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LÍDER INSTITUTO EDUCACIONAL 
PÓS-GRADUAÇÃO EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEBORA SOUZA DE JESUS 
 
 
ESTER CILENTE DE OLIVEIRA LEMOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIABETE GESTACIONAL NA URGÊNCIA E EMERGÊNCIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANAUS-AM 
2024 
DIABETE GESTACIONAL NA URGÊNCIA E EMERGÊNCIA 
GESTATIONAL DIABETE IN URGENCY AND EMERGENCY 
 
Jesus, Debora Souza1 
Lemos, Ester Cilente De Oliveira 1 
Lemos, Israel Ananias2 
 
 
RESUMO 
 
 
INTRODUÇÃO: Diabete gestacional na urgência e emergência ocorre quando a caso de infecções, de 
pressão alta súbita, de diabete gestacional descontrolada, de hemorragias e da perda de líquido amniótico, 
aquele fluido que envolve o bebê, entre outros problemas. Nos exames médicos em jejum, se for inferior a 126 
mg/dL, porém maior ou igual a 92 mg/dL, é um sinal de alerta. As mulheres que desenvolveram a diabete 
gestacional, existe um maior risco de pré-eclâmpsia, parto prematuro, diabete no futuro e risco de aborto. Já 
para o bebê pode ocorrer de ganhar peso excessivamente e leva ao crescimento desproporcional de alguns 
órgãos. A assistência e acompanhamento com a equipe de saúde devem ser fundamentais em todos o período 
gestacional para diminuir os riscos. OBJETIVO: Identificar os procedimentos e métodos utilizados por a 
equipe de enfermagem no atendimento de urgência e emergência de gestantes diabetes. METODOLOGIA: 
Trata-se de um estudo descritivo utilizando os métodos da Revisão Integrativa da Literatura onde foram 
utilizados artigos científicos das bases de dados Scientific Electronic Library Online (Scielo), Biblioteca 
Virtual de Saúde (BVS) e Literatura Latino- Americana em Ciências da Saúde (LILACS). 
CONSIDERAÇÕES FINAIS: O enfermeiro tem um papel importante no cuidado da gestante com diabete 
do pré-natal até o recém-nascido. Oferecendo um suporte assistencial ainda maior em casos de alto 
risco. Evitando possíveis complicações e promovendo melhores condições de saúde e um atendimento 
humanizado. Palavras chaves: Cuidados de enfermagem; Diabetes gestacional; Complicações na gravidez; 
Enfermagem urgência e emergência. 
 
ABSTRACT 
 
INTRODUCTION: Gestational diabetes in emergencies occurs when there are infections, 
sudden high blood pressure, uncontrolled gestational diabetes, bleeding and loss of 
amniotic fluid, the fluid that surrounds the baby, among other problems. In fasting medical 
examinations, if it is less than 126 mg/d L, but greater than or equal to 92 mg/dL, it is a warning 
sign. Women who develop gestational diabetes have a greater risk of pre-eclampsia, premature 
birth, future diabetes and risk of miscarriage. For the baby, it may occur to gain excessive weight 
and lead to disproportionate growth of some organs. Assistance and monitoring with the 
healthcare team must be essential throughout the gestational period to reduce risks.
OBJECTIVE: Identify the procedures and methods used by the nursing team in urgent and emergency care for 
pregnant women with diabetes. METHODOLOGY: This is a descriptive study using the methods of the 
Integrative Literature Review where scientific articles were used from the Scientific Electronic Library Online 
(Scielo), Virtual Health Library (VHL) and Latin American Literature in Health Sciences (LILACS) databases. 
FINAL CONSIDERATIONS: Nurses have an important role in the care of pregnant women with diabetes from 
prenatal care to the newborn. Offering even greater assistance support in high-risk cases. Avoiding possible 
complications and promoting better health conditions and humanized care. Keywords: Nursing care; 
Gestational diabetes; Pregnancy complications; Urgent and emergency nursing . 
 
¹Pós-Graduando do Curso em Urgência e Emergência – Líder Instituto Educacional, Manaus – Amazonas. 
²Mestre em Promoção da Saúde – Líder Instituto Educacional, Manaus – Amazonas. 
INTRODUÇÃO 
 
 
A Diabete Gestacional Mellitus (DGM), também conhecida como melito, é uma 
condição de múltiplas causas, resultante da falta de produção de insulina e/ou da 
incapacidade da insulina em exercer seus efeitos de forma adequada. Caracteriza-se por 
níveis elevados de glicose no sangue, frequentemente acompanhados por alterações nos 
lipídios, pressão arterial e função do revestimento interno dos vasos sanguíneos. Os sintomas 
relacionados ao aumento acentuado da glicose incluem perda de peso inexplicada, aumento 
da produção de urina, sede excessiva, aumento do apetite e maior propensão a infecções. Por 
outro lado, a Cetoacidose Diabética durante a Gravidez (CAD), apesar de rara, é uma causa 
de mortalidade materna. É uma das complicações mais graves do diabete melito (DM) e é 
caracterizada pela presença simultânea de níveis elevados de glicose, acidose metabólica e 
a presença de corpos cetônicos no organismo (Brutsaert, 2022). 
Os serviços de pronto-socorro visam principal agilizar o atendimento por meio de uma 
triagem cuidadosa, análise e avaliação dos pacientes, considerando sua gravidade e fragilidade. 
Dessa forma, é dada prioridade de atendimento às pessoas com quadros mais sérios, 
independente da hora em que chegam. É importante salientar que os casos de emergência são 
caracterizados pelo avaliar todas as especialidades. O risco de vida é iminente e o início do 
tratamento deve ser imediato, em um local com suporte completo e uma equipe atenta aos 
procedimentos necessários para o atendimento (LAS Silva, 2019). 
Embora as complicações do Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) sejam sérias quando 
a gestante não é corretamente identificada e acompanhada durante o pré-natal, muitas enfrentam 
dificuldades em aderir estritamente às orientações nutricionais. Isso resulta em sentimentos 
negativos e insatisfação com a restrição de alimentos preferidos. Algumas gestantes chegam a 
consumir itens fora da dieta recomendada, evidenciando a dificuldade de adaptação ao plano 
nutricional e elevando o risco de complicações (MARIANO et al., 2021). 
O enfermeiro obstetra junto a equipe multidisciplinar diante de situações de urgência 
e emergência obstétrica deve prestar assistência de forma holística com a finalidade de 
promover e minimizar o sofrimento materno fetal, além de realizar orientações, examinar e 
avaliar possíveis alterações (SILVA et al., 2018). 
O atendimento de urgência é um desafio que requer do profissional a habilidade de 
identificar situações críticas e liderar a equipe sob circunstâncias adversas enfrentadas 
diariamente. O enfermeiro de urgência é bem-sucedido quando possui não apenas 
conhecimento teórico e prático, mas também quando oferece um atendimento 
individualizado e humanizado, reconhecendo que cada pessoa tem uma reação única às suas 
condições de saúde (Oliveira,2021). 
Os enfermeiros desempenham um papel fundamental, atuando na linha de frente e 
seguindo as orientações dos gestores da instituição. Como gestores e orientadores, organizam 
o atendimento em situações graves e complexas, com risco iminente de vida, aplicando seus 
conhecimentos e protocolos adquiridos através de estudos técnico-científicos em casos de 
urgência e emergência (TORQUELTE et al 2021). 
Para compreender as intervenções que o enfermeiro deve executar desde o primeiro 
contato até a alta do setor de emergência, é essencial conhecer a área de enfermagem em 
urgência e emergência (UE). A urgência é definida como uma condição de risco que 
representa perigo para a vítima e requer intervenção o mais breve possível. A emergência é 
caracterizada por uma situação de risco iminente de morte ou dano irreversível, demandando 
intervenção imediata. O papel da enfermagem na UE é abrangente, estendendo-se desde a 
identificação dos riscos até os procedimentos que efetivamente alterarão o estado do 
paciente. (ASSIS e LUVIZOTTO, 2021). 
Os resultados deste estudo ofertar a divulgação e explicação do conhecimento 
profissional, ajudando a identificar potenciais complicaçõesda gravidez e a considerar estra - 
tégias imediatas de seleção e gestão. Mantendo a qualidade e evitando as mortes e negligên -
cias que podem ocorrer durante os procedimentos de atendimento a gestante. 
O objetivo geral deste estudo é identificar os ricos e complicações da diabete na 
gestação e o papel do enfermeiro em urgências e emergências obstétricas, utilizando a 
literatura para seu conhecimento. 
 
METODOLOGIA 
 
 
A metodologia utilizada foi a Revisão da Literatura, a qual é um procedimento 
de pesquisa que permite a averiguação, classificação crítica e a consolidação de uma 
síntese abordando os resultados complacente sobre o tema em questão, a fim de 
acumular e exibir algo resumido, contudo, abastado de um demarcado tema, de maneira 
sistemática. Para o desenvolvimento desta revisão, cinco passos serão explicados, a 
saber: Identificação do tema e estabelecimento do problema, Introdução, metodologia, 
resultados e discussão e considerações finais. 
Tendo como critérios de inclusão, estiveram analisados determinados artigos 
primários que dizem respeito à temática “Cuidados de enfermagem”; “Diabetes 
gestacional”; “Complicações na gravidez”; “Enfermagem urgência e emergência”, de 
científicos como bases de dados Scientific Electronic Library Online (Scielo), 
Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e Literatura Latino- Americana em Ciências da 
Saúde (LILACS). 
Foram incluídos nesta pesquisa, periódicos e artigos originais realizados no 
Brasil, em idioma português, que tenham sido publicados no período de 2018 a 2023 – 
salvo as legislações – que contenham pelo menos dois descritores, e que constam dos 
objetivos propostos no estudo. 
Os dados foram analisados com vistas aos principais resultados e conclusões 
desde que contenham o objetivo proposto, confrontando as várias literaturas para 
comporem a revisão do estudo em questão. 
 
RESULTADO E DISCUSSÃO 
1. Atendimento a gestante 
Um dos primeiros atendimentos feitos a paciente com sintomas avançados de 
risco a vida e sem condições de locomoção a uma unidade hospitalar é realizad a através 
do serviço de atendimento móvel de Urgência (SAMU). Fornecer assistência imediata 
à vítima após um incidente, seja de origem clínica, traumática, pediátrica, psiquiátrica 
ou obstétrica (Andrade&Moreira, 2020). 
Neste modelo de atendimento, a equipe multidisciplinar encarregada da 
prestação do serviço inclui médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e 
condutores-socorristas. Todos são devidamente qualificados para monitorar e informar 
sobre sinais vitais e sintomas e, conforme orientação do médico regulador, realizar 
tratamentos ou administrar medicamentos, além de fornecer primeiros socorros quando 
necessário (Brasil, 2020). 
O enfermeiro tem um papel crucial no atendimento direto à gestante, coletando 
informações objetivas e subjetivas. É fundamental a implementação da sistematização 
da assistência de enfermagem, incluindo o exame físico obstétrico, a palpação 
obstétrica, a monitorização das contrações uterinas e a verificação do tampão mucoso. 
Após esses procedimentos, a gestante é encaminhada para uma unidade de referência 
para receber atendimento especializado (Araújo, 2018). 
O uso de escalas ou sistemas de triagem é fundamental na avaliação da queixa 
apresentada pelo paciente. O enfermeiro, sendo o profissional qualificado para avaliar 
a classificação de risco do paciente, deve possuir habilidades técnicas, raciocínio 
clínico, capacidade de escuta ativa e conhecimento aprofundado (Souza et al 2018). 
Desta forma, é primordial que o enfermeiro promova cuidados necessários para 
sobrevida materna e fetal (GARCÍA-NÚÑEZet al., 2018). 
Destaca-se a presença de complicações ou emergências decorrentes de doenças crônicas, ou 
variações na glicemia e pressão arterial, que podem ameaçar a vida da gestante e do feto. Toda 
assistência prestada deve ser humanizada, equitativa e eficaz. Neste contexto, as condições mais 
comuns em gestantes que requerem atenção especial são pré-eclâmpsias, eclâmpsia e a 
síndrome hipertensiva (BARBOZA et al., 2019). 
2. A enfermagem na realização da classificação de risco 
Os autores argumentam que as urgências e emergências maternas permitem a 
identificação de casos críticos e a intervenção oportuna, prevenindo frequentemente a morte da 
mãe e do bebê. Portanto, o propósito dos serviços de emergência é prover um atendimento 
imediato e de alta qualidade, por meio de triagem e classificação de risco, analisando e 
avaliando as pacientes com consideração especial aos casos mais sérios que apresentam risco à 
vida (Freitas et al 2020). 
É possível avaliar os riscos associados ao grau de dor, tanto física quanto psicológica, 
pois, em algumas ocasiões, a paciente pode não mostrar sinais clínicos alarmantes, mas ainda 
assim exibir sintomas de angústia e vulnerabilidade, necessitando de atendimento imediato 
(Primon, 2019). 
O Protocolo de Manchester tem como objetivo central a gestão dos serviços de 
urgência no Brasil e no mundo. Ele utiliza escalas de cores para classificar os pacientes, 
utilizando como suporte os sinais e sintomas, analisando, dessa forma, o nível de 
agravamento e o tempo estimado de espera para o atendimento. O objetivo desta 
classificação de risco é priorizar o atendimento aos pacientes de acordo com a complicação 
clínica apresentada no setor de pronto atendimento, contribuindo para um atendimento mais 
humanizado (Silva; Silva, 2022) 
A classificação de risco serve para organizar o acesso das pessoas, proporcionando um 
atendimento mais estruturado, estabelecendo prioridades e reduzindo o tempo de espera em 
situações críticas. O nível de prioridade clínica do paciente é determinado pelo Modelo 
Manchester Triage System (MTS). Também criou padrões de checagem de sintomas, como 
verificação de sinais vitais, temperatura e escala de dor para entender o caso com maior 
assertividade (NEURAMED, 2022). Assim, o próprio procedimento de separação se torna mais 
simples e rápido, otimizando as avaliações em cinco cores distintas: 
 Vermelho (emergência): indica risco imediato, o que requer urgência no atendimento; 
 Laranja (muito urgente): paciente com quadro grave, que demanda rápido atendimento; 
 Amarelo (urgente): determina tempo de espera máximo de 60 minutos; 
 Verde (pouco urgente): um caso que precisa de atendimento, mas sem grande urgência. 
Geralmente, o paciente é encaminhado para um ambulatório; 
 Azul (não urgente): por fim, o paciente não possui sintomas de emergência, e pode 
aguardar atendimento por ordem de chegada. 
É crucial enfatizar que diversos fatores podem classificar uma gestação como de alto 
risco. Urgências ou emergências obstétricas incluem qualquer condição que ameace a vida da 
mãe ou do feto, exigindo cuidados imediatos e a mobilização da equipe para estabilizar a 
situação. O A&CRO destaca que os protocolos de classificação de risco são projetados para 
identificar potenciais alterações no estado mental/consciência, avaliar respiração e ventilação, 
circulação, dor (usando escalas), além de sinais, sintomas gerais e fatores de risco agravantes 
(Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal, 2018). 
Sendo assim, é indispensável um atendimento humanizado e eficiente em Urgências e 
Emergências. Isso torna possível identificar todos os sinais e sintomas da gestante e determinar 
o caso específico para direcionar o atendimento adequado, prevenindo o falecimento da usuária 
e do feto. A decisão do profissional de saúde é fundamentada na escuta ativa das queixas dos 
pacientes e numa avaliação clínica fundamentada em evidências e protocolos (FUSIG, 2022). 
Urgência pode ser definida como uma situação que ameaça a saúde em breve, sem o 
risco imediato de morte do paciente. Enquanto uma emergência requer assistência médica 
imediata devido ao risco iminente de morte (FUSIG, 2022). 
3. O papel da enfermagem em uma urgênciae emergência. 
A seguir, as principais atividades desenvolvidas pela equipe de enfermagem: 
 realiza a pré-consulta, verifica os sinais vitais e anota a queixa atual do paciente; 
 acomoda o paciente na sala de urgência/emergência, e instala o monitor cardíaco; 
 instala soroterapia, sonda vesical e sonda nasogástrica; 
 administra medicamentos; 
 prepara o material e circula a sala de procedimento de sutura; 
 prepara o material de punção subclávia e/ou dissecção de veia e auxilia a equipe médica; 
 encaminha o paciente ao RX e exames complementares; 
 realiza a evolução e a anotação dos pacientes em observação. 
O enfermeiro obstetra, em conjunto com a equipe multidisciplinar, diante de situações 
de urgência e emergência obstétrica, deve prestar assistência de maneira holística, visando 
promover e minimizar o sofrimento materno-fetal. Além disso, é responsável por realizar 
orientações, examinar e avaliar possíveis alterações (SILVA et al., 2018). 
Na unidade de emergência, as responsabilidades do enfermeiro incluem coletar o 
histórico médico do paciente, conduzir exames físicos, administrar tratamentos, fornece 
orientações e instruções para a manutenção da saúde, e direcionar os pacientes para a 
continuidade dos cuidados e tratamentos necessários. 
A função do enfermeiro nos atendimentos de emergência divide-se em pré-hospitalar e 
intra-hospitalar. No pré-hospitalar, geralmente oferecido pelo Serviço de Atendimento Móvel 
de Urgência (SAMU), o enfermeiro intervém diretamente, realizando procedimentos, 
administrando medicamento e apoiando em intervenções médicas (FASIG, 2022). 
O cuidado com a mulher em situações de urgência e emergência deve considerar vários 
aspectos e promover ações para uma intervenção eficaz. Entender os fenômenos que afetam a 
condição clínica da paciente é vital para o atendimento e para melhorar seu estado de saúde, 
pois o relato da paciente sobre suas experiências contribui para o tratamento, levando em conta 
os fatores que levaram aos problemas de saúde materna e fetal. É crucial reconhecer que 
complicações podem ocorrer em qualquer estágio da gravidez. O enfermeiro deve adotar uma 
visão holística durante o atendimento, pela necessidade de compreender as necessidades 
gestacionais e garantir a saúde da mãe e do feto (BARBOZA et al., 2019). 
Entre as complicações perinatais, destacam-se o polidrâmnio, anomalias congênitas 
(cardíacas, renais, neurológicas, gastrointestinais), redução do crescimento cerebral, 
macrossomia fetal, fratura de clavícula, lesão do plexo braquial, hipoglicemia neonatal, hiper 
bilirrubinemia, hipocalcemia, policitemia, distúrbios respiratórios, doença da membrana hialina 
e corticoterapia antenatal (BREIGERON et al 2020). 
A atuação do enfermeiro requer um constante aprimoramento científico, manejo 
tecnológico adequado e humanização, para oferecer assistência a pacientes com necessidades 
complexas. É indispensável uma equipe multidisciplinar completa, uma vez que muitos 
pacientes em estado grave requerem a avaliação de diversas especialidades. É essencial destacar 
que, além das funções assistenciais, o enfermeiro desempenha funções administrativas, tais 
como: coordenação da equipe de enfermagem, resolução de problemas relacionados aos 
atendimentos, interação com médicos e outros profissionais, dimensionamento de pessoal, 
solicitação de materiais necessários, elaboração da escala mensal da equipe e atualização de 
protocolos, entre outras (YM Cunha et al 2018). 
Nos serviços hospitalares de urgência e emergência, é fundamental que o enfermeiro 
assuma um papel de liderança, pois cabe a ele desempenhar funções gerenciais cruciais para o 
funcionamento eficaz do serviço. Isso inclui o treinamento da equipe de enfermagem, a 
gestão da classificação de risco, o gerenciamento da demanda e a provisão de recursos 
materiais, entre outras responsabilidades (FREIRE GV, et al., 2019). 
 
4. A importância da enfermagem em urgência e emergência 
Os serviços de emergência e emergência são destinados a pacientes em situações 
graves e que necessitam de intervenções imediatas. São necessários tantos recursos para 
atender àqueles que necessitam de cuidados complexos e apresentam risco iminente de 
morte, com o objetivo de mantê-los estáveis (RIBEIRO DR, et al.,2019) Além da constante 
pressão, são ambientes desafiadores, dinâmicos e propícios a eventos adversos devido ao 
ritmo acelerado, à superlotação, à complexidade dos pacientes, aos atendimentos 
simultâneos e à escassez de informações clínicas (MARQUES CA, et al.,2021) 
A atuação do enfermeiro em situações de urgência e emergência é bastante vasta, 
incluindo a classificação de risco, a passagem de ambulância, a supervisão e o treinamento 
das equipes, a avaliação do cuidado prestado, a implantação do Sistema de Enfermagem 
(SAE) e procedimentos como punções arteriais, venosas, etc.O enfermeiro desempenha um 
papel fundamental no atendimento a este serviço, pois desempenha o gerenciamento e o 
cuidado ao paciente ao mesmo tempo. Além de ter autonomia para tomar decisões, é 
preciso ter cuidado para que a assistência seja completa sem danos (SANTANA LF, et 
al.,2021) 
Santana (2022) enfatiza a necessidade de identificar os sinais e sintomas do IAM de forma 
rápida, com base em conhecimento científico e técnico, para interpretar resultados de 
exames como o eletrocardiograma e os de enzimas, com o objetivo de promover a saúde 
do paciente, prevenindo complicações futuras e prevenindo sua manifestação precoce. 
De acordo com Nascimento et al. (2023), o enfermeiro deve fornecer cuidados 
contínuos, tomar decisões rápidas e encaminhar os pacientes para instalações que ofereçam 
um suporte mais amplo, como a emergência ou a UTI, para estabilizar o quadro clínico 
e diminuir o risco de morte (Moraes et al 2023), destacam a ligação intrínseca entre o 
resultado do paciente e a classificação de risco, que direciona o fluxo de acordo com a 
gravidade e os protocolos de admissão, enfatizando a importância da identificação 
precoce para aumentar as chances de sobrevivência. 
De acordo com Silva et al. 2021, é crucial que o enfermeiro, ao receber o paciente 
pela primeira vez no serviço de emergência, reconheça os sintomas e forneça os cuidados 
adequados de forma rápida e eficaz. Soares et al. (2020) destacam a importância do 
enfermeiro na elaboração de planos assistenciais e na promoção do autocuidado, o que 
requer flexibilidade tanto por parte do paciente quanto da equipe de saúde. 
Obsеrvа-sе quе о сuidаdо étiсо е humаnizаdо dа еnfеrmаgеm соnsistе nо 
rеspеitо, е nа dignidаdе dо sаbеr сiеntifiсо е prátiсо. Numа unidаdе dе еmеrgênсiа, аssim 
соmо еm quаlquеr sеtоr dа árеа hоspitаlаr а аssistênсiа dе еnfеrmаgеm nãо dеvе sеr 
frаgmеntаdа, pоis dеstа fоrmа tоrnа-sе um аtеndimеntо dеsumаnizаdо, е nãо аtеndе аs 
nесеssidаdеs еspеrаdаs dо pасiеntе. Sеndо аssim, а humаnizаçãо е о сuidаdо 
sistеmаtizаdо, rеquеr um еspаçо étiсо, соm prоfissiоnаis sаudávеis, quаlifiсаdоs supridо dе 
invеstimеntо nа infоrmаçãо humаnа nоs quаis intеgrаm аs instituiçõеs. Nеstе sеntidо, 
еxpõе Pаulа, Ribеirо е Wеrnесk (2019, p. 1001) quе: 
O vеrdаdеirо сuidаdо humаnо primа pеlа étiса, еnquаntо еlеmеntо impulsiоnаdоr 
dаs аçõеsе intеrvеnçõеs pеssоаis е prоfissiоnаis, соnstituindо а bаsе dо prосеssо dе 
humаnizаçãо. [...] É imprеsсindívеl rесоnhесеr, аindа, quе о еxеrсíсiо dа аutоnоmiа, оu 
sеjа, а rеlаçãо sujеitо. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Diante do exposto, a diabete gestacional não tratada e controlada se torna um risco 
fatal para a gestante e o bebê, levando ao óbito. Deixando sequelas para vida toda. É por 
isso que é importante descobrir e compreender o diagnóstico precoce e tratamento eficaz. 
Mulheres grávidas com DMG são classificadas como um grupo de alto risco, o que 
representa um sério problema de saúde pública devido às altas taxas de morbidade e 
mortalidade materna e perinatal. Assim, essas mulheresenfrentam um risco aumentado de 
resultados negativos durante a gravidez. Diante desses riscos, os estudos revisados destacam 
dois aspectos importantes nos quais os enfermeiros devem intervir para garantir que 
complicações não prejudiquem a saúde da mãe e do bebê. 
Além disso, são fundamentais no acompanhamento, planejamento e orientação 
sobre tratamentos de doenças diagnosticadas mediante exames das gestantes desde o pré-
natal até o parto junto ao profissional de enfermagem e a equipe multidisciplinar. Deve-se 
proceder à orientação nutricional e à adoção de estilo de vida saudável, incluindo a prática 
de exercícios e o controle de peso corporal. 
Ficou claro que os profissionais de enfermagem prestam assistência às urgências 
e emergências obstétricas ao realizarem a triagem, monitorização dos sinais vitais, 
administração de medicamentos e controle de equipamentos. Nos estudos 
observou-se também que a procura por cuidados ginecológicos e obstétricos precisa ser 
mais bem informada durante o pré-natal na atenção primária, pois os sinais e sintomas 
das gestantes que buscam os serviços de urgência e emergência nem sempre refletem o 
atendimento ideal neste nível de cuidado. 
É essencial que o enfermeiro seja capacitado para compreender amplamente os 
aspectos emocionais e psicológicos que podem emergir. É importante intervir no 
autocuidado da gestante e realizar uma análise abrangente de sua nutrição, considerando os 
fatores sociais e culturais. Para alcançar sucesso na implementação dos planos de 
atendimento com a equipe, é necessário possuir qualificação adequada, comprometimento, 
e uma visão crítica e ágil, o que resulta em um atendimento de alta qualidade. Além disso, a 
insuficiência no dimensionamento da equipe, bem como a falta de equipamentos e insumos, 
cria grandes desafios para os enfermeiros e se torna um fator limitante para o sucesso nesse 
cenário. 
Um aspeto crucial no trabalho, que promove a humanização em situações de 
urgência e emergência, é o protocolo de acolhimento. Através do acolhimento, o 
atendimento ganha qualidade nas relações interpessoais, colocando o usuário como 
participante nos processos de promoção de saúde. A classificação de risco é uma 
ferramenta importante dentro dos serviços de urgência e emergência, que visa organizar de 
forma a praticar a escuta qualificada e priorizar os casos mais graves. Além disso, é 
considerada como um meio de promover a humanização nos serviços de urgência e 
emergência, principalmente através da escuta qualificada, observando não apenas aspectos 
da doença como também incluir os psicossociais. Dentro desse contexto, o enfermeiro 
geralmente é o profissional responsável por essa classificação e sua assistência deve ser 
baseada na humanização podendo ser alcançada através da escuta qualificada, prestando 
uma assistência segura, resolutiva e que considere esse paciente em sua integralidade. 
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