Prévia do material em texto
432 Química Figura 10.5 Variação da energia po tencial de dois átomos de H em função da distância entre os seus núcleos. No ponto de energia potencial mínima, a mo lécula H2 está no seu estado mais estável e o comprimento de ligação é 74 pm. As esferas representam os orbitais 1s. Concluímos que a teoria da ligação de valência fornece uma imagem mais clara da formação das ligações químicas do que a teoria de Lewis. A teoria da li gação de valência afirma que se forma uma molécula estável a partir dos átomos reagentes quando a energia potencial do sistema atingir um mínimo; a teoria Figura 10.6 De cima para baixo: à medida que dois átomos de H se aproximam entre si, os seus orbitais 1s começam a interagir e cada elétron co meça a sentir a atração do outro próton, Gradualmente, a densidade eletrônica aumenta na região internuclear (cor ver melha). Finalmente, forma-se uma mo lécula estável de H2 quando a distância internuclear é de 74 pm. Capítulo 10 ♦ Ligação química II: Geometria molecular e hibridização de orbitais atômicos 433 de Lewis ignora as mudanças energéticas que ocorrem durante a formação de ligações químicas. O conceito de sobreposição de orbitais atômicos aplica-se igualmente bem a outras moléculas diatômicas que não H2. Assim, forma-se uma molécula está vel de F2 quando os dois orbitais 2p (que contêm elétrons desemparelhados) de dois átomos de F se sobrepõem no espaço para formar uma ligação covalente. Do mesmo modo, a formação da molécula HF pode ser explicada pela sobrepo sição do orbital I5 de H ao orbital 2p de F Em cada caso, a TLV dá conta das variações de energia potencial à medida que varia a distância entre os átomos en volvidos na ligação. Uma vez que os orbitais envolvidos não são do mesmo tipo em todos os casos, podemos perceber por que as entalpias e os comprimentos de ligação podem ser diferentes nas moléculas H2, F2 e HF. Conforme mencionado anteriormente, a teoria de Lewis trata todas as ligações covalentes do mesmo modo e não explica as diferenças existentes entre elas. Revisão de conceitos Compare as teorias de ligação química: teoria de Lewis e teoria da liga ção de valência. 10.4 Hibridização de orbitais atômicos O conceito de sobreposição de orbitais atômicos aplica-se também a moléculas poliatômicas. Contudo, para que um esquema de formação de ligações em mo léculas poliatômicas seja satisfatório, ele deve explicar a geometria molecular. Discutiremos em seguida três exemplos de aplicação da TLV ao estudo das liga ções químicas em moléculas poliatômicas. Hibridização s/7̂ Consideremos a molécula de C H 4. Se nos concentrarmos apenas nos elétrons de valência, podemos representar o diagrama orbital do C como ü 2s Como o átomo de carbono no estado fundamental tem dois elétrons desempare lhados (ambos em orbitais 2 /?), ele pode formar apenas duas ligações com áto mos de hidrogênio. Embora se conheça a espécie CH2, ela é muito instável. Para exphcar a formação de quatro ligações C—H no metano, podemos promover (ou seja, excitar energeticamente) um elétron do orbital 2 ̂para um dos orbitais 2p: □ 24- Agora, há no átomo de C quatro elétrons desemparelhados que podem formar quatro ligações. Contudo, a geometria está incorreta porque três dos ângulos de ligação HCH seriam de 90° (lembre-se de que os três orbitais 2p no átomo de carbono são perpendiculares entre si), quando é sabido experimentalmente que todos os ângulos HCH são de 109,5°. Para exphcar as hgações no metano, a TLV utihza orbitais híbridos hipo téticos, que são orbitais atômicos que se obtêm quando dois ou mais orbitais T T T 2p o diagrama orbital do átomo de F é apresentado na página 308. ^ Animação Hibridização