ou à rede de assistência técnica autorizada para repasse aos fabricantes ou importadores.
PParágrafo único. (Revogado pela Resolução CONAMA nº 424, de 22.04.2010, DOU 23.04.2010)
Art. 17. Os fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes destas pilhas e baterias, ou de produtos que as contenham para seu funcionamento, serão incentivados,
em parceria com o poder público e sociedade civil, a promover campanhas de educação ambiental, bem como pela veiculação de informações sobre a responsabilidade pós-
consumo e por incentivos à participação do consumidor neste processo.
Art. 18. Os fabricantes e importadores dos produtos abrangidos por esta Resolução deverão periodicamente promover a formação e capacitação dos recursos humanos
envolvidos na cadeia desta atividade, inclusive aos catadores de resíduos, sobre os processos de logística reversa com a destinação ambientalmente adequada de seus
produtos.
CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 19. Os estabelecimentos de venda de pilhas e baterias referidas no art. 1º devem obrigatoriamente conter pontos de recolhimento adequados.
Art. 20. Os fabricantes e importadores dos produtos abrangidos por esta Resolução, que estejam em operação na data de sua publicação, terão prazo de até 12 meses para
cumprir o disposto no Inciso III do art. 3º.
08/04/2023, 22:41 Resolução CONAMA nº 401 de 04/11/2008 - Federal - LegisWeb
https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=108777 3/3
Art. 21. Para cumprimento do disposto nos arts. 4º, art. 5º e caput do art. 6º, será dado um prazo de até 24 meses, a contar da publicação desta resolução.
Art. 22. Não serão permitidas formas inadequadas de disposição ou destinação final de pilhas e baterias usadas, de quaisquer tipos ou características, tais como:
I - lançamento a céu aberto, tanto em áreas urbanas como rurais, ou em aterro não licenciado;
II - queima a céu aberto ou incineração em instalações e equipamentos não licenciados;
III - lançamento em corpos d'água, praias, manguezais, pântanos, terrenos baldios, poços ou cacimbas, cavidades subterrâneas, redes de drenagem de águas pluviais,
esgotos, ou redes de eletricidade ou telefone, mesmo que abandonadas, ou em áreas sujeitas à inundação.
Art. 23. O IBAMA, baseado em fatos fundamentados e comprovados, poderá requisitar, a seu critério, amostra de lotes de pilhas e baterias, de quaisquer tipos, produzidos ou
importados para comercialização no país, para fins de comprovação do atendimento às exigências desta Resolução, mediante a realização da medição dos teores de metais
pesados, em laboratórios acreditados por órgãos competentes para este fim, signatários dos acordos do "International Laboratory Accreditation Cooperation" - ILAC.
§ 1º Os custos dos ensaios de comprovação de conformidade, realizados no país ou no exterior, assim como os decorrentes de eventuais ações de reparo e armazenamento,
correrão por conta do fabricante ou importador das pilhas e baterias.
§ 2º A verificação do não cumprimento das exigências previstas nesta resolução resultará na obrigação para o fabricante ou importador de recolhimento de todos os lotes em
desacordo com esta norma.
Art. 24. O órgão ambiental competente, poderá adotar procedimentos complementares relativos ao controle, fiscalização, laudos e análises físico-químicas, necessários à
verificação do cumprimento do disposto nesta Resolução.
Art. 25. Compete aos órgãos e entidades do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, sem prejuízo da competência de outros órgãos e entidades da Administração
Pública, a fiscalização relativa ao cumprimento das disposições desta Resolução.
Art. 26. Os fabricantes e importadores dos produtos abrangidos por esta Resolução deverão conduzir estudos para substituir as substâncias potencialmente perigosas neles
contidas ou reduzir o seu teor até os valores mais baixos viáveis tecnologicamente.
Parágrafo único. Os estudos e resultados mencionados no caput devem ser entregues ao IBAMA, que os avaliará tecnicamente e encaminhará relatório ao CONAMA,
respeitados o sigilo industrial e as patentes.
Art. 27. O não-cumprimento das obrigações previstas nesta Resolução sujeitará os infratores às penalidades previstas na legislação em vigor.
Art. 28. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se a Resolução nº 257, de 30 de junho 1999.
CARLOS MINC
Presidente do Conselho
ANEXO
Simbologias adotadas para pilhas e baterias:
A. Chumbo ácido: Utilizar qualquer das 3 alternativas abaixo:
Se o fabricante ou o importador adotar um sistema de reciclagem poderá utilizar complementarmente a simbologia abaixo.
B. Níquel-cádmio: Utilizar qualquer das 3 alternativas abaixo
Se o fabricante ou o importador adotar um sistema de reciclagem poderá utilizar complementarmente a simbologia abaixo.
PROCEDIMENTOS PARA FISCALIZAÇÃO DE PROCEDIMENTOS PARA FISCALIZAÇÃO DE 
ÓLEOS LUBRIFICANTES USADOS OU ÓLEOS LUBRIFICANTES USADOS OU 
CONTAMINADOS (“CONTAMINADOS (“OLUCsOLUCs”)
SÃO PAULO SÃO PAULO –– NOVEMBRO/2006NOVEMBRO/2006
SINDIRREFINO
APOIOAPOIO:
“Óleos lubrificantes Usados e o Meio Ambiente”
Resolução CONAMA Nº 362/2005
joao.dias@ibama.gov.br
INDICE:INDICE:
Introdução.Introdução........................................................................................................................................................xx.......................xx
I) CONSIDERAÇÕES GERAISI) CONSIDERAÇÕES GERAIS
(1)(1)O Óleo Usado ou Contaminado (O Óleo Usado ou Contaminado (OLUCOLUC ).......................................).......................................zzzz
•• 1.11.1--Tipos de óleos..................................................Tipos de óleos....................................................................................................kkkk;;
•• 1.21.2--Classificação do OLUC como resíduo..............................Classificação do OLUC como resíduo................................................zzzz
•• 1.31.3---- Poluição por Poluição por OLUCsOLUCs..............................................................................................................................yyyy;;•• 1.4 1.4 -- Destinação final dos Destinação final dos OLUCsOLUCs..................................................HH..................................................HH
(2) Como se dá a geração de (2) Como se dá a geração de OLUCsOLUCs....
(3) Logística na comercialização de óleos lubrificantes no Brasi(3) Logística na comercialização de óleos lubrificantes no Brasil l 
(4) O processo de rerrefino de (4) O processo de rerrefino de OLUCsOLUCs......................................................................yyyy
(5)Licenciamento Ambiental de atividades que envolvam (5)Licenciamento Ambiental de atividades que envolvam OLUCsOLUCs............tttt
II) DAS INFRAÇÕES E PROCEDIMENTOS FISCALIZATÓRIOSII) DAS INFRAÇÕES E PROCEDIMENTOS FISCALIZATÓRIOS
1) Do Cadastro Técnico Federal 1) Do Cadastro Técnico Federal –– CTF................................................CTF................................................wwww
2) Do Licenciamento Ambiental de Atividades que envolvam 2) Do Licenciamento Ambiental de Atividades que envolvam OLUCsOLUCs......tttt
3) Da fiscalização da Coleta3) Da fiscalização da Coleta,...............................................................,.................................................................vvvvvv
4) Do transporte ...............................................4) Do transporte .......................................................................................................................llllll
5) Da destinação Final ambientalmente correta..................5) Da destinação Final ambientalmente correta..................................ss................ss
III) LEGISLAÇÃO APLICADAIII) LEGISLAÇÃO APLICADA
•• Lei 9.605, de 12 de fevereiro de 1988...........................Lei 9.605, de 12 de fevereiro de 1988................................................rr.....................rr
•• Resolução CONAMA Nº 362, de 23 de junho de 2005 ................Resolução CONAMA Nº 362, de 23 de junho de 2005 ..........................zzzz
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1.1) Tipos de Óleos1.1) Tipos de Óleos
““Óleo queimado ou óleo de motor”Óleo queimado ou óleo de motor”
X
Óleos Combustíveis
••BPFBPF
••“Bunker”(navios)“Bunker”(navios)
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1.21.2--Classificação do OLUC como resíduo Classificação do OLUC como resíduo –– NBR NBR 
10.004/200410.004/2004
Código de 
identificação
Resíduo perigoso Constituinte Perigoso Características de 
periculosidade
F130F130 ÓÓleo lubrificante usado leo lubrificante usado 
ou contaminadoou contaminado
Não aplicNão aplicáávelvel TTóóxicoxico
IMPORTAÇÃOIMPORTAÇÃO::
••Convenção da BasiléiaConvenção da Basiléia
••Resolução CONAMA Nº 23/96Resolução CONAMA Nº 23/96
••Decreto Nº 4.581, de 27 de janeiro de 2003Decreto Nº 4.581, de 27 de janeiro de 2003
(A3020 Resíduos de óleos minerais A3020 Resíduos de óleos minerais impróprios para o uso originalimpróprios para o uso original )
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1.3 1.3 –– Poluição por Poluição por OLUCsOLUCs
• 1 t/dia de óleo lubrificante usado para o solo ou cursos d'água
equivale ao esgoto doméstico de 40 mil habitantes;
• a combustão de 20 litros de óleo usado liberam para o ar, 
aproximadamente, 20 g de metais pesados ;
• O descarte de óleo diretamente no solo, além de impactar 
este compartimento ambiental, pode ser carreado para o 
lençol freático e daí para os aqüíferos, causando o 
comprometimento destes recursos. 
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1.41.4-- Destinação final dos Destinação final dos OLUCsOLUCs
•• reciclagem, através do processo de reciclagem, através do processo de rerrefinorerrefino (artigo 3º da (artigo 3º da 
Resolução CONAMA Nº 362/05);Resolução CONAMA Nº 362/05);
•• Entre 1991 Entre 1991 -- 1993, a ONU financiou estudos sobre a disposição 1993, a ONU financiou estudos sobre a disposição 
de óleos usados. A principal conclusão desses estudos foi que a de óleos usados. A principal conclusão desses estudos foi que a 
solução para uma disposição segura de óleos lubrificantes solução para uma disposição segura de óleos lubrificantes 
usados é usados é o rerrefinoo rerrefino (reciclagem).(reciclagem).
•• Óleos básicos oriundos do rerrefino Óleos básicos oriundos do rerrefino -- “Programa de Uso Eficiente “Programa de Uso Eficiente 
e Combate ao Desperdício de Derivados de Petróleo e Gás e Combate ao Desperdício de Derivados de Petróleo e Gás 
Natural“(Natural“(MME/ANPMME/ANP))
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(2) COMO SE DÁ A GERAÇÃO DE OLUCs
• USO -degradação termoxidativa do óleo e o acúmulo de 
contaminantes;
• OLUCs contêm produtos resultantes da deterioração parcial dos 
óleos:
• compostos oxigenados (ácidos orgânicos e cetonas); 
• compostos aromáticos polinucleares(HPAs) de viscosidade 
elevada, resinas e lacas;
• aditivos que foram adicionados ao básico no processo de 
formulação de lubrificantes não consumidos (anti-oxidantes, anti-
corrosivos, anti-ferrugem, anti-espumantes, etc);
• metais de desgaste dos motores e das máquinas lubrificadas 
(chumbo, cromo, bário e cádmio); e 
• contaminantes diversos, como água, combustível não queimado, 
poeira e outras impurezas. 
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(3) LOGÍSTICA DA PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DOS 
ÓLEOS LUBRIFICANTES NO BRASIL
Refinaria
RestauranteRestauranteRestaurante
Coletor
Rerrefino
Outros Fins 
desde que 
devidamente 
licenciados pelo 
OEMA 
Consumidor
Óleo Básico
Óleo Básico
Óleo 
Lubrificante. 
Acabado
Óleo Lubrif. 
Acabado Óleo Lubrif. 
Acabado
Óleo 
Lubrificante. 
Usado ou 
Contaminado
(OLUC)
Óleo Lubrif. 
Usado ou 
Contaminad
o
Óleo Lubrif. 
Usado ou 
Contaminado
Óleo
Básico
Rerrefinado Revenda
RestauranteRestaurante
Importador
Produtores/ 
distribuidores
Fonte: ANP modificado/IBAMA
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(4) O PROCESSO DE RERREFINO DE OLUCs
Fonte : www.ciwmb.ca.gov/usdoi/rerefined
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(5) DA DOCUMENTAÇÃO PERTINENTE AS ATIVIDADES QUE ENVOLVAM 
OLUCS
• 5.1-Dos produtores e importadores de óleos lubrificantes acabados
1.1. Registro na ANP como produtor e/ou importador de óleos lubrificaRegistro na ANP como produtor e/ou importador de óleos lubrificantes acabados;ntes acabados;
2.2. Licenciamento ambiental da(s) unidade(s) produtora(s) e/ou armazLicenciamento ambiental da(s) unidade(s) produtora(s) e/ou armazenadora (s), enadora (s), 
emitido pelo órgão ambiental competenteemitido pelo órgão ambiental competente;;
3.3. Registro no Cadastro Técnico Federal de Atividades PotencialmentRegistro no Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou e Poluidoras ou 
UtilizadorasUtilizadoras de Recursos Ambientais (CTF) na categoria respectiva;de Recursos Ambientais (CTF) na categoria respectiva;
Obs: categorias no CTF;Obs: categorias no CTF;
ProdutorProdutor
Indústria química /Indústria química / fabricação de produtos derivados do processamento de fabricação de produtos derivados do processamento de 
petróleo petróleo -- ResRes. Conama N. Conama Noo. 362/2005. 362/2005
ImportadorImportador
Transporte, Terminais, Depósitos e Comércio / comércio de produtTransporte, Terminais, Depósitos e Comércio / comércio de produtos os 
químicos e produtos perigososquímicos e produtos perigosos -- ResRes. Conama No. 362/2005;. Conama No. 362/2005;
4.4. Documento(s) comprobatório(s) da contratação de empresa(s) coletDocumento(s) comprobatório(s) da contratação de empresa(s) coletora(s) ora(s) 
(contrato) para realização da coleta de (contrato) para realização da coleta de OLUCsOLUCs, indicando o percentual mínimo , indicando o percentual mínimo 
dado pela Resolução CONAMA em questãodado pela Resolução CONAMA em questão
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(5) DA DOCUMENTAÇÃO PERTINENTE AS ATIVIDADES QUE ENVOLVAM 
OLUCS
• 5.2-Dos revendedores de óleos lubrificantes acabados
“XV “XV –– revendedor revendedor –– pessoa jurídica que comercializa óleo lubrificante acabado no pessoa jurídica que comercializa óleo lubrificante acabado no 
atacado e no varejo tais como: atacado e no varejo tais como: postos de serviçopostos de serviço, , oficinasoficinas, ,supermercadossupermercados, , 
lojas de autopeçaslojas de autopeças, , atacadistasatacadistas, etc; e”(inciso XV do artigo 2º da Resolução , etc; e”(inciso XV do artigo 2º da Resolução 
362/2005)362/2005)
1.1. Licenciamento ambiental do(s) estabelecimento(s) revendedor(es) Licenciamento ambiental do(s) estabelecimento(s) revendedor(es) 
ou armazenador(es), emitido pelo órgão ambiental competente ou armazenador(es), emitido pelo órgão ambiental competente 
quando aplicávelquando aplicável;(exemplo:postos de serviço);(exemplo:postos de serviço)
2.2. Registro no Cadastro Técnico Federal de Atividades Registro no Cadastro Técnico Federal de Atividades 
Potencialmente Poluidoras ou Potencialmente Poluidoras ou UtilizadorasUtilizadoras de Recursos Ambientais de Recursos Ambientais 
(CTF) na categoria respectiva quando aplicável (exemplo: postos (CTF) na categoria respectiva quando aplicável (exemplo: postos 
de serviço)de serviço)
3.3. Certificados de coletaCertificados de coleta de óleo lubrificante usado ou contaminado de óleo lubrificante usado ou contaminado 
emitidos por coletor(es) autorizado(s);emitidos por coletor(es) autorizado(s);
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(5) DA DOCUMENTAÇÃO PERTINENTE AS ATIVIDADES QUE ENVOLVAM 
OLUCS
• 5.3-Dos geradores de OLUCs
“gerador gerador –– pessoa físicapessoa física ouou jurídica jurídica que, em decorrência de sua que, em decorrência de sua 
atividade, gera óleo lubrificante usado ou contaminado”.(artigo atividade, gera óleo lubrificante usado ou contaminado”.(artigo 2 2 
inciso V da Resolução) inciso V da Resolução) 
•• todas as pessoastodas as pessoas que geram quaisquer quantitativos de que geram quaisquer quantitativos de OLUCsOLUCs--
ExtremamenteExtremamente pulverizado pulverizado ––Fiscalização praticamente inexeqüível Fiscalização praticamente inexeqüível 
•• Embora os geradores possuam a responsabilidade de recolher todo Embora os geradores possuam a responsabilidade de recolher todo 
os os OLUCsOLUCs gerados (artigo 5º da Resolução CONAMA Nº 362/2005), gerados (artigo 5º da Resolução CONAMA Nº 362/2005), 
geralmente o fazem em geralmente o fazem em estabelecimentos de revenda que estabelecimentos de revenda que 
comercializam lubrificantes novos no ato da troca;comercializam lubrificantes novos no ato da troca;
•• Todavia a simples disposição de Todavia a simples disposição de OLUCsOLUCs diretamente no meio diretamente no meio 
ambiente, por ambiente, por quem quer que seja em qualquer quantidadequem quer que seja em qualquer quantidade, se , se 
constitui em constitui em crime ambiental.crime ambiental.
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(5) DA DOCUMENTAÇÃO PERTINENTE AS ATIVIDADES QUE 
ENVOLVAM OLUCS
• 5.4-Dos coletores de OLUCs
coletores coletores -- pessoas pessoas jurídicasjurídicas, devidamente cadastradas junto ao Órgão Regulador da Indústria , devidamente cadastradas junto ao Órgão Regulador da Indústria do do 
Petróleo Petróleo -- ANP (Portaria ANP Nº 127/99) e licenciadas pelo órgão ambientalANP (Portaria ANP Nº 127/99) e licenciadas pelo órgão ambiental competente (artigo 2º competente (artigo 2º 
inciso I da Resolução 362/2005),inciso I da Resolução 362/2005),
1.1. Registro na ANP como coletor de Registro na ANP como coletor de OLUCsOLUCs e cumprimento aos demais ditames da Portaria Nº 127/99;e cumprimento aos demais ditames da Portaria Nº 127/99;
2.2. Registro no Cadastro Técnico Federal de Atividades PotencialmentRegistro no Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou e Poluidoras ou UtilizadorasUtilizadoras de de 
Recursos Naturais (CTF) na categoria respectiva;Recursos Naturais (CTF) na categoria respectiva;
Obs: categoria no CTFObs: categoria no CTF
ColetorColetor
Transporte, Terminais, Depósitos e Comércio /Transporte, Terminais, Depósitos e Comércio / transporte de cargas perigosas transporte de cargas perigosas -- ResRes. Conama . Conama 
No. 362/2005No. 362/2005
33 Equipamentos e documentação pertinente ao Equipamentos e documentação pertinente ao transporte de cargas perigosastransporte de cargas perigosas atendendo a legislação atendendo a legislação 
específica em vigor (Decreto Nº 96.044/88 e Resolução Nº 420/200específica em vigor (Decreto Nº 96.044/88 e Resolução Nº 420/2004, da 4, da –– ANTT);ANTT);
44 Autorização (Autorização (Licenciamento AmbientalLicenciamento Ambiental) para a realização da atividade de transporte de resíduos ) para a realização da atividade de transporte de resíduos 
perigosos, emitido pelo órgão ambiental competente;perigosos, emitido pelo órgão ambiental competente;
55 Cópias dos Cópias dos Certificados de ColetaCertificados de Coleta emitidos por ocasião de cada aquisição de OLUC junto aos emitidos por ocasião de cada aquisição de OLUC junto aos 
geradores ou revendedores;geradores ou revendedores;
66 Cópias dos Cópias dos Certificados de RecebimentoCertificados de Recebimento obtidos por ocasião da entrega dos obtidos por ocasião da entrega dos OLUCsOLUCs aos aos 
rerrefinadoresrerrefinadores
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coleta
“Art. 4º da Portaria ANP 127/99
VIII - indicar nas laterais e parte traseira dos tanques dos caminhões, 
próprios ou arrendados, em letra (fonte) Arial tamanho 30cm, os seguintes 
dizeres: ÓLEO LUBRIFICANTE USADO - COLETOR AUTORIZADO ANP 
Nº ___ (citar o número da Autorização);”(grifos nossos)
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Sugestão de requisitos 
para uma 
Licença/Autorização de 
Operação de transporte 
de OLUC
•Número de veículos 
envolvidos no transporte de 
OLUCs;
•placas dos veículos;
•Classe de risco dos 
produtos transportados;
•Simbologia e rótulos de 
risco;
•Condutores habilitados 
com curso de 
Movimentação de cargas 
Perigosas – MOPE;
•Responsáveis em caso de 
acidentes; 
•etc
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MODELO DE CERTIFICADO DE COLETA DE OLUCs
ANEXO IV
DADOS DA COLETORA
NOME
Endereço:
Cadastro na ANP nº
CERTIFICADO DE COLETA DE
ÓLEO USADO nº________
Local___________UF_____Data____/____/____
_
Óleo automotivo LITROS
Óleo Industrial LITROS
Outros LITROS
Soma LITROS
RAZÃO SOCIAL 
RUA ( nome n.º etc)
BAIRRO CIDADE UF
CEP CGC Nº
FONE FAX
1ª via (Gerador ) 2ª via (Fixa/Contabilidade) 3ª via (Reciclador)
Assinatura do Gerador (Detentor) Assinatura do Coletor
Declaramos haver coletado o volume de óleo 
lubrificante usado ou contaminado, conforme 
discriminado ao lado, do gerador abaixo 
identificado:
joao.dias@ibama.gov.br
MODELO DE CERTIFICADO DE RECEBIMENTO DE OLUCs
ANEXO III
DADOS DA RERREFINADORA
NOME
Endereço:
Cadastro na ANP nº
CERTIFICADO DE RECEBIMENTO DE
ÓLEO USADO nº ________
Local___________UF_____Data____/____/_
____
Óleo automotivo LITROS
Óleo Industrial LITROS
Outros LITROS
Soma LITROS
RAZÃO SOCIAL 
RUA ( nome n.º etc)
BAIRRO CIDADE UF
CEP CGC Nº
FONE FAX CADASTRO ANP N.º
1ª via (Coletor ) 2ª via (Fixa talão) 3ª via (Contabilidade)
Assinatura do Emissor (Detentor)
Declaramos haver recebido o volume de óleo 
lubrificante usado ou contaminado, conforme 
discriminado ao lado, do Coletor abaixo 
identificado:
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(5) DA DOCUMENTAÇÃO PERTINENTE AS ATIVIDADES QUE ENVOLVAM 
OLUCS
• 5.5-Dos rerrefinadores
“pessoa jurídica, responsável pela atividade de rerrefino, devid“pessoa jurídica, responsável pela atividade de rerrefino, devidamente autorizada amente autorizada 
pelo órgão regulador da indústria do petróleo para a atividade dpelo órgão regulador da indústria do petróleo para a atividade de rerrefino e e rerrefino e 
licenciada pelo órgão ambiental competente.” (artigo 2º inciso Xlicenciada pelo órgão ambiental competente.” (artigo 2º inciso XIII)III)
1.1. Registro na ANP como Registro na ANP como rerrefinadorrerrefinador de óleos lubrificantes usados ou contaminados;de óleos lubrificantes usados ou contaminados;
2.2. Registro no Cadastro Técnico Federal de Atividades PotencialmentRegistro no Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou e Poluidoras ou 
UtilizadorasUtilizadoras de Recursos Naturais (CTF) na categoria respectiva;de Recursos Naturais (CTF)na categoria respectiva;
•• Obs:Obs: categoria no CTFcategoria no CTF
RerrefinadorRerrefinador
Indústria química /Indústria química / produção de óleosprodução de óleos –– ResRes. Conama N. Conama Noo. 362/2005. 362/2005
33 Licenciamento ambiental da(s) unidade(s) Licenciamento ambiental da(s) unidade(s) rerrefinadorarerrefinadora(s) bem como do(s) (s) bem como do(s) 
depósito(s) de armazenamento provisório(s) de depósito(s) de armazenamento provisório(s) de OLUCsOLUCs, emitido(s) pelo órgão , emitido(s) pelo órgão 
ambiental competente ;ambiental competente ;
44 Cópias dos Cópias dos Certificados de RecebimentoCertificados de Recebimento emitidos por ocasião do recebimento emitidos por ocasião do recebimento 
das partidas de das partidas de OLUCsOLUCs dos coletores;dos coletores;
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(6) Licenciamento Ambiental das Atividades 
que envolvam OLUCs
6.1) PRODUTORES/IMPORTADORES DE ÓLEOS LUBRIFICANTES6.1) PRODUTORES/IMPORTADORES DE ÓLEOS LUBRIFICANTES
••Unidades produtoras e depósitos para armazenamento de óleo Unidades produtoras e depósitos para armazenamento de óleo 
acabadoacabado
6.2) REVENDEDORES DE ÓLEOS LUBRIFICANTES ACABADOS6.2) REVENDEDORES DE ÓLEOS LUBRIFICANTES ACABADOS
••Postos de serviço Postos de serviço –– SimSim;;
••SupermercadosSupermercados-- NãoNão
••SupertrocasSupertrocas-- Não Não (????)(????)
••Oficinas Mecânicas Oficinas Mecânicas –– NãoNão (????)(????)
6.3) COLETA DE OLUCS6.3) COLETA DE OLUCS
••Centros de coleta (Depósitos e Centros de coleta (Depósitos e tancagenstancagens temporários)temporários)
6.4) 6.4) RERREFINADORESRERREFINADORES
••Unidades de rerrefino e Unidades de rerrefino e tancagenstancagens para armazenamentopara armazenamento
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CENTROS DE COLETA (DEPÓSITOS /TANCAGENS 
TEMPORÁRIOS)
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Questão do Licenciamento Ambiental para destinação adequada Questão do Licenciamento Ambiental para destinação adequada 
de de OLUCsOLUCs
““Art. 3 Art. 3 o o Todo o óleo lubrificante usado ou contaminado coletado deverá Todo o óleo lubrificante usado ou contaminado coletado deverá 
ser destinado à ser destinado à reciclagem por meio do processo de rerrefinoreciclagem por meio do processo de rerrefino.”(grifos .”(grifos 
nossos)nossos)
““§ 1 § 1 oo A reciclagem referida no caput poderá ser realizada, a critérioA reciclagem referida no caput poderá ser realizada, a critério do do 
órgão ambiental competente, por meio de outro processo tecnológiórgão ambiental competente, por meio de outro processo tecnológico co 
com com eficácia ambiental comprovada equivalente ou superioreficácia ambiental comprovada equivalente ou superior ao ao 
rerrefino.” (grifos nossos);rerrefino.” (grifos nossos);
RESOLUÇÃO CONAMA Nº 362/2005RESOLUÇÃO CONAMA Nº 362/2005
§ 3 § 3 o o Comprovada, perante ao órgão ambiental competente, a Comprovada, perante ao órgão ambiental competente, a inviabilidade inviabilidade 
de destinação prevista no caput e no § 1de destinação prevista no caput e no § 1 o o deste artigo, deste artigo, qualquer outra qualquer outra 
utilização do óleo lubrificante usado ou contaminado dependerá dutilização do óleo lubrificante usado ou contaminado dependerá do o 
licenciamento ambiental.” licenciamento ambiental.” (grifos nossos)(grifos nossos)
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Questão do Licenciamento Ambiental para destinação Questão do Licenciamento Ambiental para destinação 
adequada dos adequada dos OLUCsOLUCs
• “Art. 13. Para fins desta Resolução, não se entende a 
COMBUSTÃO ou INCINERAÇÃO de óleo 
lubrificante usado ou contaminado como formas 
de reciclagem ou de destinação adequada.”(grifos 
nossos)
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Questão do Licenciamento para destinação adequadaQuestão do Licenciamento para destinação adequada
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Questão do Licenciamento para destinação adequadaQuestão do Licenciamento para destinação adequada
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II) DAS INFRAÇÕES E PROCEDIMENTOS 
FISCALIZATÓRIOS
(a) Empresa produtora e/ou importadora de (a) Empresa produtora e/ou importadora de óóleos lubrificantes acabados que não leos lubrificantes acabados que não 
possui registro na ANP para exercpossui registro na ANP para exercíício dessa(s) atividade(s) cio dessa(s) atividade(s) 
As empresas produtoras e/ou importadoras de As empresas produtoras e/ou importadoras de óóleo lubrificante acabado deverão estar leo lubrificante acabado deverão estar 
devidamente registradas na ANP de acordo com a legisladevidamente registradas na ANP de acordo com a legislaçção pertinente (Lei não pertinente (Lei nºº 9.847/99).9.847/99).
Procedimento Procedimento 
fiscalizatfiscalizatóóriorio::
verificaverificaçção de documentaão de documentaçção pertinente.ão pertinente.
Penalidade (s):Penalidade (s): Base legalBase legal Valor.Valor.
AplicaAplicaçção de multaão de multa artigo 3artigo 3ºº da Lei Nda Lei Nºº 9.847, DE 26.10.1999, descrito a seguir9.847, DE 26.10.1999, descrito a seguir::
““Art. 3Art. 3ºº. A pena de multa ser. A pena de multa seráá aplicada na ocorrência das aplicada na ocorrência das 
infrainfraçções e nos limites seguintes:ões e nos limites seguintes:
I I -- exercer atividade relativa exercer atividade relativa àà indindúústria do petrstria do petróóleoleo, , 
ao abastecimento nacional de combustao abastecimento nacional de combustííveis, ao Sistema veis, ao Sistema 
Nacional de Estoques de CombustNacional de Estoques de Combustííveis e ao Plano Anual de veis e ao Plano Anual de 
Estoques EstratEstoques Estratéégicos de Combustgicos de Combustííveis, sem veis, sem prpréévio vio 
registro ou autorizaregistro ou autorizaçção exigidos na legislaão exigidos na legislaçção ão 
aplicaplicáávevell””(grifos nossos)(grifos nossos)
de R$ 50.000,00 de R$ 50.000,00 
(cinq(cinqüüenta mil reais) enta mil reais) 
a R$ 200.000,00 a R$ 200.000,00 
(duzentos mil reais);(duzentos mil reais);
II .1) Das infrações a documentação obrigatória
Exercer as atividades dadas pela Resolução nº 362/05 sem possuir registro na ANP
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II .1) Das infrações a documentação obrigatória
(c) Coletor de (c) Coletor de OLUCsOLUCs
Assim como os entes supramencionados, o coletor de Assim como os entes supramencionados, o coletor de OLUcsOLUcs deverdeveráá estar devidamente estar devidamente 
cadastrado nacadastrado na ANP.ANP.
Procedimento Procedimento 
fiscalizatfiscalizatóóriorio
verificaverificaçção de documentaão de documentaçção pertinenteão pertinente
Penalidade(s)Penalidade(s) Base legalBase legal ValorValor
AplicaAplicaçção de ão de 
multamulta
••artigo 3artigo 3ºº da Lei Nda Lei Nºº 9.847, de 26.10.1999, 9.847, de 26.10.1999, 
((retromencionadoretromencionado))
Art. 2Art. 2ºº. Da Portaria ANP N. Da Portaria ANP Nºº 127/99, descrito a seguir:127/99, descrito a seguir:
““Art. 2Art. 2ºº Para o exercPara o exercíício da atividade de coletor de cio da atividade de coletor de óóleo leo 
lubrificante usado ou contaminado lubrificante usado ou contaminado éé necessnecessáário possuir rio possuir 
cadastro expedido pela Agência Nacional do Petrcadastro expedido pela Agência Nacional do Petróóleo leo --
ANP.ANP.””
••Art 2Art 2ºº, inciso I da Resolu, inciso I da Resoluçção Não Nºº 362/2005362/2005
de R$ de R$ 
50.000,00 50.000,00 
(cinq(cinqüüenta mil enta mil 
reais) a R$ reais) a R$ 
200.000,00 200.000,00 
(duzentos mil (duzentos mil 
reais);reais);
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Exercer as atividades dadas pela Resolução Nº 362/2005 sem 
estar cadastrado no Cadastro Técnico Federal de Atividades 
Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos 
Ambientais - CTF
Empresas produtora/ importadora/revendedora de Empresas produtora/ importadora/revendedora de óóleos lubrificantes acabados leos lubrificantes acabados 
(quando aplic(quando aplicáável); vel); coletor/rerrefinadorcoletor/rerrefinador de de óóleos usados ou contaminados leos usados ou contaminados 
As pessoas fAs pessoas fíísicas e jursicas e juríídicas que exerdicas que exerççam as atividades de am as atividades de 
((produtor/importador/revendedorde produtor/importador/revendedor de óóleos lubrificantes acabados)/ leos lubrificantes acabados)/ 
((coletor/rerrefinadorcoletor/rerrefinador de de óóleos usados ou contaminados) leos usados ou contaminados) que não estejam que não estejam 
cadastradas no CTFcadastradas no CTF
Procedimento Procedimento 
fiscalizatfiscalizatóóriorio::
verificaverificaçção de documentaão de documentaçção pertinente ão pertinente -- CTFCTF
Penalidade (s):Penalidade (s): Base legalBase legal Valor.Valor.
AplicaAplicaçção de ão de 
multamulta
••Lei NLei Nºº 6.938/81 art 17 inciso II6.938/81 art 17 inciso II
As pessoas fAs pessoas fíísicas e jursicas e juríídicas que exerdicas que exerççam as am as 
atividades de atividades de 
((produtor/importador/revendedor de produtor/importador/revendedor de óóleos leos 
lubrificantes acabados)/ lubrificantes acabados)/ 
((coletor/rerrefinadorcoletor/rerrefinador de de óóleos usados ou leos usados ou 
contaminados) contaminados) mencionadas nos incisos I e II mencionadas nos incisos I e II 
do art. 17 e que não estiverem inscritas nos do art. 17 e que não estiverem inscritas nos 
respectivos cadastros atrespectivos cadastros atéé o o úúltimo dia ltimo dia úútil do til do 
terceiro mês que se seguir ao da publicaterceiro mês que se seguir ao da publicaçção desta ão desta 
Lei incorrerão em infraLei incorrerão em infraçção punão puníível com multa(...)vel com multa(...)
de R$ 50,00 de R$ 50,00 
(CINQ(CINQÜÜENTA ENTA 
REAIS) a R$ REAIS) a R$ 
9.000,00 (NOVE 9.000,00 (NOVE 
MIL REAIS) MIL REAIS) 
dependendo do dependendo do 
porte da porte da 
empresaempresa
joao.dias@ibama.gov.br
Coletores que deixarem de apresentar os comprovantes dos 
CERTIFICADOS DE COLETA, emitidos por ocasião da coleta dos 
OLUCs junto aos geradores e os CERTIFICADOS DE 
RECEBIMENTO, recebidos por ocasião das entrega dos OLUCs
aos rerrefinadores;
COLETORESCOLETORES
Procedimento Procedimento 
fiscalizatfiscalizatóóriorio::
verificaverificaçção de documentaão de documentaçção pertinente ão pertinente –– Certificados de Coleta e Certificados de Certificados de Coleta e Certificados de 
RecebimentoRecebimento
Penalidade Penalidade 
(s):(s):
Base legalBase legal Valor.Valor.
AplicaAplicaçção de ão de 
multa multa 
artigo 3artigo 3ºº, inciso VI da Lei N, inciso VI da Lei Nºº 9.847, de 26.10.1999, a saber:9.847, de 26.10.1999, a saber:
““VI VI -- não apresentar, na forma e no prazo estabelecidos na não apresentar, na forma e no prazo estabelecidos na 
legislalegislaçção aplicão aplicáável ou, na sua ausência, no prazo de 48 vel ou, na sua ausência, no prazo de 48 
(quarenta e oito) horas, os documentos comprobat(quarenta e oito) horas, os documentos comprobatóórios de rios de 
produproduçção, importaão, importaçção, exportaão, exportaçção, refino, beneficiamento, ão, refino, beneficiamento, 
tratamento, processamento, transporte, transferência, tratamento, processamento, transporte, transferência, 
armazenagem, estocagem, distribuiarmazenagem, estocagem, distribuiçção, revenda, destinaão, revenda, destinaçção e ão e 
comercializacomercializaçção de petrão de petróóleo, gleo, gáás natural, seus derivados e s natural, seus derivados e 
biocombustbiocombustííveisveis;;””
Artigo 10, inciso IV, da ResoluArtigo 10, inciso IV, da Resoluçção CONAMA Não CONAMA Nºº 362/2005, a 362/2005, a 
saber:saber:
““ emitir a cada aquisiemitir a cada aquisiçção de ão de óóleo lubrificante usado ou leo lubrificante usado ou 
contaminado, para o gerador ou revendedor, o respectivo contaminado, para o gerador ou revendedor, o respectivo 
Certificado de Coleta;Certificado de Coleta;””
de R$ 20.000,00 de R$ 20.000,00 
(vinte mil reais) a R$ (vinte mil reais) a R$ 
1.000.000,00 (um 1.000.000,00 (um 
milhão de reais);milhão de reais);
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Rerrefinadores que deixarem de apresentar os 
comprovantes dos CERTIFICADOS DE RECEBIMENTO 
emitidos por ocasião do recebimento dos OLUCs dos 
coletores autorizados;
RERREFINADORESRERREFINADORES
Procedimento Procedimento 
fiscalizatfiscalizatóóriorio::
verificaverificaçção de documentaão de documentaçção pertinente ão pertinente –– Certificados de RecebimentoCertificados de Recebimento
Penalidade Penalidade 
(s):(s):
Base legalBase legal Valor.Valor.
AplicaAplicaçção de ão de 
multamulta
artigo 3artigo 3ºº, inciso VI da Lei N, inciso VI da Lei Nºº 9.847, de 26.10.1999, a saber:9.847, de 26.10.1999, a saber:
““VI VI -- não apresentar, na forma e no prazo estabelecidos na não apresentar, na forma e no prazo estabelecidos na 
legislalegislaçção aplicão aplicáável ou, na sua ausência, no prazo de 48 vel ou, na sua ausência, no prazo de 48 
(quarenta e oito) horas, os (quarenta e oito) horas, os documentos comprobatdocumentos comprobatóóriosrios
de produde produçção, importaão, importaçção, exportaão, exportaçção, refino, ão, refino, 
beneficiamento, tratamento, processamento, transporte, beneficiamento, tratamento, processamento, transporte, 
transferência, armazenagem, estocagem, distribuitransferência, armazenagem, estocagem, distribuiçção, ão, 
revenda, destinarevenda, destinaçção e comercializaão e comercializaçção de petrão de petróóleo, gleo, gáás s 
natural, seus derivados e natural, seus derivados e biocombustbiocombustííveisveis;;””
Artigo 20, inciso II, da ResoluArtigo 20, inciso II, da Resoluçção CONAMA Não CONAMA Nºº 362/2005, a 362/2005, a 
saber:saber:
““II II -- manter atualizados e disponmanter atualizados e disponííveis para fins de veis para fins de 
fiscalizafiscalizaçção os registros de emissão de Certificados de ão os registros de emissão de Certificados de 
Recebimento, bem como outros documentos legais exigRecebimento, bem como outros documentos legais exigííveis, veis, 
pelo prazo de cinco anospelo prazo de cinco anos;;””
de R$ 20.000,00 de R$ 20.000,00 
(vinte mil reais) a R$ (vinte mil reais) a R$ 
1.000.000,00 (um 1.000.000,00 (um 
milhão de reais);milhão de reais);
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Modelo de enquadramento(Federal)
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II .2) Das infrações ao licenciamento Ambiental das Atividades 
que envolvam “OLUCs”
PRODUTORESPRODUTORES
Empresas fabricante de Empresas fabricante de óóleos lubrificantes acabados e depleos lubrificantes acabados e depóósitos para sitos para 
armazenamento do produto(s) importados armazenamento do produto(s) importados 
Procedimento Procedimento 
fiscalizatfiscalizatóóriorio::
verificaverificaçção da Licenão da Licençça de Operaa de Operaçção(LO) emitida por ão(LO) emitida por óórgão ambiental rgão ambiental 
competentecompetente
Penalidade (s):Penalidade (s): Base legalBase legal Valor da multa.Valor da multa.
Embargo da Embargo da 
atividade e atividade e 
aplicaaplicaçção de ão de 
multa respectivamulta respectiva
••Lei NLei Nºº 9.605/98, artigo 609.605/98, artigo 60
••Decreto NDecreto Nºº 3.179/99, artigo 44, a saber:3.179/99, artigo 44, a saber:
““Construir, reformar, ampliar, instalar ou Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer fazer 
funcionarfuncionar, em qualquer parte do territ, em qualquer parte do territóório rio 
nacional, estabelecimentos obras nacional, estabelecimentos obras ou serviou serviçços os 
potencialmente poluidorepotencialmente poluidores, s, sem licensem licenççaa ou ou 
autorizaautorizaçção dos ão dos óórgãos ambientais rgãos ambientais 
competentes, ou contrariando as normas competentes, ou contrariando as normas 
legais e regulamentos pertinente;legais e regulamentos pertinente;
••Art. 2Art. 2ºº inciso X Resoluinciso X Resoluçção CONAMA Não CONAMA Nºº
362/2005362/2005
de R$ 500,00 de R$ 500,00 
(quinhentos reais)) (quinhentos reais)) 
a R$ 10.000.000,00 a R$ 10.000.000,00 
(dez milhões de (dez milhões de 
reais)reais)
Fazer funcionar a atividade de PRODUTOR de óleos lubrificantes 
acabados; sem o devido licenciamento ambiental
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Exercer a atividade de COLETA de óleos lubrificantes 
usados ou contaminados, sem o devido licenciamento 
ambiental
COLETORESCOLETORES
pessoas jurpessoas juríídicasdicas, devidamente autorizadas pelaANP e licenciadas pelo , devidamente autorizadas pela ANP e licenciadas pelo óórgão rgão 
ambiental competente para realizaambiental competente para realizaçção da atividade de coleta deste resão da atividade de coleta deste resííduo.duo.
Procedimento Procedimento 
fiscalizatfiscalizatóóriorio::
verificaverificaçção da Licenão da Licençça de Operaa de Operaçção(LO) emitida por ão(LO) emitida por óórgão ambiental rgão ambiental 
competentecompetente
Penalidade (s):Penalidade (s): Base legalBase legal Valor da multa.Valor da multa.
Embargo da Embargo da 
atividade e atividade e 
aplicaaplicaçção de ão de 
multa respectivamulta respectiva
••Lei NLei Nºº 9.605/98, artigo 609.605/98, artigo 60
••Decreto NDecreto Nºº 3.179/99, artigo 44, a saber:3.179/99, artigo 44, a saber:
““Construir, reformar, ampliar, instalar ou Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer fazer 
funcionarfuncionar, em qualquer parte do territ, em qualquer parte do territóório rio 
nacional, estabelecimentos obras nacional, estabelecimentos obras ou serviou serviçços os 
potencialmente poluidorepotencialmente poluidores, s, sem licensem licenççaa ou ou 
autorizaautorizaçção dos ão dos óórgãos ambientais competentes, rgãos ambientais competentes, 
ou contrariando as normas legais e regulamentos ou contrariando as normas legais e regulamentos 
pertinente;pertinente;
••Art. 2Art. 2ºº inciso I Resoluinciso I Resoluçção CONAMA Não CONAMA Nºº 362/2005362/2005
de R$ 500,00 de R$ 500,00 
(quinhentos reais) (quinhentos reais) 
a R$ a R$ 
10.000.000,00 10.000.000,00 
(dez milhões de (dez milhões de 
reais)reais)
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II.3) Da fiscalização do Transporte de OLUCs
Procedimento Procedimento 
fiscalizatfiscalizatóóriorio::
Checagem dos itens de seguranChecagem dos itens de segurançça e sinalizaa e sinalizaçção do veão do veíículo, culo, 
documentadocumentaçção do motorista (curso ão do motorista (curso ““MOPEMOPE””), etc), etc
Penalidade (s):Penalidade (s): Base legalBase legal Valor da multa.Valor da multa.
Apreensão do Apreensão do 
veveíículo e culo e 
aplicaaplicaçção de ão de 
multa respectivamulta respectiva
•• Decreto NDecreto Nºº 96.044/8896.044/88
•• Art. 2Art. 2ºº inciso XIII Resoluinciso XIII Resoluçção CONAMA Não CONAMA Nºº
362/2005362/2005
de R$ XXXX,00 a de R$ XXXX,00 a 
R$ R$ yyyyyyyyyy,00,00
Exercer a atividade de coleta em veículo que esteja em Exercer a atividade de coleta em veículo que esteja em 
desacordo com a legislação de transporte específica desacordo com a legislação de transporte específica (Decreto Nº (Decreto Nº 
96.044/88 96.044/88 –– ANTT e Resolução Nº 420/2004)ANTT e Resolução Nº 420/2004)
joao.dias@ibama.gov.br
Muito Obrigado!
João Bosco Costa DiasJoão Bosco Costa Dias
IBAMA/BrasíliaIBAMA/Brasília
Diretoria de Qualidade Ambiental Diretoria de Qualidade Ambiental –– DIQUADIQUA
Coordenadoria de Resíduos e Emissões Coordenadoria de Resíduos e Emissões –– COREMCOREM
Tel.: (**61) 3316Tel.: (**61) 3316--12451245
Fax: (**61) 3316Fax: (**61) 3316--12401240
EmailsEmails::joao.diasjoao.dias@ibama.gov.br@ibama.gov.br
boscodiasster@gmail.comboscodiasster@gmail.com
08/04/2023, 22:44 Relatório de destinação de óleos lubrificantes usados ou contaminados — Ibama
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Relatório de destinação de óleos lubrificantes
usados ou contaminados
Resolução Conama nº 362, de 23 de junho de 2005
 
A Resolução Conama nº 362, de 23 de junho de 2005 estabelece que todo óleo lubrificante usado ou contaminado
(OLUC) deverá ser recolhido, coletado e ter destinação final de modo que não afete negativamente o meio ambiente e
propicie a máxima recuperação dos seus constituintes.
Os produtores  (fabricantes) e importadores são obrigados a coletar, ou garantir o custeio de toda a coleta, de todo óleo
lubrificante disponível, usado ou contaminado, na mesma quantidade que colocarem no mercado, conforme metas
progressivas intermediárias e finais estabelecidas pelos Ministérios de Meio Ambiente (MMA) e de Minas e Energia
(MME) em ato normativo conjunto.
O produtor (fabricante) e o importador poderão:
I - Contratar empresa coletora regularmente autorizada junto ao órgão regulador da indústria do petróleo; ou
II - Habilitar-se como empresa coletora, na forma da legislação do órgão regulador da indústria do petróleo.
A contratação de coletor terceirizado não exime o produtor ou importador da responsabilidade pela coleta e pela
destinação legal do óleo usado ou contaminado coletado. Além disso, o produtor e o importador respondem,
solidariamente, pelas ações e omissões dos coletores que contratarem.
Metas Progressivas de Coleta
A cada quatro anos, o MMA e o MME publicam portaria estabelecendo metas progressivas para o próximo quadriênio.
Para os anos de 2020-2023, está em vigor a Portaria Interministerial nº 475, de 19 dezembro de 2019,  que define as
metas volumétricas mínimas de OLUC a ser coletado.  Essas metas são calculadas de acordo com a participação de
óleo lubrificante acabado de cada produtor e importador no mercado, por região e país, que devem corresponder, no
mínimo, aos percentuais estabelecidos na norma.
Art. 1º Os percentuais mínimos de coleta de óleos lubrificantes usados ou contaminados coletados são os
estabelecidos na tabela a seguir:
Ano Regiões Brasil
Publicado em 29/11/2022 10h31 Compartilhe:   
Instituto
Brasileiro…
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Órgãos do Governo Acesso à Informação Legislação Acessibilidade
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http://conama.mma.gov.br/?option=com_sisconama&task=arquivo.download&id=457
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http://www4.planalto.gov.br/legislacao
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Nordeste Norte Centro-Oeste Sudeste Sul
2020 37,00% 37,00% 38,00% 45,00% 42,00% 42,00%
2021 38,00% 38,00% 39,00% 48,00% 45,00% 44,00%
2022 39,00% 39,00% 39,00% 50,00% 48,00% 45,50%
2023 40,00% 40,00% 40,00% 52,00% 50,00% 47,50%
Processo de reciclagem do OLUC
O rerrefino é a destinação final ambientalmente adequada para o OLUC, conforme a Resolução Conama nº 362, de
2005. Trata-se de um processo industrial de remoção de contaminantes, produtos de degradação e aditivos dos óleos
lubrificantes usados ou contaminados, conferindo a eles características de óleos básicos, conforme exigido na
legislação específica.
A prática do rerrefino possui grande relevância para a estratégia econômica do país pois propicia a recuperação das
matérias-primas nobres existentes nosóleos lubrificantes usados ou contaminados, o que diminui a necessidade de
importação de petróleo leve por parte dos fabricantes de lubrificantes.
São proibidos quaisquer descartes de óleos usados ou contaminados em solos, subsolos, nas águas interiores, no mar
territorial, na zona econômica exclusiva e nos sistemas de esgoto ou evacuação de águas residuais. A combustão e a
incineração de óleo lubrificante usado ou contaminado são consideradas formas inadequadas de reciclagem ou de
destinação.
Principais agentes da cadeia
Produtor: pessoa jurídica responsável pela produção de óleo lubrificante acabado em instalação própria ou de
terceiros, devidamente licenciada pelo órgão ambiental competente. Deve ter registro junto ao órgão regulador da
indústria do petróleo e estar inscrito no Cadastro Técnico Federal CTF/APP, na Atividade 15-2 -  Indústria Química -
Fabricação de produtos derivados do processamento de petróleo, de rochas betuminosas e da madeira;
Importador: pessoa jurídica que realiza a importação do óleo lubrificante acabado. Deve ter registro junto ao órgão
regulador da indústria do petróleo e estar inscrito no Cadastro Técnico Federal - CTF/APP, na Atividade 18-13 -
Transporte, Terminais, Depósitos e Comércio / comércio de produtos químicos e produtos perigosos - Comércio de
produtos químicos e produtos perigosos - Resolução Conama nº 362/2005 - Importação de óleo lubrificante
acabado;
Coletor: pessoa jurídica devidamente licenciada pelo órgão ambiental competente para realizar atividade de coleta de
OLUC. Deve ter registro junto ao órgão regulador da indústria do petróleo e estar inscrito no Cadastro Técnico Federal -
 Ibama
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https://www.gov.br/ibama/pt-br/servicos/cadastros/ctf/ctf-app/ftes/lista-de-todas-as-ftes/ftes-categoria-18-transporte-terminais-depositos-e-comercio-18-13-comercio-de-produtos-quimicos-e-produtos-perigosos-resolucao-conama-no-362-2005-importacao-de-oleo-lubrificante-acabado
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CTF/APP, na Atividade 18-14 - Transporte, Terminais, Depósitos e Comércio / transporte de cargas perigosas -
Transporte de cargas perigosas - Resolução Conama nº 362/2005 - Óleo lubrificante usado ou contaminado;
Rerrefinador: pessoa jurídica responsável pela atividade de rerrefino devidamente licenciada pelo órgão ambiental
competente. Devem ter registro junto ao órgão regulador da indústria do petróleo e estar inscrito no Cadastro Técnico
Federal - CTF/APP, na Atividade 15-23 - Indústria química - Fabricação de produtos derivados do processamento de
petróleo, de rochas betuminosas e da madeira (rerrefino de óleo lubrificante usado ou contaminado).
Principais obrigações dos agentes
Produtores/importadores: possuem a obrigação de garantir a coleta do OLUC. Podem ter autorização junto à ANP
como coletores ou celebrar contrato de coleta junto a um coletor autorizado, prática que ocorre mais usualmente;
Geradores: Devem recolher os óleos lubrificantes usados ou contaminados de forma segura, em lugar acessível à
coleta, de modo a não contaminar o meio ambiente. Também devem adotar medidas necessárias para evitar que o
OLUC seja misturado com produtos químicos, combustíveis, solventes, água e outras substâncias que inviabilizem a
reciclagem;
Revendedores: devem dispor de instalações adequadas devidamente licenciadas pelo órgão ambiental competente
para a substituição do OLUC e seu recolhimento de forma segura, em lugar acessível à coleta, utilizando recipientes
propícios e resistentes a vazamentos, de modo a não contaminar o meio ambiente. Também devem adotar as medidas
necessárias para evitar que o OLUC seja misturado com produtos químicos, combustíveis, solventes, água e outras
substâncias que inviabilizem a reciclagem;
Coletores: devem coletar o OLUC disponível junto aos geradores e revendedores emitindo certificado de coleta, e
destinar o material a um rerrefinador. Devem firmar contrato de coleta com um ou mais produtores ou importadores
com a interveniência de um ou mais rerrefinadores responsáveis pela destinação ambientalmente adequada do OLUC,
para os quais necessariamente, deverão entregar todo o óleo usado ou contaminado que coletarem;
Rerrefinadores: devem receber todo o OLUC de coletor autorizado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP),
fornecendo-lhe o respectivo Certificado de Recebimento ou laudo informativo das causas de sua recusa.
 Ibama

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Competência do Ibama x prestação de informações
O Ibama, a ANP e o órgão estadual de meio ambiente, quando solicitados, são os responsáveis pelo controle e
verificação do exato cumprimento dos percentuais de coleta fixados pelo MMA e MME.
Atualmente, o Ibama não conta com um relatório específico para prestação de informações sobre as operações
envolvendo os óleos lubrificantes. Para as empresas inscritas no CTF/APP, que também são sujeitas à Taxa de Controle
e Fiscalização Ambiental, há a obrigatoriedade do preenchimento do Relatório Anual de Atividades Potencialmente
Poluidoras e utilizadoras de Recursos Ambientais (RAPP).
Até o ano de 2015, o produtor, o importador, o coletor e o rerrefinador preenchiam o “Relatório da Resolução Conama nº
362/2005" (que não integrava o RAPP) nos “Serviços – Ibama” informando, certificado por certificado, a relação entre os
entes da cadeia.
Desde 2016, o governo brasileiro conta com o Sistema de Informação de Movimentação de Produtos (SIMP), cujo órgão
gestor é a ANP.  Segundo a Agência, o sistema “tem por objetivo monitorar dados de produção e movimentação de
produtos regulados pela ANP, na cadeia de midstream e downstream, abrangendo Produtores, Refinadores,
Distribuidoras, TRRs, Revendedores e outros agentes. O SIMP foi desenvolvido dentro das mais rígidas normas de
segurança da informação para garantir aos agentes a inviolabilidade dos arquivos transitados, além disso, possibilita o
acompanhamento da evolução do mercado de combustíveis nos diferentes setores.”
O avanço tecnológico proporcionado pelo SIMP, trouxe mais transparência para os agentes regulados da cadeia
empresarial e também possibilitou o compartilhamento de informações por outras instituições. Assim, com o sistema,
abriram-se novas possibilidades de ações de comando e controle pelas instituições públicasenvolvidas.
Para os órgãos ambientais, o SIMP é um importante instrumento para verificação do cumprimento da destinação final
ambientalmente adequada preconizada pela Resolução Conama nº 362/05.
O compartilhamento das informações entre a ANP e o Ibama, assim como as discussões técnicas entre as equipes,
demonstram o avanço da gestão pública na comunicação interinstitucional; tais medidas geram economia de recursos
públicos e desburocratização para o cidadão, uma vez que a prestação de informação é única e pode ser utilizada por
diversas instituições do Estado brasileiro.
Mais informações
Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos - Sinir
Painel Descarte Legal OLUC (MMA)
Painel Dinâmico do Mercado Brasileiro de Lubrificantes (ANP)
Relatório do Ministério do Meio Ambiente para o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama),
conforme exigência do Art. 9 da Resolução Conama nº 362/2005 que trata de Óleos Lubrificantes
Usados e/ou Contaminados (OLUCs)
Relatório 2009 - ano base 2008 (pdf, 178 KB)
Relatório 2010 - ano base 2009 (pdf, 177 KB)
Relatório 2011 - ano base 2010 (pdf, 221 KB)
 Ibama

CONTEÚDO 1 PÁGINA INICIAL 2 NAVEGAÇÃO 3 BUSCA 4 MAPA DO SITE 5
https://sinir.gov.br/logistica-reversa/63-logistica-reversa/479-oluc
https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiMzgzMWJhZDAtMzNlMS00ZWNkLTk1ZmItNmUwZGFhMzI0Yjg3IiwidCI6IjM5NTdhMzY3LTZkMzgtNGMxZi1hNGJhLTMzZThmM2M1NTBlNyJ9
https://www.gov.br/anp/pt-br/assuntos/distribuicao-e-revenda/painel-dinamico-do-mercado-brasileiro-de-lubrificantes
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Relatório 2012 - ano base 2011 (pdf, 295 KB)
Relatório 2013 - ano base 2012 (pdf, 247 KB)
Relatório 2014 - ano base 2013 (pdf, 552 KB)
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Fichas Técnicas de Enquadramento (FTE) do CTF/APP
15-2 -  Indústria Química - Fabricação de produtos derivados do processamento de petróleo, de rochas
betuminosas e da madeira
15-23 - Indústria química - Fabricação de produtos derivados do processamento de petróleo, de rochas
betuminosas e da madeira (rerrefino de óleo lubrificante usado ou contaminado)
18-13 - Transporte, Terminais, Depósitos e Comércio / comércio de produtos químicos e produtos perigosos -
Comércio de produtos químicos e produtos perigosos - Resolução Conama nº 362/2005 - Importação de óleo
lubrificante acabado
18-14 - Transporte, Terminais, Depósitos e Comércio / transporte de cargas perigosas - Transporte de cargas
perigosas - Resolução Conama nº 362/2005 - Óleo lubrificante usado ou contaminado
Legislação
Lei nº 12.305, de
02/08/2010
Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei nº 9.605, de 12 de
fevereiro de 1998; e dá outras providências.
Resolução Conama nº
362, de 23 de junho de
2005
Dispõe sobre o recolhimento, coleta e destinação final de óleo lubrificante usado
ou contaminado.
Resolução Conama nº
450, de 06 de março de
2012
Altera os arts. 9º , 16, 19, 20, 21 e 22, e acrescenta o art. 24-A à Resolução Conama
nº 362, de 23 de junho de 2005, que dispõe sobre recolhimento, coleta e
destinação final de óleo lubrificante usado ou contaminado. 
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RESOLUÇÃO CONAMA Nº 362 DE 23/06/2005
 Publicado no DOU em 27 jun 2005
Dispõe sobre as regras de recolhimento, coleta e destinação final do óleo lubrificante usado ou contaminado.
O Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, no uso das competências que lhe são conferidas pela Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981 , regulamentada pelo
Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990 , tendo em vista o disposto em seu Regimento Interno, anexo à Portaria nº 499, de 18 de dezembro de 2002 , e
Considerando que o uso prolongado de um óleo lubrificante acabado resulta na sua deterioração parcial, que se reflete na formação de compostos tais como ácidos
orgânicos, compostos aromáticos polinucleares potencialmente carcinogênicos, resinas e lacas;
Considerando que a Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, em sua NBR-10004, "Resíduos Sólidos - classificação", classifica o óleo lubrificante usado como
resíduo perigoso por apresentar toxicidade;Considerando que o descarte de óleo lubrificante usado ou contaminado para o solo ou cursos de água gera graves danos ambientais;
Considerando que a combustão de óleos lubrificantes usados gera gases residuais nocivos ao meio ambiente e à saúde pública;
Considerando que a categoria de processos tecnológico-industriais, chamada genericamente de rerrefino, corresponde ao método ambientalmente mais seguro para a
reciclagem do óleo lubrificante usado ou contaminado, e, portanto, a melhor alternativa de gestão ambiental deste tipo de resíduo; e
Considerando a necessidade de estabelecer novas diretrizes para o recolhimento e destinação de óleo lubrificante usado ou contaminado, resolve:
Art. 1º Todo óleo lubrificante usado ou contaminado deverá ser recolhido, coletado e ter destinação final, de modo que não afete negativamente o meio ambiente e propicie a
máxima recuperação dos constituintes nele contidos, na forma prevista nesta Resolução.
Art. 2º Para efeito desta Resolução, serão adotadas as seguintes definições:
I - coletor: pessoa jurídica devidamente autorizada pelo órgão regulador da indústria do petróleo e licenciada pelo órgão ambiental competente para realizar atividade de
coleta de óleo lubrificante usado ou contaminado;
II - coleta: atividade de retirada do óleo usado ou contaminado do seu local de recolhimento e de transporte até à destinação ambientalmente adequada;
III - certificado de coleta: documento previsto nas normas legais vigentes que comprova os volumes de óleos lubrificantes usados ou contaminados coletados;
IV - certificado de recebimento: documento previsto nas normas legais vigentes que comprova a entrega do óleo lubrificante usado ou contaminado do coletor para o
rerrefinador;
V - gerador: pessoa física ou jurídica que, em decorrência de sua atividade, gera óleo lubrificante usado ou contaminado;
VI - importador: pessoa jurídica que realiza a importação do óleo lubrificante acabado, devidamente autorizada para o exercício da atividade;
VII - óleo lubrificante básico: principal constituinte do óleo lubrificante acabado, que atenda a legislação pertinente;
VIII - óleo lubrificante acabado: produto formulado a partir de óleos lubrificantes básicos, podendo conter aditivos;
IX - óleo lubrificante usado ou contaminado: óleo lubrificante acabado que, em decorrência do seu uso normal ou por motivo de contaminação, tenha se tornado inadequado à
sua finalidade original;
X - produtor: pessoa jurídica responsável pela produção de óleo lubrificante acabado em instalação própria ou de terceiros, devidamente licenciada pelo órgão ambiental
competente, e autorizada para o exercício da atividade pelo órgão regulador da indústria do petróleo;
XI - reciclagem: processo de transformação do óleo lubrificante usado ou contaminado, tornando-o insumo destinado a outros processos produtivos;
XII - recolhimento: é a retirada e armazenamento adequado do óleo usado ou contaminado do equipamento que o utilizou até o momento da sua coleta, efetuada pelo
revendedor ou pelo próprio gerador;
XIII - rerrefinador: pessoa jurídica, responsável pela atividade de rerrefino, devidamente autorizada pelo órgão regulador da indústria do petróleo para a atividade de rerrefino
e licenciada pelo órgão ambiental competente;
XIV - rerrefino: categoria de processos industriais de remoção de contaminantes, produtos de degradação e aditivos dos óleos lubrificantes usados ou contaminados,
conferindo aos mesmos características de óleos básicos, conforme legislação específica;
XV - revendedor: pessoa jurídica que comercializa óleo lubrificante acabado no atacado e no varejo tais como: postos de serviço, oficinas, supermercados, lojas de
autopeças, atacadistas, etc; e
XVI - águas interiores: as compreendidas entre a costa e as linhas de base reta, a partir das quais se mede a largura do mar territorial; as dos portos; as das baías; as dos
rios e de seus estuários; as dos lagos, lagoas e canais, e as subterrâneas.
Art. 3º Todo o óleo lubrificante usado ou contaminado coletado deverá ser destinado à reciclagem por meio do processo de rerrefino.
§ 1º A reciclagem referida no caput poderá ser realizada, a critério do órgão ambiental competente, por meio de outro processo tecnológico com eficácia ambiental
comprovada equivalente ou superior ao rerrefino.
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§ 2º Será admitido o processamento do óleo lubrificante usado ou contaminado para a fabricação de produtos a serem consumidos exclusivamente pelos respectivos
geradores industriais.
§ 3º Comprovada, perante o órgão ambiental competente, a inviabilidade de destinação prevista no caput e no § 1º deste artigo, qualquer outra utilização do óleo lubrificante
usado ou contaminado dependerá do licenciamento ambiental.
§ 4º Os processos utilizados para a reciclagem do óleo lubrificante deverão estar devidamente licenciados pelo órgão ambiental competente.
Art. 4º Os óleos lubrificantes utilizados no Brasil devem observar, obrigatoriamente, o princípio da reciclabilidade.
Art. 5º O produtor, o importador e o revendedor de óleo lubrificante acabado, bem como o gerador de óleo lubrificante usado, são responsáveis pelo recolhimento do óleo
lubrificante usado ou contaminado, nos limites das atribuições previstas nesta Resolução.
Art. 6º O produtor e o importador de óleo lubrificante acabado deverão coletar ou garantir a coleta e dar a destinação final ao óleo lubrificante usado ou contaminado, em
conformidade com esta Resolução, de forma proporcional em relação ao volume total de óleo lubrificante acabado que tenham comercializado.
§ 1º Para o cumprimento da obrigação prevista no caput deste artigo, o produtor e o importador poderão:
I - contratar empresa coletora regularmente autorizada junto ao órgão regulador da indústria do petróleo; ou
II - habilitar-se como empresa coletora, na forma da legislação do órgão regulador da indústria do petróleo.
§ 2º A contratação de coletor terceirizado não exonera o produtor ou importador da responsabilidade pela coleta e destinação legal do óleo usado ou contaminado coletado.
§ 3º Respondem o produtor e o importador, solidariamente, pelas ações e omissões dos coletores que contratarem.
Art. 7º Os produtores e importadores são obrigados a coletar todo óleo disponível ou garantir o custeio de toda a coleta de óleo lubrificante usado ou contaminado
efetivamente realizada, na proporção do óleo que colocarem no mercado conforme metas progressivas intermediárias e finais a serem estabelecidas pelos Ministérios de
Meio Ambiente e de Minas e Energia em ato normativo conjunto, mesmo que superado o percentual mínimo fixado.
Parágrafo único. Os órgãos referidos no caput deverão estabelecer, ao menos anualmente, o percentual mínimo de coleta de óleos lubrificantes usados ou contaminados,
não inferior a 30% (trinta por cento), em relação ao óleo lubrificante acabado comercializado, observado o seguinte:
I - análise do mercado de óleos lubrificantes acabados, na qual serão considerados os dados dos últimos três anos;
II - tendência da frota nacional, quer seja rodoviária, ferroviária, naval ou aérea;
III - tendência do parque máquinas industriais consumidoras de óleo, inclusive agroindustriais;
IV - capacidade instalada de rerrefino;
V - avaliação do sistema de recolhimento e destinação de óleo lubrificante usado ou contaminado;
VI - novas destinações do óleo lubrificante usado ou contaminado, devidamente autorizadas;
VII - critérios regionais; e
VIII - as quantidades de óleo usado ou contaminado efetivamente coletadas.
Art. 8º O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, o órgão regulador da indústria do petróleo e o órgão estadual de meio
ambiente, este, quando solicitado, são responsáveis pelo controle e verificação do exato cumprimento dos percentuais de coleta fixados pelos Ministériosdo Meio Ambiente e
de Minas e Energia.
Parágrafo único. Para a realização do controle de que trata o caput deste artigo, o IBAMA terá como base as informações relativas ao trimestre civil anterior.
Art. 9º O Ministério do Meio Ambiente, na segunda reunião ordinária do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, de cada ano, apresentará o percentual mínimo de
coleta de óleo lubrificante usado ou contaminado, acompanhado de relatório justificativo detalhado, e o IBAMA apresentará relatório sobre os resultados da implementação
desta Resolução. (NR) (Redação dada ao artigo pela Resolução CONAMA nº 450, de 06.03.2012, DOU 07.03.2012 )
Art. 10. Não integram a base de cálculo da quantia de óleo lubrificante usado ou contaminado a ser coletada pelo produtor ou importador os seguintes óleos lubrificantes
acabados:
I - destinados à pulverização agrícola;
II - para correntes de moto-serra;
III - industriais que integram o produto final, não gerando resíduo;
IV - de estampagem;
V - para motores dois tempos;
VI - destinados à utilização em sistemas selados que não exijam troca ou que impliquem em perda total do óleo;
VII - solúveis;
VIII - fabricados à base de asfalto;
IX - destinados à exportação, incluindo aqueles incorporados em máquinas e equipamentos destinados à exportação; e
X - todo óleo lubrificante básico ou acabado comercializado entre as empresas produtoras, entre as empresas importadoras, ou entre produtores e importadores,
devidamente autorizados pela Agência Nacional do Petróleo - ANP.
Art. 11. O Ministério do Meio Ambiente manterá e coordenará grupo de monitoramento permanente para o acompanhamento desta Resolução, que deverá se reunir ao
menos trimestralmente, ficando assegurada a participação de representantes do órgão regulador da indústria do petróleo, dos produtores e importadores, dos revendedores,
dos coletores, dos rerrefinadores, das entidades representativas dos órgãos ambientais estaduais e municipais e das organizações não governamentais ambientalistas.
Art. 12. Ficam proibidos quaisquer descartes de óleos usados ou contaminados em solos, subsolos, nas águas interiores, no mar territorial, na zona econômica exclusiva e
nos sistemas de esgoto ou evacuação de águas residuais.
Art. 13. Para fins desta Resolução, não se entende a combustão ou incineração de óleo lubrificante usado ou contaminado como formas de reciclagem ou de destinação
adequada.
Art. 14. No caso dos postos de revenda flutuantes que atendam embarcações, o gerenciamento do óleo lubrificante usado ou contaminado deve atender a legislação
ambiental vigente.
Art. 15. Os óleos lubrificantes usados ou contaminados não rerrefináveis, tais como as emulsões oleosas e os óleos biodegradáveis, devem ser recolhidos e eventualmente
coletados, em separado, segundo sua natureza, sendo vedada a sua mistura com óleos usados ou contaminados rerrefináveis.
Parágrafo único. O resultado da mistura de óleos usados ou contaminados não rerrefináveis ou biodegradáveis com óleos usados ou contaminados rerrefináveis é
considerado integralmente óleo usado ou contaminado não rerrefinável, não biodegradável e resíduo perigoso (classe I), devendo sofrer destinação ou disposição final
compatível com sua condição.
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Art. 16. São, ainda, obrigações do produtor e do importador:
I - garantir, mensalmente, a coleta do óleo lubrificante usado ou contaminado, no volume mínimo fixado pelos Ministérios do Meio Ambiente e de Minas e Energia, que será
calculado com base no volume médio de venda dos óleos lubrificantes acabados, verificado no trimestre civil anterior.
II - prestar, no âmbito do Cadastro Técnico Federal, informações relativas à produção de óleo lubrificante e geração, coleta e destinação dos óleos lubrificantes usados ou
contaminados, na forma e nos prazos definidos em instrução normativa do IBAMA, concernentes, dentre outras, a:
a) óleos lubrificantes, comercializados por tipos, incluindo os dispensados de coleta;
b) coleta contratada, por coletor;
c) óleo rerrefinado adquirido, por rerrefinador. (Redação dada ao inciso pela Resolução CONAMA nº 450, de 06.03.2012, DOU 07.03.2012 )
III - receber os óleos lubrificantes usados ou contaminados não recicláveis decorrentes da utilização por pessoas físicas, e destiná-los a processo de tratamento aprovado
pelo órgão ambiental competente;
IV - manter sob sua guarda, para fins fiscalizatórios, os Certificados de Recebimento emitidos pelo rerrefinador e demais documentos legais exigíveis, pelo prazo de cinco
anos;
V - divulgar, em todas as embalagens de óleos lubrificantes acabados, bem como em informes técnicos, a destinação e a forma de retorno dos óleos lubrificantes usados ou
contaminados recicláveis ou não, de acordo com o disposto nesta Resolução;
VI - a partir de um ano da publicação desta resolução, divulgar em todas as embalagens de óleos lubrificantes acabados, bem como na propaganda, publicidade e em
informes técnicos, os danos que podem ser causados à população e ao ambiente pela disposição inadequada do óleo usado ou contaminado.
VII - prestar ao órgão ambiental estadual ou municipal, quando solicitado, informações relativas à produção de óleo lubrificante e geração, coleta e destinação dos óleos
lubrificantes usados ou contaminados, na forma e nos prazos definidos pelo órgão solicitante. (NR) (Inciso acrescentado pela Resolução CONAMA nº 450, de 06.03.2012,
DOU 07.03.2012 )
§ 1º O produtor ou o importador que contratar coletor terceirizado deverá celebrar com este contrato de coleta, com a interveniência do responsável pela destinação
adequada.
§ 2º Uma via do contrato de coleta previsto no parágrafo anterior será arquivada, à disposição do órgão estadual ambiental, onde o contratante tiver a sua sede principal, por
um período mínimo de cinco anos, da data de encerramento do contrato.
Art. 17. São obrigações do revendedor:
I - receber dos geradores o óleo lubrificante usado ou contaminado;
II - dispor de instalações adequadas devidamente licenciadas pelo órgão ambiental competente para a substituição do óleo usado ou contaminado e seu recolhimento de
forma segura, em lugar acessível à coleta, utilizando recipientes propícios e resistentes a vazamentos, de modo a não contaminar o meio ambiente;
III - adotar as medidas necessárias para evitar que o óleo lubrificante usado ou contaminado venha a ser misturado com produtos químicos, combustíveis, solventes, água e
outras substâncias, evitando a inviabilização da reciclagem;
IV - alienar os óleos lubrificantes usados ou contaminados exclusivamente ao coletor, exigindo:
a) a apresentação pelo coletor das autorizações emitidas pelo órgão ambiental competente e pelo órgão regulador da indústria do petróleo para a atividade de coleta;
b) a emissão do respectivo certificado de coleta.
V - manter para fins de fiscalização, os documentos comprobatórios de compra de óleo lubrificante acabado e os Certificados de Coleta de óleo lubrificante usado ou
contaminado, pelo prazo de cinco anos;
VI - divulgar em local visível ao consumidor, no local de exposição do óleo acabado posto à venda, a destinação disciplinada nesta Resolução, na forma do Anexo III; e
VII - manter cópia do licenciamento fornecido pelo órgão ambiental competente para venda de óleo acabado, quando aplicável, e do recolhimento de óleo usado ou
contaminado em local visível ao consumidor.
Art. 18. São obrigações do gerador:
I - recolher os óleos lubrificantes usados ou contaminados de forma segura, em lugar acessível à coleta, em recipientes adequados e resistentes a vazamentos, de modo a
não contaminar o meio ambiente;
II - adotar as medidas necessárias para evitar que o óleo lubrificante usado ou contaminado venha a ser misturado com produtos químicos, combustíveis, solventes, água e
outras substâncias, evitando a inviabilização da reciclagem;
III - alienar os óleos lubrificantes usados ou contaminados exclusivamenteao ponto de recolhimento ou coletor autorizado, exigindo:
a) a apresentação pelo coletor das autorizações emitidas pelo órgão ambiental competente e pelo órgão regulador da indústria do petróleo para a atividade de coleta;
b) a emissão do respectivo Certificado de Coleta.
IV - fornecer informações ao coletor sobre os possíveis contaminantes contidos no óleo lubrificante usado, durante o seu uso normal;
V - manter, para fins de fiscalização, os documentos comprobatórios de compra de óleo lubrificante acabado e os Certificados de Coleta de óleo lubrificante usado ou
contaminado, pelo prazo de cinco anos;
VI - no caso de pessoa física, destinar os óleos lubrificantes usados ou contaminados não recicláveis de acordo com a orientação do produtor ou do importador; e
VII - no caso de pessoa jurídica, dar destinação final adequada devidamente autorizada pelo órgão ambiental competente aos óleos lubrificantes usados ou contaminados
não recicláveis.
§ 1º Os óleos usados ou contaminados provenientes da frota automotiva devem preferencialmente ser recolhidos nas instalações dos revendedores.
§ 2º Se inexistirem coletores que atendam diretamente os geradores, o óleo lubrificante usado ou contaminado poderá ser entregue ao respectivo revendedor.
Art. 19. São obrigações do coletor:
I - firmar contrato de coleta com um ou mais produtores ou importadores com a interveniência de um ou mais rerrefinadores, ou responsável por destinação ambientalmente
adequada, para os quais necessariamente deverá entregar todo o óleo usado ou contaminado que coletar;
II - disponibilizar, quando solicitado pelo órgão ambiental competente, pelo prazo de cinco anos, os contratos de coleta firmados;
III - prestar, no âmbito do Cadastro Técnico Federal, informações relativas à coleta e destinação dos óleos lubrificantes usados ou contaminados, na forma e nos prazos
definidos em instrução normativa do IBAMA, concernentes, dentre outras, a:
a) óleo lubrificante usado ou contaminado coletado, por produtor ou importador;
b) óleo lubrificante usado ou contaminado entregue, por rerrefinador ou responsável por destinação ambientalmente adequada. (Redação dada ao inciso pela Resolução
CONAMA nº 450, de 06.03.2012, DOU 07.03.2012 )
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IV - emitir a cada aquisição de óleo lubrificante usado ou contaminado, para o gerador ou revendedor, o respectivo Certificado de Coleta;
V - garantir que as atividades de armazenamento, manuseio, transporte e transbordo do óleo lubrificante usado ou contaminado coletado sejam efetuadas em condições
adequadas de segurança e por pessoal devidamente treinado, atendendo à legislação pertinente e aos requisitos do licenciamento ambiental;
VI - adotar as medidas necessárias para evitar que o óleo lubrificante usado ou contaminado venha a ser misturado com produtos químicos, combustíveis, solventes, água e
outras substâncias, evitando a inviabilização da reciclagem;
VII - destinar todo o óleo lubrificante usado ou contaminado coletado, mesmo que excedente de cotas pré-fixadas, a rerrefinador ou responsável por destinação
ambientalmente adequada interveniente em contrato de coleta que tiver firmado, exigindo os correspondentes Certificados de Recebimento, quando aplicável;
VIII - manter atualizados os registros de aquisições, alienações e os documentos legais, para fins fiscalizatórios, pelo prazo de cinco anos; e
IX - respeitar a legislação relativa ao transporte de produtos perigosos.
X - prestar ao órgão ambiental estadual ou municipal, quando solicitado, informações relativas à coleta e destinação dos óleos lubrificantes usados ou contaminados, na
forma e nos prazos definidos pelo órgão solicitante. (NR) (Inciso acrescentado pela Resolução CONAMA nº 450, de 06.03.2012, DOU 07.03.2012 )
Art. 20. São obrigações dos rerrefinadores:
I - receber todo o óleo lubrificante usado ou contaminado exclusivamente do coletor, emitindo o respectivo Certificado de Recebimento;
II - manter atualizados e disponíveis para fins de fiscalização os registros de emissão de Certificados de Recebimento, bem como outros documentos legais exigíveis, pelo
prazo de cinco anos;
III - prestar, no âmbito do Cadastro Técnico Federal, informações relativas à produção de óleo básico rerrefinado e coleta e destinação dos óleos lubrificantes usados ou
contaminados, na forma e nos prazos definidos em instrução normativa do IBAMA, concernentes, dentre outras, ao:
a) volume de óleos lubrificantes usados ou contaminados recebidos, por coletor;
b) volume de óleo lubrificante básico rerrefinado produzido e comercializado, por produtor ou importador. (Redação dada ao inciso pela Resolução CONAMA nº 450, de
06.03.2012, DOU 07.03.2012 )
IV - prestar ao órgão ambiental estadual ou municipal, quando solicitado, informações relativas à produção de óleo básico rerrefinado e coleta e destinação dos óleos
lubrificantes usados ou contaminados, na forma e nos prazos definidos pelo órgão solicitante. (NR) (Inciso acrescentado pela Resolução CONAMA nº 450, de 06.03.2012,
DOU 07.03.2012 )
§ 1º Os óleos básicos procedentes do rerrefino deverão se enquadrar nas normas estabelecidas pelo órgão regulador da indústria do petróleo e não conter substâncias
proibidas pela legislação ambiental.
§ 2º O rerrefinador deverá adotar a política de geração mínima de resíduos inservíveis no processo de rerrefino.
§ 3º O resíduo inservível gerado no processo de rerrefino será considerado como resíduo classe I, salvo comprovação em contrário com base em laudos de laboratórios
devidamente credenciados pelo órgão ambiental competente.
§ 4º Os resíduos inservíveis gerados no processo de rerrefino deverão ser inertizados e receber destinação adequada e aprovada pelo órgão ambiental competente.
§ 5º O processo de licenciamento da atividade de rerrefino, além do exigido pelo órgão estadual de meio ambiente, deverá conter informações sobre:
a) volumes de outros materiais utilizáveis resultantes do processo de rerrefino;
b) volumes de resíduos inservíveis gerados no processo de rerrefino, com a indicação da correspondente composição química média; e
c) volume de perdas no processo.
Art. 21. São obrigações dos demais recicladores, nos processos de reciclagem previstos no art. 3º desta Resolução:
I - prestar, no âmbito do Cadastro Técnico Federal, informações relativas à geração de produtos e coleta e destinação dos óleos lubrificantes usados ou contaminados, na
forma e nos prazos definidos em instrução normativa do IBAMA, concernentes, dentre outras, ao:
a) volume de óleos lubrificantes usados ou contaminados recebidos; e
b) volume de produtos resultantes do processo de reciclagem. (Redação dada ao inciso pela Resolução CONAMA nº 450, de 06.03.2012, DOU 07.03.2012 )
II - prestar ao órgão ambiental estadual ou municipal, quando solicitado, informações relativas à geração de produtos e coleta e destinação dos óleos lubrificantes usados ou
contaminados, na forma e nos prazos definidos pelo órgão solicitante. (NR) (Inciso acrescentado pela Resolução CONAMA nº 450, de 06.03.2012, DOU 07.03.2012 )
§ 1º O reciclador deverá adotar a política de geração mínima de resíduos inservíveis no processo de reciclagem.
§ 2º O resíduo inservível gerado no processo de reciclagem será considerado como resíduo classe I, salvo comprovação em contrário com base em laudos de laboratórios
devidamente credenciados pelo órgão ambiental competente.
§ 3º Os resíduos inservíveis gerados no processo de reciclagem deverão ser inertizados e receber destinação adequada e aprovada pelo órgão ambiental competente.
§ 4º O processo de licenciamento da atividade de reciclagem, além do exigido pelo órgão estadual de meio ambiente, deverá conter informações sobre:
a) volumes de outros materiais utilizáveis resultantes do processo de reciclagem;
b) volumes de resíduos inservíveis gerados no processo de reciclagem, com a indicação da correspondente composição químicamédia;
c) volume de perdas no processo.
Art. 22. O não cumprimento ao disposto nesta Resolução acarretará aos infratores, entre outras, as sanções previstas na Lei nº 9.605, 12 de fevereiro de 1998 , e no Decreto
nº 6.514, de 22 de julho de 2008 . (NR) (Redação dada ao artigo pela Resolução CONAMA nº 450, de 06.03.2012, DOU 07.03.2012 )
Art. 23. As obrigações previstas nesta Resolução são de relevante interesse ambiental.
Art. 24. A fiscalização do cumprimento das obrigações previstas nesta Resolução e aplicação das sanções cabíveis é de responsabilidade do IBAMA e do órgão estadual e
municipal de meio ambiente, sem prejuízo da competência própria do órgão regulador da indústria do petróleo.
Art. 24-A. O IBAMA deverá atualizar, ouvido o Grupo de Monitoramento Permanente da Resolução CONAMA nº 362, de 2005, por meio de Instrução Normativa, os
procedimentos para inclusão das informações a serem solicitadas aos produtores, importadores, coletores e rerrefinadores de óleos lubrificantes usados ou contaminados.
(NR) (Artigo acrescentado pela Resolução CONAMA nº 450, de 06.03.2012, DOU 07.03.2012 )
Art. 25. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 26. Fica revogada a Resolução CONAMA nº 9, de 31 de agosto de 1993.
MARINA SILVA
Presidente do Conselho
08/04/2023, 22:49 Resolução CONAMA nº 362 de 23/06/2005 - Federal - LegisWeb
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ANEXO I
(Revogado pela Resolução CONAMA nº 450, de 06.03.2012, DOU 07.03.2012 )
ANEXO II
INFORMAÇÕES DOS COLETORES
(Revogado pela Resolução CONAMA nº 450, de 06.03.2012, DOU 07.03.2012 )
ANEXO III
08/04/2023, 22:49 Resolução CONAMA nº 450 de 06/03/2012 - Federal - LegisWeb
https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=238458 1/2
RESOLUÇÃO CONAMA Nº 450 DE 06/03/2012
 Publicado no DOU em 7 mar 2012
Altera os arts. 9º , 16 , 19 , 20 , 21 e 22 , e acrescenta o art. 24-A à Resolução nº 362, de 23 de junho de 2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA , que
dispõe sobre recolhimento, coleta e destinação final de óleo lubrificante usado ou contaminado.
O Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo inciso VII do art. 8º da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981 ,
regulamentada pelo Decreto nº 99.274, de 6 de julho de 1990 e, tendo em vista o disposto no seu Regimento Interno anexo à Portaria nº 452, de 17 de novembro de 2011,
Resolve:
Art. 1º Os arts. 9º , 16 , 19 , 20 , 21 e 22 da Resolução nº 362, de 23 de junho de 2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA , publicada no Diário Oficial da
União de 27 de junho de 2005, Seção 1, páginas 128 a 130, passam a vigorar com a seguinte redação:
" Art. 9º O Ministério do Meio Ambiente, na segunda reunião ordinária do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, de cada ano, apresentará o percentual mínimo de
coleta de óleo lubrificante usado ou contaminado, acompanhado de relatório justificativo detalhado, e o IBAMA apresentará relatório sobre os resultados da implementação
desta Resolução" (NR)
" Art. 16 . .....
II - prestar, no âmbito do Cadastro Técnico Federal, informações relativas à produção de óleo lubrificante e geração, coleta e destinação dos óleos lubrificantes usados ou
contaminados, na forma e nos prazos definidos em instrução normativa do IBAMA, concernentes, dentre outras, a:
a) óleos lubrificantes, comercializados por tipos, incluindo os dispensados de coleta;
b) coleta contratada, por coletor;
c) óleo rerrefinado adquirido, por rerrefinador.
VII - prestar ao órgão ambiental estadual ou municipal, quando solicitado, informações relativas à produção de óleo lubrificante e geração, coleta e destinação dos óleos
lubrificantes usados ou contaminados, na forma e nos prazos definidos pelo órgão solicitante."
(NR)
" Art. 19 . .....
III - prestar, no âmbito do Cadastro Técnico Federal, informações relativas à coleta e destinação dos óleos lubrificantes usados ou contaminados, na forma e nos prazos
definidos em instrução normativa do IBAMA, concernentes, dentre outras, a:
a) óleo lubrificante usado ou contaminado coletado, por produtor ou importador;
b) óleo lubrificante usado ou contaminado entregue, por rerrefinador ou responsável por destinação ambientalmente adequada.
X - prestar ao órgão ambiental estadual ou municipal, quando solicitado, informações relativas à coleta e destinação dos óleos lubrificantes usados ou contaminados, na
forma e nos prazos definidos pelo órgão solicitante." (NR)
" Art. 20 . .....
III - prestar, no âmbito do Cadastro Técnico Federal, informações relativas à produção de óleo básico rerrefinado e coleta e destinação dos óleos lubrificantes usados ou
contaminados, na forma e nos prazos definidos em instrução normativa do IBAMA, concernentes, dentre outras, ao:
a) volume de óleos lubrificantes usados ou contaminados recebidos, por coletor;
b) volume de óleo lubrificante básico rerrefinado produzido e comercializado, por produtor ou importador.
IV - prestar ao órgão ambiental estadual ou municipal, quando solicitado, informações relativas à produção de óleo básico rerrefinado e coleta e destinação dos óleos
lubrificantes usados ou contaminados, na forma e nos prazos definidos pelo órgão solicitante.
....." (NR)
" Art. 21 . .....
I - prestar, no âmbito do Cadastro Técnico Federal, informações relativas à geração de produtos e coleta e destinação dos óleos lubrificantes usados ou contaminados, na
forma e nos prazos definidos em instrução normativa do IBAMA, concernentes, dentre outras, ao:
a) volume de óleos lubrificantes usados ou contaminados recebidos; e
b) volume de produtos resultantes do processo de reciclagem.
II - prestar ao órgão ambiental estadual ou municipal, quando solicitado, informações relativas à geração de produtos e coleta e destinação dos óleos lubrificantes usados ou
contaminados, na forma e nos prazos definidos pelo órgão solicitante.
....." (NR)
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08/04/2023, 22:49 Resolução CONAMA nº 450 de 06/03/2012 - Federal - LegisWeb
https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=238458 2/2
" Art. 22 . O não cumprimento ao disposto nesta Resolução acarretará aos infratores, entre outras, as sanções previstas na Lei nº 9.605, 12 de fevereiro de 1998, e no
Decreto nº 6.514, de 22 de julho de 2008." (NR)
" Art. 24-A . O IBAMA deverá atualizar, ouvido o Grupo de Monitoramento Permanente da Resolução CONAMA nº 362, de 2005, por meio de Instrução Normativa, os
procedimentos para inclusão das informações a serem solicitadas aos produtores, importadores, coletores e rerrefinadores de óleos lubrificantes usados ou contaminados."
(NR)
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 3º Ficam revogados os Anexos I e II da Resolução nº 362, de 2005, do CONAMA .
IZABELLA TEIXEIRA
Presidente do Conselho
08/04/2023, 22:50 L9966
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Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI No 9.966, DE 28 DE ABRIL DE 2000.
Mensagem de Veto
Vide Decreto nº 4.136, de 2002
Dispõe sobre a prevenção, o controle e a
fiscalização da poluição causada por lançamento
de óleo e outras substâncias nocivas ou
perigosas em águas sob jurisdição nacional e dá
outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o Esta Lei estabelece os princípios básicos a serem obedecidos na movimentação de óleo e outras
substâncias nocivas ou perigosas em portos organizados, instalações portuárias, plataformas e navios em águas sob
jurisdição nacional.
Parágrafo único. Esta Lei aplicar-se-á:
I – quando ausentes os pressupostos para aplicação da Convenção Internacional para a Prevenção da Poluição
Causada por Navios (Marpol 73/78);
II – às embarcações nacionais, portos organizados, instalações portuárias, dutos, plataformas e suas
instalações de apoio, em caráter complementar à Marpol 73/78;
III – às embarcações, plataformas e instalaçõesde apoio estrangeiras, cuja bandeira arvorada seja ou não de
país contratante da Marpol 73/78, quando em águas sob jurisdição nacional;
IV – às instalações portuárias especializadas em outras cargas que não óleo e substâncias nocivas ou
perigosas, e aos estaleiros, marinas, clubes náuticos e outros locais e instalações similares.
Capítulo I
das definições e classificações
Art. 2o Para os efeitos desta Lei são estabelecidas as seguintes definições:
I – Marpol 73/78: Convenção Internacional para a Prevenção da Poluição Causada por Navios, concluída em
Londres, em 2 de novembro de 1973, alterada pelo Protocolo de 1978, concluído em Londres, em 17 de fevereiro de
1978, e emendas posteriores, ratificadas pelo Brasil;
II – CLC/69: Convenção Internacional sobre Responsabilidade Civil em Danos Causados por Poluição por Óleo,
de 1969, ratificada pelo Brasil;
III – OPRC/90: Convenção Internacional sobre Preparo, Resposta e Cooperação em Caso de Poluição por
Óleo, de 1990, ratificada pelo Brasil;
IV – áreas ecologicamente sensíveis: regiões das águas marítimas ou interiores, definidas por ato do Poder
Público, onde a prevenção, o controle da poluição e a manutenção do equilíbrio ecológico exigem medidas especiais
para a proteção e a preservação do meio ambiente, com relação à passagem de navios;
V – navio: embarcação de qualquer tipo que opere no ambiente aquático, inclusive hidrofólios, veículos a
colchão de ar, submersíveis e outros engenhos flutuantes;
VI – plataformas: instalação ou estrutura, fixa ou móvel, localizada em águas sob jurisdição nacional, destinada
a atividade direta ou indiretamente relacionada com a pesquisa e a lavra de recursos minerais oriundos do leito das
águas interiores ou de seu subsolo, ou do mar, da plataforma continental ou de seu subsolo;
VII – instalações de apoio: quaisquer instalações ou equipamentos de apoio à execução das atividades das
plataformas ou instalações portuárias de movimentação de cargas a granel, tais como dutos, monobóias, quadro de
bóias para amarração de navios e outras;
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.966-2000?OpenDocument
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/2000/Mv0571-00.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4136.htm
08/04/2023, 22:50 L9966
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9966.htm 2/9
VIII – óleo: qualquer forma de hidrocarboneto (petróleo e seus derivados), incluindo óleo cru, óleo combustível,
borra, resíduos de petróleo e produtos refinados;
IX – mistura oleosa: mistura de água e óleo, em qualquer proporção;
X – substância nociva ou perigosa: qualquer substância que, se descarregada nas águas, é capaz de gerar
riscos ou causar danos à saúde humana, ao ecossistema aquático ou prejudicar o uso da água e de seu entorno;
XI – descarga: qualquer despejo, escape, derrame, vazamento, esvaziamento, lançamento para fora ou
bombeamento de substâncias nocivas ou perigosas, em qualquer quantidade, a partir de um navio, porto organizado,
instalação portuária, duto, plataforma ou suas instalações de apoio;
XII – porto organizado: porto construído e aparelhado para atender às necessidades da navegação e da
movimentação e armazenagem de mercadorias, concedido ou explorado pela União, cujo tráfego e operações
portuárias estejam sob a jurisdição de uma autoridade portuária;
XIII – instalação portuária ou terminal: instalação explorada por pessoa jurídica de direito público ou privado,
dentro ou fora da área do porto organizado, utilizada na movimentação e armazenagem de mercadorias destinadas
ou provenientes de transporte aquaviário;
XIV – incidente: qualquer descarga de substância nociva ou perigosa, decorrente de fato ou ação intencional ou
acidental que ocasione risco potencial, dano ao meio ambiente ou à saúde humana;
XV – lixo: todo tipo de sobra de víveres e resíduos resultantes de faxinas e trabalhos rotineiros nos navios,
portos organizados, instalações portuárias, plataformas e suas instalações de apoio;
XVI – alijamento: todo despejo deliberado de resíduos e outras substâncias efetuado por embarcações,
plataformas, aeronaves e outras instalações, inclusive seu afundamento intencional em águas sob jurisdição nacional;
XVII – lastro limpo: água de lastro contida em um tanque que, desde que transportou óleo pela última vez, foi
submetido a limpeza em nível tal que, se esse lastro fosse descarregado pelo navio parado em águas limpas e
tranqüilas, em dia claro, não produziria traços visíveis de óleo na superfície da água ou no litoral adjacente, nem
produziria borra ou emulsão sob a superfície da água ou sobre o litoral adjacente;
XVIII – tanque de resíduos: qualquer tanque destinado especificamente a depósito provisório dos líquidos de
drenagem e lavagem de tanques e outras misturas e resíduos;
XIX – plano de emergência: conjunto de medidas que determinam e estabelecem as responsabilidades setoriais
e as ações a serem desencadeadas imediatamente após um incidente, bem como definem os recursos humanos,
materiais e equipamentos adequados à prevenção, controle e combate à poluição das águas;
XX – plano de contingência: conjunto de procedimentos e ações que visam à integração dos diversos planos de
emergência setoriais, bem como a definição dos recursos humanos, materiais e equipamentos complementares para
a prevenção, controle e combate da poluição das águas;
XXI – órgão ambiental ou órgão de meio ambiente: órgão do poder executivo federal, estadual ou municipal,
integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama), responsável pela fiscalização, controle e proteção ao
meio ambiente no âmbito de suas competências;
XXII – autoridade marítima: autoridade exercida diretamente pelo Comandante da Marinha, responsável pela
salvaguarda da vida humana e segurança da navegação no mar aberto e hidrovias interiores, bem como pela
prevenção da poluição ambiental causada por navios, plataformas e suas instalações de apoio, além de outros
cometimentos a ela conferidos por esta Lei;
XXIII – autoridade portuária: autoridade responsável pela administração do porto organizado, competindo-lhe
fiscalizar as operações portuárias e zelar para que os serviços se realizem com regularidade, eficiência, segurança e
respeito ao meio ambiente;
XXIV – órgão regulador da indústria do petróleo: órgão do poder executivo federal, responsável pela regulação,
contratação e fiscalização das atividades econômicas da indústria do petróleo, sendo tais atribuições exercidas pela
Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Art. 3o Para os efeitos desta Lei, são consideradas águas sob jurisdição nacional:
I – águas interiores;
a) as compreendidas entre a costa e a linha-de-base reta, a partir de onde se mede o mar territorial;
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b) as dos portos;
c) as das baías;
d) as dos rios e de suas desembocaduras;
e) as dos lagos, das lagoas e dos canais;
f) as dos arquipélagos;
g) as águas entre os baixios a descoberta e a costa;
II – águas marítimas, todas aquelas sob jurisdição nacional que não sejam interiores.
Art. 4o Para os efeitos desta Lei, as substâncias nocivas ou perigosas classificam-se nas seguintes categorias,
de acordo com o risco produzido quando descarregadas na água:
I – categoria A: alto risco tanto para a saúde humana como para o ecossistema aquático;
II – categoria B: médio risco tanto para a saúde humana como para o ecossistema aquático;
III – categoria C: risco moderado tanto para a saúde humana como para o ecossistema aquático;
IV – categoria D: baixo risco tanto para a saúde humana como para o ecossistema aquático.
Parágrafo único. O órgão federal de meio ambiente divulgará e manterá atualizada a lista das substâncias
classificadas neste artigo, devendo a classificação ser, no mínimo, tão completa e rigorosa quanto a estabelecida pela
Marpol 73/78.
Capítulo ii
dos sistemas de prevenção, controle e combate da poluição
Art. 5o Todo porto organizado, instalação portuáriae plataforma, bem como suas instalações de apoio, disporá
obrigatoriamente de instalações ou meios adequados para o recebimento e tratamento dos diversos tipos de resíduos
e para o combate da poluição, observadas as normas e critérios estabelecidos pelo órgão ambiental competente.
§ 1o A definição das características das instalações e meios destinados ao recebimento e tratamento de
resíduos e ao combate da poluição será feita mediante estudo técnico, que deverá estabelecer, no mínimo:
I – as dimensões das instalações;
II – a localização apropriada das instalações;
III – a capacidade das instalações de recebimento e tratamento dos diversos tipos de resíduos, padrões de
qualidade e locais de descarga de seus efluentes;
IV – os parâmetros e a metodologia de controle operacional;
V – a quantidade e o tipo de equipamentos, materiais e meios de transporte destinados a atender situações
emergenciais de poluição;
VI – a quantidade e a qualificação do pessoal a ser empregado;
VII – o cronograma de implantação e o início de operação das instalações.
§ 2o O estudo técnico a que se refere o parágrafo anterior deverá levar em conta o porte, o tipo de carga
manuseada ou movimentada e outras características do porto organizado, instalação portuária ou plataforma e suas
instalações de apoio.
§ 3o As instalações ou meios destinados ao recebimento e tratamento de resíduos e ao combate da poluição
poderão ser exigidos das instalações portuárias especializadas em outras cargas que não óleo e substâncias nocivas
ou perigosas, bem como dos estaleiros, marinas, clubes náuticos e similares, a critério do órgão ambiental
competente.
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Art. 6o As entidades exploradoras de portos organizados e instalações portuárias e os proprietários ou
operadores de plataformas deverão elaborar manual de procedimento interno para o gerenciamento dos riscos de
poluição, bem como para a gestão dos diversos resíduos gerados ou provenientes das atividades de movimentação e
armazenamento de óleo e substâncias nocivas ou perigosas, o qual deverá ser aprovado pelo órgão ambiental
competente, em conformidade com a legislação, normas e diretrizes técnicas vigentes.
Art. 7o Os portos organizados, instalações portuárias e plataformas, bem como suas instalações de apoio,
deverão dispor de planos de emergência individuais para o combate à poluição por óleo e substâncias nocivas ou
perigosas, os quais serão submetidos à aprovação do órgão ambiental competente.
§ 1o No caso de áreas onde se concentrem portos organizados, instalações portuárias ou plataformas, os
planos de emergência individuais serão consolidados na forma de um único plano de emergência para toda a área
sujeita ao risco de poluição, o qual deverá estabelecer os mecanismos de ação conjunta a serem implementados,
observado o disposto nesta Lei e nas demais normas e diretrizes vigentes.
§ 2o A responsabilidade pela consolidação dos planos de emergência individuais em um único plano de
emergência para a área envolvida cabe às entidades exploradoras de portos organizados e instalações portuárias, e
aos proprietários ou operadores de plataformas, sob a coordenação do órgão ambiental competente.
Art. 8o Os planos de emergência mencionados no artigo anterior serão consolidados pelo órgão ambiental
competente, na forma de planos de contingência locais ou regionais, em articulação com os órgãos de defesa civil.
Parágrafo único. O órgão federal de meio ambiente, em consonância com o disposto na OPRC/90, consolidará
os planos de contingência locais e regionais na forma do Plano Nacional de Contingência, em articulação com os
órgãos de defesa civil.
Art. 9o As entidades exploradoras de portos organizados e instalações portuárias e os proprietários ou
operadores de plataformas e suas instalações de apoio deverão realizar auditorias ambientais bienais, independentes,
com o objetivo de avaliar os sistemas de gestão e controle ambiental em suas unidades.
Capítulo III
do transporte de óleo e substâncias nocivas ou perigosas
Art. 10. As plataformas e os navios com arqueação bruta superior a cinqüenta que transportem óleo, ou o
utilizem para sua movimentação ou operação, portarão a bordo, obrigatoriamente, um livro de registro de óleo,
aprovado nos termos da Marpol 73/78, que poderá ser requisitado pela autoridade marítima, pelo órgão ambiental
competente e pelo órgão regulador da indústria do petróleo, e no qual serão feitas anotações relativas a todas as
movimentações de óleo, lastro e misturas oleosas, inclusive as entregas efetuadas às instalações de recebimento e
tratamento de resíduos.
Art. 11. Todo navio que transportar substância nociva ou perigosa a granel deverá ter a bordo um livro de
registro de carga, nos termos da Marpol 73/78, que poderá ser requisitado pela autoridade marítima, pelo órgão
ambiental competente e pelo órgão regulador da indústria do petróleo, e no qual serão feitas anotações relativas às
seguintes operações:
I – carregamento;
II – descarregamento;
III – transferências de carga, resíduos ou misturas para tanques de resíduos;
IV – limpeza dos tanques de carga;
V – transferências provenientes de tanques de resíduos;
VI – lastreamento de tanques de carga;
VII – transferências de águas de lastro sujo para o meio aquático;
VIII – descargas nas águas, em geral.
Art. 12. Todo navio que transportar substância nociva ou perigosa de forma fracionada, conforme estabelecido
no Anexo III da Marpol 73/78, deverá possuir e manter a bordo documento que a especifique e forneça sua
localização no navio, devendo o agente ou responsável conservar cópia do documento até que a substância seja
desembarcada.
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https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9966.htm 5/9
§ 1o As embalagens das substâncias nocivas ou perigosas devem conter a respectiva identificação e
advertência quanto aos riscos, utilizando a simbologia prevista na legislação e normas nacionais e internacionais em
vigor.
§ 2o As embalagens contendo substâncias nocivas ou perigosas devem ser devidamente estivadas e
amarradas, além de posicionadas de acordo com critérios de compatibilidade com outras cargas existentes a bordo,
atendidos os requisitos de segurança do navio e de seus tripulantes, de forma a evitar acidentes.
Art. 13. Os navios enquadrados na CLC/69 deverão possuir o certificado ou garantia financeira equivalente,
conforme especificado por essa convenção, para que possam trafegar ou permanecer em águas sob jurisdição
nacional.
Art. 14. O órgão federal de meio ambiente deverá elaborar e atualizar, anualmente, lista de substâncias cujo
transporte seja proibido em navios ou que exijam medidas e cuidados especiais durante a sua movimentação.
capítulo iv
da descarga de óleo, substâncias nocivas ou perigosas e lixo
Art. 15. É proibida a descarga, em águas sob jurisdição nacional, de substâncias nocivas ou perigosas
classificadas na categoria "A", definida no art. 4o desta Lei, inclusive aquelas provisoriamente classificadas como tal,
além de água de lastro, resíduos de lavagem de tanques ou outras misturas que contenham tais substâncias.
§ 1o A água subseqüentemente adicionada ao tanque lavado em quantidade superior a cinco por cento do seu
volume total só poderá ser descarregada se atendidas cumulativamente as seguintes condições:
I – a situação em que ocorrer o lançamento enquadre-se nos casos permitidos pela Marpol 73/78;
II – o navio não se encontre dentro dos limites de área ecologicamente sensível;
III – os procedimentos para descarga sejam devidamente aprovados pelo órgão ambiental competente.
§ 2o É vedada a descarga de água subseqüentemente adicionada ao tanque lavado em quantidade inferior a
cinco por cento do seu volume total.
Art. 16. É proibida a descarga, em águas sob jurisdição nacional, de substâncias classificadas nas categorias
"B", "C", e "D", definidas no art. 4o desta Lei, inclusive aquelas provisoriamente classificadas como tais, além de água
de lastro, resíduosde lavagem de tanques e outras misturas que as contenham, exceto se atendidas
cumulativamente as seguintes condições:
I – a situação em que ocorrer o lançamento enquadre-se nos casos permitidos pela Marpol 73/78;
II – o navio não se encontre dentro dos limites de área ecologicamente sensível;
III – os procedimentos para descarga sejam devidamente aprovados pelo órgão ambiental competente.
§ 1o Os esgotos sanitários e as águas servidas de navios, plataformas e suas instalações de apoio equiparam-
se, em termos de critérios e condições para lançamento, às substâncias classificadas na categoria "C", definida no
art. 4o desta Lei.
§ 2o Os lançamentos de que trata o parágrafo anterior deverão atender também às condições e aos
regulamentos impostos pela legislação de vigilância sanitária.
Art. 17. É proibida a descarga de óleo, misturas oleosas e lixo em águas sob jurisdição nacional, exceto nas
situações permitidas pela Marpol 73/78, e não estando o navio, plataforma ou similar dentro dos limites de área
ecologicamente sensível, e os procedimentos para descarga sejam devidamente aprovados pelo órgão ambiental
competente.
§ 1o No descarte contínuo de água de processo ou de produção em plataformas aplica-se a regulamentação
ambiental específica.
§ 2o (VETADO)
§ 3o Não será permitida a descarga de qualquer tipo de plástico, inclusive cabos sintéticos, redes sintéticas de
pesca e sacos plásticos.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/2000/Mv0571-00.htm
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https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9966.htm 6/9
Art. 18. Exceto nos casos permitidos por esta Lei, a descarga de lixo, água de lastro, resíduos de lavagem de
tanques e porões ou outras misturas que contenham óleo ou substâncias nocivas ou perigosas de qualquer categoria
só poderá ser efetuada em instalações de recebimento e tratamento de resíduos, conforme previsto no art. 5o desta
Lei.
Art. 19. A descarga de óleo, misturas oleosas, substâncias nocivas ou perigosas de qualquer categoria, e lixo,
em águas sob jurisdição nacional, poderá ser excepcionalmente tolerada para salvaguarda de vidas humanas,
pesquisa ou segurança de navio, nos termos do regulamento.
Parágrafo único. Para fins de pesquisa, deverão ser atendidas as seguintes exigências, no mínimo:
I – a descarga seja autorizada pelo órgão ambiental competente, após análise e aprovação do programa de
pesquisa;
II – esteja presente, no local e hora da descarga, pelo menos um representante do órgão ambiental que a
houver autorizado;
III – o responsável pela descarga coloque à disposição, no local e hora em que ela ocorrer, pessoal
especializado, equipamentos e materiais de eficiência comprovada na contenção e eliminação dos efeitos esperados.
Art. 20. A descarga de resíduos sólidos das operações de perfuração de poços de petróleo será objeto de
regulamentação específica pelo órgão federal de meio ambiente.
Art. 21. As circunstâncias em que a descarga, em águas sob jurisdição nacional, de óleo e substâncias nocivas
ou perigosas, ou misturas que os contenham, de água de lastro e de outros resíduos poluentes for autorizada não
desobrigam o responsável de reparar os danos causados ao meio ambiente e de indenizar as atividades econômicas
e o patrimônio público e privado pelos prejuízos decorrentes dessa descarga.
Art. 22. Qualquer incidente ocorrido em portos organizados, instalações portuárias, dutos, navios, plataformas e
suas instalações de apoio, que possa provocar poluição das águas sob jurisdição nacional, deverá ser imediatamente
comunicado ao órgão ambiental competente, à Capitania dos Portos e ao órgão regulador da indústria do petróleo,
independentemente das medidas tomadas para seu controle.
Art. 23. A entidade exploradora de porto organizado ou de instalação portuária, o proprietário ou operador de
plataforma ou de navio, e o concessionário ou empresa autorizada a exercer atividade pertinente à indústria do
petróleo, responsáveis pela descarga de material poluente em águas sob jurisdição nacional, são obrigados a
ressarcir os órgãos competentes pelas despesas por eles efetuadas para o controle ou minimização da poluição
causada, independentemente de prévia autorização e de pagamento de multa.
Parágrafo único. No caso de descarga por navio não possuidor do certificado exigido pela CLC/69, a
embarcação será retida e só será liberada após o depósito de caução como garantia para pagamento das despesas
decorrentes da poluição.
Art. 24. A contratação, por órgão ou empresa pública ou privada, de navio para realização de transporte de óleo
ou de substância enquadrada nas categorias definidas no art. 4o desta Lei só poderá efetuar-se após a verificação de
que a empresa transportadora esteja devidamente habilitada para operar de acordo com as normas da autoridade
marítima.
capítulo v
das infrações e das sanções
Art. 25. São infrações, punidas na forma desta Lei:
I – descumprir o disposto nos arts. 5o, 6o e 7o:
Pena – multa diária;
II – descumprir o disposto nos arts. 9o e 22:
Pena – multa;
III – descumprir o disposto nos arts. 10, 11 e 12:
Pena – multa e retenção do navio até que a situação seja regularizada;
IV – descumprir o disposto no art. 24:
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Pena – multa e suspensão imediata das atividades da empresa transportadora em situação irregular.
§ 1o Respondem pelas infrações previstas neste artigo, na medida de sua ação ou omissão:
I – o proprietário do navio, pessoa física ou jurídica, ou quem legalmente o represente;
II – o armador ou operador do navio, caso este não esteja sendo armado ou operado pelo proprietário;
III – o concessionário ou a empresa autorizada a exercer atividades pertinentes à indústria do petróleo;
IV – o comandante ou tripulante do navio;
V – a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, que legalmente represente o porto organizado, a
instalação portuária, a plataforma e suas instalações de apoio, o estaleiro, a marina, o clube náutico ou instalação
similar;
VI – o proprietário da carga.
§ 2o O valor da multa de que trata este artigo será fixado no regulamento desta Lei, sendo o mínimo de R$
7.000,00 (sete mil reais) e o máximo de R$ 50.000.000,00 (cinqüenta milhões de reais).
§ 3o A aplicação das penas previstas neste artigo não isenta o agente de outras sanções administrativas e
penais previstas na Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, e em outras normas específicas que tratem da matéria,
nem da responsabilidade civil pelas perdas e danos causados ao meio ambiente e ao patrimônio público e privado.
Art. 26. A inobservância ao disposto nos arts. 15, 16, 17 e 19 será punida na forma da Lei no 9.605, de 12 de
fevereiro de 1998, e seu regulamento.
capítulo vi
disposições finais e complementares
Art. 27. São responsáveis pelo cumprimento desta Lei:
I – a autoridade marítima, por intermédio de suas organizações competentes, com as seguintes atribuições:
a) fiscalizar navios, plataformas e suas instalações de apoio, e as cargas embarcadas, de natureza nociva ou
perigosa, autuando os infratores na esfera de sua competência;
b) levantar dados e informações e apurar responsabilidades sobre os incidentes com navios, plataformas e suas
instalações de apoio que tenham provocado danos ambientais;
c) encaminhar os dados, informações e resultados de apuração de responsabilidades ao órgão federal de meio
ambiente, para avaliação dos danos ambientais e início das medidas judiciais cabíveis;
d) comunicar ao órgão regulador da indústria do petróleo irregularidades encontradas durante a fiscalização de
navios, plataformas e suas instalações de apoio, quando atinentes à indústria do petróleo;
II – o órgão federal de meio ambiente, com as seguintes atribuições:
a) realizar o controle ambiental e a fiscalização dos portos organizados, das instalações portuárias, das cargas
movimentadas, de natureza nociva ou perigosa, e das plataformas e suas instalações de apoio, quanto às exigências
previstas nolicenciamento ambiental, autuando os infratores na esfera de sua competência;
b) avaliar os danos ambientais causados por incidentes nos portos organizados, dutos, instalações portuárias,
navios, plataformas e suas instalações de apoio;
c) encaminhar à Procuradoria-Geral da República relatório circunstanciado sobre os incidentes causadores de
dano ambiental para a propositura das medidas judiciais necessárias;
d) comunicar ao órgão regulador da indústria do petróleo irregularidades encontradas durante a fiscalização de
navios, plataformas e suas instalações de apoio, quando atinentes à indústria do petróleo;
III – o órgão estadual de meio ambiente com as seguintes competências:
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a) realizar o controle ambiental e a fiscalização dos portos organizados, instalações portuárias, estaleiros,
navios, plataformas e suas instalações de apoio, avaliar os danos ambientais causados por incidentes ocorridos
nessas unidades e elaborar relatório circunstanciado, encaminhando-o ao órgão federal de meio ambiente;
b) dar início, na alçada estadual, aos procedimentos judiciais cabíveis a cada caso;
c) comunicar ao órgão regulador da indústria do petróleo irregularidades encontradas durante a fiscalização de
navios, plataformas e suas instalações de apoio, quando atinentes à indústria do petróleo;
d) autuar os infratores na esfera de sua competência;
IV – o órgão municipal de meio ambiente, com as seguintes competências:
a) avaliar os danos ambientais causados por incidentes nas marinas, clubes náuticos e outros locais e
instalações similares, e elaborar relatório circunstanciado, encaminhando-o ao órgão estadual de meio ambiente;
b) dar início, na alçada municipal, aos procedimentos judiciais cabíveis a cada caso;
c) autuar os infratores na esfera de sua competência;
V – o órgão regulador da indústria do petróleo, com as seguintes competências:
a) fiscalizar diretamente, ou mediante convênio, as plataformas e suas instalações de apoio, os dutos e as
instalações portuárias, no que diz respeito às atividades de pesquisa, perfuração, produção, tratamento,
armazenamento e movimentação de petróleo e seus derivados e gás natural;
b) levantar os dados e informações e apurar responsabilidades sobre incidentes operacionais que, ocorridos em
plataformas e suas instalações de apoio, instalações portuárias ou dutos, tenham causado danos ambientais;
c) encaminhar os dados, informações e resultados da apuração de responsabilidades ao órgão federal de meio
ambiente;
d) comunicar à autoridade marítima e ao órgão federal de meio ambiente as irregularidades encontradas
durante a fiscalização de instalações portuárias, dutos, plataformas e suas instalações de apoio;
e) autuar os infratores na esfera de sua competência.
§ 1o A Procuradoria-Geral da República comunicará previamente aos ministérios públicos estaduais a
propositura de ações judiciais para que estes exerçam as faculdades previstas no § 5o do art. 5o da Lei no 7.347, de
24 de julho de 1985, na redação dada pelo art. 113 da Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990 - Código de Defesa
do Consumidor.
§ 2o A negligência ou omissão dos órgãos públicos na apuração de responsabilidades pelos incidentes e na
aplicação das respectivas sanções legais implicará crime de responsabilidade de seus agentes.
Art. 28. O órgão federal de meio ambiente, ouvida a autoridade marítima, definirá a localização e os limites das
áreas ecologicamente sensíveis, que deverão constar das cartas náuticas nacionais.
Art. 29. Os planos de contingência estabelecerão o nível de coordenação e as atribuições dos diversos órgãos e
instituições públicas e privadas neles envolvidas.
Parágrafo único. As autoridades a que se referem os incisos XXI, XXII, XXIII e XXIV do art. 2o desta Lei atuarão
de forma integrada, nos termos do regulamento.
Art. 30. O alijamento em águas sob jurisdição nacional deverá obedecer às condições previstas na Convenção
sobre Prevenção da Poluição Marinha por Alijamento de Resíduos e Outras Matérias, de 1972, promulgada pelo
Decreto no 87.566, de 16 de setembro de 1982, e suas alterações.
Art. 31. Os portos organizados, as instalações portuárias e as plataformas já em operação terão os seguintes
prazos para se adaptarem ao que dispõem os arts. 5o, 6o e 7o:
I – trezentos e sessenta dias a partir da data de publicação desta Lei, para elaborar e submeter à aprovação do
órgão federal de meio ambiente o estudo técnico e o manual de procedimento interno a que se referem,
respectivamente, o § 1o do art. 5o e o art. 6o;
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7347orig.htm#art5%C2%A75
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm#art113
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1980-1989/1980-1984/D87566.htm
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II – trinta e seis meses, após a aprovação a que se refere o inciso anterior, para colocar em funcionamento as
instalações e os meios destinados ao recebimento e tratamento dos diversos tipos de resíduos e ao controle da
poluição, previstos no art. 5o, incluindo o pessoal adequado para operá-los;
III – cento e oitenta dias a partir da data de publicação desta Lei, para apresentar ao órgão ambiental
competente os planos de emergência individuais a que se refere o caput do art. 7o.
Art. 32. Os valores arrecadados com a aplicação das multas previstas nesta Lei serão destinados aos órgãos
que as aplicarem, no âmbito de suas competências.
Art. 33. O Poder Executivo regulamentará esta Lei, no que couber, no prazo de trezentos e sessenta dias da
data de sua publicação.
Art. 34. Esta Lei entra em vigor noventa dias da data de sua publicação.
Art. 35. Revogam-se a Lei no 5.357, de 17 de novembro de 1967, e o § 4o do art. 14 da Lei no 6.938, de 31 de
agosto de 1981.
Brasília, 28 de abril de 2000; 179o da Independência e 112o da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Helio Vitor Ramos Filho
Este texto na substitui o publicado no D.O.U. de 29.4.2000 (Edição extra)
 *
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1950-1969/L5357.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm#14%C2%A74
08/04/2023, 22:51 D97634
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1980-1989/d97634.htm 1/1
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
DECRETO No 97.634, DE 10 DE ABRIL DE 1989.
 
Dispõe sobre o controle da produção e da
comercialização de substância que comporta risco para a
vida, a qualidade de vida e o meio ambiente, e dá outras
providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 84, inciso IV, e o inciso V do
parágrafo único do artigo 225, da Constituição,
DECRETA:
Art. 1° O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, cadastrará os
importadores, produtores e comerciantes de mercúrio metálico.
Parágrafo único. O cadastramento será feito através de requerimento dos interessados, e é condição
necessária para o exercício de suas atividades.
Art. 2° Para efeito deste Decreto entende-se por:
Importador: o adquirente do exterior da substância mercúrio metálico;
Produtor: o que se dedica à obtenção do mercúrio metálico nas especificações técnicas para sua utilização;
Comerciante: o que se dedica à venda e revenda do mercúrio metálico.
Art. 3° Os importadores de mercúrio metálico deverão, previamente ao pedido de importação, notificar o Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis sobre cada partida a ser importada.
Art. 4° As guias de importação a serem expedidas pela Carteira do Comércio Exterior do Banco do Brasil -
CACEX, somente serão liberadas após comprovação do cadastramento do importador junto ao Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.
Art. 5° Em operações de comercialização da substânciamercúrio metálico, no atacado ou no varejo, será
enviado ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis o respectivo "Documento de
Operações com Mercúrio Metálico".
Art. 6° O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis instruirá quanto às
condições de cadastramento, do formulário de notificação e sobre o documento de operação com mercúrio metálico.
Art. 7° O não cumprimento do disposto neste Decreto sujeitará o infrator às penalidades previstas na legislação
vigente.
Art. 8° Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 9° Revogam-se as disposições em contrário.
Brasília, 10 de abril de 1989; 168° da Independência e 101° da República.
JOSÉ SARNEY
João Alves Filho
Rubens Bayma Denys 
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 12.4.1989
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/DEC%2097.634-1989?OpenDocument
 > Assuntos > Emissões e Resíduos > Resíduos > Mercúrio metálico
Mercúrio metálico
Sobre o mercúrio metálico
Convenção de Minamata sobre o Mercúrio
Qual o papel do Ibama nessa Convenção?
Quais as principais fontes de emissão de mercúrio no Brasil?
Como posso saber mais sobre a Convenção de Minamata?
Legislação
Mais informações
Contato
 
Sobre o mercúrio metálico
O mercúrio metálico (Hg), ou também chamado de elementar (Manahan, 2000), é classificado como uma substância
perigosa, portanto, seu uso deve estar cercado de cuidados extremos em ações relacionadas ao armazenamento, à sua
utilização e à sua disposição final devido à toxicidade, à capacidade de bioacumulação em sua forma metilada e
também d à sua característica poluente persistente.
É encontrado na natureza em vários tipos de minerais e nas erupções vulcânicas e depositado nos oceanos. As
emissões e liberações antropogênicas estão relacionadas com os vários processos produtivos que utilizam mercúrio
em qualquer de suas formas.
Publicado em 29/11/2022 10h31 Compartilhe:   
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Valores do relatório global de avaliação de emissões, considerando-se fontes antropogênicas e geocênicas, publicados
pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) em 2013.
http://www.unpe.org/PDF/PressRelease/GlobalMercury/Assessment2013.pdf
Utilizado pela humanidade desde a antiguidade, o mercúrio metálico foi relevante durante o processo de
industrialização mundial, entretanto seus efeitos nocivos ao meio ambiente deixaram marcas profundas nos
ecossistemas, inclusive em populações humanas. O caso mais emblemático de poluição por metilmercúrio se deu na
cidade de Minamata, no sul do Japão, nos anos 1930. Durante o processo de produção de acetaldeído, ocorreu o
descarte de efluentes sem o devido tratamento, contaminando-se milhares de pessoas, animais e a baía de Shiranui.
Baía de Minamata, Japão, hoje, após a descontaminação da área. Foto: Claudia Moreira
 Para que tais fatos não venham a se repetir em outras áreas do planeta, foi elaborado um documento juridicamente
vinculante, resultado dos esforços de vários países, cujo objetivo é restringir ao máximo o uso do mercúrio em algumas
atividades, inclusive, até banindo seu uso em algumas atividades, o qual recebeu o nome de Convenção de Minamata
sobre Mercúrio, em memória às vítimas da contaminação ocorrida nessa cidade japonesa.
Em 10 de outubro de 2013, representantes do Governo brasileiro participaram da Conferência Diplomática para
assinatura da Convenção de Minamata sobre Mercúrio e o instrumento de ratificação brasileira foi depositado na sede
das Nações Unidas em Nova York, em 08 de agosto de 2017, entrando em vigor para o Brasil em novembro de 2017.
 A promulgação da Convenção se deu pela publicação do Decreto nº 9.470, de 14 de agosto de 2018.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/Decreto/D9470.htm
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Em nosso país, por determinação da Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981, que instituiu a Política Nacional do Meio
Ambiente, regulamentada pelo Decreto no 97.634, de 10 de abril de 1989, cabe ao Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) o controle do comércio, da produção e da importação de
mercúrio metálico.
Uma vez que no Brasil não há produção primária de mercúrio, este entra no mercado nacional por meio da importação,
sendo primordialmente utilizado na produção de soda cáustica, de cloro, em obturações dentárias, em equipamentos
eletrônicos (lâmpadas fluorescentes, condutores elétricos), em equipamentos e procedimentos hospitalares e
laboratoriais, além de várias outras atividades.
No caso da mineração de ouro, só é permitido o uso de mercúrio metálico mediante licenciamento ambiental pelo
órgão competente, conforme estabelece o Decreto 97.507, de 13 de fevereiro de 1989.
Todos os que utilizem a substância para a consecução de suas atividades devem estar cadastrados no Cadastro
Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras e/ou Utilizadoras de Recursos Ambientais (CTF/APP), onde
devem informar compra, venda, produção e importação da substância, em consonância com a Instrução Normativa
Ibama nº 8, de 8 de maio de 2015.
Convenção de Minamata sobre o Mercúrio
A Convenção de Minamata é um tratado internacional que entrou em vigor em 16 de agosto de 2017 e tem como
objetivo proteger a saúde humana e o meio ambiente dos efeitos adversos do mercúrio.
Em seu teor, a Convenção chama atenção para os riscos ambientais e à saúde humana relacionados à emissão do
metal que, embora ocorra naturalmente, é liberado na atmosfera, no solo e na água por ter ampla utilização em objetos
cotidianos.
Controlar as liberações antropogênicas de mercúrio ao longo de seu ciclo de uso tem sido um fator-chave na definição
das obrigações contidas na Convenção que tem como pontos principais a proibição do estabelecimento de novas
minas de mercúrio e a eliminação das existentes; a redução progressiva e o fim do uso da substância em produtos e
processos; medidas de controle de sua emissão para a atmosfera e liberação para a terra e água; e, a regulamentação
do setor informal de mineração de ouro artesanal e em pequena escala.
A Convenção também define procedimentos para a importação e exportação do metal, aborda a identificação, o
gerenciamento e o monitoramento de locais contaminados por mercúrio, o armazenamento provisório e a destinação
ambientalmente adequada da substância, além de  questões relacionadas à saúde.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938compilada.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1980-1989/D97634.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1980-1989/D97507.htm
https://www.gov.br/ibama/pt-br/servicos/cadastros/ctf/ctf-app
http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=11/05/2015&jornal=1&pagina=75&totalArquivos=112
https://www.gov.br/
Qual o papel do Ibama nessa Convenção?
Por determinação da Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981 que instituiu a Política Nacional do Meio Ambiente,
regulamentada pelo Decreto nº 97.634, de 10 de abril de 1989, tornou-se competência do Ibama o controle do
comércio, da produção e da importação de mercúrio metálico.
Cabe ressaltar que o Brasil ratificou a Convenção de Minamata por meio do Decreto nº 9.470/2018 e, a partir dele, se
comprometeu a cumprir medidas para redução do uso de mercúrio e para a proteção da saúde humana e do meio
ambiente em relação à exposição ao metal.
A partir da Portaria MMA 125/2021, o Instituto se tornou a autoridade competente por receber solicitações para a
autorização de importação e exportação da substância e verificar se seu uso está dentro das modalidades previstas na
Convenção.
Quais as principais fontes de emissão de mercúrio no Brasil?
No Brasil não há produção primária de mercúrio, portanto, o metal entra no mercado nacional por meio da importação,
sendo utilizado na produção de soda cáustica e de cloro, em obturações dentárias, em equipamentos eletrônicos
(lâmpadas fluorescentes, condutores elétricos), na mineração artesanal e de pequena escala, em equipamentos e
procedimentos hospitalares e laboratoriais, entre outras atividades.
No processo de mineração artesanal, o mercúrio é utilizado na separação de partículas finas de ouro através da
amalgamação e posterior separação gravimétrica. O amálgama separado é queimado, geralmente a céu aberto,
liberando grandes quantidades de mercúrio para a atmosfera. Durante o processo, quantidades variáveis de mercúrio
são perdidas na forma metálica para rios e solos, e rejeitos contaminados são deixados a céu aberto na maioria dos
sítios de garimpo. O ouro produzido desta forma ainda contém de 2 a 7% em peso de mercúrio como impureza,  que é
sublimado a altas temperaturas durante a purificação do ouro, resultando em séria contaminação dos ambientes de
trabalho e da atmosfera urbana onde esta operação é feita (ONU Meio Ambiente, 2018).
De acordo com o Relatório Final do Inventário Nacional de Emissões e Liberações de Mercúrio  (ONU Meio Ambiente,
2018), os principais fatores que influenciam as emissões (diretamente para a atmosfera) de mercúrio pela mineração
artesanal de pequena escala de ouro são: a quantidade de Hg presente no amálgama, a produção de ouro e a
aplicação de sistemas de abatimento destas emissões diretas (retortas, capelas etc.). Sob este aspecto, cabe destacar a
importância das denominadas centrais de amalgamação em áreas próximas a garimpos de ouro que promovem a
decomposição do amálgama utilizando equipamentos para recuperação do mercúrio e, com isso, contribuindo para a
diminuição das emissões.
O inventário apontou, diante dessa premissa, que a emissão de mercúrio diretamente para a atmosfera devido à
atividade de garimpo no país em 2016 variou numa ordem de grandeza de 11 toneladas a 161 toneladas, considerando
a produção legalizada e ilegal de ouro, os distintos processos e os percentuais de uso de controles de emissão.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1980-1989/D97634.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/decreto/D9470.htm
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-mma-n-175-de-22-de-abril-de-2021-315696586
https://www.gov.br/
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Como posso saber mais sobre a Convenção de Minamata?
Acesse o site da convenção, em https://www.mercuryconvention.org.
Legislação
Decreto 97.634/1989
Decreto nº 97.507/1989
Instrução Normativa Ibama nº 08/2015
Portaria MMA 175/2021
Mais informações
Exportação de mercúrio metálico
Importação de mercúrio metálico
Relatório Final - Inventário nacional de emissões e liberações de mercúrio no âmbito da mineração artesanal e de
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