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EDUCAÇÃO CONTINUADA Programa de Triagem Neonatal na Bahia Serviço de Referência em Triagem Neonatal - SRTN Centro de Diagnóstico e Pesquisa - CEDIP APAE-SALVADOR 1 PROGRAMA DE TRIAGEM NEONATAL NA BAHIA Salvador-Bahia 2 Histórico da Triagem Neonatal No Mundo – início na década de 60 No Brasil – 1976 - Iniciativa da APAE São Paulo – introduzindo o termo “Teste do Pezinho” – Triagem para Fenilcetonúria. Na Bahia – Iniciativa da APAE – SSA em 1992 – com convênio com o SUS. Doenças Triadas: Fenilcetonúria - PKU Hipotireoidismo Congênito - HC 3 Em 2001 o Ministério da Saúde – publica a Portaria 822 de 06 de junho e institui: Programa Nacional de Triagem Neonatal Meta: Cobertura de 100% dos nascidos vivos do país. Objetivos: Detecção, confirmação diagnóstica, acompanhamento e tratamento das doenças, conforme as fases de implantação: Fase I - Hipotireoidismo congênito e Fenilcetonúria; Fase II - Hipotireoidismo congênito, Fenilcetonúria e Doença Falciforme e Hemoglobinopatias; Fase III - Hipotireoidismo congênito, Fenilcetonúria, Hemoglobinopatias e Fibrose cística; Fase IV - Hipotireoidismo congênito, Fenilcetonúria, Doença Falciforme, Fibrose cística, Deficiência de Biotinidase e Hiperplasia Adrenal Congênita. 4 PROGRAMA DE TRIAGEM NEONATAL NA BAHIA Quais as Doenças Triadas? 1. Hipotireoidismo Congênito - exame neo - TSH 2. Fenilcetonúria – exame neo - PKU 3. Doença Falciforme – exame Hb 4. Fibrose Cística – exame neo IRT 5. Deficiência de Biotinidase – exame neo BIO 6. Hiperplasia Adrenal Congênita – exame neo 17OHP 7. Aminoacidopatias - Cromato de Aminoácidos – exame neo Caa OBS: Aminoacidopatias é realizada por convenio com a SESAB e municípios. 5 6 50,4 83,3 82,7 88,7 86,3 86,4 85,5 86,4 86,2 0 20 40 60 80 100 2018 2017 2016 2015 2014 2013 2012 2011 2008 - 2010 2005 - 2007 2002 - 2004 87,2 85,7 PNTN – Bahia Cobertura 2002 a 2018 7 “PROGRAMA DE TRIAGEM NEONATAL NA BAHIA” Vamos a partir de agora conhecer e detalhar as diferentes etapas deste importante programa de saúde pública voltado para prevenção de deficiência mental e de agravos a saúde da criança! Município: Unidade de Coleta Coleta: 3º ao 5º dia de vida Secagem: Posição Horizontal Tempo de Secagem: 2 Horas Local de Armazenagem: Refrigerador Envio para o laboratório Semanalmente pelo correio e ou portador APAE: Laboratório e Liberação de Resultados Reconvocação, Tratamentos e Acompanhamento dos Casos Confirmados CICLO OPERACIONAL DO SERVIÇO Idade da Coleta Série Histórica 2013 a 2017 I – PROCEDIMENTOS TÉCNICOS: 1. A coleta e preenchimento ficha; 2. Processamento dos exames no laboratório. II - PROCEDIMENTOS DO AMBULATÓRIO ESPECIALIZADO 1. A Busca Ativa 2. Atendimento por Equipe Multidisciplinar 10 ETAPAS DO PROGRAMA I – PROCEDIMENTOS TÉCNICOS: 1. A coleta e preenchimento ficha: Kit de coleta – papel filtro e lanceta Instruções de coleta Armazenamento pré e pós coleta Envio das amostras 11 ETAPAS DO PROGRAMA Kit de coleta: ficha individual, filtro, protocolo de resultados e lanceta. O Kit de coleta será fornecido pelo SRTN-APAE-SSA e deverá ser guardado em local adequado seco e limpo; Preenchimento completo e legível da ficha e do filtro sem destacar; Confirmar o nome da criança junto ao responsável, sem destacar o filtro da ficha e aí realizar a coleta; Para admissão da amostra no SRTN é indispensável o preenchimento da data de nascimento e da data de coleta e do nome do recém nascido. Veja a seguir PREENCHIMENTO DA FICHA E DO FILTRO DE COLETA 1. A COLETA 12 Preenchimento da Ficha e do Filtro de Coleta: CAMPOS OBRIGATÓRIOS Não destacar o filtro da ficha Em caso de repetição do exame, colocar o número do Registro SMART. Marcar com X o quadrinho dos exames a serem realizados. Anotar o telefone, mesmo que seja para recado. O papel filtro não possui mais data de validade. ATENÇÃO Toda criança transfundida precisa repetir o exame após 120 dias da data da transfusão. O cartão do SUS não é obrigatório. • O profissional para coleta: área de saúde; inscrito no seu órgão de classe e habilitado para realizar o procedimento. • Idade da coleta: ideal entre o terceiro e o quinto dia de vida; • Posição: a posição ideal para coleta é manter a criança sustentada em “posição de arrotar”; • Local: ideal colher no calcanhar. Para aumentar o fluxo de sangue, massagear o calcanhar antes de puncionar; • Fazer assepsia do calcanhar com álcool etílico (70%), NUNCA utilize álcool iodado; • Enxugar antes de puncionar; • NUNCA usar agulha para coleta no calcanhar – risco de lesão no calcanhar OBS: Coleta antes do terceiro dia de vida não deve ser feita pois há risco de resultado falso negativo para pesquisa de Fenilcetonúria. 14 INSTRUÇÕES PARA A COLETA Uso Correto das Lancetas 15 Lancetas geralmente utilizadas para exame de glicemia capilar e testes rápidos Lanceta ideal para o Teste do Pezinho INSTRUÇÕES PARA A COLETA 16 • Mostre ao responsável a lanceta chamando atenção que é descartável ; • Puncione o calcanhar com lanceta descartável; • Aguarde a formação da primeira gota e descarte limpando com algodão seco e espere a formação de uma grande gota para começar a coleta; • Encoste um dos lados do papel do filtro em uma grande gota de sangue, levemente; • Deixe o sangue impregnar no papel até preencher o círculo; • NUNCA faça qualquer tipo de compressão durante a coleta; • Durante a coleta só utilizar algodão SECO para limpar e facilitar a formação de novas gotas; • Selecione o lugar de punção do calcanhar de acordo com a área sombreada que esta no desenho no Kit de coleta; Clique e assista agora uma coleta MAIS INSTRUÇÕES PARA A COLETA 17 18 Local da Punção 19 • Deixar o papel de filtro na posição horizontal. Correto: SECAGEM, ARMAZENAGEM E ENVIO DAS AMOSTRAS 20 file://Pia3s001/publico/ASSESSORIA MÉDICA CEDIP/APRESENTAÇÃO LORENA e helena em uso 2011/foto torre secagem.jpg SECAGEM, ARMAZENAGEM E ENVIO DAS AMOSTRAS 21 Errado: 22 •Secar por aproximadamente duas horas em local seco e fresco (temperatura ambiente) ou até o sangue atingir a cor marrom avermelhada. •Em locais mais quentes a secagem é mais rápida. • Evitar a luz direta do sol, outras fontes de calor e contato com líquidos. • Após secagem, guardar os filtros colhidos em saco plástico e armazenar na geladeira (2-8ºC), NÃO CONGELAR. •Dê preferência a armazenar na porta da geladeira. SECAGEM, ARMAZENAGEM E ENVIO DAS AMOSTRAS •Enviar os filtros coletados SEMANALMENTE, acompanhados de listagem em um envelope. • Não é necessário refrigerar durante o transporte, mas caso deseje fazê-lo, só utilizar gelo reciclável. • O envio do material pode ser via SEDEX, através de portador ou motoboy. • O portador deverá esta ciente que o material transportado não deve ser exposto ao sol ou molhado. • O SRTN tem convênio com os CORREIOS para envio gratuito das amostras do Teste do Pezinho por parte dos municípios. •O envio via SEDEX já possui o serviço de rastreabilidade, não havendo necessidade de adicionar AR. SECAGEM, ARMAZENAGEM E ENVIO DAS AMOSTRAS 23 ATENÇÃO: A retenção das amostras no posto de coleta é falta grave pois pode estragar a amostra e também levar a o atraso do tratamento dos casos confirmados. Observar atentamente a qualidade da amostra antes de enviar – verificar fungo, quantidade e integridade da amostra. 2. PROCESSAMENTODO EXAME NO LABORATÓRIO: Qualidade da amostra Processamento dos exames Liberação dos laudos 24 COLETA ADEQUADA: PRÉ SECAGEM 25 FRENTE VERSO Observe que a cor do sangue é bem viva (vermelha) Observe que o sangue preenche os dois lados do papel COLETA ADEQUADA: FRENTE 26 COLETA ADEQUADA: FUNDO 27 Observe que o sangue preenche os dois lados do papel. COLETA ADEQUADA - picotada 28 Frente Verso COLETA INADEQUADA Coleta inadequada ou Insuficiente: Definição: coleta que não permite análise laboratorial - completa ou parcialmente. Motivos: coleta fungada, molhada, quantidade insuficiente, saturada, contaminada, etc. Conduta do SRTN: realizar os exames possíveis com a quantidade do sangue enviado, devolver a amostra, enviar laudo com resultados realizados e SOLICITAR NOVA AMOSTRA URGENTE. Conduta do posto de coleta: localizar o RN e realizar nova coleta urgente. Como evitar coletas inadequadas: avaliar a coleta no momento em que terminou e antes de enviá-la. Rever os procedimentos regularmente e manter contato em caso de dúvidas. 29 COLETA INADEQUADA 30 FRENTE VERSO 31 COLETA INADEQUADA 32 COLETA INADEQUADA COLETA INADEQUADA 33 COLETA INADEQUADA 34 35 COLETA INADEQUADA COLETA INADEQUADA 36 Esta amostra não poderá ser processada no Laboratório COLETA INADEQUADA 37 FRENTE VERSO COLETA INADEQUADA 38 39 COLETA INADEQUADA COLETA INADEQUADA 40 COLETA INADEQUADA 41 COLETA INADEQUADA 42 COLETA INADEQUADA 43 44 OBSERVEM OS FILTROS A SEGUIR 45 46 47 VISÃO DO LABORÁTORIO DO SRTN 48 PROCESSAMENTO DOS EXAMES 49 Rastreamento das Amostras Picotagem PROCESSAMENTO DOS EXAMES 50 Pipetagem dos reagentes Processamento de Exames 51 SETORES ENVOLVIDOS NA TRIAGEM Laboratório: Supervisora - Inês Sousa ines.sousa@apaesalvador.org.br (071) 3270 – 8311 mailto:ines.sousa@apaesalvador.org.br 52 RESULTADO DE EXAMES 53 RESULTADO DE EXAMES ENTREGA DOS RESULTADOS Prazo é de 06 (seis) dias úteis após a chegada da amostra no SRTN. Os resultados são impressos no município através do web laudos (com exceção de Salvador e alguns municípios que alinharam de fazer a retirada aqui na instituição. As unidades de coleta devem reduzir o prazo de entrega dos resultados. Máximo 20 dias - melhoria na qualidade do serviço prestado. O posto de coleta deve checar os laudos recebidos com a listagem e, no caso do não recebimento, solicitá-lo imediatamente através do telefone (71) 3270-8316 O responsável no posto deverá identificar os casos de reconvocação por resultado alterado e tomar as providências necessárias. O mesmo para: coleta precoce, coleta inadequada, insuficiente, etc. Nos casos de dados incompletos o posto deverá entrar em contato para fornecer o dado que faltou. 54 55 SETORES ENVOLVIDOS NA TRIAGEM Envio de Kits Cadastro das Amostras Cartão de Postagem Laudos* - roquelina.marques@apaesalvador.org.br - (071) 3270 – 8316 Apoio Operacional : mailto:roquelina.marques@apaesalvador.org.br Apoio Operacional : Stefânia Lima - Supervisora stefania.lima@apaesalvador.org.br (071) 3270-8362 56 SETORES ENVOLVIDOS NA TRIAGEM mailto:stefania.lima@apaesalvador.org.br II - PROCEDIMENTOS DO AMBULATÓRIO ESPECIALIZADO: Reconvocação dos casos suspeitos – Busca ATIVA. Realização dos exames confirmatórios Avaliação clínica dos confirmados. Tratamento. Acompanhamento e seguimento. Aconselhamento Genético 57 A Busca Ativa no Programa de Triagem Neonatal SETORES ENVOLVIDOS NA TRIAGEM Objetivo Identificar e localizar o paciente em tempo hábil, para confirmação das doenças triadas no Teste do Pezinho e inserção da criança no tratamento. 60 Busca Ativa : Supervisora – Neyla Otero neyla.otero@apaesalvador.org.br (071) 3270 – 8352 SETORES ENVOLVIDOS NA TRIAGEM mailto:neyla.otero@apaesalvador.org.br Reconvocação dos casos suspeitos de: Fenilcetonúria Hipotireoidismo Congênito Doenças Falciformes Aminoacidopatias Fibrose Cística Deficiência da Biotinidase Hiperplasia Adrenal Congênita BUSCA ATIVA 61 Atenção!!! Coleta precoce Coleta inadequada Material insuficiente Os Recém Nascidos devem ser localizados imediatamente para nova coleta. 62 PONTOS CRÍTICOS QUE DIFICULTAM A BUSCA ATIVA Pacientes com IRT alterados são confirmados e tratados no HEOM (Hospital Especializado Otávio Mangabeira) ou Hospital da Clínicas e não na APAE – Salvador; Não preenchimento da ficha com letra de forma, ausência de telefone e endereço do paciente; Evoluções de óbitos do RN - enviar a declaração de óbito para possível investigação e encerramento da busca ativa; Os pacientes não localizados no município: enviar documento descrevendo a situação para providencias cabíveis; Toda e qualquer informação do paciente deve ser formalizada por e-mail ou relatório, para assim, melhor atender as dificuldades existentes. 63 Atendimento pelo SUS, para todas as doenças triadas através do Teste do Pezinho, exceto Fibrose Cística, cujo atendimento é realizado pelo SUS, no HEOM ou HUPES. Funcionamento: Segunda a quinta (06h30 às 18h) e Sexta (06h30 às 16h) 64 SETORES ENVOLVIDOS NA TRIAGEM Ambulatório Especializado - PNTN • Ambulatório Especializado Vanessa Lemos- Supervisora de Atendimento vanessa.lemos@apaesalvador.org.br 3270-8353 65 SETORES ENVOLVIDOS NA TRIAGEM (71) 3270-8313 – remarcações de consultas* O atendimento no ambulatório é exclusivo para crianças com alterações no teste do pezinho. mailto:vanessa.lemos@apaesalvador.org.br Dinâmica do funcionamento do Ambulatório - SRTN: Atendimento na recepção para cadastro; Coleta para confirmação diagnóstica e controle do tratamento; Acolhimento com o Serviço Social; Atendimento com a equipe interdisciplinar indicada para cada caso; Importante: Tempo previsto para a permanência do paciente na instituição das 7:00h ás 17:00h; • Assessoria de Relacionamento Capacitação dos Profissionais; Acompanhamento dos desempenhos municipais dentro do PNTN; Paula Lima: paula.lima@apaesalvador.org.br (71) 3270-8367 Elizane Silva: elizane.silva@apaesalvador.org.br (71) 3270-8302 67 SETORES ENVOLVIDOS NA TRIAGEM mailto:paula.lima@apaesalvador.org.br mailto:elizane.silva@apaesalvador.org.br • Assessoria de Relacionamento Fernanda Alves – Assessora de Relacionamento fernanda.alves@apaesalvador.org.br (71) 3270-8324 68 SETORES ENVOLVIDOS NA TRIAGEM mailto:fernanda.alves@apaesalvador.org.br ATENDIMENTO DOS PACIENTES 69 Sala de Espera 70 ATENDIMENTO DOS PACIENTES Sala de Espera 71 ATENDIMENTO DOS PACIENTES Brinquedoteca 72 ATENDIMENTO DOS PACIENTES Espaço de Repouso para às famílias 73 74 75 Equipe de Atendimento 76 Preenchimento inadequado da ficha filtro; Falta de informação com relação as doenças triadas e suspeitas; Amostra retida no local da coleta; Mudança de gestão; Resistência da família em comparecer ao serviço e em dar seguimento ao tratamento . PONTOS CRÍTICOS QUE DIFICULTAM O FUNCIONAMENTO DO PROGRAMA FAMÍLIA Comparecer ao atendimento para confirmação diagnóstica; Seguir as orientações clínicas e ter regularidade no tratamento; Exercer o direito de cidadania; SRTN /CEDIP/APAE Garantir o suporte material e oferecer orientações sobre o teste do pezinho; Realizar a detecção precoce das doenças triadas; Confirmar o diagnóstico;Prestar atendimento interdisciplinar aos pacientes com o diagnóstico confirmado; MUNICÍPIO Realizar o teste do pezinho nos seus munícipes; Evitar reter as amostras no local da coleta; Localizar o paciente com resultado alterado e possibilitar a confirmação diagnóstica; Garantir o encaminhamento dos Casos suspeitos; Viabilizar transporte para o deslocamento do paciente para a realização do tratamento; O PAPEL E A RESPONSABILIDADE DE CADA UM: Conhecendo um pouco sobre as principais Doenças do Programa de Triagem Neonatal 79 FENILCETONÚRIA (PKU) Doença Genética de Herança Autossômica Recessiva – Pioneira na Triagem Neonatal Erro Inato do Metabolismo – metabolismo do aminoácido Fenilalanina(FAL) Tratamento iniciado no 1o mês de vida evita os sintomas Incidência na Bahia 1: 14.330 NV 80 Exame no recém nascido Dosagem de Fenilalanina(fal) Valores de Fenilalanina no papel filtro: Valor até 3,5 mg/dl – Normal Valores acima de 3,5mg/dl – necessita reconvocar para nova coleta para confirmação diagnóstica. Reconvocação: • Valores entre 3,5 e 7,9 mg/dl – solicita 2ª amostra; • Valores ≥ 8,0 mg/dl- agendamento de consulta Valores confirmados: Entre 3,5 e 10mg/dl – caracteriza o diagnóstico de Hiperfenilalaninemia – não necessita tratamento. Acima de 10mg/dl – FENILCETONÚRIA CLÁSSICA Foto da literatura de dois irmãos: O menino com Fenilcetonúria não tratado. A menina com Fenilcetonúria tratada desde o nascimento após a triagem neonatal. 82 FENILCETONÚRIA Quadro Clínico – casos de crianças não tratadas: • Retardo Mental • Atraso no desenvolvimento motor • Irritabilidade e distúrbio de comportamento • Urina com cheiro de rato de biotério • Convulsões • Microcefalia • Disfagia – dificuldade de engolir • Vômitos recorrentes • Eczema de difícil tratamento – lesões de pele 83 Tratamento de Fenilcetonúria Clássica: Comparecimento ao SRTN para atendimento regular com: Nutricionista Clínica, Psicóloga, Pediatra e Assistente Social Dieta Hipoprotéica objetivando: diminuir a ingestão de Fenilalanina (FAL) – aminoácido essencial ingerido através da dieta. É uma dieta muito restrita e para evitar desnutrição - Reposição com Fórmula Metabólica Especial - isenta de FAL – fornecida pelo Estado: 84 O Tratamento, a dieta e o uso da Fórmula é contínuo e monitorado pela Nutricionista e Pediatra 85 Livro de Receitas Culinárias para Fenilcetonúria https://issuu.com/propaweb/docs/receitas-ok https://issuu.com/propaweb/docs/receitas-ok https://issuu.com/propaweb/docs/receitas-ok https://issuu.com/propaweb/docs/receitas-ok AMINOACIDOPATIAS As aminoacidopatias constituem um grupo de erros congênitos relacionados com uma anomalia geneticamente determinadas pelo metabolismo dos aminoácidos. São herdadas de modo autossômico recessivo. 86 As mais frequentes aqui no estado: Tirosinemia e Doença do xarope de Bordo (Leucinose/MSUD). AMINOACIDOPATIAS 87 Tirosinemia: Existem 3 tipos, a tipo I é a mais grave. Os sintomas vão desde alterações da córnea a insuficiência hepática e renal. Leucinose: Pode apresentar-se sob várias formas clínicas. A forma clássica, de início neonatal, manifesta-se nos primeiros 4 a 7dias de vida. Apresentando recusa alimentar, perda de peso, vômitos, urina com odor adocicado, crises convulsivas. AMINOACIDOPATIAS 88 Exame no recém nascido Pesquisa de Aminoácidos- CAA Valor de Referência – Normal RECONVOCAÇÃO Tirosina- colher 2ª amostra Isoleucina - agendamento de consulta HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO Disfunção da Glândula Tireóide – glândula responsável pela produção do hormônio T4 – importante para desenvolvimento global da criança. Maioria dos casos é esporádico e não de origem genética. Incidência na Bahia 1: 1.800 NV 89 90 Hipófise Tireóide Esquema de produção dos hormônios tireoidianos e interação com hipófise: Exame no recém nascido Dosagem de TSHneo no sangue de papel filtro Valores de TSH neonatal: Até 9,0 uUI/ml- Normal Acima de 9,0 uUI/ml– Suspeita de Hipotireoidismo Congênito Confirmação diagnóstica – avaliação clínica e dosagem de TSH e T4 livre no soro 91 Retardo Mental Atraso de Desenvolvimento Psico-motor Hipotonia Anemia Palidez cutânea Macroglossia – língua grande Edema de face Obstipação intestinal Sonolência O tratamento precoce é imprescindível para que criança atinja sua capacidade cognitiva plena. 92 Quadro Clínico – Quando não tratado Comparecimento ao SRTN para atendimento regular com: Endocrinopediatra, Psicóloga e Assistente Social REPOSIÇÃO HORMONAL – FÁCIL E BARATO Levotiroxina oral comprimidos- Tratamento contínuo – monitorado pelo especialista endocrinologista pediatra. Tratamento por toda a vida 93 Tratamento: 94 Pacientes com Hipo não tratados: Observem: Macroglossia, face edemaciada, hipotonia, Abdômen globoso. Sequência de Fotos 95 Paciente com HC não tratado visto na APAE-SSA com 1ano e 8 meses de idade – face edemaciada, hipotonia, abdômen globoso! 96 Esta criança após 4 meses de tratamento para Hipotireoidismo Congênito. Neste período foi feita a reposição diária da Levotiroxina! Notem a melhora rápida. Entretanto, deverá ficar alguma sequela neurológica! 97 Criança com 9 anos de idade, com Hipotireoidismo Congênito grave, não tratado, com retardo mental, não anda não fala. Não fez teste do pezinho. Face infiltrada, macroglossia, abdômen globoso. História Clínica Após o Tratamento 98 99 1. Importância do diagnóstico laboratorial no Teste do Pezinho; e buscar o resultado; 2. Os casos que apresentam sintomas de Hipotireoidismo Congênito devem ser avaliados pelo médico e o exame de TSH e T4 livre devem ser realizados; 3. O HC deve sempre ser uma suspeita em casos de deficiência mental ou atraso motor na infância; 4. O exame de triagem neonatal é de extrema importância, mas a clínica é soberana. Em casos de suspeita o médico deve solicitar os exames. 5. Mesmo em casos de tratamento tardio há benefícios para a criança. Esta sequência de fotos de casos clínicos reais são para nos alertar quanto a: DOENÇA FALCIFORME E OUTRAS HEMOGLOBINOPATIAS 100 Doença Genética – Autossômica Recessiva Alteração na Hemoglobina Incidência na Bahia 1: 670 NV OBS: • Salvador – 1:455 NV • Recôncavo Baiano – 1: 314 NV 101 Doença Falciforme HEMOGLOBINA - Hb Substância presente nos Glóbulos Vermelhos do Sangue Função = Transporte de O2 Hemoglobina Padrão - HbA - HbAA Hemoglobinas Variantes do Padrão: HbS e HbC são as mais comuns 102 Formas da Doença Falciforme Doença HbFSS - HbSS Doença HbFSC - HbSC Doença HbFSD - HbSD Doença Hb FS beta talassemia O que podemos notar? Ausência da HbA e sempre presença da HbS 103 O que é o TRAÇO? Podemos dizer que uma pessoa tem um Traço quando: tem HbA e uma variante de outra hemoglobina. • Traço S = HbAS • Traço C = HbAC • Traço D = HbAD 104 Traço: Não é doença! NÃO precisa reconvocar. Disponibilizamos exames dos pais e do RN se solicitado. Hemoglobinopatia C ou Doença da Hb C É uma Hemoglobinopatia? Sim É Doença Falciforme? Não Porque não? Porque não tem HbS. Nomenclatura - HbCC Quadro clínico: Anemia Hemolítica – não tem Falcização e portanto tem quadro clínico mais leve. 105 O que acontece na Doença Falciforme? 106 Hemácia Normal Falcizada 107 DoençaFalciforme 108 Fenômeno vaso oclusivo Desidratação Infecção Acidose Vaso-oclusão Estresse Febre Exercício Alt. físico climáticas 109 Manifestações Clínicas • Anemia • Crises de Dor • Icterícia • Infecções e Febre • Ulcerações • Priaprismo • Acidente Vascular Cerebral 110 111 Tratamento da Doença Falciforme Consulta com especialistas: Hematopediatra, Psicóloga, Assistente Social, Nutricionista, Cirurgiã-dentista. Orientação sobre a doença Orientação sobre sinais de alertas Orientações e medidas gerais ( Higiene, hidratação, alimentação e imunização) Suplementação de ácido fólico Medidas profiláticas e de prevenção: Penicilina (Pen Voral ou Benzetacil/ Eritromicina) Hidroxiuréia 112 Curso Doença Falciforme – Conhecer para cuidar http://telelab.aids.gov.br/index.php/component /k2/item/311 http://telelab.aids.gov.br/index.php/component/k2/item/311 http://telelab.aids.gov.br/index.php/component/k2/item/311 http://telelab.aids.gov.br/index.php/component/k2/item/311 http://telelab.aids.gov.br/index.php/component/k2/item/311 http://telelab.aids.gov.br/index.php/component/k2/item/311 http://telelab.aids.gov.br/index.php/component/k2/item/311 http://telelab.aids.gov.br/index.php/component/k2/item/311 http://telelab.aids.gov.br/index.php/component/k2/item/311 Fase III - INCLUSÃO DA TRIAGEM PARA FIBROSE CÍSTICA 2012 - Credenciamento para Fase III pelo Ministério da Saude – 2013 - Início da Triagem para Fibrose Cística em todo o Estado da Bahia . O que é Fibrose Cística? 113 FIBROSE CÍSTICA Fibrose Cística Doença Genética de Herança Autossômica Recessiva – também conhecida como Mucoviscidose. Leva a um comprometimento de glândulas exócrinas com comprometimento sistêmico e não tem cura. O nome fibrose cística refere-se à característica de Fibrose e à formação de cistos no interior do pâncreas e no pulmão, identificada, pela primeira vez, na década de 30. 114 Triagem Neonatal para Fibrose Cística: No recém nascido realizamos a dosagem, da Tripsina Imuno Reativa ---- - IRT ----- este é o exame que realizamos no Teste do Pezinho: Dosagem de IRT Valores de IRT no papel filtro: Valor até 70 ng/ml – Normal Valores acima de 70 ng/ml – necessita reconvocar para nova coleta para confirmação diagnóstica. A incidência varia de população para população e é mais comum em brancos. No Brasil é de 1:2000 NV Não conhecemos ainda a incidência na Bahia. 116 Quadro Clínico de Fibrose Cística(FC) Os principais sintomas: Respiratório – secreções pulmonares, pneumonias. Gastro – intestinal – dificuldade de absorção, diarréia. Déficit de ganho de peso A FC é uma desordem genética e ainda não há cura. O tratamento consiste em Fisioterapia Respiratória, Dieta Hipercalórica, Hiperprotéica, etc. A triagem neonatal com diagnóstico e intervenção precoce melhoram a qualidade de vida do indivíduo e diminuem a morbi-mortalidade da doença. ASPECTOS IMPORTANTES DA TRIAGEM NEONATAL DA FIBROSE CÍSTICA(FC): O ideal é que a dosagem do IRT seja realizada ainda no primeiro mês de vida; A dosagem de IRT tem alto índice de falso positivo; Nos casos com 02 dosagens de IRT alteradas, entraremos em contato com o município. Atenção: Os casos confirmados serão encaminhados para atendimento no Hospital Otavio Mangabeira – Referência em tratamento de Fibrose Cística do Estado e Hospital das Clinicas. 117 Fase IV e as Novas Doenças 118 Deficiência da Biotinidase Hiperplasia Adrenal Congênita DEFICIÊNCIA DA BIOTINIDASE 119 A enzima biotinidase, muito importante para o metabolismo e exerce também a função de cofator essencial para a atividade de diversas enzimas com função de carboxilases; A principal complicação quando não tratada é o retardo mental; O tratamento consiste na reposição oral e diária da vitamina BIOTINA e deve ser mantido por toda a vida. PESQUISA DA DEFICIÊNCIA DA BIOTINIDASE ATIVIDADE DA BIOTINIDASE (BIO) 120 Incidência: Aproximadamente 1:90.000; Valor de Referência: RN de 0 até 90 dias(3meses): >3,1 nmol/min/mL Acima de 90 dias: >7,1 nmol/min/mL DEFICIÊNCIA DA BIOTINIDASE Classificação: Deficiência Parcial - atividade enzimática entre 10% e 30% considerando o limite inferior de referência para indivíduos não portadores de deficiência de biotinidase. Deficiência Profunda - atividade enzimática menor que 10% considerando o limite inferior de referência para indivíduos não portadores de deficiência de biotinidase. 121 DEFICIÊNCIA DA BIOTINIDASE 122 Principais sintomas: Atraso de desenvolvimento; Convulsões; Problemas Respiratórios: Apnéia; Taquipnéia; Hiperventilação, Respiração Ruidosa; Problemas de Pele: Seborreia; Dermatite Atópica; Erupções de Pele; Queda de Cabelo Parcial ou Total (alopécia); Hepatoesplenomegalia (aumento do fígado e do baço); Perdas de audição e visão; Problemas na Fala; Problemas na Coordenação dos Movimentos (ataxia); Infecções repetidas; Hipotonia; Letargia; Acidemia Láctica. HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA 123 Diminuição da produção do cortisol e/ou aldosterona e elevação compensatória dos níveis de hormônios adrenocorticotróificos; Hiperplasia da suprarrenal e super produção dos andrógenos Não Clássica Permanece assintomático Clássica Perda ou não de Sal Virilização das Genitálias A eficácia da triagem neonatal para reducão de morbimortalidade das criancas com hiperplasia adrenal congenita (HAC) e a principal justificativa para sua implantacao Sintomas 124 Perdedor de Sal • Desidratação • Hipotensão • Hiponatremia • Vômitos • Perda de peso • Hipovolemia • Choque Virilizante Simples • Aceleração do crescimento na idade pré-puberdade • Avanço da maturação óssea • Puberdade precoce • Baixa estatura na vida adulta Virilização da Genitália PESQUISA DA HAC 17- alfa- hidroxi-progesterona (17OHP) 125 Incidência: Aproximadamente 1:11.000; A maior frequência de hiperplasia adrenal congênita em indivíduos do sexo feminino; Valor de Referência: Termo – Até 30.0 ng/mL Pré-Maturo – Até 60.0 ng/mL HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA Atenção: Em meninos, a primeira manifestação observada pode ser a crise de perda de sal, com risco de morte, já nas primeiras semanas de vida. PESQUISA DA HAC 17- alfa- hidroxi-progesterona (17OHP) 126 Pré Maturos: Podem apresentar elevação transitória devido ao elevado nível de stress ao nascimento; HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA Observação: O uso de cortisol durante a gestação pode interferir diretamente no resultado de triagem neonatal , apresentando um resultado falso negativo O tratamento consiste na reposição hormonal dos hormônios que não estão sendo produzidos. Por outro lado, o tratamento controla as manifestações do excesso de andrógenos, evitando a virilização e preservando a altura final e a fertilidade. ALGUMA CONSIDERAÇÕES FINAIS: O Programa de Triagem Neonatal não é somente uma coleta de sangue no calcanhar do bebê! Ele é composto de várias etapas e para alcançarmos o sucesso é necessário a participação ativa e adequada de todos os envolvidos em cada uma dessas etapas. A Triagem é um programa de saúde pública. Os exames de Triagem neonatal não configuram diagnóstico e sempre haverá a necessidade de examesconfirmatórios. 127 ALGUMA CONSIDERAÇÕES FINAIS: As capacitações realizadas pelo SRTN tem como objetivo melhorar a qualidade desta importante ação de saúde pública em nosso Estado. O SRTN dispõe de assessoria médica para os profissionais envolvidos na triagem do seu municípios que desejem esclarecimentos; A triagem neonatal é um exame essencial, obrigatório e devemos lutar para alcançarmos os 100% de recém-nascidos; A triagem neonatal não serve para diagnóstico de todas as desordens que podem levar a deficiência mental; Portanto, a Triagem Neonatal não serve para diagnóstico de Síndrome de Down. 128 129 CONTATOS WhatsApp – Assessoria de Relacionamento 71 9.8796-4608 WhatsApp – Busca Ativa 71 9.9921-3311 WhatsApp – Apoio Operacional 71 9.8796-5059 WhatsApp – Ambulatório Especializado 71 9.8810-6735 Contatos 130 Profissonal Função Telefone E-mail Helena Pimentel Diretora Médica e Gerente do SRTN 71.3270.8310/9.91 32-7358 helena.pimentel@apaesalvador.org.br Antônio Purificação Coord. dos Programas Triagens 71.3270.8394 antonio.purificacao@apaesalvador.org.br Inês Sousa Supervisora - Laboratório 71.3270.8311 ines.sousa@apaesalvador.org.br Neyla Otero Supervisora - Busca Ativa 71.3270.8352 neyla.otero@apaesalvador.org.br Stefânia Lima Supervisora - Apoio Operacional 71.3270.8362 stefania.lima@apaesalvador.org.br Vanessa Lemos Supervisora - Ambulatório 71.3270-8355 vanessa.lemos@apaesalvador.org.br Fernanda Alves Supervisora - Assessoria de Relacionamento 71.3270.8324 fernanda.alves@apaesalvador.org.br Paula Lima Elizane Silva Ass. Administrativa - Assessoria de Relacionamento Ass. Administrativa - Assessoria de Relacionamento 71.3270.8367 71.3270.8302 paula.lima@apaesalvador.org.br elizane.silva@apaesalvador.org.br mailto:helena.pimentel@apaesalvador.org.br mailto:antonio.purificacao@apaesalvador.org.br mailto:ines.sousa@apaesalvador.org.br mailto:Neyla.otero@apaesalvador.org.br mailto:Stefania.lima@apaesalvador.org.br mailto:fernanda.alves@apaesalvador.org.br mailto:paula.lima@apaesalvador.org.br mailto:Elizane.silva@apaesalvador.org.br Agradecimentos: Este material foi produzido com a colaboração de toda a equipe do Serviço de Referência em Triagem Neonatal da Bahia. 131 Nos colocamos a disposição para esclarecimentos adicionais por e-mail e telefones. 132 APAE – SALVADOR 133 Teste do Pezinho BEBÊ LEGAL, É BEBÊ CUIDADO !!!