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Princípios gerais Apresentação Esta Unidade de Aprendizagem leva até você os princípios gerais para o estudo das tensões e deformações ao longo das estruturas. Você verá os tipos de solicitações internas e como são traçados os diagramas referentes ao esforço normal, esforço cortante e momento fletor, ao longo de uma barra. Bons estudos! Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer os tipos de solicitações internas: esforço normal, esforço cortante, momento fletor, momento torsor. • Identificar quais tipos de solicitações internas ocorrem nos elementos estruturais.• Construir o traçado dos diagramas de esforço normal, esforço cortante e momento fletor ao longo de uma barra. • Desafio Ao analisar a segurança de qualquer elemento estrutural, o primeiro passo do projetista será observar as cargas atuantes e quais tensões e deformações que deverão ser calculadas para que a estrutura seja dimensionada de forma segura. Dessa forma, considerando que as solicitações internas podem ser Esforço Normal (tração e compressão), Esforço Cortante (cisalhamento), Momento Fletor (flexão) e Momento Torsor (torção), descreva quais solicitações estão atuando nas estruturas abaixo. Infográfico No esquema abaixo, podemos observar a representação esquemática do esforço normal, esforço cortante, momento fletor e momento torsor. Conteúdo do livro O livro Estática e mecânica dos materiais traz, no tópico 12.2, Diagramas de força cortante e momento fletor, explicações sobre o traçado dos diagramas de solicitações internas em elementos de barra. Boa leitura. CYAN VS Gráfica VS Gráfica MAG VS Gráfica YEL VS Gráfica BLACK www.grupoa.com.br 0800 703 3444 estática e m ecân ica d o s m ateriais Beer | Johnston | deW olf | m azurek estática e m ecânica do s m ateriais estática e mecânica dos materiais Beer | Johnston | deWolf | mazurek estática e mecânica dos materiais Beer | Johnston | deWolf | mazurek Beer Johnston deWolf mazurek Mantendo a metodologia de ensino tradicional dos seus famosos livros-texto, Beer e Johnston unem nesta obra conceitos e aplicações de duas importantes áreas da engenharia – a estática e a mecânica dos materiais – permitindo que os estudantes desenvolvam a habilidade de compreender e solucionar um deter- minado problema de maneira coesa, simples e lógica. Os capítulos têm início com exemplos reais e com um sumário resumido dos conteúdos que serão trabalhados. Os conceitos são introduzidos passo a passo, de forma clara e objetiva. Seções opcionais oferecem tópicos avançados. As seções Problemas resolvidos são apresentadas em uma única página, o que proporciona melhor visualização dos problemas-chave. Todos os capítulos oferecem um conjunto de problemas que devem ser resolvidos com o auxílio de programas computacionais. Visite a Área do Professor no nosso site www.grupoa.com.br para ter livre acesso ao material exclusivo, em inglês e português, deste livro. engenharia www.grupoa.com.br Recorte aqui seu m arcador de página. Engenharia bEEr, johnston, dEwolf & mazurEk Estática e mecânica dos materiais BEER, JOHNSTON & CORNWELL Mecânica Vetorial para Engenheiros: Dinâmica, 9.ed. BEER, JOHNSTON, MAZUREK & EISENBERG Mecânica Vetorial para Engenheiros: Estática, 9.ed. BLANK & TARQUIN Engenharia Econômica, 6.ed. BUDYNAS & NISBETT Elementos de Máquinas de Shigley: Projeto de Engenharia Mecânica, 8.ed. *ÇENGEL & BOLES Termodinâmica: Uma Abordagem da Engenharia, 7.ed. ÇENGEL & CIMBALA Mecânica dos Fluidos ÇENGEL & GHAJAR Transferência de Calor e Massa, 4.ed. CHAPRA & CANALE Métodos Numéricos para Engenharia, 5.ed. CHAPRA, S.C. Métodos Numéricos Aplicados com MATLAB® para Engenheiros e Cientistas, 3.ed. DYM & LITTLE Introdução à Engenharia: Uma Abordagem Baseada em Projeto, 3.ed. GILAT, A. MATLAB com Aplicações em Engenharia, 4.ed. HSU, H.P. Sinais e Sistemas, 2.ed. (Coleção Schaum) LEET, UANG & GILBERT Fundamentos da Análise Estrutural, 3.ed. NAHVI & EDMINISTER Circuitos Elétricos, 4.ed. (Coleção Schaum) NAVIDI, W. Probabilidade e Estatística para Ciências Exatas NORTON, R.L. Cinemática e Dinâmica dos Mecanismos ROSA, E.S. Escoamento Multifásico Isotérmico SMITH & HASHEMI Fundamentos de Engenharia e Ciência dos Materiais, 5.ed. TREMBLAY, T. Autodesk Inventor 2012 e Inventor LT 2012: Essencial WHITE, F.M. Mecânica dos Fluidos, 6.ed. * Livro em produção no momento de impressão desta obra, mas que muito em breve estará à disposição dos leitores em língua portuguesa. A Bookman Editora é parte do Grupo A, uma empresa que engloba diversos selos editoriais e várias plataformas de distribuição de conteúdo técnico, científico e profissional, disponibilizando-o como, onde e quando você precisar. O Grupo A publica com exclusividade obras com o selo McGraw-Hill em língua portuguesa. 042376_Estatica_Mecanica_Materias.indd 2 14/11/12 17:28 Catalogação na publicação: Ana Paula M. Magnus – CRB 10/2052 E79 Estática e mecânica dos materiais [recurso eletrônico] / Ferdi nand P. Beer ... [et al.] ; tradução: Antônio Eustáquio de Melo Pertence ; revisão técnica: Antonio Pertence Júnior. – Dados eletrônico. – Porto Alegre : AMGH, 2013. Editado também como livro impresso em 2013. ISBN 978-85-8055-165-5 1. Engenharia mecânica. 2. Mecânica dos materiais. 3. Está- tica. I. Beer, Ferdinand P. CDU 621:531.2 Iniciais_Eletronico.indd ii 19/03/2013 11:02:45 507Capítulo 12 � Análise e projetos de vigas em flexão ultrapassará seu valor admissível. Conforme já dissemos, esse é o crité- rio dominante no projeto de uma viga. 12.2 Diagramas de força cortante e momento fletor Como indicamos na Seção 12.1, a determinação dos valores máximos ab- solutos da força cortante e do momento fletor em uma viga será muito mais fácil se os valores de V e M forem construídos graficamente em fun- ção da distância x medida a partir de uma extremidade da viga. Além disso, conforme veremos no Cap. 15, o conhecimento de M em função de x é essencial para a determinação do deslocamento de uma viga. Nos exemplos e problemas resolvidos desta seção, os diagramas de força cortante e momento fletor serão obtidos por meio da determinação dos valores de V e M em pontos selecionados da viga. Esses valores serão determinados da maneira usual, isto é, corta-se a viga no ponto em que eles devem ser determinados (Fig. 12.5a) e considera-se o equilíbrio da parte da viga localizada de cada lado da seção (Fig. 12.5b). Como as forças cortantes V e Vʹ têm sentidos opostos, registrar a força cortante no ponto C com uma seta para cima ou para baixo não teria significado a menos que indicássemos, ao mesmo tempo, qual dos corpos livres AC e CD estamos considerando. Por essa razão, a força cortante V será marcada com um si- nal positivo se ela estiver direcionada, como mostra a Fig. 12.5b, e com um sinal negativo se isso não ocorrer. Será aplicada uma convenção similar para o momento fletor M; que será considerado positivo se os momentos fletores estiverem direcionados, como mostrado na figura, e negativo se isso não ocorrer.* Resumindo a convenção de sinais apresentada, podemos dizer o seguinte: A força cortante V e o momento fletor M serão positivos quando, em determinada seção da viga, os esforços internos atuantes nas partes da viga estiverem direcionados conforme mostra a Fig. 12.6a. Essas convenções podem ser lembradas mais facilmente se notarmos que: 1. Em um ponto da viga, a força cortante é positiva quando as forças externas (cargas e reações) que atuam nela tendem a rompê-la (cisa- lhar) nesse ponto, conforme indicado na Fig. 12.6b. 2. Em um ponto da viga, o momento fletor é positivo quando as forças externas que atuam nela tendem a flexioná-la nesse ponto, conforme indicado na Fig. 12.6c. É útil também notar que a situação descrita na Fig. 12.6, na qual os valores da força cortante e do momento fletor são positivos,é precisamen- te a situação que ocorre na metade esquerda de uma viga simplesmente apoiada, tendo uma única força concentrada em seu ponto médio. Esse caso particular é amplamente discutido no próximo exemplo. B C A w x P1 P2 (a) C B C A wP1 RA (b)V M P2 RB M′ V′ Figura 12.5 * Note que essa convenção é a mesma que usamos na Seção 11.2. V M M′ V′ (a) Esforços internos (força cortante positiva e momento fletor positivo) (b) Efeitos de forças externas (força cortante positiva) (c) Efeitos de forças externas (momento fletor positivo) Figura 12.6 Cap.12_Beer.indd 507Cap.12_Beer.indd 507 03/12/2012 19:13:3603/12/2012 19:13:36 508 Estática e mecânica dos materiais Exemplo 12.1 Trace os diagramas de força cortante e momento fletor para uma viga AB simplesmente apoiada de vão L, submetida a uma única força con- centrada P em seu ponto médio C (Fig. 12.7). B C A P L1 2 L1 2 Figura 12.7 Primeiro determinamos as reações nos apoios por meio do diagrama de corpo livre da viga toda (Fig. 12.8a); vemos que a intensidade de cada reação é igual a P/2. Em seguida, cortamos a viga no ponto D entre A e C, e desenhamos os dia- gramas de corpo livre AD e DB (Fig. 12.8b). Considerando que a força cortante e o momento fletor são positivos, direcionamos os esforços internos V e Vʹ e M e Mʹ como mostra a Fig. 12.6a. Considerando o diagrama de corpo livre AD e es- crevendo que a soma dos componentes verticais e a soma dos momentos em rela- ção a D das forças que atuam no corpo livre são iguais a zero, encontramos V = +P/2 e M = +Px/2. Tanto a força cortante quanto o momento fletor são, por- tanto, positivos, pois a reação A tende a cortar e flexionar a viga em D, conforme indicam as Figs. 12.6b e c. Agora construímos os gráficos de V e M entre A e C (Figs. 12.8d e e); a força cortante tem um valor constante V = P/2, enquanto o mo- mento fletor aumenta linearmente desde M = 0 em x = 0 até M = PL/4 em x = L/2. Cortando a viga no ponto E, entre C e B, e considerando o diagrama de corpo livre EB (Fig. 12.8c), escrevemos que a soma dos componentes verticais e a soma dos momentos em relação a E das forças que atuam no corpo livre são iguais a zero. Obtemos V = –P/2 e M = P(L – x)/2. Assim, a força cortante é negativa, e o momento fletor, positivo, pois a reação em B flexiona a viga em E, conforme in- dica a Fig. 12.6c, mas tende a cortar de maneira oposta àquela mostrada na Fig. 12.6b. Podemos completar, agora, os diagramas de força cortante e momento fle- tor das Figs. 12.8d e e. A força cortante tem um valor constante V = – P/2 entre C e B, enquanto o momento fletor diminui linearmente de M = PL/4 em x = L/2 até M = 0 em x = L. ■ Notamos no exemplo anterior que, quando uma viga é submetida so- mente a forças concentradas, a força cortante é constante entre as forças, e o momento fletor varia linearmente entre elas. Nessas situações, portanto, os diagramas de força cortante e momento fletor podem ser traçados facil- mente, uma vez obtidos os valores V e M nas seções selecionadas imedia- tamente à esquerda e imediatamente à direita dos pontos em que as forças e reações são aplicadas (ver Problema Resolvido 12.1). RA = P1 2 RA = P1 2 RB = P1 2 PL x 1 4 RB = P1 2 B C ED A P L1 2 L1 2 B C D D A x x x P (a) (b) V M M′ V′ RA = P1 2 L1 2 L L1 2 P– 1 2 P1 2 RB = P1 2 B C E E L – x L M V A P (c) (d ) (e) V M M′ V′ Figura 12.8 Cap.12_Beer.indd 508Cap.12_Beer.indd 508 03/12/2012 19:13:3603/12/2012 19:13:36 509Capítulo 12 � Análise e projetos de vigas em flexão Exemplo 12.2. Trace os diagramas de força cortante e momento fletor para a viga em balanço AB de vão L que suporta uma força w uniformemente distri- buída (Fig. 12.9). Cortamos a viga no ponto C entre A e B e desenhamos o diagrama de corpo livre de AC (Fig. 12.10a), direcionando V e M conforme indica a Fig. 12.6a. Cha- mando de x a distância de A até C e substituindo a força distribuída sobre AC pela sua resultante wx aplicada no ponto médio de AC, escrevemos + ↑ Σ Fy = 0 : – wx – V = 0 V = –wx + ΣMC = 0: wx x 2 + M = 0 M = – 1 2 wx2� Notamos que o diagrama de força cortante é representado por uma linha reta incli- nada (Fig. 12.10b), e o diagrama do momento fletor, por uma parábola (Fig. 12.10c). Os valores máximos de V e M ocorrem ambos em B, assim, temos VB = – wL MB = – 1 2 wL2 ■ x1 2 VB = – wL (a) V M MB = – wL21 2 x x A V A C w wx (b) L B x M A (c) L B Figura 12.10 L A B w Figura 12.9 Cap.12_Beer.indd 509Cap.12_Beer.indd 509 03/12/2012 19:13:3703/12/2012 19:13:37 Dica do professor Vamos assistir no vídeo um exemplo de traçado de diagramas de solicitações internas de uma estrutura de barra. Confira! Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/c4c30e4b481a51ffd135e8237c8a2fec Exercícios 1) Entre as afirmativas a seguir, qual delas descreve da melhor forma o esforço normal? A) O esforço normal ocorre de forma perpendicular ao eixo da barra, podendo gerar esforços de tração (alongamento) ou compressão (encurtamento). B) O esforço normal ocorre de forma perpendicular ao eixo da barra, podendo gerar esforços de flexão ou compressão. C) O esforço normal ocorre de forma paralela ao eixo da barra, podendo gerar esforços de flexão (alongamento) ou compressão (encurtamento). D) O esforço normal ocorre de forma paralela ao eixo da barra, podendo gerar esforços de tração (alongamento) ou compressão (encurtamento). E) O esforço normal ocorre de forma paralela ou perpendicular ao eixo da barra, podendo gerar esforços de flexão, tração (alongamento) ou compressão (encurtamento). Ao observar a estrutura estaiada abaixo, indique qual solicitação é encontrada nos cabos que suportam o tabuleiro desta ponte. 2) A) Tração B) Compressão C) Flexão D) Torção E) Cisalhamento A figura abaixo mostra uma estrutura em arco encontrada no Parque Nacional de Utah, nos Estados Unidos. Em relação aos arcos, pode-se dizer que a sua principal função é resistir aos esforços de: 3) A) Tração B) Compressão C) Flexão D) Torção E) Cisalhamento 4) Entre as afirmativas a seguir, qual delas descreve da melhor forma o esforço de torção? A) O esforço de torção ocorre de forma paralela ao eixo da barra, podendo gerar esforços de tração (alongamento), ou compressão (encurtamento). B) O esforço de torção é representado pela flexão quando cargas perpendiculares ao eixo atuam na estrutura. C) O esforço de torção é representado pelo momento que flexiona a barra ao longo do seu eixo longitudinal. D) O esforço de torção provoca um alongamento na estrutura. E) O esforço de torção é representado pelo momento que tende a torcer o membro em torno do seu eixo longitudinal. 5) Considerando a estrutura abaixo, em qual posição, ao longo de cada prateleira, vai ocorrer o ponto máximo de flexão? E qual como seria o traçado do diagrama de esforço cortante e momento fletor? A) Momento Máximo: ocorre na metade do vão; Diagrama de Momento Fletor: constante; Diagrama de Esforço Cortante: reta inclinada. B) Momento Máximo: ocorre na metade do vão; Diagrama de Momento Fletor: reta inclinada; Diagrama de Esforço Cortante: parábola; C) Momento Máximo: ocorre na metade do vão; Diagrama de Momento Fletor: parábola; Diagrama de Esforço Cortante: reta inclinada. D) Momento Máximo: ocorre nos apoios; Diagrama de Momento Fletor: parábola; Diagrama de Esforço Cortante: reta inclinada. E) Momento Máximo: ocorre nos apoios; Diagrama de Momento Fletor: reta inclinada; Diagrama de Esforço Cortante: parábola. Na prática A fim de realizar o dimensionamento correto dos elementos estruturais, é necessário identificar qual o tipo de solicitação interna que o elemento está submetido e qual a intensidade desta solicitação ao longo de todo o seu comprimento. A partir dessas informaçõespodemos verificar os pontos críticos em relação aos esforços normais, de cisalhamento, de flexão ou torção. Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Soluções fundamentais Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. http://coral.ufsm.br/decc/ECC1002/Downloads/_Cap_4_Solucoes_fundamentais.pdf