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1001) 
1002) 
Língua Portuguesa para TSE Unificado - 2024
https://www.tecconcursos.com.br/s/Q3gldq
Ordenação: Por Matéria e Assunto (data)
www.tecconcursos.com.br/questoes/2873959
CEBRASPE (CESPE) - ERRHSB (ANA)/ANA/Especialidade 1/2024
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CB1A1
O Comentário Geral n.º 15 do Comitê de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (CDESC) da ONU é
claro ao apontar para a necessidade de proteger os ecossistemas, em especial o aquático, contra a
poluição, pois ter acesso a uma água poluída não representa, de fato, o gozo do direito humano à água.
Nessas condições, há risco de comprometimento imediato da saúde individual e coletiva, o que afeta
outros direitos humanos, como o direito à saúde e ao bem-estar. Antes disso, a Agenda 21, aprovada na
Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), em 1992,
recomendou que se preservem as funções hidrológicas, biológicas e químicas dos ecossistemas, para que
se assegure água com qualidade.
Em uma perspectiva menos antropocêntrica e mais ecocêntrica, em 2000, a Declaração da 4.ª Cúpula do
P7, composto dos sete países mais pobres do mundo, em seu primeiro princípio, trouxe a ideia de que a
água é uma fonte de vida não substituível, a que todos os seres vivos têm direito, e sua conservação
seria uma responsabilidade coletiva fundamental.
A mesma declaração complementa o raciocínio, defendendo a necessidade de as culturas que defendem
a água como um bem comum serem protegidas e reinventadas. E, nesse ponto, a Declaração da 4.ª
Cúpula do P7 e o Comentário Geral n.º 15 do CDESC convergem entre si, pois este último se refere à
preocupação com o respeito à cultura e o acesso à água, nas formas tradicionais de uso por
comunidades antigas e originárias, o que valoriza o componente da independência no conceito de
segurança hídrica. O que aqui se chama simplisticamente de independência corresponde na verdade à
minimização de uma relação de dependência e sujeição, por meio de mecanismos formais de
cooperação, tanto interbacias como intrabacias hidrográficas. O quarto princípio da Declaração da 4.ª
Cúpula do P7 afirma que “a água deve contribuir para a solidariedade entre comunidades, países,
sociedades, gerações e sexos”. Ao mesmo tempo reconhece que a água doce é distribuída de forma
desigual em torno da Terra, e afirma que isso não deve ser utilizado como fator de exercício de poder.
Carlos Hiroo Saito. Segurança hídrica e direito humano à água.
In: Ruscheinsky, Calgaro & Weber. Ética, direito socioambiental e democracia. Caxias do Sul: Educs, 2018, p.
100-101 (com adaptações).
 
Com base nas ideias veiculadas no texto CB1A1, julgue o item a seguir.
 
Conforme o texto, os mecanismos formais de cooperação que atendam ao componente de independência
no conceito de segurança hídrica devem envolver a participação de comunidades tradicionais.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2876012
CEBRASPE (CESPE) - ERVS (ANVISA)/ANVISA/Engenharia/2024
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto
https://www.tecconcursos.com.br/s/Q3gldq
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2873959
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2876012
1003) 
 
Devemos salientar mais uma vez o caráter essencial dos sentimentos negativos. Manifestações populares
e mudança social advêm do acúmulo de muitos cidadãos irritados e ofendidos. Ocultar sentimentos
negativos sob o tapete do pensamento positivo significa estigmatizar e tornar vexaminosa a estrutura
emocional do mal-estar social e da instabilidade. Alguns dirão que optamos por privar trabalhadores dos
benefícios da ciência do bem-estar em troca do aceno de uma ideia vaga de consciência coletiva. A
felicidade, como alguns empiristas ferrenhos afirmarão, é o único bem tangível em que podemos pôr as
mãos aqui e agora. Nossa resposta e nossa objeção final podem ser encontradas na famosa refutação do
utilitarismo do filósofo Robert Nozick. Em 1974, ele pediu a seus leitores que participassem de um
experimento mental que consistia em imaginar que estamos conectados a uma máquina que nos
proporciona qualquer experiência prazerosa. Nossos cérebros seriam estimulados a acreditar que
estaríamos vivendo a vida que desejamos. A pergunta de Nozick, então, era: dada a possibilidade de
escolha, você preferiria a máquina prazerosa à vida real (e presumivelmente mais infeliz)? Uma resposta
a essa questão parece hoje ainda mais relevante do que antes, sobretudo agora que a ciência da
felicidade e as tecnologias virtuais se tornam tão predominantes. Nossa resposta, assim como a de
Nozick, é a de que o prazer e a busca da felicidade não podem superar a realidade e a busca por
conhecimento — o pensamento crítico sobre nós mesmos e sobre o mundo que nos rodeia. Uma
“máquina da experiência” do tipo que Nozick imaginou tem hoje seu equivalente em uma indústria da
felicidade que pretende nos controlar: ela não apenas borra e confunde a capacidade de conhecer as
condições que moldam nossa existência, mas também faz que essas condições em si sejam irrelevantes.
Conhecimento e justiça, e não felicidade, continuam a ser o propósito moral revolucionário da vida.
Edgar Cabanas e Eva Illouiz. Happycracia: fabricando cidadãos felizes. São Paulo: Ubu, 2022, p. 274-275 (com
adaptações).
 
Acerca das ideias e de aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o item a seguir.
 
O uso do pensamento positivo com o fim de dissimular sentimentos negativos é condenado pelos autores
no texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2876023
CEBRASPE (CESPE) - ERVS (ANVISA)/ANVISA/Engenharia/2024
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto
 
Devemos salientar mais uma vez o caráter essencial dos sentimentos negativos. Manifestações populares
e mudança social advêm do acúmulo de muitos cidadãos irritados e ofendidos. Ocultar sentimentos
negativos sob o tapete do pensamento positivo significa estigmatizar e tornar vexaminosa a estrutura
emocional do mal-estar social e da instabilidade. Alguns dirão que optamos por privar trabalhadores dos
benefícios da ciência do bem-estar em troca do aceno de uma ideia vaga de consciência coletiva. A
felicidade, como alguns empiristas ferrenhos afirmarão, é o único bem tangível em que podemos pôr as
mãos aqui e agora. Nossa resposta e nossa objeção final podem ser encontradas na famosa refutação do
utilitarismo do filósofo Robert Nozick. Em 1974, ele pediu a seus leitores que participassem de um
experimento mental que consistia em imaginar que estamos conectados a uma máquina que nos
proporciona qualquer experiência prazerosa. Nossos cérebros seriam estimulados a acreditar que
estaríamos vivendo a vida que desejamos. A pergunta de Nozick, então, era: dada a possibilidade de
escolha, você preferiria a máquina prazerosa à vida real (e presumivelmente mais infeliz)? Uma resposta
a essa questão parece hoje ainda mais relevante do que antes, sobretudo agora que a ciência da
felicidade e as tecnologias virtuais se tornam tão predominantes. Nossa resposta, assim como a de
Nozick, é a de que o prazer e a busca da felicidade não podem superar a realidade e a busca por
conhecimento — o pensamento crítico sobre nós mesmos e sobre o mundo que nos rodeia. Uma
“máquina da experiência” do tipo que Nozick imaginou tem hoje seu equivalente em uma indústria da
felicidade que pretende nos controlar: ela não apenas borra e confunde a capacidade de conhecer as
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2876023
1004) 
1005) 
condições que moldam nossa existência, mas também faz que essas condições em si sejam irrelevantes.
Conhecimento e justiça, e não felicidade, continuam a ser o propósito moral revolucionário da vida.
Edgar Cabanas e Eva Illouiz. Happycracia: fabricando cidadãos felizes. São Paulo: Ubu, 2022, p. 274-275 (com
adaptações).
 
Acerca das ideias e de aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o item a seguir.
 
Os sujeitos das formas verbais “optamos” (quartoperíodo) e “podemos” (quinto período) têm referentes
distintos.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2876026
CEBRASPE (CESPE) - ERVS (ANVISA)/ANVISA/Engenharia/2024
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto
 
Devemos salientar mais uma vez o caráter essencial dos sentimentos negativos. Manifestações populares
e mudança social advêm do acúmulo de muitos cidadãos irritados e ofendidos. Ocultar sentimentos
negativos sob o tapete do pensamento positivo significa estigmatizar e tornar vexaminosa a estrutura
emocional do mal-estar social e da instabilidade. Alguns dirão que optamos por privar trabalhadores dos
benefícios da ciência do bem-estar em troca do aceno de uma ideia vaga de consciência coletiva. A
felicidade, como alguns empiristas ferrenhos afirmarão, é o único bem tangível em que podemos pôr as
mãos aqui e agora. Nossa resposta e nossa objeção final podem ser encontradas na famosa refutação do
utilitarismo do filósofo Robert Nozick. Em 1974, ele pediu a seus leitores que participassem de um
experimento mental que consistia em imaginar que estamos conectados a uma máquina que nos
proporciona qualquer experiência prazerosa. Nossos cérebros seriam estimulados a acreditar que
estaríamos vivendo a vida que desejamos. A pergunta de Nozick, então, era: dada a possibilidade de
escolha, você preferiria a máquina prazerosa à vida real (e presumivelmente mais infeliz)? Uma resposta
a essa questão parece hoje ainda mais relevante do que antes, sobretudo agora que a ciência da
felicidade e as tecnologias virtuais se tornam tão predominantes. Nossa resposta, assim como a de
Nozick, é a de que o prazer e a busca da felicidade não podem superar a realidade e a busca por
conhecimento — o pensamento crítico sobre nós mesmos e sobre o mundo que nos rodeia. Uma
“máquina da experiência” do tipo que Nozick imaginou tem hoje seu equivalente em uma indústria da
felicidade que pretende nos controlar: ela não apenas borra e confunde a capacidade de conhecer as
condições que moldam nossa existência, mas também faz que essas condições em si sejam irrelevantes.
Conhecimento e justiça, e não felicidade, continuam a ser o propósito moral revolucionário da vida.
Edgar Cabanas e Eva Illouiz. Happycracia: fabricando cidadãos felizes. São Paulo: Ubu, 2022, p. 274-275 (com
adaptações).
 
Acerca das ideias e de aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o item a seguir.
 
No texto, os autores estabelecem uma analogia entre a atual “indústria da felicidade” e a máquina de
proporcionar experiências prazerosas idealizada no experimento de Nozick.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2876029
CEBRASPE (CESPE) - ERVS (ANVISA)/ANVISA/Engenharia/2024
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2876026
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2876029
1006) 
 
Devemos salientar mais uma vez o caráter essencial dos sentimentos negativos. Manifestações populares
e mudança social advêm do acúmulo de muitos cidadãos irritados e ofendidos. Ocultar sentimentos
negativos sob o tapete do pensamento positivo significa estigmatizar e tornar vexaminosa a estrutura
emocional do mal-estar social e da instabilidade. Alguns dirão que optamos por privar trabalhadores dos
benefícios da ciência do bem-estar em troca do aceno de uma ideia vaga de consciência coletiva. A
felicidade, como alguns empiristas ferrenhos afirmarão, é o único bem tangível em que podemos pôr as
mãos aqui e agora. Nossa resposta e nossa objeção final podem ser encontradas na famosa refutação do
utilitarismo do filósofo Robert Nozick. Em 1974, ele pediu a seus leitores que participassem de um
experimento mental que consistia em imaginar que estamos conectados a uma máquina que nos
proporciona qualquer experiência prazerosa. Nossos cérebros seriam estimulados a acreditar que
estaríamos vivendo a vida que desejamos. A pergunta de Nozick, então, era: dada a possibilidade de
escolha, você preferiria a máquina prazerosa à vida real (e presumivelmente mais infeliz)? Uma resposta
a essa questão parece hoje ainda mais relevante do que antes, sobretudo agora que a ciência da
felicidade e as tecnologias virtuais se tornam tão predominantes. Nossa resposta, assim como a de
Nozick, é a de que o prazer e a busca da felicidade não podem superar a realidade e a busca por
conhecimento — o pensamento crítico sobre nós mesmos e sobre o mundo que nos rodeia. Uma
“máquina da experiência” do tipo que Nozick imaginou tem hoje seu equivalente em uma indústria da
felicidade que pretende nos controlar: ela não apenas borra e confunde a capacidade de conhecer as
condições que moldam nossa existência, mas também faz que essas condições em si sejam irrelevantes.
Conhecimento e justiça, e não felicidade, continuam a ser o propósito moral revolucionário da vida.
Edgar Cabanas e Eva Illouiz. Happycracia: fabricando cidadãos felizes. São Paulo: Ubu, 2022, p. 274-275 (com
adaptações).
 
Acerca das ideias e de aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o item a seguir.
 
De acordo com a concepção defendida no texto, a felicidade não é o propósito moral revolucionário da
vida.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2399768
CEBRASPE (CESPE) - AJ 02 (TJ ES)/TJ ES/Apoio Especializado/Licenciatura em Letras/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto 15A1-I
Você mora em um lugar competitivo? Essa é a pergunta feita pelo Ranking de competitividade dos
estados, que metrifica, em uma escala de 0 a 100, todos os cantos do Brasil, para classificar as 27
unidades federativas com base em dez pilares diferentes: segurança pública, infraestrutura,
sustentabilidade social, solidez fiscal, educação, sustentabilidade ambiental, eficiência da máquina
pública, capital humano, potencial de mercado e inovação.
De acordo com os gráficos mostrados a seguir, dos mais de vinte estados, apenas cinco não mudaram de
posição ao longo do último ano (2022), com destaque para São Paulo e Santa Catarina, que lideram,
assim como Rio de Janeiro e Roraima, que subiram bastante.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2399768
1007) 
Ao todo, são quase noventa critérios avaliados dentro dos pilares fundamentais, que incluem desde
infraestrutura até o capital humano de cada localidade, com pesos diferentes entre si. Paulistas lideram o
ranking há anos. No ano de 2022, porém, houve piora no quesito segurança patrimonial, com aumento
no número de furtos e roubos. Estados do Norte e do Nordeste são os menos competitivos do país.
Trata-se de uma ferramenta de avaliação da administração pública, de diagnóstico e auxílio na escolha
das prioridades e de promoção de boas práticas organizacionais, que, além de ajudar políticos a
priorizarem ações com base em uma inteligência de dados bem robusta — ou seja, como um sistema de
incentivo para os líderes públicos —, pode ser um bom indicador da gestão pública da região. São
referências adotadas pelo ranking que apresentam novos parâmetros para os estados brasileiros.
Internet: <https://igdd.org.br> (com adaptações).
 
Com base na compreensão literal das informações do texto 15A1-I, julgue o item que se segue.
A ideia principal do texto reside na informação explícita de que o Ranking de competitividade dos
estados busca distinguir os estados mais bem desenvolvidos dos estados com menor desenvolvimento.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2399769
CEBRASPE (CESPE) - AJ 02 (TJ ES)/TJ ES/Apoio Especializado/Licenciatura em Letras/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto 15A1-I
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2399769
Você mora em um lugar competitivo? Essa é a pergunta feita pelo Ranking de competitividade dos
estados, que metrifica, em uma escala de 0 a 100, todos os cantos do Brasil, para classificar as 27
unidades federativas com base em dez pilares diferentes: segurança pública, infraestrutura,
sustentabilidade social, solidez fiscal, educação,sustentabilidade ambiental, eficiência da máquina
pública, capital humano, potencial de mercado e inovação.
De acordo com os gráficos mostrados a seguir, dos mais de vinte estados, apenas cinco não mudaram de
posição ao longo do último ano (2022), com destaque para São Paulo e Santa Catarina, que lideram,
assim como Rio de Janeiro e Roraima, que subiram bastante.
Ao todo, são quase noventa critérios avaliados dentro dos pilares fundamentais, que incluem desde
infraestrutura até o capital humano de cada localidade, com pesos diferentes entre si. Paulistas lideram o
ranking há anos. No ano de 2022, porém, houve piora no quesito segurança patrimonial, com aumento
no número de furtos e roubos. Estados do Norte e do Nordeste são os menos competitivos do país.
Trata-se de uma ferramenta de avaliação da administração pública, de diagnóstico e auxílio na escolha
das prioridades e de promoção de boas práticas organizacionais, que, além de ajudar políticos a
priorizarem ações com base em uma inteligência de dados bem robusta — ou seja, como um sistema de
incentivo para os líderes públicos —, pode ser um bom indicador da gestão pública da região. São
referências adotadas pelo ranking que apresentam novos parâmetros para os estados brasileiros.
Internet: <https://igdd.org.br> (com adaptações).
 
Com base na compreensão literal das informações do texto 15A1-I, julgue o item que se segue.
 
Comparando-se os gráficos apresentados, observa-se que dois estados brasileiros subiram cinco posições
ou mais no referido ranking.
1008) 
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2399771
CEBRASPE (CESPE) - AJ 02 (TJ ES)/TJ ES/Apoio Especializado/Licenciatura em Letras/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto 15A1-I
Você mora em um lugar competitivo? Essa é a pergunta feita pelo Ranking de competitividade dos
estados, que metrifica, em uma escala de 0 a 100, todos os cantos do Brasil, para classificar as 27
unidades federativas com base em dez pilares diferentes: segurança pública, infraestrutura,
sustentabilidade social, solidez fiscal, educação, sustentabilidade ambiental, eficiência da máquina
pública, capital humano, potencial de mercado e inovação.
De acordo com os gráficos mostrados a seguir, dos mais de vinte estados, apenas cinco não mudaram de
posição ao longo do último ano (2022), com destaque para São Paulo e Santa Catarina, que lideram,
assim como Rio de Janeiro e Roraima, que subiram bastante.
Ao todo, são quase noventa critérios avaliados dentro dos pilares fundamentais, que incluem desde
infraestrutura até o capital humano de cada localidade, com pesos diferentes entre si. Paulistas lideram o
ranking há anos. No ano de 2022, porém, houve piora no quesito segurança patrimonial, com aumento
no número de furtos e roubos. Estados do Norte e do Nordeste são os menos competitivos do país.
Trata-se de uma ferramenta de avaliação da administração pública, de diagnóstico e auxílio na escolha
das prioridades e de promoção de boas práticas organizacionais, que, além de ajudar políticos a
priorizarem ações com base em uma inteligência de dados bem robusta — ou seja, como um sistema de
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1009) 
incentivo para os líderes públicos —, pode ser um bom indicador da gestão pública da região. São
referências adotadas pelo ranking que apresentam novos parâmetros para os estados brasileiros.
Internet: <https://igdd.org.br> (com adaptações).
 
A partir da compreensão interpretativa e de inferências acerca do texto 15A1-I, julgue o item a seguir.
Entende-se que, por meio das informações e dos gráficos apresentados, o autor do texto tem o propósito
de indicar que os estados da região Norte passaram a ocupar, em 2022, as posições entre os mais
competitivos do país.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2399773
CEBRASPE (CESPE) - AJ 02 (TJ ES)/TJ ES/Apoio Especializado/Licenciatura em Letras/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto 15A1-I
Você mora em um lugar competitivo? Essa é a pergunta feita pelo Ranking de competitividade dos
estados, que metrifica, em uma escala de 0 a 100, todos os cantos do Brasil, para classificar as 27
unidades federativas com base em dez pilares diferentes: segurança pública, infraestrutura,
sustentabilidade social, solidez fiscal, educação, sustentabilidade ambiental, eficiência da máquina
pública, capital humano, potencial de mercado e inovação.
De acordo com os gráficos mostrados a seguir, dos mais de vinte estados, apenas cinco não mudaram de
posição ao longo do último ano (2022), com destaque para São Paulo e Santa Catarina, que lideram,
assim como Rio de Janeiro e Roraima, que subiram bastante.
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1010) 
Ao todo, são quase noventa critérios avaliados dentro dos pilares fundamentais, que incluem desde
infraestrutura até o capital humano de cada localidade, com pesos diferentes entre si. Paulistas lideram o
ranking há anos. No ano de 2022, porém, houve piora no quesito segurança patrimonial, com aumento
no número de furtos e roubos. Estados do Norte e do Nordeste são os menos competitivos do país.
Trata-se de uma ferramenta de avaliação da administração pública, de diagnóstico e auxílio na escolha
das prioridades e de promoção de boas práticas organizacionais, que, além de ajudar políticos a
priorizarem ações com base em uma inteligência de dados bem robusta — ou seja, como um sistema de
incentivo para os líderes públicos —, pode ser um bom indicador da gestão pública da região. São
referências adotadas pelo ranking que apresentam novos parâmetros para os estados brasileiros.
Internet: <https://igdd.org.br> (com adaptações).
 
A partir da compreensão interpretativa e de inferências acerca do texto 15A1-I, julgue o item a seguir.
 
Está implícita no texto a informação de que infraestrutura e capital humano são os pilares mais
importantes no referido ranking.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2399774
CEBRASPE (CESPE) - AJ 02 (TJ ES)/TJ ES/Apoio Especializado/Licenciatura em Letras/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto 15A1-I
Você mora em um lugar competitivo? Essa é a pergunta feita pelo Ranking de competitividade dos
estados, que metrifica, em uma escala de 0 a 100, todos os cantos do Brasil, para classificar as 27
unidades federativas com base em dez pilares diferentes: segurança pública, infraestrutura,
sustentabilidade social, solidez fiscal, educação, sustentabilidade ambiental, eficiência da máquina
pública, capital humano, potencial de mercado e inovação.
De acordo com os gráficos mostrados a seguir, dos mais de vinte estados, apenas cinco não mudaram de
posição ao longo do último ano (2022), com destaque para São Paulo e Santa Catarina, que lideram,
assim como Rio de Janeiro e Roraima, que subiram bastante.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2399774
1011) 
Ao todo, são quase noventa critérios avaliados dentro dos pilares fundamentais, que incluem desde
infraestrutura até o capital humano de cada localidade, com pesos diferentes entre si. Paulistas lideram o
ranking há anos. No ano de 2022, porém, houve piora no quesito segurança patrimonial, com aumento
no número de furtos e roubos. Estados do Norte e do Nordeste são os menos competitivos do país.
Trata-se de uma ferramenta de avaliação da administração pública, de diagnóstico e auxílio na escolha
das prioridades e de promoção de boas práticas organizacionais, que, além de ajudar políticos a
priorizarem ações com base em uma inteligência de dados bem robusta — ou seja, como um sistema de
incentivo para os líderes públicos —, pode ser um bom indicador da gestão pública da região. São
referências adotadas pelo ranking que apresentam novos parâmetros para os estados brasileiros.
Internet: <https://igdd.org.br> (com adaptações).
 
A partir da compreensão interpretativa e de inferências acerca do texto 15A1-I, julgue o item a seguir.
 
No terceiro parágrafo, o trecho“com pesos diferentes entre si” revela uma opinião a respeito do fato
“são quase noventa critérios avaliados dentro dos pilares fundamentais”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2399776
CEBRASPE (CESPE) - AJ 02 (TJ ES)/TJ ES/Apoio Especializado/Licenciatura em Letras/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto 15A1-I
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2399776
Você mora em um lugar competitivo? Essa é a pergunta feita pelo Ranking de competitividade dos
estados, que metrifica, em uma escala de 0 a 100, todos os cantos do Brasil, para classificar as 27
unidades federativas com base em dez pilares diferentes: segurança pública, infraestrutura,
sustentabilidade social, solidez fiscal, educação, sustentabilidade ambiental, eficiência da máquina
pública, capital humano, potencial de mercado e inovação.
De acordo com os gráficos mostrados a seguir, dos mais de vinte estados, apenas cinco não mudaram de
posição ao longo do último ano (2022), com destaque para São Paulo e Santa Catarina, que lideram,
assim como Rio de Janeiro e Roraima, que subiram bastante.
Ao todo, são quase noventa critérios avaliados dentro dos pilares fundamentais, que incluem desde
infraestrutura até o capital humano de cada localidade, com pesos diferentes entre si. Paulistas lideram o
ranking há anos. No ano de 2022, porém, houve piora no quesito segurança patrimonial, com aumento
no número de furtos e roubos. Estados do Norte e do Nordeste são os menos competitivos do país.
Trata-se de uma ferramenta de avaliação da administração pública, de diagnóstico e auxílio na escolha
das prioridades e de promoção de boas práticas organizacionais, que, além de ajudar políticos a
priorizarem ações com base em uma inteligência de dados bem robusta — ou seja, como um sistema de
incentivo para os líderes públicos —, pode ser um bom indicador da gestão pública da região. São
referências adotadas pelo ranking que apresentam novos parâmetros para os estados brasileiros.
Internet: <https://igdd.org.br> (com adaptações).
 
A partir da compreensão interpretativa e de inferências acerca do texto 15A1-I, julgue o item a seguir.
 
No último parágrafo do texto, o segmento “além de ajudar políticos a priorizarem ações com base em
uma inteligência de dados bem robusta” apresenta um fato relacionado ao objetivo do ranking em
1012) 
comento, enquanto o trecho “pode ser um bom indicador da gestão pública da região” veicula a opinião
do autor.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - AJ 02 (TJ ES)/TJ ES/Apoio Especializado/Licenciatura em Letras/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto 15A1-I
Você mora em um lugar competitivo? Essa é a pergunta feita pelo Ranking de competitividade dos
estados, que metrifica, em uma escala de 0 a 100, todos os cantos do Brasil, para classificar as 27
unidades federativas com base em dez pilares diferentes: segurança pública, infraestrutura,
sustentabilidade social, solidez fiscal, educação, sustentabilidade ambiental, eficiência da máquina
pública, capital humano, potencial de mercado e inovação.
De acordo com os gráficos mostrados a seguir, dos mais de vinte estados, apenas cinco não mudaram de
posição ao longo do último ano (2022), com destaque para São Paulo e Santa Catarina, que lideram,
assim como Rio de Janeiro e Roraima, que subiram bastante.
Ao todo, são quase noventa critérios avaliados dentro dos pilares fundamentais, que incluem desde
infraestrutura até o capital humano de cada localidade, com pesos diferentes entre si. Paulistas lideram o
ranking há anos. No ano de 2022, porém, houve piora no quesito segurança patrimonial, com aumento
no número de furtos e roubos. Estados do Norte e do Nordeste são os menos competitivos do país.
Trata-se de uma ferramenta de avaliação da administração pública, de diagnóstico e auxílio na escolha
das prioridades e de promoção de boas práticas organizacionais, que, além de ajudar políticos a
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2399778
1013) 
priorizarem ações com base em uma inteligência de dados bem robusta — ou seja, como um sistema de
incentivo para os líderes públicos —, pode ser um bom indicador da gestão pública da região. São
referências adotadas pelo ranking que apresentam novos parâmetros para os estados brasileiros.
Internet: <https://igdd.org.br> (com adaptações).
 
A partir da compreensão interpretativa e de inferências acerca do texto 15A1-I, julgue o item a seguir.
 
Conclui-se das informações do texto que, no indicador de segurança patrimonial, a unidade da Federação
com menor taxa de furtos e roubos recebeu a nota máxima na escala relativa a esse pilar, enquanto o
estado com a maior taxa de furtos e roubos recebeu a menor nota.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2399781
CEBRASPE (CESPE) - AJ 02 (TJ ES)/TJ ES/Apoio Especializado/Licenciatura em Letras/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto 15A1-I
Você mora em um lugar competitivo? Essa é a pergunta feita pelo Ranking de competitividade dos
estados, que metrifica, em uma escala de 0 a 100, todos os cantos do Brasil, para classificar as 27
unidades federativas com base em dez pilares diferentes: segurança pública, infraestrutura,
sustentabilidade social, solidez fiscal, educação, sustentabilidade ambiental, eficiência da máquina
pública, capital humano, potencial de mercado e inovação.
De acordo com os gráficos mostrados a seguir, dos mais de vinte estados, apenas cinco não mudaram de
posição ao longo do último ano (2022), com destaque para São Paulo e Santa Catarina, que lideram,
assim como Rio de Janeiro e Roraima, que subiram bastante.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2399781
1014) 
Ao todo, são quase noventa critérios avaliados dentro dos pilares fundamentais, que incluem desde
infraestrutura até o capital humano de cada localidade, com pesos diferentes entre si. Paulistas lideram o
ranking há anos. No ano de 2022, porém, houve piora no quesito segurança patrimonial, com aumento
no número de furtos e roubos. Estados do Norte e do Nordeste são os menos competitivos do país.
Trata-se de uma ferramenta de avaliação da administração pública, de diagnóstico e auxílio na escolha
das prioridades e de promoção de boas práticas organizacionais, que, além de ajudar políticos a
priorizarem ações com base em uma inteligência de dados bem robusta — ou seja, como um sistema de
incentivo para os líderes públicos —, pode ser um bom indicador da gestão pública da região. São
referências adotadas pelo ranking que apresentam novos parâmetros para os estados brasileiros.
Internet: <https://igdd.org.br> (com adaptações).
 
A partir da compreensão interpretativa e de inferências acerca do texto 15A1-I, julgue o item a seguir.
 
Infere-se do texto que, sendo o estado de São Paulo o mais competitivo, é possível que sua gestão
pública seja a melhor do país.
Certo
Errado
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Texto 15A1-I
Você mora em um lugar competitivo? Essa é a pergunta feita pelo Ranking de competitividade dos
estados, que metrifica, em uma escala de 0 a 100, todos os cantos do Brasil, para classificar as 27
unidades federativas com base em dez pilares diferentes: segurança pública, infraestrutura,
sustentabilidade social, solidez fiscal, educação, sustentabilidade ambiental, eficiência da máquina
pública, capital humano, potencial de mercado e inovação.
De acordo com os gráficos mostrados a seguir, dos mais de vinte estados, apenas cinco não mudaram de
posição ao longo do último ano (2022), com destaque para São Paulo e Santa Catarina, que lideram,
assim como Rio de Janeiro e Roraima, que subiram bastante.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2399795
1015) 
Ao todo, são quase noventa critérios avaliados dentro dos pilares fundamentais, queincluem desde
infraestrutura até o capital humano de cada localidade, com pesos diferentes entre si. Paulistas lideram o
ranking há anos. No ano de 2022, porém, houve piora no quesito segurança patrimonial, com aumento
no número de furtos e roubos. Estados do Norte e do Nordeste são os menos competitivos do país.
Trata-se de uma ferramenta de avaliação da administração pública, de diagnóstico e auxílio na escolha
das prioridades e de promoção de boas práticas organizacionais, que, além de ajudar políticos a
priorizarem ações com base em uma inteligência de dados bem robusta — ou seja, como um sistema de
incentivo para os líderes públicos —, pode ser um bom indicador da gestão pública da região. São
referências adotadas pelo ranking que apresentam novos parâmetros para os estados brasileiros.
Internet: <https://igdd.org.br> (com adaptações).
No que diz respeito aos indícios contextuais, às relações de sentido entre palavras e às relações coesivas
no texto 15A1-I, julgue o item subsecutivo.
No segundo parágrafo, a expressão “dos mais de vinte estados” refere-se a determinada parcela dos
estados federativos que compuseram o referido ranking.
Certo
Errado
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Texto 15A1-I
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2399797
Você mora em um lugar competitivo? Essa é a pergunta feita pelo Ranking de competitividade dos
estados, que metrifica, em uma escala de 0 a 100, todos os cantos do Brasil, para classificar as 27
unidades federativas com base em dez pilares diferentes: segurança pública, infraestrutura,
sustentabilidade social, solidez fiscal, educação, sustentabilidade ambiental, eficiência da máquina
pública, capital humano, potencial de mercado e inovação.
De acordo com os gráficos mostrados a seguir, dos mais de vinte estados, apenas cinco não mudaram de
posição ao longo do último ano (2022), com destaque para São Paulo e Santa Catarina, que lideram,
assim como Rio de Janeiro e Roraima, que subiram bastante.
Ao todo, são quase noventa critérios avaliados dentro dos pilares fundamentais, que incluem desde
infraestrutura até o capital humano de cada localidade, com pesos diferentes entre si. Paulistas lideram o
ranking há anos. No ano de 2022, porém, houve piora no quesito segurança patrimonial, com aumento
no número de furtos e roubos. Estados do Norte e do Nordeste são os menos competitivos do país.
Trata-se de uma ferramenta de avaliação da administração pública, de diagnóstico e auxílio na escolha
das prioridades e de promoção de boas práticas organizacionais, que, além de ajudar políticos a
priorizarem ações com base em uma inteligência de dados bem robusta — ou seja, como um sistema de
incentivo para os líderes públicos —, pode ser um bom indicador da gestão pública da região. São
referências adotadas pelo ranking que apresentam novos parâmetros para os estados brasileiros.
Internet: <https://igdd.org.br> (com adaptações).
No que diz respeito aos indícios contextuais, às relações de sentido entre palavras e às relações coesivas
no texto 15A1-I, julgue o item subsecutivo.
 
No segundo parágrafo, a oração “que lideram” explica que, no ranking, São Paulo e Santa Catarina são
os estados que ocupam a primeira e a segunda colocação, respectivamente.
1016) 
1017) 
Certo
Errado
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto 15A2-I
Em uma linha de estudos, um dos fatores apontados frequentemente como possível solução para a
diminuição da demanda nos tribunais diz respeito aos mecanismos de resolução alternativa de conflitos.
O relatório Fazendo com que a justiça conte: medindo e aprimorando o desempenho do
Judiciário no Brasil, produzido pelo Banco Mundial, já apontava em 2004 a maior difusão do instituto
da conciliação como uma possível solução para a excessiva sobrecarga de processos na justiça estadual.
Segundo o relatório, tal medida poderia ser um importante mecanismo de diminuição das demandas hoje
paralisadas no Poder Judiciário estadual.
Ribeiro (2008), em análise acerca do acesso ao sistema judiciário no Brasil, destaca o papel do Conselho
Nacional de Justiça (CNJ) como órgão encarregado de desenvolver ações que visem à redução da
morosidade processual e à simplificação dos procedimentos judiciais. A autora destaca dentre os projetos
desenvolvidos pelo CNJ a ênfase nos procedimentos alternativos de justiça, entre os quais figura o
instituto da conciliação.
Em mesmo sentido, Veronese (2007) realizou análise da evolução de experiências alternativas de
resolução de conflitos, descrevendo os projetos e as questões políticas implicadas nesse fenômeno.
Segundo o autor, apesar do consenso de que o Brasil se insere em um contexto de tradição jurídica
formalista, ocorre atualmente um movimento descrito como “permeabilidade às novas referências
institucionais para a solução dos conflitos e ao discurso de intervenção social” (2007, p. 19), agenda que,
segundo Veronese, vem-se desenvolvendo de modo célere no Brasil. Um exemplo citado por ele diz
respeito à realização do Dia Nacional da Conciliação, evento promovido pelo CNJ com o intuito de
difundir nos tribunais a cultura da realização de acordos entre os litigantes com vistas a extinguir
demandas judiciárias.
Renato Máximo Sátiro e Marcos de Moraes Sousa.
Determinantes quantitativos do desempenho judicial: fatores associados à produtividade dos tribunais de
justiça. In: Revista Direito GV, v. 7, n.º 1, 2021, p. 8-9 (com adaptações).
Com relação aos fatores de coesão do texto 15A2-I, julgue o seguinte item.
Conclui-se do primeiro período do segundo parágrafo que as referidas “ações” existem e são específicas.
Certo
Errado
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto 20A1-I
Um contraste não menos nítido que o da oposição dos sexos é o fornecido pela oposição das classes em
determinada sociedade, a qual tende a se revelar por meio de certos sinais exteriores como a
vestimenta, as maneiras, a linguagem, chegando mesmo a refletir-se no modo pelo qual as pessoas se
distribuem no espaço geográfico.
É assim que podemos, por assim dizer, visualizar as sutis diferenças que separam os seres entre si, pois
elas aqui e ali se petrificam, as diversas áreas residenciais urbanas simbolizando as diversas classes
sociais, os indivíduos espalhando-se pelos bairros de uma cidade de acordo com os grupos a que
pertencem, como se procurassem, através de uma unidade local, reforçar a identidade de usos e
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1018) 
costumes, de hábitos e mentalidade. Como se, numa existência de aproximação constante e frequente
confusão de seres de estratos diversos a que a vida urbana nos obriga, fosse necessário, para preservar
uma demarcação social existente, mas ameaçada, reforçar a todo momento uma realidade imponderável,
cuja exteriorização conferisse a cada um uma segurança maior.
No entanto, à maneira de uma radiografia que nos revela, na sua nitidez, detalhes imperceptíveis ao olho
nu, mas que, sendo estática, não retém a vida, o palpitar do coração, o fluir constante do sangue nas
artérias, enfim, os fenômenos fisiológicos que se produzem no interior do nosso corpo, os esquemas da
sociedade também não nos fazem suspeitar a luta surda e subterrânea dos grupos, a ininterrupta
substituição dos indivíduos num arcabouço mais ou menos fixo.
Pois a separação de classes não é rígida como a que existe entre as castas. A classe é aberta e
percorrida por um movimento contínuo de ascensão e descida, o qual afeta constantemente a sua
estrutura, colocando os indivíduos de maneiradiversa, uns em relação aos outros. A sociedade do século
XIX, ao contrário daquela que a precedeu, não opõe mais, nem mesmo entre a burguesia e a nobreza,
barreiras intransponíveis, preservadas pelo próprio Estado por meio das leis suntuárias ou das questões
de precedência e de nível.
Essa possibilidade nova de comunicação entre os grupos substitui a antiga fixidez, ou melhor, a fixidez
relativa da estrutura social, por uma constante mobilidade, fazendo com que a sociedade se assemelhe,
na admirável comparação de Proust, “aos caleidoscópios que giram de tempos em tempos, colocando
sucessivamente de maneira diversa elementos que acreditávamos imóveis, e compondo uma outra
figura”.
Gilda de Melo e Sousa. O espírito das roupas: a
moda no século XIX. São Paulo/Rio de Janeiro: Cia das Letras/Ouro Sobre Azul, 2019, p. 111-112. (com
adaptações).
 
Considerando aspectos de conteúdo do texto 20A1-I, especialmente os propósitos da autora e
informações implícitas, julgue o item a seguir.
No texto, a autora defende que os contrastes da sociedade são revelados de modo mais proeminente
quando se consideram os grupos sociais a partir de distinções de classe.
Certo
Errado
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto 20A1-I
Um contraste não menos nítido que o da oposição dos sexos é o fornecido pela oposição das classes em
determinada sociedade, a qual tende a se revelar por meio de certos sinais exteriores como a
vestimenta, as maneiras, a linguagem, chegando mesmo a refletir-se no modo pelo qual as pessoas se
distribuem no espaço geográfico.
É assim que podemos, por assim dizer, visualizar as sutis diferenças que separam os seres entre si, pois
elas aqui e ali se petrificam, as diversas áreas residenciais urbanas simbolizando as diversas classes
sociais, os indivíduos espalhando-se pelos bairros de uma cidade de acordo com os grupos a que
pertencem, como se procurassem, através de uma unidade local, reforçar a identidade de usos e
costumes, de hábitos e mentalidade. Como se, numa existência de aproximação constante e frequente
confusão de seres de estratos diversos a que a vida urbana nos obriga, fosse necessário, para preservar
uma demarcação social existente, mas ameaçada, reforçar a todo momento uma realidade imponderável,
cuja exteriorização conferisse a cada um uma segurança maior.
No entanto, à maneira de uma radiografia que nos revela, na sua nitidez, detalhes imperceptíveis ao olho
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1019) 
nu, mas que, sendo estática, não retém a vida, o palpitar do coração, o fluir constante do sangue nas
artérias, enfim, os fenômenos fisiológicos que se produzem no interior do nosso corpo, os esquemas da
sociedade também não nos fazem suspeitar a luta surda e subterrânea dos grupos, a ininterrupta
substituição dos indivíduos num arcabouço mais ou menos fixo.
Pois a separação de classes não é rígida como a que existe entre as castas. A classe é aberta e
percorrida por um movimento contínuo de ascensão e descida, o qual afeta constantemente a sua
estrutura, colocando os indivíduos de maneira diversa, uns em relação aos outros. A sociedade do século
XIX, ao contrário daquela que a precedeu, não opõe mais, nem mesmo entre a burguesia e a nobreza,
barreiras intransponíveis, preservadas pelo próprio Estado por meio das leis suntuárias ou das questões
de precedência e de nível.
Essa possibilidade nova de comunicação entre os grupos substitui a antiga fixidez, ou melhor, a fixidez
relativa da estrutura social, por uma constante mobilidade, fazendo com que a sociedade se assemelhe,
na admirável comparação de Proust, “aos caleidoscópios que giram de tempos em tempos, colocando
sucessivamente de maneira diversa elementos que acreditávamos imóveis, e compondo uma outra
figura”.
Gilda de Melo e Sousa. O espírito das roupas: a
moda no século XIX. São Paulo/Rio de Janeiro: Cia das Letras/Ouro Sobre Azul, 2019, p. 111-112. (com
adaptações).
 
Considerando aspectos de conteúdo do texto 20A1-I, especialmente os propósitos da autora e
informações implícitas, julgue o item a seguir.
 
A escala de dimensões reveladoras das distinções de classe apresentada no texto indica que a menos
reveladora dessas dimensões é a vestimenta e a mais reveladora é a distribuição dos grupos no espaço
geográfico.
Certo
Errado
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Texto 20A1-I
Um contraste não menos nítido que o da oposição dos sexos é o fornecido pela oposição das classes em
determinada sociedade, a qual tende a se revelar por meio de certos sinais exteriores como a
vestimenta, as maneiras, a linguagem, chegando mesmo a refletir-se no modo pelo qual as pessoas se
distribuem no espaço geográfico.
É assim que podemos, por assim dizer, visualizar as sutis diferenças que separam os seres entre si, pois
elas aqui e ali se petrificam, as diversas áreas residenciais urbanas simbolizando as diversas classes
sociais, os indivíduos espalhando-se pelos bairros de uma cidade de acordo com os grupos a que
pertencem, como se procurassem, através de uma unidade local, reforçar a identidade de usos e
costumes, de hábitos e mentalidade. Como se, numa existência de aproximação constante e frequente
confusão de seres de estratos diversos a que a vida urbana nos obriga, fosse necessário, para preservar
uma demarcação social existente, mas ameaçada, reforçar a todo momento uma realidade imponderável,
cuja exteriorização conferisse a cada um uma segurança maior.
No entanto, à maneira de uma radiografia que nos revela, na sua nitidez, detalhes imperceptíveis ao olho
nu, mas que, sendo estática, não retém a vida, o palpitar do coração, o fluir constante do sangue nas
artérias, enfim, os fenômenos fisiológicos que se produzem no interior do nosso corpo, os esquemas da
sociedade também não nos fazem suspeitar a luta surda e subterrânea dos grupos, a ininterrupta
substituição dos indivíduos num arcabouço mais ou menos fixo.
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1020) 
Pois a separação de classes não é rígida como a que existe entre as castas. A classe é aberta e
percorrida por um movimento contínuo de ascensão e descida, o qual afeta constantemente a sua
estrutura, colocando os indivíduos de maneira diversa, uns em relação aos outros. A sociedade do século
XIX, ao contrário daquela que a precedeu, não opõe mais, nem mesmo entre a burguesia e a nobreza,
barreiras intransponíveis, preservadas pelo próprio Estado por meio das leis suntuárias ou das questões
de precedência e de nível.
Essa possibilidade nova de comunicação entre os grupos substitui a antiga fixidez, ou melhor, a fixidez
relativa da estrutura social, por uma constante mobilidade, fazendo com que a sociedade se assemelhe,
na admirável comparação de Proust, “aos caleidoscópios que giram de tempos em tempos, colocando
sucessivamente de maneira diversa elementos que acreditávamos imóveis, e compondo uma outra
figura”.
Gilda de Melo e Sousa. O espírito das roupas: a
moda no século XIX. São Paulo/Rio de Janeiro: Cia das Letras/Ouro Sobre Azul, 2019, p. 111-112. (com
adaptações).
 
Considerando aspectos de conteúdo do texto 20A1-I, especialmente os propósitos da autora e
informações implícitas, julgue o item a seguir.
 
Entende-se do segundo parágrafo do texto que a identidade dos grupos sociais se cristaliza nos modos
de ocupação do espaço urbano.
Certo
Errado
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto 20A1-I
Um contraste não menos nítido que o da oposição dos sexos é o fornecido pela oposição das classes em
determinada sociedade, a qual tende a se revelar por meio de certos sinais exteriores comoa
vestimenta, as maneiras, a linguagem, chegando mesmo a refletir-se no modo pelo qual as pessoas se
distribuem no espaço geográfico.
É assim que podemos, por assim dizer, visualizar as sutis diferenças que separam os seres entre si, pois
elas aqui e ali se petrificam, as diversas áreas residenciais urbanas simbolizando as diversas classes
sociais, os indivíduos espalhando-se pelos bairros de uma cidade de acordo com os grupos a que
pertencem, como se procurassem, através de uma unidade local, reforçar a identidade de usos e
costumes, de hábitos e mentalidade. Como se, numa existência de aproximação constante e frequente
confusão de seres de estratos diversos a que a vida urbana nos obriga, fosse necessário, para preservar
uma demarcação social existente, mas ameaçada, reforçar a todo momento uma realidade imponderável,
cuja exteriorização conferisse a cada um uma segurança maior.
No entanto, à maneira de uma radiografia que nos revela, na sua nitidez, detalhes imperceptíveis ao olho
nu, mas que, sendo estática, não retém a vida, o palpitar do coração, o fluir constante do sangue nas
artérias, enfim, os fenômenos fisiológicos que se produzem no interior do nosso corpo, os esquemas da
sociedade também não nos fazem suspeitar a luta surda e subterrânea dos grupos, a ininterrupta
substituição dos indivíduos num arcabouço mais ou menos fixo.
Pois a separação de classes não é rígida como a que existe entre as castas. A classe é aberta e
percorrida por um movimento contínuo de ascensão e descida, o qual afeta constantemente a sua
estrutura, colocando os indivíduos de maneira diversa, uns em relação aos outros. A sociedade do século
XIX, ao contrário daquela que a precedeu, não opõe mais, nem mesmo entre a burguesia e a nobreza,
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2400232
1021) 
barreiras intransponíveis, preservadas pelo próprio Estado por meio das leis suntuárias ou das questões
de precedência e de nível.
Essa possibilidade nova de comunicação entre os grupos substitui a antiga fixidez, ou melhor, a fixidez
relativa da estrutura social, por uma constante mobilidade, fazendo com que a sociedade se assemelhe,
na admirável comparação de Proust, “aos caleidoscópios que giram de tempos em tempos, colocando
sucessivamente de maneira diversa elementos que acreditávamos imóveis, e compondo uma outra
figura”.
Gilda de Melo e Sousa. O espírito das roupas: a
moda no século XIX. São Paulo/Rio de Janeiro: Cia das Letras/Ouro Sobre Azul, 2019, p. 111-112. (com
adaptações).
 
Considerando aspectos de conteúdo do texto 20A1-I, especialmente os propósitos da autora e
informações implícitas, julgue o item a seguir.
 
Segundo o texto, a demarcação social dos grupos não elide a confusão entre estratos sociais, típica da
vida urbana.
Certo
Errado
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto 20A1-I
Um contraste não menos nítido que o da oposição dos sexos é o fornecido pela oposição das classes em
determinada sociedade, a qual tende a se revelar por meio de certos sinais exteriores como a
vestimenta, as maneiras, a linguagem, chegando mesmo a refletir-se no modo pelo qual as pessoas se
distribuem no espaço geográfico.
É assim que podemos, por assim dizer, visualizar as sutis diferenças que separam os seres entre si, pois
elas aqui e ali se petrificam, as diversas áreas residenciais urbanas simbolizando as diversas classes
sociais, os indivíduos espalhando-se pelos bairros de uma cidade de acordo com os grupos a que
pertencem, como se procurassem, através de uma unidade local, reforçar a identidade de usos e
costumes, de hábitos e mentalidade. Como se, numa existência de aproximação constante e frequente
confusão de seres de estratos diversos a que a vida urbana nos obriga, fosse necessário, para preservar
uma demarcação social existente, mas ameaçada, reforçar a todo momento uma realidade imponderável,
cuja exteriorização conferisse a cada um uma segurança maior.
No entanto, à maneira de uma radiografia que nos revela, na sua nitidez, detalhes imperceptíveis ao olho
nu, mas que, sendo estática, não retém a vida, o palpitar do coração, o fluir constante do sangue nas
artérias, enfim, os fenômenos fisiológicos que se produzem no interior do nosso corpo, os esquemas da
sociedade também não nos fazem suspeitar a luta surda e subterrânea dos grupos, a ininterrupta
substituição dos indivíduos num arcabouço mais ou menos fixo.
Pois a separação de classes não é rígida como a que existe entre as castas. A classe é aberta e
percorrida por um movimento contínuo de ascensão e descida, o qual afeta constantemente a sua
estrutura, colocando os indivíduos de maneira diversa, uns em relação aos outros. A sociedade do século
XIX, ao contrário daquela que a precedeu, não opõe mais, nem mesmo entre a burguesia e a nobreza,
barreiras intransponíveis, preservadas pelo próprio Estado por meio das leis suntuárias ou das questões
de precedência e de nível.
Essa possibilidade nova de comunicação entre os grupos substitui a antiga fixidez, ou melhor, a fixidez
relativa da estrutura social, por uma constante mobilidade, fazendo com que a sociedade se assemelhe,
na admirável comparação de Proust, “aos caleidoscópios que giram de tempos em tempos, colocando
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1022) 
sucessivamente de maneira diversa elementos que acreditávamos imóveis, e compondo uma outra
figura”.
Gilda de Melo e Sousa. O espírito das roupas: a
moda no século XIX. São Paulo/Rio de Janeiro: Cia das Letras/Ouro Sobre Azul, 2019, p. 111-112. (com
adaptações).
 
Considerando aspectos de conteúdo do texto 20A1-I, especialmente os propósitos da autora e
informações implícitas, julgue o item a seguir.
 
A captação do “fluir constante” da sociedade é incompatível com um paradigma interpretativo
esquemático.
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Texto 20A1-I
Um contraste não menos nítido que o da oposição dos sexos é o fornecido pela oposição das classes em
determinada sociedade, a qual tende a se revelar por meio de certos sinais exteriores como a
vestimenta, as maneiras, a linguagem, chegando mesmo a refletir-se no modo pelo qual as pessoas se
distribuem no espaço geográfico.
É assim que podemos, por assim dizer, visualizar as sutis diferenças que separam os seres entre si, pois
elas aqui e ali se petrificam, as diversas áreas residenciais urbanas simbolizando as diversas classes
sociais, os indivíduos espalhando-se pelos bairros de uma cidade de acordo com os grupos a que
pertencem, como se procurassem, através de uma unidade local, reforçar a identidade de usos e
costumes, de hábitos e mentalidade. Como se, numa existência de aproximação constante e frequente
confusão de seres de estratos diversos a que a vida urbana nos obriga, fosse necessário, para preservar
uma demarcação social existente, mas ameaçada, reforçar a todo momento uma realidade imponderável,
cuja exteriorização conferisse a cada um uma segurança maior.
No entanto, à maneira de uma radiografia que nos revela, na sua nitidez, detalhes imperceptíveis ao olho
nu, mas que, sendo estática, não retém a vida, o palpitar do coração, o fluir constante do sangue nas
artérias, enfim, os fenômenos fisiológicos que se produzem no interior do nosso corpo, os esquemas da
sociedade também não nos fazem suspeitar a luta surda e subterrânea dos grupos, a ininterrupta
substituição dos indivíduos num arcabouço mais ou menos fixo.
Pois a separação de classes não é rígida como a que existe entre as castas. A classe é aberta e
percorrida por um movimento contínuo de ascensão e descida, o qual afeta constantemente a sua
estrutura, colocando os indivíduos de maneira diversa, uns em relação aos outros. A sociedade do século
XIX, ao contrário daquela que a precedeu,não opõe mais, nem mesmo entre a burguesia e a nobreza,
barreiras intransponíveis, preservadas pelo próprio Estado por meio das leis suntuárias ou das questões
de precedência e de nível.
Essa possibilidade nova de comunicação entre os grupos substitui a antiga fixidez, ou melhor, a fixidez
relativa da estrutura social, por uma constante mobilidade, fazendo com que a sociedade se assemelhe,
na admirável comparação de Proust, “aos caleidoscópios que giram de tempos em tempos, colocando
sucessivamente de maneira diversa elementos que acreditávamos imóveis, e compondo uma outra
figura”.
Gilda de Melo e Sousa. O espírito das roupas: a
moda no século XIX. São Paulo/Rio de Janeiro: Cia das Letras/Ouro Sobre Azul, 2019, p. 111-112. (com
adaptações).
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1023) 
 
Considerando aspectos de conteúdo do texto 20A1-I, especialmente os propósitos da autora e
informações implícitas, julgue o item a seguir.
 
A separação dos grupos sociais em castas é menos rigorosa que as distinções oferecidas pela oposição
de classes.
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto 20A1-I
Um contraste não menos nítido que o da oposição dos sexos é o fornecido pela oposição das classes em
determinada sociedade, a qual tende a se revelar por meio de certos sinais exteriores como a
vestimenta, as maneiras, a linguagem, chegando mesmo a refletir-se no modo pelo qual as pessoas se
distribuem no espaço geográfico.
É assim que podemos, por assim dizer, visualizar as sutis diferenças que separam os seres entre si, pois
elas aqui e ali se petrificam, as diversas áreas residenciais urbanas simbolizando as diversas classes
sociais, os indivíduos espalhando-se pelos bairros de uma cidade de acordo com os grupos a que
pertencem, como se procurassem, através de uma unidade local, reforçar a identidade de usos e
costumes, de hábitos e mentalidade. Como se, numa existência de aproximação constante e frequente
confusão de seres de estratos diversos a que a vida urbana nos obriga, fosse necessário, para preservar
uma demarcação social existente, mas ameaçada, reforçar a todo momento uma realidade imponderável,
cuja exteriorização conferisse a cada um uma segurança maior.
No entanto, à maneira de uma radiografia que nos revela, na sua nitidez, detalhes imperceptíveis ao olho
nu, mas que, sendo estática, não retém a vida, o palpitar do coração, o fluir constante do sangue nas
artérias, enfim, os fenômenos fisiológicos que se produzem no interior do nosso corpo, os esquemas da
sociedade também não nos fazem suspeitar a luta surda e subterrânea dos grupos, a ininterrupta
substituição dos indivíduos num arcabouço mais ou menos fixo.
Pois a separação de classes não é rígida como a que existe entre as castas. A classe é aberta e
percorrida por um movimento contínuo de ascensão e descida, o qual afeta constantemente a sua
estrutura, colocando os indivíduos de maneira diversa, uns em relação aos outros. A sociedade do século
XIX, ao contrário daquela que a precedeu, não opõe mais, nem mesmo entre a burguesia e a nobreza,
barreiras intransponíveis, preservadas pelo próprio Estado por meio das leis suntuárias ou das questões
de precedência e de nível.
Essa possibilidade nova de comunicação entre os grupos substitui a antiga fixidez, ou melhor, a fixidez
relativa da estrutura social, por uma constante mobilidade, fazendo com que a sociedade se assemelhe,
na admirável comparação de Proust, “aos caleidoscópios que giram de tempos em tempos, colocando
sucessivamente de maneira diversa elementos que acreditávamos imóveis, e compondo uma outra
figura”.
Gilda de Melo e Sousa. O espírito das roupas: a
moda no século XIX. São Paulo/Rio de Janeiro: Cia das Letras/Ouro Sobre Azul, 2019, p. 111-112. (com
adaptações).
 
Considerando aspectos de conteúdo do texto 20A1-I, especialmente os propósitos da autora e
informações implícitas, julgue o item a seguir.
 
Conclui-se do texto que, na sociedade do século XIX, a influência do Estado na garantia da separação
dos grupos sociais, considerando-se a distinção de classes, foi mais proeminente que na sociedade do
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1024) 
século XVIII.
Certo
Errado
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto 20A1-I
Um contraste não menos nítido que o da oposição dos sexos é o fornecido pela oposição das classes em
determinada sociedade, a qual tende a se revelar por meio de certos sinais exteriores como a
vestimenta, as maneiras, a linguagem, chegando mesmo a refletir-se no modo pelo qual as pessoas se
distribuem no espaço geográfico.
É assim que podemos, por assim dizer, visualizar as sutis diferenças que separam os seres entre si, pois
elas aqui e ali se petrificam, as diversas áreas residenciais urbanas simbolizando as diversas classes
sociais, os indivíduos espalhando-se pelos bairros de uma cidade de acordo com os grupos a que
pertencem, como se procurassem, através de uma unidade local, reforçar a identidade de usos e
costumes, de hábitos e mentalidade. Como se, numa existência de aproximação constante e frequente
confusão de seres de estratos diversos a que a vida urbana nos obriga, fosse necessário, para preservar
uma demarcação social existente, mas ameaçada, reforçar a todo momento uma realidade imponderável,
cuja exteriorização conferisse a cada um uma segurança maior.
No entanto, à maneira de uma radiografia que nos revela, na sua nitidez, detalhes imperceptíveis ao olho
nu, mas que, sendo estática, não retém a vida, o palpitar do coração, o fluir constante do sangue nas
artérias, enfim, os fenômenos fisiológicos que se produzem no interior do nosso corpo, os esquemas da
sociedade também não nos fazem suspeitar a luta surda e subterrânea dos grupos, a ininterrupta
substituição dos indivíduos num arcabouço mais ou menos fixo.
Pois a separação de classes não é rígida como a que existe entre as castas. A classe é aberta e
percorrida por um movimento contínuo de ascensão e descida, o qual afeta constantemente a sua
estrutura, colocando os indivíduos de maneira diversa, uns em relação aos outros. A sociedade do século
XIX, ao contrário daquela que a precedeu, não opõe mais, nem mesmo entre a burguesia e a nobreza,
barreiras intransponíveis, preservadas pelo próprio Estado por meio das leis suntuárias ou das questões
de precedência e de nível.
Essa possibilidade nova de comunicação entre os grupos substitui a antiga fixidez, ou melhor, a fixidez
relativa da estrutura social, por uma constante mobilidade, fazendo com que a sociedade se assemelhe,
na admirável comparação de Proust, “aos caleidoscópios que giram de tempos em tempos, colocando
sucessivamente de maneira diversa elementos que acreditávamos imóveis, e compondo uma outra
figura”.
Gilda de Melo e Sousa. O espírito das roupas: a
moda no século XIX. São Paulo/Rio de Janeiro: Cia das Letras/Ouro Sobre Azul, 2019, p. 111-112. (com
adaptações).
 
Em relação a aspectos da organização do texto 20A1-I, julgue o item que se segue.
 
Ao final do texto, a citação de Proust reitera um núcleo semântico presente em outras expressões do
texto, tais quais “constante mobilidade” (último parágrafo), “luta surda e subterrânea” (terceiro
parágrafo) e “leis suntuárias” (penúltimo parágrafo).
Certo
Errado
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1025) 
1026) 
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto 20A1-I
Um contraste não menos nítido que o da oposição dos sexos é o fornecido pela oposição das classes em
determinada sociedade, a qual tende a se revelar por meio decertos sinais exteriores como a
vestimenta, as maneiras, a linguagem, chegando mesmo a refletir-se no modo pelo qual as pessoas se
distribuem no espaço geográfico.
É assim que podemos, por assim dizer, visualizar as sutis diferenças que separam os seres entre si, pois
elas aqui e ali se petrificam, as diversas áreas residenciais urbanas simbolizando as diversas classes
sociais, os indivíduos espalhando-se pelos bairros de uma cidade de acordo com os grupos a que
pertencem, como se procurassem, através de uma unidade local, reforçar a identidade de usos e
costumes, de hábitos e mentalidade. Como se, numa existência de aproximação constante e frequente
confusão de seres de estratos diversos a que a vida urbana nos obriga, fosse necessário, para preservar
uma demarcação social existente, mas ameaçada, reforçar a todo momento uma realidade imponderável,
cuja exteriorização conferisse a cada um uma segurança maior.
No entanto, à maneira de uma radiografia que nos revela, na sua nitidez, detalhes imperceptíveis ao olho
nu, mas que, sendo estática, não retém a vida, o palpitar do coração, o fluir constante do sangue nas
artérias, enfim, os fenômenos fisiológicos que se produzem no interior do nosso corpo, os esquemas da
sociedade também não nos fazem suspeitar a luta surda e subterrânea dos grupos, a ininterrupta
substituição dos indivíduos num arcabouço mais ou menos fixo.
Pois a separação de classes não é rígida como a que existe entre as castas. A classe é aberta e
percorrida por um movimento contínuo de ascensão e descida, o qual afeta constantemente a sua
estrutura, colocando os indivíduos de maneira diversa, uns em relação aos outros. A sociedade do século
XIX, ao contrário daquela que a precedeu, não opõe mais, nem mesmo entre a burguesia e a nobreza,
barreiras intransponíveis, preservadas pelo próprio Estado por meio das leis suntuárias ou das questões
de precedência e de nível.
Essa possibilidade nova de comunicação entre os grupos substitui a antiga fixidez, ou melhor, a fixidez
relativa da estrutura social, por uma constante mobilidade, fazendo com que a sociedade se assemelhe,
na admirável comparação de Proust, “aos caleidoscópios que giram de tempos em tempos, colocando
sucessivamente de maneira diversa elementos que acreditávamos imóveis, e compondo uma outra
figura”.
Gilda de Melo e Sousa. O espírito das roupas: a
moda no século XIX. São Paulo/Rio de Janeiro: Cia das Letras/Ouro Sobre Azul, 2019, p. 111-112. (com
adaptações).
 
A partir de uma compreensão crítica e interpretativa do texto 20A1-I, julgue o próximo item.
Infere-se do texto que a opinião da autora não é aderente ao modelo de distinção de classes
característico do momento histórico anterior ao século XIX.
Certo
Errado
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto 20A1-I
Um contraste não menos nítido que o da oposição dos sexos é o fornecido pela oposição das classes em
determinada sociedade, a qual tende a se revelar por meio de certos sinais exteriores como a
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1027) 
vestimenta, as maneiras, a linguagem, chegando mesmo a refletir-se no modo pelo qual as pessoas se
distribuem no espaço geográfico.
É assim que podemos, por assim dizer, visualizar as sutis diferenças que separam os seres entre si, pois
elas aqui e ali se petrificam, as diversas áreas residenciais urbanas simbolizando as diversas classes
sociais, os indivíduos espalhando-se pelos bairros de uma cidade de acordo com os grupos a que
pertencem, como se procurassem, através de uma unidade local, reforçar a identidade de usos e
costumes, de hábitos e mentalidade. Como se, numa existência de aproximação constante e frequente
confusão de seres de estratos diversos a que a vida urbana nos obriga, fosse necessário, para preservar
uma demarcação social existente, mas ameaçada, reforçar a todo momento uma realidade imponderável,
cuja exteriorização conferisse a cada um uma segurança maior.
No entanto, à maneira de uma radiografia que nos revela, na sua nitidez, detalhes imperceptíveis ao olho
nu, mas que, sendo estática, não retém a vida, o palpitar do coração, o fluir constante do sangue nas
artérias, enfim, os fenômenos fisiológicos que se produzem no interior do nosso corpo, os esquemas da
sociedade também não nos fazem suspeitar a luta surda e subterrânea dos grupos, a ininterrupta
substituição dos indivíduos num arcabouço mais ou menos fixo.
Pois a separação de classes não é rígida como a que existe entre as castas. A classe é aberta e
percorrida por um movimento contínuo de ascensão e descida, o qual afeta constantemente a sua
estrutura, colocando os indivíduos de maneira diversa, uns em relação aos outros. A sociedade do século
XIX, ao contrário daquela que a precedeu, não opõe mais, nem mesmo entre a burguesia e a nobreza,
barreiras intransponíveis, preservadas pelo próprio Estado por meio das leis suntuárias ou das questões
de precedência e de nível.
Essa possibilidade nova de comunicação entre os grupos substitui a antiga fixidez, ou melhor, a fixidez
relativa da estrutura social, por uma constante mobilidade, fazendo com que a sociedade se assemelhe,
na admirável comparação de Proust, “aos caleidoscópios que giram de tempos em tempos, colocando
sucessivamente de maneira diversa elementos que acreditávamos imóveis, e compondo uma outra
figura”.
Gilda de Melo e Sousa. O espírito das roupas: a
moda no século XIX. São Paulo/Rio de Janeiro: Cia das Letras/Ouro Sobre Azul, 2019, p. 111-112. (com
adaptações).
 
A partir de uma compreensão crítica e interpretativa do texto 20A1-I, julgue o próximo item.
 
O termo “admirável” (último parágrafo) está empregado em sentido irônico para se referir à ponderação
de Proust sobre a transfiguração periódica das sociedades.
Certo
Errado
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto 20A1-I
Um contraste não menos nítido que o da oposição dos sexos é o fornecido pela oposição das classes em
determinada sociedade, a qual tende a se revelar por meio de certos sinais exteriores como a
vestimenta, as maneiras, a linguagem, chegando mesmo a refletir-se no modo pelo qual as pessoas se
distribuem no espaço geográfico.
É assim que podemos, por assim dizer, visualizar as sutis diferenças que separam os seres entre si, pois
elas aqui e ali se petrificam, as diversas áreas residenciais urbanas simbolizando as diversas classes
sociais, os indivíduos espalhando-se pelos bairros de uma cidade de acordo com os grupos a que
pertencem, como se procurassem, através de uma unidade local, reforçar a identidade de usos e
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1028) 
costumes, de hábitos e mentalidade. Como se, numa existência de aproximação constante e frequente
confusão de seres de estratos diversos a que a vida urbana nos obriga, fosse necessário, para preservar
uma demarcação social existente, mas ameaçada, reforçar a todo momento uma realidade imponderável,
cuja exteriorização conferisse a cada um uma segurança maior.
No entanto, à maneira de uma radiografia que nos revela, na sua nitidez, detalhes imperceptíveis ao olho
nu, mas que, sendo estática, não retém a vida, o palpitar do coração, o fluir constante do sangue nas
artérias, enfim, os fenômenos fisiológicos que se produzem no interior do nosso corpo, os esquemas da
sociedade também não nos fazem suspeitar a luta surda e subterrânea dos grupos, a ininterrupta
substituição dos indivíduos num arcabouço mais ou menos fixo.
Pois a separação de classes não é rígida como a que existe entre as castas. A classe é aberta e
percorrida por um movimento contínuo de ascensão e descida, o qual afeta constantemente a sua
estrutura, colocando os indivíduos de maneira diversa, uns em relação aos outros. A sociedade do século
XIX, aocontrário daquela que a precedeu, não opõe mais, nem mesmo entre a burguesia e a nobreza,
barreiras intransponíveis, preservadas pelo próprio Estado por meio das leis suntuárias ou das questões
de precedência e de nível.
Essa possibilidade nova de comunicação entre os grupos substitui a antiga fixidez, ou melhor, a fixidez
relativa da estrutura social, por uma constante mobilidade, fazendo com que a sociedade se assemelhe,
na admirável comparação de Proust, “aos caleidoscópios que giram de tempos em tempos, colocando
sucessivamente de maneira diversa elementos que acreditávamos imóveis, e compondo uma outra
figura”.
Gilda de Melo e Sousa. O espírito das roupas: a
moda no século XIX. São Paulo/Rio de Janeiro: Cia das Letras/Ouro Sobre Azul, 2019, p. 111-112. (com
adaptações).
 
A partir de uma compreensão crítica e interpretativa do texto 20A1-I, julgue o próximo item.
 
No texto, a autora articula como recurso argumentativo aspectos referenciais genéricos acerca da
organização das classes sociais, eximindo-se de pontuar exemplos concretos que ilustrem suas
ponderações.
Certo
Errado
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto 20A2-I
Falar ou escrever sobre Antonio Candido é, para mim, extremamente difícil. A geração à qual pertenço
não seria a mesma sem a sua presença e influência. Eu próprio não seria o mesmo se a vida não me
pusesse em contato com Antonio Candido, com o seu carinho, a sua severidade íntegra, a sua modéstia
e o seu orgulho intelectual — enfim, a sua personalidade de educador, que se irradia irresistível, como
uma exigência de perfeição e de compromisso crítico. Uma existência fecunda, devotada ao estudo, ao
cultivo do talento dos jovens, ao ensino, ao florescimento da antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e
Letras da Universidade de São Paulo, à contestação socialista constante e à esperança de que o Brasil
venceria, por meio dos mais humildes e dos trabalhadores, as tragédias de sua dependência e o
subdesenvolvimento. Sem alarde, sempre esteve na vanguarda ousada, realizando tarefas simples e
complexas, escondendo-se no anonimato, mas enfrentando, sem se perturbar, todos os riscos. Duas
ditaduras e muitas incompreensões cercaram a sua atuação inconformista, pois escapava à sua posição
na sociedade e ao controle das elites para servir às causas da justiça social, dos jovens e dos oprimidos.
Em sua carreira, percorreu três estações: a de agitador de ideias por meio dos ensaios jornalísticos; a de
professor e pesquisador no campo da sociologia; a de professor de literatura comparada e do invento
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2400250
1029) 
literário, na qual se notabilizou convertendo a crítica literária em forma de criação cultural e em ramo da
literatura.
Escapou aos ismos, que circulavam nos ambientes acadêmicos, e forjou recursos complexos de
explicação, integrativos e de síntese, que demarcam a obra da inteligência erudita e criadora, que, em
outros tempos, se caracterizariam como a ciência da produção literária. Em nossos dias, de resistência ao
positivismo e ao cientificismo, tal preocupação desvaneceu-se. O que não impede de trazê-la à baila,
para que se possa conferir à razão como dar conta da categoria de saber a que chegou Antonio Candido,
por seus méritos, sua capacidade de trabalho e seu espírito inventivo.
Florestan Fernandes. A contestação necessária. São Paulo: Expressão Popular, 2015, p. 107-108 (com
adaptações).
 
Considerando aspectos estilísticos e coesivos do texto 20A2-I, bem como o atendimento à norma-
padrão da língua portuguesa, julgue o item a seguir.
 
A enumeração é um recurso estilístico dominante no primeiro parágrafo do texto e, nesse caso, cumpre a
função textual de apresentar um perfil de Antonio Candido.
Certo
Errado
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto 20A2-I
Falar ou escrever sobre Antonio Candido é, para mim, extremamente difícil. A geração à qual pertenço
não seria a mesma sem a sua presença e influência. Eu próprio não seria o mesmo se a vida não me
pusesse em contato com Antonio Candido, com o seu carinho, a sua severidade íntegra, a sua modéstia
e o seu orgulho intelectual — enfim, a sua personalidade de educador, que se irradia irresistível, como
uma exigência de perfeição e de compromisso crítico. Uma existência fecunda, devotada ao estudo, ao
cultivo do talento dos jovens, ao ensino, ao florescimento da antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e
Letras da Universidade de São Paulo, à contestação socialista constante e à esperança de que o Brasil
venceria, por meio dos mais humildes e dos trabalhadores, as tragédias de sua dependência e o
subdesenvolvimento. Sem alarde, sempre esteve na vanguarda ousada, realizando tarefas simples e
complexas, escondendo-se no anonimato, mas enfrentando, sem se perturbar, todos os riscos. Duas
ditaduras e muitas incompreensões cercaram a sua atuação inconformista, pois escapava à sua posição
na sociedade e ao controle das elites para servir às causas da justiça social, dos jovens e dos oprimidos.
Em sua carreira, percorreu três estações: a de agitador de ideias por meio dos ensaios jornalísticos; a de
professor e pesquisador no campo da sociologia; a de professor de literatura comparada e do invento
literário, na qual se notabilizou convertendo a crítica literária em forma de criação cultural e em ramo da
literatura.
Escapou aos ismos, que circulavam nos ambientes acadêmicos, e forjou recursos complexos de
explicação, integrativos e de síntese, que demarcam a obra da inteligência erudita e criadora, que, em
outros tempos, se caracterizariam como a ciência da produção literária. Em nossos dias, de resistência ao
positivismo e ao cientificismo, tal preocupação desvaneceu-se. O que não impede de trazê-la à baila,
para que se possa conferir à razão como dar conta da categoria de saber a que chegou Antonio Candido,
por seus méritos, sua capacidade de trabalho e seu espírito inventivo.
Florestan Fernandes. A contestação necessária. São Paulo: Expressão Popular, 2015, p. 107-108 (com
adaptações).
 
Tendo como referência aspectos estruturais e linguísticos do texto 20A2-I, julgue o item que se segue.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2400254
1030) 
1031) 
No segundo parágrafo, o termo “estações” restringe a interpretação dos termos enumerados após os
dois-pontos a uma sequência cronológica.
Certo
Errado
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto 20A2-I
Falar ou escrever sobre Antonio Candido é, para mim, extremamente difícil. A geração à qual pertenço
não seria a mesma sem a sua presença e influência. Eu próprio não seria o mesmo se a vida não me
pusesse em contato com Antonio Candido, com o seu carinho, a sua severidade íntegra, a sua modéstia
e o seu orgulho intelectual — enfim, a sua personalidade de educador, que se irradia irresistível, como
uma exigência de perfeição e de compromisso crítico. Uma existência fecunda, devotada ao estudo, ao
cultivo do talento dos jovens, ao ensino, ao florescimento da antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e
Letras da Universidade de São Paulo, à contestação socialista constante e à esperança de que o Brasil
venceria, por meio dos mais humildes e dos trabalhadores, as tragédias de sua dependência e o
subdesenvolvimento. Sem alarde, sempre esteve na vanguarda ousada, realizando tarefas simples e
complexas, escondendo-se no anonimato, mas enfrentando, sem se perturbar, todos os riscos. Duas
ditaduras e muitas incompreensões cercaram a sua atuação inconformista, pois escapava à sua posição
na sociedade e ao controle das elites para servir às causas da justiça social, dos jovens edos oprimidos.
Em sua carreira, percorreu três estações: a de agitador de ideias por meio dos ensaios jornalísticos; a de
professor e pesquisador no campo da sociologia; a de professor de literatura comparada e do invento
literário, na qual se notabilizou convertendo a crítica literária em forma de criação cultural e em ramo da
literatura.
Escapou aos ismos, que circulavam nos ambientes acadêmicos, e forjou recursos complexos de
explicação, integrativos e de síntese, que demarcam a obra da inteligência erudita e criadora, que, em
outros tempos, se caracterizariam como a ciência da produção literária. Em nossos dias, de resistência ao
positivismo e ao cientificismo, tal preocupação desvaneceu-se. O que não impede de trazê-la à baila,
para que se possa conferir à razão como dar conta da categoria de saber a que chegou Antonio Candido,
por seus méritos, sua capacidade de trabalho e seu espírito inventivo.
Florestan Fernandes. A contestação necessária. São Paulo: Expressão Popular, 2015, p. 107-108 (com
adaptações).
 
Tendo como referência aspectos estruturais e linguísticos do texto 20A2-I, julgue o item que se segue.
 
A oração “Escapou aos ismos”, no início do terceiro parágrafo, revela o traço refratário de Antonio
Candido a convenções.
Certo
Errado
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto 20A2-I
Falar ou escrever sobre Antonio Candido é, para mim, extremamente difícil. A geração à qual pertenço
não seria a mesma sem a sua presença e influência. Eu próprio não seria o mesmo se a vida não me
pusesse em contato com Antonio Candido, com o seu carinho, a sua severidade íntegra, a sua modéstia
e o seu orgulho intelectual — enfim, a sua personalidade de educador, que se irradia irresistível, como
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2400256
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2400258
1032) 
uma exigência de perfeição e de compromisso crítico. Uma existência fecunda, devotada ao estudo, ao
cultivo do talento dos jovens, ao ensino, ao florescimento da antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e
Letras da Universidade de São Paulo, à contestação socialista constante e à esperança de que o Brasil
venceria, por meio dos mais humildes e dos trabalhadores, as tragédias de sua dependência e o
subdesenvolvimento. Sem alarde, sempre esteve na vanguarda ousada, realizando tarefas simples e
complexas, escondendo-se no anonimato, mas enfrentando, sem se perturbar, todos os riscos. Duas
ditaduras e muitas incompreensões cercaram a sua atuação inconformista, pois escapava à sua posição
na sociedade e ao controle das elites para servir às causas da justiça social, dos jovens e dos oprimidos.
Em sua carreira, percorreu três estações: a de agitador de ideias por meio dos ensaios jornalísticos; a de
professor e pesquisador no campo da sociologia; a de professor de literatura comparada e do invento
literário, na qual se notabilizou convertendo a crítica literária em forma de criação cultural e em ramo da
literatura.
Escapou aos ismos, que circulavam nos ambientes acadêmicos, e forjou recursos complexos de
explicação, integrativos e de síntese, que demarcam a obra da inteligência erudita e criadora, que, em
outros tempos, se caracterizariam como a ciência da produção literária. Em nossos dias, de resistência ao
positivismo e ao cientificismo, tal preocupação desvaneceu-se. O que não impede de trazê-la à baila,
para que se possa conferir à razão como dar conta da categoria de saber a que chegou Antonio Candido,
por seus méritos, sua capacidade de trabalho e seu espírito inventivo.
Florestan Fernandes. A contestação necessária. São Paulo: Expressão Popular, 2015, p. 107-108 (com
adaptações).
 
Tendo como referência aspectos estruturais e linguísticos do texto 20A2-I, julgue o item que se segue.
 
O primeiro parágrafo do texto exprime o caráter subjetivista do perfil de Antonio Candido, o qual é
apresentado ao leitor com base apenas nas impressões particulares do autor do texto.
Certo
Errado
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Texto 20A2-II
Estou prestes a sair de casa. Abro o armário. Urge escolher a máscara, das muitas que eu tenho, para ir
à rua. Com ela enfrentarei os dissabores e as aventuras do meu cotidiano. Afinal, ela é a ponte que cruzo
para alcançar os demais seres.
Minhas máscaras acomodam-se na prateleira, em meio às bolsas. Todas parecidas, elas diferenciam-se
entre si apenas em detalhes imperceptíveis aos olhos alheios. São raros aqueles que surpreendem a
natureza da minha máscara. Reconhecem que rio, choro ou encontro-me na iminência de velejar para
um hemisfério longínquo, de onde, quem sabe, não regresso tão cedo.
Enquanto muitos confessam, em consonância, com triste adágio, que suas vidas são um livro aberto,
nada tenho a esconder dos homens, sou justo o contrário, não sei viver sem as máscaras, que me
protegem, são a salvaguarda da minha liberdade. E ainda que se provem elas em muitos momentos
incapazes de me proteger, não importa. Afinal, a vida não permite previsões, lances antecipados. Para
enfrentar certos conflitos, seria necessário revestir-se da máscara de ferro, que traz consigo o sopro da
morte.
Duvido que alguém prescinda do uso da máscara. Ande inadvertido pelo mundo, oferecendo o rosto cru
dos seus sentimentos. Desajeitado e pobre, quando poderia dispor, a qualquer hora, de mais de mil
máscaras, capazes todas de impulsionar o espetáculo humano, de corresponder à natureza do seu dono,
de encharcar de vinagre e esperança qualquer coração.
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1033) 
As máscaras, sem dúvida, ajudam-me a viver. Levam-me às cerimônias solenes, onde confirmo educação
recebida. Acompanham-me nos momentos em que sangro, a despeito da minha aparente indiferença. E
são elas ainda que me perguntam qual das máscaras usar em determinada festa. Acaso a máscara que
engendrei ao longo dos anos, e que me serve como um chinelo velho? Aquela que é dissimulada, cujo
desassombro assusta-me, pois revela aos vizinhos o que eu mantinha sob resguardo? Ou a outra, que
aspira sobrepor-se à tirania das convenções, quer rasgar o véu da hipocrisia, emitir as palavras
acomodadas no baú dos enigmas? Será a máscara que alardeia arrogância, ansiosa por deixar
consignada nas paredes do mundo uma única mensagem que justifique sua existência?
Olho-me ao espelho. Estarei usando máscara mesmo quando estou sozinha? Acaso já não vivo sem ela,
só respiro por meio de artifícios? É ela que me deixa ser alada e terrestre, me permite voar e contornar
seres e objetos de cristal? É a máscara que pousa desajeitada no meu próprio rosto, onde há de ficar
para sempre, até derreter um dia como se fora feita de cera?
Nélida Piñon. A máscara do meu rosto. In: O Estado de São Paulo, Suplemento Feminino, 29/9/1997.
Considerando aspectos de forma e de conteúdo do texto 20A2-II, julgue o item subsecutivo.
 
Entende-se do primeiro parágrafo que a máscara é uma metáfora das mediações entre a autora e a
sociedade, sendo sua carga simbólica explicitada no uso da palavra “ponte”.
Certo
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Texto 20A2-II
Estou prestes a sair de casa. Abro o armário. Urge escolher a máscara, das muitas que eu tenho, para ir
à rua. Com ela enfrentarei os dissabores e as aventuras do meu cotidiano. Afinal, ela é a ponte que cruzo
para alcançar os demais seres.
Minhas máscaras acomodam-se na prateleira, em meio às bolsas. Todas parecidas, elas diferenciam-se
entre si apenas em detalhes imperceptíveis aos olhos alheios. São raros aqueles que surpreendem a
natureza da minha máscara. Reconhecem que rio, choro ou encontro-me na iminênciade velejar para
um hemisfério longínquo, de onde, quem sabe, não regresso tão cedo.
Enquanto muitos confessam, em consonância, com triste adágio, que suas vidas são um livro aberto,
nada tenho a esconder dos homens, sou justo o contrário, não sei viver sem as máscaras, que me
protegem, são a salvaguarda da minha liberdade. E ainda que se provem elas em muitos momentos
incapazes de me proteger, não importa. Afinal, a vida não permite previsões, lances antecipados. Para
enfrentar certos conflitos, seria necessário revestir-se da máscara de ferro, que traz consigo o sopro da
morte.
Duvido que alguém prescinda do uso da máscara. Ande inadvertido pelo mundo, oferecendo o rosto cru
dos seus sentimentos. Desajeitado e pobre, quando poderia dispor, a qualquer hora, de mais de mil
máscaras, capazes todas de impulsionar o espetáculo humano, de corresponder à natureza do seu dono,
de encharcar de vinagre e esperança qualquer coração.
As máscaras, sem dúvida, ajudam-me a viver. Levam-me às cerimônias solenes, onde confirmo educação
recebida. Acompanham-me nos momentos em que sangro, a despeito da minha aparente indiferença. E
são elas ainda que me perguntam qual das máscaras usar em determinada festa. Acaso a máscara que
engendrei ao longo dos anos, e que me serve como um chinelo velho? Aquela que é dissimulada, cujo
desassombro assusta-me, pois revela aos vizinhos o que eu mantinha sob resguardo? Ou a outra, que
aspira sobrepor-se à tirania das convenções, quer rasgar o véu da hipocrisia, emitir as palavras
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2400261
1034) 
acomodadas no baú dos enigmas? Será a máscara que alardeia arrogância, ansiosa por deixar
consignada nas paredes do mundo uma única mensagem que justifique sua existência?
Olho-me ao espelho. Estarei usando máscara mesmo quando estou sozinha? Acaso já não vivo sem ela,
só respiro por meio de artifícios? É ela que me deixa ser alada e terrestre, me permite voar e contornar
seres e objetos de cristal? É a máscara que pousa desajeitada no meu próprio rosto, onde há de ficar
para sempre, até derreter um dia como se fora feita de cera?
Nélida Piñon. A máscara do meu rosto. In: O Estado de São Paulo, Suplemento Feminino, 29/9/1997.
Considerando aspectos de forma e de conteúdo do texto 20A2-II, julgue o item subsecutivo.
 
No texto, há evidente diferença de sentido entre o emprego de “máscara”, no singular, e o de
“máscaras”, no plural, o que demarca uma mudança de posicionamento da autora.
Certo
Errado
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto 20A2-II
Estou prestes a sair de casa. Abro o armário. Urge escolher a máscara, das muitas que eu tenho, para ir
à rua. Com ela enfrentarei os dissabores e as aventuras do meu cotidiano. Afinal, ela é a ponte que cruzo
para alcançar os demais seres.
Minhas máscaras acomodam-se na prateleira, em meio às bolsas. Todas parecidas, elas diferenciam-se
entre si apenas em detalhes imperceptíveis aos olhos alheios. São raros aqueles que surpreendem a
natureza da minha máscara. Reconhecem que rio, choro ou encontro-me na iminência de velejar para
um hemisfério longínquo, de onde, quem sabe, não regresso tão cedo.
Enquanto muitos confessam, em consonância, com triste adágio, que suas vidas são um livro aberto,
nada tenho a esconder dos homens, sou justo o contrário, não sei viver sem as máscaras, que me
protegem, são a salvaguarda da minha liberdade. E ainda que se provem elas em muitos momentos
incapazes de me proteger, não importa. Afinal, a vida não permite previsões, lances antecipados. Para
enfrentar certos conflitos, seria necessário revestir-se da máscara de ferro, que traz consigo o sopro da
morte.
Duvido que alguém prescinda do uso da máscara. Ande inadvertido pelo mundo, oferecendo o rosto cru
dos seus sentimentos. Desajeitado e pobre, quando poderia dispor, a qualquer hora, de mais de mil
máscaras, capazes todas de impulsionar o espetáculo humano, de corresponder à natureza do seu dono,
de encharcar de vinagre e esperança qualquer coração.
As máscaras, sem dúvida, ajudam-me a viver. Levam-me às cerimônias solenes, onde confirmo educação
recebida. Acompanham-me nos momentos em que sangro, a despeito da minha aparente indiferença. E
são elas ainda que me perguntam qual das máscaras usar em determinada festa. Acaso a máscara que
engendrei ao longo dos anos, e que me serve como um chinelo velho? Aquela que é dissimulada, cujo
desassombro assusta-me, pois revela aos vizinhos o que eu mantinha sob resguardo? Ou a outra, que
aspira sobrepor-se à tirania das convenções, quer rasgar o véu da hipocrisia, emitir as palavras
acomodadas no baú dos enigmas? Será a máscara que alardeia arrogância, ansiosa por deixar
consignada nas paredes do mundo uma única mensagem que justifique sua existência?
Olho-me ao espelho. Estarei usando máscara mesmo quando estou sozinha? Acaso já não vivo sem ela,
só respiro por meio de artifícios? É ela que me deixa ser alada e terrestre, me permite voar e contornar
seres e objetos de cristal? É a máscara que pousa desajeitada no meu próprio rosto, onde há de ficar
para sempre, até derreter um dia como se fora feita de cera?
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1035) 
Nélida Piñon. A máscara do meu rosto. In: O Estado de São Paulo, Suplemento Feminino, 29/9/1997.
Considerando aspectos de forma e de conteúdo do texto 20A2-II, julgue o item subsecutivo.
 
A construção sintática do título do texto — A máscara do meu rosto — permite a interpretação de
uma equivalência semântica entre máscara e rosto.
Certo
Errado
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto 20A2-II
Estou prestes a sair de casa. Abro o armário. Urge escolher a máscara, das muitas que eu tenho, para ir
à rua. Com ela enfrentarei os dissabores e as aventuras do meu cotidiano. Afinal, ela é a ponte que cruzo
para alcançar os demais seres.
Minhas máscaras acomodam-se na prateleira, em meio às bolsas. Todas parecidas, elas diferenciam-se
entre si apenas em detalhes imperceptíveis aos olhos alheios. São raros aqueles que surpreendem a
natureza da minha máscara. Reconhecem que rio, choro ou encontro-me na iminência de velejar para
um hemisfério longínquo, de onde, quem sabe, não regresso tão cedo.
Enquanto muitos confessam, em consonância, com triste adágio, que suas vidas são um livro aberto,
nada tenho a esconder dos homens, sou justo o contrário, não sei viver sem as máscaras, que me
protegem, são a salvaguarda da minha liberdade. E ainda que se provem elas em muitos momentos
incapazes de me proteger, não importa. Afinal, a vida não permite previsões, lances antecipados. Para
enfrentar certos conflitos, seria necessário revestir-se da máscara de ferro, que traz consigo o sopro da
morte.
Duvido que alguém prescinda do uso da máscara. Ande inadvertido pelo mundo, oferecendo o rosto cru
dos seus sentimentos. Desajeitado e pobre, quando poderia dispor, a qualquer hora, de mais de mil
máscaras, capazes todas de impulsionar o espetáculo humano, de corresponder à natureza do seu dono,
de encharcar de vinagre e esperança qualquer coração.
As máscaras, sem dúvida, ajudam-me a viver. Levam-me às cerimônias solenes, onde confirmo educação
recebida. Acompanham-me nos momentos em que sangro, a despeito da minha aparente indiferença. E
são elas ainda que me perguntam qual das máscaras usar em determinada festa. Acaso a máscara que
engendrei ao longo dos anos, e que me serve como um chinelo velho? Aquela que é dissimulada, cujo
desassombro assusta-me, pois revela aos vizinhos o que eu mantinha sob resguardo? Ou a outra, que
aspira sobrepor-se à tirania das convenções, quer rasgar o véu da hipocrisia, emitir as palavras
acomodadas no baú dos enigmas? Será a máscara que alardeia arrogância, ansiosa por deixar
consignada nasparedes do mundo uma única mensagem que justifique sua existência?
Olho-me ao espelho. Estarei usando máscara mesmo quando estou sozinha? Acaso já não vivo sem ela,
só respiro por meio de artifícios? É ela que me deixa ser alada e terrestre, me permite voar e contornar
seres e objetos de cristal? É a máscara que pousa desajeitada no meu próprio rosto, onde há de ficar
para sempre, até derreter um dia como se fora feita de cera?
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Julgue o próximo item, referente a aspectos gramaticais e de estilo do texto 20A2-II.
O primeiro período do último parágrafo pode ser entendido como uma continuidade da cena retratada no
início do texto.
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1036) 
Certo
Errado
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Texto 20A2-II
Estou prestes a sair de casa. Abro o armário. Urge escolher a máscara, das muitas que eu tenho, para ir
à rua. Com ela enfrentarei os dissabores e as aventuras do meu cotidiano. Afinal, ela é a ponte que cruzo
para alcançar os demais seres.
Minhas máscaras acomodam-se na prateleira, em meio às bolsas. Todas parecidas, elas diferenciam-se
entre si apenas em detalhes imperceptíveis aos olhos alheios. São raros aqueles que surpreendem a
natureza da minha máscara. Reconhecem que rio, choro ou encontro-me na iminência de velejar para
um hemisfério longínquo, de onde, quem sabe, não regresso tão cedo.
Enquanto muitos confessam, em consonância, com triste adágio, que suas vidas são um livro aberto,
nada tenho a esconder dos homens, sou justo o contrário, não sei viver sem as máscaras, que me
protegem, são a salvaguarda da minha liberdade. E ainda que se provem elas em muitos momentos
incapazes de me proteger, não importa. Afinal, a vida não permite previsões, lances antecipados. Para
enfrentar certos conflitos, seria necessário revestir-se da máscara de ferro, que traz consigo o sopro da
morte.
Duvido que alguém prescinda do uso da máscara. Ande inadvertido pelo mundo, oferecendo o rosto cru
dos seus sentimentos. Desajeitado e pobre, quando poderia dispor, a qualquer hora, de mais de mil
máscaras, capazes todas de impulsionar o espetáculo humano, de corresponder à natureza do seu dono,
de encharcar de vinagre e esperança qualquer coração.
As máscaras, sem dúvida, ajudam-me a viver. Levam-me às cerimônias solenes, onde confirmo educação
recebida. Acompanham-me nos momentos em que sangro, a despeito da minha aparente indiferença. E
são elas ainda que me perguntam qual das máscaras usar em determinada festa. Acaso a máscara que
engendrei ao longo dos anos, e que me serve como um chinelo velho? Aquela que é dissimulada, cujo
desassombro assusta-me, pois revela aos vizinhos o que eu mantinha sob resguardo? Ou a outra, que
aspira sobrepor-se à tirania das convenções, quer rasgar o véu da hipocrisia, emitir as palavras
acomodadas no baú dos enigmas? Será a máscara que alardeia arrogância, ansiosa por deixar
consignada nas paredes do mundo uma única mensagem que justifique sua existência?
Olho-me ao espelho. Estarei usando máscara mesmo quando estou sozinha? Acaso já não vivo sem ela,
só respiro por meio de artifícios? É ela que me deixa ser alada e terrestre, me permite voar e contornar
seres e objetos de cristal? É a máscara que pousa desajeitada no meu próprio rosto, onde há de ficar
para sempre, até derreter um dia como se fora feita de cera?
Nélida Piñon. A máscara do meu rosto. In: O Estado de São Paulo, Suplemento Feminino, 29/9/1997.
 
Julgue o próximo item, referente a aspectos gramaticais e de estilo do texto 20A2-II.
 
No primeiro período do terceiro parágrafo, são diferentes os sujeitos referenciais das sentenças “nada
tenho a esconder dos homens” e “não sei viver sem as máscaras”.
Certo
Errado
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1038) 
Texto 20A2-II
Estou prestes a sair de casa. Abro o armário. Urge escolher a máscara, das muitas que eu tenho, para ir
à rua. Com ela enfrentarei os dissabores e as aventuras do meu cotidiano. Afinal, ela é a ponte que cruzo
para alcançar os demais seres.
Minhas máscaras acomodam-se na prateleira, em meio às bolsas. Todas parecidas, elas diferenciam-se
entre si apenas em detalhes imperceptíveis aos olhos alheios. São raros aqueles que surpreendem a
natureza da minha máscara. Reconhecem que rio, choro ou encontro-me na iminência de velejar para
um hemisfério longínquo, de onde, quem sabe, não regresso tão cedo.
Enquanto muitos confessam, em consonância, com triste adágio, que suas vidas são um livro aberto,
nada tenho a esconder dos homens, sou justo o contrário, não sei viver sem as máscaras, que me
protegem, são a salvaguarda da minha liberdade. E ainda que se provem elas em muitos momentos
incapazes de me proteger, não importa. Afinal, a vida não permite previsões, lances antecipados. Para
enfrentar certos conflitos, seria necessário revestir-se da máscara de ferro, que traz consigo o sopro da
morte.
Duvido que alguém prescinda do uso da máscara. Ande inadvertido pelo mundo, oferecendo o rosto cru
dos seus sentimentos. Desajeitado e pobre, quando poderia dispor, a qualquer hora, de mais de mil
máscaras, capazes todas de impulsionar o espetáculo humano, de corresponder à natureza do seu dono,
de encharcar de vinagre e esperança qualquer coração.
As máscaras, sem dúvida, ajudam-me a viver. Levam-me às cerimônias solenes, onde confirmo educação
recebida. Acompanham-me nos momentos em que sangro, a despeito da minha aparente indiferença. E
são elas ainda que me perguntam qual das máscaras usar em determinada festa. Acaso a máscara que
engendrei ao longo dos anos, e que me serve como um chinelo velho? Aquela que é dissimulada, cujo
desassombro assusta-me, pois revela aos vizinhos o que eu mantinha sob resguardo? Ou a outra, que
aspira sobrepor-se à tirania das convenções, quer rasgar o véu da hipocrisia, emitir as palavras
acomodadas no baú dos enigmas? Será a máscara que alardeia arrogância, ansiosa por deixar
consignada nas paredes do mundo uma única mensagem que justifique sua existência?
Olho-me ao espelho. Estarei usando máscara mesmo quando estou sozinha? Acaso já não vivo sem ela,
só respiro por meio de artifícios? É ela que me deixa ser alada e terrestre, me permite voar e contornar
seres e objetos de cristal? É a máscara que pousa desajeitada no meu próprio rosto, onde há de ficar
para sempre, até derreter um dia como se fora feita de cera?
Nélida Piñon. A máscara do meu rosto. In: O Estado de São Paulo, Suplemento Feminino, 29/9/1997.
 
Julgue o próximo item, referente a aspectos gramaticais e de estilo do texto 20A2-II.
 
As subsequentes sentenças interrogativas a partir do quinto período do penúltimo parágrafo ressaltam,
estilisticamente, a assertividade da autora quanto ao tema do relacionamento de si com os outros
mediado pelas máscaras.
Certo
Errado
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CB1A1
A regulamentação do direito quilombola — reconhecido no artigo 68 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias (ADCT) da Constituição Federal de 1988 (CF) — passou anos sem qualquer
instrumento legal de abrangência nacional que guiasse sua efetivação. Em 2001, o Decreto n.º 3.912
delimitou o período entre 1888 até 5 de outubro de 1988 para a caracterização das comunidades
“remanescentes de quilombos”, utilizando uma noção de quilombo vinculada à definição colonial da
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2421457
1039) 
Convenção Ultramarina de1740. Tal decreto foi revogado pelo de n.º 4.887/2003, que, por sua vez,
aboliu a exigência de permanência no território e, com base no critério de autodefinição previsto na
Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para povos indígenas e tribais, definiu a
categoria “remanescentes de quilombos” como “grupos étnico-raciais, segundo critérios de
autoatribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas, com
presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida” (Decreto
n.º 4.887/2003, art. 2.°). O decreto também estabeleceu a necessidade de desapropriação das áreas
reivindicadas por particulares, bem como a titulação coletiva das terras dos quilombos, e impediu a
alienação das propriedades tituladas.
A previsão de autodefinição é de suma relevância porquanto parte do pressuposto de que não cabe ao
poder público, nem a nenhum pesquisador, imputar identidades sociais. Esse princípio vai de par com o
Decreto Federal n.º 6.040/2007, que instituiu a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos
Povos e Comunidades Tradicionais, definindo-os como “grupos culturalmente diferenciados e que se
reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social, que ocupam e usam
territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e
econômica, utilizando conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição”.
F. Vieira et al. Sob o rufar dos ng’oma: o judiciário
em disputa pelos quilombolas. Revista Direito e Práxis, v. 8, jan. 2017, p. 560–1 (com adaptações).
 
Com base nos sentidos veiculados no texto CB1A1, julgue o seguinte item.
Conforme exposto no texto, compete ao Estado fixar critérios rígidos que definam o pertencimento de
uma pessoa a grupos étnico-raciais.
Certo
Errado
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CB1A1
A regulamentação do direito quilombola — reconhecido no artigo 68 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias (ADCT) da Constituição Federal de 1988 (CF) — passou anos sem qualquer
instrumento legal de abrangência nacional que guiasse sua efetivação. Em 2001, o Decreto n.º 3.912
delimitou o período entre 1888 até 5 de outubro de 1988 para a caracterização das comunidades
“remanescentes de quilombos”, utilizando uma noção de quilombo vinculada à definição colonial da
Convenção Ultramarina de 1740. Tal decreto foi revogado pelo de n.º 4.887/2003, que, por sua vez,
aboliu a exigência de permanência no território e, com base no critério de autodefinição previsto na
Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para povos indígenas e tribais, definiu a
categoria “remanescentes de quilombos” como “grupos étnico-raciais, segundo critérios de
autoatribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas, com
presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida” (Decreto
n.º 4.887/2003, art. 2.°). O decreto também estabeleceu a necessidade de desapropriação das áreas
reivindicadas por particulares, bem como a titulação coletiva das terras dos quilombos, e impediu a
alienação das propriedades tituladas.
A previsão de autodefinição é de suma relevância porquanto parte do pressuposto de que não cabe ao
poder público, nem a nenhum pesquisador, imputar identidades sociais. Esse princípio vai de par com o
Decreto Federal n.º 6.040/2007, que instituiu a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos
Povos e Comunidades Tradicionais, definindo-os como “grupos culturalmente diferenciados e que se
reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social, que ocupam e usam
territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e
econômica, utilizando conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição”.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2421458
1040) 
1041) 
F. Vieira et al. Sob o rufar dos ng’oma: o judiciário
em disputa pelos quilombolas. Revista Direito e Práxis, v. 8, jan. 2017, p. 560–1 (com adaptações).
 
Com base nos sentidos veiculados no texto CB1A1, julgue o seguinte item.
 
Depreende-se da leitura do texto que seus autores apoiam a adoção da autodefinição como critério de
caracterização dos povos e comunidades tradicionais.
Certo
Errado
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CB1A1
A regulamentação do direito quilombola — reconhecido no artigo 68 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias (ADCT) da Constituição Federal de 1988 (CF) — passou anos sem qualquer
instrumento legal de abrangência nacional que guiasse sua efetivação. Em 2001, o Decreto n.º 3.912
delimitou o período entre 1888 até 5 de outubro de 1988 para a caracterização das comunidades
“remanescentes de quilombos”, utilizando uma noção de quilombo vinculada à definição colonial da
Convenção Ultramarina de 1740. Tal decreto foi revogado pelo de n.º 4.887/2003, que, por sua vez,
aboliu a exigência de permanência no território e, com base no critério de autodefinição previsto na
Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para povos indígenas e tribais, definiu a
categoria “remanescentes de quilombos” como “grupos étnico-raciais, segundo critérios de
autoatribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas, com
presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida” (Decreto
n.º 4.887/2003, art. 2.°). O decreto também estabeleceu a necessidade de desapropriação das áreas
reivindicadas por particulares, bem como a titulação coletiva das terras dos quilombos, e impediu a
alienação das propriedades tituladas.
A previsão de autodefinição é de suma relevância porquanto parte do pressuposto de que não cabe ao
poder público, nem a nenhum pesquisador, imputar identidades sociais. Esse princípio vai de par com o
Decreto Federal n.º 6.040/2007, que instituiu a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos
Povos e Comunidades Tradicionais, definindo-os como “grupos culturalmente diferenciados e que se
reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social, que ocupam e usam
territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e
econômica, utilizando conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição”.
F. Vieira et al. Sob o rufar dos ng’oma: o judiciário
em disputa pelos quilombolas. Revista Direito e Práxis, v. 8, jan. 2017, p. 560–1 (com adaptações).
 
Com base nos sentidos veiculados no texto CB1A1, julgue o seguinte item.
 
Entende-se da leitura do texto que o Decreto n.º 4.887/2003 revogou o Decreto n.º 3.912/2001 com o
intuito de atualizar a definição de “remanescentes de quilombos”.
Certo
Errado
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Texto CB1A1
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1042) 
A regulamentação do direito quilombola — reconhecido no artigo 68 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias (ADCT) da Constituição Federal de 1988 (CF) — passou anos sem qualquer
instrumento legal de abrangência nacional que guiasse sua efetivação. Em 2001, o Decreto n.º 3.912
delimitou o período entre 1888 até 5 de outubro de 1988 para a caracterização das comunidades
“remanescentes de quilombos”, utilizando uma noção de quilombo vinculada à definição colonial da
Convenção Ultramarina de 1740. Tal decreto foi revogado pelo de n.º 4.887/2003, que, por sua vez,
aboliu a exigência de permanênciano território e, com base no critério de autodefinição previsto na
Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para povos indígenas e tribais, definiu a
categoria “remanescentes de quilombos” como “grupos étnico-raciais, segundo critérios de
autoatribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas, com
presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida” (Decreto
n.º 4.887/2003, art. 2.°). O decreto também estabeleceu a necessidade de desapropriação das áreas
reivindicadas por particulares, bem como a titulação coletiva das terras dos quilombos, e impediu a
alienação das propriedades tituladas.
A previsão de autodefinição é de suma relevância porquanto parte do pressuposto de que não cabe ao
poder público, nem a nenhum pesquisador, imputar identidades sociais. Esse princípio vai de par com o
Decreto Federal n.º 6.040/2007, que instituiu a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos
Povos e Comunidades Tradicionais, definindo-os como “grupos culturalmente diferenciados e que se
reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social, que ocupam e usam
territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e
econômica, utilizando conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição”.
F. Vieira et al. Sob o rufar dos ng’oma: o judiciário
em disputa pelos quilombolas. Revista Direito e Práxis, v. 8, jan. 2017, p. 560–1 (com adaptações).
 
Com base nos sentidos veiculados no texto CB1A1, julgue o seguinte item.
 
Da leitura do texto conclui-se que o Decreto n.º 6.040/2007 trata de comunidades que mantêm
inalteradas suas tradições socioculturais.
Certo
Errado
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Texto CB1A1
A regulamentação do direito quilombola — reconhecido no artigo 68 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias (ADCT) da Constituição Federal de 1988 (CF) — passou anos sem qualquer
instrumento legal de abrangência nacional que guiasse sua efetivação. Em 2001, o Decreto n.º 3.912
delimitou o período entre 1888 até 5 de outubro de 1988 para a caracterização das comunidades
“remanescentes de quilombos”, utilizando uma noção de quilombo vinculada à definição colonial da
Convenção Ultramarina de 1740. Tal decreto foi revogado pelo de n.º 4.887/2003, que, por sua vez,
aboliu a exigência de permanência no território e, com base no critério de autodefinição previsto na
Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para povos indígenas e tribais, definiu a
categoria “remanescentes de quilombos” como “grupos étnico-raciais, segundo critérios de
autoatribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas, com
presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida” (Decreto
n.º 4.887/2003, art. 2.°). O decreto também estabeleceu a necessidade de desapropriação das áreas
reivindicadas por particulares, bem como a titulação coletiva das terras dos quilombos, e impediu a
alienação das propriedades tituladas.
A previsão de autodefinição é de suma relevância porquanto parte do pressuposto de que não cabe ao
poder público, nem a nenhum pesquisador, imputar identidades sociais. Esse princípio vai de par com o
Decreto Federal n.º 6.040/2007, que instituiu a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2421461
1043) 
Povos e Comunidades Tradicionais, definindo-os como “grupos culturalmente diferenciados e que se
reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social, que ocupam e usam
territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e
econômica, utilizando conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição”.
F. Vieira et al. Sob o rufar dos ng’oma: o judiciário
em disputa pelos quilombolas. Revista Direito e Práxis, v. 8, jan. 2017, p. 560–1 (com adaptações).
 
Com base nos sentidos veiculados no texto CB1A1, julgue o seguinte item.
 
Pelos argumentos apresentados no texto, entende-se que o requisito de “permanência no território” para
a caracterização das comunidades “remanescentes de quilombos” fere o pressuposto que respalda a
adoção do critério de autodefinição dessas comunidades.
Certo
Errado
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CB3A1-I
Ao final do período de revoluções e guerras que caracterizaram a virada do século XVIII para o XIX, os
recém-emancipados países da América e os antigos Estados europeus se viram diante da necessidade de
criar estruturas de governo, marcando a transição do Antigo Regime ao constitucionalismo e do
colonialismo à independência. Os arquitetos da nova ordem se inspiraram em fontes antigas e modernas:
de Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) e Políbio (c.200 a.C. – c.118 a.C.) a John Locke (1632 – 1704) e
Montesquieu (1689 – 1755). Um dos principais problemas com os quais lideranças e pensadores políticos
se confrontaram estava materializado em uma passagem do poeta satírico romano Juvenal (c.55 –
c.127), em que se lê: “Quis custodiet ipsos custodes?”, traduzida como “Quem vigia os vigias?” ou “Quem
controla os controladores?”.
“Uma coisa é teorizar sobre a separação em três poderes, como lemos em Montesquieu. Outra coisa é
colocar em prática”, observa a historiadora Monica Duarte Dantas, do Instituto de Estudos Brasileiros da
Universidade de São Paulo. “Aí surgem os problemas, porque um poder pode tentar assumir as
atribuições de outro. Não era possível antever todas as questões que iriam aparecer, até porque havia
assuntos que diziam respeito a mais de um poder. Na prática, era preciso definir a quem competia o quê.
Essas questões emergiram rapidamente nos séculos XVIII e XIX, quando se tentou colocar em prática a
separação de poderes.”
Alguém que acompanhasse os trabalhos de elaboração de textos constitucionais no início do século XIX
não necessariamente apostaria que, ao final desse período, estaria consolidado um modelo de
organização do Estado em que o poder se desdobraria em três partes: o Executivo, o Legislativo e o
Judiciário, conforme apresentado pelo filósofo francês Montesquieu em O espírito das leis (1748).
Havia projetos com quatro, cinco ou até mais poderes. Na França, o filósofo político franco-suíço
Benjamin Constant (1767 – 1830) imaginou meia dezena: o Judiciário, o Executivo, dois poderes
representativos, correspondentes ao Legislativo — o da opinião (Câmara Baixa) e o da tradição (Câmara
Alta) —, e um poder “neutro”, exercido pelo monarca. O revolucionário venezuelano Simon Bolívar (1783
– 1830) chegou a formular a ideia, em 1819, de um “poder moral” que deveria cuidar, sobretudo, de
educação.
 
As mesmas preocupações estavam na cabeça dos deputados na primeira Assembleia Constituinte do
Brasil, em 1823. Até que, em novembro, o conflito de poderes se concretizou: tropas enviadas pelo
imperador Dom Pedro I (1789 – 1834) dissolveram a assembleia. Em março do ano seguinte, quando o
imperador outorgou a primeira Constituição brasileira, ela se afastava pouco do projeto elaborado em
1823, mas continha uma diferença crucial: os poderes eram quatro e incluíam um Moderador.
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1044) 
Entretanto, só em dois países esse quarto poder chegou a ser formalmente inscrito no texto
constitucional, como uma instituição em separado. O Brasil, com o título 5.º da Constituição de 1824, e
Portugal, em 1826, com a Carta Constitucional outorgada também por Dom Pedro — em Portugal, IV, e
não I —, no breve período de seis dias em que acumulou a coroa de ambos os países. As funções do
Poder Moderador, tanto nadoutrina de Constant quanto na Constituição brasileira, guardam semelhanças
com algumas das funções que hoje cabem às cortes supremas — no Brasil, ao Supremo Tribunal Federal
(STF). Trata-se de garantir que a atuação dos poderes, seja na formulação de leis, seja na administração
pública ou no julgamento de casos, não se choque com as normas constitucionais.
Diego Viana. Experimentação constitucional fomentou criação de Poder Moderador. In: Revista Pesquisa FAPESP,
ago./2022 (com adaptações).
 
Considerando os sentidos e a organização do texto CB3A1-I, julgue o item a seguir.
 
Infere-se do texto que, no Brasil, o Poder Moderador, criado pela Constituição de 1824, tinha
características que podem ser vinculadas à ideia do poeta romano Juvenal, citada no primeiro parágrafo.
Certo
Errado
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CB3A1-I
 
Ao final do período de revoluções e guerras que caracterizaram a virada do século XVIII para o XIX, os
recém-emancipados países da América e os antigos Estados europeus se viram diante da necessidade de
criar estruturas de governo, marcando a transição do Antigo Regime ao constitucionalismo e do
colonialismo à independência. Os arquitetos da nova ordem se inspiraram em fontes antigas e modernas:
de Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) e Políbio (c.200 a.C. – c.118 a.C.) a John Locke (1632 – 1704) e
Montesquieu (1689 – 1755). Um dos principais problemas com os quais lideranças e pensadores políticos
se confrontaram estava materializado em uma passagem do poeta satírico romano Juvenal (c.55 –
c.127), em que se lê: “Quis custodiet ipsos custodes?”, traduzida como “Quem vigia os vigias?” ou “Quem
controla os controladores?”.
“Uma coisa é teorizar sobre a separação em três poderes, como lemos em Montesquieu. Outra coisa é
colocar em prática”, observa a historiadora Monica Duarte Dantas, do Instituto de Estudos Brasileiros da
Universidade de São Paulo. “Aí surgem os problemas, porque um poder pode tentar assumir as
atribuições de outro. Não era possível antever todas as questões que iriam aparecer, até porque havia
assuntos que diziam respeito a mais de um poder. Na prática, era preciso definir a quem competia o quê.
Essas questões emergiram rapidamente nos séculos XVIII e XIX, quando se tentou colocar em prática a
separação de poderes.”
Alguém que acompanhasse os trabalhos de elaboração de textos constitucionais no início do século XIX
não necessariamente apostaria que, ao final desse período, estaria consolidado um modelo de
organização do Estado em que o poder se desdobraria em três partes: o Executivo, o Legislativo e o
Judiciário, conforme apresentado pelo filósofo francês Montesquieu em O espírito das leis (1748).
Havia projetos com quatro, cinco ou até mais poderes. Na França, o filósofo político franco-suíço
Benjamin Constant (1767 – 1830) imaginou meia dezena: o Judiciário, o Executivo, dois poderes
representativos, correspondentes ao Legislativo — o da opinião (Câmara Baixa) e o da tradição (Câmara
Alta) —, e um poder “neutro”, exercido pelo monarca. O revolucionário venezuelano Simon Bolívar (1783
– 1830) chegou a formular a ideia, em 1819, de um “poder moral” que deveria cuidar, sobretudo, de
educação.
 
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1045) 
As mesmas preocupações estavam na cabeça dos deputados na primeira Assembleia Constituinte do
Brasil, em 1823. Até que, em novembro, o conflito de poderes se concretizou: tropas enviadas pelo
imperador Dom Pedro I (1789 – 1834) dissolveram a assembleia. Em março do ano seguinte, quando o
imperador outorgou a primeira Constituição brasileira, ela se afastava pouco do projeto elaborado em
1823, mas continha uma diferença crucial: os poderes eram quatro e incluíam um Moderador.
Entretanto, só em dois países esse quarto poder chegou a ser formalmente inscrito no texto
constitucional, como uma instituição em separado. O Brasil, com o título 5.º da Constituição de 1824, e
Portugal, em 1826, com a Carta Constitucional outorgada também por Dom Pedro — em Portugal, IV, e
não I —, no breve período de seis dias em que acumulou a coroa de ambos os países. As funções do
Poder Moderador, tanto na doutrina de Constant quanto na Constituição brasileira, guardam semelhanças
com algumas das funções que hoje cabem às cortes supremas — no Brasil, ao Supremo Tribunal Federal
(STF). Trata-se de garantir que a atuação dos poderes, seja na formulação de leis, seja na administração
pública ou no julgamento de casos, não se choque com as normas constitucionais.
Diego Viana. Experimentação constitucional fomentou criação de Poder Moderador. In: Revista Pesquisa FAPESP,
ago./2022 (com adaptações).
 
Considerando os sentidos e a organização do texto CB3A1-I, julgue o item a seguir.
 
Infere-se do texto que efetivar, na realidade, a separação entre os poderes do Estado é mais difícil que
teorizar sobre esse tema.
Certo
Errado
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CB3A1-I
 
Ao final do período de revoluções e guerras que caracterizaram a virada do século XVIII para o XIX, os
recém-emancipados países da América e os antigos Estados europeus se viram diante da necessidade de
criar estruturas de governo, marcando a transição do Antigo Regime ao constitucionalismo e do
colonialismo à independência. Os arquitetos da nova ordem se inspiraram em fontes antigas e modernas:
de Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) e Políbio (c.200 a.C. – c.118 a.C.) a John Locke (1632 – 1704) e
Montesquieu (1689 – 1755). Um dos principais problemas com os quais lideranças e pensadores políticos
se confrontaram estava materializado em uma passagem do poeta satírico romano Juvenal (c.55 –
c.127), em que se lê: “Quis custodiet ipsos custodes?”, traduzida como “Quem vigia os vigias?” ou “Quem
controla os controladores?”.
“Uma coisa é teorizar sobre a separação em três poderes, como lemos em Montesquieu. Outra coisa é
colocar em prática”, observa a historiadora Monica Duarte Dantas, do Instituto de Estudos Brasileiros da
Universidade de São Paulo. “Aí surgem os problemas, porque um poder pode tentar assumir as
atribuições de outro. Não era possível antever todas as questões que iriam aparecer, até porque havia
assuntos que diziam respeito a mais de um poder. Na prática, era preciso definir a quem competia o quê.
Essas questões emergiram rapidamente nos séculos XVIII e XIX, quando se tentou colocar em prática a
separação de poderes.”
Alguém que acompanhasse os trabalhos de elaboração de textos constitucionais no início do século XIX
não necessariamente apostaria que, ao final desse período, estaria consolidado um modelo de
organização do Estado em que o poder se desdobraria em três partes: o Executivo, o Legislativo e o
Judiciário, conforme apresentado pelo filósofo francês Montesquieu em O espírito das leis (1748).
Havia projetos com quatro, cinco ou até mais poderes. Na França, o filósofo político franco-suíço
Benjamin Constant (1767 – 1830) imaginou meia dezena: o Judiciário, o Executivo, dois poderes
representativos, correspondentes ao Legislativo — o da opinião (Câmara Baixa) e o da tradição (Câmara
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1046) 
Alta) —, e um poder “neutro”, exercido pelo monarca. O revolucionário venezuelano Simon Bolívar (1783
– 1830) chegou a formular a ideia, em 1819, de um “poder moral” que deveria cuidar, sobretudo, de
educação.
 
As mesmas preocupações estavam na cabeça dos deputados na primeira Assembleia Constituinte do
Brasil, em 1823. Até que, em novembro, o conflito de poderes se concretizou: tropas enviadas pelo
imperador Dom Pedro I (1789 – 1834) dissolveram a assembleia. Em março do ano seguinte, quando o
imperador outorgou a primeira Constituição brasileira, ela se afastava pouco do projetoelaborado em
1823, mas continha uma diferença crucial: os poderes eram quatro e incluíam um Moderador.
Entretanto, só em dois países esse quarto poder chegou a ser formalmente inscrito no texto
constitucional, como uma instituição em separado. O Brasil, com o título 5.º da Constituição de 1824, e
Portugal, em 1826, com a Carta Constitucional outorgada também por Dom Pedro — em Portugal, IV, e
não I —, no breve período de seis dias em que acumulou a coroa de ambos os países. As funções do
Poder Moderador, tanto na doutrina de Constant quanto na Constituição brasileira, guardam semelhanças
com algumas das funções que hoje cabem às cortes supremas — no Brasil, ao Supremo Tribunal Federal
(STF). Trata-se de garantir que a atuação dos poderes, seja na formulação de leis, seja na administração
pública ou no julgamento de casos, não se choque com as normas constitucionais.
Diego Viana. Experimentação constitucional fomentou criação de Poder Moderador. In: Revista Pesquisa FAPESP,
ago./2022 (com adaptações).
 
Considerando os sentidos e a organização do texto CB3A1-I, julgue o item a seguir.
 
Conclui-se da citação da historiadora no segundo parágrafo do texto que ela considera desejável que os
poderes compartilhem atribuições.
Certo
Errado
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Texto CB3A1-I
 
Ao final do período de revoluções e guerras que caracterizaram a virada do século XVIII para o XIX, os
recém-emancipados países da América e os antigos Estados europeus se viram diante da necessidade de
criar estruturas de governo, marcando a transição do Antigo Regime ao constitucionalismo e do
colonialismo à independência. Os arquitetos da nova ordem se inspiraram em fontes antigas e modernas:
de Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) e Políbio (c.200 a.C. – c.118 a.C.) a John Locke (1632 – 1704) e
Montesquieu (1689 – 1755). Um dos principais problemas com os quais lideranças e pensadores políticos
se confrontaram estava materializado em uma passagem do poeta satírico romano Juvenal (c.55 –
c.127), em que se lê: “Quis custodiet ipsos custodes?”, traduzida como “Quem vigia os vigias?” ou “Quem
controla os controladores?”.
“Uma coisa é teorizar sobre a separação em três poderes, como lemos em Montesquieu. Outra coisa é
colocar em prática”, observa a historiadora Monica Duarte Dantas, do Instituto de Estudos Brasileiros da
Universidade de São Paulo. “Aí surgem os problemas, porque um poder pode tentar assumir as
atribuições de outro. Não era possível antever todas as questões que iriam aparecer, até porque havia
assuntos que diziam respeito a mais de um poder. Na prática, era preciso definir a quem competia o quê.
Essas questões emergiram rapidamente nos séculos XVIII e XIX, quando se tentou colocar em prática a
separação de poderes.”
Alguém que acompanhasse os trabalhos de elaboração de textos constitucionais no início do século XIX
não necessariamente apostaria que, ao final desse período, estaria consolidado um modelo de
organização do Estado em que o poder se desdobraria em três partes: o Executivo, o Legislativo e o
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Judiciário, conforme apresentado pelo filósofo francês Montesquieu em O espírito das leis (1748).
Havia projetos com quatro, cinco ou até mais poderes. Na França, o filósofo político franco-suíço
Benjamin Constant (1767 – 1830) imaginou meia dezena: o Judiciário, o Executivo, dois poderes
representativos, correspondentes ao Legislativo — o da opinião (Câmara Baixa) e o da tradição (Câmara
Alta) —, e um poder “neutro”, exercido pelo monarca. O revolucionário venezuelano Simon Bolívar (1783
– 1830) chegou a formular a ideia, em 1819, de um “poder moral” que deveria cuidar, sobretudo, de
educação.
 
As mesmas preocupações estavam na cabeça dos deputados na primeira Assembleia Constituinte do
Brasil, em 1823. Até que, em novembro, o conflito de poderes se concretizou: tropas enviadas pelo
imperador Dom Pedro I (1789 – 1834) dissolveram a assembleia. Em março do ano seguinte, quando o
imperador outorgou a primeira Constituição brasileira, ela se afastava pouco do projeto elaborado em
1823, mas continha uma diferença crucial: os poderes eram quatro e incluíam um Moderador.
Entretanto, só em dois países esse quarto poder chegou a ser formalmente inscrito no texto
constitucional, como uma instituição em separado. O Brasil, com o título 5.º da Constituição de 1824, e
Portugal, em 1826, com a Carta Constitucional outorgada também por Dom Pedro — em Portugal, IV, e
não I —, no breve período de seis dias em que acumulou a coroa de ambos os países. As funções do
Poder Moderador, tanto na doutrina de Constant quanto na Constituição brasileira, guardam semelhanças
com algumas das funções que hoje cabem às cortes supremas — no Brasil, ao Supremo Tribunal Federal
(STF). Trata-se de garantir que a atuação dos poderes, seja na formulação de leis, seja na administração
pública ou no julgamento de casos, não se choque com as normas constitucionais.
Diego Viana. Experimentação constitucional fomentou criação de Poder Moderador. In: Revista Pesquisa FAPESP,
ago./2022 (com adaptações).
 
Considerando os sentidos e a organização do texto CB3A1-I, julgue o item a seguir.
 
Entende-se do texto que a tripartição dos poderes não era uma unanimidade no momento da elaboração
dos textos constitucionais no início do século XIX.
Certo
Errado
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CB3A1-I
 
Ao final do período de revoluções e guerras que caracterizaram a virada do século XVIII para o XIX, os
recém-emancipados países da América e os antigos Estados europeus se viram diante da necessidade de
criar estruturas de governo, marcando a transição do Antigo Regime ao constitucionalismo e do
colonialismo à independência. Os arquitetos da nova ordem se inspiraram em fontes antigas e modernas:
de Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) e Políbio (c.200 a.C. – c.118 a.C.) a John Locke (1632 – 1704) e
Montesquieu (1689 – 1755). Um dos principais problemas com os quais lideranças e pensadores políticos
se confrontaram estava materializado em uma passagem do poeta satírico romano Juvenal (c.55 –
c.127), em que se lê: “Quis custodiet ipsos custodes?”, traduzida como “Quem vigia os vigias?” ou “Quem
controla os controladores?”.
“Uma coisa é teorizar sobre a separação em três poderes, como lemos em Montesquieu. Outra coisa é
colocar em prática”, observa a historiadora Monica Duarte Dantas, do Instituto de Estudos Brasileiros da
Universidade de São Paulo. “Aí surgem os problemas, porque um poder pode tentar assumir as
atribuições de outro. Não era possível antever todas as questões que iriam aparecer, até porque havia
assuntos que diziam respeito a mais de um poder. Na prática, era preciso definir a quem competia o quê.
Essas questões emergiram rapidamente nos séculos XVIII e XIX, quando se tentou colocar em prática a
separação de poderes.”
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1048) 
Alguém que acompanhasse os trabalhos de elaboração de textos constitucionais no início do século XIX
não necessariamente apostaria que, ao final desse período, estaria consolidado um modelo de
organização do Estado em que o poder se desdobraria em três partes: o Executivo, o Legislativo e o
Judiciário, conforme apresentado pelo filósofo francês Montesquieu em O espírito das leis (1748).
Havia projetos com quatro, cinco ou até mais poderes. Na França, o filósofo político franco-suíço
Benjamin Constant (1767 – 1830) imaginou meia dezena: o Judiciário, o Executivo, dois poderes
representativos, correspondentes ao Legislativo — o da opinião (Câmara Baixa) e o da tradição (Câmara
Alta) —, e um poder “neutro”, exercido pelo monarca. O revolucionário venezuelano Simon Bolívar (1783
– 1830)chegou a formular a ideia, em 1819, de um “poder moral” que deveria cuidar, sobretudo, de
educação.
 
As mesmas preocupações estavam na cabeça dos deputados na primeira Assembleia Constituinte do
Brasil, em 1823. Até que, em novembro, o conflito de poderes se concretizou: tropas enviadas pelo
imperador Dom Pedro I (1789 – 1834) dissolveram a assembleia. Em março do ano seguinte, quando o
imperador outorgou a primeira Constituição brasileira, ela se afastava pouco do projeto elaborado em
1823, mas continha uma diferença crucial: os poderes eram quatro e incluíam um Moderador.
Entretanto, só em dois países esse quarto poder chegou a ser formalmente inscrito no texto
constitucional, como uma instituição em separado. O Brasil, com o título 5.º da Constituição de 1824, e
Portugal, em 1826, com a Carta Constitucional outorgada também por Dom Pedro — em Portugal, IV, e
não I —, no breve período de seis dias em que acumulou a coroa de ambos os países. As funções do
Poder Moderador, tanto na doutrina de Constant quanto na Constituição brasileira, guardam semelhanças
com algumas das funções que hoje cabem às cortes supremas — no Brasil, ao Supremo Tribunal Federal
(STF). Trata-se de garantir que a atuação dos poderes, seja na formulação de leis, seja na administração
pública ou no julgamento de casos, não se choque com as normas constitucionais.
Diego Viana. Experimentação constitucional fomentou criação de Poder Moderador. In: Revista Pesquisa FAPESP,
ago./2022 (com adaptações).
 
Considerando os sentidos e a organização do texto CB3A1-I, julgue o item a seguir.
 
De acordo com o texto, foi a Assembleia Nacional Constituinte de 1823 que provocou, no Brasil, um
conflito entre poderes.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - PPNT (PETROBRAS)/PETROBRAS/Enfermagem do Trabalho/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CB1A1-I
A PETROBRAS demonstra compromisso com a sustentabilidade por meio do desenvolvimento de
estratégias para acelerar a descarbonização e atuar sempre de forma ética e transparente, com
operações seguras, respeito às pessoas e ao meio ambiente e com foco na geração de valor. Seis dos dez
compromissos de sustentabilidade estabelecidos pela empresa estão associados a carbono. Os outros
quatro compromissos referem-se a segurança hídrica, conservação da biodiversidade, gestão de resíduos
e responsabilidade social, e esse último inclui investimentos em projetos socioambientais, programas em
direitos humanos, relacionamento comunitário e contribuição para a solução de problemas sociais e
ambientais, envolvendo oportunidades de atuação junto aos públicos de interesse e clientes de produtos
da PETROBRAS.
No que diz respeito aos desafios da transição energética, a PETROBRAS contribui para a mitigação da
mudança climática por meio do investimento de recursos e tecnologias na produção de petróleo de baixo
carbono no Brasil, gerando energia, divisas e riquezas relevantes para o financiamento de uma transição
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2445742
1049) 
1050) 
energética responsável, bem como para a capacidade de ofertar gás e energia despachável para
viabilizar a elevada participação de energias renováveis na matriz elétrica brasileira. Além disso, investe
em novas possibilidades de produtos e negócios de menor intensidade de carbono, promove pesquisa e
desenvolvimento de novas tecnologias e soluções de baixo carbono e investe em projetos
socioambientais para a recuperação e conservação de florestas.
Internet: <https://petrobras.com.br> (com adaptações).
 
Julgue o seguinte item, relativo a ideias do texto CB1A1-I e à sua tipologia.
 
Entende-se do texto que a produção de petróleo de baixo carbono reverte os efeitos da mudança
climática.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - PPNT (PETROBRAS)/PETROBRAS/Enfermagem do Trabalho/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CB1A1-I
A PETROBRAS demonstra compromisso com a sustentabilidade por meio do desenvolvimento de
estratégias para acelerar a descarbonização e atuar sempre de forma ética e transparente, com
operações seguras, respeito às pessoas e ao meio ambiente e com foco na geração de valor. Seis dos dez
compromissos de sustentabilidade estabelecidos pela empresa estão associados a carbono. Os outros
quatro compromissos referem-se a segurança hídrica, conservação da biodiversidade, gestão de resíduos
e responsabilidade social, e esse último inclui investimentos em projetos socioambientais, programas em
direitos humanos, relacionamento comunitário e contribuição para a solução de problemas sociais e
ambientais, envolvendo oportunidades de atuação junto aos públicos de interesse e clientes de produtos
da PETROBRAS.
No que diz respeito aos desafios da transição energética, a PETROBRAS contribui para a mitigação da
mudança climática por meio do investimento de recursos e tecnologias na produção de petróleo de baixo
carbono no Brasil, gerando energia, divisas e riquezas relevantes para o financiamento de uma transição
energética responsável, bem como para a capacidade de ofertar gás e energia despachável para
viabilizar a elevada participação de energias renováveis na matriz elétrica brasileira. Além disso, investe
em novas possibilidades de produtos e negócios de menor intensidade de carbono, promove pesquisa e
desenvolvimento de novas tecnologias e soluções de baixo carbono e investe em projetos
socioambientais para a recuperação e conservação de florestas.
Internet: <https://petrobras.com.br> (com adaptações).
 
Julgue o seguinte item, relativo a ideias do texto CB1A1-I e à sua tipologia.
 
De acordo com as informações do texto, o investimento de recursos e tecnologias para possibilitar uma
transição energética responsável inclui-se entre as ações desenvolvidas pela PETROBRAS.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2445804
CEBRASPE (CESPE) - PPNT (PETROBRAS)/PETROBRAS/Enfermagem do Trabalho/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CB1A1-II
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2445743
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2445804
1051) 
Em 23/3/2023, o presidente da PETROBRAS, Jean Paul Prates, afirmou à imprensa que a companhia não
deve praticar o preço de paridade internacional (PPI). “Se lá fora o preço do petróleo diminuiu, entendo
que diminuiu também em termos de insumos para as refinarias, logo isso tem de refletir no preço para o
consumidor final. Não é necessário que o preço do combustível esteja amarrado ao preço do importador,
que é o nosso principal concorrente. Ao contrário. Paridade de importação não é preço que a companhia
deve praticar.”
Prates disse que, em sua gestão como presidente da estatal, não haverá o “dogma do preço de paridade
internacional (PPI)”, abrindo espaço para a negociação de preços que levem em consideração o cenário
econômico nacional.
Instituída em 2016, a política do PPI prevê que a PETROBRAS alinhe os valores que cobra das
distribuidoras pelo combustível ao que é cobrado pelas importadoras que trazem o petróleo refinado em
forma de diesel e gasolina para o Brasil.
Questionado se haverá redução no preço da gasolina, Jean Paul Prates disse que as equipes estão
avaliando o mercado sobre possíveis oscilações no preço do combustível. “A gente está avaliando a
referência internacional e o mercado brasileiro. Essa é a nossa política agora. O mercado nacional é
composto pelo que é produzido aqui com o produto importado. Sempre que a gente puder ter o preço
mais barato para vender para o nosso cliente, para o nosso consumidor brasileiro, a gente vai fazer isso”,
concluiu.
O presidente da companhia também garantiu que a venda dos ativos do Polo Bahia Terra, em negociação
entre a PETROBRAS e um consórcio formado por PetroReconcavo e Eneva, está sendo reavaliada sob
uma nova ótica e que nada está decidido. Segundo ele, “o que está assinado será cumprido; o que não
está assinado será revisto”.Internet: <www.cnnbrasil.com.br> (com adaptações).
 
Em relação às ideias do texto CB1A1-II, julgue o próximo item.
 
Levando-se em consideração a articulação das ideias do primeiro parágrafo, é correto afirmar que a
expressão ‘lá fora’ (segundo período) está empregada com o mesmo sentido de internacionalmente.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2445809
CEBRASPE (CESPE) - PPNT (PETROBRAS)/PETROBRAS/Enfermagem do Trabalho/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CB1A1-II
 
Em 23/3/2023, o presidente da PETROBRAS, Jean Paul Prates, afirmou à imprensa que a companhia não
deve praticar o preço de paridade internacional (PPI). “Se lá fora o preço do petróleo diminuiu, entendo
que diminuiu também em termos de insumos para as refinarias, logo isso tem de refletir no preço para o
consumidor final. Não é necessário que o preço do combustível esteja amarrado ao preço do importador,
que é o nosso principal concorrente. Ao contrário. Paridade de importação não é preço que a companhia
deve praticar.”
Prates disse que, em sua gestão como presidente da estatal, não haverá o “dogma do preço de paridade
internacional (PPI)”, abrindo espaço para a negociação de preços que levem em consideração o cenário
econômico nacional.
Instituída em 2016, a política do PPI prevê que a PETROBRAS alinhe os valores que cobra das
distribuidoras pelo combustível ao que é cobrado pelas importadoras que trazem o petróleo refinado em
forma de diesel e gasolina para o Brasil.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2445809
1052) 
Questionado se haverá redução no preço da gasolina, Jean Paul Prates disse que as equipes estão
avaliando o mercado sobre possíveis oscilações no preço do combustível. “A gente está avaliando a
referência internacional e o mercado brasileiro. Essa é a nossa política agora. O mercado nacional é
composto pelo que é produzido aqui com o produto importado. Sempre que a gente puder ter o preço
mais barato para vender para o nosso cliente, para o nosso consumidor brasileiro, a gente vai fazer isso”,
concluiu.
O presidente da companhia também garantiu que a venda dos ativos do Polo Bahia Terra, em negociação
entre a PETROBRAS e um consórcio formado por PetroReconcavo e Eneva, está sendo reavaliada sob
uma nova ótica e que nada está decidido. Segundo ele, “o que está assinado será cumprido; o que não
está assinado será revisto”.
Internet: <www.cnnbrasil.com.br> (com adaptações).
 
Em relação às ideias do texto CB1A1-II, julgue o próximo item.
 
Depreende-se do texto que a atual política de preços da PETROBRAS visa à possibilidade de redução do
preço do combustível para o consumidor brasileiro.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2445811
CEBRASPE (CESPE) - PPNT (PETROBRAS)/PETROBRAS/Enfermagem do Trabalho/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CB1A1-II
 
Em 23/3/2023, o presidente da PETROBRAS, Jean Paul Prates, afirmou à imprensa que a companhia não
deve praticar o preço de paridade internacional (PPI). “Se lá fora o preço do petróleo diminuiu, entendo
que diminuiu também em termos de insumos para as refinarias, logo isso tem de refletir no preço para o
consumidor final. Não é necessário que o preço do combustível esteja amarrado ao preço do importador,
que é o nosso principal concorrente. Ao contrário. Paridade de importação não é preço que a companhia
deve praticar.”
Prates disse que, em sua gestão como presidente da estatal, não haverá o “dogma do preço de paridade
internacional (PPI)”, abrindo espaço para a negociação de preços que levem em consideração o cenário
econômico nacional.
Instituída em 2016, a política do PPI prevê que a PETROBRAS alinhe os valores que cobra das
distribuidoras pelo combustível ao que é cobrado pelas importadoras que trazem o petróleo refinado em
forma de diesel e gasolina para o Brasil.
Questionado se haverá redução no preço da gasolina, Jean Paul Prates disse que as equipes estão
avaliando o mercado sobre possíveis oscilações no preço do combustível. “A gente está avaliando a
referência internacional e o mercado brasileiro. Essa é a nossa política agora. O mercado nacional é
composto pelo que é produzido aqui com o produto importado. Sempre que a gente puder ter o preço
mais barato para vender para o nosso cliente, para o nosso consumidor brasileiro, a gente vai fazer isso”,
concluiu.
O presidente da companhia também garantiu que a venda dos ativos do Polo Bahia Terra, em negociação
entre a PETROBRAS e um consórcio formado por PetroReconcavo e Eneva, está sendo reavaliada sob
uma nova ótica e que nada está decidido. Segundo ele, “o que está assinado será cumprido; o que não
está assinado será revisto”.
Internet: <www.cnnbrasil.com.br> (com adaptações).
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2445811
1053) 
1054) 
 
Em relação às ideias do texto CB1A1-II, julgue o próximo item.
 
Entende-se do segundo parágrafo do texto que, segundo o presidente da PETROBRAS, o PPI não deve
ser visto como uma doutrina indiscutível.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2445812
CEBRASPE (CESPE) - PPNT (PETROBRAS)/PETROBRAS/Enfermagem do Trabalho/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CB1A1-II
 
Em 23/3/2023, o presidente da PETROBRAS, Jean Paul Prates, afirmou à imprensa que a companhia não
deve praticar o preço de paridade internacional (PPI). “Se lá fora o preço do petróleo diminuiu, entendo
que diminuiu também em termos de insumos para as refinarias, logo isso tem de refletir no preço para o
consumidor final. Não é necessário que o preço do combustível esteja amarrado ao preço do importador,
que é o nosso principal concorrente. Ao contrário. Paridade de importação não é preço que a companhia
deve praticar.”
Prates disse que, em sua gestão como presidente da estatal, não haverá o “dogma do preço de paridade
internacional (PPI)”, abrindo espaço para a negociação de preços que levem em consideração o cenário
econômico nacional.
Instituída em 2016, a política do PPI prevê que a PETROBRAS alinhe os valores que cobra das
distribuidoras pelo combustível ao que é cobrado pelas importadoras que trazem o petróleo refinado em
forma de diesel e gasolina para o Brasil.
Questionado se haverá redução no preço da gasolina, Jean Paul Prates disse que as equipes estão
avaliando o mercado sobre possíveis oscilações no preço do combustível. “A gente está avaliando a
referência internacional e o mercado brasileiro. Essa é a nossa política agora. O mercado nacional é
composto pelo que é produzido aqui com o produto importado. Sempre que a gente puder ter o preço
mais barato para vender para o nosso cliente, para o nosso consumidor brasileiro, a gente vai fazer isso”,
concluiu.
O presidente da companhia também garantiu que a venda dos ativos do Polo Bahia Terra, em negociação
entre a PETROBRAS e um consórcio formado por PetroReconcavo e Eneva, está sendo reavaliada sob
uma nova ótica e que nada está decidido. Segundo ele, “o que está assinado será cumprido; o que não
está assinado será revisto”.
Internet: <www.cnnbrasil.com.br> (com adaptações).
 
Em relação às ideias do texto CB1A1-II, julgue o próximo item.
 
Infere-se do segundo parágrafo do texto, sobretudo pelo emprego da forma verbal “haverá”, flexionada
no tempo futuro, que Jean Paul Prates ainda não foi efetivado na presidência da PETROBRAS.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2445813
CEBRASPE (CESPE) - PPNT (PETROBRAS)/PETROBRAS/Enfermagem do Trabalho/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CB1A1-II
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2445812
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2445813
1055) 
 
Em 23/3/2023, o presidente da PETROBRAS, Jean Paul Prates, afirmou à imprensa que a companhia não
deve praticar o preço de paridade internacional (PPI). “Se lá fora o preço do petróleo diminuiu, entendo
que diminuiu também em termos de insumos para as refinarias, logo isso tem de refletir no preço para o
consumidor final.Não é necessário que o preço do combustível esteja amarrado ao preço do importador,
que é o nosso principal concorrente. Ao contrário. Paridade de importação não é preço que a companhia
deve praticar.”
Prates disse que, em sua gestão como presidente da estatal, não haverá o “dogma do preço de paridade
internacional (PPI)”, abrindo espaço para a negociação de preços que levem em consideração o cenário
econômico nacional.
Instituída em 2016, a política do PPI prevê que a PETROBRAS alinhe os valores que cobra das
distribuidoras pelo combustível ao que é cobrado pelas importadoras que trazem o petróleo refinado em
forma de diesel e gasolina para o Brasil.
Questionado se haverá redução no preço da gasolina, Jean Paul Prates disse que as equipes estão
avaliando o mercado sobre possíveis oscilações no preço do combustível. “A gente está avaliando a
referência internacional e o mercado brasileiro. Essa é a nossa política agora. O mercado nacional é
composto pelo que é produzido aqui com o produto importado. Sempre que a gente puder ter o preço
mais barato para vender para o nosso cliente, para o nosso consumidor brasileiro, a gente vai fazer isso”,
concluiu.
O presidente da companhia também garantiu que a venda dos ativos do Polo Bahia Terra, em negociação
entre a PETROBRAS e um consórcio formado por PetroReconcavo e Eneva, está sendo reavaliada sob
uma nova ótica e que nada está decidido. Segundo ele, “o que está assinado será cumprido; o que não
está assinado será revisto”.
Internet: <www.cnnbrasil.com.br> (com adaptações).
 
Em relação às ideias do texto CB1A1-II, julgue o próximo item.
 
No início do quarto parágrafo, o trecho “Questionado se haverá redução no preço da gasolina” expressa
uma condição imposta pela imprensa ao presidente da PETROBRAS.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - PPNT (PETROBRAS)/PETROBRAS/Enfermagem do Trabalho/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CB1A1-II
 
Em 23/3/2023, o presidente da PETROBRAS, Jean Paul Prates, afirmou à imprensa que a companhia não
deve praticar o preço de paridade internacional (PPI). “Se lá fora o preço do petróleo diminuiu, entendo
que diminuiu também em termos de insumos para as refinarias, logo isso tem de refletir no preço para o
consumidor final. Não é necessário que o preço do combustível esteja amarrado ao preço do importador,
que é o nosso principal concorrente. Ao contrário. Paridade de importação não é preço que a companhia
deve praticar.”
Prates disse que, em sua gestão como presidente da estatal, não haverá o “dogma do preço de paridade
internacional (PPI)”, abrindo espaço para a negociação de preços que levem em consideração o cenário
econômico nacional.
Instituída em 2016, a política do PPI prevê que a PETROBRAS alinhe os valores que cobra das
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2445817
1056) 
distribuidoras pelo combustível ao que é cobrado pelas importadoras que trazem o petróleo refinado em
forma de diesel e gasolina para o Brasil.
Questionado se haverá redução no preço da gasolina, Jean Paul Prates disse que as equipes estão
avaliando o mercado sobre possíveis oscilações no preço do combustível. “A gente está avaliando a
referência internacional e o mercado brasileiro. Essa é a nossa política agora. O mercado nacional é
composto pelo que é produzido aqui com o produto importado. Sempre que a gente puder ter o preço
mais barato para vender para o nosso cliente, para o nosso consumidor brasileiro, a gente vai fazer isso”,
concluiu.
O presidente da companhia também garantiu que a venda dos ativos do Polo Bahia Terra, em negociação
entre a PETROBRAS e um consórcio formado por PetroReconcavo e Eneva, está sendo reavaliada sob
uma nova ótica e que nada está decidido. Segundo ele, “o que está assinado será cumprido; o que não
está assinado será revisto”.
Internet: <www.cnnbrasil.com.br> (com adaptações).
 
Em relação às ideias do texto CB1A1-II, julgue o próximo item.
 
Entende-se do texto que, quanto à venda de ativos, o presidente da PETROBRAS pretende rever todos os
compromissos assumidos pela companhia antes de sua gestão.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2458985
CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEE PE)/SEE PE/Braillista/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CB1A1-I
 
Com altos índices de evasão escolar, baixo engajamento e conteúdos pouco conectados à realidade dos
alunos, o ensino médio já era, antes da pandemia de covid-19, a etapa mais desafiadora da educação
básica. Com o fechamento das escolas e o distanciamento dos estudantes do convívio educacional, os
últimos anos escolares passaram a trazer ainda mais dificuldades a serem enfrentadas — reforçadas
pelas desigualdades raciais, socioeconômicas e de acesso à Internet.
Nenhuma avaliação diagnóstica precisou os prejuízos totais da pandemia para a aprendizagem dos
alunos, mas há alguns estudos que ajudam a entender melhor o cenário. Uma pesquisa realizada pelo
Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
apontou que houve piora em todas as séries avaliadas. Segundo a pesquisa amostral, em matemática, o
desempenho alcançado no 3.º ano do ensino médio foi de 255,3 pontos na escala de proficiência, inferior
aos 261,7 obtidos pelos estudantes ao final do 9.º ano do ensino fundamental no Sistema de Avaliação
da Educação Básica (SAEB) de 2019. Em língua portuguesa, os estudantes do 9.º ano apresentaram uma
queda de 12 pontos, e os do 3.º ano do ensino médio, de 11 pontos.
Após o retorno presencial, estados e municípios ainda têm muito trabalho para identificar os reais
prejuízos, dimensioná-los e encontrar caminhos e soluções para que professores e estudantes possam
retomar a aprendizagem.
Para Suelaine Carneiro, coordenadora de educação na Geledés, organização da sociedade civil que se
posiciona em defesa de mulheres e homens negros, “há um consenso de que não foi possível atender
todos os alunos” na educação pública. “Os dados indicam um baixo número de participação dos
estudantes, somado à impossibilidade de os familiares acompanharem a resolução das tarefas”, afirma.
Mas não fica apenas nisso. “Em termos de aprendizagem, os dados também mostram dificuldades no
que diz respeito à compreensão e à resolução das tarefas.”
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2458985
1057) 
De acordo com ela, a situação de alunos negros requer ainda mais atenção. “É preciso prestar atenção
nessa condição: a pessoa já estava vulnerável socialmente, sem a possibilidade de realizar um
isolamento dentro de casa, pois vive em uma casa pequena ou onde não há cômodos suficientes”,
contextualiza Suelaine.
 
Agravada pela pandemia, que engrossou o número de trabalhadores desempregados, a questão
econômica foi um dos grandes fatores que impactou a vida dos estudantes do ensino médio. “Temos
alunos que estão trabalhando no horário de aula, dizendo que precisam ajudar a família, e aos fins de
semana assistem às atividades”, relata a professora Lucenir Ferreira, da Escola Estadual Mário Davi
Andreazza, em Boa Vista (RR). Lucenir conta que muitos alunos chegam a falar que não conseguem
aprender nada e desabafam por sentir que a aprendizagem foi prejudicada, principalmente os que estão
em processo de preparação para o vestibular.
Apesar dos desafios, Suelaine acredita que os impactos não são irreversíveis, como outros especialistas
têm apontado. “Você pode recuperar dois anos se houver políticas públicas, compromisso público com a
educação, de forma a desenvolver diferentes ações”, diz ela.
Internet: <novaescola.org.br> (com adaptações).
 
Considerando as informações veiculadas no texto CB1A1-I, julgue o item a seguir.
Os desafios verificados no ensino médio antes da pandemia de covid-19 foram substituídos por outros
durante o período pandêmico, de acordo com o texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2458986
CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEE PE)/SEE PE/Braillista/2023
Língua Portuguesa (Português)- Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CB1A1-I
 
Com altos índices de evasão escolar, baixo engajamento e conteúdos pouco conectados à realidade dos
alunos, o ensino médio já era, antes da pandemia de covid-19, a etapa mais desafiadora da educação
básica. Com o fechamento das escolas e o distanciamento dos estudantes do convívio educacional, os
últimos anos escolares passaram a trazer ainda mais dificuldades a serem enfrentadas — reforçadas
pelas desigualdades raciais, socioeconômicas e de acesso à Internet.
Nenhuma avaliação diagnóstica precisou os prejuízos totais da pandemia para a aprendizagem dos
alunos, mas há alguns estudos que ajudam a entender melhor o cenário. Uma pesquisa realizada pelo
Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
apontou que houve piora em todas as séries avaliadas. Segundo a pesquisa amostral, em matemática, o
desempenho alcançado no 3.º ano do ensino médio foi de 255,3 pontos na escala de proficiência, inferior
aos 261,7 obtidos pelos estudantes ao final do 9.º ano do ensino fundamental no Sistema de Avaliação
da Educação Básica (SAEB) de 2019. Em língua portuguesa, os estudantes do 9.º ano apresentaram uma
queda de 12 pontos, e os do 3.º ano do ensino médio, de 11 pontos.
Após o retorno presencial, estados e municípios ainda têm muito trabalho para identificar os reais
prejuízos, dimensioná-los e encontrar caminhos e soluções para que professores e estudantes possam
retomar a aprendizagem.
Para Suelaine Carneiro, coordenadora de educação na Geledés, organização da sociedade civil que se
posiciona em defesa de mulheres e homens negros, “há um consenso de que não foi possível atender
todos os alunos” na educação pública. “Os dados indicam um baixo número de participação dos
estudantes, somado à impossibilidade de os familiares acompanharem a resolução das tarefas”, afirma.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2458986
1058) 
Mas não fica apenas nisso. “Em termos de aprendizagem, os dados também mostram dificuldades no
que diz respeito à compreensão e à resolução das tarefas.”
De acordo com ela, a situação de alunos negros requer ainda mais atenção. “É preciso prestar atenção
nessa condição: a pessoa já estava vulnerável socialmente, sem a possibilidade de realizar um
isolamento dentro de casa, pois vive em uma casa pequena ou onde não há cômodos suficientes”,
contextualiza Suelaine.
 
Agravada pela pandemia, que engrossou o número de trabalhadores desempregados, a questão
econômica foi um dos grandes fatores que impactou a vida dos estudantes do ensino médio. “Temos
alunos que estão trabalhando no horário de aula, dizendo que precisam ajudar a família, e aos fins de
semana assistem às atividades”, relata a professora Lucenir Ferreira, da Escola Estadual Mário Davi
Andreazza, em Boa Vista (RR). Lucenir conta que muitos alunos chegam a falar que não conseguem
aprender nada e desabafam por sentir que a aprendizagem foi prejudicada, principalmente os que estão
em processo de preparação para o vestibular.
Apesar dos desafios, Suelaine acredita que os impactos não são irreversíveis, como outros especialistas
têm apontado. “Você pode recuperar dois anos se houver políticas públicas, compromisso público com a
educação, de forma a desenvolver diferentes ações”, diz ela.
Internet: <novaescola.org.br> (com adaptações).
 
Considerando as informações veiculadas no texto CB1A1-I, julgue o item a seguir.
 
Entende-se do texto que, durante a pandemia, a aprendizagem dos estudantes do 9.º ano do ensino
fundamental, em matemática e português, foi melhor que a dos estudantes do 3.º ano do ensino médio,
segundo a referida pesquisa da UFJF.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2458987
CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEE PE)/SEE PE/Braillista/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CB1A1-I
 
Com altos índices de evasão escolar, baixo engajamento e conteúdos pouco conectados à realidade dos
alunos, o ensino médio já era, antes da pandemia de covid-19, a etapa mais desafiadora da educação
básica. Com o fechamento das escolas e o distanciamento dos estudantes do convívio educacional, os
últimos anos escolares passaram a trazer ainda mais dificuldades a serem enfrentadas — reforçadas
pelas desigualdades raciais, socioeconômicas e de acesso à Internet.
Nenhuma avaliação diagnóstica precisou os prejuízos totais da pandemia para a aprendizagem dos
alunos, mas há alguns estudos que ajudam a entender melhor o cenário. Uma pesquisa realizada pelo
Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
apontou que houve piora em todas as séries avaliadas. Segundo a pesquisa amostral, em matemática, o
desempenho alcançado no 3.º ano do ensino médio foi de 255,3 pontos na escala de proficiência, inferior
aos 261,7 obtidos pelos estudantes ao final do 9.º ano do ensino fundamental no Sistema de Avaliação
da Educação Básica (SAEB) de 2019. Em língua portuguesa, os estudantes do 9.º ano apresentaram uma
queda de 12 pontos, e os do 3.º ano do ensino médio, de 11 pontos.
Após o retorno presencial, estados e municípios ainda têm muito trabalho para identificar os reais
prejuízos, dimensioná-los e encontrar caminhos e soluções para que professores e estudantes possam
retomar a aprendizagem.
Para Suelaine Carneiro, coordenadora de educação na Geledés, organização da sociedade civil que se
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2458987
1059) 
posiciona em defesa de mulheres e homens negros, “há um consenso de que não foi possível atender
todos os alunos” na educação pública. “Os dados indicam um baixo número de participação dos
estudantes, somado à impossibilidade de os familiares acompanharem a resolução das tarefas”, afirma.
Mas não fica apenas nisso. “Em termos de aprendizagem, os dados também mostram dificuldades no
que diz respeito à compreensão e à resolução das tarefas.”
De acordo com ela, a situação de alunos negros requer ainda mais atenção. “É preciso prestar atenção
nessa condição: a pessoa já estava vulnerável socialmente, sem a possibilidade de realizar um
isolamento dentro de casa, pois vive em uma casa pequena ou onde não há cômodos suficientes”,
contextualiza Suelaine.
 
Agravada pela pandemia, que engrossou o número de trabalhadores desempregados, a questão
econômica foi um dos grandes fatores que impactou a vida dos estudantes do ensino médio. “Temos
alunos que estão trabalhando no horário de aula, dizendo que precisam ajudar a família, e aos fins de
semana assistem às atividades”, relata a professora Lucenir Ferreira, da Escola Estadual Mário Davi
Andreazza, em Boa Vista (RR). Lucenir conta que muitos alunos chegam a falar que não conseguem
aprender nada e desabafam por sentir que a aprendizagem foi prejudicada, principalmente os que estão
em processo de preparação para o vestibular.
Apesar dos desafios, Suelaine acredita que os impactos não são irreversíveis, como outros especialistas
têm apontado. “Você pode recuperar dois anos se houver políticas públicas, compromisso público com a
educação, de forma a desenvolver diferentes ações”, diz ela.
Internet: <novaescola.org.br> (com adaptações).
 
Considerando as informações veiculadas no texto CB1A1-I, julgue o item a seguir.
 
No texto, defende-se que, no retorno à modalidade presencial, podem ser empreendidos esforços
governamentais para mapear mais precisamente os problemas decorrentes do período da pandemia e
para solucioná-los.
Certo
Errado
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CB1A1-I
 
Com altos índices de evasão escolar, baixo engajamento e conteúdos pouco conectados à realidade dos
alunos, o ensino médio já era, antes da pandemia de covid-19, a etapa mais desafiadora da educação
básica. Com o fechamento das escolas e o distanciamento dos estudantes do convívio educacional, os
últimos anos escolares passaram a trazer aindamais dificuldades a serem enfrentadas — reforçadas
pelas desigualdades raciais, socioeconômicas e de acesso à Internet.
Nenhuma avaliação diagnóstica precisou os prejuízos totais da pandemia para a aprendizagem dos
alunos, mas há alguns estudos que ajudam a entender melhor o cenário. Uma pesquisa realizada pelo
Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
apontou que houve piora em todas as séries avaliadas. Segundo a pesquisa amostral, em matemática, o
desempenho alcançado no 3.º ano do ensino médio foi de 255,3 pontos na escala de proficiência, inferior
aos 261,7 obtidos pelos estudantes ao final do 9.º ano do ensino fundamental no Sistema de Avaliação
da Educação Básica (SAEB) de 2019. Em língua portuguesa, os estudantes do 9.º ano apresentaram uma
queda de 12 pontos, e os do 3.º ano do ensino médio, de 11 pontos.
Após o retorno presencial, estados e municípios ainda têm muito trabalho para identificar os reais
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2458988
1060) 
prejuízos, dimensioná-los e encontrar caminhos e soluções para que professores e estudantes possam
retomar a aprendizagem.
Para Suelaine Carneiro, coordenadora de educação na Geledés, organização da sociedade civil que se
posiciona em defesa de mulheres e homens negros, “há um consenso de que não foi possível atender
todos os alunos” na educação pública. “Os dados indicam um baixo número de participação dos
estudantes, somado à impossibilidade de os familiares acompanharem a resolução das tarefas”, afirma.
Mas não fica apenas nisso. “Em termos de aprendizagem, os dados também mostram dificuldades no
que diz respeito à compreensão e à resolução das tarefas.”
De acordo com ela, a situação de alunos negros requer ainda mais atenção. “É preciso prestar atenção
nessa condição: a pessoa já estava vulnerável socialmente, sem a possibilidade de realizar um
isolamento dentro de casa, pois vive em uma casa pequena ou onde não há cômodos suficientes”,
contextualiza Suelaine.
 
Agravada pela pandemia, que engrossou o número de trabalhadores desempregados, a questão
econômica foi um dos grandes fatores que impactou a vida dos estudantes do ensino médio. “Temos
alunos que estão trabalhando no horário de aula, dizendo que precisam ajudar a família, e aos fins de
semana assistem às atividades”, relata a professora Lucenir Ferreira, da Escola Estadual Mário Davi
Andreazza, em Boa Vista (RR). Lucenir conta que muitos alunos chegam a falar que não conseguem
aprender nada e desabafam por sentir que a aprendizagem foi prejudicada, principalmente os que estão
em processo de preparação para o vestibular.
Apesar dos desafios, Suelaine acredita que os impactos não são irreversíveis, como outros especialistas
têm apontado. “Você pode recuperar dois anos se houver políticas públicas, compromisso público com a
educação, de forma a desenvolver diferentes ações”, diz ela.
Internet: <novaescola.org.br> (com adaptações).
 
Considerando as informações veiculadas no texto CB1A1-I, julgue o item a seguir.
 
Infere-se do texto que um dos problemas que contribuíram para o déficit de aprendizagem durante a
pandemia foi o baixo engajamento dos estudantes.
Certo
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CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEE PE)/SEE PE/Braillista/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CB1A1-I
 
Com altos índices de evasão escolar, baixo engajamento e conteúdos pouco conectados à realidade dos
alunos, o ensino médio já era, antes da pandemia de covid-19, a etapa mais desafiadora da educação
básica. Com o fechamento das escolas e o distanciamento dos estudantes do convívio educacional, os
últimos anos escolares passaram a trazer ainda mais dificuldades a serem enfrentadas — reforçadas
pelas desigualdades raciais, socioeconômicas e de acesso à Internet.
Nenhuma avaliação diagnóstica precisou os prejuízos totais da pandemia para a aprendizagem dos
alunos, mas há alguns estudos que ajudam a entender melhor o cenário. Uma pesquisa realizada pelo
Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
apontou que houve piora em todas as séries avaliadas. Segundo a pesquisa amostral, em matemática, o
desempenho alcançado no 3.º ano do ensino médio foi de 255,3 pontos na escala de proficiência, inferior
aos 261,7 obtidos pelos estudantes ao final do 9.º ano do ensino fundamental no Sistema de Avaliação
da Educação Básica (SAEB) de 2019. Em língua portuguesa, os estudantes do 9.º ano apresentaram uma
queda de 12 pontos, e os do 3.º ano do ensino médio, de 11 pontos.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2458990
1061) 
Após o retorno presencial, estados e municípios ainda têm muito trabalho para identificar os reais
prejuízos, dimensioná-los e encontrar caminhos e soluções para que professores e estudantes possam
retomar a aprendizagem.
Para Suelaine Carneiro, coordenadora de educação na Geledés, organização da sociedade civil que se
posiciona em defesa de mulheres e homens negros, “há um consenso de que não foi possível atender
todos os alunos” na educação pública. “Os dados indicam um baixo número de participação dos
estudantes, somado à impossibilidade de os familiares acompanharem a resolução das tarefas”, afirma.
Mas não fica apenas nisso. “Em termos de aprendizagem, os dados também mostram dificuldades no
que diz respeito à compreensão e à resolução das tarefas.”
De acordo com ela, a situação de alunos negros requer ainda mais atenção. “É preciso prestar atenção
nessa condição: a pessoa já estava vulnerável socialmente, sem a possibilidade de realizar um
isolamento dentro de casa, pois vive em uma casa pequena ou onde não há cômodos suficientes”,
contextualiza Suelaine.
 
Agravada pela pandemia, que engrossou o número de trabalhadores desempregados, a questão
econômica foi um dos grandes fatores que impactou a vida dos estudantes do ensino médio. “Temos
alunos que estão trabalhando no horário de aula, dizendo que precisam ajudar a família, e aos fins de
semana assistem às atividades”, relata a professora Lucenir Ferreira, da Escola Estadual Mário Davi
Andreazza, em Boa Vista (RR). Lucenir conta que muitos alunos chegam a falar que não conseguem
aprender nada e desabafam por sentir que a aprendizagem foi prejudicada, principalmente os que estão
em processo de preparação para o vestibular.
Apesar dos desafios, Suelaine acredita que os impactos não são irreversíveis, como outros especialistas
têm apontado. “Você pode recuperar dois anos se houver políticas públicas, compromisso público com a
educação, de forma a desenvolver diferentes ações”, diz ela.
Internet: <novaescola.org.br> (com adaptações).
 
Considerando as informações veiculadas no texto CB1A1-I, julgue o item a seguir.
 
Infere-se do texto que especialistas apontam que os impactos da pandemia na aprendizagem dos
estudantes são irreversíveis.
Certo
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CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEE PE)/SEE PE/Braillista/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CB1A1-I
 
Com altos índices de evasão escolar, baixo engajamento e conteúdos pouco conectados à realidade dos
alunos, o ensino médio já era, antes da pandemia de covid-19, a etapa mais desafiadora da educação
básica. Com o fechamento das escolas e o distanciamento dos estudantes do convívio educacional, os
últimos anos escolares passaram a trazer ainda mais dificuldades a serem enfrentadas — reforçadas
pelas desigualdades raciais, socioeconômicas e de acesso à Internet.
Nenhuma avaliação diagnóstica precisou os prejuízos totais da pandemia para a aprendizagem dos
alunos, mas há alguns estudos que ajudam a entender melhor o cenário. Uma pesquisa realizada pelo
Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
apontou que houve piora em todas as séries avaliadas. Segundo a pesquisa amostral, em matemática, o
desempenho alcançado no 3.º ano do ensino médio foi de 255,3pontos na escala de proficiência, inferior
aos 261,7 obtidos pelos estudantes ao final do 9.º ano do ensino fundamental no Sistema de Avaliação
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1062) 
da Educação Básica (SAEB) de 2019. Em língua portuguesa, os estudantes do 9.º ano apresentaram uma
queda de 12 pontos, e os do 3.º ano do ensino médio, de 11 pontos.
Após o retorno presencial, estados e municípios ainda têm muito trabalho para identificar os reais
prejuízos, dimensioná-los e encontrar caminhos e soluções para que professores e estudantes possam
retomar a aprendizagem.
Para Suelaine Carneiro, coordenadora de educação na Geledés, organização da sociedade civil que se
posiciona em defesa de mulheres e homens negros, “há um consenso de que não foi possível atender
todos os alunos” na educação pública. “Os dados indicam um baixo número de participação dos
estudantes, somado à impossibilidade de os familiares acompanharem a resolução das tarefas”, afirma.
Mas não fica apenas nisso. “Em termos de aprendizagem, os dados também mostram dificuldades no
que diz respeito à compreensão e à resolução das tarefas.”
De acordo com ela, a situação de alunos negros requer ainda mais atenção. “É preciso prestar atenção
nessa condição: a pessoa já estava vulnerável socialmente, sem a possibilidade de realizar um
isolamento dentro de casa, pois vive em uma casa pequena ou onde não há cômodos suficientes”,
contextualiza Suelaine.
 
Agravada pela pandemia, que engrossou o número de trabalhadores desempregados, a questão
econômica foi um dos grandes fatores que impactou a vida dos estudantes do ensino médio. “Temos
alunos que estão trabalhando no horário de aula, dizendo que precisam ajudar a família, e aos fins de
semana assistem às atividades”, relata a professora Lucenir Ferreira, da Escola Estadual Mário Davi
Andreazza, em Boa Vista (RR). Lucenir conta que muitos alunos chegam a falar que não conseguem
aprender nada e desabafam por sentir que a aprendizagem foi prejudicada, principalmente os que estão
em processo de preparação para o vestibular.
Apesar dos desafios, Suelaine acredita que os impactos não são irreversíveis, como outros especialistas
têm apontado. “Você pode recuperar dois anos se houver políticas públicas, compromisso público com a
educação, de forma a desenvolver diferentes ações”, diz ela.
Internet: <novaescola.org.br> (com adaptações).
 
Considerando as informações veiculadas no texto CB1A1-I, julgue o item a seguir.
 
As condições da classe social dos estudantes não foi fator determinante para o prejuízo na
aprendizagem, uma vez que, de acordo com o texto, a situação dos alunos negros é a mais preocupante.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEE PE)/SEE PE/Braillista/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CB1A1-I
 
Com altos índices de evasão escolar, baixo engajamento e conteúdos pouco conectados à realidade dos
alunos, o ensino médio já era, antes da pandemia de covid-19, a etapa mais desafiadora da educação
básica. Com o fechamento das escolas e o distanciamento dos estudantes do convívio educacional, os
últimos anos escolares passaram a trazer ainda mais dificuldades a serem enfrentadas — reforçadas
pelas desigualdades raciais, socioeconômicas e de acesso à Internet.
Nenhuma avaliação diagnóstica precisou os prejuízos totais da pandemia para a aprendizagem dos
alunos, mas há alguns estudos que ajudam a entender melhor o cenário. Uma pesquisa realizada pelo
Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
apontou que houve piora em todas as séries avaliadas. Segundo a pesquisa amostral, em matemática, o
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1063) 
desempenho alcançado no 3.º ano do ensino médio foi de 255,3 pontos na escala de proficiência, inferior
aos 261,7 obtidos pelos estudantes ao final do 9.º ano do ensino fundamental no Sistema de Avaliação
da Educação Básica (SAEB) de 2019. Em língua portuguesa, os estudantes do 9.º ano apresentaram uma
queda de 12 pontos, e os do 3.º ano do ensino médio, de 11 pontos.
Após o retorno presencial, estados e municípios ainda têm muito trabalho para identificar os reais
prejuízos, dimensioná-los e encontrar caminhos e soluções para que professores e estudantes possam
retomar a aprendizagem.
Para Suelaine Carneiro, coordenadora de educação na Geledés, organização da sociedade civil que se
posiciona em defesa de mulheres e homens negros, “há um consenso de que não foi possível atender
todos os alunos” na educação pública. “Os dados indicam um baixo número de participação dos
estudantes, somado à impossibilidade de os familiares acompanharem a resolução das tarefas”, afirma.
Mas não fica apenas nisso. “Em termos de aprendizagem, os dados também mostram dificuldades no
que diz respeito à compreensão e à resolução das tarefas.”
De acordo com ela, a situação de alunos negros requer ainda mais atenção. “É preciso prestar atenção
nessa condição: a pessoa já estava vulnerável socialmente, sem a possibilidade de realizar um
isolamento dentro de casa, pois vive em uma casa pequena ou onde não há cômodos suficientes”,
contextualiza Suelaine.
 
Agravada pela pandemia, que engrossou o número de trabalhadores desempregados, a questão
econômica foi um dos grandes fatores que impactou a vida dos estudantes do ensino médio. “Temos
alunos que estão trabalhando no horário de aula, dizendo que precisam ajudar a família, e aos fins de
semana assistem às atividades”, relata a professora Lucenir Ferreira, da Escola Estadual Mário Davi
Andreazza, em Boa Vista (RR). Lucenir conta que muitos alunos chegam a falar que não conseguem
aprender nada e desabafam por sentir que a aprendizagem foi prejudicada, principalmente os que estão
em processo de preparação para o vestibular.
Apesar dos desafios, Suelaine acredita que os impactos não são irreversíveis, como outros especialistas
têm apontado. “Você pode recuperar dois anos se houver políticas públicas, compromisso público com a
educação, de forma a desenvolver diferentes ações”, diz ela.
Internet: <novaescola.org.br> (com adaptações).
 
A respeito dos sentidos e dos aspectos tipológicos e coesivos do texto CB1A1-I, julgue o próximo item.
 
No quarto parágrafo, a expressão “Mas não fica apenas nisso” estabelece uma relação de causa e
consequência entre duas citações de Suelaine Carneiro.
Certo
Errado
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CG1A1-I
 
Entre 2016 e 2020, 35 mil crianças e adolescentes de 0 a 19 anos de idade foram mortos de forma
violenta no Brasil — uma média de 7 mil por ano. Além disso, de 2017 a 2020, 180 mil sofreram violência
sexual — uma média de 45 mil por ano. É o que revela o documento Panorama da Violência Letal e
Sexual contra Crianças e Adolescentes no Brasil, do Fundo das Nações Unidas para a Infância
(UNICEF) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
Segundo o documento, a violência se dá de forma diferente de acordo com a idade da vítima. Crianças
morrem, com frequência, em decorrência da violência doméstica, perpetrada por um agressor conhecido.
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1064) 
O mesmo vale para a violência sexual contra elas, cometida dentro de casa, por pessoas próximas. Já os
adolescentes morrem, majoritariamente, fora de casa, vítimas da violência armada urbana e do racismo.
Conforme os dados constantes no referido documento, a maioria das vítimas de mortes violentas é
adolescente. Das 35 mil mortes violentas de pessoas com idade até 19 anos identificadas entre 2016 e
2020, mais de 31 mil tinham idade entre 15 e 19 anos. A violência letal, nos estados com dados
disponíveis para a série histórica, teve um pico entre 2016 e 2017, e vem caindo, voltando aos patamares
dos anos anteriores. Ao mesmo tempo, o número de crianças de até 4 anos de idade vítimas de violêncialetal aumenta, o que traz um sinal de alerta.
“A violência contra a criança acontece, principalmente, em casa. A violência contra adolescentes acontece
na rua, com foco em meninos negros. Embora sejam fenômenos complementares e simultâneos, é
crucial entendê-los também em suas diferenças, para desenhar políticas públicas efetivas de prevenção e
resposta às violências”, afirma Florence Bauer, representante do UNICEF no Brasil.
Os dados publicados no panorama foram obtidos pelo FBSP, por meio da Lei de Acesso à Informação.
Foram solicitados a cada estado brasileiro os dados de boletins de ocorrência dos últimos cinco anos,
referentes a mortes violentas intencionais (homicídio doloso; feminicídio; latrocínio; lesão corporal
seguida de morte; e mortes decorrentes de intervenção policial) e violência sexual (estupros e estupros
de vulneráveis) contra crianças e adolescentes. Essas informações não são sistematicamente reunidas e
padronizadas, tratando-se, portanto,de uma análise inédita e essencial para a prevenção e a resposta à
violência contra meninas e meninos.
Internet: <www.unicef.org> (com adaptações).
 
Em relação às ideias veiculadas no texto CG1A1-I, julgue o item que se segue.
Infere-se das informações do texto que, de acordo com o documento mencionado, desde 2018 o número
de crianças de até 4 anos de idade mortas em decorrência de violência tem sido maior que o número de
adolescentes mortos na mesma circunstância.
Certo
Errado
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CG1A1-I
Entre 2016 e 2020, 35 mil crianças e adolescentes de 0 a 19 anos de idade foram mortos de forma
violenta no Brasil — uma média de 7 mil por ano. Além disso, de 2017 a 2020, 180 mil sofreram violência
sexual — uma média de 45 mil por ano. É o que revela o documento Panorama da Violência Letal e
Sexual contra Crianças e Adolescentes no Brasil, do Fundo das Nações Unidas para a Infância
(UNICEF) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
Segundo o documento, a violência se dá de forma diferente de acordo com a idade da vítima. Crianças
morrem, com frequência, em decorrência da violência doméstica, perpetrada por um agressor conhecido.
O mesmo vale para a violência sexual contra elas, cometida dentro de casa, por pessoas próximas. Já os
adolescentes morrem, majoritariamente, fora de casa, vítimas da violência armada urbana e do racismo.
Conforme os dados constantes no referido documento, a maioria das vítimas de mortes violentas é
adolescente. Das 35 mil mortes violentas de pessoas com idade até 19 anos identificadas entre 2016 e
2020, mais de 31 mil tinham idade entre 15 e 19 anos. A violência letal, nos estados com dados
disponíveis para a série histórica, teve um pico entre 2016 e 2017, e vem caindo, voltando aos patamares
dos anos anteriores. Ao mesmo tempo, o número de crianças de até 4 anos de idade vítimas de violência
letal aumenta, o que traz um sinal de alerta.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2503176
1065) 
“A violência contra a criança acontece, principalmente, em casa. A violência contra adolescentes acontece
na rua, com foco em meninos negros. Embora sejam fenômenos complementares e simultâneos, é
crucial entendê-los também em suas diferenças, para desenhar políticas públicas efetivas de prevenção e
resposta às violências”, afirma Florence Bauer, representante do UNICEF no Brasil.
Os dados publicados no panorama foram obtidos pelo FBSP, por meio da Lei de Acesso à Informação.
Foram solicitados a cada estado brasileiro os dados de boletins de ocorrência dos últimos cinco anos,
referentes a mortes violentas intencionais (homicídio doloso; feminicídio; latrocínio; lesão corporal
seguida de morte; e mortes decorrentes de intervenção policial) e violência sexual (estupros e estupros
de vulneráveis) contra crianças e adolescentes. Essas informações não são sistematicamente reunidas e
padronizadas, tratando-se, portanto,de uma análise inédita e essencial para a prevenção e a resposta à
violência contra meninas e meninos.
Internet: <www.unicef.org> (com adaptações).
 
Em relação às ideias veiculadas no texto CG1A1-I, julgue o item que se segue.
 
De acordo com a citação apresentada no quarto parágrafo, a efetividade das políticas públicas voltadas
para o combate à violência contra crianças e à violência contra adolescentes está relacionada ao
entendimento das diferenças existentes entre essas duas formas de violência.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Del Pol (PC AL)/PC AL/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CG1A1-I
Entre 2016 e 2020, 35 mil crianças e adolescentes de 0 a 19 anos de idade foram mortos de forma
violenta no Brasil — uma média de 7 mil por ano. Além disso, de 2017 a 2020, 180 mil sofreram violência
sexual — uma média de 45 mil por ano. É o que revela o documento Panorama da Violência Letal e
Sexual contra Crianças e Adolescentes no Brasil, do Fundo das Nações Unidas para a Infância
(UNICEF) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
Segundo o documento, a violência se dá de forma diferente de acordo com a idade da vítima. Crianças
morrem, com frequência, em decorrência da violência doméstica, perpetrada por um agressor conhecido.
O mesmo vale para a violência sexual contra elas, cometida dentro de casa, por pessoas próximas. Já os
adolescentes morrem, majoritariamente, fora de casa, vítimas da violência armada urbana e do racismo.
Conforme os dados constantes no referido documento, a maioria das vítimas de mortes violentas é
adolescente. Das 35 mil mortes violentas de pessoas com idade até 19 anos identificadas entre 2016 e
2020, mais de 31 mil tinham idade entre 15 e 19 anos. A violência letal, nos estados com dados
disponíveis para a série histórica, teve um pico entre 2016 e 2017, e vem caindo, voltando aos patamares
dos anos anteriores. Ao mesmo tempo, o número de crianças de até 4 anos de idade vítimas de violência
letal aumenta, o que traz um sinal de alerta.
“A violência contra a criança acontece, principalmente, em casa. A violência contra adolescentes acontece
na rua, com foco em meninos negros. Embora sejam fenômenos complementares e simultâneos, é
crucial entendê-los também em suas diferenças, para desenhar políticas públicas efetivas de prevenção e
resposta às violências”, afirma Florence Bauer, representante do UNICEF no Brasil.
Os dados publicados no panorama foram obtidos pelo FBSP, por meio da Lei de Acesso à Informação.
Foram solicitados a cada estado brasileiro os dados de boletins de ocorrência dos últimos cinco anos,
referentes a mortes violentas intencionais (homicídio doloso; feminicídio; latrocínio; lesão corporal
seguida de morte; e mortes decorrentes de intervenção policial) e violência sexual (estupros e estupros
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1066) 
de vulneráveis) contra crianças e adolescentes. Essas informações não são sistematicamente reunidas e
padronizadas, tratando-se, portanto,de uma análise inédita e essencial para a prevenção e a resposta à
violência contra meninas e meninos.
Internet: <www.unicef.org> (com adaptações).
 
Em relação às ideias veiculadas no texto CG1A1-I, julgue o item que se segue.
 
Com base no referido documento do UNICEF e do FBSP, o texto mostra que a violência sofrida pelos
adolescentes, diferentemente daquela sofrida pelas crianças, tem origem predominantemente fora do
ambiente doméstico.
Certo
Errado
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CG1A1-II
O ordenamento jurídico pátrio, embasado pela Constituição Federal de 1988, apresenta capítulo próprio
para a defesa do meio ambiente — algo que nunca havia ocorrido antes na história das constituições
brasileiras. O artigo 225 da Carta Magna transmite a ideia da imprescindibilidade de um meio ambienteecologicamente equilibrado, criando o dever, tanto para o poder público quanto para a coletividade, de
sua preservação. Esse comando é subjacente a todas as relações da República, sejam elas travadas sob
a ordem econômico-financeira, sejam elas derivadas da gestão de direitos e garantias individuais e
coletivos. Ou seja, tudo deverá passar pelo crivo do meio ambiente sadio e equilibrado para a presente e
as futuras gerações.
O Supremo Tribunal Federal, por sua vez, aduziu a interpretação de que o meio ambiente ecologicamente
equilibrado inscrito na Carta Cidadã faz parte do rol de cláusulas pétreas, mas, por não estar contido no
parágrafo 4.º do artigo 60, é tido como uma cláusula pétrea heterotópica, pela sua posição topográfica
em outro capítulo. Diante disso, consagra-se que toda atividade passível de gerar impacto no meio
ambiente deverá ser bem discutida, de modo a evitar quaisquer interferências negativas ao equilíbrio
ambiental. Além disso, inúmeros princípios foram pulverizados nas legislações esparsas que dão
supedâneo ao compromisso inarredável de um meio ambiente livre e contínuo em sua função.
Mais recentemente, o legislador ordinário, na esteira da campanha internacional para com os cuidados do
meio ambiente e dos animais, acrescentou novos parágrafos ao art. 32 da Lei n.º 9.605/1998 (que
dispõe sobre penalidades às ações lesivas ao meio ambiente), por meio da Lei n.º 14.064/2020. Com
isso, trouxe o aumento de pena para os atos de maus-tratos, ferimentos, mutilações, entre outros, contra
cães e gatos. Uma inovação na matéria, pois confere proteção específica, de forma exclusiva e precisa, a
dois animais domesticáveis que fazem parte da convivência de uma grande parcela do povo brasileiro.
Primeiramente, é imprescindível analisar tal sanção no que se refere aos animais silvestres, domésticos
ou domesticados (da nossa fauna ou de outros países, mas que aqui se encontrem), sem a especificação
de nenhuma espécie, nenhum epíteto. Ora, a pena é de detenção, de três meses a um ano, e multa. No
entanto, com o parágrafo 1.º-A, há uma rotação inevitável de aumento de pena para tais condutas
quando estas forem desferidas contra cães e gatos, e uma sanção de reclusão, de dois anos a cinco
anos, multa e proibição da guarda. Certamente, trata-se de situação peculiar e que traz implicâncias de
várias searas ao ordenamento jurídico.
Internet: <https://jus.com.br> (com adaptações).
 
Com base nas ideias do texto CG1A1-II, julgue o item seguinte.
O texto trata da presença da questão ambiental na Constituição Federal de 1988 como um avanço em
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1067) 
relação às constituições brasileiras anteriores.
Certo
Errado
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CG1A1-II
O ordenamento jurídico pátrio, embasado pela Constituição Federal de 1988, apresenta capítulo próprio
para a defesa do meio ambiente — algo que nunca havia ocorrido antes na história das constituições
brasileiras. O artigo 225 da Carta Magna transmite a ideia da imprescindibilidade de um meio ambiente
ecologicamente equilibrado, criando o dever, tanto para o poder público quanto para a coletividade, de
sua preservação. Esse comando é subjacente a todas as relações da República, sejam elas travadas sob
a ordem econômico-financeira, sejam elas derivadas da gestão de direitos e garantias individuais e
coletivos. Ou seja, tudo deverá passar pelo crivo do meio ambiente sadio e equilibrado para a presente e
as futuras gerações.
O Supremo Tribunal Federal, por sua vez, aduziu a interpretação de que o meio ambiente ecologicamente
equilibrado inscrito na Carta Cidadã faz parte do rol de cláusulas pétreas, mas, por não estar contido no
parágrafo 4.º do artigo 60, é tido como uma cláusula pétrea heterotópica, pela sua posição topográfica
em outro capítulo. Diante disso, consagra-se que toda atividade passível de gerar impacto no meio
ambiente deverá ser bem discutida, de modo a evitar quaisquer interferências negativas ao equilíbrio
ambiental. Além disso, inúmeros princípios foram pulverizados nas legislações esparsas que dão
supedâneo ao compromisso inarredável de um meio ambiente livre e contínuo em sua função.
Mais recentemente, o legislador ordinário, na esteira da campanha internacional para com os cuidados do
meio ambiente e dos animais, acrescentou novos parágrafos ao art. 32 da Lei n.º 9.605/1998 (que
dispõe sobre penalidades às ações lesivas ao meio ambiente), por meio da Lei n.º 14.064/2020. Com
isso, trouxe o aumento de pena para os atos de maus-tratos, ferimentos, mutilações, entre outros, contra
cães e gatos. Uma inovação na matéria, pois confere proteção específica, de forma exclusiva e precisa, a
dois animais domesticáveis que fazem parte da convivência de uma grande parcela do povo brasileiro.
Primeiramente, é imprescindível analisar tal sanção no que se refere aos animais silvestres, domésticos
ou domesticados (da nossa fauna ou de outros países, mas que aqui se encontrem), sem a especificação
de nenhuma espécie, nenhum epíteto. Ora, a pena é de detenção, de três meses a um ano, e multa. No
entanto, com o parágrafo 1.º-A, há uma rotação inevitável de aumento de pena para tais condutas
quando estas forem desferidas contra cães e gatos, e uma sanção de reclusão, de dois anos a cinco
anos, multa e proibição da guarda. Certamente, trata-se de situação peculiar e que traz implicâncias de
várias searas ao ordenamento jurídico.
Internet: <https://jus.com.br> (com adaptações).
 
Com base nas ideias do texto CG1A1-II, julgue o item seguinte.
 
Destaca-se, no texto, uma crítica à localização do capítulo referente ao meio ambiente na Constituição
Federal de 1988, uma vez que a questão não é inserida no rol de cláusulas pétreas presente no artigo
60.
Certo
Errado
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2503409
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2503410
1068) 
1069) 
Texto CG1A1-II
O ordenamento jurídico pátrio, embasado pela Constituição Federal de 1988, apresenta capítulo próprio
para a defesa do meio ambiente — algo que nunca havia ocorrido antes na história das constituições
brasileiras. O artigo 225 da Carta Magna transmite a ideia da imprescindibilidade de um meio ambiente
ecologicamente equilibrado, criando o dever, tanto para o poder público quanto para a coletividade, de
sua preservação. Esse comando é subjacente a todas as relações da República, sejam elas travadas sob
a ordem econômico-financeira, sejam elas derivadas da gestão de direitos e garantias individuais e
coletivos. Ou seja, tudo deverá passar pelo crivo do meio ambiente sadio e equilibrado para a presente e
as futuras gerações.
O Supremo Tribunal Federal, por sua vez, aduziu a interpretação de que o meio ambiente ecologicamente
equilibrado inscrito na Carta Cidadã faz parte do rol de cláusulas pétreas, mas, por não estar contido no
parágrafo 4.º do artigo 60, é tido como uma cláusula pétrea heterotópica, pela sua posição topográfica
em outro capítulo. Diante disso, consagra-se que toda atividade passível de gerar impacto no meio
ambiente deverá ser bem discutida, de modo a evitar quaisquer interferências negativas ao equilíbrio
ambiental. Além disso, inúmeros princípios foram pulverizados nas legislações esparsas que dão
supedâneo ao compromisso inarredável de um meio ambiente livre e contínuo em sua função.
Mais recentemente, o legislador ordinário, na esteira da campanha internacional para com os cuidados do
meio ambiente e dos animais, acrescentou novos parágrafos ao art. 32 da Lei n.º 9.605/1998 (que
dispõe sobre penalidades às ações lesivas ao meio ambiente), por meio da Lei n.º 14.064/2020. Com
isso, trouxe o aumento de pena para os atos de maus-tratos, ferimentos, mutilações, entre outros, contra
cães e gatos. Uma inovaçãona matéria, pois confere proteção específica, de forma exclusiva e precisa, a
dois animais domesticáveis que fazem parte da convivência de uma grande parcela do povo brasileiro.
Primeiramente, é imprescindível analisar tal sanção no que se refere aos animais silvestres, domésticos
ou domesticados (da nossa fauna ou de outros países, mas que aqui se encontrem), sem a especificação
de nenhuma espécie, nenhum epíteto. Ora, a pena é de detenção, de três meses a um ano, e multa. No
entanto, com o parágrafo 1.º-A, há uma rotação inevitável de aumento de pena para tais condutas
quando estas forem desferidas contra cães e gatos, e uma sanção de reclusão, de dois anos a cinco
anos, multa e proibição da guarda. Certamente, trata-se de situação peculiar e que traz implicâncias de
várias searas ao ordenamento jurídico.
Internet: <https://jus.com.br> (com adaptações).
 
Com base nas ideias do texto CG1A1-II, julgue o item seguinte.
 
Evidencia-se, no texto, a ideia de que, não fosse o tratamento dado à questão ambiental na Constituição
Federal de 1988, o meio ambiente sadio e equilibrado para a presente e para as futuras gerações estaria
seriamente ameaçado.
Certo
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CEBRASPE (CESPE) - Del Pol (PC AL)/PC AL/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CG1A1-II
O ordenamento jurídico pátrio, embasado pela Constituição Federal de 1988, apresenta capítulo próprio
para a defesa do meio ambiente — algo que nunca havia ocorrido antes na história das constituições
brasileiras. O artigo 225 da Carta Magna transmite a ideia da imprescindibilidade de um meio ambiente
ecologicamente equilibrado, criando o dever, tanto para o poder público quanto para a coletividade, de
sua preservação. Esse comando é subjacente a todas as relações da República, sejam elas travadas sob
a ordem econômico-financeira, sejam elas derivadas da gestão de direitos e garantias individuais e
coletivos. Ou seja, tudo deverá passar pelo crivo do meio ambiente sadio e equilibrado para a presente e
as futuras gerações.
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1070) 
O Supremo Tribunal Federal, por sua vez, aduziu a interpretação de que o meio ambiente ecologicamente
equilibrado inscrito na Carta Cidadã faz parte do rol de cláusulas pétreas, mas, por não estar contido no
parágrafo 4.º do artigo 60, é tido como uma cláusula pétrea heterotópica, pela sua posição topográfica
em outro capítulo. Diante disso, consagra-se que toda atividade passível de gerar impacto no meio
ambiente deverá ser bem discutida, de modo a evitar quaisquer interferências negativas ao equilíbrio
ambiental. Além disso, inúmeros princípios foram pulverizados nas legislações esparsas que dão
supedâneo ao compromisso inarredável de um meio ambiente livre e contínuo em sua função.
Mais recentemente, o legislador ordinário, na esteira da campanha internacional para com os cuidados do
meio ambiente e dos animais, acrescentou novos parágrafos ao art. 32 da Lei n.º 9.605/1998 (que
dispõe sobre penalidades às ações lesivas ao meio ambiente), por meio da Lei n.º 14.064/2020. Com
isso, trouxe o aumento de pena para os atos de maus-tratos, ferimentos, mutilações, entre outros, contra
cães e gatos. Uma inovação na matéria, pois confere proteção específica, de forma exclusiva e precisa, a
dois animais domesticáveis que fazem parte da convivência de uma grande parcela do povo brasileiro.
Primeiramente, é imprescindível analisar tal sanção no que se refere aos animais silvestres, domésticos
ou domesticados (da nossa fauna ou de outros países, mas que aqui se encontrem), sem a especificação
de nenhuma espécie, nenhum epíteto. Ora, a pena é de detenção, de três meses a um ano, e multa. No
entanto, com o parágrafo 1.º-A, há uma rotação inevitável de aumento de pena para tais condutas
quando estas forem desferidas contra cães e gatos, e uma sanção de reclusão, de dois anos a cinco
anos, multa e proibição da guarda. Certamente, trata-se de situação peculiar e que traz implicâncias de
várias searas ao ordenamento jurídico.
Internet: <https://jus.com.br> (com adaptações).
 
Julgue o seguinte item, que se referem a aspectos linguísticos do texto CG1A1-II.
No primeiro parágrafo, o vocábulo “subjacente” (terceiro período) indica a forma não explícita como o
crivo do meio ambiente sadio e equilibrado para a presente e as futuras gerações está presente em todas
as relações da República.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - ATM (Pref Fortaleza)/Pref Fortaleza/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CG1A1-I
Responsabilidade fiscal combina com responsabilidade social?
Quando analistas do mercado financeiro e economistas ditos “ortodoxos” referem-se à necessidade de
haver responsabilidade fiscal, parece, à primeira vista, que estão se referindo à necessidade de o Estado
não realizar gastos (ou abrir mão de receitas públicas) de modo descontrolado, eleitoreiro e ineficiente,
aumentando aceleradamente a dívida pública (em proporção do PIB) sem um planejamento econômico-
orçamentário de médio e longo prazo. Se fosse somente isso, se fossem somente essas as suas
preocupações, não haveria muita polêmica, visto que os políticos e os economistas que questionam a
visão do mercado financeiro também concordam com esses parâmetros para qualificar a
responsabilidade fiscal.
O problema está em alguns diagnósticos e causalidades evocados pelos economistas porta-vozes do
mercado financeiro, que podemos sintetizar em duas ideias centrais.
A primeira ideia central é a de que a economia brasileira apresentaria historicamente um sério “risco
fiscal”, suficiente para tirar o sono daqueles que compram títulos da dívida pública. Exatamente por esse
grave risco fiscal, argumenta o economista ortodoxo, é que haveria a necessidade de o Banco Central
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1071) 
manter a taxa de juros reais nas alturas, colocando o Brasil quase sempre na posição de país com a
maior taxa de juros reais no mundo. Os maiores juros reais do mundo seriam uma espécie de prêmio
exigido de modo justo e justificado pelos “investidores” que emprestam seus recursos ao governo: maior
risco, maior incerteza, maior prêmio — uma simples e sadia “lei do mercado”.
A segunda ideia central é a de que a inflação decorreria de um excesso de demanda na economia. Não
adianta apresentar dados objetivos indicando que, em muitos casos, a inflação é gerada por choques de
oferta que nada têm a ver com excesso de demanda. A partir desse diagnóstico imutável (e imune aos
fatos) de que a inflação — ou o risco de inflação — seria sempre um problema de excesso de demanda,
os porta-vozes do mercado estão sempre cobrando do governo que colabore para a redução da demanda
e modere seus gastos (exceto o gasto com os juros da dívida pública), e estão sempre cobrando do
Banco Central que aumente a taxa básica de juros diante de qualquer tipo de sinal de pressão
inflacionária, pois o aumento dos juros causa refluxo da demanda — demissões, queda nos investimentos
— e esse refluxo da demanda combateria eficazmente a inflação.
Podemos agora formular com precisão: o mercado financeiro não vê antagonismo entre responsabilidade
fiscal e responsabilidade social porque, em sua visão, a primeira é sempre uma pré- condição para a
segunda. Como o mercado financeiro sempre vê um risco fiscal significativo na economia brasileira,
nunca estará satisfeito com o nível de responsabilidade fiscal demonstrado pelo governo, nunca achará
que já estamos em condições de avançar com segurança nas tarefas sociais e sempre tachará de
“populista” ou “demagógica” qualquer alternativa que signifique abandonar esse beco sem saída ao qual
o país foi condenado nas últimas décadas.
Internet: <anima.pucminas.br> (com adaptações).
 
Considerando as informações veiculadas no texto CG1A1-I e a argumentação desenvolvida por seu
autor, julgue o item a seguir.
O autor analisa a relação entre responsabilidadesocial e responsabilidade fiscal, aderindo ao ponto de
vista dos economistas ortodoxos.
Certo
Errado
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Texto CG1A1-I
Responsabilidade fiscal combina com responsabilidade social?
Quando analistas do mercado financeiro e economistas ditos “ortodoxos” referem-se à necessidade de
haver responsabilidade fiscal, parece, à primeira vista, que estão se referindo à necessidade de o Estado
não realizar gastos (ou abrir mão de receitas públicas) de modo descontrolado, eleitoreiro e ineficiente,
aumentando aceleradamente a dívida pública (em proporção do PIB) sem um planejamento econômico-
orçamentário de médio e longo prazo. Se fosse somente isso, se fossem somente essas as suas
preocupações, não haveria muita polêmica, visto que os políticos e os economistas que questionam a
visão do mercado financeiro também concordam com esses parâmetros para qualificar a
responsabilidade fiscal.
O problema está em alguns diagnósticos e causalidades evocados pelos economistas porta-vozes do
mercado financeiro, que podemos sintetizar em duas ideias centrais.
A primeira ideia central é a de que a economia brasileira apresentaria historicamente um sério “risco
fiscal”, suficiente para tirar o sono daqueles que compram títulos da dívida pública. Exatamente por esse
grave risco fiscal, argumenta o economista ortodoxo, é que haveria a necessidade de o Banco Central
manter a taxa de juros reais nas alturas, colocando o Brasil quase sempre na posição de país com a
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1072) 
maior taxa de juros reais no mundo. Os maiores juros reais do mundo seriam uma espécie de prêmio
exigido de modo justo e justificado pelos “investidores” que emprestam seus recursos ao governo: maior
risco, maior incerteza, maior prêmio — uma simples e sadia “lei do mercado”.
A segunda ideia central é a de que a inflação decorreria de um excesso de demanda na economia. Não
adianta apresentar dados objetivos indicando que, em muitos casos, a inflação é gerada por choques de
oferta que nada têm a ver com excesso de demanda. A partir desse diagnóstico imutável (e imune aos
fatos) de que a inflação — ou o risco de inflação — seria sempre um problema de excesso de demanda,
os porta-vozes do mercado estão sempre cobrando do governo que colabore para a redução da demanda
e modere seus gastos (exceto o gasto com os juros da dívida pública), e estão sempre cobrando do
Banco Central que aumente a taxa básica de juros diante de qualquer tipo de sinal de pressão
inflacionária, pois o aumento dos juros causa refluxo da demanda — demissões, queda nos investimentos
— e esse refluxo da demanda combateria eficazmente a inflação.
Podemos agora formular com precisão: o mercado financeiro não vê antagonismo entre responsabilidade
fiscal e responsabilidade social porque, em sua visão, a primeira é sempre uma pré- condição para a
segunda. Como o mercado financeiro sempre vê um risco fiscal significativo na economia brasileira,
nunca estará satisfeito com o nível de responsabilidade fiscal demonstrado pelo governo, nunca achará
que já estamos em condições de avançar com segurança nas tarefas sociais e sempre tachará de
“populista” ou “demagógica” qualquer alternativa que signifique abandonar esse beco sem saída ao qual
o país foi condenado nas últimas décadas.
Internet: <anima.pucminas.br> (com adaptações).
 
Considerando as informações veiculadas no texto CG1A1-I e a argumentação desenvolvida por seu
autor, julgue o item a seguir.
 
De acordo com os sentidos suscitados pelo texto, os “economistas ‘ortodoxos’” e os “economistas porta-
vozes do mercado financeiro” possuem perspectivas semelhantes a respeito da economia brasileira.
Certo
Errado
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Responsabilidade fiscal combina com responsabilidade social?
Quando analistas do mercado financeiro e economistas ditos “ortodoxos” referem-se à necessidade de
haver responsabilidade fiscal, parece, à primeira vista, que estão se referindo à necessidade de o Estado
não realizar gastos (ou abrir mão de receitas públicas) de modo descontrolado, eleitoreiro e ineficiente,
aumentando aceleradamente a dívida pública (em proporção do PIB) sem um planejamento econômico-
orçamentário de médio e longo prazo. Se fosse somente isso, se fossem somente essas as suas
preocupações, não haveria muita polêmica, visto que os políticos e os economistas que questionam a
visão do mercado financeiro também concordam com esses parâmetros para qualificar a
responsabilidade fiscal.
O problema está em alguns diagnósticos e causalidades evocados pelos economistas porta-vozes do
mercado financeiro, que podemos sintetizar em duas ideias centrais.
A primeira ideia central é a de que a economia brasileira apresentaria historicamente um sério “risco
fiscal”, suficiente para tirar o sono daqueles que compram títulos da dívida pública. Exatamente por esse
grave risco fiscal, argumenta o economista ortodoxo, é que haveria a necessidade de o Banco Central
manter a taxa de juros reais nas alturas, colocando o Brasil quase sempre na posição de país com a
maior taxa de juros reais no mundo. Os maiores juros reais do mundo seriam uma espécie de prêmio
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exigido de modo justo e justificado pelos “investidores” que emprestam seus recursos ao governo: maior
risco, maior incerteza, maior prêmio — uma simples e sadia “lei do mercado”.
A segunda ideia central é a de que a inflação decorreria de um excesso de demanda na economia. Não
adianta apresentar dados objetivos indicando que, em muitos casos, a inflação é gerada por choques de
oferta que nada têm a ver com excesso de demanda. A partir desse diagnóstico imutável (e imune aos
fatos) de que a inflação — ou o risco de inflação — seria sempre um problema de excesso de demanda,
os porta-vozes do mercado estão sempre cobrando do governo que colabore para a redução da demanda
e modere seus gastos (exceto o gasto com os juros da dívida pública), e estão sempre cobrando do
Banco Central que aumente a taxa básica de juros diante de qualquer tipo de sinal de pressão
inflacionária, pois o aumento dos juros causa refluxo da demanda — demissões, queda nos investimentos
— e esse refluxo da demanda combateria eficazmente a inflação.
Podemos agora formular com precisão: o mercado financeiro não vê antagonismo entre responsabilidade
fiscal e responsabilidade social porque, em sua visão, a primeira é sempre uma pré- condição para a
segunda. Como o mercado financeiro sempre vê um risco fiscal significativo na economia brasileira,
nunca estará satisfeito com o nível de responsabilidade fiscal demonstrado pelo governo, nunca achará
que já estamos em condições de avançar com segurança nas tarefas sociais e sempre tachará de
“populista” ou “demagógica” qualquer alternativa que signifique abandonar esse beco sem saída ao qual
o país foi condenado nas últimas décadas.
Internet: <anima.pucminas.br> (com adaptações).
 
Considerando as informações veiculadas no texto CG1A1-I e a argumentação desenvolvida por seu
autor, julgue o item a seguir.
 
É correto afirmar que, segundo a perspectiva argumentativa adotada no texto, a “segunda ideia central”,
mencionada no quinto parágrafo, é uma consequência da “primeira ideia central”, mencionada no quarto
parágrafo.
Certo
Errado
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Texto CB1A1-I 
Em uma de suas últimas entrevistas, o antropólogo Darcy Ribeiro (1922-1997) relatou que havia fugido
do hospital onde se submetia a tratamento contra um câncer, para terminar o livro que considerava o
coroamento de sua obra: O povobrasileiro, publicado em 1995. Na mesma entrevista, reconhecia ser
um homem de “muitas peles”: foi etnólogo indigenista, antropólogo, educador, gestor público, político
militante e romancista. Entretanto, dizia ter fracassado em sua missão de tornar o Brasil aquilo que
“poderia ser”.
“Darcy Ribeiro é uma figura fascinante e um dos autores latino-americanos que projetaram mais futuros.
Em alguns dos textos, ele parece comentar em voz alta as alternativas, utópicas e distópicas, para o
Brasil e a América Latina”, observa o sociólogo Fabrício Pereira da Silva. “Este é um momento excelente
para reexaminar suas ideias, suas utopias e seus projetos.”
Sua carreira de educador teve início na Escola Brasileira de Administração Pública, da Fundação Getúlio
Vargas, no Rio de Janeiro, onde, durante dois anos, ensinou etnologia brasileira. Na mesma época,
participou da fundação do Museu do Índio, em 1953, e, dois anos mais tarde, da criação do primeiro
curso de pós-graduação em antropologia cultural no Brasil. Ao deixar o Serviço de Proteção aos Índios,
lecionou na Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Nesse período,
desenvolveu trabalhos com o pedagogo Anísio Teixeira (1900-1971), uma das principais referências em
educação no Brasil e defensor do ensino básico integral. Sua influência perduraria por toda a trajetória de
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1074) 
Darcy Ribeiro e se concretizaria no projeto dos centros integrados de educação pública (CIEP), escolas
de tempo integral criadas no Rio de Janeiro nos anos 80 do século passado.
A crítica ao colonialismo, a análise dos povos latino-americanos e a valorização do ponto de vista
indígena fazem da obra de Darcy Ribeiro uma fonte de inspiração para pesquisadores do campo de
estudos pós-coloniais e decoloniais, de acordo com Pereira da Silva. “São releituras e apropriações,
porque, quando ele publicou, esses termos não eram usados. A tendência ao evolucionismo e ao
eurocentrismo de seus primeiros anos deu lugar, no exílio, a uma visão mais diversificada, em que a
América Latina aparece como um polo civilizacional”, afirma.
Apesar de ter sido reitor, fundador e reformador de universidades, Darcy viveu a maior parte de sua
carreira fora de instituições universitárias brasileiras. Entretanto, jamais deixou de refletir sobre seu
projeto para o ensino superior. Publicou livros como A universidade necessária e La universidad
latinoamericana, em que expôs seu projeto baseado em interdisciplinaridade, investimento em
pesquisa científica avançada, compromisso social e participação do corpo discente na tomada de
decisões.
Diego Viana. Darcy Ribeiro: a chama da utopia. Revista Pesquisa FAPESP, 30/10/2022 (com adaptações).
 
A respeito das ideias do texto CB1A1-I, julgue o item a seguir.
De acordo com o texto, Darcy Ribeiro se considerava fracassado por ter-se dedicado a muitas áreas do
conhecimento.
Certo
Errado
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Texto CB1A1-I 
Em uma de suas últimas entrevistas, o antropólogo Darcy Ribeiro (1922-1997) relatou que havia fugido
do hospital onde se submetia a tratamento contra um câncer, para terminar o livro que considerava o
coroamento de sua obra: O povo brasileiro, publicado em 1995. Na mesma entrevista, reconhecia ser
um homem de “muitas peles”: foi etnólogo indigenista, antropólogo, educador, gestor público, político
militante e romancista. Entretanto, dizia ter fracassado em sua missão de tornar o Brasil aquilo que
“poderia ser”.
“Darcy Ribeiro é uma figura fascinante e um dos autores latino-americanos que projetaram mais futuros.
Em alguns dos textos, ele parece comentar em voz alta as alternativas, utópicas e distópicas, para o
Brasil e a América Latina”, observa o sociólogo Fabrício Pereira da Silva. “Este é um momento excelente
para reexaminar suas ideias, suas utopias e seus projetos.”
Sua carreira de educador teve início na Escola Brasileira de Administração Pública, da Fundação Getúlio
Vargas, no Rio de Janeiro, onde, durante dois anos, ensinou etnologia brasileira. Na mesma época,
participou da fundação do Museu do Índio, em 1953, e, dois anos mais tarde, da criação do primeiro
curso de pós-graduação em antropologia cultural no Brasil. Ao deixar o Serviço de Proteção aos Índios,
lecionou na Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Nesse período,
desenvolveu trabalhos com o pedagogo Anísio Teixeira (1900-1971), uma das principais referências em
educação no Brasil e defensor do ensino básico integral. Sua influência perduraria por toda a trajetória de
Darcy Ribeiro e se concretizaria no projeto dos centros integrados de educação pública (CIEP), escolas
de tempo integral criadas no Rio de Janeiro nos anos 80 do século passado.
A crítica ao colonialismo, a análise dos povos latino-americanos e a valorização do ponto de vista
indígena fazem da obra de Darcy Ribeiro uma fonte de inspiração para pesquisadores do campo de
estudos pós-coloniais e decoloniais, de acordo com Pereira da Silva. “São releituras e apropriações,
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1075) 
porque, quando ele publicou, esses termos não eram usados. A tendência ao evolucionismo e ao
eurocentrismo de seus primeiros anos deu lugar, no exílio, a uma visão mais diversificada, em que a
América Latina aparece como um polo civilizacional”, afirma.
Apesar de ter sido reitor, fundador e reformador de universidades, Darcy viveu a maior parte de sua
carreira fora de instituições universitárias brasileiras. Entretanto, jamais deixou de refletir sobre seu
projeto para o ensino superior. Publicou livros como A universidade necessária e La universidad
latinoamericana, em que expôs seu projeto baseado em interdisciplinaridade, investimento em
pesquisa científica avançada, compromisso social e participação do corpo discente na tomada de
decisões.
Diego Viana. Darcy Ribeiro: a chama da utopia. Revista Pesquisa FAPESP, 30/10/2022 (com adaptações).
 
A respeito das ideias do texto CB1A1-I, julgue o item a seguir.
 
Com o emprego da expressão ‘em voz alta’ (segundo parágrafo), o sociólogo Fabrício Pereira da Silva
sugere uma semelhança entre a escrita de Darcy Ribeiro e o discurso falado.
Certo
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Texto CB1A1-I
 
Em uma de suas últimas entrevistas, o antropólogo Darcy Ribeiro (1922-1997) relatou que havia fugido
do hospital onde se submetia a tratamento contra um câncer, para terminar o livro que considerava o
coroamento de sua obra: O povo brasileiro, publicado em 1995. Na mesma entrevista, reconhecia ser
um homem de “muitas peles”: foi etnólogo indigenista, antropólogo, educador, gestor público, político
militante e romancista. Entretanto, dizia ter fracassado em sua missão de tornar o Brasil aquilo que
“poderia ser”.
“Darcy Ribeiro é uma figura fascinante e um dos autores latino-americanos que projetaram mais futuros.
Em alguns dos textos, ele parece comentar em voz alta as alternativas, utópicas e distópicas, para o
Brasil e a América Latina”, observa o sociólogo Fabrício Pereira da Silva. “Este é um momento excelente
para reexaminar suas ideias, suas utopias e seus projetos.”
Sua carreira de educador teve início na Escola Brasileira de Administração Pública, da Fundação Getúlio
Vargas, no Rio de Janeiro, onde, durante dois anos, ensinou etnologia brasileira. Na mesma época,
participou da fundação do Museu do Índio, em 1953, e, dois anos mais tarde, da criação do primeiro
curso de pós-graduação em antropologia cultural no Brasil. Ao deixar o Serviço de Proteção aos Índios,
lecionou na Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Nesse período,
desenvolveu trabalhos com o pedagogo Anísio Teixeira(1900-1971), uma das principais referências em
educação no Brasil e defensor do ensino básico integral. Sua influência perduraria por toda a trajetória de
Darcy Ribeiro e se concretizaria no projeto dos centros integrados de educação pública (CIEP), escolas
de tempo integral criadas no Rio de Janeiro nos anos 80 do século passado.
A crítica ao colonialismo, a análise dos povos latino-americanos e a valorização do ponto de vista
indígena fazem da obra de Darcy Ribeiro uma fonte de inspiração para pesquisadores do campo de
estudos pós-coloniais e decoloniais, de acordo com Pereira da Silva. “São releituras e apropriações,
porque, quando ele publicou, esses termos não eram usados. A tendência ao evolucionismo e ao
eurocentrismo de seus primeiros anos deu lugar, no exílio, a uma visão mais diversificada, em que a
América Latina aparece como um polo civilizacional”, afirma.
Apesar de ter sido reitor, fundador e reformador de universidades, Darcy viveu a maior parte de sua
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carreira fora de instituições universitárias brasileiras. Entretanto, jamais deixou de refletir sobre seu
projeto para o ensino superior. Publicou livros como A universidade necessária e La universidad
latinoamericana, em que expôs seu projeto baseado em interdisciplinaridade, investimento em
pesquisa científica avançada, compromisso social e participação do corpo discente na tomada de
decisões.
Diego Viana. Darcy Ribeiro: a chama da utopia. Revista Pesquisa FAPESP, 30/10/2022 (com adaptações).
 
A respeito das ideias do texto CB1A1-I, julgue o item a seguir.
 
O texto informa que Darcy Ribeiro foi pioneiro no campo educacional de antropologia cultural no Brasil.
Certo
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Texto CB1A1-I 
Em uma de suas últimas entrevistas, o antropólogo Darcy Ribeiro (1922-1997) relatou que havia fugido
do hospital onde se submetia a tratamento contra um câncer, para terminar o livro que considerava o
coroamento de sua obra: O povo brasileiro, publicado em 1995. Na mesma entrevista, reconhecia ser
um homem de “muitas peles”: foi etnólogo indigenista, antropólogo, educador, gestor público, político
militante e romancista. Entretanto, dizia ter fracassado em sua missão de tornar o Brasil aquilo que
“poderia ser”.
“Darcy Ribeiro é uma figura fascinante e um dos autores latino-americanos que projetaram mais futuros.
Em alguns dos textos, ele parece comentar em voz alta as alternativas, utópicas e distópicas, para o
Brasil e a América Latina”, observa o sociólogo Fabrício Pereira da Silva. “Este é um momento excelente
para reexaminar suas ideias, suas utopias e seus projetos.”
Sua carreira de educador teve início na Escola Brasileira de Administração Pública, da Fundação Getúlio
Vargas, no Rio de Janeiro, onde, durante dois anos, ensinou etnologia brasileira. Na mesma época,
participou da fundação do Museu do Índio, em 1953, e, dois anos mais tarde, da criação do primeiro
curso de pós-graduação em antropologia cultural no Brasil. Ao deixar o Serviço de Proteção aos Índios,
lecionou na Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Nesse período,
desenvolveu trabalhos com o pedagogo Anísio Teixeira (1900-1971), uma das principais referências em
educação no Brasil e defensor do ensino básico integral. Sua influência perduraria por toda a trajetória de
Darcy Ribeiro e se concretizaria no projeto dos centros integrados de educação pública (CIEP), escolas
de tempo integral criadas no Rio de Janeiro nos anos 80 do século passado.
A crítica ao colonialismo, a análise dos povos latino-americanos e a valorização do ponto de vista
indígena fazem da obra de Darcy Ribeiro uma fonte de inspiração para pesquisadores do campo de
estudos pós-coloniais e decoloniais, de acordo com Pereira da Silva. “São releituras e apropriações,
porque, quando ele publicou, esses termos não eram usados. A tendência ao evolucionismo e ao
eurocentrismo de seus primeiros anos deu lugar, no exílio, a uma visão mais diversificada, em que a
América Latina aparece como um polo civilizacional”, afirma.
Apesar de ter sido reitor, fundador e reformador de universidades, Darcy viveu a maior parte de sua
carreira fora de instituições universitárias brasileiras. Entretanto, jamais deixou de refletir sobre seu
projeto para o ensino superior. Publicou livros como A universidade necessária e La universidad
latinoamericana, em que expôs seu projeto baseado em interdisciplinaridade, investimento em
pesquisa científica avançada, compromisso social e participação do corpo discente na tomada de
decisões.
Diego Viana. Darcy Ribeiro: a chama da utopia. Revista Pesquisa FAPESP, 30/10/2022 (com adaptações).
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A respeito das ideias do texto CB1A1-I, julgue o item a seguir.
 
Infere-se do texto que Darcy Ribeiro atuou pouco tempo como professor universitário no Brasil.
Certo
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Texto CB1A1-I 
Em uma de suas últimas entrevistas, o antropólogo Darcy Ribeiro (1922-1997) relatou que havia fugido
do hospital onde se submetia a tratamento contra um câncer, para terminar o livro que considerava o
coroamento de sua obra: O povo brasileiro, publicado em 1995. Na mesma entrevista, reconhecia ser
um homem de “muitas peles”: foi etnólogo indigenista, antropólogo, educador, gestor público, político
militante e romancista. Entretanto, dizia ter fracassado em sua missão de tornar o Brasil aquilo que
“poderia ser”.
“Darcy Ribeiro é uma figura fascinante e um dos autores latino-americanos que projetaram mais futuros.
Em alguns dos textos, ele parece comentar em voz alta as alternativas, utópicas e distópicas, para o
Brasil e a América Latina”, observa o sociólogo Fabrício Pereira da Silva. “Este é um momento excelente
para reexaminar suas ideias, suas utopias e seus projetos.”
Sua carreira de educador teve início na Escola Brasileira de Administração Pública, da Fundação Getúlio
Vargas, no Rio de Janeiro, onde, durante dois anos, ensinou etnologia brasileira. Na mesma época,
participou da fundação do Museu do Índio, em 1953, e, dois anos mais tarde, da criação do primeiro
curso de pós-graduação em antropologia cultural no Brasil. Ao deixar o Serviço de Proteção aos Índios,
lecionou na Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Nesse período,
desenvolveu trabalhos com o pedagogo Anísio Teixeira (1900-1971), uma das principais referências em
educação no Brasil e defensor do ensino básico integral. Sua influência perduraria por toda a trajetória de
Darcy Ribeiro e se concretizaria no projeto dos centros integrados de educação pública (CIEP), escolas
de tempo integral criadas no Rio de Janeiro nos anos 80 do século passado.
A crítica ao colonialismo, a análise dos povos latino-americanos e a valorização do ponto de vista
indígena fazem da obra de Darcy Ribeiro uma fonte de inspiração para pesquisadores do campo de
estudos pós-coloniais e decoloniais, de acordo com Pereira da Silva. “São releituras e apropriações,
porque, quando ele publicou, esses termos não eram usados. A tendência ao evolucionismo e ao
eurocentrismo de seus primeiros anos deu lugar, no exílio, a uma visão mais diversificada, em que a
América Latina aparece como um polo civilizacional”, afirma.
Apesar de ter sido reitor, fundador e reformador de universidades, Darcy viveu a maior parte de sua
carreira fora de instituições universitárias brasileiras. Entretanto, jamais deixou de refletir sobre seu
projeto para o ensino superior. Publicou livros como A universidade necessária e La universidad
latinoamericana, em que expôs seu projeto baseado em interdisciplinaridade, investimento em
pesquisa científica avançada,compromisso social e participação do corpo discente na tomada de
decisões.
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De acordo com o texto, Darcy Ribeiro era rotulado como pensador pós-colonial.
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Texto CB1A1-I 
Em uma de suas últimas entrevistas, o antropólogo Darcy Ribeiro (1922-1997) relatou que havia fugido
do hospital onde se submetia a tratamento contra um câncer, para terminar o livro que considerava o
coroamento de sua obra: O povo brasileiro, publicado em 1995. Na mesma entrevista, reconhecia ser
um homem de “muitas peles”: foi etnólogo indigenista, antropólogo, educador, gestor público, político
militante e romancista. Entretanto, dizia ter fracassado em sua missão de tornar o Brasil aquilo que
“poderia ser”.
“Darcy Ribeiro é uma figura fascinante e um dos autores latino-americanos que projetaram mais futuros.
Em alguns dos textos, ele parece comentar em voz alta as alternativas, utópicas e distópicas, para o
Brasil e a América Latina”, observa o sociólogo Fabrício Pereira da Silva. “Este é um momento excelente
para reexaminar suas ideias, suas utopias e seus projetos.”
Sua carreira de educador teve início na Escola Brasileira de Administração Pública, da Fundação Getúlio
Vargas, no Rio de Janeiro, onde, durante dois anos, ensinou etnologia brasileira. Na mesma época,
participou da fundação do Museu do Índio, em 1953, e, dois anos mais tarde, da criação do primeiro
curso de pós-graduação em antropologia cultural no Brasil. Ao deixar o Serviço de Proteção aos Índios,
lecionou na Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Nesse período,
desenvolveu trabalhos com o pedagogo Anísio Teixeira (1900-1971), uma das principais referências em
educação no Brasil e defensor do ensino básico integral. Sua influência perduraria por toda a trajetória de
Darcy Ribeiro e se concretizaria no projeto dos centros integrados de educação pública (CIEP), escolas
de tempo integral criadas no Rio de Janeiro nos anos 80 do século passado.
A crítica ao colonialismo, a análise dos povos latino-americanos e a valorização do ponto de vista
indígena fazem da obra de Darcy Ribeiro uma fonte de inspiração para pesquisadores do campo de
estudos pós-coloniais e decoloniais, de acordo com Pereira da Silva. “São releituras e apropriações,
porque, quando ele publicou, esses termos não eram usados. A tendência ao evolucionismo e ao
eurocentrismo de seus primeiros anos deu lugar, no exílio, a uma visão mais diversificada, em que a
América Latina aparece como um polo civilizacional”, afirma.
Apesar de ter sido reitor, fundador e reformador de universidades, Darcy viveu a maior parte de sua
carreira fora de instituições universitárias brasileiras. Entretanto, jamais deixou de refletir sobre seu
projeto para o ensino superior. Publicou livros como A universidade necessária e La universidad
latinoamericana, em que expôs seu projeto baseado em interdisciplinaridade, investimento em
pesquisa científica avançada, compromisso social e participação do corpo discente na tomada de
decisões.
Diego Viana. Darcy Ribeiro: a chama da utopia. Revista Pesquisa FAPESP, 30/10/2022 (com adaptações).
 
A respeito das ideias do texto CB1A1-I, julgue o item a seguir.
 
O texto apresenta elementos do projeto pensado por Darcy Ribeiro para o ensino superior brasileiro.
Certo
Errado
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto 8A3
O AMOR BATE NA AORTA
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https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2534486
Cantiga do amor sem eira
nem beira,
vira o mundo de cabeça
para baixo,
suspende a saia das mulheres,
tira os óculos dos homens,
o amor, seja como for,
é o amor.
Meu bem, não chores,
hoje tem filme de Carlito!
O amor bate na porta,
o amor bate na aorta,
fui abrir e me constipei.
Cardíaco e melancólico,
o amor ronca na horta
entre pés de laranjeira
entre uvas meio verdes
e desejos já maduros.
Entre uvas meio verdes,
meu amor, não te atormentes.
Certos ácidos adoçam
a boca murcha dos velhos
e quando os dentes não mordem
e quando os braços não prendem
o amor faz uma cócega
o amor desenha uma curva
propõe uma geometria.
Amor é bicho instruído.
Olha: o amor pulou o muro
o amor subiu na árvore
em tempo de se estrepar.
Pronto, o amor se estrepou.
Daqui estou vendo o sangue
que escorre do corpo andrógino.
Essa ferida, meu bem,
às vezes não sara nunca
às vezes sara amanhã.
Daqui estou vendo o amor
irritado, desapontado,
mas também vejo outras coisas:
vejo corpos, vejo almas
vejo beijos que se beijam
ouço mãos que se conversam
e que viajam sem mapa.
Vejo muitas outras coisas
que não ouso compreender…
Carlos Drummond de Andrade,
Poesia Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2006, p. 46-48 (com adaptações).
 
1080) 
Considerando as ideias e os sentidos do texto 8A3, julgue o item a seguir.
 
A expressão “sem eira, nem beira” (primeira estrofe), que geralmente faz referência à ausência de
recursos materiais, tem seu sentido ampliado para contemplar o sentimento de desamparo vinculado à
desordem provocada pelo amor.
Certo
Errado
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto 8A3
O AMOR BATE NA AORTA
Cantiga do amor sem eira
nem beira,
vira o mundo de cabeça
para baixo,
suspende a saia das mulheres,
tira os óculos dos homens,
o amor, seja como for,
é o amor.
Meu bem, não chores,
hoje tem filme de Carlito!
O amor bate na porta,
o amor bate na aorta,
fui abrir e me constipei.
Cardíaco e melancólico,
o amor ronca na horta
entre pés de laranjeira
entre uvas meio verdes
e desejos já maduros.
Entre uvas meio verdes,
meu amor, não te atormentes.
Certos ácidos adoçam
a boca murcha dos velhos
e quando os dentes não mordem
e quando os braços não prendem
o amor faz uma cócega
o amor desenha uma curva
propõe uma geometria.
Amor é bicho instruído.
Olha: o amor pulou o muro
o amor subiu na árvore
em tempo de se estrepar.
Pronto, o amor se estrepou.
Daqui estou vendo o sangue
que escorre do corpo andrógino.
Essa ferida, meu bem,
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1081) 
1082) 
às vezes não sara nunca
às vezes sara amanhã.
Daqui estou vendo o amor
irritado, desapontado,
mas também vejo outras coisas:
vejo corpos, vejo almas
vejo beijos que se beijam
ouço mãos que se conversam
e que viajam sem mapa.
Vejo muitas outras coisas
que não ouso compreender…
Carlos Drummond de Andrade,
Poesia Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2006, p. 46-48 (com adaptações).
 
Considerando as ideias e os sentidos do texto 8A3, julgue o item a seguir.
 
Entende-se da leitura da penúltima estrofe que o “corpo andrógino” do qual o sangue escorre remete ao
corpo do eu lírico.
Certo
Errado
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto 8A4-I
Em um encontro casual, duas pessoas conversam sobre o tempo:
— Esfriou um pouco, né?
— É, mas na semana passada estava mais frio. Hoje está fazendo sol.
 
Considerando o texto 8A4-I, julgue o item a seguir.
Nesse diálogo, um dos interlocutores demonstra seu objetivo específico de comprovar conhecimento
especializado acerca do clima.
Certo
Errado
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
TextoOs pais pediram que o menino fosse dormir cedo para que pudesse acordar à hora da passagem do ano.
A julgar pela insistência da recomendação, o ano não passaria se ele não se deitasse. O que seria,
francamente, um problemão — e para o mundo todo. Se o ano não virasse, tudo o que estava para
acontecer a partir da meia-noite bruscamente ficaria retido nas malas, nos pacotes, na escuridão. Por
respeito à humanidade, o garoto acatou. Quer dizer, mais ou menos — ficaria na cama de olhos
fechados, igual quando brincava de morto, mas dormir mesmo não dormiria. Só estando acordado seria
possível devassar de vez o mistério da passagem do ano.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2534625
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2535769
1083) 
Os adultos mentem muito, sabia. Até mesmo sua mãe, que lhe pede não mentir nunca, inventava
histórias quando ele perguntava “como era a cara do ano velho e do ano novo”. Sempre lhe respondiam,
com sorrisos enigmáticos que não esclarecem nada, que tudo dependia da sua maneira de olhar. Mas
olhar o quê? O ano velho indo embora tal qual um balão, “subindo, perdendo gás, perdendo gás, até
acabar muito chocho”? Ou a chegada do novo, que descia de paraquedas na praça General Osório,
trazendo uma mochila munida de “talco, escova de dentes e pombas”, para soltar em sinal de paz e
alegria? Pouca coisa fazia sentido naquela cabeça de menino.
Confinado em seu quarto, correu para a janela depois do beijo materno de boa noite e ali ficou, vigia do
réveillon. Era preciso guardar o céu, pois com certeza “o ano passa no ar”. Mas o que faria, então, tanta
gente na rua, tanto carro buzinando, sem ninguém olhando para cima? Já estavam, decerto,
acostumados. “É ruim, ficar acostumado: não se vê mais nada, as coisas vão se apagando”, concluiu a
criança da crônica de Drummond. Ninguém ia perceber a passagem do ano.
Desiludido, o menino pegou no sono e acordou no chão, apavorado com o estrondo da virada. Foi
correndo para a sala, onde os adultos, falando um pouco arrastado, tinham perdido o jeito comum, o
jeito diurno. “Ele passou?”, quis saber. Carinhosa, a mãe levou-o de volta para o quarto, encostou o rosto
em seu rosto e rogou-lhe que dormisse outra vez. O ano passara sem que ele o visse. Bem que sua mãe
tinha alertado: só dependia da maneira de olhar... e ele não acertara com a maneira.
Guilherme Tauil. Para o ano que chega. Internet: < https://cronicabrasileira.org.br> (com adaptações).
 
Julgue o item que se segue, a respeito das ideias e estruturas linguísticas do texto.
Entende-se do texto que “o menino” queria ver a passagem do ano, mas acabou dormindo e só acordou
com os estrondos dos fogos.
Certo
Errado
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto
 
Os pais pediram que o menino fosse dormir cedo para que pudesse acordar à hora da passagem do ano.
A julgar pela insistência da recomendação, o ano não passaria se ele não se deitasse. O que seria,
francamente, um problemão — e para o mundo todo. Se o ano não virasse, tudo o que estava para
acontecer a partir da meia-noite bruscamente ficaria retido nas malas, nos pacotes, na escuridão. Por
respeito à humanidade, o garoto acatou. Quer dizer, mais ou menos — ficaria na cama de olhos
fechados, igual quando brincava de morto, mas dormir mesmo não dormiria. Só estando acordado seria
possível devassar de vez o mistério da passagem do ano.
Os adultos mentem muito, sabia. Até mesmo sua mãe, que lhe pede não mentir nunca, inventava
histórias quando ele perguntava “como era a cara do ano velho e do ano novo”. Sempre lhe respondiam,
com sorrisos enigmáticos que não esclarecem nada, que tudo dependia da sua maneira de olhar. Mas
olhar o quê? O ano velho indo embora tal qual um balão, “subindo, perdendo gás, perdendo gás, até
acabar muito chocho”? Ou a chegada do novo, que descia de paraquedas na praça General Osório,
trazendo uma mochila munida de “talco, escova de dentes e pombas”, para soltar em sinal de paz e
alegria? Pouca coisa fazia sentido naquela cabeça de menino.
Confinado em seu quarto, correu para a janela depois do beijo materno de boa noite e ali ficou, vigia do
réveillon. Era preciso guardar o céu, pois com certeza “o ano passa no ar”. Mas o que faria, então, tanta
gente na rua, tanto carro buzinando, sem ninguém olhando para cima? Já estavam, decerto,
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2535770
1084) 
1085) 
acostumados. “É ruim, ficar acostumado: não se vê mais nada, as coisas vão se apagando”, concluiu a
criança da crônica de Drummond. Ninguém ia perceber a passagem do ano.
Desiludido, o menino pegou no sono e acordou no chão, apavorado com o estrondo da virada. Foi
correndo para a sala, onde os adultos, falando um pouco arrastado, tinham perdido o jeito comum, o
jeito diurno. “Ele passou?”, quis saber. Carinhosa, a mãe levou-o de volta para o quarto, encostou o rosto
em seu rosto e rogou-lhe que dormisse outra vez. O ano passara sem que ele o visse. Bem que sua mãe
tinha alertado: só dependia da maneira de olhar... e ele não acertara com a maneira.
Guilherme Tauil. Para o ano que chega. Internet: < https://cronicabrasileira.org.br> (com adaptações).
 
Julgue o item que se segue, a respeito das ideias e estruturas linguísticas do texto.
O último período do texto faz referência ao terceiro período do segundo parágrafo.
Certo
Errado
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto
 
Em 1898, Nikola Tesla impressionou quem assistiu à sua apresentação na Feira Electrical Exhibition, que
aconteceu no (então recém-inaugurado) Madison Square Garden, em Nova York.
Em uma piscina, o cientista colocou um barco em miniatura — que, de repente, começou a se mover
sozinho. A plateia, boquiaberta, logo o indagou sobre o feito. Tesla disse que havia equipado o barco
com um “sistema inteligente”, capaz de responder, inclusive, a comandos de direção.
As pessoas, então, gritaram para que a miniatura navegasse para frente, para o lado, para trás… E o
barquinho obedeceu, como se estivesse “ouvindo” as ordens. Mentira. Tesla estava comandando tudo à
distância. Cortesia de sua invenção: o primeiro sistema de controle remoto via ondas de rádio.
Hoje, claro, ninguém cairia no truque do barquinho. Mas, naquela época, quase ninguém conhecia as
propriedades da radiotransmissão — a primeira transmissão transatlântica, feita pelo italiano Guglielmo
Marconi, havia acontecido apenas um ano antes, em 1897. Tesla, assim como Marconi, foi um dos
precursores desse campo de estudo, que revolucionou o modo como nos comunicamos.
Rafael Battaglia. Internet: <https://super.abril.com.br/cultura> (com adaptações).
 
Com base nas ideias do texto, julgue os itens a seguir.
Entende-se da leitura do texto que o ‘sistema inteligente’ ao qual Tesla se referiu, durante sua
apresentação na Feira Electrical Exhibition, era o sistema de controle remoto via ondas de rádio.
Certo
Errado
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Texto
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2535809
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2535811
1086) 
Em 1898, Nikola Tesla impressionou quem assistiu à sua apresentação na Feira Electrical Exhibition, que
aconteceu no (então recém-inaugurado) Madison Square Garden, em Nova York.
Em uma piscina, o cientista colocou um barco em miniatura — que, de repente, começou a se mover
sozinho. A plateia, boquiaberta, logo o indagou sobre o feito. Tesla disse que havia equipado o barco
com um “sistema inteligente”, capaz de responder, inclusive, a comandos de direção.
As pessoas, então, gritaram para que a miniatura navegasse para frente, para o lado, para trás… E o
barquinho obedeceu, como se estivesse “ouvindo” as ordens. Mentira. Tesla estavacomandando tudo à
distância. Cortesia de sua invenção: o primeiro sistema de controle remoto via ondas de rádio.
Hoje, claro, ninguém cairia no truque do barquinho. Mas, naquela época, quase ninguém conhecia as
propriedades da radiotransmissão — a primeira transmissão transatlântica, feita pelo italiano Guglielmo
Marconi, havia acontecido apenas um ano antes, em 1897. Tesla, assim como Marconi, foi um dos
precursores desse campo de estudo, que revolucionou o modo como nos comunicamos.
Rafael Battaglia. Internet: <https://super.abril.com.br/cultura> (com adaptações).
 
Com base nas ideias do texto, julgue os itens a seguir.
De acordo com as informações do texto, a plateia que assistia à apresentação de Tesla ficou
impressionada com o movimento do barco em miniatura na piscina por acreditar que ele obedecia ao
comando de vozes.
Certo
Errado
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto
 
Em 1898, Nikola Tesla impressionou quem assistiu à sua apresentação na Feira Electrical Exhibition, que
aconteceu no (então recém-inaugurado) Madison Square Garden, em Nova York.
Em uma piscina, o cientista colocou um barco em miniatura — que, de repente, começou a se mover
sozinho. A plateia, boquiaberta, logo o indagou sobre o feito. Tesla disse que havia equipado o barco
com um “sistema inteligente”, capaz de responder, inclusive, a comandos de direção.
As pessoas, então, gritaram para que a miniatura navegasse para frente, para o lado, para trás… E o
barquinho obedeceu, como se estivesse “ouvindo” as ordens. Mentira. Tesla estava comandando tudo à
distância. Cortesia de sua invenção: o primeiro sistema de controle remoto via ondas de rádio.
Hoje, claro, ninguém cairia no truque do barquinho. Mas, naquela época, quase ninguém conhecia as
propriedades da radiotransmissão — a primeira transmissão transatlântica, feita pelo italiano Guglielmo
Marconi, havia acontecido apenas um ano antes, em 1897. Tesla, assim como Marconi, foi um dos
precursores desse campo de estudo, que revolucionou o modo como nos comunicamos.
Rafael Battaglia. Internet: <https://super.abril.com.br/cultura> (com adaptações).
 
Com base nas ideias do texto, julgue os itens a seguir.
Depreende-se dos sentidos do texto que Tesla já havia feito a primeira transmissão transatlântica via
ondas de rádio em 1897, ou seja, um ano antes de sua apresentação no Madison Square Garden.
Certo
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1087) 
1088) 
Errado
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto
 
O Estado moderno exerce um papel importante na moldagem da distribuição de renda e do bem-estar
entre seus cidadãos, moderando as desigualdades geradas pela economia de mercado. Ele busca esses
objetivos por intermédio de várias políticas públicas, como o estabelecimento do arcabouço legal do
ambiente de negócios, a regulação da concorrência econômica, a provisão de bens e serviços públicos, a
promoção de transferências monetárias às famílias de baixa renda e a arrecadação dos tributos
necessários a seu financiamento.
Entre as principais funções do Estado, sob a ótica das finanças públicas, está a função redistributiva. Essa
função está basicamente associada a ajustamentos no perfil da distribuição de renda, uma vez que as
alocações de mercado podem levar a uma situação de desigualdade não apoiada pelos anseios gerais da
população. Nesse caso, o equilíbrio de mercado pode passar a gerar conflitos e a interferir no
funcionamento da própria sociedade.
Um importante instrumento à disposição do Estado para exercer sua função distributiva é, naturalmente,
o sistema tributário. Por meio dele, o governo pode ajustar a renda dos cidadãos, taxando mais algumas
rendas e menos outras, de forma a atingir uma distribuição final mais equitativa. Um sistema tributário
progressivo é aquele no qual os impostos aumentam mais que proporcionalmente com o aumento da
renda dos contribuintes. O sistema regressivo ocorre quando o pagamento dos impostos aumenta menos
que proporcionalmente com a renda dos contribuintes e proporcional (ou neutro) quando os impostos
aumentam proporcionalmente com a renda.
O sistema de impostos progressivo tende a reduzir a desigualdade de renda entre os cidadãos. No
contexto do sistema tributário de qualquer país, o tributo que melhor possibilita a aplicação do princípio
da progressividade é o imposto de renda da pessoa física (IRPF). O IRPF brasileiro apresenta elevada
progressividade em termos de desvio da proporcionalidade e moderada capacidade redistributiva, em
função da baixa representatividade da arrecadação frente à renda bruta total do país. A progressividade
do tributo brasileiro advém essencialmente da estrutura de alíquotas, sendo que a estrutura das
deduções do rendimento bruto é proporcional e, portanto, neutra em termos de progressividade.
Internet: <https://www.scielo.br/> (com adaptações).
 
Considerando os sentidos do texto, julgue o item a seguir.
 
Segundo argumento do autor do texto, é papel do Estado reiterar as alocações de renda do mercado.
Certo
Errado
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto
 
O Estado moderno exerce um papel importante na moldagem da distribuição de renda e do bem-estar
entre seus cidadãos, moderando as desigualdades geradas pela economia de mercado. Ele busca esses
objetivos por intermédio de várias políticas públicas, como o estabelecimento do arcabouço legal do
ambiente de negócios, a regulação da concorrência econômica, a provisão de bens e serviços públicos, a
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1089) 
promoção de transferências monetárias às famílias de baixa renda e a arrecadação dos tributos
necessários a seu financiamento.
Entre as principais funções do Estado, sob a ótica das finanças públicas, está a função redistributiva. Essa
função está basicamente associada a ajustamentos no perfil da distribuição de renda, uma vez que as
alocações de mercado podem levar a uma situação de desigualdade não apoiada pelos anseios gerais da
população. Nesse caso, o equilíbrio de mercado pode passar a gerar conflitos e a interferir no
funcionamento da própria sociedade.
Um importante instrumento à disposição do Estado para exercer sua função distributiva é, naturalmente,
o sistema tributário. Por meio dele, o governo pode ajustar a renda dos cidadãos, taxando mais algumas
rendas e menos outras, de forma a atingir uma distribuição final mais equitativa. Um sistema tributário
progressivo é aquele no qual os impostos aumentam mais que proporcionalmente com o aumento da
renda dos contribuintes. O sistema regressivo ocorre quando o pagamento dos impostos aumenta menos
que proporcionalmente com a renda dos contribuintes e proporcional (ou neutro) quando os impostos
aumentam proporcionalmente com a renda.
O sistema de impostos progressivo tende a reduzir a desigualdade de renda entre os cidadãos. No
contexto do sistema tributário de qualquer país, o tributo que melhor possibilita a aplicação do princípio
da progressividade é o imposto de renda da pessoa física (IRPF). O IRPF brasileiro apresenta elevada
progressividade em termos de desvio da proporcionalidade e moderada capacidade redistributiva, em
função da baixa representatividade da arrecadação frente à renda bruta total do país. A progressividade
do tributo brasileiro advém essencialmente da estrutura de alíquotas, sendo que a estrutura das
deduções do rendimento bruto é proporcional e, portanto, neutra em termos de progressividade.
Internet: <https://www.scielo.br/> (com adaptações).
 
Considerando os sentidos do texto, julgue o item a seguir.
 
Entende-seda leitura do texto que o sistema tributário progressivo contribui para o Estado exercer a sua
função redistributiva.
Certo
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto
 
O Estado moderno exerce um papel importante na moldagem da distribuição de renda e do bem-estar
entre seus cidadãos, moderando as desigualdades geradas pela economia de mercado. Ele busca esses
objetivos por intermédio de várias políticas públicas, como o estabelecimento do arcabouço legal do
ambiente de negócios, a regulação da concorrência econômica, a provisão de bens e serviços públicos, a
promoção de transferências monetárias às famílias de baixa renda e a arrecadação dos tributos
necessários a seu financiamento.
Entre as principais funções do Estado, sob a ótica das finanças públicas, está a função redistributiva. Essa
função está basicamente associada a ajustamentos no perfil da distribuição de renda, uma vez que as
alocações de mercado podem levar a uma situação de desigualdade não apoiada pelos anseios gerais da
população. Nesse caso, o equilíbrio de mercado pode passar a gerar conflitos e a interferir no
funcionamento da própria sociedade.
Um importante instrumento à disposição do Estado para exercer sua função distributiva é, naturalmente,
o sistema tributário. Por meio dele, o governo pode ajustar a renda dos cidadãos, taxando mais algumas
rendas e menos outras, de forma a atingir uma distribuição final mais equitativa. Um sistema tributário
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2588876
1090) 
progressivo é aquele no qual os impostos aumentam mais que proporcionalmente com o aumento da
renda dos contribuintes. O sistema regressivo ocorre quando o pagamento dos impostos aumenta menos
que proporcionalmente com a renda dos contribuintes e proporcional (ou neutro) quando os impostos
aumentam proporcionalmente com a renda.
O sistema de impostos progressivo tende a reduzir a desigualdade de renda entre os cidadãos. No
contexto do sistema tributário de qualquer país, o tributo que melhor possibilita a aplicação do princípio
da progressividade é o imposto de renda da pessoa física (IRPF). O IRPF brasileiro apresenta elevada
progressividade em termos de desvio da proporcionalidade e moderada capacidade redistributiva, em
função da baixa representatividade da arrecadação frente à renda bruta total do país. A progressividade
do tributo brasileiro advém essencialmente da estrutura de alíquotas, sendo que a estrutura das
deduções do rendimento bruto é proporcional e, portanto, neutra em termos de progressividade.
Internet: <https://www.scielo.br/> (com adaptações).
 
Considerando os sentidos do texto, julgue o item a seguir.
 
De acordo com o texto, a regressividade tributária é a característica predominante do IRPF brasileiro.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Ana TI (FUB)/FUB/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Em 1978, recebi o título de doutor honoris causa da Sorbonne. Dei, então, um testemunho
pessoal, aproveitando a oportunidade única de autoapreciação que a velha Universidade me abria. Sendo
quem sou, jamais a perderia.
“Senhoras e senhores:
Obrigado. Muito obrigado pelo honroso título que me conferem. Eu me pergunto se o mereci. Talvez sim,
não, certamente, por qualquer feito, ou qualidade minha. Sim, como consolidação de meus muitos
fracassos.
Fracassei como antropólogo no propósito mais generoso que me propus: salvar os índios do Brasil. Sim,
simplesmente salvá-los. Isto foi o que quis. Isto é o que tento há trinta anos. Sem êxito.
Fracassei também na minha principal meta como Ministro da Educação: a de pôr em marcha um
programa educacional que permitisse escolarizar todas as crianças brasileiras. Elas não foram
escolarizadas. Menos da metade das nossas crianças completam quatro séries de estudos primários.
Fracassei, por igual, nos dois objetivos maiores que me propus como político e como homem do governo:
o de realizar a reforma agrária e de pôr sob o controle do Estado o capital estrangeiro de caráter mais
aventureiro e voraz.
Outro fracasso meu, nosso, que me dói especialmente rememorar neste augusto recinto da Sorbonne foi
o de reitor da Universidade de Brasília. Tentamos lá, com o melhor da intelectualidade brasileira, e
tentamos em vão, dar à nova capital do Brasil a universidade necessária ao desenvolvimento nacional
autônomo. Ousamos ali — e esta foi a maior façanha da minha geração — repensar radicalmente a
universidade, como instituição central da civilização, com o objetivo de refazê-la desde as bases. Refazê-
la para que, em vez de ser universidade-fruto, reflexo do desenvolvimento social e cultural prévio da
sociedade que mantém, fosse uma universidade-semente, destinada a cumprir a função inversa, de
promover o desenvolvimento.
Nosso propósito era plantar na cidade-capital a sede da consciência crítica brasileira que para lá
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2600948
1091) 
convocasse todo o saber humano e todo élan revolucionário, para a única missão que realmente importa
ao intelectual dos povos que fracassaram na história: a de expressar suas potencialidades por uma
civilização própria.
O que pedíamos à Universidade de Brasília é que se organizasse para atuar como um acelerador da
história, que nos ajudasse a superar o círculo vicioso do subdesenvolvimento, o qual, quanto mais
progride, mais gera dependência e subdesenvolvimento.
Desses fracassos da minha vida inteira, que são os únicos orgulhos que eu tenho dela, eu me sinto
compensado pelo título que a Universidade de Paris VII me confere aqui, agora. Compensado e
estimulado a retomar minha luta contra o genocídio e o etnocídio das populações indígenas; e contra
todos que querem manter o povo brasileiro atado ao atraso e à dependência.
Obrigado. Muito obrigado.”
Darcy Ribeiro. Testemunho. São Paulo: Editora Siciliano, 1990 (com adaptações).
 
A respeito das ideias, dos aspectos linguísticos e da classificação tipológica do texto anterior, julgue o
item seguinte.
No texto, Darcy Ribeiro recorre a um raciocínio que, embora seja bem fundamentado e coerente, pauta-
se em um recurso fundado por contradições, uma vez que ele utiliza o vocábulo fracasso em alusão ao
que se poderia considerar uma carreira de sucesso.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Ana TI (FUB)/FUB/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Em 1978, recebi o título de doutor honoris causa da Sorbonne. Dei, então, um testemunho
pessoal, aproveitando a oportunidade única de autoapreciação que a velha Universidade me abria. Sendo
quem sou, jamais a perderia.
“Senhoras e senhores:
Obrigado. Muito obrigado pelo honroso título que me conferem. Eu me pergunto se o mereci. Talvez sim,
não, certamente, por qualquer feito, ou qualidade minha. Sim, como consolidação de meus muitos
fracassos.
Fracassei como antropólogo no propósito mais generoso que me propus: salvar os índios do Brasil. Sim,
simplesmente salvá-los. Isto foi o que quis. Isto é o que tento há trinta anos. Sem êxito.
Fracassei também na minha principal meta como Ministro da Educação: a de pôr em marcha um
programa educacional que permitisse escolarizar todas as crianças brasileiras. Elas não foram
escolarizadas. Menos da metade das nossas crianças completam quatro séries de estudos primários.
Fracassei, por igual, nos dois objetivos maiores que me propus como político e como homem do governo:
o de realizar a reforma agrária e de pôr sob o controle do Estado o capital estrangeiro de caráter mais
aventureiro e voraz.
Outro fracasso meu, nosso, que me dói especialmente rememorar neste augusto recinto da Sorbonne foi
o de reitor da Universidade de Brasília. Tentamos lá, com o melhor da intelectualidade brasileira, e
tentamos em vão, dar à nova capital do Brasil a universidade necessária ao desenvolvimentonacional
autônomo. Ousamos ali — e esta foi a maior façanha da minha geração — repensar radicalmente a
universidade, como instituição central da civilização, com o objetivo de refazê-la desde as bases. Refazê-
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2600951
1092) 
la para que, em vez de ser universidade-fruto, reflexo do desenvolvimento social e cultural prévio da
sociedade que mantém, fosse uma universidade-semente, destinada a cumprir a função inversa, de
promover o desenvolvimento.
Nosso propósito era plantar na cidade-capital a sede da consciência crítica brasileira que para lá
convocasse todo o saber humano e todo élan revolucionário, para a única missão que realmente importa
ao intelectual dos povos que fracassaram na história: a de expressar suas potencialidades por uma
civilização própria.
O que pedíamos à Universidade de Brasília é que se organizasse para atuar como um acelerador da
história, que nos ajudasse a superar o círculo vicioso do subdesenvolvimento, o qual, quanto mais
progride, mais gera dependência e subdesenvolvimento.
Desses fracassos da minha vida inteira, que são os únicos orgulhos que eu tenho dela, eu me sinto
compensado pelo título que a Universidade de Paris VII me confere aqui, agora. Compensado e
estimulado a retomar minha luta contra o genocídio e o etnocídio das populações indígenas; e contra
todos que querem manter o povo brasileiro atado ao atraso e à dependência.
Obrigado. Muito obrigado.”
Darcy Ribeiro. Testemunho. São Paulo: Editora Siciliano, 1990 (com adaptações).
 
A respeito das ideias, dos aspectos linguísticos e da classificação tipológica do texto anterior, julgue o
item seguinte.
 
É correto afirmar que as declarações de Darcy Ribeiro em seu discurso são abalizadas, dada sua
reputação baseada no saber e na experiência, o que torna supérflua a prova dos fatos mencionados.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Ana TI (FUB)/FUB/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Em 1978, recebi o título de doutor honoris causa da Sorbonne. Dei, então, um testemunho
pessoal, aproveitando a oportunidade única de autoapreciação que a velha Universidade me abria. Sendo
quem sou, jamais a perderia.
“Senhoras e senhores:
Obrigado. Muito obrigado pelo honroso título que me conferem. Eu me pergunto se o mereci. Talvez sim,
não, certamente, por qualquer feito, ou qualidade minha. Sim, como consolidação de meus muitos
fracassos.
Fracassei como antropólogo no propósito mais generoso que me propus: salvar os índios do Brasil. Sim,
simplesmente salvá-los. Isto foi o que quis. Isto é o que tento há trinta anos. Sem êxito.
Fracassei também na minha principal meta como Ministro da Educação: a de pôr em marcha um
programa educacional que permitisse escolarizar todas as crianças brasileiras. Elas não foram
escolarizadas. Menos da metade das nossas crianças completam quatro séries de estudos primários.
Fracassei, por igual, nos dois objetivos maiores que me propus como político e como homem do governo:
o de realizar a reforma agrária e de pôr sob o controle do Estado o capital estrangeiro de caráter mais
aventureiro e voraz.
Outro fracasso meu, nosso, que me dói especialmente rememorar neste augusto recinto da Sorbonne foi
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2600952
1093) 
o de reitor da Universidade de Brasília. Tentamos lá, com o melhor da intelectualidade brasileira, e
tentamos em vão, dar à nova capital do Brasil a universidade necessária ao desenvolvimento nacional
autônomo. Ousamos ali — e esta foi a maior façanha da minha geração — repensar radicalmente a
universidade, como instituição central da civilização, com o objetivo de refazê-la desde as bases. Refazê-
la para que, em vez de ser universidade-fruto, reflexo do desenvolvimento social e cultural prévio da
sociedade que mantém, fosse uma universidade-semente, destinada a cumprir a função inversa, de
promover o desenvolvimento.
Nosso propósito era plantar na cidade-capital a sede da consciência crítica brasileira que para lá
convocasse todo o saber humano e todo élan revolucionário, para a única missão que realmente importa
ao intelectual dos povos que fracassaram na história: a de expressar suas potencialidades por uma
civilização própria.
O que pedíamos à Universidade de Brasília é que se organizasse para atuar como um acelerador da
história, que nos ajudasse a superar o círculo vicioso do subdesenvolvimento, o qual, quanto mais
progride, mais gera dependência e subdesenvolvimento.
Desses fracassos da minha vida inteira, que são os únicos orgulhos que eu tenho dela, eu me sinto
compensado pelo título que a Universidade de Paris VII me confere aqui, agora. Compensado e
estimulado a retomar minha luta contra o genocídio e o etnocídio das populações indígenas; e contra
todos que querem manter o povo brasileiro atado ao atraso e à dependência.
Obrigado. Muito obrigado.”
Darcy Ribeiro. Testemunho. São Paulo: Editora Siciliano, 1990 (com adaptações).
 
A respeito das ideias, dos aspectos linguísticos e da classificação tipológica do texto anterior, julgue o
item seguinte.
 
Infere-se do trecho “Sendo quem sou” (último período do primeiro parágrafo) que o autor está
valorizando, com fins políticos, o legado intelectual que o transformou na pessoa agraciada com um título
de doutor honoris causa da Sorbonne.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Ana TI (FUB)/FUB/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Em 1978, recebi o título de doutor honoris causa da Sorbonne. Dei, então, um testemunho
pessoal, aproveitando a oportunidade única de autoapreciação que a velha Universidade me abria. Sendo
quem sou, jamais a perderia.
“Senhoras e senhores:
Obrigado. Muito obrigado pelo honroso título que me conferem. Eu me pergunto se o mereci. Talvez sim,
não, certamente, por qualquer feito, ou qualidade minha. Sim, como consolidação de meus muitos
fracassos.
Fracassei como antropólogo no propósito mais generoso que me propus: salvar os índios do Brasil. Sim,
simplesmente salvá-los. Isto foi o que quis. Isto é o que tento há trinta anos. Sem êxito.
Fracassei também na minha principal meta como Ministro da Educação: a de pôr em marcha um
programa educacional que permitisse escolarizar todas as crianças brasileiras. Elas não foram
escolarizadas. Menos da metade das nossas crianças completam quatro séries de estudos primários.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2600953
1094) 
Fracassei, por igual, nos dois objetivos maiores que me propus como político e como homem do governo:
o de realizar a reforma agrária e de pôr sob o controle do Estado o capital estrangeiro de caráter mais
aventureiro e voraz.
Outro fracasso meu, nosso, que me dói especialmente rememorar neste augusto recinto da Sorbonne foi
o de reitor da Universidade de Brasília. Tentamos lá, com o melhor da intelectualidade brasileira, e
tentamos em vão, dar à nova capital do Brasil a universidade necessária ao desenvolvimento nacional
autônomo. Ousamos ali — e esta foi a maior façanha da minha geração — repensar radicalmente a
universidade, como instituição central da civilização, com o objetivo de refazê-la desde as bases. Refazê-
la para que, em vez de ser universidade-fruto, reflexo do desenvolvimento social e cultural prévio da
sociedade que mantém, fosse uma universidade-semente, destinada a cumprir a função inversa, de
promover o desenvolvimento.
Nosso propósito era plantar na cidade-capital a sede da consciência crítica brasileira que para lá
convocasse todo o saber humano e todo élan revolucionário, para a única missão que realmente importa
ao intelectual dos povos que fracassaram na história: a de expressar suas potencialidades por uma
civilização própria.
O que pedíamos à Universidade de Brasília é que se organizasse para atuar como um acelerador da
história, que nos ajudasse a superar o círculo vicioso do subdesenvolvimento, o qual, quanto mais
progride, mais gera dependência e subdesenvolvimento.Desses fracassos da minha vida inteira, que são os únicos orgulhos que eu tenho dela, eu me sinto
compensado pelo título que a Universidade de Paris VII me confere aqui, agora. Compensado e
estimulado a retomar minha luta contra o genocídio e o etnocídio das populações indígenas; e contra
todos que querem manter o povo brasileiro atado ao atraso e à dependência.
Obrigado. Muito obrigado.”
Darcy Ribeiro. Testemunho. São Paulo: Editora Siciliano, 1990 (com adaptações).
 
A respeito das ideias, dos aspectos linguísticos e da classificação tipológica do texto anterior, julgue o
item seguinte.
 
O ideal de Darcy Ribeiro para a Universidade de Brasília era o de que ela promovesse a autonomia e,
consequentemente, o desenvolvimento social orientado para a emancipação de um povo cujas
potencialidades foram limitadas por outrem, o que, conforme se infere da fala do autor, é um dos
legados do projeto colonizador.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Mus (FUB)/FUB/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CB3A1-I
Descobertas científicas demonstram que ouvir música pode melhorar a qualidade de vida das pessoas,
uma vez que contribui para estimular a concentração e a criatividade, fortalecer o sistema imunológico,
tornar menos cansativas as atividades físicas, entre outros benefícios à saúde.
A empresa focus@will desenvolve músicas que estimulam a concentração de quem as escuta. Segundo a
empresa, como a maior parte das distrações é causada pela audição, ouvir a trilha sonora certa pode
potencializar a capacidade humana de focar em algo. Pesquisas indicam que, em condições normais,
uma pessoa consegue se manter concentrada por cerca de 20 minutos. Com a música certa, esse tempo
poderia ser até cinco vezes maior, de acordo com a empresa.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2608994
1095) 
Cinco pacientes com danos que afetaram a área do cérebro ligada à memória e cinco pessoas sem o
problema foram submetidos a um experimento por uma dupla de médicos da Universidade Macquarie, na
Austrália. Nos testes, após ouvirem trechos de músicas antigas, os sujeitos da pesquisa deveriam relatar
que memórias aquelas canções lhes traziam. Após o experimento, os cientistas constataram que os
trechos musicais fizeram com que a mesma quantidade de integrantes dos dois grupos se lembrasse de
fatos da própria vida. O fato observado parece indicar que a música é um estímulo que pode trazer à
tona lembranças autobiográficas para todas as pessoas.
Música e poesia estimulam áreas parecidas do lado direito do cérebro. A constatação é de neurologistas
da Universidade de Exeter, na Inglaterra. Para chegar a essa conclusão, eles realizaram experimentos
com voluntários submetidos ao contato com essas formas de arte enquanto suas atividades cerebrais
eram monitoradas.
Após analisarem mais de 400 estudos sobre música, cientistas da Universidade de McGill, no Canadá,
concluíram que ela aumenta a produção de imunoglobulina A e glóbulos brancos pelo corpo,
responsáveis por atacar bactérias e outros organismos invasores. Além disso, segundo a pesquisa,
escutar música reduz os níveis de cortisol (o hormônio do estresse) e aumenta os níveis de oxitocina (o
hormônio do bem-estar).
 
Realizar esforços físicos ao mesmo tempo em que se ouve música é menos cansativo. A descoberta é do
Instituto Max Planck, na Alemanha. Em uma série de experimentos, pesquisadores monitoraram diversas
variáveis do comportamento do corpo de voluntários que praticavam exercícios físicos. Depois, a equipe
analisou os dados reunidos e constatou que os músculos dos participantes consumiam menos energia
quando estes se exercitavam ouvindo música e mais energia quando praticavam exercícios sem trilha
sonora.
Ouvir música pode ser também um bom remédio contra a dor e a ansiedade em idosos. A descoberta é
de uma especialista em enfermagem da Universidade de Essex, no Reino Unido. Em análise de artigos
sobre o tema, a pesquisadora constatou que o uso da música como terapia entre pessoas com mais de
65 anos de idade está associado a aumento da qualidade de vida e redução de dores, ansiedade e
depressão.
Internet: <exame.com> (com adaptações).
 
Em relação ao texto CB3A1-I e às ideias nele expressas, julgue o item que se segue.
O objetivo do texto é informar o público leitor a respeito de estudos científicos que indicam que a música
pode melhorar a qualidade de vida das pessoas.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Mus (FUB)/FUB/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CB3A1-I
Descobertas científicas demonstram que ouvir música pode melhorar a qualidade de vida das pessoas,
uma vez que contribui para estimular a concentração e a criatividade, fortalecer o sistema imunológico,
tornar menos cansativas as atividades físicas, entre outros benefícios à saúde.
A empresa focus@will desenvolve músicas que estimulam a concentração de quem as escuta. Segundo a
empresa, como a maior parte das distrações é causada pela audição, ouvir a trilha sonora certa pode
potencializar a capacidade humana de focar em algo. Pesquisas indicam que, em condições normais,
uma pessoa consegue se manter concentrada por cerca de 20 minutos. Com a música certa, esse tempo
poderia ser até cinco vezes maior, de acordo com a empresa.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2608995
1096) 
Cinco pacientes com danos que afetaram a área do cérebro ligada à memória e cinco pessoas sem o
problema foram submetidos a um experimento por uma dupla de médicos da Universidade Macquarie, na
Austrália. Nos testes, após ouvirem trechos de músicas antigas, os sujeitos da pesquisa deveriam relatar
que memórias aquelas canções lhes traziam. Após o experimento, os cientistas constataram que os
trechos musicais fizeram com que a mesma quantidade de integrantes dos dois grupos se lembrasse de
fatos da própria vida. O fato observado parece indicar que a música é um estímulo que pode trazer à
tona lembranças autobiográficas para todas as pessoas.
Música e poesia estimulam áreas parecidas do lado direito do cérebro. A constatação é de neurologistas
da Universidade de Exeter, na Inglaterra. Para chegar a essa conclusão, eles realizaram experimentos
com voluntários submetidos ao contato com essas formas de arte enquanto suas atividades cerebrais
eram monitoradas.
Após analisarem mais de 400 estudos sobre música, cientistas da Universidade de McGill, no Canadá,
concluíram que ela aumenta a produção de imunoglobulina A e glóbulos brancos pelo corpo,
responsáveis por atacar bactérias e outros organismos invasores. Além disso, segundo a pesquisa,
escutar música reduz os níveis de cortisol (o hormônio do estresse) e aumenta os níveis de oxitocina (o
hormônio do bem-estar).
 
Realizar esforços físicos ao mesmo tempo em que se ouve música é menos cansativo. A descoberta é do
Instituto Max Planck, na Alemanha. Em uma série de experimentos, pesquisadores monitoraram diversas
variáveis do comportamento do corpo de voluntários que praticavam exercícios físicos. Depois, a equipe
analisou os dados reunidos e constatou que os músculos dos participantes consumiam menos energia
quando estes se exercitavam ouvindo música e mais energia quando praticavam exercícios sem trilha
sonora.
Ouvir música pode ser também um bom remédio contra a dor e a ansiedade em idosos. A descoberta é
de uma especialista em enfermagem da Universidade de Essex, no Reino Unido. Em análise de artigos
sobre o tema, a pesquisadora constatou que o uso da música como terapia entre pessoas com mais de
65 anos de idade está associado a aumento da qualidade de vida e redução de dores, ansiedade e
depressão.
Internet: <exame.com> (com adaptações).
 
Em relação ao texto CB3A1-I e às ideias nele expressas, julgue o item que se segue.
 
Entende-se do terceiro parágrafo do texto que existe uma parte do cérebro associada à memória.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Mus (FUB)/FUB/2023Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CB3A1-I
Descobertas científicas demonstram que ouvir música pode melhorar a qualidade de vida das pessoas,
uma vez que contribui para estimular a concentração e a criatividade, fortalecer o sistema imunológico,
tornar menos cansativas as atividades físicas, entre outros benefícios à saúde.
A empresa focus@will desenvolve músicas que estimulam a concentração de quem as escuta. Segundo a
empresa, como a maior parte das distrações é causada pela audição, ouvir a trilha sonora certa pode
potencializar a capacidade humana de focar em algo. Pesquisas indicam que, em condições normais,
uma pessoa consegue se manter concentrada por cerca de 20 minutos. Com a música certa, esse tempo
poderia ser até cinco vezes maior, de acordo com a empresa.
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1097) 
Cinco pacientes com danos que afetaram a área do cérebro ligada à memória e cinco pessoas sem o
problema foram submetidos a um experimento por uma dupla de médicos da Universidade Macquarie, na
Austrália. Nos testes, após ouvirem trechos de músicas antigas, os sujeitos da pesquisa deveriam relatar
que memórias aquelas canções lhes traziam. Após o experimento, os cientistas constataram que os
trechos musicais fizeram com que a mesma quantidade de integrantes dos dois grupos se lembrasse de
fatos da própria vida. O fato observado parece indicar que a música é um estímulo que pode trazer à
tona lembranças autobiográficas para todas as pessoas.
Música e poesia estimulam áreas parecidas do lado direito do cérebro. A constatação é de neurologistas
da Universidade de Exeter, na Inglaterra. Para chegar a essa conclusão, eles realizaram experimentos
com voluntários submetidos ao contato com essas formas de arte enquanto suas atividades cerebrais
eram monitoradas.
Após analisarem mais de 400 estudos sobre música, cientistas da Universidade de McGill, no Canadá,
concluíram que ela aumenta a produção de imunoglobulina A e glóbulos brancos pelo corpo,
responsáveis por atacar bactérias e outros organismos invasores. Além disso, segundo a pesquisa,
escutar música reduz os níveis de cortisol (o hormônio do estresse) e aumenta os níveis de oxitocina (o
hormônio do bem-estar).
 
Realizar esforços físicos ao mesmo tempo em que se ouve música é menos cansativo. A descoberta é do
Instituto Max Planck, na Alemanha. Em uma série de experimentos, pesquisadores monitoraram diversas
variáveis do comportamento do corpo de voluntários que praticavam exercícios físicos. Depois, a equipe
analisou os dados reunidos e constatou que os músculos dos participantes consumiam menos energia
quando estes se exercitavam ouvindo música e mais energia quando praticavam exercícios sem trilha
sonora.
Ouvir música pode ser também um bom remédio contra a dor e a ansiedade em idosos. A descoberta é
de uma especialista em enfermagem da Universidade de Essex, no Reino Unido. Em análise de artigos
sobre o tema, a pesquisadora constatou que o uso da música como terapia entre pessoas com mais de
65 anos de idade está associado a aumento da qualidade de vida e redução de dores, ansiedade e
depressão.
Internet: <exame.com> (com adaptações).
 
Em relação ao texto CB3A1-I e às ideias nele expressas, julgue o item que se segue.
 
Do segundo parágrafo do texto entende-se que a “trilha sonora certa” é aquela composta de “músicas
que estimulam a concentração de quem as escuta”.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Mus (FUB)/FUB/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CB3A1-I
Descobertas científicas demonstram que ouvir música pode melhorar a qualidade de vida das pessoas,
uma vez que contribui para estimular a concentração e a criatividade, fortalecer o sistema imunológico,
tornar menos cansativas as atividades físicas, entre outros benefícios à saúde.
A empresa focus@will desenvolve músicas que estimulam a concentração de quem as escuta. Segundo a
empresa, como a maior parte das distrações é causada pela audição, ouvir a trilha sonora certa pode
potencializar a capacidade humana de focar em algo. Pesquisas indicam que, em condições normais,
uma pessoa consegue se manter concentrada por cerca de 20 minutos. Com a música certa, esse tempo
poderia ser até cinco vezes maior, de acordo com a empresa.
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1098) 
Cinco pacientes com danos que afetaram a área do cérebro ligada à memória e cinco pessoas sem o
problema foram submetidos a um experimento por uma dupla de médicos da Universidade Macquarie, na
Austrália. Nos testes, após ouvirem trechos de músicas antigas, os sujeitos da pesquisa deveriam relatar
que memórias aquelas canções lhes traziam. Após o experimento, os cientistas constataram que os
trechos musicais fizeram com que a mesma quantidade de integrantes dos dois grupos se lembrasse de
fatos da própria vida. O fato observado parece indicar que a música é um estímulo que pode trazer à
tona lembranças autobiográficas para todas as pessoas.
Música e poesia estimulam áreas parecidas do lado direito do cérebro. A constatação é de neurologistas
da Universidade de Exeter, na Inglaterra. Para chegar a essa conclusão, eles realizaram experimentos
com voluntários submetidos ao contato com essas formas de arte enquanto suas atividades cerebrais
eram monitoradas.
Após analisarem mais de 400 estudos sobre música, cientistas da Universidade de McGill, no Canadá,
concluíram que ela aumenta a produção de imunoglobulina A e glóbulos brancos pelo corpo,
responsáveis por atacar bactérias e outros organismos invasores. Além disso, segundo a pesquisa,
escutar música reduz os níveis de cortisol (o hormônio do estresse) e aumenta os níveis de oxitocina (o
hormônio do bem-estar).
 
Realizar esforços físicos ao mesmo tempo em que se ouve música é menos cansativo. A descoberta é do
Instituto Max Planck, na Alemanha. Em uma série de experimentos, pesquisadores monitoraram diversas
variáveis do comportamento do corpo de voluntários que praticavam exercícios físicos. Depois, a equipe
analisou os dados reunidos e constatou que os músculos dos participantes consumiam menos energia
quando estes se exercitavam ouvindo música e mais energia quando praticavam exercícios sem trilha
sonora.
Ouvir música pode ser também um bom remédio contra a dor e a ansiedade em idosos. A descoberta é
de uma especialista em enfermagem da Universidade de Essex, no Reino Unido. Em análise de artigos
sobre o tema, a pesquisadora constatou que o uso da música como terapia entre pessoas com mais de
65 anos de idade está associado a aumento da qualidade de vida e redução de dores, ansiedade e
depressão.
Internet: <exame.com> (com adaptações).
 
Em relação ao texto CB3A1-I e às ideias nele expressas, julgue o item que se segue.
 
Infere-se do quinto parágrafo do texto que as pessoas que não ouvem música são estressadas e
frequentemente experimentam sensação de mal-estar.
Certo
Errado
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CB3A1-I
Descobertas científicas demonstram que ouvir música pode melhorar a qualidade de vida das pessoas,
uma vez que contribui para estimular a concentração e a criatividade, fortalecer o sistema imunológico,
tornar menos cansativas as atividades físicas, entre outros benefícios à saúde.
A empresa focus@will desenvolve músicas que estimulam a concentração de quem as escuta. Segundo a
empresa, como a maior parte das distrações é causada pela audição, ouvir a trilha sonora certa pode
potencializar a capacidade humana de focar em algo. Pesquisas indicam que, em condições normais,
uma pessoa consegue se manter concentrada por cerca de 20 minutos. Com a música certa, esse tempo
poderia ser até cinco vezes maior, de acordo com a empresa.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2608998
1099) 
Cinco pacientes com danos que afetaram a área do cérebro ligada à memória e cincopessoas sem o
problema foram submetidos a um experimento por uma dupla de médicos da Universidade Macquarie, na
Austrália. Nos testes, após ouvirem trechos de músicas antigas, os sujeitos da pesquisa deveriam relatar
que memórias aquelas canções lhes traziam. Após o experimento, os cientistas constataram que os
trechos musicais fizeram com que a mesma quantidade de integrantes dos dois grupos se lembrasse de
fatos da própria vida. O fato observado parece indicar que a música é um estímulo que pode trazer à
tona lembranças autobiográficas para todas as pessoas.
Música e poesia estimulam áreas parecidas do lado direito do cérebro. A constatação é de neurologistas
da Universidade de Exeter, na Inglaterra. Para chegar a essa conclusão, eles realizaram experimentos
com voluntários submetidos ao contato com essas formas de arte enquanto suas atividades cerebrais
eram monitoradas.
Após analisarem mais de 400 estudos sobre música, cientistas da Universidade de McGill, no Canadá,
concluíram que ela aumenta a produção de imunoglobulina A e glóbulos brancos pelo corpo,
responsáveis por atacar bactérias e outros organismos invasores. Além disso, segundo a pesquisa,
escutar música reduz os níveis de cortisol (o hormônio do estresse) e aumenta os níveis de oxitocina (o
hormônio do bem-estar).
 
Realizar esforços físicos ao mesmo tempo em que se ouve música é menos cansativo. A descoberta é do
Instituto Max Planck, na Alemanha. Em uma série de experimentos, pesquisadores monitoraram diversas
variáveis do comportamento do corpo de voluntários que praticavam exercícios físicos. Depois, a equipe
analisou os dados reunidos e constatou que os músculos dos participantes consumiam menos energia
quando estes se exercitavam ouvindo música e mais energia quando praticavam exercícios sem trilha
sonora.
Ouvir música pode ser também um bom remédio contra a dor e a ansiedade em idosos. A descoberta é
de uma especialista em enfermagem da Universidade de Essex, no Reino Unido. Em análise de artigos
sobre o tema, a pesquisadora constatou que o uso da música como terapia entre pessoas com mais de
65 anos de idade está associado a aumento da qualidade de vida e redução de dores, ansiedade e
depressão.
Internet: <exame.com> (com adaptações).
 
Em relação ao texto CB3A1-I e às ideias nele expressas, julgue o item que se segue.
 
De acordo com o texto, pesquisadores alemães descobriram que a música desencadeia efeitos
psicológicos positivos nas pessoas que se exercitam ao som de determinadas trilhas sonoras, pois reduz
a sensação de cansaço.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Tec (FUB)/FUB/Laboratório/Biologia/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Quando se fala em palhaço, duas imagens costumam vir logo à cabeça. Palhaço, infelizmente, é
aquele de quem muitos têm medo. Ele pega alguém da plateia para ridicularizar, faz grosserias, piadas
inconvenientes. Crianças têm medo de palhaços. Filmes de terror exploram impiedosamente nossas
fantasias infantis sobre tal figura. Esses palhaços malvados existem em nosso imaginário e, felizmente,
são a minoria na realidade. Neste exato instante em que você lê estas palavras, milhares de palhaços em
todo o mundo estão em hospitais, campos de batalha, campos de refugiados, escutando pessoas,
relacionando-se verdadeiramente com elas, buscando, por meio do afeto e do humor, amenizar a dor
daqueles que estão passando por situações trágicas e delicadas. Dessa imagem inferimos por que a
comédia é uma espécie de tratamento para a tragédia. Um tratamento que não nega nem destitui a
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2612822
1100) 
existência do pior, mas que faz com ele uma espécie de inversão de sentido. Assim, introduzimos que o
horizonte do que o palhaço escuta é a tragédia da vida, a sua realidade mais extensa de miséria e
impotência, de pequenez e arrogância, de pobreza e desencontro, que se mostra como uma repetição
insensata sempre. O palhaço é um realista, mas não um pessimista. Ele mostra a realidade exagerando
as deformações que criamos sobre ela. Primeira lição a tirar disso para a arte da escuta: escutar o outro
é escutar o que realmente ele diz, e não o que a gente ou ele mesmo gostaria de ouvir. Escutar o que
realmente alguém sente ou expressa, e não o que seria mais agradável, adequado ou confortável sentir.
Escutar o que realmente está sendo dito e pensado, e não o que nós ou ele deveríamos pensar e dizer.
Christian Dunker e Cláudio Thebas. O palhaço e o psicanalista:
como escutar os outros pode transformar vidas. São Paulo: Planeta do Brasil, 2019, p. 30-1 (com adaptações).
 
Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.
O texto estabelece um contraste entre o palhaço do imaginário, que assusta, e o palhaço real, que
conforta.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2612841
CEBRASPE (CESPE) - Tec (FUB)/FUB/Laboratório/Biologia/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Quando se fala em palhaço, duas imagens costumam vir logo à cabeça. Palhaço, infelizmente, é
aquele de quem muitos têm medo. Ele pega alguém da plateia para ridicularizar, faz grosserias, piadas
inconvenientes. Crianças têm medo de palhaços. Filmes de terror exploram impiedosamente nossas
fantasias infantis sobre tal figura. Esses palhaços malvados existem em nosso imaginário e, felizmente,
são a minoria na realidade. Neste exato instante em que você lê estas palavras, milhares de palhaços em
todo o mundo estão em hospitais, campos de batalha, campos de refugiados, escutando pessoas,
relacionando-se verdadeiramente com elas, buscando, por meio do afeto e do humor, amenizar a dor
daqueles que estão passando por situações trágicas e delicadas. Dessa imagem inferimos por que a
comédia é uma espécie de tratamento para a tragédia. Um tratamento que não nega nem destitui a
existência do pior, mas que faz com ele uma espécie de inversão de sentido. Assim, introduzimos que o
horizonte do que o palhaço escuta é a tragédia da vida, a sua realidade mais extensa de miséria e
impotência, de pequenez e arrogância, de pobreza e desencontro, que se mostra como uma repetição
insensata sempre. O palhaço é um realista, mas não um pessimista. Ele mostra a realidade exagerando
as deformações que criamos sobre ela. Primeira lição a tirar disso para a arte da escuta: escutar o outro
é escutar o que realmente ele diz, e não o que a gente ou ele mesmo gostaria de ouvir. Escutar o que
realmente alguém sente ou expressa, e não o que seria mais agradável, adequado ou confortável sentir.
Escutar o que realmente está sendo dito e pensado, e não o que nós ou ele deveríamos pensar e dizer.
Christian Dunker e Cláudio Thebas. O palhaço e o psicanalista:
como escutar os outros pode transformar vidas. São Paulo: Planeta do Brasil, 2019, p. 30-1 (com adaptações).
 
Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.
 
De acordo com o texto, a atuação do palhaço provoca uma amplificação, uma intensificação das mazelas
intrínsecas à vida.
Certo
Errado
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
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1101) 
1102) 
Quando se fala em palhaço, duas imagens costumam vir logo à cabeça. Palhaço, infelizmente, é
aquele de quem muitos têm medo. Ele pega alguém da plateia para ridicularizar, faz grosserias, piadas
inconvenientes. Crianças têm medo de palhaços. Filmes de terror exploram impiedosamente nossas
fantasias infantis sobre tal figura. Esses palhaços malvados existem em nosso imaginário e, felizmente,
são a minoria na realidade. Neste exato instante em que você lê estas palavras, milhares de palhaços em
todo o mundo estão em hospitais, campos de batalha, campos de refugiados, escutando pessoas,relacionando-se verdadeiramente com elas, buscando, por meio do afeto e do humor, amenizar a dor
daqueles que estão passando por situações trágicas e delicadas. Dessa imagem inferimos por que a
comédia é uma espécie de tratamento para a tragédia. Um tratamento que não nega nem destitui a
existência do pior, mas que faz com ele uma espécie de inversão de sentido. Assim, introduzimos que o
horizonte do que o palhaço escuta é a tragédia da vida, a sua realidade mais extensa de miséria e
impotência, de pequenez e arrogância, de pobreza e desencontro, que se mostra como uma repetição
insensata sempre. O palhaço é um realista, mas não um pessimista. Ele mostra a realidade exagerando
as deformações que criamos sobre ela. Primeira lição a tirar disso para a arte da escuta: escutar o outro
é escutar o que realmente ele diz, e não o que a gente ou ele mesmo gostaria de ouvir. Escutar o que
realmente alguém sente ou expressa, e não o que seria mais agradável, adequado ou confortável sentir.
Escutar o que realmente está sendo dito e pensado, e não o que nós ou ele deveríamos pensar e dizer.
Christian Dunker e Cláudio Thebas. O palhaço e o psicanalista:
como escutar os outros pode transformar vidas. São Paulo: Planeta do Brasil, 2019, p. 30-1 (com adaptações).
 
Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.
 
A referência temporal da expressão “Neste exato instante” (sétimo período) é atualizada a cada leitura
do texto, remetendo ao agora, ao presente de cada leitor.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Tec (FUB)/FUB/Laboratório/Biologia/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Quando se fala em palhaço, duas imagens costumam vir logo à cabeça. Palhaço, infelizmente, é
aquele de quem muitos têm medo. Ele pega alguém da plateia para ridicularizar, faz grosserias, piadas
inconvenientes. Crianças têm medo de palhaços. Filmes de terror exploram impiedosamente nossas
fantasias infantis sobre tal figura. Esses palhaços malvados existem em nosso imaginário e, felizmente,
são a minoria na realidade. Neste exato instante em que você lê estas palavras, milhares de palhaços em
todo o mundo estão em hospitais, campos de batalha, campos de refugiados, escutando pessoas,
relacionando-se verdadeiramente com elas, buscando, por meio do afeto e do humor, amenizar a dor
daqueles que estão passando por situações trágicas e delicadas. Dessa imagem inferimos por que a
comédia é uma espécie de tratamento para a tragédia. Um tratamento que não nega nem destitui a
existência do pior, mas que faz com ele uma espécie de inversão de sentido. Assim, introduzimos que o
horizonte do que o palhaço escuta é a tragédia da vida, a sua realidade mais extensa de miséria e
impotência, de pequenez e arrogância, de pobreza e desencontro, que se mostra como uma repetição
insensata sempre. O palhaço é um realista, mas não um pessimista. Ele mostra a realidade exagerando
as deformações que criamos sobre ela. Primeira lição a tirar disso para a arte da escuta: escutar o outro
é escutar o que realmente ele diz, e não o que a gente ou ele mesmo gostaria de ouvir. Escutar o que
realmente alguém sente ou expressa, e não o que seria mais agradável, adequado ou confortável sentir.
Escutar o que realmente está sendo dito e pensado, e não o que nós ou ele deveríamos pensar e dizer.
Christian Dunker e Cláudio Thebas. O palhaço e o psicanalista:
como escutar os outros pode transformar vidas. São Paulo: Planeta do Brasil, 2019, p. 30-1 (com adaptações).
 
Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2612849
1103) 
1104) 
Segundo o texto, a arte do palhaço e a arte da escuta têm como elo o fato de ambas encararem o real
sem fazer projeções.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2612886
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
O papel fundante da memória dos mortos para o desenvolvimento da cultura teve algo de
acidental, pois o mecanismo poderoso de propagação dos hábitos, das ideias e dos comportamentos dos
ancestrais foi o afeto. A lembrança de quem partiu, bem visível nos chimpanzés, que se enlutam quando
perdem um ente querido, tornou-se uma marca indelével de nossa espécie. Isso não aconteceu sem
contradições, é claro. Com o amor pelos mortos surgiu também o medo deles. Do Egito a Papua-Nova
Guiné, em distintos momentos e lugares, floresceram rituais para neutralizar, apaziguar e satisfazer aos
espíritos desencarnados. Na Inglaterra medieval, temiam-se tanto os mortos que cadáveres eram
mutilados e queimados para se garantir sua permanência nas covas. Entre os Yanomami, a queima dos
pertences é uma parte essencial dos rituais fúnebres. A Igreja Católica até hoje considera que os restos
mortais dos santos são valiosas relíquias religiosas.
A propagação dos memes de entidades espirituais foi, portanto, impulsionada pelos afetos positivos e
negativos em relação aos mortos. Foi a memória das técnicas e dos conhecimentos carregados pelos
avós e pais falecidos que transformou esse processo em algo adaptativo, um verdadeiro círculo virtuoso
simbólico. Não é exagero dizer que o motor essencial da nossa explosão cultural foi a saudade dos
mortos. A crença na autoridade divina para orientar decisões humanas levou a um acúmulo acelerado de
conhecimentos empíricos sobre o mundo, sob a forma de preceitos, mitos, dogmas, rituais e práticas.
Ainda que apoiada em coincidências e superstições de todo tipo, essa crença foi o embrião de nossa
racionalidade. Causas e efeitos foram sendo aprendidos pela corroboração ou não da eficácia dos
símbolos religiosos.
Sidarta Ribeiro. O oráculo da noite: a história
da ciência e do sonho. São Paulo: Companhia das Letras, 2019, p. 325 (com adaptações).
 
A respeito das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se
segue.
Conforme o texto, a explicação para o caráter casual do papel da memória dos mortos na cultura é o fato
de esse aspecto cultural decorrer de algo emocional.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2613725
CEBRASPE (CESPE) - Tec (FUB)/FUB/Laboratório/Biologia/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
O papel fundante da memória dos mortos para o desenvolvimento da cultura teve algo de
acidental, pois o mecanismo poderoso de propagação dos hábitos, das ideias e dos comportamentos dos
ancestrais foi o afeto. A lembrança de quem partiu, bem visível nos chimpanzés, que se enlutam quando
perdem um ente querido, tornou-se uma marca indelével de nossa espécie. Isso não aconteceu sem
contradições, é claro. Com o amor pelos mortos surgiu também o medo deles. Do Egito a Papua-Nova
Guiné, em distintos momentos e lugares, floresceram rituais para neutralizar, apaziguar e satisfazer aos
espíritos desencarnados. Na Inglaterra medieval, temiam-se tanto os mortos que cadáveres eram
mutilados e queimados para se garantir sua permanência nas covas. Entre os Yanomami, a queima dos
pertences é uma parte essencial dos rituais fúnebres. A Igreja Católica até hoje considera que os restos
mortais dos santos são valiosas relíquias religiosas.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2612886
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2613725
1105) 
A propagação dos memes de entidades espirituais foi, portanto, impulsionada pelos afetos positivos e
negativos em relação aos mortos. Foi a memória das técnicas e dos conhecimentos carregados pelos
avós e pais falecidos que transformou esse processo em algo adaptativo, um verdadeiro círculo virtuoso
simbólico. Não é exagero dizer que o motor essencial da nossa explosão cultural foi a saudade dos
mortos. A crença na autoridade divina para orientar decisões humanas levou a um acúmulo acelerado de
conhecimentos empíricos sobre o mundo, sob a forma de preceitos, mitos, dogmas,rituais e práticas.
Ainda que apoiada em coincidências e superstições de todo tipo, essa crença foi o embrião de nossa
racionalidade. Causas e efeitos foram sendo aprendidos pela corroboração ou não da eficácia dos
símbolos religiosos.
Sidarta Ribeiro. O oráculo da noite: a história
da ciência e do sonho. São Paulo: Companhia das Letras, 2019, p. 325 (com adaptações).
 
A respeito das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se
segue.
 
No texto, o autor defende que o pensamento racional e o pensamento religioso estiveram relacionados.
Certo
Errado
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CB1A1-I
 
À medida que o homem cria, recria e decide, vão se formando as épocas históricas. E é também criando,
recriando e decidindo como deve participar nessas épocas. É por isso que obtém melhor resultado toda
vez que, integrando-se no espírito delas, se apropria de seus temas e reconhece suas tarefas concretas.
 
Ponha-se ênfase, desde já, na necessidade permanente de uma atitude crítica, a única com a qual o
homem poderá apreender os temas e tarefas de sua época para ir se integrando nela. Uma época, por
outro lado, realiza-se na proporção em que seus temas forem captados e suas tarefas, resolvidas. E se
supera na medida em que os temas e as tarefas não correspondem a novas ansiedades emergentes.
 
Uma época da história apresentará uma série de aspirações, de desejos, de valores, em busca de sua
realização. Formas de ser, de comportar-se, atitudes mais ou menos generalizadas, das quais somente os
visionários que se antecipam têm dúvidas e frente às quais sugerem novas fórmulas.
 
A passagem de uma época para outra caracteriza-se por fortes contradições que se aprofundam, dia a
dia, entre valores emergentes em busca de afirmações, de realizações, e valores do ontem em busca de
preservação.
 
Quando isso ocorre, verifica-se o que chamamos transição. Observa-se um aspecto fortemente dramático
que vai atingir as mudanças de que se nutre a sociedade. Porque é dramático, é fortemente desafiador. E
a transição se torna então um tempo de opções. Nutrindo-se de mudanças, a transição é mais que as
mudanças. Implica realmente a marcha que faz a sociedade na procura de novos temas, de novas
tarefas ou, mais precisamente, de sua objetivação. As mudanças se produzem numa mesma unidade de
tempo, sem afetá-la profundamente. É que se verificam dentro do jogo normal, resultante da própria
busca de plenitude que fazem estes temas.
 
Quando, por fim, estes temas começam a esvaziar e a perder sua significação, emergindo novos temas, a
sociedade começa a passar para outra época. Nestas fases, mais do que nunca, se faz indispensável a
integração. Mais do que nunca se faz indispensável o desenvolvimento de uma mente crítica, com a qual
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2614629
1106) 
o homem possa se defender dos perigos dos irracionalismos, encaminhamentos distorcidos da emoção,
característica dessas fases de transição.
 
Paulo Freire. Educação e mudança. 41.ª ed. Rio de Janeiro/São Paulo:
Paz e Terra, 2020, p. 87-89 (com adaptações).
 
Com relação às ideias e à tipologia do texto CB1A1-I, julgue o item a seguir.
 
Depreende-se do quarto parágrafo do texto que, na “passagem de uma época para outra”, uma vez que
se observam “valores do ontem em busca de preservação”, o conservadorismo se exacerba.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - TAE (MEC)/MEC/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CB1A1-I
 
À medida que o homem cria, recria e decide, vão se formando as épocas históricas. E é também criando,
recriando e decidindo como deve participar nessas épocas. É por isso que obtém melhor resultado toda
vez que, integrando-se no espírito delas, se apropria de seus temas e reconhece suas tarefas concretas.
 
Ponha-se ênfase, desde já, na necessidade permanente de uma atitude crítica, a única com a qual o
homem poderá apreender os temas e tarefas de sua época para ir se integrando nela. Uma época, por
outro lado, realiza-se na proporção em que seus temas forem captados e suas tarefas, resolvidas. E se
supera na medida em que os temas e as tarefas não correspondem a novas ansiedades emergentes.
 
Uma época da história apresentará uma série de aspirações, de desejos, de valores, em busca de sua
realização. Formas de ser, de comportar-se, atitudes mais ou menos generalizadas, das quais somente os
visionários que se antecipam têm dúvidas e frente às quais sugerem novas fórmulas.
 
A passagem de uma época para outra caracteriza-se por fortes contradições que se aprofundam, dia a
dia, entre valores emergentes em busca de afirmações, de realizações, e valores do ontem em busca de
preservação.
 
Quando isso ocorre, verifica-se o que chamamos transição. Observa-se um aspecto fortemente dramático
que vai atingir as mudanças de que se nutre a sociedade. Porque é dramático, é fortemente desafiador. E
a transição se torna então um tempo de opções. Nutrindo-se de mudanças, a transição é mais que as
mudanças. Implica realmente a marcha que faz a sociedade na procura de novos temas, de novas
tarefas ou, mais precisamente, de sua objetivação. As mudanças se produzem numa mesma unidade de
tempo, sem afetá-la profundamente. É que se verificam dentro do jogo normal, resultante da própria
busca de plenitude que fazem estes temas.
 
Quando, por fim, estes temas começam a esvaziar e a perder sua significação, emergindo novos temas, a
sociedade começa a passar para outra época. Nestas fases, mais do que nunca, se faz indispensável a
integração. Mais do que nunca se faz indispensável o desenvolvimento de uma mente crítica, com a qual
o homem possa se defender dos perigos dos irracionalismos, encaminhamentos distorcidos da emoção,
característica dessas fases de transição.
 
Paulo Freire. Educação e mudança. 41.ª ed. Rio de Janeiro/São Paulo:
Paz e Terra, 2020, p. 87-89 (com adaptações).
 
Com relação às ideias e à tipologia do texto CB1A1-I, julgue o item a seguir.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2614632
1107) 
Conforme o último parágrafo do texto, “o desenvolvimento de uma mente crítica” possibilita que se
evitem “encaminhamentos distorcidos da emoção”.
Certo
Errado
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CB1A1-I
 
À medida que o homem cria, recria e decide, vão se formando as épocas históricas. E é também criando,
recriando e decidindo como deve participar nessas épocas. É por isso que obtém melhor resultado toda
vez que, integrando-se no espírito delas, se apropria de seus temas e reconhece suas tarefas concretas.
 
Ponha-se ênfase, desde já, na necessidade permanente de uma atitude crítica, a única com a qual o
homem poderá apreender os temas e tarefas de sua época para ir se integrando nela. Uma época, por
outro lado, realiza-se na proporção em que seus temas forem captados e suas tarefas, resolvidas. E se
supera na medida em que os temas e as tarefas não correspondem a novas ansiedades emergentes.
 
Uma época da história apresentará uma série de aspirações, de desejos, de valores, em busca de sua
realização. Formas de ser, de comportar-se, atitudes mais ou menos generalizadas, das quais somente os
visionários que se antecipam têm dúvidas e frente às quais sugerem novas fórmulas.
 
A passagem de uma época para outra caracteriza-se por fortes contradições que se aprofundam, dia a
dia, entre valores emergentes em busca de afirmações, de realizações, e valores do ontem em busca de
preservação.
 
Quando isso ocorre, verifica-se o que chamamos transição. Observa-se um aspecto fortemente dramático
que vai atingir as mudanças de que se nutre a sociedade. Porque é dramático, é fortemente desafiador. E
a transição se torna então um tempo de opções. Nutrindo-se de mudanças, a transiçãoé mais que as
mudanças. Implica realmente a marcha que faz a sociedade na procura de novos temas, de novas
tarefas ou, mais precisamente, de sua objetivação. As mudanças se produzem numa mesma unidade de
tempo, sem afetá-la profundamente. É que se verificam dentro do jogo normal, resultante da própria
busca de plenitude que fazem estes temas.
 
Quando, por fim, estes temas começam a esvaziar e a perder sua significação, emergindo novos temas, a
sociedade começa a passar para outra época. Nestas fases, mais do que nunca, se faz indispensável a
integração. Mais do que nunca se faz indispensável o desenvolvimento de uma mente crítica, com a qual
o homem possa se defender dos perigos dos irracionalismos, encaminhamentos distorcidos da emoção,
característica dessas fases de transição.
 
Paulo Freire. Educação e mudança. 41.ª ed. Rio de Janeiro/São Paulo:
Paz e Terra, 2020, p. 87-89 (com adaptações).
 
Com relação às ideias e à tipologia do texto CB1A1-I, julgue o item a seguir.
 
De acordo com o texto, os homens que participam das épocas históricas com melhores resultados são
aqueles que nelas se integram, no que se refere tanto às ideias quanto às ações.
Certo
Errado
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https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2614636
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2614638
1108) 
1109) 
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CB1A1-I
 
À medida que o homem cria, recria e decide, vão se formando as épocas históricas. E é também criando,
recriando e decidindo como deve participar nessas épocas. É por isso que obtém melhor resultado toda
vez que, integrando-se no espírito delas, se apropria de seus temas e reconhece suas tarefas concretas.
 
Ponha-se ênfase, desde já, na necessidade permanente de uma atitude crítica, a única com a qual o
homem poderá apreender os temas e tarefas de sua época para ir se integrando nela. Uma época, por
outro lado, realiza-se na proporção em que seus temas forem captados e suas tarefas, resolvidas. E se
supera na medida em que os temas e as tarefas não correspondem a novas ansiedades emergentes.
 
Uma época da história apresentará uma série de aspirações, de desejos, de valores, em busca de sua
realização. Formas de ser, de comportar-se, atitudes mais ou menos generalizadas, das quais somente os
visionários que se antecipam têm dúvidas e frente às quais sugerem novas fórmulas.
 
A passagem de uma época para outra caracteriza-se por fortes contradições que se aprofundam, dia a
dia, entre valores emergentes em busca de afirmações, de realizações, e valores do ontem em busca de
preservação.
 
Quando isso ocorre, verifica-se o que chamamos transição. Observa-se um aspecto fortemente dramático
que vai atingir as mudanças de que se nutre a sociedade. Porque é dramático, é fortemente desafiador. E
a transição se torna então um tempo de opções. Nutrindo-se de mudanças, a transição é mais que as
mudanças. Implica realmente a marcha que faz a sociedade na procura de novos temas, de novas
tarefas ou, mais precisamente, de sua objetivação. As mudanças se produzem numa mesma unidade de
tempo, sem afetá-la profundamente. É que se verificam dentro do jogo normal, resultante da própria
busca de plenitude que fazem estes temas.
 
Quando, por fim, estes temas começam a esvaziar e a perder sua significação, emergindo novos temas, a
sociedade começa a passar para outra época. Nestas fases, mais do que nunca, se faz indispensável a
integração. Mais do que nunca se faz indispensável o desenvolvimento de uma mente crítica, com a qual
o homem possa se defender dos perigos dos irracionalismos, encaminhamentos distorcidos da emoção,
característica dessas fases de transição.
 
Paulo Freire. Educação e mudança. 41.ª ed. Rio de Janeiro/São Paulo:
Paz e Terra, 2020, p. 87-89 (com adaptações).
 
Com relação às ideias e à tipologia do texto CB1A1-I, julgue o item a seguir.
 
No primeiro período do texto, o autor apresenta uma constatação a respeito da ação do homem na
formação das épocas históricas, enquanto, no segundo período, ele opina sobre a forma como o homem
deve participar dessas épocas.
Certo
Errado
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CB1A1-I
 
À medida que o homem cria, recria e decide, vão se formando as épocas históricas. E é também criando,
recriando e decidindo como deve participar nessas épocas. É por isso que obtém melhor resultado toda
vez que, integrando-se no espírito delas, se apropria de seus temas e reconhece suas tarefas concretas.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2614653
1110) 
Ponha-se ênfase, desde já, na necessidade permanente de uma atitude crítica, a única com a qual o
homem poderá apreender os temas e tarefas de sua época para ir se integrando nela. Uma época, por
outro lado, realiza-se na proporção em que seus temas forem captados e suas tarefas, resolvidas. E se
supera na medida em que os temas e as tarefas não correspondem a novas ansiedades emergentes.
 
Uma época da história apresentará uma série de aspirações, de desejos, de valores, em busca de sua
realização. Formas de ser, de comportar-se, atitudes mais ou menos generalizadas, das quais somente os
visionários que se antecipam têm dúvidas e frente às quais sugerem novas fórmulas.
 
A passagem de uma época para outra caracteriza-se por fortes contradições que se aprofundam, dia a
dia, entre valores emergentes em busca de afirmações, de realizações, e valores do ontem em busca de
preservação.
 
Quando isso ocorre, verifica-se o que chamamos transição. Observa-se um aspecto fortemente dramático
que vai atingir as mudanças de que se nutre a sociedade. Porque é dramático, é fortemente desafiador. E
a transição se torna então um tempo de opções. Nutrindo-se de mudanças, a transição é mais que as
mudanças. Implica realmente a marcha que faz a sociedade na procura de novos temas, de novas
tarefas ou, mais precisamente, de sua objetivação. As mudanças se produzem numa mesma unidade de
tempo, sem afetá-la profundamente. É que se verificam dentro do jogo normal, resultante da própria
busca de plenitude que fazem estes temas.
 
Quando, por fim, estes temas começam a esvaziar e a perder sua significação, emergindo novos temas, a
sociedade começa a passar para outra época. Nestas fases, mais do que nunca, se faz indispensável a
integração. Mais do que nunca se faz indispensável o desenvolvimento de uma mente crítica, com a qual
o homem possa se defender dos perigos dos irracionalismos, encaminhamentos distorcidos da emoção,
característica dessas fases de transição.
 
Paulo Freire. Educação e mudança. 41.ª ed. Rio de Janeiro/São Paulo:
Paz e Terra, 2020, p. 87-89 (com adaptações).
Acerca de aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o próximo item.
 
No primeiro período do segundo parágrafo, o trecho “para ir se integrando nela” remete a um evento que
se prolonga no tempo.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2637194
CEBRASPE (CESPE) - Ana Proc (DATAPREV)/DATAPREV/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
A cibersegurança, embora seja um tema há muito discutido em âmbito global, é um campo
relativamente novo no Brasil. No entanto, tem ganhado destaque por conta da intensa migração de
dados para ambientes em nuvem e da interconexão praticamente global de dispositivos na Internet. A
proliferação de dispositivos conectados à Internet, desde eletrodomésticos até equipamentos industriais,
aumentou consideravelmente a superfície de ataque, transformando o cenário de riscos. O que antes
parecia ficção científica, como geladeiras ou medidores de pressão de gasodutos conectados à rede de
computadores, agora é uma realidade tangível.
 
Entretanto, a adoção apressada de tecnologias conectadas à Internet muitas vezes ocorre sem a devida
atenção à segurança. Essa falta de consideração em relação à cibersegurança pode expor empresas a
riscossubstanciais, pois a falta de preparação e avaliação da superfície de ataque pode permitir que
brechas sejam exploradas por agentes maliciosos.
 
Uma das principais questões, quando se fala em cibersegurança, é a de que não existe uma “bala de
prata”, ou seja, uma solução única para todas as falhas que podem ocorrer. Cada organização possui
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2637194
1111) 
características, riscos e necessidades distintos, o que exige a criação de soluções personalizadas para
mitigar ameaças específicas.
 
Nesse sentido, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) desempenhou um papel significativo no cenário
de cibersegurança ao estabelecer diretrizes para a prevenção de vazamentos e a proteção de dados.
Empresas são agora obrigadas a adotar medidas proativas para evitar incidentes de segurança e garantir
a privacidade dos dados. O investimento em cibersegurança deve ser entendido como um seguro de
carro: deve-se investir na prevenção para minimizar os danos de um eventual incidente.
 
Internet: <economiasc.com> (com adaptações).
 
Julgue o item que segue, com base nas ideias, no vocabulário e na estruturação linguística do texto
precedente.
 
De acordo com o texto, a intensa migração de dados para ambientes em nuvem e a interconexão de
dispositivos na Internet ofereceram destaque ao tema relativo à cibersegurança.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Ana Proc (DATAPREV)/DATAPREV/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
A cibersegurança, embora seja um tema há muito discutido em âmbito global, é um campo
relativamente novo no Brasil. No entanto, tem ganhado destaque por conta da intensa migração de
dados para ambientes em nuvem e da interconexão praticamente global de dispositivos na Internet. A
proliferação de dispositivos conectados à Internet, desde eletrodomésticos até equipamentos industriais,
aumentou consideravelmente a superfície de ataque, transformando o cenário de riscos. O que antes
parecia ficção científica, como geladeiras ou medidores de pressão de gasodutos conectados à rede de
computadores, agora é uma realidade tangível.
 
Entretanto, a adoção apressada de tecnologias conectadas à Internet muitas vezes ocorre sem a devida
atenção à segurança. Essa falta de consideração em relação à cibersegurança pode expor empresas a
riscos substanciais, pois a falta de preparação e avaliação da superfície de ataque pode permitir que
brechas sejam exploradas por agentes maliciosos.
 
Uma das principais questões, quando se fala em cibersegurança, é a de que não existe uma “bala de
prata”, ou seja, uma solução única para todas as falhas que podem ocorrer. Cada organização possui
características, riscos e necessidades distintos, o que exige a criação de soluções personalizadas para
mitigar ameaças específicas.
 
Nesse sentido, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) desempenhou um papel significativo no cenário
de cibersegurança ao estabelecer diretrizes para a prevenção de vazamentos e a proteção de dados.
Empresas são agora obrigadas a adotar medidas proativas para evitar incidentes de segurança e garantir
a privacidade dos dados. O investimento em cibersegurança deve ser entendido como um seguro de
carro: deve-se investir na prevenção para minimizar os danos de um eventual incidente.
 
Internet: <economiasc.com> (com adaptações).
 
Julgue o item que segue, com base nas ideias, no vocabulário e na estruturação linguística do texto
precedente.
 
Entende-se do texto que a observância das medidas recomendadas de cibersegurança é suficiente para
eliminar as possibilidades de ataques de agentes maliciosos.
Certo
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2637219
1112) 
1113) 
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2637223
CEBRASPE (CESPE) - Ana Proc (DATAPREV)/DATAPREV/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
A cibersegurança, embora seja um tema há muito discutido em âmbito global, é um campo
relativamente novo no Brasil. No entanto, tem ganhado destaque por conta da intensa migração de
dados para ambientes em nuvem e da interconexão praticamente global de dispositivos na Internet. A
proliferação de dispositivos conectados à Internet, desde eletrodomésticos até equipamentos industriais,
aumentou consideravelmente a superfície de ataque, transformando o cenário de riscos. O que antes
parecia ficção científica, como geladeiras ou medidores de pressão de gasodutos conectados à rede de
computadores, agora é uma realidade tangível.
 
Entretanto, a adoção apressada de tecnologias conectadas à Internet muitas vezes ocorre sem a devida
atenção à segurança. Essa falta de consideração em relação à cibersegurança pode expor empresas a
riscos substanciais, pois a falta de preparação e avaliação da superfície de ataque pode permitir que
brechas sejam exploradas por agentes maliciosos.
 
Uma das principais questões, quando se fala em cibersegurança, é a de que não existe uma “bala de
prata”, ou seja, uma solução única para todas as falhas que podem ocorrer. Cada organização possui
características, riscos e necessidades distintos, o que exige a criação de soluções personalizadas para
mitigar ameaças específicas.
 
Nesse sentido, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) desempenhou um papel significativo no cenário
de cibersegurança ao estabelecer diretrizes para a prevenção de vazamentos e a proteção de dados.
Empresas são agora obrigadas a adotar medidas proativas para evitar incidentes de segurança e garantir
a privacidade dos dados. O investimento em cibersegurança deve ser entendido como um seguro de
carro: deve-se investir na prevenção para minimizar os danos de um eventual incidente.
 
Internet: <economiasc.com> (com adaptações).
 
Julgue o item que segue, com base nas ideias, no vocabulário e na estruturação linguística do texto
precedente.
 
Segundo as informações contidas no texto, a LGPD apresenta diretrizes para a prevenção de vazamentos
e a proteção de dados.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2637224
CEBRASPE (CESPE) - Ana Proc (DATAPREV)/DATAPREV/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
A cibersegurança, embora seja um tema há muito discutido em âmbito global, é um campo
relativamente novo no Brasil. No entanto, tem ganhado destaque por conta da intensa migração de
dados para ambientes em nuvem e da interconexão praticamente global de dispositivos na Internet. A
proliferação de dispositivos conectados à Internet, desde eletrodomésticos até equipamentos industriais,
aumentou consideravelmente a superfície de ataque, transformando o cenário de riscos. O que antes
parecia ficção científica, como geladeiras ou medidores de pressão de gasodutos conectados à rede de
computadores, agora é uma realidade tangível.
 
Entretanto, a adoção apressada de tecnologias conectadas à Internet muitas vezes ocorre sem a devida
atenção à segurança. Essa falta de consideração em relação à cibersegurança pode expor empresas a
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2637223
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2637224
1114) 
riscos substanciais, pois a falta de preparação e avaliação da superfície de ataque pode permitir que
brechas sejam exploradas por agentes maliciosos.
 
Uma das principais questões, quando se fala em cibersegurança, é a de que não existe uma “bala de
prata”, ou seja, uma solução única para todas as falhas que podem ocorrer. Cada organização possui
características, riscos e necessidades distintos, o que exige a criação de soluções personalizadas para
mitigar ameaças específicas.
 
Nesse sentido, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) desempenhou um papel significativo no cenário
de cibersegurança ao estabelecer diretrizes para a prevenção de vazamentos e a proteção de dados.
Empresas são agora obrigadas a adotar medidas proativas para evitar incidentes de segurança e garantir
a privacidade dos dados. O investimento em cibersegurança deve ser entendido como um seguro de
carro: deve-se investir na prevenção paraminimizar os danos de um eventual incidente.
 
Internet: <economiasc.com> (com adaptações).
 
Julgue o item que segue, com base nas ideias, no vocabulário e na estruturação linguística do texto
precedente.
 
No último período do texto, estabelece-se uma comparação entre o investimento em cibersegurança e o
seguro de um carro.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2637228
CEBRASPE (CESPE) - Ana Proc (DATAPREV)/DATAPREV/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
A cibersegurança, embora seja um tema há muito discutido em âmbito global, é um campo
relativamente novo no Brasil. No entanto, tem ganhado destaque por conta da intensa migração de
dados para ambientes em nuvem e da interconexão praticamente global de dispositivos na Internet. A
proliferação de dispositivos conectados à Internet, desde eletrodomésticos até equipamentos industriais,
aumentou consideravelmente a superfície de ataque, transformando o cenário de riscos. O que antes
parecia ficção científica, como geladeiras ou medidores de pressão de gasodutos conectados à rede de
computadores, agora é uma realidade tangível.
 
Entretanto, a adoção apressada de tecnologias conectadas à Internet muitas vezes ocorre sem a devida
atenção à segurança. Essa falta de consideração em relação à cibersegurança pode expor empresas a
riscos substanciais, pois a falta de preparação e avaliação da superfície de ataque pode permitir que
brechas sejam exploradas por agentes maliciosos.
 
Uma das principais questões, quando se fala em cibersegurança, é a de que não existe uma “bala de
prata”, ou seja, uma solução única para todas as falhas que podem ocorrer. Cada organização possui
características, riscos e necessidades distintos, o que exige a criação de soluções personalizadas para
mitigar ameaças específicas.
 
Nesse sentido, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) desempenhou um papel significativo no cenário
de cibersegurança ao estabelecer diretrizes para a prevenção de vazamentos e a proteção de dados.
Empresas são agora obrigadas a adotar medidas proativas para evitar incidentes de segurança e garantir
a privacidade dos dados. O investimento em cibersegurança deve ser entendido como um seguro de
carro: deve-se investir na prevenção para minimizar os danos de um eventual incidente.
 
Internet: <economiasc.com> (com adaptações).
 
Julgue o item que segue, com base nas ideias, no vocabulário e na estruturação linguística do texto
precedente.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2637228
1115) 
1116) 
 
No trecho “desde eletrodomésticos até equipamentos industriais” (terceiro período do primeiro
parágrafo), a expressão “desde... até...” exprime um tipo de gradação da complexidade dos dispositivos
mencionados, em que os eletrodomésticos seriam os mais simples, e os equipamentos industriais, os
mais complexos.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2637238
CEBRASPE (CESPE) - Ana Proc (DATAPREV)/DATAPREV/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
A expectativa de vida da população brasileira ao nascer subiu no ano de 2021, segundo dados da
Tábua Completa de Mortalidade de 2021 divulgados em novembro do ano passado pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados, publicados no Diário Oficial da União, mostram
que o número subiu de 76,8 para 77 anos na comparação com 2020. Anualmente, o IBGE divulga esses
números para o total da população brasileira, com data de referência em 1.º de julho do ano anterior e
para todas as idades, conforme prevê o artigo 2.º do Decreto n.º 3.266/1999.
 
As informações sobre a expectativa de vida da população são usadas para a tomada de decisão em
várias políticas públicas. Esse dado é utilizado, por exemplo, para determinar o fator previdenciário no
cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social. Na divulgação dos números de 2020,
o IBGE informou que as mortes decorrentes da pandemia de covid-19 não foram incluídas no
levantamento e que essas informações só devem ser incorporadas na divulgação de 2023, referente ao
ano de 2022. Mesmo assim, a inclusão seria apenas em caráter preliminar. Portanto, a divulgação seguiu
a mesma metodologia do ano anterior, sem o impacto da pandemia.
 
“É bem provável que em 2023 a gente tenha uma Tábua preliminar (corrigida pela covid-19) para o
Brasil; para as unidades da Federação, são necessários os dados do Ministério da Saúde, que demoram
um pouco mais”, explicou a demógrafa Izabel Guimarães Marri, gerente de população do IBGE na
ocasião. “Em 2024, a gente vai ter a Tábua (referente a 2023) com todos os ajustes e estudos por
unidades da Federação”, previu.
 
Internet: <noticias.uol.com.br> (com adaptações).
 
Julgue o item, relativo às ideias e a aspectos linguísticos do texto precedente.
 
Depreende-se do texto que a expectativa de vida do brasileiro vem subindo a cada ano.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2637241
CEBRASPE (CESPE) - Ana Proc (DATAPREV)/DATAPREV/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
A expectativa de vida da população brasileira ao nascer subiu no ano de 2021, segundo dados da
Tábua Completa de Mortalidade de 2021 divulgados em novembro do ano passado pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados, publicados no Diário Oficial da União, mostram
que o número subiu de 76,8 para 77 anos na comparação com 2020. Anualmente, o IBGE divulga esses
números para o total da população brasileira, com data de referência em 1.º de julho do ano anterior e
para todas as idades, conforme prevê o artigo 2.º do Decreto n.º 3.266/1999.
 
As informações sobre a expectativa de vida da população são usadas para a tomada de decisão em
várias políticas públicas. Esse dado é utilizado, por exemplo, para determinar o fator previdenciário no
cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social. Na divulgação dos números de 2020,
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2637238
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2637241
1117) 
o IBGE informou que as mortes decorrentes da pandemia de covid-19 não foram incluídas no
levantamento e que essas informações só devem ser incorporadas na divulgação de 2023, referente ao
ano de 2022. Mesmo assim, a inclusão seria apenas em caráter preliminar. Portanto, a divulgação seguiu
a mesma metodologia do ano anterior, sem o impacto da pandemia.
 
“É bem provável que em 2023 a gente tenha uma Tábua preliminar (corrigida pela covid-19) para o
Brasil; para as unidades da Federação, são necessários os dados do Ministério da Saúde, que demoram
um pouco mais”, explicou a demógrafa Izabel Guimarães Marri, gerente de população do IBGE na
ocasião. “Em 2024, a gente vai ter a Tábua (referente a 2023) com todos os ajustes e estudos por
unidades da Federação”, previu.
 
Internet: <noticias.uol.com.br> (com adaptações).
 
Julgue o item, relativo às ideias e a aspectos linguísticos do texto precedente.
 
De acordo com o texto, a informação a respeito da expectativa de vida no país é relevante, entre outros
fatores, para o cálculo das aposentadorias.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2637243
CEBRASPE (CESPE) - Ana Proc (DATAPREV)/DATAPREV/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
A expectativa de vida da população brasileira ao nascer subiu no ano de 2021, segundo dados da
Tábua Completa de Mortalidade de 2021 divulgados em novembro do ano passado pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados, publicados no Diário Oficial da União, mostram
que o número subiu de 76,8 para 77 anos na comparação com 2020. Anualmente, o IBGE divulga esses
números para o total da população brasileira, com data de referência em 1.º de julho do ano anterior e
para todas as idades, conforme prevê o artigo 2.º do Decreto n.º 3.266/1999.
 
As informações sobre a expectativa de vida da população são usadas para a tomada de decisão em
várias políticas públicas. Esse dado é utilizado, por exemplo, para determinar ofator previdenciário no
cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social. Na divulgação dos números de 2020,
o IBGE informou que as mortes decorrentes da pandemia de covid-19 não foram incluídas no
levantamento e que essas informações só devem ser incorporadas na divulgação de 2023, referente ao
ano de 2022. Mesmo assim, a inclusão seria apenas em caráter preliminar. Portanto, a divulgação seguiu
a mesma metodologia do ano anterior, sem o impacto da pandemia.
 
“É bem provável que em 2023 a gente tenha uma Tábua preliminar (corrigida pela covid-19) para o
Brasil; para as unidades da Federação, são necessários os dados do Ministério da Saúde, que demoram
um pouco mais”, explicou a demógrafa Izabel Guimarães Marri, gerente de população do IBGE na
ocasião. “Em 2024, a gente vai ter a Tábua (referente a 2023) com todos os ajustes e estudos por
unidades da Federação”, previu.
 
Internet: <noticias.uol.com.br> (com adaptações).
 
Julgue o item, relativo às ideias e a aspectos linguísticos do texto precedente.
 
Segundo as informações do texto acerca da mencionada pesquisa do IBGE, a pandemia de covid-19 não
impactou negativamente a expectativa de vida do brasileiro em 2020.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2637246
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2637243
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2637246
1118) 
1119) 
CEBRASPE (CESPE) - Ana Proc (DATAPREV)/DATAPREV/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
A expectativa de vida da população brasileira ao nascer subiu no ano de 2021, segundo dados da
Tábua Completa de Mortalidade de 2021 divulgados em novembro do ano passado pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados, publicados no Diário Oficial da União, mostram
que o número subiu de 76,8 para 77 anos na comparação com 2020. Anualmente, o IBGE divulga esses
números para o total da população brasileira, com data de referência em 1.º de julho do ano anterior e
para todas as idades, conforme prevê o artigo 2.º do Decreto n.º 3.266/1999.
 
As informações sobre a expectativa de vida da população são usadas para a tomada de decisão em
várias políticas públicas. Esse dado é utilizado, por exemplo, para determinar o fator previdenciário no
cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social. Na divulgação dos números de 2020,
o IBGE informou que as mortes decorrentes da pandemia de covid-19 não foram incluídas no
levantamento e que essas informações só devem ser incorporadas na divulgação de 2023, referente ao
ano de 2022. Mesmo assim, a inclusão seria apenas em caráter preliminar. Portanto, a divulgação seguiu
a mesma metodologia do ano anterior, sem o impacto da pandemia.
 
“É bem provável que em 2023 a gente tenha uma Tábua preliminar (corrigida pela covid-19) para o
Brasil; para as unidades da Federação, são necessários os dados do Ministério da Saúde, que demoram
um pouco mais”, explicou a demógrafa Izabel Guimarães Marri, gerente de população do IBGE na
ocasião. “Em 2024, a gente vai ter a Tábua (referente a 2023) com todos os ajustes e estudos por
unidades da Federação”, previu.
 
Internet: <noticias.uol.com.br> (com adaptações).
 
Julgue o item, relativo às ideias e a aspectos linguísticos do texto precedente.
 
De acordo com as informações do texto, a Tábua Completa de Mortalidade referente ao ano de 2020 foi
publicada com atraso em decorrência da pandemia de covid-19, deflagrada naquele ano.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2642921
CEBRASPE (CESPE) - Aux ET (DATAPREV)/DATAPREV/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CG2A1-I
 
Até você terminar de ler este parágrafo, mais um acidente de trabalho será notificado no Brasil. Em
menos de quatro horas, mais uma pessoa morrerá em decorrência de um desses acidentes. Segundo
dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho (SmartLab), que consideram apenas registros
envolvendo pessoas com carteira assinada, os acidentes e as mortes, no Brasil, cresceram nos últimos
dois anos. Em 2020, foram 446.881 acidentes de trabalho notificados; em 2021, o número subiu 37%,
alcançando 612.920 notificações. Em 2020, 1.866 pessoas morreram nessas ocorrências; no ano
passado, foram 2.538 mortes, um aumento de 36%.
 
Na avaliação do ministro Alberto Balazeiro, as situações de precarização do trabalho tendem a gerar mais
acidentes, e estudos mostram que trabalhadores terceirizados estão mais suscetíveis a condições de risco
e à falta de políticas adequadas de prevenção. “Além disso, situações de crise levam empregadores a,
inadvertidamente, esquecer ou não investir em medidas de proteção coletiva e eliminação de riscos”,
assinala.
 
Por ano, os acidentes de trabalho representam perdas financeiras na média de R$ 13 bilhões. O
montante considera valores pagos pelo INSS em benefícios de natureza acidentária. Além disso, mais de
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2642921
1120) 
1121) 
46 mil dias de trabalho são perdidos, contabilizando-se todos aqueles em que as pessoas não
trabalharam em razão de afastamentos previdenciários acidentários.
 
Natália Pianegonda. Acidentes de trabalho matam ao menos uma pessoa a cada 3 h 47 min no Brasil. Justiça do
Trabalho/CSJT. 28 abr. 2023 (com adaptações).
 
Em relação às ideias do texto CG2A1-I, julgue o item a seguir.
 
A afirmação inicial do texto evidencia a alta incidência de acidentes de trabalho no Brasil.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2642922
CEBRASPE (CESPE) - Aux ET (DATAPREV)/DATAPREV/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CG2A1-I
 
Até você terminar de ler este parágrafo, mais um acidente de trabalho será notificado no Brasil. Em
menos de quatro horas, mais uma pessoa morrerá em decorrência de um desses acidentes. Segundo
dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho (SmartLab), que consideram apenas registros
envolvendo pessoas com carteira assinada, os acidentes e as mortes, no Brasil, cresceram nos últimos
dois anos. Em 2020, foram 446.881 acidentes de trabalho notificados; em 2021, o número subiu 37%,
alcançando 612.920 notificações. Em 2020, 1.866 pessoas morreram nessas ocorrências; no ano
passado, foram 2.538 mortes, um aumento de 36%.
 
Na avaliação do ministro Alberto Balazeiro, as situações de precarização do trabalho tendem a gerar mais
acidentes, e estudos mostram que trabalhadores terceirizados estão mais suscetíveis a condições de risco
e à falta de políticas adequadas de prevenção. “Além disso, situações de crise levam empregadores a,
inadvertidamente, esquecer ou não investir em medidas de proteção coletiva e eliminação de riscos”,
assinala.
 
Por ano, os acidentes de trabalho representam perdas financeiras na média de R$ 13 bilhões. O
montante considera valores pagos pelo INSS em benefícios de natureza acidentária. Além disso, mais de
46 mil dias de trabalho são perdidos, contabilizando-se todos aqueles em que as pessoas não
trabalharam em razão de afastamentos previdenciários acidentários.
 
Natália Pianegonda. Acidentes de trabalho matam ao menos uma pessoa a cada 3 h 47 min no Brasil. Justiça do
Trabalho/CSJT. 28 abr. 2023 (com adaptações).
 
Em relação às ideias do texto CG2A1-I, julgue o item a seguir.
 
Segundo as informações do texto, na contabilização dos dados apresentados pelo SmartLab, foram
considerados os diferentes tipos de relações trabalhistas.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2642923
CEBRASPE (CESPE) - Aux ET (DATAPREV)/DATAPREV/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CG2A1-I
 
Até você terminar de ler este parágrafo, mais um acidente de trabalho será notificado no Brasil. Em
menos de quatro horas, mais uma pessoa morrerá em decorrência de um desses acidentes. Segundo
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2642922
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2642923
1122) 
dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho (SmartLab), que consideram apenas registros
envolvendopessoas com carteira assinada, os acidentes e as mortes, no Brasil, cresceram nos últimos
dois anos. Em 2020, foram 446.881 acidentes de trabalho notificados; em 2021, o número subiu 37%,
alcançando 612.920 notificações. Em 2020, 1.866 pessoas morreram nessas ocorrências; no ano
passado, foram 2.538 mortes, um aumento de 36%.
 
Na avaliação do ministro Alberto Balazeiro, as situações de precarização do trabalho tendem a gerar mais
acidentes, e estudos mostram que trabalhadores terceirizados estão mais suscetíveis a condições de risco
e à falta de políticas adequadas de prevenção. “Além disso, situações de crise levam empregadores a,
inadvertidamente, esquecer ou não investir em medidas de proteção coletiva e eliminação de riscos”,
assinala.
 
Por ano, os acidentes de trabalho representam perdas financeiras na média de R$ 13 bilhões. O
montante considera valores pagos pelo INSS em benefícios de natureza acidentária. Além disso, mais de
46 mil dias de trabalho são perdidos, contabilizando-se todos aqueles em que as pessoas não
trabalharam em razão de afastamentos previdenciários acidentários.
 
Natália Pianegonda. Acidentes de trabalho matam ao menos uma pessoa a cada 3 h 47 min no Brasil. Justiça do
Trabalho/CSJT. 28 abr. 2023 (com adaptações).
 
Em relação às ideias do texto CG2A1-I, julgue o item a seguir.
 
Os dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho confirmam a gravidade do problema dos
acidentes de trabalho no Brasil e revelam o aumento de casos nos últimos anos.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2642924
CEBRASPE (CESPE) - Aux ET (DATAPREV)/DATAPREV/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CG2A1-I
 
Até você terminar de ler este parágrafo, mais um acidente de trabalho será notificado no Brasil. Em
menos de quatro horas, mais uma pessoa morrerá em decorrência de um desses acidentes. Segundo
dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho (SmartLab), que consideram apenas registros
envolvendo pessoas com carteira assinada, os acidentes e as mortes, no Brasil, cresceram nos últimos
dois anos. Em 2020, foram 446.881 acidentes de trabalho notificados; em 2021, o número subiu 37%,
alcançando 612.920 notificações. Em 2020, 1.866 pessoas morreram nessas ocorrências; no ano
passado, foram 2.538 mortes, um aumento de 36%.
 
Na avaliação do ministro Alberto Balazeiro, as situações de precarização do trabalho tendem a gerar mais
acidentes, e estudos mostram que trabalhadores terceirizados estão mais suscetíveis a condições de risco
e à falta de políticas adequadas de prevenção. “Além disso, situações de crise levam empregadores a,
inadvertidamente, esquecer ou não investir em medidas de proteção coletiva e eliminação de riscos”,
assinala.
 
Por ano, os acidentes de trabalho representam perdas financeiras na média de R$ 13 bilhões. O
montante considera valores pagos pelo INSS em benefícios de natureza acidentária. Além disso, mais de
46 mil dias de trabalho são perdidos, contabilizando-se todos aqueles em que as pessoas não
trabalharam em razão de afastamentos previdenciários acidentários.
 
Natália Pianegonda. Acidentes de trabalho matam ao menos uma pessoa a cada 3 h 47 min no Brasil. Justiça do
Trabalho/CSJT. 28 abr. 2023 (com adaptações).
 
Em relação às ideias do texto CG2A1-I, julgue o item a seguir.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2642924
1123) 
1124) 
 
Depreende-se da leitura do texto que os acidentes de trabalho causam prejuízo tanto aos trabalhadores
quanto aos empregadores e ao Estado.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2642925
CEBRASPE (CESPE) - Aux ET (DATAPREV)/DATAPREV/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CG2A1-I
 
Até você terminar de ler este parágrafo, mais um acidente de trabalho será notificado no Brasil. Em
menos de quatro horas, mais uma pessoa morrerá em decorrência de um desses acidentes. Segundo
dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho (SmartLab), que consideram apenas registros
envolvendo pessoas com carteira assinada, os acidentes e as mortes, no Brasil, cresceram nos últimos
dois anos. Em 2020, foram 446.881 acidentes de trabalho notificados; em 2021, o número subiu 37%,
alcançando 612.920 notificações. Em 2020, 1.866 pessoas morreram nessas ocorrências; no ano
passado, foram 2.538 mortes, um aumento de 36%.
 
Na avaliação do ministro Alberto Balazeiro, as situações de precarização do trabalho tendem a gerar mais
acidentes, e estudos mostram que trabalhadores terceirizados estão mais suscetíveis a condições de risco
e à falta de políticas adequadas de prevenção. “Além disso, situações de crise levam empregadores a,
inadvertidamente, esquecer ou não investir em medidas de proteção coletiva e eliminação de riscos”,
assinala.
 
Por ano, os acidentes de trabalho representam perdas financeiras na média de R$ 13 bilhões. O
montante considera valores pagos pelo INSS em benefícios de natureza acidentária. Além disso, mais de
46 mil dias de trabalho são perdidos, contabilizando-se todos aqueles em que as pessoas não
trabalharam em razão de afastamentos previdenciários acidentários.
 
Natália Pianegonda. Acidentes de trabalho matam ao menos uma pessoa a cada 3 h 47 min no Brasil. Justiça do
Trabalho/CSJT. 28 abr. 2023 (com adaptações).
 
Em relação às ideias do texto CG2A1-I, julgue o item a seguir.
 
De acordo com o texto, as más condições de trabalho são a principal causa dos acidentes de trabalho no
Brasil.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2642958
CEBRASPE (CESPE) - Aux ET (DATAPREV)/DATAPREV/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CG2A1-II
 
Estima-se que 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos anualmente por causa da depressão e da
ansiedade, custando à economia mundial quase 1 trilhão de dólares. Os dados são do relatório Diretrizes
sobre Saúde Mental no Trabalho, publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em setembro de
2022, e confirmam a necessidade de se trazer o debate ainda mais à tona. Na mesma época, a
Organização Internacional do Trabalho (OIT) publicou uma nota conjunta com a OMS, na qual as novas
diretrizes são explicadas por meio de estratégias práticas para governos, empregadores, trabalhadores e
suas organizações, nos setores públicos e privados. “De acordo com as diretrizes globais, 60% da
população mundial trabalha e esse trabalho pode impactar a saúde mental tanto de forma positiva
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2642925
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2642958
1125) 
quando negativa. As diretrizes também apontam questões importantes referentes à inserção e à
permanência de pessoas com problemas de saúde mental no mercado de trabalho. Além do estigma e
das barreiras que essas pessoas vivenciam para ingressar no mercado de trabalho, a ausência de
estruturas de suporte afeta a sustentação das atividades laborais”, explica a consultora nacional de saúde
mental da OMS, Cláudia Braga.
 
De acordo com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em 2022, 209.124 mil pessoas foram
afastadas do trabalho por transtornos mentais, entre depressão, distúrbios emocionais e Alzheimer,
enquanto, em 2021, foram registrados 200.244 afastamentos. “Esse cenário nos mostra a importância de
discutirmos essas questões e esperamos que essas diretrizes possam nortear os debates sobre as
responsabilidades dos diferentes atores, de modo a mobilizarmos esforços para prevenir os impactos
negativos do trabalho na saúde mental, promover e proteger a saúde mental e o bem-estar dos
trabalhadores e trabalhadoras, assim como dar suporte às pessoas com problemas de saúde mental para
que tenham seus direitos garantidos”, afirma a consultora da OMS.
 
Erika Farias. Alertas globais chamam a atenção para o papel do trabalho na saúde mental. Internet:
<epsjv.fiocruz.br> (com adaptações).
 
Julgue o item a seguir, considerando as ideias e estruturas linguísticas do texto CG2A1-II.
 
De acordo com o texto, os dados relativos à saúde mental no trabalho,tanto no contexto mundial quanto
no nacional, evidenciam a necessidade de ampliação do debate sobre esse tema.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2642966
CEBRASPE (CESPE) - Aux ET (DATAPREV)/DATAPREV/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CG2A1-II
 
Estima-se que 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos anualmente por causa da depressão e da
ansiedade, custando à economia mundial quase 1 trilhão de dólares. Os dados são do relatório Diretrizes
sobre Saúde Mental no Trabalho, publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em setembro de
2022, e confirmam a necessidade de se trazer o debate ainda mais à tona. Na mesma época, a
Organização Internacional do Trabalho (OIT) publicou uma nota conjunta com a OMS, na qual as novas
diretrizes são explicadas por meio de estratégias práticas para governos, empregadores, trabalhadores e
suas organizações, nos setores públicos e privados. “De acordo com as diretrizes globais, 60% da
população mundial trabalha e esse trabalho pode impactar a saúde mental tanto de forma positiva
quando negativa. As diretrizes também apontam questões importantes referentes à inserção e à
permanência de pessoas com problemas de saúde mental no mercado de trabalho. Além do estigma e
das barreiras que essas pessoas vivenciam para ingressar no mercado de trabalho, a ausência de
estruturas de suporte afeta a sustentação das atividades laborais”, explica a consultora nacional de saúde
mental da OMS, Cláudia Braga.
 
De acordo com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em 2022, 209.124 mil pessoas foram
afastadas do trabalho por transtornos mentais, entre depressão, distúrbios emocionais e Alzheimer,
enquanto, em 2021, foram registrados 200.244 afastamentos. “Esse cenário nos mostra a importância de
discutirmos essas questões e esperamos que essas diretrizes possam nortear os debates sobre as
responsabilidades dos diferentes atores, de modo a mobilizarmos esforços para prevenir os impactos
negativos do trabalho na saúde mental, promover e proteger a saúde mental e o bem-estar dos
trabalhadores e trabalhadoras, assim como dar suporte às pessoas com problemas de saúde mental para
que tenham seus direitos garantidos”, afirma a consultora da OMS.
 
Erika Farias. Alertas globais chamam a atenção para o papel do trabalho na saúde mental. Internet:
<epsjv.fiocruz.br> (com adaptações).
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2642966
1126) 
1127) 
 
Julgue o item a seguir, considerando as ideias e estruturas linguísticas do texto CG2A1-II.
 
Entende-se da leitura do texto que o relatório publicado pela Organização Mundial da Saúde tem como
público-alvo principal empresas públicas e privadas.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2704919
CEBRASPE (CESPE) - Esp FEPPE (FNDE)/FNDE/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CB1A1-I
 
Criado em 22 de novembro de 1968, por meio da Lei n.º 5.537, o Instituto Nacional de Desenvolvimento
da Educação e Pesquisa (INDEP) foi transformado em Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
(FNDE) por meio do Decreto n.º 872, de 15 de dezembro de 1969. Subsequentemente, a autarquia
passou por mudanças que diversificaram suas funções, ampliaram a abrangência dos programas
executados, ao mesmo tempo em que o volume de recursos gerenciados aumentou. Todas essas
mudanças trouxeram desafios para a gestão das políticas e exigiram novas competências do corpo
funcional da instituição.
Inicialmente, o FNDE funcionava apenas como órgão arrecadador, fiscalizador e gerencial. Era
responsável, principalmente, por gerir uma das principais fontes de recursos do Ministério da Educação
(MEC), o salário educação, transferindo para os estados e o Distrito Federal 2/3 dos recursos
arrecadados. Em 1997, com a extinção da Fundação de Assistência ao Estudante (FAE), o FNDE ganhou
novas atribuições, tornando-se responsável pelas políticas de assistência ao educando referentes às áreas
alimentar e nutricional, didático-pedagógicas (livros, bibliotecas e material escolar) e apoio complementar
(transporte escolar e assistência à saúde).
Mais responsabilidades foram transferidas para a autarquia em 1998, quando foram extintas as
delegacias regionais do Ministério da Educação (DEMEC), o que exigiu sua reorganização a fim de
responder às responsabilidades pelo acompanhamento e fiscalização da arrecadação e execução dos
projetos e programas do MEC. Também passou a fazer parte das atribuições do FNDE a análise de
prestação de contas dos recursos liberados para estados e municípios. Em 2004, houve a transferência
da gestão do Fundo de Desenvolvimento da Escola e do Programa de Melhoria e Expansão do Ensino
Médio, o que, novamente, ampliou o conjunto de funções da autarquia.
Cinara Gomes de Araújo Lobo; Julia Maurmann Ximenes.
A construção da gestão do conhecimento no FNDE – um processo.
Cadernos do FNDE, Brasília, v.1, n.1, jan-jun 2020, p. 11 (com adaptações).
 
Julgue o item que se segue, a respeito do texto CB1A1-I e das ideias por ele veiculadas.
 
Infere-se do texto que, em sua origem, o FNDE atuava em um conjunto reduzido de programas, com um
volume de recursos pouco significativo.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2704920
CEBRASPE (CESPE) - Esp FEPPE (FNDE)/FNDE/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CB1A1-I
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2704919
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2704920
1128) 
Criado em 22 de novembro de 1968, por meio da Lei n.º 5.537, o Instituto Nacional de Desenvolvimento
da Educação e Pesquisa (INDEP) foi transformado em Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
(FNDE) por meio do Decreto n.º 872, de 15 de dezembro de 1969. Subsequentemente, a autarquia
passou por mudanças que diversificaram suas funções, ampliaram a abrangência dos programas
executados, ao mesmo tempo em que o volume de recursos gerenciados aumentou. Todas essas
mudanças trouxeram desafios para a gestão das políticas e exigiram novas competências do corpo
funcional da instituição.
Inicialmente, o FNDE funcionava apenas como órgão arrecadador, fiscalizador e gerencial. Era
responsável, principalmente, por gerir uma das principais fontes de recursos do Ministério da Educação
(MEC), o salário educação, transferindo para os estados e o Distrito Federal 2/3 dos recursos
arrecadados. Em 1997, com a extinção da Fundação de Assistência ao Estudante (FAE), o FNDE ganhou
novas atribuições, tornando-se responsável pelas políticas de assistência ao educando referentes às áreas
alimentar e nutricional, didático-pedagógicas (livros, bibliotecas e material escolar) e apoio complementar
(transporte escolar e assistência à saúde).
Mais responsabilidades foram transferidas para a autarquia em 1998, quando foram extintas as
delegacias regionais do Ministério da Educação (DEMEC), o que exigiu sua reorganização a fim de
responder às responsabilidades pelo acompanhamento e fiscalização da arrecadação e execução dos
projetos e programas do MEC. Também passou a fazer parte das atribuições do FNDE a análise de
prestação de contas dos recursos liberados para estados e municípios. Em 2004, houve a transferência
da gestão do Fundo de Desenvolvimento da Escola e do Programa de Melhoria e Expansão do Ensino
Médio, o que, novamente, ampliou o conjunto de funções da autarquia.
Cinara Gomes de Araújo Lobo; Julia Maurmann Ximenes.
A construção da gestão do conhecimento no FNDE – um processo.
Cadernos do FNDE, Brasília, v.1, n.1, jan-jun 2020, p. 11 (com adaptações).
 
Julgue o item que se segue, a respeito do texto CB1A1-I e das ideias por ele veiculadas.
 
Conforme as informações do texto, no fim dos anos 1990 e início dos anos 2000, as atribuições do FNDE
foram ampliadas.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2704921
CEBRASPE (CESPE) - Esp FEPPE (FNDE)/FNDE/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CB1A1-I
 
Criado em 22 de novembro de 1968, por meio da Lei n.º5.537, o Instituto Nacional de Desenvolvimento
da Educação e Pesquisa (INDEP) foi transformado em Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
(FNDE) por meio do Decreto n.º 872, de 15 de dezembro de 1969. Subsequentemente, a autarquia
passou por mudanças que diversificaram suas funções, ampliaram a abrangência dos programas
executados, ao mesmo tempo em que o volume de recursos gerenciados aumentou. Todas essas
mudanças trouxeram desafios para a gestão das políticas e exigiram novas competências do corpo
funcional da instituição.
Inicialmente, o FNDE funcionava apenas como órgão arrecadador, fiscalizador e gerencial. Era
responsável, principalmente, por gerir uma das principais fontes de recursos do Ministério da Educação
(MEC), o salário educação, transferindo para os estados e o Distrito Federal 2/3 dos recursos
arrecadados. Em 1997, com a extinção da Fundação de Assistência ao Estudante (FAE), o FNDE ganhou
novas atribuições, tornando-se responsável pelas políticas de assistência ao educando referentes às áreas
alimentar e nutricional, didático-pedagógicas (livros, bibliotecas e material escolar) e apoio complementar
(transporte escolar e assistência à saúde).
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2704921
1129) 
Mais responsabilidades foram transferidas para a autarquia em 1998, quando foram extintas as
delegacias regionais do Ministério da Educação (DEMEC), o que exigiu sua reorganização a fim de
responder às responsabilidades pelo acompanhamento e fiscalização da arrecadação e execução dos
projetos e programas do MEC. Também passou a fazer parte das atribuições do FNDE a análise de
prestação de contas dos recursos liberados para estados e municípios. Em 2004, houve a transferência
da gestão do Fundo de Desenvolvimento da Escola e do Programa de Melhoria e Expansão do Ensino
Médio, o que, novamente, ampliou o conjunto de funções da autarquia.
Cinara Gomes de Araújo Lobo; Julia Maurmann Ximenes.
A construção da gestão do conhecimento no FNDE – um processo.
Cadernos do FNDE, Brasília, v.1, n.1, jan-jun 2020, p. 11 (com adaptações).
 
Julgue o item que se segue, a respeito do texto CB1A1-I e das ideias por ele veiculadas.
 
De acordo com o texto, ao incorporar a FAE, o FNDE assumiu a responsabilidade de gerir todas as
políticas de assistência ao estudante.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2704941
CEBRASPE (CESPE) - Esp FEPPE (FNDE)/FNDE/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CB1A1-II
Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua, 2022), 18,3%
dos jovens de 14 a 29 anos não concluíram alguma das etapas da educação básica seja por abandono,
seja por nunca terem frequentado a escola. Sabe-se que a evasão é multifatorial, uma vez que são várias
as razões que conduzem ao abandono escolar. A necessidade de trabalhar e o desinteresse pelo estudo
foram os principais motivos apontados na pesquisa.
O público da educação de jovens e adultos (EJA) é caracterizado pela diversidade: diversidade de
experiências escolares e de vivências no mundo do trabalho, diversidade geracional, além daquelas
presentes em todas as salas de aula, como a diversidade étnico-racial e de gênero. Defendemos a
inserção do termo “idosos”, porque reconhece e enfatiza a necessidade de oferecer oportunidades
educacionais a todas as faixas etárias que não tiveram acesso à educação formal ou que desejam
retomar seus estudos. Utilizar a expressão completa — educação de jovens, adultos e idosos (EJAI) —
busca promover a igualdade de oportunidades, o que pode ajudar a combater e evitar preconceitos e
estereótipos.
Paula Cobucci; Weruska Machado.
Educação linguística para jovens e adultos.
São Paulo: Editora Contexto, p. 7-8 (com adaptações).
 
Acerca das ideias do texto CB1A1-II, julgue o item a seguir.
 
Entende-se da argumentação apresentada no texto que a inserção da palavra “idosos” na referência ao
ensino de jovens e adultos e a utilização da expressão completa “educação de jovens, adultos e idosos
(EJAI)” são motivadas por razões diferentes, porém complementares.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2704942
CEBRASPE (CESPE) - Esp FEPPE (FNDE)/FNDE/2023
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2704941
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2704942
1130) 
1131) 
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CB1A1-II
Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua, 2022), 18,3%
dos jovens de 14 a 29 anos não concluíram alguma das etapas da educação básica seja por abandono,
seja por nunca terem frequentado a escola. Sabe-se que a evasão é multifatorial, uma vez que são várias
as razões que conduzem ao abandono escolar. A necessidade de trabalhar e o desinteresse pelo estudo
foram os principais motivos apontados na pesquisa.
O público da educação de jovens e adultos (EJA) é caracterizado pela diversidade: diversidade de
experiências escolares e de vivências no mundo do trabalho, diversidade geracional, além daquelas
presentes em todas as salas de aula, como a diversidade étnico-racial e de gênero. Defendemos a
inserção do termo “idosos”, porque reconhece e enfatiza a necessidade de oferecer oportunidades
educacionais a todas as faixas etárias que não tiveram acesso à educação formal ou que desejam
retomar seus estudos. Utilizar a expressão completa — educação de jovens, adultos e idosos (EJAI) —
busca promover a igualdade de oportunidades, o que pode ajudar a combater e evitar preconceitos e
estereótipos.
Paula Cobucci; Weruska Machado.
Educação linguística para jovens e adultos.
São Paulo: Editora Contexto, p. 7-8 (com adaptações).
 
Acerca das ideias do texto CB1A1-II, julgue o item a seguir.
 
Depreende-se das ideias do texto que a necessidade de trabalhar, o desinteresse pelo estudo e outros
fatores atuam em conjunto na vida dos entrevistados, de modo a fazê-los abandonar a escola.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2704944
CEBRASPE (CESPE) - Esp FEPPE (FNDE)/FNDE/2023
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (Compreensão)
Texto CB1A1-II
Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua, 2022), 18,3%
dos jovens de 14 a 29 anos não concluíram alguma das etapas da educação básica seja por abandono,
seja por nunca terem frequentado a escola. Sabe-se que a evasão é multifatorial, uma vez que são várias
as razões que conduzem ao abandono escolar. A necessidade de trabalhar e o desinteresse pelo estudo
foram os principais motivos apontados na pesquisa.
O público da educação de jovens e adultos (EJA) é caracterizado pela diversidade: diversidade de
experiências escolares e de vivências no mundo do trabalho, diversidade geracional, além daquelas
presentes em todas as salas de aula, como a diversidade étnico-racial e de gênero. Defendemos a
inserção do termo “idosos”, porque reconhece e enfatiza a necessidade de oferecer oportunidades
educacionais a todas as faixas etárias que não tiveram acesso à educação formal ou que desejam
retomar seus estudos. Utilizar a expressão completa — educação de jovens, adultos e idosos (EJAI) —
busca promover a igualdade de oportunidades, o que pode ajudar a combater e evitar preconceitos e
estereótipos.
Paula Cobucci; Weruska Machado.
Educação linguística para jovens e adultos.
São Paulo: Editora Contexto, p. 7-8 (com adaptações).
 
Acerca das ideias do texto CB1A1-II, julgue o item a seguir.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2704944
1132) 
1133) 
 
Segundo o texto, os jovens e os adultos atendidos pela EJA são diferentes uns dos outros em vários
aspectos.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2779472
CEBRASPE (CESPE) - Adv (CAU BR)/CAU BR/2024
Língua Portuguesa (Português) - Tipologia e Gênero Textual
O eucalipto é cortado, e dele se faz o papel. Processo quase alquímico. O inflexível se dobra, o
marrom se torna branco, onde cabiam folhas verdes agora cabem ideias maduras. Chegada a obra-
prima, alguém trabalha o preenchê-la.E era isso que fascinava tanto o jornalista Pinheiro Júnior — fosse
jovem fosse experiente.
— Por que arquitetura? Por que arquitetura quando o senhor já havia contribuído tanto com esse talento,
com esse dom?
— Uma das coisas que mais me atraiu na Última Hora foi a diagramação da UH, a paginação da UH.
Enquanto os outros jornais eram jornais duros, feios, a UH era um jornal bonito, era um jornal, inclusive,
a cores. Os outros jornais não eram. Arquitetura, em jornalismo, é exatamente a diagramação dos
jornais.
Bruna Rezende e Victor Gabry. A Arquitetura tem tudo a ver com o Jornalismo! Uma conversa com Pinheiro
Júnior, veterano do jornalismo, sobre o que ele ainda não falou. In: Cadernos de reportagem, 2018. Internet:
<cadernosdereportagem.wordpress.com>.
 
Com base na leitura e nos sentidos do texto anterior, julgue o item que se segue.
 
O uso dos travessões no início do segundo e do terceiro parágrafos é um dos indicativos de que o gênero
textual do fragmento apresentado é entrevista.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2854255
CEBRASPE (CESPE) - ERSTT (ANTT)/ANTT/"Sem Área"/2024
Língua Portuguesa (Português) - Tipologia e Gênero Textual
A iniciativa Mãe Servidora, inserida no contexto do programa Pró-Equidade de Gênero, reflete um
esforço significativo da ANTT para promover o equilíbrio entre a vida profissional e familiar de suas
colaboradoras. Essa ação é direcionada especialmente para mães servidoras, no regime de trabalho
presencial, com filhos menores de sete anos de idade, oferecendo a elas a oportunidade de reduzir a
jornada de trabalho semanal em quatro horas em um dia específico. O objetivo principal é fortalecer a
interação entre mãe e filho durante os anos cruciais de formação da criança, beneficiando-se tanto o
bem-estar da servidora quanto o da família como um todo.
Em caso de dúvidas, fale com a Coordenação de Projetos Especiais de Gestão de Pessoas (COPEP), pelo
email <copep@antt.gov.br>.
ANTT. Revista Via Sustentável. Destaques 2023, s/d, p. 35 (com adaptações).
 
A respeito de aspectos linguísticos desse texto, julgue o item a seguir.
 
O último parágrafo do texto caracteriza-se como injuntivo.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2779472
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2854255
1134) 
1135) 
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2399815
CEBRASPE (CESPE) - AJ 02 (TJ ES)/TJ ES/Apoio Especializado/Licenciatura em Letras/2023
Língua Portuguesa (Português) - Tipologia e Gênero Textual
Texto 15A2-I
Em uma linha de estudos, um dos fatores apontados frequentemente como possível solução para a
diminuição da demanda nos tribunais diz respeito aos mecanismos de resolução alternativa de conflitos.
O relatório Fazendo com que a justiça conte: medindo e aprimorando o desempenho do
Judiciário no Brasil, produzido pelo Banco Mundial, já apontava em 2004 a maior difusão do instituto
da conciliação como uma possível solução para a excessiva sobrecarga de processos na justiça estadual.
Segundo o relatório, tal medida poderia ser um importante mecanismo de diminuição das demandas hoje
paralisadas no Poder Judiciário estadual.
Ribeiro (2008), em análise acerca do acesso ao sistema judiciário no Brasil, destaca o papel do Conselho
Nacional de Justiça (CNJ) como órgão encarregado de desenvolver ações que visem à redução da
morosidade processual e à simplificação dos procedimentos judiciais. A autora destaca dentre os projetos
desenvolvidos pelo CNJ a ênfase nos procedimentos alternativos de justiça, entre os quais figura o
instituto da conciliação.
Em mesmo sentido, Veronese (2007) realizou análise da evolução de experiências alternativas de
resolução de conflitos, descrevendo os projetos e as questões políticas implicadas nesse fenômeno.
Segundo o autor, apesar do consenso de que o Brasil se insere em um contexto de tradição jurídica
formalista, ocorre atualmente um movimento descrito como “permeabilidade às novas referências
institucionais para a solução dos conflitos e ao discurso de intervenção social” (2007, p. 19), agenda que,
segundo Veronese, vem-se desenvolvendo de modo célere no Brasil. Um exemplo citado por ele diz
respeito à realização do Dia Nacional da Conciliação, evento promovido pelo CNJ com o intuito de
difundir nos tribunais a cultura da realização de acordos entre os litigantes com vistas a extinguir
demandas judiciárias.
Renato Máximo Sátiro e Marcos de Moraes Sousa.
Determinantes quantitativos do desempenho judicial: fatores associados à produtividade dos tribunais de
justiça. In: Revista Direito GV, v. 7, n.º 1, 2021, p. 8-9 (com adaptações).
 
Considerando os aspectos estilísticos e estruturais do texto 15A2-I, julgue o item que se segue.
Predominam no texto sequências textuais injuntivas.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2399818
CEBRASPE (CESPE) - AJ 02 (TJ ES)/TJ ES/Apoio Especializado/Licenciatura em Letras/2023
Língua Portuguesa (Português) - Tipologia e Gênero Textual
Texto 15A2-I
Em uma linha de estudos, um dos fatores apontados frequentemente como possível solução para a
diminuição da demanda nos tribunais diz respeito aos mecanismos de resolução alternativa de conflitos.
O relatório Fazendo com que a justiça conte: medindo e aprimorando o desempenho do
Judiciário no Brasil, produzido pelo Banco Mundial, já apontava em 2004 a maior difusão do instituto
da conciliação como uma possível solução para a excessiva sobrecarga de processos na justiça estadual.
Segundo o relatório, tal medida poderia ser um importante mecanismo de diminuição das demandas hoje
paralisadas no Poder Judiciário estadual.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2399815
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2399818
1136) 
Ribeiro (2008), em análise acerca do acesso ao sistema judiciário no Brasil, destaca o papel do Conselho
Nacional de Justiça (CNJ) como órgão encarregado de desenvolver ações que visem à redução da
morosidade processual e à simplificação dos procedimentos judiciais. A autora destaca dentre os projetos
desenvolvidos pelo CNJ a ênfase nos procedimentos alternativos de justiça, entre os quais figura o
instituto da conciliação.
Em mesmo sentido, Veronese (2007) realizou análise da evolução de experiências alternativas de
resolução de conflitos, descrevendo os projetos e as questões políticas implicadas nesse fenômeno.
Segundo o autor, apesar do consenso de que o Brasil se insere em um contexto de tradição jurídica
formalista, ocorre atualmente um movimento descrito como “permeabilidade às novas referências
institucionais para a solução dos conflitos e ao discurso de intervenção social” (2007, p. 19), agenda que,
segundo Veronese, vem-se desenvolvendo de modo célere no Brasil. Um exemplo citado por ele diz
respeito à realização do Dia Nacional da Conciliação, evento promovido pelo CNJ com o intuito de
difundir nos tribunais a cultura da realização de acordos entre os litigantes com vistas a extinguir
demandas judiciárias.
Renato Máximo Sátiro e Marcos de Moraes Sousa.
Determinantes quantitativos do desempenho judicial: fatores associados à produtividade dos tribunais de
justiça. In: Revista Direito GV, v. 7, n.º 1, 2021, p. 8-9 (com adaptações).
 
Considerando os aspectos estilísticos e estruturais do texto 15A2-I, julgue o item que se segue.
 
A alta ocorrência de substantivos deverbais no texto é característica do gênero textual artigo científico.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2399819
CEBRASPE (CESPE) - AJ 02 (TJ ES)/TJ ES/Apoio Especializado/Licenciatura em Letras/2023
Língua Portuguesa (Português) - Tipologia e Gênero Textual
Texto 15A2-I
Em uma linha de estudos, um dos fatores apontados frequentemente como possível solução para a
diminuição da demanda nos tribunais diz respeito aos mecanismos de resolução alternativa de conflitos.
O relatório Fazendo com que a justiça conte: medindo e aprimorando o desempenho do
Judiciário no Brasil, produzido pelo Banco Mundial, já apontava em 2004 a maior difusão do instituto
da conciliação como uma possível solução para a excessiva sobrecargade processos na justiça estadual.
Segundo o relatório, tal medida poderia ser um importante mecanismo de diminuição das demandas hoje
paralisadas no Poder Judiciário estadual.
Ribeiro (2008), em análise acerca do acesso ao sistema judiciário no Brasil, destaca o papel do Conselho
Nacional de Justiça (CNJ) como órgão encarregado de desenvolver ações que visem à redução da
morosidade processual e à simplificação dos procedimentos judiciais. A autora destaca dentre os projetos
desenvolvidos pelo CNJ a ênfase nos procedimentos alternativos de justiça, entre os quais figura o
instituto da conciliação.
Em mesmo sentido, Veronese (2007) realizou análise da evolução de experiências alternativas de
resolução de conflitos, descrevendo os projetos e as questões políticas implicadas nesse fenômeno.
Segundo o autor, apesar do consenso de que o Brasil se insere em um contexto de tradição jurídica
formalista, ocorre atualmente um movimento descrito como “permeabilidade às novas referências
institucionais para a solução dos conflitos e ao discurso de intervenção social” (2007, p. 19), agenda que,
segundo Veronese, vem-se desenvolvendo de modo célere no Brasil. Um exemplo citado por ele diz
respeito à realização do Dia Nacional da Conciliação, evento promovido pelo CNJ com o intuito de
difundir nos tribunais a cultura da realização de acordos entre os litigantes com vistas a extinguir
demandas judiciárias.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2399819
1137) 
Renato Máximo Sátiro e Marcos de Moraes Sousa.
Determinantes quantitativos do desempenho judicial: fatores associados à produtividade dos tribunais de
justiça. In: Revista Direito GV, v. 7, n.º 1, 2021, p. 8-9 (com adaptações).
 
Considerando os aspectos estilísticos e estruturais do texto 15A2-I, julgue o item que se segue.
 
Verificável pelas referências a outros autores, a polifonia encontrada no texto relaciona-se às práticas de
debate e fundamentação constitutivas dos textos acadêmicos.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2423596
CEBRASPE (CESPE) - Tec (CNMP)/CNMP/Apoio Técnico Administrativo/Administração/2023
Língua Portuguesa (Português) - Tipologia e Gênero Textual
Texto CB3A1-I
Ao final do período de revoluções e guerras que caracterizaram a virada do século XVIII para o XIX, os
recém-emancipados países da América e os antigos Estados europeus se viram diante da necessidade de
criar estruturas de governo, marcando a transição do Antigo Regime ao constitucionalismo e do
colonialismo à independência. Os arquitetos da nova ordem se inspiraram em fontes antigas e modernas:
de Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) e Políbio (c.200 a.C. – c.118 a.C.) a John Locke (1632 – 1704) e
Montesquieu (1689 – 1755). Um dos principais problemas com os quais lideranças e pensadores políticos
se confrontaram estava materializado em uma passagem do poeta satírico romano Juvenal (c.55 –
c.127), em que se lê: “Quis custodiet ipsos custodes?”, traduzida como “Quem vigia os vigias?” ou “Quem
controla os controladores?”.
“Uma coisa é teorizar sobre a separação em três poderes, como lemos em Montesquieu. Outra coisa é
colocar em prática”, observa a historiadora Monica Duarte Dantas, do Instituto de Estudos Brasileiros da
Universidade de São Paulo. “Aí surgem os problemas, porque um poder pode tentar assumir as
atribuições de outro. Não era possível antever todas as questões que iriam aparecer, até porque havia
assuntos que diziam respeito a mais de um poder. Na prática, era preciso definir a quem competia o quê.
Essas questões emergiram rapidamente nos séculos XVIII e XIX, quando se tentou colocar em prática a
separação de poderes.”
Alguém que acompanhasse os trabalhos de elaboração de textos constitucionais no início do século XIX
não necessariamente apostaria que, ao final desse período, estaria consolidado um modelo de
organização do Estado em que o poder se desdobraria em três partes: o Executivo, o Legislativo e o
Judiciário, conforme apresentado pelo filósofo francês Montesquieu em O espírito das leis (1748).
Havia projetos com quatro, cinco ou até mais poderes. Na França, o filósofo político franco-suíço
Benjamin Constant (1767 – 1830) imaginou meia dezena: o Judiciário, o Executivo, dois poderes
representativos, correspondentes ao Legislativo — o da opinião (Câmara Baixa) e o da tradição (Câmara
Alta) —, e um poder “neutro”, exercido pelo monarca. O revolucionário venezuelano Simon Bolívar (1783
– 1830) chegou a formular a ideia, em 1819, de um “poder moral” que deveria cuidar, sobretudo, de
educação.
 
As mesmas preocupações estavam na cabeça dos deputados na primeira Assembleia Constituinte do
Brasil, em 1823. Até que, em novembro, o conflito de poderes se concretizou: tropas enviadas pelo
imperador Dom Pedro I (1789 – 1834) dissolveram a assembleia. Em março do ano seguinte, quando o
imperador outorgou a primeira Constituição brasileira, ela se afastava pouco do projeto elaborado em
1823, mas continha uma diferença crucial: os poderes eram quatro e incluíam um Moderador.
Entretanto, só em dois países esse quarto poder chegou a ser formalmente inscrito no texto
constitucional, como uma instituição em separado. O Brasil, com o título 5.º da Constituição de 1824, e
Portugal, em 1826, com a Carta Constitucional outorgada também por Dom Pedro — em Portugal, IV, e
não I —, no breve período de seis dias em que acumulou a coroa de ambos os países. As funções do
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2423596
1138) 
Poder Moderador, tanto na doutrina de Constant quanto na Constituição brasileira, guardam semelhanças
com algumas das funções que hoje cabem às cortes supremas — no Brasil, ao Supremo Tribunal Federal
(STF). Trata-se de garantir que a atuação dos poderes, seja na formulação de leis, seja na administração
pública ou no julgamento de casos, não se choque com as normas constitucionais.
Diego Viana. Experimentação constitucional fomentou criação de Poder Moderador. In: Revista Pesquisa FAPESP,
ago./2022 (com adaptações).
 
Em relação a aspectos linguísticos e à estruturação do texto CB3A1-I, julgue o item subsequente.
 
Predomina no texto a tipologia textual argumentativa.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Tec (CNMP)/CNMP/Apoio Técnico Administrativo/Administração/2023
Língua Portuguesa (Português) - Tipologia e Gênero Textual
Texto CB3A1-I
Ao final do período de revoluções e guerras que caracterizaram a virada do século XVIII para o XIX, os
recém-emancipados países da América e os antigos Estados europeus se viram diante da necessidade de
criar estruturas de governo, marcando a transição do Antigo Regime ao constitucionalismo e do
colonialismo à independência. Os arquitetos da nova ordem se inspiraram em fontes antigas e modernas:
de Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) e Políbio (c.200 a.C. – c.118 a.C.) a John Locke (1632 – 1704) e
Montesquieu (1689 – 1755). Um dos principais problemas com os quais lideranças e pensadores políticos
se confrontaram estava materializado em uma passagem do poeta satírico romano Juvenal (c.55 –
c.127), em que se lê: “Quis custodiet ipsos custodes?”, traduzida como “Quem vigia os vigias?” ou “Quem
controla os controladores?”.
“Uma coisa é teorizar sobre a separação em três poderes, como lemos em Montesquieu. Outra coisa é
colocar em prática”, observa a historiadora Monica Duarte Dantas, do Instituto de Estudos Brasileiros da
Universidade de São Paulo. “Aí surgem os problemas, porque um poder pode tentar assumir as
atribuições de outro. Não era possível antever todas as questões que iriam aparecer, até porque havia
assuntos que diziam respeito a mais de um poder. Na prática, era preciso definir a quem competia o quê.
Essas questões emergiram rapidamente nos séculos XVIII e XIX, quando se tentou colocar em prática a
separação de poderes.”
Alguém que acompanhasse os trabalhos de elaboração de textos constitucionais no início do século XIX
não necessariamente apostaria que, ao final desse período, estaria consolidado um modelo de
organização do Estado em que o poderse desdobraria em três partes: o Executivo, o Legislativo e o
Judiciário, conforme apresentado pelo filósofo francês Montesquieu em O espírito das leis (1748).
Havia projetos com quatro, cinco ou até mais poderes. Na França, o filósofo político franco-suíço
Benjamin Constant (1767 – 1830) imaginou meia dezena: o Judiciário, o Executivo, dois poderes
representativos, correspondentes ao Legislativo — o da opinião (Câmara Baixa) e o da tradição (Câmara
Alta) —, e um poder “neutro”, exercido pelo monarca. O revolucionário venezuelano Simon Bolívar (1783
– 1830) chegou a formular a ideia, em 1819, de um “poder moral” que deveria cuidar, sobretudo, de
educação.
 
As mesmas preocupações estavam na cabeça dos deputados na primeira Assembleia Constituinte do
Brasil, em 1823. Até que, em novembro, o conflito de poderes se concretizou: tropas enviadas pelo
imperador Dom Pedro I (1789 – 1834) dissolveram a assembleia. Em março do ano seguinte, quando o
imperador outorgou a primeira Constituição brasileira, ela se afastava pouco do projeto elaborado em
1823, mas continha uma diferença crucial: os poderes eram quatro e incluíam um Moderador.
Entretanto, só em dois países esse quarto poder chegou a ser formalmente inscrito no texto
constitucional, como uma instituição em separado. O Brasil, com o título 5.º da Constituição de 1824, e
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2423597
1139) 
Portugal, em 1826, com a Carta Constitucional outorgada também por Dom Pedro — em Portugal, IV, e
não I —, no breve período de seis dias em que acumulou a coroa de ambos os países. As funções do
Poder Moderador, tanto na doutrina de Constant quanto na Constituição brasileira, guardam semelhanças
com algumas das funções que hoje cabem às cortes supremas — no Brasil, ao Supremo Tribunal Federal
(STF). Trata-se de garantir que a atuação dos poderes, seja na formulação de leis, seja na administração
pública ou no julgamento de casos, não se choque com as normas constitucionais.
Diego Viana. Experimentação constitucional fomentou criação de Poder Moderador. In: Revista Pesquisa FAPESP,
ago./2022 (com adaptações).
 
Em relação a aspectos linguísticos e à estruturação do texto CB3A1-I, julgue o item subsequente.
 
Quanto ao gênero textual, é correto classificar o texto como uma resenha, visto que sua estrutura se
fundamenta na análise de outros textos.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - PPNT (PETROBRAS)/PETROBRAS/Enfermagem do Trabalho/2023
Língua Portuguesa (Português) - Tipologia e Gênero Textual
Texto CB1A1-I
A PETROBRAS demonstra compromisso com a sustentabilidade por meio do desenvolvimento de
estratégias para acelerar a descarbonização e atuar sempre de forma ética e transparente, com
operações seguras, respeito às pessoas e ao meio ambiente e com foco na geração de valor. Seis dos dez
compromissos de sustentabilidade estabelecidos pela empresa estão associados a carbono. Os outros
quatro compromissos referem-se a segurança hídrica, conservação da biodiversidade, gestão de resíduos
e responsabilidade social, e esse último inclui investimentos em projetos socioambientais, programas em
direitos humanos, relacionamento comunitário e contribuição para a solução de problemas sociais e
ambientais, envolvendo oportunidades de atuação junto aos públicos de interesse e clientes de produtos
da PETROBRAS.
No que diz respeito aos desafios da transição energética, a PETROBRAS contribui para a mitigação da
mudança climática por meio do investimento de recursos e tecnologias na produção de petróleo de baixo
carbono no Brasil, gerando energia, divisas e riquezas relevantes para o financiamento de uma transição
energética responsável, bem como para a capacidade de ofertar gás e energia despachável para
viabilizar a elevada participação de energias renováveis na matriz elétrica brasileira. Além disso, investe
em novas possibilidades de produtos e negócios de menor intensidade de carbono, promove pesquisa e
desenvolvimento de novas tecnologias e soluções de baixo carbono e investe em projetos
socioambientais para a recuperação e conservação de florestas.
Internet: <https://petrobras.com.br> (com adaptações).
 
Julgue o seguinte item, relativo a ideias do texto CB1A1-I e à sua tipologia.
 
Quanto à tipologia, o texto se classifica como dissertativo e tem como objetivo principal a defesa da
sustentabilidade socioambiental.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEE PE)/SEE PE/Braillista/2023
Língua Portuguesa (Português) - Tipologia e Gênero Textual
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1140) Texto CB1A1-I
Com altos índices de evasão escolar, baixo engajamento e conteúdos pouco conectados à realidade dos
alunos, o ensino médio já era, antes da pandemia de covid-19, a etapa mais desafiadora da educação
básica. Com o fechamento das escolas e o distanciamento dos estudantes do convívio educacional, os
últimos anos escolares passaram a trazer ainda mais dificuldades a serem enfrentadas — reforçadas
pelas desigualdades raciais, socioeconômicas e de acesso à Internet.
Nenhuma avaliação diagnóstica precisou os prejuízos totais da pandemia para a aprendizagem dos
alunos, mas há alguns estudos que ajudam a entender melhor o cenário. Uma pesquisa realizada pelo
Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
apontou que houve piora em todas as séries avaliadas. Segundo a pesquisa amostral, em matemática, o
desempenho alcançado no 3.º ano do ensino médio foi de 255,3 pontos na escala de proficiência, inferior
aos 261,7 obtidos pelos estudantes ao final do 9.º ano do ensino fundamental no Sistema de Avaliação
da Educação Básica (SAEB) de 2019. Em língua portuguesa, os estudantes do 9.º ano apresentaram uma
queda de 12 pontos, e os do 3.º ano do ensino médio, de 11 pontos.
Após o retorno presencial, estados e municípios ainda têm muito trabalho para identificar os reais
prejuízos, dimensioná-los e encontrar caminhos e soluções para que professores e estudantes possam
retomar a aprendizagem.
Para Suelaine Carneiro, coordenadora de educação na Geledés, organização da sociedade civil que se
posiciona em defesa de mulheres e homens negros, “há um consenso de que não foi possível atender
todos os alunos” na educação pública. “Os dados indicam um baixo número de participação dos
estudantes, somado à impossibilidade de os familiares acompanharem a resolução das tarefas”, afirma.
Mas não fica apenas nisso. “Em termos de aprendizagem, os dados também mostram dificuldades no
que diz respeito à compreensão e à resolução das tarefas.”
De acordo com ela, a situação de alunos negros requer ainda mais atenção. “É preciso prestar atenção
nessa condição: a pessoa já estava vulnerável socialmente, sem a possibilidade de realizar um
isolamento dentro de casa, pois vive em uma casa pequena ou onde não há cômodos suficientes”,
contextualiza Suelaine.
 
Agravada pela pandemia, que engrossou o número de trabalhadores desempregados, a questão
econômica foi um dos grandes fatores que impactou a vida dos estudantes do ensino médio. “Temos
alunos que estão trabalhando no horário de aula, dizendo que precisam ajudar a família, e aos fins de
semana assistem às atividades”, relata a professora Lucenir Ferreira, da Escola Estadual Mário Davi
Andreazza, em Boa Vista (RR). Lucenir conta que muitos alunos chegam a falar que não conseguem
aprender nada e desabafam por sentir que a aprendizagem foi prejudicada, principalmente os que estão
em processo de preparação para o vestibular.
Apesar dos desafios, Suelaine acredita que os impactos não são irreversíveis, como outros especialistas
têm apontado. “Você pode recuperar dois anos se houver políticas públicas, compromisso público com a
educação, de forma a desenvolver diferentes ações”, diz ela.
Internet: <novaescola.org.br> (com adaptações).
 
A respeito dos sentidos e dos aspectos tipológicos e coesivos do texto CB1A1-I, julgue o próximoitem.
 
O texto é predominantemente descritivo, pois descreve dados e opiniões recolhidos de especialistas e
bases de informação.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2459355
CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEE PE)/SEE PE/Braillista/2023
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2459355
1141) 
Língua Portuguesa (Português) - Tipologia e Gênero Textual
Texto CB1A1-I
Com altos índices de evasão escolar, baixo engajamento e conteúdos pouco conectados à realidade dos
alunos, o ensino médio já era, antes da pandemia de covid-19, a etapa mais desafiadora da educação
básica. Com o fechamento das escolas e o distanciamento dos estudantes do convívio educacional, os
últimos anos escolares passaram a trazer ainda mais dificuldades a serem enfrentadas — reforçadas
pelas desigualdades raciais, socioeconômicas e de acesso à Internet.
Nenhuma avaliação diagnóstica precisou os prejuízos totais da pandemia para a aprendizagem dos
alunos, mas há alguns estudos que ajudam a entender melhor o cenário. Uma pesquisa realizada pelo
Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
apontou que houve piora em todas as séries avaliadas. Segundo a pesquisa amostral, em matemática, o
desempenho alcançado no 3.º ano do ensino médio foi de 255,3 pontos na escala de proficiência, inferior
aos 261,7 obtidos pelos estudantes ao final do 9.º ano do ensino fundamental no Sistema de Avaliação
da Educação Básica (SAEB) de 2019. Em língua portuguesa, os estudantes do 9.º ano apresentaram uma
queda de 12 pontos, e os do 3.º ano do ensino médio, de 11 pontos.
Após o retorno presencial, estados e municípios ainda têm muito trabalho para identificar os reais
prejuízos, dimensioná-los e encontrar caminhos e soluções para que professores e estudantes possam
retomar a aprendizagem.
Para Suelaine Carneiro, coordenadora de educação na Geledés, organização da sociedade civil que se
posiciona em defesa de mulheres e homens negros, “há um consenso de que não foi possível atender
todos os alunos” na educação pública. “Os dados indicam um baixo número de participação dos
estudantes, somado à impossibilidade de os familiares acompanharem a resolução das tarefas”, afirma.
Mas não fica apenas nisso. “Em termos de aprendizagem, os dados também mostram dificuldades no
que diz respeito à compreensão e à resolução das tarefas.”
De acordo com ela, a situação de alunos negros requer ainda mais atenção. “É preciso prestar atenção
nessa condição: a pessoa já estava vulnerável socialmente, sem a possibilidade de realizar um
isolamento dentro de casa, pois vive em uma casa pequena ou onde não há cômodos suficientes”,
contextualiza Suelaine.
 
Agravada pela pandemia, que engrossou o número de trabalhadores desempregados, a questão
econômica foi um dos grandes fatores que impactou a vida dos estudantes do ensino médio. “Temos
alunos que estão trabalhando no horário de aula, dizendo que precisam ajudar a família, e aos fins de
semana assistem às atividades”, relata a professora Lucenir Ferreira, da Escola Estadual Mário Davi
Andreazza, em Boa Vista (RR). Lucenir conta que muitos alunos chegam a falar que não conseguem
aprender nada e desabafam por sentir que a aprendizagem foi prejudicada, principalmente os que estão
em processo de preparação para o vestibular.
Apesar dos desafios, Suelaine acredita que os impactos não são irreversíveis, como outros especialistas
têm apontado. “Você pode recuperar dois anos se houver políticas públicas, compromisso público com a
educação, de forma a desenvolver diferentes ações”, diz ela.
Internet: <novaescola.org.br> (com adaptações).
 
A respeito dos sentidos e dos aspectos tipológicos e coesivos do texto CB1A1-I, julgue o próximo item.
 
Considera-se o texto um artigo de opinião, porque apresenta a opinião de várias pessoas acerca de um
mesmo problema, como maneira de evitar um posicionamento homogêneo a respeito do tema.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2531729
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2531729
1142) 
1143) 
CEBRASPE (CESPE) - Prof I (Pref Recife)/Pref Recife/Sem Área/2023
Língua Portuguesa (Português) - Tipologia e Gênero Textual
Texto CB1A1-I 
Em uma de suas últimas entrevistas, o antropólogo Darcy Ribeiro (1922-1997) relatou que havia fugido
do hospital onde se submetia a tratamento contra um câncer, para terminar o livro que considerava o
coroamento de sua obra: O povo brasileiro, publicado em 1995. Na mesma entrevista, reconhecia ser
um homem de “muitas peles”: foi etnólogo indigenista, antropólogo, educador, gestor público, político
militante e romancista. Entretanto, dizia ter fracassado em sua missão de tornar o Brasil aquilo que
“poderia ser”.
“Darcy Ribeiro é uma figura fascinante e um dos autores latino-americanos que projetaram mais futuros.
Em alguns dos textos, ele parece comentar em voz alta as alternativas, utópicas e distópicas, para o
Brasil e a América Latina”, observa o sociólogo Fabrício Pereira da Silva. “Este é um momento excelente
para reexaminar suas ideias, suas utopias e seus projetos.”
Sua carreira de educador teve início na Escola Brasileira de Administração Pública, da Fundação Getúlio
Vargas, no Rio de Janeiro, onde, durante dois anos, ensinou etnologia brasileira. Na mesma época,
participou da fundação do Museu do Índio, em 1953, e, dois anos mais tarde, da criação do primeiro
curso de pós-graduação em antropologia cultural no Brasil. Ao deixar o Serviço de Proteção aos Índios,
lecionou na Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Nesse período,
desenvolveu trabalhos com o pedagogo Anísio Teixeira (1900-1971), uma das principais referências em
educação no Brasil e defensor do ensino básico integral. Sua influência perduraria por toda a trajetória de
Darcy Ribeiro e se concretizaria no projeto dos centros integrados de educação pública (CIEP), escolas
de tempo integral criadas no Rio de Janeiro nos anos 80 do século passado.
A crítica ao colonialismo, a análise dos povos latino-americanos e a valorização do ponto de vista
indígena fazem da obra de Darcy Ribeiro uma fonte de inspiração para pesquisadores do campo de
estudos pós-coloniais e decoloniais, de acordo com Pereira da Silva. “São releituras e apropriações,
porque, quando ele publicou, esses termos não eram usados. A tendência ao evolucionismo e ao
eurocentrismo de seus primeiros anos deu lugar, no exílio, a uma visão mais diversificada, em que a
América Latina aparece como um polo civilizacional”, afirma.
Apesar de ter sido reitor, fundador e reformador de universidades, Darcy viveu a maior parte de sua
carreira fora de instituições universitárias brasileiras. Entretanto, jamais deixou de refletir sobre seu
projeto para o ensino superior. Publicou livros como A universidade necessária e La universidad
latinoamericana, em que expôs seu projeto baseado em interdisciplinaridade, investimento em
pesquisa científica avançada, compromisso social e participação do corpo discente na tomada de
decisões.
Diego Viana. Darcy Ribeiro: a chama da utopia. Revista Pesquisa FAPESP, 30/10/2022 (com adaptações).
 
Em relação a aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o próximo item.
O texto é essencialmente narrativo, pois relata fatos da vida de um personagem principal
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Prof II(Pref Recife)/Pref Recife/Língua Portuguesa/2023
Língua Portuguesa (Português) - Tipologia e Gênero Textual
Texto 8A3
O AMOR BATE NA AORTA
Cantiga do amor sem eira
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2534582
nem beira,
vira o mundo de cabeça
para baixo,
suspende a saia das mulheres,
tira os óculos dos homens,
o amor, seja como for,
é o amor.
Meu bem, não chores,
hoje tem filme de Carlito!
O amor bate na porta,
o amor bate na aorta,
fui abrir e me constipei.
Cardíaco e melancólico,
o amor ronca na horta
entre pés de laranjeira
entre uvas meio verdes
e desejos já maduros.
Entre uvas meio verdes,
meu amor, não te atormentes.
Certos ácidos adoçam
a boca

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