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2 
HISTÓRIA GERAL – CONCEITOS HISTÓRICOS 
 
QUESTÃO 01 
(Enem 2010) 
 
As ruínas do povoado de Canudos, no sertão norte 
da Bahia, além de significativas para a identidade 
cultural, dessa região, são úteis às investigações 
sobre a Guerra de Canudos e o modo de vida dos 
antigos revoltosos. 
 
Essas ruínas foram reconhecidas como patrimônio 
cultural material pelo Iphan (Instituto do 
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) porque 
reúnem um conjunto de 
 
A) objetos arqueológicos e paisagísticos. 
B) acervos museológicos e bibliográficos. 
C) núcleos urbanos e etnográficos 
D) práticas e representações de uma sociedade. 
E) expressões e técnicas de uma sociedade extinta. 
 
QUESTÃO 02 
(Enem 2010) 
 
Quem construiu a Tebas de sete portas? 
Nos livros estão nomes de reis. 
Arrastaram eles os blocos de pedra? 
E a Babilônia várias vezes destruída. Quem a 
reconstruiu tantas vezes? 
Em que casas da Lima dourada moravam os 
construtores? 
Para onde foram os pedreiros, na noite em que a 
Muralha da China ficou pronta? 
A grande Roma está cheia de arcos do triunfo. 
Quem os ergueu? Sobre quem triunfaram os 
césares? 
BRECHT, B. Perguntas de um trabalhador que lê. Disponível 
em: http://recantodasletras.uol.com.br. Acesso em: 28 abr. 
2010. 
 
Partindo das reflexões de um trabalhador que lê 
um livro de História, o autor censura a memória 
construída sobre determinados monumentos e 
acontecimentos históricos. 
 
A crítica refere-se ao fato de que 
 
A) os agentes históricos de uma determinada 
sociedade deveriam ser aqueles que realizaram 
feitos heroicos ou grandiosos e, por isso, ficaram 
na memória. 
B) a História deveria se preocupar em memorizar 
os nomes de reis ou dos governantes das 
civilizações que se desenvolveram ao longo do 
tempo. 
C) grandes monumentos históricos foram 
construídos por trabalhadores, mas sua 
memória está vinculada aos governantes das 
sociedades que os construíram. 
D) os trabalhadores consideram que a História é 
uma ciência de difícil compreensão, pois trata de 
sociedades antigas e distantes no tempo. 
E) as civilizações citadas no texto, embora muito 
importantes, permanecem sem terem sido alvos 
de pesquisas históricas. 
 
 
 
QUESTÃO 03 
(Enem 2010) 
 
O artigo 402 do Código penal Brasileiro de 1890 
dizia: 
 
Fazer nas ruas e praças públicas exercícios de 
agilidade e destreza corporal, conhecidos pela 
denominação de capoeiragem: andar em correrias, 
com armas ou instrumentos capazes de produzir 
uma lesão corporal, provocando tumulto ou 
desordens. 
Pena: Prisão de dois a seis meses. 
 
SOARES, C. E. L. A Negregada instituição: os capoeiras no Rio 
de Janeiro: 1850-1890. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal 
de Cultura, 1994 (adaptado). 
 
O artigo do primeiro Código Penal Republicano 
naturaliza medidas socialmente excludentes. 
Nesse contexto, tal regulamento expressava 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
A) a manutenção de parte da legislação do Império 
com vistas ao controle da criminalidade 
urbana. 
B) a defesa do retorno do cativeiro e escravidão 
pelos primeiros governos do período 
republicano. 
C) o caráter disciplinador de uma sociedade 
industrializada, desejosa de um equilíbrio entre 
progresso e civilização. 
D) a criminalização de práticas culturais e a 
persistência de valores que vinculavam certos 
grupos ao passado de escravidão. 
E) o poder do regime escravista, que mantinha os 
negros como categoria social inferior, 
discriminada e segregada. 
 
QUESTÃO 04 
(Enem 2012) 
 
Torna-se claro que quem descobriu a África no 
Brasil, muito antes dos europeus, foram os 
próprios africanos trazidos como escravos. E esta 
descoberta não se restringia apenas ao reino 
linguístico, estendia-se também a outras áreas 
culturais, inclusive à da religião. Há razões para 
pensar que os africanos, quando misturados e 
transportados ao Brasil, não demoraram em 
perceber a existência entre si de elos culturais mais 
profundos. 
SLENES, R. Malungu, ngoma vem! África coberta e 
descoberta do Brasil. Revista USP, n.º 12, dez./jan./fev. 1991-
92 (adaptado). 
 
Com base no texto, ao favorecer o contato de 
indivíduos de diferentes partes da África, a 
experiência da escravidão no Brasil tornou possível 
a 
 
A) formação de uma identidade cultural afro-
brasileira. 
B) superação de aspectos culturais africanos por 
antigas tradições europeias. 
C) reprodução de conflitos entre grupos étnicos 
africanos. 
D) manutenção das características culturais 
específicas de cada etnia. 
E) resistência à incorporação de elementos 
culturais indígenas. 
 
 
QUESTÃO 05 
(Enem 2012) 
 
O que o projeto governamental tem em vista é 
poupar à Nação o prejuízo irreparável do 
perecimento e da evasão do que há de mais 
precioso no seu patrimônio. Grande parte das 
obras de arte até mais valiosas e dos bens de maior 
interesse histórico, de que a coletividade brasileira 
era depositária, têm desaparecido ou se arruinado 
irremediavelmente. As obras de arte típicas e as 
relíquias da história de cada país não constituem o 
seu patrimônio privado, e sim um patrimônio 
comum de todos os povos. 
ANDRADE, R. M. F. Defesa do patrimônio artístico 
e histórico. O Jornal, 30 out. 1936. In: ALVES 
FILHO, I. Brasil, 500 anos em documentos. Rio de 
Janeiro: Mauad, 1999 (adaptado). 
 
A criação no Brasil do Serviço do Patrimônio 
Histórico Artístico Nacional (SPHAN), em 1937, foi 
orientada por ideias como as descritas no texto, 
que visavam 
 
A) submeter a memória e o patrimônio nacional ao 
controle dos órgãos públicos, de acordo com a 
tendência autoritária do Estado Novo. 
B) transferir para a iniciativa privada a 
responsabilidade de preservação do patrimônio 
nacional, por meio de leis de incentivo fiscal. 
C) definir os fatos e personagens históricos a serem 
cultuados pela sociedade brasileira, de acordo 
com o interesse público. 
D) resguardar da destruição as obras 
representativas da cultura nacional, por meio de 
políticas públicas preservacionistas. 
E) determinar as responsabilidades pela destruição 
do patrimônio nacional, de acordo com a 
legislação brasileira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
QUESTÃO 06 
(Enem 2013) 
 
No final do século XIX, as Grandes Sociedades 
carnavalescas alcançaram ampla popularidade 
entre os foliões cariocas. Tais sociedades 
cultivavam um pretensioso objetivo em relação à 
comemoração carnavalesca em si mesma: com 
seus desfiles de carros enfeitados pelas principais 
ruas da cidade, pretendiam abolir o entrudo 
(brincadeira que consistia em jogar água nos 
foliões) e outras práticas difundidas entre a 
população desde os tempos coloniais, 
substituindo-os por formas de diversão que 
consideravam mais civilizadas, inspiradas nos 
carnavais de Veneza. Contudo, ninguém parecia 
disposto a abrir mão de suas diversões para assistir 
ao carnaval das sociedades. O entrudo, na visão 
dos seus animados praticantes, poderia coexistir 
perfeitamente com os desfiles. 
PEREIRA, C. S. Os senhores da alegria: a presença das 
mulheres nas Grandes Sociedades carnavalescas cariocas em 
fins do século XIX. In: CUNHA, M. C. P. Carnavais e outras 
frestas: ensaios de história social da cultura. Campinas: 
Unicamp; Cecult, 2002 (adaptado). 
 
Manifestações culturais como o carnaval também 
têm sua própria história, sendo constantemente 
reinventadas ao longo do tempo. A atuação das 
Grandes Sociedades, descrita no texto, mostra que 
o carnaval representava um momento em que as 
 
A) distinções sociais eram deixadas de lado em 
nome da celebração. 
B) aspirações cosmopolitas da elite impediam a 
realização da festa fora dos clubes. 
C) liberdades individuais eram extintas pelas regras 
das autoridades públicas. 
D) tradições populares se transformavam em 
matéria de disputas sociais. 
E) perseguições policiais tinham caráter xenófobo 
por repudiarem tradições estrangeiras. 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 07 
(Enem 2013)Seguiam-se vinte criados custosamente vestidos e 
montados em soberbos cavalos; depois destes, 
marchava o Embaixador do Rei do Congo 
magnificamente ornado de seda azul para anunciar 
ao Senado que a vinda do Rei estava destinada para 
o dia dezesseis. Em resposta obteve repetidas vivas 
do povo que concorreu alegre e admirado de tanta 
grandeza. 
“Coroação do Rei do Congo em Santo Amaro”, Bahia apud 
DEL PRIORE, M. Festas e utopias no Brasil colonial. In: CATELLI 
JR., R. Um olhar sobre as festas populares brasileiras. São 
Paulo: Brasiliense, 1994 (adaptado). 
 
Originária dos tempos coloniais, a festa da 
Coroação do Rei do Congo evidencia um processo 
de 
 
A) exclusão social. 
B) imposição religiosa. 
C) acomodação política. 
D) supressão simbólica. 
E) ressignificação cultural. 
 
QUESTÃO 08 
(Enem 2013) 
 
No dia 1º de julho de 2012, a cidade do Rio de 
Janeiro tornou-se a primeira do mundo a receber 
título da Unesco de Patrimônio Mundial como 
Paisagem Cultural. A candidatura, apresentada 
pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico 
Nacional (Iphan), foi aprovada durante a 36ª 
Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial. O 
presidente do Iphan explicou que "a paisagem 
carioca é a imagem mais explícita do que podemos 
chamar de civilização brasileira, com sua 
originalidade, desafios, contradições e 
possibilidades". A partir de agora, os locais da 
cidade valorizados com o título da Unesco serão 
alvo de ações integradas visando a preservação da 
sua paisagem cultural. 
Disponível em: www.cultura.gov.br. Acesso em: 7 mar. 2013 
(adaptado). 
 
O reconhecimento da paisagem em questão como 
patrimônio mundial deriva da 
 
 
 
 
 
 
5 
A) presença do corpo artístico local. 
B) imagem internacional da metrópole. 
C) herança de prédios da ex-capital do país. 
D) diversidade de culturas presentes na cidade. 
E) relação sociedade-natureza de caráter singular. 
 
QUESTÃO 09 
(Uerj 2014) 
 
É som de preto 
de favelado 
mas quando toca ninguém fica parado 
(...) 
O nosso som não tem idade, não tem raça 
E não tem cor 
Mas a sociedade pra gente não dá valor 
Só querem nos criticar pensam que somos 
animais 
Se existia o lado ruim hoje não existe mais 
Porque o funkeiro de hoje em dia caiu na real 
(...) 
MC Amilcka letras.mus.br 
 
Projeto de lei 4124/2008 
O movimento funk do Brasil constitui-se, hoje, 
em atividade das mais relevantes. Consagrado 
como voz da periferia, o funk põe em 
evidência, mais do que um mero estilo musical, 
um modo de vida — a linguagem, os signos e 
os emblemas — de uma parte da juventude 
brasileira que até então foi praticamente 
invisível aos olhos da nossa sociedade. 
Adaptado de camara.gov.br. 
 
A lei que transforma o funk em patrimônio 
cultural imaterial do Rio de Janeiro foi 
aprovada em 2009. 
 
A principal razão para esse reconhecimento 
legal está associada à política de: 
 
A) defesa de ritmos brasileiros. 
B) inclusão de grupos políticos. 
C) projeção de jovens intérpretes. 
D) valorização de manifestações populares. 
 
QUESTÃO 10 
(Enem 2011) 
 
A Lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, inclui no 
currículo dos estabelecimentos de ensino 
fundamental e médio, oficiais e particulares, a 
obrigatoriedade do ensino sobre História e Cultura 
Afro-Brasileira e determina que o conteúdo 
programático incluirá o estudo da História da África 
e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a 
cultura negra brasileira e o negro na formação da 
sociedade nacional, resgatando a contribuição do 
povo negro nas áreas social, econômica e política 
pertinentes à História do Brasil, além de instituir, 
no calendário escolar, o dia 20 de novembro como 
data comemorativa do “Dia da Consciência Negra”. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br. Acesso em: 27 
jul. 2010 (adaptado). 
 
A referida lei representa um avanço não só para a 
educação nacional, mas também para a sociedade 
brasileira, porque 
 
A) legitima o ensino das ciências humanas nas 
escolas. 
B) divulga conhecimentos para a população afro-
brasileira. 
C) reforça a concepção etnocêntrica sobre a África 
e sua cultura. 
D) garante aos afrodescendentes a igualdade no 
acesso à educação. 
E) impulsiona o reconhecimento da pluralidade 
étnico racial do país. 
 
QUESTÃO 11 
(Enem 2013) 
 
A África também já serviu como ponto de partida 
para comédias bem vulgares, mas de muito 
sucesso, como Um príncipe em Nova York e Ace 
Ventura: um maluco na África; em ambas, a África 
parece um lugar cheio de tribos doidas e rituais de 
desenho animado. A animação O rei Leão, da 
Disney, o mais bem-sucedido filme americano 
ambientado na África, não chegava a contar com 
elenco de seres humanos. 
LEIBOWITZ, E. “Filmes de Hollywood sobre África ficam no 
clichê”. Disponível em: http://noticias.uol.com.br. Acesso em: 
17 abr. 2010. 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
A produção cinematográfica referida no texto 
contribui para a constituição de uma memória 
sobre a África e seus habitantes. Essa memória 
enfatiza e negligencia, respectivamente, os 
seguintes aspectos do continente africano: 
 
A) A história e a natureza. 
B) O exotismo e as culturas. 
C) A sociedade e a economia. 
D) O comércio e o ambiente. 
E) A diversidade e a política. 
 
QUESTÃO 12 
(Enem 2013) 
 
A recuperação da herança cultural africana deve 
levar em conta o que é próprio do processo 
cultural: seu movimento, pluralidade e 
complexidade. Não se trata, portanto, do resgate 
ingênuo do passado nem do seu cultivo nostálgico, 
mas de procurar perceber o próprio rosto cultural 
brasileiro. O que se quer é captar seu movimento 
para melhor compreendê-lo historicamente. 
MINAS GERAIS. Cadernos do Arquivo 1: Escravidão em Minas 
Gerais. Belo Horizonte: Arquivo Público Mineiro, 1988. 
 
Com base no texto, a análise de manifestações 
culturais de origem africana, como a capoeira ou o 
candomblé, deve considerar que elas 
 
A) permanecem como reprodução dos valores e 
costumes africanos. 
B) perderam a relação com o seu passado 
histórico. 
C) derivam da interação entre valores africanos e a 
experiência histórica brasileira. 
D) contribuem para o distanciamento cultural 
entre negros e brancos no Brasil atual. 
E) demonstram a maior complexidade cultural dos 
africanos em relação aos europeus. 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 13 
(Ueg 2012) 
 
“Não quero que a minha casa seja cercada de 
muros por todos os lados, nem que minhas janelas 
sejam tapadas. Quero que as culturas de todas as 
terras sejam sopradas para dentro de minha casa, 
o mais livremente possível. Mas recuso-me a ser 
desapossado da minha por qualquer outra.” 
GANDHI, M. Relatório do desenvolvimento humano 2004. In: 
TERRA, Lygia; COELHO, Marcos de A. Geografia geral. São 
Paulo: Moderna, 2005. p.137. 
 
Considerando-se as ideias pressupostas, o texto 
 
A) afirma que a globalização aumentou, de modo 
sem precedente, os contatos e a união entre os 
povos e seus valores, reforçando o respeito às 
diferenças socioculturais. 
B) critica a intolerância com relação a outras 
culturas, gerando assim os conflitos comuns 
neste novo século. 
C) indica o reconhecimento à diversidade cultural, 
além das necessidades de afirmação e de 
identidade, seja étnica, seja cultural, seja 
religiosa. 
D) nega a existência da exclusão cultural e ressalta 
a homogeneização mundial e a superação / 
eliminação de fronteiras culturais. 
 
QUESTÃO 14 
(Enem 2012) 
 
Portadora de memória, a paisagem ajuda a 
construir os sentimentos de pertencimento; ela 
cria uma atmosfera que convém aos momentos 
fortes da vida, às festas, às comemorações. 
CLAVAL, P. Terra dos homens: a geografia. São Paulo: 
Contexto, 2010 (adaptado). 
 
No texto é apresentada uma forma de integração 
da paisagem geográfica com a vida social. Nesse 
sentido, a paisagem, além de existir como forma 
concreta, apresenta uma dimensão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
A) política de apropriação efetiva doespaço. 
B) econômica de uso de recursos do espaço. 
C) privada de limitação sobre a utilização do 
espaço. 
D) natural de composição por elementos físicos do 
espaço. 
E) simbólica de relação subjetiva do indivíduo com 
o espaço. 
 
QUESTÃO 15 
(Uerj 2013) 
 
Depois de aguardar por uma década, o Rio de 
Janeiro se tornou a primeira cidade do mundo a 
receber o título de Patrimônio Mundial como 
paisagem cultural concedido pela UNESCO. O 
conceito de paisagem cultural passou a ser 
utilizado a partir de 1992 e se aplica a locais onde 
a interação humana com o meio ambiente ocorre 
de forma harmônica. Até o momento, as regiões 
reconhecidas mundialmente nessa categoria 
relacionaram-se a áreas rurais, sistemas agrícolas 
tradicionais, jardins históricos e outros locais de 
cunho simbólico, religioso e afetivo. 
Adaptado de O Globo 02/07/2012. 
 
Os processos de patrimonialização acentuaram-se 
ao longo dos últimos trinta anos, incorporando 
inclusive novas categorias, como a de “paisagem 
cultural”. 
 
Para o caso do Rio de Janeiro, a manutenção da 
harmonia entre ocupação humana e meio 
ambiente no espaço urbano deve ser garantida, 
principalmente, por meio de: 
 
A) flexibilização da legislação das regiões sujeitas a 
proteção ambiental. 
B) desapropriação das áreas de encostas existentes 
na região metropolitana. 
C) preservação dos conjuntos de logradouros 
dotados de atrativos naturais. 
D) reordenamento das áreas litorâneas marcadas 
pela expansão imobiliária. 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 16 
(Enem 2ª Aplicação 2016) 
 
A história não corresponde exatamente ao que foi 
realmente conservado na memória popular, mas 
àquilo que foi selecionado, escrito, descrito, 
popularizado e institucionalizado por quem estava 
encarregado de fazê-lo. Os historiadores, sejam 
quais forem seus objetivos, estão envolvidos nesse 
processo, uma vez que eles contribuem, 
conscientemente ou não, para a criação, 
demolição e reestruturação de imagens do 
passado que pertencem não só ao mundo da 
investigação especializada, mas também à esfera 
pública na qual o homem atua como ser político. 
HOBSBAWN, E.; RANGER, T. A Invenção das tradições. 
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984 (adaptado). 
 
Uma vez que a neutralidade é inalcançável na 
atividade mencionada, é tarefa do profissional 
envolvido 
 
A) criticar as ideias dominantes. 
B) respeitar os interesses sociais. 
C) defender os direitos das minorias. 
D) explicitar as escolhas realizadas. 
E) satisfazer os financiadores de pesquisas. 
 
QUESTÃO 17 
(Enem PPL 2014) 
 
Desde 2002, o Instituto do Patrimônio Histórico e 
Artístico Nacional (lphan) tem registrado certos 
bens imateriais como patrimônio cultural do país. 
Entre as manifestações que já ganharam esse 
status está o ofício das baianas do acarajé. 
Enfatize-se: o ofício das baianas, não a receita do 
acarajé. Quando uma baiana prepara o acarajé, há 
uma série de códigos imperceptíveis para quem 
olha de fora. A cor da roupa, a amarra dos panos e 
os adereços mudam de acordo com o santo e com 
a hierarquia dela no candomblé. O lphan conta 
que, registrando o ofício, “esse e outros mundos 
ligados ao preparo do acarajé podem ser 
descortinados”. 
KAZ, R. A diferença entre o acarajé e o sanduiche de Bauru. 
Revista de História da Biblioteca Nacional, n 13, out. 2006 
(adaptado). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
De acordo com o autor, o Iphan evidencia a 
necessidade de se protegerem certas 
manifestações históricas para que continuem 
existindo, destacando-se nesse caso a 
 
A) mistura de tradições africanas, indígenas e 
portuguesas no preparo do alimento por parte 
das cozinheiras baianas. 
B) relação com o sagrado no ato de preparar o 
alimento, sobressaindo-se o uso de símbolos e 
insígnias pelas cozinheiras. 
C) utilização de certos ingredientes que se 
mostram cada vez mais raros de encontrar, com 
as mudanças nos hábitos alimentares. 
D) necessidade de preservação dos locais 
tradicionais de preparo do acarajé, ameaçados 
com as transformações urbanas no país. 
E) importância de se treinarem as cozinheiras 
baianas a fim de resgatar o modo tradicional de 
preparo do acarajé, que remonta à 
escravidão. 
 
QUESTÃO 18 
(Enem PPL 2014) 
 
 
A Estátua do Laçador, tombada como patrimônio 
em 2001, é um monumento de Porto Alegre/RS, 
que representa o gaúcho (em trajes típicos). 
Disponível em: www.portoalegre.tur.br. Acessado em: 3 ago. 
2012 (adaptado). 
 
O monumento identifica um(a) 
 
 
A) exemplo de bem imaterial. 
B) forma de exposição da individualidade. 
C) modo de enaltecer os ideais de liberdade. 
D) manifestação histórico-cultural de uma 
população. 
E) maneira de propor mudanças nos costumes. 
 
QUESTÃO 19 
(Enem 2014) 
 
Parecer CNE/CP nº 3/2004, que instituiu as 
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação 
das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de 
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. 
Procura-se oferecer uma resposta, entre outras, na 
área da educação, à demanda da população 
afrodescendente, no sentido de políticas de ações 
afirmativas. Propõe a divulgação e a produção de 
conhecimentos, a formação de atitudes, posturas 
que eduquem cidadãos orgulhosos de seu 
pertencimento étnico-racial — descendentes de 
africanos, povos indígenas, descendentes de 
europeus, de asiáticos — para interagirem na 
construção de uma nação democrática, em que 
todos igualmente tenham seus direitos garantidos. 
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Disponível em: 
www.semesp.org.br. Acesso em: 21 nov. 2013 (adaptado). 
 
A orientação adotada por esse parecer 
fundamenta uma política pública e associa o 
princípio da inclusão social a 
 
A) práticas de valorização identitária. 
B) medidas de compensação econômica. 
C) dispositivos de liberdade de expressão. 
D) estratégias de qualificação profissional. 
E) instrumentos de modernização jurídica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
QUESTÃO 20 
(Enem PPL 2014) 
 
De modo geral, os logradouros de Fortaleza, até 
meados do século XIX, eram conhecidos por 
designações surgidas da tradição ou de funções e 
edificações que lhes caracterizavam. Assim, 
chamava-se Travessa da Municipalidade (atual 
Guilherme Rocha) por ladear o prédio da 
Intendência Municipal; S. Bernardo (hoje Pedro 
Pereira) por conta de igreja homônima; Rua do 
Cajueiro (atual Pedro Borges) por abrigar uma das 
mais antigas e populares árvores da capital. Já a 
Praça José de Alencar, na década de 1850, era 
popularmente designada por Praça do Patrocínio, 
pois em seu lado norte se encontrava uma igreja 
homônima. 
SILVA FILHO, A. L. M. Fortaleza: imagens da cidade. Fortaleza: 
Museu do Ceará; Secult-CE, 2001 (adaptado). 
 
Os atos de nomeação dos logradouros, analisados 
de uma perspectiva histórica, constituem 
 
A) formas de promover os nomes das autoridades 
imperiais. 
B) modos oficiais e populares de produção da 
memória nas cidades. 
C) recursos arquitetônicos funcionais à 
racionalização do espaço urbano. 
D) maneiras de hierarquizar estratos sociais e 
dividir as populações urbanas. 
E) mecanismos de imposição dos itinerários sociais 
e fluxos econômicos na cidade. 
 
QUESTÃO 21 
(Enem 2014) 
 
A Praça da Concórdia, antiga Praça Luís XV, é a 
maior praça pública de Paris. Inaugurada em 1763, 
tinha em seu centro uma estátua do rei. Situada ao 
longo do Sena, ela é a intersecção de dois eixos 
monumentais. Bem nesse cruzamento está o 
Obelisco de Luxor, decorado com hieróglifos que 
contam os reinados dos faraós Ramsés II e Ramsés 
III. Em 1829, foi oferecido pelo vice-rei do Egito ao 
povo francês e, em 1836, instalado na praça diante 
de mais de 200 mil espectadores e da família real. 
NOBLAT, R. Disponível em: www.oglobo.com Acesso em: 12 
dez. 2012. 
 
A constituição do espaço público da Praça da 
Concórdia ao longo dos anos manifesta o(a) 
 
A) lugar da memória na história nacional. 
B) caráter espontâneodas festas populares. 
C) lembrança da antiguidade da cultura local. 
D) triunfo da nação sobre os países africanos. 
E) declínio do regime de monarquia absolutista. 
 
 RESOLUÇÕES 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 01: 
[A] 
 
A questão permite uma dupla interpretação. O 
ENEM considera a alternativa “A” como correta, 
pois a preocupação do Iphan foi preservar as 
ruínas, nas quais não se encontram elementos 
bibliográficos ou técnicos e não nos permite a 
compreensão de questões étnicas. No entanto, a 
alternativa “D” também pode ser considerada, pois 
as ruínas das construções de Canudos refletem o 
modo de vida da população daquela comunidade. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 02: 
[C] 
 
Interpretação de texto. O poeta Bertold Brecht 
apresenta uma concepção de história que valoriza 
os trabalhadores, os homens comuns e faz uma 
crítica a cultura histórica tradicional que valoriza 
governantes como responsáveis por grandes 
feitos, como se fossem heróis. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 03: 
[D] 
 
Ao observar os artigos citados, percebe-se a 
preocupação em criminalizar atitudes comuns a 
uma parcela da população negra, como a capoeira, 
vista pela elite branca como uma ameaça. É 
interessante notar que o Código foi elaborado 
apenas dois anos depois do fim da escravidão e 
reflete a necessidade da criação de novos 
mecanismos, teoricamente democráticos, que 
mantivessem a população negra, assim como suas 
expressões culturais, marginalizada. 
 
 
 
 
 
 
 
10 
RESPOSTA DA QUESTÃO 04: 
[A] 
 
O texto nos remete a uma situação muitas vezes 
ignorada, que os africanos provinham de nações 
diferentes, que possuíam hábitos e língua 
diferentes. O senso comum do brasileiro parte de 
uma ideia geral de africano, baseada 
principalmente na cor da pele. Destaca também 
que as condições de cativeiro, que para todos os 
escravos eram iguais, acabou por criar um elo 
entre os escravos, visto que na mesma senzala 
estavam pessoas de regiões diferentes que, aos 
olhos de proprietários e capatazes, eram todos 
iguais, seres inferiores, objetos de trabalho. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 05: 
[D] 
 
Apesar de criada e desenvolvida durante o Estado 
Novo de Getúlio Vargas, o discurso apresentado no 
texto não tem um caráter autoritário, porém 
intervencionista e nacionalista; no entanto, tal 
política não é vista como uma agressão ou 
ingerência do Estado sobre a vida privada e foi 
entendida de forma positiva pela sociedade. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 06: 
[D] 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de 
História] 
Como o texto deixa claro, havia uma disputa social 
em torno de que tipo de carnaval deveria ser 
adotado: o similar ao de Veneza (valorizado pelas 
camadas superiores) ou o entrudo (valorizado 
pelas camadas populares). 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de 
Sociologia] 
A cultura está em constante alteração. O texto 
evidencia que tal alteração é resultado de disputas 
de poder, que definem o teor das manifestações 
culturais e a sua inserção social. No caso, o carnaval 
atual pode ser interpretado exatamente nesta 
chave, como uma tradição resultante de disputas 
sociais no fim do século XIX. 
RESPOSTA DA QUESTÃO 07: 
[E] 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de 
História] 
O Congado, ou Festa do Rei Congo, é um 
movimento de sincretismo religioso realizado no 
Brasil desde os tempos coloniais. A festa é uma 
mistura de cultos católicos e africanos, na qual se 
comemora, ao mesmo tempo, a vida de São 
Benedito, o encontro de Nossa Senhora do Rosário 
e a vida do negro Chico-Rei. 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de 
Sociologia] 
A festa da Coroação do Rei do Congo, também 
chamada de Congado, é uma importante 
manifestação cultural brasileira. Ela surgiu durante 
o período colonial, a partir de um processo de 
ressignificação cultural de festas africanas. Desta 
maneira, somente a alternativa [E] pode ser 
considerada correta. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 08: 
[E] 
 
Nas palavras do presidente do IPHAN, que a 
própria questão traz, "a paisagem carioca é a 
imagem mais explícita do que podemos chamar de 
civilização brasileira". Daí a relação entre 
sociedade e natureza. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 09: 
[D] 
 
O texto destaca que a visão sobre o funk ultrapassa 
sua concepção musical ou elementos individuais 
como músicas ou cantores, mas destaca sua 
origem e função social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
RESPOSTA DA QUESTÃO 10: 
[E] 
 
A Nova República Brasileira, iniciada em 1985, vem 
vivenciando movimentos sociais variados, tendo 
como característica comum o esforço para 
promover a inclusão de setores historicamente 
marginalizados. É neste contexto que se situa o 
movimento dos afrodescendentes, que tem como 
uma de suas conquistas mais emblemáticas a Lei 
10.639, de 2003, referida na questão. Esse 
dispositivo legal, somado a outras ações 
afirmativas, tem contribuído para consolidar a 
ideia do pluralismo na sociedade brasileira. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 11: 
[B] 
 
Filmes que retratam “tribos doidas” estão 
enfatizando exatamente o exotismo da sociedade. 
Isso significa negligenciar a riqueza cultural desses 
povos que, por serem diferentes, são 
precipitadamente considerados como inferiores. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 12: 
[C] 
 
O candomblé e a capoeira são manifestações 
culturais que possuem grande relevância na 
sociedade brasileira. Compreender o processo 
histórico que permitiu o surgimento dessas 
expressões é importante para ressignificar a 
história nacional, valorizando a importância das 
culturas dos povos africanos no Brasil. Assim, 
somente a alternativa [C] está correta. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 13: 
[C] 
 
O texto apresenta a intenção de Gandhi de 
conviver harmoniosamente com outras culturas, 
ainda que não precise negar a sua própria para 
isso, tal como afirma corretamente a alternativa 
[C]. 
 
 
 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 14: 
[E] 
 
A paisagem constitui a aparência do espaço, é o 
que se pode visualizar no horizonte, sendo 
composta por elementos naturais e elementos 
artificiais produzidos pelo homem. Além da 
dimensão concreta, os elementos da paisagem 
carregam uma dimensão simbólica e cultural, uma 
vez que a percepção da paisagem é individual e 
carregada de elementos subjetivos. Duas pessoas 
que visualizam a mesma paisagem, possivelmente 
não vão descrevê-la da mesma maneira. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 15: 
[C] 
 
A. INCORRETO. Caso haja flexibilização das 
leis ambientais, haverá maior impacto 
sobre o meio natural. 
B. INCORRETO. A instituição do patrimônio 
via “paisagem cultural” não é determinada 
pela desocupação das encostas. 
C. CORRETO. A harmonia da ocupação 
humana e do meio ambiente deve ser 
mantida pela preservação das áreas que 
definiram a patrimonialização, como o Pão 
de Açúcar e o Corcovado. 
D. INCORRETO. Embora a expansão 
imobiliária cause impacto sobre os biomas 
litorâneos, a preservação da paisagem 
cultural se define pelas áreas em que 
houve a produção da sociedade. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 16: 
[D] 
 
O processo de produção histórica é pessoal: cada 
historiador, ao analisar uma fonte, faz a ela as 
“perguntas” que acha conveniente para o objeto 
da sua pesquisa. Nesse sentido, cabe ao historiador 
deixar claro qual a intenção e o objetivo de suas 
escolhas de pesquisa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
RESPOSTA DA QUESTÃO 17: 
[B] 
 
O texto deixa claro que a importância do ofício das 
baianas do acarajé é importante não somente pelo 
seu valor culinário, mas também pelos aspectos 
religioso e simbólico, tal como descreve, de forma 
correta, a alternativa [B]. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 18: 
[D] 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de 
História] 
A Estátua do Laçador constitui um bem material de 
Porto Alegre porque representa um traço 
histórico-cultural (maneira de se vestir) da 
população gaúcha. 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de 
Sociologia] 
A Estátua do Laçador apresenta a figura de um 
homem tipicamentegaúcho. Tal tipo de obra 
artística, ao ser integrada à cidade, assume uma 
função de memória de uma identidade 
reconhecida pela população. Por esse motivo, 
pode muito bem ser considerada uma 
manifestação histórico-cultural da população. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 19: 
[A] 
 
O texto afirma que essas diretrizes curriculares 
buscam “a formação de atitudes, posturas que 
eduquem cidadãos orgulhosos de seu 
pertencimento étnico-racial”. Essa é claramente 
uma proposta de valorização identitária, que tem 
como objetivo produzir nos estudantes brasileiros 
uma identificação com os signos de cultura de 
origem africana. 
 
 
 
 
 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 20: 
[B] 
 
Como o texto deixa claro, os nomes dos 
logradouros eram atribuídos a partir das funções 
que aconteciam neles ou a partir da tradição que o 
lugar já trazia consigo, constituindo, assim, um 
fator memorial para as cidades e para os cidadãos. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 21: 
[A] 
 
Como fica claro através dos ícones que compõem 
a Praça da Concórdia – estátua do Rei, Obelisco de 
Luxor – a mesma foi desenvolvida como um espaço 
público de memória da história nacional francesa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
HISTÓRIA GERAL – INTRODUÇÃO E PRÉ-
HISTÓRIA 
QUESTÃO 01 
(Fuvest 2017) 
Um elemento essencial para a evolução da 
dieta humana foi a transição para a agricultura 
como o modo primordial de subsistência. A 
Revolução Neolítica estreitou dramaticamente 
o nicho alimentar ao diminuir a variedade de 
mantimentos disponíveis; com a virada para a 
agricultura intensiva, houve um claro declínio 
na nutrição humana. Por sua vez, a 
industrialização recente do sistema alimentar 
mundial resultou em uma outra transição 
nutricional, na qual as nações em 
desenvolvimento estão experimentando, 
simultaneamente, subnutrição e obesidade. 
George J. Armelagos, “Brain Evolution, the 
Determinates of Food Choice, and the Omnivore’s 
Dilemma”, Critical Reviews in Food Science and Nutrition, 
2014. Adaptado. 
 
A respeito dos resultados das 
transformações nos sistemas alimentares 
descritas pelo autor, é correto afirmar: 
 
A) A quantidade absoluta de mantimentos 
disponíveis para as sociedades humanas 
diminuiu após a Revolução Neolítica. 
B) A invenção da agricultura, ao diversificar a cesta 
de mantimentos, melhorou o balanço 
nutricional das sociedades sedentárias. 
C) Os ganhos de produtividade agrícola obtidos 
com as revoluções Neolítica e Industrial 
trouxeram simplificação das dietas alimentares. 
D) As populações das nações em desenvolvimento 
estão sofrendo com a obesidade, por 
consumirem alimentos de melhor qualidade 
nutricional. 
E) A dieta humana pouco variou ao longo do 
tempo, mantendo-se inalterada da Revolução 
Neolítica à Revolução Industrial. 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 02 
(Fuvest 2017) 
 
 
O gráfico mostra a progressão da população 
humana ao longo do tempo em relação aos 
sistemas agrários no mundo. A partir do gráfico, 
 
 
A) COMPARE o crescimento demográfico 
ocorrido após a Revolução agrícola neolítica 
com o crescimento demográfico da 
Revolução agrícola da Idade Média e 
EXPLIQUE a diferença entre ambos; 
 
 
 
 
 
 
B) COMENTE os dados do gráfico segundo os 
princípios da teoria demográfica 
malthusiana. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
QUESTÃO 03 
(G1 - ifsul 2019) 
Na revolução do neolítico a autoridade, que, 
nas comunidades de caçadores-coletores, era 
atributo do mais habilidoso e, nas de pastores-
agricultores, era exercida pelos mais velhos, 
passa a ser exercida por um grupo de 
guerreiros, sacerdotes e funcionários que se 
apropriam do excedente produzido. 
 
O processo histórico, descrito acima, 
caracteriza a formação da instituição 
denominada 
 
A) Império. 
B) Estado. 
C) Religião. 
D) Burocracia. 
 
QUESTÃO 04 
(G1 - ifsul 2019) 
A mais conhecida teoria sobre a ocupação 
humana do continente americano diz que ela 
teria ocorrido há 11.500 anos, através do 
Estreito de Bering, numa ligação que se formou 
entre a Sibéria e o Alasca pela redução do nível 
do mar. Contudo, pesquisas arqueológicas, 
conduzidas pela arqueóloga brasileira Niède 
Guidon ____________________________, 
asseguram que esta região já era ocupada por 
humanos há, pelo menos, 48.000 anos. 
 
O segmento que completa o período 
adequadamente é 
 
A) em Lagoa Santa, em Minas Gerais. 
B) na Ilha de Marajó, no Pará. 
C) na Serra da Capivara, no Piauí. 
D) na região das Missões, no Rio Grande do Sul. 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 05 
(Uece 2018) 
É admirável a variedade de habitats 
ocupados pelos primeiros humanos que 
possivelmente iniciaram o povoamento da 
América em seu ponto mais meridional na Terra 
do Fogo, no extremo sul do continente. A 
chegada na América comprova a 
engenhosidade, adaptabilidade e capacidade 
migratória excepcional insuperável do 
 
A) Homo habilis. 
B) Homo neanderthalensis. 
C) Homo de denisova. 
D) Homo sapiens. 
 
QUESTÃO 06 
(Uece 2018) 
No que tange aos primeiros ancestrais dos 
seres humanos, os hominídeos, considere as 
seguintes afirmações: 
 
I. O Homo erectus utilizou instrumentos de 
pedra e o fogo. 
II. O Homo neanderthalensis deu origem ao 
homem moderno. 
III. O Homo habilis viveu no princípio do 
Pleistoceno inferior. 
 
É correto o que se afirma em 
 
A) I, II e III. 
B) I e II apenas. 
C) I e III apenas. 
D) II e III apenas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
QUESTÃO 07 
(Upe-ssa 1 2018) 
 
 
Observando os grafismos, assinale a alternativa 
CORRETA. 
 
A) Não havia animais nesse período específico. 
B) Essas manifestações culturais não podem ser 
consideradas arte. 
C) Nada sabemos sobre essas populações 
humanas. 
D) Inexistiam técnicas para produção de 
pigmentos. 
E) Há grande relevância histórica e artística. 
 
QUESTÃO 08 
(G1 - ifsul 2018) 
Pesquisas arqueológicas sobre a Pré-história 
do Brasil têm trazido evidências de que povos 
que habitavam as terras brasileiras, em termos 
de atividades produtivas, eram 
 
A) caçadores/coletores, exclusivamente. 
B) caçadores/coletores, agricultores e ceramistas. 
C) agricultores e ceramistas, somente. 
D) pastores, caçadores e ceramistas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 09 
(Upe-ssa 1 2017) 
Na bacia do Rio São Francisco, nas paleolagoas 
conhecidas hoje como tanques, foram achados 
ossos de animais extintos da fauna 
pleistocênica, que conviveram com o homem 
em diversas áreas da região, como Salgueiro e 
Alagoinha, em Pernambuco. Pesquisas mais 
recentes assinalaram, também, a presença de 
megafauna, como o mastodonte e a preguiça-
gigante, como é o caso da Lagoa Uri de Cima em 
Salgueiro. 
MARTIN, Gabriela; PESSIS, Anne-Marie. Breve 
Panorama da Pré-História do Vale do São Francisco no 
Nordeste do Brasil. Revista FUMDHAMentos, Volume 1 – 
Número 10 – Ano 2013, p. 14, adaptado. 
 
O trecho acima propõe uma leitura da 
História do Brasil, que se caracteriza pela 
 
A) presença essencial dos europeus no continente 
americano. 
B) inexistência de exemplares da megafauna em 
território brasileiro. 
C) carência de estudos paleontropológicos e sítios 
arqueológicos no Nordeste. 
D) antiguidade da presença humana no país, 
anterior à chegada dos portugueses. 
E) existência de répteis de porte avantajado, 
popularmente conhecidos como dinossauros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
QUESTÃO 10 
(Ueg 2017) 
A produção artística no Paleolítico se 
caracteriza pelo 
 
A) uso de pedras polidas, a partir da descoberta de 
que, mediante o atrito, as pedras poderiam ser 
polidas e utilizadas no processo de confecção 
artística. 
B) naturalismo, pois as imagens da época são 
naturalistas, ou seja, representam os seres 
conforme a visão que os homens da época 
tinham da natureza. 
C) uso dos metais, o que foi possibilitado a partir 
do domínio do fogo, com o qual os homens 
derretiamo metal para, depois, trabalharem-no 
artisticamente. 
D) naturalismo, uma vez que as imagens do 
período estavam intimamente ligadas à religião, 
servindo de veículo para propagação de crenças 
religiosas. 
E) uso de pedras preciosas e de metais nobres, o 
que propiciou a criação de artefatos imponentes 
e valiosos, tanto do ponto de vista artístico 
quanto material. 
 
QUESTÃO 11 
(Unesp 2017) 
Examine duas pinturas produzidas na Caverna 
de Altamira, Espanha, durante o Período 
Paleolítico Superior. 
 
 
Tais pinturas rupestres podem ser 
consideradas como 
 
A) manifestação do primitivismo de povos 
incapazes de representações realistas. 
B) expressão artística infantilizada e insuficiente 
para fornecer qualquer indício sobre a vida na 
Pré-História. 
C) comprovação do pragmatismo de povos 
primitivos, despreocupados de sua alimentação. 
D) representação, em linguagem visual, dos 
vínculos materiais de um povo com o seu 
ambiente. 
E) revelação da predominância do pensamento 
abstrato sobre o concreto nos povos pré-
históricos. 
 
QUESTÃO 12 
(G1 - ifsul 2017) 
Esta revolução ocorreu há cerca de 9 mil 
anos, quando o homem deixou de ser nômade 
para ser sedentário. Nesse período, surgiu o 
sedentarismo humano, o qual está diretamente 
relacionado à formação das primeiras 
comunidades, que deram origem às primeiras 
civilizações nos séculos posteriores. Como tal 
revolução ocorreu é um grande mistério, 
entretanto, sabe-se que não se deu de maneira 
uniforme. 
 
Trata-se da Revolução 
 
A) Industrial. 
B) Agrícola. 
C) Pecuária. 
D) Comercial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
QUESTÃO 13 
(Uece 2016) 
Analise as seguintes afirmações a respeito 
do homem de Neandertal – Homo sapiens 
neanderthalensis. 
 
I. Representa uma forma humana que viveu 
há aproximadamente 100.000 anos e foi extinta 
há cerca de 35.000 anos. 
II. Pertencia ao maior grupo de antropoides 
que, apesar de terem cérebros menos 
volumosos, eram caçadores e coletores. 
III. Utilizava o fogo, construía cabanas e 
utensílios de pedra, e sabia fazer roupas a partir 
das peles de animais mortos. 
IV. Pertencia à mesma espécie do homem de 
Cro-Magnon, e enquadrava-se perfeitamente 
na forma hominídea. 
 
É correto o que se afirma apenas em 
 
A) I, II e IV. 
B) II, III e IV. 
C) III e IV. 
D) I e III. 
 
 QUESTÃO 14 
(G1 - ifsp 2016) 
Segundo o historiador Guglielmo, “o período 
mais longo e a mais antiga era da pré-história é 
chamada de Paleolítico. Iniciou-se há pelo 
menos 2,5 milhões de anos, como atestam os 
instrumentos [...] encontrados no sítio de 
Hadar, Etiópia, e pode ser estendido há cerca de 
10.000 anos”. 
(Fonte: GUGLIELMO, Antonio Roberto. A Pré-História. 
São Paulo: Brasiliense, 1999, p. 35 e 36). 
 
 
 
Considerando a Pré-história e a passagem do 
texto, é correto o que se afirma em: 
 
A) Durante o Paleolítico Inferior ocorreu a 
produção dos primeiros instrumentos de pedra. 
B) Durante o Paleolítico Superior foi produzido os 
primeiros instrumentos de pedra. 
C) No decorrer da transição do Mesolítico para o 
Médio Paleolítico, ocorreu a produção dos 
primeiros instrumentos de pedra. 
D) Foi durante o Paleolítico Inferior que houve a 
produção dos primeiros instrumentos de ossos 
e chifres. 
E) Durante o Paleolítico Inferior houve a produção 
de lâminas e agulhas, que possibilitou o 
surgimento da Idade dos Metais. 
 
QUESTÃO 15 
 (G1 - ifsul 2016) 
 “Por volta de 10 mil anos a. C., a Terra 
passou por uma grande mudança no clima, que 
ocasionou uma série de modificações na 
vegetação e nos hábitos dos animais. Como 
consequência, os seres humanos tiveram de se 
ajustar a um novo ambiente. O cultivo de 
plantas e a domesticação de animais foram duas 
importantes atividades que começaram então a 
ser exercidas.” 
FIGUEIRA, Divalte Garcia. História. 2ª ed. São Paulo: 
Ática, 2005. p. 10. 
 
O texto acima faz referência à 
 
A) passagem do Neolítico para o Paleolítico com o 
controle do fogo. 
B) arte rupestre com a pintura de cenas de caça nas 
cavernas. 
C) revolução neolítica na passagem do paleolítico 
para o neolítico. 
D) caça, à pesca e à coleta de pequenos frutos e 
raízes na Idade da Pedra Lascada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
QUESTÃO 16 
 (Fuvest - 2017) 
Um elemento essencial para a evolução da dieta 
humana foi a transição para a agricultura como o 
modo primordial de subsistência. A Revolução 
Neolítica estreitou dramaticamente o nicho 
alimentar ao diminuir a variedade de mantimentos 
disponíveis; com a virada para a agricultura 
intensiva, houve um claro declínio na nutrição 
humana. Por sua vez, a industrialização recente do 
sistema alimentar mundial resultou em uma outra 
transição nutricional, na qual as nações em 
desenvolvimento estão experimentando, 
simultaneamente, subnutrição e obesidade. 
George J. Armelagos, “Brain Evolution, the Determinates of 
Food Choice, and the Omnivore’s Dilemma”, Critical Reviews 
in Food Science and Nutrition, 2014. Adaptado. 
 
A respeito dos resultados das transformações nos 
sistemas alimentares descritas pelo autor, é 
correto afirmar: 
 
A) A quantidade absoluta de mantimentos 
disponíveis para as sociedades humanas 
diminuiu após a Revolução Neolítica. 
B) A invenção da agricultura, ao diversificar a cesta 
de mantimentos, melhorou o balanço 
nutricional das sociedades sedentárias. 
C) Os ganhos de produtividade agrícola obtidos 
com as revoluções Neolítica e Industrial 
trouxeram simplificação das dietas 
alimentares. 
D) As populações das nações em desenvolvimento 
estão sofrendo com a obesidade, por 
consumirem alimentos de melhor qualidade 
nutricional. 
E) A dieta humana pouco variou ao longo do 
tempo, mantendo-se inalterada da Revolução 
Neolítica à Revolução Industrial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 17 
 (Fuvest 2020) 
Pesquisadores do Museu Nacional, no Rio de 
Janeiro, encontraram o crânio e uma parte do 
fêmur de Luzia, o esqueleto humano mais antigo 
descoberto na América que revolucionou as 
teorias científicas sobre a ocupação do continente. 
Os fósseis foram achados há alguns dias (não foi 
divulgado quando) junto aos escombros do 
edifício, parcialmente destruído por um incêndio 
em 2 de setembro. O crânio está fragmentado, 
porque a cola que mantinha os seus pedaços 
juntos se foi com o calor, mas a equipe está 
bastante otimista com suas condições. 
Júlia Barbon, Folha de São Paulo, Outubro/2018. Adaptado. 
 
O esqueleto de Luzia, 
 
A) adquirido por D. Pedro II em 1876, foi 
incorporado à sua coleção pessoal, a mesma que 
deu origem ao Museu Nacional no período 
republicano. 
B) descoberto na década de 1970 em Minas Gerais, 
permitiu questionar a teoria de que a ocupação 
das Américas se deu por apenas uma onda 
migratória. 
C) estudado por diferentes equipes de 
antropólogos, comprovou que grupos saídos 
diretamente da África foram os primeiros 
habitantes das Américas. 
D) encontrado na atual Serra da Capivara, no 
Estado do Piauí, pertenceu à cultura que 
elaborou suas famosas pinturas rupestres. 
E) mantido em uma coleção particular fora do país, 
estava exposto para comemoração dos 150 anos 
da passagem de Charles Darwin pelo Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
QUESTÃO 18 
 (Uel 2018) 
Os indivíduos da espécie Homo sapiens “Cro-
Magnon” foram os primeiros a domesticar animais 
e a deixar expressivas obras de arte, como pinturas 
em cavernas e figuras esculpidas de animais e de 
mulheres grávidas. Nas paredes da Caverna de 
Chauvet, por exemplo, estão as famosas pinturas 
do Paleolítico Superior. De acordo com a hipótese 
mais aceita atualmente, nossos ancestrais 
surgiram na África e daí teriam irradiado para 
outros continentes. 
 
Com base nessa hipótese, de origem única na 
África, assinale a alternativa que indica 
corretamente como ocorreu essa irradiação, em 
ordem cronológica, a partir do continente africano,para as diversas partes do mundo. 
 
A) Europa – Nordeste da Ásia – América do Norte – 
Indonésia – Austrália. 
B) Sudeste da Ásia – Europa – Nordeste da Ásia – 
América do Norte – América do Sul. 
C) Sudeste da Ásia – Europa – América do Norte – 
América do Sul – Austrália. 
D) Europa – América do Norte – América do Sul – 
Austrália – Sudeste da Ásia. 
E) Europa – Nordeste da Ásia – América do Norte – 
América do Sul – Oceania. 
 
QUESTÃO 19 
 (Udesc 2018) 
Em 1972, a equipe do arqueólogo Richard Leakey 
encontrou, nas imediações do Lago Turkana, o 
crânio e os ossos de um Homo rudolfensis de 
milhões de anos. Esta espécie teria coabitado o 
território africano ao mesmo tempo em que três 
outras; o Homo habilis, o Homo erectus e o 
Paranthropus boisei. Em 1974, pesquisadores 
descobriram, na Etiópia, um fóssil de milhões 
de anos, ao qual apelidaram de Lucy. Em 2017, 
foram publicadas pesquisas a respeito de fósseis 
de Homo sapiens encontrados no Marrocos, os 
quais contariam com cerca de mil anos. 
Disponível em www.bbc.com, acessado em 15 de março de 
2018. 
 
Estas descobertas foram essenciais para o 
desenvolvimento de pesquisas, a respeito da 
evolução de espécies, pois elas poderiam ser 
referentes aos antepassados diretos da espécie 
humana. A este respeito, é correto afirmar: 
 
A) A descoberta de 2017 refuta a teoria de que a 
origem da vida humana seria na África, 
deslocando-a para a península arábica. 
B) Os seres humanos que habitam a África, a 
América e a Europa não fazem parte da mesma 
espécie. 
C) É consensual, para a comunidade científica, a 
afirmação de que a espécie humana é originária 
do Continente Africano. 
D) Não existem consensos a respeito de qual 
continente teria se originado a espécie 
humana. 
E) O Homo sapiens é, evidentemente, anterior ao 
Homo rudolfensis. 
 
QUESTÃO 20 
 (Uel 2018) 
Analise a figura a seguir e responda à(s) 
questões(ões). 
 
 
Com base na figura e nos conhecimentos sobre 
arte paleolítica, assinale a alternativa correta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
A) A pintura feita com guache é uma característica 
desse período, que consiste na mistura de 
alguns tipos de terra; tais pinturas serviam para 
catalogar o que haviam caçado, garantindo a 
diversidade de espécies nas caças seguintes. 
B) As pinturas e os desenhos foram feitos com 
pigmentos minerais e vegetais, fixados com 
gordura animal; tais produções são relacionadas 
a aspectos mágicos, presentes no cotidiano das 
organizações pré-históricas. 
C) As pinturas funcionavam como oferenda aos 
deuses e, pelas dimensões, é possível perceber 
o nível de reverência; os artistas desse período 
empenhavam-se na produção de uma arte 
religiosa com fins decorativos. 
D) As pinturas e os desenhos encontrados nas 
grutas eram feitos como afrescos e representam 
figuras híbridas, metade humana e metade 
animal; os mitos gregos têm suas origens nessas 
imagens da pré-história. 
E) Nos registros encontrados nas cavernas, as 
figuras de destaque remetem à flora; para os 
povos paleolíticos esses desenhos 
caracterizaram o momento em que deixaram de 
ser nômades e, para a história, foi o início das 
catalogações de todas as espécies. 
 
QUESTÃO 21 
 (ENEM PPL 2015) 
Os nossos ancestrais dedicavam-se à caça, à pesca 
e à coleta de frutas e vegetais, garantindo sua 
subsistência, porque ainda não conheciam as 
práticas de agricultura e pecuária. Uma vez 
esgotados os alimentos, viam-se obrigados a 
transferir o acampamento para outro lugar. 
HALL, P.P. Gestão ambiental. São Paulo: Pearson, 2011 
(adaptado). 
 
O texto refere-se ao movimento migratório 
denominado 
 
A) sedentarismo. 
B) transumância. 
C) êxodo rural. 
D) nomadismo. 
E) pendularismo. 
 
 
QUESTÃO 22 
 (Ufsm 2015) 
No período Neolítico, os caçadores e coletores já 
haviam adquirido razoável experiência cultural a 
fim de identificar animais para a caça e plantas para 
usos diversos. Nesse tempo, por volta de 
a. C., além de caçar e coletar frutos e sementes, 
nossos antepassados passaram a ter condição de 
interferir ainda mais na natureza, domesticando 
animais e cultivando plantas. Pelos registros 
existentes, isso teria acontecido primeiramente 
nas regiões atualmente chamadas de China, 
América Central, Peru e Oriente Próximo. Essa 
transformação nas formas de vida no planeta é 
chamada de revolução 
 
A) ecológica, por ser o primeiro momento de 
contato entre os seres humanos e a natureza. 
B) urbana, por haver permitido a fixação e a 
sedentarização dos humanos. 
C) suméria, por ter sido realizada pelos sumérios 
antes de qualquer outro povo. 
D) agrícola, por ter permitido maior domínio sobre 
a natureza e surgimento das aldeias. 
E) iluminista, por ter se difundido rapidamente em 
todo o mundo como uma luz. 
 
 
 
 
 
 
 
21 
RESOLUÇÕES 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 01: 
[C] 
A alternativa [C] está correta porque as 
revoluções Neolítica (ou agrícola) e Industrial 
foram responsáveis pelo desenvolvimento de 
instrumentos que ampliaram as práticas 
agrícolas, sua produção e produtividade 
definindo, contudo, um perfil de consumo 
alimentar de baixa qualidade nutricional. As 
alternativas incorretas são: [A], porque a 
quantidade de mantimentos aumentou após a 
Revolução Neolítica; [B], porque ocorreu 
prejuízo nutricional para as sociedades; [D], 
porque a obesidade, resultado de reduzida 
qualidade nutricional, é maior em países 
desenvolvidos; [E], porque houve forte variação 
da dieta humana. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 02: 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de 
História] 
 
A) A principal diferença era a prática. Na 
revolução agrícola neolítica, o homem 
começava a lidar com a agricultura, de 
maneira que as técnicas de produção ainda 
eram muito incipientes, tornando a prática 
muito irregular. Já na revolução agrícola da 
Idade Média, as práticas já existentes foram 
ampliadas e melhoradas pelo homem, de 
maneira que a produção foi suficiente para 
proporcionar um crescimento demográfico. 
B) Segundo Malthus, a produção de alimentos 
nunca acompanharia o crescimento 
demográfico. O autor do gráfico em questão 
não comunga desse raciocínio. Mas, para 
responder a questão, poderíamos concluir 
que, após os séculos XII, XIII e XIV, a produção 
agrícola não mais acompanharia o 
crescimento demográfico, levando a 
humanidade a algumas crises. 
 
 
 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de 
Geografia] 
 
A) Comparando-se o crescimento demográfico 
ocorrido após a Revolução agrícola neolítica 
e o ocorrido com a Revolução agrícola da 
Idade Média, percebe-se que no primeiro 
momento, período em que se inicia a 
sedentarização do homem com o rudimentar 
controle sobre sua produção de alimentos, o 
crescimento populacional foi bastante 
modesto. Já no segundo momento, o 
desenvolvimento de instrumentos e técnicas 
permitem a expansão da produção de 
alimentos, aliada ao aumento da produção e 
da produtividade, resultando em um 
expressivo crescimento populacional. 
B) Os dados do gráfico contrariam a teoria 
malthusiana, segundo o qual o aumento 
populacional seria superior ao aumento da 
produção de alimentos. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 03: 
[B] 
A passagem da Pré-História para a História 
pode ser caracterizada pelo surgimento do 
Estado no contexto das primeiras civilizações da 
Antiguidade Oriental, Egito e Mesopotâmia. O 
papel do Estado era organizar a sociedade que 
estava cada vez mais complexa. Gabarito [B]. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 04: 
[C] 
Somente a alternativa [C] está correta. 
Depois de estudar na Universidade Francesa, 
Sorbonne, Niède Guidon foi ao estado do Piauí, 
na região da Serra da Capivara para estudar os 
sítios arqueológicos. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 05: 
 [D] 
O homo sapiens surgiu na África a cerca de 
160.000 anos e migrou para a Ásia e a América 
a cerca de 60.000 anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
RESPOSTA DA QUESTÃO 06:[C] 
Conforme as palavras do historiador Oldimar 
Cardoso, a evolução humana se assemelha a 
uma árvore de muitos galhos ou um caminho 
com muitas bifurcações. A árvore genealógica 
da humanidade tem como berço o continente 
Africano e de todas as espécies dos 
antepassados, apenas uma sobreviveu: a do 
homo sapiens sapiens ou homo sapiens 
moderno, à qual todos os humanos 
pertencemos. Por volta de 2 milhões de anos 
uma das espécies de Australopitecos deu 
origem ao gênero Homo. Daí a evolução tomava 
outro rumo. Entre as espécies do novo gênero 
estava o Homo habilis, que fabricava 
ferramentas. Dele, provavelmente surgiu, o 
Homo erectus que dominava o fogo e construía 
cabanas para morar. Ao que parece, outro 
descendente do Homo Habilis foi o homo 
antecessor, que teria dado origem ao Homo 
sapiens Moderno, há 200 mil anos. A alternativa 
[C] está correta. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 07 
[E] 
A despeito das teorias que consideram que a 
História se inicia a partir da invenção da escrita, 
já sabemos que a arte rupestre, ou seja, aquela 
encontrada na Pré-História possui relevante 
papel para o estudo da História humana. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 08: 
[B] 
Somente a alternativa [B] está correta. As 
pesquisas arqueológicas realizadas em diversos 
sítios arqueológicos no Brasil, sobretudo os que 
estão localizados no interior do Piauí por meio 
de estudos realizados pela arqueóloga Niède 
Guidon, apontam que os povos que habitavam 
terras brasileiras desenvolviam diferentes 
atividades econômicas, tais como, caça, coleta, 
agricultura além de produzir cerâmicas. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 09: 
[D] 
O texto mostra a existência de vestígios que 
indicam a presença de animais do chamado 
“período pré-histórico” em terras brasileiras, 
evidenciando que a História brasileira é anterior 
a presença europeia no país. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 10: 
 [B] 
A questão remete à produção artística no 
período do Paleolítico. A estudiosa da História 
da Arte, Graça Proença, afirma que a principal 
característica da arte no período do Paleolítico 
Superior é o naturalismo. O artista pintava os 
seres, um animal, por exemplo, do modo como 
os via, reproduzindo a natureza tal qual sua 
vista captava, ou seja, retratava apenas o que o 
artista vê. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 11: 
[D] 
As pinturas rupestres eram uma forma das 
sociedades pré-históricas representarem 
acontecimentos do seu cotidiano, como a caça, 
por exemplo, sempre presente durante o 
Período Paleolítico. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 12: 
[B] 
Somente a proposição [B] está correta. O 
texto menciona a Revolução Agrícola que 
ocorreu no período do Neolítico, entre 10 mil e 
5 mil a.C., aproximadamente, quando as 
comunidades humanas primitivas interferiram 
na natureza produzindo seu próprio alimento 
através do desenvolvimento da agricultura 
gerando a sedentarização do homem. Segundo 
o historiador Jaime Pinsky, o conceito de 
Revolução Agrícola não deve ser entendido 
como o de uma mudança estrutural em ritmo 
acelerado, deu-se antes, por meio de um longo 
processo que inclui cuidadosa percepção dos 
fenômenos naturais. 
 
 
 
 
 
 
23 
RESPOSTA DA QUESTÃO 13: 
 [D] 
[II] Incorreta. O cérebro do Homem de 
Neandertal era mais volumoso que os de 
outras espécies, incluindo o cérebro do 
homem moderno. 
[IV] Incorreta. O Homem de Neandertal não 
pertencia à mesma espécie do Homem de 
Cro-Magnon. Ambos eram uma subespécie 
diferente da família Homo. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 14: 
[A] 
A produção dos primeiros instrumentos de 
pedra lascada na Pré-História ocorreu durante 
o Paleolítico Inferior. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 15: 
[C] 
Somente a alternativa [C] está correta. A 
questão aponta para as mudanças climáticas 
ocorridas no planeta, que modificam a fauna e 
a flora e geram inúmeras alterações nas demais 
formas de vida. Foi no período neolítico que 
ocorreu a revolução agrícola: o homem passou 
a produzir seu próprio alimento tornando-se 
sedentário a partir do desenvolvimento da 
agricultura. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 16: 
[C] 
A alternativa [C] está correta porque as revoluções 
Neolítica (ou agrícola) e Industrial foram 
responsáveis pelo desenvolvimento de 
instrumentos que ampliaram as práticas agrícolas, 
sua produção e produtividade definindo, contudo, 
um perfil de consumo alimentar de baixa qualidade 
nutricional. As alternativas incorretas são: [A], 
porque a quantidade de mantimentos aumentou 
após a Revolução Neolítica; [B], porque ocorreu 
prejuízo nutricional para as sociedades; [D], 
porque a obesidade, resultado de reduzida 
qualidade nutricional, é maior em países 
desenvolvidos; [E], porque houve forte variação da 
dieta humana. 
RESPOSTA DA QUESTÃO 17: 
[B] 
Antes da descoberta de “Luzia”, fóssil humano 
mais antigo da América, com dez a quinze mil anos 
de idade, as teorias de povoamento do continente 
americano enfatizavam a rota de Estreito de Bering 
e, ainda, pela passagem “Malaio-polinésia”. Desta 
forma, a descoberta de Luzia, permite novas 
teorias sobre a chegada do homem ao continente 
americano no que diz respeito a rotas e tempos. 
Gabarito [B]. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 18: 
[B] 
Somente a alternativa [B] está correta. De acordo 
com a hipótese mais aceita atualmente, a espécie 
humana moderna, Homo sapiens, surgiu na África, 
a partir de linhagens de H. ergaster, e daí teria 
irradiado e colonizado os outros continentes. 
Outra hipótese, que tem perdido força nos últimos 
anos, é que a espécie humana atual teria surgido 
simultaneamente na África, Ásia e Europa, a partir 
de populações de H. erectus que habitavam esses 
locais. Com base na hipótese de origem única na 
África, acredita-se que, entre 100 mil e 70 mil anos 
atrás, a espécie humana moderna irradiou da 
África para a Ásia, de onde atingiu o continente 
australiano, entre 60 mil e 50 mil anos atrás, e a 
Europa, há cerca de 40 mil anos. Entre 14 mil e 11 
mil anos atrás, grupos humanos vindos da Ásia 
atravessaram o Estreito de Bering e chegaram à 
América do Norte. Entre 12 mil e 11 mil anos, 
alcançaram a América do Sul. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 19: 
[C] 
Somente a alternativa [C] está correta. Ainda há 
inúmeras controvérsias sobre a evolução das 
espécies, no entanto, todas as descobertas 
confirmam que a espécie humana é originária do 
continente Africano. As descobertas ocorridas na 
década de 1970, no Lago Turkana e a Lucy 
corroboram para o consenso entre os cientistas 
sobre a origem da espécie humana. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
RESPOSTA DA QUESTÃO 20: 
[B] 
Somente a alternativa [B] está correta. As 
pesquisas apontam que, no fazer técnico destas 
imagens, eram utilizados pigmentos minerais e 
vegetais e, sobre o sentido destas imagens 
produzidas no paleolítico, segundo Hauser (2000, 
p. 4): “Todas apontam, mais exatamente, para o 
fato de que se tratava do instrumento de uma 
técnica mágica e, como tal, tinha uma função 
inteiramente pragmática que visava alcançar 
objetivos econômicos”. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 21: 
[D] 
Durante o período Paleolítico, devido ao frio e à 
constante falta de alimentos, os homens 
praticavam no nomadismo, ou seja, transferiam-se 
de um lugar para outro, constantemente. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 22: 
[D] 
A chamada Revolução Neolítica ou Revolução 
Agrícola diz respeito ao advento da agricultura e 
suas consequências no período Neolítico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
ANTIGUIDADE ORIENTAL – CIVILIZAÇÕES 
ORIENTAIS 
 
QUESTÃO 01 
(G1 - cps 2020) 
Na Antiguidade, o desenvolvimento de 
povoações, aldeias e cidades que se utilizaram 
dos rios para a sua constituição gerou 
sociedades mais complexas em diversas regiões 
do mundo, como o Oriente Médio, a Ásia e a 
África. Nessas sociedades, a vida coletiva era 
marcada pelo trabalho que modificava a 
natureza e estabelecia divisões de tarefas entre 
os seres humanos. Nelas, o trabalho coletivo de 
irrigação era necessário para controlar as cheias 
dos rios e para cultivar as terras de suasmargens. 
CAMPOS, Flavio de; CLARO, Regina; DOLHNIKOFF, 
Miriam. Jogo da História nos dias de Hoje. 6. 2ªed. São 
Paulo: Leya, 2015. p.58. Adaptado. 
 
O texto se refere às chamadas sociedades 
 
A) feudais. 
B) fluviais. 
C) nômades. 
D) patriarcais. 
E) pré-históricas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 02 
(Fuvest 2020) 
Ao primeiro brilho da alvorada chegou do 
horizonte uma nuvem negra, que era conduzida 
[pelo] senhor da tempestade (...). Surgiram 
então os deuses do abismo; Nergal destruiu as 
barragens que represavam as águas do inferno; 
Ninurta, o deus da guerra, pôs abaixo os diques 
(...). Por seis dias e seis noites os ventos 
sopraram; enxurradas, inundações e torrentes 
assolaram o mundo; a tempestade e o dilúvio 
explodiam em fúria como dois exércitos em 
guerra. Na alvorada do sétimo dia o temporal 
(...) amainou (...) o dilúvio serenou (...) toda a 
humanidade havia virado argila (...). Na 
montanha de Nisir o barco ficou preso (...). Na 
alvorada do sétimo dia eu soltei uma pomba e 
deixei que se fosse. Ela voou para longe, mas, 
não encontrando um lugar para pousar, 
retornou. Então soltei um corvo. A ave viu que 
as águas haviam abaixado; ela comeu, (...) 
grasnou e não mais voltou para o barco. Eu 
então abri todas as portas e janelas, expondo a 
nave aos quatro ventos. Preparei um sacrifício e 
derramei vinho sobre o topo da montanha em 
oferenda aos deuses (...). 
A Epopeia de Gilgamesh, São Paulo: Martins Fontes, 
2001. 
 
Com base no texto, registrado 
aproximadamente no século VII a.C. e que se 
refere a um antigo mito da Mesopotâmia, bem 
como em seus conhecimentos, é possível dizer 
que a sociedade descrita era 
 
A) mercantil, pacífica, politeísta e centralizada. 
B) agrária, militarizada, monoteísta e democrática. 
C)manufatureira, naval, monoteísta e federalizada. 
D) mercantil, guerreira, monoteísta e federalizada. 
E) agrária, guerreira, politeísta e centralizada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
QUESTÃO 03 
(Uepg-pss 1 2019) 
A história do Egito antigo é um dos temas 
mais estudados pelos historiadores. A respeito 
desse tema, assinale o que for correto. 
 
01) Planta existente em abundância no Egito 
antigo, o papiro foi fartamente utilizado para a 
confecção do vestuário dos camponeses 
egípcios. 
02) Além de transcrever leis e realizar a 
contabilidade do estado, os escribas eram 
sacerdotes responsáveis por realizar cultos e 
transmitir a religião egípcia. 
04) Os nomos eram pequenas cidades 
resultantes do desenvolvimento das aldeias 
agrícolas egípcias. 
08) A construção de diques para conter as 
cheias do Rio Nilo foi essencial para o 
desenvolvimento da civilização egípcia. 
 
QUESTÃO 04 
(G1 - cps 2019) 
Em 1929, o arqueólogo alemão Julius Jordan 
desenterrou uma vasta biblioteca de tábuas de 
argila com um tipo de escrita conhecida como 
“cuneiforme”, com cinco mil anos de idade, 
mais antigas que exemplares semelhantes 
encontrados na China, no Egito e na América. 
As tábuas estavam em Uruk, uma cidade 
mesopotâmica – e uma das primeiras do mundo 
– às margens do rio Eufrates, onde hoje fica o 
Iraque. 
As tábuas não haviam sido usadas para 
escrever poesia ou enviar mensagens a lugares 
remotos. Foram empregadas para fazer contas 
– e também para elaborar os primeiros 
contratos. 
<https://tinyurl.com/ycuj8mq6> Acesso em: 
26.10.2018. Adaptado. 
 
O texto faz referência a um período muito 
conhecido da história da Humanidade, no qual 
surgiram os primeiros registros escritos. 
 
Assinale a alternativa que, corretamente, 
descreve o contexto em que surgiu a escrita na 
Mesopotâmia. 
 
A) Os mesopotâmicos criaram a escrita como 
forma de se comunicar com os deuses, 
entalhando placas de argila que eram 
cuidadosamente depositadas no interior dos 
templos religiosos. 
B) O surgimento da escrita foi vinculado à criação 
de um sistema de educação segundo o qual 
todas as crianças deveriam dominar o 
conhecimento das letras e dos cálculos. 
C) As cidades da Mesopotâmia eram separadas por 
longas distâncias, percorridas a pé por 
mensageiros que levavam cartas e ofícios 
trocados entre os governantes. 
D) A evolução da literatura oral gerou a 
necessidade de registrar os textos poéticos 
declamados pelos grandes oradores da 
Antiguidade clássica. 
E) O desenvolvimento do comércio levou à criação 
da escrita, utilizada, inicialmente, para realizar 
registros contábeis e firmar contratos. 
 
 
QUESTÃO 05 
(Uece 2019) 
Os dois povos que foram os principais 
responsáveis pela construção da sociedade 
mesopotâmica foram os 
 
A) fenícios e os anatólios. 
B) gregos e os romanos. 
C) hititas e os egípcios. 
D) sumérios e os acadianos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
QUESTÃO 06 
(Ufsc 2018) 
O aparecimento da escrita foi tão importante 
que, durante muito tempo, foi considerado o 
marco inicial da História. Foi a terceira forma de 
comunicação elaborada pelo ser humano e 
provocou grande revolução nos seus costumes. 
Diferentemente da fala e das pinturas 
rupestres, a escrita permitiu ao ser humano a 
comunicação de longo alcance geográfico, a 
fixação de leis, de regras e penalidades, que 
viabilizaram a formação de estruturas sociais e 
políticas estáveis. 
VAIFAS, Ronaldo. História I (Ensino Médio). 3. ed. 
São Paulo: Saraiva, 2016, p. 30. 
 
Sobre a escrita e a comunicação ao longo da 
História, é correto afirmar que: 
 
01) na região da Mesopotâmia, existia uma 
escrita chamada de cuneiforme, que serviu, 
inclusive, para o registro do Código de 
Hamurabi, conhecido como o primeiro código 
de leis escritas. 
02) no Egito antigo, a escrita hieroglífica era 
privilégio da realeza e só podia ser util izada 
para fins administrativos, sendo absolutamente 
proibida para registros ou pregações religiosas. 
04) o avanço dos conhecimentos na Europa, 
a partir do século XV, ganhou grande impulso 
com a contribuição de Johannes Gutenberg, 
que, ao desenvolver a impressão com tipos 
móveis, renovou radicalmente a tipografia e o 
alcance das produções escritas. 
08) os povos ágrafos, como muitas 
sociedades ameríndias e africanas, devem ser 
considerados menos desenvolvidos do ponto de 
vista da comunicação por não possuírem 
escrita. 
16) durante o período medieval, o livre 
acesso à leitura, através das diversas bibliotecas 
espalhadas pelos mosteiros cristãos na Europa, 
garantiu a consolidação do respeito a dogmas e 
doutrinas da Igreja. 
32) sancionada como língua oficial dos 
surdos no Brasil no início do século XXI, a Língua 
Brasileira de Sinais (LIBRAS), ao contrário dos 
idiomas essencialmente orais e auditivos, tem 
como característica ser visual e gestual. 
QUESTÃO 07 
(G1-cps 2018) 
Uma equipe internacional de cientistas usou 
um fluxo de partículas para fazer uma espécie 
de radiografia da Grande Pirâmide de Quéops, 
em Gizé, no Egito. Isso permitiu descobrir, em 
2017, um grande espaço vazio, que ficou 
escondido atrás das grossas paredes da 
edificação. 
Construída por ordem do faraó Khufu, que 
reinou entre 2509 e 2483 a.C., a pirâmide tem 
139 metros de altura e, durante mais de três 
milênios, foi a construção mais alta do planeta. 
Mesmo hoje, não há certeza sobre a forma 
como foi construída, nem se sabe se ainda há 
câmaras a serem descobertas em seu interior. 
É possível entrar na pirâmide através de um 
túnel que foi escavado ao nível do solo no ano 
de 820, que permite o acesso às três câmaras 
até hoje conhecidas: a subterrânea, a da rainha 
e a do rei. 
<https://tinyurl.com/yd3qv7pu> Acesso em: 
14.11.2017. Adaptado. 
 
Com base nas informações do texto, é 
correto afirmar que 
 
A) a Grande Pirâmide de Quéops, construída há 
dois mil anos, continua a ser a construção 
mais alta do planeta. 
B) a pirâmide de Gizé, uma das maravilhas do 
mundo moderno, foi construída em honra 
dos deuses egípcios Zeus e Hórus. 
C) a pirâmide de Quéops,construída há mais de 
quatro milênios por ordem de Khufu, teve 
uma câmara interna descoberta 
recentemente. 
D) a escavação de um túnel no ano de 820, por 
ordem de Gizé, permitiu o acesso da 
população aos túmulos no interior da 
pirâmide de Quéops. 
E) as pirâmides do Egito, palácios residenciais 
dos faraós, foram equipadas com câmaras 
secretas construídas para garantir a 
segurança desses imperadores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
QUESTÃO 08 
(Fepar 2018) 
Considere o texto e julgue as afirmativas. 
 
No Oriente Médio, às margens de rios como o 
Eufrates, o Tigre e o Jordão, ou nas 
proximidades do Mar Mediterrâneo e no Norte 
da África, às margens do Rio Nilo, formaram-se 
civilizações que, abandonando o sistema tribal 
e nômade da Pré-História, tornaram-se 
sociedades com Estado, marcadas pelo fim da 
propriedade coletiva, característica da Pré-
História, e pela diferenciação de classes sociais. 
Essas civilizações, com exceção da Fenícia, 
adotaram o "modo de produção asiático" [...] 
PETTA, N. Luiza; OJEDA, Eduardo A. Baez. História. São 
Paulo: Moderna, p. 8. 
 
( ) A civilização egípcia insere-se no modo 
de produção asiático. Centralizado no faraó, o 
poder político tinha forte dimensão religiosa, 
constituindo típica teocracia em suas primeiras 
dinastias. 
( ) A necessidade de anotações contábeis 
levou os fenícios a criar o alfabeto, 
aperfeiçoando as escritas cuneiforme e 
hieróglifa. Eles habitavam a região do atual 
Líbano; desenvolveram manufaturas e intenso 
comércio, o que os afasta do "modo de 
produção asiático", de base económica agrícola. 
 
 
 
( ) As grandes obras arquitetônicas da 
civilização egípcia, duradouras pelo uso 
predominante da pedra, priorizam o homem e 
seu conforto pessoal, nos grandes palácios 
ajardinados de sacerdotes e chefes militares. 
( ) Escravidão e servidão estão presentes 
no "modo de produção asiático" como trabalho 
compulsório. Enquanto o escravo, via de regra, 
era propriedade de seu patrão, não podendo 
determinar-se; o servo era juridicamente livre, 
mas sujeito à prestação de serviços e ao 
pagamento de tributos. 
( ) Na área denominada Crescente Fértil, do 
Egito à Mesopotâmia, a existência de 
numerosos rios piscosos, caça, vegetação 
abundante, frutos nativos, solo naturalmente 
fértil e clima temperado propiciou condições 
favoráveis ao surgimento das primeiras 
civilizações. 
 
QUESTÃO 09 
(Uece 2018) 
O Egito antigo ainda fascina o mundo graças 
a sua arte e escrita. Desde a Antiguidade, os 
estrangeiros notavam a variação entre a escrita 
esculpida ou pintada nos monumentos e a 
forma simplificada, cursiva. As diferentes 
escritas no Egito antigo eram as seguintes: 
 
A) siríaca, bérbere, babilônica e púnica. 
B) cuneiforme, hieroglífica, elamita e ugarítica. 
C) protossinaítica, cananeia, persa e luviana. 
D) hieroglífica, hierática, demótica e copta. 
 
QUESTÃO 10 
(Famerp 2018) 
Com esta civilização surge [...] uma vida 
econômica dominada pelo comércio marítimo. 
Tal traço lhe atribui uma originalidade precisa 
entre as civilizações orientais, às quais ela se 
liga por tantos laços. Isto era inevitável, numa 
ilha onde a natureza impunha ao homem 
condições de vida muito diversas das reinantes 
nos vales do Nilo e do Eufrates. 
(André Aymard e Jeannine Auboyer. “O homem no 
Oriente próximo”. In: O Oriente e a Grécia Antiga, vol 2, 
1962.) 
 
 
 
 
 
 
29 
O excerto destaca a originalidade da 
civilização cretense, entre 2000 e 1400 a.C., em 
relação às sociedades do Mediterrâneo Oriental 
e do Oriente Médio, caracterizadas 
 
A) pela alta produção de gêneros alimentícios 
com um mínimo de esforço individual. 
B) pela inexistência de contatos comerciais com 
economias dos povos vizinhos. 
C) pela divisão socialmente igualitária dos bens 
produzidos em grande escala. 
D) pelo conhecimento dos segredos da escrita 
pela casta de produtores agrícolas. 
E) pela presença do trabalho coletivo em 
regiões favoráveis à economia agrícola. 
 
QUESTÃO 11 
(Ufrgs 2018) 
Considere as afirmações abaixo, sobre a 
história das sociedades antigas. 
 
I. O Egito faraônico caracterizava-se pela 
estrutura política horizontalizada, pela pouca 
estratificação social e pela economia centrada 
na piscicultura devido às cheias do rio Nilo. 
II. Os fenícios mantiveram uma estrutura 
social militarizada e terrestre, que permitiu a 
conquista de outros povos na região do Oriente 
Médio, culminando com o fim de rotas 
comerciais marítimas com a Ásia. 
III. A expansão do Império Persa, durante o 
governo de Dario I, foi marcada pela unificação 
dos sistemas tributário e monetário, pela 
implementação de um código jurídico e por 
uma rede de estradas e de comunicação. 
 
Quais estão corretas? 
 
A) Apenas I. 
B) Apenas II. 
C) Apenas III. 
D) Apenas II e III. 
E) I, II e III. 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 12 
(Uece 2018) 
O código de Hamurabi é o mais famoso e 
orgânico código de leis existente, cujo 
significado não é o de uma medida legislativa, 
visto conter dúvidas a respeito da aplicação 
concreta de suas disposições nos veredictos 
judiciais. No que diz respeito a esse código, é 
correto afirmar que 
 
A) buscava demonstrar quão bem organizado e 
bem governado seria o reino sob o comando 
do monarca. 
B) precedia os veredictos judiciais, buscando 
promulgar novas disposições. 
C) tornava o rei dependente da tradição 
inaugurada por Ur-Nammu, fundador da 
terceira dinastia de Ur. 
D) considerava a possibilidade de uma medida 
legislativa ser um instrumento de debilidade 
da realeza. 
 
QUESTÃO 13 
(Upf 2018) 
 Na chamada Antiguidade Oriental, as 
sociedades, notadamente a egípcia e a 
mesopotâmica, desenvolveram-se em regiões 
semiáridas, onde obras hidráulicas grandiosas 
eram necessárias para o cultivo agrícola. Então, 
nessas sociedades: 
A) Desenvolveu-se o modo de produção 
escravista intimamente ligado ao caráter 
bélico e expansionista dessas sociedades. 
B) A forma de trabalho predominante era a 
servidão coletiva, e o indivíduo explorava a 
terra como membro da comunidade e servia 
ao Estado, proprietário dessa terra. 
C) O principal instrumento de poder das 
camadas populares era constituído pelo 
Estado, que assegurava o seu domínio sobre 
os outros grupos sociais. 
D) A superação das comunidades coletivas 
levou ao surgimento da propriedade privada 
e, como resultado, à utilização da mão de 
obra escrava. 
E) A ampla utilização do trabalho livre garantia 
a produção de excedentes, que era 
necessária para as trocas comerciais e para o 
progresso econômico. 
 
 
 
 
 
 
 
30 
QUESTÃO 14 
(Fatec 2017) 
 No século V a.C., Heródoto, historiador 
grego, afirmou que “O Egito é uma dádiva do 
Nilo”. 
 
Assinale a alternativa que apresenta, 
corretamente, a principal razão de se atribuir ao 
rio Nilo uma importância tão grande para o 
desenvolvimento do Egito Antigo. 
 
A) Nos períodos de cheias, as águas desse rio 
fertilizavam as margens, o que possibilitou a 
agricultura. 
B) Os faraós construíram barragens para obter 
eletricidade, aumentando a produção de 
itens de exportação. 
C) A navegação pelo grande rio permitiu que os 
egípcios conquistassem o sul da Europa, 
formando um grande império. 
D) Das margens do rio se retirava o barro com 
que eram fabricados os tijolos utilizados na 
construção das grandes pirâmides. 
E) Atravessando a África de norte a sul, o Nilo 
possibilitou a integração cultural e 
econômica da área entre o Saara e o deserto 
da Namíbia. 
 
QUESTÃO 15 
(G1 -utfpr 2017) 
O Museu do Louvre, abriga a maior coleção 
de objetos da época dos faraós. Entre as peças 
mais famosas estão um punhal de marfim e 
sílex, datado de 3.400 a.C., uma escultura de um 
escriba sentado trabalhando e uma esfinge de 
aproximadamente 4.000 mil anos atrás. Essas e 
outras riquezas saqueadas pelo exército de 
Napoleão em campanhano Egito, no final do 
século XVIII, ajudaram o homem moderno a 
desvendar um pouco dos valores e das crenças 
do homem antigo. 
 
Naquele contexto, assinale o que 
significavam as esfinges, esculturas de leão, 
com cabeça humana ou de falcão, que matavam 
os viajantes quando não decifravam o enigma 
que lhes propunham. 
A) Eram os guardiães das riquezas dos nobres e 
ricos comerciantes. 
B) Eram divindades protetoras dos templos e 
das pirâmides. 
C) Eram sacerdotes responsáveis pelos cultos 
rituais aos deuses. 
D) Eram a representação da guarda pessoal dos 
faraós. 
E) Eram divindades protetoras dos escribas e 
dos artesãos. 
 
QUESTÃO 16 
(G1 -Ifsul 2018) 
Embora os povos da Antiguidade Oriental 
pareçam distantes da cultura ocidental atual, 
tanto temporalmente quanto geograficamente, 
a verdade é que, em nosso dia a dia, temos, 
indiretamente, presentes contribuições 
culturais de povos como os antigos hebreus, 
fenícios e povos da antiga Mesopotâmia. 
 
Exemplos de contribuições culturais de 
hebreus, fenícios e mesopotâmicos antigos, 
indiretamente presentes na cultura ocidental 
atual, são, respectivamente, 
 
A) o alfabeto, o comércio e a astronomia. 
B) a divisão das horas do dia, os algarismos e a 
religião. 
C) a religião, o alfabeto e a divisão das horas do 
dia. 
D) os algarismos, o alfabeto e a religião. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
QUESTÃO 17 
(Upf 2012) 
Com relação à civilização hebraica é 
INCORRETO afirmar: 
 
A) O denominado “Cativeiro da Babilônia” 
constituiu-se no processo de diáspora dos 
hebreus da região da Palestina. Esse processo 
os tornou um povo vagante desde aquela 
migração forçada e consequente dispersão 
de sua civilização - situação só reparada com 
a criação do Estado de Israel em 1948. 
B) Suas leis foram sistematizadas a partir de 
reelaborações de códigos de várias 
civilizações do Oriente Próximo, todavia, 
apresentaram uma novidade em relação às 
demais ao defender os pobres, viúvas e 
órfãos. 
C) A defesa de um deus uno, transcendente e 
bom implicava a vivência ética e moral 
visando à salvação futura de cada um. 
D) A consideração de si mesmos como “povo 
eleito” incutia nos hebreus a 
responsabilidade de serem exemplos de 
moralidade e vivência para as demais 
civilizações antigas. 
E) A importância dedicada à história devia-se à 
compreensão de que é na atuação 
temporal/cotidiana que se está constituindo 
o caminho para a salvação futura. 
 
QUESTÃO 18 
(Ufsc 2008) 
"Subitamente, entreabria-se o quadro 
sonoro para irromper o coro das lamentações. 
Acabavam no ar, lucíolas extintas, os 
derradeiros sons da harpa de David; perdia-se 
em ecos a derradeira antístrofe de Salomão; 
[...]. Clamavam as imprecações do dilúvio, os 
desesperos de Gomorra; flamejava no 
firmamento a espada do anjo de Senaqueribe; 
dialogavam em concerto tétrico as súplicas do 
Egito, os gemidos de Babilônia, as pedras 
condenadas de Jerusalém." 
(POMPÉIA, Raul. "O Ateneu". São Paulo: Ática, 1990. 
p. 37.) 
 
Sobre os hebreus e os judeus, é CORRETO 
afirmar que: 
 
01) David foi considerado o primeiro patriarca 
hebreu. 
02) Senaqueribe foi o rei responsável pela 
retirada dos hebreus de Jerusalém para a 
Babilônia, fato este conhecido como Êxodo. 
04) no século XX, após a Segunda Guerra 
Mundial, com a criação do Estado de Israel 
pela ONU, os judeus voltaram a se reunir em 
um território. 
08) no primeiro milênio a.C., os hebreus foram 
retirados à força de Canaã pelos egípcios, 
que os levaram ao vale do rio Nilo e os 
fizeram escravos. 
16) o dilúvio, narrado no Antigo Testamento, 
provavelmente foi inspirado em um relato 
muito mais antigo, conhecido pelos 
sumérios. 
32) a construção do Templo de Jerusalém por 
Salomão foi um marco na centralização 
política dos hebreus durante o período 
monárquico. 
64) a religião dos hebreus não teve qualquer 
importância na construção da identidade 
daquele povo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
QUESTÃO 19 
(Uece 2008) 
"A estada dos filhos de Israel no Egito durou 
quatrocentos e trinta anos. No mesmo dia que 
findavam os quatrocentos e trinta anos, os 
exércitos de Iahweh saíram do país do Egito". 
(Ex. 12,40). Sobre o "exílio" dos hebreus no 
Egito, assinale o correto. 
 
A) Algumas tribos hebraicas deslocaram-se para 
a zona do delta do Rio Nilo, para fugir da 
grave carestia que assolou a Palestina em 
meados de 1.700 a.C. 
B) O povo hebreu, após inúmeros combates e 
disputas, foi derrotado pelos egípcios e 
conduzido em regime de escravidão para a 
terra dos faraós. 
C) Os hebreus se organizaram como 
mercenários e em atividades comerciais, 
ocupando as vias das caravanas no deserto, 
a serviço do faraó egípcio. 
D) Quando os "hyksos" invadiram o Egito 
levaram consigo algumas tribos hebraicas e 
arregimentaram os homens como soldados 
mercenários em seus exércitos. 
 
QUESTÃO 20 
(G1 -utfpr 2008) 
Os hebreus se constituíram inicialmente em 
um pequeno grupo de pastores nômades, 
organizados em clãs, chefiados por um 
patriarca. Conduzidos por Abraão, deixaram a 
cidade de Ur, na Mesopotâmia, e se fixaram na 
Palestina ("Canaã", a Terra Prometida), por 
volta de 2000 a.C. Todavia, entre os povos da 
Antiguidade Oriental, os hebreus foram um dos 
que mais influenciaram a cultura da civilização 
ocidental, uma vez que o cristianismo é 
considerado uma continuação das tradições 
religiosas hebraicas. Sobre esse povo, assinale 
a alternativa INCORRETA. 
 
 
 
 
A) As guerras geraram a unidade política dos 
hebreus. Esta unidade se firmou primeiro em 
torno de juízes e, depois, em volta dos reis. 
B) A religião foi uma das bases da cultura 
hebraica e sua principal característica sempre 
foi a crença em vários deuses, entre os quais 
o principal era Jeová que, segundo a tradição, 
morava no monte Sinai junto a outros deuses 
e semi-deuses. 
C) Durante o domínio romano na Palestina, o 
nacionalismo dos hebreus foi sufocado pelos 
imperadores romanos e o auge da repressão 
aconteceu com a destruição do templo de 
Jerusalém, quando os hebreus, então, 
dispersaram-se por várias regiões do mundo. 
Esse episódio ficou conhecido como 
Diáspora. 
D) A Palestina era uma pequena faixa de terra 
que se estendia pelo vale do rio Jordão. 
Limitava-se ao norte com a Fenícia, ao sul, 
com as terras de Judá, a leste, com o deserto 
da Arábia e, a oeste, com o mar 
Mediterrâneo. 
E) Os hebreus eram um povo de origem semita, 
assim como os árabes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
QUESTÃO 21 
(Ufpe 2006) 
Os hebreus construíram uma forte 
identidade cultural através da sua religião, 
desde os tempos das suas histórias mais 
remotas. Em certo período, observa-se uma 
maior preocupação com a ética e as críticas às 
desigualdades sociais, por parte dos profetas 
Oséias, Amós, Isaías e Miquéias. Estamos nos 
referindo: 
 
( ) ao período em que Moisés tinha grande 
liderança política, livrando os hebreus da 
dominação egípcia. 
( ) à época em que os hebreus estiveram 
dominados pelos caldeus e construíram o 
início do culto a Iavé. 
( ) ao período histórico em que a religião 
hebraica seguiu os rituais semelhantes aos da 
religião persa, cultuando o deus Mazda. 
( ) ao crescimento do significado político da 
religião, quando ela ajudou os imperadores 
hebreus a construírem seus impérios. 
( ) ao período em que Iavé tornou-se Deus de 
todos os homens, e a religião ganhou um 
conteúdo ético importante. 
 
QUESTÃO 22 
(Ufsc 2000) 
Entre as civilizações da antiguidade, que 
tiveram o Mar Mediterrâneo como cenário do 
seu desenvolvimento, destacaram-se os 
hebreus (Judeus, Israelitas), por terem sido o 
primeiro povo conhecido que afirmou sua fé em 
um único Deus. As bases da história, da filosofia, 
da religião e das leis hebraicasestão contidas na 
Bíblia, cujos relatos, em parte confirmados por 
achados arqueológicos, permitem traçar a 
evolução histórica e cultural do povo hebreu e 
identificar suas influências sobre outras 
civilizações. 
Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S) 
nas suas referências à cultura hebraica. 
 
01) Entre os princípios religiosos contidos na 
Bíblia está o politeísmo, isto é, a crença em 
muitos deuses. 
02) O vínculo visível das influências do judaísmo 
sobre o cristianismo está na pessoa de 
Cristo, considerado 'O Messias' pelas duas 
religiões. 
04) Os hebreus destacaram-se em diferentes 
áreas do conhecimento humano e nos 
legaram os livros do Antigo Testamento 
(Tora). 
08) O cristianismo e o islamismo, religiões que 
têm hoje milhões de seguidores, receberam 
influências do judaísmo. 
16) O Pentateuco, o Talmud e o Alcorão 
representam o conjunto dos escritos que 
reúnem os preceitos do judaísmo. 
 
QUESTÃO 23 
(Uece 2019) 
No século VIII a.C. os fenícios 
protagonizaram uma intensa movimentação no 
Mar Mediterrâneo ao lançarem seus navios 
para o alto mar, implementando uma rede de 
comercialização de ferro, vinho, azeite, ouro, 
cerâmica e escravos. Os fenícios também são os 
responsáveis pela criação da 
 
A) literatura. 
B) escrita alfabética. 
C) roda. 
D) matemática. 
 
QUESTÃO 24 
(G1 -ifsul 2017) 
As extensas florestas de cedro na região 
serviram como fonte de matéria-prima para a 
construção de navios, o que fez os fenícios se 
tornarem especialistas na construção naval. O 
comércio marítimo possibilitou ainda a 
colonização de vários locais no mar 
Mediterrâneo. A organização da civilização 
fenícia em cidades autônomas e independentes 
foi uma característica que a distinguiu dos 
demais povos da região, que formaram grandes 
impérios. 
Disponível em: 
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiageral/ 
 
 
 
 
 
 
 
34 
Uma das principais cidades fundadas pelos 
fenícios foi 
 
A) Jericó. 
B) Antioquia. 
C) Biblos. 
D) Xian. 
 
QUESTÃO 25 
(G1 -ifsul 2016) 
O alfabeto fenício possuía 22 letras, apenas 
consoantes, e era, portanto, mais simplificado 
do que a escrita cuneiforme e a hieroglífica. 
Serviu de base para o alfabeto grego, o qual deu 
origem ao alfabeto latino, que, por sua vez, 
gerou o alfabeto atualmente utilizado no Brasil. 
 
O que levou os fenícios a criarem o alfabeto 
foi justamente a necessidade de controlar 
 
A) o comércio. 
B) a indústria. 
C) a agricultura. 
D) a pecuária. 
 
QUESTÃO 26 
(Ifsc 2014) 
Costuma-se chamar de antiguidade oriental 
o conjunto das primeiras civilizações que 
surgiram, em especial os que se organizaram 
próximo a rios. Alguns autores chamam esses 
povos de teocracias do regadio. Sobre as 
sociedades antigas orientais, assinale a soma 
da(s) proposição(ões) CORRETA(S). 
 
01) Ao contrário de outras civilizações do 
período, os povos hindus não se 
beneficiaram de grandes áreas fertilizadas 
pelos rios. 
02) Os fenícios foram um dos povos que mais 
desenvolveram o comércio marítimo e se 
tornaram os maiores navegadores do seu 
tempo. 
04) Os povos das sociedades antigas orientais 
não conheceram a religião monoteísta, ou 
seja, que pregava a existência de apenas um 
deus. 
08) Os povos da antiguidade oriental não 
conheciam a escrita. 
16) Os chineses tiveram na agricultura sua 
atividade principal, apesar de se tornarem 
especialistas na produção de artigos de 
bronze, porcelana e seda. 
 
QUESTÃO 27 
(G1 -utfpr 2007) 
Dentre os povos da Antiguidade Oriental, um 
se destacou como de exímios navegadores e 
excelentes comerciantes. Eram os fenícios, cuja 
principal contribuição legada às civilizações 
posteriores foi o (a): 
A) alfabeto fonético. 
B) organização estatal centralizada. 
C) formação de um exército e de uma marinha 
de guerra profissionais. 
D) religião monoteísta. 
E) organização política democrática. 
 
QUESTÃO 28 
(Ufrgs 1998) 
Relacione a coluna II, que apresenta 
afirmações relativas a povos da Antiguidade, 
com a coluna I, que identifica os mesmos. 
 
COLUNA I 
( 1 ) Fenícios 
( 2 ) Hebreus 
( 3 ) Babilônios 
( 4 ) Egípcios 
( 5 ) Persas 
 
COLUNA II 
( ) Os sinais de sua escrita sagrada são 
conhecidas como hieróglifos. 
( ) Buscavam e levavam mercadorias por 
toda a bacia do Mediterrâneo. 
( ) Seu império era controlado pelo sistema 
de satrapias. 
( ) Os invasores de seu território provocaram 
a diáspora. 
( ) Hamurábi unificou o império, desde a 
Assíria até a Caldéia. 
 
 
 
 
 
 
35 
A sequência numérica correta, de cima para 
baixo, na coluna II, é 
 
A) 1 - 2 - 5 - 4 - 3 
B) 1 - 4 - 3 - 2 - 5 
C) 4 - 1 - 5 - 2 - 3 
D) 4 - 2 - 5 - 1 - 3 
E) 5 - 1 - 3 - 4 - 2 
 
QUESTÃO 29 
(Uece 2017) 
Atente ao seguinte enunciado: 
 
“Dividido em várias Satrápias, controladas 
pelo Sátrapa – um representante do imperador 
–, esperava-se, assim, um maior controle das 
vastas áreas do império, a adoção de uma 
moeda comum, assim como um sistema próprio 
de pesos e medidas deveria uniformizar o 
comércio na região, apoiado por uma vasta 
malha de estradas que conectavam as principais 
cidades”. 
 
Esse enunciado descreve características do 
Império 
 
A) Macedônio, que teve seu apogeu no governo 
de Alexandre, O Grande, e tinha sua capital 
na cidade de Babilônia. 
B) Romano, que no governo de Adriano 
estabeleceu suas fronteiras finais que iam da 
Jordânia até a ilha da Bretanha. 
C) Han, que controlou a China e expandiu suas 
terras da Indochina até a península da Coreia. 
D) Persa ou Aquemênida, que em seu apogeu, 
sob o reinado de Dario I, dominou territórios 
na Ásia, África e Europa. 
 
QUESTÃO 30 
(G1 1996) 
 Dario I da Pérsia, dividiu seu vasto império 
em províncias administrativas chamadas 
______________, sendo cada uma delas 
governada por um ________________, que era 
vigiado pelos _____________. 
 
Completam a frase acima: 
A) Tribos - patriarcas - mercenários. 
B) satrapias - sátrapa - "olhos e ouvidos do rei". 
C) marcas e condados - marqueses e duques - 
missi dominici. 
D) imperiais e senatoriais - pretores - censores. 
E) cidades-Estado - patesi - monarcas. 
 
QUESTÃO 31 
(Ufsm 2013) 
O mapa acima indica os diversos caminhos do povo 
hebreu na Antiguidade, destacando a migração de 
Ur para a Palestina (por volta de 1900 a.C.), a ida 
ao Egito (1700 a.C.), o Êxodo (1200 a.C.), a 
deportação para a Babilônia e o regresso à 
Palestina (século VI a.C.). 
 
A partir desses dados, pode-se inferir: 
A) O povo hebreu realizou trocas comerciais e 
culturais com o Egito e a Mesopotâmia, e essas 
trocas influíram na sua formação cultural e 
religiosa. 
B) Como se percebiam como “povo eleito por Deus”, 
os hebreus recusavam qualquer influência das 
culturas e das religiões dos povos do Oriente 
Médio. 
C) A força política e militar dos hebreus se impôs 
sobre os reinos do Oriente Médio, originando uma 
cultura e religião dominantes na região. 
D) As migrações dos povos da Antiguidade eram 
raras, devido às péssimas condições das estradas e 
à precariedade dos meios de transporte. 
E) As migrações de povos tornaram-se possíveis com 
as facilidades criadas pelas sociedades estatais no 
Egito e Mesopotâmia. 
 
 
 
 
 
 
 
36 
QUESTÃO 32 
(Uefs 2018) 
Uma opinião aceita amplamente é a de que os 
gregos receberam o alfabeto dos povos fenícios. O 
nosso próprio alfabeto é derivado do alfabeto 
grego. Os intermediários foram os etruscos, cuja 
escrita foi transmitida aos romanos. 
(John F. Healey. “O primeiro alfabeto”. In: Lendo o passado, 
1996. Adaptado.) 
O excerto explicita a existência de 
 
A) igualdades culturais, linguísticas e políticas entre 
as sociedades das antiguidades Oriental e 
Clássica. 
B) desenvolvimentos paralelos e independentes 
dos povos mesopotâmicos, semitas, africanos e 
greco-romanos.C) encontros intercivilizacionais e políticos 
decorrentes da formação do antigo Império 
Egípcio na Europa e na Ásia. 
D) diálogos e trocas culturais transcorridos na 
região do Mar Mediterrâneo na Antiguidade. 
E) vínculos necessários entre difusão de regimes 
democráticos e formação cultural dos 
cidadãos. 
 
QUESTÃO 33 
(UNESP 2003) 
Na região onde atualmente se encontra o Líbano, 
instalou-se, no III milênio a.C., um povo semita, que 
passou a ocupar a estreita faixa de terra, com cerca 
de 200 quilômetros de comprimento, apertada 
entre o mar e as montanhas. Várias razões os 
levaram ao comércio marítimo, merecendo 
destaque sua proximidade geográfica com o Egito; 
a costa, que oferecia lugares para bons portos; e os 
cedros, principal riqueza, usados na construção de 
navios. 
 
O contido nesse parágrafo refere-se ao povo 
 
A) fenício. 
B) hebreu. 
C) sumério. 
D) hitita. 
E) assírio. 
 
QUESTÃO 34 
(ENEM PPL 2009) 
Em seu discurso em honra dos primeiros mortos na 
Guerra do Peloponeso (séc. V a.C.), o ateniense 
Péricles fez um longo elogio fúnebre, exposto na 
obra do historiador Tucídides. Ao enfatizar o 
respeito dos atenienses à lei e seu amor ao belo, o 
estadista ateniense tinha em mente um outro tipo 
de organização de Estado e sociedade, contra o 
qual os gregos se haviam batido 50 anos antes e 
que se caracterizava por uma administração 
eficiente que concedia autonomia aos diferentes 
povos e era marcada pela construção de grandes 
obras e conquistas. 
PRADO, A. L. A., Tucídides, História da Guerra do Peloponeso, 
Livro I, São Paulo, Martins Fontes (com adaptações). 
 
O “outro tipo de organização de Estado e 
sociedade” ao qual Péricles se refere era 
 
A) o mundo dos impérios orientais, que rivalizava 
comercialmente com a Atenas de Péricles. 
B) o Império Persa, que, apesar de possuir um 
vasto território, tentou, em vão, conquistar a 
Grécia. 
C) o universo dos demais gregos, que não viviam 
sob uma democracia, já que esta era 
exclusividade de Atenas. 
D) o Alto Império Romano, que, se destacava pela 
supremacia militar e pelo intenso 
desenvolvimento econômico. 
E) o mundo dos espartanos, que, desconhecendo a 
escrita e a lei, eram guiados pelo autoritarismo 
teocrático de seus líderes. 
 
RESOLUÇÕES 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 01: 
[B] 
 
O texto faz referência às sociedades 
desenvolvidas ao longo de rios e que, por isso, 
são conhecidas como fluviais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
RESPOSTA DA QUESTÃO 02: 
[E] 
 
A Epopeia de Gilgamesh foi elaborada pelos 
Sumérios por volta do ano 2000 a.C no contexto 
da Civilização Mesopotâmica. Ela é considerada 
a obra literária mais antiga e que influenciou 
outros poemas como os de Homero. A 
Mesopotâmia pode ser analisada dentro do 
conceito de “Modo de Produção Asiático ou 
Hidráulico” caracterizado pelo politeísmo 
religioso, economia essencialmente agrária, 
Estado Despótico, Servidão Coletiva, sociedade 
estratificada, etc. A Mesopotâmia, região entre 
os rios Tigre e Eufrates, foi uma civilização que 
possuía no seu interior, diversos povos, entre 
eles: No Sul, a Suméria; ao Centro a Acádia; ao 
Norte a Assíria. Cada povo possuía suas 
particularidades, os Assírios, por exemplo, eram 
um povo guerreiro. Gabarito [E]. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 03: 
[04+-8=12] 
Correção a partir das incorretas [01] e [02]. 
O papiro era uma planta abundante no rio Nilo, 
as folhas eram sobrepostas e utilizadas como se 
fossem uma espécie de papel. Os escribas eram 
muito importantes no Egito Antigo, ocupam um 
papel de destaque na sociedade pelo seu 
conhecimento da escrita, registravam a 
contabilidade do Estado e copiavam textos 
sagrados, entre outros textos. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 04: 
[E] 
 
As primeiras civilizações surgiram na região 
conhecida como “Oriente Próximo” por volta de 
4 mil anos antes de Cristo. Egito localizado nas 
margens do rio Nilo e a Mesopotâmia entre os 
rios Tigre e Eufrates foram as primeiras 
civilizações que desenvolveram seus sistemas 
de escrita, Hieróglifos no Egito e a escrita 
Cuneiforme na Mesopotâmia. A escrita surgiu 
para ajudar na contabilidade do Estado através 
dos registros de contratos entre outras formas 
de controle e organização. Somente a 
alternativa [E] está correta. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 05: 
[D] 
 
Dentre os povos que compuseram a 
Mesopotâmia, aqueles que mais contribuíram 
para a construção do que conhecemos como 
sociedade mesopotâmica foram os sumérios e 
os acadianos, devido ao tempo em que viveram 
e às contribuições que deixaram, como a escrita 
suméria. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 06: 
[01+04+32=37] 
 
A afirmativa [02] está incorreta porque a 
escrita egípcia era dominada apenas pelos 
escribas e era utilizada para fins administrativos 
e religiosos; 
A afirmativa [08] está incorreta porque o uso 
da escrita como parâmetro de desenvolvimento 
é, comprovadamente, errôneo; 
A afirmativa [16] está incorreta porque boa 
parte dos livros medievais era escrita em latim 
e poucas pessoas dominavam essa língua. O 
domínio católico se dava pelos sermões nas 
missas. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 07: 
[C] 
 
Somente a proposição [C] está condizente 
com o texto. A Pirâmides de Quéops, em Gisé, 
no Egito, foi construída no reinado do faraó 
Khufu entre 2509 e 2483 a.C. Cientistas 
descobriram recentemente um grande espaço 
vazio, que ficou escondido atrás das grossas 
paredes da edificação. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 08: 
[V-V-F-V-F] 
A terceira e a última afirmação são falsas. A 
obra arquitetônica do Egito Antigo priorizava 
não o homem, mas o poder político e religioso 
do faraó. No Crescente Fértil, região que 
surgiram as primeiras civilizações, havia uma 
grande quantidade de áreas desérticas 
totalmente impróprias para a vida humana. Daí 
a importância dos grandes rios como Tigre, 
Eufrates, Nilo. 
 
 
 
 
 
 
 
38 
RESPOSTA DA QUESTÃO 09: 
[D] 
 
Das escritas surgidas na Antiguidade, muitas 
nasceram no Egito Antigo. A hieroglífica era a 
mais complexa, dominada apenas pelos 
escribas. A hierática era uma escrita cursiva, 
utilizada para fins comerciais. A demótica era 
uma simplificação da hieroglífica, desenvolvida 
para ser utilizada por mais pessoas. E a copta 
surgiu a partir da incorporação de elementos 
gregos ao alfabeto egípcio. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 10: 
[E] 
 
As civilizações do Nilo e do Eufrates vivam, 
em função da sua geografia e de sua 
constituição hídrica, da economia agrária e 
agrícola, sem o desenvolvimento do comércio 
marítimo. Eram os casos de Egito e 
Mesopotâmia. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 11: 
[C] 
 
A afirmativa [I] está incorreta porque a 
política egípcia era verticalizada a partir do 
Faraó, a estratificação social era grande e a 
economia era centrada na agricultura; 
A afirmativa [II] está incorreta porque a 
população cuja estrutura era militarizada e 
centrada na conquista de outros povos e 
localidades era a assíria. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 12: 
[A] 
 
O Código de Hamurabi foi o primeiro código 
punitivo registrado na História. Baseado na lei 
de talião (olho por olho, dente por dente), ele 
valorizava o exercício do poder do Imperador 
Hamurabi na Babilônia e buscava punir os 
infratores com penas de valor igual aos delitos 
cometidos. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 13: 
[B] 
 
A servidão coletiva, caracterizada pelo 
trabalho pago com parte da produção e em 
terras que não pertencem ao trabalhador, foi a 
forma de trabalho mais usada nas civilizações 
antigas orientais, como o Egito e a 
Mesopotâmia. Em ambos os lugares, todas as 
terras férteis pertenciam ao Estado. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 14: 
[A] 
 
O Egito encontrava-se numa área 
majoritariamente desértica. Por isso, as cheias 
do rio Nilo, que fertilizavam as terras a sua 
volta, eram fundamentais para a ocorrência da 
agricultura e, consequentemente, para o 
desenvolvimento da civilização egípcia. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 15: 
[B] 
 
Somente a alternativa[B] está correta. A 
questão faz referência à quantidade de arte 
egípcia antiga que há no Museu do Louvre em 
função da campanha de Napoleão no Egito em 
1798 levando boa parte deste patrimônio 
cultural para Paris. A religião do Egito na 
antiguidade era politeísta antropozoomórfica, 
ou seja, deuses com forma de homens e animais 
como vacas, touros, crocodilos, serpentes, 
gatos, etc. Estas divindades eram consideradas 
as protetoras dos templos, pirâmides e do 
“deus vivo”, o faraó. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 16: 
[C] 
 
Os hebreus contribuíram com o monoteísmo 
religioso, os fenícios foram grandes 
navegadores e comerciantes e para facilitar a 
comunicação com outros povos inventaram o 
alfabeto fonético e os povos da Mesopotâmia 
desenvolveram um calendário anual de 12 
meses, divididos em semanas de sete dias, que 
se subdividiam em períodos de 12 horas. 
 
 
 
 
 
 
39 
RESPOSTA DA QUESTÃO 17: 
[A] 
 
O “cativeiro da Babilônia” se refere ao 
período em que os hebreus do Reino de Judá 
foram dominados pelos assírios e milhares 
foram deportados para a Babilônia e 
parcialmente escravizados. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 18: 
[4+16+32=52] 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 19: 
[A] 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 20: 
[B] 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 21: 
[F-F-F-F-V] 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 22: 
[04+08=12] 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 23: 
[B] 
 
A civilização da Fenícia antiga foi 
caracterizada do ponto de vista econômico pelo 
comércio e navegação. Para facilitar a 
comunicação, os fenícios criaram o alfabeto 
fonético composto por 22 sinais, sendo, 
posteriormente, aperfeiçoado pelos gregos. 
Gabarito [B]. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 24: 
[C] 
 
Somente a proposição [C] está correta. O 
texto faz menção a uma importante civilização 
que se desenvolveu no contexto das Civilizações 
da Antiguidade Oriental, a Fenícia. Localizada 
entre as montanhas que compõem as 
cordilheiras do Líbano e o Mediterrâneo, os 
fenícios foram grandes navegadores e 
comerciantes e para facilitar a comunicação 
inventaram o alfabeto. O que levou os fenícios 
a criarem o alfabeto foi justamente a 
necessidade de controlar e facilitar o comércio. 
O alfabeto fenício possuía 22 letras, apenas 
consoantes, e era, portanto, muito mais simples 
do que a escrita cuneiforme e a hieroglífica. 
Este alfabeto serviu de base para o alfabeto 
grego. Este deu origem ao alfabeto latino. Na 
política, havia uma descentralização através das 
cidades-estados como Sidon, Tiro e Biblos. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 25: 
[A] 
A questão remete a uma importante 
civilização que existiu na Antiguidade Oriental, 
a Fenícia. Os fenícios antigos, atual Líbano, 
foram grandes navegadores e comerciantes no 
mundo antigo, fundaram diversas colônias 
sendo Cartago, no norte da África, a mais 
importante. Suas atividades mercantis levaram 
à necessidade de se comunicar com outros 
povos para vender seus produtos. Assim, 
criaram o alfabeto composto de 22 letras, um 
sistema simples e prático considerado o maior 
legado desta civilização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
RESPOSTA DA QUESTÃO 26: 
[02+16=18] 
 
A afirmativa [01] está incorreta porque a 
exemplo dos outros povos da Antiguidade, os 
hindus também tiveram que procurar áreas 
fertilizadas pelos rios para praticar a 
agricultura; 
A afirmativa [04] está incorreta porque o 
povo hebreu praticou a religião monoteísta na 
Antiguidade Oriental; 
A afirmativa [08] está incorreta porque 
vários povos da Antiguidade Oriental 
desenvolveram escritas como os egípcios e os 
sumérios 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 27: 
[A] 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 28: 
[C] 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 29: 
[D] 
Foi a Pérsia de Xerxes I que passou por uma 
divisão administrativa conhecida como 
Satrápia. A Satrápia correspondia a um estado 
no Império. Xerxes assim dividiu o Império para 
melhor administrá-lo. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 30: 
[B] 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 31: 
[A] 
 
A alternativa [A] apresenta informações 
corretas sobre o povo hebreu, no entanto, não 
tem relação direta com os deslocamentos 
apresentados no texto, muitos deles realizados 
por imposição de outros povos ou fugas de 
situações adversas. 
 
 
 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 32: 
[D] 
 
Na Antiguidade, vários povos viveram na 
região do Mar Mediterrâneo, ou próximos a 
ela: gregos, romanos, fenícios, etruscos, 
babilônicos, dentre outros. O que texto mostra 
é que havia uma troca sociocultural constante 
entre esses povos. Dessa troca, surgiu, por 
exemplo, uma mistura alfabética que originou 
várias escritas. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 33: 
[A] 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 34: 
[B] 
 
A chave para a resposta na questão é a frase 
“contra o qual os gregos se haviam batido 50 
anos antes”. Se o discurso foi feito durante a 
Guerra do Peloponeso, cinquenta anos antes a 
Grécia estava passando pelas Guerras 
Médicas, nas quais enfrentou o Império Persa 
de Xerxes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
ANTIGUIDADE CLÁSSICA – GRÉCIA ANTIGA 
QUESTÃO 01 
(G1 – cps 2020) 
 
O diálogo, desenvolvido entre as 
personagens Menipo e Hermes, faz parte do 
livro Diálogo dos Mortos, do escritor Luciano de 
Samósata. 
 
Menipo – Onde estão os belos e as belas, 
Hermes1? Leva-me até eles, pois eu 
sou novato aqui. 
Hermes – Não tenho tempo, Menipo. Mas, olha 
aquilo ali, à direita: ali está Jacinto, 
também Narciso e Nireu e Aquiles2; e 
ainda Tiró, Helena3, Leda, em suma, 
todas as beldades antigas. 
Menipo – Eu estou vendo só ossos e crânios 
desprovidos de carnes, a maioria 
desses semelhantes. 
Hermes – Contudo, aqueles são os ossos que 
todos os poetas admiram e que tu 
pareces desprezar. 
Menipo – Mesmo assim, mostra-me Helena, 
pois eu não saberia reconhecê-la. 
Hermes – Esse crânio aí é Helena. 
Menipo – Então é por causa disso aí que foram 
lotados milhares de navios da Grécia 
inteira e tombaram tantos gregos e 
bárbaros, e tantas cidades foram 
arrasadas! 
Hermes – Mas, Menipo, tu não viste essa 
mulher em vida; senão tu também 
terias dito que não merece castigo 
“sofrer dores por muito tempo por 
uma mulher”, porque também as 
flores secas, se alguém as contempla 
depois que elas perdem o viço, é 
evidente que lhe parecerão murchas; 
mas enquanto florescem e mantêm o 
colorido, elas são muito belas. 
Menipo – Pois é isso mesmo que me causa 
admiração, Hermes: que os Aqueus4 
não perceberam que estavam 
sofrendo por uma coisa tão efêmera 
e tão facilmente perecível. 
Luciano de Samósata, Diálogo dos Mortos. Trad. 
Henrique G. Murachco. Edusp: São Paulo, p. 67. 
1. Hermes: divindade grega posteriormente 
assimilada à representação do deus 
Mercúrio, pela mitologia romana. Na cena, 
Hermes entrega as almas a Caronte, que se 
encarrega de fazê-las atravessar o 
Aqueronte, rio que separa o mundo dos vivos 
e dos mortos. 
2. Aquiles: filho de Peleu e Tétis, o mais valente 
dos heróis na guerra de Troia, de cabeleira 
dourada. É jovem, forte e belo. Morre em 
plena juventude; por isso ele está ao lado de 
beldades, tais como Jacinto e Narciso. 
3. Helena: mulher de Menelau, raptada por 
Páris, filho de Príamo, rei de Troia, foi a causa 
da guerra que levou ao Hades milhares de 
almas de heróis, segundo Homero. 
4. Aqueu: relativo aos aqueus, um dos quatro 
ramos do povo grego antigo, ou indivíduo dos 
aqueus, relativo à Acaia (antiga Grécia), ou ao 
seu natural ou habitante. 
 
Luciano de Samósata, escritor grego do 
século II, mistura em sua obra dois gêneros 
diferentes: a Comédia, destinada ao riso; e o 
Diálogo, destinado às reflexões filosóficas. 
Sobre o conteúdo reflexivo-filosófico do 
diálogo transcrito, depreende-se corretamente 
que 
 
A) questiona as ações realizadas em vida para 
se alcançarem beleza e poder, uma vez que 
apenas os verdadeiros heróis, como Aquiles, 
são capazes de os manter na morte. 
B) expõe a importância da guerra para 
conseguir reconhecimento, já que, sem 
alguém para se lembrardos heróis, a morte 
lentamente apaga suas grandes obras. 
C) critica a falta de objetividade de grandes 
líderes guerreiros, como Aquiles e Hermes, 
cuja atuação na Guerra de Troia levou 
milhares à morte. 
D) reflete sobre a validade das ações dos seres 
humanos para alcançar reconhecimento e 
beleza, condições perdidas após a morte. 
E) tem por objetivo criticar a vaidade excessiva 
de grandes líderes e intelectuais cuja morte 
aumenta ainda mais suas riquezas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
QUESTÃO 02 
(G1 – ifce 2019) 
 
Os gregos formaram uma das mais 
importantes civilizações da Antiguidade. 
Eles absorveram muitos conhecimentos de 
outras sociedades, adaptando-os à sua 
própria cultura, e exerceram grande 
influência na formação do mundo ocidental. 
 
Sobre a sociedade ateniense, é correto 
afirmar-se que 
 
A) era dividida entre aristocratas (nobreza), 
comerciantes (artesãos, pequenos 
proprietários e camponeses), estrangeiros 
(chamados de metecos) e escravos. 
B) havia somente aristocratas (nobreza), 
comerciantes (artesãos, pequenos 
proprietários e camponeses) e estrangeiros 
(chamados de metecos). 
C) havia grande quantidade de escravos e todos 
eram negros. 
D) não havia escravos e a mulher tinha os 
mesmos direitos que os homens. 
E) não havia divisão social, apenas dividiam as 
atividades do cotidiano entre eles para 
facilitar o desenvolvimento da sociedade. 
 
QUESTÃO 03 
(G1 – Ueg 2019) 
 
No decorrer da História, nenhum poeta, 
nenhuma personalidade literária ocupou na 
vida de seu povo um lugar semelhante. Ele foi o 
símbolo por excelência deste povo, a 
autoridade incontestada dos primeiros tempos 
de sua história e uma figura decisiva na criação 
de seu panteão, assim como o seu poeta 
preferido, o mais largamente citado. 
FINLEY, Moses. T. O mundo de Ulisses. Lisboa: 
Presença, 1965, p. 13. 
 
A citação expressa a importância de Homero 
para a cultura grega antiga. De acordo com os 
historiadores, Homero foi um 
 
A) historiador responsável por publicar a 
primeira obra histórica da Grécia, retratando 
as guerras médicas. 
B) personagem de origem indefinida a quem é 
atribuída a autoria dos textos épicos Ilíada e 
Odisseia. 
C) dramaturgo que se valeu dos mitos gregos 
para a produção de dramas teatrais, como 
Édipo Rei. 
D) filósofo pré-socrático que reuniu e catalogou 
os mitos gregos na famosa obra As palavras e 
os Dias. 
E) legislador responsável por codificar as leis e 
os costumes das cidades de Esparta e Atenas. 
 
QUESTÃO 04 
(Ufp 2019) 
 
O historiador romano Tácito escreveu sobre 
o tratamento dado aos cristãos em Roma: 
 
“No tempo de Péricles (461-429 a.C), o 
comparecimento à assembleia soberana era 
aberto a todo o cidadão. A assembleia era um 
comício ao ar livre que reunia centenas de 
atenienses do sexo masculino, com idade 
superior a 18 anos. Todos os que compareciam 
tinham direito de fazer uso da palavra. As 
decisões da assembleia representavam a 
palavra final na guerra e na paz, nos tratados, 
nas finanças, nas legislações, nas obras 
públicas, no julgamento dos casos mais 
importantes, na eleição de administradores, 
enfim na totalidade das atividades 
governamentais”. 
(BRAICK, P. R.; MOTA, M. B. História: Das cavernas ao 
terceiro milênio. 3ª ed. São Paulo: Moderna, 2013, p. 
102) 
 
O texto acima refere-se a Atenas, 
considerada o berço da Democracia no mundo 
antigo. Sobre aquele regime democrático, está 
correto afirmar que 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
A) apenas os homens livres, proprietários, 
nascidos em Atenas, filhos de pais e mães 
atenienses, eram considerados cidadãos, 
com direito à participação direta nas decisões 
tomadas. 
B) baseava-se na participação direta de toda a 
população nas Assembleias Legislativas, que 
uma vez por ano se reuniam em praça 
pública, chamada de Ágora, e deliberavam 
sobre os mais variados assuntos. 
C) os estrangeiros, bem como os escravos 
libertos, podiam participar livremente das 
decisões tomadas nas assembleias, 
representando seus próprios interesses. 
D) é um equívoco chamá-lo de democrático, 
pois negava a participação dos 
representantes eleitos pelos proprietários de 
terras. 
E) como não havia escravos em Atenas, a quase 
totalidade da população tinha participação 
política daquela Cidade-Estado. 
 
QUESTÃO 05 
(Uepg 2019) 
 
A escravidão marcou, de forma indelével, a 
história de muitas sociedades na Antiguidade. 
Gregos e romanos estão entre os povos que se 
valeram do trabalho escravo sistemático. 
 
A respeito desse tema, assinale o que for 
correto. 
 
01) Em Atenas, os escravos foram utilizados em 
diferentes funções. Com um modelo de 
escravidão bastante peculiar, era permitido, 
inclusive, que os escravos tivessem renda 
própria e a utilizassem para comprar a 
própria liberdade. 
02) A relação entre senhores e escravos em 
Roma era tão equilibrada a ponto de não 
existirem registros de revoltas ou atos de 
resistência por parte dos escravos. A não 
utilização de castigos físicos e o direito à 
compra da própria liberdade explicam tal 
situação. 
 
 
 
04) Esparta possuía uma legislação considerada 
progressista com relação aos seus escravos. 
Nessa cidade-Estado grega, os escravos não 
eram vistos como propriedade do Estado ou 
de senhores e podiam ocupar cargos 
públicos como, por exemplo, o de juízes e de 
sacerdotes. 
08) No caso dos romanos, era permitido aos 
escravos a compra da própria liberdade, no 
entanto, era proibido que os ex-escravos 
exercessem qualquer cargo público. 
 
QUESTÃO 06 
(Fatec 2019) 
 
 
 
A figura mostra uma tapeçaria funerária 
produzida no Egito, durante o chamado Período 
Helenístico, retratando um homem vestido 
como grego, posicionado entre dois deuses 
egípcios, Osíris e Anúbis. 
 
Assinale a alternativa que explica, 
corretamente, a fusão das culturas grega e 
egípcia representada na tapeçaria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
A) As sucessivas incursões militares 
empreendidas pela rainha Cleópatra VI nos 
territórios gregos proporcionaram o contato 
dos egípcios com a arte e a filosofia 
helenística, cuja concepção estética 
influenciou a produção dos artesãos do Baixo 
Egito. 
B) Educado por Aristóteles, o faraó Menés, 
responsável pela unificação dos reinos do 
Baixo e do Alto Egito, tornou-se grande 
admirador da arte e da filosofia gregas, e foi 
o responsável pela difusão da cultura 
helenística em seu império. 
C) A política expansionista de Alexandre, o 
Grande, promoveu o contato dos gregos com 
outros povos da Europa, da Ásia e da África, 
e originou a cultura helenística, caracterizada 
pela miscigenação de diversos elementos 
culturais. 
D) Os egípcios tomaram contato com a cultura 
helenística por meio do comércio com os 
povos visigodo, ostrogodo, viking e alano 
que, partindo do norte da Europa, 
navegavam até o Nilo levando produtos de 
diferentes procedências. 
E) Resultado da união política da Grécia e do 
Egito, por meio do casamento de Alexandre, 
o Grande, com Cleópatra VI, a cultura 
helenística foi imposta, muitas vezes à força, 
a todos os súditos do novo império. 
 
QUESTÃO 07 
(Mackenzie 2019) 
 
A Confederação de Delos, organizada no 
século V a. C., que chegou a registrar cerca de 
400 políeis gregas, está vinculada 
 
A) à derrota grega nas Guerras Púnicas e à 
necessidade de unir forças para enfrentarem 
um inimigo em comum. 
B) à extinção do sistema de produção escravista 
grego e ao caos econômico que tal fato 
determinou. 
C) à unificação política das cidades-estados 
gregas a fim de fazerem frente à invasão 
macedônica. 
D) à defesa por parte grega do controle 
comercial do Mediterrâneo ocidental diante 
da ascensão persa. 
E) à supremacia de Atenas diante das demais 
cidades gregas após a vitória sobre os 
macedônios. 
 
QUESTÃO 08 
(Acafe 2019) 
 
A Grécia antiga é uma das civilizações da 
antiguidade clássica.Na sua formação 
política e social, a civilização dos helenos 
passou por diversas fases. 
 
Acerca da história política, social e militar 
da Grécia antiga, todas as alternativas estão 
corretas, exceto a: 
 
A) Com encenações feitas ao ar livre, o teatro 
grego era dividido basicamente em tragédia 
e comédia, abordando temas humanos e 
mitológicos. 
B) Em Esparta, os hilotas pertenciam ao Estado 
e eram provenientes de populações 
conquistadas pelos espartanos e sua mão de 
obra era utilizada principalmente na 
agricultura. 
C) Na Guerras Médicas, Esparta, liderando a 
Liga do Peloponeso invadiu e destruiu a 
cidade de Atenas, iniciando um período de 
hegemonia no mundo grego. 
D) A chamada idade de ouro de Atenas está 
vinculada ao governo de Péricles, que 
caracterizou sua administração pelo 
embelezamento artístico da pólis ateniense. 
 
QUESTÃO 09 
(G1 – ifce 2019) 
 
O modo de pensar dos gregos antigos, sua 
organização política, sua cultura e arte 
deixaram marcas profundas na civilização 
ocidental. Sobre a história desse povo é correto 
afirmar-se que 
 
 
 
 
 
 
 
45 
A) foi no período clássico ateniense que as 
mulheres conquistaram o direito de 
participação política e o livre exercício do 
voto. 
B) o período clássico grego, em Atenas, é 
identificado como o apogeu da democracia, 
quando os cidadãos gozavam de ampla 
liberdade e o voto era universal e direto. 
C) Esparta era uma cidade-estado que, apesar 
de militarista e voltada para a guerra, era 
regida por um sistema oligárquico que 
apresentava o pleno ideal de democracia. 
D) a educação ateniense era voltada para a 
formação do cidadão e da cidadã, 
conhecedor(a) das suas tradições culturais e 
militares. 
E) as guerras médicas correspondem aos 
confrontos entre atenienses e espartanos 
pelo controle da Confederação de Delos. 
 
QUESTÃO 10 
(Uece 2019) 
 
Com a morte de Alexandre, o Grande, 
iniciou-se a fase conhecida como Helenismo. 
Considerando os valores e ideais desse período, 
atente para os seguintes itens: 
 
I. favorecimento da unificação entre a cultura 
superior e a cultura popular; 
II. reforço dos elos entre o indivíduo e a 
comunidade, repudiando o individualismo; 
III. destaque para os ideais filosóficos do 
epicurismo e do estoicismo. 
 
É correto somente o que consta em 
 
A) II e III. 
B) III. 
C) I e II. 
D) I. 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 11 
(Uel 2019) 
 
Durante as guerras entre os Persas e os 
Gregos, no mundo antigo, um conjunto de 
ações foi realizado, o que levou à produção de 
narrativas sobre esses episódios, com 
consequências também para os seus vizinhos 
macedônicos. 
 
Com base nos conhecimentos sobre esse 
processo histórico, considere as afirmativas a 
seguir. 
 
I. A Liga do Peloponeso, criada por Esparta, 
uniu-se à Confederação de Delos, liderada por 
Atenas, e com essa unificação as esquadras 
dos gregos tornaram-se fortificadas com os 
grandes navios de combate. 
II. A Confederação de Delos reuniu as cidades-
estado gregas contra a invasão persa e, no 
decorrer dos conflitos, sua sede foi 
transferida para Atenas, com a função de 
unificar os tributos e a frota. 
III. Na obra História da Guerra do Peloponeso, 
escrita pelo general ateniense Tucídides, foi 
descrito o flagelo da peste natural, que se 
abateu sobre eles, expondo as ilusões de seu 
mundo. 
IV. Plutarco descreveu as habilidades de 
Alexandre Magno na conquista e unificação 
dos povos envolvidos no conflito, por meio 
da miscigenação e integração cultural e do 
incentivo às artes e às ciências. 
 
Assinale a alternativa correta. 
 
A) Somente as afirmativas I e II são corretas. 
B) Somente as afirmativas I e IV são corretas. 
C) Somente as afirmativas III e IV são corretas. 
D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. 
E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
QUESTÃO 12 
(Upe-ssa 2018) 
 
 “(...) aprendemos executando o que 
temos que executar. Exemplo: homens se 
tornam construtores construindo e se 
tornam tocadores de lira tocando lira. É a 
realização de atos justos que nos torna 
justos, a de atos moderados que nos torna 
moderados, a de atos corajosos que nos 
torna corajosos (...).” 
Aristóteles. Ética a Nicômaco. Livro II, cap. I, 
pág.75. São Paulo: Edipro, 2014. (Adaptado). 
 
Segundo o texto, para Aristóteles, as 
virtudes são 
 
A) puramente inatas ao ser humano. 
B) frutos do nascimento nobre. 
C) oriundas da prática e do exercício. 
D) exclusivas dos atenienses. 
E) proibidas aos bárbaros. 
 
QUESTÃO 13 
(Ueg 2018) 
Leia o texto a seguir. 
 
Para justificar a ambição grega de 
hegemonia universal, Aristóteles (384 - 322 a. 
C.) formulou a hipótese de que certas raças são, 
por natureza, livres desde o berço, enquanto 
outras são escravas. 
COMAS, Juan. Os mitos raciais. Raça e Ciência. São 
Paulo: Perspectiva, 1960. v. I. p. 13. 
 
Essa filosofia racial foi incorporada às 
campanhas militares de um grande general e 
líder político que foi aluno de Aristóteles. Seu 
nome era 
 
 
 
 
 
 
 
A) Leônidas, rei espartano que liderou a 
resistência contra os persas com apenas 300 
soldados. 
B) Alexandre, o Grande, rei da Macedônia, que 
difundiu a cultura grega na África e na Ásia. 
C) Nero, imperador romano admirador dos 
gregos, famoso por ter colocado fogo em 
Roma. 
D) Péricles, governante responsável pelo 
apogeu da cidade de Atenas no período 
clássico. 
E) Licurgo, legislador conhecido por estabelecer 
as duras leis da cidade de Esparta. 
 
QUESTÃO 14 
(Uefs 2018) 
 
Leia o trecho de Odisseia, poema grego 
composto no final do século VIII a.C. 
 
Tenho uma serva velha, muito 
compreensiva, 
que amamentou e criou o meu pobre 
marido, 
recebendo-o nos braços no dia em que a 
mãe o deu à luz. 
[...] 
Anda lá, ó sensata Euricleia, levanta-te 
agora: 
lava os pés de quem tem a idade do teu amo. 
 (Homero. Odisseia, 2011.) 
 
O trecho apresenta as palavras da rainha 
Penélope no momento da chegada de Ulisses ao 
palácio da ilha de Ítaca. 
Considerando o conteúdo do trecho e a 
organização social na Grécia Antiga, pode-se 
sustentar a 
 
A) predominância do poder político feminino 
nas cidades monárquicas. 
B) existência de relações escravistas no interior 
das famílias nobres. 
C) natureza pacífica das relações entre gregos e 
bárbaros. 
D) tendência à libertação dos escravos depois 
da Guerra de Troia. 
E) resistência passiva dos trabalhadores 
estrangeiros nos palácios dos reis. 
 
 
 
 
 
 
47 
 QUESTÃO 15 
(Mackenzie 2018) 
 
Durante o governo de Péricles (444-429 
a.C.), a cidade-estado de Atenas atingiu seu 
apogeu e, algumas de suas medidas políticas, 
ainda, servem como referência ao mundo 
contemporâneo. 
 
Sobre sua influência na política, é correto 
afirmar que 
 
A) foi instituída, por sua iniciativa, a 
remuneração aos que desempenhavam 
funções no Estado. Essa seria uma forma de 
estímulo para que ocorresse maior 
participação popular no governo. 
B) é considerado o fundador da democracia 
ateniense; pois, ao reforçar o poder naval e 
as tropas a serviço do Estado, enfraqueceu o 
prestígio da nobreza, essencialmente 
guerreira. 
C) fortaleceu o poder do Areópago, 
aumentando sua capacidade de deliberar 
sobre questões de interesse geral da 
sociedade, além de poder julgar crimes de 
sangue e elaborar projetos de lei. 
D) foi um grande estadista que, por meio de 
alianças militares com os países vizinhos, por 
meio de acordos comerciais, e de tratados 
sobre livre navegação, estabeleceu os 
princípios da diplomacia moderna. 
E) estendeu os mesmos privilégios concedidos 
aos hoplitas aos soldados e marinheiros a 
serviço do Estado, ampliando os princípios 
democráticos e desenvolvendo o sentimento 
patriótico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 16 
(Unesp 2020) 
 
A Odisseia choca-se com a questão dopassado. 
Para perscrutar o futuro e o passado, recorre-se 
geralmente ao adivinho. Inspirado pela musa, o 
adivinho vê o antes e o além: circula entre os 
deuses e entre os homens, não todos os homens, 
mas os heróis, preferencialmente mortos 
gloriosamente em combate. Ao celebrar aqueles 
que passaram, ele forja o passado, mas um 
passado sem duração, acabado. 
(François Hartog. Regimes de historicidade: presentismo e 
experiências do tempo, 2015. Adaptado.) 
 
O texto afirma que a obra de Homero 
 
A) questiona as ações heroicas dos povos 
fundadores da Grécia Antiga, pois se baseia na 
concepção filosófica de physis. 
B) valoriza os mitos em que os gregos acreditavam 
e que estão no fundamento das concepções 
modernas de tempo e história. 
C) é fundadora da ideia de história, pois concebe o 
passado como um tempo que prossegue no 
presente e ensina os homens a aprenderem com 
seus erros. 
D) identifica uma forma do pensamento mítico e 
uma visão de passado estranha à ideia de 
diálogo entre temporalidades, que caracteriza a 
história. 
E) desenvolve uma abordagem crítica do passado e 
uma reflexão de caráter racionalista, 
semelhantes à da filosofia pré-socrática. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
48 
QUESTÃO 17 
(Famema 2020) 
 
Leia o excerto sobre a preparação dos rapazes na 
Grécia Antiga para exercer seu papel de cidadão e 
pai de família. 
 
Dois tipos de iniciação persistiam nas épocas 
clássica e helenística em Atenas. A primeira, de 
origem mais arcaica, era a apresentação do 
adolescente à 1fratria paterna, inicialmente em um 
sacrifício oferecido pelo pai aos deuses Zeus e 
Atena. A segunda, provavelmente estabelecida na 
época clássica, era o serviço militar, chamado 
efebia. Ambas tinham igual importância para os 
gregos do período, e era indispensável que o jovem 
passasse pelas duas. 
(Maria Beatriz Florenzano. Nascer, viver e morrer na Grécia 
Antiga, 1996. Adaptado.) 
 
1fratria: grupo de pessoas que acreditavam ter o 
mesmo ancestral. 
 
De acordo com o excerto, tornar-se cidadão em 
Atenas dependia 
 
A) da formação intelectual e do pertencimento às 
tropas da cidade. 
B) da aceitação pelo grupo familiar e da preparação 
para a guerra. 
C) do casamento dentro da linhagem e do auxílio 
militar ao Estado. 
D) de pagamentos feitos aos sacerdotes e do 
combate aos inimigos. 
E) do reconhecimento pelas autoridades civis e da 
capacidade bélica. 
 
QUESTÃO 18 
(ENEM 2019) 
 
A soberania dos cidadãos dotados de plenos 
direitos era imprescindível para a existência da 
cidade-estado. Segundo os regimes políticos, a 
proporção desses cidadãos em relação à 
população total dos homens livres podia variar 
muito, sendo bastante pequena nas aristocracias e 
oligarquias e maior nas democracias. 
CARDOSO, C. F. A cidade-estado clássica. São Paulo: Ática, 
1985. 
Nas cidades-estado da Antiguidade Clássica, a 
proporção de cidadãos descrita no texto é 
explicada pela adoção do seguinte critério para a 
participação política: 
 
A) Controle da terra. 
B) Liberdade de culto. 
C) Igualdade de gênero. 
D) Exclusão dos militares. 
E) Exigência da alfabetização. 
 
QUESTÃO 19 
(Enem PPL 2019) 
 
Quando se trata de competência nas construções 
e nas artes, os atenienses acreditam que poucos 
sejam capazes de dar conselhos. Quando, ao 
contrário, se trata de uma deliberação política, 
toleram que qualquer um fale, de outro modo não 
existiria a cidade. 
BOBBIO, N. Teoria geral da política. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2000 (adaptado). 
 
De acordo com o texto, a atuação política dos 
cidadãos atenienses na Antiguidade Clássica tinha 
como característica fundamental o(a) 
 
A) dedicação altruísta em ações coletivas. 
B) participação direta em fóruns decisórios. 
C) ativismo humanista em debates públicos. 
D) discurso formalista em espaços acadêmicos. 
E) representação igualitária em instâncias 
parlamentares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
QUESTÃO 20 
(Ufjf-pism 1 2019) 
 
Observe os quadrinhos abaixo: 
 
 
O quadrinho do cartunista Gilmar, publicado em 
2010, expõe uma crítica contemporânea ao que se 
apresentou como “democracia” na Atenas da 
antiguidade clássica. Das alternativas abaixo, qual 
expressa de modo consistente tal crítica? 
 
A) A apatia da população, que não tinha o hábito de 
participar das decisões tomadas nas assembleias 
dirigidas pelos cidadãos. 
B) A contradição envolvendo um ideal democrático e 
a exclusão real da participação política de sujeitos 
considerados “não cidadãos”. 
C) A equivalência entre a forma democrática 
ateniense e a que é utilizada atualmente na 
sociedade brasileira desde a Constituição de 
1988. 
D) A necessidade de se constituir, na sociedade grega 
da antiguidade, uma forma de democracia 
representativa, na qual cada eleitor escolhia seus 
representantes. 
E) O favorecimento sistemático de representantes de 
partidos políticos que nem sempre representavam 
a maioria da população. 
 
 
 
 
QUESTÃO 21 
(Unesp 2019) 
 
São uma formosura os governantes que tu 
modelaste, como se fosses um estatuário, ó 
Sócrates! [...] 
– Ora pois! Concordais que não são inteiramente 
utopias o que estivemos a dizer sobre a cidade e a 
constituição; que, embora difíceis, eram de algum 
modo possíveis, mas não de outra maneira que não 
seja a que dissemos, quando os governantes, um 
ou vários, forem filósofos verdadeiros, que 
desprezem as honrarias atuais, por as 
considerarem impróprias de um homem livre e 
destituídas de valor, mas, por outro lado, que 
atribuem a máxima importância à retidão e às 
honrarias que dela derivam, e consideram o mais 
alto e o mais necessário dos bens a justiça, à qual 
servirão e farão prosperar, organizando assim a sua 
cidade? 
(Platão. A República, 1987.) 
 
O texto, concluído na primeira metade do século IV 
a.C., caracteriza 
 
A) a predominância das atividades econômicas 
rurais sobre as urbanas e enfatiza o primado da 
racionalidade. 
B) a organização da pólis e sustenta a existência de 
um governo baseado na justiça e na 
sabedoria. 
C) o caráter aristocrático da pólis durante o 
período das tiranias em Atenas e defende o 
princípio da igualdade social. 
D) a estruturação social da pólis e destaca a 
importância da democracia, consolidada 
durante o período de Clístenes. 
E) a importância da ação de legisladores, como 
Drácon e Sólon em Atenas, e apoia a 
consolidação da militarização espartana. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
QUESTÃO 22 
(Unesp 2018) 
 
O aparecimento da filosofia na Grécia não foi um 
fato isolado. Estava ligado ao nascimento da pólis. 
(Marcelo Rede. A Grécia Antiga, 2012.) 
 
A relação entre os surgimentos da filosofia e da 
pólis na Grécia Antiga é explicada, entre outros 
fatores, 
 
A) pelo interesse dos mercadores em estruturar o 
mercado financeiro das grandes cidades. 
B) pelo esforço dos legisladores em justificar e 
legitimar o poder divino dos reis. 
C) pela rejeição da população urbana à persistência 
do pensamento mítico de origem rural. 
D) pela preocupação dos pensadores em refletir 
sobre a organização da vida na cidade. 
E) pela resistência dos grupos nacionalistas às 
invasões e ao expansionismo estrangeiro. 
 
QUESTÃO 23 
(Upe-ssa 1 2018) 
 
“(...) o teatro trágico usava histórias e personagens 
que todos conheciam e mostrava o que acontecia 
a esses personagens, de tal forma que, no final, os 
espectadores entendessem que as histórias da 
carochinha que lhes contavam, quando eram 
crianças, expressavam uma espécie de coerência 
interna no destino do homem, uma experiência 
simuladora, cujo objetivo era mostrar o caráter 
necessário de tudo aquilo que acontecera a um 
tipo de indivíduo socialmente definido (herói, rei, 
etc.)”. 
Eyler, Flávia Maria Schlee. História Antiga: Grécia e Roma: a 
formação do Ocidente. Petrópolis: Vozes, 2014, p. 106.(Adaptado). 
 
O trecho fala da função social do teatro trágico em 
Atenas, que tinha como principal objetivo a 
 
A) diversão dos cidadãos. 
B) incorporação dos estrangeiros à cidade. 
C) educação cívica por meio da performance. 
D) evolução econômica dos metecos. 
E) destruição da moral dos espartanos. 
 
 
RESOLUÇÕES 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 01: 
[D] 
 
A reflexão do diálogo gira em torno daquilo 
que os homens fizeram, na Grécia, devido à 
beleza de Helena de Troia. Menipo opina que 
nada valeu a pena porque a beleza é a efêmera 
e o destino das pessoas é a morte. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 02: 
[A] 
 
A sociedade ateniense dividia-se em 
aristocracia (de onde saíam a maioria dos 
cidadãos da cidade-Estado), comerciantes, 
metecos (oriundos de outras cidades-Estado ou 
atenienses não natos) e escravos (em geral de 
guerra ou por dívida). 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 03: 
[B] 
Apesar de não haver nenhuma evidência 
histórica da existência de Homero, os antigos 
gregos acreditaram não só na existência como 
na produção literária do mesmo. Homero ficou 
conhecido como um grande poeta épico, a 
quem se atribui as obras Ilíada e Odisseia. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 04: 
[A] 
A democracia foi implantada em Atenas em 
509 a.C por Clístenes. Havia uma igualdade 
política no qual todos os cidadãos eram iguais. 
A cidadania era restrita, apenas 10% da 
população eram aptos a exercer a cidadania, 
mulheres, escravos e estrangeiros não eram 
cidadãos. A democracia era caracterizada pela 
total igualdade de diretos entre todos os 
cidadãos, independentemente da origem social 
ou do grau de riqueza. A alternativa [A] está 
correta, embora não precisava ser 
necessariamente proprietário para exercer a 
cidadania. 
 
 
 
 
 
 
51 
RESPOSTA DA QUESTÃO 05: 
[01+08=09] 
 
Resolução a partir das incorretas, [02] e [04]. 
Era muito desigual a condição do escravo em 
relação ao dono de escravo nas sociedades 
escravistas antigas. Ocorreram inúmeras 
revoltas de escravos, sobretudo na República 
Romana, a mais importante foi liderada por 
Spartacus. Esparta não era uma pólis 
progressista, essa cidade estado foi militarista, 
aristocrática e conservadora, não tinha vocação 
para a democracia e o debate filosófico. Em 
geral, o escravo no mundo antigo não possuía 
cidadania. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 06: 
[C] 
 
Somente a alternativa [C] está correta. A 
Guerra do Peloponeso, 431-404 a.C, entre a Liga 
de Delos e a Liga do Peloponeso, contribuiu 
para a decadência da Grécia, que, 
posteriormente, no ano de 338 a.C, foi 
dominada pelos macedônios dando início ao 
Período Helenístico na história da Grécia. 
Alexandre, o Grande, entre 336-323 a.C, 
construiu um grande império promovendo a 
fusão da cultura grega com a cultura oriental 
(persa e egípcia). Daí a influência grega sobre o 
Egito. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 07: 
[D] 
 
A criação da Confederação ou Liga de Delos 
foi uma consequência das Guerras Médicas ou 
Guerras Greco-Pérsicas. Buscando fortalecer-se 
para possíveis outros conflitos – contra os 
persas ou não – algumas cidades-Estado gregas 
formaram a citada Liga para juntar recursos que 
visavam ao fortalecimento bélico. 
 
 
 
 
 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 08: 
[C] 
 
As Guerras Médicas, 500-475 a.C, ocorreram 
entre o imperialismo expansionista Persa 
contra as polis gregas. Os Persas perderam para 
os gregos. A Guerra do Peloponeso, 431-404 
a.C, foi uma guerra civil entre a Liga de Delos 
liderada por Atenas contra a Liga do Peloponeso 
liderada por Esparta. Gabarito [C]. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 09: 
[B] 
 
A civilização Grega deixou um grande legado 
para o pensamento e a cultura ocidental, entre 
eles, pode ser mencionada a Democracia. 
Atenas foi a cidade estado mais importante do 
mundo grego na antiguidade. A cidadania era 
muito restrita, apenas 10% eram cidadãos, 
mulheres, escravos e estrangeiros não tinham o 
direito de exercer a cidadania. O auge da 
democracia, teatro, filosofia, ocorreu no 
período clássico, séculos V e IV a.C. Gabarito 
[B]. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 10: 
[B] 
 
A primeira afirmativa é falsa porque no 
Período Helenístico a separação entre cultura 
popular e cultura superior era existente, 
preservada e definida; 
A segunda afirmativa é falsa porque durante 
o Período Helenístico houve a defesa do 
individualismo sobre o coletivismo na Grécia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
52 
RESPOSTA DA QUESTÃO 11: 
[E] 
 
Somente a proposição [E] está correta. As 
Guerras Médicas, 500-475 a.C, foram um 
conflito travado entre o Império Persa e os 
Gregos. As colônias gregas na Ásia Menor 
entraram em conflito com o expansionismo dos 
Persas na região da Jônia. Atenas organizou a 
Liga de Delos, uma união entre diversas cidades 
estados visando agregar forças contra os 
Persas. Tucídides, general e historiador grego, 
em sua obra “Guerra do Peloponeso”, narrou o 
conflito entre a Liga de Delos liderada por 
Atenas contra a Liga do Peloponeso liderada por 
Esparta. Neste livro, Tucídides apontou para a 
importância das pestes que assolaram a cidade 
de Atenas contribuindo para a dissolução de 
acordos sociais. Plutarco em sua obra “Vidas 
Paralelas” comentou sobre a importância de 
Alexandre Magno na construção de um grande 
império provocando uma fusão entre a cultura 
grega com a cultura oriental Persa incentivando 
as artes e as ciências. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 12: 
[C] 
 
Ao afirmar que “aprendemos executando o 
que temos que executar”, Aristóteles deixa claro 
que considera que crescemos como pessoa, a 
ponto de desenvolvermos virtudes, a partir da 
prática e do exercício. Em outras palavras, 
aprendemos fazendo. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 13: 
[B] 
 
Somente a alternativa [B] está correta. 
Depois de 20 anos sendo discípulo de Platão em 
Atenas, Aristóteles retornou a sua cidade natal, 
Estagira, foi professor particular de Alexandre 
até o assassinato de Filipe II, pai de Alexandre, 
em 336 a.C. Depois desta data, Alexandre 
assumiu o lugar do pai conquistando um grande 
império e Aristóteles retornou a Atenas 
fundando sua escola chamada Liceu, um grande 
centro de ciências naturais. 
RESPOSTA DA QUESTÃO 14: 
[B] 
 
A sociedade grega antiga era dividida em, 
basicamente, três segmentos: cidadãos 
(eupátridas), metecos e escravos. Esses últimos, 
geralmente obtidos através de guerras, faziam 
trabalhos diversificados (agricultura, 
construções, comércios e domésticos). A 
“serva”, citada no texto, era uma escrava de 
uma família rica. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 15: 
[A] 
 
"Vivemos sob a forma de governo que não se 
baseia nas instituições de nossos vizinhos; ao 
contrário, servimos de modelo a alguns ao invés 
de imitar os outros. Seu nome, como tudo o que 
depende não de poucos, mas da maioria, é 
democracia. Quando se trata de resolver 
disputas privadas, todos são iguais perante a lei. 
Ninguém, na medida em que é passível de servir 
o Estado, é mantido à margem da política por 
conta da pobreza.” TUCIDIDES (c.460-c. 400 
a.C.) História da Guerra do Peloponeso, Livro II, 
37. Brasília; Editora Universidade de Brasília, 
2001. p.109. Este foi um famoso discurso de 
Péricles, um grande estadista de Atenas que 
governou entre 462-429 a.C, institui a 
mistoforia, uma remuneração paga pelo 
governo aos cidadãos que serviam à cidade 
exercendo cargos públicos. Sua proposta era 
dar aos cidadãos atenienses mais pobres meios 
financeiros de participarem da política da 
cidade, já que teriam que abrir mão de 
atividades econômicas particulares para 
exercer funções públicas. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 16: 
[D] 
 
A História, e seu estudo enquanto ciência, é 
sempre temporal. Necessitamos da temporalidade 
para tratar sobre História. Já os mitos, ou o estudo 
das mitologias, é anterior à própria História, sendo, 
também, atemporal. Por isso, não existe diálogo 
entre eles. 
 
 
 
 
 
 
53 
RESPOSTA DA QUESTÃO 17: 
[B] 
 
O texto é claro ao apresentar doisdos elementos 
necessários à condição de cidadania na Atenas 
antiga: o reconhecimento do grupo familiar e o 
cumprimento das obrigações militares. Além de 
tais condições, ser homem, maior de 18 anos e 
ateniense nato também eram condições 
necessárias para o exercício da cidadania. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 18: 
[A] 
 
O texto não deixa claro de que cidade-Estado grega 
está falando, uma vez que menciona tanto um 
sistema oligárquico quanto um sistema 
democrático. Logo, o único critério de exclusão de 
cidadania comum a várias cidades-Estado gregas 
(como Esparta e Atenas) era a posse da terra. Os 
não possuidores eram excluídos politicamente. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 19: 
[B] 
 
A democracia escravista ateniense era exercida de 
maneira direta pelos cidadãos de Atenas. Apesar 
da restrição do direito à cidadania, aqueles 
considerados cidadãos deliberavam de maneira 
direta, na Ágora, sobre os rumos da cidade-
Estado. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 20: 
[B] 
 
A questão aponta para as contradições da 
democracia grega na antiguidade. Apesar de 
representar um avanço em relação a Grécia 
aristocrática, a democracia grega antiga surgiu no 
período clássico, possuía uma cidadania muito 
restrita, apenas 10% eram cidadãos, mulheres, 
escravos e estrangeiros não eram considerados 
cidadãos, ou seja, não tinham direitos políticos. 
Gabarito [B]. 
 
 
 
 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 21: 
[B] 
 
Somente a alternativa [B] está correta. O grande 
filósofo grego Platão foi um crítico da democracia 
e defensor da “Sofocracia”, o governo dos sábios, 
dos reis filósofos vinculados ao “Mundo das 
Ideias”. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 22: 
[D] 
 
Sendo a Filosofia o amor pela sabedoria e a busca 
pelo conhecimento do mundo real, o surgimento 
da pólis grega e as discussões oriundas desse 
surgimento, em especial sobre a formação e a 
organização da vida em sociedade, contribuíram 
para o surgimento da Filosofia na Grécia Antiga. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 23: 
[C] 
 
O teatro, e várias outras formas de arte, tinha 
função social educativa na Grécia Antiga. Através 
de “lições” aprendidas pelos personagens nas 
peças teatrais, ensinava-se ao público noções de 
moral, cidadania e política. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
54 
ANTIGUIDADE CLÁSSICA – ROMA ANTIGA 
QUESTÃO 01 
(Unicamp 2020) 
 
Os imperadores romanos que reinaram no 
século II administraram um vasto império. Eles 
se tornaram mais abertamente monárquicos e 
dinásticos, particularmente fora de Roma, onde 
não precisavam se preocupar com os humores 
do Senado. Emergiu uma corte itinerante que 
competia por influência. Comunidades 
provinciais enviavam um embaixador atrás do 
outro para acompanhar o imperador onde quer 
que ele pudesse estar. Poderiam encontrar 
Adriano às margens do Nilo ou supervisionando 
a construção da grande muralha que cruzava o 
norte da Britânia; ajudando a projetar seu 
templo de Vênus diante do Coliseu; fazendo um 
discurso para soldados na África. O império era 
governado de onde o imperador estivesse. 
(Adaptado de Greg Woolf, Roma. São Paulo: Cultrix, 
2017, p. 204.) 
 
A partir da leitura do texto, assinale a 
alternativa correta. 
 
A) O Senado, composto por notáveis, fazia 
oposição à centralização do poder do 
Imperador e garantia a centralidade do 
governo em Roma e a democratização das 
decisões governamentais. 
B) O Império romano foi marcado pelas disputas 
de poder entre o Imperador e o Senado. Os 
conflitos entre eles acabaram por resultar na 
diminuição do poder do Senado no que diz 
respeito à administração pública. 
C) O Senado, composto por notáveis, apoiava a 
centralização do poder nas mãos do 
Imperador. A nova estrutura política do 
Império permitia a mobilidade da 
administração pública representada pelo 
Imperador. 
D) O Império, governado por militares, opunha-
se às comunidades provinciais. Isso levou ao 
desaparecimento do Senado como instituição 
responsável pela administração pública. 
 
 
QUESTÃO 02 
(Ufpr 2020) 
 
Para assegurar a ordem entre os 
conquistados, os romanos tinham que manter 
postos avançados e acampamentos militares 
espalhados pelo território imperial. Era preciso 
alimentar e armar os soldados onde estivessem. 
(FUNARI, Pedro P. A. Grécia e Roma. São Paulo: 
Editora Contexto, 2001, p. 91.) 
 
Sobre o exército romano, no período 
imperial, é correto afirmar: 
 
A) Foi decisivo nas conquistas territoriais 
durante o período republicano, perdendo seu 
prestígio durante o período imperial. 
B) Permaneceu distante das atividades de 
manutenção das fronteiras dos territórios. 
C) Deixou de exercer sua influência no governo 
após as reformas de Augusto. 
D) Desempenhou diferentes papéis 
administrativos e econômicos na 
manutenção do poder imperial. 
E) Era limitado em tamanho, o que refletiu num 
papel político secundário. 
 
QUESTÃO 03 
(Espm 2019) 
 
O ano de 509 a.C., uma das datas mais 
importantes na história de Roma, marcou o fim 
da Monarquia e o começo da República, a qual 
significou uma mudança radical na forma de 
governar Roma. O governo passou a ser 
exercido pelos magistrados, pelo Senado e 
pelas assembleias. Os magistrados detinham o 
poder executivo. A mais importante das 
magistraturas era exercida por dois elementos 
que atuavam como os representantes do 
conjunto dos cidadãos. Suas funções eram 
comandar o exército, convocar o senado e 
presidir os cultos públicos. Eram os verdadeiros 
chefes da República e deveriam atuar sempre 
de comum acordo. Nenhum deles podia tomar 
uma decisão sem consultar o seu colega (o 
termo colega significa associado a outro). 
(Bárbara Pastor. Breve História de la Antigua Roma: 
Monarquia y República) 
 
 
 
 
 
 
55 
O texto deve ser relacionado a: 
 
A) pretores; 
B) questores; 
C) tribunos da plebe; 
D) cônsules; 
E) ditadores. 
 
QUESTÃO 04 
(Ufrgs 2019) 
 
Considere as seguintes afirmações sobre a 
história antiga de Roma. 
 
I. Com o fim do período monárquico, a 
hierarquia social na República deixou de estar 
fundada na descendência familiar e na 
propriedade de terras, valorizando as 
ocupações ligadas ao comércio urbano e à 
prática da magistratura. 
II. No contexto dos séculos III e II a.C., a 
manumissão de estrangeiros, escravizados a 
partir de conquistas bélicas, possibilitava a 
tais indivíduos liberdade social e cidadania 
política. 
III. Entre as principais causas do fim da 
República, estão a invasão de tribos 
normandas oriundas do norte da Europa, a 
difusão do cristianismo e a crise econômica 
provocada pela chamada “Conspiração de 
Catilina”. 
 
Quais estão corretas? 
 
A) Apenas I. 
B) Apenas II. 
C) Apenas III. 
D) Apenas I e II. 
E) I, II e III. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 05 
(Ufpr 2019) 
 
Leia o trecho abaixo, escrito por Agostinho 
de Hipona (354-430) em 410, sobre a 
devastação de Roma: 
 
Não, irmãos, não nego o que ocorreu em 
Roma. Coisas horríveis nos são anunciadas: 
devastação, incêndios, rapinas, mortes e 
tormentos de homens. É verdade. Ouvimos 
muitos relatos, gememos e muito choramos por 
tudo isso, não podemos consolar-nos ante 
tantas desgraças que se abateram sobre a 
cidade. 
(Santo Agostinho. Sermão sobre a devastação de 
Roma. Tradução de Jean Lauand. Disponível em: 
<http://www.hottopos.com/mp5/agostinho 
1.htm#_ftn2>. Acesso em 11 de agosto de 2018.) 
 
Considerando os conhecimentos sobre a 
história do Império Romano (27 a.C. – 476 d.C.) 
e as informações do trecho acima, assinale a 
alternativa que situa o contexto histórico em 
que ocorreram os problemas relatados sobre 
Roma e a sua consequência para o Império, 
entre os séculos IV e V. 
 
A) Trata-se do contexto das invasões dos povos 
visigodos, sendo uma das causas do final do 
Império Romano do Oriente. 
B) Trata-se do contexto dos saques de povos 
vândalos, sendo uma das causas do final do 
Sacro Império Romano-Germânico. 
C) Trata-se docontexto das pilhagens de povos 
ostrogodos, sendo uma das causas do final do 
Império Bizantino. 
D) Trata-se do contexto das incorporações de 
povos vikings, sendo uma das causas do final 
do Sacro Império Romano do Oriente. 
E) Trata-se do contexto das invasões de povos 
bárbaros, sendo uma das causas do final do 
Império Romano do Ocidente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
56 
QUESTÃO 06 
(G1 – cps 2019) 
 
“Todos os caminhos levam a Roma”. 
 
 
A frase e o mapa fazem referência a uma 
característica marcante do Império Romano (30 
a.C. a 476 d.C.). 
 
Assinale a alternativa que apresenta essa 
característica. 
 
A) A grande extensão territorial do Império 
impediu a construção de qualquer sistema de 
ligação entre a capital e a periferia, fazendo 
com que somente a cidade de Roma 
dispusesse de estradas pavimentadas para a 
circulação de pessoas e bigas. 
B) Em seu processo de expansão, o Império 
Romano fundou colônias nos cinco 
continentes e estabeleceu órgãos 
administrativos que, em escala reduzida, 
reproduziam a administração central e 
davam aos habitantes de todas as partes a 
sensação de viver na própria capital, a cidade 
de Roma. 
C) Diferentes pontos do Império Romano 
estavam ligados à capital, a cidade de Roma, 
e entre si por milhares de quilômetros de 
estradas pavimentadas por onde circulavam, 
principalmente, os mensageiros do Império. 
 
D) O processo de desintegração do Império 
Romano levou à construção de estradas que 
tinham o objetivo de facilitar a fuga dos 
habitantes da cidade de Roma, aterrorizados 
pela violência praticada pelos povos 
germânicos, que saquearam a cidade. 
E) Devido à grande influência do catolicismo na 
formação do Império Romano, os habitantes 
da capital, a cidade Roma, financiaram a 
pavimentação de milhares de quilômetros de 
estradas que eram utilizadas para a 
peregrinação à Terra Santa. 
 
QUESTÃO 07 
(Famema 2019) 
O problema das “origens” do feudalismo 
gerou inúmeras polêmicas sobre o fim do 
Império Romano no Ocidente (século V) e o 
surgimento das instituições feudais. 
Comumente, aceita-se a tese da junção de 
formas sociais romanas e germânicas que, 
justapostas, engendrariam as bases da 
sociedade feudal. 
Outros historiadores têm procurado ver na 
própria crise interna do império, 
particularmente a partir do século III, as causas 
da decadência romana e sua fragilidade em face 
dos bárbaros. 
(Francisco C. T. da Silva. Sociedade feudal, 1982.) 
As origens do sistema feudal podem ser 
encontradas 
A) no declínio da escravidão no Império 
Romano, o que originou nova forma de 
trabalho, e na noção de fidelidade pessoal 
dos germanos. 
B) no fracasso da reforma agrária no Império 
Romano, o que intensificou as guerras civis, e 
na concepção de poder divino dos germanos. 
C) na assimilação dos povos dominados, que se 
tornaram plenos cidadãos romanos, e na 
ideia de propriedade privada dos germanos. 
D) no fortalecimento da autoridade imperial, 
que se sobrepôs ao Senado romano, e na 
tradição das leis escritas dos povos 
germânicos. 
E) na crise dos minifúndios romanos, o que 
gerou intenso êxodo rural, e nas relações 
escravistas típicas das comunidades 
germânicas. 
 
 
 
 
 
 
57 
QUESTÃO 08 
(Mackenzie 2019) 
 
No processo histórico da Roma Antiga, a 
República, como regime político foi substituída 
pelo Império. Sobre a ordem imperial, é correto 
afirmar que a 
 
A) concentração dos poderes na figura do 
imperador tranquilizava a classe dos patrícios 
e senadores que concordavam com esse tipo 
de regime que, de acordo com eles, seria o 
único capaz de sufocar a anarquia e as 
rebeliões de escravos. 
B) criação do império, obra elaborada pelo 
Primeiro e Segundo Triunvirato, expressou o 
triunfo da vontade dos generais, para os 
quais o regime imperial seria o tipo de 
governo ideal, para controlar a crise social do 
final da República. 
C) base do império foi sustentada pelo poder 
dos camponeses romanos, nos campos, e 
pela plebe nos centros urbanos, principais 
interessados na existência de uma ordem que 
lhes assegurasse o domínio da terra e a 
permanência da prática do pão e circo. 
D) vitória da participação popular no cerne da 
vida política marcou, profundamente, o novo 
regime político, diferente do que ocorreu 
tanto no período monárquico, quanto no 
período republicano. 
E) crise econômica pelo qual Roma passava nos 
últimos anos da República, decorrente das 
inúmeras derrotas militares enfrentadas 
pelos romanos e os gastos despendidos para 
consolidar a conquista do Mediterrâneo, 
levaram o povo a apoiar o novo regime. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 09 
(Famerp 2019) 
 
Enquanto nas cidades o poder ficou nas 
mãos dos bispos, nos campos, concentrou-se na 
dos grandes proprietários. O governo romano 
perdeu força: já não era capaz de cobrar os 
impostos de maneira eficiente, nem mesmo de 
pagar os exércitos. Em 476, o último imperador 
romano foi deposto. Era o fim do Império 
Romano e do mundo antigo e o início de uma 
nova era, a Idade Média. 
(Carlos Augusto Ribeiro Machado. Roma e seu 
império, 2004. Adaptado.) 
 
A queda do Império Romano do Ocidente foi 
provocada, entre outros fatores, 
 
A) pela fragilização do poder central, que 
gradualmente perdeu o controle das 
províncias que compunham o Império. 
B) pelo declínio econômico das colônias 
asiáticas, que deixaram de fornecer matérias-
primas à capital do Império. 
C) pela hegemonia econômico-financeira da 
Igreja, que passou a combater militarmente 
os imperadores pagãos. 
D) pelo desenvolvimento militar dos impérios 
macedônio e persa, que se tornaram rivais de 
Roma e a derrotaram. 
E) pelas invasões dos bárbaros, que saquearam 
o Império Romano e, assim, facilitaram sua 
conquista pelos hunos. 
 
QUESTÃO 10 
(Unesp 2018) 
 
 
 
 
 
 
 
 
58 
 O mapa do Império Romano na época de 
Augusto (27 a.C. – 14 d.C.) demonstra 
 
A) a dificuldade das tropas romanas de avançar 
sobre territórios da África e a concentração 
dos domínios imperiais no continente 
europeu. 
B) a resistência do Egito e de Cartago, que 
conseguiram impedir o avanço romano sobre 
seus territórios. 
C) a conformação do maior império da 
Antiguidade e a imposição do poder romano 
sobre os chineses e indianos. 
D) a iminência de conflitos religiosos, 
resultantes da tensão provocada pela 
conquista de Jerusalém pelos cristãos. 
E) a importância do Mar Mediterrâneo para a 
expansão imperial e para a circulação entre 
as áreas de hegemonia romana. 
 
QUESTÃO 11 
(Upf 2018) 
 
O historiador romano Tácito escreveu sobre 
o tratamento dado aos cristãos em Roma: 
 
“[...] uma grande multidão foi condenada 
não apenas pelo crime de incêndio mas por ódio 
contra a raça humana. E, em suas mortes, eles 
foram feitos objetos de esporte, pois foram 
amarrados nos esconderijos de bestas selvagens 
e feitos em pedaços por cães, ou cravados em 
cruzes, ou incendiados, e, ao fim do dia, eram 
queimados para servirem de luz noturna.” 
(TÁCITO, Cornelius. Anais. Rio de Janeiro: W. M. 
Jackson, 1964). 
 
Sobre o tratamento dado aos cristãos pelo 
Estado Romano, é correto afirmar: 
 
A) A perseguição violenta desencadeada contra 
os seguidores do cristianismo foi praticada 
até a queda do Império Romano. 
B) A violência contra os cristãos foi decorrente 
da fraqueza doutrinária da sua religião, o que 
facilitava a aplicação da justiça por parte do 
Estado Romano. 
 
C) As perseguições aos cristãos foram 
circunstanciais, motivadas pelo fanatismo de 
alguns governantes, pois o Estado Romano 
tolerava a presença de todas as religiões. 
D) Apenas os principais líderes cristãos foram 
perseguidos, pois o Estado Romano se 
caracterizava pela tolerância religiosa. 
E) As razões da violenta perseguição ao 
cristianismo no Império Romano têm relação 
com o fato de que os cristãos não aceitavam 
que o Imperadorfosse adorado como um 
deus. 
 
QUESTÃO 12 
(Mackenzie 2018) 
 
Após a unificação da península Itálica, em 
272 a.C, e a vitória contra Cartago, Roma se 
tornou uma potência que não parou mais de se 
expandir. Contudo, para os plebeus, o 
expansionismo de Roma ocasionou profundas 
mudanças sociais, que atingiram, 
principalmente, esse grupo social. Analise as 
afirmativas abaixo. 
 
I. Ao mobilizar para a guerra, os pequenos e 
médios proprietários plebeus, sem que 
recebessem nenhum tipo de remuneração do 
Estado, por tais serviços, ocasionou a ruína 
dos mesmos. Ao retornar para Roma, não 
tinham recursos financeiros para retomar 
suas atividades. 
II. A conquista do norte da África e da Sicília e a 
remessa de suas colheitas de trigo para Roma 
fizeram com que o preço do produto 
despencasse, impossibilitando os 
proprietários plebeus de concorrerem com o 
baixo preço do trigo importado. 
III. A solução encontrada pelos pequenos e 
médios proprietários plebeus para 
enfrentarem a crise foi a reconversão das 
culturas em suas terras: substituíram o trigo 
e a cevada pelo plantio e cultivo de vinhas e 
olivais. 
 
Assinale a alternativa correta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
59 
A) I está correta, apenas. 
B) II está correta, apenas. 
C) III está correta, apenas. 
D) I e II estão corretas, apenas. 
E) II e III estão corretas, apenas. 
 
QUESTÃO 13 
(Uece 2018) 
 
As Guerras Púnicas, que se constituíram por 
uma série de combates entre Roma e Cartago 
no período entre o século III e o século II a.C., 
assinalaram uma mudança radical na história de 
Roma e do mundo antigo, porque 
 
A) mesmo tendo Roma sofrido algumas 
derrotas, triunfou com as vitórias de Aníbal. 
B) os conflitos entre Roma e Cartago duraram 
mais de um século. 
C) após o fim do conflito, Roma se aproximou de 
uma civilização mais avançada e rica. 
D) redesenhou toda a organização do mundo 
antigo e Roma transformou-se na grande 
potência do Mediterrâneo. 
 
QUESTÃO 14 
(Uel 2018) 
 
Durante o século II, o Império Romano 
atingiu sua máxima extensão territorial, 
dominando quase toda a atual Europa, o norte 
da África e partes do Oriente Médio. No final do 
século IV, porém, essa unidade começaria a ser 
desfeita com a divisão do império em duas 
porções: a ocidental, com a capital em Roma, e 
a oriental, com a capital em Bizâncio. Nos 
séculos IV e V, a fragmentação territorial se 
aprofundou ainda mais e o Império Romano do 
Ocidente acabou desaparecendo para dar lugar 
a diversos reinos germânicos. 
 
Quanto à desagregação e queda do Império 
Romano do Ocidente, assinale a alternativa 
correta. 
 
 
 
 
A) O êxodo rural causado pelos ataques dos 
povos germânicos resultou num crescimento 
desordenado das cidades, criando 
instabilidade e desordem política nos centros 
urbanos e forçando a abdicação do último 
imperador romano. 
B) O paganismo introduzido no Império Romano 
pelas tribos germânicas enfraqueceu o 
cristianismo e causou a divisão entre cristãos 
católicos e ortodoxos, encerrando o apoio da 
Igreja ao imperador e consequentemente 
fazendo ruir o império. 
C) A língua oficial do Império Romano, o latim, 
ao se fundir com os idiomas falados pelos 
invasores, deu origem às línguas germânicas, 
dificultando a administração dos territórios 
que se tornaram cada vez mais autônomos 
até se separarem de Roma. 
D) A disputa entre os patrícios romanos e a 
plebe pelas terras férteis facilitou a invasão 
do império pelos “povos bárbaros”, pois o 
exército romano foi obrigado a deixar as 
fronteiras desguarnecidas para defender os 
proprietários das terras das constantes 
rebeliões. 
E) Com o fim das conquistas territoriais, o 
escravismo e a produção entraram em 
declínio, somado às “invasões bárbaras” e à 
ascensão do cristianismo, que aceleraram a 
fragmentação e queda de Roma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
60 
QUESTÃO 15 
(Fac. Pequeno Príncipe - Medici 2018) 
Leia abaixo o trecho escrito por Tácito acerca 
do Império Romano. 
 
Aos que pereciam, acrescentaram-se 
zombarias. Alguns, cobertos por peles de 
animais, foram estraçalhados por cães e 
pereceram; ou eram pregados a cruzes, e por 
vezes queimados, para servir de iluminação 
noturna quando a luz do dia havia expirado. 
Nero ofereceu seus jardins para o espetáculo e 
ofereceu jogos de circo, misturando-se entre o 
povo em trajes de condutor de carro, ou 
conduzindo o carro. Por isso, embora a 
condenação fosse contra culpados e 
merecedores dos piores castigos, entre o povo 
surgiu pena para com eles, como se não 
estivessem morrendo por utilidade pública, mas 
devido à crueldade de um só indivíduo. 
BONI, Luis Alberto de. O estatuto jurídico das 
perseguições dos cristãos no Império Romano . In: 
Trans/Form/Ação. Vol.37, Marília, 2014. 
 
Esse texto expõe atitudes polêmicas de Nero 
que teriam sido direcionadas contra 
 
A) escravos, mortos em lutas de gladiadores e 
outros espetáculos públicos dentro de sua 
nova política de pão e circo, como forma de 
alienar a população de seus problemas 
cotidianos. 
B) povos bárbaros, que continuavam a adorar 
seus deuses familiares e não aceitavam o 
culto ao imperador e aos deuses do panteão 
romano. 
C) estrangeiros, vistos como uma ameaça pelos 
romanos graças às constantes invasões e 
saques que proporcionavam contra o 
império. 
D) rebeldes, cidadãos romanos que foram 
condenados por delitos contra os órgãos 
estatais e punidos exclusivamente com a 
violência pública como forma de expirar seus 
crimes. 
E) cristãos, perseguidos por não aceitarem a 
divindade do imperador e por recusarem o 
uso da escravidão, tão importante dentro do 
sistema econômico romano. 
QUESTÃO 16 
(Ufjf-pism 1 2020) 
 
Ao analisar o conceito de “república”, o filósofo 
Renato Janine Ribeiro afirma que: 
 
“República é um conceito romano, como 
democracia é um termo grego. Vem de res publica, 
coisa pública. Surgiu em Roma substituindo a 
monarquia, mas monarquia e república não se 
definem pelo mesmo critério. Monarquia se define 
por quem manda: significa o poder (arquia) de um 
(mono) só. Já a palavra república não indica quem 
manda, e sim para que manda. O poder aqui está a 
serviço do bem comum, da coisa coletiva ou 
pública. Ao contrário de outros regimes, e em 
especial da monarquia, na república não se busca 
vantagem de um ou de poucos, mas a do coletivo.” 
RIBEIRO, Renato Janine. A república. São Paulo: Publifolha, 
2001, p. 18. 
 
Sobre o conceito de república romana e o legado 
para o Brasil, assinale a alternativa CORRETA: 
 
A) A base e estrutura do Direito Civil Brasileiro 
republicano, com seus modelos, métodos e 
conceitos são heranças eminentemente 
romanas. 
B) Assim como na república brasileira, o poder 
político em Roma era controlado 
democraticamente por um presidente. 
C) As causas das reformas políticas são as mesmas 
desde a época do Império Romano e 
estabeleceram as bases da monarquia 
brasileira. 
D) A república romana abriu espaço para uma nova 
forma de organização política, assim como no 
Brasil, que viveu a passagem para a 
monarquia. 
E) A mão de obra escravista deixou de ser aplicada, 
assim como na república brasileira, que utilizou 
o trabalho assalariado dos plebeus. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
61 
QUESTÃO 17 
(Fuvest 2019) 
 
 (…) o “arco do triunfo” é um fragmento de muro 
que, embora isolado da muralha, tem a forma de 
uma porta da cidade. (...) Os primeiros exemplos 
documentados são estruturas do século II a.C., mas 
os principais arcos de triunfo são os do Império, 
como os arcos de Tito, de Sétimo Severo ou de 
Constantino, todos no foro romano, e todos de 
grande beleza pela elegância de suas proporções. 
PEREIRA, J. R. A., Introdução à arquitetura. Das origens ao 
século XXI. Porto Alegre: Salvaterra, 2010, p. 81. 
 
Dentre os vários aspectos da arquitetura romana, 
destaca‐se a monumentalidade de suas 
construções.A relação entre o “arco do triunfo” e 
a História de Roma está baseada 
 
A) no processo de formação da urbe romana e de 
edificação de entradas defensivas contra 
invasões de povos considerados bárbaros. 
B) nas celebrações religiosas das divindades 
romanas vinculadas aos ritos de fertilidade e aos 
seus ancestrais etruscos. 
C) nas celebrações das vitórias militares romanas 
que permitiram a expansão territorial, a 
consolidação territorial e o estabelecimento do 
sistema escravista. 
D) na edificação de monumentos comemorativos 
em memória das lutas dos plebeus e do 
alargamento da cidadania romana. 
E) nos registros das perseguições ao cristianismo e 
da destruição de suas edificações monásticas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 18 
(Ufpr 2018) 
Foi a República Romana que primeiro uniu a 
grande propriedade agrícola com a escravidão em 
grupos no interior em maior escala. O advento da 
escravidão como um modo de produção 
organizado inaugurou – como na Grécia – a fase 
clássica que distinguia a civilização romana, o 
apogeu de seu poder e de sua cultura. Mas 
enquanto na Grécia isso havia coincidido com a 
estabilização da pequena agricultura e de um 
compacto corpo de cidadãos, em Roma foi 
sistematizado por uma aristocracia urbana a qual 
já gozava de um domínio social e econômico sobre 
a cidade. O resultado foi a nova instituição rural do 
latifundium escravo extensivo. A mão de obra para 
as enormes explorações que emergiam do século 
III a.C. em diante era abastecida pela espetacular 
série de campanhas que deu a Roma o poder sobre 
o mundo mediterrâneo. 
(ANDERSON, Perry. Passagens da antiguidade ao feudalismo. 
São Paulo: Brasiliense, 1995, p. 58.) 
Tendo como alvo a República Romana, assinale a 
alternativa correta. 
A) A desestruturação agrária em Roma, que 
estabeleceu sistemas de latifúndios, beneficiou 
os grupos empobrecidos, uma vez que estes 
podiam abandonar o campo e se estabelecer em 
cidades. 
B) As guerras constantes ajudaram as classes 
dominantes da Roma republicana a desviar a 
atenção dos problemas fundiários derivados do 
latifundium nos séculos seguintes. 
C) Foi por meio da intervenção dos irmãos Graco 
que o problema da reforma agrária foi resolvido 
no século II, pois os poderes políticos foram 
transplantados ao senado e, assim, Roma viu 
mais um século de paz. 
D) Os tribunos da plebe tiveram um papel 
importante no processo da reforma agrária 
romana, possibilitando a transformação do 
modo de vida de maneira a permitir que todo 
pequeno agricultor transformasse sua 
propriedade em um Domus. 
E) O domínio social e econômico das cidades 
provinha de delicada relação entre a 
manutenção de sistemas agrários em que a mão 
de obra escrava era aproveitada de forma 
esporádica e a utilização ocasional de grandes 
extensões de terra. 
 
 
 
 
 
 
 
62 
QUESTÃO 19 
(Enem Libras 2017) 
TEXTO I 
 
Esta foi a regra que eu segui diante dos que me 
foram denunciados como cristãos: perguntei a eles 
mesmos se eram cristãos; aos que respondiam 
afirmativamente, repeti uma segunda e uma 
terceira vez a pergunta, ameaçando-os com o 
suplício. Os que persistiram, mandei executá-los, 
pois eu não duvidava que, seja qual for a culpa, a 
teimosia e a obstinação inflexível deveriam ser 
punidas. Outros, cidadãos romanos portadores da 
mesma loucura, pus no rol dos que devem ser 
enviados a Roma. 
Correspondência de Plínio, governador de Bitínia, província 
romana situada na Ásia Menor, ao imperador Trajano. Cerca 
do ano 111 d.C. Disponível em: www.veritatis.com.br. Acesso 
em: 17 jun. 2015 (adaptado). 
 
TEXTO II 
 
É nossa vontade que todos os povos regidos pela 
nossa administração pratiquem a religião que o 
apóstolo Pedro transmitiu aos romanos. 
Ordenamos que todas aquelas pessoas que 
seguem esta norma tomem o nome de cristãos 
católicos. Porém, o resto, os quais consideramos 
dementes e insensatos, assumirão a infâmia da 
heresia, os lugares de suas reuniões não receberão 
o nome de igrejas e serão castigados em primeiro 
lugar pela divina vingança e, depois, também pela 
nossa própria iniciativa. 
Édito de Tessalônica, ano 380 d.C. In: PEDRERO-SÁNCHEZ, M. 
G. História da Idade Média: textos e testemunhas. São Paulo: 
Unesp, 2000. 
 
Nos textos, a postura do Império Romano diante 
do cristianismo é retratada em dois momentos 
distintos. Em que pesem as diferentes épocas, é 
destacada a permanência da seguinte prática: 
 
A) Ausência de liberdade religiosa. 
B) Sacralização dos locais de culto. 
C) Reconhecimento do direito divino. 
D) Formação de tribunais eclesiásticos. 
E) Subordinação do poder governamental. 
 
 
 
QUESTÃO 20 
(G1 - utfpr 2017) 
 
No período imperial, a cidade de Roma, atingiu 
algo em torno de um milhão de habitantes, mas 
boa parte dessa população vivia em condições 
precárias, já que o sistema escravista a impedia de 
arrumar trabalho. Para diminuir as tensões sociais 
os imperadores adotavam a Política de Pão e Circo, 
que pode ser definida como: 
 
A) distribuição de cereais e grandes espetáculos 
públicos em que gladiadores lutavam entre si ou 
com animais ferozes. 
 B) distribuição de alimentos como pães, frutas e 
hortaliças, além da realização de jogos 
variados. 
C) distribuição de alimentos em geral e 
representações teatrais, mas somente de 
comédias, com o objetivo de alegrar a 
assistência. 
D) distribuição de pães e outros alimentos, além da 
realização de corridas de biga pelas ruas centrais 
da cidade. 
E) distribuição de alimentos variados e grandes 
espetáculos de circo, com a presença de 
mágicos, palhaços e malabaristas. 
 
QUESTÃO 21 
(Enem 2016) 
 
Pois quem seria tão inútil ou indolente a ponto de 
não desejar saber como e sob que espécie de 
constituição os romanos conseguiram em menos 
de cinquenta e três anos submeter quase todo o 
mundo habitado ao seu governo exclusivo – fato 
nunca antes ocorrido? Ou, em outras palavras, 
quem seria tão apaixonadamente devotado a 
outros espetáculos ou estudos a ponto de 
considerar qualquer outro objetivo mais 
importante que a aquisição desse conhecimento? 
POLÍBIO. História. Brasília: Editora UnB, 1985. 
 
A experiência a que se refere o historiador Políbio, 
nesse texto escrito no século II a.C., é a 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
63 
A) ampliação do contingente de camponeses 
livres. 
B) consolidação do poder das falanges hoplitas. 
C) concretização do desígnio imperialista. 
D) adoção do monoteísmo cristão. 
E) libertação do domínio etrusco. 
 
QUESTÃO 22 
(Enem 2ª aplicação 2016) 
 
A Lei das Doze Tábuas, de meados do século V a.C., 
fixou por escrito um velho direito costumeiro. No 
relativo às dívidas não pagas, o código permitia, em 
última análise, matar o devedor; ou vendê-lo como 
escravo “do outro lado do Tibre” – isto é, fora do 
território de Roma. 
CARDOSO, C. F. S. O trabalho compulsório na Antiguidade. 
Rio de Janeiro: Graal, 1984. 
 
A referida lei foi um marco na luta por direitos na 
Roma Antiga, pois possibilitou que os plebeus 
 
A) modificassem a estrutura agrária assentada no 
latifúndio. 
B) exercessem a prática da escravidão sobre seus 
devedores. 
C) conquistassem a possibilidade de casamento 
com os patrícios. 
D) ampliassem a participação política nos cargos 
políticos públicos. 
E) reivindicassem as mudanças sociais com base no 
conhecimento das leis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 23 
(FGV 2016) 
 
“Não descreverei catástrofes pessoais de alguns 
dias infelizes, mas a destruição de toda a 
humanidade, pois é com horror que meu espírito 
segue o quadro das ruínas da nossa época. Há vinte 
e poucos anos que, entre Constantinopla e os Alpes 
Julianos, o sangue romano vem sendo diariamente 
vertido. A Cítia, Trácia, Macedônia, Tessália, 
Dardânia, Dácia, Épiro, Dalmácia, Panônia são 
devastadas pelos godos, sármatas, quedos, alanos 
(...); deportam e pilham tudo. 
Quantassenhoras, quantas virgens consagradas a 
Deus, quantos homens livres e nobres ficaram na 
mão dessas bestas! Os bispos são capturados, os 
padres assassinados, todo tipo de religioso 
perseguido; as igrejas são demolidas, os cavalos 
pastam junto aos antigos altares de Cristo (…).” 
(São Jerônimo, Cartas apud Pedro Paulo Abreu Funari, Roma: 
vida pública e vida privada. 2000) 
 
O excerto, de 396, remete a um contexto da 
história romana marcado pela 
 
A) combinação da cultura romana com o 
cristianismo, além da desorganização do Estado 
Romano, em meio às invasões germânicas e de 
outros povos. 
B) reorientação radical da economia, porque 
houve o abandono da relação com os mercados 
mediterrâneos e o início de contato com o norte 
da Europa. 
C) expulsão dos povos invasores de origem não 
germânica, seguida da reintrodução dos 
organismos representativos da República 
Romana. 
D) crescente restrição à atuação da Igreja nas 
regiões fronteiriças do Império, porque o 
governo romano acusava os cristãos de aliança 
com os invasores. 
E) retomada do paganismo e o consequente 
retorno da perseguição aos cristãos, 
responsabilizados pela grave crise política do 
Império Romano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
64 
QUESTÃO 24 
(Mackenzie 2015) 
 
“Os generais os enganam quando os exortam a 
combater pelos templos de seus deuses, pelas 
sepulturas de seus pais. Isto porque de um grande 
número de romanos não há um só que tenha o seu 
altar doméstico, o seu jazigo familiar. Eles 
combatem e morrem para alimentar a opulência e 
o luxo de outros. Dizem que são senhores do 
universo, mas eles não são donos sequer de um 
pedaço de terra”. 
(Apud Plutarco. Vidas paralelas. Barcelona: Ibéria, 1951. v4, 
p.150) 
 
Segundo Plutarco, essas foram palavras proferidas 
por Tibério Graco, político romano, em um 
discurso público. A respeito da iniciativa promovida 
tanto por ele, como por seu irmão Caio, durante o 
período da Republica romana (VI a.C. – I a.C.) 
podemos afirmar que 
 
A) reafirmou o poder da aristocracia romana, 
confirmando o direito a terras e indenização em 
caso de expropriação nos períodos de guerra. 
B) os irmãos Graco reconheciam que a distribuição 
de terras seria a solução para atender às 
necessidades de uma plebe marginalizada. 
C) defendiam uma maior participação política da 
classe de comerciantes para promover o 
desenvolvimento e expansão da economia 
romana. 
D) incitavam o povo a apoiar as ditaduras militares, 
sendo os generais do exército, os únicos capazes 
de assumir o governo em época de crise. 
E) os irmãos Graco, com o apoio do Senado e da 
aristocracia romana, puderam promover uma 
reforma social que aplacou o clima de tensão 
vivido na época. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESOLUÇÕES 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 01: 
[B] 
 
As disputas entre os senadores romanos 
marcaram a República Romana, contribuindo 
para uma crise que levou ao surgimento de 
Triunviratos, o que levou a República a chegar 
ao fim a partir do Principado de Otávio Augusto, 
que inaugurou o Império Romano. Durante esse 
período, a concentração de poder na mão dos 
Imperadores cresceu, fazendo com que o poder 
do Senado diminuísse. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 02: 
[D] 
 
O povo romano na antiguidade era 
caracterizado pelo seu aspecto militarista, 
belicoso, expansionista e prático. Desta forma, 
o exército romano teve um papel fundamental 
tanto no contexto da República quanto do 
Império, exercendo as mais diversas funções 
sociais: defesa do território, administração, 
manutenção do poder imperial, etc. Gabarito 
[D]. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 03: 
[D] 
 
Em 509 a.C, ocorreu a proclamação da 
república romana. O rei foi destituído e a elite 
agrária, denominada Patrícios, tomou o poder. 
A República era oligárquica-aristocrática com os 
altos cargos distribuídos entre os patrícios. A 
Magistratura estava dividida em diversas 
funções, tais como, pretor (cuidava da justiça), 
questor (finanças), edis (assuntos urbanos) 
censor (fazia o censo), ditador (chamado em 
época de crise política para governar por seis 
meses), Cônsules (funções políticas, militares e 
jurídicas). Gabarito [D]. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
65 
RESPOSTA DA QUESTÃO 04: 
[B] 
 
A afirmativa [I] está incorreta porque o 
Período Monárquico romano chegou ao fim por 
iniciativa dos Patrícios numa tentativa clara de 
não perder seus privilégios e de não permitir a 
ascensão social dos Plebeus e, por isso, a 
hierarquia social romana foi mantida na 
República; 
 
A afirmativa [III] está incorreta porque as 
invasões normandas e a difusão do Cristianismo 
aconteceram durante a fase do Império 
Romano. A Conspiração de Catilina, por sua vez, 
apesar de ocorrida na República, não provocou 
uma crise econômica, mas sim uma crise 
institucional. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 05: 
[E] 
 
Somente a alternativa [E] está correta. Santo 
Agostinho, 354-430, viveu no contexto de uma 
profunda crise que contribuiu para o fim do 
Império Romano do Ocidente no ano de 476. O 
cenário foi caracterizado por uma crise 
econômica, política, escravista, êxodo urbano, 
etc. Entre tantos problemas, o Império Romano 
sofreu com uma intensa onda de invasões 
bárbaras marcadas por muita violência. 
Exatamente isso que Agostinho de Hipona 
estava retratando. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 06: 
[C] 
 
Ao longo do período da República Romana, 
509-27 a.C, ocorreu o processo de expansão 
romana. Roma expandiu, dominou diversos 
povos, montou um sistema de cobranças de 
impostos, criou diversas estradas para facilitar 
a comunicação entre as regiões periféricas em 
relação à capital Roma. Daí a máxima “todos 
caminhos levam a Roma”. Somente a 
alternativa [C] está correta. 
 
 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 07: 
[A] 
 
No Baixo Império Romano, séculos III, IV e V, 
ocorreu a crise e o fim do Império. A crise 
escravista provocou um problema generalizado 
na esfera política, econômica e social. A falta de 
alimento na cidade, contribuiu para um 
processo de ruralização, isto é, o êxodo urbano, 
era a transição do escravismo para o regime 
feudalismo. Neste contexto, ocorreram as 
invasões dos bárbaros germânicos contribuindo 
para a queda de Roma no ano de 476. Assim, a 
origem do sistema feudal está vinculada a 
elementos culturais romanos e germânicos. 
Gabarito [A]. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 08: 
[B] 
 
O Império foi proclamado após a ocorrência 
de dois Triunviratos, oriundos da ação de 
generais romanos que consideravam que o 
Exército, responsável direto pela expansão 
territorial, deveria ser o centro de poder em 
Roma. Além disso, tais generais consideravam 
que, através do poder do Exército, os problemas 
sociais existentes em Roma seriam sanados. O 
general Otávio, vitorioso após o Segundo 
Triunvirato, foi o responsável pela mudança na 
forma de governo em Roma. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 09: 
[A] 
 
Durante o Baixo Império Romano, séculos III, 
IV e V, ocorreram transformações estruturais 
no Império Romano contribuindo para a crise e 
a queda de Roma, bem como para a transição 
do mundo Antigo para o Medieval ou do 
escravismo para o feudalismo. O texto de Carlos 
Augusto Ribeiro Machado aponta para a crise 
política do Império Romano com a fragilização 
do poder imperial que culminou no maior poder 
das províncias. Em função da dificuldade de 
cobrar impostos, faltaram recursos para pagar 
os militares, daí que o exército romano foi 
fragilizado exatamente no momento em que 
ocorreram as invasões bárbaras. Gabarito [A]. 
 
 
 
 
 
 
 
66 
RESPOSTA DA QUESTÃO 10: 
[E] 
 
Os romanos dominaram as terras em torno 
no Mar Mediterrâneo ainda no período 
republicano, o que os fazia chamar tal mar de 
Mare Nostrum. A partir desse domínio, o 
Mediterrâneo passou a ser fundamental para a 
circulação dentro de Roma, seja de pessoas ou 
de produtos. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 11: 
[E] 
 
As ideias cristãs abalaram as estruturas do 
Império Romano culminando na crise e fim do 
mesmo. Diferenteda religião romana, os 
cristãos eram monoteístas e não aceitavam que 
os imperadores fossem cultuados como 
divindades. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 12: 
[D] 
 
Somente a alternativa [D] está correta. A 
expansão romana ocorreu no período da 
República, 509-27 a.C. Após Roma vencer a 
Itália, ocorreram as Guerras Púnicas, Roma 
contra Cartago disputando, principalmente, o 
mar Mediterrâneo. A vitória romana nesta 
guerra ocasionou uma grande expansão 
gerando inúmeras transformações culminando 
com uma crise e o fim da própria república. 
Entre as mudanças podemos citar o aumento da 
escravidão, êxodo rural, concentração 
fundiária, aparecimento de uma nova classe 
social denominada “Cavaleiro”, entre outras. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 13: 
[D] 
 
Nas Guerras Púnicas, 264-146 a.C, Roma e 
Cartago disputavam, principalmente, o mar 
Mediterrâneo. Roma venceu Cartago, expandiu 
muito conquistando um vasto território. A 
expansão romana gerou inúmeras 
transformações que culminaram na crise e fim 
da República. 
RESPOSTA DA QUESTÃO 14: 
[E] 
 
Somente a alternativa [E] está correta. Com 
a Pax Romana, interrompe-se a expansão 
territorial do Império. Uma vez que não se 
conquistam novos territórios, os escravos, em 
geral prisioneiros de guerra, começam a 
escassear, dando início a uma profunda crise de 
mão de obra e produção agrícola. As invasões 
das tribos germânicas se tornam cada vez mais 
comuns, e a ascensão do cristianismo choca-se 
com a tradição religiosa romana. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 15: 
[E] 
 
A historiografia tradicional atribuiu a Nero o 
incêndio em Roma para punir os cristãos. As 
ideias cristãs abalaram as estruturas do Império 
Romano uma vez que criticou a escravidão, a 
desigualdade social, o politeísmo e o culto a 
imagem do imperador. Somente a alternativa 
[E] está correta. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 16: 
[A] 
 
O chamado Direito Romano (o conjunto de práticas 
legais e jurídicas adotado na República Romana) 
influencia de maneira decisiva e direta o Direito 
Civil Brasileiro, em especial nas áreas civil e penal. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 17: 
[C] 
 
O militarismo teve papel central na consolidação 
da República romana. A sociedade criou o costume 
de celebrar as vitórias militares – e as 
consequentes expansões territoriais – em uma 
cerimônia batizada de triunfo que, ao longo do 
tempo, acabou levando à construção de 
edificações em forma de arco. Daí a expressão arco 
do triunfo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
67 
RESPOSTA DA QUESTÃO 18: 
[B] 
 
Uma das principais marcas da República romana foi 
a expansão territorial. Tal expansão foi realizada 
através de conquistas bélicas e trouxe, para Roma, 
a ampliação territorial e, principalmente, a 
ampliação da utilização do escravo de guerra. Esse 
uso impulsionou o latifúndio agrícola romano, 
ajudando no desenvolvimento econômico em 
Roma. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 19: 
[A] 
 
No primeiro texto, cristãos são perseguidos no 
Império Romano. No segundo texto, não cristãos 
são os condenados. Ou seja, o que permanece nas 
duas fases históricas romanas é a ausência de 
liberdade religiosa. Em ambas as épocas, os 
romanos eram obrigados a seguir a religião 
imposta pelo Estado. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 20: 
[A] 
 
Somente a alternativa [A] está correta. A questão 
aponta para uma estratégia adotada no início do 
Império Romano denominada “Pão e Circo” cujo 
objetivo era desviar a atenção da plebe romana 
dos assuntos políticos discutidos no Senado. Era 
uma forma de alienação política através de 
espetáculos públicos gratuitos distribuindo 
alimento. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 21: 
[C] 
 
A experiência romana a que o texto faz menção é a 
vocação imperialista, desenvolvida principalmente 
a partir da República, quando Roma domina todas 
as terras em torno do Mar Mediterrâneo, passando 
a chamá-lo de Mare Nostrum. 
 
 
 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 22: 
[E] 
 
A Lei das Doze Tábuas transformou o Direito 
Romano de falado em escrito, ou seja, tornou-o 
fixo, público e comum a Patrícios e Plebeus. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 23: 
[A] 
 
Somente a proposição [A] está correta. A questão 
remete à crise econômica, social e política no Baixo 
Império Romano século III, IV e V. O texto aponta 
para as invasões bárbaras no século IV, ano de 396. 
Neste cenário, as invasões bárbaras tornaram-se 
violentas devido à pressão dos hunos. O Império 
Romano estava em profundo declínio, em 395 
Teodósio dividiu o império em duas partes: Império 
Romano do Ocidente capital Roma e o Império 
Romano do Oriente, Constantinopla era a capital. 
O catolicismo estava se propagando tornando uma 
religião “universal”. Em 313 através do Edito de 
Milão Constantino deu liberdade de cultos aos 
cristãos e, em 391, pelo Edito de Tessalônica 
Teodósio oficializou o cristianismo. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 24: 
[B] 
 
A questão remete a expansão romana ocorrida no 
período da República, 509-27 a.C. A expansão 
romana foi liderada pelos patrícios (elite agrária), 
porém o exército romano era composto pelos mais 
humildes que batalhavam, venciam, conquistavam 
terras, mas não usufruíam desta riqueza. Esta 
expansão gerou inúmeros problemas como o 
aumento da escravidão, da desigualdade social, da 
concentração fundiária, da violência, entre outras. 
Assim, os irmãos Gracos defenderam reformas 
sociais importantes que beneficiavam os 
camponeses e os mais pobres em geral, tais como 
o projeto da Reforma agrária defendido por Tibério 
Graco e a Lei Frumentária de Caio Graco. Estes 
projetos sociais fracassaram por tocar nos 
interesses da elite agrária, os patrícios. Na história 
da Roma antiga quem defendia os mais humildes 
acaba morrendo, basta observar a morte de 
Tibério e Caio Graco, Júlio César, Jesus, entre 
outros. 
 
 
 
 
 
 
 
68 
HISTÓRIA MEDIEVAL: ALTA IDADE MÉDIA E 
IMPÉRIOS MEDIEVAIS 
 
QUESTÃO 01 
(Uem 2020) 
 
 A Europa Ocidental, a partir do século V, viu-
se dividida entre vários reinos, resultado da 
invasão dos povos germânicos. O reino dos 
francos, estabelecido no norte da Gália, teve na 
figura de Clóvis (da dinastia merovíngea) o rei 
que favoreceu o processo de ruralização do 
território europeu. Com Carlos Magno (dinastia 
carolíngea), o reino dos francos viveu grande 
renovação cultural, atraindo para a sua corte 
sábios das penínsulas itálica e ibérica. 
 
Acerca do reino dos francos, assinale o que 
for correto. 
 
01) Durante a Alta Idade Média, a constituição 
dos reinos germânicos provocou uma 
excessiva fragmentação da posse de terras. 
02) As vitórias militares de Clóvis contaram com 
o apoio da Igreja Católica Romana, decisivo 
para o projeto de unificação do território. 
04) O feudalismo, como um sistema de 
organização econômico, social e político, foi 
estruturado no reinado merovíngeo de 
Clóvis. 
08) A grande expansão de território do período 
carolíngeo fez que o papa Leão III coroasse 
Carlos Magno como imperador do Sacro 
Império Romano no ano 800. 
16) A restauração do ensino no período de 
Carlos Magno foi marcada pela forte 
presença das chamadas artes liberais, o 
trívio e o quadrívio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 02 
(Acafe 2020) 
 
O período medieval europeu caracterizou-se 
pelo predomínio do sistema feudal, 
especialmente na Europa centro-ocidental. Sua 
formação remonta as transformações ocorridas 
no final do Império Romano Ocidental. Dentro 
deste contexto, são características associadas 
ao feudalismo europeu as afirmações abaixo, 
exceto a alternativa: 
 
A) A Igreja Cristã tornou-se uma grande 
instituição. Exercia o domínio ideológico e 
cultural da sociedade feudal, caracterizado 
pelo teocentrismo. 
B) O servo constituiu-se na mão-de-obra 
principal nas relações feudais de 
produtividade. Achava-se ligado à terra e a 
um senhor feudal. 
C) As relações de suserania e vassalagem 
estavam ligadas ao teocentrismo medieval e 
serviam unicamente para formar o cavaleiro, 
protetor da cristandade. 
D) A sociedade era estamental,sem mobilidade 
social. Os servos, vinculados à terra, não 
tinham possibilidade de ascender 
socialmente. 
 
QUESTÃO 03 
(G1 - ifsul 2019) 
Na Europa Ocidental, a formação do 
chamado feudalismo correspondeu a um 
processo dividido em etapas cuja consolidação 
do sistema, com uma sociedade dividida em 
três ordens, poder político fragmentado entre 
senhores de terras e forte influência de 
pensamento da Igreja de Roma, só se deu entre 
os séculos IX e X. 
O grupo étnico decisivo para a realização do 
processo de consolidação do feudalismo foi o 
dos 
 
A) anglo-saxões. 
B) romanos. 
C) magiares. 
D) francos. 
 
 
 
 
 
 
 
69 
QUESTÃO 04 
(Unicamp 2019) 
Os estudiosos muçulmanos adaptaram a 
herança recebida dos povos arabizados. Entre 
os domínios conquistados pelos muçulmanos 
estavam a Mesopotâmia e o antigo Egito, 
civilizações que desde cedo observaram os 
fenômenos astronômicos. O estudo dos 
fenômenos naturais no Crescente Fértil 
possibilitou a agricultura e perdurou por 
milênios. Nas costas do Mar Egeu, na região da 
Jônia, surgiram no século VI a.C. as primeiras 
explicações dos fenômenos naturais 
desvinculadas dos desígnios divinos. E as 
conquistas de Alexandre permitiram o início do 
intercâmbio entre o conhecimento grego, de 
um lado, e o dos antigos impérios egípcio, 
babilônico e persa, de outro. Além disso, houve 
trocas científicas e culturais com os indianos. O 
império árabe-islâmico foi, a partir do século 
VII, o herdeiro desse legado científico 
multicultural, ao qual os estudiosos 
muçulmanos deram seus aportes ao longo da 
Idade Média. 
(Adaptado de Beatriz Bissio, O mundo falava árabe. 
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012, p. 200-201.) 
Considerando o texto acima sobre o Islã 
Medieval e seus conhecimentos, assinale a 
alternativa correta. 
A) A extensão do território sob domínio islâmico 
e a liberdade religiosa e cultural 
implementada nessas áreas aceleraram a 
construção de novos conhecimentos 
pautados na cosmologia ocidental. 
B) A partir do século VII, o avanço dos exércitos 
islâmicos garantiu a expansão do império de 
forma ditatorial sobre antigos núcleos 
culturais da Índia até as terras gregas do 
Império Bizantino, chegando à Espanha. 
C) Os conhecimentos sobre os fenômenos 
naturais construídos pelos mesopotâmicos, 
egípcios, macedônicos, babilônicos, persas, 
entre outros povos, foram ignorados pelo Islã 
Medieval, marcado pelo fundamentalismo 
religioso. 
D) A difusão de saberes multiculturais foi uma 
das marcas do Império árabe-islâmico, sendo 
ele a via de transmissão do sistema numérico 
indiano para o Ocidente e de obras da 
filosofia greco-romana para o Oriente. 
QUESTÃO 05 
(Ufpr 2019) 
 
Leia o trecho abaixo, retirado de uma carta 
escrita entre 830 e 840 pelo aristocrata franco 
Eginhardo, em favor de camponeses: 
 
Ao nosso mui querido amigo, o glorioso 
conde Hatton, Eginhardo, saudação eterna do 
Senhor. Um dos vossos servos, de nome Huno, 
veio à igreja dos santos mártires Marcelino e 
Pedro pedir mercê* pela falta que cometeu 
contraindo casamento sem o vosso 
consentimento [...]. Vimos, pois, solicitar a 
vossa bondade para que em nosso favor useis 
de indulgência em relação a este homem, se 
julgais que a sua falta pode ser perdoada. 
Desejo-vos boa saúde com a graça do Senhor. 
(Cartas de Eginhardo. Tradução de Ricardo da Costa. 
Extratos de documentos medievais sobre o campesinato 
(sécs. V-XV). 
*pedir mercê = pedir intercessão 
 
No extrato acima, encontramos elementos 
da vida social e econômica do período medieval 
europeu (Alta Idade Média). Esse documento 
insere-se em qual sistema social, político e 
econômico predominante nesse contexto? 
 
A) Feudalismo, caracterizado pela ruralização 
da economia, pela relação senhorial entre 
nobres e servos e pela atuação social e 
política da Igreja Católica. 
B) Mercantilismo, caracterizado pela 
urbanização da economia, pela relação 
senhorial entre nobres e camponeses e pela 
atuação social e política da Igreja 
Protestante. 
C) Socialismo, caracterizado pela ruralização da 
economia, pela relação remunerada entre 
nobres e servos e pela atuação cultural e 
política da Igreja Cristã. 
D) Mercantilismo, caracterizado pela 
urbanização da economia, pela relação 
campesina entre nobres e vassalos e pela 
atuação social e política da Igreja Ortodoxa. 
E) Feudalismo, caracterizado pela urbanização 
da economia, pela relação agrária entre o 
clero e os servos e pela atuação social e 
cultural da Igreja Cristã. 
 
 
 
 
 
 
 
70 
QUESTÃO 06 
(Uece 2019) 
 
O acontecimento marcante a partir do qual os 
muçulmanos passaram a contar o ano I do seu 
calendário foi 
 
A) o falecimento de Maomé em Medina no ano 
632. 
B) a saída de Maomé da cidade de Meca no ano 
622. 
C) o nascimento do profeta Maomé na tribo 
Coraixita em 570. 
D) a revelação divina recebida por Maomé em 
580. 
 
QUESTÃO 07 
(Fuvest 2019) 
 
Os comentadores do texto sagrado (…) 
reconhecem a submissão da mulher ao homem 
como um dos momentos da divisão hierárquica 
que regula as relações entre Deus, Cristo e a 
humanidade, encontrando ainda a origem e o 
fundamento divino daquela submissão na cena 
primária da criação de Adão e Eva e no seu 
destino antes e depois da queda. 
CASAGRANDE, C., A mulher sob custódia, in: História 
das Mulheres, Lisboa: Afrontamento, 1993, v. 2, p. 122‐
123. 
 
O excerto refere-se à apreensão de 
determinadas passagens bíblicas pela 
cristandade medieval, especificamente em 
relação à condição das mulheres na sociedade 
feudal. A esse respeito, é correto afirmar: 
 
A) As mulheres originárias da nobreza podiam 
ingressar nos conventos e ministrar os 
sacramentos como os homens de mesma 
condição social. 
B) A culpabilização das mulheres pela expulsão 
do Paraíso Terrestre servia de justificativa 
para sua subordinação social aos homens. 
C) As mulheres medievais eram impedidas do 
exercício das atividades políticas, ao 
contrário do que acontecera no mundo 
greco-romano. 
D) As mulheres medievais eram iletradas e 
tinham o acesso à cultura e às artes proibido, 
devido à sua condição social e natural. 
E) A submissão das mulheres medievais aos 
homens esteve desvinculada de 
normatizações acerca da sexualidade. 
 
QUESTÃO 08 
(Uem 2019) 
 
Sobre a sociedade feudal europeia, assinale o 
que for correto. 
 
01) No feudalismo havia dois segmentos sociais 
importantes, e a posse de terra era um 
critério que os diferenciava. De um lado, os 
senhores feudais, que detinham a posse das 
terras e o controle do trabalho servil; de 
outro, os servos, vinculados à terra e sem 
possibilidades de ascender socialmente. 
02) As relações entre suseranos e vassalos eram 
caracterizadas pela reciprocidade, de modo 
que a concessão de um feudo (beneficium) 
pelo suserano gerava, como contrapartida, 
a fidelidade do vassalo. 
04) As relações entre senhores e servos eram 
baseadas na ajuda mútua (recompensa aos 
agricultores de acordo com a 
produtividade), costume que foi introduzido 
na Europa a partir do século VI pelos 
muçulmanos. 
08) Concomitantemente à gênese do 
feudalismo, ocorreu na Europa a ascensão 
do cristianismo e sua institucionalização, 
consolidando-se o poder particularista dos 
senhores feudais e o poder universal da 
Igreja. 
16) O feudalismo tinha por base uma economia 
agrária, que se voltava para a 
autossuficiência e que usava moedas de 
forma muito restrita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
71 
QUESTÃO 09 
(Acafe 2019) 
 
Em 1054, o Cisma do Oriente serviu para 
acentuar o distanciamento já existente entre 
Constantinopla e a Igreja da Europa Ocidental. 
Uma das principais consequências do Cisma do 
Oriente foi: 
 
A) a criação do termo “cristãos novos” para 
designar a população do Império bizantino 
que tinha se desfiliado da Igreja Romana. 
B) a Convocação das Cruzadas parainvadir e 
conquistar o reino de Jerusalém e a formação 
de um Exército no Império Bizantino para 
apoiar os cruzados que se dirigiam para a 
Terra Santa. 
C) o início das Guerras Religiosas, que vai 
determinar o surgimento da Reforma 
Protestante e acentuar as divisões internas 
do cristianismo europeu. 
D) o surgimento da Igreja Ortodoxa, ligada ao 
Patriarcado de Constantinopla e a Igreja 
Católica Apostólica Romana, dirigida pelo 
Papa. 
 
QUESTÃO 10 
(Uece 2019) 
 
 As principais características do Feudalismo 
são as relações de dependência e fidelidade. A 
doação do feudo se concretizava com um 
juramento por meio do qual o nobre se 
comprometia a 
 
A) proteger e auxiliar militarmente o outro. 
B) respeitar e amar o seu vassalo. 
C) pagar o direito de usufruto. 
D) proporcionar isenção no pagamento de 
tributos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 11 
(Famerp 2019) 
 
Enquanto nas cidades o poder ficou nas 
mãos dos bispos, nos campos, concentrou-se na 
dos grandes proprietários. O governo romano 
perdeu força: já não era capaz de cobrar os 
impostos de maneira eficiente, nem mesmo de 
pagar os exércitos. Em 476, o último imperador 
romano foi deposto. Era o fim do Império 
Romano e do mundo antigo e o início de uma 
nova era, a Idade Média. 
(Carlos Augusto Ribeiro Machado. Roma e seu 
império, 2004. Adaptado.) 
 
O texto alude à gênese de duas 
características importantes da Idade Média 
Ocidental: 
 
A) o fim do comércio internacional e o 
crescimento do republicanismo. 
B) a feudalização e o aumento do poder político 
da Igreja. 
C) o desaparecimento do poder real e a 
ruralização. 
D) a supressão dos exércitos nacionais e o 
avanço do islamismo. 
E) o igualitarismo social e a autossuficiência das 
propriedades rurais. 
 
QUESTÃO 12 
(Ufpr 2018) 
 
Para muitos pesquisadores, é correto 
assinalar que durante a Idade Média foram os 
árabes, não os cristãos, os herdeiros e 
sucessores da ciência helênica, uma herança 
que fez com que toda a extensão dos seus 
domínios, da Espanha ao Afeganistão, o mundo 
muçulmano, fosse cenário de uma atividade 
intelectual intensa, não só em filosofia, mas 
também em matemática, astronomia e 
medicina. Nem sempre conhecida ou traduzida 
no Ocidente, essa produção está preservada em 
uma grande quantidade de manuscritos. 
(BISSIO, Beatriz. O mundo falava árabe. A civilização 
árabe-islâmica clássica através da obra de Ibn Khaldun e 
Ibn Battuta. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012, 
p. 36.) 
 
 
 
 
 
 
 
 
72 
Com base no texto acima e nos 
conhecimentos sobre o mundo muçulmano na 
Idade Média, assinale a alternativa correta. 
 
A) Foi justamente em função do seu caráter 
religioso fragmentado que o mundo 
muçulmano e a sua civilização distinguiram-
se mais vigorosamente do Ocidente cristão, 
fortemente homogêneo. A existência, no seio 
do Império Muçulmano, de numerosas 
tendências religiosas teve consequências 
consideráveis na produção de manuscritos. 
B) Apesar da sua hegemonia nas ciências 
durante o período medieval, a civilização 
muçulmana era, afinal, um simples conjunto 
díspar de empréstimos culturais, o qual não 
conseguia refletir o novo universalismo e a 
nova ordem social que se instaurou com o 
surgimento do Islã. 
C) Durante esse período, cidades como 
Córdoba, Bagdá e Alexandria, entre outras, se 
tornaram centros de intercâmbio de 
conhecimentos. Tratava-se de um circuito 
cosmopolita do qual a Europa, periférica e 
tragada por diversas crises religiosas, não 
participou. 
D) A Idade Média foi um período caraterizado 
pelo domínio efetivo, militar e político, dos 
países muçulmanos sobre os países cristãos. 
Um domínio caracterizado, entre outras 
coisas, pela presença hegemônica da língua 
árabe nos espaços comerciais, políticos e 
acadêmicos da Europa. 
E) Existe consenso entre a maioria dos 
historiadores que estudam o período de que 
a emergência do horizonte renascentista 
deve muito ao trabalho dos sábios e 
acadêmicos muçulmanos, conhecidos pelo 
mundo cristão, sobretudo, através da 
Península Ibérica. 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 13 
(Mackenzie 2018) 
 
“Em terras alemãs em lugares afastados, 
onde a vida permanecia rude e isolada, os 
monges não só pregavam o cristianismo, mas 
também foram importantes para levar os 
avanços agrícolas para a região das florestas. 
Nas matas fechadas, abriam clareiras, 
drenavam pântanos e introduziram novas 
lavouras. As poucas escolas que existiram na 
Idade Média eram dirigidas e mantidas pelos 
monges. Alguns monastérios serviam também 
de hospitais e hospedarias”. 
Adaptado de: Wallbank, T. W. e outros. History and 
Life. 4ªed. Illinois: Scott Foresman, 1993. 
 
De acordo com o texto, é correto afirmar 
que, durante a alta Idade Média europeia, a 
atividade dos monastérios 
 
A) redimensionava o princípio de “ora et 
labora” (reza e trabalha), já que os monges se 
dedicavam apenas aos trabalhos braçais. 
B) seguia o princípio de “ora et labora” (reza e 
trabalha), pois os monges dedicavam-se a 
uma vida reclusa e trabalhos exclusivamente 
intelectuais. 
C) redimensionava o princípio tradicional de 
“ora et labora” (reza e trabalha), pois exercia 
importante ligação com o cotidiano de 
comunidades próximas. 
D) conflitava com o princípio papal de “ora et 
labora” (reza e trabalha), ao valorizar a 
prática do trabalho, em detrimento das 
orações diárias. 
E) contribuiu para o surgimento de uma 
mentalidade que, ligada às atividades 
comerciais urbanas, promoveu contestações 
ao poder papal sobre os europeus. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
73 
QUESTÃO 14 
(Fac. Pequeno Príncipe – Medici 2018) 
 
Considere o texto a seguir. 
 
“Hoje não é fácil imaginar o que uma igreja 
significava para as pessoas daquele período 
(século XIII), a igreja era, geralmente o único 
edifício de pedra em toda a redondeza; 
constituía a única construção de considerável 
envergadura muitas léguas em redor, e seu 
campanário era um ponto de referência para 
todos os que vinham de longe. Aos domingos e 
durante o culto, todos os habitantes da cidade 
ali podiam encontrar-se, e o contraste entre o 
edifício e as casas primitivas e humildes em que 
as pessoas passavam a vida devia ser 
esmagador. Não admira que toda a comunidade 
estivesse interessada na construção dessas 
igrejas e se orgulhasse da sua decoração. 
Mesmo do ponto de vista econômico, a 
construção de um mosteiro, que levava anos, 
devia transformar uma cidade inteira.” 
Fonte: GOMBRICH, Ernest Hans Josef. A história da 
arte. Rio de Janeiro: LTC, 2000, p. 170. 
 
A Igreja Católica exerceu uma influência 
marcante sobre a população medieval, 
ultrapassando em muito sua função religiosa e 
espiritual. Sobre a influência da Igreja Católica 
nesse período, assinale a alternativa CORRETA. 
 
A) A partir do século XI, a Igreja começou a se 
sobrepor aos senhores feudais. Entre as 
principais medidas para isso, está a Paz de 
Deus – um movimento criado pela Igreja 
Católica para unir forças contra os senhores 
que se oponham a sua autoridade. 
B) O poder e influência da Igreja Católica 
aumentaram a partir do século XII quando 
começaram a surgir as primeiras 
universidades europeias com o objetivo de 
ensinar teologia e latim para que a população 
pobre pudesse se instruir melhor sobre os 
ensinamentos cristãos. 
 
 
 
 
C) A arquitetura medieval refletiu tanto a 
insegurança (castelos), quanto a 
religiosidade (catedrais). Destacou-se, nesse 
período, a construção de mosteiros e 
catedrais. O estilo predominante foi o 
arabesco de inspiração ibérica. 
D) As catedrais na Idade Média, por serem a 
casa de Deus que representava a Jerusalém 
Celeste, eram lugares dedicados 
exclusivamente à oração e adoração. 
E) A função dos mosteiros medievais não se 
limitou apenas ao papel religioso e à 
produção intelectual. Do ponto de vista 
econômico, contribuíram para melhorar os 
métodos de produçãoagrícola e, do ponto de 
vista cultural, foram responsáveis pela 
reprodução e conservação do conhecimento 
em suas bibliotecas. 
 
QUESTÃO 15 
(Fuvest 2018) 
 
Um grande manto de florestas e várzeas 
cortado por clareiras cultivadas, mais ou menos 
férteis, tal é o aspecto da Cristandade – algo 
diferente do Oriente muçulmano, mundo de 
oásis em meio a desertos. Num local a madeira 
é rara e as árvores indicam a civilização, noutro 
a madeira é abundante e sinaliza a barbárie. A 
religião, que no Oriente nasceu ao abrigo das 
palmeiras, cresceu no Ocidente em detrimento 
das árvores, refúgio dos gênios pagãos que 
monges, santos e missionários abatem 
impiedosamente. 
J. Le Goff. A civilização do ocidente medieval . Bauru: 
Edusc, 2005. Adaptado. 
 
Acerca das características da Cristandade e 
do Islã no período medieval, pode-se afirmar 
que 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
74 
A) o cristianismo se desenvolveu a partir do 
mundo rural, enquanto a religião muçulmana 
teve como base inicial as cidades e os 
povoados da península arábica. 
B) a concentração humana assemelhava-se nas 
clareiras e nos oásis, que se constituíam 
como células econômicas, sociais e culturais, 
tanto da Cristandade quanto do Islã. 
C) a Cristandade é considerada o negativo do 
Islã, pela ausência de cidades, circuitos 
mercantis e transações monetárias, que 
abundavam nas formações sociais islâmicas. 
D) o clero cristão, defensor do monoteísmo 
estrito, combateu as práticas pagãs 
muçulmanas, arraigadas nas florestas e nas 
regiões desérticas da Cristandade ocidental. 
E) a expansão econômica islâmica caracterizou-
se pela ampliação das fronteiras de cultivo, 
em detrimento das florestas, em um 
movimento inverso àquele verificado no 
Ocidente medieval. 
 
QUESTÃO 16 
(Unesp 2019) 
 
Por muitíssimo tempo escreveu-se a história sem 
se preocupar com as mulheres. No século XII assim 
como hoje, masculino e feminino não andam um 
sem o outro. As damas de Guînes e as damas de 
Ardres tiveram todas por marido um ás da guerra, 
senhor de uma fortaleza que seu mais remoto 
ancestral havia edificado. 
(Georges Duby. Damas do século XII: a lembrança das 
ancestrais, 1997. Adaptado.) 
 
O texto trata de relações desenvolvidas num meio 
social específico, durante a Idade Média ocidental. 
Nele, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A) as mulheres passavam a maior parte de seu 
tempo nas igrejas, o que incluía o trabalho de 
orientação religiosa, e os homens atravessavam 
as noites em tabernas e restaurantes. 
B) os homens controlavam os espaços públicos, o 
que incluía as ações militares, e as mulheres, 
confinadas ao espaço doméstico, eram 
associadas à maternidade e, ocasionalmente, à 
santidade. 
C) os homens responsabilizavam-se pelos assuntos 
culturais, o que incluía a instrução dos filhos, e 
as mulheres dedicavam-se ao preparo das 
refeições cotidianas e, ocasionalmente, de 
banquetes. 
D) as mulheres eram obrigadas a pagar impostos, o 
que incluía o dízimo, e os homens, livres de 
qualquer tributo, conseguiam acumular mais 
bens e, ocasionalmente, enriquecer. 
E) os homens dedicavam-se ao comércio, o que 
incluía deslocamentos para regiões afastadas de 
casa, e as mulheres incumbiam-se do trabalho 
nas lavouras e, ocasionalmente, na forja de 
metais. 
 
QUESTÃO 17 
(Famerp 2020) 
 
[...] o senhor faz-se homem de um senhor mais 
poderoso cuja força, neste caso, já não reside nos 
vestígios de uma função pública, mas tão só na 
extensão das terras e no número de vassalos que o 
reconhecem como suserano. 
(Charles Parain et al. Sobre o feudalismo, 1973. Apud 
Hamilton M. Monteiro. O feudalismo: economia e sociedade, 
1987.) 
 
No âmbito da Idade Média ocidental, o texto 
caracteriza 
 
A) os conflitos socioeconômicos nos campos e a 
valorização da hegemonia monárquica. 
B) as relações baseadas na propriedade rural e o 
controle do poder pelos funcionários públicos. 
C) as concorrências entre donos de manufaturas e 
a rigidez da hierarquia social. 
D) as relações entre classes sociais distintas e o 
princípio da soberania política. 
E) as relações internas à nobreza e a noção de 
riqueza como posse de terras. 
 
 
 
 
 
 
75 
QUESTÃO 18 
(Ufjf-pism 1 2020) 
Leia o texto a seguir: 
 
“A sociedade dos fiéis forma um só corpo; mas o 
Estado compreende três. A lei humana impõe duas 
condições: o nobre e o servo não estão submetidos 
ao mesmo regime. Os guerreiros são protetores das 
igrejas. Eles defendem os poderosos e os fracos, 
protegem todo mundo, inclusive a si próprios. Os 
servos, por sua vez, têm outra condição. Esta raça 
de infelizes não tem nada sem sofrimento. Fornecer 
a todos alimentos e vestimenta: eis a função do 
servo. A casa de Deus, que parece una, é, portanto, 
tripla: uns rezam, outros combatem e outros 
trabalham. Todos os três formam um conjunto e 
não se separam: a obra de uns permite o trabalho 
dos outros dois e cada qual por sua vez presta seu 
apoio aos outros.” 
LAON, Adalbéron de. In: LE GOFF, Jacques. A civilização do 
Ocidente medieval. São Paulo: Edusc, 2005, p. 257-258. 
 
O trecho acima foi escrito pelo bispo Adalbéron de 
Laon em 1030 com o objetivo de explicar a 
organização social que existiu no período medieval 
dividida em estamentos. Sobre a sociedade 
estamental é CORRETO afirmar que: 
 
A) A igreja católica defendia e justificava a divisão 
social da sociedade estamental. 
B) A sociedade estamental caracterizava-se pela 
possibilidade de ascensão social. 
C) Nesta sociedade o estamento mais privilegiado 
era o dos servos. 
D) Nesta organização os servos eram sustentados 
pelos estamentos clerical e senhorial. 
E) A sociedade estamental era pautada em uma 
hierarquia social igualitária. 
 
QUESTÃO 19 
(Espcex Aman 2020) 
 
O Mundo Feudal baseava-se em uma sociedade 
rigidamente hierarquizada, na qual os indivíduos 
encontravam-se subordinados uns aos outros por 
laços de dependência pessoal. Havia uma grande 
massa de camponeses presos à terra, que viviam 
sob o domínio dos senhores feudais e que se 
dividiam em dois grupos com características 
particulares: 
A) Suseranos e vassalos 
B) Cavaleiros e soldados 
C) Servos e baixo clero 
D) Servos e vilões 
E) Vilões e salteadores 
 
QUESTÃO 20 
(Fac. Albert Einstein - Medicin 2020) 
 
Durante muito tempo, os doentes eram tratados, 
principalmente, com remédios populares. Nas 
terras não cristãs, os homens e as mulheres que 
aplicavam esses tratamentos eram considerados 
feiticeiros e feiticeiras. Nas terras cristãs, a 
feitiçaria era proibida, mas havia “curandeiros” 
cristãos a quem Deus havia dado um saber. As 
pessoas mais ricas (senhores e burgueses) eram 
quase sempre tratadas por médicos judeus, pois os 
judeus possuíam conhecimentos de medicina 
vindos da Antiguidade. 
(Jacques Le Goff. A Idade Média explicada aos meus filhos, 
2007. Adaptado.) 
 
Ao tratar das doenças e dos tratamentos médicos 
na Idade Média, o texto 
 
A) reconhece a diversidade dos cuidados médicos 
em um universo sociorreligioso uniforme. 
B) caracteriza o avanço das ciências médicas na 
Europa, em comparação com outras partes do 
mundo. 
C) destaca o caráter democrático da medicina 
popular, em comparação com tratamentos mais 
caros. 
D) associa o declínio dos tratamentos médicos à 
perseguição desencadeada pela Inquisição. 
E) relaciona o acesso a tratamentos médicos às 
diferentes condições sociais e religiosas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
76 
QUESTÃO 21 
(Enem 2019) 
 
O cristianismo incorporou antigas práticas relativas 
ao fogo para criar uma festa sincrética. A igreja 
retomou a distância de seis meses entre os 
nascimentos de Jesus Cristo e João Batista e 
instituiu a data de comemoração a este último de 
tal maneira que as festas do solstício de verão 
europeu com suas tradicionais fogueiras se 
tornaram “fogueiras de São João”. A festa do fogo 
e da luz no entantonão foi imediatamente 
associada a São João Batista. Na Baixa Idade Média, 
algumas práticas tradicionais da festa (como 
banhos, danças e cantos) foram perseguidas por 
monges e bispos. A partir do Concílio de Trento 
(1545-1563), a Igreja resolveu adotar celebrações 
em torno do fogo e associá-las à doutrina cristã. 
CHIANCA, L. Devoção e diversão: expressões 
contemporâneas de festas e santos católicos. Revista 
Anthropológicas, n. 18, 2007 (adaptado). 
 
Com o objetivo de se fortalecer, a instituição 
mencionada no texto adotou as práticas descritas, 
que consistem em 
 
A) promoção de atos ecumênicos. 
B) fomento de orientação bíblicas. 
C) apropriação de cerimônias seculares. 
D) retomada de ensinamentos apostólicos. 
E) ressignificação de rituais fundamentalistas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 22 
(Enem PPL 2019) 
 
A ausência quase completa de fantasmas na Bíblia 
deve ter favorecido também a vontade de rejeição 
dos fantasmas pela cultura cristã. Várias passagens 
dos Evangelhos manifestam mesmo uma grande 
reticência com relação a um culto dos mortos: 
“Deixa os mortos sepultar os mortos”, diz Jesus (Mt 
8:21), ou ainda: “Deus não é Deus dos mortos, mas 
dos vivos” (Mt 22:32). Por certo, numerosos 
mortos são ressuscitados por Jesus (e, mais tarde, 
por alguns de seus discípulos), mas tal milagre – o 
mais notório possível segundo as classificações 
posteriores dos hagiógrafos medievais – não é 
assimilável ao retorno de um fantasma. Ele 
prefigura a própria ressurreição do Cristo três dias 
depois de sua Paixão. Antecipa também a 
ressurreição universal dos mortos no fim dos 
tempos. 
SCHMITT, J.-C. Os vivos e os mortos na sociedade medieval. 
São Paulo: Cia. das Letras, 1999. 
 
De acordo com o texto, a representação da morte 
ganhou novos significados nessa religião para 
 
A) extinguir as formas de ritualismo funerário. 
B) evitar a expressão de antigas crenças 
politeístas. 
C) sacramentar a execução do exorcismo de 
infiéis. 
D) enfraquecer a convicção na existência de 
demônios. 
E) consagrar as práticas de contato mediúnico 
transcendental. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
77 
QUESTÃO 23 
(Mackenzie 2019) 
Leia o documento abaixo: 
 
“É permitido a qualquer, sem punição, auxiliar o 
seu senhor, se alguém o ataca, e obedecer-lhe em 
todos os casos legítimos, exceto no roubo, no 
assassinato e naquelas coisas que não são 
consentidas a ninguém, sendo reconhecidas como 
infames pelas leis. O senhor deve proceder da 
mesma maneira com o conselho e a ajuda; e deve 
ir em auxílio do seu homem em todas as 
vicissitudes, sem malícia. É permitido a todo o 
senhor convocar o seu homem que deve estar à 
sua direita no tribunal; e mesmo que seja residente 
no mais distante mansus de quem o protege, 
deverá ir ao pleito se o seu senhor o convocar” 
(Pedrero-Sanchez, M. Guadalupe. História da Idade Média: 
textos e testemunhos. São Paulo: Unesp, 1999, p. 95) 
 
O trecho acima foi extraído de um documento 
inglês do século XI e diz respeito a uma típica 
relação feudal. A relação em evidência é a 
 
A) Vassalagem: relação recíproca entre senhores 
em que fica acordado a proteção por parte do 
Suserano e o trabalho nos campos por parte do 
Vassalo. 
B) Servidão: relação vertical entre senhores e 
camponeses que, uma vez presos à terra, não 
podem abandonar suas obrigações nos 
feudos. 
C) Vassalagem: relação horizontal entre senhores a 
qual cria uma teia de alianças políticas e uma 
maior descentralização do poder. 
D) Servidão: relação entre senhores e servos a qual 
estabelece um acordo de proteção e ajuda 
econômica em troca de terras para o plantio. 
E) Vassalagem e Servidão: relações equivalentes 
entre nobres e servos em que os vassalos 
asseguram o trabalho nas terras senhoriais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 24 
(G1 – cps 2019) 
 
Para o homem europeu medieval, o referencial de 
todas as coisas era o sagrado, fenômeno comum 
de sociedades muito dependentes da natureza e, 
portanto, a mercê de forças desconhecidas e não 
controláveis. Isso gerava, compreensivelmente, 
um sentimento generalizado de insegurança. 
Temia-se pelo resultado, quase sempre pobre, das 
colheitas. Temia-se a presença frequente das 
epidemias, que não se sabia combater. 
Desamparado diante de uma natureza 
frequentemente hostil, o indivíduo procurava as 
origens disso, e as possíveis escapatórias, num 
mundo do Além. 
Franco Junior, Hilário. A Idade Média, nascimento do 
Ocidente. Sao Paulo: Brasiliense, 2006, p. 139. Adaptado. 
 
De acordo com o autor, é correto afirmar que 
 
A) o desenvolvimento do sistema de rotação 
tornava as colheitas previsíveis e dinamizava as 
redes comerciais intercontinentais, das quais a 
Europa feudal era o principal centro produtor. 
B) a sacralização foi substituída pelos 
investimentos no desenvolvimento da ciência, 
vista como meio de solucionar os problemas que 
afligiam o europeu medieval. 
C) a relação da sociedade medieval com a natureza 
era pacífica, porque o racionalismo indicava 
soluções práticas para os problemas 
cotidianos. 
D) a sensação de insegurança diante do inesperado 
fez com que essas sociedades medievais 
buscassem a solução no sobrenatural. 
E) a sociedade medieval, de valores 
antropocêntricos, viu na domesticação da 
natureza a solução para problemas sanitários. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
78 
QUESTÃO 25 
(Upe-ssa 1 2018) 
 
Observe a imagem a seguir: 
 
 
 
Qual aspecto da sociedade medieval é mais 
caracteristicamente representado por essa 
imagem? 
 
A) Religiosidade. 
B) Belicosidade. 
C) Racionalidade. 
D) Piedade. 
E) Humanismo. 
 
RESOLUÇÕES 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 01: 
[01+02+08+16=27] 
 
A afirmativa [04] está incorreta porque 
apesar de o Feudalismo ter começado a se 
estruturar no século III, foi preciso quase três 
séculos para que esse sistema se consolidasse 
na Europa Ocidental. Logo, no caso do Reino 
dos Francos, esse processo ultrapassa o reinado 
de Clóvis. 
 
 
 
 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 02: 
[C] 
 
No mundo feudal, Europa no período 
medieval, as relações sociais estavam 
assentadas na posse de terras e nos títulos de 
nobreza. Era uma sociedade estamental, sem 
mobilidade social, clero e nobreza tinham 
privilégios enquanto os servos trabalhavam 
para manter a sociedade. A relação de suserania 
e vassalagem está associada a doação de terras, 
o nobre que doa é denominado “suserano” e o 
nobre que recebe é chamado de “vassalo”. 
Havia ajuda Mútua entre as duas partes. 
Gabarito [C]. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 03: 
[D] 
 
No início da Idade Média, surgiram diversos 
reinos na Europa através da fusão dos povos 
romanos e germânicos. Todos os reinos tiveram 
vida, exceto os Francos que aliaram com a Igreja 
e lançaram as bases do sistema feudal. Gabarito 
[D]. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 04: 
[D] 
 
O crescimento da Civilização Árabe na 
chamada Alta Idade Média proporcionou uma 
conexão e um intercâmbio entre Ocidente e 
Oriente não antes visto. Por isso, 
conhecimentos orientais – como o sistema 
número indiano – chegaram ao Ocidente e 
conhecimentos ocidentais – como os livros de 
Ptolomeu – chegaram ao Oriente através dos 
árabes. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 05: 
[A] 
O documento foi escrito durante a Alta Idade 
Média, séculos V ao XII, no contexto do sistema 
feudal caracterizado por uma sociedade 
estamental, sem mobilidade social, uma vida 
econômica centrada no campo, 
descentralização política, forte atuação da 
Igreja católica, entre outras características. 
 
 
 
 
 
 
79 
RESPOSTA DA QUESTÃO 06: 
[B] 
 
A fuga de Maomé de Meca para Medina, em 
622, é conhecida como hégira e marca o início 
do calendário muçulmano. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 07: 
[B] 
 
Como o próprio enunciado destaca, o papel 
da mulher na sociedade feudal era de 
submissão à figura masculina. Tal lógica era 
amparada pela versão bíblica do pecadooriginal. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 08: 
[01+02+08+16=27] 
 
A afirmativa [04] está incorreta porque não 
existia nenhum tipo de relação de benefício 
entre os senhores e os servos. O regime de 
servidão era rigidamente aplicado no 
Feudalismo. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 09: 
[D] 
 
Desde a queda de Roma no ano de 476, 
começou acentuar um distanciamento político, 
econômico, cultural, artístico e religioso entre o 
Império Bizantino de raiz grega com a Europa 
Ocidental com raiz romana. Essas diferenças 
culminaram no Cima do Oriente, 1053, surgindo 
a Igreja Ortodoxa no Império Bizantino liderada 
pelo Patriarca enquanto a Europa permanecia 
fiel ao catolicismo sob o poder papal. Gabarito 
[D]. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 10: 
[A] 
 
A relação de suserania e vassalagem, 
estabelecida entre dois nobres, previa a doação 
de parte do Feudo mediante o juramento de 
fidelidade do vassalo para com o suserano. Tal 
juramento implicava em ajuda militar e 
financeira sempre que necessário. 
RESPOSTA DA QUESTÃO 11: 
[B] 
 
Durante o Baixo Império Romano, séculos III, 
IV e V, ocorreram transformações estruturais 
no Império Romano contribuindo para a crise e 
a queda de Roma bem como para a transição do 
mundo Antigo para o Medieval ou do 
escravismo para o feudalismo. No âmbito da 
política, ocorreu um processo de 
descentralização do poder. A esfera econômica 
e social foi caracterizada por um processo de 
ruralização com a centralização do poder nas 
mãos da elite agrária. Na religião, ocorreu a 
transição do politeísmo para o monoteísmo 
cristão culminando no grande poder político, 
econômico, cultural e ideológico da Igreja 
católica no contexto do feudalismo. Gabarito 
[B]. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 12: 
[E] 
 
Entre a morte do Profeta Maomé e o século 
VII, durante a chamada Alta Idade Média, a 
civilização árabe atingiu seu apogeu, 
expandindo-se para além do Oriente, em 
especial pela Península Ibérica. Grandes 
estudiosos e conhecedores de ciências 
importantes, como a Matemática e a Medicina, 
os árabes contribuíram para o crescimento do 
conhecimento no Ocidente, influenciando, 
assim, o Renascimento. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 13: 
[C] 
 
Somente a alternativa [C] está correta. Ao 
longo da Idade Média surgiram diversos 
mosteiros na Europa. A vida monástica era 
simples e dura, pautada no trabalho manual e 
espiritual, reza e trabalho. Os mosteiros 
medievais eram verdadeiras bibliotecas, os 
monges traduziam e transcreviam obras 
clássicas contribuindo muito para a preservação 
do patrimônio cultural da humanidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
80 
RESPOSTA DA QUESTÃO 14: 
[E] 
 
Os mosteiros, verdadeiros centros da vida 
religiosa, foram cenário para os avanços 
técnicos agrícolas (uma vez que a Igreja era 
grande produtora agrícola) e para a reprodução 
literária, através da atuação dos monges 
copiadores. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 15: 
[B] 
 
O texto faz uma correlação interessante: nos 
locais onde as religiões cristã e muçulmana mais 
se desenvolveram, houve, também, um 
desenvolvimento ambiental, econômico e 
social, descrito no texto pelos clarões em meio 
às matas. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 16: 
[B] 
 
Somente a proposição [B] está correta. O texto 
do historiador francês Georges Duby remete 
ao papel atribuído às mulheres no contexto 
europeu medieval geralmente vinculado ao 
universo doméstico associado à maternidade e 
santidade. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 17: 
[E] 
 
Durante a Idade Média, séculos V ao XV, a Europa 
foi caracterizada pelo sistema feudal. No campo 
político, o poder estava fragmentado, prevalecia o 
poder local dos nobres. Na esfera econômica e 
social, a posse da terra determinava as relações 
sociais dos indivíduos. Havia três estamentos: 
clero, nobreza e servo. Não havia mobilidade 
social. Os servos não possuíam terras, portanto, 
trabalhavam e pagavam impostos para manter a 
sociedade. Entre os nobres, proprietários de terras 
e títulos, havia uma relação de suserania e 
vassalagem. O clero, constituído pelos membros da 
Igreja católica, cuidava da esfera espiritual. 
Gabarito [E]. 
RESPOSTA DA QUESTÃO 18: 
[A] 
 
A Igreja Católica, durante a Idade Média, usava a 
palavra e a vontade de Deus (expressas nas 
escrituras e interpretadas como melhor lhe 
convinha) para justificar a divisão social existente, 
que prejudicava muito aos servos. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 19: 
[D] 
 
Entre os trabalhadores do mundo feudal havia os 
servos e vilões. Enquanto os servos eram presos a 
terra e pagavam muitos impostos para manter a 
estrutura da sociedade, os vilões, por sua vez, eram 
trabalhadores com mais liberdade e pagavam 
menos impostos. Gabarito [D]. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 20: 
[E] 
 
O texto do historiador francês Jacques Le Goff 
relaciona tratamentos médicos e condições 
socioeconômicas na Idade Média. Os mais 
humildes utilizavam de tratamentos de saúde 
vinculados à feitiçaria enquanto os mais abastados 
buscavam médicos judeus que possuíam saberes 
medicinais oriundos da antiguidade. Gabarito [E]. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 21: 
[C] 
 
Após a adoção do Cristianismo como religião oficial 
na Europa Ocidental e, principalmente, a partir do 
início do Feudalismo (século V), a Igreja Católica, 
diante da necessidade de conversão dos pagãos à 
nova religião, acabou por sincretizar celebrações 
seculares (ou seja, pagãs) aos ritos católicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
81 
RESPOSTA DA QUESTÃO 22: 
[B] 
 
Quando institucionalizado, o Cristianismo formou-
se a partir da junção de rituais pagãos romanos e 
de ensinamentos do próprio Cristo durante sua 
passagem pelo Império Romano. Ao longo do 
tempo, a Igreja Católica tratou de moldar as 
práticas cristãs de modo que as mesmas fossem 
deixando os rastros do paganismo para trás. Como 
Roma era politeísta antes da adoção do 
Cristianismo, quando falamos em paganismo 
estamos falando das práticas religiosas politeístas 
dos romanos. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 23: 
[C] 
 
A relação descrita é a de Suserania e Vassalagem, 
que ligava dois Senhores Feudais por um laço de 
fidelidade iniciado por uma doação de terra. A 
relação gerava, para os Vassalos, as 
responsabilidades descritas no texto. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 24: 
[D] 
 
Na Idade Média, o continente Europeu viveu o 
sistema feudal, caracterizado por uma política 
descentralizada; uma economia agrária, 
subsistência e baixa produção; uma sociedade 
estamental sem mobilidade social; uma cultura 
cristã-teocêntrica. A população europeia era 
caracterizada por uma mentalidade guerreira e 
religiosa buscando respostas no sobrenatural. 
Gabarito [D]. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 25: 
[B] 
 
A belicosidade, ou seja, a propensão à guerra ou ao 
conflito foi uma das marcas da Alta Idade Média. 
Os nobres, em especial, tinham como uma de suas 
principais funções na sociedade o exercício de 
duelar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
82 
HISTÓRIA MEDIEVAL: BAIXA IDADE MÉDIA 
 
QUESTÃO 1 
(Unicamp 2020) 
 
O surgimento das primeiras universidades, nos 
séculos XII e XIII, marca um momento capital da 
história do Ocidente medieval. Em relação à época 
anterior, esse momento comportou elementos de 
continuidade e de ruptura. Os primeiros devem ser 
buscados na localização urbana das universidades, 
no conteúdo dos ensinamentos, no papel social 
dos homens de saber. Já os elementos de ruptura 
foram inicialmente de ordem institucional. No 
âmbito das instituições educativas, este sistema 
era novo e original. As comunidades autônomas 
dos mestres e dos estudantes eram protegidas 
pelas mais altas autoridades leigas e religiosas 
daquele tempo, permitindo tanto progressos no 
domínio dos métodos intelectuais e em sua difusão 
como uma inserção mais eficiente das pessoas de 
saber na sociedade da época. 
(Adaptado de J. Verger, Cultura, ensino e sociedade no 
ocidente nos séculos XII e XIII. Bauru: EDUSC, 2001, p.189-
190.) 
 
Considerando o texto e seus conhecimentos sobre 
o período medieval,assinale a alternativa correta. 
 
A) A Igreja Católica apoiava a estruturação das 
universidades medievais, que representavam o 
avanço das ciências e a superação de dogmas e 
das teorias teocêntricas. 
 B) A organização institucional diferencia as 
universidades medievais das corporações de 
ofícios, visto que seu método de estudo estava 
calcado na escolástica, caracterizando o atraso 
do mundo medieval. 
C) Uma ruptura trazida pelas universidades 
medievais foi o início da atuação dos copistas 
nas bibliotecas, que copiavam sistematicamente 
a produção de autores latinos críticos aos 
dogmas religiosos. 
D) A institucionalização das universidades 
medievais era um dado novo no período; essas 
instituições se caracterizavam pelo apoio das 
autoridades de dentro e de fora da Igreja, e pela 
maior autonomia e inserção social de seus 
membros. 
QUESTÃO 2 
(Ufrgs 2020) 
Leia o enunciado abaixo. 
 
No dia 15 de abril de 2019, um incêndio destruiu 
uma parte importante da Catedral de Notre-Dame, 
em Paris, um dos mais famosos edifícios medievais 
franceses. Embora construções anteriores tenham 
existido no mesmo local, foi a partir dos séculos XII 
e XIII que a igreja passou a tomar sua forma mais 
conhecida, período em que houve a consolidação 
__________ na Europa. Sua arquitetura é hoje 
uma das mais conhecidas manifestações do estilo 
__________, predominantemente __________ e 
marcado pela grandiosidade para abrigar o 
número crescente de fiéis. Trata-se de um modelo 
arquitetônico que obedece a uma __________ e 
que mantém relações de fundo com a filosofia 
escolástica. 
 
Assinale a alternativa que preenche corretamente 
as lacunas do enunciado acima. 
 
A) do feudalismo – barroco – feudal – ordem 
capitalista. 
B) da cristandade – gótico – burguês – ordem 
escolástica. 
C) do feudalismo – barroco – rural – ordem 
iluminista. 
D) do feudalismo – gótico – católico – ordem 
protestante. 
E) da cristandade – gótico – urbano – ordem 
racional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
83 
QUESTÃO 3 
(Ufms 2020) 
 
Alguns períodos da história são marcados por 
transformações que ilustram as mudanças na 
sociedade e que acabam por transportar essas 
situações para contextos mais amplos como a 
economia e a política. Leia atentamente o trecho a 
seguir. 
 
“Renascença ou Renascimento são termos 
aplicados ao movimento de renovação cultural que 
teve início no século XIV, na Itália, e atingiu seu 
apogeu no século XVI, influenciando várias regiões 
da Europa. Os renascentistas defendiam a 
restauração dos valores do mundo clássico e 
acreditavam na capacidade ilimitada da criação 
humana. Esses ideais transformaram as artes, a 
literatura, a ciência, a filosofia e a gastronomia. O 
período é rico em exemplos de pesquisadores e 
inventores que prepararam o caminho para o 
progresso científico e técnico da Idade Moderna. 
No Renascimento, a Itália tornou-se símbolo de 
refinamento do mundo ocidental, graças à 
influência dos bizantinos. O uso do garfo, os 
aparelhos de jantar, as peças finas e bem-acabadas 
em metais preciosos, as toalhas ricamente 
bordadas em linho, porcelanas e as faianças 
italianas sofisticaram o comportamento à mesa.” 
(Fonte: FREIXA, Dolores. Gastronomia no Brasil e no Mundo. 
São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 2017. p. 78). 
 
O exemplo da transformação proposta por meio do 
modo de se portar à mesa acabou por influenciar 
todo o período conhecido como Renascimento. A 
mudança de hábitos, por sua vez, acabou impondo 
uma característica extremamente importante para 
a sequência dos acontecimentos históricos. 
Assinale a alternativa correta que esteja associada 
ao desenvolvimento do processo descrito no 
texto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A) O intercâmbio cultural proposto pelo 
Renascimento coloca a Europa como receptora 
de hábitos e de sistemas orientais (econômicos 
e políticos), sendo perceptível pela difusão de 
valores como a religião e a administração 
pública típicas do Oriente. 
B) Entendido como resultado direto das Cruzadas, 
o Renascimento e o contato com o Oriente 
promovem uma difusão do ideal cristão pelo 
mundo, que será concluída com a mudança 
cultural imposta pelos europeus aos povos do 
Oriente. 
C) O contato com o Oriente promoveu para as 
cidades italianas localizadas à beira do mar 
Mediterrâneo a possibilidade de reativação do 
comércio, ampliando cada vez mais suas áreas 
de atuação nos campos econômicos e culturais 
e distanciando-as cada vez mais do passado 
medieval. 
D) Após estabelecer vínculos comerciais com os 
mercados do Oriente, as cidades italianas que 
estavam mais próximas do mar Mediterrâneo 
passaram a se isolar do contexto europeu, fato 
que impulsionou seu desenvolvimento científico 
e cultural e deu origem ao Império de Roma. 
E) O Renascimento foi um modelo intelectual e 
cultural de valorização da cultura clássica grega 
e que, consequentemente, impulsionou as 
cidades italianas para o desenvolvimento 
político aos moldes das antigas cidades-estado 
da Grécia antiga, fato que impulsionou o 
desenvolvimento econômico e tecnológico do 
período. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
84 
QUESTÃO 4 
(Ufjf-pism 1 2019) 
 
O mapa abaixo informa sobre rotas mercantis que 
conectavam Europa medieval, Ásia e África, entre 
os séculos XI e XII: 
 
Considerando-se a natureza e a incidência das 
rotas indicadas no mapa, é possível concluir que: 
 
A) A Idade Média foi um período marcado por uma 
economia rural, fechada e pautada pela 
ausência de trocas comerciais. 
B) A possibilidade de oferta de produtos de luxo 
oriundos do norte da África e Ásia nas principais 
cortes europeias é posterior à expansão 
marítima do século XV. 
C) Cidades como Roma, Paris e Londres são 
construções modernas e representativas do 
estilo de vida contemporâneo, portanto, sem 
elos com o mundo pré-capitalista. 
D) Durante a Idade Média existia uma circulação de 
produtos e pessoas, o que favoreceu a formação 
de redes mercantis que conectavam diversas 
cidades. 
E) O Mar Mediterrâneo serviu, durante a Idade 
Média, como barreira geográfica natural, o que 
favoreceu o isolamento das diferentes regiões 
europeias. 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 5 
(Ufu 2019) 
 
A partir do século XI, observa-se em várias 
localidades da Europa Ocidental uma 
intensificação das atividades comerciais. Dentre os 
fatores que explicariam esse “renascimento 
comercial”, analise as informações abaixo. 
 
I. Uma forte diminuição demográfica, causada pela 
chamada peste negra e pelas chamadas 
invasões bárbaras. 
 
II. O aumento do número de cidades e da 
intensificação da divisão social do trabalho que 
ajudou no desenvolvimento do artesanato. 
 
III. O aumento da atividade bancária como 
atividade cada vez mais significativa para 
expansão do comércio. 
 
Em relação a essas informações, assinale a 
alternativa que apresenta as afirmativas corretas. 
 
A) II e III. 
B) I e II. 
C) I e III. 
D) I, II e III. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
85 
QUESTÃO 6 
(Ufrgs 2019) 
 
Assinale a alternativa correta sobre a chamada 
Guerra dos Cem Anos (1337-1453), entre 
Inglaterra e França. 
 
A) O conflito marcou a gradual transformação dos 
exércitos feudais em forças militares 
profissionalizadas e iniciou o lento processo de 
decadência da aristocracia feudal nos 
respectivos países. 
B) A guerra foi vencida pela Inglaterra e teve como 
consequência a eclosão de rebeliões na França 
que culminaram com a deposição da dinastia 
dos Valois do trono francês. 
C) O confronto consolidou a transformação da 
Inglaterra na principal potência econômica do 
período moderno, por meio do processo de 
pacificação interna que se seguiu à guerra. 
D) A consequência da guerra para os dois países foi 
a consolidação de estruturas sociais feudais, 
tornadas mais fortes com o enfraquecimento 
das monarquias centrais. 
E) A origem do conflito foi a invasãoda Inglaterra 
pela França e a subsequente instalação de uma 
dinastia pró-França no trono inglês, derrubada 
ao longo da guerra. 
 
QUESTÃO 7 
(Enem 2019) 
 
A cidade medieval é, antes de mais nada, uma 
sociedade da abundância, concentrada num 
pequeno espaço em meio a vastas regiões pouco 
povoadas. Em seguida, é um lugar de produção e 
de trocas, onde se articulam o artesanato e o 
comércio, sustentados por uma economia 
monetária. É também centro de um sistema de 
valores particular, do qual emerge a prática 
laboriosa e criativa do trabalho, o gosto pelo 
negócio e pelo dinheiro, a inclinação para o luxo, o 
senso da beleza. E ainda um sistema de 
organização de um espaço fechado com muralhas, 
onde se penetra por portas e se caminha por ruas 
e praças e que é guarnecido por torres. 
LE GOFF, J.; SCHMITT, J.-C. Dicionário temático do Ocidente 
Medieval. Bauru: Edusc, 2006. 
 
No texto, o espaço descrito se caracteriza pela 
associação entre a ampliação das atividades 
urbanas e a 
 
A) emancipação do poder hegemônico da 
realeza. 
B) aceitação das práticas usurárias dos religiosos. 
C) independência da produção alimentar dos 
campos. 
D) superação do ordenamento corporativo dos 
ofícios. 
E) permanência dos elementos arquitetônicos de 
proteção. 
 
QUESTÃO 8 
(Fgv 2018) 
 
Este documento, do século XIV, encontra-se nos 
arquivos de Assize, na ilha de Ely, na Inglaterra: 
Adam Clymne foi preso como insurgente e traidor 
de seu juramento e porque traiçoeiramente com 
outros celebrou uma insurreição em Ely. 
Penetrando na casa de Thomas Somenour onde se 
apossou de diversos documentos e papéis selados. 
E ainda, que o mesmo Adam no momento da 
insurreição, estava andando armado e oferecendo 
armas, levando um estandarte, para reunir 
insurgentes, ordenando que nenhum homem de 
qualquer condição, livre ou não, deveria obedecer 
ao senhor e prestar os serviços habituais, sob pena 
de degola. O acima mencionado Adam é culpado 
de todas as acusações. Pela ordem da justiça, o 
mesmo Adam foi levado e enforcado. 
(Leo Huberman. História da riqueza do homem, 2008. 
Adaptado) 
 
Considerando o documento, é correto afirmar que, 
no século XIV, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
86 
A) as violentas revoltas e mortes de camponeses 
foram provocadas pelo desespero em não 
conseguir pagar, em dinheiro, aos senhores 
feudais, as novas taxas e o aumento das já 
existentes, além da exigência de mais tempo de 
trabalho nas reservas senhoriais. 
B) as revoltas camponesas aconteceram, tanto na 
Inglaterra como na França, contra os 
cercamentos, que empobreceram os 
trabalhadores e os obrigaram a deixar a terra 
pelo não pagamento do aumento dos aluguéis, 
o que enriqueceu ainda mais os senhores da 
terra. 
C) a impossibilidade de juntar dinheiro para a 
compra da terra onde trabalhavam fez com que 
muitos camponeses se revoltassem, porque se 
colocaram contra os senhores que aumentaram 
os impostos e exigiram o pagamento de novos; 
algo considerado ilegal. 
D) o recrudescimento da servidão decorria de uma 
nova estrutura econômica presente na 
Inglaterra, onde as pequenas propriedades 
rurais e os campos comunais perdiam espaço 
para os latifúndios produtores de matéria-prima 
para a nascente indústria. 
E) as insurreições camponesas ocorridas na 
Inglaterra e parte do Norte da Europa 
decorreram do rápido processo de dissolução 
dos laços servis de produção, dirigido por uma 
nova elite de proprietários rurais, que detinha 
forte representação no Parlamento inglês. 
 
QUESTÃO 9 
(G1 – uftpr 2018) 
 
Entre o final do século XII e início do próximo, com 
o fortalecimento do comércio e o crescimento dos 
centros urbanos, os europeus começaram a 
estreitar contatos com o Oriente. Através de rotas 
comerciais, vinham especiarias e tecidos, como a 
seda, que chegavam ao Mar Mediterrâneo pelo 
Mar Vermelho, costeando o Egito, ou pelo Mar 
Negro, atravessando os Estreitos de Bósforo e 
Dardanelos. 
 
Esse período foi próspero na Península Itálica, 
especialmente para os mercadores de: 
 
 
A) Nova Déli e Calicute. 
B) Pequim e Xangai. 
C) Londres e Manchester. 
D) Gênova e Veneza. 
E) Paris e Lyon. 
 
QUESTÃO 10 
(Ufu 2018) 
Observe a imagem. 
 
 
 
Essa pintura retrata um dos fatores que 
contribuíram para a derrocada do sistema feudal 
na Europa Medieval. 
 
Sobre o contexto abordado, é correto afirmar que 
a rápida disseminação da peste negra decorreu em 
grande parte em função 
 
A) da circulação de mercadorias na Europa 
totalmente urbanizada. 
B) do reforço do sistema servil, que debilitou ainda 
mais os camponeses. 
C) da crença na ira divina, que dificultava a cura 
pela medicina. 
D) do baixo nível nutricional e das precárias 
condições sanitárias dos indivíduos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
87 
QUESTÃO 11 
(Enem PPL 2018) 
 
TEXTO I 
É da maior utilidade saber falar de modo a 
persuadir e conter o arrebatamento dos espíritos 
desviados pela doçura da sua eloquência. Foi com 
este fim que me apliquei a formar uma biblioteca. 
Desde há muito tempo em Roma, em toda a Itália, 
na Germânia e na Bélgica, gastei muito dinheiro 
para pagar a copistas e livros, ajudado em cada 
província pela boa vontade e solicitude dos meus 
amigos. 
GEBERTO DE AURILLAC. Lettres. Século X. Apud PEDRERO-
SÁNCHEZ, M. G. História da Idade Média: texto e 
testemunhas. São Paulo: Unesp, 2000. 
 
TEXTO II 
Eu não sou doutor nem sequer sei do que trata 
esse livro; mas, como a gente tem que se 
acomodar às exigências da boa sociedade de 
Córdova, preciso ter uma biblioteca. Nas minhas 
prateleiras tenho um buraco exatamente do 
tamanho desse livro e como vejo que tem uma 
letra e encadernação muito bonitas, gostei dele e 
quis comprá-lo. Por outro lado, nem reparei no 
preço. Graças a Deus sobra-me dinheiro para essas 
coisas. 
AL HADRAMI. Século X. Apud PEDRERO-SÁNCHEZ, M. G. A 
Península Ibérica entre o Oriente e o Ocidente: cristãos, 
judeus e muçulmanos. São Paulo: Atual, 2002. 
 
Nesses textos do século X, percebem-se visões 
distintas sobre os livros e as bibliotecas em uma 
sociedade marcada pela 
 
A) difusão da cultura favorecida pelas atividades 
urbanas. 
B) laicização do saber, que era facilitada pela 
educação nobre. 
C) ampliação da escolaridade realizada pelas 
corporações de ofício. 
D) evolução da ciência que era provocada pelos 
intelectuais bizantinos. 
E) publicização das escrituras, que era promovida 
pelos sábios religiosos. 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 12 
(Fgv 2018) 
Aproveitando-se do reforço populacional e 
espiritual, os reinos cristãos acentuaram sua 
ofensiva contra os domínios muçulmanos. Em 
1492, concluía-se a conquista da península, com a 
incorporação de Granada. A reconquista 
representou, para os ibéricos, uma primeira 
expansão feudal. Caracterizou-se pela 
incorporação de novas terras, pelo crescimento 
demográfico, pelo desenvolvimento das cidades, 
das atividades mercantis e pela expansão cristã. No 
entanto, 1492 não se encerra em Granada. Meses 
depois, em outubro, Colombo daria continuidade à 
conquista material e espiritual. Do outro lado do 
Atlântico. 
(Flavio de Campos. Folha de S. Paulo, 17.10.2000. Adatado) 
 
A Reconquista Ibérica 
 
A) remonta aos meados do século IX, momento no 
qual os cristãos ibéricos, refugiados no norte da 
península, constituíram-se em pequenos reinos 
independentes e, a despeito das suas diferenças 
étnicas e das rivalidades, edificaram uma 
identidade cultural e política, porque 
objetivavam vencer militarmente os 
muçulmanos. 
B) contrapõe-se ao movimento das Cruzadas 
porque a luta e as ofensivas contra o poder 
mulçumano não foram realizadas como uma 
conquista militar, mas por meio de lenta e 
progressiva incorporação de novas terras, 
obtidas com as relações de vassalagem, em 
especial a partir do século XII. 
C) significou uma recomposição das forças cristãs 
ocidentais e parte das orientais, a partirdo início 
do século XIV, unificadas pelo Concílio de 
Trento, que estabeleceu uma nova mística em 
torno da figura de Jesus Cristo, que passou a ser 
tratado como tendo essência divina e não 
humana. 
D) constitui-se em um processo que tem as suas 
origens localizadas após a formação das nações 
ibéricas, Portugal e Espanha, em fins do século 
XIV, porque a expulsão dos invasores mouros 
dependia de uma enorme ação militar que 
apenas Estados unificados podiam organizar e 
arcar com os custos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
88 
QUESTÃO 13 
(Famema 2018) 
 
Ibn al-Khatib, médico e filósofo muçulmano de 
Granada, escreveu sobre a Peste Negra no século 
XIV: “A existência do contágio é estabelecida pela 
experiência, investigação, evidência dos sentidos e 
relatos dignos de fé. O fenômeno do contágio 
torna-se claro para o investigador que verifica 
como aquele que entra em contato com os 
enfermos apanha a doença, enquanto o que não 
está em contato permanece são, e como a 
transmissão se efetua através do vestuário, 
vasilhame e atavios.” 
(Maria Guadalupe Pedrero-Sánchez. A Península Ibérica entre 
o Oriente e o Ocidente, 2002. Adaptado.) 
 
Esse comentário sobre a epidemia revela 
 
A) o predomínio de superstições típicas da 
mentalidade medieval. 
B) a oposição entre estudos teóricos e investigação 
científica. 
C) a importância da religião na explicação das 
causas do fenômeno. 
D) as bases do método científico desenvolvido no 
mundo islâmico. 
E) os vínculos entre ciência e fé na realização de 
experiências. 
 
QUESTÃO 14 
(Uel 2018) 
Leia o texto a seguir. 
 
UEL é a melhor estadual do Sul do Brasil. 
A Universidade Estadual de Londrina é a primeira 
Instituição Estadual de Ensino Superior do Sul do 
Brasil no QS University Rankings: Latin America 
2016, e que destacou as 300 melhores 
universidades na região da América Latina. A UEL 
conquistou ainda três pontos no cômputo geral, 
aparecendo na 84ª colocação, 19ª do Brasil, 2ª do 
Paraná e 5ª do Sul do país. 
(Adaptado de: 
<http://www.bonde.com.br/educacao/ensino/uel-e-a-
melhorestadual-do-sul-do-brasil-confira-ranking-das-
universidades-410937.html>. Acesso em: 11 jul. 2017.) 
 
A UEL foi criada em 1970 e atualmente conta com 
mais de alunos na graduação em seus 
cursos. Na pós-graduação, tem mais de 
alunos em cursos de especialização e 
cursos de mestrado e doutorado. 
 
Com base no contexto histórico, no que diz 
respeito à importância das universidades, da 
ciência e da tecnologia para a criação de elevadas 
escalas de desenvolvimento das sociedades em 
seus múltiplos aspectos, assinale a alternativa 
correta. 
 
A) As universidades na Europa Ocidental do século 
XII conquistaram o direito de autonomia perante 
os poderes eclesiásticos, comunais e 
monárquicos para o livre exercício de suas 
funções de pesquisa e formação profissional. 
B) Os chamados Tigres Asiáticos. Hong Kong, 
Taiwan, Coreia do Sul e Cingapura tiveram um 
excepcional crescimento econômico e científico 
na década de 1970 devido ao elevado 
investimento privado na educação. 
C) O período Macartista nos EUA propiciou ao 
campo da ciência e tecnologia uma liberdade 
plena para as atividades dos educadores e 
cientistas independentemente de suas 
ideologias. 
D) A ideologia da globalização neoliberal, por 
valorizar os empreendimentos privados, 
dispensa a realização de pesquisas com fomento 
público no Brasil, sobretudo por ser o 
agronegócio a vocação natural do país. 
E) Os fundamentos da ciência econômica do inglês 
David Ricardo foram importados pelo Cardeal 
Richelieu, que os aplicou na França, levando-a à 
bancarrota, o que propiciou o Terror. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
89 
QUESTÃO 15 
(Upe-ssa 2 2018) 
Na Europa ocidental, a burguesia surge entre os 
séculos X e XI, sob a forma mercantil, isto é, 
composta por comerciantes, cambistas e 
emprestadores de dinheiro, sendo aumentada 
logo em seguida com a participação dos artesãos 
urbanos. Durante muito tempo, o poder político 
esteve nas mãos da nobreza, dos grandes senhores 
de terras, o que não impediu o crescimento e 
enriquecimento da burguesia. Com a formação das 
monarquias absolutistas, unificando territórios, 
mercados, leis, moedas e tributos, o poder político 
se concentrou nos reis. Bastante enriquecida, uma 
parte da burguesia começou a comprar terras, 
conquistar títulos de nobreza e, inclusive, a assumir 
cargos nos governos. 
MIGLIOLI, Jorge. Dominação burguesa nas sociedades 
modernas. 
Para conquistar o domínio sobre os demais 
membros da sociedade, o grupo descrito no texto 
se utiliza de diversos instrumentos, tendo-se como 
principal 
 
A) a divisão de riquezas. 
B) a utilização dos militares. 
C) a abertura do mercado nacional. 
D) o controle dos meios de produção. 
E) o fechamento do comércio ao mercado 
externo. 
 
QUESTÃO 16 
(ENEM 2017) 
Mas era sobretudo a lã que os compradores, 
vindos da Flandres ou da Itália, procuravam por 
toda a parte. Para satisfazê-los, as raças foram 
melhoradas através do aumento progressivo das 
suas dimensões. Esse crescimento prosseguiu 
durante todo o século XIII, as abadias da Ordem de 
Cister, onde eram utilizados os métodos mais 
racionais de criação de gado, desempenharam 
certamente um papel determinante nesse 
aperfeiçoamento. 
DUBY. G. Economia rural e vida no campo no Ocidente 
medieval. Lisboa: Estampa, 1987 (adaptado). 
 
O texto aponta para a relação entre 
aperfeiçoamento da atividade pastoril e avanço 
técnico na Europa ocidental feudal, que resultou 
do(a) 
 
A) crescimento do trabalho escravo. 
B) desenvolvimento da vida urbana. 
C) padronização dos impostos locais. 
D) uniformização do processo produtivo. 
E) desconcentração da estrutura fundiária. 
 
QUESTÃO 17 
(Mackenzie 2017) 
 
 
A partir do século XII ao XV, na Europa, algumas 
catedrais passaram a ser construídas adotando um 
novo estilo arquitetônico: o gótico. Ao contrário do 
estilo românico, tais igrejas primavam pela 
verticalidade, leveza, harmonia dos traços e 
luminosidade, através dos vitrais coloridos. O 
surgimento do estilo gótico está ligado ao 
 
A) movimento cruzadístico que, ao tentar retomar 
Jerusalém do domínio mulçumano, permitiu o 
contato com esse estilo mais decorativo, de 
características orientais. 
B) fortalecimento do sistema feudal e a 
necessidade de valorização dos feudos por meio 
de tais construções monumentais, reafirmando 
o poder do senhor das terras. 
C) advento do trabalho servil, em detrimento do 
trabalho escravo, o que deve ter estimulado a 
criatividade dos construtores da época, 
possibilitando utilizar novas técnicas de 
construção. 
D) aumento da riqueza e autonomia das cidades, 
que competiam entre si para edificar catedrais 
mais altas e decoradas, sinal de prosperidade do 
novo núcleo urbano. 
E) reavivamento da fé e a necessidade dos 
senhores feudais demonstrarem sua devoção à 
Igreja Católica e ao movimento das Cruzadas, 
financiando novas igrejas a cada vitória 
alcançada no Oriente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
90 
QUESTÃO 18 
(Fuvest 2020) 
 
Afirmo, portanto, que tínhamos atingido já o ano 
bem farto da Encarnação do Filho de Deus, de 
1348, quando, na mui excelsa cidade de Florença, 
(...) sobreveio a mortífera pestilência. (...) 
apareciam no começo, tanto em homens como nas 
mulheres, ou na virilha ou na axila, algumas 
inchações (...) chamava‐as o populacho de bubões 
(...). 
Giovanni Boccaccio, Decamerão. 
 
A respeito da Peste Negra do século XIV, é correto 
afirmar: 
 
A) Provocou gravíssima queda demográfica, que 
afetou grande parte da produção econômica 
europeia. 
B) Originou‐se no Oriente, penetrou no continente 
europeu pelos portos e manteve‐se restrita à 
Península Itálica. 
C) Foi provocada pela fome e pela desnutrição dos 
camponeses e favoreceu o processo de 
centralização política. 
D) Foi contida pelo caráter de subsistência da 
economia europeia, quedificultava o contato 
humano e, assim, o contágio. 
E) Estimulou as investidas contra os territórios 
muçulmanos no movimento conhecido como 
Segunda Cruzada. 
 
QUESTÃO 19 
(ENEM 2018) 
A existência em Jerusalém de um hospital voltado 
para o alojamento e o cuidado dos peregrinos, 
assim como daqueles entre eles que estavam 
cansados ou doentes, fortaleceu o elo entre a obra 
de assistência e de caridade e a Terra Santa. Ao 
fazer, em 1113, do Hospital de Jerusalém um 
estabelecimento central da ordem, Pascoal II 
estimulava a filiação dos hospitalários do Ocidente 
a ele, sobretudo daqueles que estavam ligados à 
peregrinação na Terra Santa ou em outro lugar. A 
militarização do Hospital de Jerusalém não 
diminuiu a vocação caritativa primitiva, mas a 
fortaleceu. 
DEMURGER, A. Os Cavaleiros de Cristo. Rio de Janeiro: Jorge 
Zahar, 2002 (adaptado). 
 
O acontecimento descrito vincula-se ao fenômeno 
ocidental do (a) 
 
A) surgimento do monasticismo guerreiro, 
ocasionado pelas cruzadas. 
B) descentralização do poder eclesiástico, 
produzida pelo feudalismo. 
C) alastramento da peste bubônica, provocado 
pela expansão comercial. 
D) afirmação da fraternidade mendicante, 
estimulada pela reforma espiritual. 
E) criação das faculdades de medicina, promovida 
pelo renascimento urbano. 
 
QUESTÃO 20 
(Espm 2017) 
 
Dionísio Cartuxo redigiu o tratado ‘De Venustate 
Mundi et Pulchritudine Dei’ (Sobre o Encanto do 
Mundo e da Beleza Divina). De imediato, o título 
nos diz que a beleza verdadeira é atribuída 
unicamente a Deus; o mundo pode ser apenas 
venustus, belo, agradável. As belezas da criação, 
diz ele, não passam de um respingo da beleza 
máxima; uma criatura é chamada de bela na 
medida em que é parte da beleza da natureza 
divina e com isso, de certo modo, passa a ter a 
mesma forma que ela. 
Johan Huizinga 
 
O conceito de beleza tratado no texto deve ser 
associado: 
 
A) ao pensamento iluminista; 
B) ao antropocentrismo característico do 
renascimento cultural; 
C) ao teocentrismo característico da cultura 
medieval; 
D) ao mecanicismo desenvolvido por Newton para 
compreender os fenômenos físicos; 
E) ao racionalismo cartesiano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
91 
QUESTÃO 21 
(Ufjf-pism 1 2017) 
 
Leia com atenção o texto a seguir sobre o fim do 
período medieval. 
 
... o final do milênio medieval costuma ser visto sob 
a forma de uma crise profunda e generalizada. 
Brutal, a mortalidade provocada pelo bacilo da 
peste espalha-se rápida e maciçamente. Os 
doentes sucumbem em alguns dias, sem remédio 
nem alívio possíveis. No dizer das testemunhas, 
toda organização social, até os laços familiares, foi 
violentamente perturbada por isso. 
BASCHET, J. A civilização feudal: do ano mil à colonização da 
América. São Paulo: Globo, 2006, p. 247-248. Adaptado. 
 
Acerca da chamada “Crise do século XIV”, assinale 
a alternativa CORRETA: 
 
A) a expansão agrícola que precedeu a crise do 
século XIV foi realizada à custa de 
arroteamentos, o que contribuiu para minimizar 
o impacto ambiental e conter o processo 
inflacionário. 
B) a diminuição da produtividade levou a uma 
maior exploração da mão de obra camponesa. 
Nesse momento a teoria das três ordens foi 
responsável pela aceitação do aumento da 
tributação, evitando, assim, as revoltas 
camponesas. 
C) os deslocamentos de camponeses que fugiam 
para as cidades ajudaram na eliminação da 
epidemia nas zonas rurais, já que a peste apenas 
atingia as populações mais pobres e 
desnutridas. 
D) tentando fazer frente à crise do século XIV, a 
Igreja transferiu sua sede de Roma para 
Avignon, na França. Essa medida contribuiu para 
manter a unidade da cristandade, a autonomia 
e o caráter universalista da Igreja. 
E) nesse contexto, a fome e as epidemias 
contribuíram para o processo de desintegração 
do feudalismo e o fortalecimento do poder dos 
reis, que aos poucos foram tomando para si a 
autoridade administrativa e militar até então em 
mãos senhoriais. 
 
 
 
QUESTÃO 22 
(Fgv 2017) 
 
Perante esta sociedade, a burguesia está longe de 
assumir uma atitude revolucionária. Não protesta 
nem contra a autoridade dos príncipes territoriais, 
nem contra os privilégios da nobreza, nem, 
principalmente, contra a Igreja. (...) A única coisa 
de que trata é a conquista do seu lugar. As suas 
reivindicações não excedem os limites das 
necessidades mais indispensáveis. 
Henri Pirenne. História econômica e social da Idade Média, 
1978. 
Segundo o texto, é correto afirmar que 
 
A) a burguesia, nascida da própria sociedade 
medieval, nela não tem lugar; para conquistá-lo, 
suas reivindicações são a liberdade de ir e vir, 
elaborar contratos, dispor de seus bens, fazer 
comércio, liberdade administrativa das cidades, 
ou seja, não tem o objetivo de destruir a nobreza 
e o clero. 
B) os burgueses, enriquecidos pelo comércio, 
reivindicam privilégios semelhantes aos da 
nobreza e do clero na sociedade moderna; 
acentuadamente revolucionários, os seus 
interesses significam título, terras e servos para 
garantirem um lugar compatível com sua 
riqueza. 
C) o território da burguesia é o solo urbano, a 
cidade como sinônimo de liberdade, protegida 
da exploração da nobreza e do clero; para isso, 
cria o direito urbano, isto é, leis para o comércio, 
a justiça e a administração que, de forma 
revolucionária, asseguram-lhe um lugar na 
sociedade moderna. 
D) a sociedade medieval tem um lugar específico 
para os burgueses, pois as liberdades, as leis, a 
justiça e a administração estão em suas mãos; 
tal situação tem o objetivo de brecar o poder 
político e econômico dos nobres e da Igreja, 
fortalecidos pela expansão da servidão e pelo 
declínio do comércio. 
E) com exigências revolucionárias, como liberdade 
comercial, jurídica e territorial, a burguesia, cada 
vez mais rica, visa destruir a sociedade medieval; 
esta, por sua vez, barra a ascensão econômica e 
política da burguesia, ao fortalecer a servidão no 
campo e impedir as transações comerciais na 
cidade. 
 
 
 
 
 
 
 
92 
QUESTÃO 23 
(Ueg 2016) 
Leia o texto a seguir. 
 
A Cruzada foi fonte de enormes infelicidades, 
desde a própria época: a tomada de Jerusalém, em 
1099, o saque de Constantinopla em 1204 são 
páginas vergonhosas da história do Ocidente 
Cristão [...]. É claro que a Cruzada foi muito 
importante para a identidade da cristandade: um 
tal projeto une uma comunidade, dá-lhe uma 
unidade. 
LE GOFF, Jacques. Uma longa Idade Média. Rio de Janeiro: 
Civilização Brasileira, 2008. p. 101–102. 
 
Quando, no século XI, o papa Urbano II convocou a 
Primeira Grande Cruzada ao Oriente, usou como 
justificativa para tamanha movimentação de 
tropas e recursos o projeto de 
 
A) reafirmar a universalidade da fé católica, 
ameaçada pelas conversões em massa dos 
cristãos do Oriente ao islamismo. 
B) reunificar os Impérios Romano do Oriente e do 
Ocidente, separados desde o Édito de 
Tessalônica de 395. 
C) retomar a posse de reinos cristãos ibéricos 
ocupados por muçulmanos, num projeto militar 
chamado de Reconquista. 
D) defender os cristãos do Oriente e a retomada 
dos “lugares santos” que estavam em posse dos 
muçulmanos. 
E) punir os cavaleiros cristãos que desobedeciam a 
Paz e a Trégua de Deus, enviando-os em missão 
suicida ao Oriente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 24 
(Fuvest 2016) 
 
Assim como o camponês, o mercador está a 
princípio submetido, na sua atividade profissional, 
ao tempo meteorológico, ao ciclo das estações, à 
imprevisibilidade das intempéries e dos 
cataclismos naturais. Como, durante muito tempo, 
não houve nesse domínio senão necessidade de 
submissão à ordem da natureza e de Deus, o 
mercador só teve como meio de ação as preces e 
as práticas supersticiosas. Mas, quando se organiza 
uma rede comercial, o tempo se torna objeto de 
medida. A duração de uma viagem por mar ou por 
terra, ou de um lugar para outro, o problemados 
preços que, no curso de uma mesma operação 
comercial, mais ainda quando o circuito se 
complica, sobem ou descem _ tudo isso se impõe 
cada vez mais à sua atenção. Mudança também 
importante: o mercador descobre o preço do 
tempo no mesmo momento em que ele explora o 
espaço, pois para ele a duração essencial é aquela 
de um trajeto. 
Jacques Le Goff. Para uma outra Idade Média. Petrópolis: 
Vozes, 2013. Adaptado. 
 
O texto associa a mudança da percepção do tempo 
pelos mercadores medievais ao 
 
A) respeito estrito aos princípios do livre comércio, 
que determinavam a obediência às regras 
internacionais de circulação de mercadorias. 
B) crescimento das relações mercantis, que 
passaram a envolver territórios mais amplos e 
distâncias mais longas. 
C) aumento da navegação oceânica, que permitiu 
o estabelecimento de relações comerciais 
regulares com a América. 
D) avanço das superstições na Europa ocidental, 
que se difundiram a partir de contatos com 
povos do leste desse continente e da Ásia. 
E) aparecimento dos relógios, que foram 
inventados para calcular a duração das viagens 
ultramarinas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
93 
QUESTÃO 25 
(ENEM 2015) 
 
Os calendários são fontes históricas importantes, 
na medida em que expressam a concepção de 
tempo das sociedades. Essas imagens compõem 
um calendário medieval (1460-1475) e cada uma 
delas representa um mês, de janeiro a dezembro. 
Com base na análise do calendário, apreende-se 
uma concepção de tempo 
 
A) cíclica, marcada pelo mito arcaico do eterno 
retorno. 
B) humanista, identificada pelo controle das horas 
de atividade por parte do trabalhador. 
C) escatológica, associada a uma visão religiosa 
sobre o trabalho. 
D) natural, expressa pelo trabalho realizado de 
acordo com as estações do ano. 
E) romântica, definida por uma visão bucólica da 
sociedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESOLUÇÕES 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 01: 
[D] 
 
O surgimento das primeiras universidades insere-
se no contexto da Baixa Idade Média, onde já 
acontecia o movimento conhecido como 
Renascimento, que levou à busca pelo uso da 
racionalidade em detrimento do dogmatismo. 
Logo que surgiram as primeiras associações de 
estudantes e mestres (depois chamadas de 
universidades), as mesmas passaram a receber 
apoio da comunidade leiga e da comunidade 
católica. A Igreja, inclusive, assumiu o controle de 
algumas das recém surgidas instituições de 
ensino. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 02: 
[E] 
 
A Catedral de Notre Dame foi erguida num período 
medieval de grande consolidação e influência da 
Igreja Católica na Europa. Em estilo barroco, 
próprio para o meio urbano, uma vez que na Baixa 
Idade Média o renascimento das cidades já se fazia 
presente, a Catedral foi pensada sob a lógica da 
racionalidade típica da filosofia escolástica, que 
não desprezava o uso da razão nas questões 
religiosas. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 03: 
[C] 
 
Com a reabertura do Mar Mediterrâneo, século XII, 
após o término das cruzadas, as cidades do Norte 
da Itália monopolizaram o Mediterrâneo, 
realizaram comércio com o Oriente em um 
processo de intensa troca comercial e cultural. Esse 
intercâmbio cultural foi fundamental para, no 
século XIV, dar início ao Renascimento Cultural, 
caracterizado pela valorização do homem e da 
razão, gerando um certo distanciamento do 
mundo medieval. Gabarito [C]. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
94 
RESPOSTA DA QUESTÃO 04: 
[D] 
 
É importante mencionar que o mapa faz referência 
aos séculos XI e XII, portanto aponta para o início 
do Renascimento Comercial e Urbano quando 
iniciou a crise do sistema feudal, surgiu a 
burguesia, também surgiram muitas cidades, 
intensificou o comércio e o uso de moedas, tudo 
isso gerou a necessidade de criar diversas rotas de 
comércio, tanto marítima quanto comercial 
conectando o ocidente com o Oriente. Gabarito 
[D]. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 05: 
[A] 
 
Na Baixa Idade Média, séculos XII ao XV, ocorreu o 
denominado Renascimento Comercial e Urbano 
provocado pelo surgimento da burguesia que 
dinamizou a economia da época através do 
comércio, moedas, bancos, rotas de comércio, 
surgimento de cidades, entre outros. Esse novo 
cenário histórico provocou o início da crise feudal. 
Entre os séculos XI ao XIII ocorreu um grande 
crescimento demográfico na Europa, somente no 
século XIV praticamente a metade da população 
europeia morreu em função da peste negra, a 
grande fome e as revoltas camponesas. Portanto, 
a afirmativa [I] está incorreta. Gabarito [A]. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 06: 
[A] 
 
A Guerra dos Cem Anos ajudou na consolidação do 
Absolutismo na França e no Reino Unido a partir da 
formação de Exércitos Mercenários que, 
posteriormente, foram usados no processo de 
reunificação dos feudos para a formação das 
Monarquias Nacionais. 
 
 
 
 
 
 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 07: 
[E] 
 
O autor, ao afirmar que a cidade medieval também 
era um “sistema de organização de um espaço 
fechado com muralhas, onde se penetra por portas 
e se caminha por ruas e praças e que é guarnecido 
por torres”, deixa claro que entre os séculos X e XIV 
coexistiram na Europa Ocidental estruturas de 
ampliação das atividades urbanas e resquícios da 
Alta Idade Média, especialmente aqueles 
relacionados à proteção dos lugares. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 08: 
[A] 
 
As rebeliões camponesas, que ajudaram a compor 
o quadro que levou o Feudalismo a ruir, se 
explicam pelas dificuldades de produção e 
financeira dos camponeses derivadas da grave 
crise agrícola que abateu a Europa Ocidental entre 
os séculos XII e XIV. Tais dificuldades levaram os 
camponeses a não mais conseguir cumprir com 
suas obrigações junto aos seus senhores feudais. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 09: 
[D] 
 
O texto faz referência a Baixa Idade Média, séculos 
XII ao XV, caracterizado por um intenso comércio 
entre o ocidente e oriente através do 
Mediterrâneo, beneficiando principalmente as 
cidades do Norte da Itália como Gênova e Veneza. 
Do oriente vinham as especiarias e do ocidente 
saiam metais preciosos e tecidos produzidos na 
região da Flandres. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 10: 
[D] 
 
No século XIV, praticamente a metade da 
população europeia morreu em função de diversos 
fatores, tais como, a Grande Fome, a Peste Negra 
e as Revoltas Camponesas. A imagem retrata 
pessoas contaminadas pela Peste Negra no final da 
Idade Média. 
 
 
 
 
 
 
 
95 
RESPOSTA DA QUESTÃO 11: 
[D] 
 
A leitura em Bizâncio era uma prática cultural, que 
envolvia a construção de espaços sociais e atingia 
todos os segmentos da sociedade. Durante a Baixa 
Idade Média, a influência dos intelectuais 
bizantinos chegou ao Ocidente, provocando os 
fenômenos presentes nos textos. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 12: 
[A] 
A Reconquista Ibérica (a expulsão dos muçulmanos 
da Península Ibérica) caracterizou-se pela união de 
diferentes reinos baseada no Cristianismo, a 
despeito das diferenças étnicas dos habitantes. Tal 
união criou a força necessária para que os cristãos 
conseguissem expulsar os muçulmanos, que 
habitavam a Península desde o século VII. Tal 
expulsão levou à formação de Espanha e Portugal. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 13: 
[D] 
Enquanto o continente europeu estava 
mergulhado no sistema feudal, o mundo islâmico 
ao longo do medievo desenvolveu um vasto 
conhecimento deixando um grande legado para o 
mundo. Inspirado na filosofia grega de Platão e 
Aristóteles, os árabes muçulmanos reelaboraram 
elementos culturais de outros povos criando uma 
cultura rica e única. Averrois e Avicena, por 
exemplo, são pensadores que contribuíram para o 
desenvolvimento da época. O texto do médico Ibn 
al-Khatib aponta para método científico pautado 
na observação. Gabarito [D]. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 14: 
[A] 
Na Europa do século XII, as universidades 
conquistaram o direito de autonomia para o 
funcionamento e realização de pesquisas, 
excluindo a interferência dos poderes vigentes do 
período, como o eclesiástico,comunais e 
monárquicos. 
 
 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 15: 
[D] 
 
O texto menciona o surgimento e o 
desenvolvimento da burguesia na Europa durante 
a Baixa Idade Média. Esse grupo foi conquistando 
espaço dentro de uma sociedade feudal, portanto 
além de se apropriar dos meios de produção 
também foi comprando títulos de nobres e terras. 
Na final da Idade Média surgiram os Estados 
Nacionais Modernos através de uma aliança entre 
rei e burguesia com a centralização do poder nas 
mãos dos monarcas e a economia nas mãos da 
burguesia. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 16: 
[B] 
 
Ao final da chamada Baixa Idade Média, momento 
de surgimento da cultura renascentista, algumas 
modificações importantes marcaram a vida 
europeia. Dentre tais modificações, o 
ressurgimento das cidades e do comércio merece 
destaque. Esses ressurgimentos contribuíram para 
um novo desenvolvimento da vida urbana. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 17: 
[D] 
 
O surgimento do estilo gótico coincide com o 
momento de renascimento das cidades, na 
chamada Baixa Idade Média. A partir da reabertura 
do Mar Mediterrâneo e do nascimento da 
burguesia, houve um crescimento das cidades e 
um aumento comercial, o que proporcionou um 
maior enriquecimento às classes sociais. Parte 
desses recursos foi aplicado nas artes. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 18: 
[A] 
Ao longo do século XIV, praticamente metade da 
população europeia foi dizimada. A Peste Negra, a 
Grande Fome, as Revoltas Camponesas além da 
Guerra dos Cem Anos foram responsáveis por essa 
tragédia. O auge da Peste Negra ocorreu em 
meados do século XIV, vitimou da população 
do continente contribuindo para desestruturar o 
sistema feudal. 
 
 
 
 
 
 
 
96 
RESPOSTA DA QUESTÃO 19: 
[A] 
 
As Cruzadas, guerra santa deflagrada pela Igreja 
Católica contra os muçulmanos pelo domínio de 
Jerusalém, obrigou monges de várias ordens a 
mesclar funções religiosas com funções militares. 
Dentre tais ordens podemos citar a dos 
Hospitalários, a dos Templários e a dos 
Teutônicos. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 20: 
[C] 
O conceito de beleza de Dionísio de Cartuxo 
caracteriza um intenso teocentrismo (muito forte 
durante a Idade Média Europeia) associando a 
verdadeira beleza ao Deus criador. O mundo pode 
ser apenas belo e agradável, porém a verdadeira 
beleza é atribuída somente a Deus. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 21: 
[E] 
 
A questão aponta para o final da Idade Média, em 
especial o século XIV caracterizado por muitas 
tragédias como a “Grande Fome” que dizimou 12% 
da população europeia e a Peste Negra que matou 
33% da população da Europa. Apesar deste 
declínio populacional, os senhores feudais 
continuaram cobrando a mesma quantidade de 
impostos sobrecarregando os camponeses 
sobreviventes, daí as revoltas camponesas como as 
Jacqueries na França. Neste cenário de crise que 
ameaçava os interesses da elite, iniciou-se o 
processo de formação dos Estados Nacionais 
através de uma aliança entre rei e burguesia 
centralizando o poder nas mãos dos reis. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 22: 
[A] 
 
Na aliança firmada entre a recente surgida 
burguesia e os monarcas, que levou à formação 
das Monarquias Absolutistas, a burguesia exigiu 
dos monarcas que ajudou financeiramente 
favorecimentos econômicos no novo governo. 
Logo, a exigência não atingia a política e a 
sociedade. 
RESPOSTA DA QUESTÃO 23: 
[D] 
 
A questão diz respeito às Cruzadas, 1095-1275, no 
período da Baixa Idade Média. As Cruzadas foram 
expedições organizadas pela Igreja católica contra 
os “infiéis” muçulmanos. As causas deste 
acontecimento histórico são de natureza religiosa, 
econômica, política e social como libertar 
Jerusalém das mãos dos muçulmanos, unir as 
Igrejas católica e ortodoxa, escoar o excedente 
populacional, abrir o Mediterrâneo para beneficiar 
economicamente as cidades do norte da Itália etc. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 24: 
[B] 
 
Na fase da Baixa Idade Média, quando as cidades 
começaram a ressurgir e o comércio começou a 
renascer, os mercadores passaram a conviver com 
territórios mais amplos e, a partir disso, passaram 
a ter que lidar melhor com a questão do tempo 
com vistas a obter maiores lucros. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 25: 
[D] 
 
Nota-se, pelas imagens, que os homens medievais 
contavam seu tempo através dos ciclos agrícolas, 
denotando, assim, uma concepção de tempo 
natural. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
97 
HISTÓRIA MODERNA: FORMAÇÃO DOS 
ESTADOS E ABSOLUTISMO 
QUESTÃO 01 
(Ufg 2014) 
Analise as imagens a seguir. 
 
 
As pinturas se relacionam a distintas 
concepções de poder, uma absolutista e outra 
republicana, expressas nas figuras 1 e 2 ao 
 
 Figura 1 Figura 2 
A) 
 
destacar a 
cruz no alto da 
coroa, 
reforçando a 
submissão do 
Estado ao 
poder 
religioso. 
relacionar o 
modelo de 
feminilidade à 
laicização do 
Estado, 
projetando 
novos costumes. 
B) 
 
explorar os 
símbolos 
monárquicos, 
caracterizando 
uma estética 
barroca. 
recorrer à 
saturação 
ornamental por 
meio dos 
símbolos, 
apoiando-se na 
estética 
neoclássica. 
C) 
 
associar a 
figura 
feminina à 
autoridade, 
instituindo a 
rainha como 
mãe do 
Estado-nação. 
utilizar a 
personagem 
feminina como 
representação 
da liberdade, 
expondo a 
emancipação 
das mulheres. 
D) 
 
ostentar as 
joias da Coroa, 
expressando a 
ascensão 
econômica da 
aristocracia 
feudal. 
eleger um 
vestuário 
modesto, 
estabelecendo 
correspondência 
entre República 
e simplicidade 
popular. 
E) 
 
fundir a 
figura do 
governante ao 
Estado, 
consagrando o 
poder do 
soberano. 
 
personificar o 
regime político 
em uma figura 
anônima, 
afirmando os 
princípios da 
soberania 
popular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
98 
QUESTÃO 02 
(Uemg 2013) 
 
O Absolutismo como forma de governo 
esteve presente na península Ibérica, na França 
e na Inglaterra, tendo impactado e influenciado 
as maiores economias de seu tempo. 
 
Seus pensadores mais conhecidos e suas 
teorias foram: 
 
A) Nicolau Maquiavel e sua teoria de que o 
indivíduo estava subordinado ao Estado; 
Thomas Hobbes, criador da teoria do 
Contrato; Jacques Bossuet e Jean Bodin, que 
defenderam que o Rei era um representante 
divino. 
B) Nicolau Maquiavel e a teoria do Contrato; 
Thomas Hobbes e a teoria da supremacia do 
Rei como representante divino; Jacques 
Bossuet e Jean Bodin, que defenderam a 
subordinação do indivíduo ao Estado. 
C) Maquiavel, Jacques Bossuet e Jean Bodin, 
cujas teorias só se diferenciaram na 
aplicabilidade teológica, bem como Thomas 
Hobbes, que preconizou o indivíduo como 
senhor de seus direitos. 
D) Maquiavel e Thomas Hobbes, que 
conceberam o Contrato Social, Jacques 
Bossuet, que estabeleceu o conceito de 
individualismo primordial, e Jean Bodin, que 
defendeu a primazia da esfera 
governamental. 
 
QUESTÃO 03 
(Enem 2009) 
 
O que se entende por Corte do antigo regime 
é, em primeiro lugar, a casa de habitação dos 
reis de França, de suas famílias, de todas as 
pessoas que, de perto ou de longe, dela fazem 
parte. As despesas da Corte, da imensa casa dos 
reis, são consignadas no registro das despesas 
do reino da França sob a rubrica significativa de 
Casas Reais. 
ELIAS, N. A sociedade de corte. Lisboa: Estampa, 
1987. 
 
Algumas casas de habitação dos reis tiveram 
grande efetividade política e terminaram por se 
transformar em patrimônio artístico e cultural, 
cujo exemplo é 
 
A) o palácio de Versalhes. 
B) o Museu Britânico. 
C) a catedral de Colônia. 
D) a Casa Branca. 
E) a pirâmide do faraó Quéops. 
 
QUESTÃO 04 
(G1 – cftrj 2020) 
 
Entende-se comumente por Monarquia 
aquele sistema de dirigir que se centraliza 
estavelmente numa só pessoa investida de 
poderes especialíssimos, exatamente 
monárquicos, que a colocam claramente acima 
de todo o conjunto dos governados. 
(BOBBIO, Noberto. Dicionário de política. Brasília 
UNB, 1995) 
 
A forma de organização política exposta 
acima refere-se:A) Ao regime de monarquia parlamentar. 
B) Ao absolutismo monárquico. 
C) À democracia participativa. 
D) À ditadura militar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
99 
QUESTÃO 05 
(G1 - ifce 2019) 
 
A Formação das Monarquias Nacionais 
ocorreu na Baixa Idade Média, entre os séculos 
XII e XV, nos países da Europa Ocidental. É 
correto afirmar-se que 
 
A) o processo de consolidação das monarquias 
foi um dos mais evidentes sinais das 
transformações que assinalavam o apogeu do 
sistema feudal. 
B) na França, considerada exemplo máximo do 
absolutismo europeu, esse processo só foi 
consolidado com a Revolução de 1789. 
C) Portugal e Espanha começaram o processo 
de formação dos estados nacionais após a 
expulsão dos mouros (muçulmanos) que 
habitavam a península ibérica desde o século 
VIII. 
D) o Estado Monárquico buscava a manutenção 
e preservação das tradições medievais e dos 
seus mecanismos de organização política. 
E) com a formação do Estado Moderno os 
burgueses e os camponeses foram 
rapidamente liberados do pagamento de 
taxas e impostos tão presentes durante a 
Idade Média. 
 
QUESTÃO 06 
(Espcex Aman 2019) 
 
Durante a Idade Moderna, ocorreu o 
fortalecimento gradual dos governos das 
monarquias nacionais em grande parte da 
Europa. Desse processo resultou o absolutismo 
monárquico. Dentre os argumentos usados para 
se justificar tal condição, havia um que definia 
o poder absoluto como condição necessária 
para a manutenção da paz e do progresso. 
Assinale a alternativa abaixo que apresenta o 
responsável por tal pensamento. 
 
A) Thomas Hobbes. 
B) Immanuel Kant. 
C) John Locke. 
D) Jean Le Rond D’ Alembert. 
E) Jacques Bossuet. 
 
QUESTÃO 07 
(Unicamp 2018) 
 
Na formação das monarquias confessionais da 
Época Moderna houve reforço das identidades 
territoriais, em função de critérios de caráter 
religioso ou confessional. Simultaneamente, 
houve uma progressiva incorporação da Igreja 
ao corpo do Estado, através de medidas de 
caráter patrimonial e jurisdicional que 
procuravam uma maior sujeição das estruturas 
e agentes eclesiásticos ao poder do príncipe. Na 
busca pela homogeneização da fé dentro de um 
território político, a Igreja cumpria também 
papel fundamental na formação do Estado 
moderno por meio de seus mecanismos de 
disciplinamento social dos comportamentos. 
(Adaptado de Frederico Palomo, A Contra-Reforma 
em Portugal, 1540-1700. Lisboa: Livros Horizonte, 2006, 
p.52.) 
 
Considerando o texto acima e seus 
conhecimentos sobre a Europa Moderna, 
assinale a alternativa correta. 
 
A) Cada monarquia confessional adotou uma 
identidade religiosa e medidas repressivas 
em relação às dissidências religiosas que 
poderiam ameaçar tal unidade. 
B) Monarquias confessionais são aquelas 
unidades políticas nas quais havia a 
convivência pacífica de duas ou mais 
confissões religiosas, num mesmo território. 
C) São consideradas monarquias confessionais 
os territórios protestantes que se mostravam 
mais propícios ao desenvolvimento do 
capitalismo comercial, tornando-se, assim, 
nações enriquecidas. 
D) As monarquias confessionais contavam com 
a instituição do Tribunal do Santo Ofício da 
Inquisição em seu território, uma forma de 
controle cultural sobre religiões politeístas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
100 
QUESTÃO 08 
(Udesc 2018) 
Leia o texto a seguir: 
 
“Todo poder vem de Deus. Os governantes, 
pois, agem como ministros de Deus e seus 
representantes na terra. Consequentemente, o 
trono real não é o trono de um homem, mas o 
trono do próprio Deus. 
Resulta de tudo isso que a pessoa do rei é 
sagrada, e que atacá-lo de qualquer maneira é 
sacrilégio. (...) 
O poder real é absoluto. O príncipe não 
precisa dar contas de seus atos a ninguém.” 
(Jaques-Bénigne Bossuet, 1627-1704) 
 
Assinale a alternativa que apresenta a forma 
de governo à qual o trecho se refere. 
 
A) Democracia representativa. 
B) Monarquia constitucional. 
C) Absolutismo monárquico. 
D) República monarquista. 
E) Monarquia populista religiosa. 
 
QUESTÃO 09 
(Ufjf-pism 1 2017) 
 
Leia o texto a seguir e observe com atenção 
a imagem da pintura a óleo de um rei francês 
em um campo de batalha. Os dois estão 
relacionados ao período dos Estados 
Absolutistas Modernos: 
 
“Como é importante que o público seja 
governado por um só, também importa que 
quem cumpre essa função esteja de tal forma 
elevado acima dos outros que ninguém se possa 
confundir ou se comparar com ele; não se pode 
retirar do seu chefe a mínima marca da 
superioridade que o distingue...”. 
RIBEIRO, R. J. A ética no Antigo Regime. São Paulo: 
Moderna, 1999. p. 54. 
 
 
 
Sobre os Estados Absolutistas, assinale a 
alternativa CORRETA: 
 
A) a formação de exércitos permanentes, 
profissionais e centralizados era o objetivo 
militar de Estados Absolutistas que 
pretendiam defender suas fronteiras 
estabelecidas. 
B) os exemplos mais característicos de Estados 
Absolutistas, nos quais o poder do monarca 
era concentrado efetivamente na Europa, 
eram a Itália e a Alemanha. 
C) a política econômica dos Estados 
Absolutistas combatia as propostas que 
defendiam a unificação de impostos, moedas, 
pesos e medidas em todo seu território. 
D) diferentes representações artísticas traziam 
a imagem idealizada de monarcas dos 
Estados Absolutistas, caracterizando-os 
como indivíduos semelhantes aos seus 
súditos. 
E) a justificativa do poder exercido pela nobreza 
nos Estados Absolutistas buscava se afastar 
do princípio da origem divina que lhe 
conferiria um caráter ilimitado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
101 
QUESTÃO 10 
(Ufu 2016) 
 
A tranquilidade dos súditos só se encontra na 
obediência. [...] Sempre é menos ruim para o 
público suportar do que controlar incluso o mau 
governo dos reis, do qual Deus é único juiz. 
Aquilo que os reis parecem fazer contra a lei 
comum funda-se, geralmente, na razão de 
Estado, que é a primeira das leis, por 
consentimento de todo mundo, mas que é, no 
entanto, a mais desconhecida e a mais obscura 
para todos aqueles que não governam. 
LUÍS XIV, Rei da França. Memorias. (Versão espanhola 
de Aurelio Garzón del Camino). México: Fondo de Cultura 
Económica, 1989. p. 28-37 (Adaptado). 
 
As palavras do rei Luís XIV exemplificam um 
complexo e longo processo sociopolítico, 
identificado com o que comumente chamamos 
de Idade Moderna e que podia ser 
caracterizado. 
 
A) por um crescente deslocamento do poder 
político da burguesia, que passou a ver a 
ascensão da nobreza feudal, cada vez mais 
próxima do poder e ocupando importantes 
cargos políticos. 
B) pela centralização administrativa sobre os 
particularismos locais e pela crescente 
unificação territorial, ainda que os senhores 
de terra não perdessem inteiramente seus 
privilégios. 
C) pelo fortalecimento do poder político da 
Igreja Católica, resultado de um processo de 
crescente mercantilização de suas terras e de 
sua consequente adequação ao mercado. 
D) pelo processo de cercamento dos campos, 
com o consequente fortalecimento da 
nobreza feudal, a qual, com os altos impostos 
que pagava, contribuiu decisivamente para o 
fortalecimento do poder real. 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 11 
(Mackenzie 2016) 
 
“O fim último, causa final e desígnio dos 
homens (que amam naturalmente a liberdade e 
o domínio sobre os votos), ao introduzir aquela 
restrição sobre si mesmos sob a qual os vemos 
viver nos Estados, é o cuidado com a sua própria 
conservação e com uma vida mais satisfeita.” 
(Thomas Hobbes) 
Hobbes, teórico e filósofo do século XVII, 
elaborou as bases do seu pensamento político, 
admitindo a existência de um pacto social entre 
os homens e o governo, capaz de realizar uma 
construção racional da sociedade. 
 
Considere as assertivas abaixo. 
 
I. A humanidade, no seu estado natural, era 
uma selva. Mas quando os homens eram 
submetidos porEstados soberanos, não 
tinham que recear um regresso à selva no 
relacionamento entre indivíduos, a partir do 
momento em que os benefícios consentidos 
do poder absoluto, em princípio ilimitado, 
permitiam ao homem deixar de ser uma 
ameaça para os outros homens. 
II. Sua doutrina, a respeito do direito divino dos 
reis serviu como suporte ideológico ao 
despotismo esclarecido dos monarcas 
europeus durante a Era Moderna e de 
inspiração para a burguesia mercantil, em 
luta contra o poderio que a nobreza exercia 
sobre as cidades. 
III. O Absolutismo, por ele defendido, seria uma 
nova forma de governo capaz de articular 
setores sociais distintos. Atenderia aos 
anseios dos setores populares urbanos, 
interessados em apoiar o poder real a fim de 
contar com isenção fiscal, assim como a 
aristocracia, que encontra, nessa forma de 
governo, possibilidade de manter seus 
privilégios econômicos e sociais. 
 
Assinale 
A) se apenas I estiver correta. 
B) se apenas II estiver correta. 
C) se apenas III estiver correta. 
D) se apenas I e II estiverem corretas. 
E) se apenas II e III estiverem corretas. 
 
 
 
 
 
 
 
102 
QUESTÃO 12 
(Espm 2016) 
 
Nenhum homem livre será detido, apri-
sionado, ou privado de seus bens, ou posto fora 
da lei, ou exilado, ou prejudicado de algum 
modo a não ser em virtude de um julgamento 
legal dos seus pares ou em virtude das leis do 
país. 
(G. M. Trevelyan. História concisa da Inglaterra) 
 
O trecho acima foi retirado de um documen-
to considerado referência fundamental das 
Liberdades Inglesas. Assinale-o: 
 
A) Provisões de Oxford; 
B) Magna Carta; 
C) Ato de Supremacia; 
D) Declaração de Direitos; 
E) Lei dos Pobres. 
 
QUESTÃO 13 
(Fgv 2016) 
 
“Não estabeleceremos no nosso reino 
nenhum subsídio ou escudagem (imposto) sem 
o consentimento comum do nosso reino (...). 
Nenhum homem livre será detido, preso ou 
privado de seus bens (...) ou levado de qualquer 
maneira (...) salvo em virtude de um julgamento 
legal por seus pares (...). A ninguém 
venderemos, recusaremos (...) o direito ou a 
justiça. Todos os mercadores poderão livre e 
seguramente sair da Inglaterra, aí vir e morar e 
aí passar, por terra ou por mar, para comprar e 
vender (...) 
Instituímos e concedemos aos nossos barões 
a garantia seguinte: eles elegerão 25 barões de 
reino, que lhes aprouverem, os quais deverão 
com todo o seu poder, observar, manter e fazer 
observar a paz e as liberdades que nós 
concedemos e confirmamos pela presente 
carta. (...)” 
(apud Gustavo de Freitas, 900 textos e documentos 
de História, volume II. 1976) 
 
O trecho refere-se 
 
A) à Declaração de Direitos, de 1689, na qual o 
rei Stuart Jaime II perde todo o seu poder 
para o Conselho Comum dos 25 Barões, e que 
impõe a liberdade econômica e política no 
reino da Inglaterra. 
B) ao Conselho Comum dos 25 Barões, órgão do 
qual nascerá a Câmara dos Lordes, isto é, o 
parlamento inglês, em 1215, para limitar os 
abusos do rei João Sem Terra, garantindo a 
justiça e a liberdade econômica. 
C) à Declaração dos Direitos do Homem e do 
Cidadão, de 1689, limitadora dos poderes do 
rei Tudor Henrique VIII que, de forma 
violenta e arbitrária, aumentava os impostos, 
prejudicando o comércio da Inglaterra. 
D) ao acordo da Guerra das Duas Rosas, que 
estabeleceu o fim dos conflitos internos, em 
1485, possibilitando ao rei Tudor Henrique 
VII a concentração do poder em suas mãos, 
com o apoio do Conselho Comum dos 25 
Barões. 
E) às cláusulas da paz, estabelecidas após a 
Revolução Puritana, em 1649, com a morte 
do rei Stuart Carlos I, que favorecem os ricos 
comerciantes ingleses, representados no 
Conselho Comum dos 25 Barões. 
 
QUESTÃO 14 
(FGV 2015) 
 
Em 1497 o rei dom Manuel, não querendo 
perder uma valiosa parcela da população, [...] 
impôs o batismo obrigatório a praticamente 
todos os judeus, restringindo-lhes os meios de 
sair do país, escravizando os que continuaram 
judeus e apreendendo os filhos dos não 
convertidos. 
SCHWARTZ, S. B. Cada um na sua lei. Tolerância 
religiosa e salvação no mundo atlântico ibérico . São Paulo: 
Edusc/Cia. das Letras, 2009, p. 155. 
 
Entre os desdobramentos da política do 
reino português com relação aos judeus, 
podemos citar: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
103 
A) A presença de cristãos-novos pode ser 
observada apenas em Portugal. 
B) Os cristãos-novos obtiveram os mesmos 
direitos que os cristãos-velhos portugueses. 
C) A Inquisição portuguesa direcionou-se mais 
aos delitos sexuais que à perseguição aos 
judeus. 
D) O Brasil tornou-se possibilidade de refúgio 
aos judeus portugueses devido à vigilância 
crescente na metrópole. 
E) Devido à ação rigorosa da Inquisição, a 
questão judaica foi rapidamente solucionada 
em Portugal. 
 
QUESTÃO 15 
(Espcex Aman 2015) 
 
O absolutismo desenvolveu-se no ocidente 
europeu durante a Idade Moderna (séculos XV 
ao XVIII), favorecido, principalmente, pela(o)(s): 
 
A) falta de freio nas concepções morais e nos 
costumes da época. 
B) fortalecimento da Igreja Católica e pelos 
lucros auferidos pelas vitórias dos cruzados. 
C) formação dos estados nacionais e 
transferência do eixo econômico do Oceano 
Atlântico para o Mar Mediterrâneo. 
D) riquezas obtidas pelos reis europeus na 
América, África e Ásia. 
E) reforma protestante e transferência do eixo 
econômico do Oceano Atlântico para o Mar 
Mediterrâneo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 16 
(FGV 2020) 
 
Por volta do final do século XVI, teve início uma 
transformação profunda no gênero de vida das 
classes privilegiadas. Os castelos deixaram de ser 
fortalezas e se tornaram residências de lazer no 
campo. Seus fossos foram cobertos e suas torres 
transformaram-se em ornamentos. As famílias 
ricas tinham, além disso, solares na cidade, onde 
passavam uma parte do ano. Os divertimentos 
tornaram-se menos guerreiros, o torneio foi 
substituído pelo carrossel, exercício de habilidades 
a cavalo, vindo da Itália. O jogo de combate 
transformou-se na esgrima com espada, de origem 
italiana, modificada na França. 
(Charles Seignobos. Histoire sincère de la nation française, 
1982. Adaptado.) 
 
As transformações assinaladas pelo texto sugerem 
 
A) a extinção das famílias nobres medievais com a 
ascensão social da burguesia de comerciantes e 
industriais. 
B) a pacificação das disputas entre Estados como 
resultado da evolução cultural da sociedade 
europeia. 
C) a passagem do poder político descentralizado 
para a centralização política do absolutismo 
monárquico. 
D) a dissolução da hierarquização social com base 
no nascimento face ao advento da sociedade de 
classes. 
E) a democratização do uso das terras produtivas 
com a abolição da exploração da mão de obra 
servil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
104 
QUESTÃO 17 
(Uel 2020) 
 
 
 
Com base na figura e nos conhecimentos sobre o 
reinado de Luís XIV, na França, assinale a 
alternativa correta. 
 
A) Como fonte histórica, a pintura é considerada 
produção estética destituída de articulações 
com a sociedade do período. 
B) Essa pintura representa, da perspectiva política, 
símbolos do Absolutismo, ao tornar reconhecida 
a figura do rei. 
C) O monarca Luís XIV dispunha de autoridade 
limitada, recordando a divisão iluminista do 
poder em três esferas. 
D) A extensão de direitos de cidadania ao Terceiro 
Estado foi um dos principais traços políticos do 
período. 
E) A característica política do reinado de Luís XIV foi 
a separação entre a instituição religiosa e o 
Estado. 
 
QUESTÃO 18 
(Ufjf-pism 1 2019) 
 
Leia atentamente o relato sobre a situação dos 
judeus na Península Ibérica escrito entre 1494 e 
1495 pelo médico alemão Jerónimo Munzer 
quando este esteve em Lisboa: 
 
“Os Judeus de Lisboa são riquíssimos, cobram os 
tributos reais, que arremataram ao Rei. São 
insolentes com os cristãos. Têm muito medo daproscrição, pois o Rei de Espanha ordenou ao Rei 
de Portugal que expulsasse os marranos* e da 
mesma forma os judeus, aliás teria guerra com ele. 
O Rei de Portugal, fazendo a vontade ao de 
Espanha, ordenou que antes do Natal saíssem do 
reino todos os marranos. Eles fretaram a nau 
Rainha, belíssimo navio, e no meado de Dezembro 
irão para Nápoles; aos Judeus, porém, deu o Rei o 
prazo de dois anos para assim os expulsar do reino 
menos violentamente. Em vista disso os judeus 
vão-se retirando sem demora e procuram no 
estrangeiro lugares próprios para a sua 
residência.” 
(MUNZER, Jerónimo. Viagem por Espanha e Portugal nos 
anos de 1494 e 1495.) 
 
* Judeus convertidos obrigatoriamente ao 
cristianismo. 
 
Sobre as perseguições aos judeus na Idade 
Moderna europeia é CORRETO afirmar que: 
 
A) Os judeus foram expulsos dos territórios da 
Península Ibérica por serem pobres e 
dependerem da ajuda real para sobreviverem. 
B) Aqueles que se converteram ao protestantismo, 
religião oficial dos monarcas, foram autorizados 
a permanecerem no território ibérico. 
C) O contexto de perseguição religiosa levado à 
frente pela Inquisição produziu a 
desterritorialização de milhares de 
descendentes de judeus, convertidos ou não à fé 
católica. 
D) Dentre as acusações que pesavam sobre os 
judeus e que motivaram sua expulsão da 
Península Ibérica estavam o uso de práticas 
pagãs e a leitura do Alcorão. 
E) Diferentemente do rei português, os monarcas 
espanhóis foram tolerantes com as práticas 
religiosas dos judeus. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
105 
QUESTÃO 19 
(Mackenzie 2018) 
Analise o poema abaixo, composto por Fernando 
Pessoa e disponível em sua obra Mensagem. 
 
‘Screvo meu livro à beiramágoa. 
Meu coração não tem que ter. 
Tenho meus olhos quentes de água. 
Só tu, Senhor, me dás viver. 
 
Só te sentir e te pensar 
Meus dias vácuos enche e doura. 
Mas quando quererás voltar? 
Quando é o Rei? Quando é a Hora? 
 
Quando virás a ser o Cristo 
De a quem morreu o falso Deus, 
E a despertar do mal que existo 
A Nova Terra e os Novos Céus? 
 
Quando virás, ó Encoberto, 
Sonho das eras português, 
Tornar-me mais que o sopro incerto 
De um grande anseio que Deus fez? 
 
Ah, quando quererás voltando, 
Fazer minha esperança amor? 
Da névoa e da saudade quando? 
Quando, meu Sonho e meu Senhor? 
 
É correto afirmar que o poema de Fernando 
Pessoa 
 
A) retoma uma concepção mítica que, ao remontar 
ao desaparecimento de D. Sebastião, no século 
XVI, possui raízes históricas em Portugal. 
B) vincula a resolução das dificuldades, até então 
enfrentadas pela coroa portuguesa, ao apego ao 
Cristianismo, adquirindo um caráter 
messiânico. 
C) corrobora a visão, até então predominante em 
Portugal, de que o retorno de D. João VI para a 
Europa possibilitaria a superação das 
dificuldades reinóis. 
D) esclarece, sem fundamentos místicos e 
históricos, os motivos do fim da dinastia e Avis e 
a ascensão dos Habsburgo ao trono português. 
E) enaltece as Grandes Navegações portuguesas, 
cujo sucesso seria explicado pela união de 
fatores religiosos e políticos. 
QUESTÃO 20 
(Fgvrj 2017) 
 
Soberania popular, igualdade civil, igualdade 
perante a lei – as palavras hoje são ditas com tanta 
facilidade que somos incapazes de imaginar seu 
caráter explosivo em 1789. Não conseguimos nos 
imaginar num mundo mental como o do Antigo 
Regime... 
DARNTON, Robert. O beijo de Lamourette. Mídia, cultura e 
revolução. Trad.,São Paulo: Companhia das Letras, 2010, p. 
30. 
 
As sociedades europeias do chamado Antigo 
Regime baseavam-se 
 
A) no princípio da igualdade social e econômica e 
no direito divino de seus monarcas. 
B) na ordenação social hierárquica e em 
concepções filosóficas ligadas a religiões. 
C) na perspectiva da desigualdade social e em 
doutrinas religiosas democráticas. 
D) na liberdade de expressão religiosa e no 
sentimento nacionalista. 
E) na efetivação da igualdade jurídica e na 
mentalidade clerical. 
 
QUESTÃO 21 
(Uefs 2016) 
 
As monarquias nacionais que se formaram ao 
longo dos séculos XIII, XIV e XV, embora tenham 
sido uma nova forma de exercício do poder (poder 
centralizado), oposta às monarquias medievais, 
mantiveram em sua essência a mesma natureza 
destas. Apesar, inclusive, de toda a importância e 
participação da burguesia no processo de 
consolidação do Estado nacional, o poder 
continuou sendo exercido pela mesma classe 
dominante, a nobreza, só que agora concentrado 
na figura do rei. 
NEVES, Vera M. da C. (org.). As terras do Brasil e o mundo dos 
descobrimentos. Secretaria de Educação. Instituto Anísio 
Teixeira. Salvador: Boa nova, 2000, p. 18-19. 
 
A influência da burguesia na estruturação das 
monarquias europeias deu aos monarcas, 
entretanto, 
 
 
 
 
 
 
 
 
106 
A) a oportunidade para fortalecer os laços de 
cooperação com a Igreja Católica, responsável 
pela confirmação do poder real. 
B) o cancelamento do direito de acesso às “cartas 
de franquia” pelas vilas agrícolas medievais. 
C) o poder de democratizar o acesso de servos, 
operários e trabalhadores braçais, aos 
estamentos mais elevados da sociedade. 
D) a necessidade de dividir o poder de mando com 
representantes de outros reinos não cristãos do 
Oriente Médio. 
E) os recursos necessários à organização de 
exércitos nacionais comandados por generais da 
confiança dos reis, excluindo os exércitos 
particulares da nobreza feudal. 
 
QUESTÃO 22 
(Uea 2014) 
 
Escrito entre 1601 e 1602, Hamlet é um drama de 
autoria de William Shakespeare. A peça representa 
a história de Hamlet, príncipe da Dinamarca, que 
volta ao seu país, depois de ter recebido a notícia 
da morte de seu pai. Ao retornar ao castelo de 
Elsenor, percebe que sua mãe, recém-viúva, casou-
se com Cláudio, irmão do rei morto, que se 
apossou do trono do reino. O conflito agrava-se 
quando o espectro do falecido rei aparece a 
Hamlet, relatando-lhe que ele havia sido 
assassinado pelo seu irmão. Hamlet procura vingar 
a morte de seu pai e combater o usurpador do 
poder. As consequências do conflito, interno à 
monarquia dinamarquesa, redundam em 
sofrimentos, mortes e conquista do país por um 
exército estrangeiro. 
 
Situando-se a peça na história do período em que 
foi escrita e analisando-se o seu conteúdo político, 
pode-se sustentar que 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A) a preservação do poder legítimo do monarca é 
entendida como condição necessária à 
manutenção da paz e à autonomia do reino. 
B) a centralização política antidemocrática produz a 
oposição e a rebelião das populações mais pobres 
do reino. 
C) o poder absolutista dos reis é considerado causa de 
desentendimentos entre indivíduos, sem que isso 
altere a estabilidade política dos reinos. 
D) a fragilidade, a incompetência política e militar dos 
monarcas ingleses impediram a consolidação do 
absolutismo. 
E) as monarquias absolutistas conseguiram impor a 
religião cristã ao conjunto da sociedade europeia. 
 
QUESTÃO 23 
(FGV 2014) 
 
O paradoxo aparente do absolutismo na Europa 
ocidental era que ele representava 
fundamentalmente um aparelho de proteção da 
propriedade dos privilégios aristocráticos, embora, 
ao mesmo tempo, os meios pelos quais tal 
proteção era concedida pudessem assegurar 
simultaneamente os interesses básicos das classes 
mercantis e manufatureiras nascentes. 
Essencialmente, o absolutismo era apenas isto: um 
aparelho de dominação feudal recolocado e 
reforçado, destinado a sujeitar as massas 
camponesas à sua posição tradicional. Nunca foi 
um árbitro entre a aristocracia e a burguesia, e 
menos ainda um instrumento da burguesia 
nascente contra a aristocracia: ele era a nova 
carapaça política de uma nobreza atemorizada. 
(Perry Anderson, Linhagens do Estado absolutista. p. 18 e 39. 
Adaptado) 
 
Segundo Perry Anderson, o Estado absolutista 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
107 
A) não tinha força política para submeter os 
trabalhadoresdo campo e a aristocracia com a 
cobrança de pesados impostos e, 
simultaneamente, oferecer participação política 
e vantagens econômicas para o crescimento da 
burguesia comercial e manufatureira. 
B) nunca se submeteu aos interesses da burguesia 
mercantil e manufatureira em detrimento da 
aristocracia, mas, ao contrário, tornou-se um 
escudo de proteção dos camponeses contra o 
domínio feudal exercido por meio de pesados 
impostos. 
C) garantiu, sob a sua proteção, o domínio 
econômico e político da aristocracia sobre os 
camponeses e, para sobreviver 
economicamente, atendeu aos interesses de 
expansão do mercado da burguesia mercantil e 
manufatureira, mas a afastou do poder 
político. 
D) preservou a propriedade feudal e os interesses 
dos camponeses, mas, para que isso se 
efetivasse, submeteu-se à pressão da burguesia 
mercantil e manufatureira ao aproximá-la do 
poder político, oferecendo cargos públicos a 
essa classe. 
E) não protegeu a aristocracia nem os camponeses 
que, para sobreviverem, estabeleceram alianças 
pontuais com a burguesia comercial em 
ascensão econômica e com crescente 
participação política, com o intuito de obter 
acesso à terra. 
 
QUESTÃO 24 
(FGV 2015) 
Leia o fragmento. 
 
(...) entre os séculos XVII e XVIII ocorreram fatos na 
França que é preciso recordar. Entre 1660-1680, os 
poderes comunais são desmantelados; as 
prerrogativas militares, judiciais e fiscais são 
revogadas; os privilégios provinciais reduzidos. 
Durante a época do Cardeal Richelieu (1585-1642) 
aparece a expressão “razão de Estado”: o Estado 
tem suas razões próprias, seus objetivos, seus 
motivos específicos. A monarquia francesa é 
absoluta, ou pretende sê-lo. Sua autoridade 
legislativa e executiva e seus poderes impositivos, 
quase ilimitados, de uma forma geral são aceitos 
em todo o país. No entanto... sempre há um “no 
entanto”. Na prática, a monarquia está limitada 
pelas imunidades, então intocáveis, de que gozam 
certas classes, corporações e indivíduos; e pela 
falta de uma fiscalização central dos amplos e 
heterogêneos corpos de funcionários. 
Leon Pomer, O surgimento das nações. Apud Adhemar 
Marques et al, História Moderna através de textos. 
 
No contexto apresentado, entre as “imunidades de 
que gozam certas classes”, é correto considerar 
 
A) os camponeses e os pequenos proprietários 
urbanos eram isentos do pagamento de 
impostos em épocas de secas ou de guerras de 
grande porte. 
B) a burguesia ligada às transações financeiras com 
os espaços coloniais franceses não estava sujeita 
ao controle do Estado francês, pois atuava fora 
da Europa. 
C) a nobreza das províncias mais distantes de Paris 
estava desobrigada de defender militarmente a 
França em conflitos fora do território nacional. 
D) os grandes banqueiros e comerciantes não 
precisavam pagar os impostos devido a uma 
tradição relacionada à formação do Estado 
francês. 
E) o privilégio da nobreza que não pagava tributos 
ao Estado francês, condição que contribuiu para 
o agravamento das finanças do país na segunda 
metade do século XVIII. 
 
QUESTÃO 25 
(Unioeste 2012) 
 
“Três razões fazem ver que este governo é o 
melhor. A primeira, é que é o mais natural e se 
perpetua por si próprio… A segunda razão... é que 
esse governo é o que interessa mais na 
conservação do Estado e dos poderes que o 
constituem: o príncipe, que trabalha para o seu 
Estado, trabalha para os seus filhos... A terceira 
razão tira-se da dignidade das casas reais… O trono 
real não é trono de um homem, mas o trono de 
Deus… O rei vê mais longe e de mais alto… e deve-
se obedecer-se-lhe sem murmura, pois o murmúrio 
é uma disposição para sedição”. 
BOSSUET, Jaques-Benigne. Política Tirada da Sagrada 
Escritura. In: FREITAS, Gustavo de. 900 Textos e Documentos 
de História. Lisboa, Plátano Editora, s/d, p.201. 
 
 
 
 
 
 
 
 
108 
No trecho acima, Bossuet justificou uma forma de 
organização do Estado europeu na Idade Moderna, 
em relação a qual é correto afirmar que 
 
A) se tratava do Estado Moderno, caracterizado 
pela centralização do poder nas mãos do rei, 
cuja legitimidade seria conferida por Deus. 
B) o Estado Absolutista foi constituído sob a 
influência das ideias iluministas, um movimento 
filosófico e político que fundou as bases do 
Estado Absolutista. 
C) a formação do Estado Moderno estava apoiada 
em termos filosóficos no pensamento 
teocêntrico e, em termos políticos, na 
fragmentação política. 
D) o Estado Moderno se sustentava na tradição 
democrática herdada da antiguidade clássica. 
E) Bossuet representa uma corrente de filósofos 
que justificava o poder soberano dos reis através 
da teoria do contrato social. 
 
RESOLUÇÕES 
RESPOSTA DA QUESTÃO 01: 
[E] 
 
De fato no Absolutismo o Estado era forte e 
soberano vinculado à figura dos reis. Já o 
Republicanismo defende que soberano é o povo 
e qualquer pessoa pode ser retratada, uma 
figura anônima. O pensador inglês do século 
XVII Hobbes foi um típico defensor do Estado 
Absolutista enquanto Jean Jacques Rousseau, 
pensador do século XVIII, defendeu o 
Republicanismo afirmando que o povo é 
soberano e todo poder emana do povo. A 
proposição [A] é falsa ao afirmar que no 
Absolutista o Estado era submisso ao poder 
religioso. A proposição [B] está equivocada. A 
Estética Barroca nasceu no Concílio de Trento 
no contexto da Contra Reforma e era associada 
à Igreja católica. A alternativa [C] está incorreta, 
pois a figura feminina não era associada à 
autoridade no Estado Absolutista. A proposição 
[D] é falsa. A aristocracia feudal estava em 
decadência no contexto do Absolutismo 
Monárquico. A burguesia estava em ascensão 
econômica e sustentava o Estado através de 
impostos. 
RESPOSTA DA QUESTÃO 02: 
[A] 
 
Maquiavel e Hobbes se utilizam de 
argumentos racionais – não religiosos – em suas 
teorias; o primeiro defendendo a autoridade do 
“Príncipe”, ou seja, do governante sobre a 
sociedade, enquanto o segundo, autor do 
Leviatã, que parte da ideia de que “o homem é 
o lobo do homem” e para viver em sociedade os 
homens devem estabelecer um contrato social, 
no qual cada indivíduo renuncia a uma parte de 
sua liberdade e de seus direito a um 
governante, responsável por gerir o conjunto da 
sociedade. Importante destacar que a ideia de 
“contrato social” de Hobbes antecede ao livro 
de mesmo nome de Rousseau (que defenderá o 
fim do absolutismo). 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 03: 
[A] 
 
Desde a antiguidade, os palácios foram 
símbolos do poder imperial ou real, e acabaram 
por expressar os valores artísticos da época em 
que foram construídos. No caso do Palácio de 
Versalhes, foi construído a mando do rei Luís 
XIV no século XVII, tornando-se um símbolo do 
Antigo Regime na França e uma obra que 
sintetiza a arquitetura do estilo rococó. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 04: 
[B] 
 
Diferente das monarquias parlamentaristas 
que existem na contemporaneidade, nas 
monarquias absolutistas, descritas no texto de 
Noberto Bobbio, que caracterizaram o Antigo 
regime, o poder estava concentrado nas mãos 
dos monarcas. Luís XIV, o rei sol, monarca 
francês do século XVII, é o grande exemplo de 
centralização do poder. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
109 
RESPOSTA DA QUESTÃO 05: 
[C] 
 
Na Baixa Idade Média, séculos XII ao XV, 
surgiram os Estados Nacionais Modernos 
através de uma aliança entre rei e burguesia. A 
Península Ibérica foi pioneira nesse processo 
histórico, Portugal surgiu no ano de 1139, 
depois foi a vez da Espanha. Esses dois países 
surgiram no contexto das Guerras de 
Reconquista, isto é, a luta dos cristãos para 
expulsar os mouros ou muçulmanos da 
Península Ibérica. Gabarito [C]. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 06: 
[A] 
 
Thomas Hobbes foi um dos mais destacados 
Teóricos do Absolutismo. Sua análise baseava-
se no preceito de que o homem é o lobo do 
homem e, por isso, a existência de uma figura 
superior de poder se faz necessária para evitar 
conflitos e possibilitaro progresso. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 07: 
[A] 
 
Como o próprio texto explica, ao disciplinar 
socialmente os comportamentos, a Igreja 
Católica ajudou na formação da unidade das 
Monarquias Modernas europeias. Ao adotar a 
religião católica como oficial e proibir a prática 
de outras religiões, as Monarquias criavam para 
seus súditos as noções de pertencimento ao 
coletivo que, agora, deveria compor um só 
Reino. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 08: 
[C] 
 
Somente a proposição [C] está correta. O 
pensador francês Jacques Bossuet, no século 
XVII, tornou-se um grande defensor do 
absolutismo monárquico. Em sua obra “Política 
tirada da Sagrada Escritura” defendeu o direito 
divino dos reis inspirado na história dos 
Hebreus conforme o Antigo Testamento. 
 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 09: 
[A] 
A questão menciona a formação dos Estados 
Nacionais na Baixa Idade Média culminando no 
Absolutismo da Idade Moderna. Os Estados 
Modernos surgiram através de uma aliança 
entre rei e burguesia. A burguesia foi 
beneficiada com a proteção do Estado e a 
unificação da moeda visando facilitar o 
comércio, no entanto, os burgueses pagavam 
impostos para manter o aparato estatal. O 
Estado, cujo poder estava personalizado na 
figura do rei, montava e equipava o exército e a 
marinha e mantinha a burocracia estatal. No 
geral, a teoria do direito divino dos reis, 
justificava o poder dos monarcas. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 10: 
[B] 
A questão remete ao sistema político 
denominado Absolutismo que caracterizou a 
Idade Moderna. O poder estava personificado 
na figura do rei que, em geral, possuía muito 
poder, sobretudo na França conforme as 
citações do “rei sol” Luís XIV. A centralização do 
poder nas mãos dos reis iniciou-se na Baixa 
Idade Média para amenizar os problemas 
sociais como as revoltas camponesas que 
caracterizaram a Europa no século XIV bem 
como apoiar a burguesia que necessitava de 
proteção para a realização de suas atividades 
mercantis. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 11: 
[A] 
A questão aponta para o pensamento político 
de Hobbes, considerado um filósofo 
contratualista, este pensador inglês do século 
XVII, em sua obra Leviatã, defendeu o Estado 
absolutista. Segundo ele, em estado natural, 
seria um caos, uma guerra de todos contra 
todos uma vez que o homem não tem aptidão 
natural para viver em sociedade como defendeu 
Aristóteles na antiguidade. Desta forma, todo 
homem deve abrir mão de sua liberdade 
delegando poder ao Estado soberano, que tem 
como missão, preservar a ordem social. Hobbes 
não defendeu o direito divino dos reis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
110 
RESPOSTA DA QUESTÃO 12: 
[B] 
 
A Magna Carta foi um documento que 
restringia o poder do rei inglês. Nesse sentido, 
trazia uma série de restrições aos abusos de 
poder, como fica claro no fragmento acima. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 13: 
[B] 
 
A questão remete ao surgimento do 
Parlamento na Inglaterra. Em 1215 foi redigida 
a Magna Carta para limitar o poder do rei João 
Sem Terra. Este documento possui um viés 
feudal ao limitar o poder do rei e dar mais poder 
aos nobres e, também, é moderno ao 
estabelecer alguns princípios dos direitos 
humanos. Este documento é considerado a base 
das liberdades inglesas. Pela Magna Carta o rei 
só pode aumentar impostos ou alterar leis com 
a aprovação do Grande Conselho, do 
Parlamento. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 14: 
[D] 
 
A questão remete à intolerância religiosa na 
Península Ibérica no contexto da formação dos 
Estados Nacionais. Os ibéricos expulsaram os 
muçulmanos da Península Ibérica na chamada 
Guerras de Reconquista. Assim surgiram 
Portugal e Espanha. Tão logo expulsaram os 
muçulmanos, os ibéricos pressionaram os 
judeus. Em Portugal, os judeus tinham um prazo 
para se converter ou residir em outro lugar. 
Muitos foram convertidos e passaram a ser 
chamados de cristãos novos, outros foram para 
a Holanda contribuindo para o desenvolvimento 
econômico daquela região e, outros, vieram 
para o Brasil como forma de fugir da autoridade 
portuguesa e investir no açúcar brasileiro. 
 
 
 
 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 15: 
[D] 
 
 
Somente a proposição [D] está correta. A 
questão remete ao sistema absolutista que 
ocorreu na Europa entre o século XV e XVIII. No 
final da Idade Média ocorreu a formação dos 
Estados Nacionais Modernos através da aliança 
entre rei e burguesia. O rei possuía o poder 
político e a burguesia fazia o comércio e pagava 
impostos para manter os excessivos gastos dos 
Estados Modernos. Para manter a eficiência dos 
Estados Modernos era preciso muitos recursos 
para criar e equipar exércitos, criar e equipar a 
marinha e custear a burocracia estatal. Daí as 
Grandes Navegações que ocorreram ao longo 
do século XV provocaram a exploração da África 
e Ásia bem como no “descobrimento” da 
América e sua conquista e colonização 
conforme aponta a alternativa [D]. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 16: 
[C] 
 
O texto retrata parte das transformações pelas 
quais a Europa Ocidental passou na chamada Baixa 
Idade Média, mostrando o renascimento das 
cidades e as mudanças nos hábitos da nobreza. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 17: 
[B] 
 
Pinturas como essa de Luís XIV foram comuns na 
época do Absolutismo e serviam, principalmente, 
para destacar a figura monárquica, dando a ela 
toda a simbologia inerente ao cargo, como a 
peruca, o manto e o cedro, além de o Rei sempre 
ser retratado no centro da imagem. Vale destacar 
que Luís XIV era chamado de o Rei Sol e proferiu a 
famosa frase “o Estado sou eu”, típica do 
Absolutismo Monárquico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
111 
RESPOSTA DA QUESTÃO 18: 
[C] 
Há uma perseguição aos judeus desde o mundo 
antigo, por exemplo no cativeiro da Babilônia 586 
a. C, e na diáspora romana, 70 d.C, quando os 
romanos destruíram Jerusalém e muitos judeus 
foram para outras regiões. Ao longo da Idade 
Média na Europa feudal, a Igreja também reprimiu 
os judeus sobretudo no contexto das Cruzadas, 
1095-1270. No contexto da formação de Portugal 
e da Espanha, ocorreram as Guerras de 
Reconquistas, os cristãos expulsaram os 
muçulmanos da Península Ibérica, e na sequência, 
os ibéricos foram intolerantes com os judeus. Os 
judeus, que possuíam muito capital, foram para 
outros lugares contribuindo para o 
desenvolvimento da região. Gabarito [C]. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 19: 
[A] 
A morte de Sebastião, rei de Portugal, em 1578 na 
batalha de Alcácer-Quibir contribuiu para a União 
Ibérica, 1580-1640, Portugal tronou-se submisso à 
Espanha, daí o surgimento do mito messiânico 
Sebastianista presente na alma lusitana e 
brasileira. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 20: 
[B] 
O Antigo Regime – período em que o Absolutismo 
Monárquico reinou na Europa – caracterizava-se 
por forte hierarquia social, baseada na separação 
entre nobreza, burguesia e povo, e por significativa 
interferência do clero católico na política, 
defendendo, inclusive, o direito divino dos Reis. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 21: 
[E] 
A aliança formada entre reis e burguesia para pôr 
fim ao Feudalismo funcionava a partir do 
financiamento burguês à formação dos chamados 
Exércitos Mercenários para que os reis pudessem 
enfrentar a nobreza feudal. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 22: 
[A] 
A obra de William Shakespeare, “Hamlet” externa 
muito do contexto europeu. No final da Idade 
Média ocorreram inúmeros problemas como a 
“Grande Fome” que dizimou 12% da população, a 
“Peste Negra” que matou 33% da população e as 
“Revoltas Camponesas”. Desta forma, a Europa 
perdeu a metade da população ao longo do século 
XIV. Neste contexto, estavam surgindo os “Estados 
Nacionais” através de uma aliança entre rei e 
burguesia. Aumentou a centralização do poder 
político nas mãos dos reis como condição 
fundamental para conseguir a paz bem como a 
autonomia do reino. Vale dizer que a burguesia 
pagava impostos para o Estado que montava e 
equipava exército para manter a autonomia dos 
Estados Modernos. As demais alternativas estão 
incorretas. 
 
RESPOSTA DAQUESTÃO 23: 
[C] 
A opinião de Perry Anderson sobre a formação do 
Absolutismo é peculiar: ele afirma que a 
instauração desse novo regime político nada mais 
fez do que reordenar a organização social 
existente, que contava com o domínio da nobreza 
(ou aristocracia) sobre os camponeses. A única 
novidade seria o apoio econômico fornecido pela 
burguesia, que passou a receber incentivos 
econômicos da realeza, mas não obteve 
participação política. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 24: 
[E] 
Na França do Antigo Regime, entre os séculos XV e 
XVIII, a monarquia absolutista reconhecia 
privilégios de alguns grupos sociais. Entre esses, a 
nobreza tinha imunidade fiscal e uma justiça 
particular. Tais privilégios são anulados com a 
Revolução Francesa. O fragmento utilizado como 
apoio para a questão mostra como a monarquia 
absolutista não foi exatamente absolutista, pois 
havia limitações ao seu poder. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 25: 
[A] 
O regime político descrito no texto é o 
absolutismo. Nesse regime, todo o poder estava 
concentrado nas mãos dos Reis, e algumas teorias 
de justificação dessa prática baseavam-se na ideia 
de que o poder dos monarcas derivava de Deus. 
 
 
 
 
 
 
 
 
112 
HISTÓRIA MODERNA: MERCANTILISMO 
 
QUESTÃO 01 
(Acafe 2020) 
 
Articulando uma relação íntima entre o Estado 
e a economia, o mercantilismo caracterizou-se 
por uma política pela qual o Estado buscava 
garantir desenvolvimento comercial e 
financeiro. Foi típico das Monarquias 
Absolutistas da Europa. Acerca do 
mercantilismo, todas as afirmações abaixo 
estão corretas, exceto a alternativa: 
 
A) Necessitando de ouro e de prata para o 
fortalecimento das moedas nacionais, o 
metalismo foi também um importante 
instrumento do mercantilismo europeu. 
B) As medidas alfandegárias incentivavam as 
importações e liberavam o mercado interno 
para os produtos estrangeiros, incentivando, 
desta maneira, as relações comerciais. 
C) Na Inglaterra, ocorreu o desenvolvimento da 
frota naval e da marinha mercante, essenciais 
para a expansão do comércio externo. 
D) O domínio de colônias, dentro do Pacto 
Colonial, também caracterizou o 
mercantilismo, destacando-se os países 
ibéricos. Criava-se uma relação de 
dependência da colônia em relação à 
metrópole. 
 
QUESTÃO 02 
(Enem 2019) 
TEXTO I 
A centralização econômica, o protecionismo 
e a expansão ultramarina engrandeceram o 
Estado, embora beneficias sem a burguesia 
incipiente. 
ANDERSON, P. In: DEYON, P. O mercantilismo. Lisboa: 
Gradiva, 1989 (adaptado). 
 
TEXTO II 
As interferências da legislação e das práticas 
exclusivistas restringem a operação benéfica da 
lei natural na esfera das relações econômicas. 
SMITH, A. A riqueza das Nações. São Paulo: Abril 
Cultural, 1983 (adaptado). 
Entre os séculos XVI e XIX, diferentes 
concepções sobre as relações entre Estado e 
economia foram formuladas. Tais concepções, 
associadas a cada um dos textos, confrontam-
se, respectivamente, na oposição entre as 
práticas de 
 
A) valorização do pacto colonial — combate à 
livre-iniciativa. 
B) defesa dos monopólios régios — apoio à livre 
concorrência. 
C) formação do sistema metropolitano — crítica 
à livre navegação. 
D) abandono da acumulação metalista — 
estímulo ao livre-comércio. 
E) eliminação das tarifas alfandegárias — 
incentivo ao livre-cambismo. 
 
QUESTÃO 03 
(Fatec 2019) 
Potosí e Vila Rica foram duas cidades 
economicamente importantes das Américas 
espanhola e portuguesa, respectivamente, uma 
vez que, do entorno delas, foram extraídos 
metais preciosos. A acumulação desses e de 
outros metais, o controle da balança comercial 
e o monopólio do comércio colonial foram parte 
de uma política econômica que fortaleceu 
Estados europeus e garantiu o seu 
desenvolvimento econômico posterior. 
Assinale a alternativa que apresenta, 
corretamente, os metais extraídos do entorno 
dessas duas cidades coloniais e a política 
econômica à qual o texto se refere. 
 
 
Metais 
extraídos 
Política econômica 
A) 
Diamante 
e cobre 
Monetarismo 
B) 
Ouro e 
diamante 
Monetarismo 
C) 
Cobre 
e níquel 
Metalismo 
D) 
Prata e 
ouro 
Mercantilismo 
E) 
Níquel 
e prata 
Mercantilismo 
 
 
 
 
 
 
 
113 
QUESTÃO 04 
(Ufrgs 2017) 
 
Leia o segmento abaixo, sobre a escravidão 
nas Américas. 
A escravidão no Novo Mundo e os tipos de 
comércio a que deu origem surgiram como uma 
consequência e um componente da “primeira 
globalização”, fase da história humana 
inaugurada pelas explorações marítimas, 
comerciais e coloniais de Portugal e Espanha, 
no final do século XV e no início do século XVI. 
BLACKBURN, R. Por que segunda escravidão? In: 
MARQUESE, R.; SALLES, R. (org). Escravidão e capitalismo 
histórico no século XIX. Rio de Janeiro: Civilização 
Brasileira, 2016. p. 32. 
 
O segmento faz referência à 
institucionalização da escravidão no Novo 
Mundo, pensada a partir de determinados 
processos socioeconômicos globais que 
influenciaram definitivamente a sua 
conformação moderna. 
 
Assinale a alternativa que indica esse 
fenômeno. 
 
A) A expansão de uma economia mercantil 
global centrada na Europa e em suas 
demandas por matérias-primas e produtos 
tropicais de alto valor. 
B) A dissolução das colônias europeias na Ásia e 
na África, ao longo dos séculos XV e XVI, e a 
busca por novos mercados para os produtos 
europeus nas Américas. 
C) A consolidação do feudalismo como um 
sistema socioeconômico global e a 
introdução da servidão feudal de forma 
generalizada em todas as colônias 
americanas. 
D) Os processos de independência na América 
Latina, após a abolição completa da 
escravidão nas colônias espanholas e 
portuguesas na região. 
E) A fragmentação da economia mercantil 
global em uma série de unidades isoladas, 
após o fracasso das explorações marítimas 
europeias durante os séculos XV e XVI. 
 
 
QUESTÃO 05 
(Upf 2017) 
 
Entende-se por mercantilismo o conjunto de 
ideias e práticas econômicas dominantes na 
Europa entre os séculos XV e XVII. Seu período 
de dominação corresponde à fase de transição 
do feudalismo para o capitalismo e ficou 
marcado pela intervenção estatal na economia, 
caracterizado: 
 
A) Pela limitação das atividades das companhias 
comerciais privadas, em função dos 
privilégios concedidos às empresas estatais. 
B) Pela preocupação com o enriquecimento da 
burguesia em detrimento da nobreza feudal, 
garantindo a aliança de burgueses de vários 
países. 
C) Pelo monopólio metropolitano sobre as 
colônias da América, o qual passou a 
estimular as disputas entre as grandes 
empresas comerciais de propriedade da 
burguesia. 
D) Pelas teorias metalistas, que, ao defender 
práticas protecionistas, promoveram grande 
rivalidade entre as nações europeias. 
E) Pelo controle exclusivo externo, em 
contraposição à livre concorrência interna, 
tanto nas áreas coloniais quanto nas 
metropolitanas. 
 
QUESTÃO 06 
(Fepar 2016) 
 
Observe a figura abaixo e avalie as 
afirmativas a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
114 
( ) O esquema mostra o funcionamento do 
pacto colonial, envolvendo Estados 
europeus que participaram dos 
descobrimentos marítimos e formaram 
colônias. Contudo, o sistema mercantilista 
foi também aplicado por países que não 
dispunham de colônias. 
( ) Nas colônias, os proprietários exerciam 
poderosa influência no pacto colonial e 
provocavam, nas metrópoles, a formação 
dos preços dos produtos agropecuários e 
dos metais preciosos. 
( ) O mercantilismo foi um conjunto de 
medidas econômicas colocadas em prática 
por Estados absolutistas, mas não formou 
uma escola econômica, a exemplo do 
liberalismo. 
( ) A pauta das exportações brasileiras nos 
últimos anos mostra a predominância de 
produtos primários (as commodities), 
cujos preços são fixados no exterior. O 
quadro tem semelhanças com o que 
ocorria durante o pacto colonial, com o 
País importando bens industrializadose 
de grande valor agregado. 
( ) Os governos brasileiros da última década 
optaram por uma política econômica de 
viés liberal, afastando-se das práticas 
mercantilistas de tendências 
intervencionistas. 
 
QUESTÃO 07 
(Imed 2016) 
 
São características da política econômica 
mercantilista que marcou a Idade Moderna: 
 
I. Metalismo. 
II. Monopólio. 
III. Protecionismo. 
IV. Livre iniciativa. 
 
Quais estão corretas? 
 
A) Apenas I e II. 
B) Apenas III e IV. 
C) Apenas I, II e III. 
D) Apenas II, III e IV. 
E) I, II, III e IV. 
QUESTÃO 08 
(Unisc 2016) 
 
 No século XVI, os Estados afirmam-se cada 
vez mais como grandes coletores e 
redistribuidores de rendimentos; apoderam-se 
por meio do imposto, da venda de cargos, das 
rendas, dos confiscos e de uma enorme parte 
dos diversos “produtos nacionais”. Esta 
múltipla penhora é eficaz dado que os 
orçamentos flutuam por junto sobre a 
conjuntura e seguem a maré dos preços. O 
desenvolvimento dos Estados está assim ligado 
à vida econômica, não é um acidente ou uma 
força intempestiva tal como pensou demasiado 
apressadamente Joseph A. Schumpeter. 
Querendo ou não, são os maiores 
empreendedores do século. É deles que 
dependem as guerras modernas, com efetivos e 
com despesas cada vez maiores; tal como as 
maiores empresas econômicas: a Carrera de 
Índias a partir de Sevilha, a ligação de Lisboa 
com as Índias Orientais, a cargo da Casa da 
Índia, ou seja, do rei do Portugal. 
BRAUDEL, Fernand. O Mediterrâneo e o mundo 
mediterrânico na época de Felipe II. Lisboa: Martins 
Fontes, 1983, v. 1, p. 495. 
 
A respeito da afirmativa acima, é correto 
afirmar 
 
A) que o Estado liberal propunha um controle 
excessivo sobre a economia. 
B) que o desenvolvimento econômico do Estado 
estava atrelado à redistribuição de 
rendimentos ao povo como forma de 
diminuir a tensão social gerada pela miséria. 
C) que o Estado procurava não intervir na 
economia aliviando a classe produtiva dos 
impostos. 
D) que o mercantilismo tinha como função 
política acumular tesouros para o Estado. 
E) que a carga tributária deveria diminuir 
garantindo reservas positivas para o 
superávit primário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
115 
QUESTÃO 09 
(G1 - ifsul 2016) 
 
 O mercantilismo foi uma política econômica 
adotada pelos Estados Nacionais que se 
formaram a partir do século 15. A doutrina 
mercantilista baseava-se em uma intervenção 
do estado na economia e tinha como 
características 
 
A) balança comercial favorável e protecionismo. 
B) lei da oferta e procura e metalismo. 
C) pacto Colonial e livre-iniciativa. 
D) monopólio e liberalismo. 
 
QUESTÃO 10 
(G1 – utfpr 2015) 
 
 O principal interesse da metrópole 
portuguesa em relação ao Brasil, no período 
Colonial, era: 
 
A) produzir alimentos para alimentar a 
população de Portugal. 
B) fazer o comércio e escravidão de índios e 
negros. 
C) vender os produtos manufaturados de 
Portugal e Espanha. 
D) extrair produtos e matérias-primas rentáveis 
no mercado mundial da época. 
E) criar gado para atender ao mercado europeu. 
 
QUESTÃO 11 
(Ufpr 2015) 
 
Leia o texto abaixo sobre práticas 
protecionistas recentes: 
 
“(...) Tanto o Brasil quanto os EUA adotaram 
medidas protecionistas nos últimos cinco anos. 
As duas principais razões foram a crise 
econômica internacional e a concorrência da 
China. Do lado americano, o principal 
instrumento foi a concessão de subsídios. Já o 
Brasil fez uso de tarifas de importação, defesa 
comercial e requisitos de conteúdo local.” 
BONOMO, Diego. Protecionismo brasileiro e 
americano. Folha de S. Paulo, 10 de outubro de 2012, p. 
3. 
Assinale a alternativa correta que identifica 
as diferenças de contexto histórico e econômico 
em que a prática do protecionismo foi adotada 
no período atual e no período da Idade 
Moderna europeia (século XV-XVIII). 
 
A) No período moderno, o protecionismo era 
parte integrante do renascimento comercial, 
caracterizado por intervencionismo estatal, 
balança comercial favorável e imperialismo; 
no período atual, o protecionismo é alvo de 
contestações em nome da liberdade de 
mercado, num contexto de capitalismo 
financeiro neoliberal. 
B) No período moderno, o protecionismo era 
parte integrante do iluminismo, 
caracterizado por políticas fisiocráticas, 
subsídios estatais à agricultura e à 
manufatura, pacto colonial e metalismo; no 
período atual, o protecionismo é alvo de 
ações antidumping por parte de países em 
desenvolvimento, num contexto de 
capitalismo financeiro globalizado. 
C) No período moderno, o protecionismo era 
parte integrante do mercantilismo, 
caracterizado por intervencionismo estatal, 
metalismo, balança comercial favorável e 
colonialismo; no período atual, o 
protecionismo é alvo de contestações em 
nome da liberdade de mercado, num 
contexto de capitalismo financeiro 
globalizado. 
D) No período moderno, o protecionismo era 
parte integrante do mercantilismo, 
caracterizado por imperialismo, padrão-ouro 
e intervencionismo estatal; no período atual, 
o protecionismo é alvo de contestações de 
países desenvolvidos em nome da liberdade 
de mercado, num contexto de capitalismo 
financeiro monopolista. 
E) No período moderno, o protecionismo era 
parte integrante do liberalismo, 
caracterizado por fisiocracia, metalismo, 
incentivo à maquinofatura e pacto colonial; 
no período atual, o protecionismo é alvo de 
ações antitruste em nome da liberdade de 
mercado, num contexto de capitalismo 
financeiro globalizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
116 
QUESTÃO 12 
(Uern 2015) 
 
Os descobrimentos marítimos europeus do 
século XVI estão inseridos no contexto da 
política mercantilista. Essa política, segundo o 
historiador Fernand Braudel “(...) reagrupa 
comodamente uma série de atos e de atitudes, 
de projetos, de ideias, de experiências que 
marcam, entre o século XV e XVIII, a primeira 
afirmação do Estado moderno em relação aos 
problemas concretos que ele tinha que 
enfrentar”. 
(BRAUDEL, Fernand, Civilisation, Èconomie et 
Capitalisme, XVº XVIIIº Siècle; le Jeux de L’èchange. Paris: 
Armand Coln, 1979. in: MARQUES, 2006.) 
 
Tendo em vista a afirmação de Braudel e as 
características do mercantilismo, assinale a 
única alternativa correta referente a um 
princípio ou ideia mercantilista. 
 
A) A liberdade econômica e o individualismo 
financeiro devem prevalecer acima do bem 
comum e das políticas públicas. 
B) Todas as relações sociais de produção devem 
ser definidas pela liberdade de contrato 
entre capital e trabalho, visando o lucro 
coletivo. 
C) É preciso crer que leis naturais regem o 
comércio e as indústrias, e devem, portanto, 
agir de acordo com a “mão invisível” da 
economia. 
D) A maneira ideal de se acumular riquezas é 
fazer com que mais mercadorias sejam 
vendidas e menor quantidade seja comprada 
pelo país. 
 
QUESTÃO 13 
(G1 - ifsul 2015) 
 
Mercantilismo é o conjunto de doutrinas e 
práticas econômicas que vigoraram na Europa 
do século XV ao XVIII. 
 
Sobre esse sistema econômico, é correto 
afirmar que 
 
 
 
A) a balança de comércio favorável não era 
importante para o Estado. 
B) a interferência do Estado na economia, não 
era aceita pelos reis. 
C) a quantidade de metais nobres dentro do 
Estado, deveria ser diminuída. 
D) o objetivo era fortalecer o Estado e a 
burguesia na fase de transição do feudalismo 
para o capitalismo. 
 
QUESTÃO 14 
(G1 – cftrj 2014) 
 
Ao longo do período moderno, 
compreendido entre os séculos XV e XVIII, os 
Estados absolutistas desenvolveram práticas 
econômicas que, apesar de suas variações 
nacionais, tiveram pontos em comum. Sobre 
essas práticas, assinale a opção correta: 
 
A) Denominadas “liberalismo”, favoreciam a 
especialização da produção como fator de 
progresso e da criação de uma divisão 
internacional do trabalho que os beneficiava. 
B) Identificadas como “fisiocratas”,essas 
práticas viam na agricultura e na mineração 
as únicas fontes da riqueza, proibindo a 
criação de indústrias e restringindo o 
comércio aos bens essenciais. 
C) Nomeadas “corporativismo”, essas práticas 
buscavam evitar o conflito e beneficiar os 
interesses gerais com acordos envolvendo o 
Estado, os comerciantes e os artesãos. 
D) Classificadas como “mercantilismo”, essas 
práticas privilegiaram o protecionismo 
econômico e a busca da balança comercial 
favorável no comércio externo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
117 
QUESTÃO 15 
(Fatec 2013) 
 
As caravelas foram um grande avanço 
tecnológico no final do século XV. Graças a elas, 
foi possível realizar viagens de longa distância 
de forma eficiente. Centenas de homens 
embarcaram nas caravelas dos descobrimentos. 
Alguns buscavam enriquecimento rápido, 
outros, oportunidade de difundir a fé em Cristo. 
Estes homens eram atraídos pela aventura, 
porém as surpresas nem sempre eram 
agradáveis. Nas embarcações, proliferavam 
doenças e a alimentação era precária. 
Revista de História da Biblioteca Nacional , setembro 
de 2012, p.22-25. Adaptado 
 
Sobre a época descrita no texto e 
considerando as informações apresentadas, é 
correto afirmar que as viagens nas caravelas 
 
A) foram realizadas no contexto da expansão do 
mercantilismo europeu, visando também à 
ampliação do catolicismo. 
B) não pretendiam descobrir novos territórios, 
apenas estabelecer rotas para aventureiros e 
marginalizados da sociedade. 
C) tinham como principal objetivo retirar as 
populações muçulmanas da Península 
Ibérica, após as Guerras de Reconquista. 
D) eram feitas em condições precárias, pois 
eram clandestinas, ou seja, eram realizadas 
sem o consentimento das Coroas europeias. 
E) não ocorriam em condições apropriadas, 
embora a maior parte dos tripulantes das 
caravelas pertencesse à nobreza feudal. 
 
QUESTÃO 16 
(Famerp 2019) 
 
A base comum das ideias mercantilistas consiste na 
atuação de dois novos fatores: os Estados 
modernos nacionais, ou seja, as monarquias 
absolutas, e os efeitos de toda ordem provocados 
pelas grandes navegações e descobrimentos sobre 
a vida das sociedades europeias. 
(Francisco Falcon. Mercantilismo e transição, 1986. 
Adaptado.) 
 
Os dois fatores mencionados no texto expressam-
se, respectivamente, 
 
A) no intervencionismo econômico dos Estados 
modernos e no aumento dos metais nobres 
entesourados. 
B) na redução significativa do comércio interno 
europeu e na colonização da América e da 
África. 
C) no desenvolvimento de teorias voltadas à defesa 
do livre comércio e na política de degredo de 
encarcerados. 
D) na difusão das ideias sociais libertárias e no 
aperfeiçoamento dos instrumentos e das 
técnicas de navegação. 
E) no controle político burguês dos Estados 
modernos e no surgimento de órgãos 
regradores do comércio internacional. 
 
QUESTÃO 17 
(Upe-ssa 2 2017) 
 
O exercício do mercantilismo pressupõe a 
existência de um Estado forte, capaz de planejar 
aspectos importantes da economia e de realizar, 
posteriormente, a prática dessa planificação. 
POMER, Leon. O surgimento das nações. São Paulo: Atual, 
1987, p. 28. 
 
No contexto descrito pelo texto, o poder do Estado 
Moderno estaria ligado à 
 
A) capacidade tributária da sociedade. 
B) possibilidade de exercício da guerra. 
C) amplitude da utilização de mão de obra 
escrava. 
D) habilidade de mediação de conflitos 
internacionais. 
E) quantidade de transações no comércio 
intercontinental. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
118 
QUESTÃO 18 
(Espm 2016) 
 
Já que os governos acreditavam nessa teoria de 
que quanto mais ouro e prata houvesse num país, 
tanto mais rico este seria, o passo seguinte era 
óbvio. Baixaram-se leis proibindo a saída desses 
metais do país. Um governo após outro tomou essa 
medida. Tais medidas podiam conservar no país o 
ouro e a prata já existentes nele. Mas como se 
haviam os países que não dispunham desses 
recursos? Como podiam enriquecer? 
Leo Huberman. História da Riqueza do Homem. 
 
Assinale a alternativa que apresente, 
respectivamente, do que trata o texto e qual o 
mecanismo que responde à interrogação ao final 
do trecho: 
 
A) Feudalismo – Metalismo; 
B) Feudalismo – Monopólio; 
C) Mercantilismo – Balança Comercial favorável; 
D) Mercantilismo – Livre cambismo; 
E) Liberalismo – Intervencionismo. 
 
QUESTÃO 19 
(Fgv 2015) 
 
O Estado era tanto o sujeito como o objeto da 
política econômica mercantilista. O mercantilismo 
refletia a concepção a respeito das relações entre 
o Estado e a nação que imperava na época (séculos 
XVI e XVII). Era o Estado, não a nação, o que lhe 
interessava. 
(Eli F. Heckscher, La epoca mercantilista, 1943, p. 459-461 
Apud Adhemar Marques e et alii (seleção), História moderna 
através de textos, 1989, p. 85. Adaptado) 
 
Segundo o autor, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A) as relações profundas entre o Estado absolutista 
e o nacionalismo levaram à intolerância e a tudo 
o que impedia o bem-estar dos súditos, unidos 
por regulamentações e normas rígidas. 
B) as práticas econômicas intervencionistas do 
Estado absolutista tinham o objetivo específico 
de enriquecer a nação, em especial, os 
comerciantes, que impulsionavam o comércio 
externo, base da acumulação da época. 
C) o mercantilismo foi um sistema de poder, pois o 
Estado absolutista implantou práticas 
econômicas intervencionistas, cujo objetivo 
maior foi o fortalecimento do poder político do 
próprio Estado. 
D) o Estado absolutista privilegiou sua aliada 
política, a nobreza, ao adotar medidas não 
intervencionistas, para preservar a 
concentração fundiária, já que a terra era a 
medida de riqueza da época. 
E) a nação, compreendida como todos os súditos 
do Estado absolutista, era o alvo maior de todas 
as medidas econômicas, isto é, o 
intervencionismo está intimamente ligado ao 
nacionalismo. 
 
QUESTÃO 20 
(Unesp 2014) 
 
O comércio foi de fato o nervo da colonização do 
Antigo Regime, isto é, para incrementar as 
atividades mercantis processava-se a ocupação, 
povoamento e valorização das novas áreas. E aqui 
ressalta de novo o sentido da colonização da época 
Moderna; indo em curso na Europa a expansão da 
economia de mercado, com a mercantilização 
crescente dos vários setores produtivos antes à 
margem da circulação de mercadorias – a 
produção colonial era uma produção mercantil, 
ligada às grandes linhas do tráfico internacional. 
(Fernando A. Novais. Portugal e Brasil na crise do Antigo 
Sistema Colonial (1777-1808), 1981. Adaptado.) 
 
O mecanismo principal da colonização foi o 
comércio entre colônia e metrópole, fato que se 
manifesta 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
119 
A) na ampliação do movimento de integração 
econômica europeia por meio do amplo acesso de 
outras potências aos mercados coloniais. 
B) na ausência de preocupações capitalistas por parte 
dos colonos, que preferiam manter o modelo 
feudal e a hegemonia dos senhores de terras. 
C) nas críticas das autoridades metropolitanas à 
persistência do escravismo, que impedia a 
ampliação do mercado consumidor na colônia. 
D) no desinteresse metropolitano de ocupar as novas 
terras conquistadas, limitando-se à exploração 
imediatista das riquezas encontradas. 
E) no condicionamento político, demográfico e 
econômico dos espaços coloniais, que deveriam 
gerar lucros para as economias metropolitanas. 
 
RESOLUÇÕES 
RESPOSTA DA QUESTÃO 01: 
[B] 
 
Visando angariar recursos para manter os 
Estados Modernos, os reis absolutistas criaram 
uma política econômica denominada 
Mercantilismo. O Mercantilismo não se 
manifestou de maneira igual nos países 
europeus, porém tinham alguns princípios em 
comum, tais como, Estado intervencionista, 
protecionismo, monopólios através das 
companhias de comércio, balança comercial 
favorável, portanto os Estados nacionais 
Modernos defendiam um superávit e não déficitna balança comercial. Gabarito [B]. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 02: 
 [B] 
 
Identificamos no [texto I] características do 
Mercantilismo, que visava defender a 
intervenção estatal na economia, e no [texto II] 
características do Liberalismo Econômico, que 
visava a livre concorrência através da Lei da 
Oferta e da Procura. 
 
 
 
 
 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 03: 
 [D] 
 
Sob a vigência do Mercantilismo, a política 
econômica do Absolutismo, que pregava a 
importância do metalismo e da balança 
comercial favorável, Potosí e Vila Rica foram, 
respectivamente, os grandes centros auríferos 
da América Espanhola e da América Portuguesa. 
Em ambas as cidades havia a extração de ouro 
e prata. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 04: 
 [A] 
 
Somente a alternativa [A] está correta. O 
excerto remete as Grandes Navegações, a 
Conquista e Colonização da América e a 
implantação da Escravidão Moderna vinculada 
à suposta superioridade do homem branco 
europeu diante das demais raças e culturas bem 
como a necessidade de conquistar novos 
mercados para o capitalismo comercial e 
mercantil. O surgimento dos Estados Modernos 
gerou a necessidade de angariar recursos para 
manter a burocracia estatal, montar e equipar 
exército e a marinha. A política econômica 
mercantilista europeia era caracterizada pelo 
protecionismo e balança comercial e as grandes 
vítimas deste processo foram os continentes 
Africano e Americano. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 05: 
 [C] 
 
Somente a proposição [C] está correta. A 
política econômica Mercantilista caracterizou o 
período de transição do feudalismo para o 
capitalismo. Entre as características desta 
política econômica podem ser mencionados: o 
intervencionismo estatal no qual o Estado 
interferia na economia, o protecionismo com 
aumento das tarifas alfandegárias visando 
proteger o mercado interno, balança comercial 
favorável, metalismo e o monopólio das 
metrópoles sobre as colônias bem como a 
atuação das companhias de comércio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
120 
RESPOSTA DA QUESTÃO 06: 
 [V-F-V-V-F] 
 
A questão remete à história econômica do 
Brasil. O esquema apresenta o pacto colonial 
que havia durante o período colonial, no qual 
colônia e metrópole tinham papéis bem 
definidos. No contexto histórico predominava o 
Absolutismo no âmbito político e o 
Mercantilismo na esfera econômica. Os 
proprietários no período colonial não tinham 
poderosa influência, pois estavam presos às 
estruturas de poder do Antigo Regime. O 
Mercantilismo foi um sistema econômico que 
imperou na Europa na Idade Moderna e, apesar 
das diferenças entre os países, havia algumas 
ideias em comum, tais como: intervencionismo, 
metalismo, protecionismo e balança comercial 
favorável. Na atualidade, o quadro econômico 
tem algumas semelhanças com o período 
colonial no qual predominam produtos 
primários na pauta de exportação com preços 
fixados no exterior. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 07: 
 [C] 
 
A afirmativa [IV] é falsa porque o 
Mercantilismo tinha como principal 
característica o controle da economia feito 
pelos monarcas. Logo, não havia livre iniciativa. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 08: 
 [D] 
 
Dentre os princípios básicos do 
Mercantilismo está o acúmulo de metais 
preciosos, que deve ser alcançado, dentre 
outros fatores, pela manutenção da Balança 
Comercial Favorável. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 09: 
 [A] 
 
Somente a alternativa [A] está correta. A 
questão faz uma referência ao Mercantilismo, 
uma política econômica adotada na Idade 
Moderna (sécs. XV-XVIII) pelos reis europeus 
visando angariar recursos para os Estados 
Nacionais Modernos. Entre as características do 
Mercantilismo podemos citar a intervenção do 
Estado na economia, o metalismo, o 
protecionismo, balança comercial favorável, 
monopólios, entre outras. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 10: 
 [D] 
 
A questão remete ao interesse de Portugal 
na colonização do Brasil. No final da Idade 
Média e início da Idade Moderna surgiram os 
Estados Nacionais Modernos através de uma 
aliança entre rei e burguesia. Portugal foi o 
primeiro Estado Moderno a surgir. Estes 
Estados necessitavam de recursos para criar e 
manter exército, criar e manter a marinha além 
do custo para manter a burocracia estatal. 
Assim, surgiu a política econômica denominada 
de Mercantilismo. Como consequência, 
surgiram as Grandes Navegações e a 
Colonização da América. O interesse da 
metrópole na colonização da América era 
exatamente angariar recursos através de 
produtos tropicais e matérias-primas como o 
açúcar entre outros. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 11: 
 [C] 
A questão remete a prática econômica 
denominada de protecionismo. Na Idade 
Moderna, século XV ao XVIII, período de 
transição do feudalismo para o capitalismo, 
imperou no âmbito político o Absolutismo e na 
esfera econômica o Mercantilismo. Neste 
contexto, o protecionismo era uma prática 
comum, uma forma de proteger o mercado 
interno e arrecadar recursos para os Estados 
Modernos. No entanto, no mundo atual, 
caracterizado pela globalização econômica 
(contexto Neoliberal) e na liberdade de 
mercado, o protecionismo é contestado. A 
OMC, Organização Mundial do Comércio, não 
aceita o protecionismo por entender que 
atrapalha a concorrência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
121 
RESPOSTA DA QUESTÃO 12: 
 [D] 
 
O princípio descrito na afirmativa correta é o 
da Balança Comercial Favorável, que prevê que 
uma nação deve vender/exportar mais 
produtos do que compra/importa, tendo lucro 
comercial ao invés de prejuízo e, logo, podendo 
acumular riquezas. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 13: 
 [D] 
 
A questão remete ao Mercantilismo. Na 
Idade Moderna imperou na Europa o 
Absolutismo no campo da política com o poder 
centralizado nas mãos dos reis. Na esfera 
econômica prevaleceu o “Mercantilismo”, uma 
política econômica que ocorreu no período de 
transição do feudalismo para o capitalismo 
(Idade Moderna), e visava angariar capital para 
fortalecer o Estado. O rei (poder político) 
interferia na economia para beneficiar os 
negócios da burguesia. Esta classe social 
acumulando capital pagava impostos e 
mantinha a estrutura do Estado Moderno. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 14: 
 [D] 
 
Somente a alternativa [D] está correta. O 
mercantilismo foi uma política econômica 
adotada na Europa durante a Idade Moderna, 
séculos XV ao XVIII, período de transição do 
Feudalismo para o Capitalismo. Apesar das 
diferenças entre os Estados Modernos 
Nacionais, o mercantilismo teve alguns pontos 
em comum, tais como: balança comercial 
favorável, protecionismo, metalismo, 
intervencionismo. As demais alternativas estão 
incorretas. O liberalismo surgiu no século XVIII 
criticando e substituindo o mercantilismo. O 
liberalismo econômico inglês não proibiu a 
criação de manufaturas e não defendeu a 
restrição ao comércio. 
 
 
 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 15: 
 [A] 
 
Um dos princípios básicos do Mercantilismo 
era a busca por novas fontes de matéria-prima 
e novos mercados consumidores. Nesse 
contexto, lançar-se ao mar foi inevitável, então, 
as viagens nas caravelas eram uma “perna” do 
Mercantilismo. 
 
O catolicismo, perdendo espaço na Europa 
depois da Reforma Protestante, buscava 
encontrar/formar novos seguidores, 
enxergando, nos nativos de América e África, 
grandes potenciais para isso. Como as duas 
primeiras nações a se lançarem ao mar eram 
fortemente católicas – Portugal e Espanha – 
levaram consigo grupos católicos com o 
exclusivo dever de catequizar os nativos dos 
novos continentes. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 16: 
 [A] 
 
O texto aponta o Mercantilismo, política 
econômica adotada na Idade Moderna, séculos XV 
ao XVIII, pelos monarcas europeus visando 
angariar recursos para os Estados Nacionais 
Modernos. OMercantilismo foi caracterizado pelo 
intervencionismo estatal, isto é, através da 
centralização do poder, os reis interferiam na 
economia com um protecionismo alfandegário. O 
Metalismo também foi uma marca do 
Mercantilismo, os Estados Modernos acumulavam 
metais preciosos oriundo das colônias na América. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 17: 
 [A] 
 
O texto do historiador argentino Leon Pomer 
aponta para o Mercantilismo, que consistiu em 
uma política econômica que caracterizou a Idade 
Moderna, séculos XV ao XVIII. O Estado era forte e 
intervencionista e adotou o protecionismo para 
angariar recursos para os gastos da burocracia 
estatal. A burguesia pagava impostos para o Estado 
em troca das tarifas alfandegárias altas que 
protegiam o mercado interno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
122 
RESPOSTA DA QUESTÃO 18: 
 [C] 
 
O texto de Leo Huberman em sua obra História da 
riqueza do homem remete ao Mercantilismo, 
doutrina econômica adotada pelos reis europeus 
durante a Idade Moderna, séculos XV ao XVIII, com 
a finalidade de angariar recursos para os Estados 
Modernos. Entre as características do 
Mercantilismo estão Estado intervencionista, 
metalismo, protecionismo, monopólios e balança 
comercial favorável. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 19: 
 [C] 
 
A questão remete ao contexto da Idade Moderna 
quando existiu o absolutismo e o mercantilismo. 
No final da Idade Média e início da Idade Moderna 
surgiram os Estados Nacionais Modernos na 
Europa a partir da aliança entre rei e burguesia. 
Este Estado Moderno necessitava de recursos para 
montar e equipar exército, montar e equipar a 
marinha, manter o aparato estatal, entre outros. 
Desta forma, o rei com seu poder (absolutismo) 
criou uma política econômica denominada de 
Mercantilismo visando angariar recursos para o 
Estado. Dentro da perspectiva do Mercantilismo, o 
Estado interferia (intervencionismo) na economia 
através do protecionismo, buscava a balança 
comercial favorável bem como o metalismo, isto é, 
acumular metais preciosos. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 20: 
 [E] 
 
A Idade Moderna, XV ao XVIII, foi caracterizada 
pela transição do feudalismo para o capitalismo e 
pelo Antigo Regime (Absolutismo e 
Mercantilismo). Os Estados Nacionais Modernos 
surgiram no final da Idade Média e se 
notabilizaram nos Tempos Modernos 
necessitavam de muitos recursos para montar e 
equipar o exército e a marinha bem como manter 
a burocracia estatal. Desta forma, o Sistema 
Colonial visava gerar lucros e recursos para a 
metrópole (aspecto econômico), a submissão da 
Colônia à Metrópole (aspecto político) e ocupar as 
áreas coloniais (aspecto demográfico). As demais 
alternativas estão incorretas. As autoridades 
metropolitanas não criticavam o escravismo 
colonial. Não ocorreu o modelo feudal na Colônia. 
Havia o interesse da metrópole em ocupar as novas 
áreas conquistadas. 
 
 
 
 
 
 
 
123 
HISTÓRIA MODERNA: EXPANSÃO MARÍTIMA E 
COMERCIAL EUROPEIA 
 
QUESTÃO 01 
(Fuvest 2020) 
 
A imagem a seguir refere‐se às principais rotas de 
comércio da África do Norte e Ocidental, no século 
XV. 
 
 
Em relação às rotas comerciais representadas no 
mapa, é correto afirmar que elas 
 
A) indicam que a melhoria das condições 
ambientais do Saara permitiu a construção de 
estradas pelo deserto. 
B) foram construídas pelo poder islâmico do Cairo, 
que promoveu a unificação de toda a África do 
Norte. 
C) mostram a decadência econômica do comércio 
do Saara oriental, em razão da crise do Império 
Egípcio. 
D) atingem a região ao sudoeste do Saara, local de 
origem do ouro que chegava aos portos do 
Mediterrâneo. 
E) representam o poder do Império de Songai, cuja 
capital era Timbuctu, que unificou todo o 
território entre o Atlântico e o mar Vermelho. 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 02 
(Fuvest 2020) 
A representação cartográfica a seguir refere‐se à 
viagem de circunavegação, iniciada em Sanlúcar de 
Barrameda, na Andaluzia, em 20 de setembro de 
1519, e comandada pelo português Fernão de 
Magalhães, a serviço da monarquia da Espanha. A 
despeito da repercussão da viagem para o 
desenvolvimento dos conhecimentos náuticos e 
para a exploração do Oceano Pacífico, Battista 
Agnese foi um dos poucos cartógrafos a registrar a 
empreitada de Magalhães. 
A representação cartográfica de Battista Agnese 
 
A) revelava a permanência das técnicas e sentidos 
simbólicos da cosmografia medieval, que 
orientaram os navegadores ibéricos na época da 
expansão ultramarina. 
B) estava vinculada aos dogmas cristãos e procurava 
conciliar o registro da viagem de Fernão de 
Magalhães com a perspectiva de Terra Plana ainda 
presente entre letrados cristãos. 
C) estava baseada nos relatos dos navegadores, no 
acúmulo de conhecimentos acerca das rotas 
marítimas e em estimativas de distâncias a partir 
de cálculos matemáticos e da planificação do globo 
terrestre. 
D) apresentava o Oceano Pacífico em suas reais 
dimensões de acordo com o entendimento de 
Fernão de Magalhães e de Cristóvão Colombo e em 
desacordo com as perspectivas cristãs. 
E) estava assentada nos conhecimentos e 
detalhamentos geográficos bíblicos e nas 
formulações cosmológicas de Ptolomeu, 
fundamentais para o sucesso da viagem de Fernão 
de Magalhães. 
 
 
 
 
 
 
 
124 
 QUESTÃO 03 
(Unesp 2020) 
 
Nem existia Brasil no começo dessa história. 
Existiam o Peru e o México, no contexto pré-
colombiano, mas Argentina, Brasil, Chile, Estados 
Unidos, Canadá, não. No que seria o Brasil, havia 
gente no Norte, no Rio, depois no Sul, mas toda 
essa gente tinha pouca relação entre si até meados 
do século XVIII. E há aí a questão da navegação 
marítima, torna-se importante aprender bem 
história marítima, que é ligada à geografia. [...] Essa 
compreensão me deu muita liberdade para ver as 
relações que Rio, Pernambuco e Bahia tinham com 
Luanda. Depois a Bahia tem muito mais relação 
com o antigo Daomé, hoje Benin, na Costa da Mina. 
Isso formava um todo, muito mais do que o Brasil 
ou a América portuguesa. [...] 
Nunca os missionários entraram na briga 
para saber se o africano havia sido ilegalmente 
escravizado ou não, mas a escravidão indígena foi 
embargada pelos missionários desde o começo, e 
isso também é um pouco interesse dos negreiros, 
ou seja, que a escravidão africana predomine. [...] 
A escravização tem dois processos: o primeiro é a 
despersonalização, e o segundo é a 
dessocialização. 
 
 
(Luiz Felipe de Alencastro. Entrevista a Mariluce Moura. “O 
observador do Brasil no Atlântico Sul”. In: Revista Pesquisa 
Fapesp, no 188, outubro de 2011.) 
 
O texto estabelece a formação do Brasil a partir da 
navegação marítima, o que implica reconhecer a 
importância 
 
A) da imposição de uma lógica global de comércio 
e da dissolução das fronteiras entre os 
territórios colonizados na América. 
B) do domínio colonial de Portugal sobre o litoral 
africano e da intermediação espanhola no 
tráfico escravagista. 
C) do controle das rotas marítimas por 
navegadores italianos e da conformação do 
conceito geográfico de Ocidente. 
D) da constituição do espaço geográfico do 
Atlântico Sul e da relação estabelecida entre os 
continentes americano e africano. 
E) do surgimento do tráfico de africanos 
escravizados e das relações comerciais do Brasil 
com a América espanhola. 
 
QUESTÃO 04 
(Fatec 2019) 
 
Em 1519, os navegadores Fernão de Magalhães e 
Sebastião del Cano partiram de Cádiz, na Espanha, 
para uma viagem que entraria para a história por 
 
A) estabelecer um caminho terrestre para as Índias 
ocidentais. 
B) descobrir uma rota segura para atravessar o 
Polo Norte. 
C) comprovar o formato esférico do planeta 
Terra. 
D) desbravar o canal do Panamá. 
E) explorar o istmo de Suez. 
 
QUESTÃO 05 
(Enem 2019) 
 
A ocasião fez o ladrão: Francis Drake travava sua 
guerra de pirataria contra a Espanha papista 
quando roubouas tropas de mulas que levavam o 
ouro do Peru para o Panamá. Graças à 
cumplicidade da rainha Elizabeth I, ele reincide e 
saqueia as costas do Chile e do Peru antes de 
regressar pelo Oceano Pacífico, e depois pelo 
Índico. Ora, em Ternate ele oferece sua proteção a 
um sultão revoltado com os portugueses; assim 
nasce o primeiro entreposto inglês ultramarino. 
FERRO, M. História das colonizações. Das colonizações às 
independências. Séculos XIII a XX. São Paulo: Cia. das Letras, 
1996. 
 
 
 
 
 
 
125 
A tática adotada pela Inglaterra do século XVI, 
conforme citada no texto, foi o meio encontrado 
para 
 
A) restabelecer o crescimento da economia 
mercantil. 
B) conquistar as riquezas dos territórios 
americanos. 
C) legalizar a ocupação de possessões ibéricas. 
D) ganhar a adesão das potências europeias. 
E) fortalecer as rotas do comércio marítimo. 
 
QUESTÃO 06 
(Upf 2019) 
 
No final do século XV, Espanha e Portugal foram os 
primeiros países europeus a promoverem a 
expansão marítima europeia, chamada também de 
as Grandes Navegações. As razões desse 
pioneirismo estão relacionadas 
 
A) à enorme quantidade de capitais acumulados 
nesses dois países através do renascimento 
comercial no século XIV. 
B) ao processo de fortalecimento da burguesia 
comercial que estava ocupando o poder tanto 
na Espanha quanto em Portugal. 
C) ao desenvolvimento industrial dos dois países, 
que os forçou a buscar novos mercados 
consumidores e fornecedores de matéria-
prima. 
D) ao espírito aventureiro de portugueses e 
espanhóis desenvolvido durante a Guerra de 
Reconquista contra os mouros. 
E) à centralização monárquica e ao fato de a 
nobreza desses dois países estar fortalecida, ao 
contrário de outras nobrezas europeias, 
conseguindo, assim, financiar o projeto de 
expansão marítima. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 07 
(G1 - cps 2019) 
 
A Indonésia, um dos países mais populosos do 
mundo, é também o segundo com a maior 
biodiversidade do planeta. Nesse país estão as 
Molucas, que ficaram conhecidas no passado como 
as “Ilhas das especiarias”. Foi a partir delas que 
provavelmente se espalhou pelo mundo o cravo-
da-índia. 
 
Hoje, a ilha de Zanzibar, que faz parte da Tanzânia, 
é a maior produtora mundial de cravo-da-índia. 
São grandes produtores também Madagascar e a 
própria Indonésia. No Brasil, a Bahia é o principal 
produtor comercial desse item. 
<https://tinyurl.com/y9johgqz> Acesso em: 03.02.2019. 
Adaptado. 
 
Assinale a alternativa que apresenta o processo 
histórico que pôs os lugares citados no texto em 
contato. 
 
A) As cruzadas do século II a.C. 
B) As caravanas indianas do século XII. 
C) As navegações ibéricas do século XV. 
D) O surgimento da rota da seda no século IV a.C. 
E) Os movimentos migratórios islâmicos no século 
III. 
 
QUESTÃO 08 
(Unesp 2019) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
126 
O mapa representa a divisão da África no final do 
século XIX. Essa divisão 
A) persistiu até a vitória dos movimentos de 
descolonização da África, ocorridos nas duas 
primeiras décadas do século XX. 
B) foi rejeitada pelos países participantes da 
Conferência de Berlim, em 1885, por 
considerarem que privilegiava os interesses 
britânicos. 
C) incluiu áreas conquistadas por europeus tanto 
durante a expansão marítima dos séculos XV-XVI 
quanto no expansionismo dos séculos XVIII-
XIX. 
D) foi determinada após negociação entre povos 
africanos e países europeus, durante o 
Congresso Pan-Africano de Londres, em 1890. 
E) restabeleceu a divisão original dos povos 
africanos, que havia sido desrespeitada durante 
a colonização europeia dos séculos XV-XVIII. 
 
QUESTÃO 09 
(Udesc 2018) 
Ao observamos mapas ou relatos de viajantes dos 
séculos XV e XVI, é comum encontrarmos 
referências a seres fantásticos, descritos, muitas 
vezes, como monstros sem olhos ou nariz, com 
uma perna ou com corpo desproporcional. A 
existência destes seres na África, Ásia e América 
foram relatados por diversos navegadores da 
época. Tais relatos são considerados indicativos 
do(a): 
A) intenção explícita dos cartógrafos que, ao 
fazerem os mapas, desenhavam seres 
monstruosos para desencorajar novos 
exploradores. 
B) movimento iluminista, que se estabelecia 
especialmente a partir do contato com novos 
povos e sociedades. 
C) visão de mundo da sociedade europeia da 
época, que ainda não era pautada pela 
observação científica e analítica da natureza e 
da cultura. 
D) influência da mitologia céltica, cujo legado pode 
ser fortemente observado nos vitrais que 
ornamentavam as igrejas e catedrais ao longo de 
toda a baixa Idade Média. 
E) versão evolucionista, que demarcava a 
especificidade da civilização europeia em 
relação à americana ou à africana. 
 QUESTÃO 10 
(Unesp 2018) 
Em 1500, fazia oito anos que havia presença 
europeia no Caribe: uma primeira tentativa de 
colonização que ninguém na época podia imaginar 
que seria o prelúdio da conquista e da 
ocidentalização de todo um continente e até, na 
realidade, uma das primeiras etapas da 
globalização. 
 
A aventura das ilhas foi exemplar para toda a 
América, espanhola, inglesa ou portuguesa, pois ali 
se desenvolveu um roteiro que se reproduziu em 
várias outras regiões do continente americano: 
caos e esbanjamento, incompetência e 
desperdício, indiferença, massacres e epidemias. A 
experiência serviu pelo menos de lição à coroa 
espanhola, que tentou praticar no resto de suas 
possessões americanas uma política mais racional 
de dominação e de exploração dos vencidos: a 
instalação de uma Igreja poderosa, dominadora e 
próxima dos autóctones, assim como a instalação 
de uma rede administrativa densa e o envio de 
funcionários zelosos, que evitaram a repetição da 
catástrofe antilhana. 
(Serge Gruzinski. A passagem do século: 1480-1520: as 
origens da globalização, 1999. Adaptado.) 
 
A afirmação de que os primeiros traços da 
presença europeia na América foram “o prelúdio 
da ocidentalização” e “uma das primeiras etapas 
da globalização” é correta porque a conquista do 
continente americano representou 
 
A) a definição da superioridade militar e religiosa 
do Ocidente cristão e o início da perseguição 
sistemática a judeus e muçulmanos. 
B) a demonstração da teoria de Cristóvão Colombo 
sobre a esfericidade da Terra e o fracasso dos 
novos instrumentos de navegação. 
C) o encerramento das relações comerciais da 
Europa com o Oriente e o imediato declínio da 
venda das especiarias produzidas na Índia. 
D) o encontro e o choque entre culturas e o gradual 
deslocamento do eixo do comércio mundial para 
o Oceano Atlântico. 
E) o avanço da monetarização da economia e o 
lançamento de projetos de regulação e controle 
centralizado do comércio internacional. 
 
 
 
 
 
 
127 
 QUESTÃO 11 
(Unesp 2018) 
 
As primeiras expedições na costa africana a partir 
da ocupação de Ceuta em 1415, ainda na terra de 
povos berberes, foram registrando a geografia, as 
condições de navegação e de ancoragem. Nas 
paradas, os portugueses negociavam com as 
populações locais e sequestravam pessoas que 
chegavam às praias, levando-as para os navios para 
serem vendidas como escravas. Tal ato era 
justificado pelo fato de esses povos serem infiéis, 
seguidores das leis de Maomé, considerados 
inimigos, e portanto podiam ser escravizados, pois 
acreditavam ser justo guerrear com eles. Mais ao 
sul, além do rio Senegal, os povos encontrados não 
eram islamizados, portanto não eram inimigos, 
mas eram pagãos, ignorantes das leis de Deus, e no 
entender dos portugueses da época também 
podiam ser escravizados, pois ao se converterem 
ao cristianismo teriam uma chance de salvar suas 
almas na vida além desta. 
(Marina de Mello e Souza. África e Brasil africano, 2007.) 
 
O texto caracteriza 
 
A) o mercado atlântico de africanos escravizados 
em seu período de maior intensidade e o 
controle do tráfico pelas Companhiasde 
Comércio. 
B) o avanço gradual da presença europeia na África 
e a conformação de um modelo de exploração 
da natureza e do trabalho. 
C) as estratégias da colonização europeia e a sua 
busca por uma exploração sustentável do 
continente africano. 
D) o caráter laico do Estado português e as suas 
ações diplomáticas junto aos reinos e às 
sociedades organizadas da África. 
E) o pioneirismo português na expansão marítima 
e a concentração de sua atividade exploradora 
nas áreas centrais do continente africano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 12 
(Unesp 2018) 
 
As primeiras expedições na costa africana a partir 
da ocupação de Ceuta em 1415, ainda na terra de 
povos berberes, foram registrando a geografia, as 
condições de navegação e de ancoragem. Nas 
paradas, os portugueses negociavam com as 
populações locais e sequestravam pessoas que 
chegavam às praias, levando-as para os navios para 
serem vendidas como escravas. Tal ato era 
justificado pelo fato de esses povos serem infiéis, 
seguidores das leis de Maomé, considerados 
inimigos, e portanto podiam ser escravizados, pois 
acreditavam ser justo guerrear com eles. Mais ao 
sul, além do rio Senegal, os povos encontrados não 
eram islamizados, portanto não eram inimigos, 
mas eram pagãos, ignorantes das leis de Deus, e no 
entender dos portugueses da época também 
podiam ser escravizados, pois ao se converterem 
ao cristianismo teriam uma chance de salvar suas 
almas na vida além desta. 
(Marina de Mello e Souza. África e Brasil africano, 2007.) 
 
De acordo com o texto, 
 
A) a motivação da conquista europeia da África foi 
essencialmente religiosa, destituída de caráter 
econômico. 
B) os líderes políticos africanos apoiavam a 
catequização dos povos nativos pelos 
conquistadores europeus. 
C) os africanos aceitavam a escravização e não 
resistiam à presença europeia no continente. 
D) os povos africanos reconheciam a ação europeia 
no continente como uma cruzada religiosa e 
moral. 
E) a escravização foi muitas vezes justificada pelos 
europeus como uma forma de redimir e salvar 
os africanos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
128 
QUESTÃO 13 
(Uefs 2018) 
O “coração” econômico da época, Veneza, tem 
cada vez mais dificuldades em assegurar a 
competitividade de seus produtos. Em 1504, os 
navios venezianos já quase não encontram 
pimenta em Alexandria. As especiarias desta 
proveniência se revelam muito mais caras do que 
as que são encaminhadas da Índia portuguesa: a 
pimenta embarcada pelos portugueses em 
Calicute é quarenta vezes menos onerosa do que a 
que transita por Alexandria. 
(Jacques Attali. 1492, 1991. Adaptado.) 
 
O historiador descreve um processo de mudança 
comercial que é resultado da 
 
A) vinculação marítima direta do mercado europeu 
com as regiões fornecedoras de produtos 
orientais. 
B) sofisticação dos hábitos de consumo das 
sociedades europeias com o crescimento das 
cidades. 
C) exploração pela burguesia europeia dos novos 
produtos comestíveis encontrados na 
América. 
D) divisão de territórios na Ásia e na África pelos 
Estados europeus emergentes banhados pelo 
oceano Atlântico. 
E) falta de integração e de comunicação dos 
centros econômicos no interior do continente 
europeu. 
 
QUESTÃO 14 
(Enem Libras 2017) 
Os cartógrafos portugueses teriam falseado as 
representações do Brasil nas cartas geográficas, 
fazendo concordar o meridiano com os acidentes 
geográficos de forma a ressaltar uma suposta 
fronteira natural dos domínios lusos. O 
delineamento de uma grande lagoa que conectava 
a bacia platina com a amazônica já era visível nas 
primeiras descrições geográficas e mapas 
produzidos por Gaspar Viegas, no Atlas de Lopo 
Homem (1519), nas cartas de Diogo Ribeiro (1525-
27), no planisfério de André Homen (1559), nos 
mapas de Bartolomeu Velho (1561). 
KANTOR, Í. Usos diplomáticos da ilha-Brasil: polêmicas 
cartográficas e historiográficas. Varia Historia, n. 37, 2007 
 
De acordo com a argumentação exposta no texto, 
um dos objetivos das representações cartográficas 
mencionadas era 
 
A) garantir o domínio da Metrópole sobre o 
território cobiçado. 
B) demarcar os limites precisos do Tratado de 
Tordesilhas. 
C) afastar as populações nativas do espaço 
demarcado. 
D) respeitar a conquista espanhola sobre o Império 
Inca. 
E) demonstrar a viabilidade comercial do 
empreendimento colonial. 
 
QUESTÃO 15 
(Famerp 2017) 
 
Considerando o mapa e o contexto histórico, é 
correto constatar que essas viagens 
 
A) estabeleceram as bases de uma economia 
planetária, com plena integração comercial 
entre as diversas partes do mundo. 
B) contribuíram para a globalização, ao conectar 
partes do mundo que até então se ignoravam ou 
não se ligavam diretamente. 
C) resultaram de equívocos e erros de navegação, 
mais do que de cálculos ou de um projeto 
expansionista organizado. 
D) representaram a ampliação da hegemonia 
romana sobre o planeta, iniciada na Antiguidade 
Clássica. 
E) tiveram por objetivo a aquisição de escravos, daí 
privilegiarem rotas na direção da África e da 
Ásia. 
 
 
 
 
 
 
129 
RESOLUÇÕES 
RESPOSTA DA QUESTÃO 01: 
[D] 
Desde a antiguidade, o Mar Mediterrâneo foi o 
eixo econômico, local das rotas de viagens, muitos 
conflitos ocorreram para ter acesso e controle do 
Mediterrâneo, o mais relevante foram a Guerras 
Púnicas, entre romanos e cartagineses. Entre os 
séculos VIII e XII, ao árabes monopolizara o 
Mediterrâneo, o Norte da Itália dominou o 
Mediterrâneo entre os século XII ao XV, no 
contexto do Renascimento Comercial e Urbano. O 
mapa faz alusão as rotas transarianas que 
abasteciam os portos do norte do continente 
Africano com ouro, pimenta, marfim, entre outros. 
O ouro era oriundo da região do atual Mali. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 02 
[C] 
 
As Grandes Navegações, séculos XV e XVI, 
contribuíram para ampliar o conhecimento 
humano sobre o mundo, relatos dos navegadores 
contribuíram para afastar o imaginário europeu 
medieval pautado em monstros, ajudaram a 
construir melhores mapas, utilizaram instrumentos 
como bússola, astrolábio, quadrante, etc., cálculos 
matemáticos foram importantes. A expansão 
marítima e comercial do século XV foi o primeiro 
passo rumo à globalização do mundo. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 03: 
[D] 
 
O texto e o mapa deixam claro que a navegação no 
Atlântico, em especial na parte sul, ajudou a 
integrar Europa, América e África, em especial a 
partir do tráfico negreiro atlântico. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 04: 
[C] 
 
A primeira viagem de circunavegação realizada por 
Fernando de Magalhães e Sebastião Elcano em 
1519, provou na prática que a Terra tinha formato 
esférico. As Grandes Navegações contribuíram 
para ampliar o conhecimento humano sobre o 
mundo e melhorar os mapas geográficos. 
RESPOSTA DA QUESTÃO 05: 
[B] 
 
Como a Inglaterra realizou o que chamamos de 
navegação tardia, a solução que ela encontrou 
para participar da obtenção de lucros coloniais (em 
especial através do metalismo) foi adotar a prática 
dos saques, tanto em embarcações quanto em 
cidades coloniais portuguesas e espanholas na 
América. Tal estratégia era, inclusive, apoiada pelo 
Estado Inglês. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 06: 
[E] 
 
Os países ibéricos foram os primeiros a investir nas 
Grandes Navegações. Portugal foi o primeiro 
Estado Moderno a surgir, nasceu no ano de 1139 
no contexto das Guerras de Reconquista. A 
Espanha surgiu no ano de 1492, logo após a 
expulsão dos últimos árabes da região de Granada 
no Sul da Espanha. A precoce centralização do 
poder e a aliança entre rei e burguesia 
favoreceram a Península Ibérica no projeto 
marítimo-comercial. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 07: 
[C] 
 
Portugal foi o pioneiro nas Grandes Navegações no 
século XV, a tomada de Ceuta em 1415 marcou o 
início da expansão marítima comercial. As Grandes 
Navegações contribuíram muito para o processo 
histórico: foi o primeiropasso rumo ao mundo 
globalizado, alargou o horizonte humano no 
sentido de conhecer mais o mundo e deslocou o 
eixo econômico do Mediterrâneo para o Oceano 
Atlântico. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 08: 
[C] 
 
Somente a alternativa [C] está correta. O mapa 
expressa a exploração do homem branco europeu 
sobre o continente Africano desde o contexto da 
Expansão Marítimo Comercial nos séculos XV e XVI 
até o Imperialismo/Neocolonialismo do final do 
século XIX através da Conferência de Berlim de 
1885. 
 
 
 
 
 
 
 
130 
RESPOSTA DA QUESTÃO 09: 
[C] 
 
Somente a alternativa [C] está correta. Havia no 
imaginário do homem europeu medieval, a 
existência de monstros marinhos, animais 
estranhos, dragões, entre outros. Esse imaginário 
aparece no relato dos viajantes europeus nos 
séculos XV e XVI no contexto das Grandes 
Navegações. Na Idade Moderna com o avanço da 
ciência, essa mentalidade foi superada. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 10: 
[D] 
 
As Grandes Navegações podem ser consideradas 
uma etapa da Globalização devido ao (1) fato de 
que proporcionou um encontro entre diferentes 
etnias e povos, ainda que tenha ocorrido o 
massacre dos americanos pelos europeus e (2) ao 
aumento da circulação de produtos no eixo do 
Oceano Atlântico, inaugurando o que podemos 
chamar de comércio global. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 11: 
[B] 
 
O texto faz dois destaques: (1) o início e a 
ampliação da relação entre o branco europeu e o 
negro africano e (2) as consequências para os 
africanos desse contato, em especial o desrespeito 
à liberdade religiosa e a prática do escravismo 
comercial. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 12: 
[E] 
 
Dentro da ótica europeia, a escravidão era vista, 
além do valor lucrativo, como um ensino 
civilizatório para os africanos, em especial pela 
questão religiosa. 
 
 
 
 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 13: 
[A] 
 
O texto deixa claro que a pimenta vendida por 
Portugal era mais barata que a vendida pelos 
venezianos. Isso decorria da maneira como o 
produto (as especiarias, em geral) era obtido: 
quando a compra era feita de maneira direta 
(como era o caso de Portugal) o produto ficava 
relativamente mais barato do que quando a 
compra era feita através de intermediários (como 
era o caso de Veneza). 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 14: 
[A] 
 
O texto explica que os primeiros mapas feitos para 
descrever o Brasil foram manipulados pelos 
cartógrafos, que mudavam a localização do 
meridiano que dividia o continente entre Portugal 
e Espanha para que o mesmo coincidisse com 
acidentes geográficos que interessavam a Portugal 
explorar, como a Bacia Platina. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 15: 
[B] 
 
O mapa representa o contexto das Grandes 
Navegações no século XV quando os europeus 
realizaram diversas viagens e, através delas, 
ampliaram seus conhecimentos sobre o mundo, 
aperfeiçoaram os mapas, aproximaram regiões do 
ponto de vista do comércio e da cultura 
contribuindo para o processo de globalização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
131 
HISTÓRIA MODERNA: RENASCIMENTO, 
REFORMA PROTESTANTE/CONTRARREFORMA 
 
QUESTÃO 01 
(Espm 2018) 
 
 
 
As telas apresentadas, do pintor alemão Hans 
Holbein, são: 
 
A) exemplares da pintura românica e expressam 
estilização e severidade, grande esquematismo 
e distância da realidade natural; 
B) exemplares da pintura gótica e se caracterizam 
pelo naturalismo, dramatismo na representação 
da figura humana; 
C) obras do estilo barroco de pintura em que 
sobressai o contraste do claro-escuro como 
recurso que intensifica a noção de 
profundidade; 
D) trabalhos de um dos mais famosos pintores do 
Renascimento, que retratou pensadores e 
políticos europeus de sua época; 
E) trabalhos do Neoclassicismo em que a temática 
política e historicista foram marcantes, bem 
como a naturalidade na representação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 02 
(Ufjf-pism 1 2018) 
 
Leia atentamente os documentos abaixo: 
 
Documento 1 
 
Documento 2 
 
 
Documento 3 
"Foi no Renascimento que se sistematizou uma 
forma de representar o espaço real e 
tridimensional (realidade) partindo de uma 
abstração matemática que ficou conhecida como 
perspectiva. Na Renascença, quase toda pintura 
obedecia a esse método de representação. A 
perspectiva era um expediente geométrico que 
produzia a ilusão da realidade, mostrando os 
objetos no espaço em suas posições e tamanhos 
corretos. A perspectiva capta os fatos visuais e os 
estabiliza, transformando o ponto fixo de um 
observador para o qual o mundo todo converge.” 
Disponível em https://goo.gl/814GFE 
 
 
 
 
 
 
 
132 
Ao comparar os três documentos apresentados, é 
CORRETO afirmar que: 
 
A) Os pintores do Renascimento desconheciam as 
correlações possíveis entre a Geometria e a 
produção artística. 
B) A busca da tridimensionalidade realista foi a 
tônica da arte usada na construção de Igrejas 
durante a Idade Média, aspecto perpetuado 
pela Renascença. 
C) A técnica da perspectiva inventada no 
Renascimento encontra-se ainda presente em 
recursos atuais de produção de imagens, tais 
como a fotografia e o cinema. 
D) Durante a Renascença, a fotografia era uma 
técnica disseminada enquanto recurso voltado à 
representação de lugares, pessoas e 
paisagens. 
E) As técnicas utilizadas na pintura de tipo 
renascentista originaram-se na América e 
expandiram-se para a Itália e França após o 
século XIV. 
 
QUESTÃO 03 
(Espcex Aman 2021) 
 
No período do Renascimento, durante os séculos 
XV e XVI, ocorreram mudanças na qualidade e na 
quantidade da produção cultural. Dentre os fatores 
que influenciaram essas mudanças, destacam-se 
o/a: 
 
I. Absolutismo monárquico. 
II. Desenvolvimento da imprensa. 
III. Advento do “Século das Luzes”. 
IV. Ação dos Mecenas. 
V. Empirismo e liberalismo político de John Locke. 
 
Assinale a alternativa que apresenta todos os 
fatores corretos, dentre os listados acima. 
 
A) Somente a I. 
B) I e III. 
C) II e IV. 
D) Somente a III. 
E) III e V. 
 
 
 
QUESTÃO 04 
(G1 - ifsul 2020) 
 
Durante o período medieval, todo o 
conhecimento esteve baseado na autoridade e não 
na experiência. Este conhecimento refletia uma 
visão estática do universo e do ser humano. Nessa 
perspectiva, o homem não seria dotado de 
vontade própria, e suas ações no mundo apenas 
reproduziriam a vontade de Deus. 
O movimento, ocorrido na Europa a partir do 
século XV, que questionou a visão descrita acima 
foi o 
 
A) Reformismo religioso. 
B) Humanismo. 
C) Iluminismo. 
D) Industrialismo. 
 
QUESTÃO 05 
(Famerp 2020) 
[Maquiavel] elogia a República romana como 
tendo sido a mais perfeita forma de governo e um 
verdadeiro Estado unido pelo espírito público de 
seus cidadãos; no entanto, numa época como a 
sua, seria necessário um líder que utilizasse a força 
como princípio, tese que desenvolve em O 
Príncipe. 
(Teresa Aline Pereira de Queiroz. O Renascimento, 1995.) 
A obra O Príncipe foi escrita por Maquiavel em 
1513 e publicada em 1532. Nela, o pensador 
florentino 
 
A) rejeita a noção de república, valorizando o 
princípio de participação política direta de todos 
os cidadãos. 
B) defende a submissão do poder secular ao poder 
atemporal, reconhecendo a Igreja como o 
centro da vida política. 
C) analisa experiências políticas do passado e do 
presente, propondo um modelo de atuação do 
governante. 
D) celebra o princípio da experiência do indivíduo, 
identificando os conselhos dos anciãos como 
origem de todo poder. 
E) questiona o militarismo da Roma Antiga, 
sugerindo aos governantes abandonar projetos 
imperiais e expansionistas. 
 
 
 
 
 
 
133 
 QUESTÃO 06 
(Ufms 2020) 
 
Em 2019, completaram-se 500 anos da morte de 
Leonardo Da Vinci, considerado um dos maiores 
expoentes do movimento denominado 
Renascimento Cultural. Esse movimento foi um 
marco importante na sociedade ocidental, pois 
promoveu uma mudança profunda na maneira de 
pensar, impactandocrenças e valores que 
norteavam o homem europeu até então. 
 
Sobre as características do Renascimento Cultural, 
assinale a alternativa correta. 
 
A) O conhecimento passou a ser dirigido pelo clero 
católico, que administrava escolas e 
universidades. Assim, essa nova visão de mundo 
foi compreendida a partir de um único caminho: 
o da fé e da religião. 
B) Surgiu na Península Itálica no final do século XIV 
e início do XV. Foi marcado por um espírito 
científico, de valorização da razão e do raciocínio 
lógico, colocando o ser humano como centro do 
universo. 
C) Surgiu na Península Itálica no século XVI. 
Promoveu mudanças políticas, econômicas e 
sociais baseadas nas ideias de liberdade, 
igualdade e fraternidade. 
D) Surgiu na Península Itálica no final do século XIV 
e início do XV. Nesse contexto, muitos artistas e 
intelectuais foram buscar inspiração num 
período considerado por eles de grandes 
realizações e esplendor: o Egito antigo. 
E) Os renascentistas defendiam uma visão 
humanista, naturalista e teocêntrica, buscando 
superar a antiguidade clássica, período que 
classificaram como trevas, devido à falta de 
produção de conhecimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 07 
(Ufpr 2020) 
 
Em 1632, o matemático, astrônomo e filósofo 
italiano Galileu Galilei (1564-1642) publicou o 
Diálogo sobre os dois principais sistemas do 
mundo, no qual três personagens, de nomes 
Sagredo, Salviati e Simplício, debatem sobre a 
cosmologia copernicana e a cosmologia 
aristotélica. Ainda no mesmo ano, Galileu foi 
intimado a comparecer à Congregação do Santo 
Ofício em Roma, acusado de defender as ideias de 
Copérnico, consideradas heréticas pela Igreja. 
 
Considerando o contexto histórico do processo e 
da condenação de Galileu Galilei pela Inquisição de 
Roma, assinale a alternativa correta. 
 
A) A Inquisição proibiu os livros de Nicolau 
Copérnico, relacionando-os ao Index Librorum 
Prohibitorum, por divulgarem a heresia 
protestante. 
B) Os inquisidores descobriram, nos diálogos entre 
as personagens do livro de Galileu Galilei, 
passagens em defesa da magia como uma forma 
legítima de conhecimento do mundo natural, 
motivo para proibição do livro. 
C) O processo contra Galileu foi além de uma 
admoestação, ordenando que abjurasse da 
teoria heliocentrista defendida por Copérnico e 
não a divulgasse e nem a ensinasse. 
D) Após o Concílio de Trento, os doutores da Igreja 
procuraram estabelecer uma atitude de 
conciliação e diálogo com os filósofos 
naturalistas e matemáticos, com a finalidade de 
controlar o conhecimento da Natureza. 
E) O livro de Galileu Galilei foi motivo de escândalo 
e condenação, por submeter a teologia à 
filosofia natural, questionando os dogmas 
religiosos e a verdade revelada pelas 
Escrituras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
134 
QUESTÃO 08 
(Ufrgs 2020) 
 
A coluna da esquerda abaixo lista eventos que 
relacionam política e religião no contexto das 
reformas religiosas; a da direita, descrições desses 
eventos. Associe adequadamente a coluna da 
direita à da esquerda. 
 
(1) Noite 
de São 
Bartolomeu 
( ( ) Definição da liberdade religiosa para 
os príncipes do Império Romano-
Germânico. 
(2) Concílio 
de Trento 
( ( ) Atuação na difusão do cristianismo e 
na recuperação de fiéis para a Igreja 
Católica. 
(3) Paz de 
Augsburgo 
( ) ( ) Conflito violento ocorrido entre 
católicos e calvinistas na cidade de Paris. 
(4) 
Companhia 
de Jesus 
( ) ( ) Rigorismo dos tribunais da Inquisição 
e criação do Index: lista de livros 
proibidos para os fiéis. 
 
A sequência correta de preenchimento dos 
parênteses, de cima para baixo, é 
 
A) 1 – 2 – 4 – 3. 
B) 2 – 4 – 3 – 1. 
C) 2 – 3 – 1 – 4. 
D) 3 – 4 – 1 – 2. 
E) 4 – 1 – 2 – 3. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 09 
(Ufms 2020) 
 
Alguns períodos da história são marcados por 
transformações que ilustram as mudanças na 
sociedade e que acabam por transportar essas 
situações para contextos mais amplos como a 
economia e a política. Leia atentamente o trecho a 
seguir. 
 
“Renascença ou Renascimento são termos 
aplicados ao movimento de renovação cultural que 
teve início no século XIV, na Itália, e atingiu seu 
apogeu no século XVI, influenciando várias regiões 
da Europa. Os renascentistas defendiam a 
restauração dos valores do mundo clássico e 
acreditavam na capacidade ilimitada da criação 
humana. Esses ideais transformaram as artes, a 
literatura, a ciência, a filosofia e a gastronomia. O 
período é rico em exemplos de pesquisadores e 
inventores que prepararam o caminho para o 
progresso científico e técnico da Idade Moderna. 
No Renascimento, a Itália tornou-se símbolo de 
refinamento do mundo ocidental, graças à 
influência dos bizantinos. O uso do garfo, os 
aparelhos de jantar, as peças finas e bem-acabadas 
em metais preciosos, as toalhas ricamente 
bordadas em linho, porcelanas e as faianças 
italianas sofisticaram o comportamento à mesa.” 
(Fonte: FREIXA, Dolores. Gastronomia no Brasil e no Mundo. 
São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 2017. p. 78). 
 
O exemplo da transformação proposta por meio do 
modo de se portar à mesa acabou por influenciar 
todo o período conhecido como Renascimento. A 
mudança de hábitos, por sua vez, acabou impondo 
uma característica extremamente importante para 
a sequência dos acontecimentos históricos. 
Assinale a alternativa correta que esteja associada 
ao desenvolvimento do processo descrito no 
texto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
135 
A) O intercâmbio cultural proposto pelo 
Renascimento coloca a Europa como receptora 
de hábitos e de sistemas orientais (econômicos 
e políticos), sendo perceptível pela difusão de 
valores como a religião e a administração 
pública típicas do Oriente. 
B) Entendido como resultado direto das Cruzadas, 
o Renascimento e o contato com o Oriente 
promovem uma difusão do ideal cristão pelo 
mundo, que será concluída com a mudança 
cultural imposta pelos europeus aos povos do 
Oriente. 
C) O contato com o Oriente promoveu para as 
cidades italianas localizadas à beira do mar 
Mediterrâneo a possibilidade de reativação do 
comércio, ampliando cada vez mais suas áreas 
de atuação nos campos econômicos e culturais 
e distanciando-as cada vez mais do passado 
medieval. 
D) Após estabelecer vínculos comerciais com os 
mercados do Oriente, as cidades italianas que 
estavam mais próximas do mar Mediterrâneo 
passaram a se isolar do contexto europeu, fato 
que impulsionou seu desenvolvimento científico 
e cultural e deu origem ao Império de Roma. 
E) O Renascimento foi um modelo intelectual e 
cultural de valorização da cultura clássica grega 
e que, consequentemente, impulsionou as 
cidades italianas para o desenvolvimento 
político aos moldes das antigas cidades-estado 
da Grécia antiga, fato que impulsionou o 
desenvolvimento econômico e tecnológico do 
período. 
 
 QUESTÃO 10 
(Uece 2019) 
Atente para o seguinte excerto: 
 
“...A partir de minhas pesquisas em Portugal, eis a 
lista dos “crimes” de 235 moradores da Bahia 
processados pela Santa Inquisição entre 1546 a 
1821, data em que é extinto este tribunal 
eclesiástico: judaísmo: 96; bigamia: 34; blasfêmia: 
33; sodomia: 18; gentilismo: 12; luteranismo: 10; 
feitiçaria: 10; contra a Inquisição: 8; falsos padres: 
6; irreligiosidade: 6; solicitação: 2” 
MOTT, L. Bahia: inquisição e sociedade [online]. Salvador: 
EDUFBA, 2010. p.24. 
 
No excerto acima, Luiz Mott apresenta um aspecto 
da história colonial brasileira que corresponde 
 
A) ao forte controle estatal sobre a moralidade 
pública a partir da realização de Tribunais de 
Inquisição, comandados por juízes laicos vindos 
de Portugal. 
B) à atuação da Santa Inquisição Católica na 
tentativa de impedir o crescimento de outras 
religiões e igrejas na colônia, garantindo seus 
dogmas e o predomínio do seu modelo de 
sociedade. 
C) à busca da Coroa Portuguesa por um equilíbrio 
na sociedadecolonial, combatendo, através da 
Santa Inquisição, práticas discriminatórias e 
promovendo a inclusão social. 
D) ao apoio do Estado português às Igrejas Cristãs 
Reformadas instaladas na colônia portuguesa 
para que fizessem, através da Santa Inquisição, 
uma restauração moral na população colonial. 
 
QUESTÃO 11 
(Ufrgs 2019) 
 
Considere as imagens abaixo, em que é 
representada, de formas distintas, a crucificação 
de Cristo. 
 
 
 
A comparação entre as duas pinturas mostra uma 
transformação fundamental na história da arte do 
Ocidente, que teve no chamado Renascimento 
italiano do século XV um de seus momentos 
principais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
136 
Assinale a alternativa que apresenta a principal 
característica do Renascimento italiano. 
 
A) O desaparecimento das representações de 
anjos, indicando o advento do racionalismo 
filosófico e o abandono da metafísica religiosa. 
B) O aprimoramento do realismo estético na 
representação humana, afirmando o 
predomínio do humanismo em detrimento do 
antropocentrismo. 
C) O desenvolvimento da teoria da perspectiva 
geométrica, marcada pelo princípio do “ponto 
de fuga”, que favorecia a representação em 
profundidade dos espaços. 
D) A representação de colunas jônicas, mostrando 
que o interesse em relação à Antiguidade grega 
ocorreu apenas a partir do Quattrocento. 
E) A interiorização da cena representada, 
assinalando o desinteresse da arte renascentista 
pelas paisagens da natureza. 
 
QUESTÃO 12 
(Unicamp 2019) 
 
Leia o texto a seguir e observe a figura do Homem 
Vitruviano. 
 
Ao longo da vida, cada vez mais, Leonardo da Vinci 
passou a perceber que a matemática era a chave 
para transformar suas observações em teorias. 
Não existe certeza na ciência em que a matemática 
não possa ser aplicada, declarou. 
(Adaptado de Walter Isaacson, Leonardo da Vinci. Rio de 
Janeiro: Intrínseca, 2017, p. 52.) 
 
 
 
Assinale a alternativa que expressa 
adequadamente a correlação entre o texto e a 
imagem. 
 
A) Figura emblemática do Renascimento, Leonardo 
da Vinci destaca-se pela sua obra pictórica e por 
seu desenho do Homem Vitruviano. Para ele, 
arte e ciência se baseavam nas relações 
análogas entre homem e natureza preconizadas 
pela alquimia. 
B) O Homem Vitruviano de Leonardo da Vinci 
condensa uma série de estudos do artista, e 
mesmo a leitura de uma cópia manuscrita da 
obra de Vitrúvio. O desenho sintetiza uma 
relação harmônica entre homem e mundo 
pautada pela analogia geométrica. 
C) Na linhagem dos artistas-arquitetos-
engenheiros renascentistas, Leonardo da Vinci 
dedicou-se ao estudo da perspectiva e 
especialmente da aritmética, buscando 
harmonizar as relações entre o homem e Deus 
no Homem Vitruviano. 
D) Leitor assíduo da física newtoniana, Leonardo da 
Vinci reconhecia que tanto a aritmética quanto 
a geometria poderiam ser usadas na arte, 
arquitetura e engenharia. Na elaboração do 
desenho do Homem Vitruviano, ele comprovou 
esta hipótese. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
137 
QUESTÃO 13 
(G1 - ifce 2019) 
 
No decorrer do século XIV, a sociedade medieval 
estava em crise e a Europa atravessava um período 
de grandes transformações culturais, econômicas 
e políticas. Nesse contexto, teve origem nas 
cidades italianas um movimento que ficou 
conhecido como Renascimento. Dele participavam 
artistas e pensadores que, buscando inspiração 
nos valores da Antiguidade Clássica, passavam a 
exaltar as capacidades humanas e a valorizar a 
liberdade individual. 
 
São valores do movimento cultural renascentista 
 
A) antropocentrismo, naturalismo, hedonismo e 
racionalismo. 
B) apenas o antropocentrismo e racionalismo. 
C) somente o racionalismo. 
D) desejos pelo pós-modernismo e pelo 
teocentrismo. 
E) teocentrismo, hedonismo e racionalismo. 
 
QUESTÃO 14 
(Ufpr 2019) 
 
Considere o excerto abaixo sobre o livro Utopia, do 
escritor inglês Thomas Morus (1478-1535), 
lançado entre 1516 e 1518: 
 
[...] Em sua obra Utopia, Morus descreve a vida 
numa ilha em formato de lua crescente, na qual 
tudo é dividido de maneira equânime entre as 
pessoas, onde não existe injustiça e violência e se 
vive confortavelmente. [...] na ilha de Utopia, o 
problema da exclusão social, tema candente de seu 
tempo, [...] seria resolvido de uma vez por todas. E 
de que maneira? Pela aplicação de todos ao 
trabalho [...]”. 
(LOPES, M. A. Uma História da ideia de utopia: o real e o 
imaginário no pensamento político de Thomas Morus. 
História: Questões & Debates, Curitiba, n. 40, 2004, p. 141-
142.) 
 
A partir do trecho acima e dos conhecimentos 
sobre o início da Idade Moderna (1453-1789), é 
correto afirmar que a obra de Morus pertenceu 
ao: 
 
A) Iluminismo europeu e foi publicada no contexto 
do absolutismo inglês, em que o clero católico 
possuía privilégios, terras e metais preciosos, ao 
contrário da maioria da população. 
B) Renascimento europeu e foi publicada no 
contexto do republicanismo inglês, em que os 
parlamentares possuíam terras, títulos de 
nobreza e isenção de impostos, ao contrário da 
maioria da população. 
C) Arcadismo europeu e foi publicada no contexto 
do protecionismo inglês, em que o clero 
protestante possuía terras, privilégios e perdão 
de dívidas, ao contrário da maioria da 
população. 
D) Humanismo europeu e foi publicada no 
contexto do absolutismo inglês, em que a 
aristocracia possuía privilégios, terras e rendas, 
ao contrário da maioria da população. 
E) Romantismo europeu e foi publicada no 
contexto de expansionismo inglês, em que a 
monarquia possuía manufaturas, terras e ouro, 
ao contrário da maioria da população. 
 
QUESTÃO 15 
(Unicamp 2019) 
 
Antes de Copérnico, Kepler e Galileu, os 
cosmólogos elaboravam sistemas que 
representavam os corpos celestes por meio de 
esferas encaixadas umas nas outras, propostas e 
desenvolvidas por Eudoxo e Aristóteles, de modo a 
distinguir os mundos celeste e terrestre. É nesse 
contexto, caracterizado pela tese de que o cosmo 
é composto de dois mundos distintos (céu e Terra), 
e pelo axioma platônico, que deve ser entendido o 
conteúdo da carta de Kepler (1604). Ele apresenta 
uma etapa do processo de rompimento com essa 
distinção e com o axioma platônico. Na carta, 
Kepler apresenta os procedimentos para obter as 
duas primeiras leis dos movimentos planetários. A 
importância disso é tão grande que a segunda lei 
aparece antes da primeira, e a lei das áreas só se 
torna operante numa órbita elíptica, não podendo 
ser aplicada às órbitas circulares sem produzir 
discrepâncias com relação aos dados 
observacionais de Tycho Brahe. 
(Adaptado de Claudemir Roque Tossato, Os primórdios da 
primeira lei dos movimentos planetários na carta de 14 de 
dezembro de 1604 de Kepler a Mästlin. Scientiae Studia, São 
Paulo, v. 1, n. 2, p. 199-201, jun. 2003.) 
 
 
 
 
 
 
 
138 
Considerando o contexto histórico descrito e as leis 
físicas apresentadas por Kepler, assinale a 
alternativa correta. 
 
A) Copérnico, Kepler e Galileu fazem parte da 
chamada Revolução Científica que rompe com 
leituras especulativas do Universo, baseadas em 
premissas aristotélicas e tomistas, e propõe 
análises empiristas do mundo natural. O 
conceito de órbitas circulares para o movimento 
dos planetas em torno do Sol, em que a distância 
entre o planeta e o Sol permanece constante 
durante o movimento, foi abandonado por 
Kepler. 
B) A Revolução Científica da época Moderna 
propõe a ruptura com o ideal divino, sendo, por 
isso, combatida pela Igreja Católica, que 
defendia a orquestração divina sobre o mundo 
humano e natural. O conceito de órbitas 
circulares para o movimento dos planetas em 
torno do Sol, em que a distância entre o planeta 
e o Sol é variável durante o movimento, foi 
abandonado por Kepler. 
C) Copérnico, Kepler e Galileu foram perseguidos 
pela Igreja Católica do período Moderno, por 
representarem o questionamento dos ideais 
medievais

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