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Lembrem-se de que é interessante realizar mais de uma sessão da Mostra de Filmes. Agora que vocês 
têm um projetor e uma tela portáteis que não necessitam de instalações elétricas, é possível fazer 
mostras ou sessões de cinema em variados locais e datas. Desse modo, vocês poderão contribuir para 
a difusão do audiovisual na comunidade.
A mostra idealizada pela turma também pode ajudar a ampliar a circulação de visões de mundo 
próprias de jovens como você e seus colegas, além de mobilizar o interesse de pessoas que talvez 
tenham pouco acesso a objetos audiovisuais alternativos. Assim, por meio do produto final deste 
projeto, você e seus colegas poderão interferir concretamente na realidade em que vivem, dando 
respostas a problemas reais vinculados à baixa oferta de audiovisuais diferentes daqueles que são 
veiculados, por exemplo, pela TV.
Por essa razão, conversem com os professores e verifiquem se haveria também a possibilidade de 
levar a mostra a outros espaços que não o escolar. Associações de bairro, espaços culturais e até mes-
mo alguns espaços ao ar livre (desde que as questões técnicas relacionadas à claridade e ao excesso 
de ruído não sejam um impeditivo) podem ser ótimas alternativas para fazer chegar 
mais longe as produções da turma.
BALANÇO DO PROJETO
Ao finalizar a execução do projeto, você deve se reunir com os colegas de sala para efetuar um balanço não 
apenas da etapa final de organização da Mostra de Filmes, mas de todo o processo.
Espera-se que vocês tenham podido, com base na aprendizagem de alguns conteúdos dispostos no decorrer do 
projeto, construir uma perspectiva coletiva e pessoal mais complexa sobre a linguagem cinematográfica, como 
ela se articula a outras linguagens, quais seus aspectos tecnológicos e a relevância de sua história.
Um ponto-chave, porém, é discutir qual é a importância da arte, e do cinema em particular, no fortalecimento da 
identidade de grupos sociais, como é o caso de jovens como você e os colegas, e de comunidades que, muitas 
vezes, não têm acesso a equipamentos culturais básicos.
REGISTRO DE IDEIAS
Você pode registrar vários dos momentos que fizeram parte deste projeto. Alguns subprodutos, como a escrita 
de roteiros, a montagem da câmera ou da tela de projeção, são produções materiais que mostram sua trajetória e 
a de seus colegas.
Seria importante também, como forma de conservar a memória daquilo que fizeram, que vocês, coletiva ou 
individualmente, buscassem preservar outras formas de registro do processo. Uma ideia pode ser fotografar os 
momentos que antecedem a Mostra de Filmes. Outra maneira é escrever suas impressões pessoais sobre o que 
vivenciou antes, durante e depois do evento e pedir a alguns de seus colegas que também o façam.
ESTRATÉGIAS DE DIVULGAÇÃO
A divulgação de um evento como uma Mostra de Filmes pode atrair a atenção de muitos grupos, desde os mais 
próximos aos mais afastados da comunidade escolar. Por essa razão, você e seus colegas, com o auxílio dos 
professores, podem pensar em divulgar pela internet os resultados da ação, em um link da página da própria 
escola ou mesmo criando uma página para esse fim. Também pode ser interessante publicar os curtas-metragens 
produzidos em algum site de compartilhamento de vídeos. Nesse caso, é necessário pedir a autorização de todos 
os que aparecem nas filmagens e dos envolvidos na produção.
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André Mourão/Agência O Dia/Estadão Conteúdo
 Do que você gosta? Quais são seus 
interesses?
 Que preferências artís
ticas e 
esportiv
as você tem?
 Que práticas corporais você costuma 
realizar?
 Você acha que a comunidade conhece 
e respeita suas manifestações e as de 
outro
s jovens de sua idade?
 O que você e os colegas da tu
rm
a 
poderiam fazer p
ara que elas fo
ssem 
mais apoiadas e valorizadas?
Neste
 projeto, você vai re
fletir 
sobre si 
mesmo, seus colegas e amigos, pensar um 
pouco no jovem que você é, nas culturas 
de que partic
ipa e que ajuda a constru
ir.
VAMOS ORGANIZAR 
UM FESTIVAL DE 
CULTURAS JUVENIS?
DE OLHO 
PROJETO 2
NAS CULTURAS 
JUVENIS
A adolescência e a juventude costu
mam ser m
arcadas 
pelo compartilh
amento de vivências em grupo de várias 
naturezas (n
o estu
do, no lazer, n
o tra
balho, em projetos 
sociais, entre
 outra
s). 
Nas fotos, jo
vens dançam, lu
tam 
capoeira e jogam basquete.
Consulte, nas 
Orientações específicas 
deste Manual, mais 
informações para o 
trabalho com este 
projeto, além das 
respostas esperadas 
para algumas atividades 
e outras sugestões de 
encaminhamento.
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Sérgio Pedreira/Pulsar Imagens
PROTAGONISMO JUVENIL
Cesar Diniz/Pulsar Imagens
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INTRODUÇÃO
Você sabe o que é um festival? Já participou de algum? 
Um festival pode promover a ampliação do repertório artístico e cultural, 
além de aumentar a interação com a comunidade. Em um evento como esse, 
uma série de apresentações acontece em um mesmo espaço e em determi-
nado período. 
Neste projeto, você e os colegas vão ser os protagonistas da produção de 
um festival para divulgar e valorizar as culturas juvenis presentes na realida-
de de vocês. Vão realizar oficinas e apresentações com o objetivo de mostrar 
para a comunidade a importância das manifestações próprias da juventude, 
contribuindo para a construção de um olhar mais aberto para a diversidade 
e disposto a aprender com ela.
Para organizar o evento, você vai participar de várias atividades distribuídas 
em etapas, mobilizando conhecimentos de Arte, Educação Física, Língua In-
glesa e Língua Portuguesa. Por meio delas, refletirá sobre si mesmo, identi-
ficando as práticas de que participa e que ajuda a construir e pensando em 
possíveis estereótipos e preconceitos relacionados a essas e a outras mani-
festações juvenis. Como protagonista desse festival, você poderá ajudar no 
combate a essas ideias preconceituosas e estereotipadas.
Antes de iniciar este projeto, dê uma folheada nele. Confira as etapas que 
o compõem e as atividades que terá de realizar, algumas individualmente e 
outras em duplas ou em grupos maiores. Será com base nessas atividades e 
nos conhecimentos adquiridos e mobilizados em cada etapa que o Festival 
de Culturas Juvenis será organizado e compartilhado com a comunidade.
Se algum colega estiver mais familiarizado com determinada prática ou sou-
ber mais a respeito de um assunto, poderá compartilhar seus conhecimentos 
com a turma ou assumir a liderança de alguma das atividades previstas, para 
que o projeto tenha ainda mais a cara de vocês. Aproveite este momento 
inicial para pensar também na duração do projeto e no material necessário 
para realizá-lo.
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REGISTRO DE IDEIAS
DE OLHO NO TEMPO
Quando realizamos um projeto, é importante registrar as ideias, as sugestões e os aprendizados que surgirem 
durante o planejamento e a execução das etapas para que exista uma memória desse percurso. Essas anotações 
podem ser feitas em um caderno, em um bloco de notas impresso ou digital ou em um aplicativo de celular. O 
importante é que você tenha esses registros e possa retomá-los para corrigir erros e aproveitar os acertos na hora 
de pensar em um novo projeto que pretenda desenvolver. Neste projeto, que prevê a organização de um Festival 
de Culturas Juvenis como produto final, é preciso decidir quais serão as apresentações e oficinas realizadas, quem 
ficará responsável por elas, como será feitoo convite à comunidade, etc. Ou seja, registrar diferentes informações 
será fundamental para a sua organização e a dos colegas. A turma pode, por exemplo, considerar a possibilidade 
de providenciar um cartaz ou painel para ser afixado na sala de aula para construir um registro coletivo do projeto.
Todo projeto precisa ser organizado em um tempo determinado. Vamos cuidar disso? Com o professor 
e os colegas, decidam a data em que vocês pretendem realizar o Festival de Culturas Juvenis. Pensem, 
retrospectivamente, em tudo o que precisa ser feito até a data do evento e criem uma agenda coletiva para o 
projeto. Também é importante prever a duração de cada etapa ou atividade, estimando a quantidade de aulas 
que serão dedicadas a elas. Vários aplicativos de celular são úteis para o compartilhamento de informações e 
para a organização do tempo por meio de funções como a de calendário. Juntos, avaliem a possibilidade de usar 
um deles. Uma forma complementar de acompanhar a realização do projeto no tempo determinado é criar uma 
lista com as etapas e as atividades a serem cumpridas e deixá-la exposta na sala de aula para marcar cada tarefa 
concluída (e também para pensar em alternativas caso algo fuja do cronograma).
Ficha técnica do projeto
 Questão norteadora: Vamos organizar 
um Festival de Culturas Juvenis?
 Produto final: Festival de Culturas 
Juvenis.
 Objetivos:
 • Refletir sobre a juventude.
 • Pensar na própria identidade e 
expressá-la por meio de um vídeo e um 
retrato tridimensional.
 • Investigar as culturas juvenis e as 
diferentes percepções a respeito delas.
 • Idealizar uma playlist comentada 
que se relacione com a identidade dos 
jovens do século XXI.
 • Conhecer diferentes manifestações 
geralmente associadas às culturas 
juvenis, como a capoeira, a dança de 
rua, o rap, as batalhas de rima, o slam, o 
lambe-lambe e o grafite.
 • Conhecer e explorar práticas corporais 
diversas.
 • Selecionar ou criar um poema que 
ajude a definir o jovem de hoje.
 • Organizar e participar de um slam ou 
de uma batalha de rimas.
 • Criar lambe-lambes e grafites para 
expressar ideias.
 • Avaliar as próprias produções e 
selecionar as que podem integrar o 
Festival de Culturas Juvenis.
 Justificativa: A produção de um 
Festival de Culturas Juvenis mobiliza 
conhecimentos de diferentes 
componentes curriculares, possibilita 
o protagonismo do estudante no 
espaço escolar e permite difundir as 
culturas juvenis na comunidade.
 Componentes curriculares: Arte, 
Educação Física, Língua Inglesa e 
Língua Portuguesa.
 Competências gerais: 3, 4, 5, 7 e 8.
 Competências específicas de 
Linguagens e suas Tecnologias: 1, 2, 3, 5 
e 6.
 Habilidades: EM13LGG103, 
EM13LGG201, EM13LGG203, 
EM13LGG204, EM13LGG301, 
EM13LGG305, EM13LGG501, 
EM13LGG502, EM13LGG503, 
EM13LGG603.
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ETAPA 1
Você já tinha ouvido falar em “culturas juvenis”? Essa expressão está relacionada ao conceito de 
cultura, que é bastante complexo e tem sido construído, revisto e ampliado por diversos pensado-
res e estudiosos. De forma geral, a palavra cultura pode designar o conjunto de práticas e hábitos 
de uma sociedade ou de determinado grupo, recobrindo desde códigos de vestimenta e preferên-
cias estéticas até crenças religiosas e formas de organização econômica, por exemplo.
O QUE É CULTURA?
No senso comum, costuma-se considerar uma pessoa culta aquela que tem domínio sobre determinado 
assunto. Podemos, portanto, afirmar que a cultura pode ser lida por dois caminhos, que não são 
excludentes. Em uma primeira acepção, a ideia de que, quanto mais o sujeito está inserido em um grupo 
social, mais compartilha com seus iguais aspectos de uma cultura que lhes confere identidade. Em uma 
segunda perspectiva, a cultura pode ser entendida como uma aquisição de conhecimentos que se faz 
ao longo da vida.
É impossível tratar das culturas juvenis no singular, pois não existe uma juventude única. Como 
os jovens pertencem a diferentes realidades, participando de contextos diversos e se vinculando 
a práticas distintas, falamos de culturas juvenis, no plural, e nos referimos à diversidade do que é 
produzido pelos jovens, especificamente às práticas, manifestações e expressões, sejam elas mú-
sicas, danças, gírias, sejam participação em redes de mídia, modos de se vestir ou marcas corpo-
rais, para citar alguns exemplos. Essas produções impactam a sociedade, indicando a importância 
que as culturas e os valores juvenis têm em nosso tempo. 
Fotografia que estampou a 
capa do álbum Abbey Road, 
dos Beatles, lançado em 1969. 
Essa imagem se tornou um 
clássico e estampou camisetas 
no mundo inteiro, ajudando a 
criar um traço de identidade 
compartilhado entre os fãs da 
banda inglesa.
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Considerando que as juventudes se deparam, muitas vezes, com o embate entre valores expres-
sos pelas gerações anteriores e valores que os jovens pretendem construir com base nas próprias 
referências, as culturas juvenis cumprem o papel de ajudar o jovem a se definir, a construir a pró-
pria identidade e, com isso, transformar a sociedade. Ou seja, pensar nas culturas juvenis é uma 
maneira privilegiada de pensar na própria dinâmica social.
É certo que esse processo de construção das culturas juvenis não ocorre de modo isolado; ele 
sofre influência da mídia, das redes sociais e de apelos da sociedade de consumo. Por meio da 
música, do cinema, do teatro, das artes visuais e de outras manifestações culturais, o jovem busca 
encontrar o seu caminho e aderir a ideologias ou romper com elas.
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Não escreva no livro
A participação dos jovens como agentes de transformação social não foi sempre levada em conta, so-
bretudo na cultura ocidental. Uma perspectiva centrada nos adultos associava o jovem à imaturidade 
e à incapacidade de tomar atitudes ou mesmo de criar algo, mantendo-o excessivamente subordina-
do às regras familiares e à obediência irrestrita. Os adultos mandavam e os jovens deviam obedecer 
sem questionamento.
Ao longo do século XX, no entanto, esse cenário passou por gradativas modificações. Manifestações 
culturais e políticas juvenis conquistaram visibilidade e foram fundamentais em transformações so-
ciais. Isso é comprovado pela atuação do movimento hippie e pelo desenvolvimento do rock, que, 
contestador tanto por suas letras quanto pela atitude dos músicos, conquistou grande parte dos jo-
vens, tornando-se praticamente um emblema do que era ser jovem no século XX.
Hoje, a hiperconexão é uma marca da sociedade e da comunicação juvenil. Você e os jovens nascidos 
no século XXI fazem parte de uma era em que a globalização está em curso e é inegável o seu efeito 
sobre as culturas contemporâneas, marcadas, em sua maioria, pela diversidade e pela rapidez na di-
vulgação e nas trocas de produções culturais.
Nesse cenário, há uma grande produção cultural feita praticamente sob encomenda e que visa aten-
der às demandas massificadas da juventude. Essa produção classifica os jovens com base em este-
reótipos, como se todos tivessem os mesmos gostos, desejos e interesses, e busca cooptá-los para 
o mundo do consumo. Por outro lado, como você verá ao longo deste projeto, as possibilidades de 
resistência a essa cultura de massa também se ampliam por meio de manifestações como o hip-hop, 
o rock, as batalhas de slam, o cosplay, a produção de lambe-lambes e o uso de ferramentas tecnoló-
gicas que permitem a comunicação quase que instantânea, como a criação de vídeos e seu compar-
tilhamento on-line.
a) Leia, a seguir, o que o pesquisador chileno José Antonio López-Ruiz escreve a respeito das culturas 
juvenis:
[...]O conceito de cultura juvenil está associado à forma como os jovens “tornam sua” ou reinterpretam 
essa cultura mais ampla na qual vivem, para ir de�nindo certos estilos de vida e traços de identi-
dade — muitos deles relacionados com o seu tempo livre e lazer —, uma certa linguagem e estéticas 
com os seus códigos próprios, bem como outras formas de expressão, inclusive de criatividade ar-
tística ou cientí�ca próprios. [...]
LÓPEZ-RUIZ, José Antonio. A internet na cultura juvenil: condicionamentos, signi�cados e usos sociais. Observatório 
da Juventude na Ibero-América, 1o jun. 2017. Disponível em: https://www.observatoriodajuventude.org/pinternet-en-la-
cultura-juvenil-condicionamientos-signi�cados-y-usos-sociales/. Acesso em: 19 out. 2019.
 A visão do autor dialoga com a discussão a respeito do tema feita até aqui? Justifique.
 O autor se refere ao conceito de cultura juvenil no singular. Por que seria melhor falar em “culturas 
juvenis”, no plural? 
b) Como vimos, as culturas juvenis se constituem de manifestações e expressões como a música, a dan-
ça, as gírias, a moda e as marcas corporais. Sabendo disso, você identifica alguma prática ou produção 
sua como própria das culturas juvenis? Se sim, qual? Por quê?
c) Você faz parte de algum grupo? Em caso positivo, considera que ele esteja organizado em torno de 
alguma prática ou manifestação própria das culturas juvenis? Troque ideias a respeito disso com o 
professor e os colegas.
Respostas pessoais.
Respostas pessoais.
ATIVIDADE 1
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https://www.observatoriodajuventude.org/pinternet-en-la-cultura-juvenil-condicionamientos-significados-y-usos-sociales/
https://www.observatoriodajuventude.org/pinternet-en-la-cultura-juvenil-condicionamientos-significados-y-usos-sociales/
Não escreva no livro
Para que o Festival de Culturas Juvenis tenha a cara da turma, é importante trazer à tona o que 
você e os colegas pensam a respeito de si mesmos e das práticas e manifestações das quais parti-
cipam, o que envolve refletir sobre a própria identidade. Para iniciar essa reflexão, como forma de 
aquecimento, a proposta agora é vocês participarem juntos de um jogo teatral. 
a) Formem grupos de até dez componentes. O restante dos colegas será a plateia. Depois, vocês é 
que serão a plateia dos demais grupos. 
b) Cada grupo terá de escolher um objeto que seja signifi cativo para si. Pode ser algo ligado ao pas-
sado ou ao momento atual.
c) Escrevam o nome desse objeto em uma folha de papel, em letras grandes. 
d) Formem um círculo e apresentem para o grupo esse objeto, explicando por que ele é significati-
vo para vocês e contando uma breve história sobre ele. Deixem as folhas de papel no centro do 
círculo. 
e) Sorteiem um dos colegas para começar o jogo e escolher um objeto que não seja o seu, iniciando 
uma história coerente com a que foi contada pelo colega que indicou esse objeto. Ele pode esco-
lher outros colegas para atuarem a seu lado, improvisando personagens complementares.
f) Depois, ele escolhe alguém para ser o próximo, e assim por diante, até que todos tenham atuado.
Cuidem para que a narrativa fi que coerente e que os objetos escolhidos contribuam para a história. 
Depois que todos os grupos tiverem vivido a experiência de atuar e de ser plateia, troquem ideias 
sobre a atividade.
JOGOS TEATRAIS
Os jogos teatrais foram sistematizados pela diretora de teatro estadunidense 
Viola Spolin (1906-1994) como uma proposta para o ensino do teatro. 
Por meio de procedimentos lúdicos com regras definidas, Spolin buscava 
estimular a criatividade e a espontaneidade, oferecendo exercícios em que 
os estudantes podiam improvisar coletivamente, interagindo por meio da 
linguagem teatral.
De modo geral, podemos dizer que os jogos teatrais buscam levar os 
participantes a tomar consciência de alguns mecanismos e convenções 
fundamentais do teatro, ao mesmo tempo que ajudam a liberar o corpo e as 
emoções.
No Brasil, o diretor de teatro fluminense Augusto Boal (1931-2009) 
desenvolveu uma série de jogos para atores e não atores durante seus quase 
cinquenta anos de carreira. Por meio de diferentes exercícios e dinâmicas, 
Boal trazia à tona questões de cunho político, aliando o teatro à ação social.
ATIVIDADE 2
Viola Spolin foi 
uma importante 
autora, diretora e 
educadora de teatro 
estadunidense. Seu 
trabalho foi muito 
relevante para o 
desenvolvimento do 
teatro de improviso, 
e seus jogos são 
explorados até hoje 
no processo de 
formação de atores 
de teatro.
O livro Jogos teatrais: o fi chário de Viola Spolin (São Paulo: Perspectiva, 2012) 
traz vários jogos teatrais com instruções detalhadas para sua realização. Se 
possível, procure essa obra e pratique com os colegas e o professor alguns 
jogos teatrais de Viola Spolin.
SE LIGA
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Continuando esta etapa do projeto, cujo foco é a reflexão a respeito da própria identidade, você vai 
criar alguns objetos para falar de si. A ideia é a construção de um retrato tridimensional, isto é, uma 
imagem sua em tamanho real acompanhada de um vídeo que contará um pouco mais de você, sua 
vida, seus gostos e seus desejos para o futuro. 
Esses objetos farão parte do Festival de Culturas Juvenis, com o objetivo de mostrar ao 
público quem são vocês: seus gostos, os saberes que possuem, as manifestações cultu-
rais juvenis de que participam ou que admiram, seus interesses além da escola, entre 
outros aspectos. 
Comece criando o retrato: faça uma imagem em tamanho natural de você usando 
papelão, papel Kraft ou outro material de sua escolha. É possível deitar-se sobre 
o material e recortar o papel no formato do seu corpo, desenhar a si mesmo 
ou, se for viável, imprimir uma foto sua em tamanho natural e colar sobre uma 
superfície mais rígida. 
Depois, você pode intervir sobre o retrato, colando imagens que ajudem 
a expressar sua identidade: roupas, acessórios, objetos, etc. Também é 
possível inserir textos ou escrever palavras-chave: trechos de letras 
de canção, poemas, títulos de filmes, nomes de seus ídolos, etc. 
Para complementar o retrato, você fará um vídeo contando um 
pouco sobre quem é e sobre sua vida. Você pode utilizar uma das 
sugestões a seguir para produzi-lo ou mesmo escolher outra for-
ma de criá-lo.
COMO FAZER UM VÍDEO NO ESTILO DRAW MY LIFE
1. Escreva uma breve apresentação sobre si 
mesmo, abordando aspectos de sua vida que 
gostaria de compartilhar com os colegas. 
Quando o texto estiver pronto, leia-o em voz 
alta e cronometre quanto tempo ele leva para 
ser narrado.
2. Depois, escolha palavras-chave ou trechos do 
seu texto e planeje como transformá-los em 
desenhos. Assista a alguns vídeos no estilo 
draw my life para se inspirar. Se necessário, 
una várias folhas de papel sulfite usando fita 
adesiva, para que todos os desenhos caibam na 
mesma superfície. 
Você vai precisar de:
 folhas de papel sulfite
 canetas coloridas
 câmera digital ou telefone celular com câmera
 elástico
 cabo de vassoura
3. Pratique fazer os desenhos várias vezes, 
na ordem e na velocidade em que deverão 
aparecer no vídeo. O objetivo é que exista uma 
sincronia entre a narração e o que está sendo 
desenhado.
4. Depois de praticar bastante e perceber que 
tudo está sincronizado, utilize o elástico para 
fixar o celular ou a câmera no cabo da vassoura. 
Certifique-se de que esteja bem preso!
5. Coloque o cabo de vassoura sobre uma 
superfície mais alta (uma cadeira, carteira ou 
mesa, por exemplo) de modo que ele fique 
paralelo ao chão, para que seja possível filmá-lo. 
Utilize a sua mochila ou outro objeto como peso 
para deixar a vassoura bem estável e o celular 
fixado.6. Coloque as folhas de papel no chão, no foco 
da câmera. Acomode-se e, quando tudo estiver 
pronto, ligue a câmera, filme e se divirta!
Peshkova/Shutterstock
ATIVIDADE 3Não escreva no livro
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COMO FAZER UM VÍDEO USANDO FOTOGRAFIAS E TEXTO
1. Selecione fotos que mostrem você em 
diferentes momentos de sua vida.
2. Pensando em como será o vídeo e em que 
aspectos você deseja evidenciar, selecione as 
fotos que vai utilizar, organizando-as em ordem 
cronológica. 
3. Abra o programa de criação de apresentações 
gráficas em um computador e escolha uma 
apresentação de slides em branco.
4. No primeiro slide, escolha um fundo e um título 
para o seu projeto.
5. Adicione um novo slide e insira a primeira foto 
selecionada. No espaço do título, escreva uma 
frase sobre você que tenha relação com a foto 
em questão. 
6. Repita o procedimento com todas as fotos, 
seguindo o padrão de uma foto e uma frase por 
slide. 
7. Se necessário, ajuste as fotos ao espaço dos 
slides, tomando cuidado para não distorcê-las.
8. Utilizando a ferramenta de “transições”, decida 
que tipo de transição ocorrerá entre um slide e 
outro e quanto tempo cada slide ficará na tela. 
Se quiser, crie transições diferentes para cada 
slide.
9. Após finalizado, exporte seu arquivo em formato 
de vídeo!
Você vai precisar de:
 fotos em formato digital
 computador
 programa de criação de apresentações gráficas
ATIVIDADE 4
Antes de começar a organizar o Festival de Culturas Juvenis, também é importante conhecer o que 
a comunidade sabe e pensa a respeito das práticas e manifestações das quais você e/ou os colegas 
participam. Afinal, um dos objetivos do evento é divulgá-las, fazendo com que sejam conhecidas, 
respeitadas e valorizadas por todos. 
Para isso, você e os colegas vão fazer uma pesquisa para levantar indicadores das culturas juvenis 
do entorno. Os objetivos desse levantamento serão: verificar quais são as manifestações juvenis mais 
presentes no bairro e na comunidade e descobrir o que as pessoas gostariam de conhecer com mais 
profundidade no festival que vocês vão organizar.
Você está por dentro das políticas públicas destinadas à juventude no Brasil? Acesse o site da Secretaria 
Nacional da Juventude e conheça as iniciativas desenvolvidas em âmbito Federal, os marcos legais que 
regem essas ações e os estudos desenvolvidos com foco nessa área. Disponível em: https://www.gov.br/
mdh/pt-br/navegue-por-temas/juventude-1. Acesso em: 24 out. 2020. 
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https://www.gov.br/mdh/pt-br/navegue-por-temas/juventude-1
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