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Hueder Paulo Moisés de Oliveira hueder.paulo@ufabc.edu.br LIGAÇÕES QUÍMICAS: TLV E TOM 1 Ligações Químicas 2 NA PARTE 1: Influência da configuração eletrônica de um elemento químico sobre sua reatividade química; Tipos de ligações químicas (iônica, covalente, metálica); Estruturas de Lewis; Geometria molecular; Polaridade e interações intermoleculares. NA PARTE 2: Os conceitos acima serão abordados em mais detalhes, agora sob o olhar da MECÂNICA QUÂNTICA. Modelo RPECV ou VSEPR O modelo da repulsão dos pares de elétrons da camada de valência (modelo RPECV ou VSEPR) amplia a teoria da ligação química de Lewis para explicar as formas das moléculas, adicionando regras que explicam os ângulos de ligação. Primeira regra: as regiões de altas concentrações de elétrons se repelem e, para reduzir ao máximo essa repulsão, elas tendem a se afastar o máximo possível, mantendo a mesma distância do átomo central. 3 Forma e Estrutura das Moléculas Segunda regra: tendo identificado o arranjo que localiza os pares de elétrons na posição “mais distante” (ligações e pares isolados do átomo central), que é chamado de arranjo dos elétrons na molécula, determinamos a posição dos átomos e identificamos a forma da molécula, dando-lhe um nome de acordo com as formas. 4 Terceira regra: não existe distinção entre ligações simples ou múltiplas. Quarta regra: quando existe mais de um átomo central, as ligações de cada átomo são tratados independentemente. Exemplos: Forma e Estrutura das Moléculas 5 Repulsão: par isolado-par isolado > par isolado-par ligante > par ligante-par ligante Resumo do modelo RPECV ou VSEPR: 1. Regiões de alta concentração de elétrons ocupam posições que as afastam o máximo possível; 2. Todas as ligações se repelem da mesma maneira, independentemente de serem simples, duplas ou triplas; 3. A ligação em torno de um átomo central não depende do número de “átomos centrais” da molécula; 4. Os pares de elétrons isolados contribuem para a forma da molécula, embora eles não sejam incluídos na descrição da forma molecular; 5. Os pares de elétrons isolados exercem uma repulsão maior do que os pares de elétrons de ligação e tendem a comprimir os ângulos de ligação. Forma e Estrutura das Moléculas 6 TEORIA DA LIGAÇÃO DE VALÊNCIA (TLV) • Descrita por Walter Heitler, Fritz London e Linus Pauling. 7 Ligações químicas baseadas em orbitais Teoria da Ligação de Valência (LV) Teoria do Orbital Molecular (OM) Linus Pauling (entre outros). Relacionada à idéia de Lewis. Sobreposição de orbitais atômicos. Retrato visual. Particularmente útil para moléculas compostas de muitos átomos. Robert Mulliken. Orbitais moleculares delocalizados sobre a molécula. Mais informações quantitativas. Essencial para descrever moléculas em estados excitados (cores, espectroscopia, etc.) Orbitais e Teorias de Ligação 8 9 Ligações Químicas Revisão O que é uma ligação química? É uma força que mantém átomos unidos que leva à formação de estruturas maiores como por exemplo, moléculas ou estruturas cristalinas. Como identificar a ocorrência de uma ligação química??? -60,60 x 102 kJ/mol -40,02 x 10 4 kJ/mol-39,37 x 104 kJ/mol + → E A E B E A B -39,98 x 104 kJ/mol 10 Ligações Químicas Revisão Teoria de Lewis Explica a formação da ligação química através do emparelhamento de elétrons, usando como base a regra do octeto: “Uma espécie fica estável quando adquire uma configuração com oito elétrons em sua camada de valência”. Essa teoria consegue explicar a formação de moléculas bem simples: Gilbert Newton Lewis (1875-1946) 11 Ligações Químicas Revisão Mas como explicar a formação de ligação em moléculas mais complexas??? Teoria de Lewis Diagrama de Pauling No estado fundamental de um átomo multieletrônico, os elétrons tendem a ocupar os orbitais de menor energia, porém respeitando o princípio da exclusão de Pauli: “Nenhum orbital atômico pode conter mais do que dois elétron (spin opostos).” 12 Ligações Químicas Linus Carl Pauling (1901-1994) Nobel (Química): 1954 Nobel (Paz): 1962 Revisão Como representar os orbitais no espaço??? 13 Ligações Químicas Revisão Distribuição eletrônica Orbitais e Teorias de Ligação Teoria da Ligação de Valência (TLV) Teoria do Orbital Molecular (TOM) Sobreposição de orbitais atômicos, relacionada à idéia de Lewis. Retrato visual e qualitativo. Particularmente útil para moléculas compostas de muitos átomos. Orbitais moleculares deslocalizados sobre a molécula. Mais informações quantitativas. Essencial para descrever moléculas em estados excitados (cores, espectroscopia, etc...) Ambas se baseiam em orbitais para explicar a formação de ligações químicas! 14 15 Teoria da Ligação de Valência (TLV) À distância de ligação, as forças de atração entre os núcleos e os elétrons equilibram exatamente as forças repulsivas (núcleo-núcleo, elétron-elétron). Sobreposição de orbitais aumenta a probabilidade de encontrar elétrons de ligação no espaço entre os dois núcleos. Ligação covalente 16 Teoria da Ligação de Valência (TLV) Trata-se de um modelo de acordo com as propostas de Linus Pauling, onde uma ligação química é formada com o objetivo de emparelhar elétrons. i. A sobreposição (overlap) dos dois orbitais atômicos que irá permitir o emparelhamento dos elétrons e formar a ligação química. 17 Teoria da Ligação de Valência (TLV) ii. Por causa da sobreposição dos orbitais, os elétrons de ligação têm maior probabilidade de ser encontrados dentro de uma região do espaço influenciada por ambos os núcleos. Ambos os elétrons de ligação são atraídos simultaneamente pelos dois núcleos. A força da ligação depende do grau de superposição dos orbitais atômicos. Para que ocorra ligação química os orbitais devem: 1. Possuir mesma simetria; 2. Possuir energias próximas; 3. Estar próximos um do outro. 18 Ligação pi (π): A ligação é anti-simétrica em relação ao eixo internuclear. Teoria da Ligação de Valência (TLV) A TLV estabelece a formação de dois tipos de ligação covalente: Ligação sigma (σ): A ligação é simétrica em relação ao eixo internuclear. 19 Teoria da Ligação de Valência (TLV) Ligação sigma (σ) a) Superposição de dois orbitais s; b) Superposição de um orbital s e um orbital p (localizado no eixo internuclear); c) Superposição frontal de dois orbitais p. orbitais atômicos a) Superposição de dois orbitais s Exemplo: Gás hidrogênio (H2) ligação 20 Teoria da Ligação de Valência (TLV) Ligação sigma (σ) eixo internuclear Ligação 21 A densidade eletrônica de uma ligação sigma é maior ao longo do eixo da ligação. Teoria da Ligação de Valência (TLV) Ligação sigma (σ) b) Superposição de um orbital s e um orbital p Exemplo: Fluoreto de hidrogênio (HF) região de overlap 22 Teoria da Ligação de Valência (TLV) Ligação sigma (σ) c) Superposição frontal de dois orbitais p Ligação Superposição LATERAL de dois orbitais p. A densidade eletrônica encontra-se “acima” e “abaixo” do plano dos núcleos. Ligação 23 Teoria da Ligação de Valência (TLV) Ligação pi (π) Ligações múltiplas a) Uma ligação dupla é formada pela combinação de um orbital s com dois orbitais p (px , py ou px , pz ou py , pz), originando uma ligação σ e uma ligação π. 24 Teoria da Ligação de Valência (TLV) Ligação pi (π) Ligações múltiplas b) Uma ligação tripla é formada pela combinação de um orbital s com três orbitais p (px , py , pz), originando uma ligação σ e duas ligações π. 25 Teoria da Ligação de Valência (TLV) Ligação pi (π) Contudo, a TLV apresenta algumas falhas... C (Z = 6): 1s² 2s² 2p² H (Z = 1): 1s¹ Com base nessa distribuição eletrônica, qual seria o composto formado por carbono e hidrogênio??? 26 Teoria da Ligação de Valência (TLV) Molécula de CH2 com os átomos de hidrogênio perpendiculares entre si. Como explicar que o carbono faz QUATRO ligações e não duas??? 27 Teoriada Ligação de Valência (TLV) Jacobus Henricus van't Hoff (1852-1911) Nobel (Química): 1901 1874: van’t Hoff e Le Bel propuseram que o carbono possuia uma estrutura tetraédrica. 28 Hibridização de orbitais Os orbitais atômicos podem se “misturar” ou se hibridizar para adotarem uma geometria adequada para a ligação; Orbitais híbridos são construídos num átomo de modo a reproduzir o arranjo eletrônico característico da geometria da molécula determinada experimentalmente. Teoria da Ligação de Valência (TLV) 29 Hibridização de orbitais Exemplo: carbono (Z = 6) Teoria da Ligação de Valência (TLV) carbono hibridizado sp³ Atenção: quando misturamos N orbitais atômicos, devemos obter N orbitais híbridos. Representação da amplitude da função de onda para um orbital híbrido sp3. Cada orbital híbrido aponta para os vértices de um tetraedro. Orbitais híbridos sp3 Teoria da Ligação de Valência (TLV) Hibridização de orbitais 30 Teoria da Ligação de Valência (TLV) Hibridização de orbitais Orbitais híbridos sp3 Exemplo: Água (H2O) 31 Metano (CH4) As ligações C–H no metano são formadas pelo emparelhamento de um elétron 1s do H e um elétron sp3 do carbono, formando a estrutura tetraédrica predita pelo modelo Repulsão do Par de Elétrons no Nível de Valência (RPENV). Teoria da Ligação de Valência (TLV) Hibridização de orbitais Orbitais híbridos sp3 Exemplo: Metano (CH4) 32 Teoria da Ligação de Valência (TLV) Hibridização de orbitais Orbitais híbridos sp3 Modelo RPENV 33 Consideram-se todos os pares de elétrons (ligantes ou não- ligantes) do átomo central para prever a geometria da molécula, mas a posição dos átomos é que dá a forma da molécula. Como os pares de elétrons de valência do átomo central se repelem, eles tendem a ficar o mais afastado possível. A repulsão entre os elétrons não-ligantes é maior do que os ligantes. Teoria da Ligação de Valência (TLV) Hibridização de orbitais Orbitais híbridos sp3 Modelo RPENV 34 METANO (CH4): 4 pares de elétrons ligantes; Geometria tetraédrica. AMÔNIA (NH3): 3 pares de elétrons ligantes; 1 par de elétrons não-ligante; Geometria pirâmide trigonal. Teoria da Ligação de Valência (TLV) Hibridização de orbitais Orbitais híbridos sp3 Modelo RPENV 35 ÁGUA (H2O): 2 pares de elétrons ligantes; 2 pares de elétrons não- ligantes; Geometria angular. TRIFLUORETO DE BORO (BF3): 3 pares de elétrons ligantes; geometria: trigonal plana Teoria da Ligação de Valência (TLV) Hibridização de orbitais Orbitais híbridos sp3 Exemplo: Etano (CH3CH3) 36 A rotação em torno da ligação C–C requer pouca energia (13-26 kcal/mol). Teoria da Ligação de Valência (TLV) Hibridização de orbitais Orbitais híbridos sp3 Exemplo: Amônia (NH3) 37 Teoria da Ligação de Valência (TLV) Hibridização de orbitais Orbitais híbridos sp2 38 Os orbitais híbridos sp2 são formados com um orbital s e dois orbitais p. Conseqüentemente, resta um orbital p não-hibridizado; Os grandes lóbulos dos híbridos sp2 encontram-se em um plano trigonal; Moléculas com arranjos trigonais planos têm orbitais sp2 no átomo central; Superposição máxima dos orbitais p ocorrem quando eles estão paralelo. Teoria da Ligação de Valência (TLV) Hibridização de orbitais Orbitais híbridos sp2 39 Teoria da Ligação de Valência (TLV) Hibridização de orbitais Orbitais híbridos sp2 40 Orbital p puro para ligação π Teoria da Ligação de Valência (TLV) Hibridização de orbitais Orbitais híbridos sp2 Exemplo: Eteno (CH2CH2) 41 Teoria da Ligação de Valência (TLV) Hibridização de orbitais Orbitais híbridos sp2 42 Uma ligação dupla é mais forte do que uma ligação simples; Uma ligação dupla é mais fraca do que a soma de duas ligações simples; Uma ligação dupla influencia na forma da molécula, já que impede a rotação da molécula (isomeria cis-trans). cis trans Rotação de 90: quebra da ligação ; Barreira de energia à rotação: 264 kJ/mol. Teoria da Ligação de Valência (TLV) Hibridização de orbitais Orbitais híbridos sp2 43 H HH3C H3C CH3 HH3C H cis-but-2-eno trans-but-2-eno Atenção: A isomeria cis-trans não existe se um carbono da dupla tem dois substituintes iguais. Ligações π deslocalizadas 44 No benzeno (C6H6) os elétrons π são compartilhados por todos os seis átomos de C; Experimentalmente, todas as ligações C–C têm o mesmo comprimento no benzeno; Conseqüentemente, todas as ligações C–C são do mesmo tipo. Teoria da Ligação de Valência (TLV) Teoria da Ligação de Valência (TLV) Hibridização de orbitais Orbitais híbridos sp 45 Os orbitais híbridos sp são formados por um orbital s e um orbital p; Superposição frontal de dois orbitais sp forma a ligação ; Superposição lateral dos 2 orbitais p resulta em 2 ligações . Teoria da Ligação de Valência (TLV) Hibridização de orbitais Orbitais híbridos sp 46 Teoria da Ligação de Valência (TLV) Hibridização de orbitais Orbitais híbridos sp 47 Orbitais p puros para ligação π Teoria da Ligação de Valência (TLV) Hibridização de orbitais Orbitais híbridos sp Exemplo: Etino (CHCH) 48 Comprimentos de ligação Csp 3 : 25 % s e 75 % p Csp2 : 33 % s e 67 % p Csp : 50 % s e 50 % p Teoria da Ligação de Valência (TLV) Hibridização de orbitais 49 Csp3Csp2Csp Maior caráter s: menor comprimento de ligação. Acidez Teoria da Ligação de Valência (TLV) Hibridização de orbitais 50 Maior caráter s: maior a sobreposição dos orbitais e portanto mais forte a ligação, o que aumenta sua acidez. 51 Hibridização de Orbitais em Moléculas Poliatômicas Hibridização sp Promoção: Be: (1s)2(2s)2 Be: (1s)2(2s)1(2pz) 1 Dois orbitais híbridos equivalentes sp: e Nova configuração eletrônica, Be: (1s)2(1) 1(2) 1 Funções de onda para os dois pares de elétrons ligantes: Um par de ligações com ângulo de 180o molécula linear 1 1 ( ) 2 2 2 zr s p 2 1 ( ) 2 2 2 zr s p H H 1 1 1(1,2) (1)1 (2) (2)1 (1) ligante c s s H H 2 2 2(3,4) (3)1 (4) (4)1 (3) ligante c s s BeH2 52 Hibridização sp2 BH3 Promoção: B: (1s)2(2s)2(2px) 1 B: (1s)2(2s)1(2px) 1(2py) 1 Três orbitais híbridos equivalentes sp2: Nova configuração eletrônica, B: (1s)2(1) 1(2) 1(3) 1 Três ligações com ângulo de 120o em um plano trigonal planar 1/2 1( ) 2 (1/2) 2 yr s p 1/2 1/2 2( ) 2 (3/2) 2 (1/2) 2x yr s p p 1/2 1/2 3( ) 2 (3/2) 2 (1/2) 2x yr s p p 53 Hibridização sp3 CH4 Promoção: C: (1s)2(2s)2(2px) 1(2py) 1 C: (1s)2(2s)1(2px) 1(2py) 1(2pz) 1 Quatro orbitais híbridos equivalentes sp3: Nova configuração eletrônica, C: (1s)2(1) 1(2) 1(3) 1 (4) 1 Quatro ligações com ângulos de 109.5o gerando geometria tetraédrica 1 1 ( ) 2 2 2 2 2 x y zr s p p p 2 1 ( ) 2 2 2 2 2 x y zr s p p p 3 1 ( ) 2 2 2 2 2 x y zr s p p p 4 1 ( ) 2 2 2 2 2 x y zr s p p p 1. Desenhe a estrutura de Lewis para a molécula ou íon; 2. Determine o arranjo usando o modelo RPENV; 3. Especifique os orbitais híbridos necessários para acomodar os pares de elétrons com base em seu arranjo geométrico. 54 Teoria da Ligação de Valência (TLV) Hibridização de orbitais Geometria Tetraedrica Co no estado fundamental Complexo Tetraedrico –2 4[CoCl ] 3d 4p4s Co2+ 4 pares de e– por íons Cl– [CoCl4] 2– fornece 3 elétrons desemparelhados, o que o torna paramagnético e atraído por ímãs. Geometria Quadrado Planar Ni 3d 4p4s Ni2+ dsp2 [Ni(CN)4] 2– fornece todos os elétrons emparelhados, o que o torna diamagnético e fracamente repelido por ímãs. 2 4[Ni(CN) ] 2 4[Ni(CN) ] Geometria Octaédrica sp3d2 [CoF6] 3– fornece 4 elétrons desemparelhados, que o torna paramagnético e é chamado de complex de spin alto. Geometria Octaédrica d2sp3 Fe+3 3d 4p4s d2sp3CN – Ligante Forte (Complexo de orbital interno) 3– 6[Fe(CN)] 3– 6[Fe(CN) ] • A diferença entre híbridos sp3d2 e d2sp3 está no número quântico principal do orbital d. • Em híbridos sp3d2, os orbitais s, p e d têm o mesmo número quântico principal—Spin Alto. • Em híbridos d2sp3, o número quântico principal dos orbitais d é um a menos que os orbitais s e p—Spin Baixo. • As propriedades magnéticas de um complexo determinam qual híbrido está sendo usado. Teoria da Ligação de Valência (TLV) 60 Como avaliar experimentalmente o número de elétrons desemparelhados de um complexo??? Balança de Gouy Avalia-se o peso de uma amostra na presença de um campo magnético e compara-se com o comparado de um composto com susceptibilidade magnética conhecida. Louis Georges Gouy (1854-1926) Teoria da Ligação de Valência (TLV) 61 Lembrando que a susceptibilidade magnética é calculado através da seguinte fórmula: Para se calcular o momento magnético considera-se as duas possíveis contribuições de magnetismo: o spin (S) e o momento angular do orbital (L): Comportamento magnético M n(n 2) Wheren is thenumber of unpairedelectrons Exemplo Ilustrativo Discuta a geometria do composto [Cr(CO)6]. Ground state Cr 3d 5 4s 1 4p 0 Excited state Cr(0) 3d 6 4s 0 4p 0 Hybridization state Electrons donated by ligand 'CO' d sp hybridization = octahedral geometry 2 3 Solução Ground state Pt 5d 8 6s 0 6p 0 2+ Excited state Pt 5d 8 6s 0 6p 0 2+ Hybridization state Electrons donated by ligand '4Cl ' - - Híbrido dsp2 = quadrado planar. Discuta a geometria de [PtCl4] 2- e [NiCl4] 2- . Solução: Geometria do [PtCl4] 2- Exemplo Ilustrativo Ground state Ni 3d 8 4s 0 4p 0 2+ Hybridization state Electrons donated by ligand '4Cl ' - - Híbrido sp3 = tetraédrico. Geometria do [NiCl4] 2- Hybridization state Electrons donated by ligand '6NH '3 [Co(NH3)6] 3+ é diamagnético e [CoF6] 3- é paramagnético. Explique com a ajuda da teoria da ligação de valência. Solução Ground state Co 3d 6 4s 0 4p 0 3+ Excited state Co 3d 6 4s 0 4p 0 3+ Exemplo Ilustrativo 67 Hybridization state Electrons donated by ligand '6F ' 4d - 4p4s [CoF6] 3- Ground state Co 3d 6 4s 0 4p 0 3+ 69 Exercício 1: hibridização de orbitais Use a Teoria da Ligação de Valência para descrever as ligações nas seguintes espécies químicas: a) Metanol (CH3OH); b) Íon hidrônio (H3O +); c) Metilamina (CH3NH2); d) Ácido acético (CH3CO2H). Teoria da Ligação de Valência (TLV) 70 71 Exercício 2: hibridização de orbitais Teoria da Ligação de Valência (TLV) 72 O citral é um dos constituintes do óleo de capim limão: a) Com relação à sua estrutura química indique o número total de ligações , ligações e a hibridização dos carbonos; b) Ele pode apresentar isomeria cis-trans? c) Represente pelo menos dois isômeros constitucionais do citral. (citral) C O H 73 74 Teoria da Ligação de Valência (TLV) 75 Problema... A TLV não permite racionalizar o comportamento magnético dos complexos... Dois tipos de comportamento magnético: 1. Paramagnetismo (com elétrons desemparelhados na molécula): forte atração entre o campo magnético e a molécula; 2. Diamagnetismo (sem elétrons desemparelhados na molécula): fraca repulsão entre o campo magnético e a molécula. O O Paramagnetismo do oxigênio Teoria da Ligação de Valência (TLV) Paramagnetismo do oxigênio Teoria da Ligação de Valência (TLV) oxigênio (Z = 8): 1s² 2s² 2px²2py¹ 2pz¹ 77 4 5 σ π Portanto o oxigênio seria diamagnético! Orbitais para a ligação π Teoria do Orbital Molecular (TOM) 78 Do mesmo modo que nos átomos os elétrons são encontrados em orbitais atômicos, nas moléculas os elétrons são encontrados nos orbitais moleculares: Se espalham por toda a molécula; Os elétrons de valência estão deslocalizados sobre toda a molécula, ou seja, não pertencem a uma ligação específica; Resultam da Combinação Linear de Orbitais Atômicos (LCAO – linear combination of atomic orbitals). Orbitais moleculares Teoria do Orbital Molecular (TOM) 79 Orbitais moleculares Requisitos para uma combinação eficiente: A simetria dos orbitais deve ser adequada, de modo a favorecer uma sobreposição dos orbitais: Para a formação da ligação química é necessário que ocorra uma sobreposição favorável entre os orbitais atômicos. As energias dos orbitais atômicos devem ser próximas: Quando há uma grande diferença entre os orbitais atômicos, haverá um pequeno ganho energético com a formação da ligação química; A distância entre os átomos deve ser pequena: É necessário que os orbitais atômicos estejam significativamente próximos para permitir a sobreposição dos orbitais. Teoria do Orbital Molecular (TOM) 80 Combinação Linear de Orbitais Atômicos (LCAO) i. N orbitais atômicos combinam-se para formar N orbitais moleculares: ΨAB = N(cA A + cBB) Orbital molecular Contribuição de cada orbital Orbitais atômicos Teoria do Orbital Molecular (TOM) 81 Combinação Linear de Orbitais Atômicos (LCAO) ii. Quando os orbitais atômicos interferem construtivamente, formam-se orbitais ligantes, e quando interferem destrutivamente, formam orbitais anti-ligantes. Ψ = ψA1s + ψB1s cA = cB = 1 interferência construtiva (orbital ligante): aumento da densidade eletrônica na região internuclear, favorecendo a ligação química. g Ψg = N[A + B] interferência destrutiva (orbital anti-ligante): formação de uma superfície nodal da região internuclear, desfavorecendo a ligação química. Ψ = ψA1s - ψB1s cA = +1 cB = -1 Ψg = N[A - B] u Teoria do Orbital Molecular (TOM) 82 Combinação Linear de Orbitais Atômicos (LCAO) Gerade (g): A função de onda não muda o sinal na inversão do centro da molécula. A B Ungerade (u): A função de onda muda o sinal na inversão do centro da molécula. Para moléculas diatômicas homonucleares é algumas vezes conveniente identificar a simetria dos OM com relação à inversão por meio do centro da molécula. Inicia-se em um ponto no orbital e caminha-se em linha reta em direção ao centro da molécula. Continua-se por uma distância igual até o outro lado do centro e se: sinal ficar inalterado: gerade (par) sinal for invertido: ungerade (ímpar) ligante é g e antiligante é u Teoria do Orbital Molecular (TOM) Para moléculas diatômicas homonucleares é algumas vezes conveniente identificar a simetria dos OM com relação à inversão por meio do centro da molécula Inicia-se em um ponto no orbital e caminha-se em linha reta em direção ao centro da molécula. Continua-se por uma distância igual até o outro lado do centro e se: sinal ficar inalterado - gerade (par) sinal for invertido - ungerade (ímpar) ligante é u antiligante é g Teoria do Orbital Molecular (TOM) Teoria do Orbital Molecular (TOM) 85 Combinação Linear de Orbitais Atômicos (LCAO) 86 Diante do exposto, podemos perceber que um orbital molecular ligante tipo σ é g, enquanto o antiligante, σ*, é u. Em contra partida, o orbital molecular ligante tipo π é u e o antiligante, π*, é g. Coloque os marcadores g ou u neste diagrama g *g *u u dg d*u *g u *u g g ou u? Teoria do Orbital Molecular (TOM) 89 Combinação Linear de Orbitais Atômicos (LCAO) 2AB = (cA 2 A 2 + 2cAcB A B + cB 2 B 2) Integral de Overlap Integral de Overlap (S): Extensão para que dois orbitais atômicos de diferentes átomos se sobreponham. O valor de S depende da simetria do orbital. Teoria do Orbital Molecular (TOM) 90 Combinação Linear de Orbitais Atômicos (LCAO) S = 0: Os orbitais não interagem entre si; S > 0: Interferência construtiva (em fase) formando os orbitais ligantes; S < 0: Interferência destrutiva (fora de fase) formando os orbitais anti-ligantes. dS BA * Teoria do Orbital Molecular (TOM) 91 Combinação Linear de Orbitais Atômicos (LCAO) Sigma Overlap Teoria do Orbital Molecular (TOM)92 Combinação Linear de Orbitais Atômicos (LCAO) Pi Overlap Teoria do Orbital Molecular (TOM) 93 A TOM nos permite predizer se as moléculas devem existir ou não, e nos fornece uma clara ideia da estrutura eletrônica de muitas moléculas hipotéticas que podemos imaginar… 94 As energias dos orbitais moleculares mudam de elemento para elemento, mas o padrão geral é mantido. Os elétrons preenchem os orbitais moleculares seguindo as mesmas regras usadas para o preenchimento de orbitais atômicos: a) preenchimento da menor energia para a maior b) maior multiplicidade leva a menor energia c) cada elétron tem um conjunto único de números quânticos Teoria do Orbital Molecular (TOM) 95 Diagrama dos orbitais moleculares da molécula de H2 Dois orbitais atômicos 1s se combinam para formar dois orbitais moleculares: um orbital ligante (g) e um orbital anti-ligante (u*). HOMO LUMO HOMO: Highest Orbital Molecular Ocuppied (é o orbital molecular que tem a maior energia e contém elétrons) LUMO: Lowest Unocuppied Molecular Orbital (é o orbital molecular de menor energia que não contém elétrons) H (Z = 1): 1s¹ 96 Quando as moléculas absorvem energia, tipicamente um elétron que está no HOMO use essa energia para fazer a transição do orbital HOMO (estado fundamental) para o orbital de estado excitado LUMO. Este tipo de transição pode ser observada em experimentos de espectroscopia de absorção de radiação ultravioleta-visível (UV-Vis). Da mesma forma, em muitas reações químicas, uma molécula de um reagente pode doar elétrons que estão no orbital HOMO para o orbital LUMO de outro reagente (ver Figura “Formação de um novo orbital molecular ligante pela combinação dos reagentes HOMO e LUMO”). Portanto, entender os níveis de energia orbital molecular de fronteira pode fornecer aos químicos uma grande visão nas áreas de espectroscopia molecular e reatividade. Teoria do Orbital Molecular (TOM) 97 Diagrama dos orbitais moleculares da molécula de H2 HOMO LUMO Ordem de ligação (O.L) = ½ (elétrons ligantes – elétrons anti-ligantes) O.L = ½ (2 – 0) = 1 H2 : 1g 2 ou 1s 2 Teoria do Orbital Molecular (TOM) 98 Ordem de ligação (O.L) Ordem de ligação = 1 para uma ligação simples; Ordem de ligação = 2 para uma ligação dupla; Ordem de ligação = 3 para uma ligação tripla; Atenção: São possíveis ordens de ligação fracionárias. Ordem de ligação = 1 Ordem de ligação = 0 Ordem de ligação = 0,5 Teoria do Orbital Molecular (TOM) 99 Diagrama dos orbitais moleculares da molécula de He2 HOMO O.L = ½ (2 – 2) = 0 He2 : 1g 2 1*u 2 ou 1s 2 *1s 2 Portanto a molécula de He2 não existe... He (Z = 2): 1s² Teoria do Orbital Molecular (TOM) 100 Diagrama dos orbitais moleculares da molécula de Li2 O.L = ½ (4 – 2) = 1 Li2 : 1g 2 1*u 2 2g ou 1s 2, *1s 2, 2s 2 LUMO HOMO Li (Z = 3): 1s² 2s¹ Teoria do Orbital Molecular (TOM) 101 Diagrama dos orbitais moleculares da molécula de Be2 O.L = ½ (4 – 4) = 0 Be2 : 1g 2 1*u 2 2g 2*u 2 ou 1s 2, *1s 2, 2s 2, *2s 2 Portanto a molécula de Be2 não existe... HOMO Be (Z = 4): 1s² 2s² Teoria do Orbital Molecular (TOM) 102 Orbitais moleculares a partir de orbitais atômicos 2p Existem 2 formas nas quais 2 orbitais p se sobrepõem: 1. Frontalmente: de forma que o OM resultante tenha densidade eletrônica no eixo entre os núcleos. Por exemplo, o orbital do tipo ; 2. Lateralmente: de forma que o OM resultante tenha densidade eletrônica acima e abaixo do eixo entre os nucleos. Por exemplo, o orbital do tipo ). Teoria do Orbital Molecular (TOM) 103 Orbitais moleculares a partir de orbitais atômicos 2p Os 6 orbitais p (dois conjuntos de 3 orbitais) devem originar 6 OMs: , *, , *, e *. Conseqüentemente, há um máximo de 2 ligações que podem vir de orbitais p; As energias relativas desses 6 orbitais podem mudar. 104 Magnetismo das Moléculas • Existem dois tipos de comportamento magnético: – paramagnetismo (elétrons desemparelhados na molécula): forte atração entre o campo magnético e a molécula; – diamagnetismo (sem elétrons desemparelhados na molécula): fraca repulsão entre o campo magnético e a molécula 105 • Experimentalmente, o O2 é paramagnético. • A estrutura de Lewis para o O2 não mostra elétrons desemparelhados. • O diagrama de O.M. para o O2 mostra dois elétrons desemparelhados no orbital *2p. • Experimentalmente, o O2 tem uma distância de ligação (1,21 Å) curta e a alta energia de entalpia (495 kJ/mol). Isto sugere uma ligação dupla. • O diagrama de O.M. para o O2 prevê tanto o paramagnetismo como a ligação dupla (ordem de ligação = 2). Magnetismo das Moléculas Procedimentos para a Construção de um Diagrama de Orbital Molecular 1) A partir de N orbitais atômicos (OA) constrói-se N orbitais moleculares (OM) No período 2, N = 8 2) OS 8 OM podem ser classificados em dois conjuntos, de acordo com a simetria: 4 orbitais e 4 orbitais 3) Os 4 orbitais formam um par duplamente degenerado de OL e um par duplamente degenerado de OAL 4) Os 4 orbitais espalham-se sobre um grande faixa de E, sendo um fortemente ligante e outro fortemente antiligante, com dois outros orbitais restantes situados entre os extremos 5) Para se saber a posição exata dos orbitais é necessário usar espectroscopia eletrônica de absorção, fotoeletrônica ou um cálculo detalhado. Este diagrama é usado para as moléculas de F2 e O2 Moléculas Diatômicas do Primeiro Período OL = (1-0)/2 = ½ H2 + OL = (2-0)/2 = 1 H2 OL = (2-1)/2 = ½ He2 + OL = (2-2)/2 = 0 He2 OL = (e-lig - e - antilig )/2 108 Comprimento de ligação das Moléculas Diatômicas À medida que os orbitais anti-ligantes são populados, há uma diminuição da ordem de ligação e, consequentemente, aumento do comprimento da mesma. Teoria do Orbital Molecular (TOM) Preenchimento dos orbitais ligantes Preenchimento dos orbitais anti- ligantes 109 Comprimento de Ligação das Moléculas Diatômicas Teoria do Orbital Molecular (TOM) Teoria do Orbital Molecular (TOM) 110 HOMO LUMO O.L = ½ (8 – 4) = 2 Na prática, para se calcular a O.L pode-se considerar apenas os elétrons de valência, negligenciando os elétrons do caroço. Isso porque os elétrons do caroço serão distribuídos, igualmente, entre os orbitais ligantes e anti- ligantes. Assim, sua contribuição será zero. Diagrama dos orbitais moleculares da molécula de O2 O (Z = 8): [He]2s² 2p4 Teoria do Orbital Molecular (TOM) 111 O.L = ½ (8 – 6) = 1 Diagrama dos orbitais moleculares da molécula de F2 Geralmente ignoramos os elétrons mais internos nos diagramas de OMs. F (Z = 9): [He]2s² 2p5 Teoria do Orbital Molecular (TOM) 112 Diagrama dos orbitais moleculares da molécula de N2 O.L = ½ (8 – 2) = 3 N (Z = 7): [He]2s² 2p3 Teoria do Orbital Molecular (TOM) 113 Diagrama dos orbitais moleculares da molécula de B2 B (Z = 5): [He]2s² 2p1 Diamagnético Teoria do Orbital Molecular (TOM) 114 Diagrama dos orbitais moleculares da molécula de B2 Maaaaaas...sabemos que o B2 é paramagnético. Teoria do Orbital Molecular (TOM) 115 Mistura de orbitais Orbitais com energias similares interagem entre si, caso eles possuam simetria apropriada; Os orbitais σ2p e σ2s são relativamente simétricos e originam dois novos orbitais: um com energia mais alta e outro com energia mais baixa. Teoria do Orbital Molecular (TOM) 116 Mistura de orbitais Orbitais com mesma simetria se misturam: um orbital de energia mais alta se move para cima e outro orbital de energia mais baixa se move para baixo. 2s *2s 2p 2p Energia dos Orbitais moleculares O2, F2, Ne2 B2, C2, N2 Aumento da interação 2s – 2p Diferenças no ordenamento entre os níveis de energia dos orbitais são consequência das diferenças de energia dos orbitais atômicos 2s e 2p empregados e no quanto os mesmos se sobrepõem. 118 Diagrama dos orbitais moleculares da moléculade B2 Mistura de orbitais Teoria do Orbital Molecular (TOM) 119 Diagrama dos orbitais moleculares da molécula de C2 Paramagnética?X Diamagnética Mistura de orbitais Teoria do Orbital Molecular (TOM) 120 Até agora consideramos apenas interações entre orbitais de energia idêntica. Entretanto, orbitais de energia próxima também podem interagir, se a simetria for adequada. Veremos esta interação de duas maneiras: a) com os orbitais moleculares interagindo b) diretamente com os orbitais atômicos Quando dois orbitais moleculares de mesma simetria têm energias próximas, eles podem interagir para reduzir a energia do orbital inferior e aumentar a do orbital superior. Por exemplo, nas moléculas homonucleares diatômicas, os orbitais σg(2s) e σg(2p) têm simetria σ e são simétricos em relação à inversão. Estes orbitais interagem para reduzir a energia do σg(2s) e aumentar a do σg(2p). O mesmo vale para o caso σu(2s) e σu(2p) . Mistura de Orbitais 121 122 Igualmente, podemos considerar que quatro orbitais moleculares resultam da combinação de quatro orbitais atômicos (dois 2s e dois 2p), que possuem energias similares. Os orbitais moleculares resultantes terão a forma geral: ψ=c1ψ(2sa)± c2ψ(2sb)± c3ψ(2pa)± c4ψ(2pb) Para moléculas homonucleares, c1=c2 e c3=c4 em cada um dos quatro orbitais moleculares. Os orbitais moleculares com menor energia terão os maiores valores de c1 e c2; os de maior energia terão os maiores valores de c3 e c4 e os orbitais moleculares intermediários terão valores intermediários para os quatro coeficientes. A simetria dos orbitais não depende da mistura, mas a forma varia levemente pelo caráter s ou p. Além disso, as energias mudam, ficando maior para os que já eram maiores e menor para os que eram menores. Veremos que esta mistura entre orbitais s e p pode influenciar bastante a energia da molécula. Por exemplo, no inicio do segundo período, do Li2 ao C2, o orbital σ formado a partir dos orbitais 2p tem mais energia do que os orbitais π formados pelos outros orbitais atômicos 2p, o que é o inverso do que ocorreria sem mistura. Brown, LeMay, Bursten, Chemistry The Central Science, 2000, page 338 Teoria do Orbital Molecular (TOM) Desde o Li2 até o N2 o arranjo dos orbitais é o mostrado na parte esquerda da figura. Para o O2 e F2 a ordem dos orbitais é invertida, como no lado direito da figura) Teoria do Orbital Molecular (TOM) Esta inversão pode ser atribuída ao aumento da separação (aumento na diferença de E) entre os orbitais 2s e 2p que ocorre ao se ir para à direita ao longo do segundo período, desfavorecendo a mistura dos orbitais (aumenta-se Z* aumenta-se E) Teoria do Orbital Molecular (TOM) E (Z*) E > E Paramagnético devido à mistura C2 u 2 u 2 (dupla ligação) C2 2-u 2 u 2 g 2(tripla ligação) O2 u 2 u 2 *g 1 *g 1 (dupla ligação) paramagnética O2 2- u 2 u 2 *g 2 *g 2 (simples ligação) diamagnética • As energias de dissociação para B2, C2 e N2 indicam que temos uma ligação simples, dupla e tripla respectivamente. Embora o C2 não seja comum, o íon C2 -2 é bem conhecido. • N2 tem tripla ligação, o que concorda com dados experimentais. A energia dos orbitais moleculares diminui à medida que o número atômico aumenta. • O efeito de blindagem e as interações elétron-elétron levam a uma diferença entre as energias dos orbitais 2s e 2p à medida que Z aumenta. Por isso, os orbitais σ(2s) e σ(2p) não se misturam tanto quanto no B2 e no C2. Note σg e πu se aproximam energeticamente. 127 128 Comparação da energia dos orbitais 2s e 2p em função do aumento do número atômico Com o aumento do número atômico, há um aumento da carga nuclear efetiva, o que faz com que os elétrons nos orbitais sejam mais fortemente atraídos e que suas energias são menores. Teoria do Orbital Molecular (TOM) Um princípio da mecânica quântica é que a mistura das funções de onda é mais intensa se suas E são mais similares Teoria do Orbital Molecular (TOM) Assim, à medida que E entre s e p aumenta, a mistura de ambos é dificultada e os OM tornam-se mais semelhantes aos orbitais s e p puros. Uma troca entre σg(2p) e πu(2p) pode ocorrer porque estes orbitais moleculares estão tão próximos que pequenas variações em qualquer um deles pode levar a uma inversão. A separação entre os orbitais atômicos 2s e 2p aumenta nos átomos com o aumento da carga nuclear e, no caso do flúor, já é suficiente para diminuir a interação s-p e restaurar a ordem “normal” esperada para os orbitais. Teoria do Orbital Molecular (TOM) 131 Mistura de orbitais Teoria do Orbital Molecular (TOM) 132 Maaaaaas... Porque não ocorre mistura de orbitais em moléculas como o O2, F2 e N2? Nesses casos, os orbitais 2s possuem energia muito baixa e não irão interagir com o orbital 2p. Teoria e experimento concordam que F2 é diamagnético com uma ligação F-F simples. A ordem de ligação total para N2, O2 e F2 não depende de levarmos em conta ou não a mistura de orbitais. Mistura de orbitais Teoria do Orbital Molecular (TOM) O princípio do preenchimento é usado para prever as configurações eletrônicas do estado fundamental, acomodando os e- no conjunto de O.M. apresentados ao lado (com as restrições do Princípio da Exclusão de Pauli) Faz-se com os O.M. exatamente como é feito com os O.A. A ordem de ocupação dos orbitais é a ordem do aumento de E Cada orbital pode ocupar 2e- Se mais do que um orbital estiver disponível (por possuírem E idênticas, como no caso dos pares de orbitais ) então os orbitais são ocupados separadamente Os e- nos orbitais semi-preenchidos adotam spins paralelos ( ) – Regra de Hund para os átomos O Princípio do Preenchimento das Moléculas Por exemplo, a configuração eletrônica do N2, com 10 e- é: 1g 2 1u 2 1u 4 2g 2 Da mesma forma que para os átomos, as configurações são escritas na ordem crescente de E e o número de e- em cada orbital é indicado por um índice superior Obs: 4 é uma notação abreviada para a ocupação de 2 orbitais O OM ocupado de maior E (HOMO) é o último a ser preenchido O OM vazio de menor E (LUMO) é o próximo orbital de maior E O Princípio do Preenchimento das Moléculas O HOMO do F2 é o 1g e seu LUMO é o 2u O HOMO do N2 é o 2g e seu LUMO é o 1g O Princípio do Preenchimento das Moléculas 2s *2s 2p 2p *2p *2p Grande Interação 2s – 2p Pequena Interação 2s – 2p 2s *2s 2p 2p *2p *2p C2 N2B2 F2 Ne2O2 Ordem de ligação Entalpia de ligação (kJ/mol) Comprimento de Ligação (Å) Comportamento Magnético 1 2 3 2 1 0 290 620 941 495 155 ----- 1.59 1.31 1.10 1.21 1.43 ----- Paramagnetico Diamagnetico Diamagnetico Paramagnetico Diamagnetico _____ Diamagnético?? 2g 2u * 3g 1u 1g* 3u * Diagrama de OM do B2 B2 é um bom exemplo da mistura dos orbitais s e p. Sem mistura, o orbital σ(2p) deveria ter energia menor do que o π(2p) e a molécula seria diamagnética. Entretanto a mistura do orbital σ(2s) com π(2p) abaixa a energia do orbital σ(2s) e eleva a energia do σ(2p) acima dos orbitais π. Por isso, os últimos dois elétrons ficam desemparelhados em orbitais π degenerados (de mesma energia). 2g 2u * 3g 1u 1g* 3u * B BB2 2s 2s 2g 2u* 2p 2p 3g 3u* 1u 1g* (px,py) HOMO LUMO Paramagnético Diagrama de OM do B2 1g 1u 1g 1g 1u 1g DiamagnéticoParamagnético ?X Diagrama de OM do C2 Deveríamos esperar uma molécula com uma ligação dupla e todos os elétrons emparelhados, mas com os dois orbitais moleculares tendo simetria π. Isto é incomum pois seriam duas ligações π e nenhuma σ. 1g 1u 1g 1g 1u 1g Li2 até N2 O2 e F2 Diagramas gerais deOMS Simplificado Simplificado Orbitais Moleculares do Segundo Período Combinações de Orbitais p (ligante) (ligante) (ligante) (antiligante) (antiligante) (antiligante) 146 Moléculas Diatômicas Heteronucleares O nível de energia não é simétrico devido à diferença de eletronegatividade; Os OMs ligantes estão mais próximos dos OMs de menor energia; Os OMs anti-ligantes estão mais próximos dos OMs de maior energia. Se cA cB o OM é composto principalmente de A. Teoria do Orbital Molecular (TOM) 147 Na ligação covalente polar, o orbital do átomo mais eletronegativo tem a menor energia, logo, contribui mais para o orbital molecular de menor energia. Moléculas Diatômicas Heteronucleares Teoria do Orbital Molecular (TOM) • É possível a existência de ligações interatômicas que são parcialmente iônica e parcialmente covalentes. 100.1% 2)(25,0 BA XXeCI Onde: %CI - % de caráter iônico de uma ligação entre dois elementos A e B; XA e XB são as eletronegatividades dos respectivos elementos. OA(2)OA(1) OA(2) OA(1) OA(2) OA(1) OA(2) OA(1) Mais covalente Covalente Polar Ionica Lembre-se que quanto mais próximo os orbitais atômicos estiverem da simetria adequada em energia, mais eles interagem uns com os outros e, mais estável o Orbital Molecular ligante que será formado. Isto significa que à medida que a diferença de eletronegatividade aumenta entre dois átomos, a estabilização conferida pela ligação covalente diminui (e a polaridade da ligação aumenta). Se a diferença de energia das orbitais é suficientemente grande, então a ligação covalente não irá estabilizar a interação dos átomos. Nessa situação, o átomo menos eletronegativo vai perder um elétron para o átomo mais eletronegativo e dois íons serão formados. X < 0.5 : covalente 2 > X > 0.5 : polar X > 2 : ionica Teoria do Orbital Molecular (TOM) Energias relativas de orbitais em interação devem ser semelhantes Interação Forte Interação Fraca Outro aspecto importante a ser considerado é a energia relativa dos orbitais moleculares formados em relação aos orbitais atômicos originais. Quando os dois orbitais atômicos têm a mesma energia, a interação é grande e as energias moleculares são bem baixas (ligante) ou altas (anti-ligante). Se as energias forem muito diferentes, a interação é fraca e os orbitais moleculares têm quase a mesma energia dos orbitais atômicos originais. 151 Moléculas Diatômicas Heteronucleares O.L. = ½(10-5)=2,5 Exemplo: NO E n e rg ia OM do NO 2s OA do N 2p *2s 2s 2s OA do O 2p 2p 2p *2p *2s N O 0 0 N O -1 +1 Possíveis estruturas de Lewis Ordem de ligação = 2,5 153 O.L. = ½(2-0)=1 Exemplo: HF Moléculas Diatômicas Heteronucleares Os orbitais 2s e 2px sobre flúor interagem com os orbitais 1s do hidrogênio. Os orbitais py e pz sobre flúor não têm simetria adequada para interagir com o hidrogênio, e permanecem como orbitais não- ligantes. Moléculas Diatômicas Heteronucleares O orbital anti-ligante reside principalmente no átomo menos eletronegativo (H). Note que os subscritos g e u não são usados, como a molécula não tem mais um centro de simetria. Moléculas Diatômicas Heteronucleares 156 F (Z = 9): [He]2s² 2p5 Orbitais não- ligantes Moléculas Diatômicas Heteronucleares HF Teoria do Orbital Molecular (TOM) 157 Orbitais não ligantes são o equivalente na teoria orbital molecular aos pares isolados em estruturas de Lewis. O nível de energia de um orbital não ligante está tipicamente entre a energia mais baixa de um orbital ligante da camada de valência e a energia mais alta de um orbital antiligante correspondente. Como tal, um orbital não ligante com elétrons seria comumente um HOMO. Em uma molécula diatômica simples, como o HF, um átomo pode ter muito mais elétrons do que o outro. Um orbital ligante sigma é criado entre os orbitais atômicos com simetria semelhante (lembrar das aulas de simetria usando a formação dos orbitais moleculares da água). Alguns orbitais (por exemplo, orbitais px e py do flúor no HF) pode não ter nenhum outro orbital para combinar e se tornarem orbitais moleculares não ligantes. No exemplo do HF, os orbitais px e py permanecem na forma de orbitais px e py, mas quando vistos como orbitais moleculares são considerados como não ligantes. A energia do orbital não depende do comprimento de qualquer ligação dentro da molécula. Sua ocupação não aumenta nem diminui a estabilidade da molécula, em relação aos átomos, pois sua energia é a mesma na molécula e em um dos átomos. Por exemplo, existem dois orbitais rigorosamente não ligantes que estão ocupados no estado fundamental da molécula de HF; esses orbitais moleculares estão localizados no átomo de flúor e são compostos de orbitais atômicos do tipo p cuja orientação é perpendicular ao eixo internuclear. Eles são, portanto, incapazes de se sobrepor e interagir com o orbital de valência do tipo s no átomo de hidrogênio. 158 Embora os orbitais não ligantes sejam frequentemente semelhantes aos orbitais atômicos de seu átomo constituinte, eles não precisam ser semelhantes. Um exemplo de não similaridade é o orbital não ligante do ânion alila, cuja densidade eletrônica está concentrada no primeiro e terceiro átomos de carbono. Na teoria dos orbitais moleculares canônicos totalmente deslocalizados, é comum que nenhum dos orbitais moleculares de uma molécula seja estritamente não ligante por natureza. No entanto, no contexto de orbitais moleculares localizados, o conceito de um orbital não-ligante preenchido tende a corresponder aos elétrons descritos nos termos da estrutura de Lewis como "pares isolados". Existem vários símbolos usados para representar orbitais não ligantes não ocupados. Ocasionalmente, n* é usado, em analogia a σ* e π*, mas esse uso é raro. Frequentemente, o símbolo do orbital atômico é usado, geralmente p para orbital p; outros usaram a letra a para um orbital atômico genérico. (Pela regra de Bent, orbitais desocupados para um elemento do grupo principal são quase sempre de caráter p, uma vez que o caráter s é estabilizador e será usado para orbitais de ligação. Como exceção, o LUMO do cátion fenil é um orbital atômico spx (x ≈ 2), devido à restrição geométrica do anel de benzeno.) Finalmente, Woodward e Hoffmann usaram a letra ω para orbitais não ligantes (ocupados ou desocupados) em sua monografia Conservation of Orbital Symmetry. Teoria do Orbital Molecular (TOM) 159 Moléculas diatômicas heteronucleares Exemplo: CO C (Z = 6): [He]2s² 2p2 O (Z = 8): [He]2s² 2p4 Como Desenhar os Orbitais Moleculares de Estruturas Triatômicas ou Maiores A combinação LCAO-MO é uma teoria, mas é muito estúpida. A diferença é que, em vez de alimentar os orbitais atômicos "puros" no mecanismo LCAO, você realiza um passo matemático adicional para obter orbitais com boas propriedades direcionais, e os alimenta no mecanismo LCAO. Vamos falar de um exemplo simples, o metano. Você poderia hibridizar os orbitais 2s e 2p no carbono para obter um conjunto de quatro híbridos sp3. Se você tentar derivar a simetria desses híbridos sp3, perceberá que eles se transformam como 𝐴1 + 𝑇2. E se você não se incomodou em fazer a etapa de hibridização, adivinhe quais são as simetrias dos orbitais 2s e 2p? O orbital 2s se transforma como 𝐴1 e os orbitais 2p se transformam como 𝑇2. No final, você obtém aproximadamente a mesma imagem através do da Teoria dos Orbitais Moleculares (TOM), independentemente de você usar orbitais hibridizados ou não. (Note que o 4sp3 no segundo diagrama não indica um número quântico principal de 4, mas sim que existem quatro orbitais). 160 Há uma diferença entre esta (TOM) e a teoria convencional de Ligação de Valência. A teoria convencional de Ligação de Valência nos diz que cada um dos orbitais sp3 se sobrepõe a um dos orbitais 1s do hidrogênio para formar quatro ligações idênticas. Depois de desenhar um diagrama MO, completo com simetrias, você está entrandono reino da TOM. 161 Como Desenhar os Orbitais Moleculares de Estruturas Triatômicas ou Maiores No entanto, parte da razão pela qual esse exemplo funcionou tão bem é que o metano tem um átomo central. Quando você chega a moléculas maiores, e tem que juntar diferentes fragmentos da molécula, há uma diferença entre o LCAO usando os orbitais hibridizados e não-hibridizados. Vamos considerar eteno, C2H4. Na verdade, o diagrama está "errado". Existem 8 elétrons no total nos OAs constituintes, mas os OMs possuem apenas 4 elétrons. Isto não é por causa de qualquer erro elementar do seu professor. É porque dois dos orbitais sp2 em cada carbono não apontam um para o outro; eles apontam para os hidrogênios. Portanto, presume-se que estejam envolvidos apenas na ligação C-H e não na ligação C-C. Estritamente falando, eles não devem, portanto, ser mostrados no diagrama de OM. No entanto, é essa suposição que nos dá algumas informações sobre a diferença entre esse tratamento de "hibridação-LCAO" e o tratamento normal de LCAO usando os OAs puros. 162 Como Desenhar os Orbitais Moleculares de Estruturas Triatômicas ou Maiores 163 Como Desenhar os Orbitais Moleculares de Estruturas Triatômicas ou Maiores Podemos tentar traçar alguns paralelos entre o diagrama de OMs "simplista" e este diagrama de OM "adequado" aqui. No diagrama simplista, a ligação C-C surge da sobreposição dos dois orbitais híbridos sp2. Então, é provável que isso corresponda de alguma forma ao OM 𝜋𝑥 acima, que se parece com o que você esperaria da sobreposição construtiva dos orbitais p sobre o carbono apontando um para o outro. No entanto, é provável que haja um pouco do OM 𝜎𝑠 misturado, porque você está usando orbitais híbridos sp2 que também têm orbital misturado. Os outros OMs preenchidos não são susceptíveis de contribuir, uma vez que são anti-ligantes em relação aos dois carbonos. Na verdade, eles estão lá para fornecer a ligação adicional C-H necessária para tornar a molécula estável, o que é exatamente o que é negligenciado no diagrama simplista. 164 Como Desenhar os Orbitais Moleculares de Estruturas Triatômicas ou Maiores No entanto, o orbital 𝜋 ligante no diagrama simplista é um sucesso retumbante. É exatamente o mesmo que o diagrama de OM 𝜋𝑧 real! E o orbital anti-ligante * no diagrama simplista é exatamente igual ao orbital *z no diagrama real! Isso nos leva ao ponto principal: podemos fazer esse tratamento de OM muito mais simples usando orbitais híbridos e obter uma imagem de OM suficientemente precisa, sem ter que passar por um monte de argumentos de simetria para determinar quais OAs se sobrepõem e quais OAs não. Além disso, adivinhe quais são os OMs mais importantes que controlam a reatividade do eteno? Exatamente; são os dois orbitais. 165 Como Desenhar os Orbitais Moleculares de Estruturas Triatômicas ou Maiores Observações • A teoria de Ligação de Valência e a teoria Orbital Molecular são teorias diferentes. A teoria de Ligação de Valência produz orbitais híbridos imaginários em torno de átomos que se sobrepõem para formar orbitais de ligação discretos e orbitais de pares isolados. Os orbitais ligantes formam ligações simples, duplas e triplas. A teoria orbital molecular utiliza o equação de Schroedinger para fazer orbitais sobre uma molécula, geralmente com formas de orbitais imprevisíveis. Um orbital molecular pode ser ligante, não ligante, e anti-ligante ou em algum lugar entre os mesmos (por exemplo, 90% anti-ligante e 10% de não ligante). Ligações simples / duplas / triplas são substituídas pelo conceito de ordem de ligação, que pode ser fracionário (por exemplo, 1½). 166 Observações • Exemplos Ruins: • Química Inorgânica Concisa, P. D. Lee, 5ª edi: on, p. 112. Em uma discussão sobre a aplicação da teoria orbital molecular ao ânion carbonato (CO3 2–): “A estrutura do íon carbonato é triângulo planar (ou trigonal plana) com ângulos de ligação de 120°. O átomo de C no centro usa orbitais sp2” . • Química Inorgânica, DF Shriver, PW Atkins, CH Langford, 2 ed: nas, págs. 85 e 88. Ao discutir a teoria orbital molecular e SF6 : “O ponto importante é que a ligação na molécula hipervalente de SF6 pode ser explicada sem o uso dos orbitais d do enxofre para expandir o octeto”. Mais tarde, ao discutir orbitais híbridos no contexto da teoria orbital molecular: “Para combinar os arranjos de ligações em moléculas com formas [octaédricas], É necessário usar orbitais d, bem como orbitais s e p”. Os químicos usam a teoria das ligações de valência porque é simples e a teoria orbital molecular porque é precisa. Infelizmente, isso leva muitos químicos, e até livros de texto, a misturar seus usos de ambas as teorias. Isso só é permitido se formos muito cuidadosos com o que estamos dizendo. 167 Elétrons deslocalizados das grandes moléculas são facilmente transferidos de nível de energia entre os orbitais de fronteira HOMO e LUMO. 168 Moléculas grandes com muitos átomos Teoria do Orbital Molecular (TOM) b-Caroteno, C40H56 Orbitais em moléculas poliatômicas Teoria do Orbital Molecular (TOM) 169 Teoria do Orbital Molecular (TOM) 170 É possível analisar a energia desses orbitais moleculares? Teoria do Orbital Molecular (TOM) 171 A técnica consiste em irradiar a amostra com radiação de alta energia capaz de provocar a ionização de elétrons internos. O elétron será emitido com certa energia cinética. Essa energia cinética é medida e a diferença entre a energia do elétron emitido e sua energia cinética nos fornecem a energia de ionização, ou seja, a diferença de energia entre os orbitais HOMO e LUMO. Teoria do Orbital Molecular (TOM) 172 Teoria do Orbital Molecular (TOM) 173 Exercícios: 1) As entalpias de dissociação de ligação para a ligação N–N no N2 e N2 ‐ sejam 945 e 765 kJ.mol‐1, respectivamente. Considere essa diferença em termos da teoria do OM e enuncie se espera que o N2 ‐ seja diamagnético ou paramagnético. 2) Utilize a TOM para explicar por que a ordem de ligação do N2 + e N2 ‐ são ambas 2,5. 174 TOM Aplicada a Complexos Nessa teoria o foco principal são os orbitais vazios do centro metálico (ácido de Lewis) que irá acomodar os elétrons doados pelo ligante (base de Lewis). Ácido: Espécie capaz de receber densidade eletrônica; Base: Espécie capaz de doar densidade eletrônica. 1929: Teoria do Campo Cristalino (TCC) 175 Hans Albrecht Bethe (1906-2005) Nobel (Física): 1967 TOM Aplicada a Complexos As ligações serão formadas a partir de interações eletrostáticas entre o íon metálico central, positivo (M+) e os ligantes negativos (L−); Define da mesma forma sólidos iônicos (NaCl, AgCl, etc...); Orbitais atômicos d do Metal “sentem” a ação eletrostática do campo eletrostático formado pelos ligantes; Prevê a cor dos complexos através de transições eletrônicas nos orbitais d do metal. Justifica a estabilidade termodinâmica e propriedades magnéticas dos complexos. John Hasbrouck Van Vleck (1899-1980) Nobel (Física): 1977 1929: Teoria do Campo Cristalino (TCC) 176 TOM Aplicada a Complexos 1929: Teoria do Campo Cristalino (TCC) 177 TOM Aplicada a Complexos Problemas... Trata os ligantes apenas como cargas pontuais, não levando em consideração as sobreposições dos orbitais dos ligantes e dos átomos centrais. Não fornece uma explicação sobre porque alguns ligantes são mais fortes do que outros (série espectroquímica): 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 178 TOM Aplicada a Complexos Leslie Eleazer Orgel (1927-2007) Considerou-se também a possibilidade de interações dos orbitais dos ligantes e dos orbitais d do átomo central. Principal evidência: O Efeito Nefelauxético. Efeito Nefelauxético: Indica, que existem elétrons sendo compartilhados entre os orbitais metálicos e dos ligantes, pois experimentalmente percebe-se, que a repulsão elétron-elétron em um complexo é menor quando comparada ao respectivo íon livre. As repulsões elétron-elétron caem devido a expansão da nuvem eletrônica,pois orbitais atômicos (menores) dão lugar a formação de orbitais moleculares (maiores). 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 179 TOM Aplicada a Complexos O Efeito Nefelauxético: Expansão da nuvem eletrônica O espectro de RPE do complexo K2[IrCl6] em K2[PtCl6]. O desdobramento hiperfino observado no espectro, resulta do acoplamento dos momentos magnéticos de spin dos ligantes com os momentos magnéticos dos spins eletrônicos do metal; Num íon isolado, um elétron produziria espectros com apenas um pico de transição; Os picos indicam, que os elétrons do metal e dos ligantes estão no mesmo orbital, nos OM’s. 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 180 TOM Aplicada a Complexos Comparação entre a TCC e a TOM para um complexo [ML]+ Desdobramento do campo cristalino 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 181 TOM Aplicada a Complexos Complexos octaédricos 6 ligantes (L) realizam cada um 1 ligação simples com o centro metálico. Orbital duplamente degenerado Orbital triplamente degenerado 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 182 TOM Aplicada a Complexos Complexos octaédricos Valore de Δo para diferentes ligantes 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 183 TOM Aplicada a Complexos Diagrama de OMs para um complexo de geometria octaédrica 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 184 TOM Aplicada a Complexos Diagrama de OMs para um complexo de geometria octaédrica Exemplo: i. A interação dos orbitais s e p do metal com os ligantes irá gerar os OMs de menor energia; ii. Serão gerados um total de 6 OMs ligantes. Pode-se pensar que esses 6 OMs ligantes irão receber os 12 elétrons doados pelos ligantes. Deste modo, os elétrons do metal irão ocupar os orbitais t2g e eg*, como estabelecido pela TCL; iii. A separação dos orbitais t2g e eg* corresponde ao 10Dq da TCC. 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 185 TOM Aplicada a Complexos Complexos tetraédricos 4 ligantes (L) realizam cada um 1 ligação simples com o centro metálico. 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 186 TOM Aplicada a Complexos Complexos tetraédricos Valore de ΔT para diferentes ligantes 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 187 TOM Aplicada a Complexos Diagrama de OMs para um complexo de geometria tetraédrica 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 188 TOM Aplicada a Complexos 1937: Efeito Jahn-Teller Em complexos octaédricos observa-se um alongamento ou contração dos ligantes axiais (da ligação no eixo z). Edward Teller (1908-2003) 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 189 TOM Aplicada a Complexos 1937: Efeito Jahn-Teller Exemplo: [Cu(H2O)6] 2+ Cu (Z = 29): [Ar]3d10 4s1 Cu2+ : [Ar]3d9 alongamento dos ligantes axiais 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 190 TOM Aplicada a Complexos 1937: Efeito Jahn-Teller Exemplo: [Cu(H2O)6] 2+ Cu (Z = 29): [Ar]3d10 4s1 Cu2+ : [Ar]3d9 contração dos ligantes axiais 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 191 TOM Aplicada a Complexos 1937: Efeito Jahn-Teller Exemplo: [Cu(H2O)6] 2+ 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 192 TOM Aplicada a Complexos Série espectroquímica Caso o ligante seja considerado de campo fraco, pode ocorrer transição de um elétron de um orbital de mais baixa energia (spin baixo) para um orbital de mais alta energia (spin alto). 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 193 TOM Aplicada a Complexos Série espectroquímica Atenção: Em complexos tetraédricos, independente da força do ligante, somente serão encontrados complexos de spin alto, isso porque a energia de emparelhamento (P) deles é maior do que ΔT. 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 194 TOM Aplicada a Complexos Série espectroquímica Exemplo 1: Qual será a Energia de Estabilização do Campo Cristalino (EECC) de um complexo octaédrico que apresenta um metal de configuração eletrônica d4 de campo fraco? E de campo forte? EECC = (-0,4Δo x 3e- ) + (0,6Δo x 1e-) 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 195 TOM Aplicada a Complexos Série espectroquímica EECC = (-0,4Δo x 4e- ) + (0,6Δo x 0e-) + P 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 196 TOM Aplicada a Complexos Série espectroquímica Exemplo 2: [Ti(H2O)6] 3+ : hexaaquotitanio (III) Ti (Z = 22): [Ar]3d2 4s2 Ti3+ : [Ar]3d1 Campo fraco 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 197 TOM Aplicada a Complexos Série espectroquímica 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 198 TOM Aplicada a Complexos Exercício: série espectroquímica A velha história do “galinho do tempo”: As soluções dos complexos, [Co(H2O)6] 2+ e [Co(Cl)4] 2+ são coloridas. Uma é rosa, a outra é azul. Considerando a série espectroquímica e as magnitudes relativas de ΔT e Δo correlacione a cor de com cada um dos complexos. 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 199 TOM Aplicada a Complexos Ligação pi O diagrama de OMs para complexos octaédricos prevê que os orbitais dxy , dxz e dyz (t2g) são não ligantes: 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 200 TOM Aplicada a Complexos Ligação pi Contudo esses orbitais podem se sobrepor a orbitais com simetria adequada dos ligantes formando ligações pi: 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 201 TOM Aplicada a Complexos Ligação pi Ligantes π doadores: Nesses ligantes, os orbitais que interagem com os orbitais t2g do metal estão preenchidos de elétrons. Exemplos: Haletos; Ligantes π receptores: Nesses ligantes, os orbitais que interagem com os orbitais t2g do metal estão vazios. Exemplos: CO, CN –, e fosfinas em geral. 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 202 TOM Aplicada a Complexos Diagrama de OMs para um complexo de geometria octaédrica com ligantes pi doadores 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 203 TOM Aplicada a Complexos Diagrama de OMs para um complexo de geometria octaédrica com ligantes pi receptores 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 204 TOM Aplicada a Complexos Retrodoação Os ligantes que possuem orbitais vazios disponívels para interagir com os orbitais d do metal são bases de Lewis, que doam densidade eletrônica para o metal. Se o metal possui carga +3, após a ligação com os seis ligantes, em um complexo de geometria octaédrica, sua carga formal passa para -3. Já metais com carga +2, após ligar com seis ligantes sua carga formal será -4. Ou seja, há uma grande variação de carga no metal com a formação de um complexo. Exemplos: CO, CN–, NO+. O fluxo de elétrons é do metal para o ligante. 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 205 TOM Aplicada a Complexos Diagrama de OMs do CO, CN– e NO+ Os orbitais π* do ligante possuem simetria adequada para se ligarem aos orbitais t2g do metal. 206 Modelo do mar de elétrons para a ligação metálica Teoria do Orbital Molecular (TOM) Os elétrons de valência são deslocalizados: fluem livremente ao longo do metal. Sem quaisquer ligações definidas, os metais são fáceis de deformar, sendo maleáveis e dúcteis. Como para o benzeno, os metais têm elétrons delocalizados: A ligação delocalizada requer que os orbitais atômicos em um átomo interajam com orbitais atômicos em átomos vizinhos; número de orbitais moleculares = número de orbitais atômicos; Nos metais há um número muito grande de orbitais. 207 Modelo do OM para os metais Teoria do Orbital Molecular (TOM) Formação de uma Banda de Valência 208 Teoria das bandas e ligação metálica Teoria do Orbital Molecular (TOM) 209 Teoria do Orbital Molecular (TOM) À medida que o número de orbitais aumenta, seu espaçamento de energia diminui e eles se ligam; O número de elétrons não preenche completamente a banda de orbitais; Conseqüentemente, os elétrons podem ser promovidos para bandas de energia desocupadas; Uma vez que as diferenças de energia entre os orbitais são pequenas, a promoção de elétrons ocorre com um pequeno gasto de energia. Teoria das bandas e ligação metálica Diferenças causadas pelas distâncias das bandas CONDUTOR ISOLANTE SEMICONDUTORES Por impureza Intrínseco 210 Teoria do Orbital Molecular (TOM) Semicondutor Extrínseco(por impureza de dopagem) Band Gap Banda de Valência Banda de Condução Dopagem Formação de níveis níveis aceptores ou doadores de elétrons. 211 Teoria do Orbital Molecular (TOM)
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