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Resumo de Sociologia Parte 3 As relações de poder na sociedade contemporânea Aluno 2061 Martins Estado moderno O Estado Moderno surgiu a partir da união dos diversos feudos existentes no continente europeu, como meio de superação do sistema feudal. Com o passar dos anos, esse ordenamento político espalhou-se pelo mundo, assumindo diferentes configurações ao longo dos séculos. Apesar da variedade, um estado moderno possui cinco principais características: Povo Território Governo Finalidade Soberania Estado moderno Povo: Significa tanto o número de pessoas ndo estado (nacionais e estrangeiros), como também os que partilham o idioma, história e costumes. Território: Identifica os limites físicos do estado. Governo: A esfera máxima de função executiva de um estado. Finalidade: É o que justifica a existência daquele estado. No brasil, sua finalidade está no Art. 3 da constituição: Construir uma sociedade livre, justa e solidária; Garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; e promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Soberania: Esse conceito se relaciona com a autoridade suprema, geralmente no âmbito de um país. É o direito exclusivo de uma autoridade suprema sobre um grupo de pessoas — em regra, uma nação. Estado absolutista Surgido no fim da idade média, o absolutismo foi a primeira manifestação histórica do estado moderno. Sua maior característica é a concentração do poder no rei, sendo ele mesmo, na prática, o próprio estado. No absolutismo não há uma constituição a ser seguida, não há nada que controle o poder real. Existem poucos colaboradores no estado, mas a palavra final e a decisão sempre são do rei. Estado liberal Liberalismo foi uma doutrina econômica, política e social, que surgiu na Europa, no século XVIII, contra o mercantilismo e a intervenção do Estado na economia. Foi inspirado pelos ideais da revolução francesa. Os fundamentos do estado liberal são a soberania popular e a representação política. As bases do liberalismo político foram lançadas pelo filósofo inglês, representante do Iluminismo, John Locke, em sua obra “Segundo Tratado do Governo Civil”. Nela, ele negava a origem divina do poder e defendia que os cidadãos tinham o direito natural à liberdade, à propriedade privada e à resistência contra governos tiranos. Na economia, o liberalismo defende que o estado não deve intervir. Ele deveria ser apenas o "guardião da ordem", zelando pela segurança e manutenção da propriedade privada. Economistas como Adam Smith falam sobre a autorregulação do estado na quantidade e no preço das mercadorias, o que chamavam de mão invisível. Uma consequência do estado liberal é a competição entre empresas, a dificuldade de uma pequena empresa crescer, a concentração do capital na mão de poucos. Estados socialistas O socialismo é um sistema político e econômico baseado na igualdade. Foi uma reação ao sistema liberal. Questiona a propriedade privada dos meios de produção e denuncia a divisão social da sociedade em duas classes sociais fundamentais: A burguesia e o proletariado. O estado socialista propõe a distribuição igualitária de renda, extinção da propriedade privada, socialização dos meios de produção, economia planificada e, além disso, a tomada do poder por parte do proletariado. Com a revolução russa, em 1917, surgiu o primeiro estado socialista. Estados nazista e fascista O período entreguerras, caracterizado pela crise do modelo liberal na política e na economia, influenciou a ascensão de regimes antidemocráticos na Europa, como o nazismo e o fascismo. Neles, o estado estava acima de todas as demais organizações. O fascismo surgiu na Itália, liderado por Benito Mussolini. Suas principais características são o totalitarismo, que subordina os interesses do indivíduo ao Estado; o nacionalismo, que tem a nação como forma suprema de desenvolvimento; e o corporativismo, em que os sindicatos patronais e trabalhistas são os mediadores das relações entre o capital e o trabalho. Fundamentava suas origens no estabelecimento das glórias romanas, com objetivos de expansão imperialista. O Nazismo baseia-se na doutrina do nacional-socialismo, formulada por Adolf Hitler. Assim como o fascismo, o nazismo é caracterizado pelo nacionalismo, ou seja, a reconstituição das nações e de seus povos originais, considerados "raças superiores". Diferentemente do fascismo, o nazismo se destacou pelo seu caráter racista, que pregava a superioridade da raça ariana. Assim, perseguiu judeus, negros, comunistas, homossexuais e deficientes. Estado de bem-estar social (EBAS) O Estado de bem-estar social (EBAS), também denominado Welfare State, foi o modelo adotado pelas grandes economias liberais na primeira metade do século XX. Com a crise de 29, o liberalismo entrou em decadência. A principal característica do EBAS é a defesa dos direitos dos cidadãos à saúde, educação, previdência, etc. Foi criado a partir do modelo do economista John Maynard Keynes, sendo a favor da intervenção do estado na economia. O EBAS defende a estatização de empresas em setores estratégicos, a criação de serviços públicos gratuitos e de qualidade. Assim, o Estado necessita interferir na economia, regulando-a para impedir monopólios, gerar emprego e renda, construindo infraestruturas. Estado neoliberal O liberalismo nasceu no século XVIII, mas sua atuação foi interrompida pelo Keynesianismo e o Ebas. Neoliberalismo é um novo conceito do liberalismo clássico. Sua principal característica é a defesa de maior autonomia dos cidadãos nos setores político e econômico e, logo, pouca intervenção estatal. Os teóricos neoliberais afirmavam que somente a liberdade econômica produziria indivíduos e sociedades livres. A desvinculação entre economia e política seria o caminho para a prosperidade econômica, conduzida pela diminuição progressiva da participação estatal na economia. As características do Neoliberalismo são: Privatização de empresas estatais Livre circulação de capitais internacionais Abertura econômica para a entrada de empresas multinacionais. Adoção de medidas contra o protecionismo econômico Redução de impostos e tributos cobrados indiscriminadamente