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UNIDADE 1 INTRODUÇÃO Quando pensamos em aeronaves, automóveis, metrô, trens, navios, submarinos, ou seja, todos estes maquinários não teriam uma boa execução se não fossem a excelência do projeto mecânico, dos utensílios envolvidos, das técnicas de confecção, montagem, inspeção e manutenção. De acordo com o alto grau de tecnologia foi desenvolvido e aplicado para um fim comum, que é segurar e proteger a vida daqueles que precisam de alguma forma, do bom funcionamento dessas máquinas, quer em indústrias automobilísticas, petróleo e petroquímicas, geração de energia inclusive nuclear, siderúrgica, naval e aeronáutica. Hoje em dia, a união nestas divisões industriais fez expandir o número de projetos e produtos de forma multinacional. Usinas elétricas, plantas petroquímicas, aviões, conseguem ser montados em um país e confeccionado em outro, com itens e matéria prima ofertado pelo mundo todo. Esta revolução geral tem como efeito a corrida por despesas menores e a ameaça da concorrência. Consequentemente, de que forma os utensílios, componentes e processos usados tenham a qualidade imposta. No momento em que garantir a isenção de falhas que possam prejudicar o desempenho das peças. De que modo aprimorar novos dispositivos, processos e testar matérias novas. Estas respostas estão grande parte na inspeção e consequentemente na utilização dos Ensaios Não Destrutivos (ENDS). 1. A RADIOLOGIA INDUSTRIAL 1.1 A Influência da Radiologia Industrial como Meio da Qualidade e Segurança Sempre que falamos em aeronaves, automóveis, metro, trens, navios, submarinos, e outras, todas estas máquinas não seriam capazes de ter um bom desempenho se não fossem a qualidade do planejamento mecânico, dos materiais envolvidos, dos processos de fabricação e montagem, inspeção e manutenção. Toda essa altíssima tecnologia foi desenvolvido e aplicado para um fim comum, que é assegurar e proteger a vida daqueles que dependem de alguma forma, do bom funcionamento dessas máquinas, quer sejam nas indústrias automobilísticas, petróleo e petroquímicas, geração de energia inclusive nuclear, siderúrgica, naval e aeronáutica. Figura 1 - Áreas que fazem a utilização da radiologia industrial. Fonte - Imagens de drive pessoal. Atualmente, a globalização nestes fragmentos industriais fez crescer o número de projetos e produtos de forma multinacional. Usinas elétricas, plantas petroquímicas, aviões, são projetados em um país e montados em outro, com maquinários e matéria prima fornecidos pelo mundo todo. Esta inovação global tem como consequência os custos menores e a pressão da concorrência. Portanto, como assegurar que os materiais, componentes e processos empregados ali tenham a qualidade exigida? De que forma garantir a isenção de defeitos que possam comprometer o desempenho das peças? De que maneira melhorar novas técnicas e processos, e testar materiais novos? Os pontos para responder estas perguntas estão em grande parte no exame e portanto na aplicação dos ENDs (Ensaios Não Destrutivos). Alguns dos avanços tecnológicos mais importantes na engenharia, podem ser atribuídos aos ENDs. Eles examinam a estabilidade dos materiais sem destruí- los ou introduzir quaisquer alterações nas suas qualidades. Utilizados na inspeção de matéria prima, no controle de processos de fabricação e fiscalização final, os ensaios não destrutivos formam uma das ferramentas fundamentais para o controle da excelência dos produtos desenvolvidos pela indústria moderna. No momento em que se deseja examinar a peças com objetivo de investigar sobre defeitos internos, a Radiologia industrial é um poderoso método que pode constatar com alta exatidão descontinuidades com poucos milímetros de tamanho. Executados basicamente nas indústrias de petróleo e petroquímica, nuclear, alimentícia, farmacêutica, geração de energia para exame de soldas e fundidos, e ainda na indústria bélica para inspeção de explosivos, armamento e mísseis, a radiografia executa um papel importante na aprovação da qualidade da peça ou componente em compatibilidade com os requisitos das normas, especificações e códigos de fabricação. A radiografia possibilita registros importantes para a documentação da excelência. A respeito de juntas soldadas, a radiografia é uma das técnicas constantemente referenciadas pelos Códigos de fabricação de peças ou estruturas de responsabilidade para determinação da eficiência da base de cálculo pela engenharia. Conhecido como um processo especial pelos Sistemas da Qualidade, NBR ISO-9001 e outros, os ENDs são usados segundo requisitos de projeto do produto fabricado, e não de forma casual ao prazer da conveniência de engenheiros e técnicos. A radiologia industrial executa um papel importante e de certa forma insuperável na documentação da excelência do produto examinado, pois a radiografia projetada no filme representa a "fotografia" interna da peça, é o que nenhum outro ensaio não destrutivo é capaz de ilustrar na área industrial. Figura 1 - A “fotografia”. Fonte - Arquivo de drive pessoal. 1.2 Qualificação dos Tecnólogos e Técnicos em Radiologia Industrial Hoje em dia no Brasil não possuímos escolas de radiologia de formação ou graduação de tecnólogo e técnicos na área industrial. Encontra-se empresas, associações, representantes de equipamentos que ministram treinamentos dos técnicos, geralmente com carga horária de 40 a 80 horas/aula. Por motivo dessa falta, a ABENDE - Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos, vem implementando, desde 1981, o Sistema Nacional de Qualificação e Certificação de Pessoal em END - SNQC/END, o qual conta com o interesse e efetiva participação de diversas empresas representativas dos vários fragmentos da indústria nacional. O SNQC/END foi oficialmente estabelecido em 1989, com a criação através de Assembleia Geral, do Conselho de Certificação, órgão que determina as regras do Sistema. Além do mais, foram também constituídos o Bureau de Certificação, órgão executivo do Sistema e os Comitês Setoriais de Certificação. É um programa de amplitude nacional que determina critérios e define classificações, em compatibilidade com requisitos nacionais e internacionais, para a Qualificação e Certificação de Pessoal. Foi definido com o objetivo de associar os diversos programas nacionais existentes, segundo as necessidades da realidade e da cultura brasileira, além de representar semelhança com as principais normas internacionais e nacionais. Figura 1 - Fluxograma de operação do SNQC. Fonte - Arquivo pessoal. O fluxograma acima explica como um tecnólogo e técnico deve fazer para ser qualificado e certificado na técnica não destrutiva. Em geral o tecnólogo e técnico pode ser um autônomo ou relacionado a uma empresa que encaminha ao Bureau de certificação sua documentação básica que é: Certificado de treinamento específico na área; Certificado de escolaridade de ensino médio; Evidência de experiência no método; Certificado de exame de vista; Certificação pela CNEN em radioproteção, para a técnica de radiografia. O Bureau analisa os documentos e caso aprovado ele é destinado a um dos Centro de Exames de Qualificação - CEQ para ser avaliado. Os exames formam uma parte escrita e uma parte prática. Caso ele seja aprovado receberá um certificado de qualificação da ABENDE Nível 1, 2 ou 3, reconhecido pelo mercado nacional. Os CEQ's, são os institutos que aplicam, sob supervisão direta do Bureau de Certificação, os exames de qualificação aos candidatos à certificação em ENDs, sendo reconhecidos pelo Sistema Nacional de Qualificação e Certificação de Pessoal em Ensaio Não Destrutivos SNQC/ENDs, através do Conselho de Certificação. A capacidade é o reconhecimento e verificações formais de características e habilidades, confirmado segundo métodos escritos e com resultados documentados,que concedem a um tecnólogo ou técnico exercer determinadas tarefas como profissional. A certificação é o comprovação formal de uma qualificação, através da emissão de um certificado, liberando ao tecnólogo ou técnico exercer as funções e atribuições previamente determinadas, expedido por uma instituição autorizada. 1.3 Qualificação pela CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear Uma diferença clara sob o ponto de vista profissional, é que os tecnólogos e técnicos de radiologia na indústria precisam ser qualificados em proteção radiológica, o que não é exigido na área médica. Esse atributo consisti em um treinamento formal em radioproteção aplicado por uma entidade ou especialista com carga horária mínima de 80 horas, para técnicos operadores de instrumentos de radiação ionizante usados na indústria. Logo após a fase de treinamento, o técnico se inscreve no prova nacional aplicada pela CNEN em todo Brasil. Acontecendo de ser aprovado, vai adquirir um certificado emitido pela Autoridade Competente - CNEN. A norma predominante que descreve as atividades do técnico em radiografia industrial está no documento da CNEN NN-6.04. INDICAÇÃO DE LEITURA Para maiores informações sobre normativas CNEN acessar: https://www.gov.br/cnen/pt-br https://crtrsp.org.br/2021/04/radiologia-industrial/ https://www.gov.br/cnen/pt-br https://crtrsp.org.br/2021/04/radiologia-industrial/ 1.4 A Produção das Radiações X As radiações X, são emitidas das camadas eletrônicas dos átomos. Essas emissões não acontecem deforma misturadas, mas contêm “padrão” de emissão chamado de “espectro de emissão”. Os Raios X, determinados ao uso industrial, são produzidos numa ampola de vidro ou metálica, chamada de “tubo de Coolidge”, que possui duas partes diferentes: o ânodo e o cátodo. O ânodo e o cátodo são sujeitos a uma tensão elétrica que pode variar desde 100 até 450 kV nos equipamentos considerados portáteis para uso na indústria, sendo o polo positivo ligado ao anodo e o negativo no cátodo. O ânodo é composto de um pequeno disco fabricado em tungstênio, também intitulado de alvo, e o cátodo de um pequeno filamento, tal qual uma lâmpada incandescente, por onde passa uma corrente elétrica da ordem de miliamperes (0 a 10 mA). Figura 1 - Esquema de tubos convencionais de Raios X Industrial. O tubo da esquerda é um tubo metálico e o da direita de vidro. Fonte - https://silo.tips/download/radiografia-este-metodo-de-end-e-baseado-em-variaoes-da- absorao-de-radiaao-eletr Quando o tubo é ligado, a corrente elétrica do filamento, se aquece e passa a emitir naturalmente elétrons que são atraídos e acelerados em direção ao alvo. Nesta ação, dos elétrons com os átomos de tungstênio, ocorre a desaceleração imediata dos elétrons, transformando a energia cinética adquirida em Raios X. Outros episódio de interação dos elétrons acelerados com as camadas eletrônicas dos átomos de tungstênio, também são responsáveis pela emissão dos Raios X. https://silo.tips/download/radiografia-este-metodo-de-end-e-baseado-em-variaoes-da-absorao-de-radiaao-eletr https://silo.tips/download/radiografia-este-metodo-de-end-e-baseado-em-variaoes-da-absorao-de-radiaao-eletr Os Raios X, são produzidos nas camadas eletrônicas dos átomos por variados processos físicos. Caracteriza-se por apresentar um espectro constante de emissão ao contrário das radiações gama. Melhor dizendo, os Raios X emitidos pelo equipamento apresentam uma variedade muito grande de comprimento de onda ou seja que a energia varia de uma forma contínua. 1.4.1 Aparelhos de raios X para uso industrial Os Raios X são gerados em ampolas especiais. Os tamanhos das ampolas ou tubos são em função da voltagem máxima de operação do equipamento. Do ponto de vista da radiografia, uma atenção especial deve ser dada ao alvo, incluso no ânodo. Sua superfície é atingida pelo fluxo eletrônico, natural do filamento, e nomeia-se foco térmico. É importante que está superfície seja consideravelmente grande para evitar um superaquecimento local, que poderia danificar o ânodo, e permitir uma rápida passagem do calor. Figura 1 - Corte transversal do ânodo, na ampola de Raios X. Fonte - https://silo.tips/download/radiografia-este-metodo-de-end-e-baseado-em-variaoes-da- absorao-de-radiaao-eletr Para atingir imagens com resolução máxima, as espessuras do foco óptico devem ser as menores possíveis. As orientações de equipamentos geralmente apontam as espessuras do foco óptico, que podem variar de 3 a 4 mm. O calor que vai junto a geração do Raios X é notável, e portanto é necessário uma atenção especial aos programas e técnicas para refrigerar o ânodo. Esta refrigeração pode ser realizada de várias formas: https://silo.tips/download/radiografia-este-metodo-de-end-e-baseado-em-variaoes-da-absorao-de-radiaao-eletr https://silo.tips/download/radiografia-este-metodo-de-end-e-baseado-em-variaoes-da-absorao-de-radiaao-eletr 1. Refrigeração por irradiação: Neste caso o bloco de tungstênio, que compõe o alvo, se aquece e o calor se irradia pelo ânodo. O calor em excesso é resfriado por circulação de óleo ou gás ao redor da ampola. Os aparelhos de baixa tensão no tubo podem ser resfriados por ventiladores. 2. Refrigeração externa por circulação forçada de água: A refrigeração é limitada, principalmente se o aparelho for operado continuamente, exposto ao sol. Neste caso, a circulação de água por uma serpentina interna à unidade geradora, é eficaz, permitindo o uso do aparelho por longos períodos de uso. 1.4.2 Unidade geradora e painel de comando Os aparelhos de Raios X industriais se dividem geralmente em dois membros: o painel de controle e o cabeçote, ou também citada como unidade geradora. O painel de controle constitui-se em uma caixa onde estão instalados todos os comandos, indicadores, chaves e medidores, além de conter todo o acessório do circuito gerador de alta tensão. E por meio do painel de controle que se fazem os ajustes de voltagem e amperagem, além de comando de ligar o aparelho. Na unidade geradora está instalada a ampola e os dispositivos de refrigeração. A união entre o painel de controle e o cabeçote se faz através de cabos especiais de alta tensão. As essências características de um aparelho de Raios X são: A. Tensão e corrente elétrica máxima; B. Tamanho do ponto focal e tipo de feixe de radiação (direcional ou panorâmico); C. Peso e tamanho. Essas informações comprovam a capacidade de operação do aparelho, pois estão diretamente ligados ao que o aparelho pode ou não fazer. Isso se deve ao fato dessas grandezas estabelecerem as características da radiação gerada no aparelho. A voltagem se refere à diferença de potencial entre o ânodo e o cátodo e é expressa em quilovolts (kV). A corrente elétrica se refere à corrente elétrica no tubo e é expressa em miliamperes (mA). Outra informação importante se refere à forma geométrica do ânodo no tubo. Quando em forma plana, e angulada, proporciona um feixe de radiação direcional, e quando em forma de cone, proporciona um feixe de radiação panorâmico, ou melhor, irradiando a 360 graus, com abertura determinada. Os aparelhos classificados portáteis, com voltagem até 400 kV, têm peso em torno de 40 a 80 kg, dependendo do modelo. Os modelos de tubos refrigerados a gás são mais leves ao contrário dos refrigerados a óleo. Figura 1 - Raios X industrial, de até 300 KV Figura 2 - Inspeção Radiográfica de Solda em Tubos. Fonte - https://pt.slideshare.net/nathanaelmelchisedeckbrancaglione/radiografia-industrial- 28220636 O noção de força da radiação se refere à “quantidade” de Raios X produzidos, ou, de uma forma mais correta ao número de “fótons” produzidos. Quando expandimos a corrente do filamento fazemos com que ele se aqueça mais, liberando um número maior de elétrons. Isso fará com que ocorra um crescimento na força da radiaçãoproduzida, sem implicar no aumento da qualidade dessa mesma radiação. Melhor dizendo, nós conseguimos aumentar a força sem aumentar a energia do feixe de radiação. Dessa maneira prática podemos dizer que a qualidade da radiação (energia) se associa com a capacidade de penetração nos materiais, enquanto que a força está diretamente ligada com o tempo de exposição. https://pt.slideshare.net/nathanaelmelchisedeckbrancaglione/radiografia-industrial-28220636 https://pt.slideshare.net/nathanaelmelchisedeckbrancaglione/radiografia-industrial-28220636 Figura 1 - Equipamentos de Raios X panorâmico para radiografias de componentes circulares. Fonte - http://www.colegiotecnicosaobento.com.br/apostilas/radiologia/modulo- profissional-iii/22-radiologia-industrial.pdf 1.4.3 Acessórios do aparelho de raios X Cabos de energia: O aparelho de Raios X composto pela mesa de comando e unidade geradora, são ligadas entre si através do cabo de energia. A distância entre a unidade geradora e a mesa de comando deve ser tal que o operador esteja protegido no momento da operação dos controles, segundo as normas básicas de segurança. Para tanto os fabricantes de aparelhos de Raios X fornecem cabos de ligação com comprimento de 20 a 30 metros dependendo da potência máxima do tubo gerador. Blindagem de Proteção: O início da operação do aparelho deve ser feita com aquecimento lento do tubo de Raios X, conforme as recomendações do fabricante. Neste processo o operador deve utilizar as cintas ou blindagens especiais que são colocadas na região de saída da radiação, sobre a carcaça da unidade geradora. Este acessório fornecido pelo fabricante permite maior segurança durante o procedimento de aquecimento do aparelho. http://www.colegiotecnicosaobento.com.br/apostilas/radiologia/modulo-profissional-iii/22-radiologia-industrial.pdf http://www.colegiotecnicosaobento.com.br/apostilas/radiologia/modulo-profissional-iii/22-radiologia-industrial.pdf Figura 1 – Unidade de comando. Fonte – foto extraída do catalogo da Seifert. A foto acima representa uma unidade de comando de um aparelho de Raios X industrial moderno. O painel, digital, resume uma série de informações técnicas sobre a exposição, tais como distância fonte-filme, tensão no tubo, corrente elétrica, tempo de exposição. As informações no display poderá ser memorizada e recuperada quando necessário Guia Básico de Aplicação dos Raios X em função da espessura de aço a ser radiografada Tensão Faixa de Espessura 150 kV de 5 até 15 mm 250 kV de 5 até 40 mm 400 kV de 5 até 65 mm. Nas medidas abaixo é necessário um outro equipamento emissor de radiações X chamados de Acelerados Lineares 1 Mev de 5 até 90 mm 2 Mev de 5 até 250 mm 4 Mev de 5 até 300 mm. 1.4.4 Aceleradores lineares Os aceleradores lineares são aparelhos parecidos aos equipamentos de Raios X convencionais com a diferença que os elétrons são acelerados por meio de uma onda elétrica de alta frequência, atingindo altas velocidades ao longo de um tubo reto. Os elétrons ao se esbararem com o alvo, transformam a energia cinética adquirida em calor e Raios X com altas energias cujo valor dependerá da aplicação. Para uso industrial em geral são usados equipamentos capazes de gerar Raios X com energia máxima de 4 Mev. Os aceleradores lineares são equipamentos indicados a inspeção de componentes com grossuras acima de 100 mm de aço. As vantagens do uso desses aparelho de grande porte, são: Foco de dimensões reduzidas (menor que 2 mm); Tempo de exposição reduzido; Maior rendimento na conversão em Raios X. Figura 1 - Acelerador Linear. Fonte - https://pt.slideshare.net/nathanaelmelchisedeckbrancaglione/radiografia-industrial- 28220636 Acelerador linear industrial, para radiografias de peças com espessuras acima de 100 mm de aço. Projetado para produzir um feixe de radiação de 4 Mev, com ponto focal bastante reduzido. https://pt.slideshare.net/nathanaelmelchisedeckbrancaglione/radiografia-industrial-28220636 https://pt.slideshare.net/nathanaelmelchisedeckbrancaglione/radiografia-industrial-28220636 Estes aparelhos não são portáteis e precisam de instalação adequada, tanto do ponto de vista de movimentação do equipamento como das espessuras das paredes de concreto solicitada, que podem alcançar cerca de 1 metro de espessura. Figura 1 - Fotos de um acelerador linear, usado para radiografia industrial de peças com espessura de 100 a 300 mm de aço. Fonte - https://docplayer.com.br/74012648-Nocoes-de-radiologia-industrial.html SAIBA MAIS Para mais informações sobre os aceleradores lineares no brasil acessar: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-45335690 https://www.youtube.com/watch?v=C3qrsuZ95XQ https://www.youtube.com/watch?v=S_cx96fFFss REFLITA Hoje, o Brasil tem um acelerador de partículas chamado UVX que, segundo cientistas, já está defasado. O UVX, atual acelerador de partículas em funcionamento no Brasil, já está defasado e é classificado como um aparelho de segunda geração. A construção do novo acelerador chamado Sirius, ele é único no mundo, é um ultra aparelho de radiografia que será capaz de analisar de forma detalhada a estrutura e o funcionamento de estruturas micro e nanoscópias, como nanopartículas, átomos, moléculas e vírus. O Sirius será o segundo do mundo de 4ª geração, mas será o mais moderno por diversos fatores, principalmente por emitir luz com o brilho mais intenso e capacidade superior de análise. http://www.bbc.com/portuguese/brasil-45335690 http://www.youtube.com/watch?v=C3qrsuZ95XQ http://www.youtube.com/watch?v=S_cx96fFFss CONCLUSÃO A evolução cientifica mais importantes na engenharia, pode ser concedido aos ENDs (ensaios não destrutivos). Eles examinam a normalidade dos materiais sem destruí-los ou penetrar quaisquer mudanças nas suas características. Utilizados na busca de matéria prima, no controle de processos de fabricação e exame final, os ENDs formam um dos métodos fundamentais no controle de qualidade de objetos produzidos pela indústria contemporânea. No momento em que se deseja examinar uma peças com objetivo de investigar seus defeitos internos, a Radiografia e o Ultrassom são grandes técnicas que podem identificar com alta precisão a descontinuidades com poucos milímetros de extensão. Aplicado normalmente nas indústrias de petróleo e petroquímica, nuclear, alimentícia, farmacêutica, geração de energia para examinar principalmente soldas e fundidos, e na indústria bélica examinando explosivos, armamento e mísseis, a radiografia e o ultrassom executam papel significativo na verificação da qualidade de peça ou componente em acordo com os requisitos das diretrizes, especificações e códigos de produção. Aplicados também na titulação de soldadores e operadores de soldagem, a radiografia e ultrassom permitem o registros indispensáveis para a documentação da qualidade. UNIDADE 2 INTRODUÇÃO Visto como um método especial pelos Programas da Qualidade, NBR ISO- 90011 e outros, os ENDs são usados segundo exigência do projeto de fabricação, nunca de maneira casual ao prazer da conveniência de engenheiros. O setor industrial está cada vez mais conduzindo seus interesses em pesquisa de sistemas que garantam a qualidade dos objetos; neste caso, a radioscopia acha sua utilidade ideal, proporcionando a aquisição de imagens radioscópicas em tempo real, possibilita atingir os mais altos níveis de benefícios no controle da qualidade de grande número de exemplares. O olhar direto e instantâneo concede também alcançar informações úteis para a fabricação e otimização do sistema produtivo com visíveis e relevantes benefícios em termos de qualidade, custo do produto, diminuição dos descartes e economia no ciclo de fabricação como um todo. No decorrer a visualização em tempo real não é possível diferenciar a força da radiação (controlar o kV) paraadaptar à necessidade de penetração exigida pela espessura muito variável da peça. Alguns outros ENDs também fazem parte dos métodos da qualidade onde podemos mencionar, partículas Magnéticas, termografia, emissão acústica, correntes parasitas, líquido Penetrante dentre outros. 1. RAIOS GAMA E TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS Com o evolução dos reatores nucleares, foi capaz a produção artificial de isótopos radioativos através de reações nucleares de ativação. O feito da ativação, ocorre quando materiais são colocados junto ao núcleo de um reator e, desse modo, são irradiados por nêutrons térmicos, que atingem o núcleo do átomo, penetrando nele. Assim cria uma quebra de estabilidade energético no núcleo, e ao mesmo tempo muda sua massa atômica, firmando assim o isótopo. A formação do equilíbrio energético do núcleo do átomo, é feito pela liberação de energia na forma de Raios gama e sua transformação radioativa. Determinado átomo que submetido ao processo de ativação, e dessa forma seu núcleo ficara em um estado excitado de energia e passara a emitir radiação. Observando, assim, que o número de átomos capazes de emitir radiação, diminui sucessivamente com o passar do tempo. A esse fenômeno denominamos de “Decaimento Radioativo”. 1.1 Aparelhos Industriais de Raios Gama As fontes usadas em gamagrafia, exigem cuidados especiais de segurança visto que, uma vez ativadas, emitem radiação, continua. Desta forma, é necessário um aparelho que forneça uma blindagem, contra as radiações expedidas da fonte quando a mesma não está sendo usada. Dessa forma é necessário atribuir essa blindagem a um sistema que permita retirar a fonte de seu interior, para que a radiografia seja feita. Esse aparelho é chamado de “Irradiador”. Os irradiadores constitui-se, basicamente, de três itens fundamentais: blindagem, fonte radioativa e dispositivo para expor a fonte. As blindagens podem ser produzidas com diversos tipos de materiais. Geralmente são fabricadas blindagens, feitas com um elemento (chumbo ou urânio exaurido), ficando contido dentro de um recipiente externo de aço, que tem a objetivo de proteger a blindagem contra choques mecânicos. Uma aspecto importante dos irradiadores, é a respeito da blindagem, e a sua capacidade. Dessa forma sabemos, que as fontes de radiação podem ser fornecidas com diversas atividades e cada elemento radioativo possui uma energia de radiação própria. Deste modo cada blindagem é calculada para manter um elemento radioativo específico, com uma certa atividade máxima definida. Pois, é sempre indicado não usar um irradiador projetado para um especifico radioisótopo, com fontes radioativas de elementos diferentes e com outras forças de atividades. Esse tipo de operação só pode ser feita por profissionais capacitados e nunca pelo pessoal que opera o aparelho. A fonte radioativa consiste de uma certa quantidade de um isótopo radioativo. Essa massa de radioisótopo é encapsulada e selada dentro de uma pequena cápsula metálica muitas vezes chamado de "porta-fonte" ou “torpedo” devido a sua forma. O porta-fonte se encaminha a impedir que o material radioativo entre em contato com qualquer superfície, ou objeto, diminuindo os riscos de uma inesperada contaminação radioativa. As fontes radioativas para uso industrial, são encapsuladas em material austenítico, de maneira tal que não há saída ou fuga do material radioativo para o exterior. Um mecanismo de contenção, transporte e fixação por meio do qual a cápsula que contém a fonte radioativa, estar solidamente fixada na ponta de um cabo de aço flexível, e na outra ponta um engate, que possibilita o uso e manipulação da fonte, é chamado de “porta fonte”. Por causa de uma grande diversidade de fabricantes e fornecedores existem diversos tipos de engates de porta-fontes. REFLITA Diversos desastres radioativos já foram registrados na história da humanidade. O mais conhecido deles provavelmente é o acidente nuclear de Chernobyl, que deixou milhares de mortos ao longo dos anos. Contudo, é interessante perceber que até mesmo itens do nosso cotidiano podem ser radioativos. Apesar disso, a radioatividade não é necessariamente algo ruim ou prejudicial, como alguns podem pensar. Porém, os acidentes nucleares ainda são uma mancha que essa indústria vai carregar para o resto da História, principalmente se considerarmos alguns desastres recentes, que colocam ainda mais dúvidas e medos nas pessoas que não entendem completamente esse assunto. Os mais conhecidos são, Césio-137, Goiânia, 1987, Máquina Therac-25, 1985-1987, Kramatorsk, Ucrânia, 1989, Rio de Janeiro, 2011, Tepojaco, México, 2013. Figura 1 - Características das fontes seladas radioativas industriais. Fonte - http://www.tecnologiaradiologica.com/materia_riconceito.htm Apesar de poucas fontes radiativas seladas encontram-se utilizadas atualmente pela indústria moderna, apresentamos a seguir as básicas e principais que podem ser usadas assim como as suas características físico-químicas. A. Cobalto - 60 (60Co, Z=27) O Cobalto-60 é obtido através do bombardeamento por nêutrons do isótopo estável Co-59. Suas principais características são: Meia - Vida = 5,24 anos Energia da Radiação = 1,17 e 1,33 MeV Faixa de utilização mais efetiva = 60 a 200 mm de aço Fator Gama (G) = 0,351 mSv/h.GBq a 1m Esses limites dependem das especificações técnicas da peça a ser examinada e das condições da inspeção. SAIBA MAIS O acidente de maior proporção no brasil e o acidente de Goiânia e o artigo https:/www.ipen.br/biblioteca/cd/go10anosdep/Cnen/doc/manu41.PDF relata com detalhes e imagens o que ocorreu durante e após e as medidas tomadas, para fazer o controle e a retirada dos resíduos radioativos existentes. http://www.tecnologiaradiologica.com/materia_riconceito.htm http://www.ipen.br/biblioteca/cd/go10anosdep/Cnen/doc/manu41.PDF B. Irídio - 192 (192Ir, Z=77) O Iridio-192 é obtido a partir do bombardeamento com nêutrons do isótopo estável Ir-191. Suas principais características são: Meia - Vida = 74,4 dias Energia da Radiação = 0,137 a 0,65 MeV Faixa de utilização mais efetiva = 10 a 40 mm de aço Fator Gama (G) = 0,13 mSv/h. GBq a 1m C. Selênio - 75 (75Se) Meia-vida = 119,78 dias Energia das Radiações = de 0,006 a 0,405 MeV Faixa de utilização mais efetiva = 4 a 30 mm de aço Fator Gama (G) = 0,28 R/h.Ci a 1m É um radioisótopo de uso novo na indústria, permitindo uma qualidade muito boa de imagem, parecendo à qualidade dos Raios - X. Figura 1 - Irradiador de Raios Gama. Fonte - http://www.tecnologiaradiologica.com/materia_riconceito.htm Os irradiadores gama são aparelhos compostos de partes mecânicas que proporcionam expor com segurança a fonte radioativa. A essencial parte do irradiador é a blindagem interna, que facilita a proteção ao operador a níveis Irradiador gama específico para fontes radiativas de Selênio-75 usadas em radiografia industrial. Caracteriza-se por ser muito leve, por outro lado as fontes de Se-75 são importadas, ao contrário das de Ir-192 que são fornecidas pelo IPEN. http://www.tecnologiaradiologica.com/materia_riconceito.htm admissíveis para o trabalho, entretanto com risco de exposição radiológica se guardado em locais não apropriados ou protegidos. Aquilo que mais distingue um tipo de irradiador de outro são os mecanismos usados para se expor a fonte. Esses mecanismos podem ser mecânicos, com acionamento manual ou elétrico, ou pneumático. A única qualidade que apresentam em comum é o fato de concederem ao operador trabalhar sempre a uma distância segura da fonte, sem se expor ao feixe direto de radiação. Os irradiadores são fabricados através de minuciosos controles e testes determinados por diretrizes internacionais, pois o mesmo deve suportar impactos mecânicos, incêndio e inundação sem que a sua estruturae blindagem sofram rupturas capazes de liberar a radiação em qualquer ponto mais do que os máximos exigidos. Figura 1 - Aparelho para gamagrafia industrial, projetado para operação com capacidade máxima de 100 Ci de Ir-192. O transito interno da fonte no interior da blindagem é feita no canal em forma de "S ". Fonte - http://www.tecnologiaradiologica.com/materia_riconceito.htm Figura 1 – Aparelho de Gamagrafia industrial. Fonte - https://dokumen.tips/documents/apostila-radiologia-industrial.html Aparelho de gamagrafia industrial projetado para operação com capacidade máxima de 130 Ci de Ir- 192. O canal interno de trânsito da fonte é do tipo de canal reto. Peso 30 kg. http://www.tecnologiaradiologica.com/materia_riconceito.htm https://dokumen.tips/documents/apostila-radiologia-industrial.html 1.2 Ângulos Geométricos da Exposição Consideramos uma fonte emissora de radiação com diâmetro F, muito pequeno, que pode, ser para seguimentos ilustrativos, e ser analisado um ponto. Então, deixando um objeto entre o foco puntiforme e um filme radiográfico teríamos uma imagem muito definida. Se ampliarmos o diâmetro do foco para o valor F e o aproximarmos do objeto, teremos uma imagem no filme (depois de revelado) com uma zona de sombreamento, perdendo essa imagem e muito da sua definição. Seriamente, é necessário levar em conta que a fonte radioativa possui medidas assimiladas entre 1 mm e 7 mm de tamanho, de acordo com a natureza e atividade do radioisótopo. No momento em que a distância fonte-filme for muito pequena, para efeito de cálculo de sombreamento ou penumbra, é inviável declara-la como um ponto. A ampliação é problema de geometria, e a definição é papel da fonte emissora de radiação e da localização do material posicionado entre a fonte e o filme. Toda vez que a fonte conter diâmetro aceitável ou estiver muito próxima do material, a sombra ou imagem não é bem definida. A formação da imagem poderá ser diferente da que tem o material se o ângulo do plano do material variar em relação aos raios imprevistos, provocando neste caso uma distorção da imagem. Durante a aquisição de imagens bem definidas ou próximas ao comprimento do objeto, precisamos ter: O diâmetro da fonte emissora de radiação deve ser o menor possível; A fonte emissora deve estar posicionada o mais afastado possível do material a ensaiar; O filme radiográfico deve estar mais próximo do material; INDICAÇÃO DE LEITURA Para mais informações sobre alguns acidentes com fontes radioativas que marcaram a humanidade acessar: https://www.tecmundo.com.br/quimica/96208-5-acidentes-radioativos- recentes-chocaram-mundo-deixaram-mortos.htm https://www.tecmundo.com.br/quimica/96208-5-acidentes-radioativos-recentes-chocaram-mundo-deixaram-mortos.htm https://www.tecmundo.com.br/quimica/96208-5-acidentes-radioativos-recentes-chocaram-mundo-deixaram-mortos.htm O feixe de radiação deve se aproximar o mais possível, da perpendicularidade em relação ao filme; O plano do material e o plano do filme devem ser paralelos. A alteração da imagem não pode ser totalmente extinta em virtude dos formatos complexos das peças e dos ângulos de que se possuem para a execução do ensaio radiográfico. Por esse motivo, geralmente as diretrizes de inspeção radiográfica indica somente inspecionar peças com geometria simples, como junta soldada de topo e peças com espessura regular, para tornar mais fácil o controle do sombreamento ou penumbra geométrica. O valor máximo do sombreamento geométrico é aconselhado por regra ou código de fabricação da peça a ser inspecionada. Porém quando o sombreamento é excessivo, outros fatores da qualidade da imagem também serão prejudicados. Figura 1 - Disposição Geométrica entre fonte-filme-objeto. Fonte - https://pt.slideshare.net/nathanaelmelchisedeckbrancaglione/radiografia-industrial- 28220636 https://pt.slideshare.net/nathanaelmelchisedeckbrancaglione/radiografia-industrial-28220636 https://pt.slideshare.net/nathanaelmelchisedeckbrancaglione/radiografia-industrial-28220636 1.3 Cálculo da Penumbra e Distância Mínima Fonte-Filme (Dff) A distância fonte-objeto (D) pode ser calculada pela seguinte termo: F x t D = ---------- Ug Onde: Ug = penumbra geométrica F = dimensão do ponto focal T = espessura do objeto D = distância da fonte ao objeto. Assim: Dff = D + t Tabela de Penumbra Máxima Aceitável Figura 1 - Referência Código ASME Sec. V Artigo 2. Fonte - A Radiologia Industrial - Ricardo Andreucci Ed. Jul./ 2014 pág. - 63. Sobreposição O exame radiográfico de objetos planos, assim como juntas soldadas de topo a serem radiografadas totalmente, exigem cuidados especiais quanto a distância fonte-filme, visto que nesses casos se essa distância for muito pequena áreas da solda poderão não ser vistoriada no seu volume total. A sobreposição terá que ser comprovada através do uso de marcadores de localização que são letras ou números de chumbo colocados na superfície da peça, do lado da fonte de radiação, normalmente que possível, e que serão reproduzidos no filme radiográfico quando exposto. A reprodução dos marcadores serão vistos como imagem no filme, comprovando a sobreposição atribuída. Sempre que a peça radiografada for plana ou quando a distância fonte-filme for menor que o raio de curvatura da peça, a sobreposição precisará ser calculada pela fórmula: Onde: S = Sobreposição (mm) C = Comprimento do filme (mm) C x e e = Espessura da peça (mm) S = --------- + 6 mm Dff = Distância fonte-filme (mm) Dff Figura 1 - Representa a Forma Ilustrativa como e Colocado os Marcadores Radiográficos. Fonte - A Radiologia Industrial - Ricardo Andreucci Ed. Jul./ 2014 pág. - 65. A sobreposição correta proporciona que o volume de solda seja totalmente verificado. Com certeza, a verificação da posição na imagem dos marcadores de radiografia, aponta se este procedimento foi apropriado. A reprodução dos marcadores de posição, podem ser aproveitados como guia no filme para detectar na peça possíveis rupturas presentes. Aproveitando uma máscara do desenho do objeto, feita com papel transparente, é possível relacionar as referências na área de interesse e transportar para a peça, trazendo como registros os marcadores de posição. Marcador de Posição Marcador de posição Figura 1 – Radiografia mostrando os marcadores radiográficos na pratica. Fonte - A Radiologia Industrial - Ricardo Andreucci Ed. Jul./ 2014 pág. - 65 1.4 Técnicas Radiográficas As orientações e métodos geométricos entre a fonte de radiação, a peça, e o filme, devem seguir algumas procedimentos especiais tais que proporcionem uma imagem radiográfica de fácil compreensão e o descobrimento das descontinuidades rejeitadas. Determinada destas técnicas que temos a seguir são amplamente usadas e recomendadas por diretrizes e especificações nacionais e internacionais. 1.4.1 Técnica de parede simples (PSVS) Esse método é assim chamada pois no preparo entre a fonte de radiação, peça e filme, somente a seção da peça que está próxima ao filme será inspecionada e a exibição será em apenas uma espessura do material. É a principal técnica usada na inspeção radiográfica, e a mais fácil de ser interpretada. Figura 1 - Técnica de Exposição Parede Simples - Vista Simples. Fonte - https://pt.slideshare.net/lorenaincuttobastos/apostila-end-andreucci 1.4.2 Exposição panorâmica Esta técnica constitui um caso particular da técnica de parede simples vista simples descrita acima, mas que proporciona alta produtividade em rapidez num exame de juntas soldadas circulares com acesso interno. Na técnica panorâmica a fonte de radiação deve ser centralizada no ponto geométrico equidistante das peças e dos filmes, ou no caso de juntas soldadas circulares a fonte deve ser posicionada no centro da circunferência.Com isso numa única exposição da fonte, todos os filmes dispostos a 360 graus serão igualmente irradiados, possibilitando assim o exame completo das peças ou das juntas. SAIBA MAIS A foto abaixo mostra um equipamento especial para radiografias de tubulações pela técnica de PS-VS, denominado de “Crawler”. O equipamento é introduzido dentro da tubulação, por onde percorre toda sua extensão, parando nos pontos onde a radiografia será feita. O controle da movimentação do equipamento é feita pelo lado externo da tubulação, remotamente. Figura 1 – Como e feito a inpecao. Fonte – acervo pessoal Figura 1 - Técnica Radiográfica Panorâmica. Observe as marcações das posições dos filmes radiográficos ao redor da solda na foto do lado esquerdo e a posição da fonte no interior do vaso na foto do lado direito. Fonte - https://infosolda.com.br/artigos/ensaios-nao-destrutivos-e- mecanicos/341-radiologia-industrial 1.4.3 Técnica de parede dupla vista simples (PDVS) Nesta técnica de parede dupla vista simples, o feixe de radiação, proveniente da fonte, atravessa duas espessuras da peça, entretanto projeta no filme somente a seção da peça que está mais próxima ao mesmo. Frequentemente esta técnica é utilizada em inspeções de juntas soldadas, as quais não possuem acesso interno, por exemplo tubulações com diâmetros maiores que 3.½ polegadas, vasos fechados, e outros. É importante lembrar que esta técnica requer que a radiação atravesse duas espessuras da peça e portanto o tempo de exposição será maior que a inspeção pela técnica de parede simples. Assim, esta opção deverá ser selecionada quando outra técnica não for possível ou permitida. Figura 1 - Técnica de exposição parede dupla e vista simples (A). Fonte - https://pt.slideshare.net/MesaqueVeloso/radioprotecaoindustria2008 https://pt.slideshare.net/MesaqueVeloso/radioprotecaoindustria2008 1.4.4 Técnica de parede dupla vista dupla (PDVD) Neste caso o feixe de radiação proveniente da fonte, também atravessa duas espessuras, entretanto projetará no filme a imagem de duas seções da peça, e serão objetos de interesse. Nesta técnica o cálculo do tempo de exposição deve ser levado em conta as duas espessuras das paredes que serão atravessadas pela radiação. A técnica de parede dupla e vista dupla (PDVD) é frequentemente usada para inspeção de juntas soldadas em tubulações com diâmetros menores que 3.½ polegadas (89 mm). Figura 1 - Arranjo radiográfico na técnica PD-VD Técnica de exposição parede dupla e vista dupla (B). Fonte - https://pt.slideshare.net/MesaqueVeloso/radioprotecaoindustria2008 A seleção do IQI nesta técnica segue o mesmo critério geral, ou seja, deve ser selecionado em função da espessura de uma única parede do tudo. O posicionamento deve ser feito sobre o tubo, voltado para a fonte. Figura 1 - Radiografia de um tubo pela técnica PD-VD. Fonte - https://docplayer.com.br/4799713-Curso-superior-em-tecnologia-em-radiologia.html 1.5 A Radioscopia Industrial A radioscopia, é um meio usado para se identificar a radiação que vem da peça, numa tela fluorescente. As telas fluorescentes se constituem a princípio de alguns sais, por exemplo o “tungstato de cálcio”, contêm a propriedade de expelir luz em intensidade mais ou menos igual à energia de radiação que incide sobre eles. A radiação emitida de um tubo de raios X, posicionado no interior de uma sala blindada, atravessando a peça e indo tocar uma tela fluorescente. Isto, por sua parte, altera as intensidades de radiação que emergem da peça em luz de diferentes intensidades, produzindo na tela a imagem da peça. Essa imagem, reproduzida em um espelho, é analisada pelo inspetor, a procura de possíveis imperfeições. A radioscopia é utilizada principalmente, na inspeção de pequenas peças, com espessura baixa. Por sua vez a grande vantagem está na rapidez do teste e no seu baixo custo. Perante a contrapartida é que, apresenta duas limitações graves: Não é possível se inspecionar peças de grande espessura ou de alto número atômico, pois nesse caso a intensidade dos Raios X não seria suficientemente alta para produzir uma imagem clara sobre a tela fluorescente. Devido às características próprias das telas fluorescentes e à baixa distância foco tela, usada, a qualidade de imagem na fluoroscopia não é tão boa quanto a da radiografia. A radioscopia, com imagem visualizada diretamente na tela fluorescente, não fornece um registro que documente o ensaio executado, tão pouco permite a localização precisa na peça das áreas que contém descontinuidades inaceitáveis. Raios X Tela radioscópica Figura 1 - Mostra onde fica o emissor de raios X e a tela radioscópica. Fonte - https://pt.slideshare.net/capitao_rodrigo/raios-x-na-segurana-e-bagagens Do modo que foi explicado acima, a análise da imagem pelo inspetor é feita diretamente na tela fluorescente, ou por reflexo num espelho. Porem tal técnica pode muitas vezes ser perigosa para o operador, porque o mesmo leva muitas horas para a inspeção de peças de fabricação classificada, essencialmente, ficando obrigatório a sua substituição após um tempo de trabalho. Figura 1 - Sistema com Tela Fluorescente e Câmera. Figura 2 - Sistema com uso de Câmera de TV e intensificador. Fonte - https://pt.slideshare.net/nathanaelmelchisedeckbrancaglione/radiografia-industrial- 28220636 Sistema de radioscopia convencional, utilizando um aparelho de Raios X, o sistema de suporte da peça e a tela que forma a imagem radioscópica. https://pt.slideshare.net/capitao_rodrigo/raios-x-na-segurana-e-bagagens https://pt.slideshare.net/nathanaelmelchisedeckbrancaglione/radiografia-industrial-28220636 https://pt.slideshare.net/nathanaelmelchisedeckbrancaglione/radiografia-industrial-28220636 Os programas de TV foram criados para excluir totalmente os problemas de radioproteção citados, pois a obtenção da imagem, feita de modo direto na tela fluorescente, é antecipada mediante ao uso do circuito interno de TV, em outras palavras uma câmera de TV de alta precisão, ligada a um monitor de alta qualidade. Assim o operador ou inspetor verifica a imagem no monitor de TV, longe o suficiente para garantir sua segurança radiológica, conseguindo caso necessário, registrar as imagens feitas em vídeo tape (vídeo cassete). Figura 1 - Sistema de Radioscopia usando intensificados de imagem com Câmera de TV. Fonte - https://document.onl/documents/apostila-radiologia-industrial.html 1.5.1 Conversor universal de imagem A captura da imagem na forma de um sinal elétrico é feita através de detetores de radiação no estado sólido que tornam possível converter a radiação ionizante em sinal elétrico, conforme mostrado na figura abaixo: Figura 1 - Conversor de imagem. Fonte - http://www.abendi.org.br/abendi/Upload/file/radiologia_maio_2017.pdf Esquema de um detetor no estado sólido de germânio ou silício. São muito sensíveis, e o sinal elétrico que sai do detetor é proporcional ao fóton de radiação que atingiu o detetor. É uma das formas eficazes de transformar a exposição à radiação em sinal elétrico. https://document.onl/documents/apostila-radiologia-industrial.html http://www.abendi.org.br/abendi/Upload/file/radiologia_maio_2017.pdf Os detetores de estado rígido são compostos pela parte superior que possuem um material a base de fósforo que emite luz a “cintilação” pela passagem da radiação, que por sua parte atinge o núcleo do detetor que por efeito fotoelétrico emite elétrons, atribuindo origem a uma corrente elétrica no terminal do detetor, que é correspondente ao fóton de radiação de entrada. Esta corrente elétrica pode ser utilizada para produzir imagens em TV, gravação em vídeo, scanner e outros. Figura 1 - Sistema de Radioscopia usando captura digital da imagem. Fonte - foto extraídas da publicação GE - TheX-Ray Inspection - Vol. 7 Raios X Peça Figura 1 - Sistema de Radioscopia automatizado. Fonte - Foto extraída do filme “X Ray Systems for Industrial Applications in Automotive Industries “produzido pela Seifert Imagem obtida digitalmente e analisada pelo computador na razão de 66 imagens em 90 segundos As principais utilidades da radioscopia é na fiscalização de rodas de alumínio, pontas de eixo de automotivos, carcaça da direção hidráulica, pneus automotivos, nos aeroportos para observação de bagagens, examinar componentes eletrônicos, e muitas outras aplicações. A radioscopia atual pode ser completamente automatizada, não sendo necessário o profissional para examinar as imagens, sendo estas escaneadas e vistas por um programa óptico de um computador por comparação a uma radiografia padrão da mesma peça. Todas as imagens podem ser arquivadas em vídeo, como arquivo eletrônico, filme ou papel. 1.6 A Técnica da Radiografia Digital A técnica radiográfica utilizando o método digital correspondi hoje na indústria atual um expressivo desenvolvimento nessa área tecnológica. A técnica é executada por meio do uso de um equipamento de raios X ou gama convencional, e ao invés do filme tradicional, uma placa que captura a imagem digital e transmite a imagem imediatamente no monitor de um computador, sendo capaz de arquivá-la na forma de arquivo eletrônico para posterirormente examiná-la. Pois significa que a obrigação da câmara escura deixou de existir, deste modo a presença do técnico encarregado pelo laudo, junto ao serviço de radiografia não é mais necessário. A análise da imagem poderá ser feita à distância, através do envio do arquivo eletrônico por e-mail, para o laudo final. Figura 1 - Técnica de radiografia digital em uma solda de tubulação. Na foto do meio, a placa digitalizadora da imagem, gira ao redor da solda, por um guia fixado no tubo. Fonte - https://docplayer.com.br/7562712-Tomografia-e-radiografia-industrial-walmor-cardoso- godoi-m-sc-http-www-walmorgodoi-com.html https://docplayer.com.br/7562712-Tomografia-e-radiografia-industrial-walmor-cardoso-godoi-m-sc-http-www-walmorgodoi-com.html https://docplayer.com.br/7562712-Tomografia-e-radiografia-industrial-walmor-cardoso-godoi-m-sc-http-www-walmorgodoi-com.html Este método é o que tem mais se destacado na indústria com a capacidade da segurança radiológica que ele possibilita, menores doses são solicitadas para a execução da imagem. Porém os altos custos dos aparelhos fazem dessa tecnologia acessível para poucas empresas. As radiografias apresentadas abaixo são exemplos de como o método digital pode melhorar o nível de detalhes nas imagens, a começar dos sistemas de computação (software) próprios para essa atividade. Figura 1 - Mostra imagens convencionais de soldas. Fonte - http://www.repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/50386/1/2019_tcc_fargomes.pdf A radiografia superior refere-se a uma imagem convencional e a radiografia abaixo é a mesma imagem realizada no método digitalmente. Observe a resolução desta última imagem. 1.7 Tomografia Industrial A tomografia industrial também pode ser conhecida como uma técnica de fiscalização não destrutiva que não utiliza o filme radiográfico para arquivar os resultados, igualmente na radioscopia convencional. Numa técnica, a peça é exibida a um feixe reduzido de Raios X giratório que atravessa a peça em vários planos, exibindo sua imagem gerada por computador, num monitor. Este procedimento é feito por um complexo http://www.repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/50386/1/2019_tcc_fargomes.pdf programa que permite verificar a imagem de uma peça em 3D e permite separar por eixos ou camadas da peça. Figura 1 - Esquema do Sistema de Inspeção por Tomografia Industrial. Fonte - figuras extraídas da publicação GE - The X-Ray Inspection - Vol. 7 Figura 1 - Princípio da formação da imagem Tomográfica. Fonte - http://www.lucianosantarita.pro.br/documentos/Notas_aula_Radiologia_Industrial_2018_final.pdf http://www.lucianosantarita.pro.br/documentos/Notas_aula_Radiologia_Industrial_2018_final.pdf A tomografia industrial não é um método frequentemente aplicada na indústria nacional. Dentro do Brasil, ainda é usada para pesquisa e avanços tecnológico, mas os resultados são promissores e deverá estar disponível para utilização em larga escala. As imagens logo abaixo mostra uma carcaça de bomba de alumínio, examinada por tomografia. A figura a seguir exibe a projeção no plano da imagem da peça e à direita o defeito interno. Figura 1 – Apresenta parte da peça ampliada para examinar a descontinuidade Fonte - https://pt.slideshare.net/nathanaelmelchisedeckbrancaglione/radiografia-industrial-28220636 A continuação a seguir é a imagem volumétrica tomográfica da mesma peça aplicando Raios X de 225 kV e 1,5 mA, de uma caixa de bomba de Alumínio, reproduzindo na imagem 1 a peça inteira e na imagem 2 o corte tomográfico apontando por um círculo a existência de um defeito interno. Figura 1 - Visualização completa Figura 2 - Visualização em corte. Observe o defeito Fonte - Imagens extraídas do filme “3D Computed Tomography “produzido pela Seifert. https://pt.slideshare.net/nathanaelmelchisedeckbrancaglione/radiografia-industrial-28220636 1.8 Medidores Nucleares Esses dispositivos são construídos de forma mais simples, visto que sua utilidade é unicamente alojar a fonte radioativa selada em seu interior. A fonte fica presa internamente à blindagem, de forma a promover um feixe de radiação direcionado sob um ângulo estabelecido no projeto, em direção a um detetor do tipo G.M (Geiger-Müller), que é ligado a sistemas especiais, e proporcionara uma identificação ou registro da força da radiação no display do dispositivo. Figura 1 – Programa comum para medidores de nível. O desenho à esquerda mostra um tanque contendo algum produto, com seu volume ainda não completo. O desenho da direita mostra o mesmo tanque com o volume completado. Fonte – Arquivo pessoal. Geralmente os medidores de nível, e de densidade, são compostos de fontes radioativas com meia-vida muito longa, como Cs-137 ou Co-60, com atividades da ordem de milicuries, tornando sua execução bastante segura, já que a fonte radioativa não opera fora da blindagem. Porém, procedimentos de manutenção dos aparelhos, armazenagem e controle de fontes com baixa atividade podem ser responsáveis por acidentes provocados por pessoas sem treinamento ou conhecimento básico das normas de segurança radiológica para estes tipos de equipamentos. O Césio-137 é um dos materiais da fissão do Urânio-235. Este é extraído através de processamentos químicos que o separam do Urânio combustível e dos outros produtos de fissão. Suas principais características são: Meia - Vida Longa = 33 anos Energia de Radiação = 0,66 MeV Fator Gama (G) = 0,081 mSv/h.GBq a 1m Diferentes aplicações radioativas são amplamente usadas para controlar grossuras de materiais como papel, chapas de aço, ou ainda para controlar densidades de produtos industriais. Todas essas finalidades utilizam fontes com meia-vida longa e de baixa atividade o que aprimora os programas de radioproteção. Figura 1 - Controlador de Espessura de papel usando fonte de Promécio-147 (vide seta) Fonte - Foto cedida por VOITH PAPER. A imagem acima exibe a seção de controle da espessura de papel produzida numa fábrica de papel. O setor de controle, indicado pela seta acima, desliza por toda a largura do papel fabricado, para o controle total. O controle da grossura é feita através da radiação beta gerada pela fonte de “Promécio-147”. Comandos exclusivos do papel fabricado assim como aperfeiçoamento da tecnologia pode ser elaborada com um medidor de gramatura de papel, de bancada como exibido na imagem abaixo. Ele possui uma fonte de Promécio- 147, com 5 mCide atividade e é operado por um computador que fornece relatórios detalhados sobre o papel analisado. Figura 1 – Imagem exibindo papel sendo analisado. Fonte – Arquivo pessoal. CONCLUSÃO A radiologia industrial realiza um papel significativo e de certa forma insubstituível na formação da qualidade do objeto examinado, visto que a imagem formada no filme radiográfico apresenta a "fotografia" interna do objeto, qual nenhum outro método não destrutivo é capaz de exibir no setor industrial. UNIDADE 3 INTRODUÇÃO A aplicação da radiação em técnicas industriais hoje em dia oferta muitos ganhos no ramo da esterilização de itens médicos e farmacêuticos, da conservação dos alimentos, procedimento de materiais químicos e uma diversidade de itens usados na sociedade contemporânea, todos com destaque direto à saúde e ao conforto. A seriedade assegurada e a financeira do seguimento industrial já foi evidentemente gratificada. A dosimetria com um nível de segurança estabelece um critério importantíssimo para a proteção da qualidade do tratamento por radiação e dos itens irradiados. Ainda, é a regularização da dosimetria que pode vir a suprir a justificação necessária para a aprovação normativa para itens irradiados e estruturar a base da aprovação internacional para o seu livre comércio. 1. A IRRADIAÇÃO INDUSTRIAL DE GRANDE PORTE 1.1 A Radiologia no Controle da Qualidade dos Alimentos A indústria alimentícia de produtos classificados, embalados para o consumo, possui alguns problemas críticos ligados à qualidade dos alimentos produzidos que podemos relacionar a seguir: Assegurar que todos os itens estejam na embalagem Assegurar a contagem correta de todos os itens Assegurar que o volume de líquido da bebida esteja correta Inspecionar e controlar objetos estranhos Assegurar que a folha de alumínio de selagem, envolva toda a badeja de plástico Neste ponto de vista, a radioscopia tem sido usada nas grandes empresas alimentícias, especialmente aquelas que exportam estes produtos. A figura a seguir mostra a sequência da verificação do alimento, já embalado para o envio. Figura 1 – Imagem representando como e feita a verificação do produto já embalado. Fonte – Drive pessoal. 1. Esteira transportadora dos produtos; 2. O produto é submetido aos Raios X produzindo uma imagem por captura digital; 3. A imagem é processada na interface de alta velocidade; 4. A imagem do produto é avaliada automaticamente quanto ao conteúdo, contaminantes e outros itens; 5. Mecanismo de separação do produto bom do rejeitado. Figura 1 – A fotografia exibe uma máquina de radioscopia executando sua verificação. Fonte – Drive pessoal. A verificação das imagens produzidas pelo equipamento de radioscopia podem ser bastante sofisticadas, gerando imagens em 3D, de acordo com o que é apresentado a seguir. Para cada contaminador não aceitável, é evidenciado como um sinal identificável e claro na imagem radioscópica. Figura 1 – Mostrando reconstrução em 3D. Fonte – Drive pessoal Instalação de uma radioscopia em uma linha de inspeção de produtos alimentícios embalados. A capacidade da vigilância dos produtos embalados, representa uma vantagem muito grande em comparação com outros métodos. Observe a caixa de um alimento contendo 2 doces, 1 suco, 3 hot-dogs, 3 frituras, e as marcas retangulares expondo as contaminações detectadas. Figura 1 – Imagem mostra contaminação identificada. Fonte – Drive pessoal. 1.1.1 Princípios da irradiação dos alimentos A conservação de alimentos por meio da radiação gama para diminuição de conta microbiana e conservação, já é uma técnica conhecida e aprovada pelas leis brasileiras desde 1985. A irradiação de alimentos é uma técnica efetiva para eliminar bactérias tais como: E.Coli, Salmonela, Listeria e outras. Tal técnica só é possível com o uso de fontes de radiação com alta energia radioativa, tais como o Cobalto-60 com atividades de milhares de Curies que possibilita altas doses de radiação em poucos minutos de irradiação, necessária para a diminuição dos organismos microbiológicos. O método de irradiação é influenciado pela temperatura, umidade e tensão de oxigênio do meio, portanto como pelo estado físico do material a ser irradiado. Por isso, para cada produto a ser irradiado são determinados procedimentos específicos, inclusive diferentes doses de radiação. 1.1.2 A irradiação de alimentos e sua preservação No momento em que a matéria é atravessada por qualquer forma de radiação ionizante, pares de íons são gerados e átomos e moléculas são excitados, havendo absorção de parte dessa energia deslocada. Tais pares de íons podem ter energia suficiente para gerar novas ionizações e excitações. Essa ionizações são as responsáveis pelos efeitos biológicos das radiações. A Dose devida à exposição à radiação eletromagnética, elétrons, alfa, nêutrons, é determinada como sendo a energia absorvida ou transferida por unidade de massa do produto ou objeto irradiado. Portanto, a unidade de medida é ergs / g ou Joule / kg. No setor usual a dose absorvida é o Gray (Gy). Figura 1 – Representando unidade antiga e nova unidade 1 J / kg = 1 Gray (Gy). Fonte – Drive pessoal. A expressão de referência, para uma massa de 1 g de água, irradiada a 2,58 x 10-4 C/kg (1 R) de radiação X ou Gama, a dose absorvida será próximo de 9,3 mGy (0,93 rads). Conforme a atenção, podemos informar que uma dose absorvida de 10 kGy por 1 g de água corresponde à energia calorífera atribuída para aumentar a temperatura de 2,4 0C, de outro modo para altearmos a temperatura de 1 g de gelo de zero até 20 0C serão fundamentais 42 kGy. Nas unidades antigas a dose era medida em rads, que valia: 1 rad = 100 ergs/g ou seja 1 Gy = 100 rads A unidade de dose de radiação “Gray” é muito fundamental para o controle da irradiação dos alimentos, da mesma forma como os efeitos que isso pode causar. 1.1.3 O tratamento dos alimentos pela radiação A irradiação é um método eficaz na preservação dos alimentos pois retarda as perdas naturais acarretadas por ações fisiológicas (brotamento, maturação e envelhecimento) além de destruir ou reduzir microrganismos, parasitas e pragas, sem causar qualquer maleficio ao alimento, tornando-os mais seguros ao consumidor. Mais uma vantagem do método de esterilização por radiação está na facilidade de esterilizar os itens em suas próprias embalagens lacradas, que só serão abertas para o uso final do produto. O procedimento corresponde em submetê-los, já embalados ou a granel, a uma dose minuciosamente controlada dessa radiação, durante um tempo predeterminado e com finalidades bem estabelecidas. A irradiação pode impossibilitar a multiplicação de microrganismos que provocam o apodrecimento do alimento, tais como bactérias e fungos, pela transformação de sua estrutura molecular, como também impedir a maturação de algumas frutas (olhe a foto abaixo à direita) e legumes, através de modificações no processamento fisiológico dos tecidos da planta. Figura 1 - Cebolas irradiadas há seis meses (direita) Banana Irradiada Banana não irradiada e cebolas não irradiadas (esquerda). Fonte - https://sites.google.com/site/radiacao12c3/esmiucamn/alimentos-irradiados-parte-ii https://sites.google.com/site/radiacao12c3/esmiucamn/alimentos-irradiados-parte-ii 1.1.4 Métodos de irradiação Os essências alimentos irradiados são: Especiarias, Condimentos, Ervas, Carnes, Frangos, Frutas secas, Peixes, Vegetais. Os alimentos são irradiados embalados, sem o contato manual. Figura 1 - Desenho esquemático do sistema de irradiação. Fonte - extraída do website CTMSP Conseguimos unir em três classes os principais procedimentos de irradiação dos alimentos, sendo eles: Radurização, Radicidação e Radapertização. INDICAÇÃO DE LEITURA Para mais informações sobre o assunto acessar: https://blog.ifope.com.br/irradiacao-de-alimentos-no-brasil/https://www.folhape.com.br/economia/governo-bolsonaro-estuda-uso- amplo-de-tecnologia-nuclear-em-alimentos/129798/ http://www.folhape.com.br/economia/governo-bolsonaro-estuda-uso- Radurização: No processo se usa dose baixas (em média de 50 a 1 kGy) com a objetivo de impedir os brotamentos de batata, cebola, alho, etc. Atrasa o tempo de maturação das frutas e de deterioração fúngica das frutas e hortaliças como morango, tomate, etc. E o manejo de infestações por insetos e ácaros em cereais, farinhas, frutas, etc. Radicidação ou Radiopasteurização: Nesta técnica se usa doses intermediárias (de 1 a 10 kGy) com a finalidade de pasteurizar sucos, atrasar o apodrecimento de carnes frescas, controle de Salmonela em mercadorias avícolas, etc. Radapertização ou Esterilização Comercial: Nesse recurso se usa doses elevadas (10 a 70 kGy) na esterilização de carnes, dietas e outros produtos processados. Figura 1 - Filé e peito de peru embalados foram irradiados pela NASA (EUA) para alimentação de astronautas. Figura 2 - Símbolo internacional dos Produtos Irradiados denominado “Radura”. Fonte – https://empeaconsultoria.com.br/irradiacao-de-alimentos/ https://empeaconsultoria.com.br/irradiacao-de-alimentos/ Figura 1 - Níveis de Doses e Tratamentos de Principais Alimentos. Fonte – Drive pessoal. 1.2 Efeitos da Exposição dos Alimentos à Radiação com Alta Dose As radiações desfazem as associações químicas para formar moléculas de vida curta e instáveis, chamada de radicais livres. Certas dessas moléculas dos alimentos, se estabelecem uma com a outra formando moléculas intituladas “produtos radiolíticos”. A irradiação de carne pode fabricar por exemplo o benzeno (hidrocarboneto aromático), a irradiação de alimentos ricos em carboidrato pode gerar formaldeídos (gás incolor que evapora com facilidade). Essa aplicação não é restrito ao método de irradiação, mas também ocorre nas técnicas de cozinhamento, pasteurização e outros, fabricando os produtos radiolíticos. Esses efeitos são exclusivos do nível de dose, e na maioria dos casos são tão pequenos que se misturam com os que se compõem naturalmente nos alimentos. A quantia de produtos radiolíticos conseguem ser os únicos que podem prejudicar a saúde, especificamente efeitos existem somente na teoria, pois ainda não foram identificados. 1.3 O Método de Esterilização de Materiais A característica microbiológica dos objetos e matérias-primas tem alta importância para as indústrias farmacêuticas e cosmética. A radiação pode ser usada para a esterilização total ou redução da contagem microbiana inicial, de forma apropriada à necessidade do produto em questão. Qualidades ideais de um esterilizante químico. Amplo espectro de ação microbicida; Ação rápida; Compatibilidade com os materiais; Alta capacidade de penetração; Não tóxico para os seres humanos e para o meio ambiente; Baixo odor (fraco); Não corrosivo; Não ser inativo na presença de matéria orgânica; Possuir meios de monitoramento fáceis e precisos da concentração do princípio ativo; Fácil de usar; Validade do produto e da solução em uso prolongado; Relação custo-benefício positiva. SAIBA MAIS O uso de radiação para descontaminação de especiarias é cada vez mais importante. As especiarias importadas da Europa de Leste estão frequentemente contaminadas por microrganismos patogénicos, normalmente Clostridium, Staphylococus, Bacillus, Aspergillus e Fusarium. Utilizando uma dose de radiação de 2,5 kGy os fungos e as bactérias são reduzidas até 2 ciclos logarítmicos e utilizando 7,5 kGy conseguimos eliminar toda a população. A MANGA é um exemplo a irradiação desta fruta é uma grande mais-valia para a sua preservação. No entanto, os benefícios dependem do grau de maturação em que a radiação é aplicada. A dose óptima de radiação é 0,75 kGy durante 45 minutos. Figura 1 - Ao contrário do processo térmico, muito pouca energia da radiação é consumida em aumentar a energia térmica das moléculas que a absorvem. Além disso, a energia necessária para esterilização pela radiação é de cerca de 50 vezes menor da requerida para esterilização pelo calor. Por isso é chamada de “esterilização a frio”, onde doses variando de 10 a 70 kGy são necessárias para o processo. Fonte - https://www.cdtn.br/imagens/4-laboratorio-de-irradiacao- gama/detail/21-esterilizacao-de-medicamentos Na esterilização de medicamentos e fármacos, devem ser observados os efeitos da radiação nos princípios ativos dos produtos em questão. Na indústria cosmética, os itens de destaque para análise levam em conta os aspectos estéticos - cor, odor, textura - e aspectos de uso e processo como viscosidade e pH. Figura 1 - A radiação gama mata todos os microrganismos por meio da ruptura da estrutura do seu DNA, não afetando o produto em si. Devido ao alto poder de penetração da radiação na matéria, o processo pode ser executado com os produtos já na sua embalagem final para o consumidor, e o produto pode ser usado imediatamente após o processo. Fonte - https://www.cdtn.br/instalacoes-de-grande-porte/laboratorio-de-irradiacao-gama O processo não provoca aumento de temperatura, sendo uma alternativa para a esterilização de materiais termossensíveis. A radiação gama não deixa resíduos tóxicos e não induz radioatividade nos produtos, pois as energias envolvidas são insuficientes para interações com os núcleos. https://www.cdtn.br/imagens/4-laboratorio-de-irradiacao-gama/detail/21-esterilizacao-de-medicamentos https://www.cdtn.br/imagens/4-laboratorio-de-irradiacao-gama/detail/21-esterilizacao-de-medicamentos https://www.cdtn.br/instalacoes-de-grande-porte/laboratorio-de-irradiacao-gama CONCLUSÃO O preparo por radiação ou irradiação é uma técnica que tem sido bem recebida no mundo, com usos tradicionais que abrangem a esterilização de objetos da área da saúde reticulação, cura e decomposição de polímeros, irradiação de alimentos e a induzimento de cor em gemas preciosas. No entanto, novas utilidades têm aparecendo como uma resposta às habilidades e às necessidades mundiais. Sobre a área ambiental, a radiação ionizante tem sido usada para deteriorar compostos orgânicos em estruturas mais simples e desta maneira reduzir o seu tempo de degradação. Hoje em dia, a irradiação de tecidos humanos para transplante também foi analisada e hoje é utilizada de maneira rotineira. Demais utilidades, abrangendo novos materiais de ciência avançada, como óxido de grafeno e nanopartículas também estão sendo analisadas. O preparo de bens culturais para desinfeção tem sido empregado também com efeito nos últimos anos. Os métodos citados precisam de um programa apropriado que assegura a qualidade dos apetrechos, além da presença de boas práticas no preparo da irradiação. Assim, o progresso de métodos padrão, sua autenticação e controle são fundamentais para tal excelência. UNIDADE 4 INTRODUÇÃO No momento em que se falamos atividades industriais radiológicas, a proteção radiológica industrial é de máxima importância. Consequentemente, contar com especialistas no tema é indispensável, para que a proteção radiológica industrial seja executada dentro dos critérios Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), proporcionando toda a segurança necessária. Por esse motivo, a proteção radiológica industrial deve manter um sistema de gerenciamento médico e dosimétrico dos trabalhadores. A cada 6 meses os profissionais realizam exames de saúde, todos os meses recebem dosímetros, para assim medir os níveis de radiação individuais, e que serão substituídos mês a mês. Estes comprovantes serão arquivados por trinta anos, após o desligamento do profissional da empresa. 1. PRINCÍPIOS DA PROTEÇÃO RADIOLÓGICA INDUSTRIAL A instituição contratada para o fornecimento de serviços radiográficos, necessitaráestar em compatibilidade com as leis oficiais e específicas sobre radiações ionizantes e diretrizes editadas pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e Secretaria da Saúde especifica de cada cidade onde iram trabalhar, tendo que ser apresentado, antes do início dos trabalhos de inspeção, a autorização específica para operação, será emitida pela autoridade regulatória (CNEN). A diretriz principal que regula as operações de radiologia industrial é a CNEN NN-6.04 onde é definido que a empresa deve ter um programa de Radioproteção para se garantir que as doses recebidas pelos indivíduos estejam dentro dos limites admissíveis. Para isso, é fundamental identificar as áreas quanto aos riscos, sendo fundamental que seja feito uma programação do ponto de vista da radioproteção. Esta programação é elaborada pelo responsável da instalação radioativa e aprovado pela administração da instalação, e recebe o nome de “Plano de Radioproteção”, tendo que conter todos os itens relativos à segurança radiológica, e que apresente no mínimo noções de: Responsabilidades do pessoal de operação; Controle das áreas; Situações de emergência; Treinamento do pessoal diretamente e indiretamente ligado a área radiativa; Controle médico do pessoal envolvido; Transporte de fontes radioativas. Poucas vezes a organização da radioproteção deve ser feito de forma a atender a uma situação específica definida, por exemplo trabalhos com fontes radioativas em obras de campo ou em áreas urbanas. Diante disso o tema do plano deve ser aquele definido pela autoridade regulamentadora competente. 1.1 Equipe Mínima de Técnicos O conjunto de técnicos para radiografia industrial deve ser constituída dos seguintes trabalhadores: Dois ou mais supervisores de radioproteção qualificados; No mínimo 3 técnicos para áreas abertas e 2 técnicos para áreas fechadas, todos qualificados. 1.2 Cálculo da Taxa de Dose a partir de uma Fonte Radioativa Para fontes radioativas ideais, ou melhor, aquelas sujeitas a proporções que possam ser apontadas baixas em relação à distância entre ela e o ponto estudado para a medida da dose, a equação, produto da análise, que se descreve fundamental é citada como: "o dose-rate" de uma fonte gama instável num dado ponto, é claramente igual à atividade da fonte e inversamente equivalente ao quadrado da distância entre a fonte e o ponto marcado", e matematicamente corresponde a formula: A P = . -------- d2 Na qual o: " " é uma constante propriedade de cada fonte radioativa, e seu valor pode ser encontrado em tabelas. Seu nome é "Fator característico da irradiação gama da fonte" ou meramente "Fator Gama". A = atividade da fonte d = distância da fonte ao ponto considerado Exemplos de Aplicação: 1. Qual será a taxa de dose equivalente a 5 m de distância de uma fonte de Ir- 192 com atividade de 400 GBq? Solução: A taxa de dose pela será: A 400 P = . -------- = 0,13 x ------------ mSv / h d2 52 P = 2,08 mSv / h 2. A taxa de dose de 1 mGy/h é medida a 15 cm de uma fonte radioativa de Cs-137. Qual é a atividade da fonte? Solução: 1 mGy / h = 1 mSv / h para Raios gama A A 1 mSv/h = G . -------- = 0,0891 x ---------- mSv / h d2 0,152 1 x 0,0225 A = ------------------ = 0,25 GBq 0,0891 1.3 Limites de Doses Os limites primários anuais de doses equivalentes são valores normativos reguladas no brasil pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), que através da diretriz NN-3.01 determina tais limites para os indivíduos expostos às radiações ionizantes os IOE (indivíduo ocupacionalmente exposto), e que estão sendo exemplificadas abaixo no quadro. É importante ressaltar que as doses que estão definidas no quadro acima, são aquelas decorrentes da exposição provocadas por instalações radioativas onde é usado radioisótopos ou equipamentos de Raios X, não precisando ser levado e conta outras exposições devidos à tratamentos, radiodiagnóstico, radiação ambiental, estudos clínicos e outros. O controle da dose individual de cada profissional deve ser feita através da dosimetria pessoal. Por isso, as doses limites permitidas devem ser respeitadas como sendo o acréscimo da dose que o indivíduo ou profissional está sujeito resultante de seu trabalho diretamente ou indiretamente relacionado ao uso e manuseio das fontes de radiação ionizante para fins industriais. Para profissionais que atuam em áreas controladas, indispensavelmente devem receber tratamento especial do ponto de vista da radioproteção, por exemplo, a utilização de dosímetros de leitura indireta, treinamento supervisionado, qualificação, exames clínicos periódicos. SAIBA MAIS As doses equivalentes máximas especificadas na norma CNEN NN-3.01, para o corpo todo, são: Para adultos profissionais, IOE................................... 20 mSv por ano Para indivíduos do público ......................................... 1 mSv por ano. Figura 1 - Localização do dosímetro pessoal para controle da dose. Fonte - https://cursosprorad.com.br/ Os técnicos que precisam trabalhar em áreas supervisionadas, e consequentemente a exposição radiológica não faz parte de sua atividade principal, diante disso esses técnicos necessitam de um treinamento específico para ambientar-se com os sistemas de radioproteção tais como placas de aviso, sinais, áreas proibidas, etc. No entanto o controle de dose para estes profissionais são os mesmos que para o público. Indivíduos que trabalham ou encontram-se em locais marcados como áreas livres, não exigem nenhuma norma especial de segurança, sob o ponto de vista da radioproteção. INDICAÇÃO DE LEITURA Para maiores informações sobre o assunto acessar: https://prorad.com.br/servico/Ind%C3%BAstria https://cursosprorad.com.br/ https://prorad.com.br/servico/Ind%C3%BAstria Figura 1 - Instalação Radiográfica Aberta, para inspeção de tubos com Ir-192 e Raios X, com até 10 m de comprimento. As paredes de 25 cm de concreto baritado, são móveis, podendo ser montados em qualquer área da fábrica. Fonte - Foto de VOITH PAPER 1.4 Segurança dos Equipamentos de Irradiação Os irradiadores precisam ter sido examinados e certificados para uso, conforme o exemplo abaixo está mostrando, se algum irradiador não contem um laudo como este, ele fica proibido de ser usado para qualquer tipo de inspeção. Figura 1 – relatório de vistoria de equipamento. Fonte – arquivo pessoal CONCLUSÃO A Proteção radiológica industrial é um resultado que envolve tudo que está associado à segurança para finalidades industriais das radiações utilizadas. Portanto, vemos proteção radiológica industrial em condutas diversas, entre as quais a radiografia industrial, medidores nucleares, fluoroscopia, aceleradores lineares, reatores nucleares, entre outros. A proteção radiológica industrial é um grupamento de regras e técnicas essenciais para o andamento das atividades que fazem a utilização de radiação ionizante, tanto em ambiente normal de operação como também em lugares de emergência. A proteção é o setor responsável por obter e manter as licenças de operação liberadas pela CNEN. Para tal, precisa atestar a capacidade do corpo técnico da empresa, bem como a gestão médica e a dosimétrico. Além de tudo, a proteção radiológica industrial deve confirmar fundação e organização adequada para os aparelhos usados para controle radiológico e operação. REFERÊNCIA Andreucci, Ricardo, "Radiologia Industrial", São Paulo/SP, ABENDE, Jun./2003 Andreucci, Ricardo, "Proteção Radiológica da Industria - Aspectos Básicos", São Paulo, ABENDE, Jul./2003 Código ASME Sec. V e VIII Div.1 "American Society of Mechanical Engineer, New York, Ed.2004 Leite, P. GP, "Curso de Ensaios Não Destrutivos", São Paulo, 8a ed. USA, EASTMAN KODAK COMPANY, "Radiography in Modern Industry", 4a Ed. New York, 1974 Sanchez,W. ; "EnsaiosNão Destrutivos pela Técnica de Raios X e Gama", Informação Nr.29 IEA, Instituto de Energia Atômica, São Paulo, 1974 Bélgica, Agfa Gevaert, "Radiografia Industrial" BRYANT, L., Nondestructive Testing Handbook - Radiography and Radiation Testing, 2a Edição, Ohio/USA, ASNT, vol. 3 FMI-Food Marketing Institute, “Backgrounder”, Washington DC, Fev./ 2000 Matthias Purschke, "The X Ray Inspection", GE-Inspection Technologies, Alemanha, 2004