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Pâncreas e 
Baço
SUMÁRIO
1. Introdução.......................... ................................................................................3
2. Desenvolvimento do esôfago ..............................................................................4
3. Desenvolvimento do estômago ...........................................................................6
4. Desenvolvimento da bolsa omental .....................................................................8
5. Desenvolvimento do duodeno ...........................................................................11
6. Desenvolvimento do fígado e aparelho biliar .....................................................14
7. Desenvolvimento do pâncreas ..........................................................................19
8. Desenvolvimento do baço .................................................................................21
Referências ....................................................................................................................... 24
 3
1. INTRODUÇÃO
É durante a 4a semana que o intestino primitivo começa a se formar, sendo fecha-
do na extremidade cranial pela membrana orofaríngea e na extremidade caudal pela 
membrana coaclal. O endoderma intestinal dá origem a maior parte do intestino, epi-
télio e glândulas. Já os epitélios das extremidades cranial e caudal são derivados do 
ectoderma do estomodeu e da fosseta anal (proctodeu). O mesênquima esplâncnico 
que circunda o intestino primitivo da origem aos tecidos muscular e conjuntivo e ou-
tras camadas da parede do trato digestório.
ENDODERMA: Maior parte do intestino – epitélio e glândulas
MESODERMA: Mesênquima esplâncnico
Tecido conjuntivo
Músculos
ECTODERMA:
Estomodeu: epitélio oral
Fosseta anal (proctodeu): epitélio anal
Fonte: Adaptado de MOORE KL, 2016.
O intestino primitivo é dividido em intestino anterior, médio e posterior. Nesse 
material abordaremos apenas o intestino anterior. O intestino anterior dar origem a 
faringe primitiva e seus derivados, sistema respiratório inferior, esôfago, estômago, a 
porção distal do duodeno, fígado, sistema biliar e pâncreas.
Pâncreas e Baço
 4
FALTA IMAGEM ILUSTRADA
Figura 1. ????????
Fonte: Acervo Sanar.
2. DESENVOLVIMENTO DO ESÔFAGO
Se desenvolve imediatamente caudal à faringe, tendo sua transição com a tra-
queia determinado pelo septo traquesofágico. O esôfago se alonga rapidamente, 
atingindo seu comprimento final relativo ao final da 7a semana, principalmente pelo 
crescimento e reposicionamento do coração e dos pulmões. No processo de desen-
volvimento do esôfago, o endoderma (que origina o epitélio e glândulas) se prolifera 
obstruindo parcial ou completamente a luz do esôfago, recanalizando ao final da 8a 
semana.
Região esofágica
Faringe
AortaCoração
Estomodeu
Alantoide
Fosseta anal
Intestino posterior
Artéria mesentérica inferior
Artéria mesentérica superior 
do intestino médio
Primórdio do fígado
Região gástrica e duodenal
Tronco celíaco
Membrana cloacal
Cloaca
Septo transverso
Ducto ontaloenterico 
e artéria vitelínica
Figura 2. ????????
Fonte: Acervo Sanar.
O mesoderma do 4o e 6o arcos faríngeos formam o músculo estriado, ou seja, a 
camada muscular externa do 1/3 superior do esôfago, enquanto o músculo liso dos 
2/3 inferiores, se desenvolve do mesênquima esplâncnico circundante. Ambos tipos 
de músculos são inervados pelos ramos dos nervos vagos (suprem os arcos farínge-
os caudais).
Pâncreas e Baço
 5
SE LIGA! Lembre-se que no esôfago, o 1/3 superior é constituído 
por músculo estriado esquelético, o 1/3 médico possui uma camada circular de 
músculo liso e uma camada longitudinal de músculo estriado e o 1/3 inferior, 
constituído de músculo liso.
Plexo submucoso 
(de Meissner)
Plexo mioentérico 
(de Auerbach)
Músculo circular
Músculo longitudinal
Nervo vago
Figura 3. Inervação da musculatura esofágica. 
Fonte: Acervo Sanar.
Atresia de esôfago com fístula distal
Em 90% dos casos ocorre em decorrência do desvio do septo traqueoesofágico 
para uma direção posterior e da separação incompleta do esôfago do tubo laringo-
traqueal. Em menor proporção pode decorrer da falha da recanalização esofágica 
durante a 8a semana da vida fetal.
Pâncreas e Baço
 6
Figura 4. Atresia esofagiana. A radiografia simples em incidência frontal (A) revela ausência de gás no 
trato gastrointestinal; e em perfil (B) não é possível a identificação da bolsa esofagiana proximal. 
Fonte: Acervo Sanar.
 SAIBA MAIS! Um feto com atresia fetal é incapaz de deglutir o 
líquido amniótico, cursando, consequentemente, em polidramnia (quantidade 
excessiva de líquido amniótico). Esses bebês ao nascerem podem aparentar 
serem saudáveis, mas pode ser notada ao bebê rejeitar a alimentação oral com 
imediata regurgitação e tosse.
3. DESENVOLVIMENTO DO
ESTÔMAGO
Inicialmente se apresenta como uma estrutura tubular, que durante a 4a semana 
sofre uma dilatação, dando origem ao estômago primitivo. A dilatação ocorre na par-
te caudal do intestino anterior, no sentido laterolateral.
Pâncreas e Baço
 7
Estômago
Arcos faríngeos
Intestino médio
Placenta
Fosseta ótica
Ducto onfaloentérico
Cordão umbilical
Vesícula umbilical
Figura 5. ?????? 
Fonte: Acervo Sanar.
Logo após, o estômago aumenta ventrodorsalmente, com um crescimento maior 
na margem dorsal que na ventral, demarcando a curvatura maior do estômago.
Curvatura 
maior do 
estômago
Baço
Baço
Esôfago
Esôfago
Aorta
Aorta dorsal
Aorta dorsalParede 
abdominal dorsal
Artéria do 
intestino anterior 
(tronco celíaco)
Forame
omental
Estômago
Estômago
Omento maior
Artéria gastro-omental direita
Omento maior
Bolsa omental 
(área da linha 
pontilhada
Mesogástrico 
dorsal primitivo
Mesogástrico 
dorsal primitivo
Mesogástrico 
ventral primitivo
Fígado
Porção proximal 
do estômago
Parede 
abdominal 
posterior
Broto pancreático 
dorsal
Duodeno
Pâncreas
Tronco celíaco
Figura 6. ??????? 
Fonte: Acervo Sanar.
Pâncreas e Baço
 8
Devido ao processo de crescimento do estômago e dos órgãos e mesentério adja-
centes, ocorre a rotação do estômago, girando lentamente 90° no sentido horário em 
torno do seu eixo longitudinal. Diante dessa rotação:
• A pequena curvatura se move para a direita e grande curvatura para esquerda;
• O lado esquerdo se torna a superfície ventral e o direito, a superfície dorsal;
• Região cranial se move para esquerda e para baixo e região caudal, para direita
e para cima;
• Posição final do estômago com eixo maior quase que transverso ao maior eixo
do corpo.
SE LIGA! É a essa rotação e crescimento do estômago que explica 
a o nervo vago esquerdo suprir a parede anterior do estômago e o nervo vago 
direito suprir a parede posterior.
FALTA IMAGEM ILUSTRADA
Figura 7. ???????
Fonte: Acervo Sanar.
O estômago fica suspenso na parede dorsal abdominal pelo mesogástrio dorsal 
primitivo. No momento em que tem a rotação do estômago é levado para esquerda, 
formando a bolsa omental ou saco peritoneal menor; esse mesmo mesogástrio tam-
bém envolve o baço e a artéria celíaca. A porção ventral do mesogástrio primitivo se 
une ao estômago, também ligando o duodeno ao fígado e à parede da parte ventral 
do abdômen.
4. DESENVOLVIMENTO DA BOLSA
OMENTAL
Pâncreas e Baço
 9
 CONCEITO! A bolsa omental é uma cavidade formada a partir 
de dobras do mesogástrio dorsal. O forame omental é uma abertura que permi-
te a comunicação entre a bolsa omental e a cavidade peritoneal.
Como mencionado, a bolsa omental é formada pelo mesogástrio dorsal, a par-
tir de fendas isoladas que coalescem formando uma cavidade única. A rotação do 
estômago puxa o mesogástrio para a esquerda, aumentando o tamanho da bolsa 
omental. Ocorre uma expansão transversal e cranial, ficando a bolsa entre o estôma-
go e a parede abdominal posterior. Essa bolsa terá papel fundamental em facilitar os 
movimentos do estômago.
A medida que o diafragma se forma a parte superior da bolsa omental é isolada, 
formandoa bolsa infracardíaca. Caso persista vai se localizar medial à base do pul-
mão direito, com sua região inferior da parte superior formando o recesso superior 
da bolsa omental. O estômago aumenta e a bolsa omental consequentemente, ad-
quirindo agora uma parte inferior da bolsa omental, entre a parte do mesogástrio 
dorsal (grande omento). Ao se fundir as camadas do grande omento, o recesso infe-
rior desaparece, persistindo apenas a comunicação, o forame omental.
Pâncreas e Baço
 10
Fendas no 
mesogástrio 
dorsal primitivo
Mesogástrio 
ventral primitivo
Recesso inferior 
da bolsa omental
Recesso superior 
da bolsa omental
Delineamento da 
bolsa omental
A
Aorta 
dorsal
Aorta dorsal
Artéria 
gástrica
Artéria gástrica
Estômago
Omento 
maior
Bolsa omental
Bolsa omental
Aorta 
dorsal
Estômago Estômago
Forame 
omental
Nível da 
secção 
em B
Nível da secção 
em F
Nível da 
secção 
em I
Nível da secção 
em J
Omento maior
Plano da 
secção em G
Plano da 
secção 
em G
Forame omental 
(entrada para bolsa 
omental)
Entrada para 
bolsa omental
Aorta
Artéria gástrica
Bolsa 
omental
Mesogástrio 
dorsal
Estômago
Plano da secção em G Parede abdominal dorsal Parede abdominal 
dorsal
Nível da 
secção 
em d
B C
E F G
H I J
D
Mesogástrio 
dorsal primitivo
Figura 8. ???????? 
Fonte: Acervo Sanar.
Pâncreas e Baço
 11
5. DESENVOLVIMENTO DO DUODENO
Na 4a semana, a partir da parte caudal do intestino anterior, parte cranial do intes-
tino médio e do mesênquima esplâncnico duodeno é desenvolvido. A junção das por-
ções do duodeno ocorre distal à origem do ducto biliar. A alça em forma de C surge 
do desenvolvimento do duodeno, se projeta de forma ventral. Devido à rotação que 
ocorre do estômago, a alça é girada para direita, e sofre uma pressão contra a pare-
de posterior da cavidade abdominal, em posição retroperitoneal.
Intestino anterior
Intestino médio
Alça duodenal
Intestino 
médio
Intestino 
anterior
Cavidade peritoneal Aorta dorsal
Estômago em 
desenvolvimento
Estômago
Estômago
Broto 
pancreático 
dorsal
Broto pancreático 
ventral
Brotos 
pancreáticos 
ventral e 
dorsal 
fundidos
Divertículo 
hepático
Mesogástrio 
ventral
Ducto 
onfaloentérico
Diafragma Diafragma
Fígado
Ducto 
biliar
Ducto 
biliar
Vesícula 
biliar
Vesícula biliar
Ducto 
cístico
Ducto cístico
Duodeno
Figura 9. 
Fonte: Acervo Sanar.
Durante a 5a e 6a semanas do desenvolvimento, ocorre obstrução transitória da luz 
do duodeno devido a proliferação das suas células epiteliais. Conforme essas célu-
las vão se degenerando, ocorre formação de vacúolos (vacuolização). Assim, o duo-
deno acaba se recanalizando ao final do período embrionário, com desaparecimento 
da maior parte do mesentério ventral do duodeno.
Pâncreas e Baço
 12
SE LIGA! Por ter origem do intestino anterior e médio, o duodeno 
possui suprimento sanguíneo das artérias do tronco celíaco e da mesentérica 
superior.
FALTA IMAGEM ILUSTRADA
Figura 10. 
Fonte: Acervo Sanar.
Estenose 
duodenal
Atresia 
duodenal
Estômago
Duodeno 
dilatado
Duodeno 
dilatado
Duodeno 
reduzido em 
tamanho
A B
Figura 11. 
Fonte: Acervo Sanar.
A estenose duodenal corresponde à oclusão parcial da luz do duodeno, decorren-
te, na maioria das vezes, da recanalização incompleta pela vacuolização defeituosa. 
As estenoses costumam ocorrer na porção horizontal ou ascendente do duodeno, 
culminando com vômitos com conteúdo biliar. Já a atresia duodenal, corresponde à 
obstrução completa da luz duodenal, não sendo tão comum quanto a estenose.
Ocorre o bloqueio quando tem a junção do ducto biliar e pancreático, ou na ampo-
la hepatopancreatica. Tal condição sugere um padrão de herança recessiva familiar. 
Logo ao nascimento, os primeiros sinais são episódios de vômitos, com conteúdo 
biliar e distensão de epigástrio (pelo enchimento do estômago e parte superior do 
duodeno).
Quando tem um sinal de dupla bolha em radiografias ou em ultrassonografias, é 
sugerido o diagnóstico de atresia abdominal, o que corresponde à distensão do estô-
mago e duodeno proximal.
Pâncreas e Baço
 13
Figura 12. Radiografia de abdome em PA mostrando o “sinal da dupla bola” decorrente de uma atresia 
duodenal. (Seta mais alta apontando estômago e mais baixa, duodeno proximal). 
Fonte: Acervo Sanar.
Figura 13. Radiografia de abdome em PA mostrando o “sinal da dupla bola” decorrente de uma atresia 
duodenal. (Seta mais alta apontando estômago e mais baixa, duodeno proximal). 
Fonte: Acervo Sanar.
Pâncreas e Baço
 14
 SAIBA MAIS! A êmese biliar (vômitos de bile) ocorre devido à 
obstrução distal e à abertura do ducto biliar. Entretanto, a presença de êmese 
não biliar não descarta a atresia duodenal como um diagnóstico, porque algu-
mas crianças terão obstrução proximal à ampola. Polidrâmnio também pode 
acontecer durante a gestação, com a atresia duodenal pode ter uma mal absor-
ção pelos intestinos de líquido amniótico ingerido.
6. DESENVOLVIMENTO DO FÍGADO E
APARELHO BILIAR
Surgem no início da 4a semana a partir do divertículo hepático, como um cres-
cimento ventral da porção distal do intestino anterior. Uma massa de mesoderma 
esplâncnico que separa as cavidades pericárdica e peritoneal, é o septo transverso, 
formando o mesogástrio ventral próximo ao divertículo hepático. O divertículo se di-
vide em duas partes enquanto a cresce as camadas do mesogástrio ventral. Assim, 
o septo transverso divide o divertículo em uma porção cranial e caudal. A porção
cranial maior do divertículo é o primórdio do fígado e a porção caudal menor torna-
-se o primórdio da vesícula biliar.
 SAIBA MAIS! Existe uma via de sinalização Wnt/β-catenina, a 
qual é de fundamental importância nesse processo de desenvolvimento do fí-
gado e aparelho biliar. Essa sinalização inclui a proliferação e a diferenciação 
das células progenitoras hepáticas para formar os hepatócitos. O divertículo he-
pático e o broto ventral do pâncreas provavelmente se desenvolvem das duas 
populações de células do endoderma embrionário. Os FGFs, que já vimos ante-
riormente, secretados em níveis suficientes pelo coração em desenvolvimento 
induzem a formação do divertículo hepático.
.
Pâncreas e Baço
 15
Divertículo 
hepático
Septo 
transverso
Fígado primitivo
Vesícula biliar
Artéria 
mesentérica 
superior
Coração
Estômago
Mesogástrio 
ventral
Mesogástrio 
dorsal
Broto pancreático 
dorsal
Parte do duodeno derivada 
do intestino anterior
Parte do duodeno derivada 
do intestino médio
Broto pancreático 
ventral
Figura 14. ??????
Fonte: Acervo Sanar.
Porção cranial
O crescimento do fígado se dá entre a 5a e 10a semanas, sendo que o sangue que 
vai da veia umbilical para o fígado determina o desenvolvimento e a segmentação 
funcional do fígado. O lobo direito é maior que o esquerdo.
As células endodérmicas em proliferação originam os cordões entrelaçados dos 
hepatócitos e o epitélio de revestimento da porção intrahepática do sistema biliar. Os 
cordões se anastomosam ao redor dos espaços revestidos por endotélio, gerando os 
primórdios sinusoides hepáticos. Os tecidos fibroso e hematopoiético e as células 
de Kupffer do fígado são provenientes do mesênquima no septo transverso.
A hematopoiese, formação e desenvolvimento de várias células sanguíneas, se 
inicia no fígado durante a 6a semana, dando um aspecto avermelhado brilhante ao 
fígado. Na 9a semana, o fígado é responsável por cerca de 10% do peso total do feto. 
Já a formação da bile pelas células hepáticas começa durante a 12a semana.
Pâncreas e Baço
 16
Fígado em 
desenvolvimento
Coração
Diafragma
Omento menor
Aorta dorsal
Ligamento 
falciforme
Margem livre do 
mesentério ventral
Artéria mesentérica 
inferior
Figura 15. ???????
Fonte: Acervo Sanar.
 SAIBA MAIS! A sinalização do fator de crescimento endotelial 
vascular (Flk-1) parece ser importante na morfogênese inicial dos sinusoides 
hepáticos (sistema vascular primitivo).
Porção caudal
A porção caudal forma a vesícula viliar e o pedúnculodo divertículo forma o ducto 
cístico. Inicialmente, o sistema biliar extra-hepático está obstruído pela proliferação 
de células epiteliais, as quais se degeneram posteriormente, recanalizando o siste-
ma. Os ductos hepáticos e cístico são ligados pelo pedúnculo que depois se torna o 
ducto biliar. O duodeno cresce e a entrada do ducto biliar é levada para a face dorsal 
do duodeno. Após a 13a semana, a entrada da bile no duodeno confere uma colora-
ção ao conteúdo intestinal do feto, que é o mecônio, uma cor verde-escura.
Pâncreas e Baço
 17
Ducto cístico
Vesícula biliar
Ducto 
biliar
Diafragma
Intestino 
anterior
Intestino 
médio
Estômago
Brotos 
pancreáticos 
ventral e 
dorsal 
fundidos
Figura 16. ????????
Fonte: Acervo Sanar.
SE LIGA! O mesentério ventral corresponde a uma fina membrana 
de camada dupla, a qual dá origem ao omento menor e ao ligamento falcifor-
me. O ligamento hepatogástrico é o que liga o fígado à pequena curvatura do 
estômago. O ligamento falciforme se estende do fígado à parede abdominal 
ventral. O mesentério também forma o peritônio visceral do fígado, o qual não 
recobre a área que está em contato direto com o diafragma.
Pâncreas e Baço
 18
Broto pancreático 
ventral
Broto pancreático 
dorsal
Broto pancreático 
dorsal
Duodeno
Mesentério dorsal
Coração
Mesogástrio ventral
Mesogástrio dorsal
Parte do duodeno derivada 
do intestino anterior
Parte do duodeno derivada 
do intestino médio
Fígado primitivo
Vesícula biliar
Fígado primitivo
Vesícula biliar
Ducto biliar
Figura 17. ??????? 
Fonte: Acervo Sanar.
Atresia de vias biliares extra-hepáticas
Define-se como uma anomalia do sistema biliar extra-hepático, no qual se tem 
uma ausência da abertura normal dos ductos biliares principais. A forma mais 
comum é a obliteração dos ductos biliares na ou soube a porta hepática, uma fis-
sura transversal na parte visceral do fígado. Decorre de uma falha do processo de 
remodelação no hilo hepático ou de infecções ou reações imunológicas durante o 
desenvolvimento fetal tardio. O sinal inicial ocorre logo após o nascimento, com o 
recém-nascido cursando com icterícia, fezes acólicas cor de massa de vidraceiro e 
urina de cor bastante escura.
Pâncreas e Baço
 19
7. DESENVOLVIMENTO DO PÂNCREAS
É desenvolvido nas camadas do mesentério, através dos brotos pancreáticos dor-
sal e ventral de células endodérmicas. O pâncreas é derivado do broto dorsal, a parte 
que aparece primeiro. O broto pancreático ventral é desenvolvido próximo a entrada 
do ducto biliar no duodeno e cresce entre as camadas do mesentério ventral.
Broto pancreático 
ventral
Broto pancreático 
dorsal
Broto pancreático 
dorsal
Duodeno
Mesentério dorsal
Coração
Mesogástrio ventral
Mesogástrio dorsal
Parte do duodeno derivada 
do intestino anterior
Parte do duodeno derivada 
do intestino médio
Fígado primitivo
Vesícula biliar
Fígado primitivo
Vesícula biliar
Ducto biliar
Figura 18. ????????
Fonte: Acervo Sanar.
À medida que a alça duodenal gira, o broto ventral é carregado dorsalmente com 
o ducto biliar, se localizando posterior ao broto dorsal e depois se fundindo a ele.
O broto ventral dará origem ao processo uncinado e parte da cabeça do pâncreas.
Devido a rotação também do estômago e mesentério ventral, o pâncreas assume
uma posição ao longo da parede abdominal dorsal, em localização retroperitoneal.
Pâncreas e Baço
 20
A partir do ducto do broto ventral e da parte distal do ducto do broto dorsal é for-
mado o ducto pancreático. A porção proximal do ducto do broto dorsal persiste como 
o ducto pancreático acesso que é aberto na papila duodenal. Quando os brotos pan-
creáticos se juntam, seus ductos se anastomosam ou se abrem dentro um do outro.
Broto pancreático 
ventral
Mesentério 
dorsal
Broto pancreático 
ventral
Ducto 
pancreático
Ducto 
pancreático 
acessório
Corpo do 
pâncreas
Cauda do 
pâncreas
Cabeça do 
pâncreas
Broto pancreático 
dorsal
Abertura dos 
ductos biliar e 
pancreáticoDucto biliar
Ducto 
biliar
Duodeno
Duodeno
Figura 19. ??????
Fonte: Acervo Sanar.
Histogênese do pâncreas
O parênquima do pâncreas sofre uma derivação do endoderma dos brotos pancre-
áticos, que forma os túbulos. Os ácinos pancreáticos começam se desenvolver no 
período fetal, a partir de aglomerados de células que ficam nas extremidades desses 
túbulos, os ductos pancreáticos primitivos. As ilhotas se desenvolvem de grupos de 
células que se separam dos túbulos e se localizam entre os ácinos. Por volta da 10a 
semana começa a secreção de insulina. Já o glucagon é detectado no plasma fetal 
com cerca de 15 semanas, antes que ocorra a diferenciação de células beta que se-
cretam insulina. As células contendo somatostatina também se desenvolvem antes 
das células beta.
SE LIGA! Quando há diabetes mellitus materno, as células beta 
que secretam a insulina no pâncreas fetal ficam expostas a elevados níveis de 
glicose, cursando com hipertrofia dessas células a fim de aumentar a taxa de 
secreção de insulina.
Pâncreas e Baço
 21
Pâncreas anular
A parte anular do pâncreas envolve o duodeno descendente. Resultado do cres-
cimento de um broto pancreático ventral bífido, ao redor do duodeno. Um pâncreas 
anular, apesar de raro, causa obstrução do duodeno. Se houver inflamação no pân-
creas anular a obstrução se desenvolve. Bebês que se apresentam com essa condi-
ção têm sintomas de obstrução intestinal completa ou parcial.
Ducto 
biliar Ducto 
biliar
Local de 
obstrução 
duodenal
Broto pancreático 
ventral vífido
Broto pancreático 
dorsal
Estômago
Pâncreas 
anular
Ducto biliar (passando dorsalmente 
ao duodeno e pâncreas)
Duodeno
A B C
Figura 20. ?????? 
Fonte: Acervo Sanar.
8. DESENVOLVIMENTO DO BAÇO
O baço, órgão linfático vascular, é desenvolvido de um aglomerado de células do 
mesênquima que fica nas camadas do mesogástrio. A partir da 5a semana, o baço 
começa a se desenvolver, apresentando características como lobulações, mas que 
desaparecem antes do nascimento. Remanescentes de sulcos que separavam os 
lóbulos fetais são as depressões que surgem na porção superior do baço adulto.
A superfície esquerda do mesogástrio se funde com o peritônio sobre o rim es-
querdo à medida que o estômago gira. Essa junção que ocorre explica o ligamento 
esplenorrenal e o porquê da artéria esplênica do adulto, o maior ramo do tronco celí-
aco, segue um curso tortuoso posterior à bolsa omental e anterior ao rim esquerdo. 
O baço é o centro hematopoiético até acabar a vida fetal, mas mantém seu potencial 
hematopoiético até mesmo na vida adulta.
Pâncreas e Baço
 22
Baço
Aorta
AortaVeia cava 
inferior
Veia cava inferior
Área de 
fusão
Artéria 
esplênicaRim direito
Ligamento 
esplenorrenalLigamento 
hepatogástrico
Ligamento 
hepatogástrico
Ligamento 
falciforme
Ligamento 
falciforme
Ligamento 
falciforme
Mesogástrio 
ventral
Ligamento 
gastroesplênico
Mesonefros esquedos
Mesogástrio dorsal
Mesogástrio dorsal
Pâncreas
Baço
Pâncreas
Baço
Estômago
Fígado
Estômago
Bolsa omental
Fígado
Estômago
Fígado
Figura 21. ??????
Fonte: Acervo Sanar.
Pâncreas e Baço
 23
Baço acessório
É a presença de uma ou mais massas esplênicas, de tecido esplênico, sendo fun-
cional além do corpo principal do baço, tem cerca de 1 cm de diâmetro. Ocorre nas 
bordas do peritônio, próximo ao hilo do baço, na cauda do pâncreas ou dentro do 
ligamento gastroesplênico. Está presente em, aproximadamente, 10% das pessoas. 
Em casos de poliesplenia, vários baços acessórios estão presentes sem o corpo 
principal do baço, podendo comprometer a imunidade e aumento da suscetibilidade 
a infecções.
Pâncreas e Baço
 24
DERIVADOS
INTESTINO
ANTERIOR
PÂNCREASBOLSA OMENTAL
Sistema 
carotídeo
Brotos pancreáticos
dorsal e ventral
Formada do 
mesogástrio dorsal
Rotação e fusão
Parte superior:
bolsa infracardíaca
Broto ventral: processo 
uncinado e parte da cabeça 
do pâncreas
Parte inferior: 
grande omento
ESÔFAGO
BAÇO
Caudal à faringe
Baço lobuladoSepto traqueoesofágico
Remanescentes: depressões 
na margem superior
Traqueia/esôfago Ligamento esplenorrenal
7a semana: 
comprimento final
Potencial hematopoiético
preservado na vida adulta
4a semana
8asemana: recanalização
FÍGADO E SISTEMA BILIAR
Origina-se da parte dorsal 
da vesícula umbilical
Inervação: nervos vagos Crescimento ventral da 
porção distal: 
divertículo hepático
DUODENO
ESTÔMAGO
Septo transverso
Parte caudal do intestino
anterior, cranial do médio e
mesênquima esplâncnico
4a semana: dilatação
Porção cranial: 
origina o fígado
Alça em forma de C
Demarcação da
curvatura maior Porção caudal: origina 
vesícula e ducto cístico 
(pedúnculo do divertículo)
5a e 6a semanas: obstrução
Rotação de 90°
Mesentério ventral: Omento
menor e ligamento falciforme
7a semana: vacuolização
Faringe Sistema
respiratório
Esôfago Estômago
Duodeno Fígado
Sistema biliar Pâncreas
Formação da bolsa omental Desaparecimento do
mesentério ventral
Fonte: Elaborado pelo autor.
Pâncreas e Baço
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REFERÊNCIAS
MOORE KL; PERSAUD TVN; TORCHIA MG. Embriologia clínica. 10ª ed, Elsevier, 2016.
TOWSEND Jr CM; BEAUCHAMP RF; EVERS BM; MATTOX KL. Sabiston Textbook of 
Surgery: The Biological Basis of Modern Surgical Practice, 20th edition, Philadelphia 
Saunders-Elsevier, 2017.
DOHERTY GM. Current Diagnosis and Treatment – Surgery. 13th edition, McGraw-Hill 
Lange, 2010.
Pâncreas e Baço
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