A Arte da Dança

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Arte linguagem corporal, movimentos, esforço, respiração, ritmo, peso esforço, fluência e expressão.
A dança é uma expressão artística baseada no movimento corporal. Ela aparece em duas formas: a teatral e a social. No primeiro caso, é executada num palco, tendo como estilos principais o medieval e o balé (clássico, moderno e contemporâneo). No outro, ela é praticada ao ar livre ou em clubes de baile. Nesse grupo estão os gêneros populares - como o frevo, o forró, o carimbó etc. - e as danças de salão, do ventre e de rua.
Nos dois casos, os passos cadenciados são acompanhados de música e transmitem sensações e sentimentos por meio de um conjunto ordenado (teatral), chamado coreografia. 
A dança surgiu com a função de permitir ao homem adorar os deuses e a natureza. Nas cavernas de Lascaux (França), Altamira (Espanha) e serra da Capivara (no Piauí) é possível observar desenhos com cenas de pessoas em roda, saltando e se comunicando com o corpo.
É como se nossos antepassados quisessem reproduzir graficamente os sentimentos proporcionados por uma boa caça e uma colheita frutífera, a alegria causada pela chuva ou o medo provocado por um predador. A primeira coreografia que os estudiosos imaginam ter sido criada é a do homem que veste uma pele de animal e tenta imitar seus ataques ou fugas. Ao longo do tempo, essa forma de Arte passou por transformações. Uma das mais importantes foi realizada na França do século 17, durante o reinado de Luís XIV. Exímio bailarino, ele fundou em 1661 a Academia Real da Música e da Dança. Nascia assim o conceito de balé, um tipo de dança executada pelos nobres nas festas da corte, que duravam dias. O gênero foi bastante difundido em toda a Europa.
Na virada do século 19 para o 20, a francesa Isadora Duncan (18721927) mudou completamente o jeito teatral de dançar. Ela causou enorme sensação ao rejeitar as sapatilhas de ponta, símbolo sagrado do balé. Descalça, Isadora fazia seus passos arrojados e menos rígidos, interpretando as músicas a seu modo.
Em 1913, o russo Vaslav Nijinsky (18901950) coreografou A Sagração da Primavera, peça musical dissonante e assimétrica do russo Igor Stravinski (18821971) que tinha movimentos diferentes para os vários bailarinos. Assim, ele eliminou o conceito de corpo de baile. 
Do ponto de vista corporal, a dança é uma forma de integração e expressão individual e coletiva: exercitam-se a atenção, a percepção e a colaboração entre os integrantes do grupo. Quem a pratica tem mais facilidade para construir a imagem do próprio corpo - fundamental para o crescimento e a maturidade do indivíduo e a formação de sua consciência social
A expressão corporal é uma forma poderosa de comunicação não verbal que ultrapassa as barreiras linguísticas. Ao compreender os fundamentos dessa linguagem única, podemos desvendar os segredos por trás de gestos, posturas e movimentos que enriquecem nossa interação social.
Importância da Respiração na Dança:
· Respiração e Emoções: A respiração influencia nossas ações e emoções. Controlar a respiração pode ajudar a controlar emoções, como nervosismo.
· Conscientização e Exercício: A respiração pode ser controlada de maneira consciente e voluntária, influenciando positivamente a execução de movimentos na dança.
· Influência no Desempenho: A gerência adequada da respiração pode evitar o cansaço precoce e melhorar a performance do dançarino.
Benefícios da Dança:
· Estimula a Memória: Oxigenação do cérebro durante atividades aeróbicas.
· Reduz o Estresse: A atividade física ajuda a controlar o estresse e melhora a saúde mental.
· Ajuda a Perder Peso: Atividades aeróbicas, como a dança, auxiliam no controle do peso corporal.
· Produz Adrenalina: Aumenta a energia e a disposição.
· Melhora a Flexibilidade: Exercícios regulares mantêm e melhoram a flexibilidade corporal.
· Melhora a Pele: Reduz o estresse, beneficiando a saúde da pele.
· Melhora a Autoestima: A prática de atividades físicas contribui para uma melhor percepção de si mesmo.
· Diversão e Socialização: A dança é uma forma divertida de socializar e conhecer novas pessoas.
Elementos do Movimento na Dança:
· Posturas: Momentos de imobilidade definidos.
· Equilíbrios: Imobilidade sobre apoio reduzido.
· Gestos: Movimentos de transporte do corpo.
· Deslocamentos: Movimentos de transporte com três ou mais apoios.
· Passos: Transferência de peso entre apoios.
· Saltos: Movimentos com ausência de apoio.
· Voltas: Mudança de direção com rotação.
· Quedas: Perda momentânea de estabilidade.
· Contatos: Movimentos com contato físico.
O que é expressão corporal?
Quando dizemos “expressão corporal” não estamos falando apenas de nosso corpo físico, mas também de nosso corpo psíquico. Ou ainda, das nossas possibilidades de comunicar e expressar nossos anseios e intenções.
De acordo com o maior teórico de dança do século XX, Rudolf Laban (1979-1958), o movimento visível do corpo seria a manifestação externa de nossa força vital. Para Laban, cada gesto, por mais simples que seja, revela algo da nossa vida interior.
Com isso, percebemos que Laban ressalta uma visão do corpo que não se reduz a um fato físico. Diferentemente de algo puramente mecânico, a expressão corporal para ele sempre carrega uma intencionalidade. Além disso, existem diferentes formas de se expressar, e cada pessoa tem a sua.
Qual é a relação entre a mente e o corpo?
Nós costumamos pensar que a mente e o corpo são coisas separadas, né? Mas não são! O filósofo francês René Descartes (1596-1650) foi o grande responsável pelo pensamento que afirma essa separação. De acordo com sua visão, o corpo seria como uma máquina, e seu estudo interessariam apenas à Medicina.
Foi só a partir do início do século XX, com o desenvolvimento da Psicanálise, que esse jeito de ver as coisas começou a mudar. E o tão conhecido psiquiatra austríaco Sigmund Freud (1856-1939) foi quem deu um grande passo para o início dessa mudança.
Mas o que transformou definitivamente esse pensamento foi a concepção holística, criada em 1926 pelo africano Jan Christiaan Smuts. A ideia de Jan era mostrar que tudo está interligado e que, em qualquer sistema, como o corpo humano, cada parte acaba influenciando sua totalidade.
Por isso, conhecer melhor a relação entre a mente e corpo é essencial para compreendermos de que forma nos expressamos. E, assim, conseguiremos analisar as interações que temos em sociedade, seja em conversas pessoais ou no trabalho, inclusive no de atuação.
Qual a importância da expressão corporal?
Já que o movimento é a expressão externa da nossa energia interior, suas características dizem muito sobre a nossa personalidade. E saber analisar nossas ações é essencial para o autoconhecimento.
Por meio dos estudos de Rudolf Laban, podemos entender melhor nossa forma de agir e, portanto, de nos expressar. Por exemplo, em relação ao fator peso, se percebemos que nossas ações tendem mais para o leve, essa é uma característica que nos define.
Além disso, ao compreendermos o nosso movimento natural, podemos desenvolver outras características. No caso de nossas ações tenderem mais para o leve, podemos experimentar um movimento mais firme, que pode ser útil em momentos que precisamos ser mais diretos.
Você sabia que a expressão corporal diz muito mais sobre nós do que imaginamos? E que o que comunicamos aos outros está diretamente relacionado ao modo como agimos? Também no trabalho do ator ou da atriz, a expressão corporal tem muita relevância. Tendo consciência dela, o ator consegue utilizá-la a favor da sua interpretação e vivência.
Como trabalhar sua expressão corporal?
Trabalhar a expressão corporal pode ser aprimorado através de várias atividades, sendo o teatro uma delas. A arte cênica proporciona um ambiente onde se exploram gestos, posturas e movimentos de forma consciente, ajudando a desenvolver a consciência corporal. 
A interpretação de personagens e a expressão de emoções no palco também são exercícios valiosos para fortalecer a comunicação não verbal, contribuindo para uma expressão mais eficaz e envolvente. 
Além do teatro, existemoutras maneiras de aprimorar essa habilidade, como:
· Dança — Forma artística que combina movimento e expressão, permitindo a exploração de diferentes estilos e emoções;
· Ioga e tai chi — Promove consciência corporal, equilíbrio e controle dos movimentos;
· Técnicas de respiração e meditação — Contribuem para uma presença mais consciente dos movimentos.
Quem precisa trabalhar a expressão corporal?
Todos, independentemente da profissão ou idade, podem se beneficiar ao trabalhar a expressão corporal. Desde profissionais que buscam melhorar a comunicação no ambiente de trabalho até aqueles que desejam aprimorar as interações sociais no dia a dia.
Essa habilidade é uma ferramenta valiosa para transmitir mensagens de forma clara e autêntica, sendo útil em diversas situações, desde apresentações até interações cotidianas. O desenvolvimento dessa habilidade contribui para uma comunicação mais eficaz e impactante.
Quais são os tipos de expressão corporal?
Rudolf Laban dividiu os fatores do movimento como Fluência, Espaço, Peso e Tempo. Em maior ou menor grau, esses fatores compõem qualquer ação e, associados entre si, criam diferentes tipos de expressão corporal. A seguir, estão listadas algumas delas.
· Fluência
Está relacionada à expansão ou à contenção de nossos sentimentos e/ou emoções. E se revela na liberdade ou no controle com que realizamos nossas ações. Essa fluência não apenas enriquece nossa comunicação não verbal, como também proporciona uma autenticidade expressiva que nos conecta de forma profunda com os outros e com nós mesmos.
· Espaço 
Tem a ver com as linhas e formas e com a maneira que nos relacionamos com elas. Por exemplo, se caminhamos em linha reta ou em curvas, de forma direta ou sinuosa. Ao dominar conscientemente essa linguagem, ganhamos a capacidade de comunicar nuances emocionais e criar conexões mais profundas por meio da nossa presença física no espaço.
· Peso
Se refere à energia e à tensão de nossos movimentos. Podemos perceber o peso que usamos em nossas tarefas verificando a intensidade e a força com que as realizamos. Por exemplo, ao carregar um objeto com vigor ou se movimentar com leveza, revelamos o peso associado à nossa expressão corporal.
Essa dimensão proporciona uma linguagem não verbal rica, permitindo que os outros percebam nossa disposição, confiança ou até mesmo a carga emocional que investimos em nossas ações. 
· Tempo
Está associado ao ritmo e à duração de nossas ações. Por exemplo, se tendemos a fazer tudo de forma mais rápida ou calma. A consciência do tempo na expressão corporal nos permite modular nossa comunicação não verbal, se adaptando a diferentes contextos e transmitindo nuances sutis sobre nossa personalidade e abordagem perante a vida.
Todos os seres humanos têm uma maneira própria de lidar com o espaço, um ritmo ao falar ou se mexer (tempo), uma intensidade ao pegar as coisas (peso) e um modo mais contido ou livre de expressar o espaço, o peso e o tempo, que é o fator fluência.
Agora que compreende o significado e os diversos tipos de expressão corporal, amplie sua percepção sobre a importância dessa linguagem única. Compartilhe este artigo em suas redes sociais, permitindo que mais pessoas explorem e aprimorem suas habilidades na comunicação não verbal.