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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS 
CAMPUS MIRACEMA 
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA 
DISCIPLINA: PEDAGOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL 
PROFESSORA DRA. KETHLEN LEITE DE MOURA-BERTO 
 
 RESENHA 
 
A MORALIDADE NA “CRÍTICA DA RAZÃO PRÁTICA” DE KANT 
Yolanda Lima Castro 
 
 
KANT, Emanuel. Crítica da Razão Prática. Tradução e Prefácio: Afonso Bertagnoli. 
São Paulo: Edições e Publicações Brasil Editora S.A., 1959. Versão para eBook. 
eBooksBrasil.com. 
 
A “Crítica da Razão Prática” de Immanuel Kant, traduzida por Afonso 
Bertagnoli, é uma obra fundamental da filosofia moral. Esta obra é um marco na 
filosofia moral, pois representa uma mudança significativa na maneira como a 
moralidade é concebida. Kant desafia a visão tradicional de que a moralidade é 
baseada em regras externas ou em sentimentos internos, argumentando que a 
verdadeira moralidade é baseada na razão prática. A razão prática, para Kant, é a 
capacidade de tomar decisões e agir com base na razão, independentemente das 
circunstâncias ou dos desejos individuais. 
Neste trabalho, Kant estende sua investigação crítica, anteriormente aplicada 
ao conhecimento teórico na “Crítica da Razão Pura”, para a esfera da moralidade. Ele 
faz isso ao argumentar que a razão prática, assim como a razão teórica, é capaz de 
discernir o que é moralmente certo ou errado. Kant acredita que a razão prática é 
capaz de determinar o que é moralmente certo ou errado, independentemente das 
circunstâncias ou dos desejos individuais. Esta visão da moralidade como uma 
questão de razão, e não de sentimento ou convenção, é uma das contribuições mais 
duradouras de Kant para a filosofia moral. 
A razão prática, para Kant, é a esfera da moralidade. É a capacidade de tomar 
decisões e agir com base na razão, independentemente das circunstâncias ou dos 
desejos individuais. Kant argumenta que a razão prática é a base da moralidade, e 
que a moralidade é, portanto, uma questão de razão, e não de sentimento ou 
convenção. Esta visão da moralidade como uma questão de razão é uma das 
contribuições mais duradouras de Kant para a filosofia moral. A “Crítica da Razão 
Prática” é, portanto, uma obra fundamental na filosofia moral, pois estabelece a razão 
prática como a base da moralidade. 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS 
CAMPUS MIRACEMA 
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA 
DISCIPLINA: PEDAGOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL 
PROFESSORA DRA. KETHLEN LEITE DE MOURA-BERTO 
 
Autonomia da Vontade 
A autonomia da vontade é um conceito central na filosofia moral de Kant. Para 
Kant, a autonomia não é simplesmente a liberdade de seguir nossos desejos e 
inclinações, mas a liberdade de agir de acordo com leis que nós mesmos 
estabelecemos. Esta é uma ideia revolucionária que desafia a visão tradicional de que 
a moralidade é baseada em regras impostas externamente, seja por uma autoridade 
divina ou pela sociedade. 
Kant argumenta que a moralidade não se baseia em regras impostas 
externamente, mas na autonomia da vontade, capaz de legislar a si mesma através 
de princípios universais. Em outras palavras, a moralidade é uma questão de auto-
legislação. A vontade autônoma é a vontade que age de acordo com princípios que 
ela mesma estabelece. Estes princípios não são impostos de fora, mas são o resultado 
da própria razão da vontade. 
A autonomia da vontade, para Kant, é a capacidade de agir de acordo com 
princípios que são universais e necessários, não contingentes ou relativos a 
circunstâncias particulares. Estes princípios são expressos na forma de imperativos 
categóricos, que são comandos da razão que se aplicam a todos os seres racionais, 
independentemente de suas circunstâncias particulares. O imperativo categórico mais 
famoso de Kant é: “Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo 
tempo querer que ela se torne uma lei universal”. 
A autonomia da vontade é, portanto, a capacidade de agir de acordo com a lei 
moral, independentemente das inclinações ou desejos pessoais. Kant argumenta que 
a autonomia da vontade é a base da dignidade humana e do respeito moral. Aqueles 
que agem de acordo com a autonomia da vontade estão agindo de acordo com a lei 
moral e, portanto, merecem respeito moral. Por outro lado, aqueles que agem de 
acordo com inclinações ou desejos pessoais, e não de acordo com a lei moral, estão 
agindo de uma maneira que é indigna de respeito moral. 
A autonomia da vontade também tem implicações importantes para a teoria 
moral de Kant. Kant argumenta que a autonomia da vontade é a base da moralidade, 
e que a moralidade, por sua vez, é a condição da possibilidade da liberdade. Em 
outras palavras, a liberdade, para Kant, não é simplesmente a capacidade de fazer o 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS 
CAMPUS MIRACEMA 
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA 
DISCIPLINA: PEDAGOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL 
PROFESSORA DRA. KETHLEN LEITE DE MOURA-BERTO 
 
que queremos, mas a capacidade de agir de acordo com a lei moral. A liberdade, 
portanto, é a capacidade de agir de acordo com a autonomia da vontade. 
Lei Moral 
O cerne da obra de Kant, a “Crítica da Razão Prática”, é a lei moral inerente. 
Kant descreve a lei moral como uma força que preenche o indivíduo com um senso 
de dever que transcende influências externas e inclinações pessoais. Esta lei moral 
não é imposta de fora, mas surge da própria razão do indivíduo. É uma lei que cada 
indivíduo descobre dentro de si mesmo, através do uso da razão prática. A lei moral, 
para Kant, é a expressão da autonomia da vontade - a capacidade de agir de acordo 
com princípios que são universais e necessários, não contingentes ou relativos a 
circunstâncias particulares. 
A lei moral inerente, como Kant a descreve, é mais do que apenas um conjunto 
de regras ou princípios que governam nosso comportamento. É uma força que nos 
impulsiona a agir de acordo com o que é moralmente certo, independentemente das 
circunstâncias ou das consequências. Esta força não é algo que possamos escolher 
ignorar ou desobedecer. Pelo contrário, é algo que sentimos como um dever - uma 
obrigação moral que devemos cumprir, não importa o quê. Este senso de dever é o 
que Kant chama de “respeito pela lei moral”. É um sentimento que surge quando 
reconhecemos a autoridade da lei moral e nos comprometemos a agir de acordo com 
ela. 
A lei moral, para Kant, transcende influências externas e inclinações pessoais. 
Não é algo que seja determinado por nossos desejos ou emoções, nem algo que seja 
imposto a nós por outras pessoas ou pela sociedade. Pelo contrário, é algo que surge 
da nossa própria razão. É a lei que a razão dá a si mesma, e que, portanto, tem 
autoridade sobre todas as nossas ações. A lei moral é, portanto, a expressão da 
autonomia da vontade - a capacidade de agir de acordo com princípios que são 
universais e necessários, não contingentes ou relativos a circunstâncias particulares. 
Imperativo Categórico 
O imperativo categórico é a pedra angular da filosofia moral de Kant. É a regra 
fundamental da ética kantiana, que exige que as ações sejam julgadas pela sua 
capacidade de se tornarem leis universais. O imperativo categórico é uma expressão 
da lei moral inerente que Kant acredita ser a base da moralidade. Segundo Kant, a 
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moralidade não é uma questão de seguir regras ou princípios impostos externamente, 
mas de agir de acordo com princípios que são universais e necessários - princípios 
que a própria razão determina. 
A formulação do imperativo categórico é apresentada por Kant de várias 
maneiras, mas todas elas têm em comum a ideia de que devemos agir de tal maneira 
que possamos ao mesmo tempo querer que a máxima da nossa ação se torne uma 
lei universal. Em outras palavras, devemos agir de tal maneira que, se todos agissem 
da mesmamaneira, o resultado seria uma sociedade justa e harmoniosa. Esta é uma 
ideia revolucionária que desafia a visão tradicional de que a moralidade é uma questão 
de seguir regras ou princípios impostos externamente. 
O imperativo categórico, portanto, exige que consideremos as implicações 
universais de nossas ações. Não é suficiente que uma ação seja benéfica para nós 
ou para outras pessoas em circunstâncias particulares. Para ser moralmente correta, 
a ação deve ser tal que possa ser universalizada - isto é, deve ser tal que, se todos 
agissem da mesma maneira, o resultado seria uma sociedade justa e harmoniosa. 
Esta é uma exigência rigorosa que muitas vezes nos obriga a agir contra nossos 
desejos e inclinações pessoais. 
Liberdade e Finalidade 
Na “Crítica da Razão Prática”, Kant explora profundamente a relação entre 
liberdade e finalidade moral. Para Kant, a liberdade não é apenas a ausência de 
coerção externa, mas a capacidade de agir de acordo com a lei moral que a própria 
razão determina. Esta liberdade é fundamental para a moralidade, pois permite ao 
indivíduo agir não por inclinações ou desejos pessoais, mas por um senso de dever 
derivado da lei moral. A finalidade moral, por outro lado, é o objetivo último da ação 
moral, o bem supremo que todas as ações morais visam alcançar. 
Kant postula a imortalidade da alma como um fundamento necessário para a 
realização do bem supremo. Ele argumenta que a perfeição moral, que é a finalidade 
da ação moral, não pode ser alcançada nesta vida, pois a condição humana é tal que 
estamos sempre em conflito entre nossos desejos e a lei moral. Portanto, deve haver 
uma vida futura onde a alma imortal possa continuar a se esforçar pela perfeição 
moral. A imortalidade da alma, portanto, é vista por Kant como uma condição 
necessária para a realização do bem supremo. 
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PROFESSORA DRA. KETHLEN LEITE DE MOURA-BERTO 
 
Além disso, Kant postula a existência de Deus como outro fundamento 
necessário para a realização do bem supremo. Para Kant, o bem supremo não é 
apenas a perfeição moral, mas a perfeição moral combinada com a felicidade 
proporcional à virtude. No entanto, a conexão entre virtude e felicidade não é garantida 
nesta vida, pois muitas vezes vemos que os virtuosos sofrem enquanto os ímpios 
prosperam. Portanto, deve haver um Deus justo que recompense a virtude com a 
felicidade na vida futura. A existência de Deus, portanto, é vista por Kant como uma 
condição necessária para a realização do bem supremo. 
Conclusão 
A obra é um marco na filosofia moral, estabelecendo um sistema ético baseado 
na razão pura e na dignidade da natureza humana. Kant desafia os leitores a 
reconhecerem a autonomia da vontade como a fonte da lei moral e a agirem de acordo 
com princípios que possam ser universalizados, uma mensagem que continua a 
ressoar nos debates éticos contemporâneos.

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