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Junho/2022 Terraplenagem – corte e aterro; cálculo de volumes TOPOGRAFIA TERRAPLENAGEM TOPOGRAFIA ➢ Em muitos trabalhos de engenharia é necessário calcular volumes, como por exemplo, em uma estrada, calcular os volumes de corte e aterro para a construção da mesma, calcular o volume de água armazenado em um reservatório, e assim por diante. Normalmente estes volumes são determinados a partir de dados de levantamentos topográficos, como as curvas de nível, seções transversais ou malha de pontos com cotas conhecidas.. TE R R A P LE N A G EM : D EF IN IÇ Ã O TE R R A P LE N A G EM : D EF IN IÇ Ã O • Terraplenagem: consiste na planificação de um terreno, ou seja, aplainar as suas irregularidades, através de corte (escavar o terreno) e/ou aterro (deposição e compactação de terra), de forma que todos os seus pontos mantenham a mesma cota/altitude. • Para efetuar a terraplenagem de uma área é necessário conhecer a sua forma planialtimétrica (realizar um levantamento topográfico planialtimétrico). TE R R A P LE N A G EM : D EF IN IÇ Ã O Fonte: Veiga (2007) TE R R A P LE N A G EM : D EF IN IÇ Ã O ➢ Questões relevante sobre a movimentação de terra: • Custo significativo em relação ao custo total da estrada • Equilíbrio entre os volumes de corte e aterro • Procura-se compensar cortes e aterros • Minimizar empréstimos e/ou bota-fora ▪ Em terraplenagem, quatro situações podem ocorrer: a) Estabelecimento de um plano horizontal sem a imposição de uma cota/altitude pré-estabelecida; b) Estabelecimento de um plano horizontal com a imposição de uma cota/altitude pré-estabelecida; c) Estabelecimento de um plano inclinado sem a imposição da cota que esse plano deverá apresentar; ou d) Estabelecimento de um plano inclinado com a imposição da cota que um determinado ponto deverá apresentar. TE R R A P LE N A G EM : D EF IN IÇ Ã O TE R R A P LE N A G EM : D EF IN IÇ Ã O ➢ Conforme Silva e Segantine (2015) os quatro de métodos mais utilizados para determinação de volume em terraplenagem são: • Cálculo de volume por seções transversais • Calculos de volume a partir troncos de prisma de pontos cotados • Calculo de volume a partir de superfícies geradas por curvas de nível. • Cálculo volume a partir de modelos numéricos de terreno. SE Ç Ã O T R A N SV ER SA L ➢ O Método das Seções Transversais é o mais utilizado em projetos geométrico de estrada, em que a partir do eixo longitudinal de uma estrada são traçadas seções perpendiculares a cada 20 m de distância. SE Ç Ã O T R A N SV ER SA L ➢ No desenho das seções transversais é introduzida a plataforma de projeto, a qual conterá o ponto correspondente ao greide de terraplenagem (geralmente o seu eixo de simetria), obtido no perfil longitudinal. ➢ Greide é a linha gráfica que acompanha o perfil do terreno, sendo dotada de certa inclinação, e que indica o quanto de solo deve ser cortado e/ou aterrado. SE Ç Õ ES T R A N SV ER SA IS ➢ O cálculo das áreas das seções transversais do projeto é o primeiro passo para a obtenção dos volumes. ➢ Quando a seção é totalmente em corte ou em aterro, calcula-se simplesmente a área do polígono e com este valor calcula-se o volume ou de corte ou de aterro. ➢ Se a seção é mista, deve-se obter as áreas de corte e aterro de forma independente. SE Ç Õ ES T R A N SV ER SA IS ➢ Dois processos são práticos e eficientes, e são facilmente programados: 𝐴 = σ(𝑌𝑖 ∗ 𝑋𝑖+1) − σ(𝑋𝑖 ∗ 𝑌𝑖+1) 2 • Fórmula de Gauss: • Divisão em trapézio: V O LU M E D A S SE Ç Õ ES T R A N SV ER SA IS ➢ O volume de terra entre duas seções consecutivas será calculado como: V= A1+A2 ∗L 2 ➢ Para o caso de mais de duas seções consecutivas: V= 𝐿 2 ∗ ( A1 + An + 2 A2 + A3 + ⋯ + A𝑛−1 ) V O LU M E D E TR O N C O S D E P R IS M A ➢ Nos projetos baseados em superfícies extensas, em que o movimentação da terra ocorrerá em função de cortes e aterro no terreno. ➢ o cálculo do volume pode ser realizado subdividindo a área total em pequeno elementos quadrangulares ou triangulares em formas de prisma. V O LU M E D E TR O N C O S D E P R IS M A ➢ O cálculo do volume para uma malha regular considerando o número de vezes que o vértice se repete no interior da malha é obtido: 𝑉𝑇 = 𝐴𝑇 𝑛 ∗ ( ℎ1 + 2 ℎ2 + 3 ℎ3 + 4 ℎ4) • 𝐴𝑇 = área total da base da superfície. • ℎ𝑖 = altura entre cota natural do terreno e o cota projetada. • n=somatório do numero de vezes que o vertíce se repete • i=1, para vértices que pertencem a apenas um quadrado; • i=2, para vértices que pertencem a dois quadrados, e assim sucessivamente. V O LU M E D E TR O N C O S D E P R IS M A ➢ O cálculo do volume para uma malha triangular pode ser obtido pela equação: 𝑉𝑇 = 𝐴𝑇 3 ∗ ( ℎ1 + 2 ℎ2 + 3 ℎ3 + 4 ℎ4) V O LU M E D E TR O N C O S D E P R IS M A ➢ Alguns trabalhos podem requerer a determinação cota/altitude média (cota do greide) da malha regular para em seguida determinar o volume de corte e aterro. • Peso 1: P1 = (H1 + H4 + H9 + H13 + H15) x 1 • Peso 2: P2 = (H2 + H3 + H5 + H8 + H12 + H14) x 2 • Peso 3: P3 = (H10) x 3 • Peso 4: P4 = (H6 + H7 + H11) x 4 • Neste exemplo o termo “Σ(n° vértices x peso)” é: Σ(n° vértices x peso) = [(5 x 1) + (6 x 2) + (1 x 3) + (3 x 4)] = 32 HM = P1 + P2 + P3 + P4 σ n∘ vértices × peso V O LU M E D E TR O N C O S D E P R IS M A Exemplo P1 = 46,1+47,2+44,8+49,5 = 187,6 m P2 = (47,4+48,4+46,1+47,3+50,1+47,8)*2 = 574,2 m P4 =( 50,1+47,7)*4 = 391,2 m HM = P1 + P2 + P3 + P4 σ n∘ vértices × peso 𝐻𝑚 = 187,6 + 574,2 + 391,2 24 = 48,04m Calcular o valor da Hm do terreno? n∘ vértices × peso = 4 ∗ 1 + 6 ∗ 2 + 2 ∗ 4 = 𝟐𝟒 V O LU M E U SS A N D O C U R V A S D E N ÍV EL ➢ Existem casos em volume pode ser calculado em função de sólidos formados pelas áreas compreendidas por curvas de nível sucessivas de uma determinada superfície ➢ Para o cálculo de volume deve-se considerar que a superfície compreendida entre duas curvas de níveis forma uma seções transversais horizontais. V O LU M E U SS A N D O C U R V A S D E N ÍV EL ➢ A derminação do volume da seção transversal é mesma mostrada anteriormente, com a substituição da distância L pelo valor da equidistância (h) entre as curvas de nível. V= A1+A2 ∗h 2 ➢ Acima ou abaixo da última curva de nível pode restar um sólido residual que não deve ser incluso nas seções transversais. Mas, deve ser calculado separadamente. V= ℎ 2 ∗ ( A1 + An + 2 A2 + A3 + ⋯ + A𝑛−1 ) CÁLCULO DOS VOLUMES DE CORTE E ATERRO ▪ Esse problema apresenta duas possibilidades: o Ou se deseja “compensação de terra”, isto é, igualdade entre o volume de corte e o volume de aterro, onde nesse caso a cota/altitude do terreno planificado será função exclusiva da configuração do relevo; o Ou se deseja a planificação numa cota/altitude prefixada, caso em que os volumes de corte e aterro serão diferentes (falta ou sobra de terra). Se o volume de corte for maior que o de aterro, sobrará terra. Se o volume de corte for menor que o de aterro, faltará terra. ▪ Dois métodos para calcular o volume de corte e/ou aterro: Método da Área Média, Semi-Soma ou Equação do Prisma Método do Tronco da Pirâmide Método da Área Média, Semi-Soma ou Equação do Prisma ▪ São calculados as áreas de corte ou de aterro de cada seção transversal, somadas duas a duas e multiplicadas pela semi-distância. ▪ O resultado é chamado de volume inter-perfil. ▪ A somatória dos volumes inter-perfis é o volume total de corte ou de aterro. S1 S2 ( ) d 2 SS V 21 SS 21 + = d A equação resulta num erro do cálculo do volume de 2% a 5%. Essa equação é recomendável quando S1/ S2 = 0,33 a 3 S1 S2 ( )2121SS SSSS 3 d V 21 ++= d A equação resulta num erro do cálculo do volume menor que 2%. + utilizado! Método do Tronco da PirâmideCÁLCULO DA COTA/ALTITUDE MÉDIA ONDE O VOLUME DE CORTE É IGUAL AO VOLUME DE ATERRO ▪ Utiliza-se do método das alturas ponderadas. ▪ Se o terreno é considerado uniforme entre dois pontos de altitudes conhecidas, pode-se considerar a altitude média de cada quadrado como a média aritmética das altitudes dos quatro vértices. ▪ Se todos os lados são iguais, considera-se como altitude média geral (HM) a média aritmética das altitudes médias de cada quadrado. ▪ Realizando todas as operações de uma só vez, a altitude média geral (HM) será a média ponderada das altitudes dos vértices com os pesos 1, 2, 3 ou 4, conforme cada altitude pertença a 1, 2, 3 ou 4 quadrados, respectivamente. Exemplo Será determinada uma altura em que o volume de corte seja igual ao volume de aterro, compensando a movimentação de terra. A primeira coisa a fazer é determinar a cota de passagem para a malha dada, que pode ser determinada conforme visto anteriormente, através do cálculo da média ponderada das cotas da malha. Exemplo O primeiro passo é construir o perfil da seção que iremos trabalhar. Neste perfil devem constar o perfil do terreno e a indicação do plano final em que o terreno ficará após a terraplenagem. Todas as medidas estarão representadas em metros. ( ) 2 dba s 11 1 + = Exemplo Exemplo Exemplo Exemplo Exemplo Exemplo Exemplo ( ) d 2 SS V 21 SS 21 + = 𝑉𝐴𝐵𝑎 = 89,924 + 72,769 2 𝑥 20 = 1626,93𝑚3 𝑉𝐵𝐶𝑎 = 72,769 + 29,112 2 𝑥 20 = 1018,81𝑚3 𝑉𝐶𝐷𝑎 = 29,112 + 1,334 2 𝑥 20 = 304,46𝑚3 𝑉𝑇𝑎 = 2950,2𝑚3 𝑉𝐴𝐵𝑐 = 26,992 + 29,769 2 𝑥 20 = 556,915𝑚3 𝑉𝐵𝐶𝑐 = 29,769 + 48,111 2 𝑥 20 = 778,8𝑚3 𝑉𝐶𝐷𝑐 = 48,111 + 112,332 2 𝑥 20 = 1604,43𝑚3 𝑉𝑇𝑐 = 2950,14𝑚3 Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18: Exemplo Slide 19: Existem casos em volume pode ser calculado em função de sólidos formados pelas áreas compreendidas por curvas de nível sucessivas de uma determinada superfície Slide 20: A derminação do volume da seção transversal é mesma mostrada anteriormente, com a substituição da distância L pelo valor da equidistância (h) entre as curvas de nível. Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25: Exemplo Slide 26: Exemplo Slide 27: Exemplo Slide 28: Exemplo Slide 29: Exemplo Slide 30: Exemplo Slide 31: Exemplo Slide 32: Exemplo Slide 33: Exemplo