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CIRCUITOS ELÉTRICOS II MSc.Engº Patrique B.Triantafilu Nesta aula, iremos analisar: UNIDADE 3. CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM: ➢ Circuitos de segunda ordem: aqueles que precisam de uma equação diferencial de segunda ordem; ➢ Circuitos RLC série e paralelo serão apresentados; ➢ A resposta ao degrau desses circuitos também será abordadas. UNIDADE 3. CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM: ➢ O capítulo anterior considerou circuitos que requeriam apenas equações diferenciais de primeira ordem para serem resolvidos; ➢ Quando houver mais de um "elemento de armazenamento", ou seja, capacitor ou indutor presente, as equações requerem equações diferenciais de segunda ordem; Encontrando valores iniciais e finais UNIDADE 3. CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM: ➢ Trabalhar no sistema de segunda ordem é mais difícil do que na primeira ordem em termos de encontrar as condições iniciais e finais; ➢ É necessário encontar as derivadas, dv / dt e di / dt também; ➢ Obter a polaridade em um capacitor e a direção da corrente em um indutor é fundamental. ➢ A tensão do capacitor e a corrente do indutor são sempre contínuas. Encontrando valores iniciais e finais UNIDADE 3. CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM: EXEMPLO 01: A chave do circuito abaixo foi fechada a um bom tempo. Ela é aberta em t=0. Encontre : ( ) (0 ), (0 );( ) (0 ), (0 );( ) ( ), ( ) di dv a i v b c i v dt dt + + + += = = UNIDADE 3. CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM: Circuito RLC série sem fonte ➢ Considere o circuito ao lado. ➢ A energia em t = 0 é armazenada no capacitor, representado por V0 e no indutor, representado por I0. UNIDADE 3. CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM: Circuito RLC série sem fonte ➢ Aplincando LKT na malha ➢ Para eliminar a integral, diferenciamos em relação a t e reorganizamos os termos, obtendo 2 2 0 d i R di i dt L dt LC + + + = UNIDADE 3. CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM: Circuito RLC série sem fonte ➢ Duas condições iniciais são necessárias para resolver este problema; ➢ A corrente inicial é fornecida; ➢ A primeira derivada da corrente também pode ser obtida: 0 (0) (0) 0 di Ri L V dt + + = OU 0 0 (0) 1 ( ) di RI V dt L = − + UNIDADE 3. CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM: Circuito RLC série sem fonte ➢ Com base nas soluções de primeira ordem, podemos esperar que a solução seja de uma forma exponencial, portanto: . sti A e= ➢ Realizando as diferenciações necessárias 2 0st st stAR A As e se e L LC + + = OU 2 2 1 ( ) 0st R As e s s L LC + + = UNIDADE 3. CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM: Circuito RLC série sem fonte ➢ Forma condensada de expressar as raízes: 2 2 01s a = − + − 2 2 02s a = − + − Onde: 0 2 1 R L LC = = UNIDADE 3. CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM: Circuito RLC série sem fonte ➢ Na circuito abaixo, calcule as raízes características. A resposta natural é com amortecimento supercrítico, com subamortecimento ou amortecimento crítico? : 40 4 1 4 Dados R L H C F = = = 0 2 1 R L LC = = 2 2 01s a = − + − 2 2 02s a = − + − UNIDADE 3. CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM: Circuito RLC série sem fonte ➢ Quando α> ω0, o sistema é amortecimento supercrítico; 1 2 1 2( ) s t s ti t A e A e= + 0 2 4 _ _ L implica C R ➢ Tanto s1 quanto s2 são reais e negativos. ➢ A partir disso, não devemos esperar ver uma oscilação UNIDADE 3. CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM: Circuito RLC série sem fonte ➢ Quando α = ω0, o sistema é de amortecimento crítico; 1 2 3( ) t t ti t A e A e A e − − −= + = 0 2 4 _ L C R = = 1 2 2 R s s L = = − = − 2 1( ) ( ) ti t A A t e −= + ( ) ti t te −= 1/ 1 _ m x _ _Valor á imo e a t −= = ➢ Existem dois componentes para a resposta, um decaimento exponencial e um decaimento exponencial multiplicado por um termo linear. UNIDADE 3. CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM: Circuito RLC série sem fonte ➢ Quando α < ω0, o sistema é de subamortecimento; 0 2 4 _ L C R = 1 2( ) ( cos )t d di t e B t B sen t −= + 2 2 0 2 2 0 1 ( ) 2 ( ) d d s j s j = − + − − = − + = − − − − = − + 2 2 0 1 d j = − = − ➢ ω0 é frequentemente chamada de frequência natural não amortecida; ➢ ωd é chamada de frequência natural amortecida. UNIDADE 3. CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM: Circuito RLC paralelo sem fonte ➢ Supondo que as corrente iniciais sejam; 0 0 1 (0) (0) ( ) (0) i I v t dt L v V = = = UNIDADE 3. CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM: Circuito RLC paralelo sem fonte ➢ Aplicando LKC ao nó superior, obtemos: ➢ Extraindo a derivada em relação a t e dividindo por C, temos: ➢ A equação característica é: UNIDADE 3. CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM: ➢ As raízes da equação característica são: 2 2 0 2 2 0 1 ( ) 2 ( ) d d s j s j = − + − − = − + = − − − − = − + Circuito RLC paralelo sem fonte 2 1,2 2 2 1,2 0 1 1 1 ( ) 2 2 s RC RC LC s = − − = − − Onde: 0 1 2 1 RC LC = = UNIDADE 3. CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM: ➢ Caso de amorteciemnto supercrítico (α> ω0) Considerando tais caso separadamente 1 2 1 2( ) s t s tv t Ae A e= + 2 0 _ _ 4implica L R C ✓ As raízes da equação característica são reais e negativas. UNIDADE 3. CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM: ➢ Caso de amortecimento crítico (α = ω0) 2 0 _ 4L R C = = 1 2( ) ( ) tv t A A t e −= + ✓ As raízes da equação característica são reais e iguais. UNIDADE 3. CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM: ➢ Caso de subamortecimento (α < ω0) 2 0 _ 4L R C 1 2( ) ( cos )t d dv t e A t A sen t −= + ✓ As raízes da equação característica são complexas. 1,2 2 2 0 d d S j = − = − UNIDADE 3. CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM: ➢ Quando α < ω0, o sistema é de subamortecimento; ✓ As constantes A1 e A2 em cada caso podem ser determinadas a partir das condições iniciais, encontrando v(0) e dv(0)/dt . 0 0 0 0 (0) . 0 ((0) V dv I C R dt V RIdv dt RC + + = + = − UNIDADE 3. CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM: EXEMPLO 02 No circuito paralelo abaixo, determine v(t) para t>0, supondo que v(0) = 5v, i(0) = 0, L= 1H e C=10mF. Considere os seguintes casos de R: 1 1,923 2 5 3 6,25 R R R = = = UNIDADE 3. CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM: EXEMPLO 02 Observe que aumentando o valor de R, o nível de amortecimento diminui e as respostas são diferentes. UNIDADE 3. CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM: Resposta a um degrau de um circuito RLC em série ➢ Considerar o que acontece quando uma tensão CC é repentinamente aplicada a um circuito de segunda ordem. ➢ Considere o circuito mostrado. A chave fecha em t= 0. ➢ Aplicando LKT à malha para t> 0: x di L Ri v V dt + + = Porém, dv i C dt = UNIDADE 3. CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM: Resposta a um degrau de um circuito RLC em série ➢ Subistituindo i: 2 2 sVdv R dv v dt L dt LC LC + + = ➢ A solução possui duas respostas, a transiente vt (t) e a resposta de estado estacionário vss (t); ou seja, ( ) ( ) ( )t ssv t v t v t= + UNIDADE 3. CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM: Resposta a um degrau de um circuito RLC em série ➢ A resposta transiente tem a mesma forma que a resposta do circuito RLC sem fonte. ➢ A resposta estacionária é o valor final de v(t). Nesse caso , o capacitor será igual a tensão da fonte. UNIDADE 3. CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM: Resposta a um degrau de um circuito RLC em série ➢ As soluções completas para os casos de amortecimento supercrítico, subamortecimento e amortecimento crítico são: 1 2 1 2( ) s t s t sv t V Ae A e= + + 1 2( ) ( ) t sv t V A A t e −= + + 1 2( ) ( cos ) t s d dv t V A t A sen t e −= + + (Amortecimento supercrítico) (Amortecimento crítico) (Subamortecimento) ➢ As variável A1 e A2 são obtidas das condições iniciais v(0) e dv(0)/dt. UNIDADE 3. CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM: Resposta a um degrau de um circuito RLC em série ➢ As soluções completas para os casos de amortecimento supercrítico, subamortecimento e amortecimento crítico são: 1 2 1 2( ) s t s t si t I A e A e= + + 1 2( ) ( ) t si t I A A te −= + + 1 2( ) ( cos ) t s d di t I A t A sen t e −= + + (Amortecimento supercrítico) (Amortecimento crítico) (Subamortecimento) ➢ As variável A1 e A2 são obtidas das condições iniciais i(0) e di(0)/dt. UNIDADE 3. CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM: EXEMPLO 03 No circuito abaixo, determine v(t) para t>0. Considere os seguintes casos de R: 1 5 2 4 3 1 R R R = = = Resposta a um degrau de um circuito RLC em série UNIDADE 3. CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM: EXEMPLO Resposta a um degrau de um circuito RLC em série UNIDADE 3. CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM: EXEMPLO 04 Resposta a um degrau de um circuito RLC em paralelo No circuito abaixo, determine i(t) e iR(t) para t>0. UNIDADE 3. CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM: EXEMPLO Resposta a um degrau de um circuito RLC em paralelo Solução: Para t <0, a chave se encontra aberta e o circuito se divide em dois subcircuitos independentes. A corrente de 4 A flui através do indutor, de modo que (0) 4i A= Uma vez que 30u(–t) = 30 quando t < 0 e 0 quando t > 0, a fonte de tensão está operando para t < 0. O capacitor atua como um circuito aberto e a tensão nele é a mesma que a tensão no resistor de 20 ohms conectado em paralelo a ele. Pela divisão de tensão, a tensão inicial no capacitor é 20 (0) .(30) 15 20 20 v V= = + UNIDADE 3. CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM: EXEMPLO Resposta a um degrau de um circuito RLC em paralelo Para t > 0, a chave está fechada e temos um circuito RLC em paralelo com uma fonte de corrente. A fonte de tensão é zero, significando que ela se comporta como um curto- -circuito. Os dois resistores de 20 ohms agora estão em paralelo. Eles são associados para dar R = 20 || 20 = 10 ohms. As raízes características são determinadas como: 3 0 3 1 1 6, 25 2 2.10.8.10 1 1 2,5 20.8.10 RC LC − − = = = = = = 2 2 1,2 0 6, 25 39,0625 6,25 6, 25 5,7282S = − − = − − = − Ou 1 11,978 2 0,5218 S S = − = − UNIDADE 3. CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM: EXEMPLO Resposta a um degrau de um circuito RLC em paralelo Uma vez que , temos o caso de amortecimento supercrítico. Então, 0 11,978 0,5218 1 2( ) t t si t I A e A e− −= + + Sendo Is = 4 é o valor final de i(t). Usando as condições iniciais para encontrar A1 e A2 em t = 0 1 2 2 1 (0) 4 4i A A A A = = + + = − Extraindo a derivada de i(t), temos 11,978 0,5218 1 211,978 0,5218t tdi Ae A e dt −= − − UNIDADE 3. CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM: EXEMPLO Resposta a um degrau de um circuito RLC em paralelo Em t=0 1 2( ) 11,978 0,5218 di o A A dt = − − Porém, (0) (0) 15 15 (0) 15 0,75 20 di di L v dt dt L = = = = = UNIDADE 3. CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM: EXEMPLO Resposta a um degrau de um circuito RLC em paralelo Substituindo na equação da derivada de i(t), temos 2 20,75 (11,978 0,5218) 0,0655A A= − = Sendo, A1 = -0,0655 e A2 = 0,0655, vamos inserir estes valores na equação de i(t) 0,5218 11,978( ) 4 0,0655( )t ti t e e A− −= + − UNIDADE 3. CIRCUITOS DE SEGUNDA ORDEM: EXEMPLO Resposta a um degrau de um circuito RLC em paralelo Como já encontramos i(t), agora podemos achar v(t) 11,978 0,5218 ( ) ( ) ( ) 0,785 0,0342 20 t t R di v t L dt v t di i t L e e A dt − − = = = = −