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EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Mercado Financeiro
Políticas Econômicas: Monetária, Fiscal e 
Cambial
Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
São Paulo, Março 2024
1
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Mini Currículo do Professor
Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Forte experiência em Finanças Corporativas, M&A, Valuation,
Project Finance e Controladoria adquirida durante a vida
acadêmica e profissional em consultorias, boutique de
investimento e em grandes multinacionais, tendo participado
de diversas transações. Atualmente é Assessor Financeiro e
Professor de Finanças Corporativas. Doutor pela Fundação
Getulio Vargas (EAESP-FGV), com estágio doutoral na
Universidade de Columbia em Nova York; Mestre em
Administração de Empresas pela Fundação Getulio Vargas
(EAESP-FGV), e Mestre em Finanças pela Universidade de São
Paulo (FEA-USP); formado em Administração de Empresas pela
Universidade de São Paulo (FEA-USP). Professor de Finanças no
Insper, na UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo, na FIA,
e na Saint Paul Escola de Negócios. Financial Advisor na Plata
Capital Partners e na Pezco Economic & Business Intelligence.
Sócio fundador do Finanças 101, canal no YouTube com vídeos
e aulas de finanças e economia.
Contato: jose.carrera@unifesp.br
2
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Fonte
• ASSAF NETO, Alexandre. Mercado Financeiro 14a Edição.
Atlas. São Paulo 2018
3
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Intermediação e Mercados Financeiros
• Ambiente da economia onde se realizam todas as transações com títulos, moedas e 
participações de capital
Mercado
Monetário
Mercado 
de Crédito
Mercado
de Capitais
Mercado
Cambial Derivativos
Mercados Financeiros
4
Controle da taxa 
de juros básicas e 
liquidez da 
economia
Financiamento de curto e 
médio prazo de ativos 
permanentes e capital de 
giro e demais 
investimentos. Une os 
emprestadores e 
tomadores de recursos
Conversão, ou 
troca, de moeda 
de um país pela 
de outro
Contratos privados 
cujo valor é quase 
todo derivado de 
algum ativo, taxa 
referencial ou índice
Mercado futuro e 
opções
Financiamento de 
longo prazo de ativos 
permanentes e capital 
de giro e demais 
investimentos. Une os 
emprestadores e 
tomadores de recursos
A taxa de juros é a moeda de troca desses mercados
4
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Visão Geral dos Segmentos e Finalidades
CurtoMonetários
Crédito
Capitais
Câmbio
Segmentos
Controle de liquidez monetária 
da economia, suprimentos 
momentâneos de caixa
Banco Central,
bancos comerciais
e múltiplos
Prazos Finalidade
Principais
Intermediários
Curto, médio e 
longo
Médio, longo e 
indeterminado
A vista e curto
Financiamento do consumo,
imóveis e capital de giro das
empresas
Financiamento de capital fixo,
transferência de propriedade,
reestruturação de passivos e
operações especiais
Transformação de valores 
em moedas
estrangeiras e nacional
Bancos comerciais e
múltiplos e financeiras
Bancos múltiplos e de 
investimentos, bolsas, 
corretoras e distribuidoras
Bancos comerciais
e múltiplos e 
corretoras de câmbio
55
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Políticas Econômicas
• A gestão da economia visa atender às necessidades de bens e serviços da sociedade e atingir determinados 
objetivos sociais e macroeconômicos
o Pleno emprego
o Distribuição de riqueza
o Estabilidade de preços 
o Crescimento econômico
• Para tanto, o governo atua na economia por meio de políticas econômicas
o Monetária
o Fiscal
o Cambial
• Os instrumentos das políticas econômicas são mais eficientes quando aplicados em mercados financeiros mais 
desenvolvidos
• Em mercados menos evoluídos, cuja pequena dimensão e alta concentração de riqueza limitam os efeitos desses 
instrumentos econômicos, o governo costuma promover maior intervenção no mercado
o Fixação das taxas de juros
o Controle direto do crédito
o Subsídios
6
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Mercado Monetário
• É no Mercado Monetário que se negociam os títulos de elevada liquidez e que 
proporcionam rendimento, os quais são chamados de quase-moeda
• Envolve as operações de curto e curtíssimo prazos, proporcionando um controle 
ágil e rápido da liquidez da economia e das taxas de juros básicas pretendidas pela 
política econômica das autoridades monetárias 
• Para controlar a liquidez da economia, a autoridade monetária (o Banco Central) 
atua no mercado disponibilizando recursos (através da compra de títulos) ou 
retirando recursos da economia (com a venda de títulos)
7
Investidores
• Gestão da liquidez 
de curto prazo
• Investimento
Bacen
• Controle da liquidez 
da economia
• Taxas de juros
Tesouro Nacional
• Financiamento da 
dívida pública
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Mercado Monetário: Principais Títulos
• Títulos Públicos emitidos pelo Tesouro Nacional (Bacen não emite títulos 
públicos federais)
o Tesouro Prefixado (Letras do Tesouro Nacional – LTN)
 Prefixado. Valor nominal múltiplo de R$ 1.000,00, sendo negociado no mercado com deságio (desconto) sobre o valor nominal. O resgate 
se dá pelo valor nominal do título.
o Tesouro Selic (Letras Financeiras do Tesouro – LFT)
 Pós-fixado. Rendimentos definidos pela média da taxa Selic. O resgate se dá pelo valor nominal acrescido do respectivo rendimento 
acumulado.
o Tesouro IPCA + (Notas do Tesouro Nacional – NTN)
 Rendimento pós fixado e atrelado a um indexador de preços da economia. Pode ter juros pagos periodicamente, como o NTN-B (Tesouro 
IPCA+ com juros semestrais) ou apenas no vencimento, como o NTN-B principal (Tesouro IPCA+)
• Títulos negociados entre instituições financeiras
o Certificados de Depósitos Interfinanceiros (CDI)
• Títulos de emissão privada
o Certificado de Depósito Bancário (CDB)
o Debêntures
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EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Mercado Monetário: Principais Títulos Públicos
9
Prefixados
Título Rendimento Remuneração
Tesouro Prefixado (LTN) Taxa Contratada No Vencimento
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (NTN-F) Taxa Contratada Semestral e no Vencimento
Pós-Fixados Indexados à Inflação
Título Rendimento Remuneração
Tesouro IPCA+ (NTN-B Principal) IPCA + Taxa Contratada No Vencimento
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais IPCA + Taxa Contratada Semestral e no Vencimento
Pós-Fixados Indexados à Taxa Selic
Título Rendimento Remuneração
Tesouro Selic (LFT) Selic + Taxa Contratada No Vencimento
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
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Mercado Monetário: Títulos Públicos
• Emitidos e garantidos pelo Governo Federal, Estadual ou Municipal para financiamento de suas atividades
• Finalidade de financiar a dívida pública, antecipar receitas ou serem utilizados como instrumentos de política 
monetária
• Alternativa de investimento para o mercado
• Venda de títulos públicos podem ser realizadas de três formas:
o Oferta pública com realização de leilões
 Leilão formal (primário): autoridade monetária divulgaao mercado as condições de negociação e os 
investidores efetivam as propostas de compra através do Selic
 Leilão informal (go round)
 Banco Central intervém no mercado, comprando ou vendendo títulos junto a instituições credenciadas a 
operar no mercado aberto, os dealers.
o Oferta pública sem a realização de leilões (venda direta pelo Tesouro)
 Tesouro Direto: programa de venda de títulos públicos para investidores pessoa física através da internet.
o Emissões destinadas a atender necessidades específicas previstas em lei.
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EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Política Monetária
• Enfatiza sua atuação sobre os meios de pagamento, títulos públicos e taxa de juros, 
modificando o nível de oferta do crédito e liquidez da economia
• Conjunto de medidas adotadas pelo Governo visando o controle da oferta de 
moeda/dinheiro (economia) na economia: impacto na taxa de juros e inflação
• A política monetária é geralmente executada pelo Banco Central (Bacen), que 
possui poderes e competência para controlar a quantidade de moeda na economia
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Instrumentos de 
Política Monetária
Recolhimento 
Compulsórios
Operações no mercado 
aberto (open market)
Redesconto e 
empréstimos de liquidez
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Política Monetária Expansionista vs. Política Monetária Restritiva
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Política Monetária Expansionista Política Monetária Restritiva
• Elevação da liquidez da economia
• Maior injeção de recursos nos mercados
• Elevação, em consequência, dos meios de 
pagamento
• Dinamização do consumo e investimento 
agregado com reflexos positivos sobre a 
expansão da atividade econômica
• Geralmente adotada em momentos de retração 
do nível da economia, podendo produzir 
inflação
• Redução da liquidez da economia
• Controle maior da injeção de recursos nos 
mercados
• Redução, em consequência, dos meios de 
pagamento
• Retração da demanda agregada de consumo e 
investimento e da atividade econômica
• Geralmente adotada quando o crescimento da 
demanda e dos investimentos se situarem 
acima da capacidade da oferta de moeda da 
economia, visando anular os efeitos da inflação
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Política Monetária: Recolhimentos (Depósitos) Compulsórios
• Percentual incidente sobre os depósitos captados pelos bancos que devem ser colocados à 
disposição do Banco Central
o Podem incidir não somente sobre os depósitos à vista dos bancos, mas, também, sobre os diferentes tipos 
de depósitos a prazo e depósitos de poupança
• É um instrumento de controle monetário bastante eficiente, já que atua diretamente sobre os 
meios de pagamento através do multiplicador bancário
• É adotado em quase todas as economias e do mundo, e tem por objetivo principal controlar 
a solvência dos patrimônio de seus depositantes
• Influi diretamente sobre o volume de dinheiro na economia, bem como a oferta do crédito e 
as taxas de juros praticadas
• Sempre que as autoridades monetárias alteram as taxas de recolhimento compulsório, é 
modificado o multiplicador bancário e, consequentemente, os meios de pagamento da 
economia, determinando uma expansão ou retração da atividade econômica
o Uma redução do depósito compulsório, libera recursos para atividade econômica, aumentando o fluxo 
dos meios de pagamento e reduzindo o custo do crédito
o Um aumento no depósito compulsório, faz com que mais recursos sejam retidos no Banco Central, e a 
atividade econômica retrai-se
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EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
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Política Monetária: Recolhimentos (Depósitos) Compulsórios
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Recursos a prazo = 31%
Recursos à vista = 21%
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Política Monetária: Redesconto e Empréstimo de Liquidez
• O Banco Central costuma realizar diversos empréstimos, conhecidos por 
empréstimos de assistência a liquidez, às instituições financeiras, visando equilibrar 
suas necessidades de Caixa
• Esse empréstimo constitui-se essencialmente em abertura de um crédito rotativo, 
firmado entre o Bacen e a instituição financeira, em que o Bacen cobra uma taxa de 
juros para o desconto dos títulos dos bancos
• Em geral, essa política de socorro financeiro junto ao Banco Central é uma das 
últimas alternativas selecionadas pelos bancos para cobrirem sua posição 
desfavorável de caixa. A operação revela um caráter mais punitivo
• A taxa de juros cobrada pelo Banco Central nessas operações é denominada taxa de 
redesconto
• A taxa de redesconto age sobre o nível de liquidez monetária da economia e, 
também, sobre as taxas de juros praticadas pelos bancos
o Se a taxa cobrada no redesconto for inferior àquela adotada pelo mercado, as instituições 
financeiras serão incentivadas a elevar a oferta de crédito
o Ao se elevar a taxa de redesconto, reduz-se, em consequência, a oferta de crédito no 
mercado, incentivando um aumento das taxas de juros
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EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
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Política Monetária: Operações de Mercado Aberto – Open Market
• Instrumento bastante ágil de política monetária a fim de melhor regular o 
fluxo monetário da economia e influenciar os níveis das taxas de juros
o Maior dinamismo e flexibilidade, podendo com isso produzir, de forma mais 
eficiente e rápida, os resultados almejados
• Compra e venda de títulos da dívida pública no mercado, processadas pelo 
Banco Central na qualidade de agente monetário do governo
• Compra de títulos públicos pelo Banco Central
o Política monetária expansionista: expansão no volume dos meios de pagamento da 
economia de forma a elevar sua liquidez e reduzir as taxas de juros vigente no curto 
prazo (injeta dinheiro na economia em troca o Banco Central recebe títulos públicos)
• Venda de títulos públicos pelo Banco Central
o Política monetária restritiva: redução no volume dos meios de pagamento da 
economia de forma a reduzir a oferta de moeda e diminuir a liquidez do mercado e, 
ao mesmo tempo, elevar as taxas de juros vigentes no curto prazo (retira dinheiro na 
economia em troca o Banco Central fornece títulos públicos)
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EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Política Monetária: Operações de Mercado Aberto – Open Market: Objetivos 
• Controle diário do volume de oferta de moeda, adequando 
a liquidez da economia à programação monetária do 
governo
• Manipulação das taxas de juros de curto prazo
oNão só em decorrência do volume da oferta da moeda, como 
também das taxas pagas pelas autoridades monetárias em suas 
operações com títulos públicos negociados
• Permite que as instituições utilizem suas disponibilidades 
monetárias ociosas em diversas operações financeiras 
(aplicações) de curto prazo e curtíssimo prazo
• Criação de liquidez para os títulos públicos, motivando as 
negociações com todos os demais títulos
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EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Política Monetária: Operações de Mercado Aberto – Open Market: Mercado 
Primário e Mercado Secundário
• Mercado primário
o Colocação dos títulos pela primeira vez
o Negociação direta e primária entre o emitente dos títulos (governo) e seus adquirentes (instituições 
financeiras)
o Costumam desenvolver-se por meio de leilões periódicos coordenados pelo Banco Central, nos quais sãoestabelecidas a priori as principais características da oferta (quantidade de títulos colocados em circulação, 
etc.)
 Formal: participam todas as instituições financeiras interessadas
 Informal (go around): os negócios são realizados primeiramente com os dealers (instituições financeiras legalmente 
credenciadas a atuar no mercado em nome do Banco Central) e repassados, em seguida, às demais instituições 
financeiras. Os brokers são corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários, legalmente habilitadas a 
operar pelo Banco Central, que tem por função básica promover a intermediação dos títulos entre dealers e os 
demais agentes do mercado
o Oferta pública sem a realização de leilões (venda direta pelo Tesouro Direto)
 Tesouro Direto: programa de venda de títulos públicos para investidores pessoa física através da internet.
o Emissões destinadas a atender a necessidades específicas previstas em lei
• Mercado secundário
o Transferência ou renegociação para terceiros dos títulos adquiridos no mercado primário, no qual não 
ocorre negociação direta entre o órgão público emitente do título e os poupadores
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EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Política Monetária: Operações de Mercado Aberto – Open Market: Dealers
• São pessoas físicas ou jurídicas que atuam na negociação de bens e serviços em 
geral no mercado, atuando por conta e risco próprios
• São considerados, em geral, especialistas nas transações com esses bens e serviços
• No Brasil, as autoridades monetárias, com o intuito de dar maior eficiência ao 
mercado secundário de títulos públicos, regularizaram um Sistema de dealers
o O Sistema nacional de dealers é constituído por instituições financeiras negociantes de títulos 
públicos credenciadas a operar com o Governo
o Os principais pré-requisitos para o credenciamento das instituições são possuir elevado 
padrão ético e moral, não possuir, a critério do Banco Central, qualquer restrição que não 
recomende o credenciamento, e apresentar um volume mínimo de operações
o Depois de credenciadas, as instituições são objeto de avaliações periódicas, sendo as de pior 
desempenho substituídas da lista por aquelas melhor classificadas no ranking estabelecido 
pelo Banco Central
• Os dealers também tem papel importante além de realizar a compra e venda de 
títulos, participar de leilões primários, repassar informações ao Banco Central sobre 
a atuação do mercado e expectativas
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EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Política Monetária: Operações de Mercado Aberto – Open Market:
Operações Compromissadas (Overnight) e Operações Definitivas
• Operações compromissadas
o Negociação de títulos assumindo o compromisso de resgatá-los dentro de um prazo 
fixado (geralmente um dia, “overnight”)
o Uma das partes assume o compromisso de efetuar uma negociação contrária 
àquela que realizou, em um prazo preestabelecido, geralmente um dia
o Nessas operações o Banco Central atua através de agentes credenciados (dealers), 
usando leilões informais
o Operações overnight no mercado aberto: uma instituição adquire títulos no 
mercado secundário com o compromisso de negociá-los no dia seguinte, sendo a 
taxa de juros fixada livremente entre as partes. Instituições financeiras geralmente 
se utilizam do overnight visando compor o equilíbrio de seu caixa. Os resultados são 
determinados com base nos juros pagos pelos títulos públicos que lastreiam as 
operações e aqueles calculados no overnight
• Operações definitivas
o Os títulos são adquiridos e incorporados na carteira da adquirente
o Essas negociações definitivas processam-se através de leilões com a participação de 
todas as instituições financeiras interessadas 
20
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Mercado Monetário: Selic – Sistema Especial de Liquidação e Custódia
• Na década de 70, as operações financeiras implicavam o manuseio e a movimentação física de títulos, com 
grande risco de fraude e extravio
• Criado em 1979 pela ANDIMA em parceria com o Banco Central
• Hoje em dia, grande parte dos títulos públicos negociados no mercado monetário são escriturais, ou seja, não 
são emitidos fisicamente, exigindo maior organização em sua liquidação e transferência
• Sistema eletrônico informatizado que processa o registro, a custódia e a liquidação financeira das operações 
realizadas com títulos públicos federais
o As transações no mercado aberto são controladas e custodiadas no SELIC, que registra os débitos e os créditos 
correspondentes às decisões de compra e venda de títulos públicos nas contas das instituições financeiras
• Visa garantir segurança, garantia da existência dos papeis e dos recursos para liquidação financeira, agilidade e 
transparência às transações
• A partir do SELIC a movimentação física foi substituída por registros eletrônicos, gerando maior eficiência e 
segurança
• Todos os títulos são escriturais: emitidos exclusivamente na forma eletrônica
• A taxa de juros apurada nas negociações deste títulos é conhecida por taxa Selic
• Como os títulos negociados no Selic são de grande liquidez e teoricamente risco mínimo (títulos públicos), a 
taxa Selic é aceita como uma taxa livre de risco da economia
2121
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Mercado Monetário: Taxa Selic
• Taxa Selic Meta
o Taxa básica de juros da economia brasileira, servindo de referência para a formação 
de juros no mercado
o Taxa básica de juros definida pelo Copom - Comitê de Política Monetária do Banco 
Central com base na previsão de inflação.
o É um parâmetro que o Banco Central gostaria que fosse praticado.
• Viés
o Pode ser de elevação ou de redução.
o Autoriza o presidente do Banco Central a alterar a Taxa na direção do viés.
• Taxa Selic Over ou Taxa Selic Diária
o Taxa efetivamente praticada no mercado
o Taxa média ponderada pelo volume das operações de um dia entre instituições 
financeiras com lastro em títulos públicos federais realizadas no sistema Selic
o Apurada e divulgada pelo Selic e expressa em base anual (252 dias úteis)
2222
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Mercado Monetário: COPOM – Comitê de Política Monetária
• Instituído em 20 de junho de 1996, com o objetivo de estabelecer as diretrizes da política monetária e definir a taxa de juros
• Está vinculado ao Banco Central
• A criação do Copom buscou proporcionar maior transparência e melhorar o processo decisório
• Objetivo:
o Estabelecer diretrizes de política monetária
o Definir a taxa Selic meta e seu eventual viés
o Analisar o relatório de inflação
o Cumprir as metas para a inflação
• Reuniões
o 8 ao ano (ocorrem a cada 45 dias aproximadamente)
o As reuniões ordinárias dividem-se em dois dias
 1º dia: apresentação da conjuntura doméstica
 2º dia: apresentação de alternativas para a taxa de juros de curto prazo e recomendações para a política monetária
o A decisão sobre a Selic meta e seu viés, se houver, são imediatamente comunicados ao mercado
 Viés: prerrogativa dada ao Presidente do Banco Central para alterar a taxa Selic meta a qualquer momento entre as reuniões ordinárias
• Composição
o Membros da Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil: o presidente do Banco Central, que tem o voto de qualidade; e os diretores de Administração, 
Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos, Fiscalização, Organização do Sistema Financeiro e Controle de Operações do Crédito Rural, Política 
Econômica, Política Monetária, Regulação do Sistema Financeiro, e RelacionamentoInstitucional e Cidadania.
23
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Mercado Monetário: CDI – Certificado de Depósito Interbancário
• Ao final de todo dia as instituições bancárias devem equilibrar as contas de débito e crédito.
• Ocorrendo falta ou sobra de recursos, o equilíbrio é acertado entre os bancos no mercado interfinanceiro, 
atuando como comprador ou vendedor de reservas, conforme posição de liquidez.
• As operações no interfinanceiro são lastreadas em CDI (Certificado de Depósito Interfinanceiro), de emissão 
das instituições financeiras participantes e com circulação restrita nesse mercado.
• O CDI é escritural, sendo os negócios do interfinanceiros controlados pela CETIP
• No caso de falta de caixa, as instituições financeiras podem recorrer ao Bacen por meio das operações de 
redesconto de liquidez (assistência financeira de liquidez). Espécie de crédito rotativo, porém com caráter 
punitivo (altas taxas de juros)
• Taxa DI
o Taxa média ponderada das operações realizadas entre instituições financeiras pelo prazo de um dia, com lastro em CDI
o Calculada diariamente e divulgada em bases anuais (252) pela CETIP – Central de Custódia e Liquidação. 
o Muito próxima à taxa Selic Over.
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Mercado Monetário: CETIP – Central de Custódia e de Liquidação Financeira 
de Títulos Privados
• Desenvolvido em 1986, como um sistema semelhante ao Selic, porém voltado para títulos privados e eventuais 
títulos públicos que se encontram em poder do setor privado da economia.
• Câmara de compensação que realiza a custódia escritural de ativos, registro e controle das operações no 
mercado de balcão e efetua a liquidação financeira
• Incorporada pela Bolsa de Valores (B3) em 2017
• Principais Títulos:
o Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI), que permite a transferência de recursos entre as instituições do sistema 
financeiro
o Certificado de Depósito Bancário (CDB)
o Debêntures
o Commercial Papers (notas promissórias)
o Letras Financeiras do Tesouro
o Cotas de Fundos de Investimento
• As taxas do CDI, conhecidas por Taxa DI, são provenientes da troca de posição financeira dos bancos entre si, e 
assim como a taxa Selic, também é utilizada como referência (benchmark) da taxa livre de risco no Brasil.
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Dinâmica do Mercado Monetário
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Governo 
(Tesouro Nacional)
Banco Central
Banco 1 Banco 2 Banco 3 Banco N
Títulos do tesouro
Títulos Privados (Sistema Cetip/B3) = CDI (ou DI)
Títulos Públicos (SELIC) = Selic Over
Leilão Informal
(go around)
Leilão Aberto
Formal
Mercado interbancário
Dealers Brokers
Mercado 
Secundário
Operações Compromissadas
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Resumo Política Monetária e Instrumentos
• Open Market
o Mercado aberto onde compra-se e vende-se títulos públicos federais
o O Banco Central pode comprar ou vender títulos públicos federais
o Instrumento mais ágil e eficaz (impacto no curto prazo)
• Redesconto
o Empréstimos do Banco Central para as instituições financeiras
o Geralmente utilizado em casos mais graves
o Tem caráter punitivo: taxas de juros mais elevadas
o Impacto no médio prazo
• Depósito Compulsório
o Recolhimento pelos bancos de um percentual sobre os valores depositados de acordo com política do 
Banco Central
o O recolhimento é feito em moeda ou em títulos públicos federais
o Limita a quantidade de recursos que os bancos podem emprestar
o Impacto no longo prazo
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Política Monetária Restritiva
• Controlar a disponibilidade de moeda (liquidez) na economia
o Controla a inflação
o Usada geralmente quando há uma expansão excessiva da economia e a inflação sai do controle
• Consequências esperadas:
o Aumento na taxa de juros
o Redução da inflação
o Redução do consumo, da renda, da produção e do PIB
• Meios:
o Venda de títulos públicos pelo Banco Central no Open Market
o Aumento das taxas de redesconto e redução dos prazos
o Aumento no percentual do depósito compulsório
Instrumentos Medidas Impacto
Liquidez
Impacto
Inflação
Impacto
Juros
Impacto
PIB
Open Market Venda de Títulos Públicos
Redução Redução Aumento
Redução:
Redução da renda,
consumo e produção
Redesconto Aumento nas taxas e redução nos prazos
Compulsório Aumento no percentual exigido
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EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Política Monetária Expansiva
• Aumentar a liquidez e oferta de moeda na economia
o Usada geralmente quando a economia vive um momento recessivo, sendo preciso estimular o crescimento
• Consequências esperadas:
o Redução na taxa de juros
o Aumento na inflação
o Aumento do consumo, da renda, da produção e do PIB
• Meios:
o Compra de títulos públicos pelo Banco Central no Open Market
o Redução das taxas de redesconto e aumento nos prazos
o Redução no percentual do depósito compulsório
29
Instrumentos Medidas Impacto
Liquidez
Impacto
Inflação
Impacto
Juros
Impacto
PIB
Open Market Compra de Títulos Públicos
Aumento Aumento Redução
Aumento:
Aumento da renda,
consumo e produção
Redesconto Redução nas taxas e aumento nos prazos
Compulsório Redução no percentual exigido
29
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Política Monetária: Efeitos do Aumento da Taxa de Juros na Economia (tudo 
mais constante)
• Incentivo à poupança (rendimento sobre aplicações 
financeiras ficam mais atrativos)
• Crédito mais restritivo às famílias e empresas
• Redução no consumo das famílias e empresas
• Redução no consumo leva a uma redução na 
produção
• Redução na produção leva uma redução na criação 
de empregos
• Redução na criação de empregos leva a uma 
redução na renda das famílias
• Redução no consumo, produção, e geração de 
empregos leva a um menor crescimento do PIB
• Menor demanda leva ao controle da inflação
30
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Política Monetária: Efeitos da Redução da Taxa de Juros na Economia (tudo 
mais constante)
• Incentivo ao consumo (rendimentos sobre 
aplicações financeiras ficam menos atrativos)
• Crédito mais acessível às famílias e empresas
• Aumento no consumo das famílias e empresas
• Aumento no consumo leva a um aumento na 
produção
• Aumento na produção leva a um aumento na 
criação de empregos
• Aumento na criação de empregos leva a um 
aumento na renda das famílias
• Aumento no consumo, produção, e geração de 
empregos leva a um maior crescimento do PIB
• Caso a produtividade não acompanhe a maior 
demanda haverá uma maior inflação
31
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
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IPCA - LTM CDI Over - LTM CDI REAL - LTM
Evolução IPCA vs. CDI Over - % Últimos 12 meses
32
Fonte: IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, e B3 – Bolsa, Brasil, Balcão
Pandemia
Juros Reais 
Negativos
Inflação > CDI
Alta Inflação e 
Juros Baixos
Redução da taxa de 
juros com inflação 
crescente
Economia não 
respondia aos 
incentivos
Recessão + Inflação
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Evolução IPCA vs. CDI Over – Mensal Anualizado
33
Fonte: IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, e B3 – Bolsa, Brasil, Balcão
-20,0%
-18,0%
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IPCA - Mensal Anualizado CDI Over - Mensal Anualizada CDI Real Mensal Anualizado
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Inflação
• A relação entre o volume de moeda na economia e a oferta de bens e 
serviços pode gerar inflação ou deflação
o Se a disponibilidade de moeda em poder das pessoas se elevar, sem a contrapartida 
do aumento da oferta de bens e serviços, esse aumento levará maior disposição dos 
agentes para consumir, forçando uma alta geral nos preços (inflação)
o Inflação: os consumidores irão dispender mais recursos para adquirir a mesma 
quantidade de bens e serviços
• Inflação: Aumento generalizado dos preços de determinada economia (não 
é de apenas 1 bem ou serviço, mas sim de uma cesta de bens e serviços)
• Fenômeno econômico que afeta o valor da moeda
• Quando o nível geral de preços cresce, o valor da moeda diminui: perda do 
poder de compra
• A quantidade de moeda disponível na economia determina o valor da moeda
34
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Causas Mais Comuns da Inflação
• Inflação de oferta ou de custos
o Aumento nos custos de produção que geram aumento nos preços, como salários, matéria-
prima, câmbio, etc.
• Inflação de demanda
o Expansão dos meios de pagamentos da economia acima da capacidade de crescimento 
apresentada da economia
o Excesso de demanda na economia que não pode ser atendido totalmente pela oferta
o Aumento do consumo na economia
o Pode ser decorrente do aumento da renda
• Inflação inercial
o Memória inflacionária
o Inflação passada + expectativa futura
• Inflação Crônica
o Aumento contínuo da quantidade de moeda na economia
o Emissão de moeda pelo governo como forma de financiar seu déficit
35
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Custos da Inflação
• Redução do poder de compra
• Sola de sapato - custo de se desfazer da moeda
• Menu - custo de remarcar preços
• Aumento da variabilidade dos preços relativos
• Distorções tributárias
• Confusão e inconveniência
• Redistribuição arbitrária de renda
36
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IBGE)
• É o índice oficial de inflação no Brasil
• Finalidade
o Medir a inflação de uma cesta de produtos e 
serviços comercializados no varejo, referentes 
ao consumo de uma família média brasileira
o Utilizado pelo Banco Central para o 
acompanhamento dos objetivos estabelecidos 
no sistema de metas de inflação
o Definição da política monetária
• Responsável
o Apurado e calculado mensalmente pelo IBGE –
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
• Abrangência Geográfica
o Regiões metropolitanas de 16 capitais 
brasileiras
 Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo 
Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Vitória, 
Curitiba, Porto Alegre, Brasília, Goiânia e Campo 
Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju
37
• Público Analisado
o Famílias com rendimentos mensais entre 1 e 40 
salários-mínimos, qualquer que seja a fonte de 
rendimentos
• Variáveis Analisadas
o Preços obtidos são os efetivamente 
cobrados ao consumidor para pagamento à vista
o A pesquisa é realizada em estabelecimentos 
comerciais, prestadores de serviços, domicílios e 
concessionárias de serviços públicos
• Metodologia
o Grupos de produtos e serviços: alimentação 
e bebidas; transportes; despesas pessoais; 
vestuário; habitação; saúde e cuidados 
pessoais; artigos de residência; 
comunicação; educação
 Subdivisão em outros itens e produtos e serviços 
finais
o A ponderação da cesta é feita com base nos 
valores de despesa obtidos na Pesquisa de 
Orçamentos Familiares – POF
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IBGE)
Pesos – Fevereiro 2023
• As ponderações dos bens e serviços e localidades mudam periodicamente para refletir a 
realidade da economia
38
Fonte: IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em Fevereiro/2023 - https://www.ibge.gov.br/estatisticas/economicas/precos-e-custos/9256-indice-nacional-de-
precos-ao-consumidor-amplo.html?=&t=resultados
1.Alimentação e 
bebidas 2.Habitação 3.Artigos de 
residência 4.Vestuário 5.Transportes 6.Saúde e cuidados 
pessoais
7.Despesas 
pessoais 8.Educação 9.Comunicação
Brasil 21,8797 15,2306 3,9599 4,8045 20,443 13,0028 10,0872 5,6368 4,9555
Belém (PA) 28,1161 15,6673 3,8165 6,5379 17,7977 12,5996 7,6386 3,4578 4,3683
Fortaleza (CE) 24,7778 16,3938 4,1967 4,9369 19,0201 13,0297 7,5375 6,1584 3,949
Recife (PE) 24,4366 13,6964 4,2701 6,0644 18,7573 14,4491 8,4811 5,6881 4,1569
Salvador (BA) 23,4959 14,0747 4,1865 5,4376 18,5301 14,6837 9,8952 5,5985 4,0977
Belo Horizonte (MG) 22,9308 12,7704 4,2634 5,097 19,6271 14,251 10,5282 5,2366 5,2954
Grande Vitória (ES) 18,3691 15,4627 3,8971 4,0313 23,7449 15,4567 8,5968 5,1438 5,2975
Rio de Janeiro (RJ) 21,0024 18,198 3,1562 3,8736 20,0006 12,9326 9,2854 5,1579 6,3932
São Paulo (SP) 20,5894 16,5987 3,7624 4,2411 19,6675 12,6643 11,0679 6,4322 4,9764
Curitiba (PR) 21,6704 13,8628 4,2079 4,9771 26,0107 10,3717 9,3311 5,248 4,3204
Porto Alegre (RS) 22,0912 14,1896 4,5527 5,1495 20,342 12,8577 10,412 4,7742 5,6311
Rio Branco (AC) 24,1737 12,5382 4,7598 7,1987 22,7295 12,4153 8,1028 2,9428 5,1392
São Luís (MA) 26,8888 13,5938 4,8375 6,6445 17,964 13,1105 7,968 4,7156 4,2773
Aracaju(SE) 23,0387 12,5782 3,3014 5,9679 18,0621 16,2128 9,1139 7,1852 4,5399
Campo Grande (MS) 22,7591 15,5518 4,616 5,0529 21,3617 12,6142 9,1736 4,1694 4,7014
Goiânia (GO) 21,4919 13,4392 4,0609 4,8751 24,0857 12,3472 10,3451 5,355 3,9998
Brasília (DF) 17,51 13,3766 3,6261 4,5907 22,5491 13,8373 12,2684 7,086 5,1556
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IBGE)
Pesos Regionais – Fevereiro/2023
39
Pesos
BRASIL 100,00
Rio Branco 0,51
Belém 3,94
São Luís 1,62
Fortaleza 3,23
Recife 3,92
Aracaju 1,03
Salvador 5,99
Belo Horizonte 9,69
Vitória 1,86
Rio de Janeiro 9,43
São Paulo 32,28
Curitiba 8,09
Porto Alegre 8,61
Campo Grande 1,57
Goiânia 4,17
Brasília 4,06
Fonte: IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em Fevereiro/2023 - https://www.ibge.gov.br/estatisticas/economicas/precos-e-custos/9256-indice-nacional-de-
precos-ao-consumidor-amplo.html?=&t=resultados
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
O Efeito da Inflação no Poder de Compra
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31/Dezembro/1994 28/Fev/2023
Fator IPCA Acumulado de 31/Dez/1994 até 28/Fev/2023
6,21347
R$ 15,49R$ 100,00
Fonte IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor (IBGE/SNIPC)
O poder de compra de R$ 100,00 em 
31/Dezembro/1994 transformou-se em R$ 15,49 em 
28/Fevereiro/2023 pela inflação acumulada
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
O Efeito da Inflação no Poder de Compra
41
Fonte IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor (IBGE/SNIPC)
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Ofertas Válidas até 23/Julho/1994
42
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Comparando valores em dólares de diferentes épocas
• A inflação faz com que seja mais difícil de comparar valores em dólares de 
diferentes épocas
• Será que salário mínimo têm mais poder de compra em dezembro de 
31/Dezembro/1994 ou em 31/Outubro/2020?
o Salário Mínimo em 31/Dezembro/1994 = R$ 70,00
o Salário Mínimo em 31/Março/2022 = R$ 1.212,00 
o Fator IPCA acumulado de 31/Dezembro/1994 até 31/Março/2020 = 6,21347
 Cesta de Bens e Serviços em 31/Outubro/2020 / Cesta de Bens e Serviços em 31/Março/1994 
= 6,21347
43
Montante Hoje = Montante Ano t * Inflação Acumulada de t até hoje
Montante Hoje = R$ 70,00 * 6,21347
Montante Hoje = R$ 434,94
Portanto, o Salário Mínimo em 31/Março/2022 tem maior poder de compra do que o Salário Mínimo em
31/Dezembro/1994 (houve aumentos reais de salário)
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Exercício Inflação
44
• Uma empresa vende 10 milhões de unidades, e cada
unidade é vendida por $10,00
• Se o volume aumentar 10% e o preço de venda aumentar
10% por conta da inflação, quanto o faturamento ira
aumentar percentualmente?
• Ahhhh, essa é fácil!!! Se o volume aumenta 10% e o preço
aumenta 10%, o faturamento aumenta 20% (10%+10%).
• Será que é isso mesmo???
(=) Receita $100 milhões
Volume 10 milhões
(*) Preço $10,00
Inicial Final
+ 10%
+ 10%
11 milhões = 10*(1+10%)
$11,00 = $10*(1+10%)
$121 milhões
$121/$100 – 1 = 0,21 ou 21%
Crescimento real
(sem inflação)
Crescimento nominal
(com inflação)
Embora a lógica esteja correta, não 
podemos simplesmente somar o 
crescimento de volume com o crescimento 
de preço pois eles não são eventos 
independentes
Eles acontecem conjuntamente e 
combinadamente ao mesmo tempo
Além de vender 10% a mais em termos de 
volume, cada unidade vendida é vendida 
10% mais cara por conta da inflação, ou 
seja, é impacto sobre impacto
Portanto, embora a lógica de somar os 
impactos esteja correta, para proceder a 
conta devemos combinar os impactos 
utilizando fatores
𝑪𝒓𝒆𝒔𝒄𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝑵𝒐𝒎𝒊𝒏𝒂𝒍 = 𝟏 + 𝑪𝒓𝒆𝒄𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝑹𝒆𝒂𝒍 ∗ 𝟏 + 𝑰𝒏𝒇𝒍𝒂çã𝒐 − 𝟏
𝑪𝒓𝒆𝒔𝒄𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝑹𝒆𝒂𝒍 =
𝟏 + 𝑪𝒓𝒆𝒄𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝑵𝒐𝒎𝒊𝒏𝒂𝒍
𝟏 + 𝑰𝒏𝒇𝒍𝒂çã𝒐
− 𝟏
Inflação
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Taxa de Juros Real vs. Taxa de Juros Nominal
• A taxa de juros nominal:
o Taxa de juros não corrigida pela inflação
• A taxa de juros real:
o Taxa de juros corrigida pela inflação
o A taxa de crescimento do poder de compra
45
Só ficamos REALMENTE mais
ricos quando nossa
rentabilidade supera a perda
do nosso poder de compra
causada pela inflação
𝑻𝒂𝒙𝒂 𝑹𝒆𝒂𝒍 =
𝟏 + 𝑻𝒂𝒙𝒂 𝑵𝒐𝒎𝒊𝒏𝒂𝒍
𝟏 + 𝑻𝒂𝒙𝒂 𝒅𝒆 𝑰𝒏𝒍𝒂çã𝒐
− 𝟏
𝑻𝒂𝒙𝒂 𝑵𝒐𝒎𝒊𝒏𝒂𝒍 = 𝟏 + 𝑻𝒂𝒙𝒂 𝑹𝒆𝒂𝒍 ∗ 𝟏 + 𝑻𝒂𝒙𝒂 𝒅𝒆 𝑰𝒏𝒍𝒂çã𝒐 − 𝟏
12%
-4%
7,69%
Taxa 
Nominal
Inflação Taxa Real
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Exercício: Taxas Nominais vs. Taxas Reais
• Qual o rendimento real de uma caderneta de poupança que rende 3% ao ano se a inflação no período foi de
4%?
o Fórmula de Fischer: 𝑻𝒂𝒙𝒂 𝑹𝒆𝒂𝒍 =
𝟏 𝑻𝒂𝒙𝒂 𝑵𝒐𝒎𝒊𝒏𝒂𝒍
𝟏 𝑻𝒂𝒙𝒂 𝒅𝒆 𝑰𝒏𝒇𝒍𝒂çã𝒐
− 𝟏
o Taxa Real = (1 + 3%)/(1 + 4%) – 1
o Taxa Real = (1 + 0,03)/(1 + 0,04) – 1
o Taxa Real = 1,03/1,04 – 1
o Taxa Real = 0,9904 – 1
o Taxa Real = -0,0096 ou -0,96%
• Qual o rendimento real de um CDB que rende 12% ao ano se a inflação no período foi de 7%?
o Fórmula de Fischer: 𝑻𝒂𝒙𝒂 𝑹𝒆𝒂𝒍 =
𝟏 𝑻𝒂𝒙𝒂 𝑵𝒐𝒎𝒊𝒏𝒂𝒍
𝟏 𝑻𝒂𝒙𝒂 𝒅𝒆 𝑰𝒏𝒇𝒍𝒂çã𝒐
− 𝟏
o Taxa Real = (1 + 12%)/(1 + 7%) – 1
o Taxa Real = (1 + 0,12)/(1 + 0,07) – 1
o Taxa Real = 1,12/1,07 – 1
o Taxa Real = 1,0467 – 1
o Taxa Real = 0,0467 ou 4,67%
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IGP-M – Índice Geral de Preços do Mercado (Ibre/FGV)
• Finalidade
o Divulgado pela primeira vez em Novembro de 1947
o Foi concebido para ser uma medida abrangente do movimento de preços: objetivo de considerar não apenas diferentes atividades como também 
etapas distintas do processo produtivo
o É o índice mais utilizado para a correção de contratos de aluguel e como indexador de algumas tarifas como energia elétrica
• Responsável
o Ibre - Instituto Brasileiro de Economia da FGV – Fundação Getulio Vargas
• Público Analisado
o Indicador com ampla cobertura que engloba o atacado, o varejo e a construção civil
• Metodologia
o É composto pela média ponderada do:
 IPA-M – Índice de Preços por Atacado (60%)
 IPC-M – Índice de Preços ao Consumidor (30%)
 INCC-M – Índice Nacional de Custo da Construção (10%)
o Os pesos representam a importância relativa de cada um desses índices para a despesa interna bruta
• Periodicidade
o Do dia 21 do mês anterior ao dia 20 do mês de referência
o Divulgado no último dia útil do mês de referência
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INCC – Índice Nacional de Custo da Construção (Ibre/FGV)
• Finalidade
o Aferir a evolução dos custos de construções habitacionais
o Primeiro índice oficial de custo da construção civil no país. Divulgado pela 1ª vez em 1950, mas sua série histórica retroage
a janeiro de 1944
o De inicio, o índice cobria apenas a cidade do Rio de Janeiro, então capital federal e sua sigla era ICC. Nas décadas 
seguintes, a atividade econômica descentralizou-see a FGV passou a acompanhar os custos da construção em outras 
localidades
o Em fevereiro de 1985, para efeito de cálculo do IGP, o ICC deu lugar ao INCC
o Atualização monetária do preço de imóveis
• Responsável
o Ibre - Instituto Brasileiro de Economia da FGV – Fundação Getulio Vargas
• Metodologia
o Atualmente a coleta é feita em 7 capitais (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre e 
Brasília)
o Considera os valores de materiais, equipamentos, serviços e mão de obra. Dentro disso, o custo de materiais é dividido em 
três grupos: estruturais, instalações e acabamentos. A FGV obtém esse dado a partir de orçamentos analíticos de empresas 
de engenharia civil.
o O índice é divulgado nas versões 10, M e DI, e a diferença entre eles é basicamente o período de coleta dos dados
 Os dados referentes ao INCC-M são coletados entre o dia 21 do mês anterior e o dia 20 do mês vigente. A coleta para o INCC-DI, por sua 
vez, ocorre entre o primeiro e o último dia do mês. Já para o INCC-10, como seu nome diz, ocorre entre o dia 11 do mês anterior até o dia 
10 do mês de referência
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Política Fiscal
• A política fiscal centraliza suas preocupações nos gastos do setor público e nos impostos 
cobrados da sociedade
• Procura, por meio de maior eficácia no equilíbrio entre a arrecadação tributária e as despesas 
governamentais, atingir determinados objetivos macroeconômicos e sociais
• O governo, ao modificar a carga tributária dos consumidores, influencia também em sua 
renda disponível e, em consequência, no consumo agregado
o Tendo que pagar mais impostos, por exemplo, o consumidor é levado a reduzir seus níveis de poupança e, 
muito provavelmente, a quantidade de bens e serviços que costuma adquirir. Logo, um aumento de 
impostos tem por contrapartida esperada uma redução do consumo da população (demanda agregada)
o Se o governo elevar a cobrança de impostos das empresas, duas importantes repercussões estão previstas: 
redução dos resultados, o que torna o capital investido menos atraente, e também menor capacidade de 
investimento, por acumular menores fluxos de caixa
• Alterações na política de cobrança de impostos promovem modificações na demanda da 
economia para consumo e investimento e, identicamente, na situação de equilíbrio da 
renda nacional
• Por outro lado, gastos maiores nas despesas do governo costumam promover incremento na 
demanda agregada, alterando de forma positiva a renda nacional
• Sempre que se verificarem alterações na política fiscal, por meio de impostos e gastos, isso 
se reflete também no orçamento do governo
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Política Fiscal: Orçamento Fiscal
• Receitas Tributárias
o Diversos impostos e taxas cobrados dos agentes econômicos
• Despesas
o Consumo e investimento realizadas
• Se as despesas forem maiores que as receitas, há um déficit 
orçamentário, e essa necessidade deve ser coberta mediante 
novas emissões monetárias e de títulos públicos
o Tanto a colocação de títulos públicos como a emissão de moedas tem 
reflexos no equilíbrio do Sistema monetário, alterando o volume de 
meios de pagamento e o nível de taxas de juros do mercado
o É importante, diante disso, que as políticas fiscal e monetária sejam 
estabelecidas de forma complementar, minimizando os desequilíbrios 
que cada uma das políticas econômicas impõe isoladamente aos 
mercados
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Política Fiscal: Dívida Pública Federal – DPF
• Dívida contraída pelo Governo no mercado, com diversos agentes econômicos, como bancos, investidores, organismos 
financeiros nacionais e internacionais e governos estrangeiros
• Objetivos
o Antecipar receitas de impostos para financiar seus gastos, financiar investimentos sociais e em infraestrutura, acumular divisas estrangeiras e 
executar política monetária, controlando o nível e liquidez e atividade do Sistema
• Dívida Pública Federal Interna
o Captada e paga em moeda nacional
o Débitos do governo assumidos perante credores residentes no país, sendo os principais instituições financeiras, fundos de pensão, investidores 
privados
o A maior parte da dívida pública interna do Brasil é constituída por títulos públicos, sendo conhecida por dívida mobiliária interna
o Atualmente a dívida pública federal interna é securitizada, representada por títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional. Essa dívida é 
denominada Dívida Mobiliária Federal (DPMF)
• Dívida Pública Federal Externa
o Todos os débitos de um país com residentes externos
o Pode originar-se no próprio governo, e também de outros agentes econômicos, como empresas estatais e privadas
o Os credores geralmente são entidades financeiras internacionais como o FMI – Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial, fundos de 
pensão, bancos e outros governos
o Classificada como bruta quando apurada sem excluir as reservas de moedas estrangeiras mantidas pelo país, e líquida quando deduzidas as 
reservas monetárias da dívida bruta
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Política Fiscal: Dívida Pública
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Governo
Financiamento das Atividades
Aumento de 
Impostos
Emissões 
Monetárias
Empréstimos 
Internacionais
Colocação de 
Títulos no Mercado
Déficit
Dívidas ao Tesouro comprometendo parte da arrecadação
Freio ao Consumo 
e Investimento Inflação Dívida Externa Aumento de Juros 
(maior risco)
Desvia recursos do setor 
privado e desestimula a 
atividade produtiva
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Política Fiscal: Dívida Pública (Janeiro 2023)
Estoque da DPF
53
Fonte: Tesouro Nacional: https://www.tesourotransparente.gov.br/publicacoes/relatorio-mensal-da-divida-rmd/2023/1
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Política Fiscal: Dívida Pública (Janeiro 2023)
Composição da DPF
54
Fonte: Tesouro Nacional: 
https://www.tesourotransparente.gov.br/public
acoes/relatorio-mensal-da-divida-rmd/2023/1
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Política Fiscal: Dívida Pública (Janeiro 2023)
Detentores da DPMFi
55
Fonte: Tesouro Nacional: 
https://www.tesourotransparente.gov.br/public
acoes/relatorio-mensal-da-divida-rmd/2023/1
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Política Fiscal: Dívida Pública (Janeiro 2023)
Vencimentos por Detentor da DPF
56
Fonte: Tesouro Nacional: 
https://www.tesourotransparente.gov.br/public
acoes/relatorio-mensal-da-divida-rmd/2023/1
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Política Fiscal: Dívida Pública (Janeiro 2023)
Vencimentos da DPF
57
Fonte: Tesouro Nacional: 
https://www.tesourotransparente.gov.br/public
acoes/relatorio-mensal-da-divida-rmd/2023/1
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
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Política Fiscal: Dívida Pública (Janeiro 2023)
Prazo Médio da DPF
58
Fonte: Tesouro Nacional: 
https://www.tesourotransparente.gov.br/public
acoes/relatorio-mensal-da-divida-rmd/2023/1
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Cursode Ciências Contábeis
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Política Fiscal: Dívida Pública (Janeiro 2023)
Vida Média da DPF
59
Fonte: Tesouro Nacional: 
https://www.tesourotransparente.gov.br/public
acoes/relatorio-mensal-da-divida-rmd/2023/1
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
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Política Fiscal: Dívida Pública (Janeiro 2023)
Custo Médio do Estoque da DPF
60
Fonte: Tesouro Nacional: 
https://www.tesourotransparente.gov.br/public
acoes/relatorio-mensal-da-divida-rmd/2023/1
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Política Fiscal: Dívida Pública (Janeiro 2023)
Custo Médio do Estoque e da Emissão da DPMFi
61
Fonte: Tesouro Nacional: 
https://www.tesourotransparente.gov.br/public
acoes/relatorio-mensal-da-divida-rmd/2023/1
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Dívida Bruta Pública como % do PIB
• Comumente relativizamos o tamanho da dívida pública pelo tamanho da economia 
(PIB) de um país
o Este indicador possui algumas limitações como não considerar a maturidade da dívida e a taxa 
de juros da economia
o Por exemplo: uma economia com perfil de sua dívida vencível no longo prazo pode apresentar 
uma relação dívida/PIB maior que outra economia com dívidas concentradas no curto prazo
62
Fonte: SGS - Sistema Gerenciador de Séries Temporais do Banco Central: https://www3.bcb.gov.br/sgspub/localizarseries/localizarSeries.do?method=prepararTelaLocalizarSeries
Série: 13762 - Dívida bruta do governo geral (% PIB)
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Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Dívida Pública: NFSP – Necessidade de Financiamento do Setor Público
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Receitas Brutas 
de Impostos
Transferências 
do Governo
Receitas Líquidas 
de Impostos
Receitas Líquidas 
de Impostos
Gastos Correntes 
de Consumo do 
Governo
Poupança em 
Conta Corrente
Poupança em 
Conta Corrente
Investimento 
Governamental
Superávit ou 
Déficit Público
Capacidade de honrar as 
despesas correntes de 
consumo do governo
Juros da dívida pública, 
subsídios e dotações à 
previdência social
Capacidade de 
investimento do 
governo sem 
recorrer a outras 
formas de 
financiamento
Nominal
(total)
Operacional
Déficit
NFSP
Necessidade de 
Financiamento 
do Setor Público
Inclui todas as receitas e 
despesas incorridas pelos 
governos federal, estadual 
e municipais, inclusive 
previdência social
Inflação e 
Correção 
Monetária e 
Cambial
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Política Fiscal: Déficit ou Superávit Primário
• Diferença entre as receitas de natureza não financeira e as despesas também não financeiras
• Inclui todas as receitas e despesas realizadas pelo governo menos as despesas com juros
o Despesas obrigatórias: Governo não tem liberdade de decidir e não pode deixar de fazer (ex: salários)
o Despesas discricionárias: sobre as quais o Governo tem liberdade de decidir
• Referência de como está sendo implementada a política fiscal, relacionando as receitas formadas pelos impostos com as despesas 
correntes e de investimento do governo, desconsiderando as influências das taxas de juros da dívida
64
NFSP positivo = déficit
Fonte: SGS - Sistema Gerenciador de Séries Temporais do Banco Central: https://www3.bcb.gov.br/sgspub/localizarseries/localizarSeries.do?method=prepararTelaLocalizarSeries
Série: 5717 - NFSP sem desvalorização cambial (% PIB) - Fluxo acumulado em 12 meses - Resultado nominal - Total - Governo Federal e Banco Central - %
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NFSP sem desvalorização cambial (% PIB) - Fluxo acumulado em 12 meses - Resultado 
nominal - Total - Governo Federal e Banco Central
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Resultado Primário do Governo Central
65
Fonte: Tesouro Nacional: https://www.tesourotransparente.gov.br/publicacoes/boletim-resultado-do-tesouro-nacional-rtn/2022/12
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Resultado Primário 
do Governo Central
66
Fonte: Tesouro Nacional: 
https://www.tesourotransparente.go
v.br/publicacoes/boletim-resultado-
do-tesouro-nacional-rtn/2022/12
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Evolução do Resultado Primário do Governo Central
67
Fonte: Tesouro Nacional: https://www.tesourotransparente.gov.br/publicacoes/boletim-resultado-do-tesouro-nacional-rtn/2022/12
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Resultado Fiscal do Governo Central
68
Fonte: Tesouro Nacional: https://www.tesourotransparente.gov.br/publicacoes/boletim-resultado-do-tesouro-nacional-rtn/2022/12
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Receita Líquida Pública
69
Fonte: Tesouro Nacional: https://www.tesourotransparente.gov.br/publicacoes/boletim-resultado-do-tesouro-nacional-rtn/2022/12
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Despesas Primárias do Governo Central
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Fonte: Tesouro Nacional: https://www.tesourotransparente.gov.br/publicacoes/boletim-resultado-do-tesouro-nacional-rtn/2022/12
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Evolução e Composição da Receita Líquida Pública
71
Fonte: Tesouro Nacional: https://www.tesourotransparente.gov.br/publicacoes/boletim-resultado-do-tesouro-nacional-rtn/2022/12
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Evolução das Despesas Públicas
72
Fonte: Tesouro Nacional
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Evolução das Despesas Públicas Obrigatórias
73
Fonte: Tesouro Nacional
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Evolução das Despesas Totais do Governo Central
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Fonte: Tesouro Nacional
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Evolução dos Investimentos Públicos
75
Fonte: Tesouro Nacional: https://sisweb.tesouro.gov.br/apex/f?p=2501:9::::9:P9_ID_PUBLICACAO_ANEXO:7115
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Dívida Pública Interna vs. Selic
• A taxa Selic é um instrumento de política monetária bastante utilizado pelo Banco Central 
para controle da inflação
o A expectativa é que juros mais altos gerem um desestímulo ao consumo e forçam, em contrapartida, uma 
redução nos preços dos bens e serviços
• Porém, uma alta nos juros também pode provocar uma alteração na dívida pública
• Além disso, uma possível retração da economia provocada pela alta dos juros básicos costuma 
trazer uma indesejável queda no recolhimento de impostos, afetando negativamente o déficit 
público
• A definição da taxa básica adequada de juros da economia é uma tarefa complexa, 
fundamental para promover o crescimento da atividade econômica
o Juros altos, entendidos como fixados acima de um limite recomendável para a economia, promovem um 
desincentivo ao investimento produtivo, gerando uma retração econômica. Os recursos são canalizados 
para aquisição de títulos públicos, elevando a dívida pública e o montante de encargos financeiros nas 
contas públicas. Em resposta o governo reduz também seus gastos e investimentos concentrando seus 
esforços na criação de um resultado primário visando cobrir as crescentes despesas com juros dos títulos 
negociados
o Por outro lado, taxas de juros definidas em níveis inferiores ao patamar entendido como ideal para a 
economia promovem um forte incentivo ao consumo, com pressões evidentes sobre a inflação. Por falta de 
financiamento, a produção tem dificuldades em acompanhar a maior demanda e os preços tendem a subir. 
Visando controlar o excesso de liquidez da economia, o Governo é forçado a elevar os juros básicos para 
emitir mais títulos públicos
76
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Círculo Vicioso
• O aumento da dívida pública pelo financiamento do 
déficit traz como preocupação o comprometimento 
do caixa do governo e o aumento dos juros da 
economia, prejudicando o setor produtivo e 
onerando, ainda, suas metas de crescimento 
econômico
• Numa situação de elevação do déficit das contas 
nacionais, qualquer decisão de financiamento que 
venha a ser tomada embute repercussões sobre os 
agregados macroeconômicos
• A economia entra num círculo vicioso ao financiar 
seu déficit público crescente: títulos públicos 
promovem juros maiores, que são amortizados por 
novas emissões de títulos, desequilibrando 
novamente o sistema econômico
o O governo, ao melhor remunerar os poupadores com 
juros mais elevados nos títulos de sua emissão, desvia 
recursos do setor privado para cobrir suas despesas 
correntes, desestimulando a atividade produtiva
o O mercado torna-se mais especulativo e menos 
interessante aos investimentos empresariais, 
sacrificando a expansão do consumo
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Emissão de 
Mais Títulos
Juros 
Maiores
Desequilíbrio 
do Sistema 
Econômico
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Taxa Selic: Causa e Consequência
• Causa – Política Monetária
oA Selic pode ser utilizada como “remédio” do Banco Central para 
controlar a inflação garantindo que ela esteja dentro da meta 
estabelecida no Conselho Monetário Nacional – CMN
• Consequência – Política Fiscal
oUma política fiscal expansionista com sucessivos deficits pode 
levar ao aumento da inflação e aumento da Selic
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Equilíbrio entre política monetária e política fiscal é fundamental para o crescimento do país
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Mercado Cambial
• Segmento financeiro em que ocorrem operações de compras e vendas de moedas 
internacionais conversíveis, ou seja, em que se verificam conversões de moeda 
nacional em estrangeira e vice-versa
• No Brasil, a política cambial é definida pelo CMN – Conselho Monetário Nacional e 
regulamentada e executada pelo Banco Central, que atua nesse mercado visando 
controlar as reservas cambiais da economia e manter o valor da moeda nacional em 
relação a outras moedas internacionais
• As operações de câmbio são realizadas entre os agentes autorizados e entre esses 
agentes e seus clientes
79
Nível de reserva monetária
Liquidez da economia
Taxa de inflação doméstica
Política interna de jurosTaxa de Câmbio 
influenciada por
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Política Cambial
• Baseada na administração das taxas de câmbio, ou preço de 
moedas estrangeiras
• Promove alterações das cotações cambiais, e, de forma mais 
abrangente no controle das transações internacionais 
executadas por um país
• É fixada de maneira a viabilizar as necessidades de expansão da 
economia e promover seu desenvolvimento econômico
• Identicamente às demais políticas econômicas, a cambial deve 
ser administrada, evitando-se conflitos com outros agregados 
macroeconômicos
o Por exemplo: uma forte expansão das exportações pode promover, pela 
conversão de divisas em moeda nacional, um crescimento acentuado da 
base monetária, gerando pressões inflacionárias na economia 
prejudicando o controle de juros
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Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Mercado Cambial: Taxa de Câmbio
• Preço ou conversibilidade de uma moeda estrangeira
o 1 USD = 4,75 BRL (é necessário 4,75 BRL para comprar um USD)
o Taxa de câmbio = 4,75 BRL/USD
o Se, em algum dia, for necessário mais BRL para adquirir a mesma quantidade de 
USD, conclui-se que o BRL se desvalorizou, em caso contrário, entende-se que o BRL 
se valorizou frente ao USD
• Expressa uma relação entre unidade de uma moeda e outra, ou seja, uma 
relação entre os valores das moedas
• A principal característica do comércio internacional reside na utilização de 
diferentes moedas, representativas das economias envolvidas nas operações
• Gera-se, com isso, uma necessidade de estabelecer a conversibilidade de 
uma moeda em outra, definida pela taxa de câmbio
• A moeda de uma economia é como se fosse um produto, negociável no 
mercado, que pode ser comprado ou vendido a determinado preço em 
relação a outra moeda
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Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Mercado Cambial: Câmbio Comercial e Câmbio Turismo
• No Brasil, as taxas de câmbio são livremente pactuadas entre os 
agentes (compradores e vendedores de moedas estrangeiras) e a 
instituição financeira autorizada pelo Bacen a operar no mercado 
cambial
• As taxas de câmbio de mercado são divulgadas diariamente ao 
mercado indicando as cotações das diversas moedas estrangeiras
• Câmbio Comercial
o Taxa de câmbio utilizada no comércio internacional, para importações e 
exportações, pagamentos internacionais de juros e dividendos, 
empréstimos externos, investimento de capital, etc.
• Câmbio Turismo
o Negociações de moeda estrangeira para operações de turismo e demais 
despesas relacionadas
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Mercado Cambial: Taxa de Câmbio PTAX
• Indicador oficial do Banco Central para divulgar a cotação das moedas estrangeiras 
negociadas no Brasil
• Cotação calculada para todas as moedas e divulgada diariamente. Como o dólar é a 
moedaestrangeira mais negociada, geralmente associa-se geralmente a PTAX a esta 
moeda
• Cálculo
o Calculada através do Sisbacen (Sistema de Informações do Banco Central) – que liga o Banco 
Central às instituições financeiras
o São realizadas quatro consultas diárias às instituições credenciadas como dealers de câmbio
o As janelas de consulta são realizadas ao longo do dia nos seguintes horários: entre as 10h e 
10h10; entre às 11h e as 11h10; entre às 12h e 12h10; e, entre as 13h e às 13h10
o Os resultados de cada consulta serão definidos pela média das respectivas cotações, 
excluídos os dois maiores e os dois menores valores informados
o A taxa PTAX será dada pela média aritmética simples das quatro consultas e será divulgada por 
volta das 13h, após a última consulta
83
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Mercado Cambial: Taxa de Câmbio PTAX
84
Fonte: Bacen - Banco Central do Brasil e Ipeadata
http://www.ipeadata.gov.br/ExibeSerie.aspx?serid=32098&module=M
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PTAX - R$ / US$ - comercial - compra - média
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Mercado Cambial: Notação da Taxa de Câmbio
• XXX/WWW
o XXX = moeda cotada (BRL = reais brasileiros ; USD = dólares norte-
americanos)
o WWW = moeda de cotação (BRL = reais brasileiros ; USD = dólares norte-
americanos)
o Por exemplo: se US$ 1,000 compra R$ 4,60, tem-se US$ 1,00 / R$ 4,60
• Bid (compra)
o É a taxa de câmbio na qual a moeda cotada (XXX) é adquirida com 
relação à cotação de WWW
• Ask (venda)
o É a taxa de câmbio na qual a moeda cotada (XXX) é vendida em relação à 
cotação de WWW
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Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Mercado Cambial: Corretores e Dealers de Câmbio
• As operações cambiais processam-se basicamente por meio de operadores 
(corretores) de câmbio, que são especialistas vinculados às instituições financeiras 
na função de transacionar divisas
• Corretoras de câmbio
o Atuam como intermediários entre os operadores e os agentes econômicos interessados em 
comprar ou vender moedas 
• Dealers
o Instituições financeiras que atuam no mercado secundário de câmbio, conhecido também por 
interbancário, representando o Banco Central
o São selecionadas pela autoridade monetária de acordo com critérios estabelecidos de volume 
de negócios e qualidade de transmissão de informações ao Bacen
o Devem:
 Disponibilizar ao Bacen todas as informações necessárias para o controle do mercado de câmbio
 Cotas as taxas de câmbio de compra e venda sempre que solicitadas pela autoridade monetária
 Participar dos leilões de câmbio promovidos pelo Bacen
 Prover liquidez ao mercado de câmbio
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Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Mercado Cambial: VET – Valor Efetivo Total da moeda estrangeira
• Equivale ao total, de moeda brasileira, da moeda estrangeira 
adquirida
• Esse valor incorpora a taxa de câmbio, o IOF – Imposto sobre 
Operações Financeiras, e demais tarifas incidentes na operação
• Exemplo: Taxa de Câmbio (BRL/USD) = R$ 3,00 ; IOF = 1,2% ( R$ 
0,036) ; Tarifas Cobradas = 0,5% (R$ 0,015)
o VET de Compra = Taxa de Câmbio + IOF + Tarifas
o VET de Compra = R$ 3,000 + R$ 0,036 + R$ 0,015 = R$ 3,051
o VET de Venda = Taxa de Câmbio – IOF – Tarifas
o VET de Venda = R$ 3,000 – R$ 0,036 – R$ 0,015 = R$ 2,949
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Mercado Cambial: Câmbio spot (á vista) e Câmbio Forward
• Câmbio Spot
o Taxa de câmbio cotada no mercado à vista ou spot
o Operações de câmbio para liquidação imediata
o No Brasil, a liquidação da operação costuma ocorrer dois dias úteis após a sua contratação = D + 2
• Câmbio Forward
o Taxa de câmbio cotada no mercado futuro e a termo ou forward
o São realizadas em ambientes organizados de bolsas, seguindo as normas e padronizações adotadas
 Exigências de garantias, depósitos de margens, limites de flutuações das cotações, datas predeterminadas de 
vencimento dos contratos, lotes padrões, etc.
o Câmbio a termo: operação a prazo, porém não padronizada, tendo seus principais parâmetros de 
negociação determinados livremente pelas partes contratantes
o A entrega pode ser manual ou sacado
 Entrega Manual: operações realizadas em espécie, envolvendo a troca física, geralmente utilizada em turismo, 
viagens e negócios
 Mercado de Câmbio Sacado: são a maioria das operações de compra e venda de divisas realizadas pelas instituições 
financeiras autorizadas a operar em câmbio. Ocorrem geralmente através de transferências bancárias
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Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Mercado Cambial: Posições de Câmbio
• Posição de Câmbio
o Representa os resultados das operações de compra e venda de moedas estrangeiras, 
a vista ou para liquidação futura, realizadas no mercado financeiro por instituições 
financeiras autorizadas a operar câmbio pelo Bacen
• Posição de Câmbio Comprada - Long
o Saldo líquido das compras à vista ou para liquidação futura de moedas estrangeiras
o Ocorre quando os valores de compra de moedas estrangeiras superam os de vendas
o Ganho com a valorização do câmbio. Ex.: Exportadores
• Posição de Câmbio Vendida - Short
o Saldo líquido das vendas à vista ou para liquidação futura de moedas estrangeiras
o Ocorre quando os valores de venda de moedas estrangeiras superam os de compras
o Ganho com a desvalorização do câmbio. Ex.: Importadores
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EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Mercado Cambial: Taxa Cruzada de Câmbio e Arbitragem Cambial
• TAXA CRUZADA DE CÂMBIO
o A cotação de uma moeda é calculada com base na taxa de câmbio de outras moedas.
o Regra de 3
o Exemplo:
 US$ 1,00 = R$ 3,0872
 US$ 1,00 = € 0,8308
o Cotação do real brasileiro frente ao euro: por equivalência R$ 3,0872 = € 0,8308
o Então € 1,00 = 3,0872 ÷ 0,8308 = 3,7159
• ARBITRAGEM CAMBIAL
o Operação na qual um investidor procura apurar um ganho, assumindo risco mínimo, pelas diferentes cotações de 
uma mesma moeda em diferentes mercados.
o Exemplo:
 New York: US$ 1,00 = € 0,92
 Paris: US$ 1,00 = € 0,85
o Para um investidor com US$ 1.000.000, é recomendáveladquirir € 920.000 em New York e trocar esta quantia por 
US$ 1.082.353 em Paris (€ 920.000 ÷ € 0,85 = US$ 1.082.353), apurando um ganho de US$ 82.353 na arbitragem.
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EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Mercado Cambial: Taxa de Câmbio vs. Paridade Cambial
• TAXA DE CÂMBIO
o Preço de uma moeda
o Expressa uma relação entre os valores de duas moedas
o Exemplo: se forem necessários R$ 4,00 para se adquirir US$ 1,00, a taxa de câmbio é de R$ 4,00 por US$ 
1,00
o Se forem necessários mais reais para adquirir a mesma quantidade de dólar, a moeda nacional se 
desvalorizou em relação à moeda estrangeira; caso ocorra o oposto, há uma valorização (apreciação) da 
moeda nacional
• PARIDADE CAMBIAL
o Relação de poder de compra entre as moedas emitidas por diferentes países
o A taxa de câmbio de duas moedas encontra-se em equilíbrio quando o poder aquisitivo das moedas for 
equivalente à taxa de câmbio
o Exemplo: se R$ 4,00 equivalem a US$ 1,00, conclui-se que as duas moedas encontram-se em equilíbrio se 
os mesmos bens poderem ser comprados por R$ 4,00 no Brasil e por US$ 1,00 nos EUA
o Lei do preço único: Sempre que a paridade de compra entre países se encontra em desequilíbrio, a 
tendência é ocorrer maior compra na economia mais barata e maior venda onde o preço for mais alto. 
Com isso, a taxa de câmbio recupera sua paridade eliminando toda a possibilidade de ganho na transação -
91
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Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Mercado Cambial: Ajuste da Taxa para a Moeda: Exemplo 1
• Qual seria o rendimento de um investimento de R$ 200 investidos em um título que
rende em US dólares nominais 10,25%, sabendo que o câmbio na data inicial da
operação ( ) era de R$2,00/USD e o câmbio na data final da operação ( ) era
de R$2,04/USD?
92
R$ 200
USD 100 USD110,25
R$ 224,91
1. Conversão para USD 
dividindo o valor em R$ por 
𝑭𝑿𝒊 = R$2,00/USD
2. Rendimento de USD+10,25%
3. Conversão para R$ 
multiplicando o valor em USD 
por 𝑭𝑿𝒇 = R$2,04/US$
4. Rentabilidade em R$ = 12,455% 
(R$224,91/R$200 – 1) 
• Este mesmo rendimento também poderia ser calculado como:
• 𝑅𝑒𝑛𝑡𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 $ =
_ $
_ $
− 1 =
$
∗ ∗
$
− 1
• 𝑹𝒆𝒏𝒕𝒂𝒃𝒊𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆𝑹$ = 𝟏 + 𝑹𝒆𝒏𝒕𝒂𝒃𝒊𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆𝑼𝑺𝑫 ∗
𝑭𝑿𝒇
𝑭𝑿𝒊
− 𝟏
• 𝑅𝑒𝑛𝑡𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 $ = 1 + 10,25% ∗
,
,
− 1 = 1,1025 ∗ 1,02 − 1 = 1,12455 − 1 = 12,455%
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Mercado Cambial: Ajuste da Taxa para a Moeda: Exemplo 2
• Considere um produto que custa USD 8,00 nos Estados Unidos e R$ 16,00 no
Brasil. Estimando uma inflação, para o próximo anos de 2,1% nos Estados
Unidos e 4,0% no Brasil, qual seria as taxas de câmbio estimadas?
93
USD 8,00
USD 8,17 R$ 16,64
R$ 16,00
Inflação nos Estados 
Unidos de 2,1%
Inflação no 
Brasil de 4,0%
• Assim, o câmbio final pode ser calculado em:
• 𝐹𝑋 =
_ $
_ $
=
_ $ ∗ çã $
_ $ ∗ çã
• Sabendo que
_ $
_ $
= 𝐹𝑋 , temos:
• 𝐹𝑋 = 𝐹𝑋
çã $
çã
•
𝑭𝑿𝒇
𝑭𝑿𝒊
=
𝟏 𝑰𝒏𝒇𝒍𝒂çã𝒐𝑹$
𝟏 𝑰𝒏𝒇𝒍𝒂çã𝒐𝑼𝑺𝑫
Produto nos Estados Unidos Produto nos Brasil Câmbio Estimado
𝑭𝑿𝒊 = 𝑹$ 𝟐, 𝟎𝟎/𝑼𝑺𝑫
𝑭𝑿𝒇 = 𝑹$ 𝟐, 𝟎𝟒/𝑼𝑺𝑫
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Mercado Cambial: Dedução Fórmula – Ajuste de Moeda
• Dos dois últimos exemplos temos:
o
o $
• Substituindo da segunda equação na primeira temos:
o 𝑹$
𝑼𝑺𝑫
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𝐑$ 𝑼𝑺𝑫
Diferencial de 
Inflação
As taxas reais deveriam 
ser equivalentes 
independente da moeda
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Mercado Cambial: Taxa de Câmbio Real
• Taxa nominal de câmbio deflacionada pelo diferencial de inflação entre as economias internas e externas
• Utiliza-se este conceito de taxa real no mercado com o intuito principalmente de avaliar a competitividade dos 
produtos nacionais em relação aos estrangeiros
95
• Exemplo:
o Variação Câmbio Nominal = 10%
o Inflação no Brasil = 4,5%
o Inflação nos Estados Unidos = 2,0%
o 𝑉𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 𝐶â𝑚𝑏𝑖𝑜 𝑅𝑒𝑎𝑙 = 1 + 𝑉𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 𝐶â𝑚𝑏𝑖𝑜 𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙
( çã )
( çã )
− 1
o 𝑉𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 𝐶â𝑚𝑏𝑖𝑜 𝑅𝑒𝑎𝑙 = 1 + 10%
( , %)
( , %)
− 1
o 𝑉𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 𝐶â𝑚𝑏𝑖𝑜 𝑅𝑒𝑎𝑙 = 1,1
,
,
− 1
o 𝑉𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 𝐶â𝑚𝑏𝑖𝑜 𝑅𝑒𝑎𝑙 = 1,1 ∗ 0,9761 − 1 = 1,0737 – 1 = 0,0737 ou 7,37% em termos reais
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Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Política Cambial: Câmbio Fixo, Flutuante e Bandas
• Administração da taxa de câmbio como instrumento da política de relações comerciais e financeiras entre um país e outros países
• Fator de atração de capital estrangeiro para um país
• Regime de Câmbio Fixo
o A taxa de câmbio é de responsabilidade das autoridades monetárias, e não do mercado
o Taxa de câmbio está atrelado a um referencial fixo, como ouro, dólar, ou até mesmo uma cesta de moedas, sendo expresso em determinadas 
quantidades desses padrões de maneira fixa
o O Banco Central – Bacen define uma taxa de câmbio e deve dispor de reservas internacionais para intervir no mercado de câmbio para garantir a 
paridade fixa
o Maior nível de certeza no comercio internacional, por revelarem, previamente o valor futuro da moeda
o No entanto, a manutenção desse padrão é de maior risco aos governos, obrigando, em momentos de desequilíbrio, que gastem elevadas 
somas de suas reservas cambiais para manter a cotação da moeda nacional
o Visa principalmente o controle de preços e inflação
• Regime de Câmbio Flutuante
o A taxa de câmbio é determinada pelo mercado (oferta e demanda por moeda estrangeira)
o Maior volatilidade das taxas de câmbio e agilidade no tratamento de eventuais desequilíbrios
o Visa o equilíbrio das contas externas
• Regime de Flutuação Administrada (bandas)
o Intervenção parcial da autoridade monetária para regular a taxa de câmbio, que permite uma oscilação da taxa cambial dentro de certos limites 
mínimos e máximos estabelecidos
o Banda Cambial: intervém no mercado adquirindo dólares, na hipótese de a taxa cambial recuar para níveis abaixo do limite mínimo, ou vendendo 
dólares, no caso de a moeda nacional valorizar-se acima do máximo
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Política Cambial: Currency Board (Conselho de Moeda)
• É um sistema em que a autoridade monetária assume o compromisso de efetuar o 
câmbio de moeda nacional por moeda estrangeira forte a uma cotação fixa
• A ideia básica é de que a autoridade monetária de um país passe a funcionar como 
uma “caixa de conversão”, detendo reservas em moeda forte equivalentes a pelo 
menos 100% da moeda nacional em circulação
• Nesse regime monetário, a autoridade pode somente emitir moeda nacional até o 
limite das reservas internacionais mantidas no país, devendo honrar toda a 
operação de compra e venda de moeda forte a uma taxa de câmbio predeterminada
• Nesse regime monetário, a aceitação da moeda pelo mercado decorre 
principalmente da realidade de conversibilidade da moeda nacional em moeda forte 
(lastro da emissão nacional), a qualquer momento e na quantidade desejada
o Condição básica: existência de reservas monetárias suficientes para lastrear as emissões 
necessárias de moeda nacional
• Nesse Sistema, o governo não tem como atuar na economia através da política 
monetária. A quantidade de moeda em circulação passa a ser função das reservas 
internacionais, e não de decisões soberanas de políticas econômicaso Espera-se que as taxas de juros e a inflação se aproximem-se dos patamares praticados pelo 
país emitente da moeda forte adotada como âncora
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Política Cambial: Consequências da Valorização e Desvalorização Cambial
• Desvalorização Cambial
o Favorece-se à exportação: produto nacional fica mais competitivo no 
mercado internacional (mais barato)
o Dificulta-se a importação: o preço de produtos estrangeiros em reais (R$) 
fica mais alto e pode levar à inflação
o Investimentos estrangeiros tendem a crescer (maior poder de compra da 
moeda estrangeira)
• Valorização Cambial
o Dificulta-se à importação: produto nacional fica menos competitivo no 
mercado internacional (mais caro)
o Favorece-se a exportação: o preço de produtos estrangeiros em reais 
(R$) fica mais baixo
o Investimentos estrangeiros tendem a diminuir (menor poder de compra 
da moeda estrangeira)
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Política Cambial: Contas Externas e Balanço de Pagamentos
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• Balanço de Pagamentos
o O Governo também 
administra e controla 
fluxos de pagamento em 
Dólar Americano
o Registro de todas as 
transações internacionais 
(de um país com o resto 
do mundo)
o Balanço de Pagamentos = 
Conta Corrente + Conta 
de Capitais
 O que um país gastou e 
arrecadou com outros 
países no comércio, no 
serviço, nas transferências 
unilaterais e no fluxo de 
capitais
A. BALANÇA COMERCIAL
Exportações (FOB)
Importações (FOB)
B. BALANÇA DE SERVIÇOS
Viagens internacionais
Transportes (fretes)
Seguros
Rendas de capital: lucros, dividendos e juros
Serviços governamentais
Serviços diversos
C. TRANSFERÊNCIAS UNILATERAIS
D. SALDO EM CONTA CORRENTE (A + B + C)
E. MOVIMENTOS DE CAPITAIS
Investimentos diretos
Reinvestimentos
Empréstimos e Financiamentos
Amortizações
Outros
F. ERROS E OMISSÕES
G. SALDO DO BALANÇO DE PAGAMENTOS (D + E + F)
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Política Cambial: Contas Externas e Balanço de Pagamentos
100
A. BALANÇA COMERCIAL
Exportações (FOB)
Importações (FOB)
B. BALANÇA DE SERVIÇOS
Viagens internacionais
Transportes (fretes)
Seguros
Rendas de capital: lucros, dividendos e juros
Serviços governamentais
Serviços diversos
C. TRANSFERÊNCIAS UNILATERAIS
D. SALDO EM CONTA CORRENTE (A + B + C)
E. MOVIMENTOS DE CAPITAIS
Investimentos diretos
Reinvestimentos
Empréstimos e Financiamentos
Amortizações
Outros
F. ERROS E OMISSÕES
G. SALDO DO BALANÇO DE PAGAMENTOS (D + E + F)
A. Saldo apurado das exportações menos as importações. Essas transações 
são fixadas pelo seu valor FOB – Free On Board -, ou seja, pelo valor de 
embarque das mercadorias não estão incluídos frete e seguros
B. Vários pagamentos e recebimentos realizados entre residentes 
no país com o resto do mundo e relativos a seguros, fretes, 
royalties e assistência técnica, viagens internacionais, lucros e 
dividendos, lucros reinvestidos, gastos governamentais com 
embaixadas e organismos internacionais, etc.
C. Recursos de brasileiros que trabalham no exterior para o Brasil 
deduzidos dos recursos de estrangeiros que trabalham no Brasil 
para seus países de origem.
Doações de mercadorias e assistência, remessas de imigrantes, etc.
E. Recursos que entram no país sob a forma 
de investimentos diretos, empréstimos e 
financiamentos, amortizações, repatriações 
de investimentos, etc.
G. Resultado final líquido das várias transações 
realizadas entre residentes no país e não 
residentes. Se positivo, tem-se um superávit, 
indicando que entraram mais divisas no país do 
que saíram. Se negativo, déficit, indica um volume 
maior de saídas em relação a entradas de divisas
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Política Cambial: Saldo em Conta Corrente
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A. BALANÇA COMERCIAL
Exportações (FOB)
Importações (FOB)
B. BALANÇA DE SERVIÇOS
Viagens internacionais
Transportes (fretes)
Seguros
Rendas de capital: lucros, dividendos e juros
Serviços governamentais
Serviços diversos
C. TRANSFERÊNCIAS UNILATERAIS
D. SALDO EM CONTA CORRENTE (A + B + C)
E. MOVIMENTOS DE CAPITAIS
Investimentos diretos
Reinvestimentos
Empréstimos e Financiamentos
Amortizações
Outros
F. ERROS E OMISSÕES
G. SALDO DO BALANÇO DE PAGAMENTOS (D + E + F)
• D. Saldo em Conta Corrente
• Resultado da soma do salda da balança comercial, 
balança de serviços e transferências unilaterais
• O saldo dessa conta revela se o país está exportando ou 
importando poupança
• Deve cobrir os movimento de capitais (quanto menor o 
saldo em conta corrente, menor a capacidade de 
pagamento de dívida externa)
• Uma estimativa de quanto um país deverá captar de 
recursos no exterior mediante 
empréstimos/financiamentos e investimentos diretos, 
visando ao equilíbrio de seu balaço de pagamentos é 
medida pelo saldo em conta corrente
• Caso não consiga levantar esses recursos, terá de lançar 
mão de suas reservas monetárias internacionais, 
colocando em risco sua capacidade de pagamento
• Saldo Positivo
• Mais entradas do que saídas de dólares
• Mostra que o país está financiando seus 
investimentos internos por meio de poupança 
externa, ou seja, a poupança interna é 
insuficiente, tendo 
• Saldo Negativo
• Mais saídas do que entradas de dólares
• Demonstra que o país está enviando para o 
exterior excedentes de poupança interna
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Política Cambial: Reservas Internacionais
• Reservas Internacionais
o Formada por superávits no Balanço de 
Pagamentos
o Auxilia a manter o câmbio estável: “colchão” 
para cobrir déficits sem ter que desvalorizar 
o câmbio
o Em casos excepcionais o Governo pode 
solicitar recursos ao FMI – Fundo Monetário 
Internacional ou outros órgãos para cobrir 
déficits no Balanço de Pagamentos
o Quando as reservas de um país não forem 
suficientes para cobrir o déficit em 
contracorrente, as decisões para solução do 
desequilíbrio devem ser bastante rápidas, 
de maneira que não se agrave a crise 
cambial
 Renegociação da dívida externa
 Negociação de novos empréstimos 
emergenciais
 Medidas de controle de saída de divises 
fortes do país, principalmente nos itens da 
conta de serviços
 Desvalorização cambial visando estimular as 
exportações e provocar um superávit na 
balança comercial
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A. BALANÇA COMERCIAL
Exportações (FOB)
Importações (FOB)
B. BALANÇA DE SERVIÇOS
Viagens internacionais
Transportes (fretes)
Seguros
Rendas de capital: lucros, dividendos e juros
Serviços governamentais
Serviços diversos
C. TRANSFERÊNCIAS UNILATERAIS
D. SALDO EM CONTA CORRENTE (A + B + C)
E. MOVIMENTOS DE CAPITAIS
Investimentos diretos
Reinvestimentos
Empréstimos e Financiamentos
Amortizações
Outros
F. ERROS E OMISSÕES
G. SALDO DO BALANÇO DE PAGAMENTOS (D + E + F)
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Títulos Brasileiros no Mercado Internacional
• Os principais motivos de interesse do governo brasileiro e da iniciativa privada na captação internacional de 
recursos no mercado internacional são:
o Diversificação dos investidores
o Elevada capacidade de poupança nos mercados externos
o Diferencial de custo do dinheiro, mais elevado no país em relação às praticadas no mercado externo
o Prazos mais longos disponíveis nas operações externas
• Para o tomador de recursos uma preocupação importante é o risco cambial determinado pela flutuação da 
moeda brasileira em relação às internacionais
• O governo brasileirovem captando recursos em diversos mercados internacionais, principalmente por meio da 
emissão de títulos públicos
o A iniciativa privada brasileira aproveita essa presença do setor público para também captar poupança externa através da 
colocação de títulos de dívida de sua emissão
• Os títulos brasileiros pagam geralmente juros nominais acrescidos de um spread de risco país
o Esse spread é calculado em pontos-base (bps – basis points) acima da remuneração oferecida pelos títulos emitidos pelo 
governo dos EUA de igual prazo, considerados o de menor risco do mundo
o 258 pontos base = 2,58% adicional
• Global BRL Bonds (USD) e Eurobonds (Euro) são os principais títulos de dívida soberana brasileira emitidos 
internacionalmente 
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EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
EMBI+Br – Emerging Markets Bond Index Plus
• Medida mais utilizada pelo mercado para expressar o nível de risco de um país: calculado pelo Banco J.P. Morgan
Chase desde Dezembro de 1993
• Com base nos valores de negociações diárias em mercados secundários, compara-se os juros implícitos dos
títulos emitidos por governos de países emergentes com liquidez em dólares, aos juros dos títulos do governo
americano de igual prazo, considerados os mais seguros do mundo
• Esse spread é a melhor representação do risco percebido pela comunidade internacional de investidores a
qualquer data, diferentemente de classificações de risco-país que são ajustadas anualmente
• Mede o risco de crédito ou inadimplência de um país, representando a probabilidade do país não honrar a sua
dívida: o mercado usa o EMBI+Br para medir a capacidade do governo brasileiro em honrar os seus
compromissos financeiros
• Tal premissa se alinha com o fato de que o custo de capital de uma Companhia deveria refletir, a qualquer
momento o custo de oportunidade do investidor de investir em ativos com risco similar
• Quanto maior, maior o risco do país: Exemplo EMBI+Br = 420 bps significa que em média os títulos do governo
brasileiro em dólar são negociados a uma taxa de juros 4,2 pontos percentuais acima dos títulos de igual prazo
do governo americano
• Dados históricos diários estão disponíveis no Ipeadata:
http://www.ipeadata.gov.br/ExibeSerie.aspx?serid=40940&module=M
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EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
EMBI+Br – Emerging Markets Bond Index Plus
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Fonte: JP Morgan & IPEA Data
http://www.ipeadata.gov.br/ExibeSerie.aspx?serid=40940&module=M
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Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Política Cambial: Swap Cambial
• Sempre que julgar conveniente para os objetivos de política econômica, o Banco Central pode 
atuar no mercado realizando leilões de compra e venda de moedas estrangeiras ou 
oferecendo contratos de swap cambial aos investidores
• Swap
o Operação em que as partes trocam posições entre si
o Um investidor assume o compromisso de pagar a outro o resultado da variação cambial verificada em 
certo período, recebendo em troca o pagamento baseado em taxa de juros (Selic + adicional)
o Não há troca física de moedas, ao final do período cada investidor apura o resultado líquido e efetua o 
acerto financeiro.
o Se o dólar se valorizou frente ao real, a parte que “apostou” no real apura uma perda, devendo pagar à 
outra parte a diferença.
• Swap Cambial para Controlar Valorização do Dólar
o Venda de contratos de swaps cambiais em leilões: Bacen paga a variação cambial e recebe Selic + spread 
em troca, colocando dólares na economia e contendo seu valor
• Swap Cambial Reverso para Conter uma Desvalorização do Dólar
o Bacen recebe a variação cambial e paga Selic + spread em troca, retirando dólares da economia
106
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Mercado Cambial: Cupom Cambial
• É o rendimento em dólar, pago ao investidor que assume risco de 
investir em outra moeda 
• A diferença entre a taxa de juros interna (SELIC ou DI) em 
determinado período e a variação esperada da taxa de câmbio 
no mesmo período equivale ao juro pago em dólar, ou seja, 
cupom cambial
• Importante benchmark das decisões de investimento em moeda 
estrangeira
• Remuneração dos dólares investidos no Brasil
• Quanto maior o cupom cambial, maior será a atratividade da 
entrada de recursos na economia
• Rentabilidades de dólares podem ser comparadas entre países
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EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Mercado Cambial: Cupom Cambial
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USD 100Mi
R$ 325,8Mi R$ 385,53Mi
USD 114,74Mi
1. Conversão para R$ multiplicando 
o valor em dólares R$3,258/USD
2. Aplicação em CDI de 11,13% ao 
ano para resgate em 
31/Dezembro/2018 (402 dias úteis 
ou 587 dias corridos)
3. A taxa de câmbio 
esperada para 
31/Dezembro/2018 é de 
R$3,36/USD (3,1% de 
desvalorização do real 
frente ao dólar)
4. Rentabilidade em USD = 8,80% ao ano 
114,74
100,00
𝟑𝟔𝟎
𝟓𝟖𝟕
− 𝟏
Você tem um montante equivalente a 
$100 milhões de dólares para investir, e 
quer aplicar no Brasil em 23/Maio/2017
Com um câmbio de R$3,258/USD 
o investidor tem R$ 325,8 
milhões (3,258R$/USD * USD 100 
mi) para investir no Brasil
O investidor irá resgatar R$ 385,53 
milhões depois de 402 dias úteis 
(𝑅$325,80 ∗ 1 + 11,13% )
Com um câmbio de R$3,36/USD o 
investidor irá resgatar R$ 117,74 
milhões (R$ 385,53mi / 
R$3,36/USD)
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Mercado Cambial: Cupom Cambial – exemplo
• Suponha que em 23 de Maio de 2017 data você tenha um montante equivalente a 100 milhões de dólares para 
investir.
• Nesta mesma data, a taxa de câmbio é de R$3,258/USD. Qual o montante que você tem para investir em reais?
o Você tem o equivalente a R$325,80 milhões para investir (USD100 milhões * R$3,258/USD)
• Você opta por investir este dinheiro a taxa DI que é de 11,13% ao ano para resgate em 31/Dezembro/2018 (402 
dias úteis e 587 dias corridos). Quanto você irá resgatar no final do período?
o Você irá resgatarR$385.53 milhões = R$325,80 𝑚𝑖𝑙ℎõ𝑒𝑠 ∗(1+11,13%)^(402/252)
• Entretanto, a taxa de câmbio esperada para 31/Dezembro/2018 é de R$3,36/USD. Qual o valor resgatado em 
dólares?
o Portanto, os R$385,53 milhões resgatados ao fim de um ano, equivalem a USD 114,74 milhões (R$385,53 milhões / 3,36)
• Qual a rentabilidade do investidor em dólares?
o Desta forma, sua rentabilidade em dólares será = 8,80% ao ano = ("114,74" /"100,00" )^(360/587)−1
• Benchmark para decisões de investimento em moeda estrangeira: O investidor estrangeiro que investe no 
Brasil tem rentabilidade mínima de 8,8% ao ano sobre seus dólares durante o período
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EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Mercado Cambial: Cupom Cambial – Fórmula
𝑪𝒖𝒑𝒐𝒎 𝑪𝒂𝒎𝒃𝒊𝒂𝒍 =
(𝟏 + 𝑺𝒆𝒍𝒊𝒄 𝒐𝒖 𝑫𝑰)
𝒅𝒊𝒂𝒔 ú𝒕𝒆𝒊𝒔
𝟐𝟓𝟐 
𝟏 + 𝑽𝒂𝒓𝒊𝒂çã𝒐 𝑪𝒂𝒎𝒃𝒊𝒂𝒍 𝑬𝒔𝒑𝒆𝒓𝒂𝒅𝒂
𝟑𝟔𝟎
𝒅𝒊𝒂𝒔 𝒄𝒐𝒓𝒓𝒊𝒅𝒐𝒔
− 𝟏
𝐶𝑢𝑝𝑜𝑚 𝐶𝑎𝑚𝑏𝑖𝑎𝑙 =
(1 + 𝑆𝑒𝑙𝑖𝑐 𝑜𝑢 𝐷𝐼)
 ú
 
1 +
𝐶â𝑚𝑏𝑖𝑜
𝐶â𝑚𝑏𝑖𝑜
− 1
 
− 1
𝑪𝒖𝒑𝒐𝒎 𝑪𝒂𝒎𝒃𝒊𝒂𝒍 =
(𝟏 + 𝑺𝒆𝒍𝒊𝒄 𝒐𝒖 𝑫𝑰)
𝒅𝒊𝒂𝒔 ú𝒕𝒆𝒊𝒔
𝟐𝟓𝟐 
𝑪â𝒎𝒃𝒊𝒐𝑭
𝑪â𝒎𝒃𝒊𝒐𝟎
𝟑𝟔𝟎
𝒅𝒊𝒂𝒔 𝒄𝒐𝒓𝒓𝒊𝒅𝒐𝒔
− 𝟏
• Caso houver um aumento na taxa de juros ou valorização cambial, a taxa do cupom cambial aumentará
• Por isso, se há risco de uma desvalorização mais forte do Real, o governo pode aumentar a taxa de juros para 
manter atraente o retorno em dólar para os investidores
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𝑪𝒖𝒑𝒐𝒎 𝑪𝒂𝒎𝒃𝒊𝒂𝒍 =
(𝟏 + 𝑺𝒆𝒍𝒊𝒄 𝒐𝒖 𝑫𝑰)
𝒅𝒊𝒂𝒔 ú𝒕𝒆𝒊𝒔
𝟐𝟓𝟐 
𝑪â𝒎𝒃𝒊𝒐𝑭
𝑪â𝒎𝒃𝒊𝒐𝟎
𝟑𝟔𝟎
𝒅𝒊𝒂𝒔 𝒄𝒐𝒓𝒓𝒊𝒅𝒐𝒔
− 𝟏
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Mercado Cambial: Cupom Cambial - Tipos
• Cupom Sujo
oA variação cambial considera o câmbio (Ptax) do dia anterior
• Cupom Limpo
oA variação cambial considera o câmbio (Ptax) no mercado spot, à 
vista
oNa prática o cupom é limpo utilizando-se o preço futuro do dólar 
do contrato futuro de menor vencimento
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EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Taxas Internacionais de Juros
• LIBOR (London Interbank Offered Rate)
o Taxa de juros interbancária do mercado de Londres, comumente utilizada nas operações internacionais de empréstimos 
realizadas entre instituições financeiras.
o Essa taxa é referência para a fixação dos juros que os bancos cobram de seus empréstimos, geralmente dentro de um 
horizonte de tempo de médio prazo.
o As operações de repasse de recursos externos, conforme praticadas no Brasil, adotam a Libor como principal custo 
financeiro do financiamento acrescido de um adicional de risco (spread).
o Equivalente ao CDI no Brasil
o Caráter de prefixada
o Base 360 dias corridos (capitalização simples)
• LIBID (London Interbank Bid Rate)
o Enquanto a Libor é a taxa mínima a qual os bancos aplicam seus recursos, a Libid é a taxa mínima que os bancos pagam 
para levantar recursos no mercado.
o A diferença entre Libor e Libid é o spread mínimo cobreado pelos bancos em suas operações de crédito.
• PRIME RATE
o Taxa de juros cobrada pelos bancos americanos de seus clientes classificados como preferenciais (clientes de baixo risco)
o Taxa referência de operações de empréstimos envolvendo bancos e empresas
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Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
jose.carrera@unifesp.br
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Obrigado!
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