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Prévia do material em texto

CONCURSO NACIONAL UNIFICADO
BLOCO 8 – NÍVEL INTERMEDIÁRIO – PORTUGUÊS
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES ABAIXO.
01 - O candidato recebeu do fiscal o seguinte material:
a) este CADERNO DE QUESTÕES, com o enunciado das 15 (quinze) questões objetivas, sem repetição ou falha, com a 
seguinte distribuição:
Língua Portuguesa Redação
Questões Pontuação Pontuação
1 a 15 1,0 cada 10,0
Total: 15,0 pontos Total: 10,0 pontos
Total: 25,0 pontos
b) CARTÃO-RESPOSTA destinado às respostas das questões objetivas formuladas nas provas.
02 - O candidato deve verificar se este material está em ordem e se o seu nome e número de inscrição conferem com 
os que aparecem no CARTÃO-RESPOSTA. Caso não esteja nessas condições, o fato deve ser IMEDIATAMENTE 
notificado ao fiscal.
03 - Após a conferência, o candidato deverá assinar, no espaço próprio do CARTÃO-RESPOSTA, com caneta esferográfica 
de tinta preta, fabricada em material transparente.
04 - No CARTÃO-RESPOSTA, a marcação das letras correspondentes às respostas certas deve ser feita cobrindo a letra 
e preenchendo todo o espaço compreendido pelos círculos, com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada em 
material transparente, de forma contínua e densa. A leitura ótica do CARTÃO-RESPOSTA é sensível a marcas escuras; 
portanto, os campos de marcação devem ser preenchidos completamente, sem deixar claros. 
 Exemplo: 
05 - O candidato deve ter muito cuidado com o CARTÃO-RESPOSTA, para não o DOBRAR, AMASSAR ou MANCHAR. O 
CARTÃO-RESPOSTA SOMENTE poderá ser substituído se, no ato da entrega ao candidato, já estiver danificado em suas 
margens superior e/ou inferior - DELIMITADOR DE RECONHECIMENTO PARA LEITURA ÓTICA.
06 - Imediatamente após a autorização para o início das provas, o candidato deve conferir se este CADERNO DE QUESTÕES 
está em ordem e com todas as páginas. Caso não esteja nessas condições, o fato deve ser IMEDIATAMENTE notificado 
ao fiscal.
07 - As questões objetivas são identificadas pelo número que se situa acima de seu enunciado.
08 - Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 alternativas classificadas com as letras (A), (B), (C), (D) e (E); 
só uma responde adequadamente ao quesito proposto. O candidato só deve assinalar UMA RESPOSTA: a marcação em 
mais de uma alternativa anula a questão, MESMO QUE UMA DAS RESPOSTAS ESTEJA CORRETA.
09 - SERÁ ELIMINADO deste Concurso Público o candidato que:
a) for surpreendido, durante as provas, em qualquer tipo de comunicação com outro candidato;
b) portar ou usar, durante a realização das provas, aparelhos sonoros, fonográficos, de comunicação ou de registro, 
eletrônicos ou não, tais como agendas, relógios de qualquer natureza, notebook, transmissor de dados e mensagens, 
máquina fotográfica, telefones celulares, pagers, microcomputadores portáteis e/ou similares;
c) se ausentar da sala em que se realizam as provas levando consigo o CADERNO DE QUESTÕES e/ou o CARTÃO-RESPOSTA;
d) se recusar a entregar o CADERNO DE QUESTÕES e/ou o CARTÃO-RESPOSTA, quando terminar o tempo 
estabelecido;
e) não assinar a LISTA DE PRESENÇA e/ou o CARTÃO-RESPOSTA.
Obs. O candidato só poderá ausentar-se do recinto das provas após 2 (duas) horas contadas a partir do efetivo início das mesmas. 
Por motivos de segurança, o candidato NÃO PODERÁ LEVAR O CADERNO DE QUESTÕES, a qualquer momento.
10 - O candidato deve reservar os 30 (trinta) minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as 
marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES NÃO SERÃO LEVADOS EM CONTA.
11 - O candidato deve, ao terminar as provas, entregar ao fiscal o CADERNO DE QUESTÕES e o CARTÃO-RESPOSTA e 
ASSINAR A LISTA DE PRESENÇA.
12 - O TEMPO DISPONÍVEL PARA ESTAS PROVAS DE QUESTÕES OBJETIVAS É DE 4 (QUATRO) HORAS, já incluído 
o tempo para marcação do seu CARTÃO-RESPOSTA, findo o qual o candidato deverá, obrigatoriamente, entregar o 
CARTÃO-RESPOSTA e o CADERNO DE QUESTÕES.
13 - As questões e os gabaritos das Provas Objetivas serão divulgados a partir do primeiro dia útil após sua realização, no 
endereço eletrônico da FUNDAÇÃO CESGRANRIO (http://www.cesgranrio.org.br).
3° Simulado
Bas
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 b
an
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 C
es
gr
an
rio
FOLHA DE ROSTO ORIENTATIVA PARA PROVA OBJETIVA
LEIA AS ORIENTAÇÕES COM CALMA E ATENÇÃO!
INSTRUÇÕES GERAIS
● Atenção ao tempo de duração da prova, que já inclui o preenchimento da folha de respostas. 
● Cada uma das questões da prova objetiva está vinculada ao comando que imediatamente 
a antecede e contém orientação necessária para resposta. Para cada questão, existe 
apenas UMA resposta válida e de acordo com o gabarito. 
● Faltando uma hora para o término do simulado, você receberá um e-mail para preencher 
o cartão-resposta, a fim de avaliar sua posição no ranking. Basta clicar no botão vermelho 
de PREENCHER GABARITO, que estará no e-mail, ou acessar a página de download da 
prova. Você deve fazer o cadastro em nossa plataforma para participar do ranking. Não se 
preocupe: o cadastro é grátis e muito simples de ser realizado.
– Se a sua prova for estilo Certo ou Errado (CESPE/CEBRASPE): 
marque o campo designado com o código C, caso julgue o item CERTO; ou o campo 
designado com o código E, caso julgue o item ERRADO. Se optar por não responder 
a uma determinada questão, marque o campo “EM BRANCO”. Lembrando que, neste 
estilo de banca, uma resposta errada anula uma resposta certa. 
Obs.: Se não houver sinalização quanto à prova ser estilo Cespe/Cebraspe, apesar de 
ser no estilo CERTO e ERRADO, você não terá questões anuladas no cartão-resposta 
em caso de respostas erradas.
– Se a sua prova for estilo Múltipla Escolha: 
marque o campo designado com a letra da alternativa escolhida (A, B, C, D ou E). É 
preciso responder a todas as questões, pois o sistema não permite o envio do cartão 
com respostas em branco.
● Uma hora após o encerramento do prazo para preencher o cartão-resposta, você receberá um 
e-mail com o gabarito para conferir seus acertos e erros. Caso você seja aluno da Assinatura 
Ilimitada, você receberá, com o gabarito, a prova completa comentada – uma vantagem 
exclusiva para assinantes, com acesso apenas pelo e-mail e pelo ambiente do aluno.
● Não serão realizadas correções individuais das provas discursivas.
Em caso de solicitação de recurso para alguma questão, envie para o e-mail:
treinodificil_jogofacil@grancursosonline.com.br. 
Nossa ouvidoria terá até dois dias úteis para responder à solicitação.
Desejamos uma excelente prova!
FICHA TÉCNICA DO MATERIAL
grancursosonline.com.br
CÓDIGO:
2401318214M
TIPO DE MATERIAL:
Simulado Preparatório
NUMERAÇÃO:
3° Simulado
NOME DO ÓRGÃO:
Concurso Nacional Unificado
CNU
BLOCO:
8
NÍVEL/DISCIPLINA:
Intermediário – Português
MODELO/BANCA:
Cesgranrio
EDITAL:
Pós-Edital
DATA DE APLICAÇÃO:
2/2024
ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO:
2/2024
Este material está sujeito a atualizações. O Gran não se responsabiliza por custos 
de impressão, que deve ser realizada sob responsabilidade exclusiva do aluno.
LÍNGUA PORTUGUESA
Fidelis Almeida
 � Olho para o meu gato e medito. Medito teologias. 
Diziam os teólogos de séculos atrás que a harmonia 
da natureza deve ser o espelho em que os seres hu-
manos devem buscar suas perfeições. O gato é um 
ser da natureza. Olho para o gato como um espelho. 
Não percebo nele nenhuma desarmonia. Sinto que 
devo imitá-lo.
 � Camus observou que o que caracteriza os seres 
humanos é a sua recusa a serem o que são. Eles não 
estão felizes com o que são. Querem ser outros, dife-
rentes. Por isso somos neuróticos, revolucionários e 
artistas. Do sentimento de revolta surgem as criações 
que nos fazem grandes. Mas nesse momento eu não 
quero ser grande. Quero simplesmente ter a saúde 
de corpo e de alma que tem o meu gato. Ele está feliz 
com a sua condição de gato. Não pensa em criações 
que o farão grande.
 � Deitado ao lado do aquecedor (que manhã mais 
fria!), ele se entrega, sem pensar, às delícias do calor 
macio. Nessemomento, ele é um monge budista: ne-
nhum desejo o perturba. Desejos são perturbações 
na tranquilidade da alma. Ter um desejo é estar infe-
liz: falta-me alguma coisa, por isso desejo... Mas para 
o meu gato nada falta. Ele é um ser completo. Por 
isso pode se entregar ao calor do momento presente 
sem desejar nada. E esse “entregar-se ao momento 
presente sem desejar nada” tem o nome de pregui-
ça. Preguiça é a virtude dos seres que estão em paz 
com a vida.
 � Por pura brincadeira, escrevi um livrinho sobre 
demônios e pecados. Os demônios continuam soltos 
pelo mundo do jeito que sempre estiveram. Só que 
agora fazem uso de disfarces. Até se rebatizaram 
com nomes diferentes, científicos. Lidando com os 
demônios, usei palavras filosóficas e psicanalíticas 
de exorcismo. Lidando com os pecados, usei pala-
vras éticas de condenação.
 � Tudo ia muito bem até que cheguei ao pecado 
da preguiça. Preguiça é fazer nada. Nossa tradição 
religiosa nada sabe da espiritualidade oriental do 
taoísmo, que faz do “fazer nada”, wu-wei, a virtu-
de suprema.
 � E aí, então, aquilo que deveria ser uma conde-
nação do pecado da preguiça virou um elogio às de-
lícias e virtudes da preguiça.
 � Alguém disse que preferia os gatos aos cachor-
ros porque não há gatos policiais. Policiais existem 
para fazer cumprir a lei, o dever. Dentro de mim, des-
graçadamente, mora aquele cão policial a que Freud 
deu o nome de superego: ele rosna ameaças e cul-
pas todas as vezes em que me deito na rede.
 �
 � Meu gato, na sua imperturbável preguiça, me dá 
uma lição de filosofia. Não me dá ordens. Ele deve 
ter aprendido do Tao-Te-Ching, que diz que o homem 
verdadeiramente bom não faz coisa alguma...
Alves, Rubem. Pimentas: para provocar um incêndio, não é 
preciso fogo. 1ª ed. São Paulo: Planeta, 2012. (com adaptações)
1 
No texto, a perspectiva do autor sobre a condição humana 
se relaciona diretamente à
(A) necessidade intrínseca de confrontar e superar a pró-
pria natureza para alcançar a realização.
(B) capacidade de refletir e encontrar sabedoria nas 
ações e estados mais simples da vida.
(C) importância de seguir rigorosamente os deveres e 
responsabilidades sociais para manter a ordem.
(D) tendência à autodestruição como consequência da 
insatisfação constante com o próprio ser.
(E) busca incessante por conforto físico como meio de 
alcançar a paz interior e espiritual.
2 
Considerando-se o contraponto estabelecido pelo autor 
entre os seres humanos e seu gato, percebe-se uma crítica
(A) à tendência humana de valorizar a inatividade e o 
repouso como estados ideais.
(B) à propensão à reflexão profunda e ao questionamento 
existencial que define a humanidade.
(C) ao impulso de buscar constantemente por significado 
e propósito além do presente.
(D) à resistência em aceitar a simplicidade e a satisfação 
com o estado atual de ser.
(E) à capacidade de adaptação e mudança em resposta a 
desafios e circunstâncias variadas.
3 
Ao propor uma reflexão e reavaliação sobre a preguiça, o 
autor a associa
(A) a um estado de iluminação e desapego, em harmonia 
com princípios do taoísmo que valorizam o não agir 
como caminho para a sabedoria.
(B) a uma prática meditativa, sugerindo que períodos de 
inatividade são essenciais para o autoconhecimento e 
a introspecção.
(C) à capacidade de resistir às pressões sociais e produti-
vas, alinhando-se com conceitos budistas de resistên-
cia ao desejo.
(D) a um ato de rebeldia contra as normas culturais de 
produtividade e eficiência, inspirado na filosofia zen 
de questionamento das convenções.
(E) a um meio de reconexão com o mundo natural, refle-
tindo ideais animistas de harmonia e equilíbrio entre 
humanos e natureza.
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4BLOCO 8 – NÍVEL INTERMEDIÁRIO – PORTUGUÊS 3° SIMULADO
4 
Em determinados contextos, as palavras ou expressões 
podem assumir sentidos figurados, isto é, valores semân-
ticos diferentes do comum.
O trecho do texto em que NÃO ocorre o uso de linguagem 
figurada é:
(A) “Camus observou que o que caracteriza os seres 
humanos é a sua recusa a serem o que são.” 
(parágrafo 2)
(B) “Nesse momento, ele é um monge budista: nenhum 
desejo o perturba.” (parágrafo 3)
(C) “Por isso pode se entregar ao calor do momento pre-
sente sem desejar nada.” (parágrafo 3)
(D) “Alguém disse que preferia os gatos aos cachorros 
porque não há gatos policiais.” (parágrafo 7)
(E) “Dentro de mim, desgraçadamente, mora aquele 
cão policial a que Freud deu o nome de superego” 
(parágrafo 7)
5 
Considerando-se a organização composicional do texto, 
entende-se que ele se classifica como
(A) descritivo, pois retrata como deve ser a introspecção 
do homem sobre a sua condição, seguindo o exemplo 
dos gatos.
(B) expositivo, pois apresenta ideias sobre a natureza 
humana e a filosofia oriental relacionada à preguiça.
(C) narrativo, pois relata a experiência pessoal do autor 
com seu gato e as reflexões que dela surgem.
(D) injuntivo, pois oferece orientações sobre como 
adotar uma perspectiva mais tranquila e contempla-
tiva na vida.
(E) argumentativo, pois sustenta a perspectiva de que 
a preguiça pode ser uma virtude, contrapondo-se a 
visões tradicionais.
6 
A palavra ou a expressão a que se refere o termo em des-
taque está corretamente indicada entre colchetes em:
(A) “a harmonia da natureza deve ser o espelho em que 
os seres humanos devem buscar suas perfeições” 
(parágrafo 1) – [harmonia]
(B) “Camus observou que o que caracteriza os seres 
humanos é a sua recusa a serem o que são.” (pará-
grafo 2) – [o – primeira ocorrência]
(C) “Nesse momento, ele é um monge budista: nenhum 
desejo o perturba.” (parágrafo 3) – [monge budista]
(D) “Até se rebatizaram com nomes diferentes, científi-
cos.” (parágrafo 4) – [disfarces]
(E) “Dentro de mim, desgraçadamente, mora aquele cão 
policial a que Freud deu o nome de superego” (pará-
grafo 7) – [superego]
7 
No texto, a alteração da ordem das orações do trecho 
produz incoerência textual em:
(A) “Olho para o meu gato e medito.” (parágrafo 1) / 
Medito e olho para o meu gato.
(B) “Olho para o gato como um espelho.” (parágrafo 1) / 
Como um espelho olho para o gato.
(C) “ele se entrega, sem pensar, às delícias do calor 
macio” (parágrafo 3) / ele se entrega às delícias do 
calor macio sem pensar
(D) “Nesse momento, ele é um monge budista: nenhum 
desejo o perturba.” (parágrafo 3) / Nesse momento, 
nenhum desejo o perturba: ele é um monge budista.
(E) “Lidando com os pecados, usei palavras éticas de 
condenação.” (parágrafo 3) / Usei palavras éticas de 
condenação lidando com os pecados.
8 
Entre os termos destacados, complementa o sentido do 
substantivo sublinhado:
(A) “teólogos de séculos atrás” (parágrafo 1)
(B) “sentimento de revolta” (parágrafo 2)
(C) “delícias do calor macio” (parágrafo 3)
(D) “tranquilidade da alma” (parágrafo 3)
(E) “uso de disfarces” (parágrafo 4)
9 
A frase em que as vírgulas estão empregadas com a 
mesma função que em “ele se entrega, sem pensar, às 
delícias do calor macio” (parágrafo 3) é:
(A) O professor, sempre atento aos detalhes, corrigiu as 
provas com cuidado.
(B) O carro, comprado há apenas dois meses, já apresen-
tou problemas.
(C) O jantar, embora fosse simples, estava deliciosa-
mente mineiro.
(D) O projeto, apesar das dificuldades iniciais, teve 
sucesso inimaginável.
(E) O relógio, um presente de meu avô, tem um valor sen-
timental imenso para mim.
10 
No vocábulo “revolucionários” (parágrafo 2), o sufixo apre-
senta o mesmo valor que indica em
(A) escriturários.
(B) balneários.
(C) diários.
(D) relicários.
(E) fracionários.
11 
A palavra destacada em “Policiais existem para fazer 
cumprir a lei, o dever” (parágrafo 4) traz para o trecho 
uma ideia de
(A) direção.
(B) destinatário.
(C) finalidade.
(D) opinião.
(E) beneficiário.
5BLOCO 8 – NÍVEL INTERMEDIÁRIO – PORTUGUÊS 3° SIMULADO
12 
No trecho “Lidando com os demônios, usei palavras 
filosóficas e psicanalíticas de exorcismo” (parágrafo 4), 
a oração destacada estabelececom a oração principal a 
relação de
(A) concessão.
(B) conformidade.
(C) comparação
(D) tempo.
(E) causa.
13 
Observe os seguintes trechos.
I – “Quero simplesmente ter a saúde de corpo e de 
alma que tem o meu gato.” (parágrafo 2)
II – “Dentro de mim, desgraçadamente, mora aque-
le cão policial a que Freud deu o nome de supe-
rego” (parágrafo 7)
III – “Ele deve ter aprendido do Tao-Te-Ching, que 
diz que o homem verdadeiramente bom não faz 
coisa alguma...” (parágrafo 8)
Acerca das ideias expressas pelos vocábulos destaca-
dos, é correto afirmar que
(A) todos expressam modo de uma ação verbal.
(B) expressam respectivamente exclusão, opinião, 
afirmação.
(C) expressam respectivamente modo, afirmação, 
intensidade.
(D) expressam respectivamente intensidade, causa, 
intensidade.
(E) expressam respectivamente avaliação, oposi-
ção, opinião.
14 
A frase em que as palavras destacadas respeitam as 
regras ortográficas da norma padrão é:
(A) Após deferir o pedido, o juiz notou a falta de censo 
na argumentação apresentada.
(B) A dispensa estava organizada, o que facilitou apre-
ender os alimentos proibidos.
(C) O advogado conseguiu aferir benefícios significativos 
do mandado judicial.
(D) A câmera municipal exigiu uma calção significativa 
para a construção da escola.
(E) Durante a densa cerração, as tropas infligiram duras 
derrotas ao inimigo.
15 
A pontuação da frase segue as exigências da norma-
-padrão da Língua Portuguesa em:
(A) O uso excessivo de plásticos em embalagens contri-
bui para a poluição dos oceanos e dos habitats natu-
rais afetando a vida marinha, em escala global.
(B) O aumento, no uso de veículos nas grandes cidades, 
contribui para a poluição do ar, e acarreta problemas 
respiratórios à população urbana.
(C) De acordo com urbanistas, a finalidade de áreas 
verdes, nas cidades, é promover o bem-estar dos 
moradores e garantir um ambiente mais saudável.
(D) A escolha por transportes alternativos, a exemplo de 
bicicletas ou caminhadas, pode significativamente 
reduzir a dependência de combustíveis fósseis e 
melhorar a qualidade do ar.
(E) Pesquisas indicam que, a adoção de práticas susten-
táveis no cotidiano, como o uso de energia renovável, 
contribui para a preservação do meio ambiente e a 
saúde pública.
6BLOCO 8 – NÍVEL INTERMEDIÁRIO – PORTUGUÊS 3° SIMULADO
REDAÇÃO
Fidelis Almeida
Texto I
 � A arte criada por inteligência artificial (IA) não protegida de direitos autorais porque não possui autoria humana, 
decidiu um tribunal em Washington, nos Estados Unidos, na sexta-feira, 18. A resolução foi apresentada pela juíza 
Beryl Howell, em um processo contra o Escritório de Direitos Autorais dos Estados Unidos depois que ele recusou os 
direitos autorais de Stephen Thaler para uma imagem gerada por IA.
 � Thaler, o autor do processo que é cientista da computação, tentava obter os direitos autorais de uma imagem 
produzida pelo seu sistema de computador, o qual ele chama de “Creativity Machine” (Máquina da Criatividade, em 
tradução livre). Segundo os registros do tribunal, ele afirmou que a máquina gerou uma obra de arte visual por conta 
própria, pelo qual ele queria os direitos autorais, listando o sistema de computador como o autor.
Disponível em: https://www.terra.com.br/byte/arte-criada-por-ia-nao-e-protegida-por-direitos-autorais-decide-juiza-nos-eua,90cf4a41847d936d4d1e0
50c40d74965l52w1pfv.html?utm_source=clipboard. Acesso em 30/01/24. (Adaptado)
Texto II
 � A junção entre arte e inteligência artificial é uma certeza nos dias de hoje. Temos desde IAs usadas como fer-
ramentas por artistas até aquelas que criam obras sem que haja praticamente nenhuma interferência humana. Os 
exemplos são muitos e em áreas bastante diversas do mundo da arte, como música, cinema e artes visuais.
 � Um álbum de música foi feito inteiramente com a ajuda de um programa de inteligência artificial. A cantora Taryn 
Southern não sabe tocar nenhum instrumento, por isso utilizou um programa chamado Amper para ajudá-la a criar as 
canções. Ela sente que as composições são suas, pois usa o programa como uma ferramenta. O programa colabora 
para que pessoas que não tenham habilidades com a música também possam se expressar através dela.
 � Já no cinema, temos Benjamin, o primeiro programa de IA a escrever o roteiro de um curta metragem. Ele foi “ali-
mentado” com roteiros de outros filmes e, a partir da análise desse material, criou o roteiro da sua própria produção, 
que foi denominada Sunspring. O roteiro parece não fazer sentido em alguns momentos e possui alguns diálogos des-
conexos, mas o mais interessante disso tudo é o fato de ter sido criado por Benjamin sem a interferência de nenhuma 
pessoa. Inclusive, quem batizou a máquina com esse nome foi ela mesma!
Disponível em: https://www.ufmg.br/espacodoconhecimento/visite/inteligencia-artificial-e-arte/. Acesso em 30/01/24. (Adaptado)
Com o avanço da tecnologia de inteligência artificial (IA), testemunha-se uma revolução não apenas em setores tradicio-
nais, como saúde e indústria, mas também nas expressões culturais e artísticas. A IA está sendo utilizada para criar obras 
de arte, música, literatura e até interpretações históricas, desafiando as noções convencionais de criatividade e autoria.
Levando em conta os elementos discutidos, estruture seus argumentos, de forma coerente para apoiar sua opinião, e 
redija um texto dissertativo-argumentativo abordando o seguinte tema proposto:
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E A REINVENÇÃO DAS EXPRESSÕES CULTURAIS
No desenvolvimento do tema, o candidato deverá
(A) demonstrar domínio da escrita-padrão;
(B) manter a abordagem nos limites da proposta;
(C) redigir o texto no modo dissertativo-argumentativo (não serão aceitos textos narrativos nem poemas);
(D) demonstrar capacidade de selecionar, organizar e relacionar argumentos, fatos e opiniões para defender seu 
ponto de vista.
Apresentação da Redação
(A) O texto deverá ter de 25 a 30 linhas, mantendo-se no limite do espaço para a Redação.
(B) O texto definitivo deverá ser transcrito para a Folha de Redação (o texto da folha de Rascunho não será considerado), 
em letra legível, com caneta esferográfica, fabricada em material transparente, e com tinta preta.
(C) A Redação não deve ser identificada por meio de assinatura ou por qualquer outro sinal.
7 3° SIMULADOBLOCO 8 – NÍVEL INTERMEDIÁRIO – PORTUGUÊS
https://www.terra.com.br/byte/arte-criada-por-ia-nao-e-protegida-por-direitos-autorais-decide-juiza-nos-eua,90cf4a41847d936d4d1e050c40d74965l52w1pfv.html?utm_source=clipboard
https://www.terra.com.br/byte/arte-criada-por-ia-nao-e-protegida-por-direitos-autorais-decide-juiza-nos-eua,90cf4a41847d936d4d1e050c40d74965l52w1pfv.html?utm_source=clipboard
https://www.ufmg.br/espacodoconhecimento/visite/inteligencia-artificial-e-arte/
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8 3° SIMULADOBLOCO 8 – NÍVEL INTERMEDIÁRIO – PORTUGUÊS
CONCURSO NACIONAL UNIFICADO
3° SIMULADO
GRAN
GABARITO 
Bloco 8 – Nível Intermediário – Português
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B A E C A
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C D B E D
ESCRITA PARA PROVA
Entenda que os requisitos 
para uma prova de concurso 
público e os métodos de 
correção são diferentes do 
habitual. Descubra o que cada 
banca cobra e não caia mais 
em armadilhas da escrita.
SIMULADOS DISCURSIVOS
Com temas de atualidades 
exclusivos para cada 
concurso, você terá acesso a 
um simulado online, 
orientado pelo professor e 
com correção.
JORNAL TEMÁTICO
O Jornal Temático é um 
periódico com dicas, de temas 
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LÍNGUA PORTUGUESA
Fidelis Almeida
 � Olho para o meu gato e medito. Medito teologias. 
Diziam os teólogos de séculos atrás que a harmonia 
da natureza deve ser o espelho em que os seres hu-
manos devem buscar suas perfeições. O gato é um 
ser da natureza. Olho para o gato como um espelho. 
Não percebo nele nenhuma desarmonia. Sinto que 
devo imitá-lo.
 � Camus observou que o que caracteriza os seres 
humanos é a sua recusa a serem o que são. Eles não 
estão felizes com o que são. Querem ser outros, dife-
rentes. Por isso somos neuróticos, revolucionários e 
artistas. Do sentimento de revolta surgem as criações 
que nos fazem grandes. Mas nesse momento eu não 
quero ser grande. Quero simplesmente ter a saúde 
de corpo e de alma que tem o meu gato. Ele está feliz 
com a sua condição de gato. Não pensa em criações 
que o farão grande.
 � Deitado ao lado do aquecedor (que manhã mais 
fria!), ele se entrega, sem pensar, às delícias do calor 
macio. Nesse momento, ele é um monge budista: ne-
nhum desejo o perturba. Desejos são perturbações 
na tranquilidade da alma. Ter um desejo é estar infe-
liz: falta-me alguma coisa, por isso desejo... Mas para 
o meu gato nada falta. Ele é um ser completo. Por 
isso pode se entregar ao calor do momento presente 
sem desejar nada. E esse “entregar-se ao momento 
presente sem desejar nada” tem o nome de pregui-
ça. Preguiça é a virtude dos seres que estão em paz 
com a vida.
 � Por pura brincadeira, escrevi um livrinho sobre 
demônios e pecados. Os demônios continuam soltos 
pelo mundo do jeito que sempre estiveram. Só que 
agora fazem uso de disfarces. Até se rebatizaram 
com nomes diferentes, científicos. Lidando com os 
demônios, usei palavras filosóficas e psicanalíticas 
de exorcismo. Lidando com os pecados, usei pala-
vras éticas de condenação.
 � Tudo ia muito bem até que cheguei ao pecado 
da preguiça. Preguiça é fazer nada. Nossa tradição 
religiosa nada sabe da espiritualidade oriental do 
taoísmo, que faz do “fazer nada”, wu-wei, a virtu-
de suprema.
 � E aí, então, aquilo que deveria ser uma conde-
nação do pecado da preguiça virou um elogio às de-
lícias e virtudes da preguiça.
 � Alguém disse que preferia os gatos aos cachor-
ros porque não há gatos policiais. Policiais existem 
para fazer cumprir a lei, o dever. Dentro de mim, des-
graçadamente, mora aquele cão policial a que Freud 
deu o nome de superego: ele rosna ameaças e cul-
pas todas as vezes em que me deito na rede.
 �
 � Meu gato, na sua imperturbável preguiça, me dá 
uma lição de filosofia. Não me dá ordens. Ele deve 
ter aprendido do Tao-Te-Ching, que diz que o homem 
verdadeiramente bom não faz coisa alguma...
Alves, Rubem. Pimentas: para provocar um incêndio, não é 
preciso fogo. 1ª ed. São Paulo: Planeta, 2012. (com adaptações)
1 
No texto, a perspectiva do autor sobre a condição humana 
se relaciona diretamente à
(A) necessidade intrínseca de confrontar e superar a pró-
pria natureza para alcançar a realização.
(B) capacidade de refletir e encontrar sabedoria nas 
ações e estados mais simples da vida.
(C) importância de seguir rigorosamente os deveres e 
responsabilidades sociais para manter a ordem.
(D) tendência à autodestruição como consequência da 
insatisfação constante com o próprio ser.
(E) busca incessante por conforto físico como meio de 
alcançar a paz interior e espiritual.
Letra b.
Assunto abordado: Compreensão de textos
(A) Errada. O texto não sugere que a superação da na-
tureza humana seja necessária para a realização, mas 
sim reflete sobre a aceitação e a simplicidade encontra-
das na natureza do gato.
(B) Certa. O texto destaca a importância de observar a 
simplicidade e contentamento do gato como uma fonte 
de sabedoria e uma forma de estar em harmonia, o que 
sugere uma valorização da capacidade humana de re-
flexão sobre os estados simples da vida.
(C) Errada. O texto critica a imposição de deveres e 
responsabilidades, como ilustrado pela metáfora do 
“cão policial” do superego, e não enfatiza a importância 
de segui-los rigorosamente.
(D) Errada. Embora mencione a insatisfação humana, 
o texto não a associa diretamente à autodestruição, 
mas à busca por uma existência mais serena e aceita, 
como a do gato.
(E) Errada. O texto não enfatiza o conforto físico como 
meio principal para a paz interior; a ênfase é mais na 
aceitação e na paz com o estado atual de ser, ilustrado 
pela preguiça do gato.
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11BLOCO 8 – NÍVEL INTERMEDIÁRIO – PORTUGUÊS 3° SIMULADO
2 
Considerando-se o contraponto estabelecido pelo autor 
entre os seres humanos e seu gato, percebe-se uma crítica
(A) à tendência humana de valorizar a inatividade e o 
repouso como estados ideais.
(B) à propensão à reflexão profunda e ao questionamento 
existencial que define a humanidade.
(C) ao impulso de buscar constantemente por significado 
e propósito além do presente.
(D) à resistência em aceitar a simplicidade e a satisfação 
com o estado atual de ser.
(E) à capacidade de adaptação e mudança em resposta a 
desafios e circunstâncias variadas.
Letra d.
Assunto abordado: Compreensão de textos
(A) Errada. A crítica do autor não se dirige à valoriza-
ção da inatividade, mas à incapacidade humana de 
encontrar contentamento e paz na simplicidade, como 
faz o gato.
(B) Errada. A crítica do autor não se dirige à reflexão 
e o questionamento existencial não são criticados. Ao 
contrário, o texto valoriza a capacidade de refletir so-
bre a vida, inspirada na simplicidade e contentamen-
to do gato.
(C) Errada. A crítica do autor não se dirige à busca 
por significado além do presente, mas à dificuldade de 
apreciar o momento presente e encontrar satisfação 
no simples.
(D) Certa. O autor critica a dificuldade humana de acei-
tar a simplicidade e encontrar contentamento no estado 
atual, em contraste com a aceitação plena do gato por 
sua condição.
(E) Errada. A crítica do autor não se dirige à capacida-
de de adaptação e mudança. O texto se concentra na 
dificuldade humana de encontrar paz na simplicidade e 
no momento presente.
3 
Ao propor uma reflexão e reavaliação sobre a preguiça, o 
autor a associa
(A) a um estado de iluminação e desapego, em harmonia 
com princípios do taoísmo que valorizam o não agir 
como caminho para a sabedoria.
(B) a uma prática meditativa, sugerindo que períodos de 
inatividade são essenciais para o autoconhecimento e 
a introspecção.
(C) à capacidade de resistir às pressões sociais e produti-
vas, alinhando-se com conceitos budistas de resistên-
cia ao desejo.
(D) a um ato de rebeldia contra as normas culturais de 
produtividade e eficiência, inspirado na filosofia zen 
de questionamento das convenções.
(E) a um meio de reconexão com o mundo natural, refle-
tindo ideais animistas de harmonia e equilíbrio entre 
humanos e natureza.
Letra a.
Assunto abordado: Compreensão de textos
(A) Certa. O autor associa a preguiça a um estado de 
paz e desapego, alinhado com o taoísmo, que valoriza 
o “não agir” (wu-wei) como uma virtude, desafiando a 
visão ocidental negativa da preguiça.
(B) Errada.Apesar de a preguiça poder induzir à refle-
xão, o texto não a associa diretamente à meditação ou 
ao autoconhecimento como suas principais qualidades.
(C) Errada. Apesar de poder ser a preguiça interpre-
tada com uma resistência às pressões sociais, o texto 
não a concebe assim.
(D) Errada. Embora haja um elemento de desafio às 
normas sociais, a associação do autor com a preguiça 
se baseia mais na serenidade e na aceitação, típicas 
do taoísmo, do que na rebeldia zen.
(E) Errada. A ideia de reconexão com a natureza é tan-
gencial. A principal associação é com a filosofia do tao-
ísmo e a valorização da preguiça como estado de paz 
e aceitação.
4 
Em determinados contextos, as palavras ou expressões 
podem assumir sentidos figurados, isto é, valores semân-
ticos diferentes do comum.
O trecho do texto em que NÃO ocorre o uso de linguagem 
figurada é:
(A) “Camus observou que o que caracteriza os seres 
humanos é a sua recusa a serem o que são.” 
(parágrafo 2)
(B) “Nesse momento, ele é um monge budista: nenhum 
desejo o perturba.” (parágrafo 3)
(C) “Por isso pode se entregar ao calor do momento pre-
sente sem desejar nada.” (parágrafo 3)
(D) “Alguém disse que preferia os gatos aos cachorros 
porque não há gatos policiais.” (parágrafo 7)
(E) “Dentro de mim, desgraçadamente, mora aquele 
cão policial a que Freud deu o nome de superego” 
(parágrafo 7)
Letra a.
Assunto abordado: Linguagem figurada
(A) Certa. O trecho não usa linguagem figurada. A ob-
servação atribuída a Camus é feita de forma direta, 
descrevendo uma característica percebida nos seres 
humanos sem recorrer a metáforas, simbolismos ou 
outras formas de expressão figurada.
(B) Errada. O trecho usa linguagem figurada ao com-
parar o gato a um “monge budista”, sugerindo uma 
analogia entre a tranquilidade e a ausência de dese-
jos do gato e a serenidade característica de um mon-
ge budista.
(C) Errada. O trecho usa linguagem figurada ao abor-
dar a ideia de contentamento com a expressão “entre-
gar-se ao calor do momento presente”, representando 
a ideia de estar plenamente imerso e satisfeito com 
o presente.
12BLOCO 8 – NÍVEL INTERMEDIÁRIO – PORTUGUÊS 3° SIMULADO
(D) Errada. O trecho usa linguagem figurada ao men-
cionar “gatos policiais”, sugerindo a ideia de que os 
gatos, diferentemente dos cães, não são usados em 
funções de autoridade ou controle, como o são os cães 
policiais. É uma forma figurada de expressar a natureza 
mais independente e menos controladora dos gatos em 
comparação com os cães.
(E) Errada. O trecho usa linguagem figurada ao des-
crever o superego, um conceito psicanalítico, como um 
“cão policial” que reside dentro do autor. Essa expres-
são é uma metáfora que ilustra a função reguladora e 
restritiva do superego, comparando-a ao papel de um 
cão policial que impõe regras e limites.
5 
Considerando-se a organização composicional do texto, 
entende-se que ele se classifica como
(A) descritivo, pois retrata como deve ser a introspecção 
do homem sobre a sua condição, seguindo o exemplo 
dos gatos.
(B) expositivo, pois apresenta ideias sobre a natureza 
humana e a filosofia oriental relacionada à preguiça.
(C) narrativo, pois relata a experiência pessoal do autor 
com seu gato e as reflexões que dela surgem.
(D) injuntivo, pois oferece orientações sobre como 
adotar uma perspectiva mais tranquila e contempla-
tiva na vida.
(E) argumentativo, pois sustenta a perspectiva de que 
a preguiça pode ser uma virtude, contrapondo-se a 
visões tradicionais.
Letra e.
Assunto abordado: A organização textual dos vá-
rios modos de organização discursiva
(A) Errada. O texto vai além da mera descrição ao 
abordar e sustentar uma perspectiva que valoriza a 
preguiça, o que implica um posicionamento que é ca-
racterístico de textos argumentativos.
(B) Errada. Embora o texto exponha ideias sobre a na-
tureza humana e a filosofia oriental, o propósito maior 
é argumentar a favor de uma reavaliação da preguiça, 
caracterizando-o como argumentativo.
(C) Errada. Apesar de conter elementos narrativos, o 
texto não foca a contação de uma história. A narrativa 
serve como meio para argumentar sobre a virtude da 
preguiça, o que o enquadra como argumentativo.
(D) Errada. O texto não se caracteriza por oferecer ins-
truções ou orientações diretas, que seriam típicas de 
um modo injuntivo. Em vez disso, ele apresenta uma 
tese sobre a preguiça e a defende, o que é próprio de 
um texto argumentativo.
(E) Certa. O texto defende a ideia de que a preguiça não 
é necessariamente negativa, desafiando concepções tra-
dicionais que a veem como um defeito. Por meio da dis-
cussão sobre a natureza humana, as observações sobre 
o gato e as referências à filosofia oriental, o autor constrói 
uma argumentação em defesa da preguiça como uma 
virtude, caracterizando o texto como argumentativo.
6 
A palavra ou a expressão a que se refere o termo em des-
taque está corretamente indicada entre colchetes em:
(A) “a harmonia da natureza deve ser o espelho em que 
os seres humanos devem buscar suas perfeições” 
(parágrafo 1) – [harmonia]
(B) “Camus observou que o que caracteriza os seres 
humanos é a sua recusa a serem o que são.” (pará-
grafo 2) – [o – primeira ocorrência]
(C) “Nesse momento, ele é um monge budista: nenhum 
desejo o perturba.” (parágrafo 3) – [monge budista]
(D) “Até se rebatizaram com nomes diferentes, científi-
cos.” (parágrafo 4) – [disfarces]
(E) “Dentro de mim, desgraçadamente, mora aquele cão 
policial a que Freud deu o nome de superego” (pará-
grafo 7) – [superego]
Letra b.
Assunto abordado: Coerência e coesão
(A) Errada. O pronome relativo “que” refere-se a 
“espelho”.
(B) Certa. O pronome relativo “que” refere-se ao prono-
nome demonstrativo “o” (= aquilo).
(C) Errada. O pronome oblíquo átono “o” refere-se a “o 
meu gato”.
(D) Errada. O pronome oblíquo átono “se” refere-se a 
“demônios”.
(E) Errada. O pronome relativo “que” refere-se a “cão 
policial”.
7 
No texto, a alteração da ordem das orações do trecho 
produz incoerência textual em:
(A) “Olho para o meu gato e medito.” (parágrafo 1) / 
Medito e olho para o meu gato.
(B) “Olho para o gato como um espelho.” (parágrafo 1) / 
Como um espelho olho para o gato.
(C) “ele se entrega, sem pensar, às delícias do calor 
macio” (parágrafo 3) / ele se entrega às delícias do 
calor macio sem pensar
(D) “Nesse momento, ele é um monge budista: nenhum 
desejo o perturba.” (parágrafo 3) / Nesse momento, 
nenhum desejo o perturba: ele é um monge budista.
(E) “Lidando com os pecados, usei palavras éticas de 
condenação.” (parágrafo 3) / Usei palavras éticas de 
condenação lidando com os pecados.
Letra a.
Assunto abordado: A estruturação do período
(A) Certa. No texto, é a ação de olhar para o gato que 
desencadeia a ação de meditar. A inversão “Medito e 
olho para o meu gato” quebra essa relação causal, o 
que altera a dinâmica original proposta pelo texto. A 
contemplação do gato é a precursora da meditação.
(B) Errada. A inversão não gera incoerência textual. 
Em ambas as formas, mantém-se o sentido de que o 
13BLOCO 8 – NÍVEL INTERMEDIÁRIO – PORTUGUÊS 3° SIMULADO
autor vê reflexão e aprendizado ao observar o gato, uti-
lizando a metáfora do espelho.
(C) Errada. A inversão não gera incoerência textual. Em 
ambas as formas, mantém-se o sentido de que o gato 
continua se entregando às delícias do calor de uma for-
ma instintiva e imediata em ambas as construções.
(D) Errada. A inversão não gera incoerência textual. 
Em ambas as formas, mantém-se o sentido de que o 
autor compara o gato a um monge budista, isto é, um 
ser de desejos ausentes.
(E) Errada. A inversão não gera incoerência textual. 
Em ambas as formas, mantém-se o sentido de que, 
quando lidou com os pecados, o autor usou palavras 
éticas de condenação.
8 
Entre os termos destacados, complementa o sentido do 
substantivo sublinhado:
(A) “teólogos de séculos atrás” (parágrafo 1)
(B) “sentimento de revolta” (parágrafo 2)
(C) “delícias do calor macio” (parágrafo 3)
(D) “tranquilidade da alma” (parágrafo3)
(E) “uso de disfarces” (parágrafo 4)
Letra e.
Assunto abordado: A oração e seus termos
Nas alternativas A, B, C e D, a preposição “de” encabe-
ça as locuções adjetivas “de séculos atrás”, “de revolta”, 
“do calor macio” e “da alma”, as quais respectivamente 
se ligam aos substantivos “teólogos”, “sentimento”, “de-
lícias”, “tranquilidade”, cujos sentidos são intransitivos, 
isto é, não necessitam de expressão que complemente 
os seus sentidos. Nesse caso, as locuções adjetivas de-
sempenham a função de adjunto adnominal em relação 
aos substantivos a que se ligam. Em E, a preposição 
“de” encabeça o complemento nominal “de disfarces”, 
que integra o sentido do substantivo transitivo “uso”, isto 
é, completa o seu sentido (Uso de quê? De disfarces).
9 
A frase em que as vírgulas estão empregadas com a 
mesma função que em “ele se entrega, sem pensar, às 
delícias do calor macio” (parágrafo 3) é:
(A) O professor, sempre atento aos detalhes, corrigiu as 
provas com cuidado.
(B) O carro, comprado há apenas dois meses, já apresen-
tou problemas.
(C) O jantar, embora fosse simples, estava deliciosa-
mente mineiro.
(D) O projeto, apesar das dificuldades iniciais, teve 
sucesso inimaginável.
(E) O relógio, um presente de meu avô, tem um valor sen-
timental imenso para mim.
Letra c.
Assunto abordado: Pontuação
Em “ele se entrega, sem pensar, às delícias do calor 
macio”, as vírgulas isolam oração subordinada adver-
bial intercalada de valor modal.
(A) Errada. As vírgulas isolam predicativo intercalado. 
Na frase, o termo “sempre atento aos detalhes” é um 
predicativo e se refere ao sujeito “O professor”.
(B) Errada. As vírgulas isolam oração subordinada 
adjetiva explicativa reduzida de particípio. Na frase, 
a oração “comprado há apenas dois meses” equivale 
à forma desenvolvida “que foi comprado há apenas 
dois meses”.
(C) Certa. As vírgulas isolam oração subordinada ad-
verbial concessiva intercalada.
(D) Errada. As vírgulas isolam adjunto adverbial 
intercalado.
(E) Errada. As vírgulas isolam aposto explicativo 
intercalado.
14BLOCO 8 – NÍVEL INTERMEDIÁRIO – PORTUGUÊS 3° SIMULADO
10 
No vocábulo “revolucionários” (parágrafo 2), o sufixo apre-
senta o mesmo valor que indica em
(A) escriturários.
(B) balneários.
(C) diários.
(D) relicários.
(E) fracionários.
Letra a.
Assunto abordado: Derivação e composição
Em “revolucionários”, o sufixo “-ários” indica agente. 
Nesse caso, o vocábulo significa agentes da revolução.
(A) Certa. O sufixo “-ários” em “escriturários” indi-
ca agente. Nesse caso, o vocábulo significa agente 
de escrita.
(B) Errada. O sufixo “-ários” em “balneários” indica lu-
gar onde se tomam banhos.
(C) Errada. O sufixo “-ários” em “diários” indica relação 
com o dia.
(D) Errada. O sufixo “-ários” em “relicários” indica lugar 
onde se guardam relíquias.
(E) Errada. O sufixo “-ários” em “fracionários” indica re-
lação com as frações.
11 
A palavra destacada em “Policiais existem para fazer 
cumprir a lei, o dever” (parágrafo 4) traz para o trecho 
uma ideia de
(A) direção.
(B) destinatário.
(C) finalidade.
(D) opinião.
(E) beneficiário.
Letra c.
Assunto abordado: Classe e significação 
de vocábulos
(A) Errada. Direção indica um sentido de orientação ou 
rumo. Contudo, a preposição “para” na frase não indica 
uma direção física.
(B) Errada. Destinatário indica quem ou o quê recebe 
algo. Contudo, a preposição “para” na frase não indica 
uma pessoa ou entidade que recebe.
(C) Certa. Finalidade indica o propósito ou razão de ser 
de uma ação. Contudo, a preposição “para” na frase in-
dica claramente o motivo pelo qual os policiais existem, 
que é o de fazer cumprir a lei.
(D) Errada. Opinião indica uma crença ou ponto de vis-
ta pessoal. Contudo, a preposição “para” na frase não 
indica uma opinião.
(E) Errada. Beneficiário indica quem ou o quê se be-
neficia de uma ação ou serviço. Embora os atos dos 
policiais possam beneficiar a sociedade, a preposição 
“para” na frase não indica um beneficiário.
12 
No trecho “Lidando com os demônios, usei palavras 
filosóficas e psicanalíticas de exorcismo” (parágrafo 4), 
a oração destacada estabelece com a oração principal a 
relação de
(A) concessão.
(B) conformidade.
(C) comparação
(D) tempo.
(E) causa.
Letra d.
Assunto abordado: A estruturação do período
(A) Errada. A relação de concessão indica uma ideia de 
contraste ou oposição entre as orações. Assim, a ação 
de usar palavras filosóficas e psicanalíticas de exorcis-
mo ocorreria apesar da ação de lidar com demônios. 
No trecho, não há essa relação.
(B) Errada. A relação de concessão de conformidade 
indica uma relação em que uma ação é realizada de 
acordo com a outra ou seguindo-a como uma norma 
ou regra. Assim, a ação de usar palavras filosóficas e 
psicanalíticas de exorcismo ocorreria segundo a ação 
de lidar com demônios. No trecho, não há essa relação.
(C) Errada. A relação de comparação indica uma ideia 
de equivalência ou semelhança entre as orações. As-
sim, a ação de usar palavras filosóficas e psicanalíticas 
de exorcismo ocorreria assim como a ação de lidar com 
demônios. No trecho, não há essa relação.
(D) Certa. A relação de tempo indica uma ideia de equi-
valência ou semelhança entre as orações. No trecho, a 
oração “Lidando com os demônios” estabelece o con-
texto temporal para a oração principal (“usei palavras 
filosóficas e psicanalíticas de exorcismo”). Assim, indi-
ca que o uso de palavras filosóficas e psicanalíticas de 
exorcismo ocorreu durante o período em que o autor 
estava lidando com os demônios. Veja-se que a oração 
“Lidando com os demônios” é subordinada adverbial 
temporal reduzida de gerúndio e equivale à forma de-
senvolvida “Quando lidava com os demônios”.
(E) Errada. A relação de causa indica uma ideia de mo-
tivo entre as orações. Assim, a ação de usar palavras 
filosóficas e psicanalíticas de exorcismo ocorreria em 
razão da ação de lidar com demônios. Embora o texto 
sugira uma conexão entre as duas ações, a relação ex-
pressa é temporal.
15BLOCO 8 – NÍVEL INTERMEDIÁRIO – PORTUGUÊS 3° SIMULADO
13 
Observe os seguintes trechos.
I – “Quero simplesmente ter a saúde de corpo e de 
alma que tem o meu gato.” (parágrafo 2)
II – “Dentro de mim, desgraçadamente, mora aque-
le cão policial a que Freud deu o nome de supe-
rego” (parágrafo 7)
III – “Ele deve ter aprendido do Tao-Te-Ching, que 
diz que o homem verdadeiramente bom não faz 
coisa alguma...” (parágrafo 8)
Acerca das ideias expressas pelos vocábulos destaca-
dos, é correto afirmar que
(A) todos expressam modo de uma ação verbal.
(B) expressam respectivamente exclusão, opinião, 
afirmação.
(C) expressam respectivamente modo, afirmação, 
intensidade.
(D) expressam respectivamente intensidade, causa, 
intensidade.
(E) expressam respectivamente avaliação, oposi-
ção, opinião.
Letra b.
Assunto abordado: As classes de palavras: aspec-
tos morfológicos, sintáticos e estilísticos
I – Simplesmente: O advérbio é utilizado para enfati-
zar a simplicidade ou pureza de uma ação ou estado, 
sem envolver elementos adicionais ou complicações. 
No trecho “Quero simplesmente ter a saúde de corpo 
e de alma que tem o meu gato”, o vocábulo serve para 
excluir qualquer outro desejo ou condição que possa 
estar associado à ideia de felicidade ou completude. 
Equivale a “apenas”, “somente”.
II – Desgraçadamente: O advérbio expressa um senti-
mento de infelicidade ou descontentamento em relação 
a uma situação. No trecho “Dentro de mim, desgraça-
damente, mora aquele cão policial a que Freud deu o 
nome de superego”, o vocábulo expressa uma opinião 
negativa do autor sobre o fato de estar sob constante 
vigilância e julgamento pelo seu superego, comparado 
aqui a um “cão policial”. A escolha do advérbio indica a 
sua insatisfação com essa condição. Equivale a “desa-
fortunadamente”, “infortunadamente”.
III – Verdadeiramente: O advérbio é usado para refor-
çar a veracidade ou sinceridade de uma declaração. No 
trecho “Ele deve ter aprendido do Tao-Te-Ching, que 
diz que o homem verdadeiramentebom não faz coisa 
alguma...”, o vocábulo serve para enfatizar a autenti-
cidade da bondade mencionada, conferindo-lhe um 
caráter indubitável. Assim, ao empregá-lo, o autor está 
afirmando o caráter bom do homem. Equivale a “real-
mente”, “efetivamente”.
14 
A frase em que as palavras destacadas respeitam as 
regras ortográficas da norma padrão é:
(A) Após deferir o pedido, o juiz notou a falta de censo 
na argumentação apresentada.
(B) A dispensa estava organizada, o que facilitou apre-
ender os alimentos proibidos.
(C) O advogado conseguiu aferir benefícios significativos 
do mandado judicial.
(D) A câmera municipal exigiu uma calção significativa 
para a construção da escola.
(E) Durante a densa cerração, as tropas infligiram duras 
derrotas ao inimigo.
Letra e.
Assunto abordado: Ortografia; significação 
de vocábulos
(A) Errada. São os seguintes os significados dos 
parônimos:
Deferir: Conceder, aceitar um pedido ou proposta.
Diferir: Ser diferente, discordar.
Censo: Levantamento estatístico de uma população, in-
cluindo dados demográficos, econômicos, entre outros.
Senso: Capacidade de julgar corretamente, discerni-
mento ou bom senso.
Veja-se a redação correta:
Após deferir o pedido, o juiz notou a falta de senso na 
argumentação apresentada.
(B) Errada. São os seguintes os significados dos 
parônimos:
Despensa: Cômodo ou armário em que se armazenam 
alimentos e mantimentos.
Dispensa: Ato de liberar alguém de uma obrigação ou 
serviço; ato de demitir.
Aprender: Adquirir conhecimento, habilidade ou infor-
mação por meio de estudo ou experiência.
Apreender: Capturar, pegar ou assimilar mental-
mente algo.
Veja-se a redação correta:
A despensa estava organizada, o que facilitou apreen-
der os alimentos proibidos.
(C) Errada. São os seguintes os significados dos 
parônimos:
Aferir: Medir, avaliar ou verificar a exatidão de algo.
Auferir: Obter, ganhar, especialmente lucros ou vantagens.
Mandado: Ordem escrita emitida por uma autoridade 
competente, como um juiz.
Mandato: Período de tempo em que um cargo ou função 
é exercido; autorização para agir em nome de outrem.
Veja-se a redação correta:
O advogado conseguiu auferir benefícios significativos 
do mandado judicial.
(D) Errada. São os seguintes os significados dos 
parônimos:
Câmara: Órgão legislativo ou espaço fechado.
Câmera: Dispositivo utilizado para capturar imagens 
ou vídeos.
16BLOCO 8 – NÍVEL INTERMEDIÁRIO – PORTUGUÊS 3° SIMULADO
Calção: Peça de vestuário, geralmente curta e usada 
para a prática de esportes.
Caução: Garantia em dinheiro ou bens, dada para as-
segurar o cumprimento de uma obrigação.
Veja-se a redação correta:
A câmara municipal exigiu uma caução significativa 
para a construção da escola.
(E) Certa. São os seguintes os significados dos 
parônimos:
Cerração: Neblina densa, especialmente em regiões 
costeiras ou fluviais.
Serração: Ação ou efeito de serrar, cortar madeira ou 
outros materiais.
Infligir: Aplicar um castigo ou pena.
Infringir: Desrespeitar uma regra, lei ou ordem.
15 
A pontuação da frase segue as exigências da norma-
-padrão da Língua Portuguesa em:
(A) O uso excessivo de plásticos em embalagens contri-
bui para a poluição dos oceanos e dos habitats natu-
rais afetando a vida marinha, em escala global.
(B) O aumento, no uso de veículos nas grandes cidades, 
contribui para a poluição do ar, e acarreta problemas 
respiratórios à população urbana.
(C) De acordo com urbanistas, a finalidade de áreas 
verdes, nas cidades, é promover o bem-estar dos 
moradores e garantir um ambiente mais saudável.
(D) A escolha por transportes alternativos, a exemplo de 
bicicletas ou caminhadas, pode significativamente 
reduzir a dependência de combustíveis fósseis e 
melhorar a qualidade do ar.
(E) Pesquisas indicam que, a adoção de práticas susten-
táveis no cotidiano, como o uso de energia renovável, 
contribui para a preservação do meio ambiente e a 
saúde pública.
Letra d.
Assunto abordado: Pontuação
(A) Errada. A vírgula empregada imediatamente após 
“marinha” é correta e facultativa, pois isola o adjunto 
adverbial “em escala global”, disposto em sua posição 
canônica, isto é, ao final da frase. Entretanto, deve-se 
empregar uma vírgula imediatamente após “naturais”, a 
fim de separar a oração reduzida de gerúndio “afetando 
a vida marinha, em escala global”.
(B) Errada. A primeira vírgula empregada é incorreta, 
pois separa o substantivo “aumento” de seu correspon-
dente complemento nominal “no uso de veículos nas 
grandes cidades”. A segunda vírgula empregada é in-
correta, pois separa o sujeito “O aumento no uso de 
veículos nas grandes cidades” do seu correspondente 
predicado “contribui para a poluição do ar”.
(C) Errada. A primeira vírgula empregada é correta, 
pois isola o adjunto adverbial “De acordo com urbanis-
tas”, deslocado para o início da oração. A segunda vír-
gula é incorreta, pois separa o substantivo “áreas” do 
seu correspondente adjunto adnominal “nas cidades”. 
A terceira vírgula empregada é incorreta, pois separa 
o sujeito “a finalidade de áreas verdes, nas cidades” 
do seu correspondente predicado “é promover o bem-
-estar dos moradores”.
(D) Certa. As vírgulas são corretamente empregadas 
para isolar a expressão explicativa intercalada “a exem-
plo de bicicletas ou caminhadas”.
(E) Errada. A primeira vírgula empregada é incorreta, 
pois indica pausa imediatamente após a conjunção in-
tegrante “que”, o que não ocorre na estrutura da frase. 
As vírgulas empregadas imediatamente antes e após 
“como o uso de energia renovável” são corretas, pois 
isolam expressão explicativa intercalada.
17BLOCO 8 – NÍVEL INTERMEDIÁRIO – PORTUGUÊS 3° SIMULADO
REDAÇÃO
Fidelis Almeida
Texto I
 � A arte criada por inteligência artificial (IA) não protegida de direitos autorais porque não possui autoria humana, 
decidiu um tribunal em Washington, nos Estados Unidos, na sexta-feira, 18. A resolução foi apresentada pela juíza 
Beryl Howell, em um processo contra o Escritório de Direitos Autorais dos Estados Unidos depois que ele recusou os 
direitos autorais de Stephen Thaler para uma imagem gerada por IA.
 � Thaler, o autor do processo que é cientista da computação, tentava obter os direitos autorais de uma imagem 
produzida pelo seu sistema de computador, o qual ele chama de “Creativity Machine” (Máquina da Criatividade, em 
tradução livre). Segundo os registros do tribunal, ele afirmou que a máquina gerou uma obra de arte visual por conta 
própria, pelo qual ele queria os direitos autorais, listando o sistema de computador como o autor.
Disponível em: https://www.terra.com.br/byte/arte-criada-por-ia-nao-e-protegida-por-direitos-autorais-decide-juiza-nos-eua,90cf4a41847d936d4d1e0
50c40d74965l52w1pfv.html?utm_source=clipboard. Acesso em 30/01/24. (Adaptado)
Texto II
 � A junção entre arte e inteligência artificial é uma certeza nos dias de hoje. Temos desde IAs usadas como fer-
ramentas por artistas até aquelas que criam obras sem que haja praticamente nenhuma interferência humana. Os 
exemplos são muitos e em áreas bastante diversas do mundo da arte, como música, cinema e artes visuais.
 � Um álbum de música foi feito inteiramente com a ajuda de um programa de inteligência artificial. A cantora Taryn 
Southern não sabe tocar nenhum instrumento, por isso utilizou um programa chamado Amper para ajudá-la a criar as 
canções. Ela sente que as composições são suas, pois usa o programa como uma ferramenta. O programa colabora 
para que pessoas que não tenham habilidades com a música também possam se expressar através dela.
 � Já no cinema, temos Benjamin, o primeiro programa de IA a escrever o roteiro de um curta metragem. Ele foi “ali-
mentado” com roteiros de outros filmes e, a partir da análise desse material, criou o roteiro da sua própria produção, 
que foi denominada Sunspring. O roteiro parece não fazer sentido em alguns momentos e possui alguns diálogos des-
conexos, mas o mais interessante disso tudo é o fato de ter sido criado por Benjamin sem a interferência de nenhuma 
pessoa. Inclusive,quem batizou a máquina com esse nome foi ela mesma!
Disponível em: https://www.ufmg.br/espacodoconhecimento/visite/inteligencia-artificial-e-arte/. Acesso em 30/01/24. (Adaptado)
Com o avanço da tecnologia de inteligência artificial (IA), testemunha-se uma revolução não apenas em setores tradicio-
nais, como saúde e indústria, mas também nas expressões culturais e artísticas. A IA está sendo utilizada para criar obras 
de arte, música, literatura e até interpretações históricas, desafiando as noções convencionais de criatividade e autoria.
Levando em conta os elementos discutidos, estruture seus argumentos, de forma coerente para apoiar sua opinião, e 
redija um texto dissertativo-argumentativo abordando o seguinte tema proposto:
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E A REINVENÇÃO DAS EXPRESSÕES CULTURAIS
No desenvolvimento do tema, o candidato deverá
(A) demonstrar domínio da escrita-padrão;
(B) manter a abordagem nos limites da proposta;
(C) redigir o texto no modo dissertativo-argumentativo (não serão aceitos textos narrativos nem poemas);
(D) demonstrar capacidade de selecionar, organizar e relacionar argumentos, fatos e opiniões para defender seu 
ponto de vista.
Apresentação da Redação
(A) O texto deverá ter de 25 a 30 linhas, mantendo-se no limite do espaço para a Redação.
(B) O texto definitivo deverá ser transcrito para a Folha de Redação (o texto da folha de Rascunho não será considerado), 
em letra legível, com caneta esferográfica, fabricada em material transparente, e com tinta preta.
(C) A Redação não deve ser identificada por meio de assinatura ou por qualquer outro sinal.
18 3° SIMULADOBLOCO 8 – NÍVEL INTERMEDIÁRIO – PORTUGUÊS
https://www.terra.com.br/byte/arte-criada-por-ia-nao-e-protegida-por-direitos-autorais-decide-juiza-nos-eua,90cf4a41847d936d4d1e050c40d74965l52w1pfv.html?utm_source=clipboard
https://www.terra.com.br/byte/arte-criada-por-ia-nao-e-protegida-por-direitos-autorais-decide-juiza-nos-eua,90cf4a41847d936d4d1e050c40d74965l52w1pfv.html?utm_source=clipboard
https://www.ufmg.br/espacodoconhecimento/visite/inteligencia-artificial-e-arte/
PADRÃO DE RESPOSTA
Introdução
• Apresentação do tema, destacando a emergência da inteligência artificial como ferramenta nas expressões cultu-
rais e artísticas.
Desenvolvimento
• Discussão sobre como a IA está contribuindo para novas formas de expressão cultural e redefinindo o conceito 
de criatividade.
• Análise das questões éticas relacionadas à autoria e autenticidade em obras criadas com auxílio de IA, e como isso 
impacta o valor cultural dessas expressões.
Conclusão
• Síntese dos principais argumentos, enfatizando a complexidade e as multifacetadas consequências da interação 
entre inteligência artificial e expressões culturais, e sugerindo caminhos para uma integração responsável e enri-
quecedora da tecnologia na cultura.
Linguagem
• O texto deve demonstrar domínio da norma culta da língua, manter-se dentro dos apresentar uma estrutura disser-
tativo-argumentativa clara, e fornecer argumentos bem fundamentados e relacionados entre si.
Critérios de correção
Conforme edital publicado: [...] 7.1.2.4 - Prova de Redação, de caráter eliminatório e classificatório, valerá 100 pontos. 
7.1.2.5 - Será eliminado o candidato que: a) obtiver nota zero na Redação; b) elaborar um texto que for assinado e/ou 
apresentar qualquer sinal que, de alguma forma, possibilite a sua identificação. 20 7.1.2.6 - A avaliação da Redação, cujo 
número de linhas esperado será explicitado em seu enunciado, será avaliada conforme os critérios a seguir: a) adequação 
ao tema proposto; b) adequação ao tipo de texto solicitado; c) emprego apropriado de mecanismos de coesão (referen-
ciação, sequenciação e demarcação das partes do texto); d) capacidade de selecionar, organizar e relacionar de forma 
coerente argumentos pertinentes ao tema proposto; e) pleno domínio da modalidade escrita da norma-padrão (adequação 
vocabular, ortografia, morfologia, sintaxe de concordância, de regência e de colocação). 7.1.2.7 - A Redação deverá ser 
feita com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada em material transparente. 7.1.2.8 - Será atribuída nota ZERO à 
Redação do(a) candidato(a) que: a) fugir ao tipo de texto em prosa dissertativo-argumentativo; b) fugir ao tema proposto; c) 
apresentar texto sob forma não articulada verbalmente em língua portuguesa (apenas com desenhos, números e palavras 
soltas ou em forma de verso); d) for assinada e/ou apresentar qualquer sinal que, de alguma forma, possibilite a identifica-
ção do(a) candidato(a); e) for escrita a lápis, em parte ou na sua totalidade. 7.1.2.9 - Será desconsiderado, para efeito de 
avaliação, qualquer texto ou fragmento de texto que for escrito fora do local apropriado. [...]
19 3° SIMULADOBLOCO 8 – NÍVEL INTERMEDIÁRIO – PORTUGUÊS

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