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FUNDAMENTOS DA ORIENTAÇÃO ESCOLAR FUNDAMENTOS DA ORIENTAÇÃO ESCOLAR DÚVIDAS E ORIENTAÇÕES editorafamart@famart.edu.br TUTORIA ONLINE Segunda a Sexta de 09:30 às 17:30 Acesse a aba Tutoria EaD em seu portal do aluno. SUMÁRIO 1 PANORAMA E FORMAÇÃO BÁSICA DO ORIENTADOR EDUCACIONAL 3 1.1 Aspectos Legais do Orientador Educacional no Contexto Educacional ........................................................................................................................... 3 1.2 A Orientação Educacional nos dias atuais .............................................. 6 2 ATIVIDADES DA FUNÇÃO ............................................................................ 8 2.1 Atividade existencial .................................................................................. 9 2.2 Atividade terapêutica ............................................................................... 11 2.3 Atividade de recuperação ........................................................................ 11 3.1 Objetivos da Orientação Educacional .................................................... 15 4 FUNÇÕES E ATRIBUIÇÕES DO ORIENTADOR EDUCACIONAL ............. 18 4.1 Educação Infantil ...................................................................................... 18 4.2 Ensino Fundamental ................................................................................ 19 4.3 Ensino Médio ............................................................................................ 20 4.4 Junto às famílias dos alunos .................................................................. 21 4.5 Junto aos alunos ...................................................................................... 22 4.6 Junto aos professores ............................................................................. 23 4.7 Atividades junto aos professores ........................................................... 24 5 ÉTICA PROFISSIONAL ................................................................................ 25 6 A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC) ............................... 28 7 A ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL E A APRENDIZAGEM DOS ESTUDANTES ................................................................................................. 30 ENCERRAMENTO ........................................................................................... 37 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 38 3 1 PANORAMA E FORMAÇÃO BÁSICA DO ORIENTADOR EDUCACIONAL No artigo 64 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB n. 9394/96 encontramos que a formação de profissionais de educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta formação, a base comum nacional. Em linhas gerais, o orientador educacional, o profissional que discutiremos nessa apostila é aquele que se preocupa com a formação pessoal de cada estudante, atuando na maioria das vezes no Ensino Médio. 1.1 Aspectos Legais do Orientador Educacional no Contexto Educacional Grinspun (2002) relata a origem da Orientação Educacional, a qual se iniciou com a Orientação Vocacional, nos Estados Unidos, em 1908, com um caráter de aconselhador que marca toda sua trajetória. Movimentos da época teriam feito eclodir tal prática no mundo todo, como os movimentos em prol da psicometria1, da revolução industrial, da saúde mental e das novas tendências pedagógicas. Já a preocupação com a organização escolar surgiu apenas em 1912, em Detroit, nos Estados Unidos, através de Jessé Davis, mas com a particularidade básica de acolher a problemática vocacional e social dos alunos de sua escola. No Brasil, segundo Grinspun (2002), a Orientação Educacional teve início em 1924, no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, também com a função de Orientação Vocacional. Já Nérici (1976) acredita que a primeira tentativa de Orientação Educacional no Brasil deve-se à Lourenço Filho, que quando diretor do Departamento de Educação do Estado de São Paulo, criou o “Serviço de Orientação Profissional e Educacional”, em 1931, o qual tinha como maior objetivo, guiar o indivíduo na escolha de seu lugar social pela profissão. Começaram a surgir, também, experiências isoladas nas escolas, nos moldes americanos e europeus, sendo a pioneira a de Aracy Muniz Freire e 4 Maria Junqueira Schimit, no Colégio Amaro Cavalcanti, no Rio de Janeiro, em 1934 (GRINSPUN, 2002, p. 18). Foi com as Leis Orgânicas de 1942, do ministro de Getúlio Vargas, Gustavo Capanema, que pela primeira vez se encontraram referências explicitas à Orientação Educacional. Sua função teria caráter corretivo e direcionado para o atendimento aos alunos problemas. Outra função seria a de velar para que os estudos e descanso do aluno ocorressem de acordo com as normas pedagógicas mais adequadas. Também teria o papel de esclarecer possíveis dúvidas dos alunos e orientar seus estudos para que sozinhos buscassem sua profissionalização. A profissão também seria regulamentada, tendo o Orientador Educacional que fazer um curso próprio de Orientação Educacional (GRINSPUN, 2002). Entretanto, nesta época, ainda o curso principal da Orientação Educacional seria o ensino técnico, em que ajudava na formação de uma mão de obra especializada e qualificada, assumindo caráter terapêutico, preventivo, psicometrista, identificando aptidões, dons e inclinações dos indivíduos. As origens da Orientação Educacional estão na Lei Orgânica do Ensino Industrial de 30 de janeiro de 1942 e no Decreto Lei nº 4244 de 04 de abril de 1942 que estabelece as diretrizes para a profissão como função de encaminhar os alunos nos estudos e na escolha da profissão, sempre em entendimento com sua família. Porém, em seu artigo 50, a Orientação Educacional é concebida como um processo de adaptação do sujeito ao meio visando os problemas dos alunos, seus desvios que perturbam a vida da escola (KROTH, 2008). Com o passar dos anos, o Orientador Educacional continuou a dirigir sua atenção ao aluno “irregular”, tendo que, “corrigir, encaminhar, isto é, adaptar o aluno a rotina da escola, ao invés de dirigir a sua ação ao processo integral de desenvolvimento da atividade educativa”. Desta forma, se efetivava as intenções do Decreto Lei nº 4073/42 que reduz as funções da Orientação Educacional às atividades isoladas do contexto da escola, reduzindo-a a um veículo escolar repudiado por alunos e professores. Em dezembro de 1968, em Brasília, foi aprovada a Lei nº 5564 que provê sobre o exercício da profissão do Orientador Educacional. A promulgação da Lei 5 em 21 de dezembro de 1968 significou um avanço na definição e profissionalização do Orientador Educacional. Até a década de 1970, em todo nosso país, a Orientação Educacional se apoiou num referencial basicamente psicológico reforçando a ideologia de aptidões. Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação n. 5692 de 1971, a Orientação Educacional assume um papel fundamental, sendo a área da Orientação Vocacional a mais privilegiada para atender aos objetivos de ensino da própria lei (GRINSPUN, 2002). Orientação Educacional passa a ser obrigatória no Ensino de 1º e 2º graus, para atender o objetivo de “qualificação para o trabalho” e de “sondagem de aptidões”. O artigo 10 refere-se: “Será instituída obrigatoriedade a Orientação Educacional nas escolas, incluindo Aconselhamento Vocacional, em cooperação com os professores, a família e a comunidade” (KROTH, 2008). A partir das determinações desta lei, a Orientação Educacional desenvolve a sua prática nas escolas, baseada no autoconhecimento,nas relações pessoais, sondagem de aptidões e interesses, informações sobre as profissões e mercado de trabalho. As técnicas de aconselhamento, entrevistas, aplicação de testes, inventário de interesses, sociogramas, atendimentos a problemas disciplinares pautam a ação cotidiana do Orientador Educacional. Portanto, em 26 de setembro de 1973, é assinado o Decreto nº 72.846 regulamentando a Lei nº 5.564/68 que provê sobre o exercício da profissão de Orientador Educacional (KROTH, 2008). Em 1973 é assinado o decreto n. 72.826 que define o objeto da orientação educacional ao educando. Na década de 1980, o orientador vai deixando as funções/denominações de atender alunos-problema, de psicólogo e facilitador de aprendizagem e vai com o tempo ostentando com mais autoridade técnica seu compromisso político com e na escola. A produção acadêmica na área da Orientação vai sendo ampliada numa dimensão mais crítica e questionadora; assim como os orientadores adotam uma função política comprometida com as causas sociais (GRINSPUN, 2002). 6 Na verdade, na década de 1980, os orientadores pensam e discutem muito sobre sua profissão e seu papel na educação, mas acabam ficando só no teórico, pois na prática o que se vê é o mesmo das décadas anteriores. 1.2 A Orientação Educacional nos dias atuais Para Grinspun (2002) atualmente, a orientação possui papel mediador junto aos demais educadores da escola, buscando assim o resgate de uma educação de qualidade nas escolas. Da ênfase ao individual de antes, passa-se, agora, a reforçar o aspecto coletivo, sem deixar de levar em conta que este é formado por pessoas com pensamentos e contextos sociais diferentes que as levam a pensar de maneira própria sobre as questões que lhes cercam, devendo ela chegar as realizações bem sucedidas. Essas novas mudanças começam a surgir no início da década de 1990, quando muitos acontecimentos permitem tal processo, passando a educação e a orientação a andarem juntas, sendo “os orientadores (...) os coadjuvantes na prática docente” (GRINSPUN, 2002, p. 27). Hoje o Orientador Educacional não atua mais por ser uma profissão que deva existir pela “obrigação”, pois na Lei 9394/96 não há a obrigatoriedade da Orientação, “mas por efetiva consciência profissional, o orientador tem espaço próprio junto aos demais protagonistas da escola para um trabalho pedagógico integrado, compreendendo criticamente as relações que se estabelecem no processo educacional” (GRINSPUN, 2002, p.28). A autora relata a importância da interdisciplinaridade dentro da escola, em que o trabalho de todos é realizado em conjunto, conectado, no qual todos buscam os melhores processos e resultados. A Orientação tem que servir para esse novo tempo, no qual a educação lida com o real e suas perspectivas. “O principal papel da Orientação será ajudar o aluno na formação de uma cidadania crítica, e a escola, na organização e realização de seu projeto pedagógico. Isso significa ajudar o aluno por inteiro‟: com utopias, desejos e paixões. (...) a Orientação trabalha na escola em favor da cidadania, não criando 7 um serviço de orientação para atender aos excluídos (...), mas para entendê-lo, através das relações que ocorrem (...) na instituição Escola” (GRINSPUN, 2002, p. 29). Cazela (2007) refletindo sobre a posição de Grinspun acredita que a Orientação está nomeada como fazendo parte da educação e por esse motivo deve pensar, hoje, nas dimensões sociais, culturais, políticas e econômicas na qual ela acontece. Por esse motivo, devem-se definir as tarefas de um orientador engajado com as transformações sociais, com a o momento histórico em que está inserido. 8 2 ATIVIDADES DA FUNÇÃO A orientação educacional, assim como a supervisão escolar, tem recebido enfoques variados. Tradicionalmente, o orientador educacional tem sido visto e tem-se visto como um profissional, cujo papel principal é atuar com os educandos. Assim é que a orientação é definida como “um método pelo qual o orientador educacional ajuda o aluno na escola a tomar consciência de seus valores e dificuldades, concretizando principalmente através do estudo, sua realização em todas as suas estruturas e em todos os planos de vida”. Em vista disso, o mesmo faz levantamentos de dados (sondagem de aptidões), realiza sessões de orientação e de aconselhamento e desempenha uma série de funções de maior ou menor importância, relacionadas com a concepção do atendimento ao educando (CARVALHO, 2009). Dentre todas essas atuações o aconselhamento tem sido considerado como a principal e mais importante. No entanto, a fundamentação, habilidade e eficácia de tal papel na escola tem sido largamente questionadas recentemente, em face de dificuldade de o orientador educacional demonstrar, objetivamente, que, dedicando grande parte do seu tempo contribui da melhor maneira possível para o atendimento da problemática do educando. Vejamos: Os modelos e técnicas de aconselhamento utilizado em orientação educacional desenvolveram-se originalmente no âmbito da psicoterapia, e implicitamente assumem a noção de que o indivíduo e não o ambiente em que faz parte é que deve modificar-se, pois é ele, indivíduo, e não o ambiente que está perturbado, doente ou com problemas. De fato, observam-se facilmente a transposição de tal concepção em posições assumidas pelo orientador educacional na escola, posições estas que correspondem a expectativas de pessoas que participam do processo educativo. Por exemplo, o aconselhamento é mais comumente utilizado em casos relacionados com indisciplina (Lück, 1979) e a prática frequente é do aluno ser encaminhado à orientação educacional com a expectativa implícita de que o mesmo seja modificado, corrigido. A suposição implícita é de que no aluno está a causa do problema. Tal procedimento não 9 reconhece que, muitas vezes, comportamento inadequado do educando são causados, dentre outros, por disfunções ambientais como, por exemplo, currículos e programas inadequados às suas necessidades e condições individuais, regulamentos inflexíveis, ou insensibilidade de professores e adultos em geral à individualidade do educando. Além da parcialidade com que vê a situação do aluno, tal posição assumida incorre em erro por chocar-se com os princípios do próprio aconselhamento quanto a aceitação e compreensão do educando. Os modelos e técnicas de aconselhamento desenvolveram-se principalmente mediante sua aplicação com clientes adultos e voluntários. A viabilidade de sua aplicação com outros tipos de população – na escola, a criança e o adolescente – geralmente não voluntários, necessita ser evidenciada empiricamente. 2.1 Atividade existencial A Orientação Educacional deverá atender educandos que precisam e querem orientação pessoal não apenas na vida escolar, mas na vida particular auxiliando em situações problemas, dúvidas, inseguranças e incertezas (CARVALHO, 2009). O aconselhamento individual e mesmo em grupo, como forma principal de atuação em orientação educacional, obriga a uma proporção relativamente pequena de alunos por orientador educacional. Idealmente esta proporção é de 450 alunos por orientador educacional nas escolas de Ensino Fundamental. Tal proporção, já considerada impraticável em países desenvolvidos como norma sistêmica, mais ainda é o entre nós, ainda mais considerando-se a crescente necessidade de expansão das redes públicas do ensino (CARVALHO, 2009). Numa escola com números elevados de alunos em proporção a orientadores educacionais, em que se adotem as funções de aconselhamento como forma principal de atuação, ocorre certamente o atendimento de uns poucos alunos, ficando a maioria deles sem receber os benefícios da orientação educacional. Mais ainda, pressionados pelo tempo limitado, dada a sobrecarga10 de alunos, tentará o orientador educacional a abreviar a duração e o número das sessões de aconselhamento com cada aluno e, inadvertidamente, o orientador poderá forçar um ajustamento prematuro e artificial. O atendimento individual ao educando, que vem caracterizando a orientação educacional, fundamenta-se no pressuposto de que os educandos têm necessidades especiais e que os professores não estão preparados ou não tem condições para atendê-las. Segundo esse enfoque o orientador educacional “presta serviços” na medida em que emergem as necessidades (LÜCK, 1978). Tal concepção de prestação de serviços e atendimento direto ao educando, de acordo com a emergência de necessidades psicoemocionais, parece ter gerado uma mudança na abrangência e sentido do papel do professor em relação ao aluno. Observa-se, por exemplo, que, quando o professor percebe que algum aluno seu tem dificuldades especiais, encaminha-o para o orientador educacional a quem transfere a responsabilidade de resolvê-las. Ora, o professor é figura central na formação do educando. É ele quem forma o aluno: o gosto ou desgosto da escola; a motivação ou não pelos estudos; o entendimento da significância ou insignificância das áreas e objetivos de estudo; a percepção de sua capacidade de aprender, de seu valor como pessoa, etc. Da qualidade do relacionamento interpessoal professor- aluno, de responsabilidade do primeiro, depende, dentre outras coisas, o ajustamento emocional do aluno em sala de aula e na escola. Portanto, não se concebe a eficácia de uma ação para sanas dificuldades dos alunos em sala de aula sem a participação do professor. Em vista dos problemas expostos, preconiza-se que o orientador educacional assuma funções de assistência ao professor, aos pais, às pessoas da escola com as quais os educandos mantêm contatos significativos, no sentido de estes se tornarem mais preparados para entender e atender às necessidades dos educandos, tanto com relação aos aspectos cognitivos e psicomotores, como aos afetivos (GRISPUN, 2006). 11 2.2 Atividade terapêutica Está voltada aos educandos com dificuldades de estudo ou de comportamento cujos casos precisam de uma assistência mais assídua e especializada antes de enviá-lo para serviços psicológicos especializados. (CARVALHO, 2009). 2.3 Atividade de recuperação Refere-se aos educandos que apresentam um déficit definido de aprendizagem e que precisa de recuperação. Esta atividade deve ser exercida em parceria com a Supervisão Escolar. A recuperação não tem somente o objetivo de levar o educando a alcançar certas notas, mas pesquisar junto aos educandos as causas que os levaram a este estado de desinteresse, desorganização, conflito, desajuste e mau funcionamento na escola dentre outros (CARVALHO, 2009). 12 3 PRINCÍPIOS E OBJETIVOS DA ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL A Orientação Educacional (OE) é um processo organizado e permanente que existe na escola. Ela busca a formação integral dos educandos (este processo é apreciado em todos seus aspectos, tido como capaz de aperfeiçoamento e realização), através de conhecimentos científicos e métodos técnicos. A OE é um sistema que se dá através da relação de ajuda entre Orientador, aluno e demais segmento da escola; resultado de uma relação entre pessoas, realizada de maneira organizada que acaba por despertar no educando oportunidades para amadurecer, fazer escolhas, autoconhecer e assumir responsabilidades (MARTINS, 1984). O objetivo da Orientação Educacional, segundo Fontoura (2008, p. 291) “[...] é exatamente o de ocupar-se com a personalidade do educando, ajudando- o a resolver seus próprios problemas psicológicos e morais, bem como a tomar uma posição ético-filosófica em face dos problemas no mundo e da sua comunidade”. Katz (1963 apud MARTINS, 1984) considera que é missão do Orientador Educacional levar o aluno a identificação dos valores intrínsecos e, a partir disto, ele estará apto a perceber e fazer suas escolhas. Uma das atribuições que o Orientador Educacional deveria assumir segundo Garcia (1994), é a identificação da filosofia educacional da escola, para poder esclarecer esta filosofia tanto para a equipe escolar, assim como para tentar associar forças para definir melhor o Projeto Pedagógico da Escola (PPE), buscar mudanças para melhor atender aos alunos e oferecer suporte para os educandos em seu desenvolvimento. O serviço de OE quando se volta para a investigação da situação- problema e a solução na prática, há um encontro entre o conhecimento científico e os resultados produzidos na sociedade, estes resultados irão constituir um novo conhecimento que influenciará a aprendizagem do educando, por meio da ideologia que lhe é transmitida, pelos métodos e técnicas utilizados pelo Orientador Educacional (GARCIA, 1994). 13 Garcia (1994, p. 47) faz uma ressalva sobre a prática transformadora da Orientação Educacional, onde diz: [...] a OE, enquanto prática transformadora busca o trabalho conjunto, em que todos os profissionais têm uma contribuição a oferecer em sua especificidade de ação [...]. Orientador Educacional é um especialista em relações e o Supervisor Educacional um especialista em metodologias, eles teriam uma ação comum na explicitação do currículo-oculto e na redefinição dos valores que a escola pretende passar, se esta se pretende participante do processo de democratização da sociedade. Ele deveria ver o educando em sua realidade biopsicosocial, com todo o respeito e consideração, a fim de que, a partir dessa realidade, se possa erigir uma personalidade ajustada, segura de si e compreensiva. Respeitar o educando em sua realidade, qualquer que seja ela, é princípio da Orientação Educacional, bem como: Realizar trabalho de orientação, sem criar dependências, mas orientar para a autoconfiança, independência, autonomia e cooperação. Em se querendo que o educando seja independente e respeitador, sensibilizá-lo para a necessidade de também respeitar os seus semelhantes. O trabalho de Orientação exige o maior número possível de informes a respeito do educando, o que deve ser diligenciado por todos os meios. Assistir todos os educandos, desde os mais aos menos carentes, bem como os que não revelarem carências. Dar ênfase aos aspectos preventivos do comportamento humano, uma vez que é muito mais fácil evitar um acidente do que se recuperar do mesmo. Este princípio guarda analogia com outro de natureza médica e que diz: “um grama de prevenção vale mais que uma tonelada de curas”. Assim, o ideal será a Orientação Educacional agir, preferencialmente, de maneira profilática do que curativa. Estabelecer um clima de confiança e respeito mútuo, incentivando a procura espontânea do Serviço de Orientação Educacional, logo 14 que a dificuldade ou uma dúvida surja na vida do educando, antes que a mesma tome vulto e desoriente. Procurar envolver todas as pessoas com o processo de educação, como diretor, professores, pais, serventes, etc., para que todos cooperem com a Orientação Educacional, no sentido de ajudá-la a melhor ajudar o educando. A Orientação Educacional deve ter muito cuidado em formular juízos a respeito do educando, não esquecendo que este é um ser em evolução, em marcha para a maturidade e que uma série de fatores pode estar influenciando- o para que ocorra o comportamento anormal que tem apresentado. A Orientação Educacional deve ser levada a efeito como um processo contínuo e não como ação esporádica dos momentos em que faltarem professores ou que surgirem dificuldades maiores. Deve ser trabalho planejado para todo o ano letivo, sem aquelas características de tapa-buraco. A Orientação Educacional tem de trabalhar em estreito entendimento com a direção. Jamais em sentidode subserviência ou petulância, mas em sentido de cooperação, compreensão e respeito mútuo (KROTH, 2008). A Orientação Educacional não deve se envolver em pequenas questões entre educandos e professores. Ocorrências conflitivas de pouca intensidade são, até certo ponto, naturais. Assim, problemas que não ultrapassem certos limites devem ser deixados para que os próprios professores os resolvam. A Orientação Educacional deve agir, também, como órgão de estudo e de pesquisa de medidas que levem à superação de dificuldades de natureza disciplinar, não devendo, porém nunca, funcionar como “órgão disciplinador”. Deve, sim, agir como órgão que leve todos a tomarem consciência do grave problema da disciplina, que está inutilizando o trabalho de muitas escolas. Ressaltar que a Orientação Educacional precisa dar muita atenção ao serviço de anotações, que deve ser o mais perfeito possível, a fim de que dados a respeito de um educando estejam sempre a mão e atualizados (KROTH, 2008). A Orientação Educacional deve estar aberta para a realidade comunitária, a fim de que o seu trabalho esteja articulado com o meio, para melhor ajudar o educando a integrar-se no mesmo. 15 A Orientação Educacional deve esforçar-se para criar na escola um clima de comunidade e sensibilizar a todos, quanto à necessidade de que cooperem em suas atividades, com entusiasmo, respeito e solidariedade (KROTH, 2008). A Orientação Educacional não deve esquecer-se de estimular ao máximo a iniciativa do educando, principalmente, através de atividades extraclasse, empenhando-o na realização com verdadeiro engajamento, que ajudará na explicitação de suas virtualidades, na conquista da autoconfiança e na revelação de suas capacidades de liderança. 3.1 Objetivos da Orientação Educacional Orientar o educando em seus estudos, a fim de que os mesmos sejam mais proveitosos e como complemento: ensiná-lo a estudar, pois sabemos que muitos alunos, em todos os níveis não sabem estudar, desperdiçam tempo e energia de maneira errada. Este objetivo é dos mais importantes e cuja efetivação deveria ter início no Ensino Fundamental e continuar por todos os níveis de ensino. Ensinando o educando a estudar em função do nível de ensino que estivesse cursando, pois muitos fracassos escolares são devido ao fato do educando não saber estudar, com desperdício de tempo e esforço, conduzindo, o educando a abandonar os estudos. Assim, é importante, que desde o início da escolaridade intelectual, a Orientação Educacional ensine o educando a estudar, através de sessões destinadas a todos os educandos de uma classe. Discriminar aptidões e aspirações do educando, a fim de melhor orientá- lo para a sua plena realização. Auxiliar o educando quanto ao seu autoconhecimento, à sua vida intelectual e à sua vida emocional. Orientar para o melhor ajustamento na escola, no lar e na vida social em geral. É fundamental a interação entre educando e professor, educando e seus colegas, bem como educando e sua família. É importante, também, que o educando saiba manter um comportamento adequado nas 16 atividades fora da escola e do lar. Formar o cidadão que alimente dentro de si um sentimento de fraternidade universal, capaz de fazê-lo sentir-se irmão, companheiro e amigo de seu semelhante em todas as circunstâncias da vida. Trabalhar para a obtenção de um melhor cidadão, por parte do educando, para que este seja um membro integrado, dinâmico e renovador no seio da sociedade. Enfim, desenvolver ação para que se obtenha o cidadão consciente, eficiente e responsável. Levar a efeito melhor entrosamento entre escola e educando, com benefícios compensadores quanto à disciplina, formação do cidadão e rendimento escolar. Prestar assistência ao educando nas dificuldades em seus estudos ou relacionamento com professores, colegas, pais ou demais pessoas. Levar cada educando a explicar e desenvolver suas virtualidades. Prevenir o educando com relação a possíveis desajustes sociais, que sempre estão eclodindo na sociedade, como fruto de uma dinâmica negativa de desagregação social. Possibilitar aos professores melhor conhecimento dos educandos, oferecendo, assim, maiores probabilidades de entrosamento positivo entre ambos e mais adequada ação didática por parte dos professores, a fim de ser obtido maior rendimento escolar. Sensibilizar, de forma crescente, professores, administradores e demais pessoas que trabalham na escola, para que queiram melhorar suas perspectivas atuações, visando à melhor formação do educando. Realizar trabalho de aproximação da escola com a comunidade, a fim de proporcionar ao educando maiores oportunidades de conhecimento do meio e desenvolvimento comportamental de cidadão participante. Favorecer a educação religiosa, com suas perspectivas transcendentais, mas desvinculada do compromisso sócio-ideológico. Trazer a família para cooperar de maneira mais esclarecida, eficiente 17 e positivista na vida do educando. Proporcionar vivências que sensibilize o educando para os valores que se deseja incorporar no seu comportamento. Trabalhar para instaurar na escola um ambiente de alegria, satisfação e confiança para que se estabeleça um clima descontraído, evitando os temores, frustrações e humilhações. Incentivar práticas de higiene física e mental, procurando conscientizar o educando em relação à importância e valor da saúde, que pode ser cuidada e preservada individualmente, educando por educando. Desenvolver admiração e respeito pela natureza, evitando depredá-la em quaisquer de seus aspectos: paisagem, fauna e flora. Desenvolver atividades de lazer, podendo, algumas delas, em caso de necessidade, transformar-se em atividades profissionais. Neste particular, orientar o emprego adequado e higiênico de horas de folga. Trabalhar para uma adequada formação moral do educando, imbuindo- o de valores éticos necessários para uma vida digna, humana e coerente, em que o respeito ao próximo deve ser o motivo principal. Favorecer a educação social e cívica do educando, sensibilizando-o para a cooperação social e deveres comunitários. Neste particular, incentivá-lo para a melhoria da estrutura e funcionamento da vida social, sem a marca de destruição, alertando-o, pois em relação a certos movimentos de fundo comunitário que pregam, em nome do bem, o ódio, a morte, a violência e a destruição (KROTH, 2008). 18 4 FUNÇÕES E ATRIBUIÇÕES DO ORIENTADOR EDUCACIONAL Segundo pesquisas realizadas pela Revista Nova Escola (2003) na instituição escolar, o orientador educacional é um dos profissionais da equipe de gestão. Ele trabalha diretamente com os alunos, ajudando-os em seu desenvolvimento pessoal; em parceria com os professores, para compreender o comportamento dos estudantes e agir de maneira adequada em relação a eles; com a escola, na organização e realização da proposta pedagógica; e com a comunidade, orientando, ouvindo e dialogando com pais e responsáveis. Em relação ao aluno, contribui no seu desenvolvimento pessoal. Aos professores e escola de maneira geral, ajuda a organizar e realizar a sua proposta pedagógica e com o professor, trabalha em parceria para compreender o comportamento dos alunos e agir de maneira adequada em relação a eles. Ouve, dialoga e dá orientações (NOVA ESCOLA, 2003). A Orientação Educacional é entendida como um processo dinâmico, contínuo e sistemático, estando integrada em todo o currículo escolar sempre encarando o aluno como um ser global que deve desenvolver-se harmoniosa e equilibradamente em todos os aspectos: intelectual, físico, social, moral, estético, político, educacional e vocacional. 4.1 Educação Infantil A Orientação Educacional na Pré-Escola é muito importante no contextoescolar pelo papel que exerce junto à comunidade escolar. Oportuniza a visão criativa do profissional, na conscientização dos pais no dever de participar ativamente nas atividades escolares. Desperta nos educadores, pais e professores, a necessidade da observação em todos os momentos da vida da criança. Sugere programa de ação integrada entre pais, professores, orientadores educacionais que fortaleça a responsabilidade de todos na ação conjunta da educação (PROCAMPUS, 2010). 19 Fonte: https://escolaemmovimento.com.br/blog/como-deve-ser-a-comunicacao-escolar-com- pais-e-alunos-na-educacao-infantil/ 4.2 Ensino Fundamental A Orientação Educacional no Ensino Fundamental tem duas tarefas distintas a executar. São elas: uma correspondente aos anos iniciais (1º ao 5º ano) e a outra, aos anos finais (6º ao 9º ano). As atribuições do Orientador Educacional no Ensino Fundamental são: Desenvolver junto ao educando, crianças que são, um trabalho de adaptação dos mesmos no ambiente escolar; Desenvolver nos educandos, atitudes de otimismo e admiração com o mundo que os cerca; Propiciar atividades que favoreça a socialização, a confiança em si e nos outros, a iniciativa e a criatividade dos educandos; Deve dirigir as vistas dos educandos para os horizontes do mundo, para que descubram, com encanto, o próximo, em movimento de distanciamento dos dois centros que são o lar e a escola; Habituá-los a viver e a conviver no ambiente escolar para que no mesmo se ajustem e melhor revejam suas potencialidades, a fim de melhor serem atendidos e orientados; 20 Observar os educandos quanto às suas peculiaridades de comportamento e temperamento, com a cooperação dos professores; Nos últimos anos do Ensino Fundamental, o Orientador deve dedicar- se com mais afinco à exploração e desenvolvimento das aptidões e preferências do educando. Vê-se, então, a necessidade de se intensificar o funcionamento das atividades extraclasses, bem como as oportunidades de visitas, excursões e estágios, para que aptidões e preferências tenham mais oportunidades de se manifestarem e se desenvolverem; Revelar profissionalmente, o mundo do trabalho, uma vez que o educando, deva fazer a opção de curso profissionalizante; Cuidados que fazem necessários como a educação sexual e a formação moral, pois existe o advento da crise pubertária e o despertar do espírito crítico (PROCAMPUS, 2010). 4.3 Ensino Médio O Ensino Médio tem por objetivo proporcionar ao educando a formação necessária ao desenvolvimento de suas potencialidades com elementos de auto- realização, preparação para o trabalho e o exercício consciente da cidadania. Preocupa-se em esclarecer quanto à formação profissional, além, da incumbência de melhor orientar o jovem numa formação profissional. Tem a preocupação de orientar quanto às aptidões, tipos de profissões para os níveis técnicos ou universitários. As atribuições do Orientador Educacional no Ensino Médio são: Realizar serviço integrado com o Serviço de Supervisão Escolar, visando o acompanhamento do rendimento escolar do aluno; Participar dos Conselhos de Classe dando aconselhamento psicopedagógico oferecendo e coletando informações; Propor atividades que favoreçam as relações interpessoais, aluno x 21 professor e aluno x aluno e demais elementos da escola; Participar da elaboração do Plano do SOE e do Plano da Escola; Participar do critério para a constituição de turmas; Selecionar atividades e desenvolvê-las atendendo as necessidades dos alunos para melhor conhecimento de si e do grupo; Participar da compatibilização do Regimento Interno com a Legislação e Diretrizes propostas pelo currículo; Participar das atividades de sondagem para a elaboração do diagnóstico da população escolar e da comunidade; Participar da avaliação interna da Escola e do Serviço; Manter atualizado o dossiê do aluno; Assistir ao aluno individualmente ou em grupo em sessões programadas e sistemáticas; Programar e coordenar atividades de informação profissional, envolvendo professores, família e comunidade; Promover e/ou participar de reuniões e/ou sessões de estudo com professores; Manter-se informado sobre as necessidades do mercado de trabalho; Participar e acompanhar a execução de projetos e atividades especiais desenvolvidas na escola, oriundos de órgãos superiores; Manter-se atualizado em assuntos educacionais (PROCAMPUS, 2010). 4.4 Junto às famílias dos alunos Falamos várias vezes da importância do contato e manutenção de uma boa relação do orientador com as famílias. Pois bem, junto a elas o OE pode: Entrevistar os pais para troca de dados e informações acerca do aluno; Propiciar aos pais o conhecimento de características do processo de desenvolvimento psicológico da criança, bem como de suas necessidades 22 e condicionamentos sociais; Refletir com os pais o desempenho dos seus filhos na escola e fornecer as observações sobre a integração social do aluno na escola, verificando variáveis externas que estejam interferindo no comportamento do aluno, para estudar diretrizes comuns a serem adotadas; Orientar a família por meio de reuniões individuais com os pais, em pequenos grupos e nas reuniões bimestrais programadas constantes do Calendário Escolar. Alguns objetivos específicos relacionados aos pais seriam: Oferecer às famílias subsídios que as orientem e as façam compreender os princípios subjacentes à tarefa de educar os filhos, para maior autorrealização dos mesmos; Garantir o nível de informações a respeito da vida escolar dos alunos; Interpretar e encaminhar dúvidas, questionamentos. Promover entrevistas solicitadas pelas famílias e pela escola; Promover palestras junto ao serviço de supervisão e Colegiado Escolar (denominado também de APM – Associação de Pais e Mestres) (PROCAMPUS, 2010). 4.5 Junto aos alunos Nos objetivos voltados para os alunos podemos incluir: Realização de sessões de orientação com cada turma/ano/série, previamente agendadas em calendário, onde o O.E estará propondo temas (textos, trabalhos em grupo, vídeo, informática, debates, atividades extraclasse, etc.) que vão ao encontro dos objetivos propostos e às necessidades e interesses da faixa etária a ser trabalhada; 23 Realização de reuniões com representantes de classe e/ou comissões; Participação dos eventos da escola (atividades extraclasse, jogos, festa junina, encontros, viagens, etc.); Realização de atendimentos individuais e/ou pequenos grupos; Atendimentos individuais, sempre que for necessário para análise e reflexão dos problemas encontrados em situações de classe, recreios, desempenho escolar, pontualidade, cuidado com material de uso comum, relacionamento com os colegas de classes e outros alunos do colégio, respeito aos professores e funcionários; Atendimentos grupais sempre que for necessário para reflexão de problemas citados acima ocorridos em situações de grupo. Esclarecer quanto a regras e sanar dúvidas no que diz respeito ao cumprimento das normas do colégio. 4.6 Junto aos professores Objetivos específicos relacionados aos professores: Assessorar o professor no acompanhamento e compreensão de sua turma; Integrar-se às diversas disciplinas visando o desenvolvimento de um trabalho comum e a formulação das habilidades didático-pedagógicas a serem desenvolvidas com os alunos; Garantir a continuidade do trabalho; Avaliar e encaminhar as relações entre os alunos e a escola; Assessorar o professor na classificação de problemas relacionados com os alunos,colegas etc.; Desenvolver uma ação integrada com a coordenação pedagógica e os professores visando a melhoriado rendimento escolar, por meio da 24 aquisição de bons hábitos de estudo. 4.7 Atividades junto aos professores Divulgação do perfil das classes; Organização de arquivos e fichas cumulativas; Proposição de estratégias comuns entre os professores, coordenação e orientação; Análise junto a coordenação dos planejamentos das diversas disciplinas; Realização de atendimentos individuais e/ou grupo nas reuniões de curso para receber ou fornecer informações necessárias dos alunos; Realização de atendimentos individuais na O.E para fornecer ou receber informações necessárias dos alunos; Análise e avaliação dos resultados quantitativos e qualitativos dos alunos, das classes junto à coordenação para posterior encaminhamentos; Participação nas reuniões de curso; Participação na preparação e realização dos Conselhos de classe; Participação nos eventos da escola; Organização e participação junto à coordenação das atividades extracurriculares (PROCAMPUS, 2010). 25 5 ÉTICA PROFISSIONAL O trabalho de um orientador educacional reveste-se de grande importância, complexidade e responsabilidade e, para que seja realizado a contento, exige-se muito desse profissional, não só em termos de formação, de atualização constante e de características de personalidade como também de comportamento ético (CARVALHO, 2009). Fonte: https://blog.maxieduca.com.br/etica-profissional/ Em 1979 o governo publicou no Diário Oficial da União (DOU) um código de ética elaborado especificamente para o Orientador Educacional e como todo profissional, ele deve ter sua atuação pautada por princípios éticos. O comportamento ético em relação às informações sobre alunos, funcionários, e pessoas da comunidade, é um dos principais aspectos a serem considerados. Como a interação do Orientador Educacional com os orientados se caracteriza pelo seu caráter de relação de ajuda, tanto o aluno pode expor, espontaneamente, fatos ou situações de cunho pessoal ou familiar, como o Orientador pode necessitar fazer indagações sobre a problemática em questão. Esses dados, por serem de fato sigiloso ou confidencial, não devem ser alvo de 26 comentários com outras pessoas, quaisquer que sejam as circunstâncias. Esse cuidado é de vital importância porque a condição básica para o estabelecimento de uma relação de ajuda eficiente é a confiança (CARVALHO, 2009; BRASIL, 1979) O sigilo das informações constantes dos prontuários dos alunos deve ser igualmente preservado. Assim, questionários preenchidos com dados mais íntimos sobre o aluno e seus familiares; resultados de entrevistas e de testes e opiniões de professores sobre determinado aluno devem ser mantidos fora do alcance de pessoas que, propositada ou equidistante, possam procurar acirrar os ânimos, mas, sempre que possível, acalmar as partes, buscando o entendimento entre elas, negociando soluções que, ao contentar à todos, restabeleçam o necessário equilíbrio (CARVALHO, 2009). O mesmo comportamento ético deve ser observado quando alguns motivos como buscam os status, de poder ou de prestígio, acabem se manifestando e envolvendo os profissionais em disputas ou tramas pessoais. Nessas ocasiões, informações verdadeiras ou não podem ser usadas indevidamente para prestigiar ou prejudicar uns e promover ou favorecer outros. É importante, ainda, ressaltar, além do comportamento profissional, alguns aspectos éticos de sua conduta pessoal, pois, devido a multiplicidade de interações que estabelece com as pessoas, que queira, quer não, ela acaba por tornar uma figura muito exposta, conhecida e visada, na escola e na comunidade. Ressalte-se, também que, ao interagir com pessoas de diferentes faixas etárias, “status” e nível sócio-econômico-cultural, o comportamento do profissional estará sendo observado, podendo até vir a servir de “modelo” para alguns, o que vem aumentar uma conduta ética irrepreensível. Na instituição escolar, como um todo, dado a natureza do processo educativo, é importante que sejam observados princípios éticos e, em particular na área de 27 Orientação Educacional é imprescindível que tais preceitos sejam rigorosamente seguidos. Os grupos sobrevivem quando estabelecem trocas com a coletividade num intercâmbio que leva ao mútuo enriquecimento. Assim o grupo constitui e consolida um código que lhe assegure a unidade. Todos os profissionais vivem esta dinâmica. Os direitos, os deveres, os privilégios os congregam, emprestam rigidez aos laços de união, reforçam os caracteres comuns. Pela formação de uma consciência profissional, pontos falhos poderão ser sanados e pouco a pouco teremos uma classe mais respeitada, conceituada e consolidada. 28 6 A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC) A BNCC é um documento que está em alinhamento com o Plano Nacional de Educação (PNE) e normatiza um conjunto de ações que deverão ser adotadas de forma sistematizada, contínua e gradual com o objetivo de desenvolver aprendizagens essenciais que todos os alunos deverão desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica, de modo a que tenham assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento (BRASIL, 2020). A aplicação da BNCC é exclusiva para a educação escolar, trata-se de uma definição legal preconizada pelo artigo § 1º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) - Lei nº 9.394/1996 (BRASIL, 1996). Fonte: https://apdz.com.br/o-que-e-bncc-para-que-serve-e-como-aplica-la/ As regulamentações possuem embasamento em princípios éticos, políticos e estéticos voltados a uma formação integral que vise a formação de uma sociedade justa, democrática e inclusiva em consonância com os fundamentos presentes nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica (DCN) (BRASIL, 2013). 29 As recomendações presentes na BNCC serão aplicadas em escolas Federais, Estaduais, do Distrito Federal e Municípios e contém informações referentes à formação de professores, à avaliação, à elaboração de conteúdos educacionais e aos critérios para a oferta de infraestrutura adequada para o pleno desenvolvimento da educação (BRASIL, 2020). Os fundamentos pedagógicos da BNCC estão firmados em dois principais focos: o desenvolvimento de competências e o compromisso com a educação integral. Para o desenvolvimento de competências é importante indicar o que os alunos devem “saber” (conhecimentos, habilidades, atitudes e valores) e o que devem “saber fazer” que compreende mobilizar o que se sabe para revolver demandas complexas da vida cotidiana. Por sua vez, o compromisso com a educação integral inclui a definição de: o que aprender, para que aprender, como ensinar, como promover redes de aprendizagem colaborativa e como avaliar o aprendizado (BRASIL, 2020). A Educação Básica está organizada em três principais etapas: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Em se tratando especificamente da Educação Infantil três principais grupos podem ser destacados: 1) os bebês (0 a 1 ano a 6 meses); 2) as crianças bem pequenas de 1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses) e 3) as crianças pequenas de 4 anos a 5 anos e 11 meses). Para esses grupos os dois eixos estruturantes são as interações e as brincadeiras (BRASIL, 2020). Na Educação Infantil pode-se destacar os Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento e os Campos de Experiência. Com relação aos Direitos de Aprendizagem e desenvolvimento seis principais direitos são assegurados: conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se. E com relação aos campos de experiências se pode citar cinco campos 1) O eu, o outro e o nós; 2) corpo, gestose movimentos; 3) Traços, sons, cores e formas; 4) Escuta, fala, pensamento e imaginação; 5) Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações (BRASIL, 2020). 30 7 A ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL E A APRENDIZAGEM DOS ESTUDANTES Como um membro da equipe gestora escolar o papel do orientador educacional, em síntese é estabelecer um elo entre professores, estudantes e comunidade escolar. Desempenhando trabalhos relacionado ao desenvolvimento pessoal dos estudantes no que se refere a intermediação de conflitos. Sua atuação também tem sido direcionada para a ajuda dos educadores na relação, compreensão e desenvolvimento de ações adequadas para estudantes com dificuldade de aprendizagem. Da mesma forma atua na organização e realização da proposta pedagógica da escola e com a comunidade, orientando, ouvindo e dialogando com pais e responsáveis. Para Carvalho (2010), o trabalho do orientador educacional é importante, complexo e de grande responsabilidade, pois exige formação,atualização profissional continua e comportamento ético, uma vez que todo orientador também é um educador. A habilidade para negociar e prever ações, identificação de problemas e sua adequada solução fazem parte da ação diária do serviço de orientação escolar. Isso se faz na convivência com os estudantes, educadores e conhecimento dos espaços da escola. Nesse contexto, o estabelecimento de um processo de confiança, comunitário e acolhedor são imprescindíveis para a prevenção de relações e dinâmicas negativas no aspecto pessoal e pedagógico que podem afetar o ambiente escolar e a consequente aprendizagem dos estudantes. Todo esse processo sistematizado corresponde à relação de colaboração entre o orientador e os outros segmentos da escola que culmina no amadurecimento e no senso crítico do estudante, e a consequente capa cidade na hora de fazer escolhas e assumir responsabilidades. De acordo com Carvalho (1979), para que haja possibilidade de atuação da orientação na escola, é preciso que as necessidades, interesses e capacidades dos segmentos envolvidos no processo ensino e aprendizagem, sejam claramente conhecidos. 31 O orientador educacional deve ser acima de tudo um facilitador na resolução de problemas que afetam o processo ensino aprendizagem do estudante, auxiliando, orientando e mediando a sua relação de convívio com o meio. Para Pontes (2019) mesmo com todo avanço tecnológico da informação, percebe - se que uma das grandes causas do fracasso no processo ensino e aprendizagem é a aversão dos educadores em alterar sua prática pedagógica no propósito de potencializar o aprendizado dos Educandos em sala de aula. As articulações do orientador educacional na escola especial pública junto a alunos com deficiência intelectual A atuação do Orientador Educacional na escola estudada transcende os muros da instituição, pois sua ação junto às famílias dos alunos é fundamental. Há especificidades únicas em famílias de alunos com deficiência intelectual. Famílias não esperam uma criança com deficiência, há anseios e inseguranças que implicam num conjunto de atitudes afetivas que não favorecem o desenvolvimento da criança. Segundo a Orientadora Educacional, a escola especial tem de lidar com diversas situações como: frustração, tristeza, falta de preparo, negligência, infantilização e até superproteção, e transformar isso em incentivo à reflexão, proporcionando ao aluno e à família um envolvimento afetivo emocional equilibrado. É neste contexto que a ação do Orientador Educacional na escola especial é tão importante e significativa junto às famílias. Fonte: https://blog.estantemagica.com.br/orientador-educacional-na-escola/> 32 Embasados pelos estudos e literaturas deste curso podemos dizer que: O cotidiano pedagógico do orientador é tecido por múltiplas relações que se constroem no espaço escolar e através do contato escola-mundo. Os movimentos que ocorrem na educação propõem desafios urgentes quanto à ressignificação de conceitos, valores, olhares e vivências, para permitir o diálogo com o outro; aluno, família. (UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES. Praticas pedagógicas do orientador educacional, p. 21). Os pais e familiares, segundo relato da Orientadora Educacional observada, são orientados para rotinas de higiene corporal, construção de limites, convívio social, manejos, estimulação e mobilidade. Neste aspecto, o apoio do Orientador Educacional atinge diretamente as famílias, transcendendo apenas a atuação junto a alunos. Segundo ABET (2005) citado por CAMPOS (2012):Quando o meio estrutural e a família são bem estruturados, ele oferece melhores condições para resolver problemas existentes. Todos ganham, e assim concluímos que existe a necessidade de um projeto que estabeleça um vínculo entre educação e humanização, e dê especial atenção ao funcionamento familiar e as suas necessidades. (CAMPOS. 2012, p. 41).Neste particular é imprescindível envolver os pais no processo de inclusão, pois são estes que conhecem as necessidades de seus filhos, mesmo sem terem formação técnica. É preciso ouvi-los e articular junto à família formas significativas de intervenção: Nesta perspectiva, a Orientação Educacional tem como intuito o desenvolvimento de um trabalho de acompanhamento e assessoria aos alunos, às famílias, aos professores, tendo como objetivo nesta práxis a reflexão, o diálogo, a troca de informações, a escuta e o cuidado, além de abordar os temas transversais. (UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES. Praticas pedagógicas do orientador educacional, p. 21). Em vista da prática específica da Orientadora Educacional na escola especial estudada há como sistematizar algumas de suas práticas, desde a possível entrada de novos alunos até sua formatura. Em se tratando de alunos com deficiência intelectual e as características específicas das famílias destes, há uma rotina e organização já estruturada e muito criteriosa ao receber um novo aluno. O primeiro passo é dado pelas 33 próprias famílias que buscam a instituição ao perceberem algo de “diferente” em seu filho (a), ou chegam através de transferência de escola municipal de ensino regular. A escola recebe esta família que vem direto à instituição e efetiva um cadastro do aluno com todo o tipo de dados pertinente à condição especial deste. Após, a família aguarda a vaga por ordem de inscrição no cadastro, sendo chamada quando houver vaga disponível, seja por evasão, transferência, avanço de ciclo ou conclusão do ensino fundamental. (Orientadora Educacional da Escola). Segundo a Orientadora Educacional da escola, com a vaga em aberto se dá o próximo passo, que é uma entrevista com a família deste aluno, onde são buscadas informações da rotina familiar, diagnóstico ou não da criança, vida pregressa, meios de funcionamento e características particulares. Em nova etapa, tendo sido o aluno matriculado na escola, há o período de adaptação, no qual não há um tempo definido para sua efetivação, pois cada caso tem suas particularidades e desafios. O aluno pode ter o número de horas e de dias reduzido; ou pode ter o número de horas reduzido, mantendo sua presença na escola nos cinco dias da semana; bem como pode permanecer por mais tempo na escola, mas não em todos os dias. Ainda no processo de adaptação, ou mesmo de acompanhamento periódico, a Orientadora Educacional acompanha as famílias em consultas médicas com alunos e familiares, quando necessário. Segundo a Orientadora, algumas famílias têm dificuldade em expressar a individualidade de seu filho, ou compreender o diagnóstico. Também aponta que o relato claro e preciso da escola, perante a algum comportamento do aluno, é de melhor inteligibilidade da parte médica, seja neurologista, psiquiatra,fonoaudiólogo ou psicólogo. Na Escola estudada a Orientadora elenca o termo “interconsultas” para designar a prática acima descrita. Em relação ao manejo dos pais com os filhos, a Orientadora relata que em muitos casos há a infantilização prolongada do aluno. Ela exemplifica com uma dinâmica realizada na escola somente com pais e familiares. A dinâmica ocorreu da seguinte forma: Em uma caixa foram colocadas diversas situações 34 de comportamentos infantilizados de alunos adolescentes e adultos; cada familiar retirava desta caixa uma frase ou situação que resumia atitude infantil de aluno, como por exemplo: alunos maiores de quinze anos trazerem brinquedos de casa, escondidos na mochila, ou o aluno fazer “birra”, sapateando e se jogando no chão e chorando quando lhe é dito um “Não”, etc… A Orientadora Educacional observou que vários pais se identificavam e viam seus filhos nesta situação, e para cada situação destas a Orientadora conversava, sugeria e proporcionava troca de experiências entre as próprias famílias de como lidar com certos comportamentos e inclusive a construção de limites, pois mesmo que os alunos sejam pessoas com deficiência podem sim ter comportamento adequado a determinadas situações, sendo que os pais devem construir limites com seus filhos, sem medo da condição especial do aluno, respeitando a condição intelectual individual de cada um. A Orientadora Educacional atua como forma de aconselhar e acompanhar as famílias, levando-as a pensar sobre determinada situação, problema ou dificuldade, respeitando as individualidades. Segundo (GIANCAGLIA, PENTEADO, 2009): Nestas situações de aconselhamento o orientador deve compreender que as famílias e a comunidade dos aconselhados possuem seus próprios valores e não só transmitem como também fazem com que seus valores atuem como normas orientadoras de conduta aos seus membros. (GIANCAGLIA, PENTEADO. 2009, p. 13): A atuação da Orientadora Educacional fora dos limites da escola engloba também toda uma articulação da unidade de ensino com entidades de assistência social de Porto Alegre. Há alguns casos graves, como negligência e abusos em que se faz necessário o apoio de outras instituições como: Conselho Tutelar, Postos de Saúde, Assistência Social, CREAS (Centro de Referência de Assistência Social, CRES (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), ATAR (Assessoria Técnica de Articulação em Rede) e Ação Rua. Quando se chega a este ponto, toda a rede de apoio problematiza e faz os encaminhamentos legais e necessários, além do acompanhamento mais criterioso e focado no caso de cada aluno individualmente. Esta articulação da 35 Orientadora da escola se evidencia e se efetiva em prol da criança, Ela é o elo entre aluno, família, professores, escola e instituições de assistência social. No tocante ao desenvolvimento global do aluno, a Orientadora Educacional da escola tem buscado junto a outras instituições (públicas e privadas) o atendimento especializado para diversos casos. A Escola encaminha a diversas instituições como: clinicas de fonoaudiologia, fisioterapia, psicoterapia, natação, tênis e equoterapia. Há também a busca e o encaminhamento de Alunos para outras entidades, também públicas e privadas, que atendem pessoas com deficiência intelectual, pois, após a “formatura” deste aluno, aos 21 (vinte e um) anos, eles saem da Escola. Na promoção de ações inclusivas que dizem respeito ao trabalho, a Orientadora Educacional divide responsabilidades e acompanhamentos juntamente com a professora do Programa de Trabalho Educativo (PTE). Este programa procura abrir e ocupar vagas destinadas a Pessoas Com Deficiência Intelectual. O aluno é preparado na escola, em um primeiro momento, com ênfase na sua possível independência, como: deslocamento autônomo, identificação de ônibus e placas, comportamento e habilidades necessárias ao trabalho. Atualmente, a escola ocupa vagas em secretarias e órgãos governamentais. A atuação da Orientadora Educacional se estende por toda a vida escolar do aluno, e culmina na “formatura” do ensino fundamental do mesmo. Esta última ação, voltada a alunos formandos aos 21 (vinte e um) anos, tem uma dedicação muito especial da Orientadora Educacional. A mesma busca junto às famílias mensagens de carinho e incentivo aos alunos, fortalecendo o vínculo familiar; a Orientadora Educacional busca também, junto às famílias e professores, um conjunto de fotografias de toda a vida escolar deste aluno, sendo apresentada a sua trajetória para toda a comunidade escolar na solenidade de formatura. O centro e razão de ser da escola é o aluno. A escola orbita ao redor dele. A sua organização visa incondicionalmente à criação de condições e de situações favoráveis ao educando e o seu pleno desenvolvimento. Na promoção destes objetivos uma das funções mais importantes é a do Orientador Educacional. Suas práticas resultam em impacto positivo no 36 educando, pois influem na imagem que os alunos com deficiência intelectual têm da escola, do mundo e de si mesmos. Com isso, a articulação do Orientador Educacional em Escola Especial deve ser galgada de toda atenção, atitudes, habilidades e conhecimento, para que este Orientador possa ser protagonista e promover uma educação formal relevante às Pessoas com Deficiência Intelectual. (FLORES, 2019) 37 ENCERRAMENTO Parabéns por ter concluído os estudos desta matéria da sua especialização! A Editora Famart e seus parceiros (a) conteudistas, prepararam esta apostila baseando-se em temas e discussões relativas à esta disciplina. Reunimos conteúdos de autores e pesquisadores que são referência na temática apresentada, concebendo um compilado desta abordagem de forma didática visando melhor aproveitamento no seu processo de conhecimento e aprendizagem. Na presente apostila, foram utilizados materiais que estão devidamente referenciados ao final em conjunto com as demais referências de todas as citações, viabilizando, desta forma, a identificação e eventual consulta às fontes. Busque materiais auxiliares de estudo para que possam agregar ainda mais no seu conhecimento. Dúvidas, elogios, questionamentos ou orientações quanto ao conteúdo estudado, disponibilizamos para esta finalidade a opção de abertura de requerimento através de sua área de estudo. Nossos tutores estarão disponíveis para te atender! 38 REFERÊNCIAS ALMEIDA, Daniela. O mediador da escola. Revista Nova Escola, n. 220, mar/2009. ALVES, Nilda, GARCIA, Regina L. O fazer e o pensar dos supervisores e orientadores educacionais. São Paulo: Edições Loyola, 1991. ARANHA, M. L. A. Filosofia da Educação. 2 ed. São Paulo: Moderna, 1996. ARIÈS, P. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: LTC, 1981. BRASIL. Decreto nº 72.846 de 26 de setembro de 1973. BRASIL. 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