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Prévia do material em texto

Prof. Rodolpho Bacchi - Estácio Niterói - Segunda 19 horas.
		
		Calendário: 
	PROVA 03/06/2024	 
05/06/2024 Término do Simulado - Disciplinas Online (até 1 ponto extra)
Recuperação do nova chance 10/06/2024 		 
Recuperação AVS 17/06/2024 
Lista de desejos até 08/06/2024 no https://renova.estacio.br 
Todas as questões de Processo do Trabalho no QC (Só clicar) 
Aula 1 em 19/2/2024 
 
Introdução
O Direito Processual do Trabalho é uma disciplina técnico-jurídica com tonalidades científicas, tutelando os interesses das pessoas, protegidas em abstrato pelo direito material. 
	A função precípua do direito processual do trabalho é a de analisar o exercício da jurisdição trabalhista, a atividade das partes, do Juiz e de seus auxiliares nos processos individual e coletivo. 
Dissídio Individual – processo através do qual o Estado concilia ou decide os litígios entre empregado e empregador. QUEM JULGA É A JUSTIÇA DO TRABALHO VARA - LIDE ENTRE EMPREGADO E EMPREGADOR. 
 X
Dissídio Coletivo – processo através do qual se pretende a solução de conflitos coletivos de trabalho (categoria) - QUEM JULGA É O TRIBUNAL 
Conceito
Segundo Mauro Schiavi, o Direito Processual do Trabalho é o “conjunto de princípios, normas e instituições que regem a atividade da Justiça do Trabalho, com o objetivo de dar efetividade à legislação trabalhista e social e assegurar o acesso do trabalhador à Justiça”. 
É o conjunto de princípios, normas e instituições que regem a atividade da justiça do trabalho, com o objetivo de dar efetividade à legislação trabalhista e social e assegurar o acesso do trabalhador à justiça. 
	ESTRUTURA DA JUSTIÇA DO TRABALHO:
LER EM CASA CF 111 A 117
	Do Tribunal Superior do Trabalho, dos Tribunais Regionais
do Trabalho e dos Juízes do Trabalho
	 Art. 111. São órgãos da Justiça do Trabalho:
I - o Tribunal Superior do Trabalho;
II - os Tribunais Regionais do Trabalho;
III - Juizes do Trabalho. 	 
	 	Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho 	compõe-se de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais 	de trinta e cinco e menos de setenta anos de idade, de notável saber 	jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após 	aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo: 	 	 	 
I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94; 	 (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
II os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior. 	 (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 1º A lei disporá sobre a competência do Tribunal Superior do Trabalho. 	 (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 2º Funcionarão junto ao Tribunal Superior do Trabalho: 	 (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
I a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira; 
II o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante. 	 
§ 3º Compete ao Tribunal Superior do Trabalho processar e julgar, originariamente, a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões. 	 
	 Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho. 
	 Art. 113. A lei disporá sobre a constituição, investidura, jurisdição, competência, garantias e condições de exercício dos órgãos da Justiça do Trabalho. 	 
	 Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 	 
I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
II as ações que envolvam exercício do direito de greve; 
III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; 	 
IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; 	 
V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o; 
VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; 	 
VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; 
VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; 	 
IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. 	 
§ 1º Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.
§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. 
§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito. 	 (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 	 	(Vide ADI nº 	3423) 	 	 	(Vide ADI nº 	3431) 	 	 	(Vide ADI nº 	3520) 	 (Vide ADIN 3392) (Vide ADIN 3432)
	 	Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, 	sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região e nomeados 	pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos 	de setenta anos de idade, sendo: 	 	 	(Redação dada pela Emenda 	Constitucional nº 122, de 2022)
I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94; 	 
II os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antigüidade e merecimento, alternadamente. 	
§ 1º Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. 
§ 2º Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo.
	 Art. 116. Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular. 
 
ESTRUTURA DO TST: 
	- PRESIDENTE DO TRIBUNAL - VICE PRESIDENTE DO TRIBUNAL - CORREGEDOR (GERAL DA JUSTIÇA DO TRABALHO) FORMAM A DIREÇÃO DO TRIBUNAL. 
	TENHO TRIBUNAL PLENO É A UNIÃO DE TODOS OS MINISTROS DO TST TRINTA SEM TRÊS - 27 MINISTROS 
	TENHO ÓRGÃO ESPECIAL EXERCE ATRIBUIÇÕES DELEGADAS DO TRIBUNAL PLENO. 
	TENHO ORGÃO SDI - SEÇÃO DE DISSÍDIOS INDIVIDUAIS - SE DIVIDE EM SDI E SDI i E SDI II e SDC QUE É A SEÇÃO DE DISSÍDIOS COLETIVOS
TENHO AS TURMAS DO TST QUE SÃO 8 TURMAS, COM 3 MINISTROS CADAS. 
	SDC 8 TURMAS 3 MIN 
TRT: ART 115 CF 
Mínimo 7 
composição > ⅕ advogados e membros do mpt com mais de 10 anos de exercício
demais magistrados por merecimento e antiguidade (magistrados de carreira)
			JUÍZES DO TRABALHO
Chamadas competência residual do juiz estadual, não tem no RJ, 
Competência residual estadual, ou seja, caso não tenha, quem vai atuaré o juiz estadual, é chamada de competência residual do juiz estadual. Art 112 CF e art 668 clt. 
Nesse caso o juiz estadual vai atuar como juiz do trabalho, em sede de recursos, caberá ao TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO TRABALHO que alcance aquela localidade 
Princípios Específicos do Processo do Trabalho
1) Ius Postulandi da parte: 
 
	Representa a possibilidade da parte (autor ou réu) atuar numa demanda trabalhista sem advogado.
	Art. 791 da CLT: “Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final”.
	Art. 4º da Lei nº 5.584/70: “Nos dissídios de alçada exclusiva das Juntas e naqueles em que os empregados ou empregadores reclamarem pessoalmente, o processo poderá ser impulsionado de ofício pelo Juiz”.
 
- Limite do Ius Postulandi – Súmula nº 425 do TST:
 “O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho”. (NESSES CASOS TEM QUE TER ADVOGADO) 
Art. 855-B da CLT: “O processo de homologação de acordo extrajudicial terá início por petição conjunta, sendo obrigatória a representação das partes por advogado”.
Podemos ter acordo entre as partes, cada qual com seu advogado art 855B 
§ 1o As partes não poderão ser representadas por advogado comum. 
§ 2o Faculta-se ao trabalhador ser assistido pelo advogado do sindicato de sua categoria. 
 
Mandato Apud Acta (Poderes Gerais):
Art. 791, §3º da CLT: “A constituição de procurador com poderes para o foro em geral poderá ser efetivada, mediante simples registro em ata de audiência, a requerimento verbal do advogado interessado, com anuência da parte representada”.
2) Simplicidade (do procedimento):
 
	Os procedimentos do processo do trabalho são mais simples, tendo menos apego às formalidades que o processo comum
3) Concentração dos atos processuais em audiência:
 
	O processo do trabalho é audiencista por natureza. Decorre do princípio da simplicidade.
 
4) Oralidade:
 
	O processo do trabalho é essencialmente um procedimento oral, constituindo um conjunto de regras destinadas a simplificar o procedimento, priorizando a palavra falada, concentração dos atos processuais, com um significativo aumento dos poderes do juiz na direção do processo, imprimindo maior celeridade ao procedimento e efetividade da jurisdição, destacando o caráter publicista do processo.
5) Irrecorribilidade Imediata das Decisões Interlocutórias:
 
 
	Art. 841 - Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou secretário, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao reclamado, notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à audiência do julgamento, que será a primeira desimpedida, depois de 5 (cinco) dias.
§ 1º - A notificação será feita em registro postal com franquia. Se o reclamado criar embaraços ao seu recebimento ou não for encontrado, far-se-á a notificação por edital, inserto no jornal oficial ou no que publicar o expediente forense, ou, na falta, afixado na sede da Junta ou Juízo.
§ 2º - O reclamante será notificado no ato da apresentação da reclamação ou na forma do parágrafo anterior.
		§ 3o Oferecida a contestação, ainda que eletronicamente, o reclamante não poderá, sem o consentimento do reclamado, desistir da ação. 
 Art. 842 - Sendo várias as reclamações e havendo identidade de matéria, poderão ser acumuladas num só processo, se se tratar de empregados da mesma empresa ou estabelecimento.
	As decisões interlocutórias são irrecorríveis de imediato, mas após a sentença, pode-se recorrer delas. Também decorre do princípio da simplicidade (art. 893, §1º CLT).
	Exceções:
	a) 897, “b”, CLT - Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias: 
b) de instrumento, dos despachos que denegarem a interposição de recursos. 
	b) art. 2º, § 4º, Lei 5584/70 – pedido de revisão de alçada. Essa decisão que fixa o valor da causa é interlocutória, mas é impugnado de imediato. Para muitos não é recurso, mas mera impugnação, face ao seu efeito devolutivo extremamente restrito.
	c) Súmula 214 do TST: “Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT”.
Na hipótese da alínea “a” da referida, o recurso a ser manejado é o Recurso de Revista, enquanto que na alínea ‘b” caberá agravo interno da decisão do desembargador relator.
	Na hipótese da alínea “c”, interpretando o art.799, § 2º da CLT, entende-se que poderá ser interposto recurso ordinário em face da decisão que acolhe exceção de incompetência relativa, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, ou seja, se o Juiz do Trabalho, acolhendo a exceção de incompetência territorial, determinar a remessa dos autos para outra Vara do Trabalho vinculada a outro Tribunal Regional do Trabalho, segundo a citada Súmula, há a possibilidade de interposição do Recurso Ordinário, pois a decisão é terminativa do feito junto à jurisdição do TRT em que o Juiz prolatou a decisão. Ex: Juiz do Trabalho de uma Vara do Trabalho da 2º Região (São Paulo) acolhe a exceção de incompetência relativa e determina a remessa dos autos para o Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (Minas Gerais). 
6) Princípio da Conciliação:
 
	O processo do trabalho é pautado pelo princípio da conciliação (art. 764 da CLT).
 
	A CLT prevê dois momentos para a conciliação.
	Primeira proposta conciliatória – art. 846 da CLT – “Aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá a conciliação”.
	Segunda proposta conciliatória – art. 850 da CLT – “ Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão”.
	
Contudo, o juiz pode tentar a conciliação a qualquer momento (art.764, §3º da CLT).
	Se não houver a segunda proposta conciliatória, a doutrina e a jurisprudência entendem que há nulidade processual, ou seja, faltando a primeira, a segunda a supre.
O Juiz do Trabalho está obrigado a homologar acordo? 
Não. 
“Súmula nº 418 - TST. A concessão de liminar ou a homologação de acordo constituem faculdade do juiz, inexistindo direito líquido e certo tutelável pela via do mandado de segurança”. 
 Além disso, caso seja homologado o acordo, este assim o será por meio de sentença que não pode ser objeto de recurso pelas partes (art. 831, parágrafo único, CLT c/c Sumula 100, V c/c Súmula 259 TST). Entretanto, quanto às contribuições sociais, poderá a Fazenda Pública recorrer, nos termos do art. 831, parágrafo único, da CLT.
7) Da aplicação subsidiária e supletiva do CPC:
 
	Na fase de conhecimento, o art.769 da CLT disciplina os requisitos para aplicação subsidiária do Direito Processual Comum ao Processo do Trabalho, com a seguinte redação:
	“Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título”.
	Conforme a redação do referido dispositivo legal, são requisitos para a aplicação do Código de Processo Civil ao Processo do Trabalho:
 
a) omissão da CLT: quando a CLT e as legislações processuais trabalhistas extravagantes (Leis nºs. 5.584/70 e 7.701/88 e o Decreto-Lei nº 779/69) não disciplinam a matéria;
b) compatibilidade com os princípios que regem o processo do trabalho. Vale dizer: a norma do CPC, além de sercompatível com as regras que regem o Processo do Trabalho, deve ser compatível com os princípios que norteiam o Direito Processual do Trabalho, máxime o acesso do trabalhador à Justiça.
Na fase de execução, em havendo omissão da CLT, aplica-se em primeiro plano a Lei de Execução Fiscal (Lei nº 6.830/80) e, posteriormente, o Código de Processo Civil.
	Com efeito, dispõe o art.889 da CLT:
	“Aos trâmites e incidentes do processo da execução são aplicáveis, naquilo em que não contravierem ao presente Título, os preceitos que regem o processo dos executivos fiscais para a cobrança judicial da dívida ativa da Fazenda Pública Federal”.
 
	Entretanto, recentemente o novel art.15 do NCPC dispôs acerca da aplicação subsidiária e supletiva do processo civil ao processo do trabalho:
	“Art. 15. Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente”.
 
Organização da Justiça do Trabalho
O art. 111 da Constituição Federal discorre sobre os Órgãos da Justiça do Trabalho:
TST
TRT
Aula 02 em 26/2/2024
Temas da Aula:
	Jurisdição
	Competência
1. Conceito de Jurisdição: 
 
 A jurisdição é a função estatal exercida pelos juízes e tribunais (art.16 do CPC/15), encarregada de dirimir, de forma imperativa e definitiva, os conflitos de interesses, aplicando o direito a um caso concreto, pacificando o conflito.
 
2. Espécies de Jurisdição:
 
a) Contenciosa – pressupõe a existência de lide, atuando a jurisdição de forma imperativa, dirimindo o conflito e impondo coercitivamente o cumprimento da decisão. Ex: Reclamação Trabalhista, Ação de Consignação em Pagamento.
 
	Voluntária - requerentes
b) Voluntária – caracteriza-se como Administração Pública de interesses privados. Não há partes, e sim interessados, pois não há lide, uma vez que entre as partes há consenso e não conflito. Ex: Homologação de Acordo Extrajudicial (art. 855-B da CLT).
	Competência
1. Conceito
 
 É a distribuição de tarefas perante diversos órgãos judiciais.
2. Espécies:
 
A) Competência absoluta: imodificável pela vontade das partes; improrrogável.
 Juizo pode conhece-la ex oficio 
A.1) em razão da matéria - art. 114 da CF, EC 45 2004 CF. 
A.2)em razão das pessoas - art. 114 da CF: urbano; rural; doméstico; empregado público (sociedade de economia mista e empresa pública - art. 173, §, II, da CF);
A.3) Funcional: função desempenhada pelo Juiz (art. 659 da CLT) e o Juiz de Direito (art. 668 da CLT);
A.4) Normativa (Poder Normativo) - art. 114, Caput e § 2º, da CF; e art. 872 da CLT;
 
Competência Material “ratione materiae”: é a fixada em razão da natureza jurídica da relação material controvertida.
Art. 114, caput, da CRFB: “Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar”:
 I. as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
Filologia (“estudo das palavras”):
Oriunda – “vinculação direta” – traz a ideia de origem, gênero.
Decorrente – “vinculação indireta” – traz a ideia de consequência, resultado.
 ADI nº 3.395 STF - a Justiça do Trabalho não tem competência para julgar ações que envolvam relação jurídico-administrativa, incluindo-se a relação de trabalho dos servidores públicos estatuários e os entes federativos (União, Estados, Distrito Federal, Municípios).
Obs: (1) A Justiça do Trabalho não tem competência para julgar ação de cobrança de honorários advocatícios nos termos da Súmula nº 363 do STJ:
 Súmula nº 363 do STJ - Compete à Justiça estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente.
Obs: (2) A Justiça do Trabalho não tem competência para julgar ações penais nos termos da ADI nº 3.684 MC/DF, sendo tal matéria de Competência da Justiça Federal (art.109, VI da CRFB).
Obs: (3) A Justiça do Trabalho não é competente para decidir causas decorrentes da execução penal, ainda que relacionadas ao trabalho penitenciário ou prisional em sentido próprio, previsto no art. 28 da Lei de Execução Penal (Lei 7.210/1984).
 A competência, no caso, é do juízo da Execução Penal, conforme arts. 2º e 65 do mencionado diploma legal, não estando abrangida pelo art. 114, inciso I, da Constituição Federal de 1988, justamente por se tratar de questão decorrente de execução da pena criminal, envolvendo, portanto, relação jurídica vinculada ao Direito Penal.
Obs: (4) O Supremo Tribunal Federal no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 606003 ocorrido em 25/09/2020 fixou, com repercussão geral (Tema 550), a seguinte tese: “Preenchidos os requisitos dispostos na Lei 4.886/65, compete à Justiça Comum o julgamento de processos envolvendo relação jurídica entre representante e representada comerciais, uma vez que não há relação de trabalho entre as partes”.
Obs: (5) O Supremo Tribunal Federal no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 655.283 ocorrido em 16/06/2021 fixou, com repercussão geral (Tema 606), a seguinte tese: “A natureza do ato de demissão de empregado público é constitucional-administrativa e não trabalhista, o que atrai a competência da Justiça comum para julgar a questão. 
Obs: (6) Os trabalhadores de cartórios extrajudiciais, na atualidade, são considerados empregados, estando, assim, inseridos na competência da Justiça do Trabalho (art. 114, inciso I, da CRFB/1988).
 O art. 236, caput, da Constituição Federal de 1988 dispõe que os serviços notariais e de registro “são exercidos em caráter privado, por delegação do Poder Público”.
 O art. 20 da Lei 8.935/1994, por sua vez, prevê que os notários e os oficiais de registro “poderão, para o desempenho de suas funções, contratar escreventes, dentre eles escolhendo os substitutos, e auxiliares como empregados, com remuneração
II. as ações que envolvam exercício do direito de greve;
 Súmula Vinculante nº 23 do STF (GREVE DE OCUPAÇÃO JUSTIÇA DO TRAB)
 A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada. 
SU 25 É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade de depósito.
III. as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;
	
Obs: (1) “Compete à Justiça comum processar e julgar demandas em que se discute o recolhimento e o repasse de contribuição sindical de servidores públicos regidos pelo regime estatutário” (RE 1.089.282, Tema 994 em Repercussão Geral).
 
IV. os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; 
 Art. 5º, LXVIII, LXIX, LXXII da CF;
 Lei nº 12.016/2009 – Mandado de Segurança;
 Lei nº 9.507/97 – Habeas data;
 Súmula Vinculante nº 25 do STF;
 Súmula nº 424 do TST;
(MS, HC . HD - COMPETÊNCIA ORIGINARIA DO TRT
	MS: Qualquer parcela com natureza alimentar, poderá ser penhorada.
	HC: art 139 IV - ADI 5941 
V. os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o;
 
 VI. as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;
 Súmula nº 392 do TST;
 Súmula Vinculante nº 22 do STF;
Dabi moral, dano material, dano estético, dano moral pré contratual (Da perda de uma chance de emprego que gerou uma expectativa na vida do futuro funcionário) - Dano moral pós contratual ( quando o funcionario é inserido em uma lista negra de funcionários )> (dano estético, assedio moral, acidente de trabalho, assédio sexual, doença ocupacional )
 
 VII. as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho;
 STF, Súmula Vinculante nº 21 do STF; (É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.)
 Súmula nº 424 do TST.
 Arts. 629-642 da CLT.A execução é na justiça do trabalho, quando o auditor fiscal aplica a multa, a competência será da vara do trabalho, 1 instância. 
VIII. a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;
 Art. 114, VIII c/c art. 195, I, a CRFB c/c art. 22 Lei n. 8212/91 c/c Súmula nº 368 TST e Súmula Vinculante nº 53 do STF;
Se ocorrer condenação de parcelas salariais, tem que haver incidência delas para o INSS, para na fase da execução, saber o que será devido também ao órgão público, onde é expedida uma procuração, pedindo ao procurador da união para se manifestar na ação para as contribuições previdenciárias. 
 
 Art.876, parágrafo único da CLT: “A Justiça do Trabalho executará, de ofício, as contribuições sociais previstas na alínea a do inciso I e no inciso II do caput do art. 195 da Constituição Federal, e seus acréscimos legais, relativas ao objeto da condenação constante das sentenças que proferir e dos acordos que homologar.”
 
Contribuições para o SAT – Súmula nº 454 do TST;
(SEGURO ACIDENTE DE TRABALHO, 1,2A 3% A MAIS) 
Compete à Justiça do Trabalho a execução, de ofício, da contribuição referente ao Seguro de Acidente de Trabalho (SAT),que tem natureza de contribuição para a seguridade social (arts.114, VIII, e 195, I, “a”, da CF), pois se destina ao financiamento de benefícios relativos à incapacidade do empregado decorrente de infortúnio no trabalho (arts. 11 e 22 da Lei nº 8.212/1991).
DJ-E em 21-5-2014
 
B) Competência relativa: modificável pela vontade das partes, prorrogável. (Deve ser provocada) 
Art 800 - Dentro do mesmo Estado, ele consegue remeter para outra vara, caso seja para outro Estado é uma decisão interlocutória terminativa.
		
SÚ 53 STF 
A competência da Justiça do Trabalho prevista no art. 114, VIII, da Constituição Federal alcança a execução de ofício das contribuições previdenciárias relativas ao objeto da condenação constante das sentenças que proferir e acordos por ela homologados.
IX. outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.
 Súmula 736 (Meio Ambiente do Trabalho) do STF;
 Súmulas nº 300, 389 (Indenização do PIS e Concessão do Seguro Desemprego) do TST;
SÚMULA Nº 389 - SEGURO-DESEMPREGO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. DIREITO À INDENIZAÇÃO POR NÃO LIBERAÇÃO DE GUIAS
I - Inscreve-se na competência material da Justiça do Trabalho a lide entre empregado e empregador tendo por objeto indenização pelo não-fornecimento das guias do seguro-desemprego.
II - O não-fornecimento pelo empregador da guia necessária para o recebimento do seguro-desemprego dá origem ao direito à indenização.
Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
§ 1º Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.
§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. 
§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito. 
CLT
	Art. 652. Compete às Varas do Trabalho: 
a) conciliar e julgar:
I - os dissídios em que se pretenda o reconhecimento da estabilidade de empregado;
II - os dissídios concernentes a remuneração, férias e indenizações por motivo de rescisão do contrato individual de trabalho;
III - os dissídios resultantes de contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice;
IV - os demais dissídios concernentes ao contrato individual de trabalho;
V - as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão-de-Obra - OGMO decorrentes da relação de trabalho; 	 
b) processar e julgar os inquéritos para apuração de falta grave;
c) julgar os embargos opostos às suas próprias decisões;
d) impor multas e demais penalidades relativas aos atos de sua competência; 
f) decidir quanto à homologação de acordo extrajudicial em matéria de competência da Justiça do Trabalho. 
Parágrafo único - Terão preferência para julgamento os dissídios sobre pagamento de salário e aqueles que derivarem da falência do empregador, podendo o Presidente da Junta, a pedido do interessado, constituir processo em separado, sempre que a reclamação também versar sobre outros assuntos. 
A JUSTIÇA DO TRABALHO NÃO TEM COMPETÊNCIA PARA PROCESSAR E JULGAR:
	Súmula 363 -
Compete à Justiça estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente.
Quando tiver um escritório de advogados, competência da justiça comum
Quando tiver um adv pessoa física, competência da justiça do trab.
Súmula Vinculante 22
A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional 45/2004.
MERO ACIDENTE, JUSTIÇA COMUM
DANO MORAL, PEDIDO DE REINTEGRAÇÃO, INDENIZAÇÃO, COMPETE A JUSTIÇA DO TRABALHO 
 Súmula Vinculante 23
A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada. 
Nº 454 TST
Compete à Justiça do Trabalho a execução, de ofício, da contribuição referente ao Seguro de Acidente de Trabalho (SAT),que tem natureza de contribuição para a seguridade social (arts.114, VIII, e 195, I, “a”, da CF), pois se destina ao financiamento de benefícios relativos à incapacidade do empregado decorrente de infortúnio no trabalho (arts. 11 e 22 da Lei nº 8.212/1991).
SÚMULA Nº 300 - COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. CADASTRAMENTO NO PIS
Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar ações ajuizadas por empregados em face de empregadores relativas ao cadastramento no Programa de Integração Social (PIS).
súmula 368 do TST diz o seguinte:
I - A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das contribuições fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto à execução das contribuições previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que integrem o salário de contribuição.
II - É do empregador a responsabilidade pelo recolhimento das contribuições previdenciárias e fiscais, resultantes de crédito do empregado oriundo de condenação judicial. A culpa do empregador pelo inadimplemento das verbas remuneratórias, contudo, não exime a responsabilidade do empregado pelos pagamentos do imposto de renda devido e da contribuição previdenciária que recaia sobre sua quotaparte
III - Os descontos previdenciários relativos à contribuição do empregado, no caso de ações trabalhistas, devem ser calculados mês a mês, de conformidade com o art. 276, § 4º, do Decreto 3.048/1999 que regulamentou a Lei nº 8.212/1991, aplicando-se as alíquotas previstas no art. 198, observado o limite máximo do salário de contribuição.
Conflito de Competência:
Treine no QC as questões de conflitos de competencia: https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/materiais-de-apoio/conflitos-de-competencia-7232 
 O conflito de competência pode ser positivo ou negativo, nos termos do art. 66, I e II do CPC. Na primeira hipótese, dois ou mais juízes se declaram competentes para julgar a causa, enquanto que na segunda hipótese, dois ou mais juízes se declaram incompetentes para julgar o processo. Por fim, pode ocorrer conflito de competência quando houver divergência entre dois ou mais juízes acerca da reunião ou separação de processos.
 A resolução dos conflitos de competência entre os órgãos da Justiça do Trabalho será solucionada pelas normas contidas na CLT(artigo 803 e seguintes, que observam o critério de hierarquia) e pelos artigos 102, I, “o” e 105, I, “d”, da Constituição Federal.
 Impende destacar ainda, que não há conflito de competência entre órgão hierarquicamente superior a outro.
Tipologia:
 
a) entre órgãos da primeira instância:
 
 VT (TRT1) x VT (TRT1) – TRT1 > art. 114, V da CRFB c/c art.808, “a” da CLT;
 
 VT DO RJ (TRT1) x VT DE SP (TRT2) – TST > art.808, “b” da CLT;
 
 VT x VEstadual ou VFederal – STJ > art. 105, I, “d” da CRFB (sempre conflito em razão da matéria).
Se o conflito for territorial entre a VT e a VE (devido a sua competência residual) quem resolverá o conflito é o TRT, se ambas forem subordinadas ao mesmo TRT ou o TST, se forem de subordinadas a TRT’s diferentes (art. 808, “b” da CLT).
 
b) entre tribunais
TRT x TRF ou TJ – STJ > art. 105, I, “d” da CRFB;
 	TRT1 x TRT2 – TST > art.3º, II, “b” da Lei nº 7.701/88. 
c) entre órgãos de instâncias distintas;
 VT x TRF, TJ – STJ > art.105, I, “d” da CRFB;
 TRT X VF, VE – STJ > art. 105, I, “d” da CRFB.
 Justiças distintas STJ
d) Qualquer conflito que envolva tribunal superior será resolvido pelo STF > CF, 102, I, o. 
	Competência Territorial da Justiça do Trabalho:
 A competência territorial (ratione loci), também chamada de competência de foro, leva em consideração o limite territorial da competência de cada órgão que compõe a Justiça do Trabalho.
 Trata-se de competência de natureza relativa, razão pela qual o Juiz não poderá conhecê-la de ofício. Caso não seja objeto de impugnação pela parte reclamada, através da apresentação de exceção de incompetência em razão do lugar (art.799 e seguintes da CLT), prorroga-se a competência.
 
A regra no processo do trabalho para a definição da competência territorial na Justiça do Trabalho é o local da prestação de serviços, nos termos do art.651, caput, da CLT:
 “A competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro”.
 Os parágrafos do art. 651 da CLT apresentam exceções à referida regra do caput do art.651 da CLT:
a) Empregado agente ou viajante comercial (art. 651, § 1º, CLT):
 “§ 1º. Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Vara da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Vara da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima”.
 Conjugação de duas regras sucessivas:
1ª) Será competente a Vara da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado.
2ª) Se não existir agência ou filial, será competente a Vara da localização em que o empregado tenha domicílio ou a Vara da localidade mais próxima de seu domicílio (forum domicilli).
 
b) Competência da Justiça do Trabalho Brasileira para os empregados brasileiros trabalhando no estrangeiro (Art. 651, § 2º, CLT):
 “§ 2º. A competência das Varas do Trabalho, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário”.
Casos de navios… 
c) Empregador que promove realização de atividade fora do lugar do contrato (Art. 651, § 3º, CLT):
 “§ 3º. Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços”.
 
Obs (1): O art.63 do NCPC, que permite às partes instituírem o foro de eleição, é incompatível com o Direito Processual do Trabalho, a teor do art.2º, I da IN 39 do TST.
Obs (2): O TST, interpretando de forma ampliativa o art. 651, §3º da CLT, vem entendendo pela possibilidade de propositura da ação pelo trabalhador em juízo diverso daquele no qual prestou serviços na hipótese de empresa de âmbito nacional ou diante da função do empregado.
Obs (3): O TST também vem, excepcionalmente, afastando a regra do art. 651 da CLT na hipótese de ajuizamento no foro do domicílio dos familiares do trabalhador, em caso de falecimento deste, em observância dos princípios do acesso ao Poder Judiciário, insculpido no artigo 5º, XXXV, da CF, e da proteção ao hipossuficiente. 
	Exceção de Incompetência Relativa ou Territorial 
 	As exceções são defesas indiretas de natureza processual. Possuem natureza de incidente processual, sendo decididas por meio de decisão interlocutória.
 De acordo com o art. 799 da CLT, nas causas de competência da Justiça do Trabalho, somente podem ser opostas, com suspensão do feito, as exceções de suspeição ou incompetência.
O art. 799, § 1º, da CLT prevê que as demais exceções devem ser alegadas como matéria de defesa. Isso significa que as demais preliminares, e mesmo defesas indiretas de mérito, devem ser alegadas na contestação.
 Na atualidade, são admitidas as exceções de impedimento, suspeição e incompetência. A imparcialidade do juiz é afetada não apenas pelos casos de suspeição, como menciona a CLT, mas também pelas hipóteses de impedimento (arts. 144 e 145 do CPC).
 	A exceção de incompetência deve ser apresentada no caso de incompetência territorial (em razão do lugar), a qual é de natureza relativa.
 A incompetência absoluta deve ser alegada como preliminar na contestação, mesmo porque também deve ser conhecida de ofício pelo juiz (art. 64, § 1º, do CPC).
 A Lei nº 13.467/2017 alterou o art. 800 da CLT, que trata da exceção de incompetência relativa:
 Art. 800, caput, da CLT: “Apresentada exceção de incompetência territorial no prazo de cinco dias a contar da notificação, antes da audiência e em peça que sinalize a existência desta exceção, seguir-se-á o procedimento estabelecido neste artigo”. 
 Art. 800, §1º, da CLT: “Protocolada a petição, será suspenso o processo e não se realizará a audiência a que se refere o art. 843 desta Consolidação até que se decida a exceção”.
 Art. 800, §2º, da CLT: “Os autos serão imediatamente conclusos ao juiz, que intimará o reclamante e, se existentes, os litisconsortes, para manifestação no prazo comum de cinco dias”. 
 Art. 800, §3º, da CLT: “Se entender necessária a produção de prova oral, o juízo designará audiência, garantindo o direito de o excipiente e de suas testemunhas serem ouvidos, por carta precatória, no juízo que este houver indicado como competente”.
 Art. 800, §4º, da CLT: “Decidida a exceção de incompetência territorial, o processo retomará seu curso, com a designação de audiência, a apresentação de defesa e a instrução processual perante o juízo competente”.
A jurisprudência do TST admitiu a realização de verdadeiro “negócio processual” (art. 190 do CPC), quanto à modificação da competência relativa, no bojo da exceção de incompetência proposta pelo empregador.
Ex: Reclamação Trabalhista movida em Hortolândia/SP, tendo as partes nos autos a exceção de incompetência relativa, acordando-se em declinar a competência para o domicílio de ambas de ambos os litigantes (São Paulo/SP).
	Competência
A jurisprudência do TST admitiu a realização de verdadeiro “negócio processual” (art. 190 do CPC), quanto à modificação da competência relativa, no bojo da exceção de incompetência proposta pelo empregador.
Ex: Reclamação Trabalhista movida em Hortolândia/SP, tendo as partes nos autos a exceção de incompetência relativa, acordando-se em declinar a competência para o domicílio de ambas de ambos os litigantes (São Paulo/SP).
Aula em: 04/03/2024 
	Petição Inicial; 
	Resposta do Réu;
1 Reclamação Trabalhista Escrita
	Os requisitos da reclamação trabalhista escrita encontram-se descritos no art.840, §1º da CLT, com a redação dada pela Lei nº 13.467/2017.
	A partir disso, podemos apontar como requisitos da reclamação trabalhista escrita:
	I – designação do Juízo a quem for dirigida;
	II – a qualificação do reclamante e do reclamado;( RG, CPF, PIS, CTPS NOME DAMÃE TEM QUE ESTAR NA QUALIFICAÇÃO) 
	III – a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio;
	IV – o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu valor;
	V – a data;
	VI – a assinatura do reclamante ou de seu representante;
		Conjugar com 319 do cpc 
Caso os pedidos não atendam ao disposto no art. 840, §1º da CLT, haverá a extinção do feito sem julgamento do mérito, nos termos do art.840, §3º da CLT, com a redação dada pela Lei nº 13.467/2017:
	Art. 840,§3º, CLT: Os pedidos que não atendam ao disposto no § 1o deste artigo serão julgados extintos sem resolução do mérito”.
	É importante observar que no Inquérito judicial para apuração de falta grave, homologação de acordo extrajudicial, e no dissídio coletivo a petição inicial deverá ser necessariamente escrita (arts.853, 855-B e 856 da CLT).
							todos eles por escrito. 
1.1. Interpretação do art. 840, §1º da CLT:
	Em virtude da alteração no texto consolidado no art. 840, §1º da CLT, que passou a exigir que os pedidos da petição inicial contenha a “indicação de seu valor”, forte controvérsia passou a existir na doutrina e na jurisprudência.
	Por um lado, há o entendimento de que há a necessidade de os pedidos conterem a indicação exata de seu valor e que deva a parte apresentar Planilha contendo cálculos de liquidação.
	Por outro lado, existe o posicionamento que vem se firmando no sentido de que não se exige a apresentação de planilha de cálculo para a indicação do exato valor da causa, o qual deve ser apenas estimado, isto é, indicado de forma aproximada, aplicando-se os arts. 291 a 293 do CPC e o art. 12, §2º da IN nº 41/2018 do TST. NO ORDINÁRIO
NO SUMARÍSSIMO TEM QUE TER PLAN COM VALORES EXATOS! 
 
	Recentemente, nos autos do julgamento do Emb-RR-555-36.2021.5.09.0024, entendeu a E-SDI do TST que após as alterações movidas pela Lei nº 13.467/2017, os valores constantes nos pedidos apresentados de forma líquida na reclamação trabalhista devem ser considerados como mera estimativa, não limitando a condenação, por força da Instrução Normativa nº 41/2018 c/c art. 840, §1º, da CLT e dos princípios constitucionais que regem o processo do trabalho, em especial os princípios do amplo acesso à jurisdição (art. 5º, XXXV, da CF), da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, da CRFB/), da proteção social do trabalho (art. 1º, IV, da CRFB/88).
1.1.2. Da Emenda à Petição Inicial
	Em sendo ajuizada a ação, se o juiz verificar que a petição inicial não preenche os requisitos exigidos, ou não foi instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação (art. 319 do CPC), ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, deve determinar que o autor a emende, ou a complete, no prazo de quinze dias, nos termos do art. 321 do CPC. Trata-se de aplicação dos princípios da instrumentalidade das formas e da primazia da decisão de mérito (arts. 4º e 6º do NCPC).
	Súmula nº 263 do TST: “Salvo nas hipóteses do art. 330 do CPC de 2015 (art. 295 do CPC de 1973), o indeferimento da petição inicial, por encontrar-se desacompanhada de documento indispensável à propositura da ação ou não preencher outro requisito legal, somente é cabível se, após intimada para suprir a irregularidade em 15 (quinze) dias, mediante indicação precisa do que deve ser corrigido ou completado, a parte não o fizer (art. 321 do CPC de 2015)”.
SÚMULA Nº 263 - PETIÇÃO INICIAL. INDEFERIMENTO. INSTRUÇÃO OBRIGATÓRIA DEFICIENTE
Salvo nas hipóteses do art. 295 do CPC, o indeferimento da petição inicial, por encontrar-se desacompanhada de documento indispensável à propositura da ação ou não preencher outro requisito legal, somente é cabível se, após intimada para suprir a irregularidade em 10 (dez) dias, a parte não o fizer.
1.1.3. Do Aditamento da Petição Inicial
 Aditar é acrescentar. 
	Aditar significa adicionar. Adita-se a inicial para acrescentar pedidos.
	O texto consolidado não disciplina as hipóteses de aditamento da inicial. 
	Desse modo, aplica-se à hipótese o art.329 do Código de Processo Civil, em razão do disposto no art. 769 da CLT.
	Art. 329 do CPC: “O autor poderá: I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de consentimento do réu; II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no prazo mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de prova suplementar”.
	
Art. 841, §3º da CLT: “Oferecida a contestação, ainda que eletronicamente, o reclamante não poderá, sem o consentimento do reclamado, desistir da ação”. 
1.1.4. Da Inépcia da Petição Inicial
	A petição será considerada apta quando atender aos requisitos do art. 840 da CLT e não conter nenhum dos vícios do art. 330 do CPC. A inépcia da petição inicial significa defeito, falta de aptidão da inicial, impedindo que a relação jurídica processual prossiga com o pronunciamento sobre o mérito da causa.
Se eu peço dano moral, eu tenho que dizer o que deu causa ao dano moral.
	Art. 330, §1º do CPC: “Considera-se inepta a petição inicial quando:
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir;
II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico;
III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si”.
1.4. Reclamação Trabalhista Verbal:
	A reclamação trabalhista verbal será distribuída antes da sua redução a termo e observará os mesmos requisitos da reclamação escrita (art.840, §2º da CLT).
	Art. 840, caput, CLT: “A reclamação poderá ser escrita ou verbal”.
	Art. 840, §2º, CLT: “Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em 2 (duas) vias datadas e assinadas pelo escrivão ou chefe de secretaria, observado, no que couber, o disposto no parágrafo anterior”.
 
	Em tendo sido distribuída a reclamação, o reclamante deverá, salvo motivo de força maior, apresentar-se, no prazo máximo de 5 (cinco) dias ao cartório ou secretaria, para reduzi-la a termo pelo escrivão ou chefe de secretaria, sob pena de não poder propor nova reclamação trabalhista pelo prazo de 6 (seis) meses (art.731 da CLT). Trata-se da chamada perempção trabalhista.
	Da mesma forma, incorrerá o reclamante que der causa por 2 (duas) vezes seguidas ao arquivamento em razão do não comparecimento a audiência (art.732 da CLT). Trata-se da chama “perempção trabalhista”. 
	
Art. 731, caput, da CLT: “Aquele que, tendo apresentado ao distribuidor reclamação verbal, não se apresentar, no prazo estabelecido no parágrafo único do art. 786, ao Juízo para fazê-lo tomar por termo, incorrerá na perda pelo prazo de 6 meses, do direito de reclamar perante a Justiça do Trabalho”.
	Art. 732, caput, CLT: “Na mesma pena do artigo anterior incorrerá o reclamante que, por 2 (duas) vezes seguidas, der causa ao arquivamento de que trata o art. 844”.
		DOIS ARQUIVAMENTOS SEGUIDOS 
	Art. 844, caput, CLT: “O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato”.
 
1- HIPOTESE ART 731
2 HOPOTESE ART 732 E 844 
2. Contestação
DEFESAS: Seguem princípios. Eventualidade (Momento para alegar toda a matéria defesa, concentração da defesa no momento exato e ônus da impugnação especificada dos fatos) 
	DIRETAS É O PRÓPRIO MÉRITO DO PROC. COMO PEDIDO DE HR EXT. - 
	INDIRETAS não é o mérito, envolve questões processuais - prejudiciais como decadência e prescrição 
 
	Ao ser ajuizada a ação, o réu tem o direito de se defender, em respeito às garantias do contraditório e da ampla defesa (art. 5º, incisos LIV e LV, da Constituição Federal).
	De maneira ampla, as respostas do réu envolvem a contestação, as exceções e a reconvenção. 
2.1. Classificação das defesas:
	As defesas são classificadas em: 
	a) defesas indiretas – se subdividem em: 
	a.1) defesas indiretas de questão processual abrange as alegações de preliminares de natureza processual,como condições da ação e pressupostos processuais, a teor do art.337 do CPC, e as exceções. 
	a.2) defesas indiretas de mérito compreendem a prescrição e a decadência, as quais são consideradas matérias de mérito, mas, de certo modo, antecedem as questões de fundo.
b) defesas diretas de mérito – são alegadas pelo réu as questões de fato e de direito relativas à própria pretensão em si. Nesta defesa, o réu pode negar os fatos ou reconhecê-los, além de alegar outros fatos de natureza extintiva, impeditiva ou modificativa, ou mesmo negar as consequências jurídicas postuladas pelo autor.
				CONTESTAÇÃO:
2.1.1. Princípios da Defesa
A contestação além de ser um direito, configura um ônus, uma vez que o réu, se não apresentá-la poderá sofrer consequências negativas em razão de sua inércia.
(a) e (b) Princípios da eventualidade e da concentração da defesa -mesmo que o réu esteja seguro quanto a certa preliminar deve alegar toda a matéria de defesa na contestação, sob pena de preclusão, não podendo mais mencioná-la, assim, posteriormente (art. 336 do CPC).
	Nesse sentido, após a apresentação da contestação só será lícito deduzir novas alegações quando: relativas a direito superveniente; competir ao juiz conhecer delas de ofício; por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e juízo (art. 342 do CPC).
(C) “ônus da impugnação específica dos fatos” - acarreta num ônus para o réu, qual seja, o de manifestar-se precisamente sobre os fatos narrados na petição inicial. 
	Embora o art. 336, parte final, do CPC disponha que cabe ao réu, na contestação, especificar as provas que pretende produzir, essa previsão não é obrigatória no processo do trabalho, em regra, pois as partes apresentam as suas provas em audiência (art. 845 da CLT). No entanto, as contestações bem elaboradas costumam fazer menção às provas que o réu pretende produzir. Especificamente quanto à prova documental, o réu deve instruir a sua resposta (art. 335 do CPC) com os documentos destinados a provar as suas alegações (art.396 do CPC).
2.1.2. Preliminares
	Cabe ao réu, entretanto, antes de discutir o mérito, ou seja, de forma preliminar, alegar as seguintes questões processuais (art. 337 do CPC):
I - inexistência ou nulidade da citação; (Notificação – art. 841 CLT) Entre o recebimento da notificação e a data da audiência tem que ter 5 dias, se não recebeu, a audiência é nula, por não ter respeitado os 5 dias) 
II - incompetência absoluta e relativa; (Incompetência Relativa – art. 800 da CLT matéria de exceção) A RELATIVA, VAI APRESENTAR EM PEÇA SEPARADA. 
III - incorreção do valor da causa; Quando o valor da causa está equivocado, cabe preliminar de impugnação do valor da causa) 
IV - inépcia da petição inicial; Que não tem causa de pedir, indicação incorreta.. 
V - perempção; (Perempção Trabalhista – Art. 731 e 732 e 844 da CLT) (castigo de seis meses )
VI - litispendência; (Mesmas partes, pedidos e causa de pedir, não posso duas ações iguais)
VII - coisa julgada; (OJ nº 132 da SDI-II) (O acordo homologado em juizo em que o empregado da plena e ampla quiração sem qualquer ressalva, alcança todas as demais parcelas ao extinto contrato de trabalho )
VIII - conexão; 
IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; (menor por exemplo. )
X - convenção de arbitragem; (Cláusula Compromissória de Arbitragem - Art. 507-A da CLT) (clt autoriza no 507A )
XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual; 
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; 
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça. (Art. 790, §§3º e 4º da CLT) (Súmula 463 TST )
AÇÃO RESCISÓRIA. ACORDO HOMOLOGADO. ALCANCE. OFENSA À COISA JULGADA. Acordo celebrado - homologado judicialmente - em que o empregado dá plena e ampla quitação, sem qualquer ressalva, alcança não só o objeto da inicial, como também todas as demais parcelas referentes ao extinto contrato de trabalho, violando a coisa julgada, a propositura de nova reclamação trabalhista.
2.2. Apresentação no Sistema PJe
 
	Art. 22, caput, da Resolução nº 185/2017 do CSJT: “A contestação ou a reconvenção e seus respectivos documentos deverão ser protocolados no PJe até a realização da proposta de conciliação infrutífera, com a utilização de equipamento próprio, sendo automaticamente juntados, facultada a apresentação de defesa oral, na forma do art. 847, da CLT. (Redação dada pela Resolução n. 241/CSJT, de 31 de maio de 2019)”.
	
Art. 22, §3º, da Resolução nº 185/2017 do CSJT: “Com exceção da petição inicial, as partes poderão atribuir sigilo às petições e documentos, nos termos do parágrafo único do art. 773 do CPC. (Redação dada pela Resolução n. 241/CSJT, de 31 de maio de 2019)”.
	Art. 22, §4º, da Resolução nº 185/2017 do CSJT: “Com exceção da defesa, da reconvenção e dos documentos que os acompanham, o magistrado poderá determinar a exclusão de petições e documentos indevidamente protocolados sob sigilo, observado o art. 15 desta Resolução. (Redação dada pela Resolução n. 241/CSJT, de 31 de maio de 2019)”.
 Art. 22, §5º, da Resolução nº 185/2017 do CSJT: “O réu poderá atribuir sigilo à contestação e à reconvenção, bem como aos documentos que as acompanham, devendo o magistrado retirar o sigilo caso frustrada a tentativa conciliatória. (Redação dada pela Resolução n. 241/CSJT, de 31 de maio de 2019)”.
2.2. Revelia
 
	A revelia significa a ausência de apresentação de defesa pelo réu, o qual, mesmo citado, permanece inerte.
DETALHE IMPORTANTE: TEMER ALTEROU A CLT SE O RÉU NÃO VAI ELE É REVEL, MAS CONTESTAÇÃO SERÁ ANALISADA 
	No entanto, atualmente, em virtude das modificações trazidas no art. 844 da CLT, o melhor entendimento acerca do tema é o de que caso a contestação tenha sido encaminhada antes da audiência sem sigilo, mas o reclamado não se fez presente à audiência, não haverá revelia, pois houve o ânimo de defesa. Nessa hipótese, haverá apenas a confissão, devendo a contestação e os documentos serem considerados pelo magistrado na sentença. 
Caso a contestação tenha sido encaminhada com sigilo, haverá revelia, pois a retirada do sigilo e a efetiva apresentação da contestação somente seria possível com a presença do reclamado em audiência. 
	O revel pode intervir no processo em qualquer fase, recebendo-o no estado em que se encontrar.
	CONTESTAÇÃO 
Ressalte-se que os prazos correrão independentemente de intimação, com exceção da sentença, cuja intimação deverá ocorrer na forma do art. 841, § 1º, da CLT, ou seja, via postal.
	Art. 346, caput, do CPC: “Os prazos contra o revel que não tenha patrono nos autos fluirão da data de publicação do ato decisório no órgão oficial”.
	Art. 346, parágrafo único, do CPC: O revel poderá intervir no processo em qualquer fase, recebendo-o no estado em que se encontrar.
	Art. 852, caput, da CLT: “Da decisão serão os litigantes notificados, pessoalmente, ou por seu representante, na própria audiência. No caso de revelia, a notificação far-se-á pela forma estabelecida no § 1º do art. 841”.
 
	Nos termos do art.844, §4º da CLT, a revelia não produz o efeito mencionado no caput do art.844 da CLT (ou seja, confissão quanto à matéria de fato) se:
	I - havendo pluralidade de reclamados, algum deles contestar a ação;
	II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis;
III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do ato;
IV - as alegações de fato formuladas pelo reclamante forem inverossímeis ou estiverem em contradição com prova constante dos autos.
O art.844, §5º da CLT, com a redação dada pela Lei nº 13.467/2017 dispõe que ainda que ausente o reclamado, presente o advogado na audiência, serão aceitos a contestação e os documentos eventualmente apresentados. 
	Além disso, a confissão ficta pode ser confrontada com a prova pré-constituída nos autos, não implicando o cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores (Súmula nº 74, II, TST).
3. Reconvenção. 
 Conforme a definição de Fredie DidierJunior, “reconvenção é a demanda do réu contra o autor no mesmo processo em que está sendo demandado. É o contra-ataque que enseja o processamento simultâneo da ação principal e da ação reconvencional, a fim de que o juiz resolva as duas lides na mesma sentença”.
Ex: Uma reconvenção, que são ações autônomas
 Trata-se de uma modalidade de resposta em que o réu demanda em face do autor, na mesma relação jurídica processual. A natureza jurídica da reconvenção é de uma ação autônoma conexa ao processo.
3.1. Previsão Legal
 A reconvenção disciplinada no Código de Processo Civil (art. 343 do CPC) é compatível com o Direito Processual do Trabalho, por omissão da CLT e também com os princípios que regem a disciplina (art.769 da CLT).
3.2. Requisitos de Admissibilidade
 
	São requisitos para a admissibilidade da reconvenção:
que o juiz da causa principal não seja absolutamente incompetente para a reconvenção;
haver compatibilidade dos ritos procedimentais;
haver processo pendente: litispendência;
haver conexão entre a reconvenção e a ação principal ou com o fundamento da defesa.
3.3. Procedimento
 A reconvenção pode ser escrita ou verbal, mas deve observar os requisitos da petição inicial trabalhista elencados no art.840 da CLT.
 
Como no Processo do Trabalho a reconvenção é apresentada em audiência, o Juiz deverá adiá-la para o reclamante (reconvindo) apresentar resposta à reconvenção na próxima audiência, que deverá ser remarcada com antecedência mínima de 5 dias (art.841 da CLT). Entretanto, o reclamante pode, se for possível, renunciar o prazo da resposta da reconvenção e ofertar sua resposta na própria sessão da audiência de forma oral.
 Se o reclamante (reconvindo) não apresentar resposta à reconvenção, aplicar-se-lhe-á confissão ficta.
 
 Nos termos do art.343, §2º do CPC, que se mostra compatível com o Direito Processual do Trabalho, a desistência da ação ou qualquer causa que a extinga não obsta o prosseguimento da reconvenção.
Quando houver substituição processual no polo passivo, o reconvinte deverá afirmar ser titular de direito em face do substituído, e a reconvenção deverá ser proposta em face do autor, também na qualidade de substituto processual (art. 343, §5º do CPC).
		CONTESTAÇÃO:
 A ação e a reconvenção devem ser julgadas na mesma sentença, nos termos do art.343 do CPC, que se mostra compatível com o Processo do Trabalho.
 Na esfera do Direito Processual do Trabalho, contra o indeferimento liminar da reconvenção, por se tratar de decisão interlocutória, não cabe recurso (art.893 da CLT), podendo a decisão ser questionada quando do recurso ordinário em face da decisão definitiva da Vara.
4.Exceções de Impedimento e Suspeição do Juiz
 As exceções são defesas indiretas de natureza processual.
 Elas não possuem natureza de ação, mas sim de incidente processual, sendo decididas por meio de decisão interlocutória.
 De acordo com o art.799 da CLT, nas causas de competência da Justiça do Trabalho, somente podem ser opostas, com suspensão do feito, as exceções de suspeição ou incompetência.
 O art.799, §1º, da CLT prevê que as demais exceções devem ser alegadas como matéria de defesa. Isso significa que as demais preliminares, e mesmo defesas indiretas de mérito, devem ser alegadas na contestação.
 Hodiernamente, são admitidas as exceções de impedimento, suspeição e incompetência.
 Nesse sentido, de acordo com o art.146 do CPC, é lícito a qualquer das partes arguir, por meio de exceção, o impedimento (art.144) ou a suspeição (art.145).
4.Exceções de Impedimento e Suspeição do Juiz
 As exceções são defesas indiretas de natureza processual.
 Elas não possuem natureza de ação, mas sim de incidente processual, sendo decididas por meio de decisão interlocutória.
 De acordo com o art.799 da CLT, nas causas de competência da Justiça do Trabalho, somente podem ser opostas, com suspensão do feito, as exceções de suspeição ou incompetência.
 O art.799, §1º, da CLT prevê que as demais exceções devem ser alegadas como matéria de defesa. Isso significa que as demais preliminares, e mesmo defesas indiretas de mérito, devem ser alegadas na contestação.
 Hodiernamente, são admitidas as exceções de impedimento, suspeição e incompetência.
 Nesse sentido, de acordo com o art.146 do CPC, é lícito a qualquer das partes arguir, por meio de exceção, o impedimento (art.144) ou a suspeição (art.145).
4.1 Hipóteses de Cabimento 
 A imparcialidade do Juiz é um cânone constitucional e um pressuposto processual de existência da relação jurídica processual. Além disso, é um direito fundamental do cidadão que visa à justiça da decisão e assegura a dignidade do processo.
 As causas de impedimento do Juiz são de ordem pública, por isso não há preclusão, podendo ser invocadas a qualquer tempo antes do trânsito em julgado da decisão. Após o trânsito em julgado, é possível invocar o impedimento do Juiz e a consequente nulidade da decisão por meio de Ação Rescisória (art.966, II, do CPC). Já as hipóteses de suspeição do Juiz estão sujeitas à preclusão, se a parte não as invocar no prazo legal.
 A CLT regulamenta a questão no art.801, in verbis:
Art. 801 - O juiz, presidente ou vogal, é obrigado a dar-se por suspeito, e pode ser recusado, por algum dos seguintes motivos, em relação à pessoa dos litigantes: a)inimizade pessoal; b) amizade íntima; c) parentesco por consanguinidade ou afinidade até o terceiro grau civil; d) interesse particular na causa.
aplicamos supletivamente 145 cpc e subsidiária 144 cpc 
 Contudo, a doutrina majoritária entende pela aplicabilidade das hipóteses de impedimento e suspeição declinadas nos arts. 144 e 145 do CPC, argumentando que a CLT é omissa.
4.1 Hipóteses de Cabimento 
 A imparcialidade do Juiz é um cânone constitucional e um pressuposto processual de existência da relação jurídica processual. Além disso, é um direito fundamental do cidadão que visa à justiça da decisão e assegura a dignidade do processo.
 As causas de impedimento do Juiz são de ordem pública, por isso não há preclusão, podendo ser invocadas a qualquer tempo antes do trânsito em julgado da decisão. Após o trânsito em julgado, é possível invocar o impedimento do Juiz e a consequente nulidade da decisão por meio de Ação Rescisória (art.966, II, do CPC). Já as hipóteses de suspeição do Juiz estão sujeitas à preclusão, se a parte não as invocar no prazo legal.
 A CLT regulamenta a questão no art.801, in verbis:
Art. 801 - O juiz, presidente ou vogal, é obrigado a dar-se por suspeito, e pode ser recusado, por algum dos seguintes motivos, em relação à pessoa dos litigantes: a)inimizade pessoal; b) amizade íntima; c) parentesco por consanguinidade ou afinidade até o terceiro grau civil; d) interesse particular na causa.
 Contudo, a doutrina majoritária entende pela aplicabilidade das hipóteses de impedimento e suspeição declinadas nos arts. 144 e 145 do CPC, argumentando que a CLT é omissa.
5.Exceções de Incompetência Relativa
 A exceção de incompetência deve ser apresentada no caso de incompetência territorial (em razão do lugar), a qual é de natureza relativa.
A Lei nº 13.467/2017 alterou o art. 800 da CLT, que trata da exceção de incompetência relativa:
	Art. 800, caput, da CLT: “Apresentada exceção de incompetência territorial no prazo de cinco dias a contar da notificação, antes da audiência e em peça que sinalize a existência desta exceção, seguir-se-á o procedimento estabelecido neste artigo”. 
	
Art. 800, §1º, da CLT: “Protocolada a petição, será suspenso o processo e não se realizará a audiência a que se refere o art. 843 desta Consolidação até que se decida a exceção”.
	Art. 800, §2º, da CLT: “Os autos serão imediatamente conclusos ao juiz, que intimará o reclamante e, se existentes, os litisconsortes, para manifestação no prazo comum de cinco dias”. 
Art. 800, §3º, da CLT: “Se entender necessária a produção de prova oral, o juízo designará audiência, garantindo o direito de o excipiente e de suas testemunhas serem ouvidos, por carta precatória, no juízo que este houver indicado como competente”.
	Art.800, §4º, da CLT: “Decidida a exceção de incompetência territorial, o processo retomará seu curso, com a designação de audiência, a apresentação de defesa e a instrução processual perante o juízo competente”.
Aula em: 11/03/2024 
 
	
	PROCEDIMENTOS TRABALHISTAS:
Segundo a doutrina, o procedimento comum se divide em:
 a) Dissídio de Alçada Exclusiva das Varas ou Sumário: até 2 (dois) salários mínimos, nos termos do art.2º da Lei nº 5.584/70;
 b) Sumaríssimo: acima de 2 (salários mínimos) até 40 (quarenta) salários mínimos, a teor do art.852-A da CLT;
 c) Ordinário: acima de 40 (quarenta) salários mínimos.
 
 Deve-se destacar que o critério que define o procedimento é o valor da causa. Para tanto, este considera o salário-mínimo na data da propositura da ação (Súmula nº 356, TST).
Dissídio de Alçada Exclusiva das Varas (SUMÁRIO ATÉ 2 SAL)	
O procedimento de Dissídio de Alçada Exclusiva das Varas foi instituído pela Lei nº 5.584/70, possuindo a finalidade de garantir maior celeridade às demandas trabalhistas cujo valor da causa não ultrapasse dois salários mínimos. 
	Nestas causas, será dispensável o resumo dos depoimentos, devendo constar na ata a conclusão do juiz quanto à matéria de fato (art.2º, §2º da Lei nº 5.584/70).
	
Por outro lado, não caberá recurso das sentenças proferidas nas ações sujeitas a esse procedimento, considerando o salário mínimo vigente na data de ajuizamento da ação, salvo se versar sobre matéria constitucional, ocasião em que caberá a interposição de Recurso Extraordinário para o STF:
	“Art. 2º, § 4º, Lei 5.584/70. Salvo se versarem sobre matéria constitucional, nenhum recurso caberá das sentenças proferidas nos dissídios da alçada a que se refere o parágrafo anterior, considerado, para esse fim, o valor do salário mínimo à data do ajuizamento da ação”.
	No mesmo sentido, tem-se a Súmula nº 640 do STF:
	“Súmula 640, STF. É cabível recurso extraordinário contra decisão proferida por juiz de primeiro grau nas causas de alçada, ou por turma recursal de juizado especial cível e criminal”.
	Ademais, segundo a doutrina, prevalece o entendimento do número máximo de 03 testemunhas para cada parte. 
		VAI CAIR SUMARÍSSIMO NA PROVA: 
 
 Procedimento Sumaríssimo (2 SAL ATÉ 40 SAL)
O procedimento sumaríssimo não é originário do texto consolidado, tendo sido inserido pela Lei nº 9.957/00 através dos arts. 852-A a 852-I da CLT.
	Este procedimento aplica-se aos dissídios individuais, cujo valor não exceda a 40 vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da ação, a teor do art.852-A da CLT:
	Art. 852-A, caput, CLT: “Os dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento sumaríssimo”.
	Art. 852-A, parágrafo único, da CLT: “Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a Administração Pública direta, autárquica e fundacional”.
	O procedimento sumaríssimo não se aplica à administração direta, autárquica e fundacional, a teor do art.852-A, parágrafo único da CLT. Da mesma forma, também não se aplica aos dissídios coletivos.
	Entretanto, aplica-se o procedimento nas lides envolvendo as empresas públicas e sociedades de economia mista, pois estas entidades exploram a atividade econômica, de modo que não seria lógico gozarem dos benefícios concedidos à Administração Pública no exercício de funções públicas. Tal conduta ocasionaria uma desigualdade de mercado em relação aos particulares.
O art.852-B da CLT dispõe sobre requisitos específicos da petição inicial no procedimento sumaríssimo. 
	O inciso I do referido artigo prevê que o pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor correspondente (pedido líquido). Precisa incluir os pedidos implícitos. (Hora extra com seu reflexo….)
	O inciso II dispõe que não se fará citação por edital, incumbindo ao autor à correta indicação do nome e endereço do reclamado. (o juiz poderá converter o procedimento, caso não se localize a empresa, para que possa se fazer a citação por edital NA TEORIA EXTINÇÃO DO PROCESSO)
	O inciso III estabelece que a apreciação da reclamação deverá ocorrer no prazo máximo de quinze dias do seu ajuizamento, podendo constar de pauta especial, se necessário, de acordo com o movimento judiciário da Junta de Conciliação e Julgamento (atualmente Vara do Trabalho). Entretanto, se for interrompida a audiência, o seu prosseguimento e a solução do litígio poderão demorar no máximo 30 dias (Art.852-H, §7º da CLT).
	Caso não sejam atendidos os incisos I e II do art.852-B teremos o arquivamento da reclamação e condenação do reclamante ao pagamento de custas sobre o valor da causa. (SALVO GRATUIDADE)
	Nos termos do §2º do art.852-B, as partes e advogados comunicarão ao juízo as mudanças de endereço ocorridas no curso do processo, reputando-se eficazes as intimações enviadas ao local anteriormente indicado, na ausência de comunicação. 
No procedimento sumaríssimo, a audiência é una, a teor do art. 852-C, CLT.
	As provas deverão ser produzidas na audiência, ainda que não requeridas previamente, em aplicação ao princípio da concentração dos atos processuais em audiência (artigo 852-H, da CLT).
	A audiência una obriga a parte a impugnar todos os documentos apresentados pela parte contrária oralmente naquela sessão, salvo em caso de absoluta impossibilidade, a ser apontada pelo juiz(art. 852-H, § 1º, CLT).
	As partes devem observar o limite máximo de duas testemunhas, as quais deverão comparecer espontaneamente na audiência (art. 852-H, § 2º, CLT). 
	Caso a testemunha não se apresente, o juiz só determinará a intimação da mesma, diante da comprovação de seu prévio convite. Após a intimação, caso a testemunha não compareça na audiência, será ordenada a sua condução coercitiva e o pagamento de multa (art. 852-H, § 3º, CLT)
	No procedimento sumaríssimo, é possível a produção de prova pericial, quando depender dela a prova do fato ou por imposição de lei. Neste caso, imediatamente o juiz fixará o prazo, o objeto da perícia e nomeará o perito (art. 852-H, § 4º, CLT)
As partes poderão se manifestar em relação ao laudo pericial no prazo comum de 5 (cinco) dias, a teor do art. 852-H, § 6º, CLT. 
Saliente-se que caso a audiência precise ser interrompida, o juiz deve providenciar que o seu prosseguimento e a solução do processo ocorram no prazo máximo de trinta dias, salvo motivo relevante, justificado nos autos (art. 852-H, § 7º, da CLT).
	No procedimento sumaríssimo, conforme dispõe o artigo 852-G da CLT, todos os incidentes e exceções que possam interferir no prosseguimento da audiência e do processo deverão ser decididos de plano. 
Procedimento Ordinário (+40 SAL)
Audiência:
 
	A audiência, assim como os atos processuais em geral, são públicos, salvo quando contrariar o interesse social (arts. 5º, LX, 93, IX, CRFB e 189 do CPC/15).
	Estas serão realizadas no juízo ou tribunal, mas excepcionalmente poderão realizar-se em outro local mediante edital fixado na sede do juízo com 24 (vinte e quatro)horas de antecedência (art.813, §1º da CLT).
	As audiências poderão ser realizadas no horário das 8h00 às 18h00, em dias úteis, com duração máxima de 5 (cinco) horas contínuas, salvo quando houver matéria urgente (art.813, caput, da CLT). É permitida a convocação de audiências extraordinárias, desde que respeitada à regra de fixação do edital na sede do juízo com 24 (vinte e quatro) horas de antecedência.
No que tange aos atrasos na sua realização, há a tolerância de atraso do juiz ou presidente nos termos do art. 815, §1º e §2º da CLT:
	Art. 815, § 1º da CLT: “Se, até 15 (quinze) minutos após a hora marcada, o juiz ou presidente não houver comparecido, os presentes poderão retirar-se, devendo o ocorrido constar do livro de registro das audiências”. (Incluído pela Lei nº 14.657, de 2023) 					(O JUIZ NÃO COMPARECEU)
	Art. 815, § 2º da CLT: “Se, até 30 (trinta) minutos após a hora marcada, a audiência, injustificadamente, não houver sido iniciada, as partes e os advogados poderão retirar-se,consignando seus nomes, devendo o ocorrido constar do livro de registro das audiências”. (Incluído pela Lei nº 14.657, de 2023)
(AQUI TEMOS UM ATRASO NA AUDIÊNCIA O JUIZ ATRASOU )
 Art. 851, § 3º da CLT: “Na hipótese do § 2º deste artigo, a audiência deverá ser remarcada pelo juiz ou presidente para a data mais próxima possível, vedada a aplicação de qualquer penalidade às partes”. (Incluído pela Lei nº 14.657, de 2023)
	No entanto, a referida regra não se aplica às partes, a teor da OJ nº 245 da SDI-I do TST:
	OJ nº 245, SDI-I, TST: “Inexiste previsão legal tolerando atraso no horário de comparecimento da parte à audiência”.
 O juiz do trabalho é o responsável por manter a ordem na audiência, podendo determinar que se retirem do recinto aqueles que perturbarem a tranquilidade, e até mesmo autuar e prender os desobedientes por desacato (art. 816, CLT).
	Os atos processuais em geral, assim como todos fatos relevantes, como as ausências, atrasos, requerimentos, protestos antipreclusivos, providências determinadas pelo juiz, deverão ser registrados em ata, conforme dispõe o artigo 851, caput, da CLT. A ata será assinada pelo juiz (art. 851, §2º, CLT).
 
	Audiência no Procedimento Ordinário:
 
	Em regra, a audiência no procedimento ordinário é una e contínua (art.849 da CLT). Contudo, na prática é comum o seu fracionamento, sendo este da seguinte forma: audiência inicial (ou inaugural), audiência de instrução e audiência de julgamento.
Seguem abaixo os atos da Audiência no procedimento ordinário, pressupondo a sua divisão:
DEPOIMENTO É O INTERROGATÓRIO DO 848. 
INTERROGATÓRIO É PERGUNTAS, DEPOIMENTO É UMA FASE DA AUDIÊNCIA. 
	Obs: O art.847, parágrafo único, da CLT, com a redação dada pela Lei nº 13.467/2017, prevê que a parte poderá apresentar defesa escrita pelo sistema de processo judicial eletrônico até a audiência.
 
	A sentença homologatória de acordo é irrecorrível para as partes (art. 831, CLT), transitando em julgado na data de sua homologação (Súmula nº 100, V, TST). Equipara-se a sentença de mérito (art. 487, III, CPC/15), podendo ser rescindida por ação rescisória (e não por ação anulatória), segundo estabelece a Súmula nº 259, TST.
	No entanto, para a União Federal inocorre o trânsito em julgado do acordo homologado, razão pela qual poderá interpor recurso ordinário da sentença, cuja matéria versará exclusivamente em relação às contribuições previdenciárias. 
	Comparecimento das Partes:
*Obs (1): O art.843, §3º da CLT, com a redação dada pela Lei nº 13.467/2017, dispõe que o preposto não precisa ser empregado da Reclamada.
 
*Obs (2): O art.844, §1º da CLT, acrescido pela Lei nº 13.467/2017, dispõe que ocorrendo motivo relevante, poderá o juiz suspender o julgamento, designando nova audiência.
 
*Obs (3): Súmula nº 122 do TST: “A reclamada, ausente à audiência em que deveria apresentar defesa, é revel, ainda que presente seu advogado munido de procuração, podendo ser ilidida a revelia mediante a apresentação de atestado médico, que deverá declarar, expressamente, a impossibilidade de locomoção do empregador ou do seu preposto no dia da audiência”.
Não Comparecimento das Partes:
a) Audiência Una:
 
	Caso o reclamante não compareça na audiência inicial (una), ocorrerá o arquivamento, nos termos do art.844 da CLT, condenando-se o Autor ao pagamento das custas processuais, sendo certo que nova ação judicial somente será proposta se houver a comprovação de seu adimplemento:
	Art. 844, §2º, CLT: “Na hipótese de ausência do reclamante, este será condenado ao pagamento das custas calculadas na forma do art. 789 desta Consolidação, ainda que beneficiário da justiça gratuita, salvo se comprovar, no prazo de quinze dias, que a ausência ocorreu por motivo legalmente justificável. 
CASO ELE NÃO PAGUE AS CUSTAS, ELE NÃO PODERÁ PROPOR NOVA AÇÃO
	Art. 844, §3º, CLT: “O pagamento das custas a que se refere o § 2o é condição para a propositura de nova demanda”. 
	Caso o reclamado não compareça na audiência inicial (una), deverá ser declarada a revelia, aplicando-se a confissão ficta (art.844 da CLT).
	No entanto, a audiência prosseguirá devendo ser recebida pelo juiz a Contestação e os documentos apresentados pelo Réu, a teor do art.844, §5º da CLT.
	Caso ambos não compareçam na audiência de conciliação (una), ocorrerá o arquivamento.
		Para o autor, súmula 9 - reu 74 e pros 2 385 cpc 
				
b) Audiência fracionada:
 
	Caso o reclamante não compareça na audiência em prosseguimento em que tenha sido intimado para depor (Audiência de Instrução), ocorrerá a confissão ficta, a teor do art.385, §1º do CPC e Súmulas nº 9 e 74, I do TST.
	Caso o reclamado não compareça na audiência em prosseguimento em que tenha sido intimada a depor (Audiência de Instrução), ocorrerá a confissão ficta, a teor do art.385, §1º do CPC e Súmula nº 74, I do TST.
	Caso ambos não compareçam na audiência de instrução, deverá o juiz julgar o processo conforme as regras de distribuição do ônus da prova, quanto à matéria não comprovada.
		Procedimento emergencial trabalhista: 
A pandemia da COVID-19 e a necessidade de isolamento social acarretaram na necessidade emergencial de adoção de um novo procedimento, no qual se privilegia na realização de atos processuais pelas partes através de peticionamento eletrônico e no qual as audiências vêm sendo realizadas de forma telepresencial através de plataformas como CiscoWebex e, desde janeiro de 2021, a plataforma Zoom. 
	Este procedimento se baseia no Ato nº 11/GCGJT, de 23/04/2020, da Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho no qual o art. 1º prevê a vedação expressa, durante a vigência do regime de trabalho diferenciado, da designação de atos presenciais, tais como audiências e depoimentos, ressalvada a prática dos atos processuais por meio telepresencial.
	O art. 6º do Ato acima referido faculta aos juízes de primeiro grau a utilização do rito processual estabelecido no artigo 335 do CPC. 
	Art.6º, caput, do Ato nº 11/GCGJT da GCGJT: “Preservada a possibilidade de as partes requererem a qualquer tempo, em conjunto (art. 190 do CPC), a realização de audiência conciliatória, fica facultado aos juízes de primeiro grau a utilização do rito processual estabelecido no artigo 335 do CPC quanto à apresentação de defesa, inclusive sob pena de revelia, respeitado o início da contagem do prazo em 4 de maio de 2020”. 
	Art.6º, §1º, do Ato nº 11/GCGJT da GCGJT: “Na hipótese do caput, deverá o(a) magistrado(a) possibilitar vista à parte autora dos documentos apresentados com a(s) defesa(s), e assinalar prazo para que as partes especifiquem as provas que pretendem produzir, sua pertinência e finalidade, para então proferir julgamento conforme o estado do processo ou decisão de saneamento e, se necessário, audiência de instrução”. 
	Art.6º, §2º, do Ato nº 11/GCGJT da GCGJT: “Os prazos processuais para apresentação de contestação, impugnação a sentença de liquidação, embargos à execução, inclusive quando praticados em audiência, e outros que exijam a coleta prévia de elementos de prova somente serão suspensos se, durante a sua fluência, a parte informar ao juízo competente a impossibilidade de prática do ato, de modo que o prazo será considerado suspenso na data do protocolo da petição com essa informação”.
Os prazos processuais para apresentação de contestação, impugnação a sentença de liquidação, embargos à execução e outros que exijam a coleta prévia de provas somente serão suspensos se, durante a sua fluência, a parte informar a impossibilidade de prática do ato (art. 6º, §2º do Ato nº 11/GCGJT).
	No que tange às audiências e as sessões, estas tem sido realizadas sob a forma telepresencial, através da Plataforma Emergencial de Videoconferência para Atos Processuais, instituída pela Portaria CNJ nº 61/2020, devendo ser armazenadas: 
 
	Art.4º do Ato nº 11/GCGJT GCGJT: “Os depoimentos de partes e testemunhas poderão ser realizados, tal como previsto nos artigos 385 e 453 do Código de Processo Civil, por meio de videoconferência, devendo os depoentes identificar-se”.Art. 3º do Ato nº 11/GCGJT da GCGJT: “Deverá haver o armazenamento das audiências telepresenciais gravadas no sistema PJe-Mídias (Portaria nº 61, de 31 de março de 2020, do Conselho Nacional de Justiça), ou no sistema local compatível com o Repositório Nacional de Mídias para o Sistema PJe ou PJeMídias (Resolução CNJ nº 105/2010)”.
Reclamação Plúrima
Trata-se de hipótese frequente no processo do trabalho, em que existe a possibilidade de mais de um autor ajuizar a ação, ou de a demanda ser ajuizada em face de dois réus (por exemplo, em face do empregador e do tomador dos serviços), ou, ainda, de ocorrerem ambas as situações (litisconsórcio ativo e passivo ou misto).
	O art. 842 da CLT estabelece que, se forem “várias as reclamações e havendo identidade de matéria”, podem ser “acumuladas num só processo, se se tratar de empregados da mesma empresa ou estabelecimento”.
	Logo, exige-se que a causa de pedir e o pedido sejam os mesmos quanto aos litisconsortes ativos, bem como que os autores sejam empregados do mesmo empregador. 
	Importante destacar, ainda, a previsão do art. 843 da CLT, no sentido de que na audiência devem estar presentes o reclamante e o reclamado, independentemente do comparecimento de seus representantes, salvo nos casos de “reclamatórias plúrimas” ou “ações de cumprimento”, hipóteses em que os empregados podem fazer-se representar pelo sindicato de sua categoria.
	Logo, tratando-se de “ação plúrima”, ou seja, com vários autores, em litisconsórcio ativo, os empregados podem ser representados pelo sindicato da categoria profissional a que pertençam.
Notificação
O texto consolidado ora utiliza o termo notificação como sinônimo de citação, ora como sinônimo de intimação. Para dirimir tal erro, a doutrina utiliza a expressão notificação inicial para denominar a citação do réu. 
	Após o ajuizamento da reclamação trabalhista, esta será distribuída para uma das varas do trabalho, na qual o escrivão no prazo máximo de 48 horas encaminhará a notificação inicial, via postal, em registro postal com franquia (leia-se aviso de recebimento) para o reclamado comparecer em audiência (art.841, caput, da CLT).
	Nos termos da Súmula nº 16 do TST, presume-se recebida no prazo de 48 horas, contados da sua postagem, sendo ônus do destinatário comprovar o não recebimento neste prazo.
	Caso o reclamado crie embaraço ao recebimento da notificação ou não seja encontrado, a citação (notificação inicial) será feita por edital, inserto no jornal oficial ou no que publicar o expediente forense, ou na falta, afixado na sede do Juízo (art. 841, § 1º, CLT). 
A audiência será a primeira desimpedida depois de 5 dias (art. 841, CLT), ou seja, entre a data do recebimento da notificação e a da data da audiência deverá decorrer pelo menos 5 (cinco) dias, sendo este o prazo para a elaboração da defesa, devendo ser lembrado que para a Fazenda Pública o prazo é em quadruplo (art.1º do Decreto-Lei nº 779/69).
Aula em: 18/03/2024 		 
	Atos e Termos Processuais;
Os atos processuais são praticados pelas partes ou pelo Juiz, pois decorrem da vontade humana visando a um determinado efeito processual – por exemplo, a petição inicial, o recurso, a sentença etc. Não diferem dos atos jurídicos em geral, pois, enquanto estes têm por objeto criar, extinguir ou modificar direitos, os atos processuais têm por objetivo um efeito processual.
	Os atos processuais praticados pelo Juiz no processo estão mencionados, exemplificativamente, no art.203 do CPC:
“Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.
§ 1o Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução.
§ 2o Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se enquadre no § 1o.
§ 3o São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte.
§ 4o Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário”.
Há outros atos processuais, não mencionados no referido dispositivo legal, que são privativos do Juiz, como presidir às audiências, supervisionar os trabalhos da Secretaria, atender os advogados etc.
	Podemos mencionar como exemplos de atos das partes a petição inicial, contestação, recursos, depoimentos pessoais, transação, entre outros.
	Como exemplos de atos dos servidores da Justiça (auxiliares) temos a notificação inicial, que é ato do diretor de secretaria (art.841 da CLT), a penhora praticada pelo oficial de justiça avaliador (art.883 da CLT), a perícia realizada pelo perito do juízo (art.195 da CLT) etc.
 
Publicidade:
Os atos processuais, para terem validade no processo, devem obedecer às diretrizes básicas fixadas na CLT.
	A primeira delas é o princípio da publicidade previsto nos arts.770 e 779 da CLT:
	“Art. 770. Os atos processuais serão públicos salvo quando o contrário determinar o interesse social, e realizar-se-ão nos dias úteis das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.
	Art. 779. As partes, ou seus procuradores, poderão consultar, com ampla liberdade, os processos nos cartórios ou secretarias”.
	Impende destacar que o princípio da publicidade não é absoluto, pois quando a causa estiver discutindo questões que envolvem a intimidade das partes, o Juiz poderá restringir a publicidade da audiência, a teor dos arts.5º, LX e 93, IX da Constituição Federal.
	Conforme o citado art.770 da CLT, os atos processuais realizar-se-ão nos dias úteis das 6 às 20 horas.
A prática eletrônica de ato processual pode ocorrer em qualquer horário até as 24 (vinte e quatro) horas do último dia do prazo (art. 213 do CPC).
	Nos termos do art.770, parágrafo único da CLT, a penhora poderá realizar-se em domingo ou dia de feriado, mediante autorização expressa do Juiz do Trabalho.
	Nos termos do art.216 do CPC/15, além dos declarados em lei, são feriados, para efeito forense, os sábados, os domingos e os dias em que não haja expediente forense.
 
Forma:
 
	Os atos processuais devem ser praticados conforme a forma prevista na lei. A lei processual trabalhista determina a forma escrita. Nesse sentido, dispõe o art.771 da CLT:
	“Os atos e termos processuais poderão ser escritos a tinta, datilografados ou a carimbo”.
Documentação:
 
	Todos os atos processuais serão documentados e juntados aos autos do processo.
	Nos termos do art.772 da CLT, “atos e termos processuais, que devam ser assinados pelas partes interessadas, quando estas, por motivo justificado, não possam fazê-lo, serão firmados a rogo, na presença de 2 (duas) testemunhas, sempre que não houver procurador legalmente constituído”.
	O art.773 da CLT dispõe que “os termos relativos ao movimento dos processos constarão de simples notas, datadas e rubricadas pelos secretários ou escrivães”. 
 
Preclusão:
 
	A preclusão é a perda do direito de se praticar uma faculdade processual, seja pelo seu não exercício no prazo previsto pela lei (temporal), seja por já ter exercido o ato (consumativa), ou por ter praticado um ato incompatível com o ato que já se praticou (lógica).
	Termos processuais
	O art.771 da CLT prevê que os termos processuais poderão ser escrito a tinta, datilografados ou a carimbo.
	O art.772 da CLT dispõe que “os atos e termos processuais, que devam ser assinados pelas partes interessadas, quando estas, por motivo justificado, não possam fazê-lo, serão firmados a rogo, na presença de 2 (duas) testemunhas, sempre que não houver procurador legalmente constituído”. 
	Nos termos do art.773 da CLT, “os termos relativos ao movimento dos processos constarão de simples notas, datadas e rubricadas pelos Chefes de Secretaria ou escrivães”.
	Os termos processuais devem ainda ser redigidos em língua portuguesa, utilizando-se o vernáculo. 
				Prazos;
Prazo é o espaço de tempo emque o ato processual pode ser validamente praticado.
	No que concerne aos prazos, dois conceitos importantes se destacam, quais sejam, o início do prazo e início da contagem do prazo. O primeiro deles é o início do prazo, que significa que o prazo inicia-se no dia da notificação ou da intimação. 
	Em contrapartida, o início da contagem do prazo ocorre no primeiro dia útil subsequente ao dia do início do prazo.
	
Art. 774, caput, da CLT: “Salvo disposição em contrário, os prazos previstos neste Título contam-se, conforme o caso, a partir da data em que for feita pessoalmente, ou recebida a notificação, daquela em que for publicado o edital no jornal oficial ou no que publicar o expediente da Justiça do Trabalho, ou, ainda, daquela em que for afixado o edital na sede da Junta, Juízo ou Tribunal”.
	O art.775, caput, da CLT, com a redação dada pela Lei nº 13.467/2017, dispõe que os prazos estabelecidos serão contados em dias úteis, com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento. Adotou-se a mesma sistemática do art.219, caput, do CPC.
O art.775, §1º, I e II da CLT, acrescido pela Lei nº 13.467/2017, traz as hipóteses de prorrogação dos prazos:
I - quando o juízo entender necessário; 
II - em virtude de força maior, devidamente comprovada. 
 
“Súmula nº 1, TST. Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação com efeito de intimação for feita nesse dia, o prazo judicial será contado da segunda-feira imediata, inclusive, salvo se não houver expediente, caso em que fluirá do dia útil que se seguir. 
 No processo do trabalho, não sabe o prazo, fala 8
Da entrega do mandato, na sexta-feira, começa no 1 dia útil subsquente. 
	Na hipótese do processo eletrônico a prática do ato processual, este poderá ser praticado até às 24h do último dia do prazo.
	Art. 213, caput, do CPC: “A prática eletrônica de ato processual pode ocorrer em qualquer horário até as 24 (vinte e quatro) horas do último dia do prazo”.
	Art. 213, parágrafo único, do CPC: “O horário vigente no juízo perante o qual o ato deve ser praticado será considerado para fins de atendimento do prazo”.
Por outro lado, nos termos do art. 218, §3º do CPC, não havendo previsão legal ou fixação do prazo pelo juiz, será de 5 dias o prazo para a prática do ato processual. 
No que tange ao início do prazo, caso a parte não compareça a audiência em prosseguimento para prolação da sentença, este iniciará a partir da data de sua intimação, a teor da Súmula nº 197 do TST. 
	Entretanto, se embora presente, a ata da audiência de julgamento não for juntada ao processo no prazo de 48 horas, o prazo para o recurso será contado da data em que a parte receber a intimação (Súmula nº 30 do TST). 
	Importante destacar que o art. 224, §2º do CPC destaca como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico.
Interrupção e Suspensão dos Prazos:
	A interrupção e suspensão dos prazos são eventos que provocam a paralisação do curso do prazo processual.
	Na interrupção, a contagem é inutilizada, recomeçando a ser feita quando cessar a causa determinante da paralisação. 
	Na suspensão, a contagem paralisa-se pelo tempo correspondente ao fato determinante, retomando-se do ponto da paralisação pelo que faltar.
	Podemos destacar como exemplos de suspensão, as férias forenses (art.93, XII da CRFB) e as chamadas “férias do advogado” (art.220 do CPC).
	
Nesse mesmo sentido, o art.775-A, caput, da CLT, acrescido pela Lei nº 13.545/2017, passou a tratar das chamadas “férias do advogado”:
Art. 775-A, caput, da CLT: “Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, inclusive”. 
Art. 775-A, §1º, da CLT: “Ressalvadas as férias individuais e os feriados instituídos por lei, os juízes, os membros do Ministério Público, da Defensoria Pública e da Advocacia Pública e os auxiliares da Justiça exercerão suas atribuições durante o período previsto no caput deste artigo. 
Art. 775-A, §2º, da CLT: “Durante a suspensão do prazo, não se realizarão audiências nem sessões de julgamento”.
A Súmula nº 262 do TST fixou a natureza jurídica do recesso forense (período entre 20/12 a 06/01) como hipótese de suspensão dos prazos processuais:
	I - Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará no primeiro dia útil imediato e a contagem, no subseqüente. 
	II - O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal Superior do Trabalho (art. 177, § 1º, do RITST) suspendem os prazos recursais”.
	Nos termos do art.221 do CPC, suspende-se o curso do prazo por obstáculo criado em detrimento da parte ou ocorrendo qualquer das hipóteses do art. 313, devendo o prazo ser restituído por tempo igual ao que faltava para sua complementação.
	Prazos da Fazenda Pública:
Além disso, o art. 229 do CPC que estabelece que litisconsortes com procuradores diferentes têm prazo em dobro não se aplica ao processo do trabalho, em face de sua incompatibilidade com o princípio da celeridade inerente ao processo trabalhista.
	Neste sentido, é a Orientação Jurisprudencial nº 310 da SDI-I do TST:
	“A regra contida no art. 229 do CPC é inaplicável ao processo do trabalho, em face da sua incompatibilidade com o princípio da celeridade inerente ao processo trabalhista”.
Prazos da Fazenda Pública:
 
	Insta salientar que a Fazenda Pública e o Ministério Público tem prazo em dobro para recorrer, a teor dos arts.180 e 183 do CPC/15.
	O art.1º do Decreto Lei nº 779/69 estabelece que nos processos perante a Justiça do Trabalho constituem privilégio da União, dos Estados, do DF, dos Municípios, e das autarquias ou fundações de direito público federais, estaduais ou municipais que não explorem atividade econômica:
	- Inciso II: o quádruplo de prazo fixado no artigo 841, in fine, da CLT.
	- Inciso III: o prazo em dobro para recurso.
	Logo, tendo em vista que a Fazenda tem prazo em quádruplo para contestar e que a defesa sempre é apresentada em primeira audiência, então para a Fazenda a audiência será a primeira desimpedida depois de 20 dias.
	A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) goza do mesmo tratamento destinado à Fazenda Pública em relação à imunidade tributária e à execução por precatório, além das prerrogativas de foro, prazos e custas processuais (OJ nº 247, inciso II, parte final, da SDI-I do TST).
	PJe-JT;
O processo eletrônico é o processo judicial em ambiente virtual, no qual os atos processuais são realizados por meio de um computador conectado a internet nos sítios eletrônicos dos tribunais, considerando-se meio eletrônico qualquer forma de armazenamento ou tráfego de documentos e arquivos digitais.
	Para ter acesso ao sistema de processo eletrônico é necessário ter um computador conectado a internet, sistema Java, certificado e assinatura digital. O acesso é feito diretamente nos sítios eletrônicos de cada tribunal.
	Na Justiça do Trabalho, aplica-se a Resolução nº 185, de 24 de março de 2017, do Conselho Superior da Justiça do Trabalho. 
	Art. 1º da Resolução nº 185/2017 do CSJT: “A tramitação do processo judicial no âmbito da Justiça do Trabalho, a prática eletrônica de atos processuais, nos termos da Lei nº 11.419/06 e arts. 193 a 199, do CPC, serão realizadas exclusivamente por intermédio do Sistema Processo Judicial Eletrônico (PJe) instalado na Justiça do Trabalho, regulamentado por esta Resolução”. 
	Art. 3º da Resolução nº 185/2017 do CSJT: “Os atos processuais terão sua produção, registro, visualização, tramitação, controle e publicação exclusivamente em meio eletrônico e serão assinados digitalmente, contendo elementos que permitam identificar o usuário responsável pela sua prática”.
Art. 17 da Resolução nº 185/2017 do CSJT: “No processo eletrônico, as citações, intimações e notificações, inclusive as destinadas à União, Estados, Distrito Federal, Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público serão feitas por meio eletrônico, sem prejuízo da publicação no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho(DEJT) nas hipóteses previstas em lei”.
	Art. 21 da Resolução nº 185/2017 do CSJT: “A distribuição de ação, inclusive incidental, será unicamente por meio eletrônico, mesmo na hipótese de ações cautelares, tutelas de urgência e embargos de terceiros, quando ajuizados em processos que tramitam em meio físico”.
	Art. 22, caput, da Resolução nº 185/2017 do CSJT: “A contestação ou a reconvenção e seus respectivos documentos deverão ser protocolados no PJe até a realização da proposta de conciliação infrutífera, com a utilização de equipamento próprio, sendo automaticamente juntados, facultada a apresentação de defesa oral, na forma do art. 847, da CLT. (Redação dada pela Resolução n. 241/CSJT, de 31 de maio de 2019)”.
	Art. 22, §1º, da Resolução nº 185/2017 do CSJT: “No expediente de notificação inicial ou de citação constará recomendação para que a contestação ou a reconvenção e os documentos que as acompanham sejam protocolados no PJe com pelo menos 48h de antecedência da audiência. (Redação dada pela Resolução n. 241/CSJT, de 31 de maio de 2019)”.
Art. 22, §2º, da Resolução nº 185/2017 do CSJT: “O autor poderá atribuir segredo de justiça ao processo no momento da propositura da ação, cabendo ao magistrado, após a distribuição, decidir sobre a manutenção ou exclusão dessa situação, nos termos do art. 189 do CPC e art. 770, caput, da CLT. (Redação dada pela Resolução n. 241/CSJT, de 31 de maio de 2019)”.
	Art. 22, §3º, da Resolução nº 185/2017 do CSJT:“Com exceção da petição inicial, as partes poderão atribuir sigilo às petições e documentos, nos termos do parágrafo único do art. 773 do CPC. (Redação dada pela Resolução n. 241/CSJT, de 31 de maio de 2019)”.
	
Art. 22, §4º, da Resolução nº 185/2017 do CSJT: “Com exceção da defesa, da reconvenção e dos documentos que os acompanham, o magistrado poderá determinar a exclusão de petições e documentos indevidamente protocolados sob sigilo, observado o art. 15 desta Resolução. (Redação dada pela Resolução n. 241/CSJT, de 31 de maio de 2019)”.
	
Art. 22, §5º, da Resolução nº 185/2017 do CSJT: “O réu poderá atribuir sigilo à contestação e à reconvenção, bem como aos documentos que as acompanham, devendo o magistrado retirar o sigilo caso frustrada a tentativa conciliatória. (Redação dada pela Resolução n. 241/CSJT, de 31 de maio de 2019)”.
					Nulidades;
A CLT dispõe acerca dos diversos princípios que devem ser observados no processo, os quais passam a analisar pontualmente.
 
Princípio da transcendência (prejuízo): 
	O art.794 da CLT versa sobre o princípio do prejuízo, também denominado de transcendência, que significa que se o ato, mesmo que não tenha observado as prescrições legais, não gerar prejuízo, não será declarado nulo, in verbis:SÓ HÁ NULIDADE QUANDO HÁ PREJUÍZO. EX.: NA AUDIÊNCIA DE JULGAMENTO, JÁ ESQUECERAM A IDENTIDADE. 
	Art. 794, caput, da CLT: “Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes”.
Princípio do interesse: 
	O princípio do interesse consiste na proibição da alegação da própria torpeza, nos termos do art.796, “b” da CLT:
	Art. 796, caput, CLT: “A nulidade não será pronunciada:
	(...)
	b) quando arguida por quem lhe tiver dado causa”.
	Isso significa que aquele que deu causa à nulidade processual não poderá argui-la posteriormente. 
Princípio da economia processual:
	O princípio da economia processual encontra-se previsto no art.796, “a” da CLT, o qual dispõe que a nulidade não será pronunciada quando for possível suprir-se a falta ou repetir-se o ato. Permite-se, portanto, que algumas nulidades sejam saneadas, como forma de dar celeridade ao processo.
Princípio da convalidação ou da preclusão:
	O princípio da convalidação ou preclusão significa que a nulidade deve ser arguida na primeira oportunidade em que a parte tiver que se manifestar nos autos, sob pena de preclusão.
	A preclusão consiste na perda da faculdade de praticar um ato processual. Trata-se de instituto que busca impor que o processo sempre caminhe para frente, impedindo retornos indesejados. 
A preclusão pode ser:
a) temporal: ocorre quando a perda decorre da não realização do ato em determinado tempo. Ex: a não interposição de um recurso dentro do prazo legal.
b) consumativa: realizado (consumado), não se admite que seja novamente praticado. Ex: a interposição em duplicidade do mesmo recurso, durante o mesmo prazo legal.
c) lógica: não se permite que a parte pratique um ato posterior incompatível com um ato anterior. Ex: a interposição de um recurso no prazo legal e o posterior pagamento espontâneo da dívida. 
	
No caso do art.795 da CLT tem-se a preclusão temporal, vez que a parte, obrigatoriamente, deve alegar a nulidade na primeira ocasião em que se manifestar nos autos. Ultrapassado esse momento, o ato será convalidado, ou seja, a parte perde a oportunidade de alegar a nulidade, sendo o ato considerado válido.
Princípio da utilidade
	A declaração da nulidade do ato processual deve ser útil para o processo.
	Nesse sentido, deve-se buscar aproveitar os atos praticados (princípio do aproveitamento), evitando-se, quando possível, a declaração da nulidade. Desse modo, prescreve o art.797 da CLT:
	
Art.797, caput, CLT: “O juiz ou Tribunal que pronunciar a nulidade declarará os atos a que ela se estende”.
	Ademais, a nulidade de certo ato processual somente atingirá os posteriores que dele for dependente (princípio da causalidade), como define o art.798 da CLT:
	
Art. 798, caput, CLT: “A nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dele dependam ou sejam consequência”.
	Logo, ao pronunciar a nulidade do ato, deve o juiz declarar quais os atos foram atingidos (art.282 do CPC). 
Princípio da instrumentalidade das formas:
	Pelo princípio da instrumentalidade das formas ou da finalidade, caso a lei prescreva determinada forma sem cominação de nulidade, se o ato praticado de forma diversa alcançar a sua finalidade, será considerado válido. Esse princípio está implícito nos arts. 188 e 277 do CPC.
	Gratuidade de Justiça
A assistência judiciária é o direito de postular em juízo sem ter que arcar com as despesas do processo e os honorários ao seu advogado, concedido àquele que está em estado de miserabilidade, sendo oferecida pelo sindicato da categoria (art.14 da Lei nº 5.584/70 e Súmula nº 219 e 329 do TST).
Por outro lado, a gratuidade de justiça consiste na possibilidade de a parte postular em juízo sem ter que arcar com as despesas processuais, ante a sua miserabilidade.
Art. 790, § 3º da CLT: “É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social”.
Art. 790, § 4º da CLT: “O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo”. 
 
O TST vem entendendo que a Súmula nº 463, I do TST não merece ser desprezada pela atual redação do art. 790, §4º da CLT. 
Súmula nº 463, I do TST: A partir de 26.06.2017, para a concessão da assistência judiciária gratuita à pessoa natural, basta a declaração de hipossuficiência econômica firmada pela parte ou por seu advogado, desde que munido de procuração com poderes específicos para esse fim (art. 105 do CPC de 2015);
	Honorários Advocatícios
O art.791-A, com a redação dada pela Lei nº 13.467/2017, dispõe que a concessão de honorários advocatícios sucumbenciais, a serem fixados entre 5% a 15%.
 Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizadoda causa.
§ 1o Os honorários são devidos também nas ações contra a Fazenda Pública e nas ações em que a parte estiver assistida ou substituída pelo sindicato de sua categoria.
§ 2o Ao fixar os honorários, o juízo observará: I - o grau de zelo do profissional; II - o lugar de prestação do serviço; III - a natureza e a importância da causa; IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço.
§ 3o Na hipótese de procedência parcial, o juízo arbitrará honorários de sucumbência recíproca, vedada a compensação entre os honorários.
§ 4o Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que não tenha obtido em juízo, ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário. (ADI 5766)
§ 5o São devidos honorários de sucumbência na reconvenção.”
 
Aula em: 25/03/2024 		 
	Sentença;
Conceito: é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução.
Classificação
Elementos da Sentença:
 
	Art. 489 do CPC: “São elementos essenciais da sentença: 
I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a identificação do caso, com a suma do pedido e da contestação, e o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo; 
II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito; 
III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões principais que as partes lhe submeterem”.
	
Analisaremos a seguir os elementos essenciais da sentença:
a) Relatório – o juiz deve fazer um histórico dos principais fatos ocorridos no processo, tais como o nome das partes, a suma do pedido e da resposta do réu, a ocorrência dos incidentes, a intervenção de terceiros, com escopo de estabelecer-se claramente a controvérsia, de fato e de direito, que será objeto de decisão, bem como as pessoas que serão atingidas pela eficácia da sentença.
b) Fundamentação – o juiz deve dar os “motivos” da sua decisão (art.93, IX CRFB).
c) Dispositivo – resolverá as questões que as partes lhe submeterem, deferindo ou indeferindo, no todo ou em parte, o pedido ou pedidos (art.489 do CPC). Ex: Reconvenção, Incidente de Falsidade etc.
De acordo com o art. 1º da Recomendação nº 04/2018 da Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho, os Juízes do Trabalho, sempre que possível, proferirão sentenças condenatórias líquidas, fixando os valores relativos a cada um dos pedidos acolhidos, indicando o termo inicial e os critérios para correção monetária e juros de mora, além de determinar o prazo e as condições para o seu cumprimento (Art. 832, §1º, da CLT).
	Art. 831, caput, da CLT: “A decisão será proferida depois de rejeitada pelas partes a proposta de conciliação”.
	Art. 831, parágrafo único, da CLT: “No caso de conciliação, o termo que for lavrado valerá como decisão irrecorrível, salvo para a Previdência Social quanto às contribuições que lhe forem devidas”.
	OJ nº 132 da SDI-II: “Acordo celebrado - homologado judicialmente - em que o empregado dá plena e ampla quitação, sem qualquer ressalva, alcança não só o objeto da inicial, como também todas as demais parcelas referentes ao extinto contrato de trabalho, violando a coisa julgada, a propositura de nova reclamação trabalhista”.
	Art. 832, caput da CLT: “Da decisão deverão constar o nome das partes, o resumo do pedido e da defesa, a apreciação das provas, os fundamentos da decisão e a respectiva conclusão”.
Princípio da Congruência: os arts.490 e 492 do CPC, em harmonia com o art.141 do CPC, contemplam o nominado princípio da demanda, do dispositivo ou da congruência.
	Referidos dispositivos rezam que o juiz proferirá a sentença, acolhendo ou rejeitando, no todo ou em parte, os pedidos formulados pelas partes, de modo que é vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem como condenar a parte em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado.
Conceito: 
 
	“É uma medida de impugnação de decisões judiciais nos autos do mesmo processo em que proferidas com natureza jurisdicional e com objetivo de anulá-las, integrá-las, ou as ver reformada, cujo julgamento cabe, em regra a juízo diverso do prolator e de superior grau de jurisdição.”
 
Natureza Jurídica:
 
	O recurso tem natureza jurídica de extensão do direito de ação.
	Da mesma forma, o recurso tem natureza de ônus processual, no sentido de que cabe à parte exercê-lo, para que possa afastar uma situação contrária ao seu interesse, ou para obter um benefício em sua condição jurídica.
	Recursos;
Classificação dos Recursos 
 
	Há diversas formas de classificar os recursos, com a finalidade de maior compreensão didática.
	Quanto ao alcance ou abrangência das matérias impugnadas, o recurso pode ser parcial ou total. Nesse sentido, segundo o art. 1.002 do CPC, a “decisão pode ser impugnada no todo ou em parte”.
	O recurso, relativamente à forma de interposição, pode ser principal ou adesivo. O recurso pode ser interposto de forma principal ou adesivamente, nesta última hipótese quando assim admitido pela lei.
	O recurso pode ser de fundamentação livre ou de fundamentação vinculada. O recurso ordinário, por exemplo, é de fundamentação livre, ao admitir alegações de fato e de direito. 
	Já o recurso de revista e o recurso extraordinário, diversamente, são admitidos apenas nas hipóteses especificamente previstas na lei e na Constituição.
	
O recurso também pode ser classificado, quanto à natureza, em ordinário e extraordinário (em sentido amplo). Essa classificação não se confunde com as espécies recursais de mesmos nomes.
Ordinária e natureza extraordinária.
	Ordinária: Visam tutela do direito das partes. Que as testemunhas mentiram, não viram. AQUI VOU QUESTIONAR O DIR SUBJETIVO DAS PARTES E REEXAME DE FATOS E PROVAS. FUNDAMENTAÇÃO VINCULADA.
	EXTRAORDINÁRIA: A jurisprudência é igual um lago, por isso tenho um recursos que cria esse remanso. A TUTELA DO DIREITO OBJETIVO, DA LEI. FUNDAMENTAÇÃO LIVRE 
 Nessa classificação, são recursos de natureza ordinária os mais comuns, julgados pelas instâncias ordinárias, normalmente de fundamentação livre, como o recurso ordinário e o agravo de petição. 
	Por outro lado, os recursos de natureza extraordinária envolvem questões de direito (tutela do direito objetivo), de competência de tribunais superiores, visando a uniformização da jurisprudência, como, por exemplo, no recurso de revista, os embargos em recurso de revista e o próprio recurso extraordinário.
Juízo de Admissibilidade e Juízo de Mérito
 
	O juízo de admissibilidade dos recursos significa a avaliação da peça recursal com relação aos pressupostos recursais. Este é realizado, inicialmente, pelo órgão do qual se recorre e, posteriormente, reapreciado pelo Tribunal competente para conhecer e julgar o recurso.
	A Instrução Normativa nº 39/2016 do TST vedou, em seu artigo 2º, XI, a aplicação do art. 1.010, §3º do CPC que mudou a dinâmica da realização da análise da admissibilidade dos recursos de natureza ordinária, especialmente o recurso ordinário.
	
Em relação ao recurso de revista, o juízo de admissibilidade continua sendo do juízo do qual se recorre, qual seja: pelo Presidente do TRT recorrido, nos termos do art. 896, §1º da CLT que, por ser norma específica, impede a aplicação subsidiária do CPC.
	
Quando se diz que o recurso foi conhecido, o Tribunal entendeu presentes os pressupostos recursais. De outro lado, quando não o foi, o Tribunal entendeu não presentes tais pressupostos.
O juízo de mérito trata da apreciação dos vícios processuais mencionados na peça recursal, o pedido de reforma da decisão, ou de ambos. Quando o Tribunalnega provimento ao recurso, o acolhe totalmente ou parcialmente, é porque houve a análise do mérito recursal.
	Como preleciona Júlio Cesar Bebber, “mérito do recurso, portanto, é a pretensão (o pedido) que o recorrente dirige ao tribunal. Essa pretensão pode, ou não coincidir com o mérito da causa. Daí a razão pela qual algumas matérias que na sentença são tratadas como preliminares, no recurso passam a constituir o mérito deste”.
	
O recurso é interposto para o Tribunal do qual se recorre (a quo), requerendo o recorrente que o recurso seja encaminhado ao tribunal competente para apreciá-lo (ad quem).
	Pressupostos de Admissibilidade
	Os pressupostos de admissibilidade são exigências legais, que devem ser cumpridas, a fim de que seja analisado o mérito do recurso.
	Os pressupostos são subdivididos em pressupostos intrínsecos (subjetivos) e pressupostos extrínsecos (objetivos), devendo ser estes preenchidos de forma cumulativa. 
	Os pressupostos de admissibilidade intrínsecos relacionam-se com as partes. São eles: legitimidade, capacidade e interesse.
	
Os pressupostos de admissibilidade extrínsecos referem-se ao recurso. Podemos destacar como pressupostos de admissibilidade extrínsecos: tempestividade, depósito recursal, custas e regularidade formal, representação, recorribilidade do ato, além da inexistência de fato impeditivo ou extintivo e adequação do recurso.
	Para que seja conhecido, ele precisa conhecer todos os pré-requisitos, caso falte um, ele não será conhecido. 
	
Intrínsecos: Legitimidade, interesse ( sucumbência) e capacidade processual.
	
I - Pressupostos Intrínsecos
 
a) Legitimidade do Recorrente:
 
	A legitimidade recursal é a pertinência subjetiva para recorrer, ou seja, quais pessoas podem interpor recurso no processo.
	Na esfera recursal, não se aplica a teoria da asserção, uma vez que a lei processual determina, de forma taxativa, quem pode recorrer.
	A CLT não trata acerca do tema. Dessa forma, aplica-se o art. 996 do CPC ao processo do trabalho (art. 769 da CLT). 
	Desse modo, podem recorrer no Processo do Trabalho: a) as partes do processo; b) o Ministério Público quando atua como parte (órgão agente) ou como fiscal da ordem jurídica (órgão interveniente), nos termos do art. 83, VI, da LC nº 75/1993; c) o terceiro juridicamente interessado.
	Podemos destacar como exemplos de terceiros que podem recorrer o sócio da empresa reclamada que foi condenada; a empresa do mesmo grupo econômico que não participou do processo; testemunha, advogado e perito quando a sentença lhes prejudicar. 
b) Capacidade do Recorrente
 
	A capacidade significa que o recorrente, além da legitimidade, deve ter capacidade para estar em juízo, que corresponde à capacidade de exercício dos direitos. Não tendo capacidade para estar em juízo, o recorrente deve estar representado ou assistido.
 
c) Interesse do Recorrente
 
	O interesse de recorrer é a relação necessária entre o bem jurídico indeferido e o benefício em tese que o recorrente teria com o deferimento.
	A doutrina tem fixado o critério da sucumbência a legitimar o interesse recursal. A sucumbência é o não atendimento, total ou parcial, da pretensão posta em juízo, ou seja: a improcedência total ou parcial dos pedidos elencados na inicial ou em eventual reconvenção.
	Pode-se sustentar que o interesse recursal compreende as hipóteses em que a parte (autor e réu) não obtém todos os benefícios que pretendia no processo, ou seja, de alguma forma foram sucumbentes, pois perderam algo no processo. 
II - Pressupostos Extrínsecos:
 
a) Recorribilidade do ato: 
 
	O ato precisa ser recorrível. Os despachos de mero expediente (art. 1.001 do CPC) e, em regra, as decisões interlocutórias não são passíveis de recurso (art. 893, §1º da CLT).
 
b) Adequação do recurso: 
 
	O recorrente deve se utilizar do recurso próprio e adequado para impugnar aquele ato.
 
c) Inexistência de fato impeditivo ou extintivo:
 
	Trata-se de pressuposto recursal negativo. Vale dizer, para que o recurso possa ser apreciado no mérito, não podem existir certos fatos impeditivos ou extintivos do direito ao recurso, quais sejam, a desistência, a aquiescência quanto à decisão e a renúncia ao direito de recorrer.
Nesse enfoque, não pode ter havido a desistência do recurso. Essa desistência ocorre quando o recurso já foi interposto.
	O art. 998 do CPC dispõe que o recorrente pode, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso.
	Ademais, a parte pode expressamente renunciar ao direito de recorrer, independentemente de aceitação da parte contrária, a teor do art. 999 do CPC.
	Não terá interesse em recorrer a parte que aceita a decisão expressa ou tacitamente, podendo ser esta total ou parcial. 
	A aceitação expressa se dá por termo nos autos. A aceitação tácita se configura quando a parte vencida pratica atos inequívocos que são incompatíveis com a vontade de recorrer. No processo do trabalho, são exemplos de aceita tácita da decisão: a) pagamento da condenação; b) a reintegração do empregado espontaneamente quando não concedida antecipação de tutela na sentença.
	
d) Tempestividade: 
 
	O processo do trabalho é pautado pelo princípio da unicidade dos prazos, ou seja, estes em regra são de 8 dias (art. 6º, Lei 5584/70), podendo-se destacar como exceções os embargos de declaração (5 dias), pedido de revisão (48 horas), recurso extraordinário (15 dias) e o agravo regimental (o prazo deste é definido no Regimento Interno do Tribunal).
	Os litisconsortes com procuradores diferentes não possuem prazo em dobro pra recorrer (OJ 310, SDI-I, TST).
	Os prazos para Fazenda Pública e do MPT são em dobro para recorrer, inclusive para opor embargos de declaração (OJ nº 192, da SDI-I do TST e arts. 180 e 183 do CPC/15). 
	Incumbe à parte comprovar, quando da interposição do recurso, a existência de feriado local e de dia útil em que não haja expediente forense (Súmula nº 385, do TST). 
e) Preparo
 
e.1) Depósito Recursal: 
 
	O depósito recursal possui natureza de garantia do juízo, portanto, só é realizado pelo reclamado e se este for empregador (empregado não realiza depósito recursal).
	se for improcedente, extinto sem julg, quem paga é o reclamante, salvo J. gratuita. 
	se for procedente ou em parte, quem paga e o reclamado 
	
Os recursos que exigem o depósito recursal são: recurso ordinário, recurso de revista, embargos ao TST, e recurso ordinário em ação rescisória.
	Os tetos são estabelecidos pelo TST a partir de 1° de agosto de cada ano, sendo que a partir de 01 de agosto deste ano estes passaram a ser de R$ 12.665,14 para o recurso ordinário. Nos casos de recurso de revista, embargos ao TST e recurso ordinário em ação rescisória, o valor é de R$ 25.330,28. 
	O prazo para efetuar o depósito recursal corresponde ao mesmo prazo do recurso, ou seja, 8 dias. A Súmula nº 245 do TST assevera que eventual interposição antecipada do recurso não prejudica a dilação legal, ou seja, a interposição do recurso, no terceiro dia do prazo, por exemplo, não impede a realização e comprovação do depósito até o oitavo dia do prazo.
Seguem hipóteses em que o depósito recursal é inexigível:
a) o depósito recursal só será exigível quando houver condenação em pecúnia (Súmula nº 161, do TST);
b) a massa falida é isenta do depósito, bem como do recolhimento das custas processuais. Tal vantagem, entretanto, não se aplica às empresas em liquidação extrajudicial (Súmula nº 86 do TST);
c) a União os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações públicas que não explorem atividade econômica estão dispensadas da realização de depósito recursal (Art. 1º, IV, do Decreto-Lei nº 779/69).
 Recentemente Supremo Tribunal Federal editou o Tema 679 de Repercussão Geral, entendendo pela impossibilidade de se exigir depósito recursal em sede de recurso extraordinário, verbis:
"Surge incompatível com a Constituição Federal exigência de depósito prévio como condição de admissibilidade do recurso extraordinário, no que não recepcionada aprevisão constante do § 1º do artigo 899 da Consolidação das Leis do Trabalho, sendo inconstitucional a contida na cabeça do artigo 40 da Lei nº 8.177 e, por arrastamento, no inciso II da Instrução Normativa nº 3/1993 do Tribunal Superior do Trabalho". 
Na sentença ilíquida, o juiz arbitrará valor provisório à condenação e é a partir deste que será calculado o depósito recursal, bem como, o valor das custas processuais. 
	O valor do recolhimento deve ser exato, ou superior ao devido, eis que qualquer diferença a menor, ensejará na deserção do recurso se, concedido o prazo de 5 (cinco) dias previsto no §2º do art. 1.007 do CPC de 2015, o recorrente não complementar e comprovar o valor devido (OJ nº 140, da SDI-I). 
	O art.899, §§4º, 9º, 10 e 11, da CLT, com a redação dada pela Lei nº 13.467/2017, inseriu novas regras quantos ao depósito recursal:
	Art. 899, §4º da CLT: “O depósito recursal será feito em conta vinculada ao juízo e corrigido com os mesmos índices da poupança.
	Art. 899, §9º da CLT: O valor do depósito recursal será reduzido pela metade para entidades sem fins lucrativos, empregadores domésticos, microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte.
	Art. 899, §10º da CLT: São isentos do depósito recursal os beneficiários da justiça gratuita, as entidades filantrópicas e as empresas em recuperação judicial.
	Art. 899, §11 da CLT: O depósito recursal poderá ser substituído por fiança bancária ou seguro garantia judicial.”
e.2) Custas: 
	Nas ações que versem acerca da relação de emprego, as custas serão recolhidas pela parte vencida. O vencido é o reclamante nas hipóteses de improcedência dos pedidos e o reclamado, quando este for sucumbente, ainda que parcialmente.
	O valor das custas processuais corresponde a 2% do valor da condenação ou, na ausência deste, 2% do valor da causa (art. 789, CLT).
	As custas serão recolhidas pela parte vencida, que se recorrer, deverá recolhê-las no prazo do recurso (8 dias) e se não recorrer, deverá recolhê-las após o trânsito em julgado (Art. 789, § 1º, CLT), sendo este realizado por meio de Guia GRU.
	Em caso de acordo entre as partes, as custas serão rateadas, salvo se as partes dispuserem de forma diversa (art. 789, § 3º, CLT). A extinção do processo sem resolução de mérito gerará ao reclamante a obrigação de recolher custas.
De acordo com o artigo 790-A da CLT, são isentos do recolhimento de custas:
	• os beneficiários da justiça gratuita;
	• União, Estados, Municípios, DF e respectivas autarquias e fundações públicas que não exerçam atividade econômica. Entretanto, não estão dispensadas de reembolsar as despesas realizadas pela parte vencedora;
	• o MPT;
	• a massa falida também é isenta do recolhimento de custas (Súmula nº 86, TST).
	No dissídio coletivo, as partes vencidas responderão solidariamente pelo recolhimento das custas calculadas pelo presidente do Tribunal ou arbitrada na decisão, a teor do art. 789, § 4°, CLT.
	Em se tratando de empregado que tenha recebido o benefício da justiça gratuita, ou isenção de custas, o sindicato que houver intervindo no processo responderá solidariamente pelo pagamento das custas devidas (art.790, § 1°, CLT).
	Em caso de recolhimento insuficiente das custas processuais, somente haverá deserção do recurso se, concedido o prazo de 5 (cinco) dias previsto no § 2º do art. 1.007 do CPC de 2015, o recorrente não complementar e comprovar o valor devido (OJ nº 140 da SDI-I do TST).
De acordo com o artigo 790-A da CLT, são isentos do recolhimento de custas:
	• os beneficiários da justiça gratuita;
	• União, Estados, Municípios, DF e respectivas autarquias e fundações públicas que não exerçam atividade econômica. Entretanto, não estão dispensadas de reembolsar as despesas realizadas pela parte vencedora;
	• o MPT;
	• a massa falida também é isenta do recolhimento de custas (Súmula nº 86, TST).
	No dissídio coletivo, as partes vencidas responderão solidariamente pelo recolhimento das custas calculadas pelo presidente do Tribunal ou arbitrada na decisão, a teor do art. 789, § 4°, CLT.
	Em se tratando de empregado que tenha recebido o benefício da justiça gratuita, ou isenção de custas, o sindicato que houver intervindo no processo responderá solidariamente pelo pagamento das custas devidas (art.790, § 1°, CLT).
	Em caso de recolhimento insuficiente das custas processuais, somente haverá deserção do recurso se, concedido o prazo de 5 (cinco) dias previsto no § 2º do art. 1.007 do CPC de 2015, o recorrente não complementar e comprovar o valor devido (OJ nº 140 da SDI-I do TST).
A CLT não possuía um “teto máximo” para as custas, tendo sido o mesmo introduzido pela Lei nº 13.467/2017 quando da modificação do art. 789, caput, da CLT:
	“Art. 789. Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas ações e procedimentos de competência da Justiça do Trabalho, bem como nas demandas propostas perante a Justiça Estadual, no exercício da jurisdição trabalhista, as custas relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 2% (dois por cento), observado o mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos) e o máximo de quatro vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social”.
f) Regularidade Formal: 
 
	A regularidade formal consiste na necessidade de que o recurso interposto atenda a determinados requisitos formais.
Dialeticidade (Tese x Antítese) 
	1 corrente defende que não precisa de dialeticidade 899 clt
2 corrente defende a dialeticidade por recurso ser um debate 1010 
	Existem aspectos formais exigidos a todos os recursos, como é o caso da motivação e da assinatura do recurso. 
	Há, ainda, requisitos que apenas são exigidos em determinados recursos. No processo do trabalho temos, por exemplo, o agravo de petição em que se tem necessidade de que o recorrente delimite, justificadamente, as matérias e os valores impugnados (art. 897, §1º da CLT).
 O art. 899 da CLT estabelece que os recursos trabalhistas serão interpostos por simples O art. 899 da CLT estabelece que os recursos trabalhistas serão interpostos por simples petição.
 Por sua vez, o art. 1.010 do CPC/15 declina o seguinte, verbis:
 Art. 1.010. A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá:
	I - os nomes e a qualificação das partes;
	II - a exposição do fato e do direito;
	III - as razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade;
	IV - o pedido de nova decisão.
A partir disso, tem-se que há colidência entre os dois dispositivos, uma vez que o art. 899 da CLT afasta a necessidade de motivação do recurso, enquanto que o art. 1.010, II e III do CPC/15 exige tal motivação. Diante disso, a doutrina e a jurisprudência discutem se os recursos trabalhistas se submetem ao dever de motivação.
 No que toca aos recursos de natureza extraordinária que exigem pressupostos específicos como, por exemplo, o prequestionamento e a demonstração de divergência jurisprudencial, a doutrina e a jurisprudência não divergem, exigindo que as partes devem apresentar detalhadamente os fundamentos que embasam a pretensão recursal.
	Adotando este entendimento é o item I da Súmula nº 422 do TST, verbis:
“I – Não se conhece de recurso para o Tribunal Superior do Trabalho se as razões do recorrente não impugnam os fundamentos da decisão recorrida, nos termos em que proferida”.
Aula em: 01/04/2024 	
g) Representação
 
	Na Justiça do Trabalho, nas relações de emprego, é possível que empregado e empregador demandem independente de advogado perante as varas do trabalho e TRT’s (ius postulandi), caso em que não precisarão juntar procuração. Entretanto, se optarem pela contratação terá o dever de juntar procuração.
	Entretanto, mesmo sem a juntada da procuração, a representação estará regularizada se evidenciada a procuração apud acta e no mandato tácito, estando este último previsto expressamente no art.791, §3º da CLT.
	Vale ressaltar que é possível requerer prazo para posterior juntada de procuração em fase recursal, nos termos da Súmula nº 383 do TST:
	I – É inadmissívelrecurso firmado por advogado sem procuração juntada aos autos até o momento da sua interposição, salvo mandato tácito. Em caráter excepcional (art. 104 do CPC de 2015), admite-se que o advogado, independentemente de intimação, exiba a procuração no prazo de 5 (cinco) dias após a interposição do recurso, prorrogável por igual período mediante despacho do juiz. Caso não a exiba, considera-se ineficaz o ato praticado e não se conhece do recurso.
II – Verificada a irregularidade de representação da parte em fase recursal, em procuração ou substabelecimento já constante dos autos, o relator ou o órgão competente para julgamento do recurso designará prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado o vício. Descumprida a determinação, o relator não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente, ou determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido (art. 76, § 2º, do CPC de 2015).
	Efeitos dos Recursos
	Analisaremos a seguir os principais efeitos dos recursos trabalhistas.
a) Efeito Devolutivo
 
	O efeito devolutivo significa devolver ao Tribunal a jurisdição para apreciação do recurso. Em verdade, o termo “devolutivo” vem da época em que a jurisdição pertencia ao Rei, que delegava aos seus prepostos e, quando havia alguma reclamação por parte dos súditos, a jurisdição era devolvida ao Rei e, dessa forma, ficou consagrada a expressão efeito devolutivo do recurso.
	O efeito devolutivo do recurso transfere ao Tribunal o julgamento de determinado recurso, mas nos limites das razões do recorrente. O processo não é devolvido ao Tribunal, pois, se existe uma determinada propriedade do processo, esta pertence ao primeiro grau de jurisdição, pois é lá que o processo começa e termina.
	Segundo a doutrina, todos os recursos têm efeito devolutivo no sentido de transferir a outro órgão hierarquicamente superior ao que prolatou a decisão a reapreciação da matéria que fora objeto de impugnação.
 
Desse modo, a doutrina costuma classificar os limites do efeito devolutivo da apelação em: a) extensão ou horizontal; e b) vertical ou de profundidade.
	No aspecto horizontal ou de extensão, é necessário aquilatar se a decisão do Tribunal abrangerá a mesma qualidade de matérias apreciadas pela sentença de origem, estando prevista no art. 1.013, caput, do CPC.
	Quanto ao aspecto vertical, analisa-se se o Tribunal pode examinar se todas as questões enfrentadas pela sentença podem ou não ser reapreciadas pelo Tribunal. Como destaca Barbosa Moreira, “hão de ser examinadas questões que o órgão a quo, embora pudesse ou devesse apreciar, de fato não examinou”.
	O aspecto vertical do efeito devolutivo encontra-se disciplinado no art. 1.013, §§1º e 2º do CPC, podendo-se citar, por exemplo, se a defesa tiver dois fundamentos a (ônus da prova do Reclamante) e b (ausência de previsão legal), e a sentença acolher o fundamento a, o fundamento b será transferido ao Tribunal em razão do efeito devolutivo da apelação. 
b) Efeito Translativo
 
	A doutrina costuma denominar o efeito translativo da apelação ou do recurso ordinário trabalhista como sendo a possibilidade de o Tribunal conhecer de matérias não invocadas pelo recorrente no corpo do recurso.
	As preliminares são as defesas de natureza processual que visam a extinção da relação jurídico-processual sem resolução do mérito; também chamadas pela doutrina de exceções peremptórias ou defesas indiretas de cunho processual.
	As matérias preliminares estão previstas no art. 337 do CPC, verbis:
 
“I - inexistência ou nulidade da citação; II - incompetência absoluta e relativa; III - incorreção do valor da causa; IV - inépcia da petição inicial; V - perempção; VI - litispendência; VII - coisa julgada; VIII - conexão; IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; X - convenção de arbitragem; XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual; XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça”.
c) Efeito Suspensivo
 
	O efeito suspensivo do recurso suspende a eficácia da decisão enquanto não for julgado o recurso em face dela interposto.
	No Processo do Trabalho, os recursos, como regra geral, não tem efeito suspensivo, sendo assim a sentença trabalhista pode ser executada provisoriamente, conforme previsão do art. 899 da CLT.
	Entretanto, é possível requerimento dirigido ao tribunal, relator ou ao presidente, para a obtenção de efeito suspensivo ao recurso, aplicando-se o art. 1.029, §5º, I, II e III do CPC, verbis:
“I – ao tribunal superior respectivo, no período compreendido entre a publicação da decisão de admissão do recurso e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-lo; II - ao relator, se já distribuído o recurso; III – ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, no período compreendido entre a interposição do recurso e a publicação da decisão de admissão do recurso, assim como no caso de o recurso ter sido sobrestado, nos termos do art. 1037”.
No mesmo sentido é Súmula nº 414, I do TST:
 
“I – A tutela provisória concedida na sentença não comporta impugnação pela via do mandado de segurança, por ser impugnável mediante recurso ordinário. É admissível a obtenção de efeito suspensivo ao recurso ordinário mediante requerimento dirigido ao tribunal, ao relator ou ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, por aplicação subsidiária ao processo do trabalho do artigo 1.029, § 5º, do CPC de 2015”.
 
 
		
			
 	 
Temas da aula:
	Recursos em espécie:
Recurso Ordinário:
1. Conceito
	Mauro Schiavi conceitua recurso ordinário como sendo a medida cabível em face de sentença de primeiro grau, proferida pela Vara do Trabalho, seja de mérito ou não. Quando a sentença é de mérito, diz a doutrina que ela é definitiva, e quando não aprecia o mérito, recebe a denominação terminativa.
 
2. Amparo Legal
 
	O recurso ordinário possui amparo legal no art. 895 da CLT. Contudo, aplicam-se as normas do Código de Processo Civil, desde que compatíveis com o processo do trabalho, a teor do art. 769 da CLT.
3. Hipóteses de Cabimento
 Nos termos do art. 895, I e II da CLT, cabe recurso ordinário:
 
a) I - das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias (art.895, I, CLT);
Neste caso, o recurso ordinário é composto por folha de rosto (folha de interposição ou peça de interposição), dirigida ao juiz que proferiu a decisão, e pelas folhas de razões, endereçadas ao TRT.
b) II - das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos.
Neste caso, a folha de rosto é dirigida ao Presidente do Tribunal Regional do Trabalho, enquanto que a folha de razões para o Tribunal Superior do Trabalho.
4. Ação Rescisória: 
 
	Caso se tenha uma sentença eivada de vício de rescindibilidade, a ação rescisória deverá ser dirigida ao Tribunal Regional do Trabalho. Contudo, caso a decisão a ser rescindida seja proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho (acórdão), a competência será deste. Por fim, se o acórdão a ser desconstituído tiver sido proferido pelo Tribunal Superior do Trabalho, a competência para processar e julgar a ação rescisória será do próprio TST.
	Neste sentido, é o entendimento da Súmula nº 158 do TST:
 “Da decisão do Tribunal Regional do Trabalho, em ação rescisória, cabível é o recurso ordinário para o Tribunal Superior do Trabalho, em face da organização judiciária trabalhista”.
			 
5. Recurso Ordinário no Procedimento Sumaríssimo
 
 No que Procedimento Sumaríssimo temos regra específica no art. 895, §1º, II a IV e §2º da CLT:
§ 1º - Nas reclamações sujeitas ao procedimento sumaríssimo, o recurso ordinário: 
II - será imediatamente distribuído, uma vez recebido no Tribunal, devendo o relator liberá-lo no prazo máximo de dez dias, e a Secretaria do Tribunal ou Turma colocá-loimediatamente em pauta para julgamento, sem revisor; 
III - terá parecer oral do representante do Ministério Público presente à sessão de julgamento, se este entender necessário o parecer, com registro na certidão; 
IV - terá acórdão consistente unicamente na certidão de julgamento, com a indicação suficiente do processo e parte dispositiva, e das razões de decidir do voto prevalente. Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a certidão de julgamento, registrando tal circunstância, servirá de acórdão. 
§ 2º Os Tribunais Regionais, divididos em Turmas, poderão designar Turma para o julgamento dos recursos ordinários interpostos das sentenças prolatadas nas demandas sujeitas ao procedimento sumaríssimo. 
5.1. Mandado de Segurança: 
 
 No que tange ao Mandado de Segurança, deve-se observar o disposto no art.114, III e IV da Constituição Federal:
 Art. 114, CRFB. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:
 (...)
 III. as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;
 IV. os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição;
 (...)
Súmula nº 201 do TST: “Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho em mandado de segurança cabe recurso ordinário, no prazo de oito (8) dias, para o Tribunal Superior do Trabalho, correspondendo igual dilação para o recorrido e interessados apresentarem razões de contrariedade”.
 A competência para processar e julgar o mandado de segurança dependerá da autoridade coatora, conforme exposto no quadro a seguir:
Agravo de Instrumento:
1. Introdução
 
	Assevera o art. 897 da CLT:
 
	“Art. 897 - Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias: 
	b) de instrumento, dos despachos que denegarem a interposição de recursos”. 
 2. Amparo Legal
 
	O agravo de instrumento é regulado pelos arts. 897, b e §§2º, 4º, 5º, 6º e 7º e 899, §§7º e 8º da CLT.	
3. Preparo
 
	É cediço que o texto original do art.899 da CLT não exigia o depósito recursal para a interposição do agravo de instrumento.
	Em 29 de junho de 2010, a Lei nº 12.275 incluiu no dito artigo o §7º, que exige no ato de interposição do agravo de instrumento o depósito da quantia correspondente a 50% (cinquenta por cento) do valor do depósito do recurso que visa a destrancar.
	A ratio essendi da dita alteração foi desestimular a interposição de índole protelatória de recursos, haja vista a existência de alto índice de agravos de instrumento no TST. 
 Atualmente, o agravo não está sujeito a pagamento das custas, mas está sujeito ao depósito recursal, a cargo do reclamado, ou do tomador dos serviços, quando há condenação em pecúnia, nos termos do art. 899, §7º da CLT, in verbis:
 “No ato de interposição do agravo de instrumento, o depósito recursal corresponderá a 50% (cinquenta por cento) do valor do depósito do recurso ao qual se pretende destrancar”. 
Assim dispõe o art. 899, §8º da CLT:
 
“Quando o agravo de instrumento tem a finalidade de destrancar recurso de revista que se insurge contra decisão que contraria a jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho, consubstanciada nas suas súmulas ou em orientação jurisprudencial, não haverá obrigatoriedade de se efetuar o depósito referido no § 7o deste artigo”. 
 Nos termos do citado dispositivo legal, quando o Agravo de Instrumento tiver apenas a finalidade de destrancar Recurso de Revista contra decisão que contrariar Súmula do TST, ou Orientação Jurisprudencial, não haverá necessidade do recolhimento do valor de 50% do valor do depósito do recurso de revista. Se o Agravo de Instrumento tiver outros fundamentos, além desses, há necessidade do depósito, não se aplicando, aqui, o princípio da fungibilidade.
4. Hipótese de Cabimento: 
 O agravo de instrumento é cabível somente nos despachos que denegarem a interposição de recurso, a teor do art.897, “b” da CLT.
 A partir disso, entende-se que o agravo de instrumento poderá ser interposto em face das “decisões que denegarem seguimento a”: 
	- recurso ordinário; 
	- recurso de revista 
	- recurso extraordinário; 
	- adesivo;
	- agravo de petição. 
 5. Documentos Obrigatórios para a formação do Instrumento
 
	O art.897, § 5º da CLT prevê os documentos obrigatórios que formarão o instrumento do agravo, cujo objetivo é possibilitar o imediato julgamento do recurso principal, caso haja provimento do agravo:
 	Documentos Obrigatórios:
	- procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado; 
	- petição inicial; 
	- contestação; 
	- decisão originária; 
	- cópias da decisão agravada; 
	- certidão da respectiva intimação;
- comprovante do recolhimento das custas e do depósito recursal a que se refere o § 7° do art. 899 da Consolidação. (redação dada pela Lei 12.275/2010). 
 	Documentos Facultativos: outras peças que o agravante reputar úteis ao deslinde da matéria de mérito controvertida.
 
Embargos de Declaração: 
1. Conceito e Natureza Jurídica
 
	Os embargos de declaração constituem medida recursal destinada a retirar do julgado eventuais omissões, contradições ou obscuridades, complementando e aperfeiçoando a prestação jurisdicional.
	Ainda há discussões sobre a natureza jurídica dos embargos de declaração, se têm natureza jurídica de recurso ou de requerimento de complementação da prestação jurisdicional.
	OBS: FUNDAMENTAÇÃO: 
A RESPEITÁVEL SENTENÇA JULGOU PROCEDENTE O PEDIDO DE HORAS EXTRAS, FUNDANDO-SE NA PROVA ORAL PRODUZIDA. 
	
	NO ENTANTO, ENCONTRA-SE CONTRADITÓRIA, UMA VEZ QUE NA FUNDAMENTAÇÃO, AFIRMOU QUE O RECLAMANTE NÃO ULTRAPASSAVA O LIMITE DE 8 HORAS DIÁRIAS E 44 SEMANAIS E CONDENOU A EMBARGANTE AO PAGAMENTO DE HORAS EXTRAS. 
	LOGO, REQUER SEJA DIRIMIDA A CONTRADIÇÃO ASSIM EXPOSTA
 
2. Amparo Legal
 
	Em relação aos embargos de declaração aplicam-se os arts.897-A da CLT e 1.022 do CPC (aplicado subsidiariamente ao processo do trabalho ante ao disposto no art.769 da CLT). 
3. Prazo
 
	O prazo para a oposição dos embargos de declaração é de 5 (cinco) dias (art. 897-A, CLT). 
	Entretanto, os entes públicos que não exploram a atividade econômica possuem prazo em dobro para a interposição de recurso, a teor do art.1º, III do Decreto-Lei nº 779/69.
	Assim, tendo em vista o caráter recursal dos embargos, dispõe a Orientação Jurisprudencial nº 192 da SDI-I do TST que é em dobro o prazo para a oposição de Embargos Declaratórios por pessoa jurídica de Direito Público.
4. Preparo
 
	Os embargos de declaração não se submetem a preparo recursal. 
5. Hipóteses de Cabimento
 Conjugando-se o art. 1022 do CPC em cotejo com o art. 897-A da CLT, os embargos de declaração são cabíveis no Processo do Trabalho nas seguintes hipóteses da sentença ou acórdão
a) omissão: é a falta de apreciação de algo. A omissão típica configura-se na sentença citra petita em que a sentença não aprecia um ou mais pedidos.
b) contradição: é o conflito entre duas proposições, a atual e a anterior, como, por exemplo, a sentença diz que o reclamante não ultrapassava o limite de 8 horas diárias e 44 semanais, mas condena no pagamento de horas extras.
c) obscuridade: é a falta de clareza, a proposição contida na sentença é de difícil compressão. 
d) manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos do recurso (art. 897-A da CLT). 
e) erro material: embora os erros materiais possam ser corrigidos de ofício pelo juiz ou até mediante simples petição, os embargos de declaração também são admissíveis para tal hipótese.
f) decisões extra, ultra e citra petita: As decisões citra petita são passíveis da oposição de embargos de declaração ante a configuração de omissão. As decisões extra petita e ultra petita podem ser corrigidas por meio dos embargos de declaração, uma vez que em tal situação a decisão apresenta obscuridade e também contradição, com o princípio da congruência da inicial.
g) prequestionamento – nos termos das Súmulas nº 184 e 297 do TST. 
6. Efeitos
 
	A oposição de embargos de declaração interrompe o prazo para interposição de outrosrecursos para ambas as partes, reiniciando-se a contagem dos prazos recursais a partir da publicação da decisão de embargos.
	Tal efeito passou a ser previsto expressamente no texto consolidado com a edição da Lei nº 13.015, de 21 de julho de 2014, com a inclusão do §3º no art.897-A da CLT.
7. Prequestionamento mediante a oposição de Embargos de Declaração
O prequestionamento é um pressuposto de admissibilidade exclusivo dos recursos de natureza extraordinária, quais sejam, recurso de revista, embargos ao TST e recursos extraordinário e especial. 
 Manoel Antônio Teixeira Filho aduz que “o vocábulo prequestionamento não se encontra dicionarizado, esse neologismo significa na terminologia processual, o ato de discutir-se, de, ventilar-se de questionar-se, de maneira prévia, perante o órgão a quo, determinada matéria ou tema, a fim de que o tribunal ad quem os possa reexaminar, em grau de recurso de natureza extraordinária (usada a expressão, aqui, em contraposição ao recurso ordinário)”.
Em outro momento o mesmo autor preleciona que “a exigência de que a parte interessada ventile a questão, no âmbito do juízo emissor do acórdão a ser impugnado mediante recurso de natureza extraordinária, decorre, em tese, da necessidade de o órgão ad quem poder, em face disso, subsumir o tema à moldura legal, e, em consequência, formular sobre o mesmo um juízo de valor”. 
 Na jurisprudência consolidada do Tribunal Superior do Trabalho, destacam-se Súmulas nº 184 e 297, verbis:
 “Súmula 184, TST. Ocorre preclusão quando não forem opostos embargos declaratórios para suprir omissão apontada em recurso de revista ou de embargos”.
Em outro momento o mesmo autor preleciona que “a exigência de que a parte interessada ventile a questão, no âmbito do juízo emissor do acórdão a ser impugnado mediante recurso de natureza extraordinária, decorre, em tese, da necessidade de o órgão ad quem poder, em face disso, subsumir o tema à moldura legal, e, em consequência, formular sobre o mesmo um juízo de valor”. 
 Na jurisprudência consolidada do Tribunal Superior do Trabalho, destacam-se Súmulas nº 184 e 297, verbis:
 “Súmula 184, TST. Ocorre preclusão quando não forem opostos embargos declaratórios para suprir omissão apontada em recurso de revista ou de embargos”.
 “Súmula 297, TST. I - Diz-se prequestionada a matéria ou questão quando na decisão impugnada haja sido adotada, explicitamente, tese a respeito. 
 II - Incumbe à parte interessada, desde que a matéria haja sido invocada no recurso principal, opor embargos declaratórios objetivando o pronunciamento sobre o tema, sob pena de preclusão.
 III - Considera-se prequestionada a questão jurídica invocada no recurso principal sobre a qual se omite o Tribunal de pronunciar tese, não obstante opostos embargos de declaração”. 
 
 É em dobro o prazo para a interposição de Embargos Declaratórios por pessoa jurídica de Direito Público.
 Recomenda-se também a leitura das orientações jurisprudenciais do TST: OJ nº 62, 118, 119, 256 da SDI-I do TST.
“Súmula 297, TST. I - Diz-se prequestionada a matéria ou questão quando na decisão impugnada haja sido adotada, explicitamente, tese a respeito. 
 II - Incumbe à parte interessada, desde que a matéria haja sido invocada no recurso principal, opor embargos declaratórios objetivando o pronunciamento sobre o tema, sob pena de preclusão.
 III - Considera-se prequestionada a questão jurídica invocada no recurso principal sobre a qual se omite o Tribunal de pronunciar tese, não obstante opostos embargos de declaração”. 
 
 É em dobro o prazo para a interposição de Embargos Declaratórios por pessoa jurídica de Direito Público.
 Recomenda-se também a leitura das orientações jurisprudenciais do TST: OJ nº 62, 118, 119, 256 da SDI-I do TST.
 
Recurso Adesivo
1. Conceito
 
O Recurso Adesivo não se trata de uma espécie autônoma de recurso, mas sim uma forma diferenciada de interposição de recurso.
 
2. Amparo Legal 
 
	O Recurso Adesivo encontra-se previsto no art. 997, §2º do CPC e Súmula nº 283 do TST.
 
3. Requisitos de Admissibilidade
 
	Nos termos do art.997, §2º do CPC aplicam-se ao Recurso Adesivo as mesmas regras deste quanto aos requisitos de admissibilidade e julgamento no tribunal, incluindo-se o preparo.
4. Hipóteses de Cabimento
 
	A Súmula nº 283 do TST dispõe que o recurso adesivo é compatível com o processo do trabalho, onde cabe, no prazo de 8 dias, nas seguintes hipóteses:
a) recurso ordinário;
b) agravo de petição;
c) recurso de revista;
d) embargos.
	Recurso de Revista
1. Introdução
 
	Os recursos, quanto à natureza, classificam-se em recursos de natureza ordinária ou extraordinária. 
 O primeiro deles pretende a tutela do direito subjetivo (fatos, provas, direito), revisando a decisão anterior. São exemplos de recursos de natureza ordinária, o recurso ordinário, agravo de petição e os embargos infringentes. 
 Em contrapartida, os recursos de natureza extraordinária almejam a tutela do direito objetivo e a uniformização da jurisprudência, versando apenas matéria de direito, sendo vedado o reexame de fatos e provas, a teor da Súmula nº 126 do TST. São exemplos de recurso de natureza extraordinária, o recurso de revista, os embargos de divergência e os recursos extraordinário e especial. 
 ORIGINÁRIA DO TST NÃO ADMITE REVISTA 
1. Hipóteses de Cabimento
 
	O art. 896 da CLT estabelece que cabe recurso de revista das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando:
a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver dado outro Tribunal Regional do Trabalho, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou contrariarem súmula de jurisprudência uniforme dessa Corte ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal; 
		DIVERGẼNCIA > DIVERGÊNCIA > VIOLAÇÃO
b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória em área territorial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida, interpretação divergente, na forma da alínea a; 
c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à Constituição Federal.
2. Pressupostos de Admissibilidade
 Os recursos devem preencher os pressupostos recursais para que possam ser conhecidos, de maneira que a doutrina majoritária os divide em:
 
	pressupostos intrínsecos: cabimento, legitimidade, interesse e inexistência de fatos impeditivos ou extintivos do direito de recorrer;
	pressupostos extrínsecos: tempestividade, representação, custas processuais, depósito recursal e regularidade formal.
	Além destes, a doutrina também defende a existência de pressupostos específicos, que no caso do recurso de revista são: 1) o prequestionamento; 2) divergência jurisprudencial; 3) a violação de lei federal ou da Constituição Federal; 4) a transcendência.
2.1. Prequestionamento 
 O prequestionamento é um pressuposto de admissibilidade exclusivo dos recursos de natureza extraordinária, quais sejam, recurso de revista, embargos ao TST (embargos de divergência) e recursos extraordinário e especial. 
 Nos recursos de natureza extraordinária, o prequestionamento é um pressuposto de admissibilidade, sendo exigido inclusive nas hipóteses de matéria de ordem pública, como se extrai da OJ nº 62 da SDI-I do TST.
 Aplicam-se as Súmulas nº 184 e 297 do TST. 
2.2. Transcendência
 
	Diz o art. 896-A da CLT, com a redação dada pela Lei nº 13.467/2017:
 Art.896-A - O Tribunal Superior do Trabalho, no recurso de revista, examinará previamente se a causa oferece transcendência com relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica. 
	§ 1o São indicadores de transcendência, entre outros: 
	I - econômica, o elevado valor da causa; 
II - política, o desrespeito da instância recorrida à jurisprudência sumulada do Tribunal Superior do Trabalho ou doSupremo Tribunal Federal; NOS CASOS DE DESRESPEITO POLÍTICO JUDICIÁRIA DO MAGISTRADO, QUE DESRESPEITOU. 
III - social, a postulação, por reclamante-recorrente, de direito social constitucionalmente assegurado; ART 7 DA CF 
IV - jurídica, a existência de questão nova em torno da interpretação da legislação trabalhista. 
§ 2o Poderá o relator, monocraticamente, denegar seguimento ao recurso de revista que não demonstrar transcendência, cabendo agravo desta decisão para o colegiado. 
 
§ 3o Em relação ao recurso que o relator considerou não ter transcendência, o recorrente poderá realizar sustentação oral sobre a questão da transcendência, durante cinco minutos em sessão. 
§ 4o Mantido o voto do relator quanto à não transcendência do recurso, será lavrado acórdão com fundamentação sucinta, que constituirá decisão irrecorrível no âmbito do tribunal. 
 
§ 5o É irrecorrível a decisão monocrática do relator que, em agravo de instrumento em recurso de revista, considerar ausente a transcendência da matéria
	DA DECISÃO QUE NEGA RECURSO DE REVISTA, CABE AGRAVO DE INSTRUMENTO, PORÉM DAQUI É IRRECORRÍVEL. 
PORÉM O 5 É INCONSTITUCIONAL, POIS VIOLA O PRINCÍPIO DA COLEGIALIDADE. 
§ 6o O juízo de admissibilidade do recurso de revista exercido pela Presidência dos Tribunais Regionais do Trabalho limita-se à análise dos pressupostos intrínsecos e extrínsecos do apelo, não abrangendo o critério da transcendência das questões nele veiculadas. 
		Quem faz a primeira admissibilidade é o presidente, vice e corregedor 
O Recurso de Revista tem natureza extraordinária e objetivos diversos da justiça da decisão ou reapreciação do quadro probatório já discutido em segundo grau. Desse modo, a criação da transcendência não obsta o acesso a Justiça do Trabalho. Além disso, o duplo grau de jurisdição não tem assento constitucional, cumprindo a lei estabelecer os pressupostos e requisitos dos recursos.
	A transcendência funciona como um filtro para o recurso de revista, a fim de impedir que certos recursos, que não tenham repercussão para a coletividade, sejam admitidos. 
	A causa para ter transcendência, deve discutir tese jurídica relevante e que transcende o interesse das partes envolvidas no processo. Sem dúvida, há certa discricionariedade em sua avaliação, mas tal é própria dos recursos de natureza extraordinária, como recurso de revista que não tem por função precípua a justiça da decisão e sim uniformizar a interpretação do direito no âmbito da competência da Justiça do Trabalho. 
2.3. Prequestionamento
 O prequestionamento é um pressuposto de admissibilidade exclusivo dos recursos de natureza extraordinária, quais sejam, recurso de revista, embargos ao TST (embargos de divergência) e recursos extraordinário e especial. 
 Nos recursos de natureza extraordinária, o prequestionamento é um pressuposto de admissibilidade, sendo exigido inclusive nas hipóteses de matéria de ordem pública, como se extrai da OJ nº 62 da SDI-I do TST.
 Aplicam-se as Súmulas nº 184 e 297 do TST. 
2.4. Recurso de Revista no procedimento sumaríssimo
 Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, o recurso de revista deverá preencher todos os pressupostos anteriormente analisados. Entretanto, ante a celeridade almejada nesse procedimento, o seu cabimento é bem mais restrito, sendo admitido o recurso de revista somente por: 
 a) contrariedade à Súmula do TST;
 b) contrariedade à Súmula Vinculante do STF; e
 c) violação direta da Constituição Federal (art.896, §9º da CLT).
2.5. Recurso de Revista na Execução
Na fase de execução, o recurso de revista será cabível apenas quando houver ofensa direta e literal de norma da Constituição Federal (art.896, §2º da CLT). Neste mesmo sentido, é a Súmula nº 266 do TST:
 
 “A admissibilidade do recurso de revista contra acórdão proferido em agravo de petição, na liquidação de sentença ou em processo incidente na execução, inclusive os embargos de terceiro, depende de demonstração inequívoca de violência direta à Constituição Federal”. 
É importante observar, porém, que a Lei nº 13.015/2014 ampliou o cabimento do recurso de revista na fase de execução em duas hipóteses: 
1- execução fiscal; 
2- controvérsias da fase de execução que envolvam a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT).
 Nesses dois casos, o recurso de revista será cabível quando:
 
	por violação à lei federal;
	divergência jurisprudencial;
	por ofensa à Constituição Federal (art.896, §10, da CLT).
 
2.6. Pressupostos Extrínsecos Específicos
 
	Destaca-se o art. 896, §1º-A da CLT:
§ 1o-A. Sob pena de não conhecimento, é ônus da parte:
I - indicar o trecho da decisão recorrida que consubstancia o prequestionamento da controvérsia objeto do recurso de revista; 
 
II - indicar, de forma explícita e fundamentada, contrariedade a dispositivo de lei, súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho que conflite com a decisão regional; 
III - expor as razões do pedido de reforma, impugnando todos os fundamentos jurídicos da decisão recorrida, inclusive mediante demonstração analítica de cada dispositivo de lei, da Constituição Federal, de súmula ou orientação jurisprudencial cuja contrariedade aponte. 
 
IV - transcrever na peça recursal, no caso de suscitar preliminar de nulidade de julgado por negativa de prestação jurisdicional, o trecho dos embargos declaratórios em que foi pedido o pronunciamento do tribunal sobre questão veiculada no recurso ordinário e o trecho da decisão regional que rejeitou os embargos quanto ao pedido, para cotejo e verificação, de plano, da ocorrência da omissão. 
2.7. Comprovação de Divergência jurisprudencial - acórdão paradigma
 
	Quando o recurso fundar-se em dissenso de julgados, incumbe ao recorrente o ônus de produzir prova da divergência jurisprudencial.
	Nesse sentido, é o art. 896, §8º da CLT:
§ 8o Quando o recurso fundar-se em dissenso de julgados, incumbe ao recorrente o ônus de produzir prova da divergência jurisprudencial, mediante certidão, cópia ou citação do repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em que houver sido publicada a decisão divergente, ou ainda pela reprodução de julgado disponível na internet, com indicação da respectiva fonte, mencionando, em qualquer caso, as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados.
Embargos no TST
1. Amparo Legal.
 
	Os Embargos ao TST encontra-se previsto no art.894 da CLT.
 
2. Embargos de Divergência:
 As hipóteses específicas de cabimento dos embargos de divergência, previstas no art. 894, II da CLT e art. 3º da Lei 7701/88, são as seguintes: 
 “Art. 894. No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no prazo de 8 (oito) dias:
	(...)
	II - das decisões das Turmas que divergirem entre si ou das decisões proferidas pela Seção de Dissídios Individuais, ou contrárias a súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal”. 
“Art. 3º, Lei 7701/88. Compete à Seção de Dissídios Individuais julgar: 
(...)
III - em última instância: 
a) os embargos das decisões das Turmas que divergirem entre si, ou das decisões proferidas pela Seção de Dissídios Individuais”; 
 
	Nos termos da Súmula nº 458 do TST, nas causas sujeitas ao rito sumaríssimo, admitem-se os embargos quando demonstrada que a divergência jurisprudencial entre Turmas do TST é fundada em interpretações diversas acerca da aplicação de mesmo dispositivo constitucional ou de matéria sumulada.
	Cabem embargos de divergência, no rito sumaríssimo, quando houver (aplicação analógica do art. 896, §9º da CLT):
	a) divergência na interpretação da Constituição Federal;
	b) confronto com Súmula do TST; ou
	c) confronto com Súmula Vinculante do STF.
Na execução, os Embargos ao TST interposto da decisão da turma do TST em sede de Recurso de Revista, é cabível em havendo divergência jurisprudencial entre Turmas ou destas e a Seção Especializada em Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho em relação à interpretaçãode dispositivo constitucional (Súmula 433, TST). 
3. Embargos Infringentes:
 
	Os embargos infringentes encontram-se previstos no art.894, I, “a”, da CLT e art.2º, II, da Lei nº 7.701/88:
 	
	“Art. 894. No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no prazo de 8 (oito) dias:
	I - de decisão não unânime de julgamento que:
	a) conciliar, julgar ou homologar conciliação em dissídios coletivos que excedam a competência territorial dos Tribunais Regionais do Trabalho e estender ou rever as sentenças normativas do Tribunal Superior do Trabalho, nos casos previstos em lei”;
“Art. 2º - Compete à seção especializada em dissídios coletivos, ou seção normativa:
	II - em última instância julgar:
	(...)
	c) os embargos infringentes interpostos contra decisão não unânime proferida em processo de dissídio coletivo de sua competência originária, salvo se a decisão atacada estiver em consonância com procedente jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho ou da Súmula de sua jurisprudência predominante”. 
3.1. Preparo
 O preparo consiste em depósito recursal, se houver ainda valores a serem recolhidos.
Agravo Regimental
REGIMENTAL x INTERNO:
1. Amparo Legal
 
	O Agravo Regimental é cabível para impugnar decisão monocrática, proferida pelo relator, isto é, juiz (desembargador), no âmbito do Tribunal Regional do Trabalho, ou por ministro, na esfera do TST, quando o processo ali está em curso.
	Nesse sentido, é o art. 236 do Regimento Interno do TRT 1ª Região:
 Art. 236. Cabe agravo regimental, oponível no prazo de oito dias, contados da intimação, contra despacho ou decisão: 
I - do Presidente do Tribunal, que concede ou nega pedido de suspensão da execução, de liminar ou de tutela provisória, nos termos da legislação;
 II - do Corregedor Regional, proferidas em correições parciais e pedidos de providências; e 
III - do Presidente de Seção Especializada, de Presidente de Turma e de relator, que concede ou denega medida liminar, tutela provisória ou tutela específica, ou que indefere inicial de ação de competência originária do Tribunal.
2. Prazo
 
	O Agravo Regimental possui o prazo estabelecido no Regimento Interno dos Tribunais Regionais do Trabalho e no Tribunal Superior do Trabalho, sendo normalmente de oito dias.
 
3. Preparo
 
	O Agravo Regimental normalmente não se encontra submetido a preparo, dependendo a existência deste no Regimento Interno. 
 
	Recurso Extraordinário
1. Hipóteses de aplicabilidade
 
	Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância (inclusive dissídios coletivos no TST), quando a decisão recorrida (art. 102, inciso III, da Constituição da República):
 
	a) contrariar dispositivo da Constituição Federal de 1988;
	b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
	c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição;
	d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.
 
	No âmbito trabalhista, o recurso extraordinário é interposto no TST, o qual examina os pressupostos recursais, processando ou negando seguimento ao recurso. Nesse último caso, é cabível agravo, visando processar o recurso.
A disciplina relativa ao recurso extraordinário é prevista no Código de Processo Civil, nos arts. 1.029 a 1.041.
	O recorrente deve demonstrar a existência da repercussão geral para apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal.
	Em 22 de maio de 2020, o STF julgou o Recurso Extraordinário (RE) 607447, fixando a seguinte tese em repercussão geral (Tema 679) em relação ao depósito recursal neste recurso: 
 
“Surge incompatível com a Constituição Federal exigência de depósito prévio como condição de admissibilidade do recurso extraordinário, no que não recepcionada a previsão constante do § 1º do artigo 899 da Consolidação das Leis do Trabalho, sendo inconstitucional a contida na cabeça do artigo 40 da Lei nº 8.177/1991 e, por arrastamento, no inciso II da Instrução Normativa nº 3/1993 do Tribunal Superior do Trabalho”.
 
A disciplina relativa ao recurso extraordinário é prevista no Código de Processo Civil, nos arts. 1.029 a 1.041.
	O recorrente deve demonstrar a existência da repercussão geral para apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal.
	Em 22 de maio de 2020, o STF julgou o Recurso Extraordinário (RE) 607447, fixando a seguinte tese em repercussão geral (Tema 679) em relação ao depósito recursal neste recurso: 
 
“Surge incompatível com a Constituição Federal exigência de depósito prévio como condição de admissibilidade do recurso extraordinário, no que não recepcionada a previsão constante do § 1º do artigo 899 da Consolidação das Leis do Trabalho, sendo inconstitucional a contida na cabeça do artigo 40 da Lei nº 8.177/1991 e, por arrastamento, no inciso II da Instrução Normativa nº 3/1993 do Tribunal Superior do Trabalho”.
PEDIDO DE REVISÃO: 
No processo do trabalho, proposta a conciliação, e não havendo acordo, antes de passar à instrução do feito, cabe ao juiz fixar o valor da causa, quando este for indeterminado (Lei 5.584/1970, art. 2º, caput).
	Esse valor fixado pelo juiz pode ser impugnado pelas partes em audiência, nas razões finais.
	Se o juiz mantiver o valor, cabe pedido de revisão ao Presidente do TRT, no prazo de 48 horas (Lei 5.584/1970, art. 2º, § 1º).
	O pedido de revisão não tem efeito suspensivo, devendo ser instruído com a petição inicial e a ata da audiência, em cópia autenticada pela Secretaria da Vara, e deve ser julgado em 48 horas, a partir do seu recebimento pelo Presidente do Tribunal Regional (Lei 5.584/1970, art. 2º, § 2º).
	Discute-se, assim, se a hipótese é de recurso sui generis ou exercício do direito de petição.
	Pode-se dizer que se trata de modalidade recursal específica, que tem como objetivo a impugnação da decisão do juiz, de natureza interlocutória, que mantém o valor da causa fixado.
 
		 Aula em: 15/04/2024: 		
	Liquidação de Sentença
Se a sentença já é líquida, eu não preciso liquidá-la, eu só atualizo o valor mais os juros.
Se a sentença é ILÍQUIDA, vai para liquidação. 
 
1. Conceito
 
 A liquidação tem como objetivo estabelecer a quantia (quantum) da dívida, isto é, o valor devido (art. 509 do CPC).
 Se o título executivo não indicar o valor devido, faz-se necessária a prévia liquidação, pois a execução pressupõe o título, o qual deve conter obrigação líquida, certa e exigível.
 Nesse sentido, nos termos do art. 783 do CPC, a execução para cobrança de crédito se funda sempre em título de obrigação certa, líquida e exigível.
 Portanto, se a obrigação contida na sentença não estiver liquidada, é necessária essa apuração prévia do valor devido.
 A liquidação, assim, é a fase que antecede a execução.
 O art. 879, caput, da CLT é expresso ao estabelecer que, se a sentença exequenda for ilíquida, “ordenar-se-á, previamente, a sua liquidação”.
2. Natureza Jurídica
 
 A liquidação, inclusive no processo do trabalho, tem natureza jurídica de mero incidente processual ou, como acima mencionado, fase que antecede a execução. Não se trata, portanto, de processo autônomo.
 Mesmo no processo civil, a liquidação de sentença, seja qual for a sua modalidade, passou a ser mero incidente processual, isto é, fase posterior à sentença e que antecede o seu cumprimento (arts. 509 a 512 do CPC).
 A liquidação apenas é aplicável na hipótese de título executivo judicial, por exemplo, quando a sentença não especificou o valor devido.
 Em se tratando de título executivo extrajudicial, por natureza, este necessariamente deve conter uma obrigação líquida, embora seja admissível a mera atualização monetária e o acréscimo de eventuais juros, o que não afeta a sua liquidez.
	TAC (MPT); TERMO DE CONCILIAÇÃO (CPP); AUTO DE INFRAÇÃO (CDA); CHEQUE / NOTA PROMISSÕRIA; 
 
3. Amparo Legal 879 S2 CLT 
 3 OPÇÕES DE LIQUIDAÇÃO, QUEM INICIA A LIQUIDAÇÃO (JUIZ QUE DECIDE COMO SERÁ FEITO) 
	1- A VARA DO TRABALHO 879 S2 CLT > DEPOIS AS PARTES EM 8 DIAS.2- PRIMEIRO AS PARTES FAZEM OS CÁLCULOS DEPOIS O SECRETÁRIO ANALISA 
	3- COMEÇA PELO RÉU > DEPOIS PRAZO DO AUTOR 8 DIAS > DEPOIS SECRETÁRIO CALCULISTA. 
	SE AS PARTES NÃO APRESENTAREM CÁLCULO, PRECLUIU. 
 A liquidação de sentença possui amparo legal no art. 879 da CLT e nos arts. 509 a 512 do CPC, de aplicação supletiva ao processo do trabalho, a teor do art. 15 do CPC.
4. Espécies de Liquidação
 
 O art.879 da CLT dispõe que se a sentença for ilíquida far-se-á necessária a sua liquidação, que poderá ser de três modalidades: cálculos, arbitramento e artigos.
4.1. Liquidação por cálculo:
 
 A liquidação por cálculo significa a apresentação de simples operações aritméticas, pois a sentença oferece todos os elementos necessários para determinar o valor condenatório. Trata-se da forma mais frequente de liquidação do processo do trabalho.
 O art.879, §1º da CLT veda a modificação ou inovação da sentença liquidanda, nem discutir matéria pertinente à causa principal.
Em se tratando de liquidação por cálculos, os cálculos de liquidação, inclusive quanto a contribuição previdenciária (art. 879, § 1º-A, CLT), poderão ser apresentados pelas partes ou pelos órgãos auxiliares da Justiça do Trabalho, a critério do juiz (art. 879, § 3°), que, preferencialmente, deverá intimar as partes para a apresentá-lo (art. 879, § 1°-B, CLT).
 Após a apresentação dos cálculos, nos termos do art.879, §2º da CLT, com a redação dada pela Lei nº 13.467/2017, o juiz deverá abrir às partes prazo comum de 8 (oito) dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da discordância, sob pena de preclusão.
 Em seguida, a União será intimada para se manifestar, no prazo de 10 dias, em relação às contribuições previdenciárias, sob pena de preclusão (art.879, §3º da CLT).
 Após o retorno, os autos serão conclusos para apreciação dos cálculos pelo juiz, que em seguida proferirá sentença de liquidação. Em sendo proferida esta, será expedido mandado de citação e penhora, a ser cumprido por oficial de justiça (art. 880, §2º, CLT), para que o Executado pague ou garanta o juízo, no prazo de 48 horas. Para tanto, o Executado poderá depositar o valor da execução ou nomear bens à penhora.
 
4.2 Liquidação por arbitramento:
 
 A liquidação por arbitramento consiste na realização de exame pericial, de pessoas ou coisas, com a finalidade de apurar o quantum debeatur (quantia) a ser adimplida pelo devedor, ou, em determinados casos, de individualizar, com precisão, o objeto da condenação.
 Aplicam-se os arts. 509, I e 510 do CPC/15, ante a omissão na CLT e a compatibilidade com os princípios e regras do processo do trabalho. 
 Art. 509, caput, do CPC: “Quando a sentença condenar ao pagamento de quantia ilíquida, proceder-se-á à sua liquidação, a requerimento do credor ou do devedor: I - por arbitramento, quando determinado pela sentença, convencionado pelas partes ou exigido pela natureza do objeto da liquidação; 
 Art. 510, caput, do CPC: “Na liquidação por arbitramento, o juiz intimará as partes para a apresentação de pareceres ou documentos elucidativos, no prazo que fixar, e, caso não possa decidir de plano, nomeará perito, observando-se, no que couber, o procedimento da prova pericial’.
 Ex: Juiz determina o cálculo dos salários do reclamante que prestou serviços sem remuneração e cuja relação de emprego foi reconhecida pela Justiça do Trabalho, sendo nomeado, para tanto, um árbitro, cuja função seria realizar pesquisa no mercado de trabalho sobre a remuneração a ser paga ao obreiro, em virtude do serviço prestado.
4.3. Liquidação por artigos:
 
 A liquidação por artigos ocorre quando há necessidade de alegar e provar fatos novos, para quantificar ou individualizar o objeto da condenação. Estes não são aqueles fatos posteriores à sentença condenatória, mas sim aqueles que a sentença não pode precisar, pois ausentes elementos nos autos.
 O art. 509, inciso II, do CPC prevê que a liquidação deve ser feita “pelo procedimento comum, quando houver necessidade de alegar e provar fato novo”.
 Na liquidação por artigos, denominada no CPC liquidação “pelo procedimento comum”, conforme o seu art. 511, o juiz deve determinar a intimação do requerido, na pessoa de seu advogado ou da sociedade de advogados a que estiver vinculado, para, querendo, apresentar contestação no prazo de quinze dias, observando-se, a seguir, no que couber, o disposto no Livro I da Parte Especial do Código de Processo Civil (arts. 318 e seguintes). Na liquidação por artigos, observa-se, portanto, o procedimento comum, uma vez que pode haver necessidade de instrução processual.
 Ex: O juiz condena o Réu ao pagamento de horas extraordinárias, em razão da não juntada dos cartões pela Ré, mas reconhece a veracidade destes, determinando que a empresa junte os cartões na fase de liquidação para apurar o número de horas extras devidas.
5. Impugnação à Sentença de Liquidação:
 
 A impugnação à decisão de liquidação pelo exequente, de acordo com a sistemática original da CLT, é apresentada quando dos embargos à execução, isto é, juntamente com estes. Ambos os procedimentos devem ser opostos no prazo de 5 (cinco) dias, contados da garantia da execução.
 
Nesse sentido, o art. 884, § 3º, da CLT prevê que somente “nos embargos à penhora poderá o executado impugnar a sentença de liquidação, cabendo ao exequente igual direito e no mesmo prazo”.
 
De acordo com essa sistemática, apresentados os cálculos de liquidação, o juiz decide a respeito, normalmente homologando a conta, após eventuais ajustes, proferindo a decisão de liquidação. 
 Admite-se, ainda, a impugnação à decisão de liquidação pela União, no mesmo prazo dos embargos à execução.
 No entanto, o art. 879, § 5º, da CLT dispõe que o Ministro de Estado da Fazenda pode, mediante ato fundamentado, dispensar a manifestação da União quando o valor total das verbas que integram o salário de contribuição, na forma do art. 28 da Lei 8.212, de 24 de julho de 1991, ocasionar perda de escala decorrente da atuação do órgão jurídico.
 Atualmente, vigora a Portaria Normativa nº 47/2023 da PGF/AGU que dispõe em seu artigo 1º, caput, que fica dispensada a prática de atos processuais da União nos processos com contribuições previdenciárias devidas em valor igual ou inferior a R$40.000,00 (quarenta mil reais).
 Devem ser julgados na mesma sentença os embargos e as impugnações à liquidação apresentadas pelos credores trabalhista e previdenciário (art. 884, § 4º, da CLT).
 De todo modo, assim que elaborada a conta pela parte ou pelos órgãos auxiliares da Justiça do Trabalho, o juiz deve proceder à intimação da União para manifestação, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de preclusão (art. 879, § 3º, da CLT).
Execução Trabalhista:
1. Conceito
 
 Segundo José Augusto Rodrigues Pinto, “executar é, no sentido comum, realizar, cumprir, levar a efeito. No sentido jurídico, a palavra assume significado mais apurado, embora conservando a ideia básica de que, uma vez nascida, por ajuste entre particulares ou por imposição sentencial do órgão próprio do Estado, a obrigação deve ser cumprida, atingindo-se no último caso, concretamente, o comando da sentença que a reconheceu ou, no primeiro caso o fim para o qual se criou”.
2. Regramento Legal
Podemos mencionar acerca do regramento legal da execução:
a) Arts. 876 a 892 da CLT;
b) Lei nº 5.584/70 (uniformidade do prazo recursal, alçada exclusiva das Varas);
c) O art. 889 da CLT autoriza a utilização da Lei de Execução Fiscal (Lei nº 6.830/80), antes mesmo do Código de Processo Civil; 
A aplicação subsidiária da referida lei exige dois requisitos:
1) lacuna (omissão) na CLT e
2) compatibilidade com os princípios e regras do Processo do Trabalho.
d) Código de Processo Civil.
3. Natureza Jurídica
3.1. Atributos do Título Executivo
 
a) Certeza – nos títulos judiciais certeza = trânsito em julgado, impossibilidade de recurso. Para os títulos extrajudiciais, certeza = observância às formalidades legais.
b) Exigibilidade (Exequibilidade – segundo Araken de Assis) – inexistênciade condição ou termo capaz de evitar o pronto exercício do direito contido no título.
c) Liquidez – delimitação quanto ao seu valor.
3.2. Espécies: 
 
	O título executivo pode ser classificado em judicial e extrajudicial.
 
3.2.1. Judiciais 
 
	Podemos mencionar os seguintes títulos executivos judiciais:
 
a) Sentença transitada em julgado – execução definitiva
b) Sentença impugnada por recurso dotado apenas de efeito devolutivo – art. 899, caput, CLT.
c) Acordo Judicial não cumprido – execução definitiva.
3.2.2. Extrajudiciais
 
	Podemos mencionar os seguintes títulos executivos extrajudiciais:
 
a) Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado perante o Ministério Público do Trabalho.
b) Termo de conciliação firmado perante a Comissão de Conciliação Prévia (CCP) – art. 625-E, parágrafo único, CLT.
c) Certidão da dívida ativa da União – multas aplicadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego aos empregadores (art. 114, VII, CRFB).
d) cheque e a nota promissória emitidos em reconhecimento de dívida inequivocamente de natureza trabalhista, a teor do art. 784, I do CPC e do art. 13 da IN nº 39/2016.
4. Legitimidade
 
4.1. Legitimidade Ativa
 
	A legitimidade ativa pertence às partes (exequente e executado).
	Art. 878, caput da CLT: “A execução será promovida pelas partes, permitida a execução de ofício pelo juiz ou pelo Presidente do Tribunal apenas nos casos em que as partes não estiverem representadas por advogado”.
 
4.2. Legitimidade Passiva
 
	A legitimidade passiva, em regra, é do empregador, porém, excepcionalmente o empregado poderá ser sujeito passiva da execução trabalhista.
 
Aula em: 29/04/2024
5. Competência
QUEM JULGA O CONHECIMENTO, JULGA A EXECUÇÃO. É UMA EXTENSÃO DO CONHECIMENTO. 
 
a) Título Executivo Judicial 
 
	Nos termos do art. 877, CLT, a competência será do juiz ou Tribunal que tiver julgado ou conciliado originalmente o dissídio.
 
b) Título Executivo Extrajudicial 
 
	Nos termos do art. 877-A da CLT, promove-se a execução no juízo onde se ajuizaria o processo de conhecimento relativo à matéria. A regra é o local da prestação de serviços (art.651 da CLT).
 
6. Execução por quantia certa contra devedor solvente:
 
6.1. Execução Definitiva e Execução Provisória:
 
A execução pode ser definitiva ou provisória. A execução definitiva é aquela de sentença transitada em julgado. Nesse caso, a execução pode prosseguir até os seus termos finais, visando à integral satisfação do exequente.
A execução fundada em título extrajudicial é definitiva. O que pode ocorrer é a concessão de efeito suspensivo aos embargos à execução, conforme art. 919, § 1º, do CPC.
	Sendo assim, pode-se dizer que, no caso de título extrajudicial, a execução, em regra, é definitiva. Não obstante, a execução pode ser suspensa se for concedido efeito suspensivo aos embargos à execução.
A execução provisória se funda em sentença impugnada mediante recurso ao qual não foi atribuído efeito suspensivo (art. 520 do CPC).
	Na execução provisória, de acordo com o art. 521 do CPC, a caução prevista no art. 520, inciso IV, acima referido, deve ser dispensada se:
I – o crédito for de natureza alimentar, independentemente de sua origem;
II – o credor demonstrar situação de necessidade;
III – pender o agravo do art. 1.042 do CPC;
IV – a sentença a ser provisoriamente cumprida estiver em consonância com súmula da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça (no caso do processo do trabalho, do TST) ou em conformidade com acórdão proferido no julgamento de casos repetitivos.
Não sendo eletrônicos os autos, essa petição deve ser acompanhada de cópias das seguintes peças do processo, cuja autenticidade pode ser certificada pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal (art. 522, parágrafo único, do CPC).
7. Procedimento
	
	Caso o Executado não pague ou garanta o juízo, por meio do depósito do respectivo valor, ou de nomeação de bens à penhora (devendo observar a ordem preferencial do art. 835 do CPC) ou ainda através da apresentação de seguro-garantia judicial ou carta de fiança bancária, o juiz mandará penhorar tantos bens quantos bastem para a garantia do juízo, observada a ordem de penhora prevista no art. 835 do CPC/15, a teor dos arts.882 e 883 da CLT, verbis:
	Art. 882, caput, CLT: “O executado que não pagar a importância reclamada poderá garantir a execução mediante depósito da quantia correspondente, atualizada e acrescida das despesas processuais, apresentação de seguro-garantia judicial ou nomeação de bens à penhora, observada a ordem preferencial estabelecida no art. 835 da Lei nº 13.105, 16 de março de 2015 – Código de Processo Civil”.
Art. 883, caput, CLT: “Não pagando o executado, nem garantindo a execução, seguir-se-á a penhora de bens, tantos quantos bastem ao pagamento da importância da condenação, acrescida de custas juros de mora, sendo estes, em qualquer caso, devidos a partir de data em que for ajuizada a reclamação inicial”.
	Art. 883-A, caput, CLT: “A decisão judicial transitada em julgado somente poderá ser levada a protesto, gerar inscrição do nome do executado em órgãos de proteção ao crédito ou no Banco Nacional de Devedores Trabalhistas (BNDT), nos termos da lei, depois de transcorrido o prazo de quarenta e cinco dias a contar da citação do executado, se não houver garantia do juízo.”
	Na hipótese de penhora de bens deve-se ouvir o Exequente sobre os bens nomeados à penhora, lavrando-se o respectivo auto ou termo de penhora (arts. 837 a 839 do CPC e art. 883 da CLT).
8. Penhora 
8.1. Conceito
 
	“A penhora traduz meio coercitivo do qual se vale o exequente para vencer a resistência de devedor inadimplente e renitente à implementação do comando judicial” (Francisco Antonio de Oliveira).
	Traduz em ato de império do Estado, praticado na execução que tem por finalidade vincular determinados bens do devedor ao processo a fim de satisfazer o crédito do exequente.
8.2. Bens Penhoráveis 
 
	A execução dos bens passíveis de penhora, no Processo do Trabalho, segue a ordem de preferência do artigo 835 do CPC, em razão de expressa previsão do texto consolidado, verbis:
“Art.835. A penhora observará, preferencialmente, a seguinte ordem:
I - dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira; 
II - títulos da dívida pública da União, dos Estados e do Distrito Federal com cotação em mercado; 
III - títulos e valores mobiliários com cotação em mercado; 
IV - veículos de via terrestre; 
V - bens imóveis; 
VI - bens móveis em geral; 
VII - semoventes; 
VIII - navios e aeronaves; 
IX - ações e quotas de sociedades simples e empresárias; 
X - percentual do faturamento de empresa devedora; 
XI - pedras e metais preciosos; 
XII - direitos aquisitivos derivados de promessa de compra e venda e de alienação fiduciária em garantia; 
XIII - outros direitos”.
8.3. Bens Impenhoráveis:
	É importante notar que o próprio CPC discorre no art.833 acerca dos bens denominados impenhoráveis:
Art. 833 CPC. São impenhoráveis:
I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução;
II - os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida;
III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor;
IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, ressalvado o § 2o;
V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do executado;
VI - o seguro de vida;
VII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas;
VIII - apequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família;
8.3.1. Bem de Família.
 
	A impenhorabilidade do bem de família tem fundamento no princípio da humanidade da execução e proteção da dignidade da pessoa humana do executado. Desse modo, o imóvel se for o único, não pode ser penhorado.
	Súmula nº 364 do STJ: “O conceito de impenhorabilidade de bem de família abrange também o imóvel pertencente a pessoas solteiras, separadas e viúvas”.
	A Lei nº 8.009/90 disciplina acerca do bem de família. O art.1º da Lei nº 8.009/90 assim trata do tema:
 
“O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é impenhorável e não responderá por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses previstas nesta lei”.
Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido:
I - em razão dos créditos de trabalhadores da própria residência e das respectivas contribuições previdenciárias; (Revogado pela Lei Complementar nº 150, de 2015)
II - pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à construção ou à aquisição do imóvel, no limite dos créditos e acréscimos constituídos em função do respectivo contrato;
III – pelo credor da pensão alimentícia, resguardados os direitos, sobre o bem, do seu coproprietário que, com o devedor, integre união estável ou conjugal, observadas as hipóteses em que ambos responderão pela dívida; 
IV - para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em função do imóvel familiar;
V - para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como garantia real pelo casal ou pela entidade familiar;
VI - por ter sido adquirido com produto de crime ou para execução de sentença penal condenatória a ressarcimento, indenização ou perdimento de bens. 
VII - por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação.
o valor do imóvel não define bem de família. 
8.3.2. Penhora sobre Conta Salário
 	A regra é a impenhorabilidade do salário, salvo para pagamento de pensão alimentícia, sendo uma característica diretamente vinculada à integralidade das parcelas salariais.
	O salário não pode ser objeto de constrição judicial, excetuado o caso de penhora para pagamento de prestação alimentícia (pensão alimentícia), nos termos do § 2º do artigo 833 do CPC. 
	A partir disso, o Tribunal Superior do Trabalho entendia, de forma tradicional, pela impenhorabilidade da conta salário.
	OJ nº 153 da SDI-II do TST: “Ofende direito líquido e certo decisão que determina o bloqueio de numerário existente em conta salário, para satisfação de crédito trabalhista, ainda que seja limitado a determinado percentual dos valores recebidos ou a valor revertido para fundo de aplicação ou poupança, visto que o art. 649, IV, do CPC de 1973 contém norma imperativa que não admite interpretação ampliativa, sendo a exceção prevista no art. 649, § 2º, do CPC de 1973 espécie e não gênero de crédito de natureza alimentícia, não englobando o crédito trabalhista.” 
De outra banda, o posicionamento predominante hoje, inclusive no TST, é o de que a impenhorabilidade de salários e proventos de aposentadoria, prevista no artigo 833, IV, do NCPC, deve ser excepcionada quando se tratar da execução de prestações alimentícias, gênero do qual o crédito trabalhista é espécie (inteligência do artigo 833, §2º, do NCPC).
	Nessa perspectiva, considerando-se a situação econômica do reclamante e do reclamado, seria possível a penhora de parte do salário do executado.
	O Código de Processo Civil de 2015, entretanto, no art. 833, §2º permite a penhora do salário para pagamento de prestação alimentícia, independentemente de sua origem, bem como às importâncias excedentes a 50 (cinquenta) salários-mínimos mensais.
	A expressão prestação alimentícia, independentemente de sua origem, pode ser interpretada como abrangente de dívida trabalhista alimentar (art.100 da CRFB). Trata-se de posicionamento que vem crescendo na jurisprudência dos Tribunais Regionais do Trabalho e do próprio Tribunal Superior do Trabalho em sua Subseção de Dissídios Individuais II.
8.4. Da penhora em dinheiro
 
	O dinheiro é o bem que satisfaz a execução por quantia (art.835, I do CPC). Em razão disso, todo o esforço judicial na execução deve convergir para a penhora de dinheiro do executado.
	Uma providência efetiva para satisfação do crédito trabalhista é a penhora online no sistema BacenJud, por meio do qual o Juiz do Trabalho, mediante senha personalizada, consegue ter acesso aos dados de contas bancárias do executado no âmbito do território nacional e determinar o bloqueio de numerário até o valor da execução (art. 854, caput, do CPC).
9. Desconsideração da Personalidade Jurídica
	O Código de Processo Civil de 2015 disciplina um sofisticado procedimento prévio para a desconsideração da personalidade jurídica da empresa, a fim de atingir o patrimônio dos sócios, nos arts. 133 a 137 do CPC, denominado incidente de desconsideração da personalidade jurídica, aplicável em todas as fases do processo civil, inclusive na execução. 
	O Tribunal Superior do Trabalho, recentemente, por meio da Instrução Normativa nº 39/2016 admitiu a aplicabilidade do incidente de desconsideração da personalidade jurídica no processo do trabalho, com algumas adaptações, em seu artigo 6º. 
	Com a edição da Lei nº 13.467/2017 foi inserido na CLT o art. 855-A dispondo acerca da desconsideração da personalidade jurídica ao processo do trabalho. 
	 Na jurisprudência do TST prevalece o entendimento de que deve ser adotada na desconsideração a Teoria Menor prevista no art. 28, §5º do CDC.
Ex.: Facilita
10. Responsabilidade do Ex-Sócio
	O art. 10-A da CLT assim dispõe acerca do tema: 
 
“Art. 10-A. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem de preferência:
I - a empresa devedora; II - os sócios atuais; e III - os sócios retirantes. 
Parágrafo único. O sócio retirante responderá solidariamente com os demais quando ficar comprovada fraude na alteração societária decorrente da modificação do contrato”. 
A Lei n. 13.467/2017 visou equacionar a questão da responsabilidade do sócio retirante fazendo inserir no art. 10-A da CLT que o sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, desde que observada a seguinte ordem de preferência: a empresa devedora; os sócios atuais; os sócios retirantes. 
	Entretanto, o mesmo dispositivo estabelece que o sócio retirante responderá solidariamente com os demais quando ficar comprovada fraude na alteração societária decorrente da modificação do contrato.
Aula em 06/05/52024
	Meios Impugnativos da Execução;
Os embargos à execução, em regra, prescindem da garantia, nos termo do art. 884, caput, da CLT, seja mediante penhora de bens e valores, seja através da apresentação de seguro-garantia judicial.
 O art. 884, §6º da CLT dispõe acerca da desnecessidade de garantia dos embargos à execução das para entidades filantrópicas e seus diretores:
 
 Art.884............................................................................................(...)
 §6º. A exigência da garantia ou penhora não se aplica às entidades filantrópicas e/ou àqueles que compõem ou compuseram a diretoria dessas instituições. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
1. Meios Impugnativos da Execução
 
1.1. Embargos à Execução
 
	Os embargos à execução têm natureza de ação do executado, com o objetivo de extinguir a execução, mais especificamente de desconstituir o título executivo, declarar a inexigibilidadeda obrigação ou mesmo a nulidade da execução.
	Especificamente quanto ao processo civil, na atualidade, os embargos à execução estão restritos à execução.
1.1.2. Embargos à Execução para Fazenda Pública
 Para a Fazenda Pública, a execução rege-se por peculiaridades próprias, como a exigência de precatório (art. 100 da Constituição Federal de 1988), não havendo, por isso, imposição de prévia garantia do juízo para a oposição de embargos à execução (no processo civil, impugnar a execução, no prazo de 30 dias, conforme art. 535 do CPC), observando-se, mesmo nas hipóteses de “obrigações definidas em lei como de pequeno valor”, a previsão específica dos arts. 100, §§ 3º, 4º e 8º, da CRFB/1988, 87 do ADCT e 17 da Lei 10.259/2001.
O art. 1º-B da Lei 9.494/1997, acrescentado pelo art. 4º da Medida Provisória 2.180-35/2001, prevê que “o prazo a que se refere o caput dos arts. 730 do Código de Processo Civil [de 1973], e 884 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei 5.452, de 1º de maio de 1943, passa a ser de trinta dias”.
No mesmo sentido, é o art.910 do CPC/15:
Art. 910. Na execução fundada em título extrajudicial, a Fazenda Pública será citada para opor embargos em 30 (trinta) dias.
§ 1o Não opostos embargos ou transitada em julgado a decisão que os rejeitar, expedir-se-á precatório ou requisição de pequeno valor em favor do exequente, observando-se o disposto no art. 100 da Constituição Federal.
§ 2o Nos embargos, a Fazenda Pública poderá alegar qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa no processo de conhecimento.
No mesmo sentido, é o art.910 do CPC/15:
Art. 910. Na execução fundada em título extrajudicial, a Fazenda Pública será citada para opor embargos em 30 (trinta) dias.
§ 1o Não opostos embargos ou transitada em julgado a decisão que os rejeitar, expedir-se-á precatório ou requisição de pequeno valor em favor do exequente, observando-se o disposto no art. 100 da Constituição Federal.
§ 2o Nos embargos, a Fazenda Pública poderá alegar qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa no processo de conhecimento.
1.1.3 Matérias dos Embargos à Execução
 A matéria que pode ser alegada nos embargos à execução, nos termos do art. 884, § 1º, da CLT, restringe-se “às alegações de cumprimento da decisão ou do acordo, quitação ou prescrição da dívida”. Entende-se que essa regra é aplicável apenas na execução de título executivo judicial
Ainda assim, o entendimento que prevalece é no sentido de que o mencionado dispositivo não esgota todo o rol de matérias que podem ser alegadas em embargos à execução, aplicando-se o atual art. 525, § 1º, do CPC, ao prever que a impugnação (no caso do processo do trabalho, os embargos à execução).
1.1.4. Procedimento
 Se não tiverem sido arroladas testemunhas na defesa, o juiz, uma vez conclusos os autos, deve proferir a sentença relativa aos embargos dentro de cinco dias, julgando subsistente ou insubsistente a penhora (art. 885 da CLT).
	Se a parte tiver arrolado testemunhas, e o juiz entender que os seus depoimentos são necessários, marcará audiência para a produção das provas, a qual deverá realizar-se dentro de cinco dias (art. 884, § 2º, da CLT).
Como a CLT é omissa quanto ao número de testemunhas nos embargos à execução, aplica-se o art. 16, § 2º, da Lei 6.830/1980, devendo no prazo dos embargos, o Executado deve alegar toda matéria útil à defesa, requerer provas e juntar aos autos os documentos e rol de testemunhas, até três, ou, a critério do juiz, até o dobro desse limite.
	Se tiverem sido arroladas testemunhas, após a sua oitiva em audiência, o escrivão ou secretário deve fazer os autos conclusos ao juiz em 48 horas, que proferirá a sentença no já mencionado prazo de cinco dias (art. 886, caput, da CLT).
	Uma vez proferida essa decisão, as partes devem ser notificadas em registrado postal, com franquia (art. 886, § 1º, da CLT).
	Se os embargos à execução forem rejeitados, a penhora é julgada subsistente, prosseguindo-se a execução.
	Proferida a sentença que julga os embargos à execução, inclusive na hipótese de indeferimento liminar (art. 918 do CPC), é cabível o recurso de agravo de petição (art. 897, a, da CLT).
 	Aula em 13/05/2024 
1.2. Embargos de Terceiro
	Os Embargos de Terceiros não estão previstos na CLT, razão pela qual se aplicam subsidiariamente os artigos 674 e seguintes do CPC.
	Trata-se de ação incidental a ser proposta com a finalidade de impugnar a decisão judicial que determinar a penhora, arresto, sequestro, isto é, apreensão de um bem que pertença à terceiro (parte alheia ao processo).
	Poderão ser apresentados até 5 dias depois da arrematação, adjudicação ou remição, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta (art.675 do CPC).
	
Quando propostos na execução, da sentença de Embargos de Terceiros cabe Agravo de Petição.
	
No que tange a competência para julgamento dos Embargos de Terceiro é importante mencionar a Súmula 419 do TST:
	Súmula 419, TST. “Na execução por carta precatória, os embargos de terceiro serão oferecidos no juízo deprecado, salvo se indicado no juízo deprecante o bem constrito ou se já devolvida a carta (art.676, parágrafo único, do CPC-2015)”.
 
1.3. Exceção de Pré-Executividade
 A origem da Exceção de Pré-Executividade é o Parecer nº 95 de Pontes de Miranda, realizado numa execução de título executivo contendo assinatura falsa, em que sustentou que a execução tem requisitos próprios, que podem e devem ser examinados pelo juiz antes da constrição ao patrimônio do devedor, seja de oficio ou através de manifestação da parte.
É aplicável como meio de resistência à execução, por parte do devedor, sem constrição patrimonial, invocando matérias de ordem pública, ou outras matérias que neutralizam a execução (cumprimento da obrigação, quitação, novação, prescrição e decadência) que não necessitam de dilação probatória, admitindo-se apenas as provas documental e pré-constituída. 
Quanto ao procedimento da exceção de pré-executividade, entende-se que ela deve ser oposta em petição escrita, em que deve o excipiente declinar os motivos e fazer o pedido de declaração de nulidade da execução. Recebida a exceção, o Juiz do Trabalho poderá rejeitá-la liminarmente se estiver convencido de que não é cabível, ou se entender presentes os requisitos de admissibilidade da exceção, notificar o excepto para contestação em 5 dias (prazo aplicável analogicamente dos embargos à execução do art.884, da CLT), e após decidir.
A exceção de pré-executividade não suspende a execução, por ausência de garantia do juízo.
Em face da decisão que rejeita a exceção de pré-executividade, não cabe recurso, pois se trata de decisão interlocutória (art.893, §1º da CLT). Além disso, toda a matéria pode ser renovada nos embargos à execução. 
 Por outro lado, em face da decisão que acolhe a exceção de pré-executividade por colocar fim ao procedimento executivo, é cabível o Agravo de Petição (art.897, “a”, da CLT).
	Parcelamento do Art. 916 do CPC;
2. Parcelamento do art. 916 do CPC
 
	O art. 3º, inciso XXI, da Instrução Normativa 39/2016 do TST, dispõe que se aplicam ao processo do trabalho o art. 916 e parágrafos do CPC, sobre parcelamento do crédito exequendo.	
 Nesse sentido, dispõe o art. 916 do CPC:
Art. 916. No prazo para embargos, reconhecendo o crédito do exequente e comprovando o depósito de trinta por cento do valor em execução, acrescido de custas e de honorários de advogado, o executado poderá requerer que lhe seja permitido pagar o restante em até 6 (seis) parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e de juros de um por cento ao mês.
§ 1º O exequente será intimado para manifestar-se sobre o preenchimento dos pressupostos do caput , e o juiz decidirá o requerimento em 5 (cinco) dias.
§ 2º Enquanto não apreciado o requerimento, o executado terá de depositar as parcelas vincendas, facultado ao exequente seu levantamento.
§ 3º Deferida a proposta, o exequente levantará a quantia depositada, e serão suspensos os atos executivos.
§ 4º Indeferida a proposta, seguir-se-ãoos atos executivos, mantido o depósito, que será convertido em penhora.
§ 5º O não pagamento de qualquer das prestações acarretará cumulativamente:
I - o vencimento das prestações subsequentes e o prosseguimento do processo, com o imediato reinício dos atos executivos;
II - a imposição ao executado de multa de dez por cento sobre o valor das prestações não pagas.
§ 6º A opção pelo parcelamento de que trata este artigo importa renúncia ao direito de opor embargos
§ 7º O disposto neste artigo não se aplica ao cumprimento da sentença.
3. Convênios para Efetividade da Execução Trabalhista (Não cai na prova) 
	Consoante recentes dados do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) há cerca de 9 milhões de processos em trâmite na Justiça do Trabalho.
	Com vistas a conferir maior efetividade à Execução Trabalhista a Justiça do Trabalho vem estabelecendo medidas tais como: instituição de metas, melhoria no desempenho administrativo e litigioso, implantando sistema eletrônico dos processos e reduzindo prazos de tramitação. 
	Nesse diapasão, a Justiça do Trabalho também vem realizando a Semana de Execução Trabalhista e a Semana Nacional de Conciliação Trabalhista para resolver casos pendentes em um menor espaço de tempo.
	Outra iniciativa que tem auxiliado muito a Justiça do Trabalho em busca de dar efetividade às suas decisões é a formalização de Convênios com entidades de serviços públicos, que no geral possuem como objetivo agilizar a realização de atos por via eletrônica, principalmente na fase de execução.
Apresentaremos a seguir alguns destes Convênios:
a) SISBAJUD (ex-BACENJUD – Banco Central do Brasil) - parceria entre o Banco Central e o Tribunal Superior do Trabalho, que permite o bloqueio e o desbloqueio “on-line” de numerário existente em conta corrente, poupança e aplicação de executados.
	Em 25/08/2020, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) lançou o Sistema de Busca de Ativos do Poder Judiciário (SisbaJud), uma nova plataforma eletrônica que tem como objetivo aperfeiçoar o rastreamento e o bloqueio dos ativos de devedores com dívidas reconhecidas pela Justiça. O SisbaJud é resultado de uma parceria entre o CNJ, o Banco Central (BC) e a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e passou a substituir em 08 de setembro de 2020 o sistema o BacenJud, vigente deste 2005. CPC 854. 
b) INFOJUD – Informações ao Poder Judiciário (Secretaria da Receita Federal) –permite consulta a informações cadastrais e econômico-fiscais das bases de dados da Receita Federal do Brasil.
c) RENAJUD – Restrições Judiciais de Veículos Automotores - o sistema possibilita a inserção e a retirada de restrições judiciais de veículos cadastrados no Registro Nacional de Veículos Automotores – RENAVAM, em tempo real. As restrições podem envolver transferência (impede o registro da mudança da propriedade); licenciamento (impede o registro da mudança da propriedade e um novo licenciamento); circulação (impede o registro da mudança da propriedade, um novo licenciamento e a circulação); e registro de penhora (registra a penhora efetivada em processo judicial).
d) SIMBA – Sistema de Investigação de Movimentações Bancárias - acordo de Cooperação Técnica firmado entre o Conselho Superior da Justiça do Trabalho e o Ministério Público Federal para utilização do Sistema de Investigação de Movimentações Bancárias – SIMBA, que permite, de forma segura, a movimentação de dados, pela rede mundial de computadores, entre instituições financeiras e órgãos públicos, mediante prévia autorização judicial de afastamento de sigilo bancário.
e) CNIB – Central Nacional de Indisponibilidade de Bens - o convênio permite incluir, cancelar e consultar indisponibilidade de bens imóveis indistintos, assim como direitos sobre imóveis indistintos.
f) SNIPER – O Sistema Nacional de Investigação Patrimonial e Recuperação de Ativos (Sniper) é uma solução tecnológica desenvolvida pelo Programa Justiça 4.0 que agiliza e facilita a investigação patrimonial para servidores, servidoras, magistrados e magistradas de todos os tribunais brasileiros integrados à Plataforma Digital do Poder Judiciário (PDPJ). 
g) DECRED – A DECRED é uma abreviação usada para se referir a Declaração de Operações com Cartões de Crédito. Seu principal objetivo é fornecer informações para a Receita Federal, capacitando o órgão a verificar a concordância das informações declaradas e a capacidade econômica dos portadores dos negócios inseridos na tributação. 
h) CCS – O Cadastro de Clientes do Sistema Financeiro Nacional (CCS) é um sistema informatizado que permite indicar onde os clientes de instituições financeiras mantêm contas de depósitos à vista, depósitos de poupança, depósitos a prazo e outros bens, direitos e valores, diretamente ou por intermédio de seus representantes legais. 
O principal objetivo do CCS é auxiliar nas investigações financeiras conduzidas pelas autoridades competentes, mediante requisição de informações pelo Poder Judiciário (ofício eletrônico), ou por outras autoridades, quando devidamente legitimadas. BITCOIN 
i) PREVJUD – O PREVJUD é o serviço desenvolvido pelo Programa Justiça 4.0, que permite ao Judiciário o acesso automático a informações previdenciárias e o envio automatizado de ordens judiciais ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
4. Meios Indiretos de Execução
	O art. 139 do CPC dispõe que o juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe:
 IV - determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto prestação pecuniária;
 	Em virtude disso, o Poder Judiciário passou a apreciar requerimentos de utilização de meios indiretos de execução, especialmente, a retenção de passaporte e a suspensão da CNH.
	Sob a ótica do credor, a medida parece ser um meio para garantir o princípio do resultado, que prevê a necessidade de dar ao exequente exatamente aquilo que ele obteria caso o Executado tivesse cumprido voluntariamente a sua obrigação.
	Ademais, a baixa eficiência da execução voluntária, bem como a morosidade na tramitação dos processos executivos contribuem para tal fundamento. Em publicação anual realizada pelo Conselho Nacional de Justiça, constata-se que a execução demora em média três vezes mais do que o processo de conhecimento.
No Supremo Tribunal Federal, a ADI 5.941 foi proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e questionou o art. 139, IV do Novo Código de Processo Civil (CPC) que autoriza que juízes determinem medidas indutivas e coercitivas “necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial”, tendo o Plenário entendido, seguindo o voto do relator, ministro Luiz Fux, no sentido de entender que a aplicação concreta das medidas atípicas previstas no artigo 139, inciso IV, do CPC, é válida, desde que não avance sobre direitos fundamentais e observe os princípios da proporcionalidade e razoabilidade. 
5. Recursos na Execução;
5.1. Agravo de Petição: 
	O Agravo de Petição é o recurso adequado para impugnar as decisões com caráter terminativo (sentença) proferidas na execução trabalhista.
	Este recurso possui um pressuposto de admissibilidade específico, qual seja a delimitação das matérias e valores impugnados, sob pena de não ser recebido (Art. 897, §1º, CLT). Tal pressuposto tem a finalidade de permitir à imediata e definitiva execução dos valores incontroversos.
	
Neste sentido, a Súmula nº 416 do TST veda a possibilidade de impetração de mandado de segurança por parte do executado, a fim de impedir a execução em relação aos valores incontroversos.
	
“Súmula 416 do TST. Devendo o agravo de petição delimitar justificadamente a matéria e os valores objeto de discordância, não fere direito líquido e certo o prosseguimento da execução quanto aos tópicos e valores não especificados no agravo”.
Se a decisão recorrida for do juiz de 1º grau, o julgamento do agravo de petição compete a uma das Turmas do Tribunal Regional a que estiver subordinado o prolator da sentença (ouao Tribunal Pleno, se não houver divisão em Turmas), a quem este deve remeter as peças necessárias para o exame da matéria controvertida, em autos apartados, ou nos próprios autos, se tiver sido determinada a extração de carta de sentença (art. 897, § 3º, da CLT).
	Quando o agravo de petição versar apenas sobre as contribuições sociais, o juiz da execução deve determinar a extração de cópias das peças necessárias, que serão autuadas em apartado (conforme o § 3º do art. 897, parte final), e remetidas à instância superior para apreciação, após contraminuta (art. 897, § 8º, da CLT).
	O acórdão proferido pelo TRT em sede de Agravo de Petição poderá ser impugnado por meio do Recurso de Revista para o TST, desde que haja ofensa à Constituição no julgado, nos termos do art. 896, § 2º, CLT.
5.2. Recurso de Revista na Execução
 Na fase de execução, o recurso de revista será cabível apenas quando houver ofensa direta e literal de norma da Constituição Federal (art.896, §2º da CLT). 
Nesse mesmo sentido, é a Súmula nº 266 do TST:
“A admissibilidade do recurso de revista contra acórdão proferido em agravo de petição, na liquidação de sentença ou em processo incidente na execução, inclusive os embargos de terceiro, depende de demonstração inequívoca de violência direta à Constituição Federal”.
É importante observar, porém, que a Lei nº 13.015/2014 ampliou o cabimento do recurso de revista na fase de execução em duas hipóteses: 
1) execução fiscal; 
2) controvérsias da fase de execução que envolvam a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT). 
Nesses dois casos, o recurso de revista será cabível quando:
a)por violação a lei federal;
b) divergência jurisprudencial;
c) por ofensa à Constituição Federal (art.896, §10, da CLT).
6. Fraude à Execução
 6.1. Avaliação
 
	A avaliação do bem penhorado é realizada pelo oficial de justiça, quando da apreensão do bem, inclusive para que se possa verificar a garantia do juízo, com fundamento no art. 7º, inciso V, da Lei 6.830/1980. Essa avaliação, assim, deve ser feita pelo oficial de justiça, no prazo de dez dias (arts. 721, § 3º, e 888, caput, da CLT).
5.2. Arrematação
 	É ato que consuma a expropriação de bens do devedor mediante alienação em hasta pública. Trata-se de transferência forçada dos bens do devedor ao arrematante para pagamento do crédito do exequente.
	A CLT não trata da legitimidade da arrematação, dispondo apenas no art.888, §1º que o exequente terá prioridade para adjudicação pelo maior lance, sendo aplicável o art. 890 do CPC (arts. 769 e 889 da CLT).
 
Nos termos do art. 888, §2º da CLT, o arrematante deve, no ato da arrematação, garantir um sinal de 20% (vinte por cento) do valor do lance e depositar o restante em 24h (art.888, §4º da CLT), sob consequência de perder o valor do sinal em benefício da execução. Não obstante, se preferir, pode o arrematante pagar o valor total do lance imediatamente. 
	A jurisprudência e a doutrina vêm entendendo que a arrematação é forma originária de aquisição da propriedade, rompendo a cadeia anterior de relações jurídicas que gravam o bem, nos termos do art. 130 do CTN.
5.3. Adjudicação
	É ato processual pelo qual o próprio credor incorpora ao seu patrimônio o bem constrito que será submetido a hasta pública. 
	A adjudicação é modalidade de dação em pagamento e será feita pelo credor, tendo em vista o valor da avaliação. No Processo do Trabalho, o exequente tem preferência para a adjudicação (art.888, §1º da CLT), que deve ser deferida pelo maior lance.
	No Processo do Trabalho, o art.888, §1º da CLT, aduz que os bens serão vendidos pelo maior lance, tendo o exequente preferência na adjudicação. Ora, se não houver lance, no Processo do Trabalho, o exequente tem direito a adjudicar os bens pelo valor da avaliação, por força do art.24 da Lei nº 6.830/80, aplicável subsidiariamente a teor do art.889 da CLT.
	Caso pretenda adjudicar o bem, o exequente deve se manifestar no prazo de 24 horas subsequente à praça, pois este é o prazo que é concedido ao arrematante para aperfeiçoar seu ato, depositando o saldo devedor do lance.
5.4. Remição
	A remição da execução significa o resgate dos bens penhorados pelo executado, com o pagamento do valor devido.
	Na execução trabalhista, consoante o art. 13 da Lei 5.584/1970, em qualquer hipótese, a remição só pode ser deferida ao executado se este oferecer preço igual ao valor da condenação.
	Portanto, o prazo para a remição é até a assinatura do auto de arrematação ou de adjudicação (arts. 901 e 877 do CPC).
	Entende-se que a remição da execução tem preferência em face da adjudicação e da arrematação (arts. 13 da Lei 5.584/1970 e 902 do CPC). A adjudicação tem preferência em face da arrematação (art. 888, § 1º, da CLT). 
 
 9. Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas CNDT
A Lei 12.440, de 7 de julho de 2011, acrescentou o Título VII-A à Consolidação das Leis do Trabalho, instituindo a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas, e alterou a Lei 8.666, de 21 de junho de 1993.
 Em virtude da edição da Lei 12.440/2011, o art. 27, inciso IV, da Lei 8.666/1993, que trata das licitações e contratos passou a estabelecer que, para a habilitação nas licitações, deve-se exigir dos interessados documentação relativa, entre outros, à “regularidade fiscal e trabalhista”.
 Nos termos do art. 642-A, caput, da CLT, acrescentado pela Lei 12.440/2011, é instituída a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT), expedida gratuita e eletronicamente, para comprovar a inexistência de débitos inadimplidos perante a Justiça do Trabalho
O interessado não obterá a certidão quando em seu nome constar (art. 642-A, § 1º, da CLT):
I – o inadimplemento de obrigações estabelecidas em sentença condenatória transitada em julgado proferida pela Justiça do Trabalho ou em acordos judiciais trabalhistas, inclusive no concernente aos recolhimentos previdenciários, a honorários, a custas, a emolumentos ou a recolhimentos determinados em lei; ou
II – o inadimplemento de obrigações decorrentes de execução de acordos firmados perante o Ministério Público do Trabalho ou Comissão de Conciliação Prévia.
 
 Verificada a existência de débitos garantidos por penhora suficiente ou com exigibilidade suspensa, será expedida Certidão Positiva de Débitos Trabalhistas em nome do interessado com os mesmos efeitos da CNDT (art. 642-A, § 2º, da CLT).
 
A Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT) certificará a empresa em relação a todos os seus estabelecimentos, agências e filiais (art. 642-A, § 3º, da CLT).
 
O prazo de validade da Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT) é de 180 dias, contados da data de sua emissão (art. 642-A, § 4º, da CLT).
7. Prescrição Intercorrente 
	Antes da edição da Lei nº 13.467/2017 que inseriu o art. 11-A da CLT, forte controvérsia existia na doutrina e jurisprudência, haja vista o teor das Súmulas nº 327 do STF e 114 do TST:
 
	Súmula nº 327 do STF: “O direito trabalhista admite a prescrição intercorrente”. 
	Súmula nº 114 do TST: “É inaplicável na Justiça do Trabalho a prescrição intercorrente”. 
 
	A prescrição intercorrente é a que flui no transcurso do processo judicial.
	Neste tema, o art.11-A da CLT, incluído pela Lei nº 13.467/2017, permite o reconhecimento da prescrição intercorrente:
	Art.11-A, caput, da CLT: “Ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho no prazo de dois anos”. 
	Art.11-A, §1º, da CLT “A fluência do prazo prescricional intercorrente inicia-se quando o exequente deixa de cumprir determinação judicial no curso da execução”. 
Aula em: 20/05/2024 		
8. Fraude à Execução
 Quando a parte tenta frustrar a execução, a parte quer fazer que a execução não alcance o exito;
	 A alienação ou a oneração de bem é considerada fraude à execução (art. 792 do CPC):
I – quando sobre o bem pender ação fundada em direito real ou com pretensão reipersecutória, desde que a pendência do processo tenha sido averbada no respectivo registro público, se houver; Quando tenta repassar para terceiro o bem, sendo fraude a execução. 
II – quando tiver sido averbada, noregistro do bem, a pendência do processo de execução, na forma do art. 828 do CPC;
III – quando tiver sido averbado, no registro do bem, hipoteca judiciária ou outro ato de constrição judicial originário do processo onde foi arguida a fraude; 
IV – quando, ao tempo da alienação ou da oneração, tramitava contra o devedor ação capaz de reduzi-lo à insolvência;
V – nos demais casos expressos em lei.
Nesse sentido, é a Súmula 375 do STJ:
 
"O reconhecimento da fraude à execução depende do registro da penhora do bem alienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente.“
 Nesse sentido, a jurisprudência do TST vem entendendo que não há fraude à execução quando inexiste qualquer registro de penhora ou restrição no registro de imóveis, na oportunidade da alienação do bem, e quando não comprovada de forma cabal a má-fé do terceiro adquirente.
9. Ato Atentatório à Dignidade da Justiça:
	A lealdade, a boa-fé e a probidade devem ser observadas, como é evidente, também na execução.
	Nesse sentido, a legislação proíbe e sanciona os atos atentatórios à dignidade da Justiça.
	O art. 139, inciso III, do CPC determina que o juiz deve dirigir o processo conforme as disposições legais, incumbindo-lhe prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça e indeferir postulações meramente protelatórias.
	Considera-se atentatória à dignidade da justiça a conduta comissiva ou omissiva do executado que (art. 774 do CPC):
	I – frauda a execução; II – se opõe maliciosamente à execução, empregando ardis e meios artificiosos; III – dificulta ou embaraça a realização da penhora; IV – resiste injustificadamente às ordens judiciais; V – intimado, não indica ao juiz quais são e onde estão os bens sujeitos à penhora e os respectivos valores, nem exibe prova de sua propriedade e, se for o caso, certidão negativa de ônus.
Nos casos acima, o juiz deve fixar multa ao executado em montante não superior a vinte por cento do valor atualizado do débito em execução, a qual deve ser revertida em proveito do exequente, exigível nos próprios autos do processo, sem prejuízo de outras sanções de natureza processual ou material.			
TÉRMINO DA MATÉRIA!
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REVISÃO PARA PROVA:
Princípios:
 Conciliação:
Nesse passo, é importante frisar que a tentativa de conciliação é um dever para os magistrados trabalhistas, nos termos do caput do art. 764 da CLT. Sendo a conciliação, em última análise, solução da lide que tem origem nas partes, parece-nos a melhor forma de resolução de conflitos, ainda que haja a intermediação do juiz.
Momentos: Sempre no começo e após as razões finais orais.
Art 846 SE ESQUECER NO COMEÇO, A DO FINAL PODERÁ SUPRIR.
Art 850. Terminada a instrução o juiz renovará a proposta de conciliação.
Art 831 PÚ: No caso de conciliação, o termo que for lavrado valerá como decisão irrecorrível, salvo para a previdência social quanto ás reclamações que lhe forem devidas.
súmula 418 TST: A homologação de acordo constitui faculdade do juiz, inexistindo direito líquido e certo tutelável pela via do mandado de segurança.
 
 Princípio do JUS POSTULANDI:
	Art. 791 - Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final.
§ 1º - Nos dissídios individuais os empregados e empregadores poderão fazer-se representar por intermédio do sindicato, advogado, solicitador, ou provisionado, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil.
§ 2º - Nos dissídios coletivos é facultada aos interessados a assistência por advogado.
§ 3o A constituição de procurador com poderes para o foro em geral poderá ser efetivada, mediante simples registro em ata de audiência, a requerimento verbal do advogado interessado, com anuência da parte representada. 
 
 Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. 
§ 1o Os honorários são devidos também nas ações contra a Fazenda Pública e nas ações em que a parte estiver assistida ou substituída pelo sindicato de sua categoria. 
§ 2o Ao fixar os honorários, o juízo observará: 
I - o grau de zelo do profissional; 
II - o lugar de prestação do serviço; 
III - a natureza e a importância da causa; 
IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço. 
§ 3o Na hipótese de procedência parcial, o juízo arbitrará honorários de sucumbência recíproca, vedada a compensação entre os honorários. 
§ 4o Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que não tenha obtido em juízo, ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário.
§ 5o São devidos honorários de sucumbência na reconvenção. 
 
SÚMULA Nº 425 - JUS POSTULANDI NA JUSTIÇA DO TRABALHO. ALCANCE.
 
O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho.
 
 
	Princípio da oralidade:
O Direito Processual do Trabalho é marcado por um procedimento essencialmente oral, no qual encontramos a primazia da palavra. Desde suas origens, esse ramo do Direito Processual notabilizou-se por maior interatividade entre partes e juiz, por uma concentração dos atos processuais na audiência e pela simplificação dos atos processuais.
 
A Lei nº 5.584/70 e os procedimentos que se desenvolvem no rito sumaríssimo, por exemplo, dispensam a transcrição dos depoimentos, dando máxima ênfase à “palavra falada”, bastando ao juiz reduzir a termo a conclusão a que chegou a partir desses depoimentos (art. 2º, §3º da Lei nº 5584/70 e art. 852-F da CLT).
 
O processo do trabalho é essencialmente um procedimento oral, priorizando a palavra falada. 
Princípio da Simplicidade: 
Os procedimentos do processo do trabalho são mais simples, tendo menos apego às formalidades que no processo comum 
 
Princípio Concentração dos atos processuais em audiência:
O processo do trabalho é audiencista por natureza. Decorre do princípio da simplicidade
 A regra é a audiência una 849 da clt. no Ordinário
Art. 849 - A audiência de julgamento será contínua; mas, se não for possível, por motivo de força maior, concluí-la no mesmo dia, o juiz ou presidente marcará a sua continuação para a primeira desimpedida, independentemente de nova notificação.
 
	Comparecimento das partes: 
	 Pelo autor quem pode ir o autor, sindicado, adv. 
	Pelo réu: Preposto ou gerente, que não precisa ser empregado
	Ausência da audiência:
Art. 844 - O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato.
	Se for audiência de instrução: su 74 - Confissão ficta. E Súmula 9 do TST. 
	SÚMULA Nº 74 - CONFISSÃO 
I - Aplica-se a confissão à parte que, expressamente intimada com aquela cominação, não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor. (ex-Súmula nº 74 - RA 69/1978, DJ 26.09.1978)
	Súmula nº 9 do TST
AUSÊNCIA DO RECLAMANTE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após contestada a ação em audiência, não importa arquivamento do processo.
Sendo audiência Inicial / Conciliação/ una: Autor não vai, arquivamento, réu não vai revelia e confissão. Art 844 e S5 
 
	Princípioda irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias:
Um dos princípios mais próprios do Direito Processual do Trabalho é a irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias. A doutrina mais clássica enxerga nesse princípio decorrência própria da oralidade marcante de tal ramo do Direito. Com sede no art. 893, §1º da CLT, por tal princípio não se admite recurso imediato das decisões interlocutórias proferidas por juízes em processos de competência da Justiça do Trabalho.
 
Irrecorribilidade é um dos princípios mais importantes do Direito.
 
Assim, se um magistrado trabalhista indefere a produção de uma prova pericial, por exemplo, entendendo-a desnecessária e passando à oitiva de testemunhas, somente após a prolação da sentença poderá a parte prejudicada suscitar, em recurso ordinário, a nulidade do ato judicial por cerceamento de defesa.
 
Nos termos da lei, “o merecimento das decisões interlocutórias” só pode ser avaliado quando do recurso da decisão definitiva (sentença). Por fim, vale destacar que o princípio da irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias possuem algumas exceções. Vamos conferi-las?
	I As decisões prolatadas em incidentes de desconsideração da personalidade jurídica na fase de execução ou recursal (art. 855-A, incisos II e III da CLT). (CABE AGRAVO DE PETIÇÃO, OU AGRAVO INTERNO SE PROFERIDA POR RELATOR)
II As decisões denegatórias da admissibilidade de recursos (que podem ser atacadas por agravo de instrumento, nos termos do art. 897, “b” da CLT).
III Decisões interlocutórias de Tribunal Regional do Trabalho que contrariem Súmula ou OJ do TST (Súmula 214,I do TST).
IV Decisões suscetíveis de impugnação mediante recurso para o mesmo tribunal (conforme item II da Súmula 214do TST, casos de hipótesesde uso do agravo regimental).
V Decisão que acolhe exceção de incompetência territorial com remessa dos autos a tribunal regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado (Súmula 214, III do TST em interpretação lógica do art. 799, §2º da CLT).
 
893 s1 da clt. A regra é que da decisão interlocutória, em regra não cabe recurso, exceção é a exceção de incompetência territorial, art 800 da clt. 
Não cabe recurso, se o processo for remetido para o mesmo tribunal regional. Mas se for de São Gonçalo para SP, caberá recurso. É o Local da prestação de serviço que define a competência. Exceção, quando a empresa é nacional. 
 
	Procedimento sumaríssimo Art. 852 A clt 
De 2 a 40 salários mínimos.
Estão excluídas: Adm pública direta, autarquica e fundacional
O pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor correspondente.
Não se fará citação por edital.
As provas serão produzidas em audiência.
Audiencia Uma.
Possibilidade de prova pericial, prazo de 5 dias para se manifestar em relação ao laudo.
Só cabe recurso se afrontar a constituição federal lei 5584 - 70
Apreciação em 15 dias da proposição da demanda.
	Art. 852-H. Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que não requeridas previamente. 	
§ 1º Sobre os documentos apresentados por uma das partes manifestar-se-á imediatamente a parte contrária, sem interrupção da audiência, salvo absoluta impossibilidade, a critério do juiz. 	
§ 2º As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte, comparecerão à audiência de instrução e julgamento independentemente de intimação. 	
 
§ 3º Só será deferida intimação de testemunha que, comprovadamente convidada, deixar de comparecer. Não comparecendo a testemunha intimada, o juiz poderá determinar sua imediata condução coercitiva. 	
 
§ 4º Somente quando a prova do fato o exigir, ou for legalmente imposta, será deferida prova técnica, incumbindo ao juiz, desde logo, fixar o prazo, o objeto da perícia e nomear perito. 	
 
§ 5º (VETADO) 	
§ 6º As partes serão intimadas a manifestar-se sobre o laudo, no prazo comum de cinco dias. 	
 
§ 7º Interrompida a audiência, o seu prosseguimento e a solução do processo dar-se-ão no prazo máximo de trinta dias, salvo motivo relevante justificado nos autos pelo juiz da causa. 
as testemunhas 2.
Só adia a audiência se não for, sendo determinada condução coercitiva. 
Nomear perito s3. 
Regra geral impugnação de laudo é 10 dias, no sumaríssimo 5 dias. 
852 h -i 
Vai cair questão de prazo na prova;
 
Art 775- Com exclusão do dia do começo e inclusão do fim
	Art. 775. Os prazos estabelecidos neste Título serão contados em dias úteis, com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento. 
§ 1 Os prazos podem ser prorrogados, pelo tempo estritamente necessário, nas seguintes hipóteses: 	
I - quando o juízo entender necessário; 	
II - em virtude de força maior, devidamente comprovada. 	
§ 2 Ao juízo incumbe dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito. 	
Art. 775-A. Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, inclusive. 	
§ 1 Ressalvadas as férias individuais e os feriados instituídos por lei, os juízes, os membros do Ministério Público, da Defensoria Pública e da Advocacia Pública e os auxiliares da Justiça exercerão suas atribuições durante o período previsto no caput deste artigo. 	
§ 2 Durante a suspensão do prazo, não se realizarão audiências nem sessões de julgamento. 	
	 Art. 775-A. Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, inclusive. 	
§ 1 Ressalvadas as férias individuais e os feriados instituídos por lei, os juízes, os membros do Ministério Público, da Defensoria Pública e da Advocacia Pública e os auxiliares da Justiça exercerão suas atribuições durante o período previsto no caput deste artigo. 	
§ 2 Durante a suspensão do prazo, não se realizarão audiências nem sessões de julgamento. 	
	Súmula nº 1 do TST
PRAZO JUDICIAL (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação com efeito de intimação for feita nesse dia, o prazo judicial será contado da segunda-feira imediata, inclusive, salvo se não houver expediente, caso em que fluirá no dia útil que se seguir. 
	Súmula nº 262 do TST
PRAZO JUDICIAL. NOTIFICAÇÃO OU INTIMAÇÃO EM SÁBADO. RECESSO FORENSE. (redação do item II alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 19.05.2014) – Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014
I - Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará no primeiro dia útil imediato e a contagem, no subsequente. (ex-Súmula nº 262 - Res. 10/1986, DJ 31.10.1986)
II - O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal Superior do Trabalho suspendem os prazos recursais. (ex-OJ nº 209 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000)
Férias forenses Janeiro e Julho só funciona plantão só tribunal superior.
Força maior 221 cpc 
	Súmula nº 16 do TST
NOTIFICAÇÃO (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas depois de sua postagem. O seu não-recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do destinatário.
 
	Procedimento Ordinário:
+ de 40 Salários mínimos.
Audiencia pública no juizo ou tribunal 08 as 18h. Duração max de 5 horas.
Atos processuais em regra públicos.
Penhora ao sáb não depende de autorização. DOMINGO OU FERIADO SÓ COM AUTORIZAÇÃO DO MAGIS.
Atos processuais ocorrem das 06 as 20 horas
	Art. 770 - Os atos processuais serão públicos salvo quando o contrário determinar o interesse social, e realizar-se-ão nos dias úteis das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.
Parágrafo único - A penhora poderá realizar-se em domingo ou dia feriado, mediante autorização expressa do juiz ou presidente.
Custas:
Empregado: Quando perder em TODOS os pedidos!
Empregador: Quando perder em pelo menos um pedido
Isentos: Art 790:
	Art. 790. Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de Direito, nos Tribunais e no Tribunal Superior do Trabalho, a forma de pagamento dascustas e emolumentos obedecerá às instruções que serão expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho. 	(Redação dada pela Lei nº 10.537, de 27.8.2002)
§ 1 Tratando-se de empregado que não tenha obtido o benefício da justiça gratuita, ou isenção de custas, o sindicato que houver intervindo no processo responderá solidariamente pelo pagamento das custas devidas. 	
§ 2 No caso de não-pagamento das custas, far-se-á execução da respectiva importância, segundo o procedimento estabelecido no Capítulo V deste Título. 	
§ 3 É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. 
§ 4 O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo. 	
 
 Art. 790-A. São isentos do pagamento de custas, além dos beneficiários de justiça gratuita: 	
I – a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e respectivas autarquias e fundações públicas federais, estaduais ou municipais que não explorem atividade econômica; 	
II – o Ministério Público do Trabalho. 	
Parágrafo único. A isenção prevista neste artigo não alcança as entidades fiscalizadoras do exercício profissional, nem exime as pessoas jurídicas referidas no inciso I da obrigação de reembolsar as despesas judiciais realizadas pela parte vencedora. 	
Art. 790-B. A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, ainda que beneficiária da justiça gratuita. 	
§ 1 Ao fixar o valor dos honorários periciais, o juízo deverá respeitar o limite máximo estabelecido pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho. 	
§ 2 O juízo poderá deferir parcelamento dos honorários periciais. 	
§ 3 O juízo não poderá exigir adiantamento de valores para realização de perícias. 	
 
São isentos do depósito recursal 899 clt:
§ 10. São isentos do depósito recursal os beneficiários da justiça gratuita, as entidades filantrópicas e as empresas em recuperação judicial.
Reduzido pela metade:
§ 9o O valor do depósito recursal será reduzido pela metade para entidades sem fins lucrativos, empregadores domésticos, microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte.
 § 11. O depósito recursal poderá ser substituído por fiança bancária ou seguro garantia judicial. 	
 
Prazo para recurso:
8 dias regra 5584/70 art 6, 
	exceção:
Embargos de declaração 5 dias.
Pedido de revisão 48 hrs
Recurso extraordinário 15 dias
Embargos a execução 5 dias contados da garantia
Embargos a execução pela fazenda pública: 30 dias
Ação rescisória: 2 anos contato do dia subsequente ao transito em julgado.
Agravo Regimental: Depende do regimeto.
 
 Revisão em 27/05/2024 
Conteúdo digital, 2 questões
Art clássico da testemunha 447 do cpc suspensão impedimento e incapacidade. 
	Art. 447. Podem depor como testemunhas todas as pessoas, exceto as incapazes, impedidas ou suspeitas.
§ 1º São incapazes:
I - o interdito por enfermidade ou deficiência mental;
II - o que, acometido por enfermidade ou retardamento mental, ao tempo em que ocorreram os fatos, não podia discerni-los, ou, ao tempo em que deve depor, não está habilitado a transmitir as percepções;
III - o que tiver menos de 16 (dezesseis) anos;
IV - o cego e o surdo, quando a ciência do fato depender dos sentidos que lhes faltam.
 
§ 2º São impedidos:
I - o cônjuge, o companheiro, o ascendente e o descendente em qualquer grau e o colateral, até o terceiro grau, de alguma das partes, por consanguinidade ou afinidade, salvo se o exigir o interesse público ou, tratando-se de causa relativa ao estado da pessoa, não se puder obter de outro modo a prova que o juiz repute necessária ao julgamento do mérito;
II - o que é parte na causa;
III - o que intervém em nome de uma parte, como o tutor, o representante legal da pessoa jurídica, o juiz, o advogado e outros que assistam ou tenham assistido as partes.
§ 3º São suspeitos:
 
I - o inimigo da parte ou o seu amigo íntimo;
II - o que tiver interesse no litígio.
 
§ 4º Sendo necessário, pode o juiz admitir o depoimento das testemunhas menores, impedidas ou suspeitas.
 
§ 5º Os depoimentos referidos no § 4º serão prestados independentemente de compromisso, e o juiz lhes atribuirá o valor que possam merecer.
 
	Súmula nº 357 do TST
TESTEMUNHA. AÇÃO CONTRA A MESMA RECLAMADA. SUSPEIÇÃO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
Não torna suspeita a testemunha o simples fato de estar litigando ou de ter litigado contra o mesmo empregador.
Recursos: Cabimento 3 questões de cabimento 
 
	Recurso ordinário 895:
Art. 895 - Cabe recurso ordinário para a instância superior:
(i) I - das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; e 
(ii) I - das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos 
 
Agravo de instrumento 897
 Art. 897 - Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias: 
a) de petição, das decisões do Juiz ou Presidente, nas execuções;	
b) de instrumento, dos despachos que denegarem a interposição de recursos.
 
	Recurso de revista 896
Art. 896 - Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando: 
 
TRT1 Lei federal.
Trt Violação - Súmula ou oj (tst) Súmula vinculante stf 
Sentença normativa, Clt / act - Lei Estadual - Regulamento emopresarial 
TRT - violação - CRFB E Lei federal
SÚMARISSÍMO = Súmula tst, súmula vinculante, CRFB.
Execução: violação a crfb 896 s10 clt. 
Parágrafo 9 do 896 e Parágrafo 2 
	Embargos no TST
Embargos infringentes: 894 I CLT
TST > DISSÍDIO COLETIVO > ACÓRDÃO NÃO UNANIME. 894 A
Embargos de divergência 894 ii:
TRT - TST > Acórdão 
 3 turma
dispensa discriminatória por câncer, a 3 turma entendeu que tem discriminação.
 X 
 Acórdão
 4 turma
 Dispensa discriminatória por cancer, não tem
 Quem vai dirimir é a SDI, entre turmas do TST. 
 
	Agravo de petição art 897 clt.
IDPJ no conhecimento no processo do trabalho, não cabe recurso
Decisão > Impugnação
Embargos á execução
embargos de terceiro
exceção de pre executividade (acolhe)
Incidente de desconsideração da personalidade jurídica (execução) 
 
Art. 897 - Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias: 	
a) de petição, das decisões do Juiz ou Presidente, nas execuções; 	
b) de instrumento, dos despachos que denegarem a interposição de recursos. 	
§ 1º - O agravo de petição só será recebido quando o agravante delimitar, justificadamente, as matérias e os valores impugnados, permitida a execução imediata da parte remanescente até o final, nos próprios autos ou por carta de sentença. 	
§ 2º - O agravo de instrumento interposto contra o despacho que não receber agravo de petição não suspende a execução da sentença. 	
§ 3 Na hipótese da alínea a deste artigo, o agravo será julgado pelo próprio tribunal, presidido pela autoridade recorrida, salvo se se tratar de decisão de Juiz do Trabalho de 1ª Instância ou de Juiz de Direito, quando o julgamento competirá a uma das Turmas do Tribunal Regional a que estiver subordinado o prolator da sentença, observado o disposto no art. 679, a quem este remeterá as peças necessárias para o exame da matéria controvertida, em autos apartados, ou nos próprios autos, se tiver sido determinada a extração de carta de sentença. 
§ 4º - Na hipótese da alínea b deste artigo, o agravo será julgado pelo Tribunal que seria competente para conhecer o recurso cuja interposição foi denegada. 	
§ 5 Sob pena de não conhecimento, as partes promoverão a formação do instrumento do agravo de modo a possibilitar, caso provido,o imediato julgamento do recurso denegado, instruindo a petição de interposição: 
I - obrigatoriamente, com cópias da decisão agravada, da certidão da respectiva intimação, das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado, da petição inicial, da contestação, da decisão originária, do depósito recursal referente ao recurso que se pretende destrancar, da comprovação do recolhimento das custas e do depósito recursal a que se refere o § 7o do art. 899 desta Consolidação; 	
II - facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis ao deslinde da matéria de mérito controvertida 	
§ 6 O agravado será intimado para oferecer resposta ao agravo e ao recurso principal, instruindo-a com as peças que considerar necessárias ao julgamento de ambos os recursos. 	
§ 7 Provido o agravo, a Turma deliberará sobre o julgamento do recurso principal, observando-se, se for o caso, daí em diante, o procedimento relativo a esse recurso. 	
 § 8 Quando o agravo de petição versar apenas sobre as contribuições sociais, o juiz da execução determinará a extração de cópias das peças necessárias, que serão autuadas em apartado, conforme dispõe o § 3o, parte final, e remetidas à instância superior para apreciação, após contraminuta. 	
 
Art. 897-A Caberão embargos de declaração da sentença ou acórdão, no prazo de cinco dias, devendo seu julgamento ocorrer na primeira audiência ou sessão subseqüente a sua apresentação, registrado na certidão, admitido efeito modificativo da decisão nos casos de omissão e contradição no julgado e manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos do recurso. 
§ 1 Os erros materiais poderão ser corrigidos de ofício ou a requerimento de qualquer das partes. 	
§ 2 Eventual efeito modificativo dos embargos de declaração somente poderá ocorrer em virtude da correção de vício na decisão embargada e desde que ouvida a parte contrária, no prazo de 5 (cinco) dias. 	
§ 3 Os embargos de declaração interrompem o prazo para interposição de outros recursos, por qualquer das partes, salvo quando intempestivos, irregular a representação da parte ou ausente a sua assinatura. 
			
			
		 
			
			
 	 			
 29/04/2024 		SIMULADO AV1
01- (XXXIX Exame Unicado OAB/FGV) De uma sentença trabalhista, que julgou o pedido procedente
em parte, somente o reclamante recorreu. No prazo de 8 dias da intimação acerca do recurso, a
sociedade empresária apresentou contrarrazões ao recurso ordinário e recurso ordinário adesivo.
Do recurso adesivo, o juiz concedeu vista ao reclamante, que se manifestou desistindo do recurso
principal.
Diante do caso retratado e dos termos da legislação em vigor, assinale a armativa correta
✅O recurso adesivo, com a desistência do recurso principal, não poderá ser conhecido,
ocorrendo assim o trânsito em julgado da sentença.
📖 cpc 
02-A petição inicial trabalhista é o instrumento pelo qual o interessado apresenta o seu conflito para ser dirimido pelos órgãos
que compõem a Justiça do Trabalho. Indique entre as alternativas abaixo qual requisito da petição inicial trabalhista não
está previsto expressamente na CLT
✅ C) Fundamentos Jurídicos.
📖 CLT
 
03- (XXXIV Exame Unicado OAB/FGV) Em 7 de fevereiro de 2022 (uma segunda-feira), Carlos ajuizou reclamação trabalhista
pelo rito ordinário contra a Sociedade Empresária Calçados Ícaro Ltda., postulando vários direitos que arma terem sido
lesados ao longo dos 3 (três) anos nos quais trabalhou na empresa.
A Vara para a qual o processo foi sorteado é extremamente organizada, tendo comprovadamente ocorrido a citação em 9 de
fevereiro (quarta-feira) e designada a audiência una para o dia 11 de fevereiro (sexta-feira). Todos os dias da referida
semana são úteis.
Diante dos fatos e do que dispõe a CLT, assinale a armativa correta
✅ A audiência deve ser remarcada, se houver pedido do reclamado, porque não se observou prazo mínimo de 5
(cinco) dias úteis contados da citação
📖 clt 5 dias.
04- John estava empregado em uma sociedade empresária de óleo
e gás, mas foi injustamente dispensado por justa causa, com base em uma falsa acusação de consumo
de álcool a bordo da plataforma, no dia 20/03/2023.
Você, como advogado de John, ajuizou reclamação trabalhista e a única testemunha do seu cliente
não fala ou entende português, apenas inglês. Você a arrolou como testemunha, e já requereu e
obteve o benefício da gratuidade de justiça.
Sobre seu requerimento para a produção da prova, assinale a armativa correta.
✅Você deverá requerer ao juiz um intérprete, que será custeado pela ré, se sucumbente no
objeto da prova, ou pela União, se você for a parte sucumbente.
📖 CLT
05- Em uma reclamação trabalhista, o autor armou ter sido vítima de discriminação
estética, pois fora dispensado pelo ex-empregador por não ter querido raspar o próprio bigode. Requereu, na petição inicial,
tutela de urgência para ser imediatamente reintegrado em razão de prática discriminatória. O juiz, não convencido da tese
de discriminação, indeferiu a tutela de urgência e determinou a designação de audiência, com a respectiva citação.
Como advogado(a) do autor, assinale a opção que contém, de acordo com a Lei e o entendimento consolidado do TST, a
medida judicial a ser manejada para reverter a situação e conseguir a tutela de urgência desejada.
✅ Impetrar mandado de segurança.
06- João ajuizou uma reclamação trabalhista contra a empresa "X". Armou que exercia a mesma função que Maria. Diz que
Maria recebia R$500,00 a mais que João. Foi feita prova oral e documental. Quem deve produzir a prova.
✅ O ônus da prova será de João apenas se a empresa negar que ele exercia a mesma função que Maria
07- Natália ajuizou reclamação trabalhista contra o ex-empregador e a ação adotou o rito
sumaríssimo. Natália teve procedência parcial do seu pedido, tendo havido recurso do ex-empregador. O TRT local manteve a
sentença, mas, na ótica da sociedade empresária, a decisão violou frontalmente uma orientação jurisprudencial (OJ) do TST, daí porque interpôs recurso de revista para tentar revertê-la sob esse fundamento.
Diante do fato apresentado e das normas previstas na CLT, assinale a armativa correta.
✅ O recurso de revista não será admitido, porque não houve violação de Súmula do TST, de Súmula vinculante do STF e
nem violação direta da Constituição Federa
08- O juiz, em sede de reclamação trabalhista,
após ouvir os depoimentos pessoais das partes, deu início à oitiva de testemunha da parte ré, já que o
autor não produziu a prova testemunhal. Como as três testemunhas da empresa permaneceram na
sala de audiência durante toda a audiência, o juiz ouviu cada uma delas sem que as outras se
retirassem.
De acordo com a CLT, assinale a opção que indica o procedimento a ser adotado pelo advogado da
parte autora.
✅Deverá ser requerida a invalidação dos depoimentos.
09- Pedro Arnaldo ajuizou reclamação trabalhista em face da ex-
empregadora. No dia da audiência, rejeitada a possibilidade de acordo, o feito foi contestado. A parte
ré, porém, requereu o adiamento em razão da ausência de uma testemunha, que estava intimada
regularmente. Na audiência seguinte Pedro Arnaldo, sem qualquer justicativa, não compareceu.
Diante disso, nos termos da CLT e do entendimento jurisprudencial consolidado do TST, assinale a
armativa correta.
✅A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após contestada a ação em audiência,
não importa arquivamento do processo.
10- Juca ajuizou ação trabalhista em face da sua ex-empregadora, empresa privada do ramo de
mineração. Paulo também ajuizou ação, mas em face de seu ex-empregador, uma empresa de prestação de serviços, e do
Município de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, para quem prestou serviços, requerendo a responsabilização subsidiária. Os
respectivos advogados atribuíram o valor correspondente a 20 salários mínimos à causa de Juca e de 15 salários mínimos à
causa de Paulo. Diante disso, assinale a correta.
✅A causa de Juca correrá sob o procedimento sumaríssimo e a de Paulo, sob o ordinário.
		SIMULADO AV1
01- (XXXIX Exame Unicado OAB/FGV)De uma sentença trabalhista, que julgou o pedido procedente
em parte, somente o reclamante recorreu. No prazo de 8 dias da intimação acerca do recurso, a
sociedade empresária apresentou contrarrazões ao recurso ordinário e recurso ordinário adesivo.
Do recurso adesivo, o juiz concedeu vista ao reclamante, que se manifestou desistindo do recurso
principal.
Diante do caso retratado e dos termos da legislação em vigor, assinale a armativa correta
✅O recurso adesivo, com a desistência do recurso principal, não poderá ser conhecido,
ocorrendo assim o trânsito em julgado da sentença.
📖 cpc 
02-A petição inicial trabalhista é o instrumento pelo qual o interessado apresenta o seu conito para ser dirimido pelos órgãos
que compõem a Justiça do Trabalho. Indique entre as alternativas abaixo qual requisito da petição inicial trabalhista não
está previsto expressamente na CLT
✅ C) Fundamentos Jurídicos.
📖 CLT
 
03- (XXXIV Exame Unicado OAB/FGV) Em 7 de fevereiro de 2022 (uma segunda-feira), Carlos ajuizou reclamação trabalhista
pelo rito ordinário contra a Sociedade Empresária Calçados Ícaro Ltda., postulando vários direitos que arma terem sido
lesados ao longo dos 3 (três) anos nos quais trabalhou na empresa.
A Vara para a qual o processo foi sorteado é extremamente organizada, tendo comprovadamente ocorrido a citação em 9 de
fevereiro (quarta-feira) e designada a audiência una para o dia 11 de fevereiro (sexta-feira). Todos os dias da referida
semana são úteis.
Diante dos fatos e do que dispõe a CLT, assinale a armativa correta
✅ A audiência deve ser remarcada, se houver pedido do reclamado, porque não se observou prazo mínimo de 5
(cinco) dias úteis contados da citação
📖 clt 5 dias.
04- John estava empregado em uma sociedade empresária de óleo
e gás, mas foi injustamente dispensado por justa causa, com base em uma falsa acusação de consumo
de álcool a bordo da plataforma, no dia 20/03/2023.
Você, como advogado de John, ajuizou reclamação trabalhista e a única testemunha do seu cliente
não fala ou entende português, apenas inglês. Você a arrolou como testemunha, e já requereu e
obteve o benefício da gratuidade de justiça.
Sobre seu requerimento para a produção da prova, assinale a armativa correta.
✅Você deverá requerer ao juiz um intérprete, que será custeado pela ré, se sucumbente no
objeto da prova, ou pela União, se você for a parte sucumbente.
📖 CLT
05- Em uma reclamação trabalhista, o autor armou ter sido vítima de discriminação
estética, pois fora dispensado pelo ex-empregador por não ter querido raspar o próprio bigode. Requereu, na petição inicial,
tutela de urgência para ser imediatamente reintegrado em razão de prática discriminatória. O juiz, não convencido da tese
de discriminação, indeferiu a tutela de urgência e determinou a designação de audiência, com a respectiva citação.
Como advogado(a) do autor, assinale a opção que contém, de acordo com a Lei e o entendimento consolidado do TST, a
medida judicial a ser manejada para reverter a situação e conseguir a tutela de urgência desejada.
✅ Impetrar mandado de segurança.
06- João ajuizou uma reclamação trabalhista contra a empresa "X". Armou que exercia a mesma função que Maria. Diz que
Maria recebia R$500,00 a mais que João. Foi feita prova oral e documental. Quem deve produzir a prova.
✅ O ônus da prova será de João apenas se a empresa negar que ele exercia a mesma função que Maria
07- Natália ajuizou reclamação trabalhista contra o ex-empregador e a ação adotou o rito
sumaríssimo. Natália teve procedência parcial do seu pedido, tendo havido recurso do ex-empregador. O TRT local manteve a
sentença, mas, na ótica da sociedade empresária, a decisão violou frontalmente uma orientação jurisprudencial (OJ) do TST, daí porque interpôs recurso de revista para tentar revertê-la sob esse fundamento.
Diante do fato apresentado e das normas previstas na CLT, assinale a armativa correta.
✅ O recurso de revista não será admitido, porque não houve violação de Súmula do TST, de Súmula vinculante do STF e
nem violação direta da Constituição Federa
08- O juiz, em sede de reclamação trabalhista,
após ouvir os depoimentos pessoais das partes, deu início à oitiva de testemunha da parte ré, já que o
autor não produziu a prova testemunhal. Como as três testemunhas da empresa permaneceram na
sala de audiência durante toda a audiência, o juiz ouviu cada uma delas sem que as outras se
retirassem.
De acordo com a CLT, assinale a opção que indica o procedimento a ser adotado pelo advogado da
parte autora.
✅Deverá ser requerida a invalidação dos depoimentos.
09- Pedro Arnaldo ajuizou reclamação trabalhista em face da ex-
empregadora. No dia da audiência, rejeitada a possibilidade de acordo, o feito foi contestado. A parte
ré, porém, requereu o adiamento em razão da ausência de uma testemunha, que estava intimada
regularmente. Na audiência seguinte Pedro Arnaldo, sem qualquer justicativa, não compareceu.
Diante disso, nos termos da CLT e do entendimento jurisprudencial consolidado do TST, assinale a
armativa correta.
✅A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após contestada a ação em audiência,
não importa arquivamento do processo.
10- Juca ajuizou ação trabalhista em face da sua ex-empregadora, empresa privada do ramo de
mineração. Paulo também ajuizou ação, mas em face de seu ex-empregador, uma empresa de prestação de serviços, e do
Município de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, para quem prestou serviços, requerendo a responsabilização subsidiária. Os
respectivos advogados atribuíram o valor correspondente a 20 salários mínimos à causa de Juca e de 15 salários mínimos à
causa de Paulo. Diante disso, assinale a correta.
✅A causa de Juca correrá sob o procedimento sumaríssimo e a de Paulo, sob o ordinário.

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