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oX’x’CAPA 
 
 
iii 
 
APRESENTAÇÃO 
 
No intuito de cumprir as diretrizes contidas no Plano de Recuperação de Áreas 
Degradadas – PRAD ao qual se destina a orientar e especificar as ações que devem 
ser planejadas, projetadas e realizadas para recuperar a área da construção do 
Hospital Regional Vale do Jaguaribe - HRVJ, empreendimento do Consórcio 
Marquise/Normatel cujas características originais sofreram alterações. 
 
Ressalta-se que atualmente a área que sofreu a escavação é da ordem de 3,24ha (três 
vírgula vinte e quatro hectares) sendo este projeto direcionado a reverter à situação do 
dano causado pela utilização mineral de empréstimo, e caracterizada pela equipe 
técnica de elaboração do PRAD como uma área que se encontra impossibilitada de 
retornar por uma trajetória natural, a um ecossistema que se assemelhe a um estado 
conhecido antes, ou para outro que poderia ser esperado. 
 
Assim, as informações contidas neste PRAD tomarão por base o diagnóstico ambiental 
da área onde ocorreu a degradação, assim como as áreas do seu entorno, que irão 
indicar o real potencial de recuperação para que se estabeleçam as metodologias mais 
eficientes. Neste caso, é estabelecido que todas as metodologias adotadas irão constar 
de procedimentos que visem considerar a necessidade de se fazer cumprir a legislação 
ambiental, especialmente no que concerne aos procedimentos de reparação de danos 
ambientais e proteção tanto do solo como dos recursos hídricos, atendendo as 
exigências mínimas de reparação de danos ambientais. 
 
Contudo, este PRAD visa nortear as ações a serem desenvolvidas neste projeto 
segundo a legislação ambiental aplicada e seguindo as metodologias mais eficazes 
para recuperação dos danos causados ao meio ambiente. 
 
O Plano de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD apresentado será entregue 
em 02 (duas) vias, sendo uma impressa e outra em meio digital, acompanhado da 
respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica – ART e do Cadastro Técnico 
Ambiental Estadual do técnico responsável por sua elaboração. 
 
 
iv 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 7 
2. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO........................................................ 8 
22..11.. IIDDEENNTTIIFFIICCAAÇÇÃÃOO DDOO PPRROOPPOONNEENNTTEE ............................................................................................................................................................ 88 
22..22.. IIDDEENNTTIIFFIICCAAÇÇÃÃOO DDOO EEMMPPRREEEENNDDIIMMEENNTTOO ............................................................................................................................................ 88 
22..33.. DDAADDOOSS GGEERRAAIISS DDAA PPRROOPPRRIIEEDDAADDEE .......................................................................................................................................................... 88 
22..44.. EEQQUUIIPPEE TTÉÉCCNNIICCAA RREESSPPOONNSSÁÁVVEELL .............................................................................................................................................................. 99 
3. IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ....................... 10 
33..11.. LLOOCCAALLIIZZAAÇÇÃÃOO EE AACCEESSSSOO ................................................................................................................................................................................ 1100 
33..22.. ÁÁRREEAA DDEE IIMMPPLLAANNTTAAÇÇÃÃOO DDOO PPRRAADD .................................................................................................................................................... 1111 
4. ÁREAS DE RECUPERAÇÃO .................................................................................. 13 
44..11.. AAÇÇÕÕEESS PPRROOPPOOSSTTAA EE MMEETTOODDOOLLOOGGIIAA ................................................................................................................................................ 1155 
5. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA A SER RECUPERADA ......................................... 19 
55..11.. GGEEOOLLOOGGIIAA EE SSOOLLOOSS ............................................................................................................................................................................................ 1199 
55..22.. SSIISSTTEEMMAASS GGEEOOAAMMBBIIEENNTTAAIISS ........................................................................................................................................................................ 2244 
55..33.. MMEEIIOO BBIIÓÓTTIICCOO LLOOCCAALL ........................................................................................................................................................................................ 2244 
6. PLANO DE RECUPERAÇÃO DE AREA DEGRADADA ........................................ 30 
66..11.. AAÇÇÕÕEESS PPRROOPPOOSSTTAA EE MMEETTOODDOOLLOOGGIIAA ................................................................................................................................................ 3300 
6.1.1. Medidas Mitigadoras ................................................................................... 30 
6.1.2. Determinação de Parâmetros Ambientais ................................................... 31 
66..22.. RREECCUUPPEERRAAÇÇÃÃOO AAMMBBIIEENNTTAALL ........................................................................................................................................................................ 3322 
IIMMAAGGEEMM MMEERRAAMMEENNTTEE IILLUUSSTTRRAATTIIVVAA.. AABBRRIILL//22001199 ............................................................................................................................ 3366 
66..33.. TTÉÉCCNNIICCAA PPRREEVVEENNTTIIVVAA........................................................................................................................................................................................ 3377 
66..44.. PPRRIINNCCIIPPAAIISS TTRRAATTOOSS PPAARRAA GGAARRAANNTTIIRR AA RREECCUUPPEERRAAÇÇÃÃOO FFLLOORREESSTTAALL ........................................................ 3388 
6.4.1. Pré-plantio: .................................................................................................. 38 
6.4.2. Plantio e replantio: ....................................................................................... 39 
66..55.. EESSPPÉÉCCIIEESS NNAATTIIVVAASS .............................................................................................................................................................................................. 4400 
6.5.1. Atividades Relacionadas ............................................................................. 40 
 
v 
 
7. DA MANUTENÇÃO (TRATOS CULTURAIS) ......................................................... 43 
77..11.. MMAANNUUTTEENNÇÇÃÃOO EE MMOONNIITTOORRAAMMEENNTTOO DDAA ÁÁRREEAA ........................................................................................................................ 4433 
8. CRONOGRAMA FÍSICO .......................................................................................... 44 
9. CUSTO IMPLANTAÇÃO ......................................................................................... 45 
10. EQUIPE TÉCNICA ................................................................................................. 46 
11. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ............................................................................ 47 
ANEXOS .................................................................................................................... 48 
AANNEEXXOO II –– RREEGGIISSTTRROO FFOOTTOOGGRRÁÁFFIICCOO ......................................................................................................................................4499 
AANNEEXXOO IIII –– AANNOOTTAAÇÇÃÃOO DDEE RREESSPPOONNSSAABBIILLIIDDAADDEE TTÉÉCCNNIICCAA –– AARRTT//CCRREEAA ........................ 5522 
AANNEEXXOO IIIIII –– CCAADDAASSTTRROO DDOO TTÉÉCCNNIICCOO RREESSPPOONNSSÁÁVVEELL .................................................................................. 5544 
AANNEEXXOO IIVV –– AANNAALLIISSEE DDOO SSOOLLOO ............................................................................................................................................................ 5566 
 
 
vi 
 
LISTA DE FIGURAS E QUADROS 
 
Figura 1 - Mapa de localização do empreendimento ................................................... 11 
Figura 2 – Delimitação da área do PRAD .................................................................... 12 
Figura 3 – Identificação dos pontos de coleta de amostras de solo (AM) e do expurgo 
(E) na área do PRAD ................................................................................................... 15 
Figura 4 – Identificação das zonas de recuperação em função dos parâmetros 
analisados .................................................................................................................... 16 
Figura 5 - Mapa de solos do município de Limoeiro do Norte ...................................... 20 
Figura 6 – Vista da pedregosidade aparente na área do empreendimento, antes da 
intervenção................................................................................................................... 24 
Figura 7 – Destaque de uma área a ser recuperada, bota-fora e canal de drenagem . 35 
Figura 8 – Croqui com distribuição das mudas – proteção inicial do perímetro e do 
canal. ........................................................................................................................... 36 
Figura 9 – Croqui ilustrativo para distribuição das espécies por sucessão ecológica... 40 
Figura 10 – Aplicação de insumos para melhorar a qualidade do solo ........................ 41 
Figura 11 – Procedimento para aberturas das covas e manuseio das mudas ............. 41 
Figura 12 – Sistema de tutoramento para evitar o tombamento das plantas ............... 42 
 
 
Quadro 1 – Resultados das análises das amostras de solo e expurgo ........................ 14 
Quadro 2 - Espécies arbustivo-arbóreas encontradas na área do empreendimento .... 29 
 
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1. INTRODUÇÃO 
 
Os problemas ambientais nos centros urbanos são decorrentes, sobretudo, da 
ausência de adoção de critérios relevantes para o uso e ocupação do solo, 
desconsiderando o planejamento urbano e a capacidade de suporte do ambiente 
físico e biótico. Nesse sentido, o Plano Diretor é o instrumento básico da política 
urbana dos municípios que detém a função de promover o adequado ordenamento 
territorial, bem como o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e a 
garantia do bem estar de seus habitantes em consonância com a legislação 
ambiental, de acordo com o planejamento e controle do uso do parcelamento e da 
ocupação do solo. 
 
Diante disto, Plano de Recuperação de Áreas Degradadas - PRAD visa subsidiar 
a compensação ambiental da implantação do Hospital Regional Vale do Jaguaribe -
HRVJ, fundamentado na solicitação de autorização para supressão vegetal 
decorrentes da utilização de material mineral, utilizado na construção, priorizando a 
adoção de medidas de recuperação, que já se encontrava degradada pela 
escavação e uso como área de empréstimo, promovendo a conservação e 
contribuindo para a melhoria da qualidade ambiental do meio físico, meio biótico e 
da diversidade local. 
 
 
 
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2. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO 
 
22 .. 11 .. IIDD EE NN TTIIFF IICC AA ÇÇ ÃÃ OO DD OO PPRROO PP OONN EENNTTEE 
INTERESSADO: CONSÓRCIO MARQUISE / NORMATEL – HRVJ 
CNPJ Nº 28.932.461/0001-11 
ENDEREÇO: 
Rua Visconde de Mauá, 3120 Bairro: Dionísio 
Torres 
CEP: 60.125-161 - Fortaleza-Ceará 
CONTATO: (085) 4008.3408 
 
 
22 .. 22 .. IIDD EE NN TTIIFF IICC AA ÇÇ ÃÃ OO DD OO EEMMPP RREE EENN DDIIMMEE NN TTOO 
NOME DO EMPREENDIMENTO: Hospital Regional do Vale do Jaguaribe - HRVJ 
LOCALIZAÇÃO: 
Rodovia Federal BR 116 Km 190, Entroncamento 
das Vias de - Limoeiro do Norte e Morada Nova, 
Bairro: Sítio Danças - CEP: 62.930-000 - Limoeiro 
do Norte-CE 
 
 
22 .. 33 .. DDAA DD OOSS GGEERR AA IISS DD AA PPRR OO PPRR IIEE DDAA DD EE 
ÁREA DE PRAD: 32.400,00 m2 
ÁREA DE CAVAS (ESPELHO DE ÁGUA): 2.302,65 m2 
ÁREA DE RECUPERAÇÃO 01: 3.947,25 m2 
ÁREA DE RECUPERAÇÃO 02: 10.255,74 m2 
ÁREA DE RECUPERAÇÃO 03: 6.004,68 m2 
ÁREA REMANESCENTE: 4.800,00 m2 
 
 
 
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22 .. 44 .. EEQQUU IIPP EE TT ÉÉCCNN IICC AA RREE SS PP OONN SS ÁÁVVEE LL 
CONSULTOR RESPONSÁVEL: Eng. Agr. Dr. Roberto Albuquerque Pontes Filho 
TELEFONE DE CONTATO: (85) 9.88796250 | (85) 9.9911.3773 
E-MAIL: roberto@argusambiental.com.br 
REGISTRO CREA-CE Nº: 060190444-3 
NÚMERO DA ART N0: CE20190465781 
 
CONSULTOR: Geógrafo, Esp. Pedro Igor Bezerra de Morais 
TELEFONE DE CONTATO: (85) 98146.0278 
E-MAIL: Pedro@geosisconsultoria.com 
REGISTRO CREA-CE Nº: 0601830644 
NÚMERO DA ART N0: CE20190465697 
 
CONSULTORA: Eng. Ambiental Stênya Daniele Brito de Sousa 
TELEFONE DE CONTATO: (85) 98864.4555 | (85) 99632.6534 
E-MAIL: stenya@argusambiental.com.br 
REGISTRO CREA-CE Nº: 061196734-0 
 
 
 
mailto:stenya
 
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3. IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO 
 
33 .. 11 .. LLOOCC AA LL IIZZAA ÇÇ ÃÃ OO EE AACC EE SSSS OO 
O acesso principal à área partindo de Fortaleza pela BR-116 por um trajeto de 
193km com aproximadamente 2 horas e 48 min. 
 
Outro acesso regional pode ser realizado pela BR-116, seguindo em direção a CE-
138, passando pelo Munícipio de Morada Nova, com um percurso de 
aproximadamente 2 horas e 40 min em um trajeto maior, 191 km. 
 
A área degradada é o anexo da área que foi utilizada como material de empréstimo 
para construção do Hospital Regional do Vale do Jaguaribe – HRVJ, está situado 
dentro da zona urbana de Limoeiro do Norte, localizado na Rodovia Federal BR 116 
- km 190, entroncamento das Vias de - Limoeiro do Norte e Morada Nova, Bairro: 
Sítio Danças, conforme Mapa de Localização apresentado. 
 
 
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Figura 1 - Mapa de localização do empreendimento 
 
 
33 .. 22 .. ÁÁRR EE AA DD EE IIMMPP LL AA NN TTAA ÇÇÃÃ OO DD OO PPRRAADD 
Á área do PRAD é de 32.400,0m2 onde a área foi utilizada para extração de material 
mineral de empréstimo, bem com a condução de um canal de drenagem escavado. 
Figura 2. 
 
 
 
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Figura 2 – Delimitação da área do PRAD 
 
 
 
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4. ÁREAS DE RECUPERAÇÃO 
 
Ressalta-se que atualmente a área que sofreua escavação é da ordem de 3,24ha 
(três vírgula vinte e quatro hectares) sendo este projeto direcionado a reverter à 
situação do dano causado pela exploração mineral, e caracterizada pela equipe 
técnica de elaboração do PRAD como uma área que se encontra impossibilitada de 
retornar por uma trajetória natural, a um ecossistema que se assemelhe a um estado 
conhecido antes, ou para outro que poderia ser esperado. 
 
Assim, as informações contidas neste PRAD tomarão por base o diagnóstico 
ambiental da área onde ocorreu a degradação, assim como as áreas do seu entorno, 
que irão indicar o real potencial de recuperação para que se estabeleçam as 
metodologias mais eficientes. Neste caso, é estabelecido que todas as metodologias 
adotadas irão constar de procedimentos que visem considerar a necessidade de se 
fazer cumprir a legislação ambiental, especialmente no que concerne aos 
procedimentos de reparação de danos ambientais e proteção tanto do solo como 
dos recursos hídricos, atendendo as exigências mínimas de reparação de danos 
ambientais. 
 
O projeto para área tem como fundamento inicial, minimizar os impactos ambientais 
a área do empreendimento causado por exploração mineral e substituir os processos 
degradatórios por processos de recuperação da área, através da deposição de 
resíduos vegetais, seguido de monitoramento e acompanhamento da área por 
período de três anos, informações estas detalhadas e discutidas neste Plano de 
Recuperação da Área Degradada – PRAD, segundo a Instrução Normativa N0 
04/2011 – IBAMA. 
 
Na primeira avaliação da área foco onde será feito a intervenção para implantação 
do PRAD – Plano de Recuperação de Área Degradada, apresentava três 
intervenções por curva de nível, aterramento e afloramento rochoso e canal de 
drenagem, que serviu de orientação para o plantio das mudas, e também foi 
identificada a existência de pouca vegetação herbácea e arbustiva na área. 
 
 
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Foram realizadas coletas de amostras (AM) de solos e do expurgo (E1 e E2) 
observado durante a visita a campo. As amostras foram analisadas, os seguintes 
resultados obtidos: 
 
Quadro 1 – Resultados das análises das amostras de solo e expurgo 
Amostras 
Umidade 
(%) 
pH 
Condutividade 
(dS/m) 
% Granulometria (Peneiras – malhas) 
1,0mm 500µm 250µm 105µm  105µm 
AM 01 2,0 8,2 1,016 30,05 38,25 12,60 13,55 5,55 
AM 02 2,3 8,0 1,016 30,60 38,05 12,65 13,10 5,60 
AM 03 2,4 8,1 1,016 30,20 38,35 12,85 13,15 5,45 
AM 04 2,5 8,7 1,437 21,75 38,10 15,75 17,30 7,10 
AM 05 2,6 8,8 1,386 21,55 37,60 15,95 17,55 7,35 
AM 06 2,4 8,7 1,400 21,45 38,15 15,80 17,45 7,15 
AM 07 2,4 8,5 1,402 21,95 38,35 15,30 17,30 7,10 
AM 08 2,0 8,8 1,644 37,80 37,05 14,45 8,60 2,10 
AM 09 3,1 7,5 0,817 22,70 32,50 13,85 17,60 13,35 
E1 2,8 9,0 1,696 35,10 35,80 12,00 13,20 3,90 
E2 2,0 8,9 1,747 31,15 37,30 13,05 12,55 5,95 
 
Baseados nos resultados das análises observaram que: 
 
1. Os solos apresentam em condição geral uma alcalinidade (pH alto), baseado 
principalmente por possíveis traços de sódio (Na), devido a retirada das 
camadas do solo, que demonstraram na condutividade elétrica (CE); 
2. Apresentam baixo acumulo de umidade determinado em Estufa a 105ºC, 
devido apresentar uma maior macroporosidade; 
3. Presença de rochosidade aparente, observada durante a abertura dos furos, 
podendo causar acúmulo de água e um maior carreamento de sedimentos e 
processo erosivos; 
 
 
 
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P á g i n a | 15 
Figura 3 – Identificação dos pontos de coleta de amostras de solo (AM) e do 
expurgo (E) na área do PRAD 
 
 
44 .. 11 .. AAÇÇ ÕÕEE SS PPRR OOPP OOSS TTAA EE MMEE TTOODD OO LL OOGGIIAA 
 
I. Zoneamento da Área 
 
Foram fatores decisivos para a sua definição a análise do diagnóstico ambiental 
base do processo de investigação e a realização de trabalhos de visita “in loco”, para 
a identificação e quantificação da área a ser recuperada na faixa limite da área que 
se iniciou a exploração mineral, além de um diagnóstico pormenorizado na área 
(solo, declividade, rochosidade) do entorno para avaliar o processo de recuperação 
florestal e, caso seja possível, o aproveitamento de espécies nativas existentes no 
entorno da área. Logo dividimos em 03 zonas (Figura 4) como foram de preservar a 
 
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P á g i n a | 16 
área quanto ao processo erosivo e acúmulos de sais (salinidade), que normalmente 
afetam o crescimento das plantas, principalmente pelo aumento da pressão 
osmótica do meio, reduzindo a disponibilidade água para a planta. 
 
Figura 4 – Identificação das zonas de recuperação em função dos parâmetros 
analisados 
 
 
 
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P á g i n a | 17 
II. Objetivos: 
 
Restabelecimento das condições bióticas como forma de recuperar as condições 
ambientais da área degradada (exploração mineral). Para gerar este conhecimento, 
os objetivos deste trabalho abordam os seguintes aspectos: 
 Avaliação do uso e cobertura da terra, identificando e quantificando os 
diferentes usos existentes, para analisar o contexto em que as áreas 
degradadas estão envolvidas e auxiliar no diagnóstico e planejamento 
ambiental; 
 Identificação da área onde o material RReessttoollhhoo VVeeggeettaall foi espalhado para 
servir de substrato e reposição do solo; 
 Identificar espécies nativas mais adequadas à recuperação da área 
degradada, em função da vegetação remanescente; 
 Recuperar o meio biótico e melhorar a qualidade ambiental da área (química, 
física e Biológica). 
 
III. Metas: 
 
 Proceder no PRIMEIRO ANO o recobrimento do solo para a Recomposição 
por meio da regeneração natural, em função do banco de sementes existente 
no restolho vegetal, ocupando as valas oriundas da escavação pela 
exploração mineral, em uma área total de aproximadamente 3,24hectares; 
 SEGUNDO ANO - Monitoramento e Manutenção (caso seja necessário para o 
replantio de mudas nativas); 
 TERCEIRO ANO – Monitoramento e Avaliação da implantação da área. 
 
As ações da área do PRAD, em suas várias fases, afetam diferentes fatores 
ambientais da área de influência. Estes fatores podem ser sintetizados, para efeito 
de análise de impactos, nas seguintes categorias: 
 Vegetação: consideradas em termos de espécies arbóreas de porte afetadas, 
remanescentes de vegetação exótica com interação por espécies nativas; 
 Paisagem: Não será alterada a paisagem natural, nem mesmo alterar na 
estrutura local, será Implantado com mudas de plantas nativas e em outras 
 
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será feito o enriquecimento vegetal fazendo o preenchimento dos espaços 
disponíveis; 
 Erosões / contenções – em função da vulnerabilidade do canal a vegetação a 
ser implantada visa contribuir com contenção dos sedimentos, uso de mudas 
para o processo de proteção. 
 
 
 
 
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5. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA A SER RECUPERADA 
 
55 .. 11 .. GGEE OOLL OOGGIIAA EE SSOO LL OO SS 
 
Ocasionalmente os solos são modificados pela atividade humana, observado a partir 
de sua superfície, assim uma necessidade de avaliação e monitoramento 
constantes. A variabilidade do solo é consequênciade complexas interações dos 
fatores e processos de sua formação e gênese do solo. Além dos fatores e 
processos, práticas conservacionistas, manejo do solo e da cultura são causas 
adicionais das mudanças dessas estruturas que aos poucos são degradadas sem o 
uso correto. 
 
De acordo com as informações os estudos realizados no município de Limoeiro do 
Norte e, distribuição das tipologias de solo conforme a base 
geológico/geomorfológica, compondo um esboço morfopedológico; avaliação da sua 
capacidade de uso e de sua fertilidade natural, são identificadas as seguintes 
Classes de solos, segundo o sistema Brasileiro de classificação de solos da 
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA, de 2006. 
 
A integração e o conjunto do levantamento dos aspectos físico-naturais da região, 
influenciados pela geologia, geomorfologia, condições climáticas, os recursos hídrico 
e a base pedológica na bacia hidrográfica do baixo Jaguaribe, contribuem no estudo 
dos atributos geoambientais. A identificação e individualização dentro do mosaico de 
solos da região, apresentou as seguintes classes de solos aluviais: Cambissolos 
Háplico, Vertissolos cromados, Argissolos Eutróficos de coloração vermelho-
amarelo, Planossolos, Neossolos litólico e flúvico. 
 
 
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Figura 5 - Mapa de solos do município de Limoeiro do Norte 
 
 
 
Cambissolos Háplico – São solos pedogeneticamente pouco evoluídos, com 
pequena variação no conteúdo de argila ao longo do perfil e apresentando um 
horizonte diagnóstico Bi (B câmbico) em subsuperfície. Variam muito em termos de 
características morfológicas, físicas, químicas e mineralógicas, em função da 
natureza do material de origem e dos ambientes onde são formados. Podem ser 
 
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rasos e até muito profundos, bem a moderadamente drenados, com CTC alta ou 
baixa, pedregosos e não pedregosos, entre outras. Por serem solos com 
características muito diversificadas, podem ter limitações agrícolas as mais diversas, 
especialmente os Cambissolos rasos a pouco profundos. As mais importantes 
relacionam-se com problemas de pedregosidade e rochosidade, posicionamento na 
paisagem (áreas abaciadas e/ou com relevo movimentado), restrições de nutrientes 
para as culturas e pequena profundidade efetiva. 
 
Vertissolos – São solos argilosos a muito argilosos e quando secos apresentam 
muitas rachaduras e são extremamente duros ou muito duros. Caracterizam-se por 
apresentar horizonte vértico, pequena variação no conteúdo de argila ao longo do 
perfil e alto conteúdo de argilas expansivas (grupo da esmectita). Tais características 
propiciam um elevado poder de expansão e contração conforme o conteúdo de 
umidade dos solos. Tipicamente formam grandes fendas no período seco as quais 
se projetam até a superfície do terreno. Outra feição pedológica característica é a 
presença de superfícies de fricção inclinadas, lustrosas, conhecidas como 
“slikensides” que são típicas de solos com horizonte vértico. Suas limitações 
agrícolas mais importantes correlacionam-se com a sua natureza física por serem 
solos muito duros a extremante duros quando secos, muito plástico e muito 
pegajosos quando úmidos, e por apresentarem permeabilidade muito baixa. 
 
Argissolo Vermelho-Amarelo - Estes solos são correlatos aos Podzólicos 
Vermelho-amarelos (PVA) e aos Podzólicos Vermelho-amarelos - eutróficos, termo 
utilizado na nomenclatura antiga da EMBRAPA. 
 
Esta classe compreende solos constituídos por material mineral, que têm como 
características diferenciais a presença de horizontes B textural de argila de atividade 
baixa, ou seja, diminuta capacidade de troca de cátions, além de serem solos não 
hidromórficos. 
 
O horizonte B textural (Bt) encontra-se imediatamente abaixo de qualquer tipo de 
horizonte superficial. Apresentam perfis bem diferenciados, tendo sequência de 
horizontes A, Bt e C, com horizonte Bt frequentemente apresentando cerosidade. A 
 
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transição entre os horizontes A e Bt é usualmente clara, abrupta ou gradual. São 
solos de profundidade variável, normalmente profundos, com pouca ocorrência de 
perfis moderadamente profundos, sendo raros os solos rasos. Variam desde forte a 
imperfeitamente drenados, de cores avermelhadas ou amareladas, e mais 
raramente, brunadas ou acinzentadas. A textura varia de arenosa a argilosa no 
horizonte A e de média a muito argilosa no horizonte Bt. 
 
Aliás, grande parte dos solos desta classe apresenta um evidente incremento no teor 
de argila do horizonte superficial para o horizonte B, com ou sem decréscimo nos 
horizontes subjacentes, isto é, sua formação é marcada essencialmente por 
processos de translocação de argila dos horizontes superficiais (A ou E), que se 
acumulam em subsuperfície, formando o horizonte Bt. 
 
São solos provenientes de desagregação direta da rocha sem envolvimento de 
transporte para sua acumulação, geralmente bem drenados, ácidos, porosos e de 
textura variando de média a argilosa. Inseridos nesta unidade, destacam-se os tipos 
abrúptico, cascalhamento, com formação de concreções e fase pedregosa. 
 
São encontrados em áreas tanto de relevo plano e suave ondulado (áreas de 
tabuleiros), quanto em relevos movimentados das áreas de serras cristalinas, onde 
são maioria e prevalecem os solos com média à alta fertilidade, no caso específico 
dos equivalentes eutróficos. 
 
Os Planossolos são solos minerais rasos, mal drenados, apresentam um horizonte 
superficial ou subsuperficial eluvial, de textura mais leve, que contrasta 
abruptamente com o horizonte B, imediatamente subjacente, adensado, geralmente 
de acentuada concentração de argila que contribui para permeabilidade lenta ou 
muito lenta. Ocorrem nos ambientes lacustres e flúviolacustres e nas áreas de 
inundação sazonal da Depressão Sertaneja associados a outras classes de solos. 
Praticamente utilizados como área de pastagem, devido os solos raso que 
encharcam durante as chuvas e ressecam durante a estação seca. 
 
 
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Os Neossolos são solos pouco desenvolvidos, constituídos por material mineral, 
não hidromórficos, ou por material orgânico pouco espesso, que não apresentam 
alterações expressivas em relação ao material originário devido à baixa intensidade 
de atuação dos processos pedogenéticos. 
 
Os Neossolos que ocorrem na Planície Litorânea, Planície Lacustre e Flúviolacustre 
e nos Tabuleiros Arenosos, são solos essencialmente quartzosos, virtualmente 
desprovidos de materiais primários alteráveis. Apresentam textura arenosa ou 
franco-arenosa e possuem fertilidade natural de baixa a muito baixa. 
 
Os Neossolos Flúvicos são solos derivados de sedimentos aluviais ou depósitos 
aluvionares. Ocorrem principalmente nas planícies fluviais dos rios Jaguaribe, 
Banabuiú e demais rios da bacia. São estruturas que apresentam drenagem 
imperfeita, com profundidade mediana e com condições de capacidade de troca de 
cátions – CTC, representada por boas condições de fertilidade natural, o que faz 
com que agricultores venham a desenvolver suas atividades de subsistência 
produtiva 
 
Os neossolos litólicos são solos não hidromórficos, de fraca evolução pedológica, ou 
seja, pouco desenvolvidos, rasos a muitorasos (nunca superiores a 50 cm). Estes 
solos possuem apenas um horizonte A, diretamente assentado sobre a rocha (R) ou 
sobre um horizonte C, de pequena espessura e geralmente com muitos minerais 
primários. Há casos em que estes solos apresentam indícios de formação de um 
horizonte B incipiente. 
 
Pedologia Local 
 
Na área de influência direta predominam os solos relacionados aos Neosolos 
Flúvicos. São solos rasos com elevada pedregosidade e por vezes intercalam-se 
com afloramentos rochosos. Apresentam uma baixa condição de drenagem com 
textura arenosa ou média normalmente cascalhenta. São solos pouco 
desenvolvidos, rasos a muito rasos, vegetação baixa, susceptível aos intemperes 
 
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naturais e antrópicos. Na situação atual o solo tem alta limitação agrícola devido a 
forte pedregosidade e disposição de processos erosivos. 
 
Figura 6 – Vista da pedregosidade aparente na área do empreendimento, antes da 
intervenção 
 
 
55 .. 22 .. SS IISS TTEE MMAA SS GGEE OO AA MMBB IIEE NN TTAA IISS 
A área abrangida pelo empreendimento encontra-se totalmente inseria no 
geossistema Depressão Sertaneja, unidade geoambiental caracterizada pela 
presença de rochas do embasamento cristalino, de solos mais rasos e tendo como 
cobertura vegetal dominante a caatinga arbórea, atualmente completamente 
descaracterizada. 
 
55 .. 33 .. MMEE IIOO BB IIÓÓ TT IICC OO LLOOCC AA LL 
 
A caracterização da diversidade do meio biótico dentro área de influência direta e 
indireta do empreendimento realizou-se um revisão bibliográfica dos ecossistemas 
existente no município de Limoeiro do norte e com a abrangência da área do 
empreendimento e entorno. Mediante a base cartográfica e o delineamento do 
perímetro da área, mapas e diálogos com a população local, da área diretamente 
afetada a ser estudada, foram feitas análises e identificação das áreas homogêneas, 
estrutura vegetativas e investigação in loco da flora e fauna no local, buscando um 
detalhamento dos principais elementos bióticos. 
 
 
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O diagnóstico levantado da flora e fauna ocorrente na área do empreendimento é 
constituído de uma caracterização local por coleta de dados e observações diretas 
em visita de campo. Já o diagnóstico regional foi elaborado a partir da compilação de 
dados bibliográficos e estudos anteriores. 
 
Flora 
 
Quando se avalia a vegetação da região dentro da bacia hidrográfica da área de 
influência do empreendimento, conseguisse um leque de variações na litologia, 
morfologia, fitoecologia, pedologia e hidrografia, decorrendo dessas combinações, 
encontra-se nestes elementos uma notória diversidade paisagística. 
 
Com isso a caracterização fisionômica da área de influência direta do 
empreendimento foi realizada com visita técnica in loco percorrendo toda a área, 
para conhecimento estrutural da vegetação, que não dificultavam a visualização da 
vegetação exposta. As espécies encontradas foram e identificadas, e buscou-se 
determinar as unidades vegetais homogêneas suas fisionomias com base na 
estrutura e presença na área. 
 
A análise das condições fitoecológicas acompanhou trabalhos bibliográficos, 
dissertação e no Zoneamento Ecológico-Econômico dos Biomas Caatinga e Serras 
Úmidas do Estado do Ceará (FCPC, 2007). 
 
Por não haver uma diversidade florística da área, realizou-se uma catalogação das 
espécies observadas, identificando suas características morfológicas. Basicamente à 
vegetação da área de influência direta, são identificados nas unidades homogêneas 
definidas no zoneamento pequenas variações quanto ao porte e densidade vegetal, 
podendo inclusive haver variações de associações ou paragêneses de um ponto 
para outro, sem, no entanto, descaracterizar a unidade ambiental como um todo. 
Nestas unidades homogêneas, procurou-se identificar as espécies da fauna. 
 
 
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Ecossistemas Terrestres Regionais 
 
A vegetação é um elemento do meio natural muito sensível às condições e 
tendências da paisagem, reagindo distinta e rapidamente às variações. Seu estudo 
permite conhecer, por um lado, as condições naturais do território e, por outro, as 
influências antrópicas recebidas, podendo-se inferir, a qualidade do meio (SANTOS, 
2004). 
 
Vegetação de Caatinga arbustiva aberta 
 
O clima é predominantemente semiárido, marcado pela acentuada irregularidade 
têmporo-espacial das chuvas, temperaturas elevadas com baixa amplitude térmica 
ao longo do ano e altas taxas de evaporação, o que justifica a ocorrência de 
balanços hídricos deficitários. 
 
A vegetação do bioma Caatinga pode ser definida como uma formação florestal que 
apresenta indivíduos arbóreos/arbustivos, com altura variando entre 3 e 5 m, e 
indivíduos arbóreos, com altura mínima de 5 m, alguns alcançando até 12 metros 
(CEARÁ, 2007). 
 
Devido a condições climáticas do semiárido quente, com altas temperaturas, 
precipitações escassas e irregulares, com uma variabilidade de 7 a 10 meses de 
forte estação seca, com baixa pluviosidade (entre 250 e 800 mm anuais). A 
temperatura média fica entre 24º e 26ºC e varia pouco durante o ano. A insolação é 
muito forte, e, ainda ocorrem, na época sem chuvas, ventos fortes e secos que 
contribuem para a aridez. Os domínios geomorfológicos da Caatinga correspondem 
aos terrenos da porção cristalina e da bacia sedimentar. Essas unidades são 
caracterizadas por apresentarem solos rasos, argilosos e rochosos (cristalino) e 
solos profundos e arenosos (sedimentar). Tais variações, somadas ao clima e ao 
relevo, fazem com que a Caatinga englobe um número elevado de formações e tipos 
vegetacionais. Em geral os tipos apresentam-se como uma vegetação caducifólia, 
xerófila, e, por vezes, espinhosa, variando com a variabilidade dos tipos de solo e a 
disponibilidade de água. 
 
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Segundo dados obtidos no Zoneamento Econômico Ecológico da Caatinga (CEARÁ, 
2007), o levantamento fitoecológico da cobertura florestal do Ceará, mapeando e 
classificando a vegetação de acordo com o tipo de cobertura florestal, sendo obtidos 
os seguintes resultados para o bioma Caatinga: caatinga arbóreo-arbustiva 
(22,95%); caatinga arbustiva densa (22,90%) e caatinga arbórea (23,30%), juntas 
estas áreas representam 69,15% da cobertura florestal do Estado. 
 
Na composição do estrato arbustivo/subarbustivo que constitui a caatinga arbustiva 
são: espinheiro-preto (Acacia glomerosa), pereiro (Aspidosperma pyrifolium), feijão 
bravo (Capparis flexuosa), marmeleiro (Croton sonderianus), pau violeta (Dalbergia 
cearensis), camará (Lantana camara), jurema (Mimosa hostilis), jurubeba (Solanum 
paniculatum) e cactáceas como o mandacaru (Cereus jamacaru) e o cardeiro 
(Pilosocereus squamosus). Essa unidade vegetacional constitui um habitat essencial 
à sobrevivência de diferentes espécies faunísticas do ecossistema caatinga. 
 
Na Caatinga Arbórea, a tipologia dos solos e as variações de sua fertilidade influem 
diretamente na distribuição espacial das árvores. A altitude também influi, bem como 
a presença de áreas de maior acumulação de sedimentos. As espécies arbóreas 
que predominam nas áreas edaficamente mais favoráveis as mais elevadas são 
Anadenanthera macrocarpa (angico-vermelho),Astronium fraxinifolium (gonçalo-
alves), Erythrina velutina (mulungu), Spondias mombim (cajá) e Tabebuia serratifolia 
(pau-d´arco-amarelo). 
 
Os ecossistemas do bioma Caatinga encontram-se bastante alterados, com a 
substituição de espécies vegetais nativas por cultivos e pastagens, sendo os 
desmatamentos e queimadas práticas ainda comuns no preparo da terra para a 
agropecuária, destruindo a cobertura vegetal, prejudicando a manutenção de 
populações da fauna silvestre, a qualidade da água e o equilíbrio do clima e do solo, 
estando 80,0 % dos ecossistemas originais antropizados (IBAMA, 2001). 
 
 
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Ecossistemas Terrestres Locais 
 
Os aspectos fisionômicos e florísticos da área de influência do empreendimento 
podem classificar esta formação como Caatinga Arbustiva Aberta, marcada pela 
presença de indivíduos de porte baixo, de 4 a 5 metros, caules retorcidos e 
esbranquiçados, baixa densidade, encontrando-se amplos espaços de solos 
descobertos onde apenas plantas herbáceas são encontradas. 
 
Caatinga arbustiva arbórea 
 
A estrutura da vegetação é baixa, aberta, na qual se pode denotar a presença de 
dois estratos, porém não muito bem definidos. As espécies que apresentaram o 
porte mais elevado foram Amburana cearensis (cumaru), Commiphora leptophoeleos 
(imburana), Auxemma oncocalix (pau-branco), chegando a alcançarem valores 
máximos aproximados a 8,0 metros de altura, as quais se destacam no dossel. 
 
No sub-bosque a estrutura da vegetação densa, sendo caracterizada pela presença 
de indivíduos baixos, muito ramificados e de reduzidas taxas diamétricas. Entre as 
espécies integrantes deste estrato destacam-se principalmente, Combretum 
leprosum (mofumbo) e a presença intensa de populações o mandacaru (Cereus 
jamacaru) e gramíneas diversas. 
 
Nesta formação apresenta uma fisionomia dominada pela carnaúba (Copernicia 
prunifera), consorciada com espécies arbustivas e arbóreas. Compõe a fauna deste 
ambiente de espécies que são encontradas nas vegetações de Tabuleiro e 
Caatinga, espécie ainda utilizada na exploração agroextrativista. 
 
Caatinga arbustiva aberta 
 
A caatinga arbustiva densa é caracterizada de modo geral pela presença de 
elementos baixos, raquíticos, prevalecendo uma elevada quantidade de indivíduos 
ramificados ao nível do solo e a ocorrência frequente de cactáceas. O conjunto 
 
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vegetacional apresenta elevada deciduidade foliar e marcante contraste entre as 
estações seca e chuvosa. 
 
Não existe uma estratificação muito bem definida. No estrato inferior das áreas 
abertas são encontrados no estrato subarbustivo elementos de ampla valência 
ecológica, e a presença de espécies herbáceas anuais e efêmeras, bem como a 
presença de espécie exótica invasora, como a Cryptostegia. 
 
Quadro 2 - Espécies arbustivo-arbóreas encontradas na área do empreendimento 
Família 
Nome 
Popular 
Nome científico Estrato CS 
Fabaceae+ Jurema preta Mimosa tenuiflora Arbórea/Arbustiva Pi 
Fabaceae Sabiá Mimosa caesalpiniifolia Arbórea/Arbustiva Pi 
Leguminosae+ Jucá Caesalpinia férrea Arbórea Si 
Apocynaceae+ Catingueira Aspidosperma dispermum Arbórea/Arbustiva Pi 
Arecaceaea Carnaúba Copernicia prunifera Arbórea Pi 
Burseraceaes Imburana Commiphora leptophloeo Arbórea St 
Fabaceae+ Canafistula Senna spectabilis Arbustiva Pi 
Verbenaceae Camará Lantana camara Arbustiva Pi 
Combretaceae Mofumbo Combretum laxum Arbustiva Pi 
Arecaceaea Macambira Desmoncus mitis herbáceo Pi 
Apocynaceae unha-do-cão Cryptostegia madagascariensis Arbustiva, trepadeira I 
Legenda: + espécies predominantes; CS: Categoria Sucessional; Si: Secundária inicial; St: 
Secundária tardia; Pi: Pioneira; Cx: Clímax; I – invasora exótica 
 
 
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6. PLANO DE RECUPERAÇÃO DE AREA DEGRADADA 
 
O projeto para recuperação da área tem como fundamento adota de medida de 
proteção ambiental do solo exposto decorrente da supressão vegetal e escavação, 
medida necessária e compensatória que consiste na elaboração de Plano de 
Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD e sua plena execução, com 
introdução de plantas de espécies nativas, manutenção e o monitoramento por 
período mínimo de 03 (três) anos, após a implantação, ou em tempo maior caso o 
orgão ambiental licenciador venha a exigir. 
 
66 .. 11 .. AAÇÇ ÕÕEE SS PPRR OOPP OOSS TTAA EE MMEE TTOODD OO LL OOGGIIAA 
 
As ações da área do PRAD, em suas várias fases, afetam diferentes fatores 
ambientais da área de influência. Estes fatores podem ser sintetizados, para efeito 
de análise de impactos, nas seguintes categorias: 
 
 Paisagem - Melhoria da paisagem atual a partir do plantio de mudas, busca 
de propágulos nativos em áreas remanescentes, desde que não afete a área 
de retirada; 
 Erosões / contenções – Em função da vulnerabilidade do solo exposto e 
contenção dos sedimentos; 
 Afundamento – Apesar da irregularidade da área devida as escavações, 
buscou-se minimizar os impactos aproveitando o caimento (curvas de nível) 
da área com uso de plantas, em formato quincôncio; 
 Fauna – Espera-se o incremento da avifauna local a partir da consolidação e 
adensamento das espécies vegetais plantadas na área objeto deste estudo. 
 
6.1.1. Medidas Mitigadoras 
A estratégia que deverá ser seguida, em função dos níveis de degradação, começa 
pela identificação dos mecanismos de resposta ambiental que estarão aptos para 
uma pronta reação. Os componentes naturais que atuam na sucessão e que 
respondem as perturbações do meio são as fontes de propágulos, os agentes de 
 
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dispersão, as condições microclimáticas e o substrato para o estabelecimento dos 
ingressos vegetativos. 
 
Quando um ou mais desses fatores não se mostra em condições de reagir 
prontamente, o processo de resposta ambiental como um todo, pode falhar. Neste 
caso, mecanismos reprodutivos biológicos ou fatores abióticos, não permitem que a 
dinâmica da sucessão natural seja ativada, dentro de um período biológico, 
consequentemente, afetando uma ou mais gerações de pessoas, que ficarão 
desprovidas da reação ambiental em uma determinada área. 
 
Neste momento, a ciência de Recuperação de Área Degradada deve intervir de 
forma a não deixar que os processos de degradação se acentuem, dificultando cada 
vez mais a natureza a ofertar uma reposta ecológica para o retorno da qualidade 
ambiental. A melhor forma de compreendermos a estratégia de desenvolvimento de 
um ecossistema se caracteriza por uma análise do antes e do depois da 
degradação, onde o antes se refere ao conhecimento da vegetação original, da 
direção sucessional, dos agentes dispersores de propágulos, do substrato que 
suporta o sistema biológico e dos componentes climáticos. O depois passa pela 
identificação dos fatores limitantes da reação e pela tentativa de mitigá-los, dentro de 
uma ótica de recuperação da função ecológica previamente existente. 
 
Assim sendo, a metodologia de trabalho deve visar o rápido estabelecimento de 
plantas com menor uso possível de insumos, objetivando que os processos 
ecológicos sejam retomados pelo ambiente. 
 
6.1.2. Determinação de Parâmetros Ambientais 
Para iniciação do projeto de recuperação adotaremos duas técnicas de forma ater 
um melhor acompanhamento do PRAD, onde os principais parâmetros a serem 
observados são: 
 Características físicas do substrato; 
 Características químicas do substrato; 
 Características da água intersticial; 
 
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 Acúmulo de restolho (serapilheira e material mineral); 
 Variação do declive da área (plantio em curva de nível); 
 Disponibilidade hídrica (fundamental para implantação do PRAD). 
 
66 .. 22 .. RREE CC UU PPEE RRAA ÇÇÃÃ OO AA MMBB IIEE NN TTAA LL 
Etapa I - Perímetro Terreno e canal de drenagem 
 
PERÍMETRO TERRENO: Para permitir uma maior proteção da área será recomenda-se 
o plantio de mudas, com altura de 1,20 – 1,50m no perímetro de 786,0m, em um 
espaçamento entre plantas por 5,0 metros linear. Utilizando espaçamento de 4,0 
metros entre a poligonal e as áreas de recuperação. Com essas medidas serão 
adquiridas 158 mudas. 
 
CANAL DE DRENAGEM: Perímetro de 264,0m e um espaçamento entre plantas de 
2,0metros linear, nas duas margens, em fila dupla de forma regular e sequencial 
para dar maior proteção ao canal. Logo será utilizado um total de 264 mudas. 
 
Etapa II - Área de Recuperação 01 - 3.947,25 m2 
 
Nessa Etapa será utilizada uma parte como bota-fora, que posteriormente será 
reabilitado para os procedimentos de recuperação, sendo uma área de 1.125,24m2. 
Na conformação da área de bota-fora poderá existem alguns taludes, que em função 
do heliponto deverá ser estabilizado. 
 
Devendo ser observado as diferenças dos níveis dentro da área, pois nesse mesmo 
espaço será ajustado um heliponto com área de 441,00m2. A área residual será de 
2.381,00m
2
. 
 
No PRAD foi feito uma sugestão do espaçamento, mas esse deve ser ajustado em 
campo depois da implantação do bota-fora e do heliponto e atendendo todas as 
normas e distâncias de acordo com a legislação vigente (Ministério da Aeronáutica e 
departamento de aviação civil). 
 
 
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Como medida de segurança do Canal de drenagem, a deposição do material na 
área demarcada como bota-fora, deixou-se um afastamento de 15m (quinze metros) 
em cada margem. 
 
As seguintes diretrizes adotadas: 
 
 FFoorrmmaa ddee ddiissttrriibbuuiiççããoo: Sistemática – regular alinhada às plantas a poligonal; 
 EEssppaaççaammeennttoo: 4,0 X 4,0 metros; 
 AAllttuurraa ddaass mmuuddaass: 1,20 x 1,50metros 
 EEssppéécciieess NNaattiivvaass: por grupo ecológico (pioneiras e não pioneiras); 
 PPllaannttiioo: direção SUL – NORTE 
 TToottaall ddee MMuuddaass: 220 plantas (149 + 71 na área de bota-fora) 
 
Etapa III - Área de Recuperação 02 – 10.255,74 m2 
 
Nessa área também temos um bota-fora antes do ajuste final da área, com uma área 
de 2.036,33m2. A altura e declives devem ser ajustados para uma melhor 
disposição, bem como, a utilização de um topsoil para melhoria da superfície local. A 
adequação das plantas será ajustando seguindo a sua altura. Área residual para 
implantação do PRAD ficou de 8.219,41m2. 
 
As principais ações devem ser voltadas para a ocupação e proteção do solo, visto 
não haver capacidade de regeneração natural, sendo utilizadas as seguintes 
diretrizes: 
 FFoorrmmaa ddee ddiissttrriibbuuiiççããoo: Sistemática – Quincôncio alinhada às plantas da 
poligonal; 
 EEssppaaççaammeennttoo: 4,0 X 4,0 metros (podendo ser ajustado em função da área de 
bota-fora e rochosidade aparente, principalmente nos pontos de amostras 6 e 
7) ; 
 AAllttuurraa ddaass mmuuddaass: 1,20 x 1,50metros 
 EEssppéécciieess NNaattiivvaass: por grupo ecológico (pioneiras e não pioneiras); 
 PPllaannttiioo: direção NORTE - SUL 
 TToottaall ddee MMuuddaass: 642 plantas (514 + 128 na área de bota-fora) 
 
 
H O S P I T A L R E G I O N A L V A L E D O J A G U A R I B E | P R A D | 6 . P L A N O D E R E C U P E R A Ç Ã O D E A R E A D E G R A D A D A 
P á g i n a | 34 
Etapa IV - Área de Recuperação 03 – 6.004,68 m2 
 
 FFoorrmmaa ddee ddiissttrriibbuuiiççããoo: Sistemática – Quincôncio alinhada às plantas da 
poligonal; 
 EEssppaaççaammeennttoo: 4,0 X 4,0 metros; 
 AAllttuurraa ddaass mmuuddaass: 1,20 x 1,50metros 
 EEssppéécciieess NNaattiivvaass: por grupo ecológico (pioneiras e não pioneiras); 
 PPllaannttiioo: direção Nordeste – Sudoete 
 TToottaall ddee MMuuddaass: 376 plantas 
 
Etapa V – Espaços Remanescentes – 4.800,00 m2 
 
 FFoorrmmaa ddee ddiissttrriibbuuiiççããoo: ALEATÓRIO – recobrimento e preenchimento da área; 
 EEssppaaççaammeennttoo: 5,0 X 4,0 metros; 
 AAllttuurraa ddaass mmuuddaass: 1,20 x 1,50metros 
 EEssppéécciieess NNaattiivvaass: por grupo ecológico (pioneiras e não pioneiras); 
 PPllaannttiioo: direção Nordeste – Sudoeste 
 TToottaall ddee MMuuddaass: 240 plantas 
 
 
TOTAL GERAL DE 1.900 MUDAS. 
 
H O S P I T A L R E G I O N A L V A L E D O J A G U A R I B E | P R A D | 6 . P L A N O D E R E C U P E R A Ç Ã O D E A R E A D E G R A D A D A 
P á g i n a | 35 
Figura 7 – Destaque de uma área a ser recuperada, bota-fora e canal de drenagem 
 
 
Na Figura 8 temos uma imagem ilustrativa de como deverá ser feita a distribuição 
das mudas nativas na área. 
 
 
H O S P I T A L R E G I O N A L V A L E D O J A G U A R I B E | P R A D | 6 . P L A N O D E R E C U P E R A Ç Ã O D E A R E A D E G R A D A D A 
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Figura 8 – Croqui com distribuição das mudas – proteção inicial do perímetro e do 
canal. 
 
Im agem m eram e nte I l ust ra t i va . Ab r i l /201 9 
 
H O S P I T A L R E G I O N A L V A L E D O J A G U A R I B E | P R A D | 6 . P L A N O D E R E C U P E R A Ç Ã O D E A R E A D E G R A D A D A 
P á g i n a | 37 
66 .. 33 .. TT ÉÉCCNN IICC AA PPRR EEVV EENN TTIIVV AA 
 
PRIMEIRA AÇÃO: ISOLAMENTO DA ÁREA 
 
a) Demarcação da área 
 
Com o objetivo de evitar qualquer tipo de intervenção na área, por pessoas ou 
animais, recomenda-se como sugestão o fechamento da frente da área com a 
instalação de cerca arame. Essa ação de contenção procede para garantir a efetiva 
aplicação do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, contribuindo para 
manutenção e monitoramento da área a ser recuperada. 
 
b) Monitoramento de formigas: 
 
 
Durante a demarcação da área, iniciar controle das formigas. Utilizar iscas naturais. 
Procurar ninhos e fazer o controle. Antes do plantio, verificar se as ações de controle 
foram eficientes, caso contrário refazer as ações preventivas e de combate às 
formigas. 
 
c) Abertura de covas: 
 
Devido a exposição de material rochoso e a dificuldade de abertura de cova pela 
rigidez do solo e alguns afloramentos observados durante as amostragem, o 
espaçamento poderá ser ajustado. 
 
d) Aquisição de mudas ou propágulos nativos 
 
Obter mudas de viveiro profissional, observando o estágio fitossanitário e 
acondicionamento das plantas, adquirindo em diferentes grupos ecológicos 
(pioneiras, secundárias iniciais, secundárias tardias e clímax), fazer a aclimatação 
das mesmas, permitindo uma melhor acomodação e resistência para posteriormente 
serem plantados de forma sistemática e adotando um espaçamento definidos nas 
diferentes etapas. As fileiras deverem ser dispostas de maneira intercalada, 
respeitando a topografia do terreno, a fim de atenuar a ação de processos erosivos. 
 
H O S P I T A L R E G I O N A L V A L E D O J A G U A R I B E | P R A D | 6 . P L A N O D E R E C U P E R A Ç Ã O D E A R E A D E G R A D A D A 
P á g i n a | 38 
e) Irrigação de Salvamento 
 
Baseado nos dados da pluviometria dos últimos 10 anos, podemos observaruma 
irregularidade nas chuvas, e muitas vezes concentrando-se somente nos primeiros 
quatro meses do ano, baseado nos dados, sendo fundamental o empreendedor 
pensar em uma estratégia de irrigação de sobrevivência para garantir uma maior 
sobrevivência às mudas, bem como o uso de técnicas que contribuam par o melhor 
desenvolvimento no primeiro ano, com o uso de cobertura morta, hidrogel e adubo 
orgânico. 
 
781
1167
673
1017
339
641
406 390 396
695
712
621
300
400
500
600
700
800
900
1000
1100
1200
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
T
o
ta
l 
a
n
u
a
l 
(m
m
)
Anos
 
Fonte: Funceme 
 
66 .. 44 .. PPRR IINN CC IIPP AA IISS TT RR AA TTOO SS PP AARR AA GG AARRAA NN TTIIRR AA RREE CC UU PP EERR AAÇÇ ÃÃOO FFLL OORR EESS TTAA LL 
 
A recuperação de área degradada exige elevada diversidade, que pode ser obtida 
com o plantio de mudas e/ou outras técnicas tais como semeadura direta, indução 
e/ou condução da regeneração natural, no nosso caso será realizado a implantação 
com regeneração artificial. 
 
6.4.1. Pré-plantio: 
Realizar as seguintes atividades, com antecedência mínima de um mês da previsão 
de plantio: 
 
H O S P I T A L R E G I O N A L V A L E D O J A G U A R I B E | P R A D | 6 . P L A N O D E R E C U P E R A Ç Ã O D E A R E A D E G R A D A D A 
P á g i n a | 39 
 Implantar as linhas de plantio em nível; 
 Marcar as covas com estacas; 
 O preparo do terreno será somente com as covas da área, não será realizada 
nenhuma limpeza da Vegetação. 
 
6.4.2. Plantio e replantio: 
No dia do Plantio, devem ser observados os seguintes passos: 
 
 Abrir um pequeno berço ou covas com as mesmas dimensões da arvore; 
 Ao retirar a muda do saco plástico, proceder aos devidos cuidados para não 
quebrar efetuando o plantio imediatamente. 
 No ato do plantio ter cuidados para não entortar as raízes; 
 A terra ou torrão deverá ficar nas raízes, não amontoar terra junto ao tronco 
da árvore; 
 Fixar junto às mudas um guia de orientação de crescimento ou tutor. 
 Se não for chover nas próximas horas, regar as plantas recém plantadas, na 
base de 10 (dez) litros de água por planta associada a implantação com gel 
hidroretentor; 
 
O modelo de plantio será de linhas de preenchimento intercaladas por linhas de 
diversidade, com espécies de plantas nativas. 
 
Recomenda-se intercalar as mudas ou observar a distribuição das árvores 
respectivos plantios considerados pioneiros ou secundários iniciais (preenchimento) 
e uso das plantas para diversidade de espécies, conforme descrição abaixo: 
 Duas linhas de espécies pioneiras ou secundárias iniciais para preenchimento 
a partir das extremidades. 
 A partir da terceira linha, visando estabelecer a diversidade como o uso de 
espécies nativas secundárias tardias, clímax e frutíferas, atuando como 
atratores de animais, intercalar as mudas das espécies supracitadas, finando 
a fileira com sempre com duas mudas de espécies pioneiras ou secundárias 
seguidas. 
 
 
H O S P I T A L R E G I O N A L V A L E D O J A G U A R I B E | P R A D | 6 . P L A N O D E R E C U P E R A Ç Ã O D E A R E A D E G R A D A D A 
P á g i n a | 40 
Figura 9 – Croqui ilustrativo para distribuição das espécies por sucessão ecológica 
 
 
66 .. 55 .. EESS PP ÉÉ CC IIEE SS NNAA TT IIVV AA SS 
A relação das espécies discriminadas no Quadro 1 podem contribuir na diversidade 
encontrada na área do empreendimento, caso não seja aproveitado os propágulos e 
sim a aquisição de mudas de espécies nativas. Na área não necessita ser utilizadas 
todas as plantas, mas sim ter uma distribuição ecológica e uma melhor variabilidade 
ambiental das espécies, obedecendo aos critérios aqui estabelecidos. 
 
6.5.1. Atividades Relacionadas 
As recomendações técnicas discriminadas contribuem para desenvolvimento das 
plantas. 
 
I. Aquisição de mudas. 
As árvores utilizadas no plantio serão adquiridas de produtores e viveiristas que 
tenham comprovado acompanhamento técnico, e apresentar um excelente estado 
de sanidade, bem como, apresentar um tamanho entre 1,20 a 1,50 metros de altura. 
 
 
H O S P I T A L R E G I O N A L V A L E D O J A G U A R I B E | P R A D | 6 . P L A N O D E R E C U P E R A Ç Ã O D E A R E A D E G R A D A D A 
P á g i n a | 41 
II. Adubação 
 
A adubação de fundação deverá será utilizada adubo orgânico – 5kg /cova na 
proporção de 02 parte de solo para 01 parte de matéria orgânica. 
 
Figura 10 – Aplicação de insumos para melhorar a qualidade do solo 
 
 
III. Coveamento 
Esta operação consiste na escavação manual de covas com dimensões de 0,30 m x 
0,30 m x 0,30 m para espécies arbóreas. 
 
Figura 11 – Procedimento para aberturas das covas e manuseio das mudas 
 
 
IV. Plantio 
O plantio de espécies arbóreas será realizado de forma manual, devendo ser 
implantadas mudas de, no mínimo, 20 cm de altura, logo após a atividade de 
adubação orgânica a ser realizada na área após a fixação da muda na cova, deverá 
ser deixada uma pequena concavidade anelar no solo, com o objetivo de favorecer a 
 
H O S P I T A L R E G I O N A L V A L E D O J A G U A R I B E | P R A D | 6 . P L A N O D E R E C U P E R A Ç Ã O D E A R E A D E G R A D A D A 
P á g i n a | 42 
retenção da água, bem como será colocado uma cobertura vegetal para manutenção 
da umidade. 
 
O espaçamento utilizado será de 4,0 X 4,0 metros, em média, mas sendo ajustado 
de acordo com as condições e espaçamento da área, fazendo uma interação com 
árvores de maior e médio porte, de forma a abranger toda a área degradada. 
 
V. Tutor 
 
O tutor de madeira ou bambu, ajuda no direcionamento e sustentação da muda. 
Deverá ser enterrado 0,60m dentro da cova e ter uma altura de 1,8 – 2,0 metros 
para garantir o crescimento reto e evitar o tombamento. A muda será presa ao tutor 
pelos amarradios em forma de oito, de modo a não danificar a casca da planta. 
 
 
Figura 12 – Sistema de tutoramento para evitar o tombamento das plantas 
 
Imagem meramente ilustrativa 
 
H O S P I T A L R E G I O N A L V A L E D O J A G U A R I B E | P R A D | 7 . D A M A N U T E N Ç Ã O ( T R A T O S C U L T U R A I S ) 
P á g i n a | 43 
7. DA MANUTENÇÃO (TRATOS CULTURAIS) 
 
a) Observação importante: o período de implantação do PRAD é de, no mínimo, 
12 meses. As operações de manutenção deverão ser cuidadosamente 
mantidas durante esse período o; 
b) Continuar o controle das formigas cortadeiras caso seja identificado o corte de 
folhas das plantas; 
c) Manter o roço e o coroamento para evitar o desenvolvimento das ervas 
daninhas e gramíneas entre as linhas de plantio, no mínimo cinquenta 
centímetros ao redor das mudas com o objetivo de manter a linha de plantio 
livre de gramíneas, evitando a concorrência; 
d) O uso de herbicidas junto às mudas NÃO É PERMITIDO, pois além de 
retardar a restauração biológica do solo pode ser fonte de contaminação da 
área; 
e) Realizar a Rega - Com forma de garantir o melhor desenvolvimento das 
mudas, o plantio será programado para o período invernoso, mas caso seja 
necessário, poderá implantar um sistema de rega por meio de mangueira ou 
carro pipa para garantir o desenvolvimento das mudas, como forma de 
garantir a sobrevivência das espécies. É importante que esta operação seja 
realizada sempre nos horários do dia que possuem temperatura mais amena, 
ou seja, início da amanhã, final da tarde ou durante a noite. 
 
77 .. 11 .. MMAA NN UU TTEE NN ÇÇ ÃÃOO EE MMOONN IITTOORR AA MMEE NN TTOO DD AA ÁÁRR EEAA 
No período remanescente, após o plantio, dos 12 meses devem ser realizados o 
acompanhamento, de forma a proceder com a manutenção da área, com capinas 
das plantas indesejadas e reposição das mudas que não sobreviveram ao primeiro 
ano após o plantio, devendo ser de aproximadamente 03anos. 
 
A manutenção se efetivará pela substituição de espécies implantadas que, 
porventura, as mudas não vinguem, além da realização de adubação orgânica 
periódica, como forma de acelerar o crescimento das espécies e garantir um melhor 
pegamento e desenvolvimento das espécies. 
 
 
H O S P I T A L R E G I O N A L V A L E D O J A G U A R I B E | P R A D | 8 . C R O N O G R A M A F Í S I C O 
P á g i n a | 44 
8. CRONOGRAMA FÍSICO 
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12
Isolamento da Área - Cercamento (6 FIOS)
Contratação de Mão de Obra
Aquisição de EPI's + Ferramentas
Aquisição de Mudas
Aquisição de Insumos X
Marcação da área para plantio X
Abertura das Covas
Plantio e Replantio das Mudas X
Adubação + cobertura vegetal X
Tutoramento X X
Avaliação da área 
Emissão de Relatóeio + ART
Monitoramento e Manutenção X X X X X X X X X X X X
Monitoramento e Manutenção X X X X X X X X X X X X
3
º 
A
N
O
2
º 
A
N
O
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE
CRONOGRAMA MENSAL
1
º 
A
N
O
 
 
H O S P I T A L R E G I O N A L V A L E D O J A G U A R I B E | P R A D | 9 . C U S T O I M P L A N T A Ç Ã O 
P á g i n a | 45 P á g i n a | 45 
9. CUSTO IMPLANTAÇÃO 
Empreendimento: CONSÓRCIO MARQUISE/NORMATEL - HRVJ
Localidde: Limoeiro do Norte - Ceará
REFERENCIAS VALOR
Mudas Nativas - 1,20 - 1,50m 22,00R$ 
Tutor - 1,80m (milheiro) 350,00R$ 
Bagana (4m3) 550,00R$ 
Esterco (3m3) 270,00R$ 
Hidrogel + barbante + formicida 200,00R$ 
DISCRIMINAÇÕES Quant. Valor Unitário Valor Total
Mudas Nativas 1900 22,00 41.800,00 
Reposição de mudas (10%) 190 22,00 4.180,00 
EPI's 10 128,00 1.280,00 
Ferramentas (chibanca + cavador + boca de lobo) 12 100,00 1.200,00 
Tutores (bambu ou madeira) 2 350,00 700,00 
Bagana 3 550,00 1.650,00 
Esterco 4 270,00 1.080,00 
Frete diversos 3 120,00 360,00 
M. obra - covas + plantio 32 70,00 2.240,00 
Técnico/Projeto (Implantação) 1 2.500,00 2.500,00 
ART 1 85,96 85,96 
Insumos (hidrogel + barbante) 2,5 200,00 500,00 
Técnico/Acompanhamento 5 1.500,00 7.500,00 
65.075,96 
Observação: Isolamento da área com cerca, Irrigação será por conta do empreendedor + manutenção
Espécies Nativas: Ipê Amarelo, Rosa, Branco e Roxo, Sibipiruna, Pau Ferro, Pau Brasil, Cedro Canafístula, Tamboril, Inga, Pata 
de Vaca e Oiti (Algumas podem ser substituidas em função do periodo de aquisição).
diversos
diversos
un
un
Visitas
TOTAL GERAL
viagens
diarias
PRAD - Campo
4m3
Unidade
mudas
milheiros
3m3
mudas
 
Distribuição das mudas: 
Nome Vulgar Grupo Sucessional Grupo Funcional
Pata de Vaca Pioneira Preenchimento
Canafístula Pioneira Preenchimento
Tamboril Pioneira Preenchimento
Oiticica Secundária Inicial Preenchimento
Ingazeira Secundária Inicial Preenchimento
Sibipiruna Secundária Inicial Preenchimento
Ipê Amarelo Secundária Tardia Diversidade
Ipê Rosa Secundária Tardia Diversidade
Ipê Branco Secundária Tardia Diversidade
Ipê Roxo Secundária Tardia Diversidade
Pau Ferro Climax Diversidade
Pau Brasil Climax Diversidade
Cedro Climax Diversidade
%
75%
N
Ã
O
 P
IO
N
EI
R
A
S
P
IO
N
EI
R
A
S
25%
 
 
H O S P I T A L R E G I O N A L V A L E D O J A G U A R I B E | P R A D | 1 0 . E Q U I P E T É C N I C A 
P á g i n a | 46 P á g i n a | 46 
10. EQUIPE TÉCNICA 
 
A elaboração do PPllaannoo ddee RReeccuuppeerraaççããoo ddee ÁÁrreeaa DDeeggrraaddaaddaa –– PPRRAADD, do 
empreendimento CONSÓRCIO MARQUISE/NORMATEL – Hospital Regional Vale 
do Jaguaribe - HRVJ, terreno localizado no município de Limoeiro do Norte, foi 
elaborado pela Empresa GEOSIS - Soluções Inteligentes em Meio Ambiente, 
sendo Coordenado pelo Engenheiro Agrônomo, Doutor em Ciência do Solo 
ROBERTO ALBUQUERQUE PONTES FILHO. 
 
A implantação do PPllaannoo ddee RReeccuuppeerraaççããoo ddee ÁÁrreeaa DDeeggrraaddaaddaa –– PPRRAADD é de inteira 
responsabilidade do empreendedor, cabendo a ele seguir a orientação técnica, bem 
como ter um profissional da área para os procedimentos adotados junto ao 
monitoramento. 
 
 
 
ROBERTO ALBUQUERQUE PONTES FILHO 
ENGENHEIRO AGRÔNOMO E DOUTOR EM C IÊNC IAS DO SOLO 
REGISTRO NAC IONAL CR EA/CE Nº : 060190 444 -3 . 
 
 
 
 
PEDRO IGOR BEZERRA DE MORAIS 
GEÓGRAFO E ESP. GESTÃOAMBIENTAL 
REGISTRO NAC IONAL CR EA/CE Nº : 060183 0644 . 
 
 
 
 
STÊNYA DANIELE BRITO DE SOUSA 
ENGENHEIRA AMBIENTAL E SANITÁR IA 
REGISTRO NAC IONAL CR EA/CE Nº : 061196 734 -0 
 
 
 
 
H O S P I T A L R E G I O N A L V A L E D O J A G U A R I B E | P R A D | 1 1 . B I B L I O G R A F I A C O N S U L T A D A 
P á g i n a | 47 P á g i n a | 47 
11. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 
 
ABNT. Normas Brasileiras NBR 15114, dispõe sobre resíduos sólidos da construção 
civil, Junho de 2004. 
Braid, E. da C. M. (Coordenação) - Diagnóstico Florestal do Estado do Ceará. 
Projeto PNUD/FAO/IBAMA/BRA/87/007/GOVERNO DO CEARÁ. Fortaleza-CE, 
1994, 78p. 
BRASIL-Ministério da Agricultura - Aptidão Agrícola das Terras do Ceará. Brasília-
DF, 1979, 108p. 
BRAGA, R. Plantas do Ceará Especialmente do Nordeste. 3ª Ed.1976 
Carvalho, A. J. E. de; Oliveira, C. R. de - Avaliação do Estoque lenhoso: Inventário 
Florestal do Estado do Ceará. Projeto PNUD/FAO/IBAMA/BRA/87/007/GOVERNO 
DO CEARÁ. 
CEARÁ, Cobertura Vegetal do (Unidades Fitogeocológicas), Maria Angélica 
Figueredo, Afrânio Fernandes e Luiz Wilson lima Verde. 
CEARÁ, Superintendência Estadual do Meio Ambiente – Zoneamento Ambiental e 
Plano de Gestão da Área de Proteção Ambiental (APA) da Serra de Maranguape 
(CE). Fortaleza, 2002. 
CEARÁ / Secretaria dos Recursos Hídricos, 1992, Plano Estadual de Recursos 
Hídricos: Atlas; Fortaleza, 4v, v.1. 
ESPLAR - Uma Proposta Ecológica de Manejo Agroflorestal para a Caatinga. 
ESPLAR. Madalena-CE, 1993, 41p. 
ESPLAR - Manejo Agroflorestal da Caatinga - II Seminário. ESPLAR. Sobral-Ce, 
1994, 67p. 
Figueiredo, M. A et al - Delimitação e Regionalização do Brasil Semiárido: Estado do 
Ceará. 
FIGUEREDO, M.A; Vegetação; In: Atlas do Ceará, IPLANCE, Fortaleza. 
MOTA, S. Urbanização e Meio Ambiente. Rio de Janeiro: Associação Brasileira de 
Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES), 1999. 
Nobre, G. S. - Estudo sobre a Coleção Descritiva das Plantas da Capitania do 
Ceará. Gráfica Editorial Cearense LTDA. Fortaleza-CE, 1984, 281p. 
 
H O S P I T A L R E G I O N A L V A L E D O J A G U A R I B E | P R A D | A N E X O S 
P á g i n a | 48 P á g i n a | 48 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXOS 
 
H O S P I T A L R E G I O N A L V A L E D O J A G U A R I B E | P R A D | A N E X O S 
P á g i n a | 49 P á g i n a | 49 
AANNEEXXOO II –– RREEGGIISSTT RROO FFOOTT OOGGRRÁÁFF IICCOO 
 
Foto 1 – Presença de animais na área – Importância do isolamento. 
 
 
Foto 2 – Coleta de amostras do solo. 
 
 
 
H O S P I T A L R E G I O N A L V A L E D O J A G U A R I B E | P R A D | A N E X O S 
P á g i n a | 50 P á g i n a | 50 
 
Foto 3 – Imagem do canal de drenagem existente na área. 
 
 
Foto 4 – As cavas com acumulo de água – área que vão permanecer no PRAD. 
 
 
H O S P I T A L R E G I O N A L V A L E D O J A G U A R I B E | P R A D | A N E X O S 
P á g i n a | 51 P á g i n a | 51 
 
Foto 5 – Visão da área de plantio na área do PRAD. 
 
 
H O S P I T A L R E G I O N A L V A L E D O J A G U A R I B E | P R A D | A N E X O S 
P á g i n a |52 P á g i n a | 52 
AANNEEXXOO II II –– AANNOOTT AAÇÇÃÃOO DD EE RREESSPPOONNSSAABB IILL IIDDAADDEE TT ÉÉCCNNIICCAA –– 
AARRTT //CCRREEAA 
 
Fortaleza 31 Março 2019 
 
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AANNEEXXOO II II II –– CCAA DDAASSTT RROO DDOO TT ÉÉCCNNIICCOO RREESSPPOONNSSÁÁVVEELL 
 
 
H O S P I T A L R E G I O N A L V A L E D O J A G U A R I B E | P R A D | A N E X O S 
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AANNEEXXOO IIVV –– AANNAALL IISSEE DDOO SSOOLLOO 
 
 
 
 
 
Este documento tem a 
finalidade de atender o 
disposto no Art. 140, I e 
II do Decreto nº. 6.514 de 
22 de julho de 2008, Art. 
89 da IN/Ibama nº. 14 de 
15 de maio de 2009 e 
IN/Ibama nº. 04 de 13 de 
Abril de 2011. 
PRAD - 
Recuperação 
de área 
degradada 
CONRIO – ASSOCIAÇÃO 
RURAL DO COND. RIO 
LAZER – 2015 
 
 
 
 
 
REALIZAÇÃO 
 
Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas – CONRIO 
Carlos Alberto Monteiro da Silva – Engenheiro Florestal, M. Sc. 
ENGEFLORA – Projetos Consultorias e Planejamento Ambiental Ltda. 
 
 
APOIO 
 
Escola Casinha Feliz – ACAF 
Engeflora Florestal Ltda. 
Viveiro de Mudas Taquara – Itacir T. Dalmagro 
Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Barreiras, BA. 
Prof. Luis Gomes de Carvalho – UFOB 
Professora Lilian Karla Figueira da Silva – IFBA 
 
 
 
 
FICHA TÉCNICA 
COORDENAÇÃO GERAL 
Maria Dias Coelho de Oliveira 
Contato: (77) 3613 0296 e (77) 99199 5409 
 
 
COORDENAÇÃO EXECUTIVA 
CONRIO – ASSOCIAÇÃO CONDOMÍNIO RURAL RIO LAZER 
 
 
 
2015 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
I – INFORMAÇÕES GERAIS...........................................................................4 
 
 
II – IDENTIFICAÇÃO DA ÁREA ONDE SERÁ EXECUTADO O PROJETO 
 
II.i COORDENADAS GEOGRÁFICAS DE REFERÊNCIA DO CONDOMÍNIO: 
 
III – RESPONSÁVEL TÉCNICO DA ELABORAÇÃO DO PRAD 
 
IV – DECLARAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO 
 
V – REFERÊNCIAS PROCESSUAIS 
 
VI - VÉRTICES DO IMÓVEL DE PRESERVAÇÃO (ANEXO I – MAPAS) 
 
VIII. RESUMO GERAL DO EMPREENDIMENTO 
 
VII – DOS FATOS 
 
VIII - SUGESTÃO PARA ANÁLISE DO PRAD 
 
IX – JUSTIFICATIVA 
 
X – OBJETIVO 
 
XI – DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL DA ÁREA A SER RECUPERADA 
 
IX - CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
 
VII. CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL 
 
1. MEIO FÍSICO 
1.1 GEOLOGIA 
1.2 SOLOS 
1.3 CLIMA 
1.4 TEMPERATURA 
1.5 PRECIPITAÇÃO 
2. MEIO BIOLÓGICO 
 
2.1 FLORA 
2.2 FAUNA LOCAL 
 
IX – DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DO PRAD 
X – MEDIDAS DE RECUPERAÇÃO 
 
A) METODOLOGIAS A SEREM UTILIZADAS NO PRAD DE FORMA SEQUENCIAL 
 
1. NUCLEAÇÃO 
2. TRANSPOSIÇÃO DE GALHARIA 
3. POLEIROS ARTIFICIAIS 
4. ENRIQUECIMENTO 
5. ADENSAMENTO 
6. PLANTIO 
 
 
B) Descrição do processo de aquisição de mudas 
 
 
XII – MONITORAMENTO 
 
XIII- RECOMENDAÇÕES 
 
XIV – CONCLUSÕES 
 
XV – BIBLIOGRAFIA 
 
APENDICES 
 
 
Apendice I – CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO 
 
 
Apendice II – MAPAS E MEMORIAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
I – INFORMAÇÕES GERAIS 
 
 
a) Nome ou Razão Social: Associação do Condomínio Rural Rio Lazer - CONRIO 
b) Endereço completo: Km. 3,5 da BR 020/BA 242/BA, s/n, Zona Urbana, Município de 
Barreiras, BA. Cep.: 47800-000. 
c) Telefone e fax: 77 3613-0296 / 9199 5409 
d) E-mail: maria.dias.coelho@hotmail.com 
e) CPF/CNPJ:08.961.530/0001-08 
g) Representante legal: Maria Dias 
 
II – IDENTIFICAÇÃO DA ÁREA ONDE SERÁ EXECUTADO O PROJETO 
 
a) Denominação do imóvel: Condomínio CONRIO 
b) Localização: Km. 3,5 da BR 020/BR 242. 
c) Município: Barreiras, BA. 
d) Área total do imóvel: 5,6005 ha 
e) Área da atividade de parcelamento do solo: 2,3729 ha 
f) Área de reserva legal: 1,12 ha (localizada extra propriedade na Fazenda Candeias, já 
averbada em cartório com 1205,21 ha (Registro n. R26-1.431) 
g) Escritura pública de compra e venda – Comarca de Imóveis e Hipotecas de Barreiras, BA. 
Matrícula: R – 1 – 9685, Livro 2, Fl. – CCIR: 950.084.485950-9 
h) Área total da atividade do parcelamento do solo: 2,3729 ha 
 
II.i COORDENADAS GEOGRÁFICAS DE REFERÊNCIA DO CONDOMÍNIO: 
 
1) Latitude (S) : 12° 7'13.01"S / Longitude (W): 45° 4'0.27"O 
2) Latitude (S): 12° 7'10.44"S / Longitude (W) : 45° 4'0.44" O 
 
 
III – RESPONSÁVEL TÉCNICO DA ELABORAÇÃO DO PRAD: 
 
 
Carlos Alberto Monteiro da Silva, Engenheiro Florestal CREA-RJ n. 151.593/D, Mestre 
em Ciências Ambientais e Florestais (Master Science, M. Sc.), amparado pelo artigo 7°. da 
Lei Federal 5.194, de 24 de dezembro de 1966 e artigo 10°. da Resolução 218 do Conselho 
Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, de 29 de junho de 1973, para a realização 
do presente PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS – PRAD, Mestre em 
Ciências Ambientais e Florestais - M. Sc.; Pós-graduado em Georreferenciamento de 
Imóveis Rurais, graduado em Teologia e Ecólogo. 
Endereço: Rua Gustavo Medrado n. 18, Morada Nobre, Barreiras, BA., CEP 47810-041, 
Tel. (77) 98129 6116 / 98112 3737 / 91186818, e-mail: engeflora.florestal@hotmail.com 
Anotação de responsabilidade técnica: RJ-0981041516-000421 
 
IV – DECLARAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO: 
 
1. O autor do PRAD é titular do direito autoral deste trabalho e somente autoriza 
sua reprodução no objetivo de protocolar junto aos órgãos públicos e usá-lo 
como defesa de argumentos e interesses legítimos do contratante. Em casos 
de finalidade didática ou publicação na internet, somente poderá ser veiculado 
com autorização expressa do autor, vedando sua cópia ou divulgação ou 
qualquer forma de reprodução que caracterize plágio ou represente utilização 
dos direitos autorais exclusivos do contratante e do autor, sendo que a 
violação dos direitos autorais acarretará as penalidades cabíveis na forma da 
lei. 
 
2. Ressalta ainda o autor do PRAD que de acordo com a Lei 5.194 de 24 de 
dezembro de 1966 Art. 6º que instituiu em termos profissionais, seja pessoa 
física ou jurídica que realizar atos como vistorias, análises, laudos e/ou prestar 
serviços, públicos ou privados, reservados aos profissionais de que trata esta 
Lei e que não possua registro nos Conselhos Regionais ou ainda se incumbir 
 
de atividades estranhas às atribuições discriminadas em seu registro 
profissional, cumpre em dizer que exerce ilegalmente a profissão de 
engenheiro quem não está habilitado a assinar laudos, avaliações e análises 
do presente trabalho PRAD e poderão sofrer denúncia ao conselho de ética do 
CREA/BA bem como as sanções e medidas cabíveis no sistema CREA/CONFEA 
ou ainda, responder civil e criminalmente caso configure o exercício ilegal da 
profissão de engenheiro. 
 
3. O imóvel objeto deste trabalho foi inspecionado pessoalmente pelo signatário 
deste e, o mesmo não tem no presente nem contempla no futuro, interesse 
no imóvel, tampouco aufere qualquer vantagem com a obtenção do 
desembargo e futuro licenciamento ambiental do mesmo; 
 
4. No melhor conhecimento das técnicas e das análises ou caso haja opiniões 
divergentes e/ou visões sobre recuperação/restauração de áreas degradadas, 
cumpre dizer que não auferirão conclusões expressas do presente trabalho 
opiniões divergentes sem embasamento técnico e argumentação teórica com 
referencias bibliográfica, pois a presente proposta de RECUPERAÇÃO é fruto 
de observações específicas do autor do PRAD e baseadas em outras 
experiências bem sucedidas em outros trabalhos realizados por pesquisadores 
em Universidades com parâmetros e técnicas já realizadas. O atual trabalho 
reafirma que os levantamentos de campo são verdadeiros e alude a melhor 
técnica, ou melhor, maneira e as quaisaludem corretas as interpretações do 
elaborador, entretanto após três anos de monitoramento os resultados 
poderão ser avaliados, portanto o presente PRAD é uma proposta ou diretriz 
baseada nas experiências do autor com recuperação de outras áreas a nível 
experimental, bem como nos 18 anos de profissão realizando trabalhos 
correlatos na área de engenharia florestal; 
 
5. Reafirma ainda que todas as declarações/informações deste PRAD são 
contemporâneas e pretendem verdadeiras as propostas com fins de 
RECUPERAÇÃO e recomposição florestal da APP no Rio de Ondas na área da 
CONRIO. 
 
 
 
V – REFERÊNCIAS PROCESSUAIS 
 
a) Processo Administrativo – PA Nº 02058.000029/2007-36 
b) Ato Administrativo vinculado Auto de Infração - AI Nº 456604-D e 456603-D; Termo 
de embargo n. 340403C 
 
VI - VÉRTICES DO IMÓVEL DE PRESERVAÇÃO (ANEXO I – MAPAS) 
 
Coordenadas geográficas: 12° 07’ 10,3” S / 45° 03’ 58,2” W 
 
 
 
 
 
 
 
VIII. RESUMO GERAL DO EMPREENDIMENTO 
Tabela 01. Informações gerais da área a qual se insere no PRAD. 
 Origem da Degradação 
Danos ambientais 
causados 
Supressão de vegetação na área d APP em 0,44 hectares as margens do 
Rio de Ondas 
Origem dos danos 
ambientais 
A atividade que deu origem ao dano na APP foi a implantação no 
condomínio de uma área de lazer na beira do Rio. 
Efeitos causados 
ao ambiente 
O efeito do dano foi à destruição da APP e suas consequências foram a 
perda de diversidade e função ecológica da Área de Preservação 
Permanente na beira do Rio de Ondas e caso não ocorra as intervenções 
propostas neste PRAD para a recuperação da área poderá demorar 
cerca de 40 a 60 anos para voltar a condição próxima a fitofisionomia da 
cobertura anterior. 
 Caracterização Regional e Local 
Climatologia Classificação B1wA’ Thornwaite 
Ecossistema Floresta Ciliar 
 
Fitofisionomia Região fitoecológica da Savana 
Bacia Hidrográfica A Bacia Hidrográfica em que a área do PRAD está inserida é a Bacia do 
Rio de Ondas. 
Microbacia 
Hidrográfica 
Bacia do Rio de Ondas - Subbacia hidrográfica do Rio Grande 
Pedologia Latossolo vermelho-amarelo distrófico ocupa a maior parte da bacia com 
características de um solo poroso, ácido, fortemente drenado e com 
baixa fertilidade natural. 
 Situação Original Situação Atual 
Relevo O relevo da área é plano. Não houve alteração. 
Solo A condição do solo antes do dano 
na APP era da ausência de 
processos erosivos; fertilidade 
natural; pedregosidade natural 
presença de horizonte A 
As condições do solo após o 
danos ambiental foi escoamento 
superficial com pequena presença 
de processos erosivos; retirada 
da fertilidade natural do solo na 
APP e pedregosidade não 
alterada, ausência do horizontes 
A e apenas o horizonte B como 
superficial. 
Hidrografia Não houve alteração da hidrografia. - 
Vegetação Vegetação típica da mata ciliar, com 
presença de Jatobá, Buriti, Timbó, 
Pau de Brinco, ou seja, típica do 
cerrado na interface externa, 
estágio sucessional secundário 
classificação de acordo com a 
Resolução CONAMA 004, de 04 de 
maio de 1994. 
Área ainda com remanescente, 
limitado banco de sementes e 
plântulas no solo, presença de 
plantas invasoras e espécies 
nativas. 
 
 
 
 
VII – DOS FATOS 
 
 O presente Projeto de Recuperação de áreas degradadas alude à RECUPERAÇÃO 
da vegetação da área de Preservação Permanente – APP do Condomínio Rural Rio Lazer, 
com fins a reconstituição vegetacional em 0,44 ha, portanto, trata-se de um novo PRAD, 
reformulado com base no que já havia sido proposto anteriormente e, com vistas ao 
atendimento ao IBAMA e, a fins de Licenciamento Ambiental e do interesse da atual gestão 
da CONRIO em resolver os conflitos criados pela gestão anterior. Neste sentido, a CONRIO 
vem expressar a necessidade e urgência da análise do presente documento técnico para 
recompor a área dentro da técnica florestal possível. 
 
Os órgãos de regulação e controle, no entanto, devem levar em conta que este 
PRAD, consiste em um conjunto de medidas do ponto de vista técnico, baseado na 
sucessão ecológica das espécies e técnicas de recuperação da mata ciliar e revegetação 
com espécies nativas e, que no futuro poderão ser tomadas outras medidas de caráter 
técnico para atingir os objetivos do empreendedor, portanto, mesmo que em uma análise 
do órgão ambiental, tem o caráter de provisoriedade e a proposta deverá ser vista como 
tal, considerando as fases de implantação, condução e monitoramento. Outro fator 
relevante é que o presente PRAD considerou nas suas diretrizes, a exequibilidade da 
recuperação da área e, não cabe uma avaliação final em um primeiro momento, pois a 
análise deverá projetar o produto final ao qual se pretende e depende do “FATOR 
TEMPO” e, inevitavelmente o monitoramento deverá fazer parte do presente trabalho em 
tempo não inferior a 3 (três) anos. 
O que se entende por áreas degradadas? 
A definição primordial irá nortear as medidas e ações a serem tomadas e, não se 
pretende aqui trazer uma discussão ou asserção final sobre o tema, mas trata-se de 
relevante informação com fins a tentar diferenciar ou definir o que significa uma área 
degradada das demais áreas que sofrem ação ou intervenção antrópica. 
 
Neste trabalho entende-se por área degradada como: 
“Área que por intervenção humana ou natural, 
apresenta alterações de suas propriedades físicas, químicas e 
biológicas cujas alterações comprometeram a estabilidade de 
um ecossistema ou bioma de forma temporária ou 
definitivamente e afeta e/ou afetou a biodiversidade.” 
Considerou-se também o termo RECUPERAÇÃO como premissa e princípio norteador 
do presente trabalho, todas as projeções deste trabalho estão neste sentido, poderão 
também advir da observação após as intervenções e metodologias utilizadas e descritas 
neste trabalho para compor as fases ou etapas até alcançar o objetivo final da recuperação 
da mata ciliar e, tentar restabelecer de forma mais efetiva suas funções ecológicas levando 
em conta o fator tempo e fatores naturais e não naturais para os fins a que se destina. 
Portanto, toda intervenção realizada e a ser realizada no local da APP, nesta 
proposta de trabalho têm suas premissas baseadas nas definições e conceitos da Instrução 
 
normativa nº. 4, de 13 de abril de 2011 Cap. II art. 4 no Cap. I Art. 2º onde ambas, tanto o 
MMA/IBAMA quanto o ICMBio, órgão responsável de conservação e biodiversidade, deixam 
claras as definições sobre o que se deve considerar, termos importantes que considerou 
como DEFINIÇÕES nos itens I e IV: 
I. Recuperação: Restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre 
degradada a uma condição não degradada, que pode ser diferente de sua condição 
original; (Grifo nosso) 
IV. Área degradada: Aquela impossibilitada de retornar por uma trajetória natural a 
um ecossistema que se assemelhe ao estado inicial, dificilmente sendo restaurada, apenas 
recuperada. 
Instrução normativa nº 11 ICMBIO, de 11 de dezembro de 2014 deixa clara as 
definições sobre o que considera como importante em termos de DEFINIÇÕES, no Cap. I 
Art. 2º, considerou: 
I. Recuperação: Restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre 
degradada a uma condição não degradada, que pode ser diferente de sua condição 
original; 
II. Restauração: Restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre 
degradada o mais próximo possível da sua condição original; 
III. Área perturbada: Aquela que após o impacto ainda mantém capacidade de 
regeneração natural e pode ser restaurada; 
IV. Área degradada: Aquela impossibilitada de retornar por uma trajetória natural 
a um ecossistema que se assemelhe ao estado inicial, dificilmente sendo restaurada, 
apenas recuperada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VIII - SUGESTÃO PARA ANÁLISE DO PRAD. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Identificaçãoda área 
como degradada. 
Avaliação expedita preliminar da 
degradação, fiscalização e controle. 
(IBAMA, INEMA, CONDEMA, SEMA) 
Exigência de TAC e medidas de 
mitigação – PRAD pelo empreendedor 
(CONRIO) 
Elaboração do Programa de 
Recuperação de áreas degradadas e 
definição dos objetivos do PRAD. 
Medidas de recuperação. 
Planejamento da recuperação da APP. 
Órgão de Controle e 
Fiscalização – IBAMA e 
outros 
Análise de profissional 
habilitado do IBAMA + 
parecer jurídico - DIJUR 
Aprovação do PRAD 
Utilização de medidas para a 
Recuperação na APP com técnicas de 
nucleação, técnicas de plantio em 
grupos sucessionais, técnicas de 
enriquecimento com espécies nativas. 
 Não provação 
do PRAD 
Aprovação do 
PRAD 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IX - JUSTIFICATIVA 
 
 Em recuperação de áreas degradadas, poder-se-ia dizer que a metodologia é vasta, 
sendo assim poder-se-ia também se utilizar não somente de ações de plantio de árvores, 
mas ações que proporcionariam o restabelecimento de condições de estabilização do solo, 
equilíbrio local e sustentabilidade, em outras palavras, em casos emergenciais medidas 
extremas muitas vezes podem e devem ser tomadas, independentemente do “momentum” 
ou fase ao qual se encontra uma área erodida ou degradada e desflorestada. Neste sentido, 
é claro e evidente que para que sejam estabelecidas as condições à recuperação uma 
estabilidade inicial, necessita muitas vezes ações “estanques” ou ainda medidas de 
recuperação ambiental devem ser pensadas e identificadas para que posteriormente 
possam ser implantadas as espécies secundárias, iniciais e tardias para que papel da 
sucessão ecológica de forma natural venha a se estabelecer com algumas espécies 
clímaxes. No caso em questão e, em função da identificação e caracterização dos processos 
de degradação ocorridos na fase de implantação da Associação Condomínio Rural Rio e 
Lazer, espécies exóticas não serão utilizadas na APP em nenhuma fase do processo de 
recuperação da área, o PRAD anterior não deixou claro que as espécies exóticas sugeridas 
eram para área anterior a APP para criar condições de estabilização do solo, portanto neste 
Execução em etapas: 
1. Primeira etapa – em andamento; 
2. Licenciamento ambiental; 
3. Segunda etapa; 
4. Terceira etapa; 
5. Monitoramento do empreendedor 
 
MONITORAMENTO E 
MANUTENÇÃO 
(PRIMEIRO ANO) 
 
MONITORAMENTO E 
MANUTENÇÃO 
(SEGUNDO ANO) 
 
MONITORAMENTO E 
MANUTENÇÃO 
(TERCEIRO ANO) 
 
Verificação e execução de medidas 
complementares; 
Monitoramento do empreendedor 
 
 
ENCERRAMENTO DO MONITORAMENTO DO PRAD PELOS ORGÃOS DE CONTROLE 
 
momento é necessário deixar claro que na área de preservação permanente somente serão 
utilizadas espécies florestais com fins a revegetação da APP respeitando os parâmetros de 
sucessão ecológica de cada espécie e a disponibilidade de mudas na região. 
Considerou-se que a área em questão não tem mais poder de restauração natural, 
pois se trata de área de baixa fertilidade e compactada de solo, o que limita o 
estabelecimento natural, pensou-se em um primeiro momento o uso de plantas da família 
das leguminosas como prioridade, escolha que se justifica pela formação de simbiose entre 
as suas raízes e bactérias (rizóbios), que fixam o nitrogênio atmosférico e o disponibilizam 
para as mesmas bem como fungos (micorrizas), que aumentam a área de absorção das 
raízes, fazendo com que a plantas consigam aproveitar melhor os nutrientes do solo. No 
entanto, a dificuldade de se encontrar mudas de algumas espécies nativas com essas 
características e ainda por cima micorrizadas, o que também foi considerada neste trabalho, 
e da disponibilidade local para que o presente PRAD seja exequível. De acordo com o 
levantamento in loco da área, com objetivo de identificar a situação atual do 
empreendimento, foi constatado que o mesmo se encontra completamente consolidado, 
lotes vazios e outros em fase de construção de casas, no entanto, todos os lotes do 
empreendimento foram comercializados. 
 
X – OBJETIVOS 
 GERAL 
Em termos gerais o objetivo do PRAD inicialmente é criar as condições necessárias, 
para que a área ao qual sofreu degradação tenha capacidade de RECUPERAÇÃO, por 
meios naturais e também por outras técnicas explicitadas adiantes neste trabalho. 
 ESPECÍFICOS 
1. Garantir para as gerações futuras à possibilidade de uso 
sustentável dos recursos naturais existentes na área, visando o aspecto 
social aliado a parte ambiental no local; 
2. Promover a conscientização ambiental como um projeto da 
CONRIO em promover a educação ambiental em um esforço mútuo dos 
 
condôminos a RECUPERAÇÃO da APP e da promoção de áreas verdes 
e arborização dentro do condomínio; 
3. A adequação do empreendimento as normas e legislação 
vigente. 
 
 
XI – DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL DA ÁREA A SER RECUPERADA. 
O loteamento rural “Condomínio Rural Rio Lazer” possui uma área total de 5,6005 
hectares e por alguns erros no período de implantação, foram realizados com a supressão 
de vegetação no local sem deixar nenhuma árvore no local, ou seja, houve completa 
limpeza no local o que desfavoreceu em muito o microclima local em termos de 
temperatura ambiente, no empreendimento não há amenidade ambiental fora da área da 
APP, em função de nenhuma vegetação servir como sombreamento no empreendimento, 
em função disso os condôminos, após uma conscientização da necessidade de uma 
arborização local, entenderam que FORA DA APP também seria necessária uma 
recuperação ambiental e não somente da APP degradada, mas de forma a garantir uma 
adequação ambiental, com fins de recuperação da sustentabilidade local. 
Figura 
1. Imagem do Google Earth do empreendimento. 
 
 
 
 
 
XII - CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
Durante um longo tempo diante do fato do problema na APP, observou-se que a 
área encontrava-se sem mudanças significativas, levando em consideração o tempo 
decorrido, ou seja, cerca de 8 anos, também está claro que a área antes do 
empreendimento ser estabelecido já estava alterada e vinha sendo alterada ao longo do 
tempo em toda a margem do Rio de Ondas de forma generalizada, como pode ser 
observado nas vizinhanças da CONRIO, tal ação é característica do processo de urbanização 
ao longo das margens do Rio de Ondas, que em tese não deveria ser assim, antes dever-
se-ia respeitar as margens dos rios de acordo com a legislação em 50 metros a faixa 
marginal. Levando-se em conta o tempo decorrido da implantação do empreendimento, não 
houve alterações significativas na APP, portanto há uma degradação local e existe a 
impossibilidade, em tese, de RECUPERAÇÃO por processos naturais e não naturais 
através de intervenção humana, ou seja, uma avaliação dos processos deveria ser levado 
em conta o fator tempo para uma análise final da área a ser recuperada. Enfim, o que se 
entende é que antes e após o embargo do órgão IBAMA é impedir uma degradação ainda 
maior na área e também nas áreas do entorno, ou áre de influência direta do 
empreendimento e indireta também. 
Uma regeneração natural satisfatória no local não aconteceu nesses 8 anos 
passados, sendo assim, medidas foram tomadas inicialmente antes da elaboração deste 
documento com fins a promover os objetivos descritos. No entanto, há uma necessidade de 
intervenção para que os processos naturais possam ser acelerados e visando promover uma 
rápida RECUPERAÇÃO daquela APP. Notou-se também, em uma rápida análise preliminar 
que algumas iniciativas foram realizadas pelos condôminos, no entanto, acabou em 
insucesso e na mortalidade das árvores plantadas, pois não houve acompanhamento 
técnico para que fosse realizado. Mas há uma conscientização e um interesse mútuo dos 
condôminos em promover e em recuperar a área e resolver o problema do embargo na APP 
junto ao IBAMA, bem como reconhecem a necessidade de regularização ambiental do 
 
condomínio tendo emvista que o mesmo já se encontra consolidado. Isso deveria ser 
considerado na análise do PRAD bem como na questão da busca dos responsáveis pelo 
CONRIO em uma sustentabilidade ambiental local, há notoriamente um esforço em fazer 
algo a respeito e por si só já configura um interesse dos mesmos em resolver o problema. 
 
Figura 2. Área em branco demonstrando a área em que será realizada a recuperação. 
A exemplo do que aconteceu com o empreendimento em questão, o Condomínio 
Rural Rio Lazer admite os problemas iniciais da implantação e, se propõe a expandir o 
trabalho de execução de RECUPERAÇÃO da APP, desde que haja da parte das agencias e 
órgãos de controle a obrigatoriedade de todos naquela localidade a recuperar suas APP’s e 
assim a o PRAD da CONRIO condomínio poderá servir como modelo e também para 
educação ambiental. 
Há de ser observar ainda que o entorno do Condomínio Rural Rio Lazer também não 
possui APP, todas essas áreas precisam RECUPERAR suas áreas de APP e, neste sentido, 
enquanto não haja uma intervenção formal para a regularização nada será realizado. 
 
 
Figura 3. Situação da área da APP a qual ainda necessita de intervenção. 
 
Figura 4. Situação atual da área da APP a qual ainda necessita de intervenção. 
 
 
Figura 5. Mudas de Ipê plantada pelos condôminos no local da APP. 
 
Figura 6. Área de lazer as margens do Rio de Ondas da CONRIO. 
A largura média do curso d’água no rio de Ondas é variável, nesta área em particular 
ela varia entre 10 a 27 metros na área de curva do rio a montante do empreendimento, na 
área da CONRIO em média de 15 a 20 metros de largura, com solos notadamente 
hidromórfico, textura média de areno-argiloso na APP, a fisionomia do terreno é plana com 
grau de inclinação ≥ a 3%, nota-se que a estabilização das margens do rio está consolidada 
 
entretanto, a importância da manutenção dessa estabilidade é que se objetiva com as 
diretrizes propostas neste PRAD. 
Não se observou presença de formigas cortadeiras no local o que seria um fator 
limitante para as intervenções na APP com fins a reconstituição da mata ciliar e nem se 
considerou os resíduos de folhas e galhos caídos como fatores limitantes ao plantio das 
árvores no local. 
 
Figura 6. Área de circulação na entrada da área de lazer dentro da APP. 
 
 
 
 
VII. CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL 
 
1. MEIO FÍSICO 
 
1.1 GEOLOGIA 
 
A formação do Urucuia está sobreposta aos sedimentos do Grupo Bambuí. Destaca-
se na composição litológica desta formação a sua homogeineidade, observando-se quase 
que sendo uma tendência global destes arenitos, tornarem-se mais argilosos na base. 
Estas áreas estão genericamente ligadas aos ciclos de aplainamentos do final do período 
farenozóico. A área encontra-se situada neste polo e é constituída por areias quartzosas 
com horizonte B latossólico e próximo a APP nota-se uma formação de solos hidromórficos 
e manchas com argilas muito finas. Em termos gerais a inclinação do terreno não 
ultrapassa 3% e não há mais risco de erosão laminar e eólica no local. 
 
 
1.2 GEOMORFOLOGIA 
 
A região está em uma área de unidade morfológica denominada Chapada Ocidental 
do São Francisco, onde se incluem os amplos chapadões do oeste da Bahia, com o 
domínio estrutural das Bacias e Coberturas Sedimentares Associadas. Esses chapadões 
correspondem aos relevos mais planos mais elevados da margem esquerda do Rio São 
Francisco. Acham-se envolvidos por patamares, em geral carstificados, elaborados em 
pediplanos e sobre o qual se depositaram no período cretáceo os arenitos da formação 
Urucuia. A topografia regional apresenta-se suave plana a ondulada com declives variando 
de 2,3% no contato do cerrado com as Veredas a 1,9% na área da planície. A altimetria 
média na qual se localiza a área do presente PRAD, corresponde a cotas que variam entre 
400 a 800 metros de altura. 
Os arenitos que se compõem os chapadões foram por sua vez, truncados por 
extensa pediplanação das superfícies de cimeiras da Chapada Diamantina. Os Solos 
relacionam-se as alterações dos arenitos, apresentando textura predominantemente 
 
arenosa, localmente de características argilosas, onde ocorrem fácies pelíticas, com solos 
que propiciaram o desenvolvimento dos Cerrados. 
 
A Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola – EBDA (1993) apresenta-se em 
três unidades geomorfológicas: Chapadão do rio de Ondas, Patamar do Chapadão e 
Depressão do rio de Ondas. O chapadão por sua vez é subdividido em três feições: Planos 
de topo (entre 700 e 900 m de altitude), Rampas (inclinação nos sentidos dos drenos, 
paralela a rede de drenagem) e Veredas (áreas aluvionarias, alagadiças, com deposição de 
materiais vindos do topo, às vezes áreas de nascentes). O Patamar do Chapadão está 
dividido em três modelos distintos: colinas (relevo suave ondulado, com processo erosivo, 
situado próximo ao encontro entre os rios de Pedras e Ondas), os planos intermediários 
(destacam-se os morros testemunhos, registros da erosão sofrida ao longo do tempo 
geológico) e os sedimentos ravinados (áreas instáveis, situadas no sopé das escarpas 
sedimentadas). Por último a depressão do rio de Ondas, são áreas com relevo suave 
ondulado e plano nos vales. 
Existe na bacia do rio de Ondas diferentes solos. Segundo a EBDA (1993) o 
Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico ocupa a maior parte da bacia com características de 
um solo poroso, ácido, fortemente drenado e com baixa fertilidade natural. Todavia, existe 
a ocorrência com menor intensidade de outros solos como: os Neossolos quartzarênicos 
associados a fortes declives são solos derivados dos arenitos da Formação Urucuia, com a 
predominância do quartzo, que apresentam baixa fertilidade natural, alta susceptibilidade à 
erosão e que devido a sua textura, porosidade e permeabilidade são solos excessivamente 
drenados; os Gleissolos, pobres em nutrientes, mal drenados e muito frágeis; os Argissolos 
Vermelho Amarelo, moderadamente a bem drenados, profundos, poroso e com presença 
de argila; os Neossolos flúvicos com a ocorrência em várzeas, próximo ao sistema de 
drenagem são solos pouco desenvolvidos, constituídos por deposição de sedimentos 
recentes não consolidados de composição granulométrica muito variada e os Neossolos 
litólicos pouco desenvolvidos, rasos, pedregosos e cascalhento, frequentemente 
associados a afloramentos rochosos (SOARES NETO, 2005). 
 
 
1.3 SOLOS 
 
Predominantemente solo com horizonte B latossólico na área da CONRIO, pouco 
desenvolvido, e próximo ao Rio de Ondas apresenta solo com característica de texturas 
 
areno-argilosa e fraça de areias. Segue a descrição das classes de solo identificadas na 
área do empreendimento da CONRIO. 
 
1. Latossolo vermelho amarelo distrófico álico (Lvd3): Compreende solo ácido com 
baixa saturação de bases (V%), e saturação com alumínio trocável de 50%, 
caracterizando a pouca fertilidade natural dessas áreas, textura do horizonte B é 
média (menos de 35% de argilas) argilosa; 
2. Areia quartzosa distrófica e álica (Aqd3) + latossolo vermelho-amarelo álico e 
distrófico, textura média, ambos com horizonte A fraco a moderado, relevo plano a 
ondulado nas depressões; 
3. Solos litólicos: Correspondem a solos pouco desenvolvidos, rasos, apresentando 
sequencia de horizontes A e C ou somente horizonte A sobre a rocha matriz. Álicos. 
 
 
1.4 CLIMA 
 
De acordo com a classificação de Thornwaite, o clima regional se apresenta 
classificado como B1wA’, ou seja, úmido com pequena ou nenhuma deficiência hídrica, 
com índice pluviométrico variando entre 1400 a 1800 mm por ano; megatérmico, ou seja, 
com evapotranspiração potencial ≥ a 1140 mm. Apresenta estação seca bem definida de 
inverno nos meses de maio a setembro, com chuvas na primavera e verão. As 
temperaturas médias anuais oscilam entre 25° e 28° C e as máximas na faixa de 30° a 33° 
C. 
 
 
1.5 TEMPERATURA 
 
Estudos climáticosdemonstram haver um gradiente térmico de -0,5° C, em geral a 
temperatura média é compensada anual (Tma), a cada 100 metros de altitude, sendo maior 
variação no inverno. De fato a medida que se afasta dos vales em direção aos interflúvios a 
temperatura diminui gradativamente. Assim no Vale do São Francisco (400 m) a 
temperatura média anual atinge 25°C e no patamar do Chapadão 24°C e na fronteira 
ocidental (900 m) com 22°C. No mês mais frio (julho) registra-se temperaturas de 20°C. 
 
 
 
1.6 PRECIPITAÇÃO 
 
A região oeste é caracterizada por uma média anual de precipitação que varia de 
800 a 1140 mm por ano, essa distribuição ao longo do ano é desigual, concentrada apenas 
nos 6 meses, sendo o período úmido de novembro a março e a precipitação chega a mais 
de 100 mm mensais, podendo atingir mais de 200 mm. Por outro lado no trimestre entre 
julho a agosto, o mais crítico período seco representando apenas 1% de precipitação total. 
 
 
Precipitação média quinzenal da área de estudo, representada pela estação 
pluviométrica do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) localizada no município de 
Correntina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. MEIO BIÓTICO 
2.1 FLORA 
 
 
A vegetação de maior expressão é o Cerrado, e nos ambientes de Veredas a 
característica é uma vegetação rasteira nativa formada por gramíneas, nesses ambientes 
denota-se uma relação com o fogo. Resultante de um conjunto de fatores como clima, solo 
e flora, no quesito solos as propriedades físico-químicas, à disponibilidade de água, à 
geomorfologia e à topografia, são elementos formadores dessa fitofisionomia regional. 
A distribuição da flora também está associada à latitude, frequência de queimadas, 
profundidade de lençol freático e aos fatores antrópicos, tais como expansão da fronteira 
agrícola, retirada seletiva de madeira, queimadas para manejo de pastagem, entre outros. 
De acordo com o sistema de classificação desenvolvido por Veloso (IBGE, 1991), e 
abrangente para todos os biomas brasileiros, grande parte da área de estudo seria 
identificada como Savana arbórea (Sa). Desta forma, optou pelo primeiro sistema de 
classificação (Ribeiro e Walter, 2008), que proporciona discriminar um número maior de 
classes, conferindo maior heterogeneidade e especificidade à área de estudo. A categoria 
fitofisionômica é do Cerrado strictu sensu, com uma composição florística de árvores 
xeromorfas com altura média de 6 metros. Alguns espécimes arbóreos comuns na região 
são: Pau-terra (Qualea paviflora); Cagaita (Eugenia dysenterica), Jatobá do cerrado 
(Hymenea stignocarpo), e Araticum (Anone faetida Mart.). 
 
 
2.2 FAUNA LOCAL 
 
Para identificar as espécies animais existentes na área do projeto, utilizaram-se os 
métodos diretos, lembrando que somente uma pequena parte destas informações foi obtida 
através de dados primários, e da falta de estudo baseados em levantamentos da região, 
portanto observações e informações de pessoas residentes e familiarizadas com a região. 
A fauna aos arredores ainda apresenta grande variedade, uma vez que existem grandes 
trechos de vegetação nativa, sobretudo na faixa de preservação permanente. 
 
Tabela 01. Lista das Espécies de Mamíferos. 
Nome Comum 
Nome Científico 
Família 
Cutia Dasyprocta fuliginosa Dasyproctidae 
 
 
Tabela 02. Lista das Espécies da Avifauna 
Nome Vulgar Nome Científico Família 
Anu preto 
Crotophaga ani 
Cuculídea 
Bem-te-vi Pitangus sulpharatus - 
Juriti Leptotilia veneauxi Columbídea 
Pica pau Celus torquatus Picídea 
Cardeal 
Pomba Ictinia plúmbea Acipitrídea 
Sabia Turdus sp - 
 
Tabela 03. Lista de Répteis 
Nome Vulgar Nome Científico 
Família 
Lagarto Gonatodes humerales Gikkonidae 
 
 
IX - DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DO PRAD 
 
As principais etapas de projeto de recuperação de área degradada podem ser 
observadas no Quadro 01. 
Em alguns casos a atividade de Recuperação de Áreas Degradadas há uma 
necessidade em primeiro momento o uso de medidas extremas, com a finalidade de 
estabilizar o local e amenizar a temperatura, exposição extrema a luz, fatores limitantes de 
solo que desfavorecem o trabalho de recuperação. 
A título de exemplo, poderíamos citar o fator SOMBREAMENTO, é de vital 
importância para que árvores secundárias iniciais e tardias possam se estabelecer e, 
posteriormente a essa fase outros procedimentos devem ser seguidos para resgatar as 
importantes funções do ambiente. No entanto, as etapas dos procedimentos de um PRAD 
em área de preservação permanente podem ser praticadas ou não? Espécies de rápido 
crescimento ou exóticas podem ou não podem ser utilizadas? Há de se destacar que 
independente da situação do local seja APP, medidas emergenciais poderiam ser 
 
consideradas quando há risco de desabamentos de taludes e desbarrancamentos de 
encostas ou margens de rios, riscos de contaminação das águas bem como riscos de 
assoreamento, portanto não existem regras para os processos de recuperação ambiental 
ou área degradada, uma projeção futura pode ser almejada, desde que seja com fins da 
recuperação, e mesmo que sejam utilizadas espécies exóticas numa fase inicial do ponto 
de vista técnico não estaria errada ou ainda não recomendada e, nem se pensa no 
problema conceitual ou ético em termos de espécies, pois o objetivo é sanar rapidamente o 
problema dando estabilidade ao solo, posteriormente outras medidas podem ser tomadas 
visando um estado a ser alcançado de forma utópica, ou seja, no sentido de restauração o 
mais fiel ou próxima possível, mas vale a pena lembrar que o produto final de uma 
restauração florestal em termos de floresta nativa pode durar cerca de 40 a 60 anos, 
pensando em termos de sucessão ecológica. 
 
 
Quadro 01. Etapas de atividades para definição e implementação de processos de 
recuperação. 
 
IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DOS PROCESSOS DE DEGRADAÇÃO 
(processos que geram impactos ambientais negativos) 
 
IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS NEGATIVOS 
 
DEFINIÇÃO DAS MEDIDAS DE RECUPERAÇÃO 
(medidas que buscam corrigir os impactos identificados) 
 
IMPLEMENTAÇÃO DAS MEDIDAS DE RECUPERAÇÃO 
 
 
 
 
Figura 8. Visão geral da calha do Rio de Ondas nas margens da APP da CONRIO. 
Há de se ressaltar ainda que, as regras para áreas de preservação permanente – APP 
em termos jurídicos se aplicam somente ao produto final, ou seja, a recomposição ou 
paisagem final e não as fases dos procedimentos e técnicas de recuperação de matas 
ciliares em áreas de preservação permanente. A exemplo disso, também poderia citar que 
os usos de adubos minerais e químicos podem ser usados para que haja estabelecimento 
de árvores em locais que a camada superficial de solo tenha sido removida, além de 
técnicas de recobrimento do solo com leguminosas inclusive com feijão e soja são técnicas 
comuns em recuperação de áreas degradadas, ainda existem técnicas de mantas teladas 
com substrato e sementes peletizadas para que áreas que não possuem a capacidade de 
regeneração natural serem recuperadas enfim, muitas são as técnicas utilizadas no 
processo de recuperação de uma área degradada. 
Não é o caso da CONRIO, ou seja, não se pretende o uso de técnicas radicais dentro 
da área da APP neste trabalho tendo em vista que os processos erosivos e de escoamento 
superficial na área do empreendimento foram sanados. Portanto, estabelecida as funções 
da mata ciliar que é de dar proteção e estabilidade às margens dos rios, além do papel 
ecológico que as mesmas possuem. 
 
X – METODOLOGIA 
 
 
Inicialmente realizado um diagnóstico ambiental da área, que consiste na 
caracterização do meio físico, biótico e antrópico, foram identificados e estabelecidas as 
técnicas de recuperação da APP da CONRIO, com técnicas relevantes, viáveis e exequíveis e 
por fim foi sugerido um plano de recuperação que possui medidas mitigadoras que possam 
se utilizadas na recuperação da APP. A ênfase nesta propostaserá de promover uma 
composição de procedimentos e técnicas para alavancar uma estruturação da Mata Ciliar 
que surgirá da interação entre as ações implementadas e os processos de migração e 
sucessão ecológica no local em recuperação. 
 
XI – MEDIDAS DE RECUPERAÇÃO 
A) Metodologias a serem utilizadas no PRAD de forma sequencial 
Como medidas de recuperação da área degradada, será em 4 etapas na sequencia 
apresentada a seguir passamos a descrever as tecnologias atuais em RAD – Recuperação 
de Áreas Degradadas bem como os procedimentos a serem adotados na estabilização da 
mata ciliar e melhoria das propriedades físicas, químicas, biológicas e hidrológicas do solo. 
Dentre essas medidas está a revegetação de área degradada com a implantação de mudas 
adquiridas no Viveiro Florestal Taquara com técnicas de nucleação em adensamento, 
enriquecimento e revegetação com plantio em linha. 
 
1. NUCLEAÇÃO 
A nucleação é entendida como a capacidade de uma espécie em propiciar uma 
significativa melhoria nas qualidades ambientais, permitindo um aumento na probabilidade 
de ocupação deste ambiente por outras espécies (Yarranton & Morrison, 1974). Na busca 
de um melhor método de recuperação de áreas degradadas e considerando os princípios da 
nucleação e de outros conceitos de ecologia básica, tais como, sucessão, heterogeneidade 
de ambientes, facilitação, interações interespecíficas (dispersão, polinização e predação), 
cicatrização, foi criada uma nova visão da restauração ecológica, procurando sempre imitar 
a natureza, com mínimos insumos, onde um conjunto de técnicas é implantado não em 
área total e sim em núcleos, restituindo o mosaico do ambiente. As atividades de 
 
restauração, baseadas no processo ecológico de nucleação, foram denominadas por Reis et. 
al., (2003) de “técnicas nucleadoras de restauração”. 
Bechara (2006) cita como técnicas nucleadoras: 
a) Formação de coberturas de solo através de semeadura direta de espécies herbáceo-
arbustivas, preferencialmente nativas anuais para atração precoce de fauna, 
recuperação de solo e contenção das gramíneas exóticas invasoras; 
b) Formação de abrigos artificiais, através do enleiramento da galharia, que servirá para 
alimentação e abrigo de consumidores e decompositores, além da restituição de 
solo; 
c) Introdução de plantas regionais e frutíferas, visando promover fluxo gênico com as 
populações dos fragmentos mais próximos; 
d) Poleiros artificiais para atração de avifauna e quiropterofauna e plantio de mudas de 
espécies arbóreas em grupos, formando núcleos adensados para a eliminação de 
gramíneas exóticas invasoras e facilitar a regeneração de espécies nativas. 
O aumento da resiliência ambiental é promovido com a nucleação, pois o processo 
restaurador desta técnica se baseia na ativação do próprio potencial de autorregeneração 
da área da APP. As técnicas nucleadoras de restauração formam microhabitats em núcleos 
onde são oferecidas, para as diferentes formas de vida e nichos ecológicos, condições de 
abrigo, alimentação e reprodução, que num processo de aceleração sucessional irradiam 
diversidade por toda a área (Reis et al., 2003). 
 
2. TRANSPOSIÇÃO DE GALHARIA 
Visando deixar sob a faixa com os resíduos florestais (galhos, tocos, folhas, etc.) 
para que aconteça uma regeneração natural e criando microclimas e possibilidade de 
dispersões naturais. 
Com a implantação dessas técnicas de nucleação, aspectos como a estabilização de 
processos erosivos, melhoria das propriedades físicas, químicas, biológicas e hidrológicas do 
solo, e recuperação, proteção e conservação de mananciais comprometidos anteriormente 
 
pela perda da cobertura vegetal estão sendo atenuados pela utilização das técnicas 
descritas. 
 
Fig. 10 Transposição de galharia alocada nas áreas núcleos, CONRIO. 
 
Fig. 11. Microambientes sendo gerados com galharia e resíduos, CONRIO. 
 
 
Fig. 12. Técnicas de nucleação implantadas na APP da CONRIO. 
 
3. POLEIROS ARTIFICIAIS 
 
Consiste em criar uma atração para a avifauna aliadas no conceito de criar uma 
sucessão ecológica dando melhores possibilidades de uma regeneração por dispersores de 
sementes, aliada com o plantio de mudas de espécies arbóreas em grupos, formando 
núcleos adensados para a eliminação de gramíneas exóticas invasoras e facilitar a 
regeneração de espécies nativas. 
A semeadura com leguminosas faz parte do processo de recuperação e deve ser 
visto como técnica inicial com fins de criar condições para uma regeneração de área 
degradada e impedir a entrada de invasoras exóticas, justificada com a função acelerar o 
processo sucessional, não devendo ser mantidas após o processo de recuperação em 
estágio avançado, a espécie escolhida neste trabalho foi da família Fabaceae, o Cajanus 
cajan (Feijão Guandu, ou ervilha de pombo, anduzeiro) para a formação das ilhas de 
diversidade associada com os poleiros no local. 
 
 
Fig. 13. Poleiros para dispersão de sementes na área - “ilhas diversidade” (fonte: 
Maria Otávia Silva Crepaldi). 
Estudos já comprovaram que os níveis de fertilidade do solo cultivado com guandu 
comparado ao solo ocupado com gramíneas, são aumentados os níveis de fósforo (P), 
potássio (K') cálcio mais magnésio (Ca++ + Mg"), elevando o pH e neutralizando o alumínio 
(AL+++). A neutralização do alumínio e a elevação do pH e os teores de cálcio mais 
magnésio em função do cultivo do guandu, acredita-se que com a implantação dos poleiros 
e com o plantio com árvores adensadas formando “ilhas de diversidade” promoverá a 
dispersão de sementes no local através da avifauna e com germinação de sementes, a 
vantagem do baixo custo e fácil manutenção faz com que a intenção seja apenas criar 
mecanismos para gerar um pool de sementes no solo criando condições para uma 
RECUPERAÇÃO natural e também não natural na área, aliando outras técnicas com as já 
explicitadas. 
 
4. ENRIQUECIMENTO 
Esta técnica consiste em reintroduzir sob as copas das arvores já existentes, espécies 
que foram extintas ou estão em risco de extinção, bem como a transposição de plântulas 
para o local da APP considerada degradada. Este tipo de técnica não há um modo 
 
mecanicista de introduzir em linhas ou espaçamento pré-definido, a implantação deve ser 
realizada sem definir alinhamentos nem espaçamentos, seguindo o modelo abaixo. 
 
Fig. 14. Método do enriquecimento a ser realizado na área da APP da CONRIO. 
Concomitante ao desembargo da área da APP junto ao IBAMA a CONRIO irá buscar a 
regularização ambiental, como uma medida de sustentabilidade socioambiental e garantir a 
adequação do condomínio a legislação do município de Barreiras. O cumprimento da 
legislação ambiental representa uma oportunidade de mitigação dos efeitos da retirada da 
vegetação da APP junto ao Rio de Ondas e a diminuição dos impactos gerados na 
implantação do empreendimento, bem como a valorização ambiental e até mesmo dos 
imóveis localizados no empreendimento e primordialmente promover uma melhoria da 
qualidade de vida dos condôminos e de todos os cidadãos que utilizam a área da CONRIO 
como área de lazer e turismo rural. 
Nesta vertente, pretende-se a partir de agora com a NOVA GESTÃO de o 
empreendimento dar um passo positivo nesta direção. A regularização ambiental é o 
primeiro passo para a sustentabilidade da CONRIO e neste caminho serão feitos todos os 
esforços necessários para que haja a regularização do empreendimento. Face ao exposto, 
cumpre dizer que a CONRIO buscará a regularização ambiental do empreendimento e 
promoverá ações de educação ambiental sempre que possível. 
 
5. ADENSAMENTO 
 
 
O objetivo é fechar o espaçamento de forma que se consiga recobrir o solo para 
garantir o processo de recuperação respeitando a sucessão ecológica das espécies de forma 
natural, a técnica consiste em preencher espaços entre indivíduos remanescentes com o 
plantio de espécies iniciais, a configuraçãodesejada é conforme ilustra a figura abaixo. 
Fi
g. 15 
Configur
ação do 
adensa
mento 
sugerido
, sem 
espaça
mento 
definido. 
 
A) DESCRIÇÃO DO PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE MUDAS 
O processo de produção de mudas é um processo de alto custo, pois contempla a 
coleta de sementes, quebra de dormência, preparo de substrato, irrigação, pessoas 
capacitadas para trabalhar com todas as etapas de um viveiro florestal, e não justifica a 
construção de um viveiro na área para reflorestar e recuperar uma área de APP de 0,44 ha, 
portanto baseado nos custos financeiros, com o apoio do Viveiro Taquara e ajuda do Sr. 
Itacir Tadeu Dalmagro, a CONRIO conseguiu adquirir as mudas a um valor acessível a 
compra direta junto ao Viveiro Taquara. 
 
 
 
 
 
 
Foram adquiridas cerca de 200 mudas de várias espécies da flora brasileira, serão 
utilizadas na APP somente as que estão listadas e apresentadas na tabela abaixo, onde 116 
plantas irão para a APP e 84 irão para arborização do condomínio fora da APP. 
Tabela 05. Lista das espécies utilizadas no plantio da APP na CONRIO em 2015. 
Nome vulgar Gênero e espécie Família Ecologia N 
Amora Morus nigra Moraceae Pioneira 10 
Aroeira Astronium fraxinifolium Anacardiaceae Pioneira 10 
Azeitona preta Syzygium cumini Myrtaceae Pioneira 1 
Barbatimão Stryphnodendron sp. Fabaceae Pioneira 10 
Buriti Mauritia flexuosa Arecaceae Climax 10 
Caju açu Anacardium giganteum Anacardiaceae Pioneira 10 
Ingá Ingae spp. Fabaceae Secundária in. 10 
Ipê amarelo Tabebuia aureae Bignoniaceae Não pioneira 15 
Ipê roxo Handroanthus impetiginosus Bignoniaceae Não pioneira 15 
Jatobá Hymenaea courbaril Fabaceae Pioneira 10 
Pitanga Eugenia uniflora Myrtaceae Pioneira 5 
Tamboril Enterolobium maximum Fabaceae Pioneira 10 
Timbó Magonia pubescens Sapindaceae Pioneira 10 
 TOTAL 116 
arvores 
 
. 
 
 
Fig. 16. Mudas de Timbó adquiridas para o plantio na área da CONRIO. 
 
Fig. 17 Aquisição das mudas no viveiro Taquara. 
A regularização ambiental é o primeiro passo para a sustentabilidade da CONRIO e 
neste caminho serão feitos todos os esforços necessários para que haja a regularização do 
empreendimento. Face ao exposto, cumpre dizer que a CONRIO buscará a regularização 
ambiental do empreendimento e promoverá ações de educação ambiental sempre que 
possível. O cumprimento da legislação ambiental representa uma oportunidade para a 
diminuição dos impactos gerados na implantação do empreendimento, bem como a 
redução e mitigação dos custos de manutenção, valorização dos imóveis no 
empreendimento e fundamentalmente promover uma melhoria da qualidade de vida dos 
condôminos e de todos os cidadãos que utilizam a área da CONRIO como área de lazer e 
turismo rural. Nesta vertente, pretende-se a partir de agora com a NOVA GESTÃO de o 
empreendimento dar um passo positivo nesta direção. 
 
 
 
Fig. 18. Transporte das mudas para a CONRIO. 
 
Fig. 19. Armazenamento das mudas na CONRIO. 
Caberia ressaltar que a recuperação da APP vai ser realizada em 4 etapas de 
implantação, onde todas as técnicas descritas neste trabalho serão efetuadas, todas serão 
executadas de acordo com o CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO em anexo I, bem como 
a atual proposta, pretende-se aliar a possibilidade de recuperar não somente a APP da 
CONRIO, mas também criar medidas de recuperação ambiental ao local da CONRIO como 
um todo. No entanto, decorrente da implantação do empreendimento é objetivo do 
CONRIO buscar a regularização ambiental, como uma medida de sustentabilidade 
socioambiental para o condomínio. 
 
 
Figura 7. Aspecto da curva do rio ao fundo e da APP no CONRIO. 
As operações de implantação serão realizadas na primeira quinzena do mês de 
dezembro onde serão realizadas as técnicas de nucleação descritas nesta proposta, bem 
como a transposição de galharia, implantação de poleiros artificiais, semeadura de 
leguminosas (feijão de corda) e adensamento e manutenção. Estimou-se os custos para 
recuperação da área em R$20.000,00 (vinte mil reais) bem como os custos de manutenção. 
 
 
 
XII – MONITORAMENTO 
 
 
A CONRIO se compromete após a retirada do EMBARGO da área a apresentar 
periodicamente ao IBAMA a cada trimestre, durante o período de monitoramento de três 
anos a declaração de acompanhamento e avaliação de projeto de recuperação de área 
degradada (DAAPRAD). 
 
 
 
 
 
 
 
Quadro 02. Monitoramento da área e implantação do presente PRAD. 
1. Avaliação da percentagem de cobertura do solo; 
2. Avaliação da sobrevivência de mudas e sementes implantadas; 
3. Avaliação quantitativa de serrapilheira; 
4. Avaliação da abundância e densidade de espécies vegetais; 
5. Avaliação de espécies bioindicadores animais e vegetais; 
6. Avaliação da regeneração natural. 
Quadro 3. Parâmetros para o monitoramento da área em recuperação. 
Sistemas de 
nucleação 
Função Indicadores 
Transposição de solo Resgate do banco de 
sementes local e da 
biodiversidade do solo 
Diversidade de espécies vegetais 
Diversidade de formas de vida das 
espécies 
Presença de pequenas mudas 
(plântulas) 
Espécies em floração e em 
frutificação* 
Transposição de 
galharia ou abrigos 
de fauna 
Fornecer um local de 
proteção para a fauna e 
decomposição de 
matéria orgânica 
Tempo de decomposição da 
matéria orgânica 
Diversidade de espécies vegetais 
Diversidade de formas de vida das 
espécies e presença de animais 
Poleiros artificiais Oferecer condições de 
pouso para a avifauna e 
atrair diversidade de 
espécies vegetais por 
meio de sementes 
Presença de avifauna 
Deposição de sementes 
Presença de pequenas mudas 
(plântulas) sob o poleiro e no seu 
entorno 
Plantio de mudas 
nativas em grupos 
Aumentar a diversidade 
genética regional e 
oferecer recursos para a 
fauna 
Sobrevivência das mudas 
Cobertura do núcleo 
Presença de espécies 
regenerantes 
Espécies em floração e 
frutificação* 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
XIII- Recomendações a CONRIO. 
 
Quadro. 4 Operações de manutenção da área em recuperação na APP. 
Sistemas de nucleação Procedimentos de manutenção e 
manejo 
Transposição de solo 1. Coroamento de 1m a 1,5 m de diâmetro do 
núcleo. 
2. Limpeza manual das espécies invasoras 
(braquiária, capim colonião, etc.) dentro do 
núcleo. 
3. Manter as espécies regenerantes dentro do 
núcleo. 
Transposição de galharia ou 
abrigos de fauna 
1. Manutenção com implantação de espécies 
de cipós e reposição de material (galhos, 
madeira, folhas, etc.). 
2. Coroamento de 1m a 1,5m de diâmetro do 
núcleo para eliminação das espécies 
contaminantes. 
3. Limpeza manual das espécies invasoras 
(braquiária, capim colonião, etc.) dentro do 
núcleo. 
Poleiros artificiais 1. Manutenção com implantação de espécies 
de cipós e reposição de bambus. 
2. Limpeza manual das espécies 
contaminantes (braquiária, capim colonião, 
etc.) sob os poleiros. 
3. Coroamento de 1m a 1,5m de diâmetro do 
poleiro. 
4. Quando houver regeneração de outras 
plantas, mantê-las na área. 
Plantio de mudas nativas em 
grupos 
1. Coroamento de 1 m a 1,5 m de diâmetro 
do núcleo. 
2. Limpeza manual das espécies invasoras 
(braquiária, capim colonião, etc.) dentro dos 
núcleos. 
 
 
XIV – CONCLUSÕES 
 
 O planejamento das técnicas de recuperação propostas neste trabalho estão dentro 
dos critérios mais atuais e baseados em outros trabalhos da mesma natureza com respostas 
bem sucedidas no caminho da recuperação de áreas degradadas, neste trabalho estão 
explicitadas as técnicas, as maneiras e as etapas de forma sequenciais a serem executadas 
na APP da CONRIO, e espera-se que em três anos de monitoramento sejam suficientes 
 
para a resposta da natureza para que haja o restabelecimento das funções da mata ciliar 
bem como o fluxo gênico e estabelecimento de espécies sucessionais. É o que se espera, 
no entanto, na região o trabalho tem caráter pioneiro e por isso merece um voto de 
confiança paraque os objetivos da CONRIO sejam avaliados e caso bem sucedidos seja um 
modelo de recuperação das áreas de matas ciliares no Rio de Ondas, que vem 
sucessivamente sendo desfigurada e agredida. 
 
 
 
 
Carlos Alberto Monteiro da Silva 
Eng. Florestal, M. Sc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
XVI – BIBLIOGRAFIA 
 
 
 
BECHARA, F. Restauração ecológica de restinga arbórea contaminada por Pinus no Parque 
do Rio Vermelho, Florianópolis, SC. Dissertação de Mestrado (Biologia Vegetal/UFSC). 
UFSC, 2003. 
 
KAGEYAMA, P.Y. & GANDARA, F.B. Dinâmica de populações de espécies arbóreas: 
implicações para o manejo e a conservação. In: III Simpósio de Ecossistemas da Costa 
Brasileira. Publicação ACIESP nº 87-II. Serra Negra, ACIESP, 1994 
 
KAGEYAMA, P.Y. & GANDARA, F.B. Recuperação de áreas degradadas. In: Rodrigues, R.R., 
LEITÃO FILHO, H.F. Matas ciliares: conservação e recuperação. São Paulo, 
Edusp/Fapesp, 2000. 
 
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proteção ambiental. São Paulo, Fundação Florestal, 1993. 
 
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REIS, A., ZAMBONIN, R. M. & NAKAZONO, E. M. Recuperação de áreas florestais 
degradadas utilizando a sucessão e as interações planta-animal. Série Cadernos da 
Biosfera 14. Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. Governo do 
Estado de São Paulo. São Paulo, 42 p. , 1999. 
 
REIS, A.; BECHARA, F.C.; ESPÍNDOLA, M.B.; VIEIRA, N.K.; SOUZA, L.L. Restauração de 
áreas degradadas: a nucleação como base para incrementar os processos sucessionais. 
Natureza & Conservação, v.1, n 1, 2003. 
 
RODRIGUES, R.R.; GANDOLFI, S. Conceitos, tendências e ações para a recuperação de 
florestas ciliares. In: ROGRIGUES, R.R. e LEITÃO FILHO, H.F.L. Matas ciliares: 
conservação e recuperação. São Paulo, EDUSP/FAPESP, 2001. 
 
ROGRIGUES, R.R. e LEITÃO FILHO, H.F.L. Matas ciliares: conservação e recuperação. 
São Paulo, EDUSP/FAPESP, 2001. 
 
SANTARELLI, E. G. Produção de mudas de espécies nativas para florestas ciliares. In: 
ROGRIGUES, R.R. e LEITÃO FILHO, H.F.L. Matas ciliares: conservação e recuperação. 
São Paulo, EDUSP/FAPESP, 2001. 
 
SAUTTER, K.D. Meso e macrofauna na recuperação de solos degradados. In: DIAS, L.E.; 
MELLO. J.W.V. Recuperação de áreas degradadas. Viçosa, UFV, p.196-202, 1998. 
 
TERBORGH, J. Keystone plant in a tropical forest. In: Conservation Biology: The Science 
of Scarcity and Diversity ( ed M E Souké ). Sinauer, Suderland, 1986. 
 
 
Cronograma de Atividades 
ANO 2015 A 2018 
TRIMESTRE 
 
OPERAÇÕES 
1º ANO 2º ANO 3º ANO 4º ANO 
1º 2 º 3º 4º 1º 2 º 3º 4º 1º 2 º 3º 4º 1º 2 º 3º 4º 
Transposição de 
galharia 
X X X X X X X X X X X X X X X X 
Aquisição de mudas X X X X X 
Nucleação X X X X X X X 
Combate a formigas X X X X X X X X X X X X X X X X 
Plantio X X X X 
Replantio X X X XX X XX X XX X X XX 
Manutenção X X X X X X X X X X X X X X X X 
Avaliação X X X X X X 
Replantio X X X X X X X X X X X X X X X X 
Monitoramento X X X X

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