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UNIDADE 1 
INTRODUÇÃO 
Quando pensamos em aeronaves, automóveis, metrô, trens, navios, 
submarinos, ou seja, todos estes maquinários não teriam uma boa execução 
se não fossem a excelência do projeto mecânico, dos utensílios envolvidos, 
das técnicas de confecção, montagem, inspeção e manutenção. De acordo 
com o alto grau de tecnologia foi desenvolvido e aplicado para um fim comum, 
que é segurar e proteger a vida daqueles que precisam de alguma forma, do 
bom funcionamento dessas máquinas, quer em indústrias automobilísticas, 
petróleo e petroquímicas, geração de energia inclusive nuclear, siderúrgica, 
naval e aeronáutica. 
Hoje em dia, a união nestas divisões industriais fez expandir o número de 
projetos e produtos de forma multinacional. Usinas elétricas, plantas 
petroquímicas, aviões, conseguem ser montados em um país e confeccionado 
em outro, com itens e matéria prima ofertado pelo mundo todo. Esta revolução 
geral tem como efeito a corrida por despesas menores e a ameaça da 
concorrência. 
Consequentemente, de que forma os utensílios, componentes e processos 
usados tenham a qualidade imposta. No momento em que garantir a isenção 
de falhas que possam prejudicar o desempenho das peças. De que modo 
aprimorar novos dispositivos, processos e testar matérias novas. Estas 
respostas estão grande parte na inspeção e consequentemente na utilização 
dos Ensaios Não Destrutivos (ENDS).
1. A RADIOLOGIA INDUSTRIAL 
1.1 A Influência da Radiologia Industrial como Meio da Qualidade e 
Segurança 
Sempre que falamos em aeronaves, automóveis, metro, trens, navios, 
submarinos, e outras, todas estas máquinas não seriam capazes de ter um 
bom desempenho se não fossem a qualidade do planejamento mecânico, dos 
materiais envolvidos, dos processos de fabricação e montagem, inspeção e 
manutenção. 
Toda essa altíssima tecnologia foi desenvolvido e aplicado para um fim comum, 
que é assegurar e proteger a vida daqueles que dependem de alguma forma, 
do bom funcionamento dessas máquinas, quer sejam nas indústrias 
automobilísticas, petróleo e petroquímicas, geração de energia inclusive 
nuclear, siderúrgica, naval e aeronáutica. 
 
Figura 1 - Áreas que fazem a utilização da radiologia industrial. 
Fonte - Imagens de drive pessoal. 
Atualmente, a globalização nestes fragmentos industriais fez crescer o número 
de projetos e produtos de forma multinacional. Usinas elétricas, plantas 
petroquímicas, aviões, são projetados em um país e montados em outro, com 
maquinários e matéria prima fornecidos pelo mundo todo. Esta inovação global 
tem como consequência os custos menores e a pressão da concorrência. 
Portanto, como assegurar que os materiais, componentes e processos 
empregados ali tenham a qualidade exigida? De que forma garantir a isenção 
de defeitos que possam comprometer o desempenho das peças? De que 
maneira melhorar novas técnicas e processos, e testar materiais novos? 
Os pontos para responder estas perguntas estão em grande parte no exame e 
portanto na aplicação dos ENDs (Ensaios Não Destrutivos). 
Alguns dos avanços tecnológicos mais importantes na engenharia, podem ser 
atribuídos aos ENDs. Eles examinam a estabilidade dos materiais sem destruí- 
los ou introduzir quaisquer alterações nas suas qualidades. 
Utilizados na inspeção de matéria prima, no controle de processos de 
fabricação e fiscalização final, os ensaios não destrutivos formam uma das 
ferramentas fundamentais para o controle da excelência dos produtos 
desenvolvidos pela indústria moderna. 
No momento em que se deseja examinar a peças com objetivo de investigar 
sobre defeitos internos, a Radiologia industrial é um poderoso método que 
pode constatar com alta exatidão descontinuidades com poucos milímetros de 
tamanho. Executados basicamente nas indústrias de petróleo e petroquímica, 
nuclear, alimentícia, farmacêutica, geração de energia para exame de soldas e 
fundidos, e ainda na indústria bélica para inspeção de explosivos, armamento e 
mísseis, a radiografia executa um papel importante na aprovação da qualidade 
da peça ou componente em compatibilidade com os requisitos das normas, 
especificações e códigos de fabricação. A radiografia possibilita registros 
importantes para a documentação da excelência. 
A respeito de juntas soldadas, a radiografia é uma das técnicas 
constantemente referenciadas pelos Códigos de fabricação de peças ou 
estruturas de responsabilidade para determinação da eficiência da base de 
cálculo pela engenharia. 
Conhecido como um processo especial pelos Sistemas da Qualidade, NBR 
ISO-9001 e outros, os ENDs são usados segundo requisitos de projeto do 
produto fabricado, e não de forma casual ao prazer da conveniência de 
engenheiros e técnicos. 
A radiologia industrial executa um papel importante e de certa forma 
insuperável na documentação da excelência do produto examinado, pois a 
radiografia projetada no filme representa a "fotografia" interna da peça, é o que 
nenhum outro ensaio não destrutivo é capaz de ilustrar na área industrial. 
 
 
 Figura 1 - A “fotografia”. Fonte - Arquivo de drive pessoal. 
1.2 Qualificação dos Tecnólogos e Técnicos em Radiologia Industrial 
Hoje em dia no Brasil não possuímos escolas de radiologia de formação ou 
graduação de tecnólogo e técnicos na área industrial. Encontra-se empresas, 
associações, representantes de equipamentos que ministram treinamentos dos 
técnicos, geralmente com carga horária de 40 a 80 horas/aula. 
Por motivo dessa falta, a ABENDE - Associação Brasileira de Ensaios Não 
Destrutivos, vem implementando, desde 1981, o Sistema Nacional de 
Qualificação e Certificação de Pessoal em END - SNQC/END, o qual conta 
com o interesse e efetiva participação de diversas empresas representativas 
dos vários fragmentos da indústria nacional. 
O SNQC/END foi oficialmente estabelecido em 1989, com a criação através de 
Assembleia Geral, do Conselho de Certificação, órgão que determina as regras 
do Sistema. Além do mais, foram também constituídos o Bureau de 
Certificação, órgão executivo do Sistema e os Comitês Setoriais de 
Certificação. É um programa de amplitude nacional que determina critérios e 
define classificações, em compatibilidade com requisitos nacionais e 
internacionais, para a Qualificação e Certificação de Pessoal. 
Foi definido com o objetivo de associar os diversos programas nacionais 
existentes, segundo as necessidades da realidade e da cultura brasileira, além 
de representar semelhança com as principais normas internacionais e 
nacionais. 
 
 
Figura 1 - Fluxograma de operação do SNQC. Fonte - Arquivo pessoal. 
O fluxograma acima explica como um tecnólogo e técnico deve fazer para ser 
qualificado e certificado na técnica não destrutiva. Em geral o tecnólogo e 
técnico pode ser um autônomo ou relacionado a uma empresa que encaminha 
ao Bureau de certificação sua documentação básica que é: 
 Certificado de treinamento específico na área; 
 Certificado de escolaridade de ensino médio; 
 Evidência de experiência no método; 
 Certificado de exame de vista; 
 Certificação pela CNEN em radioproteção, para a técnica de radiografia. 
O Bureau analisa os documentos e caso aprovado ele é destinado a um dos 
Centro de Exames de Qualificação - CEQ para ser avaliado. Os exames 
formam uma parte escrita e uma parte prática. Caso ele seja aprovado 
receberá um certificado de qualificação da ABENDE Nível 1, 2 ou 3, 
reconhecido pelo mercado nacional. Os CEQ's, são os institutos que aplicam, 
sob supervisão direta do Bureau de Certificação, os exames de qualificação 
aos candidatos à certificação em ENDs, sendo reconhecidos pelo Sistema 
Nacional de Qualificação e Certificação de Pessoal em Ensaio Não Destrutivos 
SNQC/ENDs, através do Conselho de Certificação. 
A capacidade é o reconhecimento e verificações formais de características e 
habilidades, confirmado segundo métodos escritos e com resultados 
documentados,que concedem a um tecnólogo ou técnico exercer 
determinadas tarefas como profissional. A certificação é o comprovação formal 
de uma qualificação, através da emissão de um certificado, liberando ao 
tecnólogo ou técnico exercer as funções e atribuições previamente 
determinadas, expedido por uma instituição autorizada. 
1.3 Qualificação pela CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear 
Uma diferença clara sob o ponto de vista profissional, é que os tecnólogos e 
técnicos de radiologia na indústria precisam ser qualificados em proteção 
radiológica, o que não é exigido na área médica. 
Esse atributo consisti em um treinamento formal em radioproteção aplicado por 
uma entidade ou especialista com carga horária mínima de 80 horas, para 
técnicos operadores de instrumentos de radiação ionizante usados na indústria. 
Logo após a fase de treinamento, o técnico se inscreve no prova nacional 
aplicada pela CNEN em todo Brasil. Acontecendo de ser aprovado, vai adquirir 
um certificado emitido pela Autoridade Competente - CNEN. 
A norma predominante que descreve as atividades do técnico em radiografia 
industrial está no documento da CNEN NN-6.04. 
 
 
INDICAÇÃO DE LEITURA 
Para maiores informações sobre normativas CNEN acessar: 
https://www.gov.br/cnen/pt-br 
https://crtrsp.org.br/2021/04/radiologia-industrial/ 
https://www.gov.br/cnen/pt-br
https://crtrsp.org.br/2021/04/radiologia-industrial/
1.4 A Produção das Radiações X 
As radiações X, são emitidas das camadas eletrônicas dos átomos. Essas 
emissões não acontecem deforma misturadas, mas contêm “padrão” de 
emissão chamado de “espectro de emissão”. 
Os Raios X, determinados ao uso industrial, são produzidos numa ampola de 
vidro ou metálica, chamada de “tubo de Coolidge”, que possui duas partes 
diferentes: o ânodo e o cátodo. 
O ânodo e o cátodo são sujeitos a uma tensão elétrica que pode variar desde 
100 até 450 kV nos equipamentos considerados portáteis para uso na indústria, 
sendo o polo positivo ligado ao anodo e o negativo no cátodo. O ânodo é 
composto de um pequeno disco fabricado em tungstênio, também intitulado de 
alvo, e o cátodo de um pequeno filamento, tal qual uma lâmpada 
incandescente, por onde passa uma corrente elétrica da ordem de miliamperes 
(0 a 10 mA). 
 
 
Figura 1 - Esquema de tubos convencionais de Raios X 
Industrial. O tubo da esquerda é um tubo metálico e o da direita 
de vidro. 
Fonte - https://silo.tips/download/radiografia-este-metodo-de-end-e-baseado-em-variaoes-da-
absorao-de-radiaao-eletr 
Quando o tubo é ligado, a corrente elétrica do filamento, se aquece e passa a 
emitir naturalmente elétrons que são atraídos e acelerados em direção ao alvo. 
Nesta ação, dos elétrons com os átomos de tungstênio, ocorre a desaceleração 
imediata dos elétrons, transformando a energia cinética adquirida em Raios X. 
Outros episódio de interação dos elétrons acelerados com as camadas 
eletrônicas dos átomos de tungstênio, também são responsáveis pela emissão 
dos Raios X. 
https://silo.tips/download/radiografia-este-metodo-de-end-e-baseado-em-variaoes-da-absorao-de-radiaao-eletr
https://silo.tips/download/radiografia-este-metodo-de-end-e-baseado-em-variaoes-da-absorao-de-radiaao-eletr
Os Raios X, são produzidos nas camadas eletrônicas dos átomos por variados 
processos físicos. Caracteriza-se por apresentar um espectro constante de 
emissão ao contrário das radiações gama. Melhor dizendo, os Raios 
X emitidos pelo equipamento apresentam uma variedade muito grande de 
comprimento de onda ou seja que a energia varia de uma forma contínua. 
1.4.1 Aparelhos de raios X para uso industrial 
Os Raios X são gerados em ampolas especiais. Os tamanhos das ampolas ou 
tubos são em função da voltagem máxima de operação do equipamento. 
Do ponto de vista da radiografia, uma atenção especial deve ser dada ao alvo, 
incluso no ânodo. Sua superfície é atingida pelo fluxo eletrônico, natural do 
filamento, e nomeia-se foco térmico. É importante que está superfície seja 
consideravelmente grande para evitar um superaquecimento local, que poderia 
danificar o ânodo, e permitir uma rápida passagem do calor. 
 
 
Figura 1 - Corte transversal do ânodo, na ampola de Raios X. 
Fonte - https://silo.tips/download/radiografia-este-metodo-de-end-e-baseado-em-variaoes-da-
absorao-de-radiaao-eletr 
Para atingir imagens com resolução máxima, as espessuras do foco óptico 
devem ser as menores possíveis. As orientações de equipamentos geralmente 
apontam as espessuras do foco óptico, que podem variar de 3 a 4 mm. 
O calor que vai junto a geração do Raios X é notável, e portanto é necessário 
uma atenção especial aos programas e técnicas para refrigerar o ânodo. Esta 
refrigeração pode ser realizada de várias formas: 
https://silo.tips/download/radiografia-este-metodo-de-end-e-baseado-em-variaoes-da-absorao-de-radiaao-eletr
https://silo.tips/download/radiografia-este-metodo-de-end-e-baseado-em-variaoes-da-absorao-de-radiaao-eletr
1. Refrigeração por irradiação: Neste caso o bloco de tungstênio, que compõe 
o alvo, se aquece e o calor se irradia pelo ânodo. O calor em excesso é 
resfriado por circulação de óleo ou gás ao redor da ampola. Os aparelhos 
de baixa tensão no tubo podem ser resfriados por ventiladores. 
2. Refrigeração externa por circulação forçada de água: A refrigeração é 
limitada, principalmente se o aparelho for operado continuamente, exposto 
ao sol. Neste caso, a circulação de água por uma serpentina interna à 
unidade geradora, é eficaz, permitindo o uso do aparelho por longos 
períodos de uso. 
1.4.2 Unidade geradora e painel de comando 
Os aparelhos de Raios X industriais se dividem geralmente em dois membros: 
o painel de controle e o cabeçote, ou também citada como unidade geradora. 
O painel de controle constitui-se em uma caixa onde estão instalados todos os 
comandos, indicadores, chaves e medidores, além de conter todo o acessório 
do circuito gerador de alta tensão. E por meio do painel de controle que se 
fazem os ajustes de voltagem e amperagem, além de comando de ligar o 
aparelho. 
Na unidade geradora está instalada a ampola e os dispositivos de refrigeração. 
A união entre o painel de controle e o cabeçote se faz através de cabos 
especiais de alta tensão. 
As essências características de um aparelho de Raios X são: 
A. Tensão e corrente elétrica máxima; 
B. Tamanho do ponto focal e tipo de feixe de radiação (direcional ou 
panorâmico); 
C. Peso e tamanho. 
Essas informações comprovam a capacidade de operação do aparelho, pois 
estão diretamente ligados ao que o aparelho pode ou não fazer. Isso se deve 
ao fato dessas grandezas estabelecerem as características da radiação gerada 
no aparelho. A voltagem se refere à diferença de potencial entre o ânodo e o 
cátodo e é expressa em quilovolts (kV). A corrente elétrica se refere à corrente 
elétrica no tubo e é expressa em miliamperes (mA). 
Outra informação importante se refere à forma geométrica do ânodo no tubo. 
Quando em forma plana, e angulada, proporciona um feixe de radiação 
direcional, e quando em forma de cone, proporciona um feixe de radiação 
panorâmico, ou melhor, irradiando a 360 graus, com abertura determinada. 
Os aparelhos classificados portáteis, com voltagem até 400 kV, têm peso em 
torno de 40 a 80 kg, dependendo do modelo. Os modelos de tubos refrigerados 
a gás são mais leves ao contrário dos refrigerados a óleo. 
 
 
 
Figura 1 - Raios X industrial, de até 300 KV Figura 2 - Inspeção Radiográfica de Solda em 
Tubos. Fonte - https://pt.slideshare.net/nathanaelmelchisedeckbrancaglione/radiografia-industrial-
28220636 
O noção de força da radiação se refere à “quantidade” de Raios X produzidos, 
ou, de uma forma mais correta ao número de “fótons” produzidos. 
Quando expandimos a corrente do filamento fazemos com que ele se aqueça 
mais, liberando um número maior de elétrons. Isso fará com que ocorra um 
crescimento na força da radiaçãoproduzida, sem implicar no aumento da 
qualidade dessa mesma radiação. Melhor dizendo, nós conseguimos aumentar 
a força sem aumentar a energia do feixe de radiação. 
Dessa maneira prática podemos dizer que a qualidade da radiação (energia) se 
associa com a capacidade de penetração nos materiais, enquanto que a força 
está diretamente ligada com o tempo de exposição. 
https://pt.slideshare.net/nathanaelmelchisedeckbrancaglione/radiografia-industrial-28220636
https://pt.slideshare.net/nathanaelmelchisedeckbrancaglione/radiografia-industrial-28220636
 
 
 
Figura 1 - Equipamentos de Raios X panorâmico para radiografias de componentes 
circulares. Fonte - http://www.colegiotecnicosaobento.com.br/apostilas/radiologia/modulo-
profissional-iii/22-radiologia-industrial.pdf 
1.4.3 Acessórios do aparelho de raios X 
Cabos de energia: O aparelho de Raios X composto pela mesa de comando e 
unidade geradora, são ligadas entre si através do cabo de energia. A distância 
entre a unidade geradora e a mesa de comando deve ser tal que o operador 
esteja protegido no momento da operação dos controles, segundo as normas 
básicas de segurança. Para tanto os fabricantes de aparelhos de Raios X 
fornecem cabos de ligação com comprimento de 20 a 30 metros dependendo 
da potência máxima do tubo gerador. 
Blindagem de Proteção: O início da operação do aparelho deve ser feita com 
aquecimento lento do tubo de Raios X, conforme as recomendações do 
fabricante. Neste processo o operador deve utilizar as cintas ou blindagens 
especiais que são colocadas na região de saída da radiação, sobre a carcaça 
da unidade geradora. Este acessório fornecido pelo fabricante permite maior 
segurança durante o procedimento de aquecimento do aparelho. 
http://www.colegiotecnicosaobento.com.br/apostilas/radiologia/modulo-profissional-iii/22-radiologia-industrial.pdf
http://www.colegiotecnicosaobento.com.br/apostilas/radiologia/modulo-profissional-iii/22-radiologia-industrial.pdf
 
 
Figura 1 – Unidade de comando. Fonte – foto extraída do catalogo da Seifert. 
A foto acima representa uma unidade de comando de um aparelho de Raios X 
industrial moderno. O painel, digital, resume uma série de informações técnicas 
sobre a exposição, tais como distância fonte-filme, tensão no tubo, corrente 
elétrica, tempo de exposição. As informações no display poderá ser 
memorizada e recuperada quando necessário 
Guia Básico de Aplicação dos Raios X em função da espessura de aço a ser 
radiografada 
Tensão Faixa de Espessura 
150 kV de 5 até 15 mm 
250 kV de 5 até 40 mm 
400 kV de 5 até 65 mm. 
Nas medidas abaixo é necessário um outro equipamento emissor de radiações 
X chamados de Acelerados Lineares 
1 Mev de 5 até 90 mm 
2 Mev de 5 até 250 mm 
4 Mev de 5 até 300 mm. 
1.4.4 Aceleradores lineares 
Os aceleradores lineares são aparelhos parecidos aos equipamentos de Raios 
X convencionais com a diferença que os elétrons são acelerados por meio de 
uma onda elétrica de alta frequência, atingindo altas velocidades ao longo de 
um tubo reto. Os elétrons ao se esbararem com o alvo, transformam a energia 
cinética adquirida em calor e Raios X com altas energias cujo valor dependerá 
da aplicação. Para uso industrial em geral são usados equipamentos capazes 
de gerar Raios X com energia máxima de 4 Mev. 
Os aceleradores lineares são equipamentos indicados a inspeção de 
componentes com grossuras acima de 100 mm de aço. 
As vantagens do uso desses aparelho de grande porte, são: 
 Foco de dimensões reduzidas (menor que 2 mm); 
 Tempo de exposição reduzido; 
 Maior rendimento na conversão em Raios X. 
 
 
Figura 1 - Acelerador Linear. 
Fonte - https://pt.slideshare.net/nathanaelmelchisedeckbrancaglione/radiografia-industrial-
28220636 
Acelerador linear industrial, para 
radiografias de peças com 
espessuras acima de 100 mm de 
aço. Projetado para produzir um 
feixe de radiação de 4 Mev, com 
ponto focal bastante reduzido. 
https://pt.slideshare.net/nathanaelmelchisedeckbrancaglione/radiografia-industrial-28220636
https://pt.slideshare.net/nathanaelmelchisedeckbrancaglione/radiografia-industrial-28220636
Estes aparelhos não são portáteis e precisam de instalação adequada, tanto do 
ponto de vista de movimentação do equipamento como das espessuras das 
paredes de concreto solicitada, que podem alcançar cerca de 1 metro de 
espessura. 
 
 
 
 
 
Figura 1 - Fotos de um acelerador linear, usado para radiografia industrial de peças 
com espessura de 100 a 300 mm de aço. 
Fonte - https://docplayer.com.br/74012648-Nocoes-de-radiologia-industrial.html 
 
SAIBA MAIS 
Para mais informações sobre os aceleradores lineares no brasil acessar: 
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-45335690 
https://www.youtube.com/watch?v=C3qrsuZ95XQ 
https://www.youtube.com/watch?v=S_cx96fFFss 
REFLITA 
Hoje, o Brasil tem um acelerador de partículas chamado UVX que, segundo 
cientistas, já está defasado. O UVX, atual acelerador de partículas em 
funcionamento no Brasil, já está defasado e é classificado como um aparelho de 
segunda geração. A construção do novo acelerador chamado Sirius, ele é único 
no mundo, é um ultra aparelho de radiografia que será capaz de analisar de forma 
detalhada a estrutura e o funcionamento de estruturas micro e nanoscópias, como 
nanopartículas, átomos, moléculas e vírus. O Sirius será o segundo do mundo de 
4ª geração, mas será o mais moderno por diversos fatores, principalmente por 
emitir luz com o brilho mais intenso e capacidade superior de análise. 
http://www.bbc.com/portuguese/brasil-45335690
http://www.youtube.com/watch?v=C3qrsuZ95XQ
http://www.youtube.com/watch?v=S_cx96fFFss
CONCLUSÃO 
A evolução cientifica mais importantes na engenharia, pode ser concedido aos 
ENDs (ensaios não destrutivos). Eles examinam a normalidade dos materiais 
sem destruí-los ou penetrar quaisquer mudanças nas suas características. 
Utilizados na busca de matéria prima, no controle de processos de fabricação 
e exame final, os ENDs formam um dos métodos fundamentais no controle de 
qualidade de objetos produzidos pela indústria contemporânea. 
No momento em que se deseja examinar uma peças com objetivo de 
investigar seus defeitos internos, a Radiografia e o Ultrassom são grandes 
técnicas que podem identificar com alta precisão a descontinuidades com 
poucos milímetros de extensão. Aplicado normalmente nas indústrias de 
petróleo e petroquímica, nuclear, alimentícia, farmacêutica, geração de 
energia para examinar principalmente soldas e fundidos, e na indústria bélica 
examinando explosivos, armamento e mísseis, a radiografia e o ultrassom 
executam papel significativo na verificação da qualidade de peça ou 
componente em acordo com os requisitos das diretrizes, especificações e 
códigos de produção. Aplicados também na titulação de soldadores e 
operadores de soldagem, a radiografia e ultrassom permitem o registros 
indispensáveis para a documentação da qualidade.
UNIDADE 2 
INTRODUÇÃO 
Visto como um método especial pelos Programas da Qualidade, NBR ISO-
90011 e outros, os ENDs são usados segundo exigência do projeto de 
fabricação, nunca de maneira casual ao prazer da conveniência de 
engenheiros. O setor industrial está cada vez mais conduzindo seus interesses 
em pesquisa de sistemas que garantam a qualidade dos objetos; neste caso, a 
radioscopia acha sua utilidade ideal, proporcionando a aquisição de imagens 
radioscópicas em tempo real, possibilita atingir os mais altos níveis de 
benefícios no controle da qualidade de grande número de exemplares. O olhar 
direto e instantâneo concede também alcançar informações úteis para a 
fabricação e otimização do sistema produtivo com visíveis e relevantes 
benefícios em termos de qualidade, custo do produto, diminuição dos descartes 
e economia no ciclo de fabricação como um todo. No decorrer a visualização 
em tempo real não é possível diferenciar a força da radiação (controlar o kV) 
paraadaptar à necessidade de penetração exigida pela espessura muito 
variável da peça. Alguns outros ENDs também fazem parte dos métodos da 
qualidade onde podemos mencionar, partículas Magnéticas, termografia, 
emissão acústica, correntes parasitas, líquido Penetrante dentre outros. 
1. RAIOS GAMA E TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS 
Com o evolução dos reatores nucleares, foi capaz a produção artificial de 
isótopos radioativos através de reações nucleares de ativação. 
O feito da ativação, ocorre quando materiais são colocados junto ao núcleo de 
um reator e, desse modo, são irradiados por nêutrons térmicos, que atingem o 
núcleo do átomo, penetrando nele. Assim cria uma quebra de estabilidade 
energético no núcleo, e ao mesmo tempo muda sua massa atômica, firmando 
assim o isótopo. A formação do equilíbrio energético do núcleo do átomo, é 
feito pela liberação de energia na forma de Raios gama e sua transformação 
radioativa. 
Determinado átomo que submetido ao processo de ativação, e dessa forma 
seu núcleo ficara em um estado excitado de energia e passara a emitir 
radiação. Observando, assim, que o número de átomos capazes de emitir 
radiação, diminui sucessivamente com o passar do tempo. A esse fenômeno 
denominamos de “Decaimento Radioativo”. 
1.1 Aparelhos Industriais de Raios Gama 
As fontes usadas em gamagrafia, exigem cuidados especiais de segurança 
visto que, uma vez ativadas, emitem radiação, continua. 
Desta forma, é necessário um aparelho que forneça uma blindagem, contra as 
radiações expedidas da fonte quando a mesma não está sendo usada. Dessa 
forma é necessário atribuir essa blindagem a um sistema que permita retirar a 
fonte de seu interior, para que a radiografia seja feita. Esse aparelho é 
chamado de “Irradiador”. 
Os irradiadores constitui-se, basicamente, de três itens fundamentais: 
blindagem, fonte radioativa e dispositivo para expor a fonte. As blindagens 
podem ser produzidas com diversos tipos de materiais. Geralmente são 
fabricadas blindagens, feitas com um elemento (chumbo ou urânio exaurido), 
ficando contido dentro de um recipiente externo de aço, que tem a objetivo de 
proteger a blindagem contra choques mecânicos. 
Uma aspecto importante dos irradiadores, é a respeito da blindagem, e a sua 
capacidade. Dessa forma sabemos, que as fontes de radiação podem ser 
fornecidas com diversas atividades e cada elemento radioativo possui uma 
energia de radiação própria. Deste modo cada blindagem é calculada para 
manter um elemento radioativo específico, com uma certa atividade máxima 
definida. Pois, é sempre indicado não usar um irradiador projetado para um 
especifico radioisótopo, com fontes radioativas de elementos diferentes e com 
outras forças de atividades. 
Esse tipo de operação só pode ser feita por profissionais capacitados e nunca 
pelo pessoal que opera o aparelho. 
A fonte radioativa consiste de uma certa quantidade de um isótopo radioativo. 
Essa massa de radioisótopo é encapsulada e selada dentro de uma pequena 
cápsula metálica muitas vezes chamado de "porta-fonte" ou “torpedo” devido a 
sua forma. 
O porta-fonte se encaminha a impedir que o material radioativo entre em 
contato com qualquer superfície, ou objeto, diminuindo os riscos de uma 
inesperada contaminação radioativa. As fontes radioativas para uso industrial, 
são encapsuladas em material austenítico, de maneira tal que não há saída ou 
fuga do material radioativo para o exterior. 
Um mecanismo de contenção, transporte e fixação por meio do qual a cápsula 
que contém a fonte radioativa, estar solidamente fixada na ponta de um cabo 
de aço flexível, e na outra ponta um engate, que possibilita o uso e 
manipulação da fonte, é chamado de “porta fonte”. Por causa de uma grande 
diversidade de fabricantes e fornecedores existem diversos tipos de engates de 
porta-fontes. 
 
 
REFLITA 
Diversos desastres radioativos já foram registrados na história da humanidade. O 
mais conhecido deles provavelmente é o acidente nuclear de Chernobyl, que 
deixou milhares de mortos ao longo dos anos. Contudo, é interessante perceber 
que até mesmo itens do nosso cotidiano podem ser radioativos. Apesar disso, a 
radioatividade não é necessariamente algo ruim ou prejudicial, como alguns 
podem pensar. Porém, os acidentes nucleares ainda são uma mancha que essa 
indústria vai carregar para o resto da História, principalmente se considerarmos 
alguns desastres recentes, que colocam ainda mais dúvidas e medos nas 
pessoas que não entendem completamente esse assunto. Os mais conhecidos 
são, Césio-137, Goiânia, 1987, Máquina Therac-25, 1985-1987, Kramatorsk, 
Ucrânia, 1989, Rio de Janeiro, 2011, Tepojaco, México, 2013. 
 
 
Figura 1 - Características das fontes seladas radioativas industriais. 
Fonte - http://www.tecnologiaradiologica.com/materia_riconceito.htm 
Apesar de poucas fontes radiativas seladas encontram-se utilizadas atualmente 
pela indústria moderna, apresentamos a seguir as básicas e principais que 
podem ser usadas assim como as suas características físico-químicas. 
 
 
 
A. Cobalto - 60 (60Co, Z=27) 
O Cobalto-60 é obtido através do bombardeamento por nêutrons do isótopo 
estável Co-59. Suas principais características são: 
 Meia - Vida = 5,24 anos 
 Energia da Radiação = 1,17 e 1,33 MeV 
 Faixa de utilização mais efetiva = 60 a 200 mm de aço 
 Fator Gama (G) = 0,351 mSv/h.GBq a 1m 
Esses limites dependem das especificações técnicas da peça a ser examinada 
e das condições da inspeção. 
 
SAIBA MAIS 
O acidente de maior proporção no brasil e o acidente de Goiânia e o artigo 
https:/www.ipen.br/biblioteca/cd/go10anosdep/Cnen/doc/manu41.PDF relata 
com detalhes e imagens o que ocorreu durante e após e as medidas 
tomadas, para fazer o controle e a retirada dos resíduos radioativos 
existentes. 
http://www.tecnologiaradiologica.com/materia_riconceito.htm
http://www.ipen.br/biblioteca/cd/go10anosdep/Cnen/doc/manu41.PDF
B. Irídio - 192 (192Ir, Z=77) 
O Iridio-192 é obtido a partir do bombardeamento com nêutrons do isótopo 
estável Ir-191. Suas principais características são: 
 Meia - Vida = 74,4 dias 
 Energia da Radiação = 0,137 a 0,65 MeV 
 Faixa de utilização mais efetiva = 10 a 40 mm de aço 
 Fator Gama (G) = 0,13 mSv/h. GBq a 1m 
C. Selênio - 75 (75Se) 
 Meia-vida = 119,78 dias 
 Energia das Radiações = de 0,006 a 0,405 MeV 
 Faixa de utilização mais efetiva = 4 a 30 mm de aço 
 Fator Gama (G) = 0,28 R/h.Ci a 1m 
É um radioisótopo de uso novo na indústria, permitindo uma qualidade muito 
boa de imagem, parecendo à qualidade dos Raios - X. 
 
 
Figura 1 - Irradiador de Raios Gama. 
Fonte - http://www.tecnologiaradiologica.com/materia_riconceito.htm 
Os irradiadores gama são aparelhos compostos de partes mecânicas que 
proporcionam expor com segurança a fonte radioativa. A essencial parte do 
irradiador é a blindagem interna, que facilita a proteção ao operador a níveis 
Irradiador gama específico para 
fontes radiativas de Selênio-75 
usadas em radiografia industrial. 
Caracteriza-se por ser muito leve, por 
outro lado as fontes de Se-75 são 
importadas, ao contrário das de 
Ir-192 que são fornecidas pelo IPEN. 
http://www.tecnologiaradiologica.com/materia_riconceito.htm
admissíveis para o trabalho, entretanto com risco de exposição radiológica se 
guardado em locais não apropriados ou protegidos. 
Aquilo que mais distingue um tipo de irradiador de outro são os mecanismos 
usados para se expor a fonte. Esses mecanismos podem ser mecânicos, com 
acionamento manual ou elétrico, ou pneumático. A única qualidade que 
apresentam em comum é o fato de concederem ao operador trabalhar sempre 
a uma distância segura da fonte, sem se expor ao feixe direto de radiação. 
Os irradiadores são fabricados através de minuciosos controles e testes 
determinados por diretrizes internacionais, pois o mesmo deve suportar 
impactos mecânicos, incêndio e inundação sem que a sua estruturae 
blindagem sofram rupturas capazes de liberar a radiação em qualquer ponto 
mais do que os máximos exigidos. 
 
 
Figura 1 - Aparelho para gamagrafia industrial, projetado para operação com capacidade 
máxima de 100 Ci de Ir-192. O transito interno da fonte no interior da blindagem é feita no 
canal em forma de "S ". Fonte - http://www.tecnologiaradiologica.com/materia_riconceito.htm 
 
Figura 1 – Aparelho de Gamagrafia industrial. 
Fonte - https://dokumen.tips/documents/apostila-radiologia-industrial.html 
Aparelho de gamagrafia industrial 
projetado para operação com 
capacidade máxima de 130 Ci de Ir- 
192. O canal interno de trânsito da 
fonte é do tipo de canal reto. Peso 
30 kg. 
http://www.tecnologiaradiologica.com/materia_riconceito.htm
https://dokumen.tips/documents/apostila-radiologia-industrial.html
 
 
1.2 Ângulos Geométricos da Exposição 
Consideramos uma fonte emissora de radiação com diâmetro F, muito 
pequeno, que pode, ser para seguimentos ilustrativos, e ser analisado um 
ponto. Então, deixando um objeto entre o foco puntiforme e um filme 
radiográfico teríamos uma imagem muito definida. Se ampliarmos o diâmetro 
do foco para o valor F e o aproximarmos do objeto, teremos uma imagem no 
filme (depois de revelado) com uma zona de sombreamento, perdendo essa 
imagem e muito da sua definição. 
Seriamente, é necessário levar em conta que a fonte radioativa possui medidas 
assimiladas entre 1 mm e 7 mm de tamanho, de acordo com a natureza e 
atividade do radioisótopo. No momento em que a distância fonte-filme for muito 
pequena, para efeito de cálculo de sombreamento ou penumbra, é inviável 
declara-la como um ponto. 
A ampliação é problema de geometria, e a definição é papel da fonte emissora 
de radiação e da localização do material posicionado entre a fonte e o filme. 
Toda vez que a fonte conter diâmetro aceitável ou estiver muito próxima do 
material, a sombra ou imagem não é bem definida. 
A formação da imagem poderá ser diferente da que tem o material se o ângulo 
do plano do material variar em relação aos raios imprevistos, provocando neste 
caso uma distorção da imagem. 
Durante a aquisição de imagens bem definidas ou próximas ao comprimento do 
objeto, precisamos ter: 
 O diâmetro da fonte emissora de radiação deve ser o menor possível; 
 A fonte emissora deve estar posicionada o mais afastado possível do 
material a ensaiar; 
 O filme radiográfico deve estar mais próximo do material; 
 
INDICAÇÃO DE LEITURA 
Para mais informações sobre alguns acidentes com fontes radioativas que 
marcaram a humanidade acessar: 
https://www.tecmundo.com.br/quimica/96208-5-acidentes-radioativos-
recentes-chocaram-mundo-deixaram-mortos.htm 
https://www.tecmundo.com.br/quimica/96208-5-acidentes-radioativos-recentes-chocaram-mundo-deixaram-mortos.htm
https://www.tecmundo.com.br/quimica/96208-5-acidentes-radioativos-recentes-chocaram-mundo-deixaram-mortos.htm
 O feixe de radiação deve se aproximar o mais possível, da 
perpendicularidade em relação ao filme; 
 O plano do material e o plano do filme devem ser paralelos. 
A alteração da imagem não pode ser totalmente extinta em virtude dos 
formatos complexos das peças e dos ângulos de que se possuem para a 
execução do ensaio radiográfico. 
Por esse motivo, geralmente as diretrizes de inspeção radiográfica indica 
somente inspecionar peças com geometria simples, como junta soldada de 
topo e peças com espessura regular, para tornar mais fácil o controle do 
sombreamento ou penumbra geométrica. O valor máximo do sombreamento 
geométrico é aconselhado por regra ou código de fabricação da peça a ser 
inspecionada. Porém quando o sombreamento é excessivo, outros fatores da 
qualidade da imagem também serão prejudicados. 
 
Figura 1 - Disposição Geométrica entre fonte-filme-objeto. 
Fonte - https://pt.slideshare.net/nathanaelmelchisedeckbrancaglione/radiografia-industrial-
28220636 
https://pt.slideshare.net/nathanaelmelchisedeckbrancaglione/radiografia-industrial-28220636
https://pt.slideshare.net/nathanaelmelchisedeckbrancaglione/radiografia-industrial-28220636
1.3 Cálculo da Penumbra e Distância Mínima Fonte-Filme (Dff) 
A distância fonte-objeto (D) pode ser calculada pela seguinte termo: 
 
 
 F x t 
 
D = ---------- 
Ug 
Onde: 
Ug = penumbra geométrica 
F = dimensão do ponto focal 
T = espessura do objeto 
D = distância da fonte ao objeto. 
Assim: Dff = D + t 
Tabela de Penumbra Máxima Aceitável 
 
 
Figura 1 - Referência Código ASME Sec. V Artigo 
2. Fonte - A Radiologia Industrial - Ricardo 
Andreucci Ed. Jul./ 2014 pág. - 63. 
 
Sobreposição 
O exame radiográfico de objetos planos, assim como juntas soldadas de topo a 
serem radiografadas totalmente, exigem cuidados especiais quanto a distância 
fonte-filme, visto que nesses casos se essa distância for muito pequena áreas 
da solda poderão não ser vistoriada no seu volume total. 
A sobreposição terá que ser comprovada através do uso de marcadores de 
localização que são letras ou números de chumbo colocados na superfície da 
peça, do lado da fonte de radiação, normalmente que possível, e que serão 
reproduzidos no filme radiográfico quando exposto. A reprodução dos 
marcadores serão vistos como imagem no filme, comprovando a sobreposição 
atribuída. Sempre que a peça radiografada for plana ou quando a distância 
fonte-filme for menor que o raio de curvatura da peça, a sobreposição precisará 
ser calculada pela fórmula: 
Onde: S = Sobreposição (mm) 
C = Comprimento do filme (mm) C x e 
e = Espessura da peça (mm) S = --------- + 6 mm 
Dff = Distância fonte-filme (mm) Dff 
 
 
Figura 1 - Representa a Forma Ilustrativa como e Colocado os Marcadores Radiográficos. 
Fonte - A Radiologia Industrial - Ricardo Andreucci Ed. Jul./ 2014 pág. - 65. 
A sobreposição correta proporciona que o volume de solda seja totalmente 
verificado. Com certeza, a verificação da posição na imagem dos marcadores 
de radiografia, aponta se este procedimento foi apropriado. A reprodução dos 
marcadores de posição, podem ser aproveitados como guia no filme para 
detectar na peça possíveis rupturas presentes. Aproveitando uma máscara do 
desenho do objeto, feita com papel transparente, é possível relacionar as 
referências na área de interesse e transportar para a peça, trazendo como 
registros os marcadores de posição. 
 
Marcador de Posição Marcador de posição 
Figura 1 – Radiografia mostrando os marcadores radiográficos na pratica. Fonte - A 
Radiologia Industrial - Ricardo Andreucci Ed. Jul./ 2014 pág. - 65 
1.4 Técnicas Radiográficas 
As orientações e métodos geométricos entre a fonte de radiação, a peça, e o 
filme, devem seguir algumas procedimentos especiais tais que proporcionem 
uma imagem radiográfica de fácil compreensão e o descobrimento das 
descontinuidades rejeitadas. Determinada destas técnicas que temos a seguir 
são amplamente usadas e recomendadas por diretrizes e especificações 
nacionais e internacionais. 
 
1.4.1 Técnica de parede simples (PSVS) 
Esse método é assim chamada pois no preparo entre a fonte de radiação, peça 
e filme, somente a seção da peça que está próxima ao filme será inspecionada 
e a exibição será em apenas uma espessura do material. É a principal técnica 
usada na inspeção radiográfica, e a mais fácil de ser interpretada. 
 
Figura 1 - Técnica de Exposição Parede Simples - Vista Simples. 
Fonte - https://pt.slideshare.net/lorenaincuttobastos/apostila-end-andreucci 
 
 
1.4.2 Exposição panorâmica 
Esta técnica constitui um caso particular da técnica de parede simples vista 
simples descrita acima, mas que proporciona alta produtividade em rapidez 
num exame de juntas soldadas circulares com acesso interno. 
Na técnica panorâmica a fonte de radiação deve ser centralizada no ponto 
geométrico equidistante das peças e dos filmes, ou no caso de juntas soldadas 
circulares a fonte deve ser posicionada no centro da circunferência.Com isso numa única exposição da fonte, todos os filmes dispostos a 360 
graus serão igualmente irradiados, possibilitando assim o exame completo das 
peças ou das juntas. 
SAIBA MAIS 
A foto abaixo mostra um equipamento especial para radiografias de 
tubulações pela técnica de PS-VS, denominado de “Crawler”. O equipamento 
é introduzido dentro da tubulação, por onde percorre toda sua extensão, 
parando nos pontos onde a radiografia será feita. O controle da 
movimentação do equipamento é feita pelo lado externo da tubulação, 
remotamente. 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 – Como e feito a inpecao. Fonte – acervo pessoal 
 
 
Figura 1 - Técnica Radiográfica Panorâmica. Observe as marcações das posições dos filmes 
radiográficos ao redor da solda na foto do lado esquerdo e a posição da fonte no interior do 
vaso na foto do lado direito. Fonte - https://infosolda.com.br/artigos/ensaios-nao-destrutivos-e- 
mecanicos/341-radiologia-industrial 
1.4.3 Técnica de parede dupla vista simples (PDVS) 
Nesta técnica de parede dupla vista simples, o feixe de radiação, proveniente 
da fonte, atravessa duas espessuras da peça, entretanto projeta no filme 
somente a seção da peça que está mais próxima ao mesmo. 
Frequentemente esta técnica é utilizada em inspeções de juntas soldadas, as 
quais não possuem acesso interno, por exemplo tubulações com diâmetros 
maiores que 3.½ polegadas, vasos fechados, e outros. 
É importante lembrar que esta técnica requer que a radiação atravesse duas 
espessuras da peça e portanto o tempo de exposição será maior que a 
inspeção pela técnica de parede simples. Assim, esta opção deverá ser 
selecionada quando outra técnica não for possível ou permitida. 
 
Figura 1 - Técnica de exposição parede dupla e vista simples (A). 
Fonte - https://pt.slideshare.net/MesaqueVeloso/radioprotecaoindustria2008 
https://pt.slideshare.net/MesaqueVeloso/radioprotecaoindustria2008
1.4.4 Técnica de parede dupla vista dupla (PDVD) 
Neste caso o feixe de radiação proveniente da fonte, também atravessa duas 
espessuras, entretanto projetará no filme a imagem de duas seções da peça, e 
serão objetos de interesse. Nesta técnica o cálculo do tempo de exposição 
deve ser levado em conta as duas espessuras das paredes que serão 
atravessadas pela radiação. 
A técnica de parede dupla e vista dupla (PDVD) é frequentemente usada para 
inspeção de juntas soldadas em tubulações com diâmetros menores que 3.½ 
polegadas (89 mm). 
 
Figura 1 - Arranjo radiográfico na técnica PD-VD 
Técnica de exposição parede dupla e vista dupla (B). 
Fonte - https://pt.slideshare.net/MesaqueVeloso/radioprotecaoindustria2008 
A seleção do IQI nesta técnica segue o mesmo critério geral, ou seja, deve ser 
selecionado em função da espessura de uma única parede do tudo. O 
posicionamento deve ser feito sobre o tubo, voltado para a fonte. 
 
Figura 1 - Radiografia de um tubo pela técnica PD-VD. 
Fonte - https://docplayer.com.br/4799713-Curso-superior-em-tecnologia-em-radiologia.html 
1.5 A Radioscopia Industrial 
A radioscopia, é um meio usado para se identificar a radiação que vem da 
peça, numa tela fluorescente. As telas fluorescentes se constituem a princípio 
de alguns sais, por exemplo o “tungstato de cálcio”, contêm a propriedade de 
expelir luz em intensidade mais ou menos igual à energia de radiação que 
incide sobre eles. 
A radiação emitida de um tubo de raios X, posicionado no interior de uma sala 
blindada, atravessando a peça e indo tocar uma tela fluorescente. Isto, por sua 
parte, altera as intensidades de radiação que emergem da peça em luz de 
diferentes intensidades, produzindo na tela a imagem da peça. Essa imagem, 
reproduzida em um espelho, é analisada pelo inspetor, a procura de possíveis 
imperfeições. 
A radioscopia é utilizada principalmente, na inspeção de pequenas peças, com 
espessura baixa. Por sua vez a grande vantagem está na rapidez do teste e no 
seu baixo custo. Perante a contrapartida é que, apresenta duas limitações 
graves: 
 Não é possível se inspecionar peças de grande espessura ou de alto 
número atômico, pois nesse caso a intensidade dos Raios X não seria 
suficientemente alta para produzir uma imagem clara sobre a tela 
fluorescente. 
 Devido às características próprias das telas fluorescentes e à baixa 
distância foco tela, usada, a qualidade de imagem na fluoroscopia não é tão 
boa quanto a da radiografia. 
 A radioscopia, com imagem visualizada diretamente na tela fluorescente, 
não fornece um registro que documente o ensaio executado, tão pouco 
permite a localização precisa na peça das áreas que contém 
descontinuidades inaceitáveis. 
Raios X Tela radioscópica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 - Mostra onde fica o emissor de raios X e a tela radioscópica. 
Fonte - https://pt.slideshare.net/capitao_rodrigo/raios-x-na-segurana-e-bagagens 
Do modo que foi explicado acima, a análise da imagem pelo inspetor é feita 
diretamente na tela fluorescente, ou por reflexo num espelho. Porem tal técnica 
pode muitas vezes ser perigosa para o operador, porque o mesmo leva muitas 
horas para a inspeção de peças de fabricação classificada, essencialmente, 
ficando obrigatório a sua substituição após um tempo de trabalho. 
 
Figura 1 - Sistema com Tela Fluorescente e Câmera. Figura 2 - Sistema com uso de Câmera 
de TV e intensificador. 
Fonte - https://pt.slideshare.net/nathanaelmelchisedeckbrancaglione/radiografia-industrial-
28220636 
Sistema de radioscopia 
convencional, utilizando um 
aparelho de 
Raios X, o sistema de suporte 
da peça e a tela que forma a 
imagem radioscópica. 
https://pt.slideshare.net/capitao_rodrigo/raios-x-na-segurana-e-bagagens
https://pt.slideshare.net/nathanaelmelchisedeckbrancaglione/radiografia-industrial-28220636
https://pt.slideshare.net/nathanaelmelchisedeckbrancaglione/radiografia-industrial-28220636
Os programas de TV foram criados para excluir totalmente os problemas de 
radioproteção citados, pois a obtenção da imagem, feita de modo direto na tela 
fluorescente, é antecipada mediante ao uso do circuito interno de TV, em 
outras palavras uma câmera de TV de alta precisão, ligada a um monitor de 
alta qualidade. Assim o operador ou inspetor verifica a imagem no monitor de 
TV, longe o suficiente para garantir sua segurança radiológica, conseguindo 
caso necessário, registrar as imagens feitas em vídeo tape (vídeo cassete). 
 
Figura 1 - Sistema de Radioscopia usando intensificados de imagem com Câmera de 
TV. Fonte - https://document.onl/documents/apostila-radiologia-industrial.html 
1.5.1 Conversor universal de imagem 
A captura da imagem na forma de um sinal elétrico é feita através de detetores 
de radiação no estado sólido que tornam possível converter a radiação ionizante 
em sinal elétrico, conforme mostrado na figura abaixo: 
 
Figura 1 - Conversor de imagem. 
Fonte - http://www.abendi.org.br/abendi/Upload/file/radiologia_maio_2017.pdf 
Esquema de um detetor no estado sólido 
de germânio ou silício. São muito 
sensíveis, e o sinal elétrico que sai do 
detetor é proporcional ao fóton de 
radiação que atingiu o detetor. É uma das 
formas eficazes de transformar a 
exposição à radiação em sinal elétrico. 
https://document.onl/documents/apostila-radiologia-industrial.html
http://www.abendi.org.br/abendi/Upload/file/radiologia_maio_2017.pdf
Os detetores de estado rígido são compostos pela parte superior que possuem 
um material a base de fósforo que emite luz a “cintilação” pela passagem da 
radiação, que por sua parte atinge o núcleo do detetor que por efeito 
fotoelétrico emite elétrons, atribuindo origem a uma corrente elétrica no 
terminal do detetor, que é correspondente ao fóton de radiação de entrada. 
Esta corrente elétrica pode ser utilizada para produzir imagens em TV, 
gravação em vídeo, scanner e outros. 
 
Figura 1 - Sistema de Radioscopia usando captura digital da imagem. 
Fonte - foto extraídas da publicação GE - TheX-Ray Inspection - Vol. 7 
Raios X 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Peça 
Figura 1 - Sistema de Radioscopia automatizado. Fonte - Foto extraída do filme “X Ray 
Systems for Industrial Applications in Automotive Industries “produzido pela Seifert 
Imagem obtida 
digitalmente e 
analisada pelo 
computador na 
razão de 66 
imagens em 90 
segundos 
As principais utilidades da radioscopia é na fiscalização de rodas de alumínio, 
pontas de eixo de automotivos, carcaça da direção hidráulica, pneus 
automotivos, nos aeroportos para observação de bagagens, examinar 
componentes eletrônicos, e muitas outras aplicações. 
A radioscopia atual pode ser completamente automatizada, não sendo 
necessário o profissional para examinar as imagens, sendo estas escaneadas 
e vistas por um programa óptico de um computador por comparação a uma 
radiografia padrão da mesma peça. Todas as imagens podem ser arquivadas 
em vídeo, como arquivo eletrônico, filme ou papel. 
1.6 A Técnica da Radiografia Digital 
A técnica radiográfica utilizando o método digital correspondi hoje na indústria 
atual um expressivo desenvolvimento nessa área tecnológica. 
A técnica é executada por meio do uso de um equipamento de raios X ou gama 
convencional, e ao invés do filme tradicional, uma placa que captura a imagem 
digital e transmite a imagem imediatamente no monitor de um computador, 
sendo capaz de arquivá-la na forma de arquivo eletrônico para posterirormente 
examiná-la. Pois significa que a obrigação da câmara escura deixou de existir, 
deste modo a presença do técnico encarregado pelo laudo, junto ao serviço de 
radiografia não é mais necessário. A análise da imagem poderá ser feita à 
distância, através do envio do arquivo eletrônico por e-mail, para o laudo final. 
 
Figura 1 - Técnica de radiografia digital em uma solda de tubulação. Na foto do meio, a 
placa digitalizadora da imagem, gira ao redor da solda, por um guia fixado no tubo. 
Fonte - https://docplayer.com.br/7562712-Tomografia-e-radiografia-industrial-walmor-cardoso-
godoi-m-sc-http-www-walmorgodoi-com.html 
https://docplayer.com.br/7562712-Tomografia-e-radiografia-industrial-walmor-cardoso-godoi-m-sc-http-www-walmorgodoi-com.html
https://docplayer.com.br/7562712-Tomografia-e-radiografia-industrial-walmor-cardoso-godoi-m-sc-http-www-walmorgodoi-com.html
Este método é o que tem mais se destacado na indústria com a capacidade da 
segurança radiológica que ele possibilita, menores doses são solicitadas para a 
execução da imagem. Porém os altos custos dos aparelhos fazem dessa 
tecnologia acessível para poucas empresas. 
As radiografias apresentadas abaixo são exemplos de como o método digital 
pode melhorar o nível de detalhes nas imagens, a começar dos sistemas de 
computação (software) próprios para essa atividade. 
 
 
 
Figura 1 - Mostra imagens convencionais de soldas. Fonte - 
http://www.repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/50386/1/2019_tcc_fargomes.pdf 
A radiografia superior refere-se a uma imagem convencional e a radiografia 
abaixo é a mesma imagem realizada no método digitalmente. Observe a 
resolução desta última imagem. 
1.7 Tomografia Industrial 
A tomografia industrial também pode ser conhecida como uma técnica de 
fiscalização não destrutiva que não utiliza o filme radiográfico para arquivar os 
resultados, igualmente na radioscopia convencional. 
Numa técnica, a peça é exibida a um feixe reduzido de Raios X giratório que 
atravessa a peça em vários planos, exibindo sua imagem gerada por 
computador, num monitor. Este procedimento é feito por um complexo 
http://www.repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/50386/1/2019_tcc_fargomes.pdf
programa que permite verificar a imagem de uma peça em 3D e permite 
separar por eixos ou camadas da peça. 
 
Figura 1 - Esquema do Sistema de Inspeção por Tomografia Industrial. 
Fonte - figuras extraídas da publicação GE - The X-Ray Inspection - Vol. 7 
 
Figura 1 - Princípio da formação da imagem Tomográfica. Fonte - 
http://www.lucianosantarita.pro.br/documentos/Notas_aula_Radiologia_Industrial_2018_final.pdf 
http://www.lucianosantarita.pro.br/documentos/Notas_aula_Radiologia_Industrial_2018_final.pdf
A tomografia industrial não é um método frequentemente aplicada na indústria 
nacional. Dentro do Brasil, ainda é usada para pesquisa e avanços tecnológico, 
mas os resultados são promissores e deverá estar disponível para utilização 
em larga escala. 
As imagens logo abaixo mostra uma carcaça de bomba de alumínio, 
examinada por tomografia. A figura a seguir exibe a projeção no plano da 
imagem da peça e à direita o defeito interno. 
 
Figura 1 – Apresenta parte da peça ampliada para examinar a descontinuidade Fonte - 
https://pt.slideshare.net/nathanaelmelchisedeckbrancaglione/radiografia-industrial-28220636 
A continuação a seguir é a imagem volumétrica tomográfica da mesma peça 
aplicando Raios X de 225 kV e 1,5 mA, de uma caixa de bomba de Alumínio, 
reproduzindo na imagem 1 a peça inteira e na imagem 2 o corte tomográfico 
apontando por um círculo a existência de um defeito interno. 
 
Figura 1 - Visualização completa Figura 2 - Visualização em corte. Observe o defeito 
Fonte - Imagens extraídas do filme “3D Computed Tomography “produzido pela Seifert. 
https://pt.slideshare.net/nathanaelmelchisedeckbrancaglione/radiografia-industrial-28220636
1.8 Medidores Nucleares 
Esses dispositivos são construídos de forma mais simples, visto que sua 
utilidade é unicamente alojar a fonte radioativa selada em seu interior. A fonte 
fica presa internamente à blindagem, de forma a promover um feixe de 
radiação direcionado sob um ângulo estabelecido no projeto, em direção a um 
detetor do tipo G.M (Geiger-Müller), que é ligado a sistemas especiais, e 
proporcionara uma identificação ou registro da força da radiação no display do 
dispositivo. 
 
Figura 1 – Programa comum para medidores de nível. O desenho à esquerda mostra um 
tanque contendo algum produto, com seu volume ainda não completo. O desenho da direita 
mostra o mesmo tanque com o volume completado. Fonte – Arquivo pessoal. 
Geralmente os medidores de nível, e de densidade, são compostos de fontes 
radioativas com meia-vida muito longa, como Cs-137 ou Co-60, com atividades 
da ordem de milicuries, tornando sua execução bastante segura, já que a fonte 
radioativa não opera fora da blindagem. Porém, procedimentos de manutenção 
dos aparelhos, armazenagem e controle de fontes com baixa atividade podem 
ser responsáveis por acidentes provocados por pessoas sem treinamento ou 
conhecimento básico das normas de segurança radiológica para estes tipos de 
equipamentos. 
O Césio-137 é um dos materiais da fissão do Urânio-235. Este é extraído 
através de processamentos químicos que o separam do Urânio combustível e 
dos outros produtos de fissão. Suas principais características são: 
 Meia - Vida Longa = 33 anos 
 Energia de Radiação = 0,66 MeV 
 Fator Gama (G) = 0,081 mSv/h.GBq a 1m 
Diferentes aplicações radioativas são amplamente usadas para controlar 
grossuras de materiais como papel, chapas de aço, ou ainda para controlar 
densidades de produtos industriais. Todas essas finalidades utilizam fontes 
com meia-vida longa e de baixa atividade o que aprimora os programas de 
radioproteção. 
 
Figura 1 - Controlador de Espessura de papel usando fonte de Promécio-147 (vide seta) 
Fonte - Foto cedida por VOITH PAPER. 
A imagem acima exibe a seção de controle da espessura de papel produzida 
numa fábrica de papel. O setor de controle, indicado pela seta acima, desliza 
por toda a largura do papel fabricado, para o controle total. O controle da 
grossura é feita através da radiação beta gerada pela fonte de “Promécio-147”. 
Comandos exclusivos do papel fabricado assim como aperfeiçoamento da 
tecnologia pode ser elaborada com um medidor de gramatura de papel, de 
bancada como exibido na imagem abaixo. Ele possui uma fonte de Promécio- 
147, com 5 mCide atividade e é operado por um computador que fornece 
relatórios detalhados sobre o papel analisado. 
 
Figura 1 – Imagem exibindo papel sendo analisado. Fonte – Arquivo pessoal. 
CONCLUSÃO 
A radiologia industrial realiza um papel significativo e de certa forma 
insubstituível na formação da qualidade do objeto examinado, visto que a 
imagem formada no filme radiográfico apresenta a "fotografia" interna do objeto, 
qual nenhum outro método não destrutivo é capaz de exibir no setor industrial. 
UNIDADE 3 
INTRODUÇÃO 
A aplicação da radiação em técnicas industriais hoje em dia oferta muitos 
ganhos no ramo da esterilização de itens médicos e farmacêuticos, da 
conservação dos alimentos, procedimento de materiais químicos e uma 
diversidade de itens usados na sociedade contemporânea, todos com destaque 
direto à saúde e ao conforto. A seriedade assegurada e a financeira do 
seguimento industrial já foi evidentemente gratificada. A dosimetria com um 
nível de segurança estabelece um critério importantíssimo para a proteção da 
qualidade do tratamento por radiação e dos itens irradiados. Ainda, é a 
regularização da dosimetria que pode vir a suprir a justificação necessária para 
a aprovação normativa para itens irradiados e estruturar a base da aprovação 
internacional para o seu livre comércio.
1. A IRRADIAÇÃO INDUSTRIAL DE GRANDE PORTE 
1.1 A Radiologia no Controle da Qualidade dos Alimentos 
A indústria alimentícia de produtos classificados, embalados para o consumo, 
possui alguns problemas críticos ligados à qualidade dos alimentos produzidos 
que podemos relacionar a seguir: 
 Assegurar que todos os itens estejam na embalagem 
 Assegurar a contagem correta de todos os itens 
 Assegurar que o volume de líquido da bebida esteja correta 
 Inspecionar e controlar objetos estranhos 
 Assegurar que a folha de alumínio de selagem, envolva toda a badeja de 
plástico 
Neste ponto de vista, a radioscopia tem sido usada nas grandes empresas 
alimentícias, especialmente aquelas que exportam estes produtos. A figura a 
seguir mostra a sequência da verificação do alimento, já embalado para o 
envio. 
 
Figura 1 – Imagem representando como e feita a verificação do produto já 
embalado. Fonte – Drive pessoal. 
1. Esteira transportadora dos produtos; 
2. O produto é submetido aos Raios X produzindo uma imagem por captura 
digital; 
3. A imagem é processada na interface de alta velocidade; 
4. A imagem do produto é avaliada automaticamente quanto ao conteúdo, 
contaminantes e outros itens; 
5. Mecanismo de separação do produto bom do rejeitado. 
 
Figura 1 – A fotografia exibe uma máquina de radioscopia executando sua 
verificação. Fonte – Drive pessoal. 
A verificação das imagens produzidas pelo equipamento de radioscopia podem 
ser bastante sofisticadas, gerando imagens em 3D, de acordo com o que é 
apresentado a seguir. Para cada contaminador não aceitável, é evidenciado 
como um sinal identificável e claro na imagem radioscópica. 
 
Figura 1 – Mostrando reconstrução em 3D. Fonte – Drive pessoal 
Instalação de uma 
radioscopia em uma 
linha de inspeção de 
produtos alimentícios 
embalados. 
A capacidade da vigilância dos produtos embalados, representa uma vantagem 
muito grande em comparação com outros métodos. Observe a caixa de um 
alimento contendo 2 doces, 1 suco, 3 hot-dogs, 3 frituras, e as marcas 
retangulares expondo as contaminações detectadas. 
 
Figura 1 – Imagem mostra contaminação identificada. 
Fonte – Drive pessoal. 
1.1.1 Princípios da irradiação dos alimentos 
A conservação de alimentos por meio da radiação gama para diminuição de 
conta microbiana e conservação, já é uma técnica conhecida e aprovada pelas 
leis brasileiras desde 1985. 
A irradiação de alimentos é uma técnica efetiva para eliminar bactérias tais 
como: E.Coli, Salmonela, Listeria e outras. Tal técnica só é possível com o uso 
de fontes de radiação com alta energia radioativa, tais como o Cobalto-60 com 
atividades de milhares de Curies que possibilita altas doses de radiação em 
poucos minutos de irradiação, necessária para a diminuição dos organismos 
microbiológicos. 
O método de irradiação é influenciado pela temperatura, umidade e tensão de 
oxigênio do meio, portanto como pelo estado físico do material a ser irradiado. 
Por isso, para cada produto a ser irradiado são determinados procedimentos 
específicos, inclusive diferentes doses de radiação. 
1.1.2 A irradiação de alimentos e sua preservação 
No momento em que a matéria é atravessada por qualquer forma de radiação 
ionizante, pares de íons são gerados e átomos e moléculas são excitados, 
havendo absorção de parte dessa energia deslocada. Tais pares de íons 
podem ter energia suficiente para gerar novas ionizações e excitações. Essa 
ionizações são as responsáveis pelos efeitos biológicos das radiações. 
A Dose devida à exposição à radiação eletromagnética, elétrons, alfa, 
nêutrons, é determinada como sendo a energia absorvida ou transferida por 
unidade de massa do produto ou objeto irradiado. Portanto, a unidade de 
medida é ergs / g ou Joule / kg. No setor usual a dose absorvida é o Gray (Gy). 
 
Figura 1 – Representando unidade antiga e nova unidade 1 J / kg = 1 Gray (Gy). Fonte – Drive 
pessoal. 
 
A expressão de referência, para uma massa de 1 g de água, irradiada a 2,58 x 
10-4 C/kg (1 R) de radiação X ou Gama, a dose absorvida será próximo de 9,3 
mGy (0,93 rads). Conforme a atenção, podemos informar que uma dose 
absorvida de 10 kGy por 1 g de água corresponde à energia calorífera atribuída 
para aumentar a temperatura de 2,4 0C, de outro modo para altearmos a 
temperatura de 1 g de gelo de zero até 20 0C serão fundamentais 42 kGy. 
Nas unidades antigas a dose era medida em rads, que valia: 
1 rad = 100 ergs/g ou seja 1 Gy = 100 rads 
A unidade de dose de radiação “Gray” é muito fundamental para o controle da 
irradiação dos alimentos, da mesma forma como os efeitos que isso pode 
causar. 
1.1.3 O tratamento dos alimentos pela radiação 
A irradiação é um método eficaz na preservação dos alimentos pois retarda as 
perdas naturais acarretadas por ações fisiológicas (brotamento, maturação e 
envelhecimento) além de destruir ou reduzir microrganismos, parasitas e 
pragas, sem causar qualquer maleficio ao alimento, tornando-os mais seguros 
ao consumidor. Mais uma vantagem do método de esterilização por radiação 
está na facilidade de esterilizar os itens em suas próprias embalagens 
lacradas, que só serão abertas para o uso final do produto. 
O procedimento corresponde em submetê-los, já embalados ou a granel, a 
uma dose minuciosamente controlada dessa radiação, durante um tempo 
predeterminado e com finalidades bem estabelecidas. 
A irradiação pode impossibilitar a multiplicação de microrganismos que 
provocam o apodrecimento do alimento, tais como bactérias e fungos, pela 
transformação de sua estrutura molecular, como também impedir a maturação 
de algumas frutas (olhe a foto abaixo à direita) e legumes, através de 
modificações no processamento fisiológico dos tecidos da planta. 
 
Figura 1 - Cebolas irradiadas há seis meses (direita) Banana Irradiada Banana não irradiada 
e cebolas não irradiadas (esquerda). 
Fonte - https://sites.google.com/site/radiacao12c3/esmiucamn/alimentos-irradiados-parte-ii
https://sites.google.com/site/radiacao12c3/esmiucamn/alimentos-irradiados-parte-ii
 
1.1.4 Métodos de irradiação 
Os essências alimentos irradiados são: Especiarias, Condimentos, Ervas, 
Carnes, Frangos, Frutas secas, Peixes, Vegetais. Os alimentos são irradiados 
embalados, sem o contato manual. 
 
Figura 1 - Desenho esquemático do sistema de irradiação. 
Fonte - extraída do website CTMSP 
Conseguimos unir em três classes os principais procedimentos de irradiação 
dos alimentos, sendo eles: Radurização, Radicidação e Radapertização. 
INDICAÇÃO DE LEITURA 
Para mais informações sobre o assunto acessar: 
https://blog.ifope.com.br/irradiacao-de-alimentos-no-brasil/https://www.folhape.com.br/economia/governo-bolsonaro-estuda-uso- 
amplo-de-tecnologia-nuclear-em-alimentos/129798/ 
http://www.folhape.com.br/economia/governo-bolsonaro-estuda-uso-
Radurização: No processo se usa dose baixas (em média de 50 a 1 kGy) com 
a objetivo de impedir os brotamentos de batata, cebola, alho, etc. Atrasa o 
tempo de maturação das frutas e de deterioração fúngica das frutas e 
hortaliças como morango, tomate, etc. E o manejo de infestações por insetos e 
ácaros em cereais, farinhas, frutas, etc. 
Radicidação ou Radiopasteurização: Nesta técnica se usa doses 
intermediárias (de 1 a 10 kGy) com a finalidade de pasteurizar sucos, atrasar o 
apodrecimento de carnes frescas, controle de Salmonela em mercadorias 
avícolas, etc. 
Radapertização ou Esterilização Comercial: Nesse recurso se usa doses 
elevadas (10 a 70 kGy) na esterilização de carnes, dietas e outros produtos 
processados. 
 
Figura 1 - Filé e peito de peru embalados foram irradiados pela NASA (EUA) para alimentação 
de astronautas. Figura 2 - Símbolo internacional dos Produtos Irradiados denominado 
“Radura”. Fonte – https://empeaconsultoria.com.br/irradiacao-de-alimentos/ 
https://empeaconsultoria.com.br/irradiacao-de-alimentos/
 
 
Figura 1 - Níveis de Doses e Tratamentos de Principais Alimentos. Fonte – Drive pessoal. 
1.2 Efeitos da Exposição dos Alimentos à Radiação com Alta Dose 
As radiações desfazem as associações químicas para formar moléculas de vida 
curta e instáveis, chamada de radicais livres. Certas dessas moléculas dos 
alimentos, se estabelecem uma com a outra formando moléculas intituladas 
“produtos radiolíticos”. A irradiação de carne pode fabricar por exemplo o 
benzeno (hidrocarboneto aromático), a irradiação de alimentos ricos em 
carboidrato pode gerar formaldeídos (gás incolor que evapora com facilidade). 
Essa aplicação não é restrito ao método de irradiação, mas também ocorre nas 
técnicas de cozinhamento, pasteurização e outros, fabricando os produtos 
radiolíticos. Esses efeitos são exclusivos do nível de dose, e na maioria dos 
casos são tão pequenos que se misturam com os que se compõem 
naturalmente nos alimentos. 
A quantia de produtos radiolíticos conseguem ser os únicos que podem 
prejudicar a saúde, especificamente efeitos existem somente na teoria, pois 
ainda não foram identificados. 
 
1.3 O Método de Esterilização de Materiais 
A característica microbiológica dos objetos e matérias-primas tem alta 
importância para as indústrias farmacêuticas e cosmética. A radiação pode ser 
usada para a esterilização total ou redução da contagem microbiana inicial, de 
forma apropriada à necessidade do produto em questão. Qualidades ideais de 
um esterilizante químico. 
 Amplo espectro de ação microbicida; 
 Ação rápida; 
 Compatibilidade com os materiais; 
 Alta capacidade de penetração; 
 Não tóxico para os seres humanos e para o meio ambiente; 
 Baixo odor (fraco); 
 Não corrosivo; 
 Não ser inativo na presença de matéria orgânica; 
 Possuir meios de monitoramento fáceis e precisos da concentração do 
princípio ativo; 
 Fácil de usar; 
 Validade do produto e da solução em uso prolongado; 
 Relação custo-benefício positiva. 
SAIBA MAIS 
O uso de radiação para descontaminação de especiarias é cada vez mais 
importante. As especiarias importadas da Europa de Leste estão 
frequentemente contaminadas por microrganismos patogénicos, 
normalmente Clostridium, Staphylococus, Bacillus, Aspergillus e Fusarium. 
Utilizando uma dose de radiação de 2,5 kGy os fungos e as bactérias são 
reduzidas até 2 ciclos logarítmicos e utilizando 7,5 kGy conseguimos eliminar 
toda a população. 
A MANGA é um exemplo a irradiação desta fruta é uma grande mais-valia 
para a sua preservação. No entanto, os benefícios dependem do grau de 
maturação em que a radiação é aplicada. A dose óptima de radiação é 0,75 
kGy durante 45 minutos. 
 
 
Figura 1 - Ao contrário do processo térmico, muito pouca energia da radiação é consumida em 
aumentar a energia térmica das moléculas que a absorvem. Além disso, a energia necessária 
para esterilização pela radiação é de cerca de 50 vezes menor da requerida para esterilização 
pelo calor. Por isso é chamada de “esterilização a frio”, onde doses variando de 10 a 70 kGy 
são necessárias para o processo. Fonte - https://www.cdtn.br/imagens/4-laboratorio-de-irradiacao-
gama/detail/21-esterilizacao-de-medicamentos 
Na esterilização de medicamentos e fármacos, devem ser observados os 
efeitos da radiação nos princípios ativos dos produtos em questão. 
Na indústria cosmética, os itens de destaque para análise levam em conta os 
aspectos estéticos - cor, odor, textura - e aspectos de uso e processo como 
viscosidade e pH. 
 
Figura 1 - A radiação gama mata todos os microrganismos por meio da ruptura da estrutura 
do seu DNA, não afetando o produto em si. Devido ao alto poder de penetração da radiação 
na matéria, o processo pode ser executado com os produtos já na sua embalagem final para 
o consumidor, e o produto pode ser usado imediatamente após o processo. 
Fonte - https://www.cdtn.br/instalacoes-de-grande-porte/laboratorio-de-irradiacao-gama 
O processo não provoca aumento de temperatura, sendo uma alternativa para 
a esterilização de materiais termossensíveis. A radiação gama não deixa 
resíduos tóxicos e não induz radioatividade nos produtos, pois as energias 
envolvidas são insuficientes para interações com os núcleos. 
https://www.cdtn.br/imagens/4-laboratorio-de-irradiacao-gama/detail/21-esterilizacao-de-medicamentos
https://www.cdtn.br/imagens/4-laboratorio-de-irradiacao-gama/detail/21-esterilizacao-de-medicamentos
https://www.cdtn.br/instalacoes-de-grande-porte/laboratorio-de-irradiacao-gama
CONCLUSÃO 
O preparo por radiação ou irradiação é uma técnica que tem sido bem recebida 
no mundo, com usos tradicionais que abrangem a esterilização de objetos da 
área da saúde reticulação, cura e decomposição de polímeros, irradiação de 
alimentos e a induzimento de cor em gemas preciosas. No entanto, novas 
utilidades têm aparecendo como uma resposta às habilidades e às necessidades 
mundiais. Sobre a área ambiental, a radiação ionizante tem sido usada para 
deteriorar compostos orgânicos em estruturas mais simples e desta maneira 
reduzir o seu tempo de degradação. Hoje em dia, a irradiação de tecidos 
humanos para transplante também foi analisada e hoje é utilizada de maneira 
rotineira. Demais utilidades, abrangendo novos materiais de ciência avançada, 
como óxido de grafeno e nanopartículas também estão sendo analisadas. O 
preparo de bens culturais para desinfeção tem sido empregado também com 
efeito nos últimos anos. Os métodos citados precisam de um programa 
apropriado que assegura a qualidade dos apetrechos, além da presença de boas 
práticas no preparo da irradiação. Assim, o progresso de métodos padrão, sua 
autenticação e controle são fundamentais para tal excelência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE 4 
INTRODUÇÃO 
No momento em que se falamos atividades industriais radiológicas, a proteção 
radiológica industrial é de máxima importância. Consequentemente, contar com 
especialistas no tema é indispensável, para que a proteção radiológica industrial 
seja executada dentro dos critérios Comissão Nacional de Energia Nuclear 
(CNEN), proporcionando toda a segurança necessária. Por esse motivo, a 
proteção radiológica industrial deve manter um sistema de gerenciamento 
médico e dosimétrico dos trabalhadores. A cada 6 meses os profissionais 
realizam exames de saúde, todos os meses recebem dosímetros, para assim 
medir os níveis de radiação individuais, e que serão substituídos mês a mês. 
Estes comprovantes serão arquivados por trinta anos, após o desligamento do 
profissional da empresa. 
1. PRINCÍPIOS DA PROTEÇÃO RADIOLÓGICA INDUSTRIAL 
A instituição contratada para o fornecimento de serviços radiográficos, 
necessitaráestar em compatibilidade com as leis oficiais e específicas sobre 
radiações ionizantes e diretrizes editadas pela Comissão Nacional de Energia 
Nuclear (CNEN) e Secretaria da Saúde especifica de cada cidade onde iram 
trabalhar, tendo que ser apresentado, antes do início dos trabalhos de 
inspeção, a autorização específica para operação, será emitida pela autoridade 
regulatória (CNEN). A diretriz principal que regula as operações de radiologia 
industrial é a CNEN NN-6.04 onde é definido que a empresa deve ter um 
programa de Radioproteção para se garantir que as doses recebidas pelos 
indivíduos estejam dentro dos limites admissíveis. Para isso, é fundamental 
identificar as áreas quanto aos riscos, sendo fundamental que seja feito uma 
programação do ponto de vista da radioproteção. 
Esta programação é elaborada pelo responsável da instalação radioativa e 
aprovado pela administração da instalação, e recebe o nome de “Plano de 
Radioproteção”, tendo que conter todos os itens relativos à segurança 
radiológica, e que apresente no mínimo noções de: 
 Responsabilidades do pessoal de operação; 
 Controle das áreas; 
 Situações de emergência; 
 Treinamento do pessoal diretamente e indiretamente ligado a área radiativa; 
 Controle médico do pessoal envolvido; 
 Transporte de fontes radioativas. 
Poucas vezes a organização da radioproteção deve ser feito de forma a 
atender a uma situação específica definida, por exemplo trabalhos com fontes 
radioativas em obras de campo ou em áreas urbanas. Diante disso o tema do 
plano deve ser aquele definido pela autoridade regulamentadora competente. 
1.1 Equipe Mínima de Técnicos 
O conjunto de técnicos para radiografia industrial deve ser constituída dos 
seguintes trabalhadores: 
 Dois ou mais supervisores de radioproteção qualificados; 
 No mínimo 3 técnicos para áreas abertas e 2 técnicos para áreas fechadas, 
todos qualificados. 
1.2 Cálculo da Taxa de Dose a partir de uma Fonte Radioativa 
Para fontes radioativas ideais, ou melhor, aquelas sujeitas a proporções que 
possam ser apontadas baixas em relação à distância entre ela e o ponto 
estudado para a medida da dose, a equação, produto da análise, que se 
descreve fundamental é citada como: "o dose-rate" de uma fonte gama instável 
num dado ponto, é claramente igual à atividade da fonte e inversamente 
equivalente ao quadrado da distância entre a fonte e o ponto marcado", e 
matematicamente corresponde a formula: 
A 
P = . -------- 
d2 
Na qual o: " " é uma constante propriedade de cada fonte radioativa, e seu 
valor pode ser encontrado em tabelas. 
Seu nome é "Fator característico da irradiação gama da fonte" ou meramente 
"Fator Gama". 
A = atividade da fonte 
d = distância da fonte ao ponto considerado 
Exemplos de Aplicação: 
1. Qual será a taxa de dose equivalente a 5 m de distância de uma fonte de Ir- 
192 com atividade de 400 GBq? 
Solução: 
A taxa de dose pela será: 
A 400 
P = . -------- = 0,13 x ------------ mSv / h 
d2 52
 
P = 2,08 mSv / h 
2. A taxa de dose de 1 mGy/h é medida a 15 cm de uma fonte radioativa de 
Cs-137. Qual é a atividade da fonte? 
Solução: 
1 mGy / h = 1 mSv / h para Raios gama 
A A 
1 mSv/h = G . -------- = 0,0891 x ---------- mSv / h 
d2 0,152
 
1 x 0,0225 
A = ------------------ = 0,25 GBq 
0,0891 
1.3 Limites de Doses 
Os limites primários anuais de doses equivalentes são valores normativos 
reguladas no brasil pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), que 
através da diretriz NN-3.01 determina tais limites para os indivíduos expostos 
às radiações ionizantes os IOE (indivíduo ocupacionalmente exposto), e que 
estão sendo exemplificadas abaixo no quadro. 
 
É importante ressaltar que as doses que estão definidas no quadro acima, são 
aquelas decorrentes da exposição provocadas por instalações radioativas onde 
é usado radioisótopos ou equipamentos de Raios X, não precisando ser levado 
e conta outras exposições devidos à tratamentos, radiodiagnóstico, radiação 
ambiental, estudos clínicos e outros. O controle da dose individual de cada 
profissional deve ser feita através da dosimetria pessoal. 
Por isso, as doses limites permitidas devem ser respeitadas como sendo o 
acréscimo da dose que o indivíduo ou profissional está sujeito resultante de 
seu trabalho diretamente ou indiretamente relacionado ao uso e manuseio das 
fontes de radiação ionizante para fins industriais. Para profissionais que atuam 
em áreas controladas, indispensavelmente devem receber tratamento especial 
do ponto de vista da radioproteção, por exemplo, a utilização de dosímetros de 
leitura indireta, treinamento supervisionado, qualificação, exames clínicos 
periódicos. 
SAIBA MAIS 
As doses equivalentes máximas especificadas na norma CNEN NN-3.01, 
para o corpo todo, são: 
Para adultos profissionais, IOE................................... 20 mSv por ano 
Para indivíduos do público ......................................... 1 mSv por ano. 
 
 
Figura 1 - Localização do dosímetro pessoal para controle da dose. 
Fonte - https://cursosprorad.com.br/ 
Os técnicos que precisam trabalhar em áreas supervisionadas, e 
consequentemente a exposição radiológica não faz parte de sua atividade 
principal, diante disso esses técnicos necessitam de um treinamento específico 
para ambientar-se com os sistemas de radioproteção tais como placas de 
aviso, sinais, áreas proibidas, etc. No entanto o controle de dose para estes 
profissionais são os mesmos que para o público. Indivíduos que trabalham ou 
encontram-se em locais marcados como áreas livres, não exigem nenhuma 
norma especial de segurança, sob o ponto de vista da radioproteção. 
INDICAÇÃO DE LEITURA 
Para maiores informações sobre o assunto acessar: 
https://prorad.com.br/servico/Ind%C3%BAstria 
https://cursosprorad.com.br/
https://prorad.com.br/servico/Ind%C3%BAstria
 
Figura 1 - Instalação Radiográfica Aberta, para inspeção de tubos com Ir-192 e Raios X, com até 
10 m de comprimento. As paredes de 25 cm de concreto baritado, são móveis, podendo ser 
montados em qualquer área da fábrica. Fonte - Foto de VOITH PAPER 
1.4 Segurança dos Equipamentos de Irradiação 
Os irradiadores precisam ter sido examinados e certificados para uso, 
conforme o exemplo abaixo está mostrando, se algum irradiador não contem 
um laudo como este, ele fica proibido de ser usado para qualquer tipo de 
inspeção. 
 
 
Figura 1 – relatório de vistoria de equipamento. Fonte – arquivo pessoal 
CONCLUSÃO 
A Proteção radiológica industrial é um resultado que envolve tudo que está 
associado à segurança para finalidades industriais das radiações utilizadas. 
Portanto, vemos proteção radiológica industrial em condutas diversas, entre as 
quais a radiografia industrial, medidores nucleares, fluoroscopia, aceleradores 
lineares, reatores nucleares, entre outros. A proteção radiológica industrial é um 
grupamento de regras e técnicas essenciais para o andamento das atividades 
que fazem a utilização de radiação ionizante, tanto em ambiente normal de 
operação como também em lugares de emergência. A proteção é o setor 
responsável por obter e manter as licenças de operação liberadas pela CNEN. 
Para tal, precisa atestar a capacidade do corpo técnico da empresa, bem como a 
gestão médica e a dosimétrico. Além de tudo, a proteção radiológica industrial 
deve confirmar fundação e organização adequada para os aparelhos usados 
para controle radiológico e operação. 
REFERÊNCIA 
Andreucci, Ricardo, "Radiologia Industrial", São Paulo/SP, ABENDE, Jun./2003 
Andreucci, Ricardo, "Proteção Radiológica da Industria - Aspectos Básicos", 
São Paulo, ABENDE, Jul./2003 
Código ASME Sec. V e VIII Div.1 "American Society of Mechanical Engineer, 
New York, Ed.2004 
Leite, P. GP, "Curso de Ensaios Não Destrutivos", São Paulo, 8a ed. 
USA, EASTMAN KODAK COMPANY, "Radiography in Modern Industry", 4a 
Ed. New York, 1974 
Sanchez,W. ; "EnsaiosNão Destrutivos pela Técnica de Raios X e Gama", 
Informação Nr.29 IEA, Instituto de Energia Atômica, São Paulo, 1974 
Bélgica, Agfa Gevaert, "Radiografia Industrial" 
BRYANT, L., Nondestructive Testing Handbook - Radiography and Radiation 
Testing, 2a Edição, Ohio/USA, ASNT, vol. 3 
FMI-Food Marketing Institute, “Backgrounder”, Washington DC, Fev./ 2000 
Matthias Purschke, "The X Ray Inspection", GE-Inspection Technologies, 
Alemanha, 2004

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