Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE ESCOLA DE QUÍMICA E ALIMENTOS DISCIPLINA DE FENÔMENOS DE TRANSPORTE III Segunda Avaliação de Fenômenos de Transporte III – 2021/02 NOMES: Isabele Caparroz de Oliveira (132006) e Esteban Ivan da Silva Vejar (132000) 1 – Desengraxantes a vapor, como o mostrado na figura, são amplamente usados para a limpeza de peças de metal. Um solvente líquido repousa no fundo do tanque desengordurante. Um sistema de aquecimento imerso no solvente vaporiza uma pequena porção do solvente e mantém uma temperatura constante, de forma que o solvente exerça uma pressão de vapor constante. As peças previamente resfriadas a serem limpas são suspensas na zona de vapor do solvente onde a concentração de vapor do solvente é mais alta. O solvente condensa nestas partes, dissolve a graxa, e então pinga de volta para o tanque, e assim limpa as partes da peça. Desengraxantes a vapor são muitas vezes deixados abertos para a atmosfera para facilitar o mergulho e a remoção das peças e porque cobri-los pode resultar na formação de uma atmosfera explosiva. Quando o desengraxante não é usado, difusão molecular do vapor do solvente através do ar estagnante dentro do espaço acima da superfície do líquido pode resultar em significante emissão do solvente, porque a atmosfera a seu redor serve como um reservatório infinito para o processo de transferência de massa. Quando a quantidade de solvente no tanque desengraxante é grande relativamente à quantidade de vapor emitido, um processo de difusão em estado estacionário com um fluxo de difusão constante se mantém desde a superfície líquida até a extremidade superior. Um tanque desengordurante cilíndrico com um diâmetro de 2 m e uma altura total de 5 m está em operação, e a altura do nível do solvente é mantida constante a 0,2 m. A temperatura do solvente e da parte interior do desengraxante é mantida constante em 35oC. O solvente utilizado é o tricloroetano (TCE). As normas de operação de desengraxantes requerem que o equipamento não libere mais do que 1 kg do solvente por dia. A taxa de emissão estimada do desengraxante excede este limite? O TCE tem uma massa molecular de 131,4 g/mol e uma pressão de vapor de 115,5 mmHg a 35oC. O coeficiente de difusão binário do TCE no ar é de 0,088 cm2/s determinado a 350C. Hipóteses Simplificadoras: (1) Regime permanente; (2) Sem reação química; (3) Fluxo unidimensional em z; (4) Temperatura e Pressão Constantes; (5) Comportamento de gás perfeito; (6) Geometria cilíndrica. 𝜕𝐶𝐴 𝜕𝑡 (1) = − [ 1 𝑟 𝜕(𝑟𝑁𝐴,𝑟) 𝜕𝑟 + 1 𝑟 𝑠𝑖𝑛𝜃 𝜕𝑁𝐴,𝜃 𝜕𝜃 (4) + 𝜕𝑁𝐴,𝑧 𝜕𝑧 (4)] + 𝑅𝐴 0 = 𝜕𝑁𝐴,𝑧 𝜕𝑧 Se a derivada de 𝑁𝐴,𝑧 em relação a coordenada z é 0, então 𝑁𝐴,𝑧 é uma constante. Como a temperatura e a pressão são constantes, C e 𝐷𝐴𝐵 também são. Assim, considerando que a porção difusiva, temos que: 𝑁𝐴,𝑧 = 𝐶𝐷𝐴𝐵 (𝑧2 − 𝑧1) ln ( 𝑦𝐵,2 𝑦𝐵,1 ) 𝑁𝐴,𝑧 = 𝐶𝐷𝐴𝐵 (𝑧2 − 𝑧1) ln ( 1 − 𝑦𝐴,2 1 − 𝑦𝐴,1 ) Para calcular o valor de C utilizamos a Lei dos Gases Ideais: 𝑃𝑣 = 𝑛𝑅𝑇 𝑛 𝑣 = 𝐶 = 𝑃 𝑅𝑇 𝐶 = 1 𝑎𝑡𝑚 82,05 ( 𝑎𝑡𝑚 𝑐𝑚3 𝑚𝑜𝑙 𝐾 ) 308,15 𝐾 𝐶 = 1 𝑎𝑡𝑚 82,05 ( 𝑎𝑡𝑚 𝑐𝑚3 𝑚𝑜𝑙 𝐾 ) 308,15 𝐾 𝐶 = 3,955 × 10−5 𝑚𝑜𝑙 𝑐𝑚3 Substituindo C na equação do fluxo molar: 𝑁𝐴,𝑧 = 𝐶𝐷𝐴𝐵 (𝑧2 − 𝑧1) ln ( 1 − 𝑦𝐴,2 1 − 𝑦𝐴,1 ) 𝑁𝐴,𝑧 = 3,955 × 10−5 𝑚𝑜𝑙 𝑐𝑚3 ∙ 0,088 𝑐𝑚2 𝑠 (500 𝑐𝑚 − 20 𝑐𝑚) ln ( 1 − 0 1 − 0,152 ) 𝑁𝐴,𝑧 = 1,195 × 10−9 𝑚𝑜𝑙 𝑠 𝑐𝑚2 Taxa molar: 𝑗𝐴,𝑧 = 𝑁𝐴,𝑧 ∙ 𝐴 = 1,195 × 10−9 𝑚𝑜𝑙 𝑠 𝑐𝑚2 ∙ 𝜋 ∙ (100 𝑐𝑚)2 𝑗𝐴,𝑧 = 3,754 × 10−5 𝑚𝑜𝑙 𝑠 Taxa mássica por segundo: 𝑥𝐴,𝑧 = 𝑗𝐴,𝑧 ∙ 𝑀𝐴 = 3,754 × 10−5 𝑚𝑜𝑙 𝑠 ∙ 131,4 𝑔 𝑚𝑜𝑙 𝑥𝐴,𝑧 = 4,933 ∙ 10−3 𝑔 𝑠 Taxa mássica por dia: 𝑥𝐴,𝑧 = 𝑥𝐴,𝑧 ∙ 𝑠 𝑑𝑖𝑎 = 4,933 ∙ 10−3 ∙ 86400 𝑥𝐴,𝑧 = 426,211 𝑔 𝑑𝑖𝑎 𝒙𝑨,𝒛 = 𝟎, 𝟒𝟐𝟔 𝒌𝒈 𝒅𝒊𝒂 Logo, a taxa de emissão estimada do desengraxante não excede o valor limite, mantendo-se em apenas 0,426 kg/dia. 2 - Considere o problema da transferência de oxigênio da cavidade interior do pulmão, atravessando o tecido pulmonar, para a rede de vasos sanguíneos no lado oposto. O tecido pulmonar (espécie B) pode ser aproximado por uma parede plana com espessura L. Pode-se considerar que o processo de inalação é capaz de manter uma concentração molar constante (CA0) de oxigênio (espécie A) na superfície interna do tecido (x = 0) e que a assimilação do oxigênio pelo sangue é capaz de manter uma concentração molar constante CAL de oxigênio na superfície externa do tecido (x = L). Há consumo de oxigênio no tecido devido aos processos metabólicos e a reação é de ordem zero, com RA = -k0. Obtenha uma expressão para a distribuição das concentrações de oxigênio ao longo da espessura do tecido. Para isso, liste todas as hipóteses simplificadoras pertinentes. Determine também uma expressão para a taxa de assimilação do oxigênio (consumo de oxigênio) pelo sangue por unidade de área superficial do tecido. Hipóteses simplificadoras: (1) Regime permanente; (2) Geometria plana; (3) Reação química homogênea de ordem zero, RA = -k0; (4) Fluxo unidimensional; (5) Transferência de massa governada pela difusão; 𝜕𝐶𝐴 𝜕𝑡 (1) = − [ 𝜕𝑁𝐴,𝑥 𝜕𝑥 + 𝜕𝑁𝐴,𝑦 𝜕𝑦 (4) + 𝜕𝑁𝐴,𝑧 𝜕𝑧 (4)] + 𝑅𝐴 0 = − [ 𝑑𝑁𝐴,𝑥 𝑑𝑥 ] + 𝑅𝐴 𝑑𝑁𝐴,𝑥 𝑑𝑥 = 𝑅𝐴 Da lei de Fick para a difusão, temos que o fluxo molar é dada por: 𝑁𝐴,𝑥 = −𝐷𝐴𝐵 𝑑𝐶𝐴 𝑑𝑥 Assim, substituindo a lei de Fick na equação da continuidade reduzida e a condição de que ocorre uma reação química homogênea de ordem zero: −𝐷𝐴𝐵 𝑑(𝑑𝐶𝐴) 𝑑𝑥2 = −𝑘0 𝑑(𝑑𝐶𝐴) 𝑑𝑥2 = 𝑘0 𝐷𝐴𝐵 𝑑𝐶𝐴 𝑑𝑥 = 𝑘0 ∙ 𝑥 𝐷𝐴𝐵 + 𝐶1 𝐶𝐴(𝑥) = 𝑘0 ∙ 𝑥2 2 ∙ 𝐷𝐴𝐵 + 𝑥 ∙ 𝐶1 + 𝐶2 → 𝑆𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝐺𝑒𝑟𝑎𝑙 Condições de contorno: 𝐶. 𝐶. 1 → 𝐶𝐴(𝑥 = 0) = 𝐶𝐴,0 𝐶𝐴(𝑥) = 𝑘0 ∙ 𝑥2 2 ∙ 𝐷𝐴𝐵 + 𝑥 ∙ 𝐶1 + 𝐶2 𝐶𝐴,0 = 𝑘0 ∙ 02 2 ∙ 𝐷𝐴𝐵 + 0 ∙ 𝐶1 + 𝐶2 𝐶2 = 𝐶𝐴,0 𝐶. 𝐶. 2 → 𝐶𝐴(𝑥 = 𝐿) = 𝐶𝐴,𝐿 𝐶𝐴(𝑥) = 𝑘0 ∙ 𝑥2 2 ∙ 𝐷𝐴𝐵 + 𝑥 ∙ 𝐶1 + 𝐶2 𝐶𝐴,𝐿 = 𝑘0 ∙ 𝐿2 2 ∙ 𝐷𝐴𝐵 + 𝐿 ∙ 𝐶1 + 𝐶𝐴,0 𝐶1 = 𝐶𝐴,𝐿 − 𝐶𝐴,0 𝐿 − 𝑘0 ∙ 𝐿 2 ∙ 𝐷𝐴𝐵 Substituindo as constantes encontradas na equação geral: 𝐶𝐴(𝑥) = 𝑘0 ∙ 𝑥2 2 ∙ 𝐷𝐴𝐵 + 𝑥 ∙ ( 𝐶𝐴,𝐿 − 𝐶𝐴,0 𝐿 − 𝑘0 ∙ 𝐿 2 ∙ 𝐷𝐴𝐵 ) + 𝐶𝐴,0 → 𝑆𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑃𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟 Assim, a expressão para a distribuição das concentrações de oxigênio ao longo da espessura do tecido 𝑪𝑨(𝒙) = 𝒌𝟎 ∙ 𝒙𝟐 𝟐 ∙ 𝑫𝑨𝑩 + 𝒙 ∙ ( 𝑪𝑨,𝑳 − 𝑪𝑨,𝟎 𝑳 − 𝒌𝟎 ∙ 𝑳 𝟐 ∙ 𝑫𝑨𝑩 ) + 𝑪𝑨,𝟎 Relembrando que a taxa molar é: 𝑁𝐴,𝑥 = −𝐷𝐴𝐵 𝑑𝐶𝐴 𝑑𝑥 Sabendo que: 𝑑𝐶𝐴 𝑑𝑥 = 𝑘0 ∙ 𝑥 𝐷𝐴𝐵 + 𝐶1 E que: 𝐶1 = 𝐶𝐴,𝐿 − 𝐶𝐴,0 𝐿 − 𝑘0 ∙ 𝐿 2 ∙ 𝐷𝐴𝐵 Temos que a taxa molar então fica: 𝑁𝐴,𝑥 = −𝐷𝐴𝐵 ∙ ( 𝑘0 ∙ 𝑥 𝐷𝐴𝐵 + 𝐶𝐴,𝐿 − 𝐶𝐴,0 𝐿 − 𝑘0 ∙ 𝐿 2 ∙ 𝐷𝐴𝐵 ) Como foi solicitado a taxa de assimilação do oxigênio (consumo de oxigênio) pelo sangue por unidade de área superficial do tecido, calcula-se a taxa para quando x = L. Assim: 𝑁𝐴,𝑥 = −𝐷𝐴𝐵 ∙ ( 𝑘0 ∙ 𝐿 𝐷𝐴𝐵 + 𝐶𝐴,𝐿 − 𝐶𝐴,0 𝐿 − 𝑘0 ∙ 𝐿 2 ∙ 𝐷𝐴𝐵 ) 𝑁𝐴,𝑥 = − 𝑘0 ∙ 𝐿 2 − −𝐷𝐴𝐵(𝐶𝐴,𝐿 − 𝐶𝐴,0) 𝐿 Logo, o consumo de oxigênio por unidade de área superficial do tecido é: 𝑵𝑨,𝒙 = − 𝒌𝟎 ∙ 𝑳 𝟐 − −𝑫𝑨𝑩(𝑪𝑨,𝑳 − 𝑪𝑨,𝟎) 𝑳 3 - Considere um organismo cilíndrico de raio r0 no interior do qual ocorre respiração a uma taxa volumétrica uniforme RA = -k0. Isto é, o consumo de oxigênio (espécie A) é governado por uma reação química homogênea de ordem zero. a) Se uma concentração molar de CA(r0) = CA0 for mantida na superfície do organismo, obtenha uma expressão para a distribuição radial dooxigênio, CA(r), no interior do organismo; Hipóteses simplificadoras: (1) Regime permanente; (2) Geometria cilíndrica; (3) Reação química homogênea de ordem zero, RA = -k0; (4) Fluxo unidimensional radial; (5) Transferência de massa governada pela difusão; 𝜕𝐶𝐴 𝜕𝑡 (1) = − [ 1 𝑟 𝜕(𝑟𝑁𝐴,𝑟) 𝜕𝑟 + 1 𝑟 𝑠𝑖𝑛𝜃 𝜕𝑁𝐴,𝜃 𝜕𝜃 (4) + 𝜕𝑁𝐴,𝑧 𝜕𝑧 (4)] + 𝑅𝐴 0 = − [ 1 𝑟 𝑑(𝑟𝑁𝐴,𝑟) 𝑑𝑟 ] + 𝑅𝐴 1 𝑟 𝑑(𝑟𝑁𝐴,𝑟) 𝑑𝑟 = 𝑅𝐴 Da lei de Fick para a difusão, temos que o fluxo molar é dada por: 𝑁𝐴,𝑟 = −𝐷𝐴𝐵 𝑑𝐶𝐴 𝑑𝑟 Assim, substituindo a lei de Fick na equação da continuidade reduzida e a condição de que ocorre uma reação química homogênea de ordem zero: − 𝐷𝐴𝐵 𝑟 𝑑(𝑟𝑑𝐶𝐴) 𝑑𝑟2 = −𝑘0 𝑑(𝑟𝑑𝐶𝐴) 𝑑𝑟2 = 𝑘0 ∙ 𝑟 𝐷𝐴𝐵 𝑟𝑑𝐶𝐴 𝑑𝑟 = 𝑘0 ∙ 𝑟2 2 ∙ 𝐷𝐴𝐵 + 𝐶1 𝑑𝐶𝐴 𝑑𝑟 = 𝑘0 ∙ 𝑟 2 ∙ 𝐷𝐴𝐵 + 𝐶1 𝑟 𝐶𝐴(𝑟) = 𝑘0 ∙ 𝑟2 4 ∙ 𝐷𝐴𝐵 + 𝐶1 ln(𝑟) + 𝐶2 → 𝑆𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝐺𝑒𝑟𝑎𝑙 Condições de contorno: 𝐶. 𝐶. 1 → 𝑑𝐶𝐴 𝑑𝑟 | 𝑟=0 = 0 𝑑𝐶𝐴 𝑑𝑟 = 𝑘0 ∙ 𝑟 2 ∙ 𝐷𝐴𝐵 + 𝐶1 𝑟 𝐶1 = [ 𝑑𝐶𝐴 𝑑𝑟 − ( 𝑘0 ∙ 𝑟 2 ∙ 𝐷𝐴𝐵 )] ∙ 𝑟 𝐶1 = [0 − ( 𝑘0 ∙ 0 2 ∙ 𝐷𝐴𝐵 )] ∙ 0 𝐶1 = 0 𝐶. 𝐶. 2 → 𝐶𝐴|𝑟=𝑟0 = 𝐶𝐴,0 𝐶𝐴(𝑟) = 𝑘0 ∙ 𝑟2 4 ∙ 𝐷𝐴𝐵 + 𝐶1 ln(𝑟) + 𝐶2 𝐶𝐴,0 = 𝑘0 ∙ 𝑟0 2 4 ∙ 𝐷𝐴𝐵 + 𝐶2 𝐶2 = 𝐶𝐴,0 − 𝑘0 ∙ 𝑟0 2 4 ∙ 𝐷𝐴𝐵 Substituindo as constantes encontradas na equação geral: 𝐶𝐴(𝑟) = 𝑘0 ∙ 𝑟2 4 ∙ 𝐷𝐴𝐵 + 0 ∙ ln(𝑟) + 𝐶𝐴,0 − 𝑘0 ∙ 𝑟0 2 4 ∙ 𝐷𝐴𝐵 𝐶𝐴(𝑟) = 𝐶𝐴,0 + 𝑘0 4 ∙ 𝐷𝐴𝐵 (𝑟2 − 𝑟0 2) → 𝑆𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝐴𝑛𝑎𝑙í𝑡𝑖𝑐𝑎 Assim, a expressão para a distribuição radial do oxigênio, no interior do organismo, é: 𝑪𝑨(𝒓) = 𝑪𝑨,𝟎 + 𝒌𝟎 𝟒 ∙ 𝑫𝑨𝑩 (𝒓𝟐 − 𝒓𝟎 𝟐) b) Obtenha uma expressão para a taxa de consumo de oxigênio no interior do organismo; A taxa de consumo de oxigênio pode ser encontrada multiplicando o fluxo molar total pela área do micro-organismo. Assim: 𝑗"𝐴,𝑟 = 𝑁𝐴,𝑟 ∙ 𝐴𝑀𝑂 Sabe-se que, pela lei de Fick: 𝑁𝐴,𝑟 = −𝐷𝐴𝐵 𝑑𝐶𝐴 𝑑𝑟 E que: 𝑑𝐶𝐴 𝑑𝑟 = 𝑘0 ∙ 𝑟 2 ∙ 𝐷𝐴𝐵 + 𝐶1 𝑟 Sendo que 𝐶1 = 0. Logo: 𝑑𝐶𝐴 𝑑𝑟 = 𝑘0 ∙ 𝑟 2 ∙ 𝐷𝐴𝐵 Assim, substituindo a equação acima na lei de Fick: 𝑁𝐴,𝑟 = −𝐷𝐴𝐵 ( 𝑘0 ∙ 𝑟 2 ∙ 𝐷𝐴𝐵 ) 𝑁𝐴,𝑟 = − 𝑘0 ∙ 𝑟 2 Devido a geometria cilíndrica, a área do micro-organismo é: 𝐴𝑀𝑂 = 2𝜋𝑟2 + 2𝜋𝑟𝐿 𝐴𝑀𝑂 = 2𝜋𝑟(𝑟 + 𝐿) Sendo L o comprimento do micro-organismo. Assim, a taxa molar de consumo de oxigênio é dada, de forma generalizada, pela equação: 𝑗"𝐴,𝑟 = − 𝑘0 ∙ 𝑟 2 ∙ 2𝜋𝑟(𝑟 + 𝐿) 𝑗"𝐴,𝑟 = −𝑘0 ∙ 𝜋 ∙ 𝑟2 ∙ (𝑟 + 𝐿) Sabendo que a taxa de consumo total de oxigênio deve ser obtida na superfície do micro- organismo, temos que a expressão para a taxa de consumo de oxigênio no interior do organismo em 𝑟 = 𝑟0 é: 𝒋"𝑨,𝒓𝟎 = −𝒌𝟎 ∙ 𝝅 ∙ 𝒓𝟎 𝟐 ∙ (𝒓𝟎 + 𝑳) c) Considere um organismo de raio r0 = 0,10mm e um coeficiente de difusão para a transferência do oxigênio de DAB = 10-8 m2/s. Sendo CA,0 = 5 x 10-5 kmol/m3 e k0 = 1,2 x 10-4 kmol/ (s.m3), qual é a concentração molar do O2 no centro do organismo? Da letra (a), temos que: 𝐶𝐴(𝑟) = 𝐶𝐴,0 + 𝑘0 4 ∙ 𝐷𝐴𝐵 (𝑟2 − 𝑟0 2) Substituindo os valores fornecidos, temos que: 𝐶𝐴(𝑟 = 0) = 5 × 10−5 𝑘𝑚𝑜𝑙 𝑚3 + 1,2 × 10−4 𝑘𝑚𝑜𝑙 𝑠. 𝑚3 4 ∙ 10−8 𝑚2 𝑠 ((0 𝑚)2 − (1 × 10−4 𝑚)2) 𝑪𝑨(𝒓 = 𝟎) = 𝟐 × 𝟏𝟎−𝟓 𝒌𝒎𝒐𝒍 𝒎𝟑 Assim, a concentração molar do O2 no centro do organismo equivale a 2 × 10−5 kmol por metro cúbico.