Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

1
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
2
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
3
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Núcleo de Educação a Distância
GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO
Diagramação: Rhanya Vitória M. R. Cupertino
Revisão Ortográfica: Águyda Beatriz Teles
PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira.
O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para 
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por 
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.
4
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Prezado(a) Pós-Graduando(a),
Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!
Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança 
em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se 
decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as 
suas expectativas.
A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma 
nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra-
dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a 
ascensão social e econômica da população de um país.
Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida-
de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos. 
Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas 
pessoais e profissionais.
Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são 
outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi-
ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver 
um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atu-
ação no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo 
importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe-
rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de 
ensino.
E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a) 
nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial. 
Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos 
conhecimentos.
Um abraço,
Grupo Prominas - Educação e Tecnologia
5
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
6
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!
É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha 
é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo-
sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é 
você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve-
rança, disciplina e organização. 
Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como 
as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua 
preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo 
foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de 
qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho.
Estude bastante e um grande abraço!
Professor: Yuri Sotero Bonfim
7
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao 
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela 
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes 
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao 
seu sucesso profisisional.
8
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Nesta unidade abordar-se-á a história e a conceituação do 
trabalho e a sua relação com as necessidades dos seres humanos. 
Será contextualizada também a história da segurança e saúde do tra-
balho nos contextos mundial e nacional. Através da Introdução à En-
genharia de Segurança do Trabalhado serão reforçados conceitos bá-
sicos a serem utilizados ao longo de todo o curso, como: Acidente do 
Trabalho, Acidente de trajeto, Incidente, Higiene ocupacional, Saúde 
Ocupacional, Segurança do Trabalho, Comunicação de Acidente de 
Trabalho – CAT e Riscos Ocupacionais. Outrossim, serão explorados 
os conteúdos das NR: NR 1 – Disposições gerais e gerenciamento de 
riscos ocupacionais, NR 3 – Embargo ou Interdição. NR 4 – Serviços 
Especializados em Segurança e em Medicina do Trabalho, NR 5 - Co-
missão Interna de Prevenção de Acidentes e NR 28 - Fiscalização e 
Penalidades. Justifica-se por causa da relevância da aplicação desses 
conceitos e legislações no contexto laboral, de forma a prevenir aci-
dentes e doenças ocupacionais. Através da revisão bibliográfica dos 
conteúdos supracitados, fica evidente a importância do fomento de 
estudos acerca da saúde e segurança do trabalho, para aplicação efi-
ciente e em harmonia com as atualizações e tecnologias do mercado.
Segurança do Trabalho. Engenharia. Saúde. Normas Regulamentadoras. 
Riscos. Acidentes.
9
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
 CAPÍTULO 01
A EVOLUÇÃO DA ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO
Apresentação do Módulo ______________________________________ 11
13
36
O Trabalho e a Humanidade: Breve Histórico, Contextualização 
da Atualidade e Definição _____________________________________
Norma Regulamentadora 1 – Disposições Gerais e Gerenciamen-
to de Riscos Ocupacionais _____________________________________
 CAPÍTULO 02
AS NORMAS REGULAMENTADORAS DA ENGENHARIA DE SEGU-
RANÇA DO TRABALHO
As Normas Regulamentadoras - NR ____________________________ 31
26Recapitulando ________________________________________________
Norma Regulamentadora 4 – Serviços Especializados em Segu-
rança e em Medicina do Trabalho _______________________________ 40
17A História da Segurança do Trabalho ____________________________
39Norma Regulamentadora 3 – Embargo ou Interdição ___________
Norma Regulamentadora 5 – Comissão Interna de Prevenção de 
Acidentes – CIPA _______________________________________________ 45
23A Segurança do Trabalho na Contemporaneidade _______________
24
Conceitos Básicos na Engenharia de Segurança do Trabalho: Se-
gurança do Trabalho, Higiene Ocupacional e Medicina do Traba-
lho ____________________________________________________________
10
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Norma Regulamentadora 28 – Fiscalização e Penalidades ________ 55
Recapitulando __________________________________________________ 59
 CAPÍTULO 03
RISCOS E ACIDENTES DO TRABALHO
Os Riscos Ocupacionais _______________________________________ 64
Os Acidentes do Trabalho ______________________________________ 68
Recapitulando _______________________________________________ 87
Fechando a Unidade ___________________________________________ 92
Referências ____________________________________________________ 98
11
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
SO trabalho sofreu, desde os primórdios, alterações na sua for-
ma de concepção e objetivo. Passando pela época pré-histórica, em 
que através das atividades comuns se conquistava alimentos e outras 
necessidades básicas. Num segundo momento, passando pela era da 
escravidão, posteriormente, pela servidão (ambos sem liberdade), e so-
frendo transformações, a passos lentos, em todo o mundo (e de forma 
desigual), até as conquistas dos direitos dos trabalhadores, posterior-
mente, as legislações (internacionais e nacionais) específicas de segu-
rança do trabalho, dentre outras.
No contexto atual, o trabalho é muito mais do que uma habitual 
forma de garantir as necessidades básicas, ele influi em alguns outros 
fatores de segurança, social, pessoal, motivacional, e até mesmo auto-
estima e autorrealização. Ou seja, não basta apenas ser bem remune-
rado, são envolvidos valores, sinergia, cultura e satisfação.
Diante da relevância atribuída ao trabalho no cenário contempo-
râneo, é inevitável o desenvolvimento de maiores estudos relacionados 
ao tema. O trabalho deve ser visto de forma multidisciplinar, pois, envolve 
história, direito, saúde, engenharia, segurança, ergonomia, estatística etc.
No primeiro momento, será explanada a história do trabalho e 
da segurança do trabalho, bem como sua contextualização no tempo 
presente. Além de destacar algumas dicas do conteúdo, que serão da-
das ao longo da unidade.
Durante toda a unidade, também serão conceituados alguns 
termos técnicos comumente utilizados, no tocante ao enredo dos con-
teúdos apresentados. 
O governo, as empresas, os trabalhadores e os demais envol-
vidos devem contribuir para uma sociedade em que o trabalho possa 
trazer aos envoltos condições de integridade física e mental. Para isso, 
é importante que cada um desempenhe seu papel, onde o governo deve 
criar, atualizar e aperfeiçoar a cada momento as políticas de segurança, 
além de fiscalizar e garantir que as normas sejam cumpridas, aplicando 
as respectivas penalidades, em caso de inobservância destas. As empre-
sas têm o papel de preparar um ambiente de trabalho seguro e saudável 
para o desempenho das atividades laborais, ademais, devem viabilizar 
e aplicar as legislações vigentes, nas esferas federal, estadual, munici-
pal etc., e aquela que se demonstrar mais prevencionista. O trabalhador 
deve usufruir das ferramentas, equipamentos, treinamentos disponíveis 
de forma adequada, trabalhando de maneira segura e saudável.
Ante tais considerações, também se destacam os papeis da 
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, Serviços Espe-
cializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho 
12
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
– SESMT, mercado, familiares e comunidade em geral, que serão vis-
tos ao longo do curso, e que devem estar engajados no propósito de 
constante melhoria.
A susceptibilidade é um termo fundamental na Segurança do 
Trabalho, e que deve ser sempre levada em consideração ao longo de 
toda a leitura das apostilas do curso, pois, cada indivíduo possui carac-
terísticas individuais, e através delas deve-se adaptar a composição e a 
implementação das medidas de controle e prevenção.
Acidente do trabalho é aquela situação ocorrida no ambiente 
laboral, que venha a gerar danos, perdas ou morte. Deve ser estudado 
pelos profissionais da área de forma minuciosa, e será tratado no 3º 
capítulo desta unidade.
Para ocorrer o acidente de trabalho é necessário haver risco. Es-
ses riscos podem ser classificados: físico, químico, biológico, mecânico 
ou ergonômico. Nesta unidade será feita uma introdução geral aos con-
ceitos relacionados aos riscos, bem como os fatores que os envolvem.
Ao ocorrer um acidente ou no momento da identificação de 
uma doença ocupacional, deverá ser feita, obrigatoriamente, a abertura 
da Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT, online, no aplicativo 
ou nas agências do Instituto Nacional do Segurança Social – INSS (que 
será explicada com mais detalhes no capítulo 3).
Contudo, serão expostas também formas de prevenção e con-
trole de acidentes e doenças de formas gerais.
13
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
O TRABALHO E A HUMANIDADE: BREVE HISTÓRICO, CONTEX-
TUALIAÇÃO DA ATUALIDADE E DEFINIÇÃO 
O trabalho, regulamentado ou não, pode ser descrito desde os 
primórdios, onde o homem, para conquistar suas necessidades fisiológi-
cas (comer, beber, dormir) precisou ir em busca destas, ou seja, precisou 
realizar uma atividade (caça, pesca, busca de novos rios ou novas caver-
nas) obtendo alimento, comida e/ou local para dormir. Afinal, era preciso 
esforço (e ainda é), para garantir as condições básicas de sobrevivência.
Destaca-se também, ao longo da história, o trabalho escravo 
(abolido em 1888, no Brasil, através da Lei Áurea), em que se trabalha-
va sem limites e mal tinha acesso às necessidades básicas, por não ser 
“livre”, ou seja, não se tinha poder de escolha.
A EVOLUÇÃO DA ENGENHARIA
DE SEGURANÇA DO TRABALHO
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
13
14
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Na época do feudalismo, houve a época da servidão, onde es-
tas pessoas atendiam a um senhor feudal, como forma de prestação de 
serviço, e não eram livres (MARTINS, 2000).
O trabalho sofreu inúmeras transformações ao longo dos sécu-
los, no mundo todo, sendo relatado em cada país, de forma ou em épocas 
diferentes, porém, com resquícios de influências de tendências mundiais.
O trabalho é uma das características que distinguem o homem do resto das 
criaturas, cuja atividade, relacionada com a manutenção da própria vida, não 
se pode chamar trabalho; somente o homem tem capacidade para o trabalho 
e somente o homem o realiza preenchendo ao mesmo tempo com ele a sua 
existência sobre a terra. Assim, o trabalho comporta em si uma marca parti-
cular do homem e da humanidade, a marca de uma pessoa que opera numa 
comunidade de pessoas; e uma tal marca determina a qualificação interior do 
mesmo trabalho e, em certo sentido, constitui a sua própria natureza (JOÃO 
PAULO II, 1981).
Com o passar dos anos, além das necessidades fisiológicas, 
têm alcançado desta que também, as necessidades de satisfação e re-
alização pessoal, sendo estas mais difíceis de atingir, porém, buscadas 
pelo indivíduo com maior intensidade nas últimas décadas.
Segundo Schemann (2018), essas necessidades dos seres 
humanos podem ser sintetizadas através da chamada “Teoria das ne-
cessidades humanas”, conhecida mundialmente, por ser uma forma de 
representar resumida e hierarquicamente, por Abraham Maslow (psicó-
logo norte-americano). Sendo cinco níveis: fisiologia, segurança, social, 
estima e realizações pessoais, conforme imagem a seguir: 
Figura 1 – Pirâmide de Maslow
Fonte: Schermann, 2018.
15
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
É de grande relevância compreender essa pirâmide, pois, é 
possível analisar qual é a motivação que leva determinada pessoa a 
ir em busca de um trabalho. Salienta-se também, o segundo item da 
pirâmide que trata da “Segurança”, seja ela da família, do corpo ou da 
propriedade, que confirma a importância desta, não somente para aten-
dimento as legislações, mas por ser uma busca constante do indivíduo, 
consciente ou inconscientemente. Sendo assim, essa pirâmide não é 
usada somente na administração e psicologia, mas também em diver-
sas outras áreas, como na segurança do trabalho.
A definição do trabalho adquire importância cada vez maior para compreen-
são da vida humana, poisimplica em diversos aspectos da vida, desde sua 
concepção como transformação de energia – para os físicos o trabalho pode 
ser realizado enquanto se consome certa quantidade de energia (térmica, 
química, elétrica) – até sua compreensão como fator de produção (segundo 
os economistas) ou seja, como uma atividade para produzir bens econômi-
cos (MONTEIRO, 2011, p. 23).
A origem da palavra trabalho vem:
Do latim tripalium, que é um termo formado pela união de dois elementos, tri 
(três) e palium (madeira). Tripalium nada mais era do que um instrumento de 
tortura construído com três estacas afiadas, dessa forma, evidenciando uma 
estreita relação entre trabalho e tortura. Essa relação aconteceu pelo fato 
de as atividades que envolviam trabalho serem relacionadas às atividades 
físicas produtivas realizadas em geral por agricultores, artesãos, pedreiros 
etc. Esse equipamento era destinado a ser utilizado em pessoas pobres sem 
condições nem possibilidades de pagamento de impostos. Posteriormente, o 
termo passou a ser utilizado pelos franceses sob a denominação travailler e 
significava atividade exaustiva ou atividade difícil.
Em todo caso, de acordo com o dicionário MICHAELIS (2019), 
o trabalho pode ser descrito como: “Conjunto de atividades produtivas 
ou intelectuais exercidas pelo homem para gerar uma utilidade e alcan-
çar determinado fim. (...) Atividade profissional, regular, remunerada ou 
assalariada, objeto de um contrato trabalhista.”
Destarte, o homem, liberto do jugo do Poder Público, reclama uma nova forma 
de proteção da sua dignidade, como seja a satisfação das carências mínimas, 
imprescindíveis, o que outorgará sentido à sua vida (ALARCÓN, 2004, p. 79).
Conforme dados do IBGE (2023), a população brasileira passa 
dos 215 milhões de habitantes. Porém, parte desta população é consi-
derada “ocupada”, ou seja, possui algum tipo de trabalho.
Entretanto, verifica-se na atualidade um grande aumento nos 
16
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
postos de trabalho informal e/ou não regulamentado. Traduzindo no 
contexto da Saúde e Segurança do Trabalho – SST: locais que em sua 
maioria não possuem acompanhamento de um profissional qualificado, 
que vise garantir a aplicação das legislações de SST.
Filme: Tempos modernos (1936)
Filme marcante na história do cinema, estrelado por Charles 
Chaplin (onde ele é o autor, diretor e ator), que retrata de forma di-
vertida os problemas sociais, que principalmente os cidadãos ame-
ricanos enfrentavam naquela época. Trata-se de uma crítica sobre o 
que ocorria durante a Revolução Industrial. Segundo Martins:
Tempos Modernos conta a história do Vagabundo nesse período da 
crise americana, inicialmente já trabalhando em uma indústria de pro-
dução de peças em série. Com suas chaves de fendas, ele divide as ta-
refas com seus demais companheiros, enroscando parafusos em uma 
grande esteira de placas metálicas. Claro que ele se atrapalha diversas 
vezes nesse árduo trabalho repetitivo, provocando diversas confusões 
com seus colegas de trabalho. Enquanto isso, o presidente da empresa 
recebe uma proposta de uma empresa sobre uma Máquina Revolucio-
nária, que reduziria o horário de almoço de seus empregados, já que ela 
desempenharia todo o trabalho de alimentar os mesmos. Para testar a 
novidade, o presidente convoca o Vagabundo para testar a máquina. No 
início ela funciona muito bem, mas depois de alguns problemas técni-
cos, a engenhoca se mostra bem perigosa, fazendo com que o Vagabun-
do se alimentasse rápido demais e, somada às atividades repetitivas de 
seu trabalho, ele enlouquece de vez: começa a parafusar tudo e a todos 
ao seu redor, gerando grandes confusões até que ele vai parar em uma 
clínica psiquiátrica para tratar sua crise nervosa (MARTINS, M. 2014).
Figura 2 – Cena do filme Tempos Modernos
17
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Fonte: MARTINS, 2014.
A HISTÓRIA DA SEGURANÇA DO TRABALHO
A segurança do trabalho não tem uma “data” ou “ano” que de-
signa ou informa seu começo. Foram alguns fatos ocorridos, ao redor 
do mundo, que ao longo da história representaram e se consolidaram, 
para chegar aonde se está hoje.
“Até o início da Revolução Industrial existem poucos relatos so-
bre acidentes e doenças provenientes do trabalho, pois, nesse período, 
predominava o trabalho escravo e manual” (SALIBA, 2016). Durante a 
revolução industrial (iniciada no século XVIII, na Inglaterra, através do 
processo de substituição do trabalho artesanal pelas máquinas), que foi 
um fato percussor em relação ao aumento do número de acidentes e 
problemas de saúde, por conta desse ambiente de trabalho agressivo 
e da forma desordenada como o labor humano estava sendo tratado. 
Nesta época não existiam regras ou fiscalização que atuasse diante 
destes ocorridos. Apesar desta situação, começou-se a perceber que o 
ser humano ainda faz parte do processo produtivo, e que este deve es-
tar saudável para desempenhar suas atividades. Caso contrário, ocor-
rerão danos e perdas materiais e humanas, atrapalhando os processos, 
aumentando os prazos de entrega etc. Ainda que seja um pensamento 
retrógado, nesta época não havia valorização do trabalhador em si, mas 
do lucro que ele poderia gerar através de uma gestão de produtividade, 
como será visto nas ilustrações a seguir.
Figura 3 - Pessoas trabalhando até 18 horas por dia durante a Revolução 
Industrial
Fonte: História de Tudo, 2018.
18
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Figura 4 – Crianças trabalhando
Fonte: História Liberta, 2018.
Figura 5 - Produções em série
Fonte: Estudo Prático, 2018.
Segundo Saliba:
As condições de trabalho precárias somadas às jornadas de trabalho exces-
sivas (15 a 16 horas diárias) provocaram reações por parte do proletariado, 
desencadeando vários movimentos sociais que influenciaram os políticos e 
legisladores a introduzir medidas legais. Assim, em 1833, o parlamento in-
glês decretou a “lei das fábricas”, que proibia o trabalho noturno aos menores 
de 18 anos e limitava a jornada de trabalho a 12 horas por dia e 69 semanais 
(SALIBA, 2016, p. 21).
Algumas lutas iniciaram-se em buscas de salário, que eviden-
cia a saída da postura de aceitação, muito comum naquela época, onde 
somente a burguesia possuía voz.
O chamado Ludismo foi uma das primeiras formas de luta dos trabalhadores. 
O movimento ludista era formado por grupos de trabalhadores que invadiam 
as fábricas e quebravam as máquinas. Os ludistas conseguiram algumas 
19
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
vitórias, por exemplo, alguns patrões não reduziram os salários com medo de 
uma rebelião (GOMES, 2017).
“As primeiras leis de acidente do trabalho surgiram na Alema-
nha, em 1884, estendendo-se logo a vários países da Europa, até che-
gar ao Brasil por meio do Decreto Legislativo n. 3.724, de 15.1.1919” 
(SALIBA, 2016).
No Quadro 1 estão descritos alguns marcos concernentes a 
Segurança do Trabalho no mundo (em destaque, estão os ocorridos no 
Brasil):
Quadro 1 – Marcos históricos da segurança do trabalho
20
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
21
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
22
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Fonte: Adaptado de SENAC, 2019.
A FUNDACENTRO, instituição voltada a estudos e pesqui-
sas no âmbito da Saúde e Segurança dotrabalho, tem por objetivo: 
“Produzir e difundir conhecimento sobre Segurança e Saúde no Traba-
lho e Meio Ambiente, para fomentar, entre os parceiros sociais, a incor-
poração do tema na elaboração e gestão de políticas que visem o de-
senvolvimento sustentável com crescimento econômico, promoção da 
equidade social e proteção do meio ambiente.” (FUNDACENTRO, 2018). 
Criada em 1966, possui 13 estabelecimentos espalhados 
no Brasil (a localização de cada uma dessas centrais pode ser en-
contrada em seu site).
A FUNDACENTRO possui materiais ricos que devem ser 
explorados pelo estudante e profissional da área.
Para saber mais sobre esse assunto, acesse:
 <http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/inicio>.
Além disso, acesse o canal da fundação no Youtube:
<https://www.youtube.com/user/fundacentrooficial> e con-
fira diversos vídeos nacionais relacionados ao tema, eles dispõem 
de conteúdos sempre atualizados.
23
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
A SEGURANÇA DO TRABALHO NA CONTEMPORANEIDADE
Atualmente, observa-se que as empresas evoluíram em rela-
ção à SST, onde passaram daquela visão de “procurar cumprir somente 
a legislação e não pagar multas”, para a constatação de que as conse-
quências das aplicações de SST no ambiente laboral, além de salvar vi-
das, trazem inúmeros benefícios: agrega valor ao produto, reduz perda 
de tempo, melhora a produtividade, traz motivação, além de trazer uma 
imagem positiva à marca da empresa, entre outros.
Através dos tópicos a seguir expõem-se, a fim de compreender 
as atuais características da Segurança do Trabalho, que ocorreram por 
meio da evolução que tem por objetivo se ter práticas e atividades labo-
rais seguras nos diversos ambientes de trabalho:
• A dignidade do trabalho passou a ser fator fundamental na prática das ativi-
dades, bem como as medidas de gratificação que promovem a qualificação 
profissional e crescimento como cidadão.
• Tornou-se comum a adaptação do trabalho ao homem, priorizando as ques-
tões de ergonomia aplicadas na legislação de SST, sendo evidenciada na 
adaptação e ajuste de máquinas, equipamentos e mobiliário, mudança dos 
processos produtivos, jornadas de trabalho e intervalos.
• O novo conceito de saúde foi consolidado, não relacionado apenas à inexis-
tência das doenças, e sim enfatizando a plena saúde física, mental e social. 
As normas legais buscam hoje em dia um ambiente de trabalho saudável, 
sem a única preocupação com existência de agentes insalubres, e sim com 
a preocupação com a prevenção de qualquer fator negativo do ambiente.
• Os trabalhadores passam a ter acesso às informações relativas à seguran-
ça e à saúde no ambiente de trabalho, bem como a garantia de participação 
nos processos de elaboração das normas por meio de representantes.
• Os fatores e agentes de risco no ambiente de trabalho não são mais con-
siderados problemas isolados e passam a ter uma importância geral. A po-
tencialização dos agentes torna-se comum pelo contato entre eles. A jornada 
de trabalho excessiva, as condições ambientais e processos passam a ter 
relação direta com a geração e o agravo das doenças ocupacionais.
• Extinção de fatores de risco, por meio da priorização das medidas de con-
trole de eliminação e que tenham alcance coletivo.
• Priorização das medidas coletivas de controle em detrimento das medidas 
de proteção individual.
• A limitação do tempo de exposição do trabalhador a atividades insalubres 
passa a contar com a possibilidade de redução da carga horária de trabalho.
• Proibição de prêmios por produtividade e limitação da jornada são ações 
que tem o objetivo de evitar a repetição e a monotonia no trabalho, consequ-
ências geralmente das tarefas de trabalho mecânico, onde não haja necessi-
dade da utilização de criatividade ou raciocínio constante.
• O empregador passa a ter responsabilidade pela aplicação das normas, sen-
24
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
do que assume a geração dos riscos no ambiente de trabalho. No caso de 
terceirização de serviços, aplica-se o princípio da responsabilidade solidária.
• O empregador ou tomador de serviço atualmente passa a ser responsável 
pela aplicação das normas de segurança e saúde do trabalho, adotando o prin-
cípio de que quem gera o risco é responsável por ele. Na presença de serviços 
terceirizados, já é frequente o estabelecimento de responsabilidade solidária 
entre tomadores de serviços e empregadores formais (SENAC, 2019).
Baixe aplicativos de SST
Baixe aplicativos de Segurança no Trabalho em seu celu-
lar, para realizar consultas e qualquer lugar que estiver, são ótimas 
ferramentas para a vida acadêmica e profissional.
Pesquise pelos assuntos abaixo, e baixe os de sua prefe-
rência:
Normas Regulamentadoras – NR
SST – Saúde e Segurança do Trabalho
CLT – Consolidação das Leis Trabalhistas
Medidor de ruídos – decibéis 
*Os aplicativos podem variar conforme o sistema opera-
cional do celular. Como por exemplo: Android ou IOS.
CONCEITOS BÁSICOS NA ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO 
TRABALHO: SEGURANÇA DO TRABALHO, HIGIENE OCUPACIO-
NAL E MEDICINA DO TRABALHO
Para iniciar o estudo desta e das próximas unidades, é essencial 
entender os conceitos principais que dividem e complementam a SST.
No Quadro 2 serão analisadas as diferenças entre os estudos 
de grandes áreas que dividem a SST:
Quadro 2 - Diferença entre termos comuns da SST
25
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Fonte: Saliba, 2016.
26
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: TRT - 4ª REGIÃO (RS): Analista Judi-
ciário - Especialidade: Medicina (do Trabalho)
Uma das competências previstas na NR-4 para os profissionais in-
tegrantes dos Serviços Especializados em Engenharia de Seguran-
ça e em Medicina do Trabalho é manter entrosamento permanente 
com a) o Centro de referência de saúde do trabalhador da região.
b) o Departamento de Recursos Humanos da empresa.
c) o Sindicato da categoria econômica.
d) a Presidência da empresa (alta direção).
e) a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.
QUESTÃO 2
Ano: 2014 Banca: FEPESE Órgão: Prefeitura de Florianópolis - SC 
Prova: FEPESE - 2014 - Prefeitura de Florianópolis - SC - Técnico 
em Segurança do Trabalho
Como é denominada a ocorrência, geralmente não planejada, que 
resulta em dano à saúde ou à integridade física de trabalhadores 
ou indivíduos do público?
a) Incidente
b) Falha humana
c) Risco do trabalho
d) Acidente de trabalho
e) Circunstância indesejada
QUESTÃO 3
Ano: 2017 Banca: IADES Órgão: Correios Provas: IADES - 2017 - 
Correios - Técnico em Segurança do Trabalho Júnior 
A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) deve ser registrada 
on-line ou de forma manual no devido órgão competente. Para tan-
to, são necessárias quatro vias: a primeira é entregue ao INSS; a 
segunda, ao segurando ou dependente; a terceira, ao sindicato de 
classe do trabalhador. A quarta via pertence à (ao)
a) Empresa
b) Receita Federal
c) Ministério do Trabalho e Emprego
d) Tribunal Regional do Trabalho
e) Delegacia Regional do Trabalho
27
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
QUESTÃO 4
Ano: 2018 Banca: SELECON Órgão: SECITEC - MT Prova: SELE-
CON - 2018 - SECITEC - MT - Técnico de Apoio Educacional
O conceito legal de acidente de trabalho é aquele que decorre do 
exercício da atividade profissional, a serviço da empresa, em que:
a) tal fato é inesperado, não planejado, que interfere ou interrompe todo 
o processo normal de trabalho, provocando lesão corporal, dano mate-rial e/ou perda de tempo
b) não se produz incapacidade laborativa
c) as atividades são exercidas em condições especiais sob as quais o 
trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente
d) provoca lesão corporal ou perturbação funcional que cause morte ou 
perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o 
trabalho
QUESTÃO 5
Provas: FUNRIO - 2013 - INSS - Analista - Engenharia em Seguran-
ça do Trabalho 
Disciplina: Segurança e Saúde no Trabalho - Assuntos: OIT
Um dos piores desastres industriais de todos os tempos ocorreu em 
Bhopal, na Índia em dezembro de 1984, quando um vazamento de 
produtos químicos de uma instalação da Union Carbide matou mais 
de 7000 pessoas, feriu muitas outras e deixou graves sequelas e pro-
blemas de saúde na população humana e animal da região até os dias 
de hoje. Os históricos de acidentes industriais mundiais de graves 
proporções levaram o mundo a pensar em normas cada vez mais rígi-
das de controle de riscos e maior segurança no trabalho. A Organiza-
ção Internacional do Trabalho trata das normas gerais de prevenção 
de acidentes industriais maiores na convenção de número:
a) 174
b) 144
c) 168
d) 176
e) 178
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE
A partir do contexto histórico da Segurança do Trabalho no Brasil e no 
mundo, evidencia-se que o objetivo da SST é assegurar ao trabalhador 
qualidade de vida no trabalho, além de prevenir e controlar doenças e 
acidentes do trabalho. Parte do cenário atual é regido por empresas que 
buscam lucro e não estão dispostas a adotar as medidas de SST ou 
cumprir as legislações vigentes. Sobre o enunciado, comente acerca do 
28
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
papel do Engenheiro de Segurança do Trabalho diante dos problemas 
contemporâneos da área. 
TREINO INÉDITO
São marcos históricos da Segurança do trabalho, exceto:
a) criação da OIT – Organização Internacional do Trabalho
b) a criação da CLT – Consolidação das Leis do Trabalho
c) a publicação das NR – Normas Regulamentadoras
d) o Tratado de Tordesilhas
e) o lançamento do livro “Doença dos Artífices”, escrito por Bernardino 
Ramazzini.
NA MÍDIA
45 BARRAGENS PREOCUPAM ORGÃOS FISCALIZADORES, APON-
TA RELATÓRIO DE SEGURANÇA DE BARRAGENS, ELABORADO 
PELA AGENDA NACIONAL DAS ÁGUAS – ANA- 19/11/2018
Figura 6 - Barragem da Usina Hidrelétrica Funil (UHE Funil) no rio Grande (MG).
Fonte: ANA, 2018
O Brasil possui um cadastro com 24.092 barragens para diferentes fina-
lidades, como acúmulo de água, de rejeitos de minérios ou industriais 
e para geração de energia (...) O total de barramentos será conhecido 
quando todos os órgãos e entidades fiscalizadoras cadastrarem todas 
as barragens sob sua jurisdição, conforme estabelece, entre outras 
obrigações, a Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB), 
instituída pela Lei nº 12.334/2010.
Das 24.092 barragens, 3.545 foram classificadas pelos agentes fiscali-
zadores segundo a Categoria de Risco (CRI) e 5.459 quanto ao Dano 
Potencial Associado (DPA). Das barragens cadastradas, 723 (ou 3%) 
foram classificadas simultaneamente como de CRI e DPA altos. (...) O 
número de barragens apontadas como mais vulneráveis subiu de 25 
em 2016 para 45 em 2017. No período coberto pelo Relatório, foram 
reportados quatro acidentes e 10 incidentes envolvendo barragens. Não 
29
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
foram registradas vítimas fatais. 
(...) O Brasil possui 43 potenciais agentes fiscalizadores, dos quais qua-
tro são federais e 39, estaduais. 
Fonte: Agência Nacional das Águas - ANA
Data: 19 nov. 2018
Leia a notícia na íntegra:http://www3.ana.gov.br/portal/ANA/noticias/
45-barragens-preocupam-orgaos-fiscalizadores-aponta-relatorio-de-se-
guranca-de-barragens-elaborado-pela-ana
NA PRÁTICA
A Segurança do Trabalho se faz presente no cotidiano de diversas empre-
sas e obras. Quando acontecem acidentes com pequenos danos (material 
e pessoal), uma imagem negativa relacionada à empresa é incorporada a 
sua marca, na região onde encontra-se instalada. Porém, os acidentes de 
comoção nacional, devido ao grande número de mortos e desaparecidos, 
como os desastres ocorridos nas cidades Mariana, em 05/11/2015, e Bru-
madinho, em 25/01/2019, ambas localizadas em Minas Gerais/MG, gera-
ram grande alerta em todo o Brasil, no tocante às barragens existentes.
Segundo a ANA (2018) existem 24.092 barragens no Brasil, dentre elas, 
9.004 estão cadastradas. Dentre as barragens cadastradas, 3% foram 
classificadas como sendo de Categoria de Risco - CRI e Dano Potencial 
Associado - DPA altos. 
Ainda segundo a reportagem (ANA, 2018), “o Brasil possui 43 poten-
ciais agentes fiscalizadores”. Recursos públicos são destinados para 
investimento em segurança, inclusive para “manutenção e recuperação 
de barragens”. 
A realidade é que grande parte do poder público não cumpre com as 
normas de SST, não somente as empresas privadas. Ainda não é habi-
tual que em ambientes públicos (como Prefeituras, por exemplo), se te-
nha uma cultura de segurança do trabalho. Por isso, observa-se que as 
obrigações são cobradas em sua maioria de empresas privadas (ainda 
que de forma eventual atualmente).
É necessária uma cultura de segurança do trabalho forte, dentro das 
empresas, para prevenção e eliminação de acidentes, através do con-
trole das equipes de SESMT e CIPA, com a colaboração dos funcioná-
rios e cobrança da empresa. 
Além disso, cabe constante fiscalização de responsabilidade governa-
mental, e criação de legislações mais rígidas, para que assim, possam 
se resguardar inúmeras vidas e se evitar desastres como estes.
PARA SABER MAIS
Filme: O operário (Brad Anderson, Universal, 1988)
30
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Acesse o link: https://enit.trabalho.gov.br/portal/
Reportagem: https://exame.abril.com.br/carreira/o-trecho-mais-polemi-
co-da-nova-clt-prejudica-parentes-de-vitimas-da-vale/
31
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
AS NORMAS REGULAMENTADORAS - NR
Ainda que de forma tardia, o Brasil passou a criar legislações 
no que diz respeito à Engenharia de Segurança do Trabalho, para re-
gulamentar o trabalho de uma maneira mais harmoniosa, com a capa-
cidade humana. 
Entretanto, sabe-se que essas normas, por mais que sofreram 
alterações ao longo dos anos, estão defasadas e precisam ser aperfei-
çoadas, de acordo com as necessidades atuais.
Atualmente, o conjunto de normas nacionais voltadas especi-
ficamente à Engenharia de Segurança do Trabalho são denominadas 
como “Normas Regulamentadoras”, também conhecidas através da si-
gla “NR”. São consideradas o “norte” de todo profissional da área.
AS NORMAS REGULAMENTADORES DA
ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
31
32
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Conforme a Secretaria de Inspeção do Trabalho (Escola Nacio-
nal de Inspeção do Trabalho – ENIT):
As Normas Regulamentadoras (NR) são disposições complementares ao ca-
pítulo V da CLT, consistindo em obrigações, direitos e deveres a serem cum-
pridos por empregadores e trabalhadores com o objetivo de garantir trabalho 
seguro e sadio, prevenindo a ocorrência de doenças e acidentes de trabalho. 
A elaboração/revisão das NR é realizada pelo Ministério do Trabalho adotando 
o sistema tripartite paritário por meio de grupos e comissões compostas por 
representantes do governo, de empregadores e de empregados (ENIT, 2019).
No Brasil, paraa criação ou atualização das NR é necessária a 
organização da “comissão tripartite”, onde se reúnem representantes de 
todas as categorias que as envolvem, sendo elas: empregados, empre-
gadores e governo. Através dessa comissão, são publicadas portarias 
pelo Ministério do Trabalho e Emprego para divulgação dessas NR.
“As NRs foram instituídas pelo MTE, por meio da Portaria nº 3.214, 
de 8 de junho de 1978, para estabelecer os requisitos técnicos e legais a 
respeito da segurança e saúde ocupacional (SZABÓ JÚNIOR, p.11, 2018).
No Quadro 3 a seguir, constam as NRs (com seus respectivos 
anexos), sendo que duas delas foram revogadas. Estas tratam de diver-
sos segmentos, responsabilidades, órgãos, competências etc.
Quadro 3 – Normas Regulamentadoras - NR
33
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
34
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
35
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Fonte: MTE, 2023.
As Normas Regulamentadoras “NR” estão em constante mo-
dificação pela comissão tripartite. Por isso, o acadêmico ou profissio-
nal da área, deve estar atento a essas atualizações, acompanhando 
através do site https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/com-
posicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/segu-
ranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/normas-regulamentadoras-nrs
No início do texto de toda a NR é possível visualizar todas 
as datas das últimas atualizações ocorridas.
Ainda assim, algumas NR se tornaram obsoletas (ainda 
que estejam vigentes e devam ser cumpridas), e é nítido que ne-
cessitam sofrer alterações. 
Além disso, em determinados momentos pode-se encon-
trar informações divergentes entre legislações, ou que causam mais 
de um entendimento (o que faz com que diferentes juízes, julguem 
causas de mesmo conteúdo, dando sentenças diferentes). Nestas 
situações em que há mais de um tipo de legislação voltada para 
determinado conteúdo, utilize sempre a legislação mais preventiva, 
ou seja, que dará condições mais seguras e dignas ao trabalhador.
Ser Engenheiro de Segurança do Trabalho é cuidar de vidas, 
de famílias, e da sociedade, vai muito além de cumprir a legislação!
Nesta unidade, analisaremos as seguintes NR:
• NR 1 – Disposições gerais e gerenciamento de riscos ocupa-
cionais
• NR 3 – Embargo ou Interdição
• NR 4 – Serviços Especializados em Segurança e em Medici-
na do Trabalho
• NR 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
• NR 28 - Fiscalização e Penalidades
36
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Cada NR possui vários itens que a compõe. Todo item den-
tro de uma NR tem uma numeração, sendo que, o primeiro número 
do item corresponde ao número da NR, portanto:
- Na NR 23, por exemplo, todos os itens começarão pelo 
número “23”, e todos os itens da NR 1, começarão pelo número “1”. 
- O item 1.8 pertence a NR 1, por exemplo, fala sobre o 
tratamento diferenciado ao Microempreendedor Individual – MEI, 
à Microempresa – ME e à Empresa de Pequeno Porte - EPP. Bem 
como o item 3.4, pertence a NR 3, e assim por diante.
NORMA REGULAMENTADORA 1 – DISPOSIÇÕES GERAIS E GE-
RENCIAMENTO DE RISCOS OCUPACIONAIS
A NR 1 com o título “Disposições Gerais e Gerenciamento de 
Riscos Ocupacionais”, tem como fundamentação legal os Artigos. 154 
a 159 da CLT. “A NR-1 determina a aplicabilidade de todas as normas 
regulamentadoras, assim como os direitos e deveres do governo, dos 
empregados e empregadores em relação a essas normas.” (SZABÓ 
JÚNIOR, p.15, 2018).
A observância das Normas Regulamentadoras – NR não 
desobriga as empresas do cumprimento de outras disposições 
que, com relação à matéria, sejam incluídas em códigos de obras 
ou regulamentos sanitários dos Estados ou municípios, e outras, 
oriundas de convenções e acordos coletivos.
O não cumprimento das disposições legais e regulamenta-
res sobre segurança e medicina do trabalho acarretará ao emprega-
dor a aplicação das penalidades previstas na legislação pertinente.
Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada 
uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, 
controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guar-
dando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão 
responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação 
37
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
de emprego, conforme previsto no art. 2º, § 2º da Lei nº 13.467/2017. 
Leia mais sobre a NR 1 - Disposições Gerais e Gerencia-
mento de Riscos Ocupacionais e seu novo texto (NR-1 - Disposi-
ções Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais), disponível 
na página de Normas Regulamentadoras do ENIT <https://www.
gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especifi-
cos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-traba-
lho/normas-regulamentadoras/nr-01-atualizada-2022-1.pdf>.
Segundo o texto do item 1.2.1.1 da NR 1 todas as NR são de 
“observância obrigatória pelas organizações e pelos órgãos públicos da 
administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos poderes 
Legislativo, Judiciário e Ministério Público, que possuam empregados 
regidos pela CLT” (MTE, 2023).
Conforme item 1.2, a norma ressalta que o cumprimento das 
NRs não desobriga o empregador do cumprimento das demais normas 
relacionadas à SST, que podem estar previstas em outros códigos, leis 
ou regulamentos (sejam eles da esfera federal, municipal, estadual etc.).
A NR ainda apresenta as atividades que competem a Delega-
cia Regional do Trabalho e a Secretaria do Trabalho – SETRAB . Além 
de trazer as definições de empregador, empregado, empresa, estabele-
cimento, setor de serviço, canteiro de obra, frente de trabalho e local de 
trabalho, apresentados conforme os quadros a seguir:
Quadro 4 - Competências da Delegacia Regional do Trabalho
38
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Fonte: ENIT, 2009.
Quadro 5 - Principais conceitos da NR 1 - "Disposições Gerais e gerencia-
mento de riscos ocupacionais"
Fonte: MTE, 2023.
A NR retrata ainda as obrigações do empregado e empregador, 
nos itens 1,7e 1.8 respectivamente:
Quadro 6 - Obrigações do empregado e empregador segundo a NR 1
39
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Fonte: MTE, 2023.
Recomenda-se a leitura na íntegra desta, e de todas outras 
NR, para melhor entendimento e assimilação dos conteúdos expostos.
NORMA REGULAMENTADORA 3 – EMBARGO OU INTERDIÇÃO
A NR 3 denominada “Embargo Interdição”, em seu enxuto tex-
to, traz o significado de embargo e interdição e em quais situações eles 
se enquadram. Para ocorrer uma das duas situações, anteriormente 
citadas, é necessária uma situação de Risco Grave e Iminente, sendo 
que o Embargo está voltado para obras, e a Interdição atinge estabele-
cimentos, setores, máquinas ou equipamentos.
40
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Leia mais sobre a NR 3 - Embargo ou Interdição, disponí-
vel na página de Normas Regulamentadoras do MTE <https://www.
gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/acesso-a-informacao/partici-
pacao-social/conselhos-e-orgaos-colegiados/ctpp/normas-regula-
mentadora/normas-regulamentadoras-vigentes/norma-regulamen-
tadora-no-3-nr-3>.
NORMA REGULAMENTADORA 4 – SERVIÇOS ESPECIALIZADOS 
EM SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO
A NR4, de título “Serviços Especializados em Segurança e em 
Medicina do Trabalho” conhecido pela sigla SESMT, é mais extensa se 
comparada as demais apresentadas anteriormente. Ela explica do que 
se trata, bem como define as regras, além de ensinar como realizar o 
dimensionamento da equipe de SESMT.
O SESMT deve ser mantido pelas organizações e órgãos públi-
cos da administração direta e indireta, bem como os órgãos dos Pode-
res Legislativo e Judiciário e do Ministério Público, que possuam empre-
gados, conforme item 4.2.1 da NR 4. Para identificar em quais situações 
a organização estará obrigada a manter uma equipe de SESMT, é ne-
cessário fazer o dimensionamento, conforme explicado no item 4.5.1, 
que “vincula-se à gradação do risco de atividade principal e ao número 
total de empregados do estabelecimento, constantes dos Quadros I e II 
anexos” da NR 4 (SZABÓ JÚNIOR, 2018).
O Quadro I traz a “Relação da Classificação Nacional de Ati-
vidades Econômicas – CNAE (Versão 2.0)*, com correspondente Grau 
de Risco – GR para fins de dimensionamento do SESMT” (SZABÓ JÚ-
NIOR, p. 29, 2018).
Já o Quadro II de título “Dimensionamento do SESMT” possui 
a relação entre Grau de Risco, Profissionais do SESMT e Número de 
empregados no estabelecimento.
Em seus itens, a NR 4 trata de exceções, observações e ressalta 
pontos importantes a serem observados, por isso, deve ser lida com cal-
ma antes de realizar o dimensionamento do SESMT para a organização, 
uma vez que se trata de uma legislação e deve ser seguida na íntegra.
Pontos importantes trazidos pela NR 4:
• O dimensionamento do SESMT vincula-se ao número de em-
41
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
pregados da organização e ao maior grau de risco entre a atividade 
econômica principal e atividade econômica preponderante no estabele-
cimento (item 4.5.1).
• Deverão trabalhar 8 horas por dia: o Técnico de Segurança 
do Trabalho e o Auxiliar de Enfermagem do Trabalho;
• O Engenheiro de Segurança do Trabalho, o médico do traba-
lho e o enfermeiro do trabalho, no mínimo 3 horas (tempo parcial) ou 6 
horas (tempo integral) por dia;
• O item 4.3.1 trata sobre as competências dos profissionais 
integrantes do SESMT;
• O SESMT deverá manter entrosamento com a CIPA de forma 
a garantir e integrar as atividades que compete a cada um (item 4.3.1);
• A organização deve registrar os SESMT de que trata esta NR 
por meio de sistema eletrônico disponível no portal gov.br (item 4.6.1).
“A fundamentação desta norma está prevista no art. 162 
da CLT. A NR 4 determina como as empresas devem organizar e 
manter em funcionamento os SESMT a fim de cuidar da saúde e in-
tegridade do trabalhador no seu local de trabalho (SZABÓ JÚNIOR, 
p. 55, 2018).” 
A quantidade de integrantes do SESMT varia de acordo 
com o:
- Grau de Risco da corporação, conforme CNAE da empresa;
- Quantidade de trabalhadores.
E pode ser composto de:
- Engenheiro de Segurança do Trabalho;
- Médico do Trabalho;
- Enfermeiro do Trabalho;
- Técnico de Segurança do Trabalho;
- Auxiliar de Enfermagem do Trabalho.
Leia mais sobre a NR 4 - Serviços Especializados em En-
genharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, disponível na 
página de Normas Regulamentadoras do MTE < https://www.gov.
br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/
secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/
normas-regulamentadoras/nr-04-atualizada-2022-2-1.pdf>.
42
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Dimensionamento do SESMT
O primeiro passo para realizar o dimensionamento do SESMT 
é analisar o documento da empresa (Cartão CNPJ – Cadastro Nacional 
de Pessoa Jurídica ou Contrato social) para identificação da atividade 
primária, através do CNAE.
“A CNAE – Cadastro Nacional de Atividades econômicas é o 
instrumento de padronização nacional dos códigos de atividade econô-
mica e dos critérios de enquadramento utilizados pelos diversos órgãos 
da Administração Tributária do país (IBGE, 2019).”
Figura 7 - Exemplo de CNAE e suas respectivas descrições
Fonte: IBGE, 2019.
CNAE
A Receita Federal disponibiliza em seu site, a opção de 
consulta online do CNAE e dados da empresa.
Através do número do CNPJ da empresa, digitando-o no cam-
po informado, será aberta uma nova tela com o Comprovante de Inscri-
ção e de Situação Cadastral, onde o CNAE da empresa é exibido.
Acesse o link:
<https://www.receita.fazenda.gov.br/PessoaJuridica/
CNPJ/cnpjreva/cnpjreva_solicitacao2.asp>.
43
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Figura 8 – Modelo do Cartão CNPJ 
Fonte: Receita Federal, 2019
De posse do número e atividade da CNAE, e abrindo no Qua-
dro I da NR 4, deverá identificar o Grau de Risco – GR da atividade que 
pode variar de 1 a 4. Sendo que, quanto maior o número, maior é o grau 
de risco da atividade. O quadro I é bem extenso e possui uma gama de 
atividades diferentes (como exemplificado na imagem a seguir).
44
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Figura 9 - Recorte do Quadro I da NR 4 - Relação da CNAE com correspon-
dente GR
Fonte: NR - 4. MTE, 2023.
Por exemplo, se a empresa em questão, possui como atividade 
primária o item “01.11-3 Cultivo de Cerais”, então seu GR é número 3, 
conforme o Quadro I da NR 4.
Identificado o Grau de Risco, deve-se ter em mãos a quantida-
de de funcionários no estabelecimento de onde se está dimensionando 
o SESMT. Logo em seguida, deve-se consultar o Quadro II da NR 4 (a 
seguir) e analisar conforme os dados colhidos.
Figura 10 - Quadro II da NR 4 – Dimensionamento dos SESMT
45
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Fonte: NR - 4. MTE, 2023.
Para finalizar o dimensionamento, na imagem do quadro, po-
de-se observar os itens grifados em vermelho para melhor entendimen-
to e exemplificação, onde uma empresa de Grau de Risco 3, que possui 
300 funcionários, deverá ter 2 Técnicos de Segurança do Trabalho em 
sua equipe do SESMT.
É importante ao realizar o dimensionamento estar atento às 
especificidades e exceções descritas ao longo dos itens da NR 4.
NORMA REGULAMENTADORA 5 – COMISSÃO INTERNA DE PRE-
VENÇÃO DE ACIDENTES – CIPA
A NR 5 trata das questões relacionadas à implantação da equi-
pe de CIPA que, conforme o item 5.1, “tem como objetivo a prevenção 
de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar com-
patível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a 
promoção da saúde do trabalhador” (MTE, 2023).
Quais empresas devem constituir e manter CIPA? Conforme o 
item 5.2.1, “As organizações e os órgãos públicos da administração dire-
ta e indireta, bem como os órgãos dos Poderes Legislativo, Judiciário e 
Ministério Público, que possuam empregados regidos pela Consolidação 
46
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
das Leis do Trabalho - CLT, devem constituir e manter CIPA” (MTE, 2023),
A duração de um mandato de um representante da CIPA é de 1 
(um) ano, podendo haver 1 (uma) reeleição, conforme item 5.4.6 desta 
NR. Além disso, durante o mandato o membro não poderá ser dispen-
sado (de forma arbitraria ou sem justa causa), e terá direito a 1 (um) 
ano de “estabilidade” após a finalização do seu mandato, ou seja, nesse 
período de 1 ano após o término do seu mandato não poderá ser dis-
pensado, segundo o item 5.4.12 (MTE, 2023).
Ainda segundo a NR-5 (2022), entre os membros da CIPA ha-
verá representantes dos empregados e do empregador (item 5.4.1). Os 
representantes dos empregadosserão definidos por meio de votação (os 
detalhes desta votação estão descritos nesta NR), sendo eleitos em es-
crutínio secreto, onde participarão somente os empregados interessados 
(item 5.4.4), já os representantes da organização serão por ela designados 
(item 5.4.3),. A empresa deverá guardar toda a documentação referente 
ao processo de eleição da CIPA, estando à disposição do Mtb , e quando 
solicitada deverá ser encaminhada ao sindicato da categoria (item 5.4.9). 
Sobre as reuniões da CIPA:
-Terão reuniões ordinárias mensais, de acordo com o ca-
lendário preestabelecido;
- As reuniões ordinárias serão realizadas durante o expe-
diente normal da empresa e em local apropriado;
- Terão atas assinadas pelos presentes, com encaminha-
mento de cópias para todos os membros;
- As atas devem ficar no estabelecimento à disposição da 
fiscalização do MTE;
- O secretário da CIPA deverá redigir as atas, além de acom-
panhar as reuniões.
As Reuniões extraordinárias deverão ser realizadas quando:
- Houver denúncia de situação de risco grave e iminente, 
que determine aplicação de medidas corretivas de emergência;
- Ocorrer acidente do trabalho grave ou fatal;
- Houver solicitação expressa de uma das representações 
(SZABÓ JÚNIOR, p.59, 2018).
Para o cálculo da quantidade de membros da CIPA é necessário 
fazer o dimensionamento conforme quadro I desta NR, pois, esta quan-
47
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
tidade irá variar, segundo o enquadramento da empresa: quantidade de 
funcionários e conforme seu CNAE. Porém, a empresa deverá designar 
1 (um) responsável pela CIPA e por seu cumprimento, quando a empresa 
ou estabelecimento não se enquadrarem no Quadro I (item 5.4.13).
O presidente é estabelecido pelo empregador dentre os mem-
bros titulares. O vice-presidente é escolhido pelos empregados dentre 
os membros titulares. Já o secretário e substituto serão definidos de co-
mum acordo dentre os membros da CIPA, porém o empregador deverá 
concordar. Sendo que, os membros da CIPA deverão tomar posse no 
primeiro dia útil após o término do mandato anterior.
São responsabilidades do empregador:
- Proporcionar os meios necessários par desempenho das ati-
vidades;
- Fornecer cópias das atas de eleição e posse;
- Comunicar o início do processo eleitoral ao sindicato da cate-
goria profissional;
- Promover treinamento aos membros da CIPA;
- Convocar as eleições para escolha dos membros da CIPA;
- “(...) garantir que seus indicados tenham representação ne-
cessária para discussão e encaminhamento das soluções das questões 
de segurança e saúde no trabalho” (SZABÓ JÚNIOR, p. 57, 2018).
Podem-se compreender as atribuições gerais da equipe da 
CIPA através do seguinte quadro:
Quadro 7 - Atribuições da CIPA
48
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Fonte: MTE, 2023.
Entretanto, cada membro da CIPA possui uma atribuição, sen-
do ela individual ou em conjunto, conforme quadro a seguir:
Quadro 8 - Atribuições relacionadas a empregados e/ou membros CIPA
49
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Fonte: Szabó Júnior, pg.59, 2018.
As decisões da CIPA deverão ser definidas através de consen-
so, mas caso não seja possível, deverá haver votação, sendo sempre 
registrado na ata de reunião (itens 5.6.8 e 5.6.8.1). Quando um funcio-
nário membro titular faltar a quatro reuniões ordinárias sem justificativa, 
perderá o mandato, e ser substituído pelo suplente, conforme item 5.6.6 
da NR (MTE, 2023).
“A CIPA não poderá ter seu número de representantes redu-
zido, bem como não poderá ser desativada pelo empregador, antes 
do término do mandato de seus membros, ainda que haja redução do 
número de empregados da empresa (SZABÓ JÚNIOR, p. 58, 2018)”. 
A situação acima citada possui uma exceção: para empre-
sas que encerraram as suas atividades. 
Leia mais sobre a NR 5 - Comissão Interna de Prevenção 
de Acidentes, disponível na página de Normas Regulamentadoras 
do MTE < https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/compo-
sicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/segu-
ranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-05-atuali-
zada-2022.pdf>.
Quanto ao processo eleitoral para escolha dos representantes 
dos empregados na CIPA, que deverá ser convocada no mínimo de 60 
50
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
dias antes do mandato que está em curso terminar:
Quadro 9 - Processo Eleitoral Dos Representantes Dos Empregados
51
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Fonte: MTE, 2023.
A empresa deve fornecer treinamento para os membros da 
CIPA. Seguem as orientações quanto a esse treinamento:
• Deve ser realizado em até 30 dias após a posse;
• Deverá ser promovido anualmente para o designado em em-
presas que não se enquadram no quadro I desta NR;
• Duração de 20 horas (máximo de 8 horas diárias);
• Deverá ser ministrado pelo SESMT, entidade patronal, dos tra-
balhadores ou profissional com conhecimentos nos temas ministrados;
• O treinamento deverá contemplar os temas descritos no qua-
dro a seguir:
52
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Quadro 10 - Itens a serem contemplados no treinamento da CIPA
Fonte: MTE, 2023.
Dimensionamento da CIPA
Para realizar o dimensionamento da CIPA, ou seja, saber quantos 
membros representantes dos empregados e empregadores, é necessário 
ter em mãos o CNAE da empresa, de acordo com o ramo de atuação.
De posse do CNAE, deve-se analisar o Quadro I da NR 4, para 
saber em qual grau de risco a empresa se encaixa.
De posse deste dado, deve-se procurar o enquadramento no 
Quadro I da NR-5“Dimensionamento da CIPA”, relacionando o código 
com o número de funcionários no estabelecimento.
Exemplo de dimensionamento, de uma Faculdade, com 130 
funcionários:
O CNAE da Faculdade é o 85.31-7, nos Quadros I da NR-4 en-
contra-se o grau de risco 2 para este ramo, conforme imagens a seguir:
Figura 11 - Quadro I da NR 4
53
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Fonte: MTE, 2023.
No Quadro I “Dimensionamento da CIPA” deve-se cruzar as in-
formações do grau de risco x quantidade de empregados no estabeleci-
mento, encontrando assim o número de membros suplentes e efetivos.
Figura 12 - Quadro I “Dimensionamento da CIPA” 
Fonte: MTE, 2023.
Sendo assim, serão dois membros efetivos e um membro su-
plente que representem os empregados. 
A fundamentação legal desta norma está prevista nos arts. 
163 a 165 da CLT. 
Em resumo:
- A CIPA deve conter membros efetivos e suplentes;
- Os membros representantes dos empregados são esco-
lhidos por eles através de votação, e os membros representantes 
dos empregadores são designados por eles mesmos;
- Haverá titulares e suplentes, sendo os titulares substitu-
ídos por seus respectivos suplentes (se necessário), conforme a 
ordem de colocação decrescente;
- A quantidade de membros da CIPA obedecerá ao dimen-
sionamento conforme os quadros desta NR que varia de acordo 
com o número de funcionários e o CNAE da empresa;
- A CIPA pode conter presidente, vice-presidente e secretário, 
que devem estar em sintonia com os empregados e empregadores.
54
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
O Mapa de Riscos
O mapa de riscos é uma das atividades a serem realizadas pela 
CIPA, conformea descrição de atribuições previstas no item 5.3.1 da NR 
5: “registrar a percepção dos riscos dos trabalhadores, em conformidade 
com o subitem 1.5.3.3 da NR-01, por meio do mapa de risco ou outra téc-
nica ou ferramenta apropriada à sua escolha, sem ordem de preferência, 
com assessoria do Serviço Especializado em Segurança e em Medicina 
do Trabalho - SESMT, onde houver” (SZABÓ JÚNIOR, p.58, 2018).
Segundo a Fundacentro, o mapa de riscos:
Tem por objetivo indicar os riscos de um ambiente de trabalho. Constitui-se 
uma planta do ambiente de trabalho na qual se indicam, através de círculos 
coloridos, os diversos tipos de riscos. Os círculos variam de tamanho, sendo 
maior quanto maior a gravidade do risco indicado. No mapa de riscos usam-
-se as seguintes cores: o verde representa o risco físico, o vermelho, risco 
químico, o marrom, o risco biológico; o amarelo, risco ergonômico; e o azul, 
risco mecânico (OLIVEIRA, p. 139, 2013).
Pontos importantes para elaboração de um mapa de risco é 
necessário:
- O mapa de risco pode ser do ambiente geral de trabalho, ou 
pode ser feito de forma segmentada, ou seja, para cada seção, setor, 
área etc., será feito um mapa de riscos;
- Para iniciar o mapa de riscos é importante ter a planta baixa 
das seções do ambiente de trabalho;
- Deve-se levantar todos os riscos existentes em cada seção 
de trabalho (com a participação da CIPA, SESMT e trabalhadores);
- Os riscos devem ser classificados em três tipos: pequeno, 
médio e grande. Pois serão representados por círculos, e o tamanho 
desses círculos será representado conforme o seu grau de risco;
- As cores dos círculos mostrarão o tipo de risco existente (fí-
sico, químico, biológico, ergonômico e mecânico), e o tamanho o grau 
do risco existente;
- O ideal é que o círculo que representa o risco seja colocado e 
representado no mapa no local onde ele existe. Por exemplo: se o risco 
for em uma máquina, representar no mapa no local onde a máquina se 
encontra;
- Sendo identificadas situações que ainda podem ser melho-
radas, a empresa deverá realizar as devidas modificações, negociando 
com a CIPA. Caso sejam descumpridas, a CIPA deverá comunicar a DRT.
- O mapa deve ser colocado em local visível e de fácil acesso 
55
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
a trabalhadores, visitantes, órgãos fiscalizadores etc.
Na situação do exemplo a seguir, temos os círculos do risco 
de acidente ou mecânico, representado pela cor azul. O círculo maior 
representa um local com maior risco, o médio um local intermediário 
de risco, e o círculo menor representa um risco mecânico mais leve. A 
avaliação é qualitativa, ou seja, os responsáveis pela elaboração devem 
avaliar e informar se é baixo, médio ou alto o risco para cada situação.
A seguir tem-se um modelo de legenda a ser utilizado no Mapa de 
Riscos, ele pode variar conforme o local, aplicabilidade, espaço, riscos etc.
 
Quadro 11 - Exemplo de legenda de um mapa de risco
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019. 
NORMA REGULAMENTADORA 28 – FISCALIZAÇÃO E PENALIDADES
A NR 28 trata em um primeiro momento, da fiscalização e, pos-
teriormente, das penalidades. “A fundamentação legal desta norma está 
prevista no art. 201 da CLT. A NR 28 discorre sobre as fiscalizações tra-
balhistas de segurança e medicina do trabalho. (...) o fiscal pode dar um 
prazo para a empresa fiscalizada corrigir as irregularidades.” (SZABÓ 
56
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
JÚNIOR, p. 614, 2018). Além disso, prevê as respectivas punições. Por 
isso, as organizações devem cumprir as legislações vigentes, estando 
em dia com suas obrigações, pois, a fiscalização pode ocorrer a qual-
quer momento, sem uma comunicação prévia. 
“Além das empresas terem a obrigação de agir com os dita-
mes legais (...) Recomenda-se que criem o saudável hábito de regis-
trarem suas ações, haja vista que, sem os registros, elas mesmas não 
conseguem comprovar o que fazem.” (SZABÓ JÚNIOR, p. 614, 2018). 
Leia mais sobre a NR 28 - Fiscalização e Penalidades, dis-
ponível na página de Normas Regulamentadoras do MTE
 <https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/compo-
sicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/segu-
ranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-28-atuali-
zada-2022-1.pdf>.
A NR estabelece os prazos para o cumprimento dos itens no-
tificados, para recorrer, negociar etc. Por isso é importante sua leitura 
completa para entendimento. Lembrando que esta NR sofreu inúmeras 
alterações ao longo dos anos e, por isso, é necessária a leitura atualiza-
da, sempre no site oficial do MTE. Além disso, a NR traz alguns pontos 
a respeito do embargo e interdição nos itens respectivos ao 28.2.
Em relação às penalidades, também descritas nesta NR, elas 
são calculadas segundo o número de empregados e o código da infra-
ção, conforme o item da NR que foi descumprido.
Exemplo de Cálculo de Penalidade:
Uma empresa de 500 funcionários descumpriu o item 5.2.1 da 
NR 5, que dispõe da constituição de uma CIPA.
No Anexo II, da NR 28, deve-se buscar pelo item 5.2.1 para 
análise das informações previstas na tabela.
57
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Figura 13 - Anexo II da NR 28
Fonte: NR - 28MTE, 2023.
Sendo assim, o código da infração é 4, ou seja, I4. E o tipo é 
“S” ou seja, Segurança do Trabalho. Direcionando estes dados para o 
Anexo I da NR 28, pode-se encontrar o valor mínimo e máximo da multa 
(conforme grifado em vermelho na imagem a seguir).
Figura 14 - Gradação das multas (em UFIR)
Fonte: NR-28, TEM, 2023.
58
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Sendo assim, como observado na imagem, o valor da multa 
em UFIR é de no mínimo R$ 4.949,00 a no máximo R$ 5.490,00.
A Unidade Fiscal de Referência (UFIR) foi extinta (em decor-
rência do § 3º do art. 29 da Medida Provisória 2095-76-01) , e tendo 
último valor R$1,0641.
O quadro abaixo, extraído da própria NR, informa que as infra-
ções relacionadas à Segurança do Trabalho terão o valor máximo de 
6.30 UFIR, já as de Medicina do Trabalho chegarão até a 3.782 UFIR.
Figura 15 - Valor máximo de multa em moeda UFIR
Fonte: NR-28, TEM, 2023.
59
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2022 Banca: FAURGS Órgão: SES-RS Prova: Engenheiro de 
Segurança do Trabalho - Edital nº 15
a) urbanos. São de observância obrigatória pelas organizações que pos-
suam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 
b) e empregados, urbanos e rurais. São de observância obrigatória pe-
las organizações privadas com empregados regidos pela Consolidação 
das Leis do Trabalho (CLT).
c) e empregados, urbanos e rurais. São de observância obrigatória pelas 
organizações e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta.
d) e empregados, urbanos e rurais. São de observância obrigatória pe-
las organizações e pelos órgãos públicos da administração direta e in-
direta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo, Judiciário e Mi-
nistério Público, que possuam empregados regidos pela Consolidação 
das Leis do Trabalho (CLT).
e) e empregados, urbanos. São de observância obrigatória pelas orga-
nizações e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta e 
Poder Legislativo, que possuam empregados regidos pela Consolida-
ção das Leis do Trabalho (CLT).
QUESTÃO 2
Ano: 2023 Banca: FUMARC Órgão: AL-MG Prova: Analista Legisla-
tivo - Médico do Trabalho
Constitui atribuição do empregador prevista na Norma Regulamen-
tadora número 1 que trata das – DisposiçõesGerais e Gerencia-
mento de Riscos Ocupacionais: 
a) Avaliar a concessão, ou não, de permissão para que representantes 
dos trabalhadores acompanhem a fiscalização dos preceitos legais e 
regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho.
b) Determinar procedimentos que devem ser adotados em caso de aci-
dente ou doença relacionada ao trabalho. 
c) Disponibilizar ao sindicato dos empregados todas as informações re-
lativas à segurança e saúde no trabalho. 
d) Implementar medidas de prevenção segundo ordem de prioridade 
que tem como primeira alternativa a minimização e controle dos fatores 
de risco.
QUESTÃO 3
Ano: 2022 Banca: SELECON Órgão: Prefeitura de São Gonçalo - 
RJ Prova: SELECON - 2022 - Prefeitura de São Gonçalo - RJ - Téc-
60
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
nico de Apoio Especializado - Segurança do Trabalho
Em relação à aplicação das normas constantes na NR 5 (Comissão 
Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA), deve-se levar em con-
sideração que:
a) a CIPA terá por atribuições identificar os riscos do processo de traba-
lho e elaborar o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, com a 
participação do maior número de trabalhadores
b) cabe aos membros, representantes dos empregados, coordenarem 
as reuniões da CIPA, encaminhando ao empregador e ao SESMT, quan-
do houver, as decisões da comissão 
c) no caso de afastamento definitivo do vice-presidente, os membros ti-
tulares da representação dos empregados escolherão o substituto entre 
seus titulares, em dois dias úteis 
d) os membros da CIPA, eleitos e designados, serão empossados até o 
quinto dia útil após o término do mandato anterior
QUESTÃO 4
Ano: 2022 Banca: FAURGS Órgão: SES-RS Prova: FAURGS - 2022 
- SES-RS - Engenheiro de Segurança do Trabalho - Edital nº 15 
Considere as determinações da Norma Regulamentadora NR 5 – 
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).
I - A CIPA será composta de representantes do empregador e dos 
empregados, de acordo com o dimensionamento previsto na NR.
II - Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão 
eleitos em escrutínio secreto, do qual participem, independentemen-
te de filiação sindical, exclusivamente os empregados interessados.
III - Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, se-
rão eleitos em escrutínio secreto. O mandato dos membros eleitos 
da CIPA terá a duração de um ano, permitida uma reeleição.
Quais estão corretas? 
a) Apenas I. 
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III. 
QUESTÃO 5
Ano: 2022 Banca: UFSCAR Órgão: UFSCAR Prova: UFSCAR - 
2022 - UFSCAR - Médico do Trabalho
Sobre a Norma Regulamentadora NR 4 – Serviços Especializados 
em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT, é 
correto afirmar:
61
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
a) Somente empresas privadas que possuam empregados regidos pela 
Consolidação das Leis do Trabalho – CLT são obrigadas a manter Serviços 
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho. 
b) Compete aos profissionais integrantes dos Serviços Especializados 
em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho manter per-
manente relacionamento com a CIPA, valendo-se ao máximo de suas 
observações, além de apoiá-la, treiná-la e atendê-la. c) Cada empresa 
ou pessoa jurídica distinta deve constituir seu próprio SESMT para as-
sistência de seus empregados, sob gestão própria.
d) Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Me-
dicina do Trabalho devem ser compostos por Médico do Trabalho e En-
genheiro de Segurança do Trabalho.
e) Compete aos profissionais integrantes dos Serviços Especializados 
em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho realizar es-
sencialmente atividades prevencionistas, estando os atendimentos de 
emergências fora de seu escopo de ação.
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE
"Todo o Homem que trabalha tem direito a uma remuneração justa e 
satisfatória, que lhe assegure, assim como à sua família, uma existên-
cia compatível com a dignidade humana, e a que se acrescentarão, se 
necessário, outros meios de proteção social" (Declaração Universal dos 
Direitos do Homem).
A CIPA tem um papel importante na garantia dos direitos dos trabalha-
dores. Os membros da CIPA, segundo a NR 5 tem estabilidade garanti-
da (ou seja, não podem ser mandados embora). Porém, a estabilidade 
dos colaboradores integrantes da CIPA não foi criada para ser um be-
nefício pessoal ao cipeiro. Mas então para que serve a estabilidade do 
membro da CIPA?
Sobre o trecho e a pergunta acima, comente dentro do contexto con-
temporâneo relacionando-o com a NR.
TREINO INÉDITO
Sobre as Normas Regulamentadoras:
a) São realizadas pelo Ministério do Trabalho adotando o sistema tripar-
tite paritário.
b) Abrangem obrigações das empresas, empregados e governo.
c) Precisam e podem ser atualizadas sempre que houver necessidade.
d) Foram aprovadas pela primeira vez, através da portaria N.° 3.214, em 
08 de junho de 1978.
e) Todas as letras estão corretas.
62
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
NA MÍDIA
AUDIÊNCIA SOBRE PONTE ESTAIADA TERMINA SEM ACORDO E 
OBRA SEGUE EMBARGADA EM SÃO JOSÉ
(...) O MP apresentou algumas propostas como alternativa à construção 
da ponte estaiada. Na terça (19) o Tribunal de Justiça (TJ-SP) negou o 
recurso da prefeitura para derrubar a liminar que impede o andamento 
das obras. A construção foi paralisada no dia 15 de fevereiro depois de 
uma decisão da Vara da Fazenda, com base em um pedido do MP.
A Procuradoria quer que a administração municipal análise outras op-
ções de obras de mobilidade para o trânsito no trecho da região oeste. 
O MP pede também que a prefeitura disponibilize as informações sobre 
os investimentos em transporte público e em transporte individual na 
cidade, para mostrar que está priorizando o transporte coletivo.
A prefeitura aceitou as condições, mas propôs que, enquanto providen-
cia a documentação, pudesse dar andamento nas obras. A proposta 
não foi aceita e devido a esta exigência, não houve acordo. (...) Com 
custo de R$ 48 milhões, a previsão da prefeitura é que a obra seja en-
tregue em agosto deste ano. (...)
Fonte: G1
Data: 22 fev. 2019
Leia a notícia na íntegra: https://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-re-
giao/noticia/2019/02/22/audiencia-sobre-ponte-estaiada-termina-sem-
-acordo-e-obra-segue-embargada-em-sao-jose.ghtml
NA PRÁTICA
As obras particulares, mas principalmente, as públicas, trazem progres-
so à população, seja para levar acessibilidade, seja para ser um local 
de prestação de serviços à população, enfim, em sua maioria trazem 
benefícios aos moradores que as cercam.
A NR 3 traz as normas vigentes no que se refere a Embargo e Interdi-
ção, que demonstra que, quando uma obra estiver irregular ou oferecer 
risco grave e iminente, deverá ser embargada.
Em obras de licitação, onde empresas privadas ganham um edital para 
realização de determinadas obras, há a fiscalização (ainda que não seja 
assídua ou frequente), bem como em diversas outras situações (indús-
trias, instalações etc.).
Vale ressaltar que todos estão sujeitos a serem fiscalizados ou auditados 
pelo governo em diversas áreas. Ocorre um desperdício muito grande 
de dinheiro público nos embargos e interdições, além de desvantagens, 
as quais podem-se citar: material desperdiçado, mão de obra ociosa, 
falta de entrega de um bem de utilidade pública, desempregos etc.
Por isso, é importante estar em conformidade com a NR 3 “Embargo e 
63
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Interdição” e demais legislações vigentes, evitando-se assim inúmeros 
transtornos, perdas de dinheiroe tempo.
PARA SABER MAIS
Vídeos: Visite o canal da Fundacentro no Youtube
https://www.youtube.com/user/fundacentrooficial/videos
Livro:Manual de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho (Adalberto 
Mohai Szabó Júnior, 2018). Todo ano é lançada uma nova edição, uma 
vez que as NR estão em constante atualização.
Acesse o link: https://enit.trabalho.gov.br/portal/index.php/se-
guranca-e-saude-no-trabalho/sst-menu/sst-normatizacao/ss-
t-nr-portugues?view=default
Reportagem:
Reportagem especial: Normas de Segurança do Trabalho
21 Mai 2018
http://www.tst.jus.br/tv-outras-noticias/-/asset_publisher/0H7n/content/repor-
tagem-especial-normas-de-seguranca-do-trabalho?inheritRedirect=true
64
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
OS RISCOS OCUPACIONAIS
Um ambiente laboral possui inúmeros riscos e perigos. Cada ati-
vidade desenvolvida tem características próprias e devem ser estudadas/
analisadas pelos profissionais a fim de encontrar situações e processos a 
serem melhorados, retirados, fiscalizados, modificados etc. Cabe ao pro-
fissional de segurança do trabalho encontrar a melhor forma de extinguir 
prevenir, controlar acidentes e doenças. Pois, “a segurança do trabalho é 
a ciência que atua na prevenção dos acidentes do trabalho decorrentes 
dos fatores de risco operacionais” (SALIBA, p. 23, 2016).
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estimou que 2,34 milhões de 
pessoas morrem todos os anos em virtude de acidentes e doenças relacio-
nados ao trabalho. Os riscos oriundos de mudanças tecnológicas, sociais 
RISCOS E ACIDENTES DE TRABALHO
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
64
65
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
e de organização afetam gravemente a saúde dos trabalhadores (Revista 
Brasileira de Médicos do Trabalho – RBMT, 2017).
Para iniciar o estudo deste item é importante esclarecer os 
conceitos e diferenças entre riscos e perigos:
Quadro 12 - Conceitos e diferenças entre Risco e Perigo
Fonte: UNIFAL, 2019.
Através do esquema, observa-se que sem exposição não há ris-
co. A exposição está baseada na intensidade, duração e frequência de 
contato com o agente. A exposição pode estar vinculada a três variáveis:
• Tempo de contato com o perigo: período durante o qual o trabalhador fica 
em contato com o agente de risco;
• Intensidade que ocorre o contato: concentração do agente agressivo no 
ambiente de trabalho;
66
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
• Natureza do agente: capacidade agressiva sobre determinadas condições 
(UNIFAL, 2019).
O perigo ou fonte de risco pode ser identificado em:
• Materiais: substâncias perigos /tóxicas – solventes, ácidos, álcalis, metais, 
gases, plásticos, resinas, material particulado sólido, perfurocortantes etc.
• Equipamentos: partes móveis sem dispositivo de proteção, condições de 
uso (defeituoso, má conservação, impróprio para o serviço, uso incorreto, 
guarda local inseguro e inadequado).
• Ambientes de trabalho: áreas de local de trabalho muito quentes, frias, em-
poeiradas, sujas, ruidosas e escuras, com presença de gases, vapores, fu-
mos etc. Postos de trabalhos inadequados ergonomicamente.
• Trabalhadores: falta ou insuficiência de capacitação, inexistência de po-
líticas de segurança, fadiga, uso de drogas e álcool, pressão no trabalho, 
assédio moral, carga de trabalho excessiva etc.
• Sistema de trabalho: fatores relacionados aos sistemas de trabalho: conte-
údo e organização do trabalho, gerenciamento, cultura organizacional (UNI-
FAL, 2019).
Quadro 13 – Tipos de exposição
Fonte: UNIFAL, 2019.
Para exemplificar melhor estes conceitos, pode-se observar os 
esquemas a seguir:
67
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Diferença entre Perigo e Risco
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.
Os riscos são classificados em cinco tipos diferentes: químico, 
físico, biológico, ergonômico e mecânico. Cada um deles é representa-
do por uma cor diferente e possui características próprias.
Quadro 14 - Os tipos de riscos
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.
Os riscos físicos, químicos e biológicos serão estudados mais de-
talhadamente na disciplina de Higiene do Trabalho (porém, não deixe de 
ler a NR 9 - Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes 
Físicos, Químicos e Biológicos). Os riscos ergonômicos na disciplina de 
Ergonomia (a NR 17 trata exclusivamente do assunto Ergonomia). Os ris-
cos acidentais, também conhecidos como mecânicos, serão estudados ao 
longo de todo o curso, estando estes dissolvidos em diversos conteúdos.
Se possível, o ideal é eliminar o risco, pois, assim serão elimi-
nadas as chances de acidentes e doenças ocupacionais. Porém, caso 
não seja possível eliminar o risco, é importante encontrar formas de 
controlar ou prevenir que eles se tornem um acidente ou doença.
68
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
 
Aprenda o significado de três conceitos de extrema impor-
tância na Segurança do Trabalho, que são as causas de acidente 
do trabalho (ABNT NBR 14280, 2001):
Ato inseguro: Ação ou omissão que, contrariando preceito 
de segurança, podem causar ou favorecer a ocorrência de acidente.
Exemplos de atos inseguros:
- Colocar a mão em uma máquina ligada na parte de corte;
- Correr em locais derrapantes;
- Não usar o EPI;
- Desobedecer às sinalizações de segurança. 
Condição insegura: Condição do meio que causou o aci-
dente ou contribuiu para a sua ocorrência. Exemplos de condições 
inseguras: 
- Áreas insuficientes, corredores obstruídos, arranjo físico 
mal projetado;
- Pisos fracos e irregulares;
- Excesso de ruído/iluminação inadequada;
- Instalações elétricas impróprias ou com defeitos;
- Falta de organização e limpeza;
- Ventilação ou exaustão inadequada ou defeituosa;
 - Localização imprópria das máquinas;
- Falta de proteção em partes móveis e de agarramento;
- Máquinas apresentando defeitos, desvios ou improvisa-
ções de processos;
- Proteção insuficiente ou totalmente ausente;
- EPI impróprio ou com defeito.
Fator pessoal de insegurança (fator pessoal): Causa rela-
tiva ao comportamento humano, que pode levar à ocorrência do 
acidente ou à prática do ato inseguro. São exemplos de fatores 
pessoais de insegurança:
- Características físicas e psicológicas;
- Social;
- Congênitos ou de formação cultural.
OS ACIDENTES DO TRABALHO
Segundo dados do Ministério Público do Trabalho – MPT, o 
69
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
“Brasil é o quarto lugar no ranking mundial de acidentes do trabalho” 
(MPT, 2018). Para introduzir este assunto é importante abordar o con-
ceito de acidente do trabalho promovido pelo Art. 19, da Lei Nº 8.213, 
de 24 de julho de 1991:
é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou de emprega-
dor doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados (...), provocando le-
são corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, 
permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho (PLANALTO, 2015).
Figura 16 - Acidentes no trabalho
Fonte: UFAL, 2016
O dia 27 de julho é o “Dia Nacional de Prevenção de Aci-
dentes do Trabalho”. É uma data importante para ser trabalhada 
nas organizações e instituições em geral, como forma de cons-
cientização. Aproveitando para lembrar os incidentes e acidentes 
ocorridos, e reforçando as formas de prevenção e controle.
Essa data foi escolhida porqueem 27 de julho de 1972, a 
Portaria nº 3.237 criou o Serviço Especializado em Engenharia de 
Segurança e Medicina do Trabalho. 
A seguir poderá ser estudada a continuação do artigo 19, bem 
como os art. 20, 21 que tratam do acidente do trabalho:
§ 1º A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e 
individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador.
§ 2º Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de 
cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho.
70
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
§ 3º É dever da empresa prestar informações pormenorizadas sobre os ris-
cos da operação a executar e do produto a manipular.
§ 4º O Ministério do Trabalho e da Previdência Social fiscalizará e os sindica-
tos e entidades representativas de classe acompanharão o fiel cumprimento 
do disposto nos parágrafos anteriores, conforme dispuser o Regulamento.
Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, 
as seguintes entidades mórbidas:
I - Doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo 
exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respec-
tiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social;
II - Doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em 
função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se 
relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I.
§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:
a) a doença degenerativa;
b) a inerente a grupo etário;
c) a que não produza incapacidade laborativa;
d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que 
ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou 
contato direto determinado pela natureza do trabalho.
§ 2º Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na 
relação prevista nos incisos I e II deste artigo resultou das condições espe-
ciais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, a 
Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho.
Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta 
Lei:
I - O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, 
haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou per-
da da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção 
médica para a sua recuperação;
II - O acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em 
consequência de:
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou com-
panheiro de trabalho;
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa rela-
cionada ao trabalho;
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de com-
panheiro de trabalho;
d) ato de pessoa privada do uso da razão;
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes 
de força maior;
III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exer-
cício de sua atividade;
IV - O acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de 
trabalho:
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da 
empresa;
71
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar 
prejuízo ou proporcionar proveito;
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada 
por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, 
independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de 
propriedade do segurado;
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, 
qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do 
segurado.
§ 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da sa-
tisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante 
este, o empregado é considerado no exercício do trabalho.
§ 2º Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a 
lesão que, resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superpo-
nha às consequências do anterior. (...) (PLANALTO, 2015).
Para planejamento e implantação de medidas de SST é muito 
importante a leitura das legislações vigentes. Inclusive a CLT, por exem-
plo, que possui alguns artigos voltados para essa área, aos quais foram 
utilizados para criação das NR.
Sancionada por Getúlio Vargas, a Consolidação das Leis 
do Trabalho foi criada a partir do DECRETO-LEI N.º 5.452, DE 1º 
DE MAIO DE 1943 e sofreu algumas alterações ao longo dos anos. 
Foi considerado um marco histórico na época e comemorada pela 
população brasileira, que possuía precária situação trabalhista.
O documento é bem extenso, e trata de diversas aborda-
gens do ambiente laboral referentes ao Trabalho, Trabalhador, Em-
pregador e Governo. É de suma importância se conhecer as leis 
que regem esta área.
Leia mais: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/
Del5452compilado.htm
“Do ponto de vista prevencionista, o acidente do trabalho é 
mais abrangente, pois engloba também os quase acidentes e os aci-
dentes que não provocam lesões, mas a perda de tempo ou danos ma-
teriais” (SALIBA, p. 23, 2016).
Mas, qual é a diferença de acidente para incidente? Segundo 
Szabó Júnior (p. 6, 2019) incidente é um quase acidente. Trata-se de 
uma situação anormal e imprevista que não resulta em lesões nem em 
72
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
danos materiais.
Figura 17 - Exemplo de acidente e de incidente
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.
Responsabilidades, Causas e Conceitos de Acidente do Trabalho
Mas, em caso de acidente, de quem será a responsabilidade 
penal ou criminal?
Segundo Saliba:
A ocorrência do acidente do trabalho pode gerar responsabilidade penal ou 
criminal para o empregador e seus prepostos. Sendo assim, os gerentes, su-
pervisores, encarregados, donos da empresa, profissionais do SESMT, entre 
outros, podem ser indiciados e denunciados por homicídio culposo (SALIBA, 
p. 34, 2016).
Quais as legislações que preveem esse crime?
Quanto à responsabilidade penal, o código penal em seus ar-
tigos 18, 121, 129 e 132 podem ser configurados para a situação de 
acidente do trabalho.
O art. 18 do Código Penal considera crime culposo quando o agente deu 
causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. Já o art. 121 
do mesmo diploma legal estabelece para esse tipo de crime a detenção de 1 
(um) a 3 (três) anos, podendo ser aumentada 1/3 se o crime resultar de inob-
servância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixar 
de prestar imediato socorro à vítima, não procurar diminuir as consequências 
do seu ato ou fugir para evitar prisão em flagrante.
O art. 129 prevê o crime de lesão corporal, que também é aplicado ao aciden-
te do trabalho, sendo a pena de detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano(...) 
caso a lesão for seguida de morte, a pena de reclusão pode chegar a 14.
73
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
(...) a exposição da vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente (art. 
132) (...) a pena para esse crime é a detenção, de três meses a um ano, se o 
fato não constituir crime mais grave, podendo (SALIBA, p. 34, 2016).
Quanto à responsabilidade civil, o Código Civil Brasileiro prevê 
que “a responsabilidade civil é independente da criminal, não se poden-
do questionar mais sobre a existência do fato ou sobre quem seja o seu 
autor, quando essas questões se acharem decidias no juízo criminal 
(art. 935 do CCB)” (SALIBA, p. 35, 2016).“Entre os fatores de risco que provocam acidentes do trabalho, 
destacam-se: eletricidade, máquinas e equipamentos, incêndios, arma-
zenamento e transporte de materiais, manuseio de produtos perigosos, 
ferramentas manuais e etc”. (SALIBA, p.23, 2016).
Além disso, pode-se elencar as 4 (quatro) principais categorias 
acerca das causas de acidentes:
a) Operacionais: falhas de componentes materiais ou equipamentos, rea-
ções aceleradas ou inesperadas, perdas de controle etc.;
b) Ambientais: mudanças climáticas, falhas ou deficiências de proteções, in-
terferência de outro acidente etc.;
c) Organizacionais: inadequações no gerenciamento da organização ou de 
atitudes, falhas em procedimentos, treinamentos, supervisão, suporte, análi-
se de seus processos, construção de instalações, sistema de isolamento de 
equipamentos, manutenção etc.;
d) Pessoais: erros, problemas de saúde, desobediências, intervenção ma-
liciosa e outras. Recomenda-se que, se for necessário, sejam detalhados 
aspectos relativos a treinamento, experiência etc. (Saliba, p. 45, 2016).
A Fundacentro (p. 47, 2002) leva “em consideração as seguin-
tes causas possíveis: falha nos componentes; condições anormais de 
operação; erros humanos e organizacionais; interferências externas 
acidentais; forças da natureza; atos dolosos e sabotagem”:
• A falha de componentes leva em consideração: projeto ina-
dequado, desgaste mecânico e mau funcionamento de componentes e 
dispositivos de controle e segurança.
• Podem-se citar como interferências externas acidentais: trans-
portes (rodoviário, ferroviário e marítimo); plataformas de carregamentos; 
tráfego aéreo, instalações vizinhas. Impacto mecânico causado por queda.
• Os erros humanos podem incluir: os trabalhadores desco-
nhecem os riscos, falta ou inadequação de procedimentos de traba-
lho, trabalhadores mal preparados, condições inadequadas de trabalho, 
conflitos entre exigências de segurança e de produção; uso excessivo 
de horas extras ou de trabalho por turnos e concepção ou dispositivos 
inadequados de trabalho.
74
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
• Erros organizacionais: sistemas de segurança desconecta-
dos, mistura de substâncias perigosas, trabalho inadequado de reparo 
ou manutenção e procedimentos não autorizados.
• São consideradas forças da natureza: vento, inundações, ter-
remotos, afundamento de terreno e geada excessiva (FUNDACENTRO, 
p. 50, 2002).
NBR nº 14.280/01
A NBR nº 14.280/01 “fixa critérios para o registro, comunica-
ção, estatística, investigação e análise de acidentes do trabalho, suas 
causas e consequências, aplicando-se a quaisquer atividades laborati-
vas”. Ademais, traz outros conceitos essenciais para identificação dos 
tipos de acidentes e suas particularidades, e que serão importantes 
para continuação dos estudos acerca dos acidentes do trabalho. 
As consequências de um acidente do trabalho são, segundo a 
NBR 14.280:
- Lesão Pessoal;
- Lesão imediata;
- Doença do trabalho;
- Doença profissional;
- Morte;
- Lesão com afastamento;
- Lesão sem afastamento;
- Incapacidade permanente parcial;
- Incapacidade temporária total;
- Prejuízo material.
A seguir no quadro, serão apresentados os principais conceitos 
e suas diferenças:
Quadro 15 - Definições segundo a NBR 14.280:2001
75
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
76
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Fonte: ABNT, 2001.
Existem alguns estudos sobre alguns acidentes que merecem 
destaque, e precisam ser conhecidos por todos profissionais e estudio-
sos da área:
77
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
1) Estudos de Heinrich:
Em 1931, Heinrich introduziu pela primeira vez a filosofia de acidentes com 
danos a propriedade (acidentes sem lesão) em relação aos acidentes com 
lesão incapacitante. Sua investigação apresentou como resultado.
Esse estudo mostra que, para cada acidente que provocava uma lesão in-
capacitante, ocorriam 29 acidentes que provocavam lesões menores (lesão 
não incapacitante) e ocorriam 300 sem lesão, que apenas provocavam da-
nos à propriedade. Portanto, o número de acidentes sem lesão (quase aci-
dentes) e acidentes com lesão não incapacitantes sinaliza a probabilidade do 
acidente mais grave (SALIBA, p. 36, 2016):
Figura 18 - Pirâmide de Heinrich
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.
2) Estudo de Bird:
Em 1996, o norte-americano Frank Bird Junior, concluiu um estudo que en-
volvia 90 mil acidentes, sendo 75.000 com danos à propriedade e 15 mil com 
lesões incapacitantes. Bird baseou sua teoria de “controle de danos” a partir da 
análise desses 90 mil acidentes ocorridos numa empresa metalúrgica america-
na (Lukens Steel Company) durante um período de mais de sete anos.
A proporção do estudo de Bird mostra que, para cada acidente que provocava 
lesão incapacitante, ocorriam cem que provocavam lesões não incapacitantes 
e também ocorriam 500 acidentes com danos à propriedade. Desse modo, da 
mesma forma que no estudo de Heinrich, esse estudo demonstra também a 
proporcionalidade dos acidentes graves, leves e os acidentes com danos à 
propriedade, demonstrando que a prevenção deve atuar em todos os tipos de 
acidente, e não apenas naqueles que provocam lesões (SALIBA, p. 36, 2016).
78
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Figura 19 - Pirâmide de Bird
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.
3) Estudos Insurance Company of North American (ICNA):
Posteriormente, me 1969, a ICNA analisou 1.753.498 casos informados na-
quele ano por 297 empresas que empregavam 1,75 milhão de trabalhadores, 
chegando a uma relação mais precisa que a de Bird. Esses estudos têm sido 
considerados importantes por dois aspectos principais:
Os dados são mais precisos e representativos do que os obtidos anterior-
mente pelos outros autores;
Foram produzidos nas estatísticas números relacionados aos quase aciden-
tes (SALIBA, p. 37, 2016).
Figura 20 - Pirâmide do ICNA
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.
Esses estudos demonstram que a prevenção de acidentes deve ser mais 
ampla, isto é, precisa antecipar ações que permitam evitar os acidentes mais 
graves, uma vez que a ocorrência dos quase acidentes e dos acidentes com 
danos a propriedade é um prenúncio dos acidentes com lesão. Desse modo, 
a implantação de programas de gestão-segurança e saúde do trabalhador 
com ferramentas que permitam a antecipação dos riscos deve ser implemen-
79
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
tada pelas empresas com responsabilidade e comprometimento de todos, 
especialmente da alta direção (SALIBA, p. 38. 2016).
Em resumo, a empresa deve ficar atenta às informações que 
os números podem trazer. O acompanhamento das atividades e a re-
alização de relatórios é de extrema importância para o profissional da 
área poder se precaver, evitando-se assim que os acidentes sejam mais 
graves ou chegue ao óbito.
São muitas as consequências negativas que podem ser geradas 
com a ocorrência de um acidente ou doença ocupacional, tanto para em-
presa, empregado e governo, desde situações mais simples a até um óbito.
A seguir serão apresentadas algumas possíveis consequên-
cias gerais (além das apresentadas pela NBR 14280:2001) geradas em 
decorrência de um acidente do trabalho:
Quadro 16 - Possíveis consequências do acidente do trabalho
80
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
81
INTR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Fonte: UNISEESMT, 2017.
Comunicação de Acidente do Trabalho - CAT
“A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é um docu-
mento emitido para reconhecer tanto um acidente de trabalho ou de 
trajeto bem como uma doença ocupacional” (INSS,2018).
A NBR 14.280:2001 explica a distinção das nomenclaturas 
existentes para comunicação e registro de acidentes, conforme quadro 
a seguir: 
Quadro 17 - Comunicação de acidentes - NBR 14.280:2001
82
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Fonte: ABNT, 2001.
Existem três tipos de CAT: inicial, de reabertura e de óbito. A 
seguir serão conceituadas cada uma delas conforme o site da Previdên-
cia Social as descreve:
Quadro 18 - Os tipos de CAT
Fonte: INSS, 2018.
Para entender melhor sobre o processo de abertura da CAT 
quando ocorre um acidente ou doença ocupacional é importante anali-
sar as informações no quadro a seguir:
Quadro 19 - Perguntas frequentes sobre a abertura da CAT.
83
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
Fonte: INSS, 2018.
Além disso, é importante destacar:
Caso a área de informações referente ao atestado médico do formulário não 
esteja preenchida e assinada pelo médico assistente, deverá ser apresenta-
do o atestado médico, desde que nele conste a devida descrição do local/
data/hora de atendimento, bem como o diagnóstico com o CID (Classificação 
Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saú-
de) e o período provável para o tratamento, contendo a assinatura, o número 
do Conselho Regional de Medicina (CRM) e o carimbo do médico responsá-
vel pelo atendimento, seja particular, de convênio ou do SUS (INSS, 2018).
Prevenção e Controle de Riscos e Acidentes
Para buscar soluções de prevenção e controle de riscos e aci-
dentes, primeiramente é importante analisar o ambiente de trabalho, 
identificando os riscos e fazendo um planejamento de intervenção, as-
84
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
sim será possível levantar todas as medidas a serem tomadas para 
cada tipo de risco.
Para aplicação das medidas de controle há uma hierarquia. “Há 
três zonas onde as medidas de controle podem ser aplicadas: Na origem 
do contaminante – Fonte; ao longo do percurso entre a origem e o traba-
lhador – Ambiente e no receptor – Trabalhador” (UNIFAL, 2019). Ou seja, 
é mais eficaz realizar o controle do risco na fonte do que no trabalhador.
Figura 21 - Zonas de aplicação das medidas de controle
Fonte: UNIFAL, 2019.
A seguir vamos citar de maneira generalizada as formas de 
prevenção de acidentes e doenças do trabalho, que serão estudadas 
ao longo das unidades:
• Medidas administrativas (normas internas, instruções de tra-
balho por escrito, autorizações de trabalho, formação e informação dos 
trabalhadores, fator humano);
• Automação das atividades;
• Implantação dos Programas de Segurança, Saúde e Ges-
tão de Riscos: PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais), 
PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional), PCMAT 
(Programa de Condição e Meio Ambiente de Trabalho na Construção 
Civil), PGR (Programa de Gerenciamento de Risco na Indústria da Mi-
neração), PCA (Programa de Conservação Auditiva) e PPR (Programa 
de Proteção Respiratória);
• Realização dos exames médicos admissionais, demissionais, 
periódicos e de mudança de função;
• Fornecer e cobrar a utilização de EPI (Equipamento de Prote-
85
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
ção Individual), como por exemplo: óculos de segurança, luvas, capace-
tes, máscaras respiratórias, protetores auriculares, cremes protetores, 
aventais impermeáveis, botas impermeáveis, protetores faciais, capuz 
de segurança etc.;
• Instalação de EPC (Equipamento de Proteção Coletiva), 
como por exemplo: ventilação industrial, exaustores, enclausuramento, 
proteção em máquinas, piso antiderrapante etc.;
• Luminosidade adequada;
• Climatização dentro dos limites de conforto;
• Ginástica Laboral;
• Rodízio de atividades;
• Fiscalização constante dos trabalhadores, máquinas, equipa-
mentos e outros que podem oferecer riscos;
• Manutenção preventiva;
• Monitoramento e medição dos riscos (principalmente os ris-
cos físicos e químicos);
• Redução do tempo de exposição a agentes perigosos;
• Substituição de produto tóxico ou nocivo;
• Mudanças e/ou alterações nos processos ou operações;
• Formações e Treinamentos: técnicos, de normatizações e de 
segurança do trabalho (promovendo atualização constante e periódica); 
• Controle do trabalho de terceirizados;
• Elaboração do Mapa de Riscos;
• Sinalização de: obrigação, emergência e aviso ou perigo, 
adequadas a cada situação;
• Realização de DDS – Diálogo Diário de Segurança;
• Manter as equipes de SESMT e CIPA conforme exigências de 
suas respectivas NRs;
• Utilização de máquinas e equipamentos adequados à ativida-
de e ao trabalhador;
• Projeto de Prevenção e Combate a Incêndios e Pânico apro-
vado e em perfeito funcionamento;
86
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
• Manter o ambiente de trabalho limpo e organizado;
• Adaptações ergonômicas e de conforto nas condições de tra-
balho.
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção criou, em 
parceira com o SESI DN, um simulador de custos de acidentes e 
afastamentos de trabalho, chamado Construindo Segurança e Saú-
de. Através dele é possível fazer, de forma fácil e lúdica, cálculos 
que mostram quanto pode ser economizado com a prevenção. O 
simulador também apresenta informações sobre as normas que 
regem os acidentes do trabalho.
Saiba mais em: www.portaldaindustria.com.br/sesi/canais/
seguranca-e-saude-no-trabalho-sesi/simulador-de-custos-de-aci-
dentes/
87
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2022Banca: FEPESE Órgão: CASAN Prova: FEPESE - 2022 - 
CASAN - Advogado
Assinale a alternativa correta acerca da emissão de comunicação 
de acidente do trabalho. 
a) Em caso de morte do empregado, o empregador deverá instruir a 
emissão da comunicação de acidente do trabalho com a respectiva cer-
tidão de óbito.
b) A comunicação de acidente do trabalho efetuada pelo próprio traba-
lhador afasta a pena de multa ao empregador que não emitiu a comuni-
cação do prazo legal.
c) A emissão da comunicação de acidente do trabalho será dispensada 
quando não for necessário o afastamento do trabalhador de suas funções.
d) A comunicação de acidente do trabalho deve ser emitida para reco-
nhecer acidente de trabalho, acidente de trajeto, bem como uma doen-
ça ocupacional.
e) O empregador é obrigado a emitir a comunicação à Previdência So-
cial, de acidente ou morte no trabalho, no primeiro dia útil seguinte ao 
da ocorrência.
QUESTÃO 2
Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: TRT - 4ª REGIÃO (RS) Prova: FCC 
- 2022 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Analista Judiciário - Especialidade: 
Engenharia (Segurança do Trabalho)
Um trabalhador, vinculado a empresa, estava trocando as telhas que-
bradas de um galpão industrial após um forte temporal no dia ante-
rior. Ao pisar em uma das telhas, essa quebrou, vindo a cair de uma 
altura de 5 metros. O trabalhador não morreu, porém, teve múltiplas 
fraturas das pernas, incluindo tornozelos e joelhos, e está aguardan-
do internação para cirurgia hospitalar. Ficará em recuperação por 
aproximadamente 90 dias, mas é certo que ele apresentará sequelas 
permanentesque reduzirão sua capacidade para o trabalho.
A empresa foi obrigada a registrar CAT (Comunicação de Aciden-
te de Trabalho) inicial para este trabalhador. Neste caso, deve ser 
impressa em 
a) 6 vias e devem ser entregues: a 1ª via ao INSS, 2ª via ao segurado ou 
dependente, 3ª via para empresa, 4ª via para o SUS, 5ª e 6ª via para o 
sindicato da categoria profissional, sendo que essa última retorna proto-
colada para a empresa. Devido à gravidade do acidente, a comunicação 
deve ser imediata.
88
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
b) 5 vias e devem ser entregues: a 1ª via ao INSS, 2ª via ao segurado 
ou dependente, 3ª via para empresa, 4ª via para o SUS, e 5ª via para o 
sindicato da categoria profissional. Devido ao tipo de acidente, a comu-
nicação deve ser até o dia útil seguinte.
c) 6 vias e devem ser entregues: a 1ª via ao INSS, 2ª via ao segurado 
ou dependente, 3ª via para empresa, 4ª via para o hospital, 5ª via para 
o sindicato da categoria profissional e 6ª via para o SUS. Devido ao tipo 
de acidente, a comunicação deve ser até o dia útil seguinte. 
d) 4 vias e devem ser entregues: a 1ª via ao INSS, 2ª via ao segurado 
ou dependente, 3ª via para o sindicato da categoria profissional, 4ª via 
para empresa. Devido ao tipo de acidente, a comunicação deve ser até 
o dia útil seguinte.
e) 4 vias e devem ser entregues: a 1ª via ao INSS, 2ª via ao segurado 
ou dependente, 3ª via para empresa e 4ª via para o SUS. Devido à gra-
vidade do acidente, a comunicação deve ser imediata. 
QUESTÃO 3
Ano: 2022 Banca: IBADE Órgão: INOVA CAPIXABA Prova: IBADE 
- 2022 - INOVA CAPIXABA - Técnico de Segurança do Trabalho
A Comunicação de Acidente ao Trabalho – CAT, é um formulário 
que deve ser preenchido quando ocorrer qualquer tipo de acidente 
de trabalho. Em caso de morte, a CAT deve ser emitida:
a) Até 1 hora pós acidente.
b) Até 6 horas pós acidente.
c) Até 12 horas pós acidente.
d) Até 24h pós acidente.
e) Imediatamente.
QUESTÃO 4
Ano: 2022 Banca: VUNESP Órgão: Docas - PB Prova: VUNESP - 
2022 - Docas - PB - Técnico de Segurança do Trabalho
A Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT é regulamentada na 
legislação previdenciária, que, entre suas definições e exigências, 
permite afirmar com correção que
a) as comunicações relativas a acidentes de trajeto têm tramitação es-
pecífica na estrutura do INSS, de maneira que, para subsidiar essa op-
ção, devem ser acompanhadas das informações constantes dos bole-
tins de atendimento médico ou dos boletins policiais da ocorrência.
b) sua emissão por meio digital implicará entrega de cópia para: Agên-
cia Regional do INSS; Divisão de Saúde no Trabalho da Superinten-
dência Regional do Trabalho e Emprego, Sistema Único de Saúde e 
representação sindical da categoria profissional da vítima.
89
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
c) a empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o aciden-
te do trabalho à Previdência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da 
ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, 
sob pena de multa variável sucessivamente aumentada nas reincidên-
cias, aplicada e cobrada pela Previdência Social.
d) na inacessibilidade manifesta de mídia eletrônica para utilização do 
sistema digital da Previdência Social, poderá ser usado, excepcional-
mente, o preenchimento do formulário impresso da comunicação e pos-
tagem pelo serviço de correios, cujo comprovante de despacho deverá 
ser mantido para fins de fiscalização.
e) considera-se como dia do acidente, no caso de doença profissional 
ou do trabalho, a data do início da incapacidade laborativa para o exer-
cício da atividade habitual, ou o dia da segregação compulsória, ou o 
dia em que for realizado o diagnóstico, valendo para este efeito o dia de 
emissão do Atestado de Saúde Ocupacional com o agravo.
QUESTÃO 5
Ano: 202 Banca: FCC Órgão: TRT - 23ª REGIÃO (MT) Prova: FCC 
- 2022 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário - Área Apoio - 
Enfermagem do Trabalho
No que diz respeito à Comunicação de Acidentes de Trabalho 
(CAT), o enfermeiro deve saber que: 
a) em caso de doença ocupacional e acidente de percurso, a emissão 
da CAT por parte da empresa é facultativa.
b) a comunicação deverá ser imediata para todos os acidentes de trabalho 
ocorridos com os empregados em que haja afastamento das atividades.
c) quando o acidente de trabalho resultar em morte do trabalhador, a 
empresa é obrigada a informar à Previdência Social até o primeiro dia 
útil seguinte ao da ocorrência. 
d) a CAT inicial será emitida exclusivamente para casos de falecimento 
decorrente de acidente do trabalho, após o registro da CAT de comuni-
cação de óbito. 
e) se a empresa não fizer o registro da CAT, o próprio trabalhador, o de-
pendente, a entidade sindical, o médico ou a autoridade poderão efetivar 
a qualquer tempo o registro deste instrumento junto à Previdência Social. 
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE
A vida humana é o que há de mais valor na sociedade. É muito co-
mum se ouvir que “sem saúde não há o que se fazer”. O dinheiro pode 
comprar um plano de saúde, pode pagar despesas médicas, mas não 
pode trazer de volta a vida (indenizações não trazem de volta um ente 
querido), não pode trazer de volta um membro do corpo que foi perdido, 
90
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
amputado (haverá paliativos, próteses, mas nunca será o mesmo). 
Quem presencia um acidente pode ter inúmeros traumas psicológicos, 
e quem é a vítima de um acidente, além de traumas psicológicos, pode 
ter traumas físicos.
São inúmeros relatos de famílias desestabilizadas após um acidente, uma 
sociedade que perde talvez um homem ou mulher que tinha um papel cru-
cial dentro dela, o governo que precisa arcar com as despesas, e a empre-
sa que perde um colaborador, ou tem alguns dias perdidos devido ao aci-
dente ou doença, além da contratação e treinamento de nova mão de obra.
Sobre o trecho acima, comente e relacione sobre as inúmeras conse-
quências de um acidente para a sociedade, familiares, governo, empre-
sa e vítima.
TREINO INÉDITO
Sobre os acidentes do trabalho:
a) Em situações de acidente do trabalho deve ser aberta uma CAT.
b) Em situações de doença do trabalho deve ser aberta uma CAT.
c) Acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço 
da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados, provocando 
lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda 
ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.
d) Pode ser ocasionado por um ato, condição insegura, dentre outros.
e) Todas as respostas acima.
NA MÍDIA
FORAM REGISTRADOS 184 MIL ACIDENTES DE TRABALHO NO 
BRASIL EM 2018
Nos primeiros quatro meses de 2018, foram registrados no Brasil 184 
mil acidentes de trabalho. O que chama a atenção é o número de traba-
lhadores mortos, 653. Um óbito a cada quatro horas e meia.
Fonte: R7
Data: 04 jun. 2018
Veja a notícia na íntegra: https://noticias.r7.com/minas-gerais/mg-no-
-ar/videos/foram-registrados-184-mil-acidentes-de-trabalho-no-brasil-
-em-2018-04062018
NA PRÁTICA
Os números de acidentes do trabalho no Brasil são alarmantes. Ainda no 
que se refere às legislações nacionais de Saúde e Segurança do Trabalho, 
tem muito a evoluir e melhorar, principalmente, em relação a outros países 
e normas internacionais, que possuem estudos mais avançados na área. 
Se for realizado, por exemplo, um comparativo das normas nacionais de 
91
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
SST com as internacionais, será possível identificar as discrepâncias de 
informações (principalmente no que se refere aoslimites de tolerância de 
agentes químicos – que serão vistos na disciplina de Higiene do Trabalho).
O Poder Legislativo precisa criar leis mais rígidas e preventivas no tocan-
te à SST para, assim serem reduzidos os números de acidentes, ou pelo 
menos atualizar com mais frequência as leis atuais. Mas, como somente 
criar leis não basta, a fiscalização rigorosa deve existir. Sabe-se que mui-
tas empresas no Brasil burlam as normas de segurança, por isso, cabe 
ao trabalhador e a sociedade denunciarem esses tipos de irregularidades, 
bem como cobrar das autoridades competentes o cumprimento delas.
PARA SABER MAIS
Vídeos: “Os filmes da série Napo são produzidos a partir de grafismos 
gerados por computador. São protagonizados por personagens do mun-
do do trabalho, que se veem confrontadas com questões de segurança 
(Napo, 2017)”
Acesse e confira: https://www.napofilm.net/pt/napos-films/films
Figura 22 – NAPO Filmes
Fonte: Napo, 2017.
Acesse o link: Estatísticas de acidentes de trabalho (Fundacentro).
http://www.fundacentro.gov.br/estatisticas-de-acidentes-de-trabalho/inicio
Reportagens:
Homem corta a própria mão após ficar preso em máquina de moer car-
ne nos EUA
27 set. 2018
Disponível em :<https://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,ho-
mem-corta-a-propria-mao-apos-ficar-preso-em-maquina-de-moer-car-
ne-nos-eua,70002521501>.
Brasil é quarto lugar no ranking mundial de acidentes de trabalho. 
09 abr. 2018.
Disponível em :<http://portal.mpt.mp.br/wps/portal/portal_mpt/mpt/sala-
-imprensa/mpt-noticias/7441f527-ad53-4a0a-901f-66e40f1a1cae>.
92
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
GABARITOS
CAPÍTULO 01
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO 
DE RESPOSTA
No atual cenário do ambiente laboral, o Engenheiro de Segurança do 
Trabalho, passa a ser muito mais do que um colaborador da organiza-
ção, ele se torna um consultor, que deve alertar empresa e empregado 
sobre os riscos existentes naquele determinado local. 
Por isso, o Engenheiro de Segurança do Trabalho tem um papel fun-
damental (e se não o fizer pode até responder criminalmente pelos aci-
dentes ocorridos) de fiscalizar todos os ambientes e trabalhadores do 
qual é responsável, aplicando as devidas advertências, em casos de 
descumprimento das normas implantadas.
Além de fiscalizar, deve planejar anualmente, semestralmente e men-
salmente as ações a serem realizadas para prevenção e controle de 
doenças e acidentes. Sendo que, diariamente deve conscientizar a to-
dos sobre a importância da cultura da segurança, que não é somente 
cumprir as legislações, mas sim, salvar e preservar vidas.
Vale ressaltar que, o Engenheiro de Segurança do Trabalho é o interme-
diador entre órgãos fiscalizados, empresa e colaborador. Por isso, deve 
desempenhar sua função de forma a cumprir as legislações, alertar o 
empregador e fazê-lo adequar à empresa, e, por conseguinte cobrar do 
colaborador a utilização dos EPI (Equipamentos de Proteção Individual), 
EPC (Equipamentos de Proteção Coletiva), atenção às sinalizações, par-
ticipação nos treinamentos, realização dos exames médicos legais etc.
TREINO INÉDITO
Gabarito: D
93
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
CAPÍTULO 02
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO 
DE RESPOSTA
Em toda empresa em que tiver empregados admitidos é obrigatória a CIPA. 
A diferença se dá que, conforme o grupo de CNAE ao qual a empresa 
pertence e a quantidade de trabalhadores, a quantidade de membros inte-
grantes da CIPA irá variar. E ainda as empresas de menor porte, que não 
precisam de equipe de CIPA, devem ter pelo menos um representante.
O papel da CIPA é de extrema importante para garantir um ambiente 
laboral mais justo para todos. O cipeiro deve estar atento a todas as 
situações, e deve cobrar do empregador melhorias, por isso, a estabili-
dade, segundo Melo é:
um instrumento para garantir ao membro da CIPA autonomia suficiente para 
desempenhar a sua função na CIPA. Em outras palavras: poderão existir 
momentos em que o trabalhador terá que cobrar do empregador soluções e 
ações corretivas (em máquinas e equipamentos, por exemplo) e nessa hora 
a estabilidade o protege de ser demitido injustamente. 
 A Súmula do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Enunciado nº 339, item 
II – Nos mostra que: – A estabilidade provisória do cipeiro não constitui van-
tagem pessoal, mas garantia para as atividades dos membros da CIPA, que 
somente tem razão de ser quando em atividade a empresa.
Logo, como vimos, a garantia de emprego (estabilidade) tem a única função de 
proteger o cipeiro de possíveis represálias vindas do empregador (Melo, 2018).
De quanto tempo é a estabilidade da CIPA? Segundo o item 5.8 da NR 5:
é vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para 
cargo de direção de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes desde o 
registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato. 
Como vimos no parágrafo acima. A estabilidade (garantia de emprego) come-
ça no ato da candidatura e se estende até um ano após o final do mandato. 
Então o tempo de estabilidade é de 2 anos (Melo, 2018).
É importante ressaltar que o membro suplente da CIPA também goza do 
direito a estabilidade, e que somente os membros eleitos pelos empre-
gados possuem estabilidade. Ou seja, os membros eleitos pelo empre-
gador, não possuem direito a essa estabilidade.
94
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
TREINO INÉDITO
Gabarito: E
95
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
CAPÍTULO 03
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO 
DE RESPOSTA
Em um mundo ideal, seria ideal que não existissem acidentes do tra-
balho. O acidente não traz nenhum tipo de vantagem ou benefício a 
nenhum dos envolvidos. Muito pelo contrário, as desvantagens e pontos 
negativos gerados podem se estender a muito mais do que a nossa 
mente consegue calcular.
Podem-se citar como consequências de um acidente de trabalho:
- Para o trabalhador:
– Perda de credibilidade no emprego: Quando o trabalhador se acidenta, 
além das dores físicas, o patrão provavelmente ficará chateado com ele.
A credibilidade desse empregado perante o empregador tende a diminuir, e 
muito…
– Perda de oportunidade de promoção, ou aumento de salário: Se surgir na 
empresa uma oportunidade de promoção interna ou aumento de salário, pro-
vavelmente ninguém irá se lembrar do empregado acidentado.
– Sofrimento físico: Dores físicas, emocionais, tudo isso incomoda o aciden-
tado.
E o pior é que mesmo se ele não for o culpado pelo acidente, ainda assim, 
vai demorar a se convencer disso.
– Incapacidade para o trabalho, temporária ou permanente: Tem coisa pior 
do que se sentir incapacitado?
Esse é um sentimento que incomoda muito. É mais um fardo carregado pelo 
acidentado. Hoje já se sabe que o trabalho tem função social e não apenas 
financeira.
O fato de trabalhar faz a pessoa se sentir sociável e útil! A falta de trabalho de 
certa forma isola a pessoa e a faz sentir-se inútil e incapaz.
– Menos dinheiro em casa: O benefício pago pelo INSS em casos de aci-
dente de trabalho não é equivale ao salário de alguém que está na ativa 
(trabalhando).
A renda do trabalhador tende a cair de 20 a 40%. Uma redução que pode 
levar dificuldade financeira a toda família (UNISEESMT, 2017). 
Para a empresa: 
– Gastos com primeiros socorros e transporte do acidentado.
– Tempo perdido: Outros funcionários terão que parar para socorrer o aciden-
96
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
ALH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
tado, e os funcionários gastam tempo comentando o ocorrido;
Na maioria dos acidentes a cena é parecida, muita gente para para ver o 
ocorrido.
Às vezes a quantidade de curiosos é tão grande que até causa outros aciden-
tes. E isso gera ainda mais prejuízo para o empregador.
Vamos pensar em 20 pessoas paradas olhando e comentando a acidente por 
20 minutos e ainda o prejuízo da produção parada por esse tempo, isso gera 
um prejuízo significativo, não é?
– Terá que pagar os primeiros quinze dias após o afastamento: Irá pagar 
salário para uma pessoa que não irá produzir.
Depois dos 15 dias o funcionário passará a receber o benefício do INSS.
– Gastos com contratação de um substituto para o funcionário que se aci-
dentou.
– Prejuízos materiais, e com pagamento de indenizações: Isso é fato, hoje 
tem muita gente ganhando dinheiro com indenizações por causa de acidente 
de trabalho.
E mesmo quando a culpa não é do empregador, na maioria das vezes ele 
acaba pagando.
– Má fama no meio empresarial: Hoje as empresas que têm muitos acidentes 
de trabalho ficam malvistas no mercado e perdem clientes.
É comum que empresas parceiras se fiscalizem mutuamente para entender 
até que ponto estão comprometidas com gerar lucro sem derramar sangue, 
esse processo é conhecido como auditoria externa (UNISEESMT, 2017).
 
Para a família:
– Dificuldade financeira: Como podemos observar acima o dinheiro em casa 
diminui.
– Incomodo geral: Em muitos casos a família terá que mudar drasticamente 
de rotina para ajudar o acidentado que em muitos casos está incapaz de se 
cuidar.
– Gastos com compra de remédio, tratamento, locomoção: Ou seja, diminui 
o dinheiro, mas aumentam os gastos.
– Dor emocional em relação ao parente que está inválido, ou enfermo: Muitos 
filhos de acidentados que ficaram inválidos ou faleceram, acabam entrando 
no mundo da prostituição ou do crime para compensar a falta de dinheiro, do 
pai ou mãe que sustentava o lar (UNISEESMT, 2017).
Para o governo:
– Perda de mão de obra produtiva, temporária ou permanentemente: Os tra-
balhadores de certa forma são as pessoas que produzem a riqueza do país!
Quanto mais pessoas afastadas do trabalho menos dinheiro é movimentação 
no comércio e isso é péssima para a economia do país.
– Mais gente dependendo do dinheiro do INSS: Isso significa que irá gastar 
mais.
– Menos dinheiro recebido de contribuinte pelo INSS: Isso contribui para o 
97
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
aumento saldo vermelho. 
A lógica de prevenção deveria ser a seguinte “gastar menos é melhor do que 
gastar mais”!
Sabe-se que muitas empresas tiveram que fechar suas portas por causa de 
um acidente de trabalho.
Tomara que possamos ser sábios e contagiar nessa busca pela prevenção 
(UNISEESMT, 2017).
TREINO INÉDITO
Gabarito: E
98
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 
14280: Cadastro de Acidente do Trabalho – Procedimento e Classifica-
ção. Rio de Janeiro. 2001.
ALARCÓN, Pietro de Jésus Lora. O patrimônio genético humano e sua 
proteção na Constituição Federal de 1988. São Paulo: Método, 2004.
ANA.45 barragens preocupam órgãos fiscalizadores, aponta Relató-
rio de Segurança de Barragens elaborado pela ANA. Disponível em: 
<www3.ana.gov.br/portal/ANA/noticias/45-barragens-preocupam-or-
gaos-fiscalizadores-aponta-relatorio-de-seguranca-de-barragens-ela-
borado-pela-ana>Acesso em 10 fev. 2019. 
BRASIL. Projeção da população do Brasil e das Unidades da Federa-
ção. Disponível em: <
https://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/
>. Acesso em 24 fev. 2023.
FUNDACENTRO. Institucional: Segurança e saúde no trabalho. Dispo-
nível em: <http://www.fundacentro.gov.br/institucional/inicio>. Acesso 
em 24 fev. 2019.
ENIT. Normas Regulamentadoras - NR. Disponível em: <https://enit.
trabalho.gov.br/portal/index.php/seguranca-e-saude-no-trabalho/sst-
-menu/sst-normatizacao/sst-nr-portugues?view=default>. Acesso em 
15 fev. 2019.
ENIT. NR 1 – Disposições Gerais. Disponível em: https://enit.trabalho.
gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-01.pdf>. Acesso em 
10mar. 2019.
ENIT. NR 2 – Inspeção Prévia. Disponível em:
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-
02.pdf>. Acesso em 10 mar. 2019.
ENIT. NR 3 – Embargo ou Interdição. Disponível em:
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-
03.pdf>. Acesso em 10 mar. 2019.
ENIT. NR 4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e 
em Medicina do Trabalho - SESMT. Disponível em: https://enit.traba-
99
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
lho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-04.pdf>. Acesso 
em 10 mar. 2019.
ENIT. NR 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA. 
Disponível em: https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/
SST_NR/NR-05.pdf>. Acesso em 10 mar. 2019.
ENIT. NR 28 – Fiscalização e Penalidades. Disponível em: https://
enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-28.pdf>. 
Acesso em 10 mar. 2019.
IBGE. Comissão Nacional de Classificação – CONCLA. Disponível em: 
<https://cnae.ibge.gov.br/>.Acesso em 16 mar de 2019.
GOMES, Cristiane. Revolução Industrial. Disponível em: <https://www.
infoescola.com/historia/revolucao-industrial/>. Acesso em 25 fev. 2019.
HISTÓRIA DE TUDO. Revolução Industrial. Disponível em: <www.his-
toriadetudo.com/revolucao-industrial>. Acesso em 24 fev. de 2019.
HISTÓRIA LIBERTA. A Revolução Industrial Inglesa. Disponível em:
http://historialiberta.com.br/historia-da-europa/a-revolucao-industrial-in-
glesa/. Acesso em 26 fev. de 2019.
INSS. Comunicação de Acidente de Trabalho. Disponível em: <https://
www.inss.gov.br/servicos-do-inss/comunicacao-de-acidente-de-traba-
lho-cat/>. Acesso em 21 mar. De 2019. 
SZABÓ JÚNIOR, Adalberto Mohai. Manual de Segurança, Higiene e 
Medicina do Trabalho. 12. Ed. – São Paulo: Rideel, 2018.
MARTINS, Magno.Tempos modernos.Disponível em: <http://cinemas-
cope.com.br/especiais/tempos-modernos/>. Acesso em 24 fev. 2019.
MARTINS, Sergio Pinto. Breve histórico a respeito do trabalho. Dispo-
nível em: <www.revistas.usp.br/rfdusp/article/viewFile/67461/70071>. 
Acesso em 16 fev. 2019.
MELO. A importância da Cipa. Disponível em: <http://simespi.com.br/a-
-importancia-da-cipa/>. Acesso em 16 fev. 2019.
100
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
MICHAELIS, Dicionário UOL. Significado de Trabalho. Disponível em 
<http://michaelis.uol.com.br/busca?r=0&f=0&t=0&palavra=trabalho>. 
Acesso em 25 fev. 2019.
MPT. Brasil é quarto lugar no ranking mundial de acidentes de traba-
lho. Disponível em: <http://portal.mpt.mp.br/wps/portal/portal_mpt/mpt/
sala-imprensa/mpt-noticias/7441f527-ad53-4a0a-901f-66e40f1a1cae> 
Acesso em: 18 mar. 2019.
MET. Normas Regulamentadoras – NR. Disponível em: https://www.
gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/se-
cretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/
normas-regulamentadoras-nrs. Acesso em: 28 fev. 2023.
OLIVEIRA, Cláudio Antônio Dias de. Segurança e saúde no trabalho: 
Guia de prevenção de riscos. São Paulo: Yends, 2013. 
PLANALTO. LEI Nº 8.213, DE 24 DE JULHO DE 1991. - Dispõe sobre 
os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8213cons.
htm> . Acesso em: 18 mar. 2019.
PLANALTO. LEI Nº 13.467, DE 13 DE JULHO DE 2017. - Altera a Con-
solidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 
5.452, de 1º de maio de 1943, e as Leis n º 6.019, de 3 de janeiro de 
1974, 8.036, de 11 demaio de 1990, e 8.212, de 24 de julho de 1991, 
a fim de adequar a legislação às novas relações de trabalho. Dispo-
nível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/
l13467.htm>. Acesso em: 14 ago.2020.
RBMT. Riscos ocupacionais entre trabalhadores de enfermagem em 
Unidade de Terapia Intensiva. Disponível em: <http://www.rbmt.org.br/
details/258/pt-BR/riscos-ocupacionais-entre-trabalhadores-de-enferma-
gem-em-unidade-de-terapia-intensiva>. Acesso em: 23 mai. 2019.
RECEITA FEDERAL. Emissão do Comprovante de Inscrição e Si-
tuação Cadastral.Disponível em: <https://www.receita.fazenda.gov.
br/PessoaJuridica/CNPJ/cnpjreva/Cnpjreva_Solicitacao2.asp?c-
npj=10685786000181>. Acesso em 16 mar. 2019. 
SALIBA, Tuffi Messias. Curso básico de segurança e higiene ocupacio-
nal. São Paulo: LTr, 2004. 453 p. 
101
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S
SCHERMANN, Daniela. Pirâmide de Maslow: o que é e por que você 
precisa conhecê-la. Disponível em <https://blog.opinionbox.com/pirami-
de-de-maslow/> . Acesso em 25 fev. 2019.
SENAC.Histórico da segurança do trabalho no mundo. Disponível em: 
<https://www.ead.senac.br/drive/tecnico_seguranca_trabalho/index.
html>. Acesso em 24 fev. 2019.
UFAL. Siass alerta para prevenção de acidentes de trabalho e notifi-
cação de ocorrências. Disponível em: <https://ufal.br/servidor/noti-
cias/2016/7/siass-alerta-para-prevencao-de-acidentes-de-trabalho-e-
-notificacao-de-ocorrencias>. Acesso em: 19 mar. 2019.
UNIFAL. Perigo e risco. Disponível em: <https://www.unifal-mg.edu.br/
riscosambientais/perigoseriscos>. Acesso em 23. Mar. 2019
UNISEESMT. Perdas com acidente do trabalho. Disponível em: <http://
uniseesmt.com.br/artigos.asp?id=39>. Acesso em 24. Mar. 2019
102
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
 À
 E
N
G
E
N
H
A
R
IA
 D
E
 S
E
G
U
R
A
N
Ç
A
 D
O
 T
R
A
B
A
LH
O
 -
 G
R
U
P
O
 P
R
O
M
IN
A
S

Mais conteúdos dessa disciplina