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Ventilação Mecânica Preparação do Ar • O ar deve ser preparado antes de atingir as vias aéreas inferiores. Ciclo Respiratório na Ventilação Mecânica Ciclo Respiratório • Subdividido em 4 fases: – Fase 1: Mudança da fase expiratória para a fase inspiratória: DISPARO (TRIGGER) do ventilador (início da inspiração); • Abertura da válvula inspiratória (válvula de fluxo inspiratório). DISPARO – Pode ser: À Tempo: – Após um tempo pré- determinado (frequência respiratória) se inicia a inspiração. Ou seja, o ventilador determina de quanto em quanto tempo se iniciará um novo ciclo. À pressão ou à fluxo: – Por meio do esforço do paciente ocorre o início da fase inspiratória (o paciente DISPARA o ventilador mecânico, iniciando a fase inspiratória). – Ajuste da sensibilidade do ventilador por pressão ou por fluxo. DISPARO – Fluxo ou Pressão: Observe os gráficos do próximo slide e identifique em qual deles o paciente fez esforço respiratório (“disparou” o ventilador). 15 5 0 Pressão (cmH2O) 1 2 3 4 5 6 7 8 Tempo Disparo à tempo Disparo à pressão Ciclo Respiratório • 4 fases: – Fase 2: Fase inspiratória: ocorre a insuflação dos pulmões, vencendo as propriedades elásticas e resistivas do sistema respiratório; • Válvula de fluxo inspiratório aberta. Ciclo Respiratório • 4 fases: – Fase 3: Mudança da fase inspiratória para a fase expiratória: CICLAGEM do ventilador. • Fecha a válvula de fluxo inspiratório e abre a válvula expiratória. Ciclo Respiratório A CICLAGEM pode ocorrer por quatro mecanismos: – Pressão: término da inspiração ao se atingir uma pressão pré-determinada (Bird Mark 7). – Tempo: mesmo após a pressão ou volume pré-determinados serem atingidos, a fase inspiratória se mantém por um tempo inspiratório ou pausa inspiratória pré-ajustados, e após isso, ocorre o término da inspiração. – Volume: término da inspiração ao se atingir um volume pré- determinado. – Fluxo: término da inspiração ao se atingir um fluxo pré- determinado. Ciclo Respiratório • 4 fases: – Fase 4: Fase expiratória: esvaziamento completo (ZEEP*) ou não completo (PEEP**) dos pulmões; • Momento seguinte ao fechamento da válvula inspiratória e abertura da válvula expiratória. * ZEEP = pressão zero ao final da expiração; ** PEEP = pressão positiva ao final da expiração; ZEEP PEEP INSP EXP INSP EXP PEEP X ZEEP Tipos de Ciclos • Ciclo Controlado – Ausência de esforço respiratório do paciente. • Ciclo Assistido – Esforço inspiratório do paciente. Ventilador “percebe” o esforço do paciente e libera o ciclo com os parâmetros pré-determinados. • Ciclo Espontâneo – Disparo e ciclagem dependem do esforço respiratório do paciente. • MODALIDADES: – Controlado: Ventilador disponibiliza apenas ciclos controlados FR programada Ventilador define o período entre os ciclos –Assisto-Controlado Ventilador disponibiliza ciclos controlados e assistidos FR Programada Ajuste de sensibilidade Ciclos Assistidos – Pressão de Suporte (descrita a seguir) PRESSÃO DE SUPORTE PRESSÃO DE SUPORTE (PSV) • VANTAGENS: – VENTILAÇÃO ESPONTÂNEA – SÃO LIVRES: • FLUXO • VOLUME CORRENTE • FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA • DESVANTAGEM: – RISCO DE HIPOVENTILAÇÃO Ciclagem - Pressão de Suporte: PSV • CICLA: FLUXO • Na PSV, a passagem da fase insp para fase exp (ciclagem) ocorre quando o pico de fluxo inspiratório gerado pelo esforço do paciente cai abaixo de 25%. Pressão de Suporte: PSV • PARÂMETROS AJUSTÁVEIS: • FIO2 • PEEP • SENSIBILIDADE • PRESSÃO DE SUPORTE Questões Questões • 1. Defina disparo. • 2. Defina ciclagem. PARÂMETROS VENTILATÓRIOS Programáveis Parâmetros Ventilatórios Programáveis Volume corrente - 6 a 8 mL/kg de peso predito (iniciar com 6 mL/kg) Fluxo inspiratório - 6 x volume minuto = 40 a 60 L/min Frequência respiratória - entre 12 e 20 rpm Parâmetros Ventilatórios Programáveis Pressão expiratória positiva final (PEEP): - mínimo de 5 cmH2O Sensibilidade - Suficiente para manter trabalho mínimo - Pressão ou fluxo - A tabela ao lado mostra uma equivalência entre pressão e fluxo, proposta por pesquisadores. Fração inspirada de oxigênio - Mínima possível para manter satO2 entre 93 e 97%. Pressão (cmH2O) Fluxo (L/min) 0,5 1 - 2 1,0 3 - 4 2,0 mais difícil que qq fluxo Fonte: Barbas e Amato. Parâmetros Ventilatórios Programáveis Pressão de Suporte: mínima de 7 cmH2O; Pressão Inspiratória: mínima possível para gerar VC de 6 a 8 mL/Kg. Tempo Inspiratório: entre 0,8 e 1,2 segundos. PARÂMETROS VENTILATÓRIOS Parâmetros Ventilatórios Volume corrente - 6 a 8 ml/kg de peso* (ALGUMAS REFERÊNCIAS antigas = 8 a 10 ml/Kg de peso*) *peso ideal Fluxo inspiratório - 6 x volume minuto Frequência respiratória - 12 à 20 ipm Parâmetros Ventilatórios Pressão expiratória positiva final (PEEP): - 3 à 5 cmH2O Sensibilidade - Suficiente para manter trabalho mínimo - Pressão ou fluxo Fração inspirada de oxigênio - Mínima possível Parâmetros Ventilatórios • IMPORTANTE SABER: • A pressão inspiratória máxima que podemos gerar dentro do sistema respiratório é de 40 cmH2O e pressão de platô 35 cmH2O; • Fluxo respiratório fisiológico (velocidade com que o ar entra no sistema respiratório) é: 45 a 50 litros por minuto (L/min); • A pressão positiva no final da expiração “PEEP fisiológica” é de: 5 cmH2O (a PEEP é produzida pela ação da glote); • O tempo inspiratório fisiológico é de 1 segundo. Como devem ser realizados os ajustes após a gasometria arterial? • Acidose respiratória (retenção CO2) • Alcalose respiratória (diminuição de CO2) • Hipoxemia (baixas concentrações de O2) • Hiperoxemia (altas concentrações de O2) AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO MEDIDAS À BEIRA DO LEITO Ajustar ventilador mecânico 1. Paciente sedado; 2. Modo volume controlado e modalidade controlada; 3. Volume corrente 4 a 8 ml/kg; 4. Definir o fluxo em 60 L/min, ou seja, 1 L/s com onda de fluxo quadrada; 5. Pausa inspiratória 2 s; 6. Anotar os seguintes valores: Pico de Pressão Insp., Pplat, PEEP e VC. COMPLACÊNCIA ESTÁTICA: Cestática = VC/ Pplatô – Peep (ml/cmH2O) COMPLACÊNCIA DINÂMICA: Cdinâmica ou efetiva = Vc/Ppi – Peep (L/cmH2O) RESISTÊNCIA PPico – Pplatô/ fluxo (L/s) Exercício 1 • Escreva qual dos gráficos abaixo representa o modo volume controlado, modalidade assisto- controlada: Complicações e Repercussões da Ventilação Mecânica Complicações da VM Lesão pulmonar induzida pela VM: barotrauma (síndromes de escape de ar), volutrauma, cisalhamento. Volutrauma • Dano alveolar difuso; • Aumento da permeabilidade vascular; • Infiltrados inflamatórios. SÍNDROMES DO ESCAPE DE AR Presença de ar extra-alveolar: • enfisema intersticial pulmonar • pneumotórax • pneumomediastino • Pneumoperitônio • Enfisema subcutâneo Outras complicações Lesões laringotraqueais Pneumonia nosocomial Repercussões hemodinâmicas ( RV e DC) Hipotrofia da musculatura respiratória