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A Decisão de 
Intubar na 
Emergência
SUMÁRIO
1. Manejo das vias aéreas .......................................................................................3
2. A decisão de intubar na emergência ..................................................................17
3. Preditores de via aérea difícil ............................................................................20
Referências ....................................................................................................................... 22
A Decisão de Intubar na Emergência   3
1. MANEJO DAS VIAS AÉREAS
Avaliação Clínica Inicial
A avaliação inicial de um paciente grave tem como objetivo abordar as causas 
mais graves e que matam mais rápido os pacientes e inclui a aplicação do ABCD:
• Airways. Vias aéreas;
• Breathing. Ventilação;
• Circulation. Circulação;
• Disability. Disfunção neurológica.
O manejo das vias aéreas, quando necessário, será realizado nos dois primeiros 
tópicos: vias aéreas e ventilação. Observe a seguir como deve ser feita a abordagem.
A - Airways (vias aéreas)
Deve-se:
• Verificar se o paciente tem as vias aéreas pérvias: conversar com o paciente, 
para avaliar se chega oxigênio suficiente ao cérebro para efetuar uma resposta 
verbal, procurar por sinais de obstrução (estridor, respiração ruidosa, cianose, 
corpo estranho);
• Verificar se tem capacidade de proteger vias aéreas: no trauma, escala de coma 
de Glasgow (feito do D) < 9 é indicação para realização de intubação orotra-
queal (IOT), pois nesse caso o paciente tem um alto risco de não conseguir a 
proteção das vias aéreas. Além disso, deve-se avaliar se os reflexos protetores 
estão intactos (através da observação de deglutição espontânea ou voluntária 
e da presença de secreções na orofaringe posterior), buscando verificar o risco 
de aspiração;
• Verificar se o paciente consegue manter uma oxigenação adequada.
Caso alterações sejam observadas, deve-se realizar manobras de liberação de 
vias aéreas: 
• Chin-lift (figura 1) – é a manobra de desobstrução de vias aéreas de escolha, 
no entanto, não deve ser realizada em pacientes que sofreram traumatismo 
raquimedular.
• Jaw-Thrust (figura 2) – essa manobra pode ser utilizada em pacientes que so-
freram trauma raquimedular.
 Ademais, é essencial retirar corpos estranhos ou aspirar conteúdos que prejudi-
quem a perviedade das vias aéreas.
A Decisão de Intubar na Emergência   4
Figura 1. Manobra Chin-lift: elevação do mento.
Fonte: Awasada Kalayanamit/Shutterstock.com.
Figura 2. Manobra Jaw-Thrust: anteriorização da mandíbula.
Fonte: Awasada Kalayanamit/Shutterstock.com.
A Decisão de Intubar na Emergência   5
B - Breathing (ventilação)
Deve-se avaliar simetria, expansibilidade, uso de musculatura acessória, padrão 
respiratório, ausculta respiratória e frequência respiratória.
Havendo alterações patológicas é essencial o suporte de O2, seja ventilação não 
invasiva (VNI), IOT, ventilação mecânica ou outros dispositivos mais simples, a de-
pender da gravidade do quadro clínico. Além disso, deverá ser feito o tratamento 
etiológico: curativo de três pontas, punção de alívio, drenagem de tórax, entre outros.
Dispositivos
Cateter nasal
• Baixos fluxos, máximo 5 L/min;
• Reservado para casos menos graves;
• Cada L/min aumenta em 3 a 4% a FiO2;
• A 5 L/min: FiO2 entre 36 a 41%;
• Barato e de fácil utilização.
Máscara simples (figura 4)
• Fluxos entre 5 e 8 L/min;
• Apresentam um reservatório de 100 a 200 mL de O2;
• Permite obter uma FiO2 entre 40 e 60%.
Figura 3. Cateter nasal de oxigênio.
Fonte: Varissa/Shutterstock.com.
A Decisão de Intubar na Emergência   6
Figura 4. Máscara simples.
Fonte: Zooza/Shutterstock.com.
Máscara de Venturi
• Oferece mistura de oxigênio com ar;
• Altos fluxos: 3 a 15 L/min;
• FiO2 precisa (24 a 50%), a depender da cor da válvula utilizada;
• Indicado para pacientes com DPOC ou insuficiência respiratória mista.
Máscara não reinalante
• Altos fluxos de O2;
• FiO2 alto 60 a 90%;
• Bolsa inflável que armazena O2 a 100% com válvula unidirecional, que impede a 
reinalação de CO2;
• Indicado para hipoxemia grave.
Figura 5. Máscara de Venturi.
Fonte: Dario Lo Presti/Shutterstock.com.
A Decisão de Intubar na Emergência   7
Figura 6. Máscara não reinalante.
Fonte: Acervo Sanar.
Dispositivo bolsa-válvula-máscara / AMBU
• Oxigênio em alto fluxo;
• Conectado a fonte de O2 a 100%;
• Além de fornecer oxigênio, proporciona ventilação;
• Indicado para pacientes com redução ou sem drive respiratório.
Ventilação não invasiva
• Exerce pressão positiva nas vias aéreas através de máscara facial: Bi-PAP, 
CPAP;
• Circuito único, o que compensa vazamentos;
• Indicado para pacientes com DPOC exacerbado, pois reduz taxa de intuba-
ção e tempo de ventilação mecânica, insuficiência cardíaca congestiva, IR 
hipoxêmica;
• Contra-indicações: agitação psicomotora intensa, alterações do nível de cons-
ciência, arritmias graves, instabilidade hemodinâmica, choque, incapacidade 
de proteção das vias aéreas, baixa eficiência da tosse, hemorragia digestiva 
alta, grande quantidade de secreção, lesões faciais que impossibilitem uso da 
máscara.
A Decisão de Intubar na Emergência   8
Figura 7. Dispositivo bolsa-válvula-máscara.
Fonte: Igor Podgorny/Shutterstock.com.
Figura 8. Ventilação não invasiva por meio de máscara facial.
Fonte: Kiryl Lis/Shutterstock.com.
A Decisão de Intubar na Emergência   9
MAPA MENTAL: MANEJO DE VIAS AÉREAS
Alto fluxo
Válvula 
unidirecional
FiO2: 60 a 90%
FiO2: 36 a 41%
Até 5 L/min
Máscara não
reinalante
MANEJO DE
VIAS AÉREAS
Ventilação não invasiva
Cânula nasal
Dispositivo
bolsa-válvula-máscara
Alto fluxo
Oxigena e ventila:
indicado para 
pacientes com 
redução ou sem 
drive respiratório
FiO2 a 100%
Indicado para DPOC 
e IR mista
3 a 15 L/min
FiO2: 24 a 50%
Máscara de Venturi
FiO2: 40 a 60%
5 a 8 L/min
Máscara simplesJaw-Thrust
Chin-lift
Manobras
DPOC exacerbado,
ICC, IR hipoxêmica
Pressão positiva:
BiPAP ou CPAP
Fonte: Elaborado pelo autor.
A Decisão de Intubar na Emergência   10
Intubação orotraqueal (IOT)
Indicações
• Incapacidade de manter as vias aéreas patentes;
• Incapacidade de proteger a via aérea contra a aspiração;
• Incapacidade de ventilar;
• Incapacidade de oxigenar;
• Antecipação de uma deterioração clínica iminente.
Sequência rápida
Em situações de urgência, a IOT é procedida de acordo com a sequência rápida, já 
que oferece maior proteção, maior taxa de sucesso e menores complicações. Para 
isso se aplica a técnica dos 7 P’s:
1. Preparação
É essencial conversar com o paciente e explicar o procedimento que será reali-
zado, bem como captar os recursos humanos e estruturais que serão necessários. 
Deve-se iniciar pela preparação da mesa, monitorizar o paciente, garantir acesso ve-
noso, além de separar e testar todo o material necessário:
• Ambu / máscara não reinalante + fonte de O2;
• Laringoscópio com lâmina curva 3 ou 4 (checar luz e pilha);
• Tubo orotraqueal do 6,5 ao 8,5 (para adultos 7,5 ou 8,0);
• Carrinho de parada a postos;
• Medicações: fentanil, etomidato, succinilcolina (mais utilizados);
• Seringa;
• Aspirador de ponta rígida;
• Equipamentos de proteção individual: óculos, máscara, luvas.
Faz parte também da preparação, a gradação da dificuldade da via aérea. Para is-
so pode ser utilizado o mnemônico: LEMON.
• L = Look Externally (olhe externamente): procure por características que levem a 
dificuldades na intubação ou na ventilação, como deformidades e assimetrias.
• E = Evaluate (examine as distâncias com a regra do 3-3-2): para alinhar os ei-
xos da faringe, da laringe e da boca para uma intubação simples, as seguintes 
relações devem ser observadas:
• A distância entre os dentes incisivos deve ser de pelo menos 3 dedos;
• A distância entre o osso hioide e o mento deve ser de pelo menos 3 dedos;
• A distância entre a proeminência tireoidea e o assoalho da boca deve ser de 
pelo menos 2 dedos.
A Decisão de Intubarna Emergência   11
• M = Mallampati: a hipofaringe deve ser visualizada de forma adequada. Um 
método tradicional é o uso da Classificação de Mallampati (figura 9). Quando 
possível, solicita-se ao doente que se sente, abra totalmente a boca e realize a 
protrusão máxima da língua. O examinador irá avaliar o grau de visualização da 
hipofaringe com o auxílio de uma lanterna. Nos doentes em decúbito dorsal, o 
escore de Mallampati pode ser estimado ao solicitar que o doente abra a boca 
completamente e faça a protrusão da língua. A luz do laringoscópio é direciona-
da de cima para a hipofaringe.
• O = Obstruction (obstrução): qualquer condição que leve à obstrução da via aé-
rea tornará a laringoscopia e ventilação difíceis. Essas situações incluem obesi-
dade, epiglotite, abscesso peritonsilar e trauma.
• N = Neck Mobility (Mobilidade Cervical – No peito encoste o queixo): a mobili-
dade do pescoço é importante para o sucesso da intubação. Ela é avaliada ao 
solicitar ao doente para flexionar o queixo no peito e, em seguida, estender co-
mo se fosse olhar para o teto. Os doentes com colar cervical, obviamente, não 
podem movimentar o pescoço e são, portanto, mais difíceis de intubar.
Classe I 
Palato mole 
Úvula 
Pilares
Classe II 
Palato mole 
Úvula 
Classe III 
Palato mole 
Base da úvula 
Classe IV 
Palato mole 
não é visível
Figura 9. Classificação de Mallampati com as estruturas que são visualizadas em cada classe.
Fonte: Elaborado pelo autor.
2. Pré-oxigenação
Oferecer oxigênio 100% por 3 a 5 minutos com máscara não reinalante ou ambu 
com o intuito de desnitrogenar o pulmão e prevenir a hipoxemia. Isso é importante 
para obter tempo de segurança para realizar a laringoscopia, já que com a pré-oxige-
nação o paciente pode ficar de 2 a 10 minutos em apneia, sem nenhum prejuízo. Vale 
ressaltar que não é necessário a ventilação do paciente caso haja drive respiratório.
A Decisão de Intubar na Emergência   12
3. Pré-tratamento
Tem o objetivo de reduzir os efeitos deletérios da laringoscopia, gerados por res-
posta adrenérgica do organismo: taquicardia, taquiarritmias, estresse do SNC, bron-
coespasmo, aumento da PIC. A principal droga utilizada é o fentanil, mas a lidocaína 
também pode ser aplicada.
 SAIBA MAIS! Nos últimos 5 anos, o pré-tratamento tem sido 
questionado pela ciência. Isso porque o fentanil possui vários efeitos adversos 
associados a intercorrências no momento da intubação e complicações como 
hipotensão pós-tubo, trismo, bradipneia, apneia, bradicardia e rigidez torácica, 
levando ao aumento da mortalidade intra-hospitalar. 
A lidocaína, enquanto isso, possui evidência mínima quanto ao seu benefício 
e uso controverso. Portanto, o pré-tratamento deixou de ser orientado, exceto 
em duas situações: emergências hipertensivas e hipertensão intracraniana, 
quando o fentanil pode ser utilizado como pré-sedativo na intubação orotra-
queal por trazer benefícios ao paciente.
4. Paralisia com indução
Primeiro se faz a indução, ou seja, a sedação (rebaixamento do nível de consciên-
cia) com etomidato, quetamina, propofol ou midazolam. Depois se efetua a paralisia 
por meio de bloqueador neuromuscular (succinilcolina ou rocurônio). 
O etomidato é o mais utilizado como indutor, principalmente porque pode ser utili-
zado em pacientes instáveis. A quetamina gera dois efeitos, promove vasodilatação 
(culminando em hipotensão), mas por outro lado estimula as suprarrenais a libera-
rem as catecolaminas (vasopressores), podendo levar à insuficiência da suprarrenal. 
O propofol leva a uma franca hipotensão, mas é a droga mais indicada para grávidas 
que precisam ser intubadas. O midazolam, por sua vez, além de promover vasodilata-
ção, é cardiodepressor, sendo, portanto, proscrito para pacientes instáveis. 
Observe na tabela a seguir as doses habituais das drogas utilizadas na intubação 
orotraqueal.
A succnilcolina é o bloqueador neuromuscular de escolha, pois tem a meia vida 
mais curta, cerca de 6 a 10 minutos e tempo de início de ação mais rápido, cerca de 
15 a 45 segundos. Já o rocurônio possui meia vida de 30 a 60 minutos e início de 
ação de 30 a 60 segundos.
Importante lembrar que todos os pacientes que necessitarem de IOT, esteja ele pa-
rado ou não, será imprescindível a administração de um bloqueador neuromuscular.
A Decisão de Intubar na Emergência   13
PRÉ-SEDATIVO
Fentanil 3,0 μg/Kg
SEDATIVO
Midazolam 0,3 mg/Kg
Etomidato 0,3 mg/Kg
Quetamina 2 mg/Kg
Propofol 2 mg/Kg
BLOQUEADORES
Succinilcolina 1,5 mg/Kg
Rocurônio 1,0 mg/Kg
Tabela 1. Doses das drogas utilizadas na IOT.
Fonte: Elaborado pelo autor.
5. Posicionamento
Colocar o paciente na posição do “cheirador” (figura 10): anteriorização do pesco-
ço e extensão da cabeça com o auxílio do coxim occipital, a fim de alinhar a boca, a 
laringe e a faringe.
Em pacientes obesos, pode ser necessário também o uso de um coxim na região 
dorsal para conseguir um melhor alinhamento entre esses 3 eixos.
Uma técnica que pode ser utilizada para avaliar um bom posicionamento do pa-
ciente é verificando se o trago está alinhado com o esterno.
A Decisão de Intubar na Emergência   14
Figura 10. Posicionamento adequado da cabeça: posição do “cheirador”.
Fonte: Elaborado pelo autor.
6. Passagem do tubo com confirmação
A laringoscopia deve ser realizada com a mão esquerda (a mão direita segura a 
cabeça do paciente), a lâmina deve entrar pelo canto direito da boca do paciente de 
forma a rebater a língua para a esquerda. Ao se visualizar a epiglote, a lâmina deve 
ser inserida na valécula epiglótica e deve- se tracionar o laringoscópio para a frente, 
para cima e para a esquerda, tomando cuidado para não retirar o olhar das vias aére-
as e também não fazer o movimento de basculação e quebrar o dente do paciente.
Feito isso, a via aérea deve ser visualizada. A gradação de Cormack Lehane men-
sura o quanto da laringe pode ser visualizado, por meio de 4 classes (figura 11). Nas 
classes III e IV, é bem provável que o tubo seja inserido no esôfago.
A Decisão de Intubar na Emergência   15
Figura 11. Gradação de Cormack-Lehane.
Fonte: https://rebelem.com/rebel-cast-episode-65-optimal-order-of-drug-administration-in-rapid-
sequence-intubation/cormack-lehane-1/.
Passado o tubo orotraqueal, deve-se inseri-lo até esconder o balonete abaixo das 
cordas vocais, outra medida utilizada é a de 22 cm na altura dos incisivos. Por fim, 
infla-se o balonete e confirma-se o posicionamento do tubo, que pode ser através de:
• Observação da expansibilidade torácica bilateral e simétrica;
• Ausculta (epigástrio, pulmão esquerdo, pulmão direito);
• Radiografia de tórax – a ponta do tubo deve estar de 3 a 5 cm da carina;
• Fog (embaçamento pelo vapor d’água) no tubo;
• Capnografia (PaCO2 entre 35 a 45 mmHg)
6. Pós- intubação
Fixar o tubo, ajustar a ventilação mecânica, encaminhar para a UTI e planejar as 
drogas de manutenção.
A Decisão de Intubar na Emergência   16
MAPA MENTAL: INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL (IOT) – SEQUÊNCIA RÁPIDA
Coxim occipital
Posição do 
“cheirador”: 
anteriorização do 
pescoço e extensão 
da cabeça
Oxigênio a 100%
por 3 a 5 minutos
Posicionamento
INTUBAÇÃO
OROTRAQUEAL
7P’s
Pós-intubação
Pré-oxigenação
Passagem do tubo
com confirmação
Ausculta (epigástrio, 
pulmão E, pulmão 
D); Radiografia; 
Fog no tubo; 
Capnografia
Classificação
Cormack Lehane
Etomidato, quetamina,
propofol ou midazolam
Succinilcolina
ou rocurônio
Paralisia com indução
Fentanil ou lidocaínaPré-tratamentoAvaliar dificuldade
da via aérea: LEMON
Materiais,
medicações, EPI’s
Preparação
Encaminhar para a UTI 
e planejar drogas de 
manutenção
Fixar o tubo, ajustar a
ventilação mecânica
Fonte: Elaborado pelo autor.
A Decisão de Intubar na Emergência   17
2. A DECISÃO DE INTUBAR NA 
EMERGÊNCIA
Como já citamos acima, há cinco indicações de intubação orotraqueal. Relembre-as:
• Incapacidade de manter as vias aéreas patentes;
• Incapacidade de proteger a via aérea contra a aspiração;
• Incapacidadede ventilar;
• Incapacidade de oxigenar;
• Antecipação de uma deterioração clínica iminente.
Dessa forma, para tomar a decisão sobre a intubação orotraqueal, três perguntas 
devem ser respondidas:
Há incapacidade de manter ou proteger a via 
aérea?
Essa pergunta deve ser respondida na avaliação inicial, no A (vias aéreas), sendo 
fundamental conversar com paciente, verificando se sua voz é clara ou se há sinais 
de obstrução (estridor, voz abafada ou distorcida, respiração ruidosa).
Além disso, deve-se verificar se o neurológico está preservado e observar de há 
deglutição espontânea ou voluntária, bem como a presença de secreções na orofa-
ringe posterior, que podem evidenciar a vigência ou não dos reflexos protetores.
Por fim, verifica-se a presença de sangramentos, deformidades, assimetrias e cre-
pitação de ossos.
Há incapacidade de ventilar ou oxigenar?
Essa pergunta também deve ser respondida na avaliação inicial, mas no B (venti-
lação). É essencial verificar se a expansão torácica é simétrica, bem como se na aus-
culta há sinais de pneumotórax, hemotórax ou derrame pleural.
A oxigenação pode ser avaliada clinicamente, através do estado mental, fadiga, 
cianose ou gravidade do caso. Entretanto, pode-se lançar mão da oximetria de pulso 
e da gasometria arterial.
Qual a evolução clínica ou desfecho esperados?
Em condições em que se espera que o paciente piore nos próximos minutos ou 
horas, como em hematomas cervicais, politraumas com hipotensão, múltiplas lesões 
graves, incluindo trauma torácico ou quando há necessidade de transporte ou proce-
dimento prolongado, deve ser procedida a intubação como forma de antecipação de 
uma deterioração clínica iminente.
A Decisão de Intubar na Emergência   18
SE LIGA! Há algumas armadilhas que envolvem o processo de deci-
são da intubação. Entenda e não caia nelas: 
A orientação de que o reflexo do vômito é um método confiável de avaliar os 
reflexos protetores de via aérea é inadequada, já que esse conceito nunca foi 
submetido a uma análise científica adequada, e a ausência do reflexo do vômi-
to não é sensível nem específica como indicador da perda dos reflexos prote-
tores. Também não foi demonstrado que a presença desse reflexo assegure a 
presença de proteção da via aérea. Além disso, testar o reflexo do vômito em 
um paciente torporoso em posição supina pode resultar em vômito, aspiração 
e, consequentemente, pneumonite química. Assim, o reflexo do vômito não tem 
valor clínico e, na verdade, sua avaliação pode ser perigosa ao determinar a ne-
cessidade de intubação, não devendo ser usado com esse propósito. 
A escala de coma de Glasgow < 9 só deve ser usada como critério em casos de 
trauma e de overdose.
Estridor, saturação que não se sustenta acima de 80%, frequência respiratória 
acima de 30 ou pCO2 maior ou igual a 100 são indicadores de prognóstico 
ruim, devendo ser realizada a IOT.
Em casos de doença pulmonar obstrutiva crônica ou edema agudo de pulmão, 
deve-se tentar sempre manejar a via aérea com VNI antes da IOT.
A Decisão de Intubar na Emergência   19
Condições em que se 
espera que o paciente piore 
nos próximos minutos ou 
horas, como em hematomas 
cervicais, politraumas com 
hipotensão, múltiplas lesões 
graves, incluindo trauma 
torácico ou quando há 
necessidade de transporte ou 
procedimento prolongado
Clínica: fadiga, estado 
mental, cianose, 
gravidade do caso
Antecipação de uma 
deterioração clínica iminente
Incapacidade 
de oxigenar
MAPA MENTAL: A DECISÃO DE INTUBAR NA EMERGÊNCIA
Comprometimento dos 
reflexos protetores: 
presença de secreção 
na orofaringe posterior 
e ausência de 
deglutição espontânea 
ou voluntária
Incapacidade de ventilar
Comprometimento 
da ausculta e da 
expansibilidade
Incapacidade de manter as 
vias aéreas patentes
Obstrução de vias aéreas: 
estridor, voz abafada ou 
distorcida, respiração 
ruidosa
A DECISÃO
DE INTUBAR NA
EMERGÊNCIA:
INDICAÇÕES
Incapacidade de proteger a 
via aérea contra a aspiração
Rebaixamento 
neurológico
(trauma e overdose)
Oximetria de pulso e 
gasometria arterial
Fonte: Elaborado pelo autor.
A Decisão de Intubar na Emergência   20
3. PREDITORES DE VIA AÉREA DIFÍCIL
Como já exposto acima, para avaliar a dificuldade da laringoscopia na intubação 
orotraqueal pode-se usar o mnemônico LEMON. Quando esta avaliação detecta 
possível dificuldade de laringoscopia, pode-se optar por não usar o bloqueador neu-
romuscular e deve-se ter em mente outras alternativas em caso de falência do pro-
cedimento: bougie, cricotireoidostomia, intubação com máscara, endoscopia flexível 
e videolaringoscopia. A escolha dependerá principalmente da disponibilidade destes 
dispositivos no local.
Há também outras escalas que predizem a dificuldade de outros tipos de manejo 
da via aérea. O ROMAN, por exemplo, é preditor da dificuldade de ventilação bolsa-
-válvula-máscara, sendo:
• Restrição / radiação
• Obstrução / obesidade / apneia obstrutiva do sono
• Mask seil (vedação da máscara) / Mallampati / men (sexo masculino)
• Age (idade > 55 anos)
• No teeth (nenhum dente)
O RODS é preditor de dificuldade de uso do dispositivo supraglótico, sendo:
• Restrição
• Obstrução / obesidade
• Distorção ou rompimento da via aérea
• Short (distância tireomentoniana curta)
Já o SMART prediz a dificuldade da cricotireoidostomia, sendo os critérios:
• Surgery (cirurgia prévia)
• Massa
• Acesso / anatomia
• Radiação
• Tumor
A Decisão de Intubar na Emergência   21
FLUXOGRAMA. TIPOS DE MIELOPATIA
RODS:
Restrição
Obstrução / obesidade
Distorção ou rompimento da via aérea
Short (distância tireomentoniana curta)
PREDITORES
DE VIA 
AÉREA DIFÍCIL
Dispositivo supraglótico
Cricotireoidostomia
SMART:
Surgery (cirurgia prévia)
Massa
Acesso / anatomia
Radiação
Tumor
Cricotireoidostomia Ventilação bolsa-válvula-máscara
ROMAN:
Restrição / radiação
Obstrução / obesidade / apneia obstrutiva do sono
Mask seil (vedação da máscara) / Mallampati / men (sexo masculino)
Age (idade > 55 anos)
No teeth (nenhum dente)
Dispositivo supraglótico
LEMON:
Look externally (olhe externamente)
Evaluate (regra 3-3-2)
Mallampati
Obstrução / Obesidade
Neck mobility (mobilidade cervical)
Fonte: Elaborado pelo autor.
A Decisão de Intubar na Emergência   22
REFERÊNCIAS
Brown, CA. et al. Manual de Walls para o manejo da via aérea na emergência. 5ª 
edição. Porto Alegre: Artmed, 2019.
Marx, J. et al. Rosen’s emergency medicine: Concepts and Clinical Practice. 8ª ed. 
Philadelphia, PA: Elsevier/Saunders, 2014.
Besen, B. et al. Medicina Intensiva. Revisão rápida. Ed. Manole. 1ª edição, 2018.
Martins, HS. et al. Emergências clínicas: abordagem prática. Editora Manole, 11ª 
edição, 2016.
Imagem utilizada sob licença da Shutterstock.com, disponível em: 
< https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/nasal-oxygen-cannulas-use-patient-
on-1280838115 >. Acesso em: 08 de Fevereiro de 2023.
Imagem utilizada sob licença da Shutterstock.com, disponível em: 
< https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/adult-simple-oxygen-mask-
isolated-1518409244 >. Acesso em: 08 de Fevereiro de 2023.
Imagem utilizada sob licença da Shutterstock.com, disponível em: < https://www.
shutterstock.com/pt/image-photo/venturi-mask-known-airentrainment-medical-
device-220331050 > cesso em: 08 de Fevereiro de 2023.
Imagem utilizada sob licença da Shutterstock.com, disponível em: 
< https:/https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/ambu-bag-face-mask-first-
aid-2044267058 >cesso em: 08 de Fevereiro de 2023.
Imagem utilizada sob licença da Shutterstock.com, disponível em: 
< https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/20180531-belarus-grodno-regional-
cardiac-centre-1117584728 >cesso em: 08 de Fevereiro de 2023.
Imagem utilizada sob licença da Shutterstock.com, disponível em: 
< https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/head-tiltchin-lift-maneuver-basic-
method-483204577 >. Acesso em: 09 de Fevereiro de 2023.
Imagem utilizada sob licença da Shutterstock.com, disponível em: 
< https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/head-tiltchin-lift-maneuver-basic-method-483204577 >. Acesso em: 09 de Fevereiro de 2023.
A Decisão de Intubar na Emergência   23
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