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iDireito Tributário II – Thiago Dalcenter
*Regra matriz de incidência tributária (norma padrão de incidência). 
*lei da s.a/ contabilidade; 
*Prova com consulta ao Vade. 
*Provas (questões objetivas):
-1º Bimestre: 03/10/2023
-2º Bimestre: 28/11/2023
*Trabalho (2pts): equipe até 6 pessoas.
*Chamada eventualmente. 
- CURSO DE DIREITO TRIBUTÁRIO – PAULO DE BARROS CARVALHO 
-GERALDO ATALIBA
-SASHA CALMON NAVARRO 
- DIREITO TRIBUTÁRIO: SUEIRI 
REFLEXÕES SOBRE A OBRIGAÇÃO TRIBUARIA – ROQUE ANTONIO CARRAZA
	Bibliografia Básica:
	SCHOUERI, Luis Eduardo. Direito tributário. São Paulo: Saraiva. 2012.
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. São Paulo: Saraiva. 2013.
AMARO, Luciano. Direito tributário brasileiro. São Paulo: Saraiva, 2014.
	Bibliografia Complementar:
	BALEEIRO, Aliomar. Direito tributário brasileiro. Rio de Janeiro: Forense. 2013
_______. Teoria geral da isenção tributária. São Paulo: Malheiros. 2011
BORGES, José Souto Maior. Lançamento tributário. São Paulo: Malheiros. 2010
ÁVILA, Humberto. Sistema constitucional tributário. São Paulo: Saraiva. 2012
MELO, José Eduardo Soares de. Curso de Direito Tributário. São Paulo: Dialética. 2010
*19hrs até 20h20 20h40 até 21h30. 
- Norma jurídica tributária: 
O contribuinte pratica o fato gerador, possuiu relação pessoal e direta. Artigo 121, CTN. 
O responsável tributário, muito embora não pratique o fato, está vinculado, posto como sujeito passivo pela lei. Artigo 128, CTN. 
*Norma jurídica em sentido amplo 
Enunciados prescritivos, proposições jurídicas e textos de lei. 
Todas as demais normas, consideradas operativas ou funcionais, que “operacionalizam” a RMIT, regendo a atividade impositiva do Estado (versam sobre lançamento, recolhimento, deveres instrumentais, fiscalização, prazos, dentre outras questões).
*Norma jurídica em sentido estrito 
Significação atribuída aos enunciados prescritivos (suporte físico do direito positivo), estruturada como um juízo hipotético-condicional D (H C), capaz de atingir/orientar as condutas intersubjetivas. 
Normas que instituem tributos, que definem a incidência tributária (RMIT)
Dever instrumental = obrigações assessorias (artigo 113, CTN)
Modal deôntico: obrigatório. 
Coordenada de tempo e espaço relevantes para verificar a incidência e aliquota. 
DTA – Declaração de Trânsito Aduaneiro (Exemplo: para mercadorias que descem em Paranaguá com destino a Argentina); o objetivo não é permanecer no Brasil. 
II – Fato gerador: No momento do desembaraço aduaneiro (“despacho para consumo”). Entrada com intenção de inserir na economia, nos bens do país. O objetivo é ficar no Brasil. 
Classificação das normas jurídicas
*Norma primária (endonorma) e secundária (perinorma) 
Norma primária dispositiva: tipifica, na hipótese, um ato/fato lícito. Dado o fato de auferir renda, deve ser o dever de pagar IR. 
Norma primária sancionadora: prescreve uma sanção de direito material (administrativa), caso haja o descumprimento da norma dispositiva. Dado o fato de não pagar IR, deve ser o dever de pagar multa. 
Norma secundária: descreve, na sua hipótese, o descumprimento da conduta prescrita no consequente da norma primária, instaurando, no seu consequente, uma sanção a ser aplicada pelo Estado-Juiz. Dado o fato de não pagar IR e a multa correspondente, deve ser a obrigação de pagá-los mediante atuação do Poder Judiciário. 
*Normas de conduta e normas de estrutura
Normas de conduta ou de comportamento: atingem de modo decisivo os comportamentos interpessoais. 
Normas de estrutura: têm por objeto a produção de outros enunciados prescritivos. Dispõem sobre a criação de órgãos, procedimentos e de que maneira as normas devem ser criadas, transformadas ou expulsas do sistema. 
*Normas gerais e individuais / abstratas e concretas 
Norma geral e abstrata: descreve abstratamente, na sua hipótese, um fato de possível ocorrência (futuro) e prescreve, no seu consequente, a relação jurídica imputada caso esse fato se concretize. Ex: RMIT
Norma geral e concreta: descreve, na sua hipótese, um acontecimento identificado no espaço e no tempo (pretérito) e, no seu consequente, a conduta autorizada pelo sistema e que deverá ser obedecido por todos (geral). Ex: norma veículo introdutor 
Norma individual e concreta: descreve, na sua hipótese, um fato identificado no espaço e no tempo (pretérito) e, no seu consequente, prescreve a relação jurídica imputada àquele fato. Ex: norma de lançamento tributário. 
Norma individual e abstrata: descreve abstratamente, na sua hipótese, um fato de possível ocorrência (futura) e prescreve, no seu consequente, a relação jurídica estabelecida, ou seja, individualiza os sujeitos da relação. Ex: consulta fiscal
Estudo de classificação fiscal (NCM).
 
29/08/2023
A regra-matriz de incidência tributária
“(...) unidade mínima e irredutível de manifestação do deôntico” (Paulo de Barros Carvalho) 
Hipótese e conseqüência – inserção de critérios para definição da relação jurídica. Qual a ação para falarmos em incidência? 
Verbo + complemento. 
É um modelo teórico, um instrumento científico apto a permitir a identificação e o conhecimento do núcleo lógico-estrutural da norma-padrão de incidência tributária. 
Presta-se a delimitar o âmbito de incidência normativa, a controlar a constitucionalidade e legalidade da norma instituída e se propõe a responder 7 questões básicas sobre a norma que institui tributo: 
(i) ação? 
(ii) quando?
(iii) local? 
(iv) a quem pertence o direito? 
(v) quem tem o dever? 
(vi) sobre o que se paga? 
(vii) em que proporção?
Conceito: é uma estrutura mínima (mínimo necessário para que eu verifique a existência de um fato no mundo fenomênico), irredutível (mínimo necessário – questionamentos acima), .
Data do fato gerador do I.R.: 31 de dezembro de 2023; 
HIPOTESE É LIGADA AOS FATOS PELO DEVER-SER (DEONTICO); 
CONSEQUÊNCIA = RELAÇÃO JURIDICA EM TORNO DO OBJETO DE ESTUDO (no caso, tributo – relação jurídica tributária). Aplicação de alíquota sobre base de cálculo. 
Estrutura lógica da RMIT
Critério material – qual a ação, o fato que vai desencadear a incidência – prevê o comportamento praticado por PF ou PJ. 
Critério espacial - momento exato e num espaço especifico. IR – no BR a renda de fora também é tributada (cuidado com tratados internacionais). 
Critério temporal – momento de ocorrência do fato gerador. 	
Representação formal da RMIT
Modal deôntico: Obrigatório, proibitivo ou permissivo; 
RMIT Imposto de Importação (Decreto nº 37/66 e alterações)
 
Importar: entrada de bem estrangeiro com a intenção de incorporar o bem ao mercado (nacionalização). 
RMIT IR (art. 43 CTN)
Declaração de saída definitiva do pais sem manutenção de qualquer tipo de vinculo. 
Declaração de ajuste de I.R. – dedutíveis. 
Venda de imóveis – 30 dias sobre a valorização. 
Renda: artigo 43, CTN. 
RMIT IPI
Promove modificação do produto, altera as características do bem. 
Saída mediante negocio jurídico. 
Industrialização ou operação com produto industrializado? 
RMIT IPI - Importação
RMIT PIS/COFINS
Faturamento: receita decorrente de prestação de serviço e/ou venda de mercadorias.
E.C. - Receita não operacional (não é faturamento) que é tributada - Ex. receitas financeiras - aplicações. Locação não é prestação de serviços, é cessão. STF – não pode, declarado inconstitucional e revogado. 
Novas leis e agora pode sobre receitas. 
Exclusão de ICMS da base do PIS/CONFINS – AFASTADO (apesar de transitar pela contabilidade como receita)!!!!
Simples Nacional não incide. 
Crédito – regime cumulativo (lucro presumido – prestador de serviço) e regime não cumulativo (lucro real – bancos – abate da receita as despesas de aquisição de insumos – necessário par o desempenho do objeto social). Diferença de alíquotas. 
RMIT ICMS
Cuidado com operações interestaduais. Pode haver incidência
Operação é diferente de mera circulação. Envolve um negocio jurídico e a circulação é jurídica, não necessariamente física (emissão de nota de venda). É a venda,necessária a transferência de titularidade. 
Mercadoria: Bem móvel corpóreo objeto de mercancia (Pode ser comercializado). Exceção: energia elétrica – equiparação pela CF. 
Mera remessa não incide – transferência de mercadoria entre estabelecimentos de mesma titularidade. Súmula 166, STJ. Transferência de ativo também não. 
Remessa para reparo, etc. 
Energia elétrica – essencialidade. Alíquota reduzida. 
RMIT ISS
Franquia? STF entende que tributa o valor pago pelo franqueado. 
Prestação de serviço: Esforço humano físico ou intelectual prestado em favor de terceiro. 
Netflix é locação? 
Artigo 3. 
Operadoras de cartão de crédito – localização da sede do banco. Adin. 
Posicionamentos divergentes quanto aos componentes lógicos da norma jurídica de incidência
05/09/2023
Processo de positivação da norma tributária
Subsunção do fato a norma. 
ITBI quem paga? Comprador/adquirente. Ele que manifesta a capacidade contributiva ao comprar o imóvel. 
Constituição do crédito tributário – data da reunião de informações. Incidência/ ocorrência do fato em data anterior, possibilidade (Ex. Imposto de Renda). 
Inscrição em dívida ativa – CDA – título executivo extrajudicial. 
Deposito na via administrativa – para evitar incidência de juros. 
Atuação dinâmica da norma jurídica 
Subsunção do fato à norma e fenomenologia da incidência
* A subsunção ocorre quando o fato jurídico tributário guarda absoluta identidade com a previsão normativa da hipótese (quando ocorrem todos os elementos que compõem a hipótese)
A incidência tributária
Ingresso no mundo jurídico – linguagem aplicada por pessoa competente. Linguagem competente. 
Ex. Sinal de Trânsito – grupo de mensagens. 
Nascituro – não tem linguagem competente. 
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA 
A expressão “fato gerador”
“(...) o ‘fato gerador’ não gera coisa alguma além de confusão intelectual” (Alfredo Augusto Becker)
* Publicação da tradução do artigo “O fato gerador do imposto”, de autoria de Gaston Jezè, traduzido por Paulo da Mata Machado.
* Ambiguidade do termo:
Art. 114, CTN: “Fato gerador da obrigação tributária principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência”. 
Art. 116, CTN: “(...) considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos”
* Duas realidades distintas: 
-Descrição legislativa do fato que faz nascer a relação jurídica tributária;
-O próprio acontecimento; 
Busca de uma locução adequada 
*Rubens Gomes de Souza 
“(...) é justamente a hipótese prevista na lei tributária em abstrato (...)”. 
*Alfredo Augusto Becker 
-Hipótese de incidência; 
-Hipótese de incidência realizada;
* Geraldo Ataliba
-Hipótese de incidência; 
- Fato imponível; 
* Paulo de Barros Carvalho
-Hipótese tributária – descrição normativa do fato ao qual, antes do seu relato em “linguagem competente”, chama de evento. 
-Fato jurídico tributário – projeção factual da hipótese.
*José Roberto Vieira
-Hipótese de incidência tributária
-Fato jurídico tributário
Hipótese de incidência tributária e fato jurídico tributário 
*Hipótese normativa x fato jurídico: dicotomia que corresponde à diferença entre o campo da abstração e o da concretude. 
*Hipótese de incidência tributária - Descrição normativa de um evento, com a indicação dos traços (notas conceituais) que permitem a sua identificação. 
*Fato jurídico tributário - Evento/acontecimento que irradia efeitos de direito. Relato em linguagem competente.
Hipótese de Incidência Tributária
*Fato de conteúdo econômico 
*Previsão das diretrizes necessárias a identificação de eventos portadores de expressão econômica (estabelece os critérios para o reconhecimento do fato);
*Haverá um comportamento humano condicionado no tempo e no espaço; 
Critério material - O que torna o tributo devido? 
Critério Material: é a expressão, ou enunciado, da hipótese que apresenta a descrição de um comportamento que, uma vez ocorrido sob determinadas coordenadas de tempo e de espaço, conduzirá ao surgimento do vínculo jurídico ao qual se refere o consequente normativo.
*Formado por um verbo (pessoal e transitivo, de predicação incompleta) seguido de um complemento.
*Há referência a um comportamento de pessoas (físicas ou jurídicas).
*Poderá ser identificado por um comportamento que exprime um estado: “ser proprietário”. 
*Ou uma ação: “realizar operações de circulação de mercadorias”; “prestar serviços”; “auferir renda”.
VERBO + COMPLEMENTO. 
Critério Espacial 
Critério Espacial: é a expressão, ou enunciado, da hipótese que indica o âmbito de abrangência da incidência. Delimita o local em que o evento (ação tida como núcleo da hipótese). 
*Nem sempre o critério espacial coincide com o âmbito territorial de vigência da norma jurídica tributária. 
*3 níveis de detalhamento de acordo com o seu grau de elaboração 
-Coordenadas determinadas: II, IE (repartição aduaneira); desembaraço aduaneiro; 
-Coordenadas específicas: IPTU, ITR (zona urbana e zona rural); Jurisprudência do STJ – imóvel com produção rural, mas dentro de perímetro urbano. 
-Coordenadas genéricas: ICMS, IPI (dentro da latitude eficacial da norma/âmbito de validade territorial da lei); ICMD Difal (diferencial de alíquota) – tema 1.093. 
* Critério Espacial x campo de eficácia/validade territorial da lei;
Critério Temporal 
Critério Temporal: é componente da hipótese que fornece os elementos para identificar o momento em que ocorre o fato descrito, que desencadeará o surgimento de um vínculo jurídico-obrigacional consubstanciado no surgimento de um direito subjetivo para o Estado e de um dever jurídico para o sujeito passivo. 
*Critério temporal x plano de eficácia temporal da lei (momento em que se propagarão os efeitos da lei)
* Confusão entre o critério temporal e a totalidade da hipótese 
“Art. 19. O imposto, de competência da União, sobre a importação de produtos estrangeiros tem como fato gerador a entrada destes no território nacional”. 
“Art. 23. O imposto, de competência da União, sobre a exportação, para o estrangeiro, de produtos nacionais ou nacionalizados tem como fato gerador a saída destes do território nacional”. 
“Art. 46. O imposto, de competência da União, sobre produtos industrializados tem como fato gerador: 
I – o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira; 
II – a saída dos estabelecimentos a que se refere o parágrafo único do artigo 51; 
III – a sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão”.
Crítica à classificação dos “fatos geradores” em função do momento da sua ocorrência 
*Instantâneos: verificam-se e se esgotam em certa unidade de tempo, dando origem, a cada ocorrência, a uma obrigação tributária autônoma (IPI, ICMS, II) 
*Continuados: configurariam situações duradoras, que se desdobram no tempo, por intervalos maiores ou menores (IPTU, ITR) 
* Complexivos: aqueles cujo processo de formação têm implemento com o transcurso de unidades sucessivas de tempo, de maneira que, pela integração de vários fatores, surgiria o fato final (IR) 
*Crítica: Todo fato jurídico é instantâneo
12/09/2023
Fato gerador - Artigos 114, 115 e 116, CTN
Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência. 
Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal. 
Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos: 
I – tratando-se de situação de fato, desde o momento em que o se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios; 
II – tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável. Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementosconstitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária.
Obrigação acessória: emissão de NF. 
MG – Insumo agrícola – diferido para o momento de saída do Estado. Postergar o fato gerador. 
ITBI – Pagamento antecipado sob o valor venal. Antes da efetiva transmissão do bem. Cobrança do tributo antes da ocorrência do fato gerador. 
Planejamento Tributário – elisão fiscal, melhor performance tributária (reduzir, zerar não é possível): Conduzir a ocorrência do fato gerador a alíquotas menores ou sua não ocorrência de maneiras licitas. Planejamento tributário abusivo não é planejamento. 
É diferente de evasão fiscal – meios ilícitos de reduzir/ afastar a tributação. 
Elusão fiscal – meios lícitos para dar um ar de legalidade mas não tão legal. 
COAF – fiscalização.
Juris do CARF – atos praticados de maneira sucessiva em um curto espaço de tempo chamam a atenção. 
Aspectos formais e materiais (documentos e aspectos fáticos) – documentar operações que refletem aquilo que é efetivamente praticado. 
Operações que não se utilizam de valores de mercado. 
Entendimento EUA, ainda em implantação, poucas júris do CARF - Propósito negocial -comprovação da operação. Algo que vá além da economia tributária. 
Operação casa/separa – integralização de bem imóvel – ITBI isento. 
Livro: “Planejamento tributário” – Marco Aurélio Greco. 
Aquisição de imóveis no exterior – offshore. Manda o valor pra as Ilhas virgens britânicas – direciona ao EUA Llc (Ltda)
BVA – Paraíso fiscal. 
Holding - aluguel. Declaração de IR – 27,5% (PJ no lucro presumido – 14%). Operações de C e V – conta de estoque (cai para 6%). 
Documentação e contábil precisa estar correta. 
Art. 117, CTN
Art. 117. Para os efeitos do inciso II do artigo anterior e salvo disposição de lei em contrário, os atos ou negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados: I – sendo suspensiva a condição, desde o momento de seu implemento; II - sendo resolutória a condição, desde o momento da prática do ato ou da celebração do negócio.
*Condição suspensiva (art. 125, CC/02): “a disposição acessória, fruto da vontade das partes, que subordina os efeitos do ato ou negócio jurídico a acontecimento futuro e incerto” (CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 18ª ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2007, p. 291). 
Paga no futuro, com alíquota no futuro. 
*Condição resolutiva (art. 127 e 128, CC/02): “o ato ou negócio jurídico desencadeia, desde logo, todos os efeitos para os quais está preordenado (...). O acontecimento futuro e incerto, estabelecido condicionalmente, terá o condão de resolver o negócio, desfazendo o ato celebrado e extinguindo o direito” (CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 18ª ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2007, p. 291).
Paga agora e no futuro se ocorrer a condição resolutiva, paga novamente.
Art. 118, CTN
Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se: I – da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos; II – dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.
Princípio do “pecúnia non olet” – o dinheiro não tem cheiro (reconhecido pelo STF no HC 77.530/RS) 
Ex: Renda obtida com o tráfico de entorpecentes.
Consequência tributária
Critérios do consequente normativo
Consequente normativo: prescritor da norma tributária 
“(...) peça do juízo hipotético que estipula a regulação da conduta, prescrevendo direitos e obrigações para as pessoas físicas ou jurídicas envolvidas, de alguma forma, no acontecimento do fato jurídico tributário” (CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 18ª ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2007, p. 291). 
Função: estabelece os critérios de identificação da relação jurídica tributária que se instaura com a constituição do fato jurídico tributário.
Relação jurídica
“(...) vínculo abstrato, segundo o qual, por força da imputação normativa, uma pessoa, chamada de sujeito ativo, tem o direito subjetivo de exigir de outra, denominada sujeito passivo, o cumprimento de certa prestação (CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 18ª ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2007, p. 296-297).
*Características 
§ Pessoal: entre pessoas determinadas 
§ Irreflexiva: entre pessoas diferentes 
§ Assimétrica: ter o direito a tem por seu converso ter a obrigação de
*Classificação: obrigacionais e não obrigacionais (segundo o critério de suscetibilidade de avaliação econômica do objeto)
Relações jurídicas tributárias de substância patrimonial: definem o fenômeno da incidência (pagar tributo) 
Deveres instrumentais ou formais: vínculos que fazem irromper meros deveres administrativos, para tornar possível a operatividade da instituição tributária (prestar informações, expedir notas fiscais, fazer declarações, aceitar a fiscalização periódica de suas atividades).
 
*Impropriedade da expressão “obrigação acessória”
Relação jurídica de cunho não-obrigacional; 
Nem sempre são acessórias;
Mero dever, não tem conteúdo patrimonial/econômico, não é obrigação. 
PWC – cumprimento de obrigações tributárias acessórias (serve de instrumento para que o estado fiscalize) – 1ª lugar. 
A obrigação tributária no CTN
Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória. 
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente. 
§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. 
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.
Plano Cosif – Instituições Bancárias. 
Penalidade pecuniária – notificado – divida ativa – execução fiscal. 
Critérios do consequente da norma
a) Critério pessoal: delimita os sujeitos da relação
*Sujeito ativo: titular do direito subjetivo de receber a prestação tributária (art. 119, CTN) Consequência tributária 
Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o seu cumprimento.
*Sujeito passivo: aquele que tem o dever jurídico de cumprir a prestação tributária (art. 121, CTN) 
Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
I – contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador; 
II – responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei.
Contribuinte de fato (embutido no preço) x Contribuinte de direito
b) Critério quantitativo: determina o valor devido a título de tributo (“quantum debeatur”) 
*Base de cálculo: perspectiva dimensível da hipótese de incidência
Função mensuradora: medir as proporções do fato. 
Função objetiva: compor a específica determinação da dívida. 
Função comparativa: confirmar, infirmar ou afirmar o verdadeiro critério material da hipótese tributária.
Taxa funrejus – limitador. 
*Alíquota: componente aritmético que, congregado à base de cálculo, confere compostura numérica à dívida. 
Valor monetário fixo sobre uma unidade de medida prevista em lei. Ex: CIDE - Combustível (art. 5º, I, Lei nº 10.336/2001) – R$ 860,00 por m3 (gasolina);
Percentual a ser aplicado sobre a base de cálculo. Ex: IPVA – 3,5% do valor venal do veículo
19/09/2023
Sujeição passiva tributária
Conceito: “(...) é a pessoa – sujeito de direitos – física ou jurídica, privada ou pública, de quem se exige o cumprimento da prestação: pecuniária, nos nexos obrigacionais; e insuscetível de avaliação patrimonial, nas relações que veiculam meros deveres instrumentais ou formais (CARVALHO,Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 30. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2019)
Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se: 
I – contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador; 
II – responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei.
Art. 122. Sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada às prestações que constituam o seu objeto.
 Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes.
Ex. Locação – IPTU – cláusula de pagamento/ responsabilidade pelo pagamento. 
Se o município tiver previsão expressa em lei, é justificável a cobrança direta. O tipo de responsabilidade deve ser definida expressamente (subsidiária ou solidária). Lei ordinária. 
Contribuinte e responsável 
Contribuinte (sujeito passivo direto) 
Aquele que realiza o fato descrito na hipótese de incidência (“relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador”) 
Responsável (sujeito passivo indireto) 
Aquele que, não tendo relação pessoal e direta com a situação que constitua o fato gerador, tem sua obrigação decorrente de DISPOSIÇÃO EXPRESSA DE LEI. 
Pessoa indiretamente ligada ao fato descrito na hipótese de incidência e de quem se exige o cumprimento da obrigação tributária.
Sujeito passivo e solidariedade 
Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda. 
Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes.
A solidariedade no CTN (efetividade da cobrança)
Art. 124. São solidariamente obrigadas: 
I – as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal; 
II – as pessoas expressamente designadas por lei. Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem.
(i) por “interesse comum”
(ii) “designados por lei”
Previsão expressa de lei específica
Ex: art. 30, VI, Lei nº 8.212/91 (com redação dada pela Lei nº 9.528/97) 
Art. 30. A arrecadação e o recolhimento das contribuições ou de outras importâncias devidas à Seguridade Social obedecem às seguintes normas: (...) 
VI - o proprietário, o incorporador definido na Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964, o dono da obra ou condômino da unidade imobiliária, qualquer que seja a forma de contratação da construção, reforma ou acréscimo, são solidários com o construtor, e estes com a subempreiteira, pelo cumprimento das obrigações para com a Seguridade Social, ressalvado o seu direito regressivo contra o executor ou contratante da obra e admitida a retenção de importância a este devida para garantia do cumprimento dessas obrigações, não se aplicando, em qualquer hipótese, o benefício de ordem;
Benefício de ordem 
Não há (art. 124, parágrafo único, CTN) 
Efeitos da solidariedade (art. 125, CTN) 
Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade: I – o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais; II – a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo; III – a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais.
(i) pagamento
(ii) isenção
De caráter pessoal – atinge apenas a parcela da pessoa, os demais são solidários no restante. 
Capacidade tributária passiva
“(...) é a habilitação que a pessoa, titular de direitos fundamentais, tem para ocupar o papel de sujeito passivo de relações jurídicas de natureza fiscal” (CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 30. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2019)
Art. 126. A capacidade tributária passiva independe: 
I – da capacidade civil das pessoas naturais; 
II – de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios; 
III – de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional.
Domicílio tributário
Local “que consta dos cadastros das repartições tributárias, e onde o fisco espera encontrar a pessoa, para a satisfação dos mútuos interesses”. (CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 30. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2019)
Art. 127. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na forma da legislação aplicável, considera-se como tal: 
I – quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua atividade; 
II – quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas individuais, o lugar da sua sede, ou, em relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada estabelecimento; 
III – quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer de suas repartições no território da entidade tributante. (...)
Regra: eleição do domicílio tributário. Do I.R. na PF e na agência dos correios para alteração. 
Na ausência de eleição: aplicação do art. 127, I, II e III, CTN
Hoje: domicílio tributário eletrônico – escolha do contribuinte. Sistema. No federal, E-CAC. 
Diante da impossibilidade de aplicação dos inciso I, II e III do art. 127 do CTN
Art. 127. (...) § 1º Quando não couber a aplicação das regras fixadas em qualquer dos incisos deste artigo, considerar-se-á como domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação. (...)	
Recusa do domicílio tributário
Art. 127. (...) § 2º A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito, quando impossibilite ou dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo, aplicando-se então a regra do parágrafo anterior.	
Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação.
Instrumento de política fiscal para simplificar ou viabilizar a arrecadação 
Necessidade ou interesse
Responsabilidade por substituição: Por disposição expressa de lei, a obrigação tributária é instaurada, desde logo, com uma pessoa diferente daquela que tem relação econômica, pessoal e direta, com o fato gerador. 
Responsabilidade por transferência: A obrigação é instaurada contra uma pessoa (contribuinte), mas, em razão de um fato posterior, é transferida a um terceiro.
1) Responsabilidade por substituição
“O encargo tributário é do substituído, porém quem comparece na relação jurídica formal (obrigação tributária) é o substituto. O substituto paga tributo que não é próprio: paga em substituição a alguém. Paga tributo alheio, paga tributo do substituído”. (ATALIBA, Geraldo; BARRETO, Aires F. Substituição e responsabilidade tributária, p. 75) 
“Existe substituto legal tributário toda a vez em que o legislador escolher para sujeito passivo da relação jurídica tributária um outro qualquer indivíduo, em substituição daquele determinado indivíduo de cuja renda ou capital a renda ou capital a hipótese de incidência é fato-signo presuntivo”. (BECKER, Alfredo Augusto. Teoria geral do Direito Tributário. 5ª edição. São Paulo: Noeses, 2010, p. 589)
ICMS – IST. 
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIASDEVIDAS PELOS EMPREGADOS, TRABALHADORES TEMPORÁRIOS E AVULSOS. CONSTRUÇÃO CIVIL. DONO DA OBRA E CONSTRUTOR OU EMPREITEIRO. SUBSTITUTOS TRIBUTÁRIOS. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA (SÚMULA 126/TRF - ANTERIOR À PROMULGAÇÃO DA CF/88). RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA (CF/88 ATÉ A LEI 9.711/98). RESPONSABILIDADE PESSOAL DO TOMADOR DO SERVIÇO DE EMPREITADA DE MÃO-DE-OBRA (LEI 9.711/98). (...) 5. A responsabilidade tributária por substituição ocorre quando um terceiro, na condição de sujeito passivo por especificação da lei, ostenta a integral responsabilidade pelo quantum devido a título de tributo. (...) 6. A responsabilidade tributária, quanto aos seus efeitos, pode ser solidária ou subsidiária (em havendo co-obrigados) e pessoal (quando o contribuinte ou o responsável figura como único sujeito passivo responsável pelo recolhimento da exação).” (STJ – Primeira Sessão – EREsp 446.955/SC – Relator Ministro Luiz Fux – julgado em 09.04.2008 – DJe 19.05.2008)
TRIBUTÁRIO – IMPOSTO DE RENDA – AUSÊNCIA DE RETENÇÃO NA FONTE – SUBSTITUIÇÃO LEGAL – TRIBUTÁRIA – FONTE PAGADORA. A obrigação tributária nasce, por efeito da incidência da norma jurídica, originária e diretamente, contra o contribuinte ou contra o substituto legal tributário; a sujeição passiva é de um ou de outro, e, quando escolhido o substituto legal tributário, só ele, ninguém mais, está obrigado a pagar o tributo. O substituto tributário do imposto de renda de pessoa física responde pelo pagamento do tributo, caso não tenha feito a retenção na fonte e o recolhimento devido. Recurso especial de Antônio Boabaid provido e recurso da Fazenda Nacional que se julgou prejudicado. (STJ – Segunda Turma – REsp 309.913/SC – Relator Ministro Paulo Medina – julgado em 02.05.2002 – DJ 01.07.2002, p. 296)
Substituição concomitante
“Substituição para frente” ou progressiva (art. 150, § 7º, CF)
Ex. Montadora e concessionária. 
Ceramistas - 
Art. 150. (...) 
§ 7º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
“Substituição para trás” ou regressiva
Ex. Produtor rural, BRF’s, Mercados. 
2) Responsabilidade por transferência
 Resumo da responsabilidade por sucessão (art. 130 a 133, CTN) 
Hipóteses: transferência da titularidade de bens com débitos tributários
*Aquisição de bens;
*Morte do sujeito passivo
*Fusão, incorporação ou transformação de pessoa jurídica;
*Aquisição de estabelecimento empresarial com a continuação das respectivas atividades.
Consequência: os novos titulares respondem integralmente pelos tributos relativos aos bens adquiridos e devidos até a data da sucessão.
Exceção: art. 133, II, do CTN (responsabilidade subsidiária do adquirente quando o alienante do estabelecimento prossegue na exploração da atividade). 
Responsabilidade dos sucessores
(i) Art. 130, CTN 
Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.
Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço.
IPTU E ITR. 
(ii) Art. 131, CTN 
Art. 131. São pessoalmente responsáveis: 
I – o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos; 
II – o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação;
III – o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão.
Inciso I: bens móveis.
Inciso II e III: sucessor, cônjuge meeiro e espólio.
No último caso, pega recursos do próprio espolio e presta contas após.
26/09/2023
Lei das Sociedades por Ações
Responsabilidade dos sucessores 
(iii) Art. 132, CTN 
Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas. Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas jurídicas de direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual.
a) Fusão (art. 228, Lei nº 6.404/76)
A e B são contribuintes. C é responsável (tem direito aos créditos também). 
b) Incorporação (art. 227, Lei nº 6.404/76) 
c) Transformação (art. 220, Lei nº 6.404/76) - alteração da natureza societária. 
d) Cisão (art. 229, Lei nº 6.404/76) 
(iv) Art. 133, CTN 
Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato: 
I – integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade; 
II – subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão.
Primeiro cobra-se do antigo proprietário, em caso de insucesso, cobra-se do atual proprietário. 
Inaplicabilidade no caso de falência ou de recuperação judicial (art. 133, § 1º, I e II, CTN)
Art. 133. (...) 
§ 1º O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de alienação judicial: 
I – em processo de falência; 
II – de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial. 
*Exceções (art. 133, 2º, I e II, CTN) 
Art. 133. (...) 
§ 2º Não se aplica o disposto no § 1o deste artigo quando o adquirente for: 
I – sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo devedor falido ou em recuperação judicial; 
II – parente, em linha reta ou colateral até o 4º (quarto) grau, consangüíneo ou afim, do devedor falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou 
III – identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o objetivo de fraudar a sucessão tributária.
“laranja” - elemento citrico. 
Fiador de empresa em recuperação judicial - verificar jurisprudência, em princípio não se aplica. 
Responsabilidade de terceiros
(i) Art. 134, CTN 
Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis: 
I – os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores; 
II – os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados; 
III – os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes; 
IV – o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio; 
V – o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário; 
VI – os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício; 
VII – os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter moratório. 
Requisitos: impossibilidade de cumprimento da obrigação / ação ou indevida omissão imputável ao responsável 
Trata-se, em verdade, de responsabilidade subsidiária (pressupõea impossibilidade de pagamento pelo sujeito passivo da obrigação tributária). 
(ii) Art. 135, CTN 
Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos:
I – as pessoas referidas no artigo anterior; 
II – os mandatários, prepostos e empregados;
III – os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.
Infração à lei 
*lei da administração civil de bens de terceiros para os administradores civis; 
*leis civis para os administradores de empresas etc.; 
*Súmula 430/STJ: “O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por si só, a responsabilidade solidária do sócio-gerente”. 
Exemplo: importação de mercadoria com a indicação, de forma dolosa, de classificação fiscal mais vantajosa ao contribuinte.
Valor pré-aprovado para questões diárias presente no estatuto. Às vezes precisa de autorização do conselho para gastar mais ou adquirir imóveis. 
*Infração a contrato social ou estatuto 
§ Desrespeito à disposição expressa de contrato social ou estatuto 
§ Ocultação da ocorrência de fatos jurídicos tributários 
§ Inadimplemento de tributos 
*Excesso de poderes 
§ Quando o ato praticado pelo administrador, ainda que em nome da sociedade, extrapola os limites do contrato social ou estatuto 
§ Para fins tributários, resta caracterizado o excesso de poderes quando o fato é alheio aos propósitos da sociedade e prova consequências fiscais típicas
*Exigência de dolo, conforme jurisprudência do STJ 
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO – EXECUÇÃO FISCAL – REDIRECIONAMENTO – SÓCIOGERENTE – DISSOLUÇÃO IRREGULAR – NATUREZA SUBJETIVA – REEXAME FÁTICOPROBATÓRIO – SÚMULA 07/STJ. 1. É dominante no STJ a tese de que o não-recolhimento do tributo, por si só, não constitui infração à lei suficiente a ensejar a responsabilidade solidária dos sócios, ainda que exerçam gerência, sendo necessário provar que agiram os mesmos dolosamente, com fraude ou excesso de poderes. (Grifou-se) (REsp 898.168/SP – Segunda Turma – Relatora Ministra Eliana Calmon – julgado em 21.02.2008 – DJe 05.03.2008)
*Responsabilidade por infrações 
(i) Art. 136, CTN 
Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato
Em regra, objetiva; 
“Salvo disposição de lei em contrário” – Lei 9.430/96 
Art. 44. Nos casos de lançamento de ofício, serão aplicadas as seguintes multas: 
I – de 75% (setenta e cinco por cento) sobre a totalidade ou diferença de imposto ou contribuição nos casos de falta de pagamento ou recolhimento, de falta de declaração e nos de declaração inexata; (...) 
§ 1º O percentual de multa de que trata o inciso I do caput deste artigo será duplicado nos casos previstos nos arts. 71, 72 e 73 da Lei nº 4.502, de 30 de novembro de 1964, independentemente de outras penalidades administrativas ou criminais cabíveis. 
(ii) Art. 137, CTN 
Art. 137. A responsabilidade é pessoal ao agente: 
I – quanto às infrações conceituadas por lei como crimes ou contravenções, salvo quando praticadas no exercício regular de administração, mandato, função, cargo ou emprego, ou no cumprimento de ordem expressa emitida por quem de direito; 
II – quanto às infrações em cuja definição o dolo específico do agente seja elementar; 
III – quanto às infrações que decorram direta e exclusivamente de dolo específico: 
a) das pessoas referidas no artigo 134, contra aquelas por quem respondem; 
b) dos mandatários, prepostos ou empregados, contra seus mandantes, preponentes ou empregadores; 
c) dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado, contra estas.
Denúncia espontânea
Art. 138, CTN 
Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração. 
Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração.
Súmula 360/STJ O benefício da denúncia espontânea não se aplica aos tributos sujeitos a lançamento por homologação regularmente declarados, mas pagos a destempo.
Quando for notificado, já não mais aplicação dessa questão. 
Inaplicabilidade da denúncia espontânea aos parcelamentos
Súmula 208/TFR: A simples confissão da dívida, acompanhada do seu pedido de parcelamento, não configura denúncia espontânea. 
TRIBUTÁRIO. PARCELAMENTO DE DÉBITO. DENÚNCIA ESPONTÂNEA. INAPLICABILIDADE. RECURSO REPETITIVO. ART. 543-C DO CPC. 1. O instituto da denúncia espontânea (art. 138 do CTN) não se aplica nos casos de parcelamento de débito tributário. 2. Recurso Especial provido. Acórdão sujeito ao regime do art. 543-C do CPC e da Resolução 8/2008 do STJ. (STJ – Primeira Seção – REsp 1102577/DF – Relator Ministro Herman Benjamin – julgado em 22.04.2009 – DJe 18.05.2009).
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