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Categorias: Áreas de Atuação  > Cidades e Meio Ambiente  > Meio Ambiente  •
Áreas de Atuação  > Direitos Humanos  > Direitos Humanos  • Áreas de Atuação  >
Cidadania  > Inclusão e Mobilização Sociais  • Comunicação 
Publicado em 29/10/20 00:00 
Mariana, 5 de novembro de 2015. Às 16h20, a barragem de Fundão, de propriedade da
mineradora Samarco, controlada pelas empresas Vale e BHP Billiton, se rompe, despejando
cerca de 60 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro. Considerada a maior
tragédia ambiental do país, o desastre matou pessoas, engoliu comunidades e plantações,
poluiu cursos d’água, deixando um rastro de destruição em toda a bacia do rio Doce, em Minas
Gerais, com reflexos até a foz do rio, no estado do Espírito Santo, e no oceano Atlântico.
Desde então, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) vem atuando em diversas frentes,
buscando a reparação de danos e a compensação daqueles que são irreparáveis. De acordo
com a coordenadora do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa do
Meio Ambiente (Caoma), Andressa Lanchotti, a transversalidade do problema exigiu – e ainda
exige – o empenho de diversas áreas de atuação do MPMG, notadamente Meio Ambiente,
Patrimônio Cultural e Turístico, Defesa da Fauna, Direitos Humanos, Inclusão e Mobilização
Sociais e Fundações, garantindo uma atuação sinérgica nos aspectos socioambiental e
socioeconômico.
Para Andressa, que coordena a força-tarefa que atua no caso, o diálogo e a atuação
interinstitucionais também têm sido decisivos na garantia dos direitos e no suprimento de
necessidades das vítimas do desastre. O MPMG tem trabalhado lado a lado com o Ministério
Público do Espírito Santo (MPES), Ministério Público Federal (MPF), estados de Minas Gerais e
do Espírito Santo, União, e Defensorias Públicas da União, de Minas Gerais e do Espírito Santo.
Ela destaca o sucesso na celebração de acordos – extrajudiciais e judiciais – e na obtenção de
provimentos judiciais para prestação de assistência técnica e financeira às pessoas atingidas,
reassentamento das comunidades, indenização pecuniária e reparação de danos. Além disso,
busca-se a responsabilização dos envolvidos em diversas ações criminais, ressalvada a atuação
do MPF em relação aos crimes relativos à sua esfera de atribuições. A coordenadora da força-
tarefa ressalta ainda as negociações e contratações de auditorias independentes para a
realização de estudos para o acompanhamento e monitoramento da reparação socioambiental.
Notícias - Meio Ambiente
Rompimento da barragem de Fundão, em Mariana: resultados e desa�os
cinco anos após o desastre
“Uma importante vitória da força-tarefa foi a assinatura, em junho de 2018, de um Termo de
Ajustamento de Conduta (TAC-Governança) que prevê a participação das pessoas atingidas pelo
rompimento da barragem em diversas instâncias decisórias e consultivas do processo de
reparação. Por meio deste Termo, conhecido como TAC-Gov, foi também garantido aos
atingidos o acesso a assessorias técnicas independentes, de modo a efetivar sua participação”,
afirma Andressa.
O TAC Governança instituiu 19 comissões locais, formadas por pessoas atingidas residentes ou
que realizem alguma atividade nos municípios afetados, que contam com a assistência de
assessorias técnicas. Também foi criado um Fórum de Observadores, de natureza consultiva,
cujo objetivo é acompanhar os trabalhos e analisar os resultados dos diagnósticos e das
avaliações, bem como acompanhar os trabalhos da Fundação Renova, podendo apresentar
críticas e sugestões. O acordo previu, ainda, a criação de seis Câmaras Regionais, que podem
propor alterações, modificações, revisão e criação de programas e projetos destinados à
reparação integral dos danos causados pelo desastre.  
O TAC-Gov reformulou o Comitê Interfederativo (CIF), cuja função é orientar, acompanhar,
monitorar e fiscalizar a execução das medidas impostas à Fundação Renova, promovendo a
interlocução permanente entre a fundação, os órgãos públicos e os atingidos. O CIF, que conta
com a participação de pessoas atingidas e de integrantes dos Ministérios Públicos e
Defensorias Públicas, funciona, efetivamente, como última instância decisória na esfera
administrativa, e pode pedir o reexame de argumentos e de documentos apresentados pelas
Câmaras Técnicas, órgãos técnico-consultivos criados para a discussão e busca de soluções às
divergências relacionadas aos programas, projetos e ações de reparação dos danos.
Em 2019, buscando imprimir maior celeridade às ações de reparação, o MPMG, por meio do
Caoma e da Coordenadoria de Inclusão e Mobilização Sociais (Cimos), sugeriu a realização de
reuniões técnicas para a definição de ações prioritárias. Após diversos encontros, foram
definidos dez eixos prioritários de atuação, cada um com cronogramas de ações a serem
realizadas pela Fundação Renova para garantir o andamento célere da reparação e a resolução
adequada de questões consideradas fundamentais para garantia dos direitos das pessoas
atingidas e para a recuperação do meio ambiente.
Atuação na defesa dos direitos dos atingidos
Desde o rompimento da barragem, o MPMG atua na defesa dos direitos das vítimas do desastre
por meio de diversas ações judiciais e extrajudiciais, em diversos municípios ao longo da calha
do rio Doce, nos quais milhares de pessoas sofreram os impactos da tragédia de forma e em
intensidade diferentes. Além de 19 pessoas mortas, o desastre destruiu comunidades inteiras,
modos de vida, meios de subsistência.  
Apenas na comarca de Mariana, a mais afetada com o rompimento da barragem, foram mais de
20 processos em cinco anos, entre Ações Civis Públicas, Cumprimentos de Sentença e
Denúncias, para assegurar direitos humanos violados na tragédia. Também foram realizadas
mais de 30 audiências judiciais com a Samarco e suas controladoras, com participação ativa
dos atingidos nas decisões.
Logo após o desastre, o MPMG ajuizou Ação Cautelar para bloquear bens da Samarco, no valor
de R$ 300 milhões, com a finalidade de assegurar recursos para indenizações e reconstrução
das comunidades destruídas. Ainda em 2015, foi proposta Ação Civil Pública, com o objetivo de
assegurar reparação integral às vítimas de Mariana: ações emergenciais, contemplando auxílios
financeiros imediatos e moradia para as vítimas; indenizações definitivas, por todos os danos
causados (materiais e imateriais); reassentamento e reconstrução das comunidades atingidas
(Bento Rodrigues, Paracatu de Baixo, Borba, Camargos, Campinas, Paracatu de Cima, Pedras e
Ponte do Gama).
A ação já garantiu direitos como moradia em casas alugadas pelas empresas até três meses
após o reassentamento, auxílio financeiro mensal às pessoas que perderam renda, compra de
terrenos para reassentamento, indenização pela perda de veículos e antecipações parciais de
indenização nos valores de R$ 10 mil para famílias que perderam moradia não habitual, R$ 20
mil para famílias que perderam a moradia habitual e R$ 100 mil para aquelas que tiveram
parentes falecidos no desastre. Foram realizadas sete audiências nesse processo, garantindo a
participação dos atingidos em decisões sobre temas como cadastro, indenizações e interrupção
do prazo prescricional.
Em audiência realizada em 2018, ficou acordado que o pagamento do auxílio financeiro deverá
ser efetuado até que sejam restabelecidas as condições para o exercício das atividades
econômicas originais ou nova atividade, garantindo o pagamento por no mínimo um ano após a
conclusão dos reassentamentos ou, para os que optarem por receber a indenização, pelo prazo
de um ano após o recebimento da indenização final.
Um acordo, firmado também em 2018, permitiu que se desse início ao pagamento das
indenizações finais, garantindo a reparação integral, com observância das informações contidas
no cadastro aplicado pela assessoria técnica, assessoria jurídica aos atingidos, inversão do
ônus da prova e interrupção da prescrição.  
 
Reassentamentos e reconstrução das comunidades  
Em novembro de 2017, um ano após o acordopara realização de reassentamento das
comunidades destruídas, o MPMG pleiteou cumprimento de sentença homologatória, para que a
Justiça determinasse um prazo para que as empresas cumprissem com as obrigações
pactuadas. Segundo a decisão, as empresas e a Fundação Renova teriam até agosto deste ano
para concluir todos os reassentamentos. No entanto, as empresas recorreram da decisão.
Ao todo, serão reassentadas 211 famílias no novo distrito de Bento Rodrigues. O projeto
urbanístico foi aprovado em fevereiro de 2018 em Assembleia Geral dos atingidos, tendo a
Fundação Renova iniciado as obras de infraestrutura em janeiro de 2019 e a construção da
primeira casa em julho do mesmo ano. Em outubro de 2020, a construção de cinco casas, da
escola, do posto de serviços e do posto de saúde está em andamento.  
Em Paracatu de Baixo, 97 famílias fazem parte do reassentamento coletivo. Para implantação
da nova comunidade, foram aprovados, em 2018, dois projetos de lei pela Câmara Municipal, e,
em 2019, a Secretaria Municipal de Obras emitiu o licenciamento urbanístico para início das
obras de terraplenagem. Atualmente, estão sendo realizadas terraplenagem das vias de acesso
e das áreas dos lotes, contenções, obras de bueiros de drenagem pluvial, adutora de água
tratada e rede de esgoto. Foram iniciadas a construção de oito casas e da escola.  
As famílias que não desejam ir para reassentamentos coletivos ou que moravam em distritos
parcialmente atingidos pela lama de rejeitos têm a possibilidade de optar pelo reassentamento
familiar. Trata-se de modalidade que permite a compra de um imóvel em qualquer localidade.
São 129 famílias, sendo que até o momento foram adquiridos 19 imóveis para reformar, 27 para
construir e três lotes vagos, mas nenhuma das famílias de fato mudou-se para o imóvel
escolhido.
Em alguns casos, as famílias podem optar por permanecerem em suas localidades, mediante
reconstrução do imóvel destruído pela lama. Assim, 14 famílias estão atualmente nessa
modalidade de atendimento, sendo que em nove casos já houve a entrega do imóvel. As demais,
aguardam a conclusão de obras ou a elaboração dos projetos de reconstrução.
Ainda em relação aos reassentamentos, o MPMG pleiteou cumprimento de sentença
homologatória, para que sejam fornecidos imóveis separados em condições dignas de
habitabilidade para todos os novos núcleos familiares que se formaram, ou que vierem a se
formar, depois do desastre, em virtude de novas uniões, divórcios, falecimentos, nascimentos e
outras situações análogas, até o reassentamento da respectiva comunidade ou o
reassentamento familiar.
Segurança de barragens de mineração
O rompimento da barragem de Fundão impôs ao MPMG o desafio de mensurar a extensão dos
danos em todas as suas dimensões e buscar reparações. Mas a repetição do desastre, em
janeiro de 2019, em Brumadinho, exigiu que o trabalho se ampliasse para um controle ativo da
atividade e a busca por uma normatização mais efetiva para o setor. Desde então, ocorreram a
aprovação da Lei Mar de Lama Nunca Mais (Lei Estadual nº 23.291), sua regulamentação, e a
instituição de normas técnicas mais rígidas pelos órgãos reguladores da atividade mineradora.
A segurança de barragens e a prevenção de desastres passaram a ser foco do MPMG.
 
Para garantir que as estruturas do Complexo Germano, do qual fazia parte a barragem de
Fundão, atinjam os fatores de segurança definidos por normas brasileiras e pelas melhores
práticas internacionais, o MPMG firmou, em 2017, acordo com a Samarco para o custeio pela
mineradora de auditoria geotécnica, externa e independente, para todas as estruturas
remanescentes, em planejamento e em construção no complexo, o que incluiu as obras de
construção dos diques S3 e S4 para conter de maneira definitiva os cerca de 13 milhões de
metros cúbicos de rejeitos restantes na região.
O acordo também possibilitou o acompanhamento, pela empresa de auditoria Aecom, do Plano
de Manejo de Rejeitos, em execução pela Fundação Renova. Atualmente, nove estruturas do
Complexo Germano – entre barragens, diques, cavas e pilhas de disposição de rejeitos e estéril
– são acompanhadas pela Aecom.  
De acordo com Andressa Lanchotti, quando os trabalhos se iniciaram, algumas das estruturas
remanescentes tinham fator de segurança abaixo do recomendável. “A barragem de Santarém,
por exemplo, havia sido praticamente destruída e foi necessária a construção de uma nova
barragem para garantir sua estabilidade. Já a barragem de Germano, a maior barragem de
rejeitos alteada a montante na América Latina, havia sido fortemente impactada pelo
rompimento da barragem de Fundão, e a quantidade de informações a respeito da estrutura era
insuficiente para garantir sua segurança. Hoje, a barragem possui todos os fatores de segurança
acima dos exigidos pela norma brasileira e sua instrumentação e monitoramento foram
adequados aos mais modernos benchmarks internacionais”, esclarece a coordenadora da força-
tarefa.
Segundo Andressa, outro trabalho importante desenvolvido pela Aecom é o acompanhamento
do planejamento e da execução das obras de recuperação do reservatório e das estruturas
integrantes da Usina Hidrelétrica de Risoleta Neves, fornecendo informações e subsídios
técnicos à atuação do MPMG. Esse trabalho é resultado de Termo de Acordo Judicial firmado
em outubro de 2017 entre o MPMG e a Samarco.  
Mudança da legislação
Após o rompimento da barragem, o MPMG capitaneou o projeto de lei de iniciativa popular
denominado Mar de Lama Nunca Mais, que foi apresentado em junho de 2016 à Assembleia
Legislativa de Minas Gerais, com cerca de 60 mil assinaturas. No entanto, apesar dos esforços
empreendidos, a tramitação do projeto não avançava. Com o rompimento das barragens em
Brumadinho, e um cenário político mais favorável, o MPMG intensificou sua atuação junto aos
parlamentares mineiros em defesa do projeto de lei. A mobilização culminou na aprovação da
Lei nº 23.291, de 25 de fevereiro de 2019.
 
O novo marco regulatório traz aprimoramentos concretos para a disposição de rejeitos de
mineração. Segundo Andressa Lanchotti, o cerne da lei Mar de Lama Nunca Mais está na
proibição da construção ou alteamento de barragens em locais onde forem identificadas
comunidades nas zonas de autossalvamento, que é uma área abaixo da barragem, para onde
correm os rejeitos caso ocorra um desastre. Se isso ocorrer, em regra, não há tempo hábil para
essas pessoas serem resgatadas ou socorridas pelo Poder Público, frente à rapidez da onda de
inundação.
Há ainda a proibição da construção e do alteamento de barragens pelo método a montante, a
determinação de descaracterização de todas as barragens a montante existentes no estado de
Minas Gerais e a previsão de uma caução ambiental, que obriga o empreendedor a garantir os
custos da desativação das barragens e dos possíveis danos socioambientais e
socioeconômicos que um desastre envolvendo tais estruturas possa ocasionar.
Outro ponto importante se refere ao processo de licenciamento de empreendimentos contendo
barragens de rejeitos, que deve ser dividido em três fases, Licença Prévia, de Instalação e de
Operação, não podendo esses empreendimentos serem submetidos a licenciamento
simplificado. Em cada uma delas, são feitas exigências específicas, como o Estudo de Impacto
Ambiental (EIA/Rima).  
Retomada das atividades da Samarco
O MPMG também vem atuando para que o retorno das atividades da mineradora Samarco seja
precedido da adoção de medidas que garantam a segurança do empreendimento. Além de
auditorias nas estruturas remanescentes do Complexo Germano e de obras para a implantação
de novas estruturas de contenção, o licenciamento ambiental foi condicionado à adoção das
melhores técnicas disponíveis para a disposição de rejeitos, à garantia de segurança da
população, à proteção do meio ambiente e à utilização sustentável dos recursos naturais.
Tendo em vista que a mineradora é proprietária da maior barragem de rejeitos alteada a
montante da América Latina – a barragem de Germano – e, portanto,a que possivelmente
causará maiores impactos sociais e ambientais durante sua descaracterização, a coordenadora
do Caoma, Andressa Lanchotti, explica que uma das grandes preocupações que surgiram em
decorrência da atual situação de Minas Gerais é o impacto que pode ser causado pela
descaracterização simultânea de todas as barragens alteadas a montante no estado, muitas
delas localizadas no Quadrilátero Ferrífero. “Com muitas das descaracterizações se iniciando
em 2021, há um risco de se provocar uma escassez de insumos e de mão de obra qualificada,
assim como grande sobrecarga da infraestrutura da região”, alerta.
Em razão disso, o Caoma, por ocasião do julgamento da Licença de Operação Corretiva (LOC) da
Samarco, no Comitê de Políticas Ambientais (Copam), requereu a inclusão de uma
condicionante específica para a realização de uma Avaliação Ambiental Integrada (AAI) das
obras de descaracterização de barragens em Minas Gerais.
A AAI deverá ser custeada pela mineradora e executada por empresa independente e de
reconhecida expertise, que prestará informações aos órgãos de estado sobre os efeitos das
ações de fechamento e descaracterização da barragem de Germano e de outras estruturas
existentes em um raio de 100 quilômetros do complexo. O Termo de Referência para a AAI foi
elaborado pelo MPMG e pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), e a Fundação para o
Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia (FDTE), ligada à Escola Politécnica da Universidade
de São Paulo (USP), foi escolhida para realizar o estudo.
O estudo deverá realizar uma análise integrada de impactos cumulativos ambientais e sociais
causados pelas descaracterizações, contando com uma audiência pública para garantir a
participação popular, e culminará na elaboração de um relatório final a ser entregue ao órgão
ambiental. Conforme Andressa Lanchotti, “a finalidade do estudo é possibilitar que os órgãos
públicos competentes tracem estratégias, tomem decisões e implementem ações adequadas ao
planejamento, autorização e acompanhamento das obras de descaracterização de barragens.
Além disso, ao avaliar os impactos cumulativos das obras de descaracterização, o trabalho irá
propor diretrizes para evitar, reduzir ou compensar os impactos socioambientais adversos e
potencializar os impactos ambientais positivos, considerando os riscos envolvidos nas obras”,
conclui.
 
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29/10/20
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