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Juiz do Trabalho
Doutor e Mestre em Direito
Professor Universitário e Palestrante
Autor de mais 20 livros sobre Direito e Processo do Trabalho
MAURO SCHIAVI
DICAS DE DIREITO MATERIAL E
PROCESSUAL DO TRABALHO
https://instagram.com/mauro.schiavi?igshid=MzRlODBiNWFlZA==
https://www.facebook.com/profile.php?id=100050619933544&mibextid=LQQJ4d
https://t.me/prof_mauroschiavi
Juiz do Trabalho
Doutor e Mestre em Direito
Professor Universitário e Palestrante
Autor de mais 20 livros sobre Direito e Processo do Trabalho
Carta do Editor: MAURO SCHIAVI
Olá, como vai? Sou magistrado, professor e escritor na área de Direito e Processo do Trabalho. 
Tenho mais de 27 anos de atuação e experiência nas questões trabalhistas, e mais de 20 anos de 
atuação na magistratura trabalhista e no magistério superior.
Nas duas últimas décadas, produzi e continuo produzindo textos e comentários sobre as 
questões atuais e polêmicas da área trabalhista, os quais pretendo, a partir deste momento, 
divulgar por meio também do nosso canal no Telegram, para que os conteúdos possam ser 
acessíveis fora dos ambientes estritamente acadêmicos, e possam ser consultados com maior 
agilidade.
Além disso, farei divulgação de livros, cursos, eventos e E-BOOKs exclusivos. Convido todos a 
se inscreverem no nosso canal do Telegram.
Mauro Schiavi
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DICAS DE DIREITO MATERIAL E
PROCESSUAL DO TRABALHO MAURO SCHIAVI
BANCO DE HORAS
O banco de horas é um sistema de compensação de horas que excede o módulo semanal, firmado mediante acordo ou 
convenção coletiva de trabalho, no qual o excesso de horas em um dia é compensado pela correspondente diminuição 
em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho 
previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias.
A previsão legal do banco de horas está no art. 59, S$ 2° e 3°, ambos da CLT, “in verbis” :
“A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não excedente de duas, por acordo 
individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.
(…)
$ 2º Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de 
horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período 
máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez 
horas diárias.
§ 3° Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação integral da jornada
extraordinária, na forma dos $$ 2° e 5º deste artigo, o trabalhador terá direito ao pagamento das horas extras não
compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão.”
Há argumentos favoráveis e desfavoráveis ao banco de horas.
Dentre os argumentos desfavoráveis, destacam-se:
a) o sistema de compensação atende apenas aos interesses do empregador;
b) está em descompasso com o princípio do pleno emprego;
c) desconsidera o módulo semanal de compensação previsto na Constituição Federal;
d) possibilita que o empregador tenha até um ano de prazo para pagamento das horas extras ao trabalhador;
e) é muito genérico, gerando insegurança ao trabalhador, p dias pré-determinados para prorrogações ou folgas;
f) torna a prestação de horas extras uma regra e não exceção.
Dentre os argumentos favoráveis, destacam-se:
a) possibilita que as empresas possam adaptar sua produção em época de crise financeira;
b) evita demissões;
c) apesar da compensação não ser dentro da semana, a compensação observa o módulo semanal previsto no art. 7°, XIII,
da CF;
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DICAS DE DIREITO MATERIAL E
PROCESSUAL DO TRABALHO MAURO SCHIAVI
 De acordo com a CLT, a validade do banco de horas exige:
a) negociação coletiva (acordo coletivo ou convenção coletiva d trabalho);
b) a jornada deve ter duração máxima de 10 horas diárias;
c) a compensação não pode exceder, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas:
O trabalhador não pode trabalhar número superior de horas que devem ser realizadas durante a duração normal de
trabalho referente à soma das semanas que compõem o ano. Se um trabalhador cumpre jornada de 8 horas diárias e 44
horas semanais, como o ano tem 52 semanas e um dia, durante o período de um ano, ele não pode ultrapassar o número
de 2.296 horas de trabalho. O que ultrapassar esse limite deve ser pago como hora extra;
d) na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação integral da jornada
extraordinária, o trabalhador terá direito ao pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da
remuneração na data da rescisão.
Se o trabalhador ficar devendo horas ao empregador no momento da rescisão, entende-se que tais horas não podem ser 
compensadas ou deduzidas das verbas rescisórias, em face do princípio da irredutibilidade salarial e por não existir 
previsão legal nesse sentido.
No mesmo sentido a visão de Valentin Carrion'4: "rescindido o contrato, as horas trabalhadas não compensadas deverão 
ser pagas, como extras, pelo valor vigente quando da rescisão. Contrariamente, as folgas em favor do empregador não 
serão descontadas, por não haver apoio em lei e porque a situação criada atende aos interesses da produção empresarial."
A Lei 13.467/17 acrescentou o $ 5° ao art. 59 da CLT, que assim dispõe:
"O banco de horas de que trata o § 2° deste artigo poderá ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a 
compensação ocorra no período máximo de seis meses."
Conforme dispõe o referido dispositivo legal, o "banco de horas" pode ser pactuado por acordo individual escrito, desde 
que a compensação dure, no máximo, 06 meses.
A previsão de instituição do banco de horas por acordo individual contraria matéria já sumulada pelo TST.
De nossa parte, a instituição de "banco de horas" por acordo individual é prejudicial ao trabalhador, uma vez que este, 
individualmente, não tem forças para negociar um regime compensatório de jornada tão extenso. Além disso, esse 
regime de compensação atenta preponderantemente aos interesses do empregador e da produção. Por isso, reputamos 
inconstitucional a instituição do banco de horas por acordo individual por atentar contra os princípios da melhoria da 
condição social do trabalhador (art. 7°, "caput", da CF e também por contrariar a finalidade social do art. 7º, XIII, da CF).
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Juiz do Trabalho
Doutor e Mestre em Direito
Professor Universitário e Palestrante
Autor de mais 20 livros sobre Direito e Processo do Trabalho
DICAS DE DIREITO MATERIAL E
PROCESSUAL DO TRABALHO MAURO SCHIAVI
Nesse sentido, destaca-se a opinião de Maurício Godinho Delgado':
"Conforme se percebe, o desrespeito à Constituição da República (art. 7°, XIII, CF) mostra-se claro. Afinal, trata-se de 
regime compensatório potencialmente desfavorável (banco de horas), sem garantias significativas para o trabalhador - o 
que torna imprescindível a intervenção do ser coletivo obreiro, o sindicato, via negociação coletiva trabalhista. A 
flexibilização trabalhista autorizada pela Constituição, em especial no art. 7°, XIII, tem de ser realizada mediante os 
instrumentos coletivos negociados."
Fonte: CURSO DE DIREITO DO TRABALHO,2024. Editora juspodivm.
PEJOTIZAÇÃO
Nos últimos anos, criou-se a prática de contratação de profissionais autônomos, normalmente trabalhadores 
especializados, ou intelectuais, por intermédio de pessoa jurídica, ou seja, o trabalhador constitui pessoa jurídica, presta, 
com pessoalidade, o serviço e emite notas fiscais para o tomador. Com isso, há formalização da prestação de serviço, 
menor carga tributária para ambas as partes, maior remuneração ao trabalhador e maior segurança jurídica na 
contratação. Essa prática de prestação de serviços, por meio de pessoa jurídica, é denominada pejotização.
O Supremo Tribunal Federal já reconheceu a constitucionalidade da terceirização em atividade-fim (ADPF 324) e 
também a legalidade da pejotização, conforme se constata da seguinte decisão:
“Ementa: CONSTITUCIONAL, TRABALHISTA E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NA RECLAMAÇÃO. 
OFENSA AO QUE DECIDIDO POR ESTE TRIBUNAL NO JULGAMENTO DA ADPF 324 E DO TEMA 725 DA 
REPERCUSSÃO GERAL. RECURSO PROVIDO. 1. A controvérsia, nestes autos, é comum tanto ao decidido no 
julgamento da ADPF 324 (Rel. Min. Roberto Barroso), quanto ao objeto de análise do Tema 725 (RE 958.252, Rel. Min. 
Luiz Fux), em que esta Corte fixou tese no sentido de que: ‘É lícita a terceirização ou qualquer outra forma de divisão do 
trabalho entre pessoas jurídicas distintas, independentemente do objeto social das empresas envolvidas, mantida a 
responsabilidade subsidiária da empresa contratante. 2. A Primeira Turma já decidiu, em caso análogo, ser lícita a 
terceirização por ‘pejotização’, não havendo falar em irregularidade na contratação de pessoa jurídica formada por 
profissionais liberais para prestar serviços terceirizados na atividade-fim da contratante (Rcl 39.351 AgR, Rel. Min. Rosa 
Weber, Red. p/ Acórdão: Alexandre de Moraes, Primeira Turma, julgado em 11/5/2020). 3. Recurso de agravo ao qual se 
dá provimento” (STF, Rcl 47843 AgR, 1ª Turma, Rel. Min Alexandre de Moraes, DJe 07/04/2022).
No mesmo sentido:
“AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. VIGÊNCIA DA LEI N.o 13.467/2017. 
NULIDADE POR NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. VÍNCULO DE EMPREGO.
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DICAS DE DIREITO MATERIAL E
PROCESSUAL DO TRABALHO MAURO SCHIAVI
"AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. VIGÊNCIA DA LEI nº. 13.467/2017. 
NULIDADE POR NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. VÍNCULO DE EMPREGO. PRESTAÇÃO DE 
SERVIÇOS ODONTOLÓGICOS POR MEIO DE PESSOA JURÍDICA. 'PEJOTIZAÇÃO. MATÉRIA FÁTICA. 
TRANSCENDÊNCIA NÃO RECONHECIDA. 1. No que se refere à arguição de nulidade por negativa de prestação 
jurisdicional, o Tribunal Regional observou cabalmente o Tema 339 da Repercussão Geral do STF, na medida em que 
fixou de forma expressa e satisfatória todos os pressupostos fáticos e jurídicos necessários para o deslinde da 
controvérsia, não configurando nulidade quando a decisão é contrária aos interesses das partes. 2. Impende frisar que 
possível reconhecer a descaracterização do contrato de prestação de serviços, quando constatado o intuito de fraudar 
direitos previstos na legislação trabalhista por meio da constituição de pessoa jurídica, fenômeno conhecido como 
'pejotização. Não se pode, entrementes, afirmar sempre existir a ilegalidade no exercício de atividade empresarial por 
pessoa jurídica formada de maneira unipessoal ou por meio de microempresa. De igual modo, não se nega a 
possibilidade de celebração contratos de parceria comercial, na qual o risco está presente e é distribuído entre as partes, 
conforme por elas definido. 3. Na hipótese, contudo, o Tribunal Regional, valorando fatos e provas, firmou 
convencimento no sentido da inexistência do vínculo de emprego entre as partes, em razão do não preenchimento dos 
requisitos previstos nos arts. 2° e 3º da CLT, notadamente a subordinação jurídica. 4. Nesse contexto, o exame da tese 
recursal em sentido contrário esbarra no óbice da Súmula n.º 126 do TST, pois demanda o revolvimento de fatos e 
provas, o que é vedado nesta fase recursal de natureza extraordinária. Agravo a que se nega provimento" (TST, Ag-AIRR 
101241-23.2016.5.01.0060, 1ª Turma, Relator Ministro Amaury Rodrigues Pinto Junior, DEJT 02/12/2022).
O fato de não ser ilícita a prestação de serviços por pessoa jurídica não impede o reconhecimento do vínculo de emprego 
pelo Judiciário Trabalhista quando verificada a fraude na contratação e a realidade da prestação de serviços demonstrar 
que o trabalho foi realizado com pessoalidade, não eventualidade, subordinação e onerosidade em prol do tomador (arts. 
2º e 3º da CLT).
"Normalmente, o vínculo de emprego é configurado quando o prestador emite notas fiscais sequenciais apenas para o 
tomador, recebe valores fixos todo mês, realiza serviços em atividade permanente e necessária ao tomador, não tem 
estrutura de atuação própria, tem metas e prazos a cumprir e fiscalização rígida na execução do trabalho.
Como nos adverte Homero Batista: "A norma trabalhista contempla os benefícios de uma relação de emprego 
exclusivamente ao trabalhador pessoa física e, como já dito, não se sensibiliza com as relações comerciais e empresariais 
entre duas pessoas jurídicas, por mais modestas que sejam. Assim, caso algum profissional tenha se sentido lesado pelo 
desvirtuamento de uma relação comercial entre pessoa jurídica e a pessoa do tomador dos serviços, poderá reivindicar na 
Justiça do Trabalho a ineficácia daquela forma de contratação e, ato contínuo, a declaração da relação de emprego nos 
moldes tradicionais. Por óbvio, a personalidade jurídica não pode servir de obstáculo para a aplicação da norma ou 
redoma para a fraude. O uso corriqueiro da constituição de empresas de fachada, para esconder a relação de emprego 
entre trabalhador e empregador, gerou até mesmo algumas palavras novas na língua portuguesa, como pejotização, 
empregado pejotizado ou pejotizar a mão de obra, tudo girando em torno da conhecida sigla PJ, de pessoa jurídica." 
Fonte: Curso de DIREITO DO TRABALHO, 2024. Editora juspodivm.
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Juiz do Trabalho
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DICAS DE DIREITO MATERIAL E
PROCESSUAL DO TRABALHO MAURO SCHIAVI
MANUAL DE DIREITO E 
PROCESSO DO TRABALHO - 
VOLUME ÚNICO (2024)
De acordo com as tendências das bancas 
examinadoras! 
Direito e Processo do Trabalho
no mesmo volume.
Este livro traz a fusão das obras Manual Didático de 
Direito do Trabalho e Manual Didático de Direito 
Processual do Trabalho em volume único, com o 
propósito de reunir, em um só livro, o Direito do 
Trabalho e o Direito Processual do Trabalho, mas não de 
forma resumida ou no formato de sinopse, e sim de forma 
mais completa, abordando os temas necessários para o 
curso de graduação, pós-graduação, concursos públicos, 
OAB e também para o uso profissional.
Procuramos apresentar, também, uma moderna visão do 
Processo do Trabalho, sem deixar de lado a doutrina 
clássica e a essência da Consolidação das Leis do 
Trabalho, destacando os institutos e peculiaridades do 
Processo do Trabalho como sendo um processo de 
audiência, de partes, mais simples e menos burocratizado, 
mas também com os olhos voltados para os princípios 
constitucionais do processo, reconhecendo os recentes 
avanços do Direito Processual Civil, que podem ser 
transportados para o Processo do Trabalho, como medida 
de melhoria da prestação jurisdicional trabalhista e 
prestígio da dignidade da Justiça do Trabalho como 
instituição destinada a solucionar os conflitos que 
envolvemo trabalho humano.
POR QUE ESCOLHER O LIVRO “MANUAL DE 
DIREITO E PROCESSO DO TRABALHO”? 
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Juiz do Trabalho
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JURISPRUDÊNCIA
MAURO SCHIAVI
OFENSA RACIAL GERA INDENIZAÇÃO PARA OPERADOR DE CAIXA:
"SÓ PODIA SER COISA DE PRETO" (TRT 5)
Ao chegar no local de trabalho utilizando brinco, um operador de caixa da DMA Distribuidora, em Ilhéus, ouviu da sua 
superiora hierárquica que “só podia ser coisa de preto”. A empresa foi condenada pela 1ª Turma do Tribunal Regional 
do Trabalho da 5ª Região (TRT-5) a pagar uma indenização, por danos morais, no valor de R$ 40mil, em decorrência 
desse incidente. A decisão reformou a sentença de 1ª grau e dela ainda cabe recurso.
O empregado também alega que era exposto de maneira constrangedora a clientes e colegas de trabalho. De acordo com 
ele, após ajudar na arrumação do depósito, retornava para o caixa todo suado, com a farda suja e até rasgada, solicitava 
uniformes novos, porém não recebia. Por sua vez, a empresa nega os fatos e afirma que compreende a seriedade das 
questões relacionadas a discriminação racial e condena veementemente qualquer forma de preconceito.
Na sua decisão, o relator do acórdão, desembargador Edilton Meireles, enfatiza que a testemunha apresentada pelo 
trabalhador se expressou de maneira segura e convincente, afirmando ter estado presente durante o incidente. A 
testemunha corroborou que a supervisora proferiu as palavras “não pode usar brinco” e que isso seria “coisa de preto”. 
“Resta flagrante o tratamento desrespeitoso e preconceituoso por parte da chefia”, afirma o relator
Dano moral
O desembargador explica que, no caso de ofensa moral, não é necessário provar o dano em si, pois ele é presumido a 
partir da própria ofensa. Ele define danos morais como prejuízos à qualidade de vida e bem-estar da pessoa, resultantes 
de várias situações que violam direitos, incluindo lesões à dignidade e à qualidade de vida, inclusive no ambiente de 
trabalho.
Na visão do magistrado, portanto, o bem-estar da pessoa é o marco definidor da lesão imaterial.
Logo, se o bem jurídico bem-estar é atingido, se está diante da lesão imaterial e o bem-estar do trabalhador é atingido 
justamente quando alguém viola o seu direito, pois este tem emoç es negativas e sentimento de insatisfação com relação 
a organização, as condiçoes de trabalho e as práticas de gestão da empresa, comprometendo o envolvimento afetivo para 
o desenvolvimento de suas tarefas e as possibilidades de reconhecimento simbólico, pontua.
Indenização
Ao fixar a indenização por danos morais, diversos fatores devem ser considerados, entende o magistrado. “Para o 
ofendido, aspectos como sexo, idade, educação, ocupação, efeitos emocionais e sociais da ofensa são relevantes; Já para o 
ofensor, a culpa, condenações anteriores e abuso de autoridade importam”, afirma. 
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JURISPRUDÊNCIA
MAURO SCHIAVI
O desembargador também pondera a gravidade da ofensa, sua repercussão na vida da vítima e os valores sociais 
envolvidos. Além disso, o art. 223-G da CLT lista critérios como a intensidade do sofrimento, a possibilidade de 
recuperação e a situação das partes. “Com base nesses parâmetros, fixo a indenização em R$ 40.000,00, com correção 
monetária e juros a partir data do ajuizamento da demanda com a incidência da taxa Selic desde então, de acordo com 
jurisprudência consolidada”, conclui o relator.
Dia Nacional de Luta e Denúncia contra o Racismo
No dia 13 de maio de 2024, a Lei Áurea completa 136 anos desde a sua assinatura pela então regente do Império do 
Brasil, a princesa Isabel. O ato, que por muitos anos foi festejado como o fim da escravização, é hoje visto como 
encerramento formal do marco jurídico da opressão e violência imposta a pessoas negras, sem uma concomitante 
política de integração que pudesse reparar as desigualdades socioeconômicas ainda presentes na sociedade brasileira.
A data, no entanto, merece ser lembrada como uma vitória do movimento abolicionista e como uma oportunidade de 
reflexão acerca da realidade da população de negros e pardos, que hoje representam 56% dos brasileiros. Em razão 
disso, o dia 13 de maio tem sido ressignificado como o Dia Nacional de Combate e Denúncia contra o Racismo.
Processo 0000340-57.2023.5.05.0491
ADVERTÊNCIA VERBAL POR USO DE BANHEIRO
GERA INDENIZAÇÃO PARA TRABALHADORA EM BH 
(TRT 3)
A Justiça do Trabalho mineira determinou o pagamento de indenização de R$ 5 mil à profissional que alegou ter sofrido 
danos morais por restrição ao uso do banheiro durante o horário de trabalho. Segundo a ex-empregada, ela recebia 
“reprimendas públicas do supervisor quando ia ao banheiro mais de duas ou três vezes por dia”.
A empregadora, uma empresa de serviço de telemarketing em Belo Horizonte, contestou as alegações, informando que 
não havia restrição às idas ao banheiro. Mas, ao examinar o caso, o juiz titular da 33ª Vara do Trabalho de Belo 
Horizonte, Márcio Toledo Gonçalves, deu razão à trabalhadora.
Testemunha ouvida no processo informou que havia cinco minutos de pausa pessoal para ir ao banheiro e pegar água e 
que também existiam duas pausas de descanso de 10 minutos e pausa para lanche, que era de 20 minutos. “(…) todos 
tinham esse período; que, além disso, poderiam ir ao banheiro se não tivessem conseguido ficar sem ir, mas receberiam 
advertência, que recebiam inclusive advertência verbal no meio de todo mundo”, confirmou a testemunha.
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JURISPRUDÊNCIA
MAURO SCHIAVI
A partir do conjunto probatório, o juiz entendeu que a empregadora, de fato, não permitia o uso do banheiro pela 
profissional e que fazia advertências públicas, caso fosse necessário o uso. “Entendo que a empresa impediu a autora da 
ação de fazer as necessidades fisiológicas, expondo risco à saúde e ao bem-estar. Inegável, assim, que a referida conduta 
patronal acarretou manifesta ofensa à honra subjetiva do obreiro, ferindo os direitos da personalidade (artigos 11 a 21 do 
Código Civil), bem como, por conseguinte, a dignidade como pessoa (art. 1º, III, da CF/88)”.
O juiz condenou a empresa ao pagamento de indenização por danos morais, no valor de R$ 10 mil, e declarou a rescisão 
indireta do contrato de trabalho. Mas a empregadora interpôs recurso, que foi julgado pela Sexta Turma do TRT-MG. No 
que diz respeito ao dano moral, os julgadores confirmaram que restou provada a restrição do uso de sanitários.
E, considerando a gravidade do dano causado, o grau de culpa, a capacidade econômica, os princípios da razoabilidade e 
proporcionalidade, e o que a Sexta Turma vem praticando para casos semelhantes, o valor indenizatório foi reduzido 
para R$ 5 mil. Não cabe mais recurso da decisão. Atualmente, o processo está em fase de execução.
PROCESSO PJe: 0010447-90.2023.5.03.0112 (RORSum)
EMPRESA DO SUL DO ESPÍRITO SANTO É CONDENADA 
POR ASSÉDIO ELEITORAL (TRT 17)
A 1ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região (ES) reconheceu a prática de assédio eleitoral por parte de 
empresa do setor de rochas ornamentais durante as eleições presidenciaisde 2022.
A decisão proíbe a empresa de influenciar politicamente seus empregados e fixa indenização por danos morais coletivos 
no valor de R$100 mil, por conta das práticas já ocorridas. Além disso, a empresa deve se abster de induzir, pressionar ou 
aliciar seus trabalhadores para participarem de atividades ou manifestações políticas, e não permitir que candidatos 
façam campanha eleitoral no interior de suas instalações no horário de trabalho, sob pena de multa de R$ 10 mil por ato 
de descumprimento, a ser revertida para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Assédio eleitoral
A ação foi ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho no Espírito Santo (MPT-ES). Durante a fase de investigação, a 
Procuradoria do Trabalho no Município (PTM) de Cachoeiro de Itapemirim apurou que empregados foram coagidos 
pela empresa a participar de manifestações políticas nas últimas eleições presidenciais.
Testemunhos e provas coletadas confirmaram a prática de assédio eleitoral, inclusive, com a permissão para que 
candidatos realizassem campanha no interior da empresa. Segundo a relatora do acórdão, desembargadora Wanda Lúcia 
Costa Leite França Decuzzi, os depoimentos confirmam que a empresa disponibilizou ônibus para que os trabalhadores 
participassem das manifestações e, inclusive, não descontou o dia de trabalho dos empregados que foram às 
manifestações.
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MAURO SCHIAVI
O que diz o empregador
A empresa reclamada se defendeu dizendo que sempre agiu de inteira boa-fé e com total respeito às leis em relação aos 
seus funcionários, não havendo qualquer tipo de assédio eleitoral. Argumentou, ainda, que não há, nos autos, qualquer 
menção a benefícios ou retaliação a trabalhadores a fim de influenciar sua escolha de candidato.
Decisão
A relatora afirmou que “a partir do momento em que o empregador leva políticos para dentro da empresa para se 
apresentar e fazer campanha, quando conduz empregados em ônibus fretados para movimentos políticos e ainda abona 
o dia, é óbvio que pretende influenciar a opção política dos empregados que se traduz no voto". Acrescentou, também,
que esse comportamento é claramente uma forma de intimidação e constrangimento. Afinal, não há igualdade de forças
entre empregado e empregador.
A decisão ressaltou a importância da intervenção do MPT-ES para a proteção dos trabalhadores na sua consciência 
política e preservação da igualdade de condições entre os candidatos nos processos eleitorais.
Acórdão
O voto da relatora, desembargadora Wanda Lúcia Decuzzi, foi acompanhado por unanimidade pela desembargadora 
Alzenir Bollesi de Plá Loeffler e pelo desembargador Valdir Donizetti Caixeta, em sessão extraordinária virtual com 
término no dia 16/4/2024.
Ainda cabe recurso. Processo nª 0000762-12.2023.5.17.0131
FUNCIONÁRIO QUE ENVIOU OFENSA RACIAL À COLEGA 
PELO INSTAGRAM TEM JUSTA CAUSA MANTIDA (TRT 12)
Um ex-funcionário de uma loja de materiais de construção em São José, na Grande Florianópolis, que enviou um áudio 
com ofensas raciais a um jovem aprendiz pelo Instagram teve a demissão por justa causa mantida. Na ação, o trabalhador 
alegou que os comentários eram apenas brincadeiras, mas a 4ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região 
(TRT-SC), por unanimidade, manteve a modalidade de dispensa com base na gravidade da conduta do autor.
O caso teve início em 2023, quando um jovem aprendiz negro relatou que estava sendo vítima de maus-tratos e ofensas 
raciais. A denúncia foi acompanhada de um áudio enviado pelo Instagram de um colega de trabalho, no qual o aprendiz 
era ofendido com palavras de cunho racista.
Demitido pela conduta contra o jovem, o ex-funcionário ingressou na Justiça do Trabalho para tentar reverter a justa 
causa da dispensa. Em sua defesa, alegou que a voz no áudio não era dele e que o incidente ocorreu durante um momento 
de descanso, quando estava navegando nas redes sociais. Ao ser chamado para outro setor, ele teria deixado o celular 
desbloqueado, permitindo que outros colegas enviassem o áudio ofensivo.
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JURISPRUDÊNCIA
MAURO SCHIAVI
Primeiro grau
O caso foi levado à 1ª Vara do Trabalho de São José, onde o juiz Jony Carlo Poeta manteve a justa causa aplicada pela 
empresa. Segundo o magistrado, “resta patente o ato ofensivo de cunho racista perpetrado pelo autor, fato gravíssimo e 
de forte repulsa social, que, inclusive, configura ilícito penal”.
Para Poeta, o argumento de que o áudio foi enviado sem o consentimento do autor não se mostrou convincente.
Racismo recreativo Insatisfeito com a decisão de primeiro grau, o trabalhador recorreu ao tribunal, alegando que o 
áudio teria sido enviado ao jovem aprendiz sem o intuito de ofendê-lo, mas apenas em tom de humor.
No entanto, a 4ª Turma do TRT-SC manteve a justa causa, reforçando a gravidade do ato cometido. A relatora, juíza 
convocada Maria Beatriz Vieira da Silva Gubert, destacou que “não há que se aduzir que se tratavam de brincadeiras, 
uma vez que não há racismo recreativo”.
A magistrada acrescentou que, embora a testemunha tenha afirmado que havia um clima de descontração entre o autor 
e o aprendiz, o fato é que, em seu íntimo, o jovem se sentia ofendido pela forma como era tratado.
“Não se pode mais admitir que as pessoas, em pleno século XXI, a pretexto de fazerem ‘gracinhas’ ou brincadeiras 
naturalizem práticas violentas de racismo e discriminação na sociedade”, ressaltou.
Sobre a autoria do áudio enviado, Maria Beatriz Gubert ponderou que, mesmo que as mensagens não tenham sido 
gravadas pelo ex-funcionário, mas por outros colegas, ficou evidente que ele foi conivente com o envio.
"Comprovado que o trabalhador agrediu, com palavras racistas, o jovem aprendiz que prestava serviços à empresa, ainda 
que em meio virtual, correta a justa causa aplicada", concluiu a relatora.
A decisão está em prazo para recurso. Processo nº: 0000820-62.2023.5.12.0031
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DICAS DE DIREITO MATERIAL E
PROCESSUAL DO TRABALHO MAURO SCHIAVI
DO MOMENTO DA ARGUIÇÃO DA PRESCRIÇÃO NO 
PROCESSO DO TRABALHO
A prescrição é matéria de mérito, conforme dispõe o art. 487, IV, do CPC. Partindo-se dessa premissa, muitos sustentam 
que o momento de se invocar a prescrição é na contestação.
Não obstante, o Código Civil dispõe no art. 193: "A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela 
parte a quem aproveita".
Conforme Nelson Nery Junior!:
"A expressão em qualquer grau de jurisdição, constante da norma sob co-mentário, deve ser entendida acrescida da 
locução ordinária, porque não se pode alegar a prescrição, pela primeira vez, em grau de recurso especial nem de recurso 
extraordinário. A CF 102, III e 105, Ill exigem, para a admissibilidade do RE e do REsp, que a matériatenha sido 
decidida em única ou última instância, razão por que o STF e o ST], apreciando o RE e o REsp, só podem rejulgá-la e 
nunca julgá-la. Esta é a razão pela qual se a prescrição não tiver sido efetivamente decidida nas instâncias ordinárias, não 
poderá ser apreciada em grau de recursos excepcionais."
Nesse sentido, dispõe a Súmula n. 153 do C. TST:
"PRESCRIÇÃO - Não se conhece de prescrição não arguida na instância ordinária."
Mesmo diante do art. 193 do CC, pensamos que a referida Súmula n. 153 permanece inalterável, pois a prescrição 
somente poderá ser invocada até o segundo grau de jurisdição, ou seja, até o recurso ordinário, ou, no máximo, nas 
contrarrazões ao recurso ordinário, mas não no recurso de revista (3° grau de jurisdição), pois, para o conhecimento 
deste recurso de natureza extraordinária, a matéria deve estar prequestionada no segundo grau de jurisdição.
No mesmo sentido, vale transcrever a seguinte ementa oriunda da mais alta Corte Trabalhista do país, in verbos:
"Recurso de revista - Prescrição. A admissibilidade do recurso de natureza extraordinária pressupõe demonstração 
inequívoca de afronta à literalida-de de preceito constitucional, de dispositivo de lei federal, contrariedade a Súmula de 
jurisprudência do TST ou divergência jurisprudencial válida.Incidência do disposto no art. 896 da Consolidação das Leis 
do Trabalho.Recurso de revista não conhecido. Auxílio-alimentação. As cláusulas regu-lamentares, que revoguem ou 
alterem vantagens deferdas anteriormente,só atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração do 
regulamento (item I da Súmula n. 51). “A determinação de supressão do pagamento de auxílio-alimentação aos 
aposentados e pensionistas da Caixa Econômica Federal, oriunda do Ministério da Fazenda, não atinge aqueles ex-
empregados que já percebiam o benefício” (Orientação Jurisprudencial Transitória n. 51 da SBDI-1 do TST). 
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Recurso de revista não conhecido.Honorários advocatícios. I - Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de 
honorários advocatícios, nunca superiores a 15% (quinze por cento), não decorre pura e simplesmente da sucumbência, 
devendo a parte estar assistida por sindicato da categoria profissional e comprovar a percepção de salário inferior ao 
dobro do salário mínimo ou encontrar-se em situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do 
próprio sustento ou da respectiva família. II - É incabível a condenação ao pagamento de honorários advocatícios em 
ação rescisória no processo trabalhista, salvo se preenchidos os requisitos da Lei n. 5.584/70 (Súmula n.219 do TST). 
Mesmo após a promulgação da CF/1988, permanece válido o entendimento consubstanciado na Súmula n. 219 do 
Tribunal Superior do Trabalho. (Súmula n. 329 do TST. Recurso de revista conhecido e provido."(TST - 2a T. - RR n. 
2195/2001.011.07.00-7 - rel. Min. Renato de Lacerda Paiva - DJ 5.10.2007 - p.1.323) (RDT n.11 - nov. 2007)
Fonte: Curso de DIREITO PROCESSUAL do TRABALHO. 19ª Edição revista, atualizada e ampliada. 2024, Editora 
juspodivm.
DA FRAUDE À EXECUÇÃO E FRAUDE CONTRA CREDORES
O Código Civil Brasileiro inclui a fraude contra credores no Capítulo dos defeitos do negócio jurídico, como um vício de 
ordem social que torna anulável a transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, em prejuízo de terceiros, que 
reduzam o devedor à insolvência.
Dispõe o art. 158 do Código Civil:
“Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles 
reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quiro-grafários, como lesivos dos 
seus direitos. $ 1° Igual direito assiste aos credores cuja garantia se tornar insuficiente. $ 2° Só os credores que já o eram 
ao tempo daqueles atos podem pleitear a anulação deles.”
Como destaca Nélson Nery Júnior, a fraude contra credores:
“(...) é vício social do negócio jurídico. A fraude pauliana ocorre quando houver ato de liberalidade, alienação ou 
oneração de bens ou direitos, capaz de levar o devedor à insolvência, desde que: a) o credor seja quirografário; b) o 
crédito seja anterior ao ato de alienação ou oneração (anterioridade do crédito); c) tenha havido dano ao direito do 
credor (eventus damni); d) que a alienação ou oneração tenha levado o devedor à insolvência.”
Há consenso na doutrina de que a fraude contra credores exige, para eclosão, dois elementos:
a) eventus damni: que configura o elemento objetivo atinente ao ato ruinoso que é prejudicial ao credor, tornando o 
devedor insolvente;
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b) consilium fraudis: caracteriza o elemento subjetivo, que é o conluio entre o executado e terceiro, a fim de prejudicar o
credor. Segundo destaca Maria Helena Diniz’, o elemento objetivo consilium fraudis é a má-fé, a intenção de prejudicar
do devedor ou do devedor aliado a terceiro, ilidindo os efeitos da cobrança.
Como bem adverte Maria Helena Diniz'4, "à luz do Código Civil de 2002 não mais se exige a scientia fraudis para anular 
o negócio gratuito celebrado com fraude contra credores; mesmo que o devedor, ou o beneficiário do contrato benéfico
transmitindo algo ou perdoando débito, ignore que tal ato reduzirá a garantia ou provocará a insolvência do devedor, ele
será suscetível de nulidade relativa. A causa da anulação é objetiva, por ser suficiente que haja a redução do devedor ao
estado de insolvência."
O STI pacificou entendimento no sentido de ser necessária a ação revo-catória ou pauliana para anulação de ato 
praticado em fraude contra credores, não podendo o juiz pronunciá-la incidentalmente, no curso do processo, conforme 
a Súmula n. 195 de sua jurisprudência, in verbis:
“Em embargos de terceiro não se anula ato jurídico, por fraude contra credores."
Ação revocatória ou pauliana pode ser proposta desde que presentes os seguintes requisitos: a) que haja prejuízo para o 
credor quirografário (even-tus damni); b) que o negócio tenha levado o devedor à insolvência; c) que o
credor seja quirografário; d) que haja anterioridade do crédito (os credores já o eram à época em que foi constituído o 
negócio).
A competência material para a ação revocatória ou pauliana não é da competência material da Justiça do Trabalho, pois 
não se reporta à controvérsia oriunda ou decorrente da relação de trabalho. Além disso, há necessidade de citação de 
todos os envolvidos no negócio jurídico que se pretende anular, inclusive terceiros que adquiriram o bem. A questão, 
entretanto, não é pacífica, há entendimentos no sentido de ser a fraude contra credores incidente da própria execução 
trabalhista, o que atrai a competência da Justiça do Trabalho para o julgamento da ação revocatória.
De outro lado, cumpre destacar que há entendimento na doutrina e também na jurisprudência no sentido de ser possível 
ao Juiz do Trabalho reconhecer também a fraude contra credores de forma incidental na execução, a exemplo da fraude 
de execução, já que a declaração da fraude detém natureza declaratória", uma vez que o ato praticado em fraude contra 
credores também se mostra ineficaz em face da execução trabalhista. Além disso, esse entendimento contribuiu para 
maior efetividade da execução trabalhista e celeridade no procedimento.
No aspecto, destaca-se a seguinte ementa:"Revestindo-se de seriedade as alegações de consilium fraudis e do eventus damni afirmadas pelo credor embargado, a 
questão pode ser apreciada na via dos embargos de terceiros, sem a necessidade de o credor ajuizar ação pauliana. (ST] 
4ª T., Resp n. 5.307-0-RS, rel. Min.Athos Carneiro, m.v., j. 16.6.1992, JST] 47/107)."
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Não obstante, prevaleceu o entendimento, no sentir correto, de que o ato praticado em fraude contra credores é anulável 
e não ineficaz, e, portanto, requer ação própria para ser reconhecido.
Nesse sentido, sustenta Albino Zavascki:
"Seja caso de anulabilidade, seja caso de ineficácia (que não é origi-nária, mas sucessiva), haverá necessidade de sentença 
desconstitutiva (e não simplesmente declaratória), que não pode ser emitida contra o autor da ação de embargos."
No mesmo sentido é a posição de Cândido Rangel Dinamarco", "não é admissível a discussão da fraude a credores em 
sede de embargos de terceiro, porque sem desconstituir a eficácia secundária do negócio, ele é (ao menos 
provisoriamente) eficaz apesar da fraude".
A fraude à execução se assemelha à fraude contra credores, uma vez que ambas têm por objeto a proteção do credor 
contra atos do devedor que visam a tornar ineficaz o pagamento da dívida.
Não obstante, podemos elencar as seguintes distinções:
a) a fraude de execução é instituto de natureza processual. É ato atentatório à dignidade da justiça.
A fraude contra credores é instituto de natureza civil, sendo uma espécie dos defeitos dos negócios jurídicos;
b) na fraude contra credores, o prejudicado é o credor; na fraude de execução, é o Estado e, reflexamente, o exequente;
c) na fraude de execução, o negócio jurídico é ineficaz. Não há necessidade de ação autônoma para declaração da
nulidade do negócio jurídico. Já a fraude contra credores exige ação própria para declaração da nulidade do ato, sendo o
ato anulável.
Fonte: EXECUÇÃO NO PROCESSO DO TRABALHO. 15ª edição. Revista, atualizada e ampliada, Editora juspodivm.
DA EXECUÇÃO PROVISÓRIA NA JUSTIÇA 
DO TRABALHO
Ensina Pontes de Miranda’ que a “execução provisória é aquela a que se procede se se pende recurso no efeito somente 
devolutivo e do recurso interposto se conhece”.
Assevera o art. 899 da CLT:
“Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente devolutivo, salvo as exceções previstas neste 
Título, permitida a execução provisória até a penhora.”
A execução provisória caracteriza-se como o procedimento destinado à satisfação da obrigação consagrada num título 
executivo judicial que está sendo objeto de recurso recebido apenas no efeito devolutivo. A execução provisória se 
fundamenta numa presunção favorável ao autor dada pela decisão objeto do recurso e na efetividade da jurisdição. Nao 
obstante, por não haver o estado de certeza, o autor não poderá receber o objeto da condenação.
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Como destaca Antônio Álvares da Silva, “(...) em nome da pretensão à sentença, realizam-se atos do processo de 
conhecimento e, em nome de sua efetividade, os atos de liquidação, mesmo que estejam reunidos num único 
procedimento. O que caracteriza a execução provisória é uma certa presunção em favor do direito do autor.”
De outro lado, conforme vem se pronunciando a moderna doutrina, o que é provisório é o título executivo que 
fundamenta a execução provisoria, pois os atos executivos são definitivos, pois geram efeitos na esfera jurídica das partes 
no processo.
Nesse sentido, adverte-nos Marcelo Freire Sampaio Costa:
“A expressão execução provisória, a par de essa grafia também ser utilizada em outros países, pode ser compreendida de 
maneira equivocada, pois a provisoriedade não é das medidas dela decorren-tes, porque estas também provocam efeitos 
definitivos, conforme salientado anteriormente, mas do ato jurisdicional em que se escora a execução chamada de 
provisória. Logo, a provisoriedade não está nos atos emanados da execução, porque este sempre possui eficácia definitiva, 
mas apenas e tão somente do título ou na decisão que a aparelha.
Destarte, os atos executivos praticados nessa seara não podem ser qualificados de provisórios porque alteram a realidade 
física e fática da mesma maneira que o foram se fossem praticados em sede de decisão transitada em julgado, além de não 
serem substituídos por outros já em sede definitiva. Portanto, não há distinção entre eles; são idênticos."
Nos termos do art. 899 da CLT, a execução provisória se exaure com a penhora. Essa expressão deve ser interpretada 
como garantia do juízo, que significa a constrição de bens suficiente para a cobertura de todo o crédito que está sendo 
executado. Diverge a doutrina trabalhista, sobre a execução provisória trabalhista ir apenas até penhora, ou serem também 
apreciados os incidentes da penhora, que são invocados por meio dos embargos à execução.
Pensamos, com suporte na doutrina majoritária e também da jurisprudência já sedimentada, que a execução provisória 
vai até a fase da garantia do juízo, com a apreciação de todos os incidentes da penhora, como os embargos à execução e, 
inclusive, eventual agravo de petição.
Nesse diapasão destaca-se a posição de Valentin Carrion:
"Na execução provisória, a regra é de que o processo se detém na penhora (CLT, art. 899), mas os embargos poderão ser 
interpostos e julgados: do contrário seria impossível corrigir ilegalidades que permaneceriam indeterminadamente (...) e 
que são capazes de causar prejuízo indefinido à parte, tidas como o excesso de penhora ou de execução, remoção ilegal etc. 
A afirmação corrente de que a execução provisória vai até a penhora é uma restrição contra o credor, no sentido de que ele 
não poderá prosseguir, inclusive para promover atos de alienação (CPC, art. 588, II), mas não é obstáculo para o direito de 
defesa do devedor." (continua ...)
Confira este artigo na íntegra na obra: EXECUÇÃO NO PROCESSO DO TRABALHO. 15ª edição. Revista, atualizada e 
ampliada, Editora juspodivm.
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JURISPRUDÊNCIA
MAURO SCHIAVI
Juiz do Trabalho
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JUSTIÇA DO TRABALHO REVERTE JUSTA CAUSA 
DE EMPREGADO PRESO (TRT 18)
O empregado foi dispensado por justa causa após não comparecer por mais de 30 dias no emprego devido à prisão por 
falta de pagamento de pensão alimentícia. Na ação, ele pediu a reversão da justa causa alegando que a empregadora sabia 
da prisão, pois foi conduzido até a delegacia no seu horário e ambiente de trabalho. A empresa alegou na ação ter tentado 
contato com ele e não teria recebido nenhuma informação sobre seu paradeiro.
O juiz Israel Brasil Adourian, titular da 15ª Vara do Trabalho de Goiânia, explicou que os fatos para embasar a justa causa 
devem ser de natureza grave e robustamente provados, considerando os graves efeitos sociais e econômicos decorrentes 
dessa modalidade de dispensa. Em seguida, o magistrado ponderou que a empresa justificou a aplicação da justa causa por 
abandono de emprego pelo empregado por mais de 30 dias de ausência.
Adourian pontuou que a prisão ocorreu dentro das instalações daempresa, deixando claro o motivo da prisão civil por 
ausência de pagamento de pensão alimentícia. O juiz explicou que o trabalhador foi levado para o presídio, sendo seus 
pertences retirados, especialmente o aparelho celular, de tal modo que a comunicação com o mundo exterior foi cessada. 
“Em sendo assim, o autor estava impossibilitado de se comunicar”, considerou.
O magistrado disse que um mês antes de o trabalhador deixar a prisão, a empresa já tinha aplicado a justa causa por 
abandono de emprego. “Ora, a empregadora sabia que o funcionário estava recolhido no presídio, de tal modo que as 
comunicações expedidas pela reclamada se mostraram inócuas, especialmente o Sedex”, observou.
Adourian explicou que a lei trabalhista suspende o contrato de trabalho quando o empregado estiver preso 
provisoriamente e, por isso, entendeu que o trabalhador não abandonou o emprego. Ao fim, o juiz reverteu a modalidade 
de dispensa de “justa causa” para “sem justa causa” e condenou a empresa ao pagamento das parcelas rescisórias como 
aviso prévio indenizado, 13º salário e férias proporcionais, entre outras. Cabe recurso dessa decisão.
TRABALHADOR QUE FALTOU A AUDIÊNCIA
TEM DIREITO DE PRODUZIR PROVA TESTEMUNHAL (TRT 2)
Um trabalhador que sofreu pena de confissão ficta após faltar em audiência de instrução obteve, em grau de recurso 
ordinário, o reconhecimento do direito de produzir prova oral testemunhal para se chegar à verdade dos fatos, uma vez 
que advogado e testemunha estavam presentes. A decisão foi da 9ª Turma do TRT da 2ª Região.
Durante a audiência, o juízo de 1º grau declarou o autor confesso quanto à matéria de fato e atuou diante da prova já 
juntada aos autos, indeferindo a oitiva da testemunha do empregado. Com isso, o trabalhador alegou cerceamento de 
defesa, pois a testemunha seria essencial para provar o direito alegado.
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Segundo a desembargadora-relatora Bianca Bastos, a ausência do reclamante faz com que se presumam verdadeiros os 
fatos alegados pela parte contrária, mas a confissão ficta pode ser afastada com provas que a parte pretende produzir.
A magistrada observou que a Súmula 74 do Tribunal Superior do Trabalho diz que as pessoas que sofrem a penalidade 
só podem contar com as provas pré-constituídas nos autos. No entanto, ela ressalta que a norma se refere ao artigo 443, 
I, do Código de Processo Civil, que dispõe sobre confissão real.
Dessa forma, a turma acolheu o pedido de nulidade da sentença por cerceamento do direito de defesa e declarou 
reaberta a instrução processual, com a devida produção de provas. (Processo nº 1001422-44.2022.5.02.0065)
E-MAIL DE COORDENADOR A MARIDO DE
TRABALHADORA COMPROVA ASSÉDIO SEXUAL (TST)
Empresa deverá pagar R$ 100 mil de indenização à vítima
A Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho rejeitou o exame do recurso de uma empresa do setor de infraestrutura 
contra condenação ao pagamento de R$ 100 mil a uma empregada assediada sexualmente por seu supervisor. O assédio 
foi cometido pessoalmente e por frequentes mensagens de texto e e-mails. Num deles, destinado ao companheiro da 
subordinada, o chefe assume o assédio, o que acabou provocando a separação do casal.
E-mails, mensagens de texto e BO
Um dia antes de registrar boletim de ocorrência policial, em 27/11/2015, a trabalhadora havia comunicado o assédio à
empresa, em São Paulo. No BO, ela informou que seu coordenador chegou a criar um falso endereço eletrônico, em que
se passava por uma mulher que questionava sua fidelidade ao companheiro.
Entre os documentos apresentados para demonstrar o constrangimento está um e-mail que indica como assunto 
“Solicitação de Tarefa: Abraço”. Há também mensagens em que ela rejeita as investidas, diz que o assediador está 
destruindo sua vida pessoal e pede que ele a deixe em paz. No e-mail ao companheiro da subordinada, o coordenador 
admite que havia se aproximado dela “com objetivos meramente profissionais”, mas acabou se envolvendo e “misturando 
tudo”.
Relação de afetividade afastada
O pedido de indenização por danos materiais e morais foi rejeitado pelo juízo de primeiro grau. Foi o Tribunal Regional 
do Trabalho da 15ª Região (Campinas/SP) que, ao julgar recurso, reconheceu o assédio.
Na avaliação do TRT, os atos aconteceram dentro da empresa e foram comprovadamente praticados por superior 
hierárquico, o que caracteriza assédio vertical descendente e afasta eventual tese de que haveria uma relação de 
afetividade entre os envolvidos.
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CURSO DE DIREITO PROCESSUAL DO 
TRABALHO (2024)
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Na tentativa de rediscutir o caso no TST, a empregadora argumentou que o TRT não teria se manifestado sobre provas 
que demonstrariam a relação de proximidade e afeto entre a trabalhadora e o coordenador.
Fundamentação clara após análise das provas
Para o ministro Augusto César, relator do recurso, a fundamentação do TRT foi “consequente e clara”. Ele destacou que 
o TRT foi explícito ao esclarecer, após ampla e detida análise das provas, em especial a documental (boletim de
ocorrência, e-mail e mensagens de texto), que o assédio sexual foi devidamente comprovado durante a instrução
processual.
Desestabilização e fragilização
Nesse sentido, o TRT registrou que, de acordo com as provas, “o que aconteceu foi uma repugnante relação de 
constrangimento” ambiente de trabalho, cujo objetivo era a desestabilização e a fragilização da trabalhadora e, 
provavelmente, a obtenção de favores sexuais. Augusto César salientou, também, que a referência ao e-mail encaminhado 
pelo coordenador ao marido da trabalhadora torna o assédio incontroverso e confesso.
Reexame de provas vedado
Por fim, o relator observou que o TST apenas pode valorar os dados delineados de forma expressa na decisão contra a 
qual se recorre. Se a pretensão é frontalmente contrária às afirmações do do TRT sobre as questões probatórias, o recurso 
exigiria o revolvimento de fatos e provas, proibido pela Súmula 126 do TST.
O processo tramita em segredo de justiça.
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