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EsPCEx 2024 
AULA 13 
Leitura e Interpretação de textos 
Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
Sumário 
 
1. Apresentação da aula 13 ....................................................................................................... 3 
 
2. Textos jornalísticos ............................................................................................................... 4 
3. Textos teóricos ...................................................................................................................... 10 
4. Textos não-verbais .............................................................................................................. 11 
5. Textos literários .................................................................................................................... 16 
6. Intertextualidade ................................................................................................................ 24 
 
7. Lista de exercícios ............................................................................................................... 34 
Exercícios ............................................................................................................................... 34 
7.1 Gabarito ........................................................................................................................ 100 
7.2 Exercícios comentados ................................................................................................ 101 
 
8. Considerações finais ......................................................................................................... 167 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
1. Apresentação da aula 13 
 
Fala, meus gigantes! Tudo bem? 
Chegamos à nossa última aula e eu, sinceramente, espero muito ter contribuído com a 
sua caminhada até aqui. Certamente você percebeu o quanto é difícil o caminho do empenho 
e da dedicação, mas eu te convido a olhar o quanto ele é recompensador também, o quanto 
ter estudado com objetivos bem traçados vai fazer com que você realize os seus melhores 
sonhos. 
Então, vamos lá fechar nosso ciclo por aqui. 
Em nossa aula de hoje, vamos ler bastante, ok?! Mas será muito necessário, para que 
garanta os acertos nas questões de compreensão e interpretação de textos que, com certeza, 
estarão presentes em sua prova. 
 
 
Vamos juntos?! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ras de 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
2. Textos jornalísticos 
 
O que é exatamente o jornalismo? E o que é um texto jornalístico? 
 O jornalismo se baseia na ideia de informar. É uma atividade que se realiza de 
maneira periódica regular, podendo ser diária, semanal, mensal ou até anual. O 
jornalismo é difundido através dos meios de comunicação de massa. 
 
Blog X Meios de comunicação de massa 
 Com o avanço da comunicação na internet, muitas vezes esses dois 
conceitos se misturam. Lembre-se da diferença entre eles: 
Blog: Espécie de diário online em que o autor escreve sua opinião livremente 
sobre qualquer assunto desejado. São criados por blogueiros com o objetivo 
de opinar, sem necessidade de fundamentar com dados ou depoimentos. 
Meio de comunicação de massa: Podem ser mídias impressas, audiovisuais 
ou digitais. Possuem técnicas específicas para a produção de seus textos. São 
alimentados por jornalistas com o objetivo de informar de maneira 
fundamentada. 
Portanto, o jornalismo lida com dados factuais e a divulgação desses dados. É uma 
atividade comunicativa que deve levar em conta a pertinência dos fatos: o que vale a pena 
ser divulgado, para quem e por que razão? Talvez não interesse para ao Brasil a construção 
de uma nova linha de metrô em Tóquio, mas certamente interessa saber que haverá uma 
extensão no prazo de entrega do Imposto de Renda. Por isso, o jornalista deve selecionar o 
que dizer. Como vimos acima, há a possibilidade de haver jornalismo em diversos meios: 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
 
 Aqui nos interessa analisar com maior profundidade a mídia impressa e a mídia 
digital, pois vamos tratar de textos jornalísticos verbais. 
FAKE NEWS? 
O termo “fake news” (notícias falsas, em inglês) se tornou muito conhecido nos últimos 
tempos. A primeira vez que apareceu com força foi nas eleições americanas de 2016, entre 
Donald Trump e Hillary Clinton, em que os candidatos se acusaram mutuamente de 
produzir notícias falsas com o objetivo deliberado de prejudicar a campanha um do outro. 
Essencialmente, uma notícia falsa é redigida com o objetivo de legitimar uma ideia ou 
deslegitimar algo/alguém. As principais características sobre as fake News são: 
 
1) Seu alto poder de persuasão, independente do grau de escolaridade ou classe social do 
leitor; e 
2) Seu grande poder viral, já que são fortemente ligadas à comunicação e difusão de 
informações na internet, sendo principalmente divulgadas em redes sociais. 
 
Essas são justamente as características que diferem as fake news das informações falsas 
criadas por escritores ao longo da história: por serem fortemente ligadas à internet, as fake 
news se espalham rapidamente e são de difícil apuração. A origem das informações fica 
difusa, o que torna mais difícil checar as fontes ou dados que poderiam corroborá-las. 
Por isso, é muito importante que você seja capaz de fazer uma leitura crítica daquilo que 
é veiculado nas mídias digitais. 
O tema é certamente muito relevante para o contemporâneo. Em 2016, o Dicionário da 
Oxford elegeu “pós-verdade” como a palavra do ano. 
 
É um tema que certamente pode ser útil para a sua redação, tanto como texto 
motivador quando como argumentos. Não deixe de familiarizar-se com o assunto. 
 
Mídia impressa: jornais, revistas, folhetos, panfletos, tablóides, etc. 
Mídia audiovisual: televisão, rádio, cinema, vídeo, etc. 
Mídia digital: internet. 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
A IFLA bolou um infográfico para ajudar a identificar notícias falsas: 
 
 
1.1 Gêneros 
Um texto jornalístico pode se direcionar a público diversos e possuir objetivos muito 
diferentes. Além disso, pode ser produzindo em diferentes formatos. Pode-se classificar um 
texto jornalístico em três gêneros: informativo, interpretativo e opinativo. 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
Informativo 
 Um texto informativo é aquele que se costuma pensar quando se fala em jornalismo. 
Ele trabalha sobre aquilo que é a base do texto jornalístico: a informação. Seu objetivo é 
informar sem emitir juízo de valor. São exemplos de textos jornalísticos informativos: 
 
Entrevista
• Texto que envolve perguntas e respostas, entre um entrevistador (quem pergunta) e um 
entrevistado (quem responde).
• Costuma mesclar uma linguagem mais formal com uma mais informal, já que conta com 
as marcas da oralidade (de quando a entrevista foi feita presencialmente).
• É apresentado na forma do discurso direto. 
Nota
• Texto muito curto, que passa apenas as informações mais básicas, sem aprofundamento. 
• Geralmente não contam com declarações de envolvidos. 
• Podem falar sobre eventos passados que tiveram menor relevância ou sobre fatos que 
ainda estão em curso e, portanto, ainda não se tem informação suficiente para escrever 
nada al´m de uma nota. 
Notícia
• Texto jornalístico cuja pauta se baseia em fatos ocorridos no momento presente, ou seja, 
fala sobre eventos que influenciam diretamente na data da publicação. É factual: não 
procura causas e consequências do evento relatado. 
• São textos curtose simples, sem grandes análises ou aprofundamento na opinião do 
jornalista/veículo de comunicação. Podem contar com citações dos envolvidos, no 
entanto. 
• Devem ser apurados rapidamente e publicados enquanto ainda possuem relevância 
para o tempo presente. 
Release
• Também conhecido como comunicado de imprensa (ou press release). 
• É um texto feito para comunicar algo importante à própria imprensa.
• É usado comumente pelos órgão públicos ou empresas, podendo contar com 
informações práticas, como horários de abertura, valores, e-mails e telefones para 
contato, etc. 
 
 
 
 
 
 
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Interpretativo 
Um texto interpretativo trabalha com a análise. Seu objetivo é se aprofundar em algum 
assunto e analisa-lo, buscando cobrir hipóteses de causa e consequência, dados de diversas 
fontes e leituras críticas do tema, podendo emitir opinião sobre o objeto tratado. Podem 
ser mais longos e mais complexos, dependendo da quantidade de informação levantada para 
cobrir a análise. São exemplos de textos jornalísticos interpretativos: 
 
 
Opinativo 
Um texto optativo trabalha com a visão do autor. É permitido nesse tipo de texto criticar 
ou elogiar algo, alguém, uma situação, evento, entre outros. Há duas questões essenciais no 
texto opinativo: a autoria, ou seja, de quem é a opinião transmitida; e o ângulo, ou seja, a 
perspectiva de tempo, lugar de publicação e referência que motiva a escrita. Esses dois 
elementos é que dão sentido a um texto de opinião. Esses são os tipos mais importantes: 
Crítica / Resenha
•Análise interpretativa de algum objeto, comumente associada a produtos culturais ou artísticos. 
•Exige aprofundamento no tema, buscando informações externas a ele e emissão de juízo de valor. 
•Permite informalidade na escrita. 
Reportagem
•Aprofundamento da notícia: além de informar, interpreta o fato citado. 
•Pode ou não se referir a um fato do tempo presente, ou seja, não se prende à cobertura dos fatos, mas sim à 
sua análise. 
•Maior extensão e multiplicidade de fontes. 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
 
 
 
Noticiar quem foi o candidato vencedor da última eleição, é informativo. 
Elogiar ou criticar o candidato eleito, é opinativo. 
Analisar as causas que levaram à eleição de um candidato e quais os impactos dessa 
eleição, é interpretativo. 
 
 Você precisa ter sempre em mente essa divisão dos gêneros do texto jornalístico, pois 
você deve ser capaz de identificar quando um texto tem por objetivo informar sobre um 
assunto ou opinar sobre um assunto. 
Artigo
•Texto opinativo, normalmente escrito por colaboradores eventuais ou jornalistas convidados.
•Muitas vezes é chamado de artigo de opinião (e tende a aparecer nas provas). 
•Sua redação é bastante semelhante à de um texto dissertativo, contando com introdução, 
desenvolvimento e conclusão. 
Crônica
•Texto que equilibra referências a fatos corriqueiros ou eventos que se deram no presente, elaborações 
filosóficas ou metafóricas e, muitas vezes, elementos narrativos. 
•É um tipo bastante popular no Brasil desde o século XIX. 
•É escrita em linguagem informal e despretenciosa, gerand aproximação com o público. 
Editorial
•Textos que costumam aparecer no início das edições, expondo o posicionamento do jornal e da equipe 
de jornalistas. 
•Por vezes, pode vir intitulado como "Carta ao leitor" ou "Carta do editor".
•São textos normalmente curtos e sintéticos, por vezes apresentando um resumo dos textos da edição. 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
 Não é só porque você leu um texto jornalístico em algum veículo que ele se torna 
automaticamente isento de opinião. 
 
3. Textos teóricos 
Quando falamos em ciências, a maioria dos alunos pensa automaticamente em 
biológicas ou exatas. O que muitos alunos esquecem, porém, é que as humanidades 
também são ciências. Mas como nasce uma ciência? 
Quando estudamos, na disciplina de História, o período da formação, da consolidação 
e da propagação das ideias renascentistas e Iluministas (séculos XVII e XVIII), por exemplo, 
vemos que as Ciências ligadas ao conhecimento da natureza - como Matemática, Química, 
Física e Biologia- são resultado de experimentos e de observações que passaram a 
questionar explicações religiosas para o mundo, entre outras visões consideradas 
dogmáticas. 
Nessa linha, podemos dizer que a crítica científica nasce a partir de um 
questionamento a uma realidade dada e, muitas vezes, estabelecida como senso comum. 
Em muitos sentidos, essas Ciências da Natureza nasceram da tensão, na vida social, entre 
conservar o mundo tal como ele era ou revolucioná-lo. 
Assim, juntamente com as discussões no campo do pensamento (questionamento de 
dogmas e do senso comum), podemos afirmar que elementos contextuais (contexto 
histórico), próprios de uma época histórica, também contribuem para o surgimento das 
Ciências. Há uma relação entre as ideias em seu tempo histórico e os acontecimentos 
históricos que ajudam a formar e a reformular as próprias ideias. 
 
São, portanto, as ciências: 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
 
 
 
4. Textos não-verbais 
Na hora da prova, os alunos costumam se confundir com imagens por duas razões: não 
saber como interpretar um texto não verbal e não possuir repertório para interpretar. A 
parte de ensinar a interpretar a imagem, eu garanto! O repertório, porém, depende de nós 
dois. Nessa aula, eu vou indicar alguns assuntos e conhecimentos que podem ajudar na hora 
da prova, mas é muito importante que você tenha a mente aberta para as imagens! O 
método mais simples que encontrei até hoje para ensinar como interpretar imagens consiste 
em: 
Ciências Biológicas
• Utilizam da 
experimentação tanto no 
micro quanto no macro, 
estudando os seres vivos 
e o meio ambiente. 
• Estudam o ser vivo como 
um todo, partes de seu 
corpo e suas funções. 
• Algumas áreas de 
atuação: biologia, 
educação física, farmácia, 
medicina, veterinária e 
zoologia. 
Ciências Exatas
• Utilizam da matemática e 
do raciocínio lógico para 
testar e formular 
hipóteses ou resolver 
problemas.
• Geralmente, estão 
bastante ligadas a 
cálculos e números.
• Algumas áreas de 
atuação: computação, 
engenharias, estatística, 
física, matemática e 
química.
Ciências Humanas
• Utilizam estudos 
estatísticos, relatos da 
sociedade e análise de 
experiências passadas 
para formular hipóteses e 
compreender os 
problemas sociais. 
• Têm o homem como 
principal objeto de 
estudo, tanto indivíduo 
quanto sociedade.
• Algumasáreas de 
atuação: administração, 
antropologia, direito, 
economia, filosofia, 
história, pedagogia e 
sociologia.
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
 
 
 
 
Tirinhas, cartuns, tiras, quadrinhos... são todos nomes para o mesmo tipo de texto. As 
tirinhas são composições que misturam texto e imagem, normalmente numa sucessão de 
quadros. É uma linguagem com a qual a maioria de nós está habituado, portanto, se torna 
mais fácil compreender e interpretar. 
Normalmente há dois tipos de questão que podem envolver tirinhas: 
• Questões de gramática, a partir dos textos das tirinhas; e 
• Questões de interpretação de texto, que exigem a união entre textos verbais e não 
verbais para compreender a mensagem. 
Veja um exemplo de questão de interpretação de texto literário: 
Examine a tira do cartunista Andre Dahmer. 
 
1- Identificar:
- Qual é o tipo de 
imagem que estamos 
vendo? (publicidade, 
quadro, charge etc.?) 
- Quais as técnicas 
empregadas nessa 
imagem?(fotografia, 
pintura, escultura etc?)
- Observar cores, 
traços, formas etc. 
2 - Analisar:
- O que compõe essa 
imagem? 
- Há textos que 
complementama 
imagem? 
- Observar quais são os 
elementos mais 
destacados e se há 
detalhes menos óbvios. 
3 - Contextualizar:
- Qual foi o momento 
histórico da procução 
dessa imagem?
- Com que objetivo essa 
imagem foi criada e 
onde ela foi veiculada 
ou exposta?
- Buscar informações 
nas legendas!
Signos presentes na imagem em si. Signos externos. 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
(Disponível em < https://twitter.com/depositodetiras/status/1304403051323719682> Acesso em 24 jul. 
2020 
 
Na tira, a ideia de signos é entendida pelo interlocutor da personagem em dúvida 
como 
a) ilustre 
b) excêntrica 
c) corriqueira 
d) relativa 
e) relevante 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois ainda que seja uma informação relevante, não 
se pode dizer que ela seja notável ou admirada. 
A alternativa B está incorreta, pois se ele considerasse essa ideia excêntrica ele 
sequer consideraria a possibilidade de revelar ou não para a cliente. 
A alternativa C está incorreta, pois não é porque a questão importa que ela seja 
algo cotidiano. Se fosse algo cotidiano seu colega não teria dúvidas sobre o 
assunto. 
A alternativa D está incorreta, pois o que é relativo é se o outro deve ou não contar 
seu signo, mas a importância do signo não é questionada. 
A alternativa E está correta, pois ao questionar seu colega qual o seu signo para 
decidir se deve ou não informar à cliente, o interlocutor indica que o signo tem 
muita relevância. Ele importa o suficiente para se decidir se deve ser revelado ou 
não. 
Gabarito: E 
 
 Além disso, as charges também são comuns nas provas. São ilustrações cujo objetivo é 
satirizar alguém ou alguma situação. Muitas vezes, as charges apresentam caricaturas das 
personagens retratadas, para tornar a situação ainda mais irônica. 
 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
 
 
A charge costuma conter críticas de cunho político-social e falar sobre acontecimentos 
da atualidade. Por isso, para compreender bem uma charge é preciso estar a par dos 
acontecimentos recentes. É, portanto, uma narrativa efêmera: retrata acontecimentos 
contemporâneos, notícias. 
As charges costumam contar com algumas estratégias: 
➢ Dão mais valor ao poder das imagens do que das palavras, ou seja, as charges 
costumam ter mais textos não verbais do que verbais. 
➢ Lidam com a sátira, a exposição ao ridículo, principalmente a partir do exagero. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tirinha
Na maior parte das vezes, critica 
situações corriqueiras ou 
comportamentos sociais.
Charge
Na maior parte das vezes, critica 
situações e eventos bem situados 
no tempo e no espaço. É ligada a 
atualidades. 
caricaturas: desenhos de pessoas 
da vida real com traços exagerados. 
O objetivo da caricatura é tornar 
cômica a personagem retratada, 
muitas vezes tornando mais 
evidentes seus traços menos 
elogiosos. 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
 Veja um exemplo de questão que envolve a comparação entre um texto verbal e um 
texto não verbal: 
TEXTO I 
Não cante vitória muito cedo, não 
Nem leve flores para a cova do inimigo 
Que as lágrimas do jovem 
São fortes como um segredo 
Podem fazer renascer um mal antigo, sim, o sim 
 
Tudo poderia ter mudado, sim 
Pelo trabalho que fizemos, tu e eu 
Mas o dinheiro é cruel 
E um vento forte levou os amigos 
Para longe das conversas, dos cafés e dos abrigos 
E nossa esperança de jovens não aconteceu 
E nossa esperança de jovens não aconteceu, não, não 
(Não leve flores, Belchior) 
 
TEXTO II 
 
Disponível em <https://twitter.com/LaerteCoutinho1/status/1036946489992523776> Acesso em 11 out. 
2020 
 
Considerando a relação entre os textos I e II, conclui-se que a charge 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
a) reafirma a possibilidade expressa no texto I de que somente através da ação se 
promovem mudanças. 
b) indica que só se é possível promover as mudanças desejadas no texto I com 
investimento em pesquisa. 
 
c) recupera o tema da canção, personificando o dilema do texto I a partir da figura 
de dinossauros. 
d) evidencia uma prática cultural brasileira de apenas acreditar na possibilidade 
de mudanças quando se é jovem. 
 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois o texto I indica que a mudança nem sempre é 
bem-sucedida, independentemente de quanto trabalho colocamos nisso ou 
esforço. 
A alternativa B está incorreta, pois a charge apenas compara a persistência dos 
hábitos e práticas do passado personificadas na figura do dinossauro. Não aponta 
para possíveis caminhos para a resolução desse dilema. 
A alternativa C está correta, pois o texto I fala sobre a possibilidade de que não 
seja possível a realização de mudanças, pois o “mal antigo” sempre pode renascer. 
A charge mostra que o passado e o futuro não são tão diferentes assim, indicando 
que aquilo que tratávamos como acabado, extinto – como os dinossauros – pode 
ainda estar vivo. 
A alternativa D está incorreta, pois não há nada na charge que aponte para uma 
maior preocupação dos jovens em relação a mudanças. 
Gabarito: C 
5. Textos literários 
 
Pode-se dizer que uma obra literária pode ser interpretada segundo dois aspectos: 
forma e conteúdo. Quanto à forma, convém dividir os textos literários em prosa e poesia. 
Prosa 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
 A prosa é o texto escrito em parágrafos. É um texto escrito sem necessariamente 
considerar divisões rítmicas ou sonoras. Ela pode ser dividida em dois grandes grupos: 
narrativa e demonstrativa. 
Prosa narrativa: textos históricos ou de ficção que se proponham a narrar fatos e 
acontecimentos. 
 Leia este trecho do conto “Pai contra mãe”, de Machado de Assis: 
 
“Cândido Neves, — em família, Candinho, — é a pessoa a quem se liga a história de 
uma fuga, cedeu à pobreza, quando adquiriu o ofício de pegar escravos fugidos. 
Tinha um defeito grave esse homem, não aguentava emprego nem ofício, carecia 
de estabilidade; é o que ele chamava caiporismo. Começou por querer aprender 
tipografia, mas viu cedo que era preciso algum tempo para compor bem, e ainda 
assim talvez não ganhasse o bastante; foi o que ele disse a si mesmo. O comércio 
chamou-lhe a atenção, era carreira boa. Com algum esforço entrou de caixeiro para 
um armarinho. A obrigação, porém, de atender e servir a todos feria-o na corda do 
orgulho, e ao cabo de cinco ou seis semanas estava na rua por sua vontade. Fiel de 
cartório, contínuo de uma repartição anexa ao Ministério do Império, carteiro e 
outros empregos foram deixados pouco depois de obtidos. 
Quando veio a paixão da moça Clara, não tinha ele mais que dívidas, ainda que 
poucas, porque morava com um primo, entalhador de ofício. Depois de várias 
tentativas para obter emprego, resolveu adotar o ofício do primo, de que aliás já 
tomara algumas lições. Não lhe custou apanhar outras, mas, querendo aprender 
depressa, aprendeu mal. Não fazia obras finas nem complicadas, apenas garras 
para sofás e relevos comuns para cadeiras. Queria ter em que trabalhar quando 
casasse, e o casamento não se demorou muito.” 
 
Prosa demonstrativa: textos ligados à oratória (como discursos) e didáticos (ensaios, 
tratados, diálogos, etc.). 
Leia este trecho do discurso proferido por Machado de Assis na ocasião da inauguração 
da estátua em homenagem a José de Alencar: 
“Hoje, senhores, assistimos ao início de outro monumento, este agora de vida, 
destinado a dar à cidade, à pátria e ao mundo a imagem daquele que um dia 
acompanhamos ao cemitério. Volveram anos; volveram coisas; mas a consciência 
humana diz-nos que, no meio das obras e dos tempos fugidios, subsiste a flor da 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
poesia, ao passo que a consciência nacional nos mostra na pessoa do grande 
escritor o robusto e vivaz representante da literatura brasileira.“ 
 Na literatura, a preocupação está na prosa narrativa, de ficção. A chamada prosa 
literária é uma das mais importantes para o estudo dos vestibulares. Nela se encontram os 
contos, as novelas e os romances: 
 
 
Sobre o ritmo do texto em prosa, a principal questão a se analisar é a paragrafação. Cada 
tipo de texto pede um modo de organização de parágrafos. Em textos dissertativos, por 
exemplo, tende-se a dividir os parágrafos por assuntos. Na prosa literária a organização não 
se dá necessariamente assim. Os autores trabalham a construção dos parágrafos de acordo 
com seu estilo pessoal e com o momento da narração. Pode-se dividir os parágrafos de acordo 
com seu tamanho ou conteúdo: 
➢ Tamanho: 
Curtos: 
Se focam apenas nas informações mais importantes, descritas de maneira sucinta. 
Textos infantis, por exemplo, costumam contar com esse tipo de parágrafo. 
Ex.: 
“André, o bom Andrezinho, menino querido e estimado por todos que o conheciam, 
achava-se desesperado, banhado em lágrimas, aflito, porque sabia que o seu 
extremoso pai estava nos paroxismos finais da vida” (Histórias da Avozinha, 
Figueiredo Pimentel) 
Médios: 
Prosa literária
Conto: 
Histórias curtas, com apenas 
um conflito e poucas 
personagens. 
Novela:
Histórias de tamanho 
intermediário, com diversos 
conflitos que se seguem e 
muitas personagens. 
Romance:
História mais longa, com um 
conflito central e outros 
secundários que ocorrem em 
paralelo, complementando-se. 
As personagens podem 
aparecer e desaparecer. 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
Apresenta as ideias com maior profundidade, sem cair na prolixidade. São 
compostos, normalmente, por mais de um período. É uma estrutura que prende 
mais facilmente a atenção do leitor. 
Ex.: 
“Isaura era filha de uma linda mulata, que fora por muito tempo a mucama favorita 
e a criada fiel da esposa do comendador. Este, que como homem libidinoso e sem 
escrúpulos olhava as escravas como um serralho à sua disposição, lançou olhos 
cobiçosos e ardentes de lascívia sobre a gentil mucama. Por muito tempo resistiu 
ela às suas brutais solicitações; mas por fim teve de ceder às ameaças e violências. 
Tão torpe e bárbaro procedimento não pôde por muito tempo ficar oculto aos olhos 
de sua virtuosa esposa, que com isso concebeu mortal desgosto.” (A escrava Isaura, 
Bernardo Guimarães). 
Longos: 
Alguns autores utilizam parágrafos longos para descrever minuciosamente alguma 
situação ou personagem. Outros autores formam períodos muito longos, com 
muitos conectivos, como escolha estética, podendo assumir diversos significados. 
Neste exemplo, o parágrafo é tão extenso que chega a ser o capítulo como um todo. 
Ex.: 
“Quando o testamento foi aberto, Rubião quase caiu para trás. Adivinhais por quê. 
Era nomeado herdeiro universal do testador. Não cinco, nem dez, nem vinte contos, 
mas tudo, o capital inteiro, especificados os bens, casas na Corte, uma em 
Barbacena, escravos, apólices, ações do Banco do Brasil e de outras instituições, 
joias, dinheiro amoedado, livros, — tudo finalmente passava às mãos do Rubião, sem 
desvios, sem deixas a nenhuma pessoa, nem esmolas, nem dívidas. Uma só 
condição havia no testamento, a de guardar o herdeiro consigo o seu pobre 
cachorro Quincas Borba, nome que lhe deu por motivo da grande afeição que lhe 
tinha. Exigia do dito Rubião que o tratasse como se fosse a ele próprio testador, 
nada poupando em seu benefício, resguardando-o de moléstias, de fugas, de roubo 
ou de morte que lhe quisessem dar por maldade; cuidar finalmente como se cão 
não fosse, mas pessoa humana. Item, impunha-lhe a condição, quando morresse o 
cachorro, de lhe dar sepultura decente em terreno próprio, que cobriria de flores e 
plantas cheirosas; e mais desenterraria os ossos do dito cachorro, quando fosse 
tempo idôneo, e os recolheria a uma urna de madeira preciosa para depositá-los no 
lugar mais honrado da casa.” (Quincas Borba, Machado de Assis) 
 
 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
➢ Conteúdo: 
Descritivos: Parágrafos com muitos adjetivos, cujo objetivo é detalhar algum 
personagem, local ou situação. 
 
Ex.: 
“É uma sala em quadro, toda ela de uma alvura deslumbrante, que realçavam o azul 
celeste do tapete de riço recamado de estrelas e a bela cor de ouro das cortinas e 
do estofo dos móveis. A um lado duas estatuetas de bronze dourado representando 
o amor e a castidade, sustentam uma cúpula oval de forma ligeira, donde se 
desdobram até o pavimento, bambolins de cassa finíssima.” (Senhora, José de 
Alencar) 
Dissertativos: Parágrafos que apresentam ideias e as defendem por meio de 
argumentos. 
 
Ex.: 
“Não há morte. O encontro de duas expansões, ou a expansão de duas formas, pode 
determinar a supressão de uma delas; mas, rigorosamente, não há morte, há vida, 
porque a supressão de uma é a condição da sobrevivência da outra, e a destruição 
não atinge o princípio universal e comum. Daí o caráter conservador e benéfico da 
guerra. Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas 
chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a 
montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em abundância; mas, se as duas 
tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se 
suficientemente e morrem de inanição. A paz nesse caso, é a destruição; a guerra é 
a conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí a alegria 
da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos 
das ações bélicas. Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a 
dar-se, pelo motivo real de que o homem só comemora e ama o que lhe é aprazível 
ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação 
que virtualmente a destrói. Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as 
batatas.” (Quincas Borba, Machado de Assis) 
Narrativos: Parágrafos que efetivamente contam as ações das personagens e suas 
repercussões na história. 
 
Ex.: 
“A coisa se deu assim. Depois do meu telegrama (lembram-se: o telegrama em que 
recusei duzentos mil-réis àquele pirata), a Gazeta entrou a difamar-me. A princípio 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
foram mofinas cheias de rodeios, com muito vinagre, em seguida o ataque tornou-
se claro e saíram dois artigos furiosos em que o nome mais doce que o Brito me 
chamava era assassino. Quando li essa infâmia, armei-me de um rebenque e desci 
à cidade.” (São Bernardo, Graciliano Ramos) 
 
Poesia 
 Antes de entrar na estrutura da poesia em si, vamos observar os gêneros literários em 
que se divide a poesia. 
Gêneros 
 Os gêneros poéticos, também chamados de gêneros literários são divididos em 
três, de acordo com suas estruturas formais e de conteúdo: lírica, épica e dramática. 
 
• Poemas que falam sobre os sentimentos e estados de espírito, direcionados 
diretamente ao leitor. 
• As emoções e opiniões do eu-lírico são bastante evidentes. 
• Engloba a poesia satírica, ou seja, aquela que promove sentimentos de 
escárnio. 
Gênero lírico
• Poemas em que são narrados grandes feitos heroicos, reais ou mitológicos. 
• Os relatos são grandiosos e extensos, contando com muitas estrofes.
• Ilíada e Odisseia (Homero) e Os Lusíadas (Luís de Camões) são os poemas 
épicos mais conhecidos. 
Gênero épico
• Na poesia dramática não há a figura de um narrador, ou seja, as personagens 
são responsáveis por contar a própria história.
• Pode apresentar traços tanto épicos quanto líricos em seu conteúdo, porém 
sua característica mais marcante é não ter narrador.• É percursora do texto teatral. 
Gênero dramático
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
 A poesia é um texto estruturado em versos, ou seja, em linhas encadeadas normalmente 
de tamanho pequeno. A poesia se preocupa a estética, combinando sons e significados das 
palavras com organizações sintáticas não necessariamente preocupadas com a norma culta. 
Quanto à poesia, para interpretá-la é preciso prestar a atenção em: estrutura, métrica, 
composições e gêneros. 
 
Estrutura da poesia 
 Vamos partir do poema “Mar Português”, de Fernando Pessoa: 
Ó mar salgado, quanto do teu sal 
São lágrimas de Portugal! 
Por te cruzarmos, quantas mães choraram, 
Quantos filhos em vão rezaram! 
Quantas noivas ficaram por casar 
Para que fosses nosso, ó mar! 
 
Valeu a pena? Tudo vale a pena 
Se a alma não é pequena. 
Quem quer passar além do Bojador 
Tem que passar além da dor. 
Deus ao mar o perigo e o abismo deu, 
Mas nele é que espelhou o céu. 
 
Estes são os elementos básicos de um poema: 
• Verso: cada uma das linhas do poema. Pode ter regularidade de tamanho ou não. 
“Ó mar salgado, quanto do teu sal” 
 
• Estrofe: conjunto de versos, que pode se estruturar de maneira regular ou não. Cada 
linha pulada no poema representa uma mudança de estrofe 
“Ó mar salgado, quanto do teu sal 
São lágrimas de Portugal! 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
Por te cruzarmos, quantas mães choraram, 
Quantos filhos em vão rezaram! 
Quantas noivas ficaram por casar 
Para que fosses nosso, ó mar!” 
• Rima: repetição fonética que ocorre em um intervalo. Identifica-se, principalmente, 
pelo som das últimas palavras dos versos. 
“Valeu a pena? Tudo vale a pena 
Se a alma não é pequena. 
Quem quer passar além do Bojador 
Tem que passar além da dor. 
Deus ao mar o perigo e o abismo deu, 
Mas nele é que espelhou o céu.” 
ATENÇÃO: os esquemas de rimas costumam ser representados por letras, em que cada 
letra corresponde a um som. Assim, na estrofe transcrita acima, o esquema de rimas seria 
AABBCC, em que A = “ena”, B = “dor” e C = “eu”. 
• Eu lírico ou voz lírica ou sujeito lírico: a pessoa que se expressa no poema. Não 
confunda com o próprio poeta. Enquanto artista, um poeta pode falar sobre diversos 
assuntos e com diversos pontos de vista. Veja, por exemplo, dois poemas de 
heterônimos* de Fernando Pessoa: 
Álvaro de Campos 
 
“Acordar da cidade de Lisboa, mais 
tarde do 
 [que as outras, 
Acordar da Rua do Ouro, 
Acordar do Rocio, às portas dos cafés, 
Acordar 
E no meio de tudo a gare, que nunca 
dorme, 
Alberto Caeiro 
 
“O meu olhar azul como o céu 
É calmo como a água ao sol. 
É assim, azul e calmo, 
Porque não interroga nem se espanta” 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
Como um coração que tem que pulsar 
através 
 [da vigília e do sono.” 
*heterônimos: são autores fictícios, com personalidade e estilo próprios. Um mesmo 
poeta pode assumir diferentes personalidades e ter diversos heterônimos e cada um escrever 
de uma maneira. 
 Percebe-se aqui que quando assume a postura de Álvaro de Campos, o poeta escreve 
sobre a cidade, a velocidade e as questões da vida urbana. Quando escreve como Alberto 
Caeiro, fala sobre o campo, a natureza e a paz do campo. Apesar de ser o mesmo autor, o 
sujeito lírico de cada um dos poemas é diferente. 
 
6. Intertextualidade 
 
Intertextualidade explícita 
 Observe essa imagem: 
 
Ela faz referência explícita à famosa 
capa do álbum Abbey Road (1969), dos 
Beatles. Essa fotografia já foi recriada por 
diversos artistas e com diversos 
personagens. Aqui, colocamos alguns 
autores de língua portuguesa no lugar dos 
integrantes da banda. Temos, da esquerda 
para a direita, Clarice Lispector, Fernando 
Pessoa, Machado de Assis e Carlos 
Drummond de Andrade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
 
 
Intertextualidade implícita 
 Observe a comparação entre esses dois poemas: 
Com licença poética 
(Adélia Prado) 
 
Quando nasci um anjo esbelto, 
desses que tocam trombeta, anunciou: 
vai carregar bandeira. 
Cargo muito pesado pra mulher, 
esta espécie ainda envergonhada. 
Aceito os subterfúgios que me cabem, 
sem precisar mentir. 
Não tão feia que não possa casar, 
acho o Rio de Janeiro uma beleza e 
ora sim, ora não, creio em parto sem dor. 
Mas, o que sinto escrevo. Cumpro a sina. 
Inauguro linhagens, fundo reinos 
— dor não é amargura. 
Minha tristeza não tem pedigree, 
já a minha vontade de alegria, 
sua raiz vai ao meu mil avô. 
Vai ser coxo na vida, é maldição pra homem. 
 
Mulher é desdobrável. Eu sou. 
Poema de Sete Faces 
(Carlos Drummond de Andrade) 
 
Quando nasci, um anjo torto 
Desses que vivem na sombra 
Disse: Vai, Carlos! Ser gauche na vida 
 
As casas espiam os homens 
Que correm atrás de mulheres 
A tarde talvez fosse azul 
Não houvesse tantos desejos 
 
O bonde passa cheio de pernas 
Pernas brancas pretas amarelas 
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta 
meu coração 
Porém meus olhos 
Não perguntam nada 
 
(...) 
 
 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
 
Perceba que, nesse caso, a referência é implícita, ou seja, depende de uma 
interpretação mais aprofundada para ser compreendida. Depende também de maior 
conhecimento por parte do leitor. Caso não conhecesse o poema de Drummond, o leitor 
poderia não compreender essa referência. 
 
 
Muitas vezes você encontrará as palavras alusão ou referência para se referir à ideia de 
intertextualidade. 
Lembre-se: 
Alusão: menção rápida ou vaga. 
Referência: menção ou ato de se reportar a algo. 
 Muitas vezes, o mesmo autor pode produzir textos que trabalham com a 
intertextualidade. Um dos autores brasileiros que mais profundamente realiza esse diálogo 
entre obras de sua própria autoria é Machado de Assis. Em nossa aula, usaremos muitos 
exemplos do autor. 
 Veja esse trecho da obra Quincas Borba (1892): 
 
 
 
 
 
 
[CAPÍTULO IV] 
ESTE QUINCAS BORBA, se acaso me fizeste o favor de ler as Memórias 
Póstumas de Brás Cubas, é aquele mesmo náufrago da existência, que 
ali aparece, mendigo, herdeiro inopinado, e inventor de uma filosofia. 
Aqui o tens agora em Barbacena. Logo que chegou, enamorou-se de 
uma viúva, senhora de condição mediana e parcos meios de vida, mas, 
tão acanhada que os suspiros no namorado ficavam sem eco. 
Chamava-se Maria da Piedade. Um irmão dela, que é o presente 
Rubião, fez todo o possível para casá-los. Piedade resistiu, um pleuris 
a levou. 
 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
 
Memórias póstumas de Brás Cubas foi lançado em 1881. Ele 
reaproveita a personagem que dará nome ao romance de 
Quincas Borba, o filósofo. Isso atesta um procedimento comum 
em Machado de Assis: a intertextualidade com a própria obra. 
Sua intertextualidade tem muitas vezes a função de humilhar o 
leitor, de mostrar a ele o quão despreparado ele pode ser. 
No trecho acima, a ironia de Machado de Assis fica evidente: ele 
duvida que o leitor possa ter lido sua obra anterior e trata como se a 
leitura da obra anterior fosse um favor que o leitor faz a ele. 
Citação 
 Um dos tipos de intertextualidade possíveis é a citação. A citação é o ato de referenciar 
a fala de outra pessoa. Ela pode ocorrer tanto de maneira direta quanto indireta. 
 
Citação direta 
 Ocorre quando o autor coloca as palavras de outro autor em seu texto assim como elas 
foram escritas e referencia a origem da citação. 
Ex.: 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO XLVII 
Talvez o Rio de Janeiro para ela fosse Botafogo, e propriamente a casa 
de Natividade. Opai não apurou as causas da recusa; supô-las políticas, 
e achou novas forças para resistir às tentações de D. Cláudia: "Vai-te, 
Satanás; porque escrito está: Ao Senhor teu Deus adorarás, e a ele 
servirás". E seguiu-se como na Escritura: "Então o deixou o Diabo; e eis 
que chegaram os anjos e o serviram". 
(Esaú e Jacó, Machado de Assis) 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
Citação indireta 
 Ocorre quando o autor cita as palavras de outro autor, reescrevendo o texto original ou 
apenas citando as palavras sem referenciar a origem. 
Ex.: 
 
 
 
 
Essa canção é popularmente conhecida na França. Ela faz referência à personagem irmã 
Anne, do conto A Barba Azul, de Charles Perrault. O conto fala sobre um homem muito rico 
que, no entanto, por possuir uma barba azul, era desprezado pelas moças. Ele vivia em um 
palácio suntuoso, com tapeçarias, ouro, prata e espelhos diversos, capazes inclusive de 
distorcer a imagem de quem se vê neles. 
Anne é a irmã da mulher que acaba tendo que se casar com Barba Azul. Ela é uma irmã 
boa – diferente de muitas dos contos de fadas. Essa fala – que em português significa 
 
“Irmã Anne, irmã Anne, você não vê ninguém chegar?” – é proferida pela irmã quando precisa 
de ajuda, pois Barba Azul está ameaçando matá-la. Anne fica no alto de uma torre, esperando 
ajuda e, de quando em quando, sua irmã a pergunta isso. 
O conto “O espelho”, de Machado de Assis, fala sobre um homem que, ao se encontrar 
sozinho em uma casa distanciada da sociedade, passa a questionar sua própria identidade, 
não sendo mais capaz de se reconhecer. No momento em que está ansiando pela chegada 
de alguém na casa, a personagem faz essa citação. 
 
Epígrafe 
 Uma epígrafe é frase que vem no início de um livro, um capítulo, um conto etc.. 
Ela funciona como um tema do texto, ou seja, resume o sentido ou mensagem da obra 
como um todo. São citações diretas de outros autores. 
(...) Eu saía fora, a um lado e outro, a ver se descobria algum sinal de 
regresso. Soeur Anne, soeur Anne, ne vois-tu rien venir? Nada, coisa 
nenhuma; tal qual como na lenda francesa. Nada mais do que a poeira 
da estrada e o capinzal dos morros. 
(O espelho, Machado de Assis) 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
Ex.: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No início do conto “A hora e a vez de Augusto Matraga”, de Guimarães Rosa, há duas 
epígrafes: um trecho de uma canção antiga e um provérbio capiau*. Perceba que nenhum 
desses textos possui autor conhecido. São fruto de conhecimentos populares, sem autoria 
definida. Isso é um traço muito comum desse autor: o uso de referências ligadas ao popular. 
*capiau: regionalismo que significa caipira ou roceiro, muitas vezes com sentido pejorativo. 
 
 
 
“Eu sou pobre, pobre, pobre, 
 vou-me embora, vou-me embora 
................................. 
Eu sou rica, rica, rica, vou-me embora, daqui!...” 
(Cantiga antiga) 
 
“Sapo não pula por boniteza, 
 mas porém por precisão.” 
(Provérbio capiau) 
(A hora e a vez de Augusto Matraga, Guimarães Rosa) 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
 
 O conto relata a história de Nhô Augusto, um homem 
que vivia uma vida mundana, com bebida, brigas e saideiras. Ele 
era casado com Dona Dionóra, mas a traía de maneira 
contumaz. Cansada do tratamento que recebia, Dona Dionóra 
foge junto com a filha e encontra um novo companheiro. Essa 
passagem possivelmente se relaciona com a cantiga antiga 
utilizada como epígrafe do conto em que uma voz poética 
feminina anuncia sua partida. 
Já o provérbio capiau, pode ser interpretado à luz das 
mudanças de comportamento de Nhô Augusto. O sapo não pula porque é bonito, mas sim 
porque é necessário. Nhô Augusto, da mesma forma, não muda seu comportamento e se 
torna um homem virtuoso simplesmente porque era “bonito”, mas sim por necessidade: sua 
postura era uma das principais causas de suas adversidades. 
 
 
Paráfrase 
 A paráfrase é uma reescrita do texto. Ocorre quando um autor reescreve, com suas 
próprias palavras, o texto de outro, mantendo o sentido original. Veja um exemplo: 
Texto Original Paráfrase 
Comprar por impulso e se livrar de bens 
que já não são atraentes, substituindo-os 
por outros mais vistosos, são nossas 
emoções mais estimulantes. Completude 
de consumidor significa completude na 
vida. 
(Zygmunt Bauman. A riqueza de poucos beneficia 
todos nós?, 2015. Adaptado.) 
Ser completo enquanto consumidor 
significa ser completo na vida. As 
sensações que mais nos estimulam vêm 
da compra por impulso e de livrar-nos de 
coisas menos atrativas, trocando-as por 
outras mais interessantes. 
 
Observe as possíveis estratégias utilizadas aqui para criar a paráfrase: 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
• Inversão da ordem das informações – inverter os períodos ou a ordem das orações 
ajuda a diferenciar os textos. 
• Sinônimos – trocar palavras por outras de sentido equivalente é um modo de reescrever 
sem perder o sentido original. Ex.: “atraente” é substituído por “atrativas” na paráfrase. 
Termos genéricos (como a palavra “interessante” que utilizamos na nossa paráfrase, por 
exemplo) também funcionam. 
 
• Troca de classes gramaticais – muitas vezes, o mesmo radical pode dar origem a 
palavras de diferentes classes gramaticais. O radical “estimul-“, por exemplo, gera as 
palavras “estimulantes” e “estimulam”, respectivamente, adjetivo e verbo. 
 
 
Apenas mudar a ordem dos termos do texto não configura paráfrase. 
Você precisa reescrever com suas próprias palavras e, se for utilizar algo do texto original, 
cite o autor. 
 Paródia 
Uma paródia acontece quando se faz uma releitura de uma obra, ou seja, uma 
reinterpretação de algo que já existe. Ela costuma assumir tom jocoso ou irônico e, 
frequentemente, parte de uma obra muito conhecida, de modo que a referência é 
rapidamente reconhecida. 
Veja esse poema consagrado de Gonçalves Dias. É seu poema mais conhecido de 
exaltação à pátria. Como muitos escritores que se encontravam longe do Brasil, sua terra natal 
se mostrava um espaço idealizado pela saudade. 
Canção do Exílio 
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá; 
As aves, que aqui gorjeiam, 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
Não gorjeiam como lá. 
 
Nosso céu tem mais estrelas, 
Nossas várzeas têm mais flores, 
Nossos bosques têm mais vida, 
Nossa vida mais amores. 
 
Em cismar – sozinho – à noite – 
Mais prazer encontro eu lá; 
Minha terra tem palmeiras; 
Onde canta o Sabiá. 
 
Minha terra tem primores, 
Que tais não encontro eu cá; 
Em cismar – sozinho – à noite – 
Mais prazer encontro eu lá; 
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá. 
 
Não permita Deus que eu morra, 
Sem que eu volte para lá; 
Sem que eu desfrute os primores 
Que não encontro por cá; 
Sem qu'inda aviste as palmeiras, 
Onde canta o Sabiá. 
 Esse poema será revisitado muitas vezes ao longo do tempo, por diversos autores. 
Principalmente para os Modernistas, a primeira geração do Romantismo será fonte de 
inspiração. Veja trechos de diversas obras inspiradas na Canção do Exílio: 
“ 
Minha terra tem macieiras 
da Califórnia 
onde cantam gaturamos de 
Veneza. 
“ 
Minha terra tem palmares 
Onde gorjeia o mar 
Os passarinhos daqui 
Não cantam como os de lá 
“ 
Minha terra não tem 
palmeiras... 
E em vez de um mero sabiá, 
Cantam aves invisíveis 
Nas palmeiras que não há. 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
” 
Murilo Mendes em Canção 
do Exílio 
” 
Oswald de Andrade em 
Canto de Regresso à 
Pátria 
” 
Mario Quintana em Uma 
canção 
 
 Você sabia que lembrar desse poema pode te ajudara guardar uma fórmula 
matemática? Leia a fórmula do Seno do arco soma A + B (𝑠𝑒𝑛(𝐴 + 𝐵) = 𝑠𝑒𝑛 𝐴 ∙ 𝑐𝑜𝑠 𝐵 + 𝑠𝑒𝑛 𝐵 ∙
𝑐𝑜𝑠 𝐴 ) no ritmo da primeira estrofe do poema: 
 
Minha terra tem palmeiras 
Onde canta o sabiá 
seno A cosseno B 
seno B cosseno A 
O sinal que vai aqui 
É o mesmo que vai pra lá 
Obs.: o mesmo vale para a fórmula de subtração. 
 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
7. Lista de exercícios 
 
 
Texto para as próximas questões 
Importância e vantagens da reciclagem 
A segunda metade do século XX foi marcada pelo surgimento de uma série de produtos 
que contribuíram para a praticidade do nosso cotidiano. A ascensão da indústria de 
materiais descartáveis foi uma das protagonistas desse desenvolvimento como, por 
exemplo, a invenção do PET (Politereftalato de etileno). Inicialmente empregado na 
indústria têxtil, esse tipo de plástico logo revolucionou o setor de armazenamento e 
transporte de alimentos e bebidas, com as vantagens de ser inquebrável, leve e de fácil 
manuseio – substituindo o vidro, pesado e frágil. 
 O consumo em grande escala dos plásticos gerou um problema em relação ao meio 
ambiente: o descarte desses resíduos. Nas últimas décadas, instituições defensoras da 
sustentabilidade passaram a pressionar os governos e as indústrias por posturas mais 
responsáveis: o crescimento econômico em detrimento do meio ambiente virou objeto de 
pesquisa de cientistas, tomou as manchetes das revistas especializadas e dos jornais e 
ganhou o apelo da população. 
O fim do uso de materiais descartáveis é inviável, tampouco os ambientalistas clamam por 
isso. O desenvolvimento sustentável consiste em 3Rs: reduzir, reutilizar e reciclar. A 
indústria fica encarregada da terceira etapa. O processo de reciclagem não só preserva o 
meio ambiente, mas também gera riquezas e reduz os custos de produção das empresas 
que investem na prática, além de promover o marketing social de “empresa eco-friendly” 
ou “empresa verde” (amigável ao meio ambiente). 
(Disponível em: https://www.simperj.org.br/blog/2018/09/27/a-importancia-e-vantagens-
da-reciclagem. Acesso em 13 jun. 2019. Adaptado.) 
 
 (ESA – 2020) 
Segundo o texto, a praticidade do cotidiano atual deve-se, em especial, à: 
a) Escalada da indústria de materiais descartáveis. 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
b) Produção de embalagens sustentáveis. 
c) Redução dos custos de produção, pois o PET é mais barato que o vidro, por exemplo. 
d) Facilidade de armazenamento dos produtos. 
e) Substituição de manufaturas por produtos da indústria de base. 
 
 (ESA – 2020) 
Segundo o texto, a indústria, quanto ao desenvolvimento sustentável, deve: 
a) gerar riquezas e reduzir os custos de produção. 
b) escolher empresas que utilizem matérias-primas para a produção de embalagens 
sustentáveis. 
c) pressionar o governo, a fim de que recursos sejam revertidos para “campanha eco-
friendly”. 
d) promover o marketing social, financiando estudos para a substituição do PET. 
e) responsabilizar-se pela reciclagem de materiais descartáveis. 
 
Texto para as próximas questões: 
A última gota 
A crise no Sistema Cantareira, que abastece quase 10 milhões de pessoas na grande São 
Paulo e no interior, é um exemplo concreto de que o abastecimento de água pode ficar 
comprometido também em outras cidades do Brasil. Ainda que tenhamos uma visão 
otimista, os últimos episódios de seca no Sudeste e no Sul, que deixaram alguns 
reservatórios de água dessas regiões em níveis críticos, mostram claramente que há 
urgência na implantação de ações de conservação para a manutenção dos recursos 
hídricos no país. 
Atualmente, as duas maiores regiões metropolitanas do Sudeste – Rio de Janeiro e São 
Paulo – têm o abastecimento de água garantido porque é realizada a transferência de 
grandes vazões de mananciais localizados em bacias hidrográficas próximas. Para o 
abastecimento da capital fluminense, é utilizada a bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul, 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
enquanto a capital paulista se serve da bacia hidrográfica dos rios Piracicaba, Capivari e 
Jundiaí. As duas bacias são responsáveis pelas maiores reversões hídricas para os sistemas 
Guandu (RJ) e Cantareira (SP), respectivamente. São duas fontes que começam a ficar 
saturadas porque servem a milhares de consumidores – ambas as regiões concentram 
grande densidade populacional, gerando consumo de água muito maior que a capacidade 
produtiva dessas bacias. Desse modo, fica mais próximo o risco de os consumidores 
abrirem as torneiras e não verem a água escorrer. 
Não podemos credenciar, porém, os motivos para a crise de abastecimento somente ao 
consumo excessivo e ao mau uso da água por parte da população. Seria ingênuo apontar 
esses dois fatores apenas, pois a questão é mais complexa: vai desde a falta de políticas 
públicas que incentivem a proteção dos mananciais de água ao desmatamento de áreas 
naturais, que altera o ciclo da água e a variabilidade de chuvas nas regiões onde antes elas 
predominavam. 
Está mais que na hora de todos os setores conscientizarem-se de que o problema de 
escassez da água não é somente de São Paulo – é hoje o mais grave. Caso contrário, a 
nossa desatenção pode ser a gota d’água. O desafio consiste em garantir o abastecimento 
às grandes cidades brasileiras nos próximos anos, uma vez que é previsto crescimento 
populacional e, consequentemente, aumento das demandas de consumo. São necessários 
investimentos urgentes para a adequação dos sistemas produtores de água, sobretudo no 
Sudeste, e planejamento para otimização de uso das fontes hídricas. Além disso, a 
proteção de áreas naturais é condição sine qua non, pois a qualidade e a quantidade de 
água produzida pela natureza dependem da manutenção da vegetação nativa. 
Malu Nunes, engenheira florestal, é diretora-executiva da fundação grupo boticário de 
proteção à natureza. (Adaptado de 
http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2014/06/1464055-malu-nunes-a-ultima-gota.shtml) 
 
 (ESA – 2015) 
Na conclusão, a autora deixa claro que pra garantir o abastecimento de água 
a) as ações de efeito são: investir, planejar e proteger. 
b) o essencial é adequar, otimizar e produzir. 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
c) é urgente conscientizar, garantir e preservar. 
d) são necessários proteção e racionamento. 
e) urge investir para otimizar a distribuição de água no Sudeste. 
 
 (ESA – 2015) 
De acordo com a introdução do texto, é imprescindível. 
a) implantar ações de conservação para o uso dos mananciais de água. 
b) empreender ações de preservação com vistas à manutenção dos recursos hídricos. 
c) agir no sentido de explorar e esgotar o potencial hídrico. 
d) executar ações de recuperação e exploração dos mananciais. 
e) atuar no sentido de recuperação dos mananciais. 
 
 (ESA – 2015) 
A expressão latina sine qua non, levando em conta o contexto, significa 
a) impossível. 
b) inviável. 
c) improvável 
d) indispensável. 
e) invariável. 
Texto para as próximas questões 
Às noites abafadas e mal dormidas seguem manhãs secas e tardes tórridas. Sem trégua 
para o corpo, quem não rogou por chuva ou sombra nesta estação atipicamente 
escaldante? E quem, sem encontrar o frescor que procura, não praguejou: “Calor do cão!”? 
Mas o verão de 2013/2014 não será marcado tão-somente pelos recordes de temperatura. 
O ar está mais do que quente. Está carregado de uma perigosa escalada de corrosão do 
tecido social: briga de torcidas em Joinville; rebelião e assassinatos em presídio do 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textosMaranhão; criação de grupos de justiceiros no Rio; incêndios em série de ônibus em São 
Paulo; a ação dos black blocs e a morte do repórter cinematográfico Santiago Andrade. Os 
tempos que correm são dias de cão. 
Calor do cão e dias de cão. Não é coincidência que as duas expressões se encontrem nesta 
época de temperaturas inclementes. Elas foram forjadas juntas há mais de dois milênios, 
sob o sol mediterrâneo. Os gregos antigos perceberam haver uma relação entre o calor 
escaldante e o humor humano. Erraram na causa. Mas criaram um vigoroso simbolismo. 
Para eles, a explicação estava nos céus e não na natureza do homem. O cachorro em 
questão era a constelação do Cão Maior e sua principal estrela, Sírius, a mais brilhante do 
firmamento (próxima às Três Marias). Os gregos notaram que Sírius, também conhecida 
como Estrela Cão, sumia por cerca de 70 dias. E, pouco antes do verão, voltava a aparecer 
no leste já na alta madrugada. 
A conclusão a que aqueles homens chegaram foi de causa e efeito: a estrela com maior 
fulgor se aproximava do sol nascente e o esquentava. Sírius provocava, então, a estação 
cálida, o calor do cão. Os gregos acreditavam ainda que aquele período era marcado pela 
influência maligna do astro celeste: fraqueza de ânimo, tentações da carne e pestilências. 
Eram os dias de cão. 
O Ocidente herdou as duas expressões e as manteve vivas de geração após geração. Elas, 
afinal, continuam a dizer muito. O homem é essencialmente o mesmo desde sempre. Sofre 
os efeitos da natureza, a despeito da civilização que construiu. E o abafamento do clima 
continua a ser um potencial catalisador de comportamentos extremados, bestiais. 
Talvez seja exagero dizer que o verão brasileiro é a causa dos dias de cão. Mas, se não há 
explicações certeiras para o diagnóstico, ao menos é possível recorrer a metáforas 
climáticas para apontar o remédio. É hora de esfriar os ânimos. De andar pela sombra. 
Ou, para quem preferir, é tempo de procurar alguma luz na escuridão, como a das estrelas 
na noite escura. E de lembrar que os homens e suas paixões vão passar, mas que elas 
continuarão lá no alto – milênio após milênio. 
(Disponível em http:// 
www.gazetadopovo.com.br/colunistas/conteudo.phtml?tl=1&id.Acesso em 24/04/2014) 
 
 
 
 
 
 
 
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 (ESA – 2014) 
A expressão “dias de cão” só não se refere: 
a) a dias tipicamente escaldantes atualmente. 
b) à série de fatos vinculados à corrosão social e citados no texto. 
c) à época de temperaturas inclementes. 
d) à influência maligna da constelação de Cão Maior. 
e) ao verão de 2013-2014. 
 
 (ESA – 2014) 
Assinale o trecho em que o autor dá a entender que as expressões “calor do cão e dias de 
cão” não surgiram atualmente: 
a) “Ás noites abafadas e mal dormidas seguem manhãs secas e tórridas”. 
b) “Não é coincidência que as duas expressões se encontram nesta época de temperaturas 
inclementes”. 
c) “Elas foram forjadas há mais de dois milênios, sob o sol mediterrâneo”. 
d) “Talvez seja exagero dizer que o verão brasileiro é a causa dos dias de cão.” 
e) “Ou, para quem preferir, é tempo de procurar alguma luz na escuridão, como a das 
estrelas na noite escura”. 
 
Texto para as próximas questões: 
SUCESSO TEM FÓRMULA 
"Serve para toda competição: qualidade valorizada, seleção dos melhores, prática 
obsessiva e persistência. Quem aplicar essa receita terá os mesmos resultados" 
 
 
 
 
 
 
 
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Durante séculos, a Inglaterra dominou os mares e, dessa forma, muito mais do que os 
mares. Para isso tinha os melhores navios. E, para tê-los, precisava de excelentes 
carpinteiros navais. (...) 
A Revolução Industrial tardia da Alemanha foi alavancada pela criação do mais respeitado 
sistema de formação técnica e vocacional do mundo.(...) 
Assim como temos a Olimpíada para comparar os atletas de diferentes países, existe a 
Olimpíada do Conhecimento (World Skills International). É iniciativa das nações altamente 
industrializadas, que permite cotejar diversos sistemas de formação profissional. Compete-
se nos ofícios centenários, como tornearia e marcenaria, mas também em desenho de 
websites ou robótica. 
Em 1982, um país novato nesses misteres se atreveu a participar dessa Olimpíada: o Brasil, 
por meio do SENAI. E lá viu o seu lugar, pois não ganhou uma só medalha. Mas em 1985 
conseguiu chegar ao 13º lugar. Em 2001 saltou para o sexto. Aliás, é o único país do 
Terceiro Mundo a participar, entra ano e sai ano. 
Em 2007 tirou o segundo lugar. Em 2009 tirou o terceiro, competindo com 539 alunos, de 
sete estados, em 44 ocupações. É isso mesmo, os graduados do SENAI, incluindo alunos 
de Alagoas, Goiás e Rio Grande do Norte, conseguiram colocar o Brasil como o segundo 
e o terceiro melhor do mundo em formação profissional! (...) 
Deve haver um segredo para esse resultado que mais parece milagre, quando 
consideramos que o Brasil, no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), por 
pouco escapa de ser o último. Mas nem há milagres nem tapetão. Trata-se de uma fórmula 
simples, composta de quatro ingredientes. 
Em primeiro lugar, é necessário ter um sistema de formação profissional hábil na 
organização requerida para preparar milhões de alunos e que disponha de instrutores 
competentes e capazes de ensinar em padrões de Primeiro Mundo.(...) 
Em segundo lugar, cumpre selecionar os melhores candidatos para a Olimpíada. O 
princípio é simples (mas a logística é diabolicamente complexa). Cada escola do SENAI faz 
um concurso, para escolher os vencedores em cada profissão. Esse time participa então de 
uma competição no seu estado. Por fim, os times estaduais participam de uma Olimpíada 
nacional. Dali se pescam os que vão representar o Brasil. É a meritocracia em ação. 
 
 
 
 
 
 
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Em terceiro lugar, o processo não para aí. O time vencedor mergulha em árduo período 
de preparação, por mais de um ano. Fica inteiramente dedicado às tarefas de aperfeiçoar 
seus conhecimentos da profissão. É acompanhado pelos mais destacados instrutores do 
SENAI, em regime de tutoria individual. 
Em quarto, é preciso insistir, dar tempo ao tempo. Para passar do último lugar, em 1983, 
para o segundo, em 2007, transcorreram 22 anos. Portanto, a persistência é essencial. 
Essa quádrupla fórmula garantiu o avanço progressivo do Brasil nesse certame no qual 
apenas cachorro grande entra. (...) 
A fórmula serve para toda competição: qualidade valorizada, seleção dos melhores, prática 
obsessiva e persistência. Quem aplicar essa receita terá os mesmos resultados. 
Revista Veja, pág. 22, 24 de fevereiro de 2010. 
 
 (ESA – 2011) 
O texto apresenta ingredientes da fórmula do sucesso, porém um desses ingredientes não 
está diretamente relacionado à aquisição prévia de conhecimentos. Esse ingrediente é a(o) 
A) formação profissional. 
B) qualidade valorizada. 
C) seleção dos melhores. 
D) aperfeiçoamento de conhecimentos. 
E) persistência. 
 
 (ESA – 2011) 
O resgate de momentos históricos no 1º e 2º parágrafos do texto é utilizado com a 
finalidade prioritária de 
A) noticiar as novas descobertas relacionadas ao assunto em questão. 
B) ampliar nossos conhecimentos relacionados à construção de navios. 
C) mostrar que há muito tempo o sucesso tem fórmula. 
 
 
 
 
 
 
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D) apresentar dados estatísticos sobre resultados do passado. 
E) minimizar o papel do profissional frente aos resultados. 
 
 (ESA – 2011) 
O vocábulo meritocracia aparece no oitavo parágrafo do texto. Considerando o contexto, 
o significado que melhor o substitui é 
A)agradecimento. 
B) honradez. 
C)merecimento. 
D) entusiasmo. 
E) altruísmo. 
 
Texto para as próximas questões: 
Eles blogam. E você? 
 Após o surgimento da rede mundial de computadores, no início da década de 1990, 
testemunhamos uma revolução nas tecnologias de comunicação instantânea. Nós, que 
nascemos em um mundo anterior à Internet, aprendemos a viver no universo constituído 
por coisas palpáveis: casas, máquinas, roupas etc. O contato se estabelecia entre seres 
humanos reais por meios "físicos": cartas, telefonemas, encontros. 
 Em um mundo concreto, a escola não poderia ser diferente: livros, giz, carteiras, 
quadro-negro, mural. Esse espaço é ainda hoje definido por uma série de símbolos de um 
tempo passado e tem se mantido relativamente inalterado desde o século XIX. Os alunos 
atuais, porém, são nativos digitais. Em outras palavras: nasceram em um mundo no qual já 
existiam computadores, Internet, telefone celular, tocadores de MP3, videogames, 
programas de comunicação instantânea (MSN, Google Talk etc.) e muitas outras 
ferramentas da era digital. Seu mundo é definido por coisas imateriais: imagens, dados e 
sons que trafegam e são armazenados no espaço virtual. 
 
 
 
 
 
 
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 Um dos aspectos mais sedutores do ciberespaço é o seu poder de articulação social. 
Foi no fim da década de 1990 que os usuários da Internet descobriram uma ferramenta 
facilitadora da interação escrita entre diferentes pessoas conectadas em uma rede virtual: 
os weblogs, que logo ficaram conhecidos como blogs. O termo é formado pelas palavras 
web (rede, em inglês) e log (registro, anotação diária). A velocidade de reprodução da 
blogosfera é assustadora: 120 mil novos blogs por dia, 1,4 blog por semana. 
 O blog se caracteriza por apresentar as observações pessoais de seu "dono" (o criador 
do blog) sobre temas que variam de acordo com os interesses do blogueiro e também de 
acordo com o tipo de blog. As possibilidades são infinitas: há blogs pessoais, políticos, 
culturais, esportivos, jornalísticos, de humor etc. 
 Os textos que o blogueiro insere no blog são chamados de posts. Em português, o 
termo já deu origem a um verbo, "postar", que significa "escrever uma entrada em um 
blog". Os posts são cronológicos, porém apresentados em ordem inversa: sempre do mais 
recente para o mais antigo. Os internautas que visitam um blog podem fazer comentários 
aos posts. 
 Justamente porque facilitam a comunicação e permitem a interação entre usuários de 
todas as partes, os blogs são interessantes ferramentas pedagógicas. Se a escola é o 
espaço preferencial para a construção do conhecimento, nada mais lógico do que levar os 
blogs para a sala de aula, porque eles têm como vocação a produção de conteúdo. Por 
que não criar um blog de uma turma, do qual participem todos os alunos, para comentar 
temas atuais, para debater questões polêmicas, para criar um contexto real em que o texto 
escrito surja como algo natural? 
 Na blogosfera, informação é poder. E os jovens sabem disso, porque conhecem o 
ciberespaço. O entusiasmo pela criação de um blog coletivo certamente será 
acompanhado pelo desejo de transformá-lo em ponto de parada obrigatória para os 
leitores que vagam no universo virtual. E esse desejo será um motivador muito importante. 
Para conquistar leitores, os autores de um blog precisam não só ter o que dizer, mas 
também saber como dizer o que querem, escolher imagens instigantes, criar títulos 
provocadores. 
 Uma vez criado o blog da turma, as possibilidades pedagógicas a ele associadas 
multiplicam-se. Para gerar conteúdo consistente é necessário pesquisar, considerar 
diferentes pontos de vista sobre temas polêmicos, avaliar a necessidade de ilustrar 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
determinados conceitos com imagens, definir critérios para a moderação dos comentários, 
escolher os temas preferenciais a serem abordados etc. Todos esses procedimentos estão 
na base da construção de conhecimento. 
 Outro aspecto muito importante é que os jovens, em uma situação rara no espaço 
escolar, vão constatar que, nesse caso, quem domina o conhecimento são eles. Pela 
primeira vez não precisarão virar "analógicos" para se adaptar ao universo da sala de aula. 
Eu blogo. Eles blogam. E você? 
Maria Luiza Abaurre, in Revista Carta na Escola. (adaptado) 
 
 (Col. Naval – 2009) 
Analise as afirmativas abaixo. 
I - O primeiro parágrafo do texto já explicita toda a discussão subsequente. 
II - A autora sugere que os blogs são ferramentas indispensáveis para a articulação social 
no mundo moderno. 
III- O segundo parágrafo do texto contrapõe duas realidades: uma, fundamentada em 
coisas palpáveis; outra, em coisas imateriais. 
IV - Na escola, os blogs podem ser interessantes ferramentas pedagógicas que permitirão 
aos alunos expressarem os seus pontos de vista acerca de diferentes assuntos e, assim, 
abolirem a aprendizagem formal. 
 
Assinale a opção correta. 
A) Apenas as afirmativas I, II e III são verdadeiras. 
B) Apenas as afirmativas I e III são verdadeiras. 
C) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras. 
D) Apenas a afirmativa III é verdadeira. 
E) Apenas a afirmativa IV é verdadeira. 
 
 
 
 
 
 
 
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 (Col. Naval – 2009) 
O texto começa e termina com um mesmo questionamento: "Eles blogam. E você? " 
Assinale a opção que justifica, discursivamente, o emprego do pronome "você" . 
A) Apresentar alguém que pode interagir diretamente com a autora. 
B) Representar um ser em quem a autora pensa no momento de sua produção. 
C) Retratar uma participação indireta do leitor/ouvinte no "diálogo" estabelecido. 
D) Tratar de forma indeterminada o sujeito do verbo que o acompanha implicitamente. 
E) Estabelecer, por meio dele, um diálogo com o leitor/ouvinte, com vistas ao incentivo de 
uso da blogosfera. 
 
 (Col. Naval – 2009) 
Assinale a opção em que a referência ao universo virtual se caracteriza pela isenção e 
objetividade. 
A) "Nós, que nascemos em um mundo anterior à Internet, aprendemos a viver no universo 
constituído por coisas palpáveis..." (1° §) 
B) "Um dos aspectos mais sedutores do ciberespaço é o seu poder de articulação social." 
(3° §) 
C) "A velocidade de reprodução da blogosfera é assustadora..."(3° §) 
D) "Se a escola é o espaço preferencial para a construção do conhecimento, nada mais 
lógico do que levar os blogs para a sala de aula. . . " (6° §) 
E) "O entusiasmo pela criação de um blog coletivo certamente será acompanhado pelo 
desejo de transformá-lo em ponto de parada obrigatória..." (7° §) 
 
 (Col. Naval – 2009) 
O texto tem por finalidade principal 
A) apresentar os temas explorados nos blogs: pessoais, políticos, culturais, esportivos, 
jornalísticos, de humor, etc. 
 
 
 
 
 
 
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B) lembrar que os blogs são importantes instrumentos na interação social, leitura e 
produção escrita. 
C) mostrar à escola que livros, giz, carteiras, quadro-negro, mural são coisas do passado. 
D) motivar a comunidade pedagógica à exploração máxima da blogosfera. 
E) comparar os diferentes mundos e ferramentas computacionais. 
 
Texto para as próximas questões: 
Quando a rede vira um vício 
Com o título "Preciso de ajuda", fez-se um desabafo aos integrantes da comunidade 
Viciados em Internet Anônimos: "Estou muito dependente da web. Não consigo mais viver 
normalmente. Isso é muito sério". Logo obteve resposta de um colega de rede. "Estou na 
mesma situação. Hoje, praticamente vivo em frente ao computador. Preciso de ajuda." O 
diálogo dá a dimensão do tormento provocado pela dependência em Internet, um mal que 
começa a ganhar relevoestatístico, à medida que o uso da própria rede se dissemina. 
Segundo pesquisas recém-conduzidas pelo Centro de Recuperação para Dependência de 
Internet, nos Estados Unidos, a parcela de viciados representa, nos vários países 
estudados, de 5% (como no Brasil) a 10% dos que usam a web - com concentração na faixa 
dos 15 aos 29 anos. Os estragos são enormes. Como ocorre com um viciado em álcool ou 
em drogas, o doente desenvolve uma tolerância que, nesse caso, o faz ficar on-line por 
uma eternidade sem se dar conta do exagero. Ele também sofre de constantes crises de 
abstinência quando está desconectado, e seu desempenho nas tarefas de natureza 
intelectual despenca. Diante da tela do computador, vive, aí sim, momentos de rara euforia. 
Conclui uma psicóloga americana: "O viciado em internet vai, aos poucos, perdendo os 
elos com o mundo real até desembocar num universo paralelo - e completamente virtual". 
Não é fácil detectar o momento em que alguém deixa de fazer uso saudável e produtivo 
da rede para estabelecer com ela uma relação doentia, como a que se revela nas histórias 
relatadas ao longo desta reportagem. Em todos os casos, a internet era apenas "útil" ou 
"divertida" e foi ganhando um espaço central, a ponto de a vida longe da rede ser descrita 
agora como sem sentido. Mudança tão drástica se deu sem que os pais atentassem para a 
gravidade do que ocorria. "Como a internet faz parte do dia a dia dos adolescentes e o 
isolamento é um comportamento típico dessa fase da vida, a família raramente detecta o 
 
 
 
 
 
 
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problema antes de ele ter fugido ao controle", diz um psiquiatra. A ciência, por sua vez, já 
tem bem mapeados os primeiros sintomas da doença. De saída, o tempo na internet 
aumenta - até culminar, pasmese, numa rotina de catorze horas diárias, de acordo com o 
estudo americano. As situações vividas na rede passam, então, a habitar mais e mais as 
conversas. É típico o aparecimento de olheiras profundas e ainda um ganho de peso 
relevante, resultado da frequente troca de refeições por sanduíches - que prescindem de 
talheres e liberam uma das mãos para o teclado. Gradativamente, a vida social vai se 
extinguindo. Alerta outra psicóloga: "Se a pessoa começa a ter mais amigos na rede do 
que fora dela, é um sinal claro de que as coisas não vão bem". 
Os jovens são, de longe, os mais propensos a extrapolar o uso da internet. Há uma razão 
estatística para isso - eles respondem por até 90% dos que navegam na rede, a maior fatia 
-, mas pesa também uma explicação de fundo mais psicológico, à qual uma recente 
pesquisa lança luz. Algo como 10% dos entrevistados (viciados ou não) chegam a atribuir 
à internet uma maneira de "aliviar os sentimentos negativos", tão típicos de uma etapa em 
que afloram tantas angústias e conflitos. Na rede, os adolescentes sentem-se ainda mais à 
vontade para expor suas ideias. Diz um outro psiquiatra: "Num momento em que a própria 
personalidade está por se definir, a internet proporciona um ambiente favorável para que 
eles se expressem livremente". No perfil daquela minoria que, mais tarde, resvala no vício 
se vê, em geral, uma combinação de baixa autoestima com intolerância à frustração. Cerca 
de 50% deles, inclusive, sofrem de depressão, fobia social ou algum transtorno de 
ansiedade. É nesse cenário que os múltiplos usos da rede ganham um valor distorcido. 
Entre os que já têm o vício, a maior adoração é pelas redes de relacionamento e pelos 
jogos on-line, sobretudo por aqueles em que não existe noção de começo, meio ou fim. 
Desde 1996, quando se consolidou o primeiro estudo de relevo sobre o tema, nos Estados 
Unidos, a dependência em internet é reconhecida - e tratada - como uma doença. Surgiram 
grupos especializados por toda parte. "Muita gente que procura ajuda ainda resiste à ideia 
de que essa é uma doença", conta um psicólogo. O prognóstico é bom: em dezoito 
semanas de sessões individuais e em grupo, 80% voltam a níveis aceitáveis de uso da 
internet. Não seria factível, tampouco desejável, que se mantivessem totalmente distantes 
dela, como se espera, por exemplo, de um alcoólatra em relação à bebida. Com a rede, 
afinal, descortina-se uma nova dimensão de acesso às informações, à produção de 
conhecimento e ao próprio lazer, dos quais, em sociedades modernas, não faz sentido se 
privar. Toda a questão gira em torno da dose ideal, sobre a qual já existe um consenso 
 
 
 
 
 
 
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acerca do razoável: até duas horas diárias, no caso de crianças e adolescentes. Quanto 
antes a ideia do limite for sedimentada, melhor. Na avaliação de uma das psicólogas, "Os 
pais não devem temer o computador, mas, sim, orientar os filhos sobre como usá-lo de 
forma útil e saudável". Desse modo, reduz-se drasticamente a possibilidade de que, no 
futuro, eles enfrentem o drama vivido hoje pelos jovens viciados. 
Silvia Rogar e João Figueiredo, Veja, 24 de março de 2010. Adaptado. 
 
 (Col. Naval – 2010) 
É correto afirmar que o texto 
A) apresenta causas, consequências e possibilidades de tratamentos para o viciado em 
internet. 
B) faz uma análise subjetiva da dependência em internet, sem se ater a faixas etárias mais 
propensas ao vício. 
C) estabelece como principais motivos para o vício em internet a baixa autoestima e os 
problemas de relacionamento com os pais. 
D) evidencia olheiras profundas, ganho de peso relevante, vida social que se extingue 
como exemplos dos males provocados pelo uso comedido da internet. 
E) parte de experiências virtuais para mostrar que o vício em internet, apesar de ser um mal 
relativamente novo, já atingiu proporções irreversíveis. 
 
 (Col. Naval – 2010) 
Marque a opção correta em relação à interpretação geral do texto. 
A) A ideia central do texto é divulgar a importância do uso prático da internet em 
detrimento da diversão tão desejada. 
B) Os especialistas percebem que há no uso excessivo da web apenas o prejuízo no 
aumento de peso entre os jovens. 
C) A tarefa principal da internet, segundo os especialistas, é a de "aliviar os sentimentos 
negativos". 
 
 
 
 
 
 
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D) Já que o uso da internet é como uma droga, não há perspectiva de solução para o 
problema. 
E) Longe dos extremos, a virtude no uso da internet estaria na justa medida. 
 
 (Col. Naval – 2010) 
Assinale a opção correta sobre o contido nos parágrafos. 
A) As ideias expressas no primeiro parágrafo se contrapõem àquelas do segundo. 
B) Tanto o primeiro parágrafo quanto o segundo apresentam consequências do uso 
exagerado da internet. 
C) O terceiro parágrafo analisa as causas que levam ao vício em internet e propõe soluções 
para o problema. 
D) Nota-se que, no segundo parágrafo, os pais são totalmente eximidos de 
responsabilidade no que se refere ao vício dos filhos em internet. 
E) O quarto parágrafo somente aborda o tratamento para a dependência em internet, sem 
propor limites rígidos a serem seguidos pelos jovens, viciados ou não. 
 
Texto para as próximas questões: 
Geração Y 
Eles já foram acusados de tudo: distraídos, superficiais, impacientes, preocupados consigo 
mesmos e até egoístas. Mas se preocupam com o ambiente, têm fortes valores morais e 
estão prontos para mudar o mundo. São interessados em construir um mundo melhor e, 
em pouco tempo, vão tomar conta do planeta. Eis algumas outras de suas características: 
só fazem o que gostam; não conseguem passar mais de três meses no mesmo trabalho. 
Concebidos na era digital, democrática e da ruptura da família tradicional, essa garotada 
está acostumada a pedir e ter o que quer. 
Com vinte e poucos anos, esses jovens são os representante da chamada Geração Y, um 
grupo que está, aos poucos, provocandouma revolução silenciosa. Sem as bandeiras e o 
estardalhaço das gerações dos anos 60 e 70, mas com a mesma força poderosa de 
 
 
 
 
 
 
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mudança, eles sabem que as normas do passado não funcionam – e as novas estão 
inventando sozinhos. 
A novidade é que “umbiguismo” não é, necessariamente, negativo. Dizem que esses jovens 
estão aptos a desenvolver a autorrealização, algo que, até hoje, foi apenas um conceito. 
Questionando o que é a realização pessoal e profissional e buscando agir de acordo com 
seus próprios interesses, estão levando a sociedade a um novo estágio, que será muito 
diferente do que conhecemos. 
No trabalho, é comum os recém-contratados pularem de um emprego para o outro, 
tratarem superiores como colegas de turma ou baterem a porta quando não são 
reconhecidos. Não são revoltados e têm valores éticos muito fortes; priorizam o 
aprendizado e as relações humanas. Mas é preciso, antes de tudo, aprender a conversar 
com eles para que essas características sejam reveladas. 
Essa é a primeira geração que não precisou aprender a dominar as máquinas, mas nasceu 
com TV, computador e comunicação rápida dentro de casa. Parece um dado sem 
importância, mas estudos comprovam que quem convive com ferramentas virtuais 
desenvolve um sistema cognitivo diferente. Uma pesquisa do Departamento de Educação 
dos Estados unidos revelou que crianças que usam programas online para aprender ficam 
nove pontos acima da média geral e são mais motivadas. 
Para alguns, são indivíduos multitarefas: ao mesmo tempo em que estudam, são capazes 
de ler noticias na internet, checar a página do Facebook, escutar música e ainda protestar 
atenção na conversa ao lado. Para eles, a velocidade é outra. Os resultados precisam ser 
mais rápidos, e os desafios, constantes. É mais ou menos como se os nascidos nas duas 
últimas décadas fossem um celular de última geração. 
Revista Galileu (Adaptado) 
 
 (Col. Naval – 2011) 
Em qual trecho, textual e discursivamente, aparecem apenas aspectos negativos acerca 
dos jovens da chamada Geração Y? 
A) " . . . estão levando a sociedade a um novo estágio, que será muito diferente do que 
conhecemos." (3° § ) 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
B) "Dizem que esses jovens estão aptos a desenvolver a autorrealização..." (3° § ) 
C) " . . .um grupo que está, aos poucos, provocando uma revolução silenciosa." (2° § ) 
D) " . . . se preocupam com o ambiente, têm fortes valores morais..." (1° § ) 
E) " . . . distraídos, superficiais, impacientes. . . " (1° § ) 
 
 (Col. Naval – 2011) 
Assinale o trecho em que NÄO se confirma o significado do termo destacado em "A 
novidade é que esse 'umbiguismo' não é, necessariamente, negativo." (3° § ) 
A) "Eles já foram acusados de tudo: distraídos, superficiais, impacientes, preocupados 
consigo mesmos e até egoístas." (1° § ) 
B) " . . . interessados em construir um mundo melhor e, em pouco tempo, vão tomar conta 
do planeta. " (1° § ) 
C) "...só fazem o que gostam; não conseguem passar mais de três meses no mesmo 
trabalho." (1° § ) 
D) " . . . essa garotada está acostumada a pedir e ter o que quer." (1° § ) 
E) "...buscando agir de acordo com seus próprios interesses..." (3° § ) 
 (Col. Naval – 2011) 
Em relação ao texto, é correto afirmar que 
A) a busca da realização pessoal é o principal objetivo da atual geração, levando-a a um 
egocentrismo sem precedentes. 
B) o individualismo da "Geração Y" é compensado por suas outras virtudes. 
C) o estado de "umbiguismo" é inerente a qualquer geração, uma vez que todas buscam 
realizações pessoais. 
D) o "umbiguismo" não permite o desenvolvimento de nenhum valor ético coletivo. 
E) o sistema cognitivo da "Geração Y" possui poucas diferenças em relação ao da geração 
anterior, visto que ambas conviveram com ferramentas virtuais. 
 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
 
 
Texto para as próximas questões 
O grande patrimônio que temos é a memória. A memória guarda o que vivemos e o que 
sonhamos. E a literatura é esse espaço onde o que sonhamos encontra o diálogo. Com a 
literatura, esse mundo sonhado consegue falar. O texto literário é um texto que também 
dá voz ao leitor. Quando escrevo, por exemplo: “A casa é bonita”, coloco um ponto final. 
Quando você lê para uma criança “A casa é bonita”, para ela pode significar a que tem pai 
e mãe. Para outra criança, "casa bonita" é a que tem comida. Para outra, a que tem colchão. 
Eu não sei o que é casa bonita, quem sabe é o leitor. A importância para mim da literatura 
é também acreditar que o cidadão possui a palavra. O texto literário dá a palavra ao leitor. 
O texto literário convida o leitor a se dizer diante dele. Isso é o que há de mais importante 
para mim na literatura. 
QUEIRÓS. Bartolomeu Campos de. Entrevista. Disponível em . Acesso em 07 nov. 2018 
 
 (EAM – 2019) 
Em que opção há uma passagem em que o autor interage explicitamente com o leitor? 
A) “Eu não sei o que é casa bonita, quem sabe é o leitor.” 
B) “Quando você lê para uma criança “A casa é bonita", [...].” 
C) “O texto literário convida o leitor a se dizer diante dele. 
D) "Com a literatura, esse mundo sonhado consegue falar." 
E) "A importância para mim da literatura é também acreditar que [...].” 
 
 (EAM – 2019) 
Segundo o autor, o texto literário: 
A) permite diversas interpretações. 
B) rejeita o sonho, a imaginação. 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
C) prescinde do leitor. 
D) refuta o diálogo. 
E) se atém ao fato. 
 
Texto para as próximas questões 
A “sociedade do espetáculo” mostrou seu caráter de sensacionalidade. [...] Hoje, não 
somos mais apenas regidos por imagens, mas verdadeiramente dominados em nosso 
corpo, por meio de sensações que nos atingem de fora para dentro. [...] 
O capitalismo descobriu o mundo da sensação e passou a reger a vida em sociedade, por 
meio da administração dos sentidos, de táticas de excitação. Vivemos, como ratos de 
laboratório, frangos criados sob lâmpadas, excitados peio cinema e pela televisão que nos 
capturam e acomodam ao seu sistema. Em termos bem simples, vivemos ansiosos, 
nervosos, [...] e, sobretudo, loucos por emoções. Nas telas de celular, cultuamos a 
comunicação vazia, vivemos a emissão de expressão deturpada. Viciados em telinhas à 
mão, coisa que aprendemos com as grandes telas de cinema e televisão, sem consciência 
de que a excitação cura a excitação. A substância que nos tira a paz é a mesma que nos traz 
a paz, como nos ensina qualquer vício. Estresse digital será a doença do futuro. 
A “sociedade fissurada", em sentido filosófico, se define pela relação com o absoluto que 
se dá tanto por meio das drogas como substâncias físicas, quanto com Deus e outras ideias 
que se apresentam como substâncias metafísicas. Nesse contexto, estamos todos 
“chapados” porque, se estamos fissurados, isso quer dizer que, se havia algo, ele escapa 
pela fissura. Não temos como “reter" alguma coisa; por exemplo, nosso eu. Chapados, 
somos uma superfície plana quando antes éramos um organismo com alguma coisa 
dentro, quem sabe a alma. 
O preconceito tem a estrutura de nossa relação com a substância, dependemos dele, 
ficamos como que viciados em ideias e discursos prontos que não passam pelo crivo da 
reflexão. Repetimos compulsivamente ideias prontas como quem busca o incomparável 
prazer da primeira vez. O prazer da linguagem que, desacompanhado de pensamento, 
não existe. Caímos no uso abusivo da linguagem como se ela não gerasse 
comprometimentos e responsabilidades. [...] 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
Como um grande platô por onde tudoescorrega, a sociedade atual tem um caráter 
chapado reproduzido em seus indivíduos. As “platitudes” fazem sucesso como mercadoria 
e serviços: da autoajuda às músicas e filmes da indústria cultural que nada dizem, todos 
estão apaixonados, emocionados com clichês. O procedimento de copy-paste é o que 
comanda o mundo da linguagem sem ideias que sustenta as redes sociais e a televisão. O 
sujeito da sociedade chapada é sem fundo e sem relevo, sem dobras nem reentrâncias. 
Um sujeito do "irrelevante" transformado em capital. A intimidade, a interioridade, a alma, 
que dependiam da ideia de profundidade, tornaram-se assuntos caducos. Só o estilo, o 
fashion, o cool definem seu sentido. Desatentos a esses acontecimentos, nos tornamos 
escorregadios. Deixamos para trás o caráter que, na era anterior, foi forjado a duras penas. 
O consumismo torna-se o padrão de toda ação, até dos atos de fala. A reprodutibilidade 
sem fim de pensamentos vazios, de emoções e ações cuja função é apenas perpetuar o 
sistema, tudo o que possa evitar o questionamento - ele mesmo um perfurador de 
superfícies - é o que nos resta. 
TIBURI, Mareia. Chapados: sobre o uso abusivo da linguagem. Disponível em . Acesso em 
05 nov, 2018. Com adaptações. 
 
Fissura - 1. pequena abertura longitudinal em fenda, rachadura, sulco. 2. Ter grande apego 
ou paixão por; ficar apaixonado por. copy-paste - copiar e colar, cool - legal, bacana. 
Platô -1 - Palco de um teatro. 2 - Estúdio de cinema ou de televisão. 3 - Planalto. 
 
 (EAM – 2019) 
De acordo com o texto, é correto afirmar que: 
A) os indivíduos da sociedade fissurada consomem mercadorias e serviços voltados para a 
construção de suas identidades. 
B) a emissão de ideias vazias e discursos prontos é inversamente proporcional à reflexão 
crítica. 
C) a televisão e o cinema são responsáveis pela resolução “da excitação que cura a 
excitação". 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
D) a existência da televisão e do cinema nos dá maior liberdade e consciência da vida em 
sociedade. 
E) as músicas e filmes da indústria cultural são o caminho para as "platitudes”, ou seja, para 
plenitude libertadora dos clichês. 
 
 (EAM – 2019) 
Que aspecto do sujeito da sociedade chapada é enfatizado em “[Ele] é sem fundo e sem 
relevo, sem dobras nem reentrâncias[...].” (5°§)? 
A) Superficialidade. 
B) Lisura. 
C) Autenticidade. 
D) Instabilidade. 
E) Retidão. 
 
 (EAM – 2019) 
Em. "A substância que nos tira a paz é a mesma que nos traz a paz, como nos ensina 
qualquer vício.”(2°§), a passagem grifada apresenta uma ideia: 
A) ortodoxa. 
B) redundante. 
C) paradoxa. 
D) conciliadora. 
E) conservadora. 
 
 (EAM – 2019) 
Ao afirmar que "[...] ficamos como que viciados em ideias e discursos prontos que não 
passam pelo crivo da reflexão[...]." (4°§), a autora desenvolve a ideia de: 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
A) criticidade. 
B) independência. 
C) altruísmo. 
D) alienação. 
E) egocentrismo. 
 
 (EAM – 2019) 
Que outra passagem do texto expressa ideia semelhante a “Repetimos compulsivamente 
ideias prontas como quem busca o incomparável prazer da primeira vez." (4°§)? 
A) “Chapados, somos uma superfície plana quando antes éramos um organismo com 
alguma coisa dentro, quem sabe a alma." (3°§) 
B) “Como um grande platô por onde tudo escorrega, a sociedade atual tem um caráter 
chapado reproduzido em seus indivíduos.” (5°§) 
C) “O procedimento de copy-paste é o que comanda o mundo da linguagem sem ideias 
que sustenta as redes sociais e a televisão.” (5°§) 
D) "A substância que nos tira a paz é a mesma que nos traz a paz, como nos ensina qualquer 
vício." (2°§) 
E) "Em termos bem simples, vivemos ansiosos, nervosos, [...] e, sobretudo, loucos por 
emoções." (2°§ ) 
 
Texto para as próximas questões 
 A busca pela mobilidade urbana é um desafio enfrentado pela maioria das grandes 
cidades no Brasil, que esbarram em problemas como o privilégio aos transportes 
individuais. 
 A mobilidade urbana refere-se às condições de deslocamento da população no espaço 
geográfico das cidades. O termo é geralmente empregado para referir-se ao trânsito de 
veículos e também de pedestres, seja através do transporte individual (carros, motos, etc.), 
seja através do uso de transportes coletivos (ônibus, metrôs, etc.). 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
 Nos últimos anos, o debate sobre a mobilidade urbana no Brasil vem se acirrando cada 
vez mais, haja vista que a maior parte das grandes cidades do país vem encontrando 
dificuldades em desenvolver meios para diminuir a quantidade de congestionamentos ao 
longo do dia e o excesso de pedestres em áreas centrais dos espaços urbanos. Trata-se, 
também, de uma questão ambiental, pois o excesso de veículos nas ruas gera mais 
poluição, interferindo em problemas naturais e climáticos em larga escala e também nas 
próprias cidades, a exemplo do aumento do problema das ilhas de calor. 
 A principal causa dos problemas de mobilidade urbana no Brasil relaciona-se ao 
aumento do uso de transportes individuais em detrimento da utilização de transportes 
coletivos, embora esses últimos também encontrem dificuldades com a superlotação. Esse 
aumento do uso de veículos como carros e motos deve-se à má qualidade do transporte 
público no Brasil, ao aumento da renda média do brasileiro nos últimos anos, à redução 
de impostos por parte do Governo Federal sobre produtos industrializados (o que inclui 
os carros), à concessão de mais crédito ao consumidor e à herança histórica da política 
rodoviarista do país. 
 [...] 
 As principais soluções para o problema da mobilidade urbana, na visão de muitos 
especialistas, seria o estímulo aos transportes coletivos públicos, através da melhoria de 
suas qualidades e eficiências e do desenvolvimento de um trânsito focado na circulação 
desses veículos. Além disso, o incentivo à utilização de bicicletas, principalmente com a 
construção de ciclovias e ciclofaixas, também pode ser uma saída a ser mais bem 
trabalhada. 
 Outra questão referente à mobilidade urbana que precisa ser resolvida é o tempo de 
deslocamento, que vem aumentando não só pelos excessivos congestionamentos e 
trânsito lento nas ruas das cidades, mas também pelo crescimento desordenado delas, 
com o avanço da especulação imobiliária e a expansão das áreas periféricas, o que 
contrasta com o excessivo número de lotes vagos existentes. Se as cidades fossem mais 
compactas, os deslocamentos com veículos seriam mais rápidos e menos frequentes. 
 [...] 
 De toda forma, é preciso ampliar os debates, regulamentando ações públicas para o 
interesse da questão, tais como a difusão dos fóruns de mobilidade urbana e a melhoria 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
do Estatuto das Cidades, com ênfase na melhoria da qualidade e da eficiência dos 
deslocamentos por parte das populações. 
PENA, Rodolfo F. Alves. "Mobilidade urbana no Brasil"; Brasil Escola. Disponível em: 
http://brasilescola.uol.com.br/geografia/mobilidade-urbana-no-brasil.htm. Acesso em 21 
de novembro de 2017. 
 
 (EAM – 2018) 
Em que opção o elemento coesivo destacado está corretamente relacionado a seu 
referente no texto? 
A) “[...] mas também pelo crescimento desordenado delas [...].” (6°§) - cidades. 
B) “[...] referente à mobilidade urbana que precisa ser resolvida [...].” (6°§) - mobilidade 
urbana. 
C) “[...] através da melhoria de suas qualidades e eficiências [...].” (5°§) - especialistas. 
D) “[...] embora esses últimos também encontrem dificuldades [...].” (4°§) - transportes 
individuais. 
E) “[...] que esbarram em problemas como o privilégio [...].” (1°§)- busca pela mobilidade 
urbana. 
 
 (EAM – 2018) 
De acordo com o texto, é correto afirmar que 
A) a construção de mais rodovias resolveria a questão da mobilidade urbana. 
B) a mobilidade urbana é um problema exclusivo de países em desenvolvimento. 
C) a utilização de motos e bicicletas seria uma solução viável para a mobilidade urbana. 
D) o problema da mobilidade urbana refere-se ao trânsito de veículos pesados, como 
ônibus e metrôs. 
E) o tamanho das cidades contribui para os excessivos congestionamentos e para a 
lentidão do trânsito. 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
 
 (EAM – 2018) 
Em que opção as ideias expressas estão de acordo com o texto? 
A) Os congestionamentos estão diretamente relacionados com a política rodoviarista do 
país. 
B) O uso exclusivo de transportes coletivos resolveria o problema de mobilidade urbana. 
C) O crescimento desordenado das cidades também interfere na mobilidade urbana. 
D) O aumento de carros e motos nas ruas produz congestionamentos que absorvem as 
ilhas de calor. 
E) A construção de ciclovias já é uma solução amplamente utilizada nas grandes cidades. 
 
Texto para as próximas questões 
 Pelo mar fomos descobertos e a partir do mar e dos rios consolidamos nossa 
independência e fixamos as fronteiras ao norte, sul e a oeste; o que garantiu a integridade 
do nosso território, com dimensões continentais. Também pelo mar e rios, ao longo de 
nossa história, nos defendemos das mais graves agressões à soberania nacional. 
 Assim, entender a importância dos mares e rios exige a absorção de conhecimentos e 
percepções que, normalmente, deixam de estar à disposição de significativa parte do Povo 
Brasileiro; porém, cada vez mais, constatamos que é pela via marítima e hidrovias que 
trafegamos os produtos e serviços essenciais à pátria. 
 O nosso Brasil, continental, guarda relação inseparável com os espaços oceânicos e 
ribeirinhos, tanto devido à sua origem como por dispor de imensas riquezas que, 
seguramente, serão cada vez mais importantes para o desenvolvimento de nosso País. 
 Em datas importantes, como o Dia Nacional da Amazônia Azul, sempre devemos 
atentar para os conselhos de Rui Barbosa: “...mas não basta admirar: é preciso aprender e 
prosperar. O mar é o grande avisador. Pô-lo Deus a bramir junto ao nosso sono, para nos 
pregar que não durmamos. Por ora a sua proteção nos sorri, antes de se trocar em 
severidade...” 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
 Em decorrência da relevância dos fatos históricos que nos associam ao mar e aos rios e 
da magnitude das riquezas da Amazônia Azul, o Congresso Nacional, por meio da Lei 
n°13.187, de 2015, instituiu o dia 16 de novembro como “O Dia Nacional da Amazônia 
Azul”. 
 [...] 
 Tendo em vista as diretrizes da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar 
(CNUDM) e os estudos geopolíticos voltados para os oceanos, a “Oceanopolítica”, a 
Marinha do Brasil vem consolidando o conceito político-estratégico “Amazônia Azul”, que 
insere em posição decisiva os espaços oceânicos e ribeirinhos, sobre os destinos do Povo 
Brasileiro e na dinâmica das Relações Internacionais.[...] 
 O nosso território no mar é crucial na regulação do clima, absorvendo e paulatinamente 
liberando imensas quantidades de calor e processamento de nutrientes, por meio de ciclos 
naturais, e contempla ampla gama de serviços, reservas minerais e alimentos que 
beneficiam grande parcela da nossa população. 
 Cabe ressaltar as vulnerabilidades estratégicas, como as plataformas de exploração de 
petróleo e gás, usinas de energia e a localização, próximas à costa, de instalações sensíveis 
e de significativos centros populacionais e industriais do Brasil. Destacam-se, entre muitos, 
o complexo nuclear de Angra dos Reis e as mais importantes cidades e as maiores 
empresas de nosso País. Nos portos e terminais portuários circulam parcela preponderante 
das riquezas nacionais, tais como granéis sólidos e líquidos, contêineres e commodities de 
toda ordem, como aquelas oriundas do agronegócio. 
 A relevância em proteger esse legado tem direcionado a Marinha do Brasil na 
consecução dos seus programas estratégicos, entre outros: Programa Nuclear da Marinha, 
Programa de Desenvolvimento de Submarinos, Programa de Construção das Corvetas 
Classe Tamandaré e Obtenção da Capacidade Operacional Plena. Na atualidade, quando 
os desafios alcançam crescente dinâmica e as ameaças ocorrem a partir de cenários 
sempre complexos e multifacetados, estarmos preparados para defender a Amazônia Azul 
caracteriza condição imprescindível para que o País preserve e amplie a sua prosperidade 
e exerça a sua soberania, quando for necessário. Vale destacar que os programas 
estratégicos da Marinha do Brasil possuem forte sinergia com os setores acadêmicos, 
industriais e empresariais. 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
 [...] 
 Na ocasião em que comemoramos esta importante data, plena de envolvimentos com 
o nosso passado e basilar para um presente e futuro, devemos exaltar tão valioso 
patrimônio; entretanto, cônscios das dimensões que envolvem a Amazônia Azul: soberania 
nacional, diplomática, econômica, ambiental, científica, tecnológica e de inovação, 
relembramos, mais uma vez, as palavras de Rui Barbosa: “...O mar é um curso de força e 
uma escola de previdência. Todos os seus espetáculos são lições: não os contemplemos 
frivolamente...” 
 “...Esquadras não se improvisam...” 
BARBOSA JUNIOR, llques. ALTE ESQ. Dia Nacional da Amazônia Azul. Disponível em: 
<https://www.marinha.mil.br/content/dia-nacional-da-amazonia-azul> - Acesso em 20 nov. 
2017 - Com adaptações. 
 
 (EAM – 2018) 
De acordo com o texto, é correto afirmar que 
A) somente produtos do agronegócio circulam pelos portos do país e terminais portuários. 
B) grande parte do povo brasileiro ignora a importância dos mares e rios para a história do 
Brasil. 
C) a Amazônia Azul deve ser lembrada tão somente nas datas comemorativas, como 
aconselha Rui Barbosa. 
D) na atualidade, há demonstrações de ameaças reais que ocorrem de maneira complexa 
contra a Amazônia Azul. 
E) os programas estratégicos da Marinha do Brasil prescindem dos setores das indústrias 
e empresas, pois visam proteger o país. 
 
 (EAM – 2018) 
Que opção está de acordo com as ideias expressas no texto? 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
A) O Dia da Amazônia Azul foi instituído com a finalidade de exaltar o poderio bélico do 
Brasil. 
B) Os mares e rios foram responsáveis pelas mais graves agressões à soberania nacional. 
C) A localização de usinas de energia próximas à costa é estrategicamente benéfica ao país. 
D) A Marinha do Brasil desenvolve diversos programas estratégicos, a fim de proteger a 
Amazônia Azul. 
E) Produtos e serviços vitais para o Brasil são exclusivamente escoados através dos mares 
e rios. 
 
Texto para as próximas questões 
O trabalho dignifica o homem. O lazer dignifica a vida. 
 “Escolha um trabalho que você ame e não terá que trabalhar um único dia em sua vida.” 
A frase do pensador Confúcio tem sido o mantra de muitos que, embalados pela 
concepção de que ofício e prazer não precisam se opor, buscam um estilo de vida no qual 
a fonte de renda seja também fonte de alegria e satisfação pessoal. A questão é: trabalho 
é sempre trabalho. Pode ser bom, pode ser até divertido, mas não substitui a capacidade 
que só o lazer possui de tirar o peso de um cotidiano regido por prazos, horários, metas. 
 Não são poucas as pessoas que eu conheço que negligenciam descanso em prol da 
produção desenfreada, da busca frenética por resultado, ascensão,status, dinheiro. 
 Algo de errado em querer tudo isso? A meu ver, não. E sim. Não porque são dignas e, 
sobretudo, necessárias, a vontade de não ser medíocre naquilo que se faz e a recusa à 
estagnação. Sim, quando ambas comprometem momentos de entretenimento minando, 
aos poucos, a saúde física e mental de quem acha que sombra e água fresca são luxo e não 
merecimento. 
 Recentemente, um construtor com o qual eu conversava me disse que estava havia nove 
anos sem férias e lamentou o pouco tempo passado com os netos. O patrimônio milionário 
veio de dedicação e empenho. Mas custou caro também. Admirei a trajetória, a abdicação. 
Entretanto, senti um pesar por aquele homem com conta bancária polpuda e rosto abatido. 
Na hora me perguntei se era realmente preciso escolher entre sucesso e diversão. 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
Evidentemente, não. É simples e absolutamente viável conciliar o suor da batalha com 
mergulhos no mar, planilhas Excel com caipirinhas em fins de tarde. 
 Poucas coisas são tão eficazes na função de honrar alguém quanto o ofício que se 
exerce. Momentos de pausa, porém, honram o próprio ofício. A vida se equilibra 
justamente na possibilidade de converter o dinheiro advindo do esforço em ingressos para 
o show da banda preferida, passeios no parque, pipoca quentinha e viagens de barco. 
 Convivo com pessoas que amam o que fazem e se engrandecem cada vez que 
percebem como são eficientes na missão de dar sentido à profissão. Pessoas que, por meio 
de suas atribuições, transformam o mundo, sentem­-se úteis, reforçam talentos. Mas até 
essas se esgotam. É o famoso caso do jogador de futebol que, estressado com as 
cobranças do time, vai jogar uma “pelada” para relaxar. 
 Desculpe a petulância ao discordar, Confúcio, mas ainda que trabalhemos com o que 
amamos, será sempre trabalho. Muitas vezes prazeroso, outras tantas edificante..., mas 
nunca capaz, sozinho, de suprir toda uma vida. Arregacemos as mangas conscientes de 
que os pés na areia da praia e as rodas de amigos em bares são combustíveis importantes 
para o bom andamento da labuta diária. 
 Larissa Bittar (Adaptado). 
htlp://www.revÍstabula.com/7523-o-trabalho-dignifica-o-homem-o-lazer-dignifica-a-vida/ 
 
 (EAM – 2017) 
Com o pensamento “Escolha um trabalho que você ame e não terá que trabalhar um único 
dia em sua vida.”, Confúcio diz que 
A) amar é muito melhor que trabalhar. 
B) quem ama jamais precisa trabalhar. 
C) trabalhar é muito melhor do que amar. 
D) trabalhar no que se gosta, vira lazer. 
E) quem trabalha sem amor nunca tira férias. 
 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
 (EAM – 2017) 
Em que opção o trecho apresentado estabelece sentido de oposição? 
A) "Na hora me perguntei se era realmente preciso escolher entre sucesso e diversão.” 
(4°§) 
B) "Poucas coisas são tão eficazes na função de honrar alguém quanto o ofício que se 
exerce." (5°§) 
C) "Convivo com pessoas que amam o que fazem e se engrandecem cada vez que 
percebem como são eficientes na missão de dar sentido à profissão." (6°§) 
D) “Arregacemos as mangas conscientes de que os pés na areia da praia e as rodas de 
amigos em bares são combustíveis importantes para o bom andamento da labuta diária." 
(7°§) 
E) “Pode ser bom, pode ser até divertido, mas não substitui a capacidade que só o lazer 
possui de tirar o peso de um cotidiano regido por prazos, horários, metas.” (1°§) 
 
 
 (EAM – 2017) 
Em “Poucas coisas são tão eficazes na função de honrar alguém quanto o ofício que se 
exerce." (5°§), deve-se, corretamente, compreender que 
A) a eficácia de alguém ser honrado é um ofício para poucos. 
B) o ofício que se exerce é uma das poucas coisas que cumpre a função de honrar alguém. 
C) exercer um ofício que possa honrar alguém se torna tão pouco eficaz. 
D) são tão pouco eficazes as coisas para honrar alguém para quem exerce um ofício. 
E) as poucas coisas na função de honrar alguém são, no ofício que se exerce, tão eficazes 
quanto. 
 
Texto para as próximas questões 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
 Com o advento dos aparelhos móveis e a ampliação dos recursos dos celulares, a 
expansão da internet se dá de forma assustadora e seu uso passa de esporádico para 
instantâneo. Essa evolução, ao fortalecer o paradigma de "computador onde a pessoa se 
encontra, a qualquer hora e lugar", referindo-se aos aparelhos móveis, modifica, também, 
comportamentos como o chamado "vício eletrônico". 
 Antes, a expressão indicava o vício das pessoas que não conseguiam se desligar de 
seus computadores pra entrar nas redes sociais, jogar, fazer comentários ou verificar o que 
está sendo postado. Hoje, há mudanças e a situação se torna mais complexa e alarmante. 
Basta observar ao redor: pessoas caminhando e usando celular; pessoas em bares e 
restaurantes que não interagem com outras pessoas, mas com seus aparelhos. Crianças e 
adolescentes conectados o tempo todo. Adultos usando aparelhos de comunicação em 
festas e cerimônias formais. Imagens sendo postadas e divulgadas a cada momento. O 
chamado vício agora se irradia: as pessoas podem acessar suas informações em qualquer 
lugar e horário, pois carregam os aparelhos consigo. 
 Ao lado dos inúmeros serviços ofertados na internet, tais como a realização de 
pesquisas, serviços bancários, serviços públicos e a comercialização de produtos e 
serviços, entre outros, encontra-se uma forma de comunicação via redes sociais, que se 
tornou parte do dia a dia das pessoas em todo o mundo. O próprio conceito de redes 
sociais é antigo e indica a integração de pessoas que têm um objetivo comum e se 
comunicam para compartilhar idéias ou realizar ações conjuntas. No caso das redes sociais 
digitais, essa comunicação se dá por meio de uma tecnologia, que fornece acesso por meio 
de diversos tipos de aparelhos (celulares, tablets etc). Cada vez mais atraentes, as redes 
sociais são utilizadas, também, pelas empresas na promoção de seus bens e serviços, com 
base no perfil dos usuários e seus interesses. Há uma estrutura para capturar as 
informações via redes sociais e transformá-las em conteúdo para marketing e propaganda, 
para captar novos clientes ou garantir os existentes. 
 
 Percebe-se, entretanto, que as redes sociais digitais possuem um tempo de vida útil. A 
rede social digital mais utilizada, atualmente, começa a apresentar desgaste devido ao uso 
de "correntes", pensamentos de autores que nem sempre são verídicos, comentários 
pagos por partidos políticos e excesso de propagandas de empresas na comercialização 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
de seus produtos e serviços. Essas informações descaracterizam o que inicialmente seria 
utilizado para que as pessoas se comunicassem. 
 Além dos problemas psicológicos de vício e isolamento social que estão sendo 
estudados, não se podem negligenciar outros itens no quesito saúde, devido à radiação e 
ao contato direto com os aparelhos, que trazem problemas como diminuição da visão, 
tendinite, dor nas costas, má postura e ansiedade, entre outros. Destaca-se, por sua vez, o 
lado fantástico dessa tecnologia que possibilita comunicação em tempo real, com fotos, 
imagens e comentários, o que pode aproximar as pessoas e colocá-las a par dos 
acontecimentos familiares, de relacionamentos e de acontecimentos de interesse público, 
mesmo a longa distância. Inclusive comenta-se que as pessoas nunca escreveram ou leram 
tanto como após o advento das tecnologias de informação e comunicação, Não vamos 
entrar aqui no mérito do que ede como se escreve, o que tem se tornado preocupação 
dos professores e professoras de Língua Portuguesa pela qualidade duvidosa e pelos 
incontáveis erros de escrita que circulam pela internet. 
 Enfim, devemos aprender a dosar o uso das novas tecnologias de comunicação para 
que seus benefícios possam ser aproveitados de maneira a contribuir para a real 
aproximação e compartilhamento entre as pessoas, com liberdade e não como escravidão 
e dominação. 
(TAIT, Tania. As redes sociais digitais: necessidade ou vício?. Em 
http://www.gazetadopovo.com.br - 28 abril de 2014. Com adaptações) 
 
 (EAM – 2016) 
É correto afirmar, a partir do texto, que 
A) para as empresas, as redes sociais são utilizadas como passatempo para os funcionários 
que captam novos clientes. 
B) o conceito de redes sociais surgiu a partir da expansão da internet. 
C) a efemeridade é uma das características marcantes das redes sociais digitais. 
D) os professores de Língua Portuguesa já não se sentem preocupados com o avanço das 
redes sociais digitais as quais possibilitam que as pessoas leiam e escrevam muito mais do 
que antigamente. 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
E) as empresas ajudam as pessoas no dia a dia, oferecendo acesso às redes sociais e 
transformando as informações em conteúdo para marketing e propaganda. 
 
 (EAM – 2016) 
Com relação ao texto, assinale a opção correta. 
A) Graças às redes sociais, as pessoas se tornaram viciadas em leitura e escrita. 
B) Depois do advento dos aparelhos móveis, as pessoas contraíram tendinite e ansiedade 
social. 
C) O fato de as pessoas lerem e escreverem mais causou espanto nos professores de 
Língua Portuguesa. 
D) As novas tecnologias precisam ser dosadas, pois todo exagero acarreta desequilíbrio. 
E) O isolamento nas redes sociais é causado pelas propagandas das empresas e pelos 
comentários pagos por partidos políticos. 
 
 (EAM – 2016) 
Com base no texto, assinale a opção correta. 
A) O uso de redes sociais digitais traz benefícios e malefícios, mas estes superam aqueles. 
B) As redes sociais são benéficas, desde que usadas para que as pessoas se aproximem, 
compartilhem ideias e realizem ações conjuntas. 
C) Há uma crítica veemente aos erros de escrita produzidos peias pessoas nas redes sociais. 
D) O quinto parágrafo ratifica o conceito de redes sociais, mostrado no terceiro. 
E) O texto analisa o chamado "vício eletrônico", mostrando que esse problema afeta 
exclusivamente crianças e adolescentes. 
 
 (Fuzileiro Naval – 2019) 
Texto 4 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
Por que as listras da pasta de dente não se misturam dentro do tubo? 
(Leonardo Menezes, Rio de Janeiro, RJ) 
Primeiro porque os ingredientes de cores diferentes ficam armazenados em 
compartimentos separados. Segundo, porque as listras só aparecem perto da boca do 
tubo. A bisnaga inteira é preenchida por creme dental comum, de cor branca. Nas laterais 
superiores do tubo, encontramos o gel colorido que dá forma às listras. O segredo é que 
o gel e o creme seguem por “estradas” exclusivas até bem perto da saída. A parte branca 
sobe por um duto que tem pouco mais de meio centímetro de diâmetro, a mesma 
dimensão da pasta que chega até a escova. O gel, por sua vez, flui por quatro buraquinhos 
de 1 milímetro que desembocam no duto principal. Lá dentro, as pequenas saídas de gel 
interceptam o fluxo de pasta branca e as listras coloridas começam a se espalhar pelo 
creme. Como isso acontece a apenas 1,5 centímetro da saída, os filetes coloridos saem 
quase intactos. Eles só vão se juntar dentro da boca, na hora em que a gente escova os 
dentes. 
(Mundo Estranho, n.26) 
 
No texto 4, no fragmento ”Eles só vão se juntar dentro da boca (…)“ o pronome destacado 
retoma a: 
(A) Intactos. 
(B) Filetes coloridos. 
(C) Gel. 
(D) Cremes. 
(E) Buraquinhos. 
 
 (Fuzileiro Naval – 2018) 
TEXTO 3 
Os principais problemas da agricultura brasileira referem-se muito mais à diversidade dos 
impactos causados pelo caráter da modernização, do que à persistência de segmentos que 
dela teriam ficado imunes. Se hoje existem milhões de estabelecimentos agrícolas 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
marginalizados, isso se deve muito mais à natureza do próprio processo de modernização, 
do que à sua suposta falta de abrangência. 
(Folha de São Paulo, 13/09/94, 2-2) 
 
Segundo o texto 3, é correto afirmar que 
A) o processo de modernização deve tornar-se mais abrangente para implementar a 
agricultura. 
B) os problemas da agricultura resultam da inadequação do processo de modernização do 
setor. 
C) os problemas da agricultura resultam dos impactos causados pela modernização 
progressiva do setor. 
D) segmentos do setor agrícola não adotam processos modernos. 
E) os problemas da agricultura decorrem da adequação do processo de modernização do 
setor. 
 
Texto para as próximas questões : 
Para que ninguém a quisesse 
Porque os homens olhavam demais para a sua mulher, mandou que descesse a bainha dos 
vestidos e parasse de se pintar. 
Apesar disso, sua beleza chamava a atenção, e ele foi obrigado a exigir que eliminasse os 
decotes, jogasse fora os sapatos de saltos altos. Dos armários tirou as roupas de seda, da 
gaveta tirou todas as joias. E vendo que, ainda assim, um ou outro olhar viril se acendia à 
passagem dela, pegou a tesoura e tosquiou-lhe os longos cabelos. 
Agora podia viver descansado. Ninguém a olhava duas vezes, homem nenhum se 
interessava por ela. Esquiva como um gato, não mais atravessava praças. E evitava sair. Tão 
esquiva se fez, que ele foi deixando de ocupar-se dela, permitindo que fluísse em silêncio 
pelos cômodos, mimetizada com os móveis e as sombras. 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
Uma fina saudade, porém, começou a alinhavar-se em seus dias. Não saudade da mulher. 
Mas do desejo inflamado que tivera por ela. 
Então lhe trouxe um batom. No outro dia um corte de seda. À noite tirou do bolso uma 
rosa de cetim para enfeitar-lhe o que restava dos cabelos. 
Mas ela tinha desaprendido a gostar dessas coisas, nem pensava mais em lhe agradar. 
Largou o tecido em uma gaveta, esqueceu o batom. E continuou andando pela casa de 
vestido de chita, enquanto a rosa desbotava sobre a cômoda. 
Marina Colasanti http://www.contioutra.com/para-que-ninguem-aquisesse-marina-
colasanti/ 
 
 (ESA – 2019) 
Assinale o item em que a explicação corresponde ao excerto citado: 
a) " ... permitindo que fluísse em silêncio pelos cômodos ... "I A esposa silencia para 
agradar o marido. 
b) "Largou o tecido em uma gaveta, esqueceu o batom." I Ela não tem mais atitudes 
humanas por causa da anulação de sua identidade. 
c) "Uma fina saudade, porém, começou a alinhavar-se em seus dias."/ A esposa perde a 
matéria que a torna ser. 
d) "E continuou andando pela casa de vestido de chita."/ Reforça a ideia de que o homem 
não se importava com a esposa. 
e) “Ninguém a olhava duas vezes."/ Sua aparência não mais chamava a atenção 
 
 (ESA – 2019) 
Marina Colasanti ressalta tanto a violência física quanto a violência simbólica praticada 
contra a mulher. Assinale o item em que há um exemplo de violência física: 
a) “...pegou a tesoura e tosquiou-lhe os longos cabelos." 
b) "Dos armários tirou as roupas de seda, da gaveta tirou todas as joias. 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
c) "...foi obrigado a exigir que eliminasse os decotes, jogasse fora os sapatos de saltos 
altos.". 
d) "... mandou que descesse a bainha dos vestidos e parasse de se pintar." 
e) “... um ou outro olhar viril se acendia à passagem dela,...” 
 
 (ESA– 2019) 
Assinale a alternativa que explica o sentido do trecho "enquanto a rosa desbotava sobre a 
cômoda": 
a) O desbotamento da rosa simboliza a perda do estereótipo de fragilidade imputado à 
mulher. 
b) A perda de cor da rosa equivale ao comportamento de resistência e força da mulher. 
c) O desbotamento sugere raiva e desleixo da personagem, que não cuidou da rosa. 
d) A imagem da rosa desbotada traduz a anulação da identidade da personagem. 
e) A rosa, tanto no conto como na literatura universal, simboliza a anatomia da mulher. 
 
Texto para as próximas questões 
Eu que nasci na Era da Fumaça: - trenzinho 
vagaroso com vagarosas 
paradas 
em cada estaçãozinha pobre 
para comprar 
pastéis 
pés de moleque 
sonhos 
- principalmente sonhos! 
porque as moças da cidade vinham olhar o trem passar: 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
elas suspirando maravilhosas viagens 
e a gente com um desejo súbito de ali ficar morando 
sempre... nisto, 
o apito da locomotiva 
e o trem se afastando 
e o trem arquejando 
é preciso partir 
é preciso chegar 
é preciso partir é preciso chegar... Ah, como essa vida é urgente! 
... no entanto 
eu gostava era mesmo de partir... 
e – até hoje – quando embarco 
para alguma parte 
acomodo-me no meu lugar 
fecho os olhos e sonho: 
viajar, viajar 
mas para parte nenhuma... 
viajar indefinidamente... 
como uma nave espacial perdida entre as estrelas. 
(QUINTANA, Mário. Baú de Espantos. in: MARÇAL, Iguami Antônio T. Antologia Escolar, 
Vol.1; BIBLIEX; p. 169.) 
 
 (ESA – 2011) 
Em função do que é dito nos versos do poema, observa-se que o “eu lírico”: 
A) viaja, não só fisicamente, mas também por meio de seus pensamentos. 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
B) é um homem agitado, que leva uma vida de passageiro com luxo e mordomias. 
C) deseja ser mau e mórbido, por isso faz suas viagens pelas estrelas. 
D) tem fome e pouco dinheiro, logo não gasta com comidas que não alimentam. 
E) é uma voz que clama por tranquilidade e brada contra a poluição do ar. 
 
 (ESA – 2011) 
Levando em conta o contexto do poema, em qual das alternativas há um sentido 
semelhante ao de “acomodo-me no meu lugar” ? 
A) Ajeito-me no meu canto. 
B) Entendo-me com minhas ideias. 
C) Adapto-me ao meio em que vivo. 
D) Limito-me a ficar pensativo. 
E) Satisfaço-me com o lugar que me dão. 
 
 (ESA – 2011) 
A expressão “viajar indefinidamente” só NÃO significa 
A) viajar sem se preocupar com o tempo de chegar. 
B) aventurar-se pelo mundo sem ter um objetivo definido. 
C) passear de modo errante, a esmo. 
D) sair por aí sem definir o nome das pessoas conhecidas. 
E ) não ter a preocupação de saber o lugar para onde se vai. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
Texto para as próximas questões 
 
 
 (Col. Naval – 2012) 
A fala de Miguelito, no último quadrinho do texto II, revela uma atitude 
A) alienada. 
B) condolente. 
C) reflexiva. 
D) firme. 
E) irresponsável. 
 
 (Col. Naval – 2012) 
Assinale a opção que melhor caracteriza a mensagem do texto II. 
A) O consumo de bens materiais está diretamente relacionado com a felicidade. 
B) A televisão incentiva os telespectadores a consumirem diferentes produtos e serviços. 
C) A felicidade só pode ser alcançada através do consumo dos produtos anunciados em 
diferentes meios de comunicação. 
D) O principal papel da televisão ê anunciar produtos que serão comprados pelos 
telespectadores. 
E) As coisas boas veiculadas pela televisão fazem com que os telespectadores sejam felizes. 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
 (Col. Naval – 2013) 
 
 
Que termo resume a ideia apresentada no texto? 
A) Abnegação. 
B) Perseverança. 
C) Altruísmo. 
D) Improbidade. 
E) Comodismo. 
 
 (Col. Naval – 2019) 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
 
 
 
Infere-se do texto que: 
A) água é comparada com Wi-fi porque ambos são importantes hoje em dia 
B) o comportamento das pessoas mudou totalmente com a chegada do Wi-fi, 
C) atualmente, as pessoas têm vergonha de pedir água na casa dos outros. 
D) pedir água indica intimidade; pedir a senha do Wi-fi indica modernidade. 
E) água significa manutenção da vida; Wi-fi, adaptação ao mundo moderno. 
 
 (Col. Naval – 2018) 
 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
 
No texto apresentado, o autor: 
A) não tem intenção de se comunicar com o leitor. 
B) gera ambiguidade na articulação dos vocábulos. 
C) explora a polissemia como recurso para gerar humor. 
D) divulga determinado produto para venda. 
E) articula palavras contrárias, comprometendo o sentido a ser veiculado. 
 
 (EAM – 2014) 
ÔNIBUS LOTADO 
O ônibus aguardava no ponto final, no alto de uma ladeira. Após os passageiros entrarem, 
seguiu ladeira abaixo. 
Eis que um homem de bigode, de meia-idade, começou a correr atrás do ônibus. 
 
Da janela, um passageiro gritou: 
- Esquece, cara! O busão já tá lotado. 
E o senhor, ofegante: 
- Não posso. Sou o motorista! 
Almanaque Brasil, 02\07\2009 (adaptado). 
 
O homem de bigode corria ofegante porque 
A) ele era um passageiro atrasado. 
B) o ônibus já estava lotado. 
C) ele era o motorista do ônibus. 
D) o ônibus já estava com a saída atrasada. 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
E) um passageiro não quis pagar a passagem. 
 
 (EAM – 2009) 
 
 
 
O pronome demonstrativo usado em ". . . sou eu sentado nesta caixa" se justifica porque o 
falante. 
A) situa a caixa perto de si. 
B) pretende tomar a caixa de seu ouvinte. 
C) refere-se à caixa utilizada por seu ouvinte. 
D) dá ênfase ao objeto utilizado por seu interlocutor. 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
E) retoma o termo "caixa" empregado no quadrinho anterior. 
 
Texto para as próximas questões 
TEXTO II 
Descobri aos 13 anos que o que me dava prazer nas leituras não era a beleza das frases, 
mas a doença delas. 
Comuniquei ao Padre Ezequiel, um meu Preceptor, esse gosto esquisito. 
Eu pensava que fosse um sujeito escaleno. 
- Gostar de fazer defeitos na frase é muito saudável, o Padre me disse. 
Ele fez um limpamento em meus receios. 
O Padre falou ainda: Manoel, isso não é doença, pode muito que você carregue para o 
resto da vida um certo gosto por nadas. . . 
E se riu. 
Você não é de bugre? - ele continuou. 
Que sim, eu respondi. 
Veja que bugre só pega por desvios, não anda em estradas 
- Pois é nos desvios que encontra as melhores surpresas e os ariticuns maduros. 
Há que saber apenas errar bem o seu idioma. Esse Padre Ezequiel foi o meu primeiro 
professor de agramática. 
BARROS, Manoel de. O livro das ignorãças. 9 ed. Rio de Janeiro: Record, 2000. 
 
 (EAM – 2009) 
O narrador sofreu um "limpamento" em seus receios. O que ocasionou isso? 
A) O desejo do garoto de ser um "sujeito escaleno". 
B) A insatisfação do garoto em relação ao seu gosto esquisito. 
C) O medo do preceptor de que o garoto sofresse um desgosto. 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
D) A dúvida do padre quanto ao caminho que o garoto seguiria. 
E) A declaração do padre de que "gostar de fazer defeitos na frase é muito saudável". 
 
 (EAM – 2009) 
"Comuniquei ao Padre Ezequiel, um meu Preceptor, / esse gosto esquisito." (versos 4 e 5). 
Esse gosto é considerado esquisito porque; 
A) é algo fora do comum. 
B) elogia os gramáticos. 
C) define o caráter do narrador. 
D)causa surpresa no preceptor. 
E) propõe uma alteração nas gramáticas. 
 
 (EAM – 2009) 
Pôr-do-sol da freira 
Premiado no Brasil e no estrangeiro, famoso já, coberto de glórias literárias e sociais, ele 
chegou em casa e encontrou a filha em prantos. 
- Que foi, filhinha? 
A filhinha já não era tão filhinha. Dezoito anos, terminava o científico. E foi entre soluços 
que ela contou o drama: estava ameaçada de levar bomba em Português. Autora das 
piores redações de todo o ano letivo, a madre professora dera a chance: ou fazia uma 
composição decente que redimisse todos os pecados acumulados ou ficava sem média 
para os exames. E ela - que brilhava em Matemática, que ganhara o prêmio de viagem a 
Mataripe pela melhor nota de Geografia, que era autoridade em Renascença e em Guerras 
Púnicas - sentiu na boca o gosto amargo da bomba a caminho. 
- Uma humilhação! - berrou o pai pelo meio da sala. A filha de um homem traduzido em 
chinês, em copta, em servo-croata, editado pelo MacMillan, da Academia Brasileira de 
Letras, patrono de escolas e universidades, ter uma filha ameaçada de bomba em redação! 
Uma vergonha! 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
A filha enxugou as lágrimas. O pai, ferido no orgulho, quebraria o galho agora. E quase 
quebrou a sopeira que vinha da cozinha. 
- Suspendam o jantar ! Vou fazer a redação para minha filha. Quero ver o que essa freira 
de... 
- Papai ! 
- ...vai dizer da minha composição! 
Quando o homem atingia ao palavrão é que o negócio estava preto mesmo. E tão preto 
que todo mundo começou a pisar na ponta dos pés, em respeito à concentração intelectual 
do chefe da casa, que se trancara no gabinete. 
Limpou a mesa, varejou papéis velhos e apanhou a caneta de estimação, a mesma com 
que escrevera seu maior exito de venda e crítica, Os Selvagens. Aquela pena fora elogiada 
por William Faulkner e John dos Passos. Pois com aquela pena começou. 
- Qual é o tema? 
- Pôr-do-sol, papai. 
Tacou um pôr-do-sol caprichadíssimo, cheio de ela tintas sangrentas no horizonte e 
suspiros de lagos plácidos que anoiteciam. Lembrou-se de todos os pores-do-sol que vira 
nas folhinhas de armazém, remoeu a alma para ressuscitar deslumbramentos de seus 18 
anos e depois de meia hora as 30 linhas fatais estavam cumpridas. Releu em voz alta, foi 
severo na revisão, substituiu um "profundamente" por um "essencialmente", alterou a 
regência de um verbo e deu por limpa e acabada a prova: 
- Copie com sua letra agora! Vai ser barbada! 
Os eventos da noite trouxeram esquecimento e paz sobre o assunto. Jantaram, viram um 
filme pela televisão, a irmã recém-casada apareceu na visita de todas as noites, finalmente 
foram dormir. 
O homem acordou ao meio-dia, com outro bode armado na sala de baixo. Sob as cobertas, 
distinguia o choro de sua filha e as vozes abafadas que a consolavam. 
Desceu de pijama mesmo. 
- Que está havendo nesta casa? 
A filha correu para ele, de braços abertos: 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
- Papai, a freira deu bomba no senhor: quatro! 
E o pai, traduzido em servo-croata, editado pelo MacMillan, deu um uivo e rolou pela 
escada, espumando contra a freira e contra o pôr-do-sol. 
CONY, Carlos H. Pôr-do-sol da freira. In: CONY, Carlos H. Quinze anos. São Paulo: Ediouro, 
2003, pp. 30-32. 
 
Do texto, compreende-se que; 
A) a filha tinha dificuldades em todas as matérias. 
B) a professora não sabia ensinar língua portuguesa. 
C) O processo de redigir era uma tarefa difícil para o pai. 
D) O escritor e a menina eram antipatizados pela professora. 
E) o pai e a filha se ressentem com o desfecho da história. 
 
Texto para as próximas questões 
Metapoesia 
Não sei o que fazer com essa falta de inspiração. 
Sei que ontem a sucumbi e dormi sobre seus 
escombros e agora, saudosa, a procuro; 
 
Sei que não consigo escrever. 
Nem adianta observar lagartos em sua modorra sobre lajes, 
não adianta ver os beijos dos enamorados nas praças ou 
apreciar o idílio dos diáfanos cisnes no lago ao lado. 
 
Tudo me lembra poesia, 
Mas ela de mim não se lembra. 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
Não me faz rápida visita sequer! 
Quando ela chegar, 
 
Irei dizer-lhe metáforas, prosopopeias, 
Cobrirei seus ombros de pétalas 
Alvas, sonoras, quentes. 
 
Enquanto não a recebo, 
vejo o menino que passa 
descalço levando nas costas 
as intempéries da vida. 
 
Pior do que não versejar sobre casais enamorados, 
cisnes ou lagartos 
é não poder eufemizar a vida do menino pobre que passa. 
GURGEL, Nádia. Metapoesia. In: MEDEIROS, Giselda. A7EB Letras. Fortaleza: RBS, 2003, p. 
168. 
 
 
 (EAM – 2008) 
A leitura do texto METAPOESIA esclarece-nos que a autora; 
A) não tem dificuldades de encontrar novas temáticas. 
B) elabora muito bem os eufemismos. 
C) inspira-se com o que lhe traz a visão. 
D) tem problemas com a inspiração. 
E) é exímia na construção de figuras de linguagem 
 
 
 
 
 
 
84 
Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
 
 (EAM – 2008) 
Com relação aos desejos da poetisa e o que constata na própria realidade, percebe-se que 
existe um sentimento de; 
A) inconstância. 
B) desespero. 
C) impotência. 
D) raiva. 
E) indiferença. 
 
 (EAM – 2010) 
 
 
Analise as afirmativas abaixo. 
I - O texto critica as mudanças que ocorrerão na Língua Portuguesa, em função do novo 
acordo ortográfico. 
II - A linguagem utilizada pelo sobrinho contradiz a justificativa dada pelo tio, no primeiro 
quadrinho, ao pedir ajuda a fim de entender o acordo ortográfico. 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
III- Ao ler o texto do sobrinho, o tio percebe que o menino não pode ajudá-lo a entender o 
acordo ortográfico porque não parece estar interessado nas mudanças ocorridas. 
 
Assinale a opção correta. 
A) Apenas a afirmativa I é verdadeira. 
B) Apenas a afirmativa II é verdadeira. 
C) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras. 
D) Apenas as afirmativas I e III são verdadeiras. 
E) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras. 
 
Textos para as próximas questões 
TEXTO 1 – Vamos acabar com esta folga 
O negócio aconteceu num café. Tinha uma porção de sujeitos, sentados nesse café, 
tomando umas e outras. Havia brasileiros, portugueses, franceses, argelinos, alemães, o 
diabo. 
De repente, um alemão forte pra cachorro levantou e gritou que não via homem pra ele ali 
dentro. Houve a surpresa inicial, motivada pela preocupação, e logo um turco, tão forte 
como o alemão, levantou-se de lá e perguntou: 
- Isso é comigo? 
- Pode ser com você também- respondeu o alemão. 
Aí então o turco avançou para o alemão e levou uma traulitada tão segura que caiu no chão. 
Vai daí o alemão repetiu que não havia homem ali dentro pra ele. Queimou-se então um 
português que era maior ainda do que o turco. Queimou-se e não conversou. Partiu para 
cima do alemão e não teve outra sorte. Levou um murro debaixo dos queixos e caiu sem 
sentidos. 
O alemão limpou as mãos, deu mais um gole no chope e fez ver aos presentes que o que 
ele dizia era certo. Não havia homem para ele ali naquele café.[…] Até que, lá do canto do 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
café, levantou-se um brasileiro magrinho, cheio de picardia, para perguntar, como os 
outros: 
- Isso é comigo? 
O alemão voltou a dizer que podia ser. Então o brasileiro deu um sorriso cheio de bossa e 
veio vindo gingando assim pro lado do alemão. Parou perto, balançou o corpo e...PIMBA!O 
alemão deu-lhe uma porrada na cabeça com tanta força que quase desmonta o brasileiro. 
Como, minha senhora? Qual é o fimda história? Pois a história termina aí, madame. 
Termina aí que é pros brasileiros perderem essa mania de pisar macio e pensar que são 
mais malandros do que os outros. 
(Stanislaw Ponte Preta) 
 
TEXTO 2 – O violão e o vilão 
Havia a viola da vila, 
a viola e o violão. 
Do vilão era a viola, 
e da Olívia o violão. 
 
O violão da Olívia dava 
vida à vila, à vila dela. 
 
O violão duvidava 
da vida, da viola e dela. 
 
Não vive Olívia na vila, 
na vila nem na viola. 
O vilão levou-lhe a vida, 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
levando o violão dela. 
 
No vale, a vila de Olívia 
vela a vida 
no seu violão vivida 
e por um vilão levada. 
 
Vida de Olívia - levada 
por um violão violento. 
Violeta violada 
pela viola do vento. 
 (Cecília Meireles) 
 
 (Fuzileiro Naval – 2019) 
Tome como referência as seguintes frases: texto 1 “ O negócio aconteceu num café. Tinha 
uma porção de sujeitos, sentados nesse café, tomando umas e outras.” e texto 2 “ Havia a 
viola da vila, a viola e o violão. Do vilão era a viola, e da Olívia o violão.” – linhas 01 a 04. Há 
uma diferença na linguagem e no estilo utilizados nos dois textos, caracterizando-os, 
respectivamente, como: 
A) música e texto. 
B) verbal e não verbal. 
C) texto e poesia. 
D) prosa e poesia. 
E) texto e prosa. 
 
 (Fuzileiro Naval – 2019) 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
Segundo o texto 2, é correto afirmar que: 
A) Olívia e o vilão eram parentes. 
B) O vilão tirou a vida de Olívia de alguma forma. 
C) Olívia toca vários tipos de instrumentos. 
D) A vila que Olívia vivia era muito perigosa. 
E) Olívia matou o vilão, que era o violão. 
 
 (Fuzileiro Naval – 2019) 
No texto 1, por que a senhora achou que a história não tinha terminado? 
A) Porque ainda tinham outras pessoas no bar para enfrentar o alemão. 
B) Porque ela esperava uma história mais longa. 
C) Porque faltou um ponto final representando o término do texto. 
D) Porque como todo brasileiro, mesmo apanhando, ele não iria desistir. 
E) Porque ela tinha a convicção de que o brasileiro não levaria a pior como os outros. 
 
 (Fuzileiro Naval – 2019) 
O texto 1 “ Vamos acabar com esta folga” é uma crônica que retrata uma situação 
envolvendo pessoas nascidas em vários países que estão tomando “umas e outras” em um 
café. Que período representa melhor a ideia sugerida no título do texto? 
A) ”Pois a história termina aí, madame. Termina aí que é pros brasileiros perderem essa 
mania de pisar macio e pensar que são mais malandros do que os outros.“ - linhas 40 a 43. 
B) ”De repente, um alemão forte pra cachorro levantou e gritou que não via homem pra ele 
ali dentro.“ - linhas 06 a 08. 
C) ”O alemão limpou as mãos, deu mais um gole no chope e fez ver aos presentes que o 
que ele dizia era certo.“ - linhas 24 a 26. 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
D) ”Queimou-se então um português que era maior ainda do que o turco. Queimou-se e 
não conversou.“ - linhas 18 a 20. 
E) ”- Pode ser com você também - respondeu o Alemão.“ - linhas 13 e 14. 
 
 (Fuzileiro Naval – 2019) 
Texto 3 
 
No segundo quadrinho do texto 3, observando o contexto da tirinha, a frase “ Vá pegá-lo, 
Garfield!” apresenta um vício de linguagem, esse desvio é chamado: 
A) Barbarismo. 
B) Solecismo. 
C) Preciosismo. 
D) Vulgarismo. 
E) Ambiguidade. 
 
Textos para as próximas questões 
TEXTO 1 – FUGA 
Mal colocou o papel na máquina, o menino começou a empurrar uma cadeira pela sala, 
fazendo um barulho infernal. 
- Para com esse barulho, meu filho – falou, sem se voltar. 
Com três anos já sabia reagir como homem ao impacto das grandes injustiças paternas: 
Não estava fazendo barulho, estava só empurrando uma cadeira. 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
- Pois então para de empurrar a cadeira. 
- Eu vou embora – foi a resposta. 
Distraído, o pai não reparou que ele juntava ação às palavras, no ato de juntar do chão suas 
coisinhas, enrolando-as num pedaço de pano. Era a sua bagagem: um caminhão de 
madeira com apenas três rodas, um resto de biscoito, uma chave (onde diabo meteram a 
chave da dispensa? - a mãe mais tarde irá dizer), metade de uma tesoura enferrujada, sua 
única arma para a grande aventura, um botão amarrado num barbante. 
A calma que baixou então na sala era vagamente inquietante. De repente, o pai olhou ao 
redor e não viu o menino. Deu com a porta da rua aberta, correu até o portão: 
- Viu um menino saindo desta casa? - gritou para o operário que descansava diante da obra 
do outro lado da rua, sentado no meio-fio. 
- Saiu agora mesmo com uma trouxinha – informou ele. 
Correu até a esquina e teve tempo de vê-lo ao longe, caminhando cabisbaixo ao longo do 
muro. A trouxa, arrastada no chão, ia deixando pelo caminho alguns de seus pertences: o 
botão, o pedaço de biscoito e – saíra de casa desprevenido – uma moeda de 1 cruzeiro. 
Chamou-o, mas ele apertou o passinho, abriu a correr em direção à avenida, como 
disposto a atirar-se diante do lotação que surgia a distância. 
– Meu filho, cuidado! 
O lotação deu uma freada brusca, uma guinada para a esquerda, os pneus cantaram no 
asfalto. O menino, assustado, arrepiou carreira. O pai precipitou-se e o arrebanhou com o 
braço como a um animalzinho: 
- Que susto você me passou, meu filho – e apertava-o contra o peito fora de si. 
– Deixa eu descer, papai. Você está me machucando. 
Irresoluto, o pai pensava agora se não seria o caso de lhe dar umas palmadas: 
- Machucando, é? Fazer uma coisa dessas com seu pai. - Me larga. Eu quero ir embora. 
Trouxe-o para casa e o largou novamente na sala – tendo antes o cuidado de fechar a porta 
da rua e retirar a chave, como ele fizera com a da despensa. 
- Fique aí quietinho, está ouvindo? Papai está trabalhando. 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
- Fico, mas vou empurrar esta cadeira. 
E o barulho recomeçou. 
(Fernando Sabino) 
 
TEXTO II 
Profundamente 
Quando ontem adormeci 
Na noite de São João 
Havia alegria e rumor 
Estrondos de bombas luzes de Bengala 
Vozes, cantigas e risos 
Ao pé das fogueiras acesas. 
 
No meio da noite despertei 
Não ouvi mais vozes nem risos 
Apenas balões 
Passavam, errantes 
 
Silenciosamente 
Apenas de vez em quando 
O ruído de um bonde 
Cortava o silêncio 
Como um túnel. 
Onde estavam os que há pouco 
Dançavam 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
Cantavam 
E riam 
Ao pé das fogueiras acesas? 
 
— Estavam todos dormindo 
Estavam todos deitados 
Dormindo 
Profundamente. 
* 
Quando eu tinha seis anos 
Não pude ver o fim da festa de São João 
Porque adormeci 
 
Hoje não ouço mais as vozes daquele tempo 
Minha avó 
Meu avô 
Totônio Rodrigues 
Tomásia 
Rosa 
Onde estão todos eles? 
 
— Estão todos dormindo 
Estão todos deitados 
Dormindo 
Profundamente. 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
(Manuel Bandeira) 
 
TEXTO 3 
Os principais problemas da agricultura brasileira referem-se muito mais à diversidade dos 
impactos causados pelo caráter da modernização, do que à persistência de segmentos que 
dela teriam ficado imunes. Se hoje existem milhões de estabelecimentos agrícolas 
marginalizados, isso se deve muito mais à natureza do próprio processo de modernização, 
do que à sua suposta falta de abrangência. 
(Folha de São Paulo, 13/09/94, 2-2) 
 
 
TEXTO 4 
 
 
 (Fuzileiro Naval – 2018) 
Os textos 1, 2, 3 e 4 podem ser classificados, respectivamente, como 
A) artigo, narrativa, relato e tirinha. 
B) narrativa,poema, reportagem e charge. 
C) artigo, poema, reportagem e tirinha. 
D) narrativa, poema, reportagem e tirinha. 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
E) artigo, narrativa, relato e charge. 
 
 (Fuzileiro Naval – 2018) 
De acordo com o texto 4, o pronome pessoal do caso reto “eles” é utilizado no primeiro 
balão e depois no terceiro balão. A quem o pronome “eles” se refere em cada balão, 
respectivamente? 
A) Os peixes – os meninos. 
B) Os peixes – a mãe. 
C) As crianças – os demais personagens. 
D) Os demais personagens – os peixes. 
E) Os meninos – os peixes. 
 
 (Fuzileiro Naval – 2018) 
Tome como referência as seguintes frases: texto 1 - linhas 62 e 63 “- Fique aí quietinho, está 
ouvindo? Papai está trabalhando.” e texto 3 - linhas 1 a 6 “Os principais problemas da 
agricultura brasileira referem-se muito mais à diversidade dos impactos causados pelo 
caráter da modernização, do que à persistência de segmentos que dela teriam ficado 
imunes.”. É possível observar que o registro da linguagem utilizado em ambos os trechos 
foi diferente, podendo ser classificados, respectivamente, como registros 
A) culto e coloquial. 
B) informal e culto. 
C) informal e popular. 
D) culto e formal. 
E) popular e informal. 
 
 (Fuzileiro Naval – 2017) 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
 
Jaguar. Átila, você é bárbaro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968. p.166-7. 
 
A ironia no texto 3 consiste 
A) na evolução humana como causadora da própria destruição. 
B) em homens criando armas cada vez mais potentes. 
C) em flechas se tornando armas de destruição poderosas. 
D) na exclusão de outros tipos de armas no texto. 
E) na exploração espacial como resultado da evolução humana. 
 (Fuzileiro Naval – 2017) 
TEXTO 1 
- Falar português não é difícil – me diz um francês residente no Brasil -, o diabo é que, mal 
consigo aprender, a língua portuguesa já ficou diferente. Está sempre mudando. 
E como! No Brasil as palavras envelhecem e caem como folhas secas. Ainda bem a gente 
não conseguiu aprender uma nova expressão, já vem o pessoal com outra. 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
Não é somente pela gíria que a gente é apanhado. (Aliás, já não se usa mais a primeira 
pessoa, tanto do singular como do plural: tudo é 'a gente'.) A própria linguagem corrente 
vai-se renovando, e a cada dia uma parte do léxico cai em desuso. É preciso ficar atento, 
para não continuar usando palavras que já morreram, vocabulário de velho que só velho 
entende. 
Os que falariam ainda em cinematógrafo, auto-ônibus, aeroplano, estes também já 
morreram e não sabem. Mas uma amiga minha, que vive preocupada com este assunto, 
me chama a atenção para os que falam assim: 
- Assisti a uma fita de cinema com um artista que representa muito bem. 
Os que acharem natural esta frase, cuidado! Não saberão dizer que viram um filme com 
um ator que trabalha bem. E irão ao banho de mar em vez de ir à praia, vestidos de roupa 
de banho em vez de calção ou biquíni, carregando guarda-sol em vez de barraca. 
Comprarão um automóvel em vez de comprar um carro, pegarão um defluxo em vez de 
um resfriado, vão andar no passeio em vez de passear na calçada e percorrer um quarteirão 
em vez de uma quadra. Viajarão de trem de ferro acompanhados de sua esposa ou sua 
senhora em vez de sua mulher. 
A lista poderia ser enorme, mas vou ficando por aqui, pois entre escrever e publicar há 
tempo suficiente para que tudo que eu disser caia em desuso – é dito e feito. 
 
TEXTO 2 
Pesquisa 
Na gostosa penumbra da Biblioteca Municipal 
leio velhos jornais 
e 
dos anúncios prescritos 
das novidades caducas 
dos poetas mortos há tanto tempo que parecem 
de novo estreantes 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
das ferocíssimas batalhas políticas do ano 
de 1910 
- brotam como balões meus sábados azuis. 
as horas bebidas aos goles 
(num copo azul) 
e as ruas de poeira e sol onde bailam 
sozinhos 
os meus sapatos de colegial. 
(QUINTANA, Mário. © by herdeiros de Mário Quintana. Porta Giratória. São Paulo, Globo, 
1997.) 
 
Pode-se observar que os dois textos se relacionam, pois se referem a 
A) adequado e inadequado. 
B) estrangeiros e expressões. 
C) gírias e guerras. 
D) linguagem e futuro. 
E) presente e passado. 
 
Texto para as próximas questões 
A raposa furta e a onça paga 
A raposa viu que vinha vindo um cavalo carregado com cabaças cheias de mel de abelhas. 
Mais que depressa deitou-se no meio da estrada, fingindo-se de morta. O tangerino parou 
e achou o bicho muito bonito. Não tendo tempo de esfolar, para aproveitar o pelo, sacudiu 
a raposa no meio da carga e seguiu viagem. Vai a raposa e se farta de mel, pulando depois 
para o chão e ganhou o mato. O homem ficou furioso mas não viu mais nem a sombra da 
raposa. 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
Dias depois a raposa encontrou a onça que a achou gorda e lustrosa. Perguntou se ela 
descobrira algum galinheiro. 
— Qual galinheiro, camarada onça, minha gordura é de mel de abelha que dá força e 
coragem. 
— Onde você encontrou tanto mel? 
— Ora, nas cargas dos camboeiros que passam pela estrada. 
— Quer me levar, camarada raposa? 
— Com todo gosto. Vamos indo… 
Levou a onça para a estrada, depois de muita volta, e ensinou a conversa. A onça deitou-
se e ficou estirada, dura, fazendo que estava morta. Quando o comboeiro avistou aquele 
bichão estendido na areia, ficou com os cabelos em pé e puxou logo pela sua garrucha. 
Não vendo a onça bulir, aproximou-se, cutucou-a com o cabo do chicote e gritou para os 
companheiros: 
— Eh lá! Uma onça morta! Vamos tirar o couro. 
Meteram a faca com vontade na onça que, meio esfolada, ganhou os matos, doida de raiva 
com a arteirice da raposa. 
(Contos tradicionais do Brasil, Luís da Câmara Cascudo, Rio de Janeiro: Ediouro, 2003) 
 
 (Fuzileiro Naval – 2006) 
“A raposa viu que vinha vindo um cavalo carregado com cabaças cheias de mel de abelhas. 
Mais que depressa deitou-se no meio da estrada, fingindo-se de morta. O tangerino 
passou e achou o bicho muito bonito.” (linhas 1 a 4) 
 
Assinale a alternativa que substitui o vocábulo bicho no trecho acima. 
A) Onça. 
B) Abelha. 
C) Cavalo. 
 
 
 
 
 
 
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D) Raposa. 
E) Tangerino. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7.1 Gabarito 
 
1. A 
2. E 
3. A 
4. B 
5. D 
6. A 
7. C 
8. E 
9. C 
10. C 
11. C 
12. E 
13. A 
14. B 
15. A 
16. E 
17. B 
18. E 
19. B 
20. B 
21. B 
22. A 
23. B 
 
 
24. A 
25. C 
26. D 
27. A 
28. A 
29. E 
30. C 
31. B 
32. D 
33. D 
34. E 
35. B 
36. C 
37. D 
38. B 
39. B 
40. B 
41. E 
42. A 
43. D 
44. A 
45. A 
46. D 
 
 
47. C 
48. A 
49. B 
50. B 
51. C 
52. C 
53. A 
54. E 
55. A 
56. E 
57. D 
58. C 
59. B 
60. D 
61. B 
62. E 
63. A 
64. E 
65. D 
66. A 
67. B 
68. A 
69. E 
70. D 
 
 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
7.2 Exercícios comentados 
 
 (ESA – 2020) 
Segundo o texto, a praticidade do cotidiano atual deve-se, em especial, à: 
a) Escalada da indústria de materiais descartáveis. 
b) Produção de embalagens sustentáveis. 
c) Redução dos custos de produção, pois o PET é mais barato que o vidro, por exemplo. 
d) Facilidade de armazenamento dos produtos. 
e) Substituição de manufaturas por produtos da indústriade base. 
Comentários: 
A alternativa A está correta, pois o texto indica que a “ascensão da indústria de materiais 
descartáveis foi uma das protagonistas desse desenvolvimento” da praticidade no cotidiano. 
A alternativa B está incorreta, pois o movimento de pensar em embalagens sustentáveis 
é mais recente. 
A alternativa C está incorreta, pois o plástico é dito ser “inquebrável, leve e de fácil 
manuseio”, não necessariamente mais barato. 
A alternativa D está incorreta, pois isso é uma consequência do surgimento do plástico, 
não mais praticidade no cotidiano, mas nos transportes e armazenamento de alimentos e 
bebidas. 
A alternativa E está incorreta, pois em nenhum momento há essa análise do tipo de 
produto criado ou consumido. Fala-se da popularização do plástico. 
Gabarito: A 
 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
 (ESA – 2020) 
Segundo o texto, a indústria, quanto ao desenvolvimento sustentável, deve: 
a) gerar riquezas e reduzir os custos de produção. 
b) escolher empresas que utilizem matérias-primas para a produção de embalagens 
sustentáveis. 
c) pressionar o governo, a fim de que recursos sejam revertidos para “campanha eco-
friendly”. 
d) promover o marketing social, financiando estudos para a substituição do PET. 
e) responsabilizar-se pela reciclagem de materiais descartáveis. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois essa é a consequência para a indústria, não que ela 
deve fazer isso. 
A alternativa B está incorreta, pois nesse caso as indústrias e empresas são o mesmo 
referente no texto. 
A alternativa C está incorreta, pois em nenhum momento se fala que empresas devem 
pressionar governos. 
A alternativa D está incorreta, pois em nenhum momento se fala que empresas devem 
financiar estudos. 
A alternativa E está correta, pois quando apresenta os 3Rs – reduzir, reutilizar e reciclar 
– o texto fala que “A indústria fica encarregada da terceira etapa”. 
Gabarito: E 
 (ESA – 2015) 
Na conclusão, a autora deixa claro que pra garantir o abastecimento de água 
a) as ações de efeito são: investir, planejar e proteger. 
b) o essencial é adequar, otimizar e produzir. 
c) é urgente conscientizar, garantir e preservar. 
d) são necessários proteção e racionamento. 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
e) urge investir para otimizar a distribuição de água no Sudeste. 
Comentários: 
A alternativa A está correta, pois no último parágrafo a autora afirma que “São 
necessários investimentos urgentes para a adequação dos sistemas produtores de água, 
sobretudo no Sudeste, e planejamento para otimização de uso das fontes hídricas. Além disso, 
a proteção de áreas naturais é condição sine qua non, pois a qualidade e a quantidade de 
água produzida pela natureza dependem da manutenção da vegetação nativa” 
Uma vez que as necessidades para garantir o abastecimento de água estão todas no 
último parágrafo, apenas a alternativa A poderia se adequar. 
Gabarito: A 
 (ESA – 2015) 
De acordo com a introdução do texto, é imprescindível. 
a) implantar ações de conservação para o uso dos mananciais de água. 
b) empreender ações de preservação com vistas à manutenção dos recursos hídricos. 
c) agir no sentido de explorar e esgotar o potencial hídrico. 
d) executar ações de recuperação e exploração dos mananciais. 
e) atuar no sentido de recuperação dos mananciais. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois a autora fala sobre manutenção dos mananciais, não 
uso. 
A alternativa B está correta, pois no primeiro parágrafo a autora diz que “há urgência na 
implantação de ações de conservação para a manutenção dos recursos hídricos no país”. 
A alternativa C está incorreta, pois a ideia das ações é justamente a manutenção, não o 
esgotamento. 
A alternativa D está incorreta, pois a ideia ano é recuperar para explorar, mas para 
garantir a manutenção. 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
A alternativa E está incorreta, pois não há a ideia aqui de recuperação, mas de 
manutenção – justamente para que não se chegue no ponto de precisar de uma ação de 
recuperação. 
Gabarito: B 
 (ESA – 2015) 
A expressão latina sine qua non, levando em conta o contexto, significa 
a) impossível. 
b) inviável. 
c) improvável 
d) indispensável. 
e) invariável. 
Comentários: 
O trecho em que essa expressão aparece é “São necessários investimentos urgentes 
para a adequação dos sistemas produtores de água, sobretudo no Sudeste, e planejamento 
para otimização de uso das fontes hídricas. Além disso, a proteção de áreas naturais é 
condição sine qua non, pois a qualidade e a quantidade de água produzida pela natureza 
dependem da manutenção da vegetação nativa”. 
A alternativa A está incorreta, pois não há aqui a ideia de que é impossível proteger 
áreas naturais para a manutenção das fontes hídricas. 
A alternativa B está incorreta, pois não há aqui a ideia de que é uma ação sem 
viabilidade proteger áreas naturais para a manutenção das fontes hídricas. 
A alternativa C está incorreta, pois não há aqui a ideia de que é pouco provável que se 
consiga proteger áreas naturais para a manutenção das fontes hídricas. 
A alternativa D está correta, pois o trecho indica que além de planejamento e otimização 
do uso de fontes hídricas, e preciso também proteger áreas naturais para se alcançar o 
objetivo. 
A alternativa E está incorreta, pois não há aqui a ideia de que invariavelmente se vá 
proteger áreas naturais para a manutenção das fontes hídricas. É uma indicação de ação, mais 
do que uma prática comum. 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
Gabarito: D 
 
 (ESA – 2014) 
A expressão “dias de cão” só não se refere: 
a) a dias tipicamente escaldantes atualmente. 
b) à série de fatos vinculados à corrosão social e citados no texto. 
c) à época de temperaturas inclementes. 
d) à influência maligna da constelação de Cão Maior. 
e) ao verão de 2013-2014. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois o trecho fala especificamente do verão de 
2013/2014, não de qualquer dia da atualidade. 
A alternativa B está correta, pois além da sensação escaldante, a sociedade também 
está metaforicamente “pegando fogo”, com muitas questões sociais. 
A alternativa C está correta, pois o calor é descrito como muito difícil, inclemente de tão 
quente. 
A alternativa D está correta, pois essa é a origem da expressão entre os gregos. 
A alternativa E está correta, pois é esse o verão a que o autor se refere, marcado por 
temperaturas recordes. 
Gabarito: A 
 (ESA – 2014) 
Assinale o trecho em que o autor dá a entender que as expressões “calor do cão e dias de 
cão” não surgiram atualmente: 
a) “Ás noites abafadas e mal dormidas seguem manhãs secas e tórridas”. 
b) “Não é coincidência que as duas expressões se encontram nesta época de temperaturas 
inclementes”. 
 
 
 
 
 
 
106 
Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
c) “Elas foram forjadas há mais de dois milênios, sob o sol mediterrâneo”. 
d) “Talvez seja exagero dizer que o verão brasileiro é a causa dos dias de cão.” 
e) “Ou, para quem preferir, é tempo de procurar alguma luz na escuridão, como a das 
estrelas na noite escura”. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois nesse trecho não há nenhuma referência temporal. 
A alternativa B está incorreta, pois aqui o autor fala sobre um momento em que as 
temperaturas se encontram, mas não sobre seu surgimento. 
A alternativa C está correta, pois nesse trecho o autor faz referência a “mais de dois 
milênios”, ou seja, não poderiam ter surgido agora. 
A alternativa D está incorreta, pois nesse trecho não há nenhuma referência temporal. 
A alternativa E está incorreta,pois aqui o autor dá uma sugestão de ação para o 
presente, mas não sobre o surgimento das expressões. 
Gabarito: C 
 (ESA – 2011) 
O texto apresenta ingredientes da fórmula do sucesso, porém um desses ingredientes não 
está diretamente relacionado à aquisição prévia de conhecimentos. Esse ingrediente é a(o) 
A) formação profissional. 
B) qualidade valorizada. 
C) seleção dos melhores. 
D) aperfeiçoamento de conhecimentos. 
E) persistência. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois formações profissionais, de modo geral, demandam 
aquisição prévia de conhecimentos. 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
A alternativa B está incorreta, pois a valorização das qualidades depende de sua prática, 
exposição, e ela só é adquirida com aquisição prévia de conhecimentos. 
A alternativa C está incorreta, pois os melhores nesse contexto são os que detém mais 
conhecimento que foi, portanto, previamente adquirido. 
A alternativa D está incorreta, pois a ideia de aperfeiçoamento pressupõe a existência 
de algo que já temos e queremos melhorar. 
A alternativa E está correta, pois a persistência não tem a ver necessariamente à 
aquisição prévia de conhecimentos. É uma característica, tanto podendo ser um traço de 
personalidade quanto algo aprendido ao longo da vida. Não tem a ver, no entanto, com 
conhecimentos ou experiências profissionais. 
Gabarito: E 
 (ESA – 2011) 
O resgate de momentos históricos no 1º e 2º parágrafos do texto é utilizado com a 
finalidade prioritária de 
A) noticiar as novas descobertas relacionadas ao assunto em questão. 
B) ampliar nossos conhecimentos relacionados à construção de navios. 
C) mostrar que há muito tempo o sucesso tem fórmula. 
D) apresentar dados estatísticos sobre resultados do passado. 
E) minimizar o papel do profissional frente aos resultados. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois os exemplos históricos não são novos, são situações 
que ocorreram no passado. 
A alternativa B está incorreta, pois o texto não fala sobre a construção de navios. Esse é 
apenas um exemplo de excelência da Inglaterra. 
A alternativa C está correta, pois o título do texto, “Sucesso tem fórmula”, indica que é 
possível seguir uma série de passos para alcançar o sucesso. Para comprovar isso, o autor faz 
uso de exemplos históricos que comprovem sua ideia. 
A alternativa D está incorreta, pois não apresentados dados estatísticos nesses 
parágrafos. 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
A alternativa E está incorreta, pois os profissionais são valorizados nesses trechos, como 
em “precisava de excelentes carpinteiros navais”. 
Gabarito: C 
 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
 (ESA – 2011) 
O vocábulo meritocracia aparece no oitavo parágrafo do texto. Considerando o contexto, 
o significado que melhor o substitui é 
A)agradecimento. 
B) honradez. 
C) merecimento. 
D) entusiasmo. 
E) altruísmo. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois não há aqui a noção de que se deve agradecer por 
alcançar um posto, pois se trabalhou para merecer essa posição. 
A alternativa B está incorreta, pois não há necessariamente honra envolvida na questão 
do mérito. 
A alternativa C está correta, pois no trecho em questão o autor explica o processo de 
seleção das Olimpíadas, deixando evidente que há uma série de processos para alcançar o 
posto de representante brasileiro. Assim, é uma questão de merecimento alcançar esse posto. 
A alternativa D está incorreta, pois não se aponta que as pessoas estariam empolgadas 
ou entusiasmadas com se tornarem representantes do Brasil. 
A alternativa E está incorreta, pois ser altruísta e conseguir um cargo por mérito não são 
necessariamente equivalentes. 
Gabarito: C 
 
 (Col. Naval – 2009) 
Analise as afirmativas abaixo. 
I - O primeiro parágrafo do texto já explicita toda a discussão subsequente. 
II - A autora sugere que os blogs são ferramentas indispensáveis para a articulação social 
no mundo moderno. 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
III- O segundo parágrafo do texto contrapõe duas realidades: uma, fundamentada em 
coisas palpáveis; outra, em coisas imateriais. 
IV - Na escola, os blogs podem ser interessantes ferramentas pedagógicas que permitirão 
aos alunos expressarem os seus pontos de vista acerca de diferentes assuntos e, assim, 
abolirem a aprendizagem formal. 
 
Assinale a opção correta. 
A) Apenas as afirmativas I, II e III são verdadeiras. 
B) Apenas as afirmativas I e III são verdadeiras. 
C) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras. 
D) Apenas a afirmativa III é verdadeira. 
E) Apenas a afirmativa IV é verdadeira. 
Comentários: 
A afirmativa I está incorreta, pois o primeiro capítulo é descritivo, não antecipa a 
discussão sobre os blogues atualmente. 
A afirmativa II está correta, pois tendo em vista o poder de articulação social da internet, 
a possibilidade de poder trocar comentários com o autor do blogue e tornar-nos nós mesmos 
autores de blogues é uma questão fundamental para o mundo moderno. 
A afirmativa III está correta, pois a autora confronta objetos físicos “livros, giz, carteiras, 
quadro-negro, mural” com outros que pertencem ao digital, imaterial “ imagens, dados e sons 
que trafegam e são armazenados no espaço virtual”. 
A afirmativa IV está incorreta, pois e nenhum momento se defende a abolição do 
sistema tradicional de ensino. Os blogues são mais uma ferramenta possível. 
Gabarito: C 
 (Col. Naval – 2009) 
O texto começa e termina com um mesmo questionamento: "Eles blogam. E você? " 
Assinale a opção que justifica, discursivamente, o emprego do pronome "você" . 
A) Apresentar alguém que pode interagir diretamente com a autora. 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
B) Representar um ser em quem a autora pensa no momento de sua produção. 
C) Retratar uma participação indireta do leitor/ouvinte no "diálogo" estabelecido. 
D) Tratar de forma indeterminada o sujeito do verbo que o acompanha implicitamente. 
E) Estabelecer, por meio dele, um diálogo com o leitor/ouvinte, com vistas ao incentivo de 
uso da blogosfera. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois o texto foi veiculado em uma revista, logo, não tinha 
um interlocutor direto presente. 
A alternativa B está incorreta, pois o texto não é escrito com ninguém em especial em 
mente. É uma pergunta ao leitor em potencial. 
A alternativa C está incorreta, pois a fala chama o leitor a participar do movimento 
diretamente, escrevendo ele mesmo um blog. 
A alternativa D está incorreta, pois o sujeito do verbo elíptico (blogar) é “você”. 
Desenvolvida, a oração seria: “E você bloga?”. 
A alternativa E está correta, pois ao questionar o leitor diretamente, a autora indica uma 
aproximação com ele, chamando-o à ação, incentivando-o a ter também um blogue. 
Gabarito: E 
 (Col. Naval – 2009) 
Assinale a opção em que a referência ao universo virtual se caracteriza pela isenção e 
objetividade. 
A) "Nós, que nascemos em um mundo anterior à Internet, aprendemos a viver no universo 
constituído por coisas palpáveis..." (1° §) 
B) "Um dos aspectos mais sedutores do ciberespaço é o seu poder de articulação social." 
(3° §) 
C) "A velocidade de reprodução da blogosfera é assustadora..."(3° §) 
D) "Se a escola é o espaço preferencial para a construção do conhecimento, nada mais 
lógico do que levar os blogs para a sala de aula. . . " (6° §) 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
E) "O entusiasmo pela criação de um blog coletivo certamente será acompanhado pelo 
desejo de transformá-lo em pontode parada obrigatória..." (7° §) 
Comentários: 
A alternativa A está correta, pois aqui a autora não usa adjetivos subjetivos tampouco 
opina sobre o mundo em que vivemos. Ela apenas faz uma descrição. 
A alternativa B está incorreta, pois o trecho “Um dos aspectos mais sedutores” explicita 
a opinião da autora. 
A alternativa C está incorreta, pois o trecho “é assustadora” explicita a opinião da autora. 
A alternativa D está incorreta, pois a descrição da escola em confronto com a ideia de 
levar os blogs para a sala de aula, porque isso é “lógico”, explicita a opinião da autora. 
A alternativa E está incorreta, pois o termo “certamente” explicita a opinião da autora, 
deixando evidente sua certeza. 
Gabarito: A 
 (Col. Naval – 2009) 
O texto tem por finalidade principal 
A) apresentar os temas explorados nos blogs: pessoais, políticos, culturais, esportivos, 
jornalísticos, de humor, etc. 
B) lembrar que os blogs são importantes instrumentos na interação social, leitura e 
produção escrita. 
C) mostrar à escola que livros, giz, carteiras, quadro-negro, mural são coisas do passado. 
D) motivar a comunidade pedagógica à exploração máxima da blogosfera. 
E) comparar os diferentes mundos e ferramentas computacionais. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois ainda que se fale sobre isso em um trecho, 
apontando possibilidades, não é esse o objetivo do texto. 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
A alternativa B está correta, pois a autora descreve o funcionamento dos blogs para 
indicar que eles podem servir para propósitos pedagógicos, principalmente por conta da 
interação, necessidade de pesquisa para a criação de um post e prática da escrita . 
A alternativa C está incorreta, pois a autora não fala mal do passado. Ela apenas faz a 
comparação entre os objetos utilizados no passado e os que podem ser usados hoje. 
A alternativa D está incorreta, pois ainda que a autora sugira as possibilidades 
pedagógicas, seria hiperbólico afirmar que ela sugere exploração máxima da blogosfera. 
A alternativa E está incorreta, pois ela não compara ferramentas computacionais, 
apenas elenca as possibilidades da utilização dos blogs. 
Gabarito: B 
 (Col. Naval – 2010) 
É correto afirmar que o texto 
A) apresenta causas, consequências e possibilidades de tratamentos para o viciado em 
internet. 
B) faz uma análise subjetiva da dependência em internet, sem se ater a faixas etárias mais 
propensas ao vício. 
C) estabelece como principais motivos para o vício em internet a baixa autoestima e os 
problemas de relacionamento com os pais. 
D) evidencia olheiras profundas, ganho de peso relevante, vida social que se extingue 
como exemplos dos males provocados pelo uso comedido da internet. 
E) parte de experiências virtuais para mostrar que o vício em internet, apesar de ser um mal 
relativamente novo, já atingiu proporções irreversíveis. 
Comentários: 
A alternativa A está correta, pois o texto aponta possibilidades do porquê 
desenvolvemos um vício em internet (aumento do tempo de uso, vida social real pouco ativa 
etc.); indica quais as consequências desse vício (“uma combinação de baixa autoestima com 
intolerância à frustração. Cerca de 50% deles, inclusive, sofrem de depressão, fobia social ou 
algum transtorno de ansiedade”); e aponta tratamentos (grupos especializados, limites em 
casa pelos pais etc.). 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
A alternativa B está incorreta, pois o texto aponta que “a parcela de viciados representa, 
nos vários países estudados, de 5% (como no Brasil) a 10% dos que usam a web - com 
concentração na faixa dos 15 aos 29 anos”. 
A alternativa C está incorreta, pois há outras questões envolvidas, como a mudança no 
comportamento e na rotina, além da elevação do tempo de uso. 
A alternativa D está incorreta, pois esses sintomas aparecem em pessoas que usam a 
internet de maneira desmedida. 
A alternativa E está incorreta, pois em nenhum momento o texto aponta que seriam 
situações irreversíveis, uma vez que há até tratamentos indicados. 
Gabarito: A 
 (Col. Naval – 2010) 
Marque a opção correta em relação à interpretação geral do texto. 
A) A ideia central do texto é divulgar a importância do uso prático da internet em 
detrimento da diversão tão desejada. 
B) Os especialistas percebem que há no uso excessivo da web apenas o prejuízo no 
aumento de peso entre os jovens. 
C) A tarefa principal da internet, segundo os especialistas, é a de "aliviar os sentimentos 
negativos". 
D) Já que o uso da internet é como uma droga, não há perspectiva de solução para o 
problema. 
E) Longe dos extremos, a virtude no uso da internet estaria na justa medida. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois tanto a diversão quanto o uso prático podem ocorrer, 
desde que sem uso excessivo. 
A alternativa B está incorreta, pois há outros prejuízos elencados, como “depressão, 
fobia social ou algum transtorno de ansiedade”, por exemplo. 
A alternativa C está incorreta, pois que faz essa afirmação são os usuário, não os 
especialistas. 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
A alternativa D está incorreta, pois há no texto diversas soluções, que passam desde as 
mais simples, como a atribuição de limites por parte dos pais, até tratamentos para viciados 
com profissionais especializados. 
A alternativa E está correta, pois o texto defende que “Toda a questão gira em torno da 
dose ideal”, ou seja, encontrar uma justa medida para o uso de internet. 
Gabarito: E 
 (Col. Naval – 2010) 
Assinale a opção correta sobre o contido nos parágrafos. 
A) As ideias expressas no primeiro parágrafo se contrapõem àquelas do segundo. 
B) Tanto o primeiro parágrafo quanto o segundo apresentam consequências do uso 
exagerado da internet. 
C) O terceiro parágrafo analisa as causas que levam ao vício em internet e propõe soluções 
para o problema. 
D) Nota-se que, no segundo parágrafo, os pais são totalmente eximidos de 
responsabilidade no que se refere ao vício dos filhos em internet. 
E) O quarto parágrafo somente aborda o tratamento para a dependência em internet, sem 
propor limites rígidos a serem seguidos pelos jovens, viciados ou não. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois os parágrafos trazem informações complementares 
acerca do vício em internet, não opostas. 
A alternativa B está correta, pois no primeiro parágrafo há uma consequência extrema 
– a necessidade de internação em um centro de recuperação – e no segundo parágrafo há 
consequências cotidianas – “o aparecimento de olheiras profundas e ainda um ganho de peso 
relevante, resultado da frequente troca de refeições por sanduíches - que prescindem de 
talheres e liberam uma das mãos para o teclado. Gradativamente, a vida social vai se 
extinguindo”. 
A alternativa C está incorreta, pois ainda que haja a expressão das causas, não há 
soluções apresentadas aqui. 
A alternativa D está incorreta, pois o parágrafo sugere que as mudanças de 
comportamento cotidianas dos filhos deveriam ter sido percebidas. 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
A alternativa E está incorreta, pois a imposição de limites para o uso de internet é 
fundamental para que os adolescentes principalmente não acabem se viciando. 
Gabarito: B 
 (Col. Naval – 2011) 
Em qual trecho, textual e discursivamente, aparecem apenas aspectos negativos acerca 
dos jovens da chamada Geração Y? 
A) " . . . estão levando a sociedade a um novo estágio, que será muito diferente do que 
conhecemos." (3° § ) 
B) "Dizem que esses jovens estão aptos a desenvolver a autorrealização..." (3° § ) 
C) " . . .um grupo que está, aos poucos, provocando uma revolução silenciosa." (2° § ) 
D) " . . . se preocupamcom o ambiente, têm fortes valores morais..." (1° § ) 
E) " . . . distraídos, superficiais, impacientes. . . " (1° § ) 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois nesse parágrafo o autor diz que “A novidade é que 
“umbiguismo” não é, necessariamente, negativo”. 
A alternativa B está incorreta, pois nesse parágrafo o autor diz que “A novidade é que 
“umbiguismo” não é, necessariamente, negativo”. 
A alternativa C está incorreta, pois os jovens descritos nesse parágrafo são 
caracterizados como “. Sem as bandeiras e o estardalhaço das gerações dos anos 60 e 70, mas 
com a mesma força poderosa de mudança, eles sabem que as normas do passado não 
funcionam – e as novas estão inventando sozinhos”. 
A alternativa D está incorreta, pois isso são características positivas, não negativas. 
A alternativa E está correta, pois nesse trecho do parágrafo se apontam traços negativos 
dos jovens da geração Y: “Eles já foram acusados de tudo: distraídos, superficiais, impacientes, 
preocupados consigo mesmos e até egoístas”. 
Gabarito: E 
 (Col. Naval – 2011) 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
Assinale o trecho em que NÄO se confirma o significado do termo destacado em "A 
novidade é que esse 'umbiguismo' não é, necessariamente, negativo." (3° § ) 
A) "Eles já foram acusados de tudo: distraídos, superficiais, impacientes, preocupados 
consigo mesmos e até egoístas." (1° § ) 
B) " . . . interessados em construir um mundo melhor e, em pouco tempo, vão tomar conta 
do planeta. " (1° § ) 
C) "...só fazem o que gostam; não conseguem passar mais de três meses no mesmo 
trabalho." (1° § ) 
D) " . . . essa garotada está acostumada a pedir e ter o que quer." (1° § ) 
E) "...buscando agir de acordo com seus próprios interesses..." (3° § ) 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois essa caracterização denota a esma ideia de 
“umbiguismo”, de individualismo ou egoísmo. 
A alternativa B está correta, pois apenas nessa alternativa vê-se uma caracterização da 
geração Y como pessoas que pensam no outro, no planeta, ou seja, tem atitudes altruístas, 
não egoístas, individualistas. 
A alternativa C está incorreta, pois essa caracterização denota a esma ideia de 
“umbiguismo”, de individualismo ou egoísmo. 
A alternativa D está incorreta, pois essa caracterização denota a esma ideia de 
“umbiguismo”, de individualismo ou egoísmo. 
A alternativa E está incorreta, pois essa caracterização denota a esma ideia de 
“umbiguismo”, de individualismo ou egoísmo. 
Gabarito: B 
 
 (Col. Naval – 2011) 
Em relação ao texto, é correto afirmar que 
A) a busca da realização pessoal é o principal objetivo da atual geração, levando-a a um 
egocentrismo sem precedentes. 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
B) o individualismo da "Geração Y" é compensado por suas outras virtudes. 
C) o estado de "umbiguismo" é inerente a qualquer geração, uma vez que todas buscam 
realizações pessoais. 
D) o "umbiguismo" não permite o desenvolvimento de nenhum valor ético coletivo. 
E) o sistema cognitivo da "Geração Y" possui poucas diferenças em relação ao da geração 
anterior, visto que ambas conviveram com ferramentas virtuais. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois eles também são caracterizados por uma 
preocupação com bandeiras sociais, nem sempre ostentadas da mesma maneira que as 
gerações anteriores. 
A alternativa B está correta, pois ainda que seja caracterizada por traços de egoísmo, 
essa geração também “têm valores éticos muito fortes; priorizam o aprendizado e as relações 
humanas”, por exemplo. 
A alternativa C está incorreta, pois essa é uma característica específica da geração Y no 
texto. 
A alternativa D está incorreta, pois essa geração é caracterizada como pessoas que “têm 
valores éticos muito fortes” e são capazes de pensar no coletivo. 
A alternativa E está incorreta, pois a geração Y é descrita como formada por pessoas 
multitarefas, com outra velocidade de pensamento. 
Gabarito: B 
 
 (EAM – 2019) 
Em que opção há uma passagem em que o autor interage explicitamente com o leitor? 
A) “Eu não sei o que é casa bonita, quem sabe é o leitor.” 
B) “Quando você lê para uma criança “A casa é bonita", [...].” 
C) “O texto literário convida o leitor a se dizer diante dele. 
D) "Com a literatura, esse mundo sonhado consegue falar." 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
E) "A importância para mim da literatura é também acreditar que [...].” 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois aqui o autor menciona o leitor, mas não fala 
diretamente com ele. 
A alternativa B está correta, pois aqui o autor se dirige diretamente ao leitor, fazendo 
uso do pronome “você” e o verbo “Ler” na terceira pessoa do singular, concordando com 
“você”. 
A alternativa C está incorreta, pois aqui o autor menciona o leitor, mas não fala 
diretamente com ele. 
A alternativa D está incorreta, pois aqui não há nenhuma referência ao leitor, tampouco 
um uso verbal direcionado ao interlocutor. 
A alternativa E está incorreta, pois aqui o autor fala sobre percepções pessoais, mas não 
se dirige ao leitor. 
Gabarito: B 
 (EAM – 2019) 
Segundo o autor, o texto literário: 
A) permite diversas interpretações. 
B) rejeita o sonho, a imaginação. 
C) prescinde do leitor. 
D) refuta o diálogo. 
E) se atém ao fato. 
Comentários: 
A alternativa A está correta, pois o autor usa o exemplo da descrição de “casa bonita” 
para mostrar como na literatura muitos elementos estão abertos à interpretação do leitor – 
algo a que ele se refere como “voz do leitor”. Cada um imagina uma casa bonita de um jeito. 
O texto é aberto à interpretação de casa um a partir das suas referências. 
A alternativa B está incorreta, pois o texto reforça a importância da imaginação no texto 
literário. 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
A alternativa C está incorreta, pois o texto aponta que o “texto literário dá a palavra ao 
leitor”. 
A alternativa D está incorreta, pois o texto aponta que “a literatura é esse espaço onde 
o que sonhamos encontra o diálogo”. 
A alternativa E está incorreta, pois o texto reforça a importância da imaginação no texto 
literário. 
Gabarito: A 
 
Fissura - 1. pequena abertura longitudinal em fenda, rachadura, sulco. 2. Ter grande apego 
ou paixão por; ficar apaixonado por. copy-paste - copiar e colar, cool - legal, bacana. 
Platô -1 - Palco de um teatro. 2 - Estúdio de cinema ou de televisão. 3 - Planalto. 
________________________________________________________________________________ 
 
 (EAM – 2019) 
De acordo com o texto, é correto afirmar que: 
A) os indivíduos da sociedade fissurada consomem mercadorias e serviços voltados para a 
construção de suas identidades. 
B) a emissão de ideias vazias e discursos prontos é inversamente proporcional à reflexão 
crítica. 
C) a televisão e o cinema são responsáveis pela resolução “da excitação que cura a 
excitação". 
D) a existência da televisão e do cinema nos dá maior liberdade e consciência da vida em 
sociedade. 
E) as músicas e filmes da indústria cultural são o caminho para as "platitudes”, ou seja, para 
plenitude libertadora dos clichês. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois o texto indica que “A intimidade, a interioridade, a 
alma, que dependiam da ideia de profundidade, tornaram-se assuntos caducos”. 
 
 
 
 
 
 
121 
Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
A alternativa B está correta, pois o texto indica que “O preconceito tem a estrutura de 
nossa relação com a substância, dependemos dele, ficamos como que viciados em ideias e 
discursos prontos que não passam pelo crivo da reflexão. Repetimos compulsivamente ideias 
prontas comoquem busca o incomparável prazer da primeira vez”. 
A alternativa C está incorreta, pois segundo o texto o cinema e a televisão não resolvem 
essa questão, mas são responsáveis por ela. 
A alternativa D está incorreta, pois segundo o texto o cinema e a televisão são 
responsáveis pela domesticação das pessoas, adequando-as ao sistema. 
A alternativa E está incorreta, pois a indústria cultural é aquela que gera os clichês, não 
que os elimina. 
Gabarito: B 
 (EAM – 2019) 
Que aspecto do sujeito da sociedade chapada é enfatizado em “[Ele] é sem fundo e sem 
relevo, sem dobras nem reentrâncias[...].” (5°§)? 
A) Superficialidade. 
B) Lisura. 
C) Autenticidade. 
D) Instabilidade. 
E) Retidão. 
Comentários: 
A alternativa A está correta, pois algo que não tem fundo tampouco relevo, volume, é 
algo superficial, pouco profundo. 
A alternativa B está incorreta, pois ainda que lisura pudesse dar uma ideia de algo que 
não tem dobras nem reentrâncias, não se pode dizer que “lisura” seja algo sem fundo. 
A alternativa C está incorreta, pois autenticidade não é uma característica de algo que 
não é profundo ou sem volume. 
A alternativa D está incorreta, pois a descrição no trecho é de elementos físicos, não 
sobre quão estável é a sociedade. 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
A alternativa E está incorreta, pois, assim como em “lisura”, mesmo que “retidão” 
pudesse dar uma ideia de algo que não tem dobras nem reentrâncias, não se pode dizer que 
“lisura” seja algo sem fundo. 
Gabarito: A 
 (EAM – 2019) 
Em. "A substância que nos tira a paz é a mesma que nos traz a paz, como nos ensina 
qualquer vício.”(2°§), a passagem grifada apresenta uma ideia: 
A) ortodoxa. 
B) redundante. 
C) paradoxa. 
D) conciliadora. 
E) conservadora. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois “ortodoxo” é algo rigoroso. Não fala sobre 
contradição. 
A alternativa B está incorreta, pois não há aqui repetição o redundância, mas uma 
construção contraditória, paradoxal. 
A alternativa C está correta, pois algo que tira a paz e dá a paz ao mesmo tempo é algo 
paradoxal. 
A alternativa D está incorreta, pois a ideia de conciliação indica apaziguamento, algo 
tornado harmônico, mesmo quando aparentemente contraditório. Aqui não há a ideia de 
conciliar paz e falta de paz. Há a descrição de algo que é ao mesmo tempo dois elementos 
contraditórios. 
A alternativa E está incorreta, pois “conservador” é algo ou alguém contrário a 
mudanças, o que não se aplica aqui. 
Gabarito: C 
 (EAM – 2019) 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
Ao afirmar que "[...] ficamos como que viciados em ideias e discursos prontos que não 
passam pelo crivo da reflexão[...]." (4°§), a autora desenvolve a ideia de: 
A) criticidade. 
B) independência. 
C) altruísmo. 
D) alienação. 
E) egocentrismo. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois o que se indica aqui é o contrário: a ausência de 
criticidade. 
A alternativa B está incorreta, pois aqui se indica a ausência de independência de 
pensamento. 
A alternativa C está incorreta, pois altruísmo dá ideia de pensar no próximo, o que não 
ocorre aqui. 
A alternativa D está correta, pois a ideia de que não refletimos, ficando viciados em 
ideias prontas, remete à noção de alienação, alheamento da realidade. 
A alternativa E está incorreta, pois aqui se indica uma ausência de reflexão e 
subjetividade, não características que apontem para o “eu”. 
Gabarito: D 
 (EAM – 2019) 
Que outra passagem do texto expressa ideia semelhante a “Repetimos compulsivamente 
ideias prontas como quem busca o incomparável prazer da primeira vez." (4°§)? 
A) “Chapados, somos uma superfície plana quando antes éramos um organismo com 
alguma coisa dentro, quem sabe a alma." (3°§) 
B) “Como um grande platô por onde tudo escorrega, a sociedade atual tem um caráter 
chapado reproduzido em seus indivíduos.” (5°§) 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
C) “O procedimento de copy-paste é o que comanda o mundo da linguagem sem ideias 
que sustenta as redes sociais e a televisão.” (5°§) 
D) "A substância que nos tira a paz é a mesma que nos traz a paz, como nos ensina qualquer 
vício." (2°§) 
E) "Em termos bem simples, vivemos ansiosos, nervosos, [...] e, sobretudo, loucos por 
emoções." (2°§ ) 
Comentários: 
A alternativa A está correta, pois no trecho em destaque apresenta a ideia de busca de 
prazer, de sentir-se inebriado. Aqui, ao falar que somos organismos “chapados em busca de 
uma alma” há a mesma noção, de buscar prazer e inebriar-se em busca de uma sensação de 
prazer ou completude. 
A alternativa B está incorreta, pois aqui há uma descrição da sociedade, não dos seres 
humanos. 
A alternativa C está incorreta, pois aqui há uma descrição da sociedade, não dos seres 
humanos. 
A alternativa D está incorreta, pois aqui há uma descrição da sociedade, não dos seres 
humanos. 
A alternativa E está incorreta, pois aqui há uma descrição das pessoas na sociedade, 
mas não fala sobre a busca pela felicidade ou pelo prazer. 
Gabarito: A 
 (EAM – 2018) 
Em que opção o elemento coesivo destacado está corretamente relacionado a seu 
referente no texto? 
A) “[...] mas também pelo crescimento desordenado delas [...].” (6°§) - cidades. 
B) “[...] referente à mobilidade urbana que precisa ser resolvida [...].” (6°§) - mobilidade 
urbana. 
C) “[...] através da melhoria de suas qualidades e eficiências [...].” (5°§) - especialistas. 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
D) “[...] embora esses últimos também encontrem dificuldades [...].” (4°§) - transportes 
individuais. 
E) “[...] que esbarram em problemas como o privilégio [...].” (1°§) - busca pela mobilidade 
urbana. 
Comentários: 
A alternativa A está correta, pois o trecho em destaque se encontra em “Outra questão 
referente à mobilidade urbana que precisa ser resolvida é o tempo de deslocamento, que vem 
aumentando não só pelos excessivos congestionamentos e trânsito lento nas ruas das cidades, 
mas também pelo crescimento desordenado delas, com o avanço da especulação imobiliária 
e a expansão das áreas periféricas, o que contrasta com o excessivo número de lotes vagos 
existentes”. A palavra cidades é a que substitui corretamente o termo em destaque. Se 
reescrita, a oração ficaria “mas também pelo crescimento desordenado das cidades”. 
A alternativa B está incorreta, pois o trecho em destaque se encontra em “Outra questão 
referente à mobilidade urbana que precisa ser resolvida é o tempo de deslocamento”. “que” 
é pronome relativo, substituindo “outra questão”. Se reescrita, a oração ficaria “outra questão 
precisa ser resolvida”. 
A alternativa C está incorreta, pois o trecho em destaque se encontra em “As principais 
soluções para o problema da mobilidade urbana, na visão de muitos especialistas, seria o 
estímulo aos transportes coletivos públicos, através da melhoria de suas qualidades e 
eficiências e do desenvolvimento de um trânsito focado na circulação desses veículos”. O 
termo transportes coletivos públicos é o que substitui corretamente o termo em destaque. Se 
reescrita, a oração ficaria “através da melhoria das qualidades e eficiências dos transportes 
coletivos públicos”. 
A alternativa D está incorreta, pois o trecho em destaque se encontra em “A principal 
causa dos problemas de mobilidade urbana no Brasil relaciona-se ao aumento do uso de 
transportes individuais em detrimento da utilização de transportes coletivos, embora esses 
últimos também encontrem dificuldades com a superlotação”. O termo transportes coletivos 
é o que substitui corretamente o termo em destaque. Se reescrita, a oração ficaria “embora os 
transportes coletivos também encontrem dificuldades com a superlotação”.A alternativa E está incorreta, pois o trecho em destaque se encontra em “A busca pela 
mobilidade urbana é um desafio enfrentado pela maioria das grandes cidades no Brasil, que 
esbarram em problemas como o privilégio aos transportes individuais”. O termo grandes 
cidades do Brasil é o que substitui corretamente o termo em destaque. Se reescrita, a oração 
ficaria “as grandes cidades do Brasil esbarram em problemas como o privilégio aos 
transportes individuais”. 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
Gabarito: A 
 (EAM – 2018) 
De acordo com o texto, é correto afirmar que 
A) a construção de mais rodovias resolveria a questão da mobilidade urbana. 
B) a mobilidade urbana é um problema exclusivo de países em desenvolvimento. 
C) a utilização de motos e bicicletas seria uma solução viável para a mobilidade urbana. 
D) o problema da mobilidade urbana refere-se ao trânsito de veículos pesados, como 
ônibus e metrôs. 
E) o tamanho das cidades contribui para os excessivos congestionamentos e para a 
lentidão do trânsito. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois a solução não passa por um aumento no número de 
ruas, mas numa mudança dos tipos de transporte usados e na distribuição populacional. 
A alternativa B está incorreta, pois a ideia aqui é falar sobre as grandes cidades do Brasil, 
não sobre países em desenvolvimento como um todo. 
A alternativa C está incorreta, pois para os especialistas no assunto, motos entram no 
mesmo lugar que os carros, aumentando o congestionamento. Uma possível solução é o 
incentivo ao uso de bicicletas. 
A alternativa D está incorreta, pois os transportes individuais também são um problema 
para a mobilidade urbana. 
A alternativa E está correta, pois no texto se afirma que “se as cidades fossem mais 
compactas, os deslocamentos com veículos seriam mais rápidos e menos frequentes”. 
Gabarito: E 
 (EAM – 2018) 
Em que opção as ideias expressas estão de acordo com o texto? 
A) Os congestionamentos estão diretamente relacionados com a política rodoviarista do 
país. 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
B) O uso exclusivo de transportes coletivos resolveria o problema de mobilidade urbana. 
C) O crescimento desordenado das cidades também interfere na mobilidade urbana. 
D) O aumento de carros e motos nas ruas produz congestionamentos que absorvem as 
ilhas de calor. 
E) A construção de ciclovias já é uma solução amplamente utilizada nas grandes cidades. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois o texto fala que houve incentivo à política rodoviarista 
no Brasil ao longo do tempo. 
A alternativa B está incorreta, pois os transportes coletivos também enfrentam 
problemas e apenas o seu uso não resolveria a questão da mobilidade. 
A alternativa C está correta, pois o texto fala sobre " crescimento desordenado delas, 
com o avanço da especulação imobiliária e a expansão das áreas periféricas” como um 
problema para a mobilidade urbana nas cidades. 
A alternativa D está incorreta, pois congestionamentos aumentam as ilhas de calor, não 
as absorvem. 
A alternativa E está incorreta, pois as ciclovias ainda não são tão comuns nas grandes 
cidades. 
Gabarito: C 
 
 (EAM – 2018) 
De acordo com o texto, é correto afirmar que 
A) somente produtos do agronegócio circulam pelos portos do país e terminais portuários. 
B) grande parte do povo brasileiro ignora a importância dos mares e rios para a história do 
Brasil. 
C) a Amazônia Azul deve ser lembrada tão somente nas datas comemorativas, como 
aconselha Rui Barbosa. 
D) na atualidade, há demonstrações de ameaças reais que ocorrem de maneira complexa 
contra a Amazônia Azul. 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
E) os programas estratégicos da Marinha do Brasil prescindem dos setores das indústrias 
e empresas, pois visam proteger o país. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois o texto deixa evidente que os portos do país e 
terminais portuários são responsáveis pela circulação de produtos e riquezas de diferentes 
naturezas. 
A alternativa B está correta, pois o texto indica que é preciso “entender a importância 
dos mares e rios exige a absorção de conhecimentos e percepções que, normalmente, deixam 
de estar à disposição de significativa parte do Povo Brasileiro”. Se ainda é preciso que isso 
ocorra é porque o povo ainda não tem consciência de toda essa importância. 
A alternativa C está incorreta, pois a importância da Amazônia Azul é diária, não restrita 
a uma data comemorativa. 
A alternativa D está incorreta, pois não há no texto indicação de que a Amazônia Azul 
esteja passando por algum tipo de ameaça. 
A alternativa E está incorreta, pois a ideia do texto é que os programas são 
imprescindíveis, não prescindíveis. 
Gabarito: B 
 (EAM – 2018) 
Que opção está de acordo com as ideias expressas no texto? 
A) O Dia da Amazônia Azul foi instituído com a finalidade de exaltar o poderio bélico do 
Brasil. 
B) Os mares e rios foram responsáveis pelas mais graves agressões à soberania nacional. 
C) A localização de usinas de energia próximas à costa é estrategicamente benéfica ao país. 
D) A Marinha do Brasil desenvolve diversos programas estratégicos, a fim de proteger a 
Amazônia Azul. 
E) Produtos e serviços vitais para o Brasil são exclusivamente escoados através dos mares 
e rios. 
Comentários: 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
A alternativa A está incorreta, pois o dia foi criado “em decorrência da relevância dos 
fatos históricos que nos associam ao mar e aos rios e da magnitude das riquezas da Amazônia 
Azul”. 
A alternativa B está incorreta, pois no primeiro parágrafo do texto aponta-se que a partir 
do mar e dos rios, “consolidamos nossa independência e fixamos as fronteiras ao norte, sul e 
a oeste; o que garantiu a integridade do nosso território, com dimensões continentais” e “os 
defendemos das mais graves agressões à soberania nacional”. 
A alternativa C está incorreta, pois a proximidade à costa nesse caso é considerada uma 
vulnerabilidade. 
A alternativa D está correta, pois o texto aponta que a marinha desenvolve programas 
estratégicas como “Programa Nuclear da Marinha, Programa de Desenvolvimento de 
Submarinos, Programa de Construção das Corvetas Classe Tamandaré e Obtenção da 
Capacidade Operacional Plena”. 
A alternativa E está incorreta, pois o texto fala que “circulam parcela preponderante das 
riquezas nacionais, tais como granéis sólidos e líquidos, contêineres e commodities de toda 
ordem, como aquelas oriundas do agronegócio” não a totalidade delas. 
Gabarito: D 
 
 (EAM – 2017) 
Com o pensamento “Escolha um trabalho que você ame e não terá que trabalhar um único 
dia em sua vida.”, Confúcio diz que 
A) amar é muito melhor que trabalhar. 
B) quem ama jamais precisa trabalhar. 
C) trabalhar é muito melhor do que amar. 
D) trabalhar no que se gosta, vira lazer. 
E) quem trabalha sem amor nunca tira férias. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois essa frase fala sobre a importância de amar o seu 
trabalho. 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
A alternativa B está incorreta, pois o amor não prescinde do trabalho. Essa frase fala 
sobre a importância de amar seu trabalho. 
A alternativa C está incorreta, pois não há era hierarquização na frase. A ideia é que 
trabalhar com o que se ama torna o trabalho melhor. 
A alternativa D está correta, pois essa frase contraria a ideia de trabalho como algo 
penoso ou ruim. Quando se escolhe trabalhar com algo que se gosta, o trabalho se tona uma 
espécie de lazer. 
A alternativa E está incorreta, pois a ideia da frase é valorizar o trabalho com amor, não 
exporas condições do trabalho feito sem ele. 
Gabarito: D 
 (EAM – 2017) 
Em que opção o trecho apresentado estabelece sentido de oposição? 
A) "Na hora me perguntei se era realmente preciso escolher entre sucesso e diversão.” 
(4°§) 
B) "Poucas coisas são tão eficazes na função de honrar alguém quanto o ofício que se 
exerce." (5°§) 
C) "Convivo com pessoas que amam o que fazem e se engrandecem cada vez que 
percebem como são eficientes na missão de dar sentido à profissão." (6°§) 
D) “Arregacemos as mangas conscientes de que os pés na areia da praia e as rodas de 
amigos em bares são combustíveis importantes para o bom andamento da labuta diária." 
(7°§) 
E) “Pode ser bom, pode ser até divertido, mas não substitui a capacidade que só o lazer 
possui de tirar o peso de um cotidiano regido por prazos, horários, metas.” (1°§) 
 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois aqui há uma noção de condição, não de oposição. 
A alternativa B está incorreta, pois aqui há uma noção de comparação, não de oposição 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
A alternativa C está incorreta, pois aqui há uma complementação à ideia do que as 
pessoas perceberam, não uma oposição. 
A alternativa D está incorreta, pois aqui há a exortação a uma atitude, não uma oposição. 
A alternativa E está correta, pois a oração “mas não substitui a capacidade que só o lazer 
possui de tirar o peso de um cotidiano regido por prazos, horários, metas” se opõe à 
informação da oração anterior, que fala que o trabalho pode ser divertido. A ideia é que 
mesmo que seja divertido, o trabalho segue não tendo a mesma função que os omentos de 
lazer. 
Gabarito: E 
 
 
 
 (EAM – 2017) 
Em “Poucas coisas são tão eficazes na função de honrar alguém quanto o ofício que se 
exerce." (5°§), deve-se, corretamente, compreender que 
A) a eficácia de alguém ser honrado é um ofício para poucos. 
B) o ofício que se exerce é uma das poucas coisas que cumpre a função de honrar alguém. 
C) exercer um ofício que possa honrar alguém se torna tão pouco eficaz. 
D) são tão pouco eficazes as coisas para honrar alguém para quem exerce um ofício. 
E) as poucas coisas na função de honrar alguém são, no ofício que se exerce, tão eficazes 
quanto. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois a eficácia citada é ligada ao papel do ofício para 
trazer honra. 
A alternativa B está correta, pois o período original dá a ideia de que o ofício exercido 
por alguém é uma das poucas coisas capaz de trazer honra para esse alguém. 
A alternativa C está incorreta, pois a honradez que se fala aqui não é em relação a outra 
pessoa, mas a si mesmo. 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
A alternativa D está incorreta, pois o ofício é que é responsável por trazer honra, não 
outras coisas. 
A alternativa E está incorreta, pois a honradez que se fala aqui não é em relação a outra 
pessoa, mas a si mesmo. 
Gabarito: B 
 (EAM – 2016) 
É correto afirmar, a partir do texto, que 
A) para as empresas, as redes sociais são utilizadas como passatempo para os funcionários 
que captam novos clientes. 
B) o conceito de redes sociais surgiu a partir da expansão da internet. 
C) a efemeridade é uma das características marcantes das redes sociais digitais. 
D) os professores de Língua Portuguesa já não se sentem preocupados com o avanço das 
redes sociais digitais as quais possibilitam que as pessoas leiam e escrevam muito mais do 
que antigamente. 
E) as empresas ajudam as pessoas no dia a dia, oferecendo acesso às redes sociais e 
transformando as informações em conteúdo para marketing e propaganda. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois as redes sociais não são passatempo, mas uma forma 
de promoção de bens e serviços, ou seja, parte do trabalho e da divulgação das marcas. 
A alternativa B está incorreta, pois o texto afira que “O próprio conceito de redes sociais 
é antigo e indica a integração de pessoas que têm um objetivo comum e se comunicam para 
compartilhar ideias ou realizar ações conjuntas”. 
A alternativa C está correta, pois o texto aponta que “as redes sociais digitais possuem 
um tempo de vida útil”, característica que as torna efêmeras. 
A alternativa D está incorreta, pois segundo o texto, o avanço das redes sociais “tem se 
tornado preocupação dos professores e professoras de Língua Portuguesa pela qualidade 
duvidosa e pelos incontáveis erros de escrita que circulam pela internet”. 
A alternativa E está incorreta, pois as empresas não ajudam pessoas. Elas utilizam as 
informações dos clientes em potencial para aumentar suas vendas. 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
Gabarito: C 
 (EAM – 2016) 
Com relação ao texto, assinale a opção correta. 
A) Graças às redes sociais, as pessoas se tornaram viciadas em leitura e escrita. 
B) Depois do advento dos aparelhos móveis, as pessoas contraíram tendinite e ansiedade 
social. 
C) O fato de as pessoas lerem e escreverem mais causou espanto nos professores de 
Língua Portuguesa. 
D) As novas tecnologias precisam ser dosadas, pois todo exagero acarreta desequilíbrio. 
E) O isolamento nas redes sociais é causado pelas propagandas das empresas e pelos 
comentários pagos por partidos políticos. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois o texto não indica que as pessoas sejam viciadas em 
escrita e leitura, ainda que com a internet ambos os hábitos se tornem mais frequentes. 
A alternativa B está incorreta, pois o texto relaciona essas questões a aparelhos de 
acesso à internet de modo geral, não especifica que seriam apenas os móveis. 
A alternativa C está incorreta, pois não se fala em espanto, mas em preocupação de 
muitos professores, que não vem a quantidade de escrita se refletir na qualidade, já que 
mesmo escrevendo muito, muitas pessoas escrevem mal. 
A alternativa D está correta, pois o texto afirma que “devemos aprender a dosar o uso 
das novas tecnologias de comunicação para que seus benefícios possam ser aproveitados de 
maneira a contribuir para a real aproximação e compartilhamento entre as pessoas, com 
liberdade e não como escravidão e dominação”. 
A alternativa E está incorreta, pois as redes sociais não estão isoladas. Elas podem gerar 
isolamento em pessoas que as utilizam em excesso. 
Gabarito: D 
 (EAM – 2016) 
Com base no texto, assinale a opção correta. 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
A) O uso de redes sociais digitais traz benefícios e malefícios, mas estes superam aqueles. 
B) As redes sociais são benéficas, desde que usadas para que as pessoas se aproximem, 
compartilhem ideias e realizem ações conjuntas. 
C) Há uma crítica veemente aos erros de escrita produzidos peias pessoas nas redes sociais. 
D) O quinto parágrafo ratifica o conceito de redes sociais, mostrado no terceiro. 
E) O texto analisa o chamado "vício eletrônico", mostrando que esse problema afeta 
exclusivamente crianças e adolescentes. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois não há essa comparação indicando que haveria mais 
malefícios do que benefícios. 
A alternativa B está correta, pois o texto indica que “devemos aprender a dosar o uso 
das novas tecnologias de comunicação para que seus benefícios possam ser aproveitados de 
maneira a contribuir para a real aproximação e compartilhamento entre as pessoas, com 
liberdade e não como escravidão e dominação”. 
A alternativa C está incorreta, pois se menciona a preocupação dos professores de 
português, mas não há uma crítica veemente ao modo de escrita por parte do autor. 
A alternativa D está incorreta, pois no terceiro parágrafo fala-se sobre os usos 
comerciais das redes sociais; e no quinto parágrafo fala-se sobre os relacionamentos 
interpessoais. 
A alternativaE está incorreta, pois qualquer pessoas pode estar sujeita a viciar-se em 
tecnologia, haja vista sua presença em nossa vida atualmente. 
Gabarito: B 
 (Fuzileiro Naval – 2019) 
Texto 4 
Por que as listras da pasta de dente não se misturam dentro do tubo? 
(Leonardo Menezes, Rio de Janeiro, RJ) 
Primeiro porque os ingredientes de cores diferentes ficam armazenados em 
compartimentos separados. Segundo, porque as listras só aparecem perto da boca do 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
tubo. A bisnaga inteira é preenchida por creme dental comum, de cor branca. Nas laterais 
superiores do tubo, encontramos o gel colorido que dá forma às listras. O segredo é que 
o gel e o creme seguem por “estradas” exclusivas até bem perto da saída. A parte branca 
sobe por um duto que tem pouco mais de meio centímetro de diâmetro, a mesma 
dimensão da pasta que chega até a escova. O gel, por sua vez, flui por quatro buraquinhos 
de 1 milímetro que desembocam no duto principal. Lá dentro, as pequenas saídas de gel 
interceptam o fluxo de pasta branca e as listras coloridas começam a se espalhar pelo 
creme. Como isso acontece a apenas 1,5 centímetro da saída, os filetes coloridos saem 
quase intactos. Eles só vão se juntar dentro da boca, na hora em que a gente escova os 
dentes. 
(Mundo Estranho, n.26) 
 
No texto 4, no fragmento ”Eles só vão se juntar dentro da boca (…)“ o pronome destacado 
retoma a: 
(A) Intactos. 
(B) Filetes coloridos. 
(C) Gel. 
(D) Cremes. 
(E) Buraquinhos. 
 
Comentários: 
O fragmento em destaque se encontra no seguinte trecho “Como isso acontece a 
apenas 1,5 centímetro da saída, os filetes coloridos saem quase intactos. Eles só vão se juntar 
dentro da boca, na hora em que a gente escova os dentes”. 
O pronome “eles”, aqui, retoma um termo anterior que esteja perto o suficiente para 
não gerar ambiguidade. Dentre os termos anteriores, o que se encaixa no contexto é “filetes 
coloridos”. Reescrita, a oração seria: 
“Os filetes coloridos só vão se juntar dentro da boca, na hora em que a gente escova os 
dentes”. 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
Gabarito: B 
 (Fuzileiro Naval – 2018) 
TEXTO 3 
Os principais problemas da agricultura brasileira referem-se muito mais à diversidade dos 
impactos causados pelo caráter da modernização, do que à persistência de segmentos que 
dela teriam ficado imunes. Se hoje existem milhões de estabelecimentos agrícolas 
marginalizados, isso se deve muito mais à natureza do próprio processo de modernização, 
do que à sua suposta falta de abrangência. 
(Folha de São Paulo, 13/09/94, 2-2) 
 
Segundo o texto 3, é correto afirmar que 
A) o processo de modernização deve tornar-se mais abrangente para implementar a 
agricultura. 
B) os problemas da agricultura resultam da inadequação do processo de modernização do 
setor. 
C) os problemas da agricultura resultam dos impactos causados pela modernização 
progressiva do setor. 
D) segmentos do setor agrícola não adotam processos modernos. 
E) os problemas da agricultura decorrem da adequação do processo de modernização do 
setor. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois a agricultura, utilizando ou não processos mais 
modernos, já está implementada. 
A alternativa B está correta, pois o texto aponta que, mais do que a abrangência da 
modernização, os problemas resultam dos impactos causados por ela. O setor agrícola ainda 
não está adequado às modernizações. 
A alternativa C está incorreta, pois o texto não indica que esses processos tenham sido 
graduais. 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
A alternativa D está incorreta, pois há adoção dos processos mais modernos, ainda que 
haja uma dificuldade de adequação no setor. 
A alternativa E está incorreta, pois não é a adequação que gera o processo, mas a 
inadequação. 
Gabarito: B 
 
 (ESA – 2019) 
Assinale o item em que a explicação corresponde ao excerto citado: 
a) " ... permitindo que fluísse em silêncio pelos cômodos ... "I A esposa silencia para 
agradar o marido. 
b) "Largou o tecido em uma gaveta, esqueceu o batom." I Ela não tem mais atitudes 
humanas por causa da anulação de sua identidade. 
c) "Uma fina saudade, porém, começou a alinhavar-se em seus dias."/ A esposa perde a 
matéria que a torna ser. 
d) "E continuou andando pela casa de vestido de chita."/ Reforça a ideia de que o homem 
não se importava com a esposa. 
e) “Ninguém a olhava duas vezes."/ Sua aparência não mais chamava a atenção 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois esse trecho indica que o marido perdeu o interesse 
na esposa, não que ela estava tentando agradá-lo. 
A alternativa B está incorreta, pois esse trecho indica que ela perdeu a vaidade, não as 
atitudes humanas. 
A alternativa C está incorreta, pois esse trecho indica que o marido começou a sentir 
falta de como a esposa era antes dele muda-la completamente. 
A alternativa D está incorreta, pois esse trecho indica que a esposa já não tinha mais 
nenhuma vaidade, não que o marido parara de se importar com a esposa. 
A alternativa E está correta, pois esse trecho indica que despida da vaidade, a esposa 
se tornou alguém que não chamava mais a atenção como antes. Sua aparência já não era mais 
chamativa. 
 
 
 
 
 
 
138 
Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
Gabarito: E 
 (ESA – 2019) 
Marina Colasanti ressalta tanto a violência física quanto a violência simbólica praticada 
contra a mulher. Assinale o item em que há um exemplo de violência física: 
a) “...pegou a tesoura e tosquiou-lhe os longos cabelos." 
b) "Dos armários tirou as roupas de seda, da gaveta tirou todas as joias. 
c) "...foi obrigado a exigir que eliminasse os decotes, jogasse fora os sapatos de saltos 
altos.". 
d) "... mandou que descesse a bainha dos vestidos e parasse de se pintar." 
e) “... um ou outro olhar viril se acendia à passagem dela,...” 
Comentários: 
A alternativa A está correta, pois nesse trecho há uma ação física: cortar os cabelos da 
mulher com uma tesoura. 
A alternativa B está incorreta, pois jogar fora as roupas e joias da mulher é uma violência 
simbólica, não contra o corpo físico da esposa. 
A alternativa C está incorreta, pois exigir que ela troque de roupas é uma violência 
simbólica, não contra o corpo físico da esposa. 
A alternativa D está incorreta, pois exigir que ela troque de roupas ou que ela não use 
mais maquiagem é uma violência simbólica, não contra o corpo físico da esposa. 
A alternativa E está incorreta, pois esse trecho mostra as reações que os homens tinham 
quando viam a esposa, não violências que ela sofria. 
Gabarito: A 
 (ESA – 2019) 
Assinale a alternativa que explica o sentido do trecho "enquanto a rosa desbotava sobre a 
cômoda": 
a) O desbotamento da rosa simboliza a perda do estereótipo de fragilidade imputado à 
mulher. 
 
 
 
 
 
 
139 
Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
b) A perda de cor da rosa equivale ao comportamento de resistência e força da mulher. 
c) O desbotamento sugere raiva e desleixo da personagem, que não cuidou da rosa. 
d) A imagem da rosa desbotada traduz a anulação da identidade da personagem. 
e) A rosa, tanto no conto como na literatura universal, simboliza a anatomia da mulher. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois a rosa desbotando mostra a perda de vitalidade da 
mulher, não da fragilidade ou dos estereótipos. 
A alternativa B está incorreta, pois a mulher já se encontra sem forças ou vontades, assim 
como a rosa está desbotada. 
A alternativa C está incorreta, pois a personagem não sente raiva nem desleixo, apenas 
não tem mais vaidade nem vitalidade. 
A alternativa D está correta,pois a rosa é uma metáfora visual para a própria perda de 
vitalidade da personagem, que teve sua identidade anulada pelo marido por ciúmes. 
A alternativa E está incorreta, pois não há nada que sugere que a rosa seja uma metáfora 
para o corpo feminino. 
Gabarito: D 
 
 (ESA – 2011) 
Em função do que é dito nos versos do poema, observa-se que o “eu lírico”: 
A) viaja, não só fisicamente, mas também por meio de seus pensamentos. 
B) é um homem agitado, que leva uma vida de passageiro com luxo e mordomias. 
C) deseja ser mau e mórbido, por isso faz suas viagens pelas estrelas. 
D) tem fome e pouco dinheiro, logo não gasta com comidas que não alimentam. 
E) é uma voz que clama por tranquilidade e brada contra a poluição do ar. 
Comentários: 
 
 
 
 
 
 
140 
Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
A alternativa A está correta, pois o eu lírico diz “fecho os olhos e sonho: / viajar, viajar”, 
indicando que a viagem não é só física, como mental. 
A alternativa B está incorreta, pois em nenhum momento há menção a luxos ou 
mordomias nas viagens. 
A alternativa C está incorreta, pois não há nenhuma alusão a esses traços de 
personalidade como justificativa para viagens. 
A alternativa D está incorreta, pois em nenhum momento há referência às condições 
financeiras do eu lírico. 
A alternativa E está incorreta, pois a poluição do ar não é uma questão para o eu lírico. 
Gabarito: A 
 (ESA – 2011) 
Levando em conta o contexto do poema, em qual das alternativas há um sentido 
semelhante ao de “acomodo-me no meu lugar” ? 
A) Ajeito-me no meu canto. 
B) Entendo-me com minhas ideias. 
C) Adapto-me ao meio em que vivo. 
D) Limito-me a ficar pensativo. 
E) Satisfaço-me com o lugar que me dão. 
Comentários: 
O contexto em que esse verso aparece é: 
“e – até hoje – quando embarco 
para alguma parte 
acomodo-me no meu lugar 
fecho os olhos e sonho” 
A alternativa A está correta, pois a ideia do trecho é de ajeitar-se e um canto que fosse 
seu. 
 
 
 
 
 
 
141 
Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
A alternativa B está incorreta, pois a ideia de acomodar-se não tem a ver nesse caso com 
entender-se. 
A alternativa C está incorreta, pois não há analogia possível aqui, nesse contexto, entre 
adaptação e acomodação. É uma questão física, de onde se acomodar. 
A alternativa D está incorreta, pois o “lugar” aqui não tem a ver com pensamentos 
necessariamente. 
A alternativa E está incorreta, pois não há aqui a ideia que o lugar fosse dado por outra 
pessoa, mas que o eu lírico se coloca no seu lugar. 
Gabarito: A 
 (ESA – 2011) 
A expressão “viajar indefinidamente” só NÃO significa 
A) viajar sem se preocupar com o tempo de chegar. 
B) aventurar-se pelo mundo sem ter um objetivo definido. 
C) passear de modo errante, a esmo. 
D) sair por aí sem definir o nome das pessoas conhecidas. 
E ) não ter a preocupação de saber o lugar para onde se vai. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois a ideia de indefinição pode implicar na questão do 
tempo de chegada da viagem. 
A alternativa B está incorreta, pois a ideia de indefinição pode implicar na questão de 
se aventurar sem um objetivo definido. 
A alternativa C está incorreta, pois a ideia de indefinição pode implicar na questão de 
viajar sem planos, não traçando caminhos, indo a esmo. 
A alternativa D está correta, pois a ideia de indefinidamente aqui tem a ver com sem 
saber para onde ir ou sem tempo definido, não tem a ver com pessoas conhecidas e seus 
nomes. 
A alternativa E está incorreta, pois a ideia de indefinição pode implicar na questão da 
falta de preocupação com planos e direções de onde ir. 
 
 
 
 
 
 
142 
Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
Gabarito: D 
Texto para as próximas questões 
 
 
 (Col. Naval – 2012) 
A fala de Miguelito, no último quadrinho do texto II, revela uma atitude 
A) alienada. 
B) condolente. 
C) reflexiva. 
D) firme. 
E) irresponsável. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois ele revela postura crítica, não alienada. 
A alternativa B está incorreta, pois ele não revela sentimento de compaixão ou pena 
nesse trecho. 
A alternativa C está correta, pois Miguelito reflete sobre a ideia de que a publicidade 
vende de que seríamos felizes através do consumo. 
A alternativa D está incorreta, pois ele não está falando de maneira dura, mas reflexiva. 
A alternativa E está incorreta, pois não há irresponsabilidade em sua fala. Ele esta 
apenas omitindo sua opinião crítica sobre um assunto. 
 
 
 
 
 
 
143 
Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
Gabarito: C 
 (Col. Naval – 2012) 
Assinale a opção que melhor caracteriza a mensagem do texto II. 
A) O consumo de bens materiais está diretamente relacionado com a felicidade. 
B) A televisão incentiva os telespectadores a consumirem diferentes produtos e serviços. 
C) A felicidade só pode ser alcançada através do consumo dos produtos anunciados em 
diferentes meios de comunicação. 
D) O principal papel da televisão ê anunciar produtos que serão comprados pelos 
telespectadores. 
E) As coisas boas veiculadas pela televisão fazem com que os telespectadores sejam felizes. 
Comentários: 
A alternativa A está correta, pois a publicidade vende uma ideia de que seríamos felizes 
através do consumo. 
A alternativa B está incorreta, pois o incentivo não é questionado. É a mensagem de 
felicidade das propagandas que ele critica. 
A alternativa C está incorreta, pois essa é a impressão que as propagandas passam, mas 
em nenhum momento se mencionam diferentes veículos de comunicação para além da 
televisão. 
A alternativa D está incorreta, pois o papel da televisão é entretenimento e 
comunicação, não anúncio de produtos. 
A alternativa E está incorreta, pois os telespectadores não seriam felizes apenas por ver 
anúncios de produtos. Seria preciso consumi-los. 
Gabarito: A 
 (Col. Naval – 2013) 
 
 
 
 
 
 
 
144 
Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
 
 
Que termo resume a ideia apresentada no texto? 
A) Abnegação. 
B) Perseverança. 
C) Altruísmo. 
D) Improbidade. 
E) Comodismo. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois abnegação dá ideia de altruísmo, o que não aparece 
na charge. 
A alternativa B está correta, pois há uma noção de exaltação à perseverança e ao esforço 
pessoal na charge, mas de maneira crítica. 
A alternativa C está incorreta, pois assim como em A, a ideia de desprendimento e 
superação do egoísmo não é mencionada no texto. 
A alternativa D está incorreta, pois improbidade significa ausência de honestidade, o 
que não se identifica aqui. 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
A alternativa E está incorreta, pois o que a charge fala é o contrário: o texto fala sobre 
perseverança. 
Gabarito: B 
 (Col. Naval – 2019) 
 
 
Infere-se do texto que: 
A) água é comparada com Wi-fi porque ambos são importantes hoje em dia 
B) o comportamento das pessoas mudou totalmente com a chegada do Wi-fi, 
C) atualmente, as pessoas têm vergonha de pedir água na casa dos outros. 
D) pedir água indica intimidade; pedir a senha do Wi-fi indica modernidade. 
E) água significa manutenção da vida; Wi-fi, adaptação ao mundo moderno. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois ainda que a internet tenha se tornado presente na 
vida das pessoas, não se pode dizer que ela seja tão essencial à vida quanto água. 
 
 
 
 
 
 
146 
Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
A alternativa B está correta, pois a imagem dá a ideia de que a internet tomou conta de 
tantos espaços na vida das pessoas que mudou os hábitos: visitar alguém é uma situação socialque também acaba sendo atravessada pela internet. 
A alternativa C está incorreta, pois não é uma questão de vergonha o que se aponta 
aqui, mas de hábito e prioridade. 
A alternativa D está incorreta, pois ambos os pedidos podem ser vistos como sinais de 
intimidade, uma vez que a senha do wifi e alguém também é um dado pessoal. 
A alternativa E está incorreta, pois o que a imagem aponta é a mudança de hábitos e de 
prioridades: ao invés de pedir água, as pessoas se preocupam com a senha do wifi. 
Gabarito: B 
 (Col. Naval – 2018) 
 
 
No texto apresentado, o autor: 
A) não tem intenção de se comunicar com o leitor. 
B) gera ambiguidade na articulação dos vocábulos. 
C) explora a polissemia como recurso para gerar humor. 
D) divulga determinado produto para venda. 
E) articula palavras contrárias, comprometendo o sentido a ser veiculado. 
Comentários: 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
A alternativa A está incorreta, pois o texto faz uso do pronome “seu”, o que indica 
comunicação direta com o leitor. 
A alternativa B está incorreta, pois há uma brincadeira com a polissemia da palavra 
“gato”, mas não há uma ambiguidade: ninguém ao ler esse anúncio pensa que é possível que 
seu animal mude de espécie. 
A alternativa C está correta, pois o humor do anúncio está na polissemia da palavra 
“gato” que pode ser tanto um animal quanto uma gíria para “bonito”. 
A alternativa D está incorreta, pois a divulgação é de um serviço – banho e tosa – não 
um produto. 
A alternativa E está incorreta, pois não há palavras de uso contrário, mas a apresentação 
de espécies diferentes. 
Gabarito: C 
 (EAM – 2014) 
ÔNIBUS LOTADO 
O ônibus aguardava no ponto final, no alto de uma ladeira. Após os passageiros entrarem, 
seguiu ladeira abaixo. 
Eis que um homem de bigode, de meia-idade, começou a correr atrás do ônibus. 
 
Da janela, um passageiro gritou: 
- Esquece, cara! O busão já tá lotado. 
E o senhor, ofegante: 
- Não posso. Sou o motorista! 
Almanaque Brasil, 02\07\2009 (adaptado). 
 
O homem de bigode corria ofegante porque 
A) ele era um passageiro atrasado. 
B) o ônibus já estava lotado. 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
C) ele era o motorista do ônibus. 
D) o ônibus já estava com a saída atrasada. 
E) um passageiro não quis pagar a passagem. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois ele é o motorista, não o passageiro. 
A alternativa B está incorreta, pois o ônibus estava lotado de passageiros, mas não tinha 
nenhum motorista. 
A alternativa C está correta, pois o motorista está correndo atrás do ônibus porque o 
veículo saiu correndo ladeira abaixo sem ninguém dirigindo. Ele está preocupado, porém os 
passageiros sequer perceberam a ausência do motorista. 
A alternativa D está incorreta, pois ele está correndo atrás do ônibus por ele estar 
andando sem motorista, não por estar atrasado. 
A alternativa E está incorreta, pois ele é o motorista, não o passageiro. 
Gabarito: C 
 (EAM – 2009) 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
 
 
O pronome demonstrativo usado em ". . . sou eu sentado nesta caixa" se justifica porque o 
falante. 
A) situa a caixa perto de si. 
B) pretende tomar a caixa de seu ouvinte. 
C) refere-se à caixa utilizada por seu ouvinte. 
D) dá ênfase ao objeto utilizado por seu interlocutor. 
E) retoma o termo "caixa" empregado no quadrinho anterior. 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
Comentários: 
A alternativa A está correta, pois o pronome “nesta” é utilizado pelo falante para referir-
se a elementos que estejam próximos a si. Como ele está dentro da caixa, a proximidade se 
justifica. 
A alternativa B está incorreta, pois ambos estão na caixa, não há a vontade de roubá-la 
de ninguém. 
A alternativa C está incorreta, pois ambos estão na caixa, não apenas o ouvinte de sua 
fala. 
A alternativa D está incorreta, pois ambos estão na caixa, não apenas seu interlocutor. 
A alternativa E está incorreta, pois no quadrinho anterior não se fala de caixa. Ela é 
referida como “máquina do tempo”. 
Gabarito: A 
Texto para as próximas questões 
TEXTO II 
Descobri aos 13 anos que o que me dava prazer nas leituras não era a beleza das frases, 
mas a doença delas. 
Comuniquei ao Padre Ezequiel, um meu Preceptor, esse gosto esquisito. 
Eu pensava que fosse um sujeito escaleno. 
- Gostar de fazer defeitos na frase é muito saudável, o Padre me disse. 
Ele fez um limpamento em meus receios. 
O Padre falou ainda: Manoel, isso não é doença, pode muito que você carregue para o 
resto da vida um certo gosto por nadas. . . 
E se riu. 
Você não é de bugre? - ele continuou. 
Que sim, eu respondi. 
Veja que bugre só pega por desvios, não anda em estradas 
- Pois é nos desvios que encontra as melhores surpresas e os ariticuns maduros. 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
Há que saber apenas errar bem o seu idioma. Esse Padre Ezequiel foi o meu primeiro 
professor de agramática. 
BARROS, Manoel de. O livro das ignorãças. 9 ed. Rio de Janeiro: Record, 2000. 
 
 (EAM – 2009) 
O narrador sofreu um "limpamento" em seus receios. O que ocasionou isso? 
A) O desejo do garoto de ser um "sujeito escaleno". 
B) A insatisfação do garoto em relação ao seu gosto esquisito. 
C) O medo do preceptor de que o garoto sofresse um desgosto. 
D) A dúvida do padre quanto ao caminho que o garoto seguiria. 
E) A declaração do padre de que "gostar de fazer defeitos na frase é muito saudável". 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois isso é como o menino se sentia antes do limpamento 
que a frase do padre lhe causou. 
A alternativa B está incorreta, pois o menino se sentia insatisfeito antes de ouvir as 
palavras do padre. 
A alternativa C está incorreta, pois o padre conversa com o menino por esse receio, mas 
é sua fala que promove o livramento. 
A alternativa D está incorreta, pois o livramento vem do conselho de que é normal e 
saudável aquilo que ele acreditava ser um defeito, não das dúvidas do padre. 
A alternativa E está correta, pois a referência ao limpamento de receios está logo após 
“- Gostar de fazer defeitos na frase é muito saudável, o Padre me disse.”. Ou seja, essa 
afirmação do padre faz com que o menino se sinta melhor. 
Gabarito: E 
 (EAM – 2009) 
"Comuniquei ao Padre Ezequiel, um meu Preceptor, / esse gosto esquisito." (versos 4 e 5). 
Esse gosto é considerado esquisito porque; 
 
 
 
 
 
 
152 
Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
A) é algo fora do comum. 
B) elogia os gramáticos. 
C) define o caráter do narrador. 
D) causa surpresa no preceptor. 
E) propõe uma alteração nas gramáticas. 
Comentários: 
A alternativa A está correta, pois o gosto estranho a que ele se refere é preferir os 
defeitos da gramática, ou seja, os erros no português, à grafia correta. 
A alternativa B está incorreta, pois ocorre o contrário: ele prefere os “agramáticos”. 
A alternativa C está incorreta, pois não é uma questão de caráter, as de preferência 
estética. 
A alternativa D está incorreta, pois o preceptor não parece espantado com o que o 
menino diz a ele. 
A alternativa E está incorreta, pois o menino não propôs uma alteração da gramática, 
apenas expos seu gosto pelas incorreções. 
Gabarito: A 
 (EAM – 2009) 
Do texto, compreende-se que; 
A) a filha tinha dificuldades em todas as matérias. 
B) a professora não sabia ensinar língua portuguesa. 
C) O processo de redigir era uma tarefa difícil para o pai. 
D) O escritor e a menina eram antipatizados pela professora. 
E) o pai e a filha se ressentem com o desfecho da história. 
Comentários: 
A alternativaA está incorreta, pois a filha ia mal especificamente em português. 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
A alternativa B está incorreta, pois não é uma questão com a capacidade da professora, 
mas com a avaliação que ela faz do trabalho da menina. 
A alternativa C está incorreta, pois o pai é apresentado como um autor premiado e 
traduzido no mundo todo. 
A alternativa D está incorreta, pois não se pode presumir que a professora não gostasse 
do pai e da filha, apenas que ela não gostou do trabalho que eles fizeram. 
A alternativa E está incorreta, pois os dois ficam inconformados com a nota que a freira 
deu ao trabalho, o que fica claro em “distinguia o choro de sua filha” e “E o pai, traduzido em 
servo-croata, editado pelo MacMillan, deu um uivo e rolou pela escada, espumando contra a 
freira e contra o pôr-do-sol”. 
Gabarito: E 
 
 
 (EAM – 2008) 
A leitura do texto METAPOESIA esclarece-nos que a autora; 
A) não tem dificuldades de encontrar novas temáticas. 
B) elabora muito bem os eufemismos. 
C) inspira-se com o que lhe traz a visão. 
D) tem problemas com a inspiração. 
E) é exímia na construção de figuras de linguagem 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois a autora fala que não consegue ter ideias para 
escrever. 
A alternativa B está incorreta, pois a autora reclama da falta de possibilidade de 
“eufemizar”. 
A alternativa C está incorreta, pois a autora vê muitas situações, mas nenhuma a inspira 
verdadeiramente. 
 
 
 
 
 
 
154 
Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
A alternativa D está correta, pois todo o poema se constrói e torno da ideia de que a 
autora está num bloqueio criativo, que a impede de escrever poesia e encontrar inspiração. 
A alternativa E está incorreta, pois a autora reclama que não consegue traduzir em 
figuras de linguagem situações que vê na vida a seu redor. 
Gabarito: D 
 (EAM – 2008) 
Com relação aos desejos da poetisa e o que constata na própria realidade, percebe-se que 
existe um sentimento de; 
A) inconstância. 
B) desespero. 
C) impotência. 
D) raiva. 
E) indiferença. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois a autora não apresenta oscilações de humor ou 
temperamento. 
A alternativa B está incorreta, pois a autora não parece em desespero, apenas relatando 
sua situação de impotência. 
A alternativa C está correta, pois a autora se sente impotente diante da falta de 
inspiração, que a impede de produzir poesia. 
A alternativa D está incorreta, pois a autora não parece sentir raiva, apenas relatando 
sua situação de impotência. 
A alternativa E está incorreta, pois a autora, apesar de não parecer desesperada, 
também não se mostra indiferente. Ela se incomoda com a falta de inspiração. 
Gabarito: C 
 (EAM – 2010) 
 
 
 
 
 
 
155 
Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
 
 
Analise as afirmativas abaixo. 
I - O texto critica as mudanças que ocorrerão na Língua Portuguesa, em função do novo 
acordo ortográfico. 
II - A linguagem utilizada pelo sobrinho contradiz a justificativa dada pelo tio, no primeiro 
quadrinho, ao pedir ajuda a fim de entender o acordo ortográfico. 
III- Ao ler o texto do sobrinho, o tio percebe que o menino não pode ajudá-lo a entender o 
acordo ortográfico porque não parece estar interessado nas mudanças ocorridas. 
 
Assinale a opção correta. 
A) Apenas a afirmativa I é verdadeira. 
B) Apenas a afirmativa II é verdadeira. 
C) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras. 
D) Apenas as afirmativas I e III são verdadeiras. 
E) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras. 
Comentários: 
 
 
 
 
 
 
156 
Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
A afirmativa I está incorreta, pois não há crítica ao novo acordo ortográfico, mas uma 
expressão da diferença no modo de falar de cada geração. 
A afirmativa II está correta, pois o tio pensa em pedir ajuda ao sobrinho para entender 
o acordo ortográfico, mas ao ver o modo como o sobrinho escreve, ele repensa seu pedido, 
já que não entende o modo como ele escreve. 
A afirmativa III está incorreta, pois o tio repensa seu pedido não pelo desinteresse do 
sobrinho, que parece solícito, as por não compreender as gírias e modo de escrever do 
menino. 
Gabarito: B 
 
 (Fuzileiro Naval – 2019) 
Tome como referência as seguintes frases: texto 1 “ O negócio aconteceu num café. Tinha 
uma porção de sujeitos, sentados nesse café, tomando umas e outras.” e texto 2 “ Havia a 
viola da vila, a viola e o violão. Do vilão era a viola, e da Olívia o violão.” – linhas 01 a 04. Há 
uma diferença na linguagem e no estilo utilizados nos dois textos, caracterizando-os, 
respectivamente, como: 
A) música e texto. 
B) verbal e não verbal. 
C) texto e poesia. 
D) prosa e poesia. 
E) texto e prosa. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois a música não se organiza em parágrafos, mas em 
versos e estrofes. Além disso, “texto” é um nome genérico para qualquer construção, verbal 
ou não, que passe uma mensagem. 
A alternativa B está incorreta, pois o segundo texto também é verbal. 
A alternativa C está incorreta, pois “texto” é um nome genérico para qualquer 
construção, verbal ou não, que passe uma mensagem. 
 
 
 
 
 
 
157 
Prof.ª Fabíola Soares 
 
 
 
AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
A alternativa D está correta, pois o primeiro texto, organizado em parágrafos e com 
menor preocupação com a sonoridade, é um texto em prosa. O segundo texto, organizado 
em versos e estrofes e com maior preocupação com a sonoridade, é um texto de poesia. 
A alternativa E está incorreta, pois “texto” é um nome genérico para qualquer 
construção, verbal ou não, que passe uma mensagem. Além disso, o segundo texto, 
organizado em versos e estrofes e com maior preocupação com a sonoridade, logo, é um 
texto de poesia 
Gabarito: D 
 (Fuzileiro Naval – 2019) 
Segundo o texto 2, é correto afirmar que: 
A) Olívia e o vilão eram parentes. 
B) O vilão tirou a vida de Olívia de alguma forma. 
C) Olívia toca vários tipos de instrumentos. 
D) A vila que Olívia vivia era muito perigosa. 
E) Olívia matou o vilão, que era o violão. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois o violão é um objeto, não um parente de Olívia. 
A alternativa B está correta, pois um dos versos do poema afirma “O vilão levou-lhe a 
vida, / levando o violão dela” e “Vida de Olívia – levada / por um violão violento”. 
A alternativa C está incorreta, pois só há menção do violão coo um instrumento tocado 
por Olívia – ainda que a palavra “viola” apareça algumas vezes. 
A alternativa D está incorreta, pois não há menção aos perigos da vila. Apenas ao vilão 
que levou seu violão embora. 
A alternativa E está incorreta, pois não se pode pressupor pelo poema que Olívia teria 
matado alguém. 
Gabarito: B 
 (Fuzileiro Naval – 2019) 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
No texto 1, por que a senhora achou que a história não tinha terminado? 
A) Porque ainda tinham outras pessoas no bar para enfrentar o alemão. 
B) Porque ela esperava uma história mais longa. 
C) Porque faltou um ponto final representando o término do texto. 
D) Porque como todo brasileiro, mesmo apanhando, ele não iria desistir. 
E) Porque ela tinha a convicção de que o brasileiro não levaria a pior como os outros. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois na situação descrita da briga final há apenas o alemão 
e o brasileiro. 
A alternativa B está incorreta, pois não se pode pressupor que ela tivesse uma 
expectativa de história mais longa, apenas que se surpreendeu com o desfecho. 
A alternativa C está incorreta, pois a pontuação do texto está toda adequada. 
A alternativa D está incorreta, pois a característica atribuídaaos brasileiros no texto não 
é a da persistência, mas a fama da malandragem. 
A alternativa E está correta, pois no último parágrafo do texto é dito “Qual é o fim da 
história? Pois a história termina aí, madame. Termina aí que é pros brasileiros perderem essa 
mania de pisar macio e pensar que são mais malandros do que os outros”. Ou seja, a 
interlocutora acha estranho que brasileiros não se deem bem no fim da história, pois 
costumam ter fama de serem “mais malandros do que os outros”. 
Gabarito: E 
 (Fuzileiro Naval – 2019) 
O texto 1 “ Vamos acabar com esta folga” é uma crônica que retrata uma situação 
envolvendo pessoas nascidas em vários países que estão tomando “umas e outras” em um 
café. Que período representa melhor a ideia sugerida no título do texto? 
A) ”Pois a história termina aí, madame. Termina aí que é pros brasileiros perderem essa 
mania de pisar macio e pensar que são mais malandros do que os outros.“ - linhas 40 a 43. 
B) ”De repente, um alemão forte pra cachorro levantou e gritou que não via homem pra ele 
ali dentro.“ - linhas 06 a 08. 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
C) ”O alemão limpou as mãos, deu mais um gole no chope e fez ver aos presentes que o 
que ele dizia era certo.“ - linhas 24 a 26. 
D) ”Queimou-se então um português que era maior ainda do que o turco. Queimou-se e 
não conversou.“ - linhas 18 a 20. 
E) ”- Pode ser com você também - respondeu o Alemão.“ - linhas 13 e 14. 
Comentários: 
A alternativa A está correta, pois a folga mencionada no título se refere ao 
comportamento dos brasileiros descrito como de achar que “são mais malandros do que os 
outros”. 
A alternativa B está incorreta, pois o alemão se dá bem no fim do texto, logo, não se 
pode dizer que foi o comportamento dele que foi identificado como “folga” tampouco que 
acabaram com o comportamento do alemão. 
A alternativa C está incorreta, pois , assim como em B, o alemão se dá bem no fim do 
texto, logo, não se pode dizer que foi o comportamento dele que foi identificado como “folga” 
tampouco que acabaram com o comportamento do alemão. 
A alternativa D está incorreta, pois não há nenhuma descrição do comportamento nem 
do português nem do turco para que possamos associa-los de alguma forma à “folga” do 
título. 
A alternativa E está incorreta, pois, assim como em B e C, o alemão se dá bem no fim 
do texto, logo, não se pode dizer que foi o comportamento dele que foi identificado como 
“folga” tampouco que acabaram com o comportamento do alemão. 
Gabarito: A 
 (Fuzileiro Naval – 2019) 
Texto 3 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
 
 
No segundo quadrinho do texto 3, observando o contexto da tirinha, a frase “ Vá pegá-lo, 
Garfield!” apresenta um vício de linguagem, esse desvio é chamado: 
A) Barbarismo. 
B) Solecismo. 
C) Preciosismo. 
D) Vulgarismo. 
E) Ambiguidade. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois barbarismo é o uso incorreto de uma palavra, seja na 
pronúncia, na grafia ou escolha morfológica, o que não ocorre aqui. 
A alternativa B está incorreta, pois solecismo é o uso incorreto da sintaxe, incorrendo 
em desvio gramatical, o que não ocorre aqui. 
A alternativa C está incorreta, pois preciosismo é o exagero de detalhamento e cuidado 
com algo, o que não ocorre aqui. 
A alternativa D está incorreta, pois vulgarismo ocorre quando há construção ou 
expressões que fogem à norma culta, normalmente ligados à vícios da fala, o que não ocorre 
aqui. 
A alternativa E está correta, pois quando Jon fala “pega-lo” ele está se referindo ao rato, 
não ao biscoito que ele roubou. Garfield, porém, pega a comida ao invés de pegar o animal. 
 
 
 
 
 
 
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Como ambas as palavras – rato e biscoito – são masculinas, a construção fica ambígua, o que 
legitima a atitude de Garfield. 
Gabarito: E 
 
 (Fuzileiro Naval – 2018) 
Os textos 1, 2, 3 e 4 podem ser classificados, respectivamente, como 
A) artigo, narrativa, relato e tirinha. 
B) narrativa, poema, reportagem e charge. 
C) artigo, poema, reportagem e tirinha. 
D) narrativa, poema, reportagem e tirinha. 
E) artigo, narrativa, relato e charge. 
Comentários: 
O texto 1 é um conto breve, apresentando uma narrativa de um menino que foge de 
casa após ser repreendido pelo pai. 
O texto 2 é um poema, texto que se divide em versos e estrofes, com preocupação 
sonora. 
O texto 3 é um texto jornalístico que, por contar com uma análise sobre algum fato, 
pode ser entendido como uma reportagem. 
O texto 4 é uma tirinha, apresentando uma sequência narrativa dividida em quadrinhos, 
com imagem e texto verbal. 
Gabarito: D 
 (Fuzileiro Naval – 2018) 
De acordo com o texto 4, o pronome pessoal do caso reto “eles” é utilizado no primeiro 
balão e depois no terceiro balão. A quem o pronome “eles” se refere em cada balão, 
respectivamente? 
A) Os peixes – os meninos. 
B) Os peixes – a mãe. 
 
 
 
 
 
 
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C) As crianças – os demais personagens. 
D) Os demais personagens – os peixes. 
E) Os meninos – os peixes. 
Comentários: 
A alternativa A está correta, pois no primeiro quadrinho vemos os meninos falando 
sobre os peixes, logo, “eles” aqui equivale a peixes. Já no segundo quadrinho são os peixes 
que se referem aos meninos, logo, “eles” aqui equivale a os meninos 
A alternativa B está incorreta, pois “mãe” é um termo feminino singular, logo, não 
poderia ser substituído por “eles”. 
A alternativa C está incorreta, pois no primeiro quadrinho os meninos proferem a fala, 
logo, “eles” não poderia referir-se a eles próprios. No segundo quadrinho vemos que as únicas 
pessoas no campo de visão dos peixes são os meninos, não todos os demais personagens. 
A alternativa D está incorreta, pois no primeiro quadrinho vemos os meninos falando 
sobre os peixes e no segundo quadrinho são os peixes que se referem aos meninos. 
A alternativa E está incorreta, pois a ordem correta seria o contrário: os peixes e os 
meninos. 
Gabarito: A 
 (Fuzileiro Naval – 2018) 
Tome como referência as seguintes frases: texto 1 - linhas 62 e 63 “- Fique aí quietinho, está 
ouvindo? Papai está trabalhando.” e texto 3 - linhas 1 a 6 “Os principais problemas da 
agricultura brasileira referem-se muito mais à diversidade dos impactos causados pelo 
caráter da modernização, do que à persistência de segmentos que dela teriam ficado 
imunes.”. É possível observar que o registro da linguagem utilizado em ambos os trechos 
foi diferente, podendo ser classificados, respectivamente, como registros 
A) culto e coloquial. 
B) informal e culto. 
C) informal e popular. 
D) culto e formal. 
 
 
 
 
 
 
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E) popular e informal. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois o registro do primeiro trecho é mais informal, 
enquanto o segundo é mais culto. 
A alternativa B está correta, pois no primeiro trecho selecionado há uma fala de um pai 
para um filho, num contexto de informalidade; e no segundo, há um texto jornalístico, 
publicado num veículo de comunicação, o que demanda um registro culto da linguagem. 
A alternativa C está incorreta, pois não se pode dizer que o texto jornalístico se apoie 
num registro popular da linguagem. 
A alternativa D está incorreta, pois a conversa entre pai e filho não se dá por meio do 
registro culto da linguagem. 
A alternativa E está incorreta, pois não se pode dizer que o texto jornalístico se apoie 
num registro informal da linguagem. 
Gabarito: B 
 (Fuzileiro Naval – 2017) 
 
 
 
 
 
 
 
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Jaguar. Átila, você é bárbaro. Rio de Janeiro:Civilização Brasileira, 1968. p.166-7. 
 
A ironia no texto 3 consiste 
A) na evolução humana como causadora da própria destruição. 
B) em homens criando armas cada vez mais potentes. 
C) em flechas se tornando armas de destruição poderosas. 
D) na exclusão de outros tipos de armas no texto. 
E) na exploração espacial como resultado da evolução humana. 
Comentários: 
A alternativa A está correta, pois o homem é visto na tirinha como inimigo de si próprio, 
ressaltando que a evolução das armas fez com que ele se tornasse cada vez mais danoso a si, 
acabando por se destruir. 
A alternativa B está incorreta, pois há uma crítica na ideia de construção de armas cada 
vez mais potentes. Não se pode dizer que isso seja irônico. 
A alternativa C está incorreta, pois a ironia está no homem construir armas potentes que 
acabam por destruí-lo, não em armas aparentemente menos fortes sendo consideradas 
destruidoras. 
A alternativa D está incorreta, pois as armas escolhidas já conseguem dar o tom da 
crítica. 
A alternativa E está incorreta, pois o foguete citado aqui não tem a ver diretamente com 
exploração espacial, mas com destruição em massa. 
Gabarito: A 
 (Fuzileiro Naval – 2017) 
Pode-se observar que os dois textos se relacionam, pois se referem a 
A) adequado e inadequado. 
B) estrangeiros e expressões. 
C) gírias e guerras. 
 
 
 
 
 
 
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D) linguagem e futuro. 
E) presente e passado. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois não há no texto 2 nenhuma noção de adequação ou 
não, apenas de passagem do tempo. 
A alternativa B está incorreta, pois não há no texto 2 uma importância para a figura do 
estrangeiro. 
A alternativa C está incorreta, pois não há no texto 1 uma relevância ao tema da guerra. 
A alternativa D está incorreta, pois nenhum dos textos pensa a noção de futuro, apenas 
as noções de passado e presente. 
A alternativa E está correta, pois o texto 1 fala sobre como as palavras envelhecem e se 
tornam estranhas com o tempo, expondo uma relação de passado e presente; e o texto 2 fala 
sobre como notícias de jornal, sempre entendidas como “novidades” se tornam velhas e 
caducas com o tempo, também tensionando noções de passado e presente. 
Gabarito: E 
 (Fuzileiro Naval – 2006) 
“A raposa viu que vinha vindo um cavalo carregado com cabaças cheias de mel de abelhas. 
Mais que depressa deitou-se no meio da estrada, fingindo-se de morta. O tangerino 
passou e achou o bicho muito bonito.” (linhas 1 a 4) 
Assinale a alternativa que substitui o vocábulo bicho no trecho acima. 
A) Onça. 
B) Abelha. 
C) Cavalo. 
D) Raposa. 
E) Tangerino. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois a onça ainda não apareceu na história. 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
A alternativa B está incorreta, pois a abelha é a responsável por fazer o mel que a raposa 
come. 
A alternativa C está incorreta, pois o cavalo é quem carrega o el, não quem está deitado 
na estrada. 
A alternativa D está correta, pois esse trecho apresenta a estratégia da raposa para 
conseguir subir no caminhão. O bicho a que se refere aqui é a raposa. 
A alternativa E está incorreta, pois tangerino é o homem quem passa pela estrada, não 
o animal. 
Gabarito: D 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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AULA 13 – Leitura e Interpretação de textos 
 
7. Considerações Finais 
 
É isso, meu/ minha querido (a)! Finalizamos a nossa aula. Espero que tenha gostado! 
Restando qualquer dúvida, estou à disposição. Mantenha-se no foco, a sua aprovação 
está mais perto do que imagina! 
Qualquer crítica, sugestão ou elogio, só mandar mensagem no fórum! 
Até a nossa próxima aula! 
 
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Fé na missão!

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