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Ementa e Acórdão
30/08/2019 PLENÁRIO
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 511.961 SÃO PAULO
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
EMBTE.(S) :FENAJ- FEDERAÇÃO NACIONAL DOS 
JORNALISTAS 
ADV.(A/S) : JOÃO ROBERTO EGYDIO PIZA FONTES 
EMBDO.(A/S) :SINDICATO DAS EMPRESAS DE RÁDIO E 
TELEVISÃO NO ESTADO DE SÃO PAULO - SERTESP 
ADV.(A/S) :RONDON AKIO YAMADA 
EMBDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL 
PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA 
INTDO.(A/S) :UNIÃO 
ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO 
EMENTA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO. DIREITO CONSTITUCIONAL. EXERCÍCIO DA 
PROFISSÃO DE JORNALISTA. EXIGÊNCIA DE DIPLOMA DE CURSO 
SUPERIOR. LIBERDADES DE PROFISSÃO, EXPRESSÃO E 
INFORMAÇÃO. ARTS. 5º, IX E XIII, E 220, CAPUT, § 1ª, DA LEI MAIOR. 
OMISSÃO. CONTRADIÇÃO. OBSCURIDADE. NÃO OCORRÊNCIA. 
CARÁTER INFRINGENTE. DECLARATÓRIOS OPOSTOS SOB A 
VIGÊNCIA DO CPC/1973.
1. Inocorrência de descompasso lógico entre os fundamentos 
adotados e a conclusão do julgado, circunstância que afasta a tese 
veiculada nos embargos declaratórios de que contraditório ou obscuro o 
decisum.
2. Não se prestam os embargos de declaração, não obstante sua 
vocação democrática e sua finalidade precípua de aperfeiçoamento da 
prestação jurisdicional, para o reexame das questões de fato e de direito já 
apreciadas no acórdão embargado.
3. Ausentes contradição, omissão e obscuridade justificadoras da 
oposição de embargos declaratórios, nos termos do art. 535 do CPC, a 
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 94C2-D688-9EF4-B470 e senha AB8D-A25A-BA0B-2D92
Supremo Tribunal FederalSupremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 20
Ementa e Acórdão
RE 511961 ED / SP 
evidenciar o caráter meramente infringente da insurgência.
4. Embargos de declaração rejeitados.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do 
Supremo Tribunal Federal em rejeitar os embargos de declaração, nos 
termos do voto da Relatora e por unanimidade de votos, em sessão 
virtual do Plenário de 23 a 29 de agosto de 2019, na conformidade da ata 
do julgamento. Não participou deste julgamento, por motivo de licença 
médica, o Ministro Celso de Mello. 
Brasília, 30 de agosto de 2019.
Ministra Rosa Weber
Relatora
2 
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 94C2-D688-9EF4-B470 e senha AB8D-A25A-BA0B-2D92
Supremo Tribunal Federal
RE 511961 ED / SP 
evidenciar o caráter meramente infringente da insurgência.
4. Embargos de declaração rejeitados.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do 
Supremo Tribunal Federal em rejeitar os embargos de declaração, nos 
termos do voto da Relatora e por unanimidade de votos, em sessão 
virtual do Plenário de 23 a 29 de agosto de 2019, na conformidade da ata 
do julgamento. Não participou deste julgamento, por motivo de licença 
médica, o Ministro Celso de Mello. 
Brasília, 30 de agosto de 2019.
Ministra Rosa Weber
Relatora
2 
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 94C2-D688-9EF4-B470 e senha AB8D-A25A-BA0B-2D92
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 20
Relatório
30/08/2019 PLENÁRIO
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 511.961 SÃO PAULO
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
EMBTE.(S) :FENAJ- FEDERAÇÃO NACIONAL DOS 
JORNALISTAS 
ADV.(A/S) : JOÃO ROBERTO EGYDIO PIZA FONTES 
EMBDO.(A/S) :SINDICATO DAS EMPRESAS DE RÁDIO E 
TELEVISÃO NO ESTADO DE SÃO PAULO - SERTESP 
ADV.(A/S) :RONDON AKIO YAMADA 
EMBDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL 
PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA 
INTDO.(A/S) :UNIÃO 
ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO 
RELATÓRIO
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Contra o acórdão da 
relatoria do Ministro Gilmar Mendes pelo qual este Plenário conheceu e 
deu provimento aos recursos extraordinários, declarando a não recepção 
do art. 4º, V, do Decreto-lei nº 972/1989, opõem embargos de declaração a 
Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e o Sindicato dos Jornalistas 
Profissionais no Estado de São Paulo. Com amparo no art. 535 do CPC, 
reputam omisso, obscuro e contraditório o julgado.
Alegam, em síntese, que:
1. “o r. acórdão do Pleno dessa Colenda Corte padece do vício 
de julgamento "extra petita" pois teria determinado a vedação à 
criação de ordem ou conselho profissional para fiscalização da 
profissão de jornalista sem que houvesse pedido nesse sentido 
na petição inicial e a declaração de não recepção pela CF do 
dispositivo legal que exige diploma para o exercício da 
profissão de jornalista também não faria parte dos pedidos 
deduzidos na exordial da ACP”;
2. “o aresto sofre de omissão inconstitucional ao não se 
manifestar sobre a previsão das figuras dos provisionados e 
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 685C-D014-A16C-F02C e senha 8E8A-A21A-8726-DDF9
Supremo Tribunal Federal
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http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 46A6-C26A-3F0A-0A72 e senha 8430-3F3D-E2F2-E89E
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Supremo Tribunal Federal
30/08/2019 PLENÁRIO
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 511.961 SÃO PAULO
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
EMBTE.(S) :FENAJ- FEDERAÇÃO NACIONAL DOS 
JORNALISTAS 
ADV.(A/S) : JOÃO ROBERTO EGYDIO PIZA FONTES 
EMBDO.(A/S) :SINDICATO DAS EMPRESAS DE RÁDIO E 
TELEVISÃO NO ESTADO DE SÃO PAULO - SERTESP 
ADV.(A/S) :RONDON AKIO YAMADA 
EMBDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL 
PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA 
INTDO.(A/S) :UNIÃO 
ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO 
RELATÓRIO
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Contra o acórdão da 
relatoria do Ministro Gilmar Mendes pelo qual este Plenário conheceu e 
deu provimento aos recursos extraordinários, declarando a não recepção 
do art. 4º, V, do Decreto-lei nº 972/1989, opõem embargos de declaração a 
Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e o Sindicato dos Jornalistas 
Profissionais no Estado de São Paulo. Com amparo no art. 535 do CPC, 
reputam omisso, obscuro e contraditório o julgado.
Alegam, em síntese, que:
1. “o r. acórdão do Pleno dessa Colenda Corte padece do vício 
de julgamento "extra petita" pois teria determinado a vedação à 
criação de ordem ou conselho profissional para fiscalização da 
profissão de jornalista sem que houvesse pedido nesse sentido 
na petição inicial e a declaração de não recepção pela CF do 
dispositivo legal que exige diploma para o exercício da 
profissão de jornalista também não faria parte dos pedidos 
deduzidos na exordial da ACP”;
2. “o aresto sofre de omissão inconstitucional ao não se 
manifestar sobre a previsão das figuras dos provisionados e 
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 20
Relatório
RE 511961 ED / SP 
colaboradores que poderiam escrever livremente em jornal sem 
ter o diploma de jornalista e sobre o argumento dos 
embargantes segundo o qual da interpretação sistemática dos 
artigos 5°, XIII e 220, caput e § 1 ° da CF seria impossível 
enxergar vedação à exigência legal de diploma para o exercício 
do jornalismo”; e
3. “a decisão padeceria de obscuridade e contradição (note-se 
que as fls. 2182 e 2183 dos autos estão invertidas) ao se 
manifestar sobre a possibilidade de o exercício da profissão de 
jornalista causar ou não prejuízos e sobre a exigência ou não de 
técnicas específicas para o exercício da profissão de jornalismo”.
Declaratórios opostos sob a vigência do Código de Processo Civil de 
1973.
Substituição da relatoria (art. 38 do RISTF).
É o relatório.
2 
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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Supremo Tribunal Federal
RE 511961 ED / SP 
colaboradores que poderiam escrever livremente em jornal sem 
ter o diploma de jornalista e sobre o argumento dos 
embargantes segundo o qual da interpretação sistemática dos 
artigos 5°, XIII e 220, caput e § 1 ° da CF seria impossível 
enxergar vedação à exigência legal de diploma para o exercício 
do jornalismo”; e
3. “a decisão padeceria de obscuridade e contradição (note-se 
que as fls. 2182 e 2183 dos autos estão invertidas) ao se 
manifestar sobre a possibilidade de o exercício da profissão de 
jornalista causar ou não prejuízos e sobre a exigência ou não de 
técnicas específicas para o exercício da profissão de jornalismo”.
Declaratórios opostos sob a vigência do Código de Processo Civil de 
1973.
Substituição da relatoria (art. 38 do RISTF).
É o relatório.
2 
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 20
Voto - MIN. ROSA WEBER
30/08/2019 PLENÁRIO
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 511.961 SÃO PAULO
VOTO
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Satisfeitos os 
pressupostos extrínsecos, passo à análise do mérito dos embargos de 
declaração.
O acórdão embargado está assim ementado:
“JORNALISMO. EXIGÊNCIA DE diploma de curso 
superior, registrado pelo Ministério da Educação, para o 
exercício da profissão DE JORNALISTA. LIBERDADES DE 
PROFISSÃO, DE EXPRESSÃO E DE INFORMAÇÃO. 
CONSTITUIÇÃO DE 1988 (art. 5º, IX e XIII, e art. 220, caput e § 
1º). NÃO RECEPÇÃO do art. 4º, inciso V, do Decreto-Lei n° 972, 
de 1969.
1. RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS. art. 102, III, a, da 
constituição. Requisitos processuais intrínsecos e extrínsecos de 
admissibilidade. Os recursos extraordinários foram 
tempestivamente interpostos e a matéria constitucional que 
deles é objeto foi amplamente debatida nas instâncias 
inferiores. Recebidos nesta Corte antes do marco temporal de 3 
de maio de 2007 (AI-QO nº 664.567/RS, Rel. Min. Sepúlveda 
Pertence), os recursos extraordinários não se submetem ao 
regime da repercussão geral.
2. Legitimidade ativa do ministério público para 
propositura da ação civil pública. O Supremo Tribunal Federal 
possui sólida jurisprudência sobre o cabimento da ação civil 
pública para proteção de interesses difusos e coletivos e a 
respectiva legitimação do Ministério Público para utilizá-la, nos 
termos dos arts. 127, caput, e 129, III, da Constituição Federal. 
No caso, a ação civil pública foi proposta pelo Ministério 
Público com o objetivo de proteger não apenas os interesses 
individuais homogêneos dos profissionais do jornalismo que 
atuam sem diploma, mas também os direitos fundamentais de 
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
30/08/2019 PLENÁRIO
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 511.961 SÃO PAULO
VOTO
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Satisfeitos os 
pressupostos extrínsecos, passo à análise do mérito dos embargos de 
declaração.
O acórdão embargado está assim ementado:
“JORNALISMO. EXIGÊNCIA DE diploma de curso 
superior, registrado pelo Ministério da Educação, para o 
exercício da profissão DE JORNALISTA. LIBERDADES DE 
PROFISSÃO, DE EXPRESSÃO E DE INFORMAÇÃO. 
CONSTITUIÇÃO DE 1988 (art. 5º, IX e XIII, e art. 220, caput e § 
1º). NÃO RECEPÇÃO do art. 4º, inciso V, do Decreto-Lei n° 972, 
de 1969.
1. RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS. art. 102, III, a, da 
constituição. Requisitos processuais intrínsecos e extrínsecos de 
admissibilidade. Os recursos extraordinários foram 
tempestivamente interpostos e a matéria constitucional que 
deles é objeto foi amplamente debatida nas instâncias 
inferiores. Recebidos nesta Corte antes do marco temporal de 3 
de maio de 2007 (AI-QO nº 664.567/RS, Rel. Min. Sepúlveda 
Pertence), os recursos extraordinários não se submetem ao 
regime da repercussão geral.
2. Legitimidade ativa do ministério público para 
propositura da ação civil pública. O Supremo Tribunal Federal 
possui sólida jurisprudência sobre o cabimento da ação civil 
pública para proteção de interesses difusos e coletivos e a 
respectiva legitimação do Ministério Público para utilizá-la, nos 
termos dos arts. 127, caput, e 129, III, da Constituição Federal. 
No caso, a ação civil pública foi proposta pelo Ministério 
Público com o objetivo de proteger não apenas os interesses 
individuais homogêneos dos profissionais do jornalismo que 
atuam sem diploma, mas também os direitos fundamentais de 
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MPn° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 3393-C28B-9A49-DBD2 e senha 3F4E-58FF-8E27-0FA3
Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 20
Voto - MIN. ROSA WEBER
RE 511961 ED / SP 
toda a sociedade (interesses difusos) à plena liberdade de 
expressão e de informação.
3. CABIMENTO da ação civil pública. A não-recepção do 
Decreto-Lei n° 972/1969 pela Constituição de 1988 constitui a 
causa de pedir da ação civil pública e não o seu pedido 
principal, o que está plenamente de acordo com a 
jurisprudência desta Corte. A controvérsia constitucional, 
portanto, constitui apenas questão prejudicial indispensável à 
solução do litígio, e não seu pedido único e principal. 
Admissibilidade da utilização da ação civil pública como 
instrumento de fiscalização incidental de constitucionalidade. 
Precedentes do STF.
4. âmbito de proteção da liberdade de exercício 
profissional (art. 5º, inciso XIII, da Constituição). Identificação 
das restrições e conformações legais constitucionalmente 
permitidas. Reserva legal qualificada. 
PROPORCIONALIDADE. A Constituição de 1988, ao assegurar 
a liberdade profissional (art. 5º, XIII), segue um modelo de 
reserva legal qualificada presente nas Constituições anteriores, 
as quais prescreviam à lei a definição das condições de 
capacidade como condicionantes para o exercício profissional. 
No âmbito do modelo de reserva legal qualificada presente na 
formulação do art. 5º, XIII, da Constituição de 1988, paira uma 
imanente questão constitucional quanto à razoabilidade e 
proporcionalidade das leis restritivas, especificamente, das leis 
que disciplinam as qualificações profissionais como 
condicionantes do livre exercício das profissões. Jurisprudência 
do Supremo Tribunal Federal: Representação nº 930, Redator p/ 
o acórdão Ministro Rodrigues Alckmin, DJ , 2-9-1977. A reserva 
legal estabelecida pelo art. 5º, XIII, não confere ao legislador o 
poder de restringir o exercício da liberdade profissional a ponto 
de atingir o seu próprio núcleo essencial.
5. JORNALISMO E LIBERDADES DE EXPRESSÃO E DE 
INFORMAÇÃO. INTEPRETAÇÃO do art. 5º, inciso XIII, em 
conjunto com os preceitos do art. 5º, incisos IV, IX, XIV, e do art. 
220 da Constituição. O jornalismo é uma profissão diferenciada 
2 
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
RE 511961 ED / SP 
toda a sociedade (interesses difusos) à plena liberdade de 
expressão e de informação.
3. CABIMENTO da ação civil pública. A não-recepção do 
Decreto-Lei n° 972/1969 pela Constituição de 1988 constitui a 
causa de pedir da ação civil pública e não o seu pedido 
principal, o que está plenamente de acordo com a 
jurisprudência desta Corte. A controvérsia constitucional, 
portanto, constitui apenas questão prejudicial indispensável à 
solução do litígio, e não seu pedido único e principal. 
Admissibilidade da utilização da ação civil pública como 
instrumento de fiscalização incidental de constitucionalidade. 
Precedentes do STF.
4. âmbito de proteção da liberdade de exercício 
profissional (art. 5º, inciso XIII, da Constituição). Identificação 
das restrições e conformações legais constitucionalmente 
permitidas. Reserva legal qualificada. 
PROPORCIONALIDADE. A Constituição de 1988, ao assegurar 
a liberdade profissional (art. 5º, XIII), segue um modelo de 
reserva legal qualificada presente nas Constituições anteriores, 
as quais prescreviam à lei a definição das condições de 
capacidade como condicionantes para o exercício profissional. 
No âmbito do modelo de reserva legal qualificada presente na 
formulação do art. 5º, XIII, da Constituição de 1988, paira uma 
imanente questão constitucional quanto à razoabilidade e 
proporcionalidade das leis restritivas, especificamente, das leis 
que disciplinam as qualificações profissionais como 
condicionantes do livre exercício das profissões. Jurisprudência 
do Supremo Tribunal Federal: Representação nº 930, Redator p/ 
o acórdão Ministro Rodrigues Alckmin, DJ , 2-9-1977. A reserva 
legal estabelecida pelo art. 5º, XIII, não confere ao legislador o 
poder de restringir o exercício da liberdade profissional a ponto 
de atingir o seu próprio núcleo essencial.
5. JORNALISMO E LIBERDADES DE EXPRESSÃO E DE 
INFORMAÇÃO. INTEPRETAÇÃO do art. 5º, inciso XIII, em 
conjunto com os preceitos do art. 5º, incisos IV, IX, XIV, e do art. 
220 da Constituição. O jornalismo é uma profissão diferenciada 
2 
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 20
Voto - MIN. ROSA WEBER
RE 511961 ED / SP 
por sua estreita vinculação ao pleno exercício das liberdades de 
expressão e de informação. O jornalismo é a própria 
manifestação e difusão do pensamento e da informação de 
forma contínua, profissional e remunerada. Os jornalistas são 
aquelas pessoas que se dedicam profissionalmente ao exercício 
pleno da liberdade de expressão. O jornalismo e a liberdade de 
expressão, portanto, são atividades que estão imbricadas por 
sua própria natureza e não podem ser pensadas e tratadas de 
forma separada. Isso implica, logicamente, que a interpretação 
do art. 5º, inciso XIII, da Constituição, na hipótese da profissão 
de jornalista, se faça, impreterivelmente, em conjunto com os 
preceitos do art. 5º, incisos IV, IX, XIV, e do art. 220 da 
Constituição, que asseguram as liberdades de expressão, de 
informação e de comunicação em geral.
6. DIPLOMA DE CURSO SUPERIOR COMO EXIGÊNCIA 
PARA O EXERCÍCIO DA PROFISSÃO DE JORNALISTA. 
RESTRIÇÃO INCONSTITUCIONAL ÀS LIBERDADES DE 
EXPRESSÃO E DE INFORMAÇÃO. As liberdades de expressão 
e de informação e, especificamente, a liberdade de imprensa, 
somente podem ser restringidas pela lei em hipóteses 
excepcionais, sempre em razão da proteção de outros valores e 
interesses constitucionais igualmente relevantes, como os 
direitos à honra, à imagem, à privacidade e à personalidade em 
geral. Precedente do STF: ADPF n° 130, Rel. Min. Carlos Britto. 
A ordem constitucional apenas admite a definição legal das 
qualificações profissionais na hipótese em que sejam elas 
estabelecidas para proteger, efetivar e reforçar o exercício 
profissional das liberdades de expressão e de informação por 
parte dos jornalistas. Fora desse quadro, há patente 
inconstitucionalidade da lei. A exigência de diploma de curso 
superior para a prática do jornalismo – o qual, em sua essência, 
é o desenvolvimento profissional das liberdades de expressão e 
de informação – não está autorizada pela ordem constitucional, 
pois constitui uma restrição, um impedimento, uma verdadeira 
supressão do pleno, incondicionado e efetivo exercício da 
liberdade jornalística, expressamente proibido pelo art. 220, § 
3 
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RE 511961 ED / SP 
por sua estreita vinculação ao pleno exercício das liberdades de 
expressão e de informação. O jornalismo é a própria 
manifestação e difusãodo pensamento e da informação de 
forma contínua, profissional e remunerada. Os jornalistas são 
aquelas pessoas que se dedicam profissionalmente ao exercício 
pleno da liberdade de expressão. O jornalismo e a liberdade de 
expressão, portanto, são atividades que estão imbricadas por 
sua própria natureza e não podem ser pensadas e tratadas de 
forma separada. Isso implica, logicamente, que a interpretação 
do art. 5º, inciso XIII, da Constituição, na hipótese da profissão 
de jornalista, se faça, impreterivelmente, em conjunto com os 
preceitos do art. 5º, incisos IV, IX, XIV, e do art. 220 da 
Constituição, que asseguram as liberdades de expressão, de 
informação e de comunicação em geral.
6. DIPLOMA DE CURSO SUPERIOR COMO EXIGÊNCIA 
PARA O EXERCÍCIO DA PROFISSÃO DE JORNALISTA. 
RESTRIÇÃO INCONSTITUCIONAL ÀS LIBERDADES DE 
EXPRESSÃO E DE INFORMAÇÃO. As liberdades de expressão 
e de informação e, especificamente, a liberdade de imprensa, 
somente podem ser restringidas pela lei em hipóteses 
excepcionais, sempre em razão da proteção de outros valores e 
interesses constitucionais igualmente relevantes, como os 
direitos à honra, à imagem, à privacidade e à personalidade em 
geral. Precedente do STF: ADPF n° 130, Rel. Min. Carlos Britto. 
A ordem constitucional apenas admite a definição legal das 
qualificações profissionais na hipótese em que sejam elas 
estabelecidas para proteger, efetivar e reforçar o exercício 
profissional das liberdades de expressão e de informação por 
parte dos jornalistas. Fora desse quadro, há patente 
inconstitucionalidade da lei. A exigência de diploma de curso 
superior para a prática do jornalismo – o qual, em sua essência, 
é o desenvolvimento profissional das liberdades de expressão e 
de informação – não está autorizada pela ordem constitucional, 
pois constitui uma restrição, um impedimento, uma verdadeira 
supressão do pleno, incondicionado e efetivo exercício da 
liberdade jornalística, expressamente proibido pelo art. 220, § 
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1º, da Constituição.
7. PROFISSÃO DE JORNALISTA. ACESSO E EXERCÍCIO. 
CONTROLE ESTATAL VEDADO PELA ORDEM 
CONSTITUCIONAL. PROIBIÇÃO CONSTITUCIONAL 
QUANTO À CRIAÇÃO DE ORDENS OU CONSELHOS DE 
FISCALIZAÇÃO PROFISSIONAL. No campo da profissão de 
jornalista, não há espaço para a regulação estatal quanto às 
qualificações profissionais. O art. 5º, incisos IV, IX, XIV, e o art. 
220, não autorizam o controle, por parte do Estado, quanto ao 
acesso e exercício da profissão de jornalista. Qualquer tipo de 
controle desse tipo, que interfira na liberdade profissional no 
momento do próprio acesso à atividade jornalística, configura, 
ao fim e ao cabo, controle prévio que, em verdade, caracteriza 
censura prévia das liberdades de expressão e de informação, 
expressamente vedada pelo art. 5º, inciso IX, da Constituição. A 
impossibilidade do estabelecimento de controles estatais sobre 
a profissão jornalística leva à conclusão de que não pode o 
Estado criar uma ordem ou um conselho profissional 
(autarquia) para a fiscalização desse tipo de profissão. O 
exercício do poder de polícia do Estado é vedado nesse campo 
em que imperam as liberdades de expressão e de informação. 
Jurisprudência do STF: Representação nº 930, Redator p/ o 
acórdão Ministro Rodrigues Alckmin, DJ , 2-9-1977.
8. JURISPRUDÊNCIA DA CORTE INTERAMERICANA 
DE DIREITOS HUMANOS. POSIÇÃO DA ORGANIZAÇÃO 
DOS ESTADOS AMERICANOS – OEA. A Corte Interamericana 
de Direitos Humanos proferiu decisão no dia 13 de novembro 
de 1985, declarando que a obrigatoriedade do diploma 
universitário e da inscrição em ordem profissional para o 
exercício da profissão de jornalista viola o art. 13 da Convenção 
Americana de Direitos Humanos, que protege a liberdade de 
expressão em sentido amplo (caso La colegiación obligatoria de 
periodistas - Opinião Consultiva OC-5/85, de 13 de novembro de 
1985). Também a Organização dos Estados Americanos – OEA, 
por meio da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, 
entende que a exigência de diploma universitário em 
4 
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1º, da Constituição.
7. PROFISSÃO DE JORNALISTA. ACESSO E EXERCÍCIO. 
CONTROLE ESTATAL VEDADO PELA ORDEM 
CONSTITUCIONAL. PROIBIÇÃO CONSTITUCIONAL 
QUANTO À CRIAÇÃO DE ORDENS OU CONSELHOS DE 
FISCALIZAÇÃO PROFISSIONAL. No campo da profissão de 
jornalista, não há espaço para a regulação estatal quanto às 
qualificações profissionais. O art. 5º, incisos IV, IX, XIV, e o art. 
220, não autorizam o controle, por parte do Estado, quanto ao 
acesso e exercício da profissão de jornalista. Qualquer tipo de 
controle desse tipo, que interfira na liberdade profissional no 
momento do próprio acesso à atividade jornalística, configura, 
ao fim e ao cabo, controle prévio que, em verdade, caracteriza 
censura prévia das liberdades de expressão e de informação, 
expressamente vedada pelo art. 5º, inciso IX, da Constituição. A 
impossibilidade do estabelecimento de controles estatais sobre 
a profissão jornalística leva à conclusão de que não pode o 
Estado criar uma ordem ou um conselho profissional 
(autarquia) para a fiscalização desse tipo de profissão. O 
exercício do poder de polícia do Estado é vedado nesse campo 
em que imperam as liberdades de expressão e de informação. 
Jurisprudência do STF: Representação nº 930, Redator p/ o 
acórdão Ministro Rodrigues Alckmin, DJ , 2-9-1977.
8. JURISPRUDÊNCIA DA CORTE INTERAMERICANA 
DE DIREITOS HUMANOS. POSIÇÃO DA ORGANIZAÇÃO 
DOS ESTADOS AMERICANOS – OEA. A Corte Interamericana 
de Direitos Humanos proferiu decisão no dia 13 de novembro 
de 1985, declarando que a obrigatoriedade do diploma 
universitário e da inscrição em ordem profissional para o 
exercício da profissão de jornalista viola o art. 13 da Convenção 
Americana de Direitos Humanos, que protege a liberdade de 
expressão em sentido amplo (caso La colegiación obligatoria de 
periodistas - Opinião Consultiva OC-5/85, de 13 de novembro de 
1985). Também a Organização dos Estados Americanos – OEA, 
por meio da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, 
entende que a exigência de diploma universitário em 
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Voto - MIN. ROSA WEBER
RE 511961 ED / SP 
jornalismo, como condição obrigatória para o exercício dessa 
profissão, viola o direito à liberdade de expressão (Informe 
Anual da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, de 25 
de fevereiro de 2009).
RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS CONHECIDOS E 
PROVIDOS.”
Não há vícios a sanar.
Constato não se ressentir o julgado do vício da omissão que se lhe 
imputa, devidamente explicitadas as razões de decidir e enfrentadas as 
questões necessárias e suficientes consideradas aquelas assertivas 
recursais capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador 
ao deslinde da controvérsia. Consabido, ademais, não se encontraro 
magistrado, na esteira do entendimento jurisprudencial pacificado por 
esta Excelsa Corte, obrigado a responder a todos os argumentos 
veiculados pelos litigantes. Precedentes: AR 2393 AgR, Tribunal Pleno, 
Relator Min. Ricardo Lewandowski, Dje 23.3.2015; Rcl 5783 ED-ED, 1ª 
Turma, Relator Min. Luiz Fux, DJe 29.10.2014; AR 2397 AgR, Tribunal 
Pleno, Relator Min. Ricardo Lewandowski, DJe 21.8.2014; Pet 4071 
AgRED, Tribunal Pleno, Relator Min. Eros Grau, DJe 21.8.2009, e RE 
465739 AgR-ED, 1ª Turma, Relator Min. Carlos Britto, DJ 24.11.2006.
Destaco, por oportuno, acerca do tido por omisso, expressamente 
registrado o entendimento de que “a interpretação do art. 5º, inciso XIII, 
da Constituição, na hipótese da profissão de jornalista, se faça, 
impreterivelmente, em conjunto com os preceitos do art. 5º, incisos IV, IX, XIV, e 
do art. 220 da Constituição, que asseguram as liberdades de expressão, de 
informação e de comunicação em geral”. Afastada, portanto, no acórdão 
recorrido, a tese de que, “da interpretação sistemática dos artigos 5°, XIII e 
220, caput e § 1 ° da CF seria impossível enxergar vedação à exigência 
legal de diploma para o exercício do jornalismo”.
Quanto ao aspecto do exercício profissional por “figuras dos 
provisionados e colaboradores que poderiam escrever livremente em jornal sem 
ter o diploma de jornalista”, explicitado que os jornalistas são aquelas 
pessoas que se dedicam profissionalmente ao exercício pleno da 
5 
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jornalismo, como condição obrigatória para o exercício dessa 
profissão, viola o direito à liberdade de expressão (Informe 
Anual da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, de 25 
de fevereiro de 2009).
RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS CONHECIDOS E 
PROVIDOS.”
Não há vícios a sanar.
Constato não se ressentir o julgado do vício da omissão que se lhe 
imputa, devidamente explicitadas as razões de decidir e enfrentadas as 
questões necessárias e suficientes consideradas aquelas assertivas 
recursais capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador 
ao deslinde da controvérsia. Consabido, ademais, não se encontrar o 
magistrado, na esteira do entendimento jurisprudencial pacificado por 
esta Excelsa Corte, obrigado a responder a todos os argumentos 
veiculados pelos litigantes. Precedentes: AR 2393 AgR, Tribunal Pleno, 
Relator Min. Ricardo Lewandowski, Dje 23.3.2015; Rcl 5783 ED-ED, 1ª 
Turma, Relator Min. Luiz Fux, DJe 29.10.2014; AR 2397 AgR, Tribunal 
Pleno, Relator Min. Ricardo Lewandowski, DJe 21.8.2014; Pet 4071 
AgRED, Tribunal Pleno, Relator Min. Eros Grau, DJe 21.8.2009, e RE 
465739 AgR-ED, 1ª Turma, Relator Min. Carlos Britto, DJ 24.11.2006.
Destaco, por oportuno, acerca do tido por omisso, expressamente 
registrado o entendimento de que “a interpretação do art. 5º, inciso XIII, 
da Constituição, na hipótese da profissão de jornalista, se faça, 
impreterivelmente, em conjunto com os preceitos do art. 5º, incisos IV, IX, XIV, e 
do art. 220 da Constituição, que asseguram as liberdades de expressão, de 
informação e de comunicação em geral”. Afastada, portanto, no acórdão 
recorrido, a tese de que, “da interpretação sistemática dos artigos 5°, XIII e 
220, caput e § 1 ° da CF seria impossível enxergar vedação à exigência 
legal de diploma para o exercício do jornalismo”.
Quanto ao aspecto do exercício profissional por “figuras dos 
provisionados e colaboradores que poderiam escrever livremente em jornal sem 
ter o diploma de jornalista”, explicitado que os jornalistas são aquelas 
pessoas que se dedicam profissionalmente ao exercício pleno da 
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liberdade de expressão. Por essa razão, o acesso e o exercício da profissão 
de jornalista não estão sujeitos ao controle estatal, “pois constitui uma 
restrição, um impedimento, uma verdadeira supressão do pleno, incondicionado e 
efetivo exercício da liberdade jornalística, expressamente proibido pelo art. 220, § 
1º, da Constituição”. Nesse sentido, transcrevo o pertinente trecho:
“[...]
As liberdades de expressão e de informação e, 
especificamente, a liberdade de imprensa, somente podem ser 
restringidas pela lei em hipóteses excepcionais, sempre em 
razão da proteção de outros valores e interesses constitucionais 
igualmente relevantes, como os direitos à honra, à imagem, à 
privacidade e à personalidade em geral. Precedente do STF: 
ADPF n° 130, Rel. Min. Carlos Britto. A ordem constitucional 
apenas admite a definição legal das qualificações profissionais 
na hipótese em que sejam elas estabelecidas para proteger, 
efetivar e reforçar o exercício profissional das liberdades de 
expressão e de informação por parte dos jornalistas. Fora desse 
quadro, há patente inconstitucionalidade da lei. A exigência de 
diploma de curso superior para a prática do jornalismo – o 
qual, em sua essência, é o desenvolvimento profissional das 
liberdades de expressão e de informação – não está autorizada 
pela ordem constitucional, pois constitui uma restrição, um 
impedimento, uma verdadeira supressão do pleno, 
incondicionado e efetivo exercício da liberdade jornalística, 
expressamente proibido pelo art. 220, § 1º, da Constituição.
7. PROFISSÃO DE JORNALISTA. ACESSO E EXERCÍCIO. 
CONTROLE ESTATAL VEDADO PELA ORDEM 
CONSTITUCIONAL. PROIBIÇÃO CONSTITUCIONAL 
QUANTO À CRIAÇÃO DE ORDENS OU CONSELHOS DE 
FISCALIZAÇÃO PROFISSIONAL. No campo da profissão de 
jornalista, não há espaço para a regulação estatal quanto às 
qualificações profissionais. O art. 5º, incisos IV, IX, XIV, e o art. 
220, não autorizam o controle, por parte do Estado, quanto ao 
acesso e exercício da profissão de jornalista. Qualquer tipo de 
controle desse tipo, que interfira na liberdade profissional no 
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liberdade de expressão. Por essa razão, o acesso e o exercício da profissão 
de jornalista não estão sujeitos ao controle estatal, “pois constitui uma 
restrição, um impedimento, uma verdadeira supressão do pleno, incondicionado e 
efetivo exercício da liberdade jornalística, expressamente proibido pelo art. 220, § 
1º, da Constituição”. Nesse sentido, transcrevo o pertinente trecho:
“[...]
As liberdades de expressão e de informação e, 
especificamente, a liberdade de imprensa, somente podem ser 
restringidas pela lei em hipóteses excepcionais, sempre em 
razão da proteção de outros valores e interesses constitucionais 
igualmente relevantes, como os direitos à honra, à imagem, à 
privacidade e à personalidade em geral. Precedente do STF: 
ADPF n° 130, Rel. Min. Carlos Britto. A ordem constitucional 
apenas admite a definição legal das qualificações profissionais 
na hipótese em que sejam elas estabelecidas para proteger, 
efetivar e reforçar o exercício profissional das liberdadesde 
expressão e de informação por parte dos jornalistas. Fora desse 
quadro, há patente inconstitucionalidade da lei. A exigência de 
diploma de curso superior para a prática do jornalismo – o 
qual, em sua essência, é o desenvolvimento profissional das 
liberdades de expressão e de informação – não está autorizada 
pela ordem constitucional, pois constitui uma restrição, um 
impedimento, uma verdadeira supressão do pleno, 
incondicionado e efetivo exercício da liberdade jornalística, 
expressamente proibido pelo art. 220, § 1º, da Constituição.
7. PROFISSÃO DE JORNALISTA. ACESSO E EXERCÍCIO. 
CONTROLE ESTATAL VEDADO PELA ORDEM 
CONSTITUCIONAL. PROIBIÇÃO CONSTITUCIONAL 
QUANTO À CRIAÇÃO DE ORDENS OU CONSELHOS DE 
FISCALIZAÇÃO PROFISSIONAL. No campo da profissão de 
jornalista, não há espaço para a regulação estatal quanto às 
qualificações profissionais. O art. 5º, incisos IV, IX, XIV, e o art. 
220, não autorizam o controle, por parte do Estado, quanto ao 
acesso e exercício da profissão de jornalista. Qualquer tipo de 
controle desse tipo, que interfira na liberdade profissional no 
6 
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momento do próprio acesso à atividade jornalística, configura, 
ao fim e ao cabo, controle prévio que, em verdade, caracteriza 
censura prévia das liberdades de expressão e de informação, 
expressamente vedada pelo art. 5º, inciso IX, da Constituição. 
A impossibilidade do estabelecimento de controles estatais 
sobre a profissão jornalística leva à conclusão de que não pode 
o Estado criar uma ordem ou um conselho profissional 
(autarquia) para a fiscalização desse tipo de profissão. O 
exercício do poder de polícia do Estado é vedado nesse campo 
em que imperam as liberdades de expressão e de informação. 
Jurisprudência do STF: Representação n.° 930, Redator p/ o 
acórdão Ministro Rodrigues Alckmin, DJ , 2-9-1977.”
No que diz com a alegação de que “acórdão do Pleno dessa Colenda 
Corte padece do vício de julgamento ‘extra petita’”, verifico proferido o 
julgado nos exatos limites em que proposta a lide, consoante se denota da 
causa de pedir e dos pedidos formulados na inicial da ação civil pública, 
verbis:
“[...]
2.1 A NÃO-RECEPÇÃO DO DECRETO-LEI 972/69 EM 
FACE DA CONSTITUIÇÃO DE 1988
O artigo 220 da Constituição de 1988, já mencionado, 
impede, em seu parágrafo primeiro, qualquer embaraço à plena 
liberdade do exercício do direito à informação.
Por outro lado, há de se lembrar a previsão do artigo S", 
que, em seus incisos IX (é livre a expressão da atividade 
intelectual, artística, científica e de comunicação, 
independentemente de censura ou licença) e XIII ( é livre o 
exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as 
qualificações profissionais que a lei estabelecer) estabelecem 
comandos normativos que devem ser interpretados em 
conjunto com o artigo 220.
[...]
Destarte, pacífica, na mais prestigiada doutrina, a não 
recepção do Decreto-lei no. 972/69 pela Carta de 1988. Não 
7 
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momento do próprio acesso à atividade jornalística, configura, 
ao fim e ao cabo, controle prévio que, em verdade, caracteriza 
censura prévia das liberdades de expressão e de informação, 
expressamente vedada pelo art. 5º, inciso IX, da Constituição. 
A impossibilidade do estabelecimento de controles estatais 
sobre a profissão jornalística leva à conclusão de que não pode 
o Estado criar uma ordem ou um conselho profissional 
(autarquia) para a fiscalização desse tipo de profissão. O 
exercício do poder de polícia do Estado é vedado nesse campo 
em que imperam as liberdades de expressão e de informação. 
Jurisprudência do STF: Representação n.° 930, Redator p/ o 
acórdão Ministro Rodrigues Alckmin, DJ , 2-9-1977.”
No que diz com a alegação de que “acórdão do Pleno dessa Colenda 
Corte padece do vício de julgamento ‘extra petita’”, verifico proferido o 
julgado nos exatos limites em que proposta a lide, consoante se denota da 
causa de pedir e dos pedidos formulados na inicial da ação civil pública, 
verbis:
“[...]
2.1 A NÃO-RECEPÇÃO DO DECRETO-LEI 972/69 EM 
FACE DA CONSTITUIÇÃO DE 1988
O artigo 220 da Constituição de 1988, já mencionado, 
impede, em seu parágrafo primeiro, qualquer embaraço à plena 
liberdade do exercício do direito à informação.
Por outro lado, há de se lembrar a previsão do artigo S", 
que, em seus incisos IX (é livre a expressão da atividade 
intelectual, artística, científica e de comunicação, 
independentemente de censura ou licença) e XIII ( é livre o 
exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as 
qualificações profissionais que a lei estabelecer) estabelecem 
comandos normativos que devem ser interpretados em 
conjunto com o artigo 220.
[...]
Destarte, pacífica, na mais prestigiada doutrina, a não 
recepção do Decreto-lei no. 972/69 pela Carta de 1988. Não 
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bastasse isso, mostraremos, a seguir, que aplicação das regras 
contidas naquele decreto fere de morte outras normas de ordem 
superior, incorporadas ao nosso ordenamento jurídico através 
da posterior ratificação de tratados firmados pelo Brasil.
[...]
a) seja obrigada a União Federal a não mais registrar ou 
fornecer qualquer número de inscrição no Ministério do 
Trabalho para os diplomados em jornalismo, informando aos 
interessados a desnecessidade do registro e inscrição para o 
exercício da profissão de jornalista. 
b) seja obrigada a União Federal a não mais executar 
fiscalização sobre o exercício da profissão de jornalista por 
profissionais desprovidos de grau de curso universitário de 
jornalismo, bem como não mais exarar os autos de infração 
correspondentes; 
c) sejam declarados nulos todos os autos de infração 
lavrados por auditores-fiscais do trabalho, em fase de execução 
ou não, contra indivíduos em razão da prática do jornalismo 
sem o correspondente diploma [...]”.
De mais a mais, enfatizo que a contradição sanável por aclaratórios é 
aquela intrínseca à decisão embargada, vale dizer, a que se revela no 
confronto entre os fundamentos do julgado embargado e a respectiva 
conclusão. Nesse sentido, recordo o seguinte precedente:
“Embargos de declaração no agravo regimental no agravo 
de instrumento. Matéria criminal. Questões afastadas nos 
julgamentos anteriores. Não há omissão, contradição ou 
obscuridade. Embargos rejeitados. 1. No julgamento do agravo 
regimental, as questões postas pela parte embargante foram 
devidamente enfrentadas, nos limites necessários ao deslinde 
do feito. Inexiste, portanto, qualquer dos vícios do art. 337 do 
RISTF. 2. Segundo a jurisprudência desta Corte, a contradição 
que autoriza opor o recurso declaratório deve ser interna à 
decisão, verificada entre os fundamentos do julgadoe a sua 
conclusão, o que não ocorreu no caso em tela. 3. Embargos de 
8 
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bastasse isso, mostraremos, a seguir, que aplicação das regras 
contidas naquele decreto fere de morte outras normas de ordem 
superior, incorporadas ao nosso ordenamento jurídico através 
da posterior ratificação de tratados firmados pelo Brasil.
[...]
a) seja obrigada a União Federal a não mais registrar ou 
fornecer qualquer número de inscrição no Ministério do 
Trabalho para os diplomados em jornalismo, informando aos 
interessados a desnecessidade do registro e inscrição para o 
exercício da profissão de jornalista. 
b) seja obrigada a União Federal a não mais executar 
fiscalização sobre o exercício da profissão de jornalista por 
profissionais desprovidos de grau de curso universitário de 
jornalismo, bem como não mais exarar os autos de infração 
correspondentes; 
c) sejam declarados nulos todos os autos de infração 
lavrados por auditores-fiscais do trabalho, em fase de execução 
ou não, contra indivíduos em razão da prática do jornalismo 
sem o correspondente diploma [...]”.
De mais a mais, enfatizo que a contradição sanável por aclaratórios é 
aquela intrínseca à decisão embargada, vale dizer, a que se revela no 
confronto entre os fundamentos do julgado embargado e a respectiva 
conclusão. Nesse sentido, recordo o seguinte precedente:
“Embargos de declaração no agravo regimental no agravo 
de instrumento. Matéria criminal. Questões afastadas nos 
julgamentos anteriores. Não há omissão, contradição ou 
obscuridade. Embargos rejeitados. 1. No julgamento do agravo 
regimental, as questões postas pela parte embargante foram 
devidamente enfrentadas, nos limites necessários ao deslinde 
do feito. Inexiste, portanto, qualquer dos vícios do art. 337 do 
RISTF. 2. Segundo a jurisprudência desta Corte, a contradição 
que autoriza opor o recurso declaratório deve ser interna à 
decisão, verificada entre os fundamentos do julgado e a sua 
conclusão, o que não ocorreu no caso em tela. 3. Embargos de 
8 
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Voto - MIN. ROSA WEBER
RE 511961 ED / SP 
declaração rejeitados” (AI 853.653-AgR-ED, Rel. Min. Dias 
Toffoli, Primeira Turma, DJe 09.8.2012).
Por seu turno, ausente descompasso lógico entre os fundamentos 
adotados e a conclusão do julgado, afasta-se a tese veiculada nos 
embargos declaratórios de que contraditório ou obscuro o decisum.
Por fim, uma vez que a jurisprudência desta Suprema Corte chancela 
o uso da técnica da motivação per relationem, adoto, ainda, como razões de 
decidir, os fundamentos do órgão ministerial em parecer da lavra do 
eminente Sub-Procurador-Geral da República Paulo de Tarso Braz Lucas, 
em que opina pela Rejeição dos embargos declaratórios:
“ [...]
Os embargos não merecem prosperar, devendo-se desde 
logo, descartar quaisquer considerações quanto a ocorrência de 
julgamento "extra petita". Note-se que uma simples leitura da 
petição inicial leva à conclusão de que a decisão dessa Colenda 
Corte está dentro das balizas contidas na causa de pedir e no 
pedido feitos pelo Ministério Público Federal, pois não foi 
determinada providência diversa daquela que fora 
originariamente postulada. Com efeito, colhe-se da inicial os 
seguintes trechos, que conferem ampla legitimidade à decisão 
embargada para decidir como decidiu em relação aos conselhos 
profissionais, in verbis (fls. 10/11 e 29/30): 
‘O legislador infra-constitucional não pode impor 
restrições indevidas ou irrazoáveis, como é o caso presente 
para o exercício da profissão de jornalista. 
A Convenção Americana sobre Direitos Humanos, de 
22 de novembro de 1969, ratificada pelo Brasil em 1992, 
estatui uma série de garantias a liberdade pessoas e a 
justiça social, sempre tendo como base o respeito aos 
direitos humanos. 
Em seu artigo 13 está a liberdade de expressão e a 
proibição de qualquer forma de obstáculo a sua difusão ou 
circulação: 
Artigo 13: Liberdade de pensamento e expressão
9 
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RE 511961 ED / SP 
declaração rejeitados” (AI 853.653-AgR-ED, Rel. Min. Dias 
Toffoli, Primeira Turma, DJe 09.8.2012).
Por seu turno, ausente descompasso lógico entre os fundamentos 
adotados e a conclusão do julgado, afasta-se a tese veiculada nos 
embargos declaratórios de que contraditório ou obscuro o decisum.
Por fim, uma vez que a jurisprudência desta Suprema Corte chancela 
o uso da técnica da motivação per relationem, adoto, ainda, como razões de 
decidir, os fundamentos do órgão ministerial em parecer da lavra do 
eminente Sub-Procurador-Geral da República Paulo de Tarso Braz Lucas, 
em que opina pela Rejeição dos embargos declaratórios:
“ [...]
Os embargos não merecem prosperar, devendo-se desde 
logo, descartar quaisquer considerações quanto a ocorrência de 
julgamento "extra petita". Note-se que uma simples leitura da 
petição inicial leva à conclusão de que a decisão dessa Colenda 
Corte está dentro das balizas contidas na causa de pedir e no 
pedido feitos pelo Ministério Público Federal, pois não foi 
determinada providência diversa daquela que fora 
originariamente postulada. Com efeito, colhe-se da inicial os 
seguintes trechos, que conferem ampla legitimidade à decisão 
embargada para decidir como decidiu em relação aos conselhos 
profissionais, in verbis (fls. 10/11 e 29/30): 
‘O legislador infra-constitucional não pode impor 
restrições indevidas ou irrazoáveis, como é o caso presente 
para o exercício da profissão de jornalista. 
A Convenção Americana sobre Direitos Humanos, de 
22 de novembro de 1969, ratificada pelo Brasil em 1992, 
estatui uma série de garantias a liberdade pessoas e a 
justiça social, sempre tendo como base o respeito aos 
direitos humanos. 
Em seu artigo 13 está a liberdade de expressão e a 
proibição de qualquer forma de obstáculo a sua difusão ou 
circulação: 
Artigo 13: Liberdade de pensamento e expressão
9 
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Voto - MIN. ROSA WEBER
RE 511961 ED / SP 
3. não se pode restringir o direito de informação por 
vias ou meios indiretos, tais como o abuso de controles 
oficiais.’
‘A liberdade de expressão requer que os meios de 
comunicação social estejam virtualmente abertos a todos sem 
discriminação, ou mais exatamente, que não haja indivíduos ou 
grupos que, a priori, estejam excluídos do acesso a tais meios, 
exige igualmente certas condições de respeito a eles, de maneira 
que, na prática, sejam instrumentos dessa liberdade e não 
veículos para restringi-la. 
A Corte [Interamericana de Direitos Humanos] salientou, 
também, que são os meios de comunicação social os que servem 
para materializar o exercício da liberdadede expressão, de 
modo que suas condições de funcionamento devem adequar-se 
aos requisitos dessa liberdade. Para isso, de acordo com a Corte, 
é indispensável a pluralidade de meios e a proibição de todo 
monopólio, qualquer que seja a forma tentada. 
Na esteira do pensamento da Corte, conclui-se que 
quaisquer formas de limitações ao direito de comunicação, 
expressão de pensamento ou ideias, mostram-se totalmente 
incompatíveis com os valores e preceitos contidos na 
Convenção Americana sobre Direitos Humanos.’
4. Igualmente improcedentes os argumentos levantados 
para tentar afastar a declaração de não recepção do artigo 4°, 
inciso V, do Decreto-Lei nº 972/1969 pela CF/88, pois, ainda que 
referida providência não tivesse sido aventada como causa de 
pedir da ação civil pública, não haveria óbice para que o 
Supremo Tribunal Federal, como Corte Constitucional, 
declarasse, no bojo de recurso extraordinário, a 
compatibilidade ou não de determinado dispositivo legal com 
a Constituição Federal. De mais a mais, note-se que tal decisão 
está de acordo com a tendência esposada por essa Colenda 
Corte de objetivação do recurso extraordinário, que tem 
deixado de ter caráter meramente subjetivo "para assumir, de 
forma decisiva, a função de defesa da ordem constitucional 
objetiva". A esse respeito, confiram-se os arestos prolatados no 
10 
Supremo Tribunal Federal
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3. não se pode restringir o direito de informação por 
vias ou meios indiretos, tais como o abuso de controles 
oficiais.’
‘A liberdade de expressão requer que os meios de 
comunicação social estejam virtualmente abertos a todos sem 
discriminação, ou mais exatamente, que não haja indivíduos ou 
grupos que, a priori, estejam excluídos do acesso a tais meios, 
exige igualmente certas condições de respeito a eles, de maneira 
que, na prática, sejam instrumentos dessa liberdade e não 
veículos para restringi-la. 
A Corte [Interamericana de Direitos Humanos] salientou, 
também, que são os meios de comunicação social os que servem 
para materializar o exercício da liberdade de expressão, de 
modo que suas condições de funcionamento devem adequar-se 
aos requisitos dessa liberdade. Para isso, de acordo com a Corte, 
é indispensável a pluralidade de meios e a proibição de todo 
monopólio, qualquer que seja a forma tentada. 
Na esteira do pensamento da Corte, conclui-se que 
quaisquer formas de limitações ao direito de comunicação, 
expressão de pensamento ou ideias, mostram-se totalmente 
incompatíveis com os valores e preceitos contidos na 
Convenção Americana sobre Direitos Humanos.’
4. Igualmente improcedentes os argumentos levantados 
para tentar afastar a declaração de não recepção do artigo 4°, 
inciso V, do Decreto-Lei nº 972/1969 pela CF/88, pois, ainda que 
referida providência não tivesse sido aventada como causa de 
pedir da ação civil pública, não haveria óbice para que o 
Supremo Tribunal Federal, como Corte Constitucional, 
declarasse, no bojo de recurso extraordinário, a 
compatibilidade ou não de determinado dispositivo legal com 
a Constituição Federal. De mais a mais, note-se que tal decisão 
está de acordo com a tendência esposada por essa Colenda 
Corte de objetivação do recurso extraordinário, que tem 
deixado de ter caráter meramente subjetivo "para assumir, de 
forma decisiva, a função de defesa da ordem constitucional 
objetiva". A esse respeito, confiram-se os arestos prolatados no 
10 
Supremo Tribunal Federal
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Voto - MIN. ROSA WEBER
RE 511961 ED / SP 
RE-AgR nO 475.8121SP (ReI. Exmo. Sr. Min. Eros Grau, DJ 
04.08.2006) e na SE-AgR n° 5.206/EP (ReI. Exmo. Sr. Min. 
Sepúlveda Pertence, DJ 30.04.2004), o primeiro a seguir 
ementado e o segundo com excertos do voto do Min. Relator, 
verbis:
‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL. 
ALTERAÇÃO. BASE DE CÁLCULO. LEI N. 9.718/98. 
VIOLAÇÃO DO ARTIGO 239 DA CONSTITUIÇÃO DO 
BRASIL. O Supremo Tribunal Federal tem entendido, a 
respeito da tendência de não-estrita subjetivação ou de 
maior objetivação do recurso extraordinário, que ele deixa 
de ter caráter marcadamente subjetivo ou de defesa de 
interesse das partes, para assumir, de forma decisiva, a 
função de defesa da ordem constitucional objetiva. 
Precedentes. Agravo regimental a que se nega 
provimento.’
‘E a experiência demonstra, a cada dia, que a 
tendência dominante - especialmente na prática deste 
Tribunal- é no sentido da crescente contaminação da 
pureza dos dogmas do controle difuso pelos princípios 
reitores do método concentrado. Detentor do monopólio 
do controle direto e, também, como órgão de cúpula do 
Judiciário, titular da palavra definitiva sobre a validade 
das normas no controle incidente, em ambos os papéis, o 
Supremo Tribunal há de ter em vista o melhor 
cumprimento da missão precípua de 'guarda da 
Constituição', que a Lei Fundamental explicitamente lhe 
confiou. Ainda que a controvérsia lhe chegue pelas vias 
recursais do controle difuso, expurgar da ordem jurídica a 
lei inconstitucional ou consagrar-lhe definitivamente a 
constitucionalidade contestada são tarefas essenciais da 
Corte, no interesse maior da efetividade da Constituição, 
cuja realização não se deve subordinar à estrita 
necessidade, para o julgamento de uma determinada 
causa, de solver a questão constitucional nela 
11 
Supremo Tribunal Federal
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RE 511961 ED / SP 
RE-AgR nO 475.8121SP (ReI. Exmo. Sr. Min. Eros Grau, DJ 
04.08.2006) e na SE-AgR n° 5.206/EP (ReI. Exmo. Sr. Min. 
Sepúlveda Pertence, DJ 30.04.2004), o primeiro a seguir 
ementado e o segundo com excertos do voto do Min. Relator, 
verbis:
‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL. 
ALTERAÇÃO. BASE DE CÁLCULO. LEI N. 9.718/98. 
VIOLAÇÃO DO ARTIGO 239 DA CONSTITUIÇÃO DO 
BRASIL. O Supremo Tribunal Federal tem entendido, a 
respeito da tendência de não-estrita subjetivação ou de 
maior objetivação do recurso extraordinário, que ele deixa 
de ter caráter marcadamente subjetivo ou de defesa de 
interesse das partes, para assumir, de forma decisiva, a 
função de defesa da ordem constitucional objetiva. 
Precedentes. Agravo regimental a que se nega 
provimento.’
‘E a experiência demonstra, a cada dia, que a 
tendência dominante - especialmente na prática deste 
Tribunal- é no sentido da crescente contaminação da 
pureza dos dogmas do controle difuso pelos princípios 
reitores do método concentrado. Detentor do monopólio 
do controle direto e, também, como órgão de cúpula do 
Judiciário, titular da palavra definitiva sobre a validade 
das normas no controle incidente, em ambos os papéis, o 
Supremo Tribunal há de ter em vista o melhor 
cumprimento da missão precípua de 'guarda da 
Constituição', que a Lei Fundamental explicitamentelhe 
confiou. Ainda que a controvérsia lhe chegue pelas vias 
recursais do controle difuso, expurgar da ordem jurídica a 
lei inconstitucional ou consagrar-lhe definitivamente a 
constitucionalidade contestada são tarefas essenciais da 
Corte, no interesse maior da efetividade da Constituição, 
cuja realização não se deve subordinar à estrita 
necessidade, para o julgamento de uma determinada 
causa, de solver a questão constitucional nela 
11 
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RE 511961 ED / SP 
adequadamente contida. Afinal, não é novidade dizer - 
como, a respeito da cassação, Calamandrei observou em 
páginas definitivas (Casación Civil, trad., EJEA, BsAs, 
1959, 12 ss.) - que no recurso extraordinário - via por 
excelência da solução definitiva das questões incidentes de 
inconstitucionalidade da lei -, a realização da função 
jurisdicional, para o Supremo Tribunal, é um meio mais 
que um fim: no sistema de controle incidenter em especial 
no recurso extraordinário, o interesse particular dos 
litigantes' como na cassação, é usado "como elemento 
propulsor posto a serviço de interesse público", que aqui é 
a guarda da Constituição, para a qual o Tribunal existe.’
5. Nesse mesmo sentido se manifesta abalizada doutrina, 
verbis:
Uno de los fenómenos más relevantes de los 
ordenamientos constitucionales de nuestro tiempo ha sido 
el de la universalización de la justicia constitucional. 
Esta expansión sin límites de la justicia 
constitucional, como no podía acontecer de otro modo, ha 
incidido frontalmente sobre la clásica contraposici- ón 
bipolar a la que durante bastante tiempo trataron de ser 
reconducidos los distintos sistemas de justicia 
constitucional: el sistema americano y el 
europeokelseniano, o si se prefiere, el modelo de la 
judicial review of Legislation y el de la 
Verfassungsgerichtsbarkeit. 
La enorme expansión de la justicia constitucional ha 
propiciado uma mixtura e hibridación de modelos, que se 
ha unido ai proceso preexistente de progresiva 
convergencia entre los elementos, supuestamente 
contrapuestos antano, de los dos tradicionales sistemas de 
control de la constitucionalidad de los actos dei poder. 
Más aún, incluso desde una perspectiva histórica 
resulta que la completa vigencia práctica de los postulados 
teóricos en que se sustentaba la bipolaridad sistema difuso 
/ sistema concentrado o, con más rigor,judicial review of 
12 
Supremo Tribunal Federal
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RE 511961 ED / SP 
adequadamente contida. Afinal, não é novidade dizer - 
como, a respeito da cassação, Calamandrei observou em 
páginas definitivas (Casación Civil, trad., EJEA, BsAs, 
1959, 12 ss.) - que no recurso extraordinário - via por 
excelência da solução definitiva das questões incidentes de 
inconstitucionalidade da lei -, a realização da função 
jurisdicional, para o Supremo Tribunal, é um meio mais 
que um fim: no sistema de controle incidenter em especial 
no recurso extraordinário, o interesse particular dos 
litigantes' como na cassação, é usado "como elemento 
propulsor posto a serviço de interesse público", que aqui é 
a guarda da Constituição, para a qual o Tribunal existe.’
5. Nesse mesmo sentido se manifesta abalizada doutrina, 
verbis:
Uno de los fenómenos más relevantes de los 
ordenamientos constitucionales de nuestro tiempo ha sido 
el de la universalización de la justicia constitucional. 
Esta expansión sin límites de la justicia 
constitucional, como no podía acontecer de otro modo, ha 
incidido frontalmente sobre la clásica contraposici- ón 
bipolar a la que durante bastante tiempo trataron de ser 
reconducidos los distintos sistemas de justicia 
constitucional: el sistema americano y el 
europeokelseniano, o si se prefiere, el modelo de la 
judicial review of Legislation y el de la 
Verfassungsgerichtsbarkeit. 
La enorme expansión de la justicia constitucional ha 
propiciado uma mixtura e hibridación de modelos, que se 
ha unido ai proceso preexistente de progresiva 
convergencia entre los elementos, supuestamente 
contrapuestos antano, de los dos tradicionales sistemas de 
control de la constitucionalidad de los actos dei poder. 
Más aún, incluso desde una perspectiva histórica 
resulta que la completa vigencia práctica de los postulados 
teóricos en que se sustentaba la bipolaridad sistema difuso 
/ sistema concentrado o, con más rigor,judicial review of 
12 
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RE 511961 ED / SP 
Legislation / Verfassungsgerichtsbarkeit, fue más bien 
escasa, produciéndose muy pronto una cierta 
relativización de algunos de sus rasgos más 
característicos. 
No será necesario esperar a la nueva concepción 
sustentada por los constituyentes europeos de la segunda 
postguerra, si bien a partir de este momento el proceso 
relativizador de los binomios precedentemente citados se 
acentuará de modo notable. 
Em efecto, ya la muy relevante reforma 
constitucional austríaca de 1929 (la Zweite 
Bundesverfassungsnovelle, de 7 de diciembre de 1929) 
agrietará la supuesta solidez de las diferencias binomiales. 
A juicio de Cappelletti, que compartimos, tras la Novelle, 
el sistema austríaco-kelseniano presenta ya un carácter 
hibrido. 
Por lo demás, una opinión doctrinal muy extendida 
en nuestros días, si es que no casi generalizada, subraya la 
existencia de una clara tendência convergente entre los 
dos clásicos modelos. 
Es el caso, entre otros muchos, de CappeIletti, para 
quien el control jurisdiccional de las leyes, en su 
funcionamiento en el mundo contemporáneo, revela el 
hundimiento de las antiguas dicotomías, hallándose los 
dos modelos en vías de Ilegar a uno sólo, en proceso, en 
defInitiva, de unifIcación." (SEGADO, Francisco 
Femández. La Obsolescencia de la Bipolaridad Tradicional 
(Modelo Americano - Modelo Europeo-Kelseniano) de los 
Sistemas de Justicia Constitucional. In: Direito Pú- blico, 
Brasília: mP/Síntese, ano 1, n.o 2, out./dez. 2003).
6. No mais, quanto aos outros argumentos levantados na 
peça recursal, não é possível vislumbrar omissão, obscuridade 
ou contradição. Na verdade, o que pretendem os embargantes 
é rediscutir o mérito do acórdão, providência que não é 
compatível com a natureza dos embargos declaratórios. O certo 
é que o aresto recorrido, longe de padecer de qualquer vício 
13 
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RE 511961 ED / SP 
Legislation / Verfassungsgerichtsbarkeit, fue más bien 
escasa, produciéndose muy pronto una cierta 
relativización de algunos de sus rasgos más 
característicos. 
No será necesario esperar a la nueva concepciónsustentada por los constituyentes europeos de la segunda 
postguerra, si bien a partir de este momento el proceso 
relativizador de los binomios precedentemente citados se 
acentuará de modo notable. 
Em efecto, ya la muy relevante reforma 
constitucional austríaca de 1929 (la Zweite 
Bundesverfassungsnovelle, de 7 de diciembre de 1929) 
agrietará la supuesta solidez de las diferencias binomiales. 
A juicio de Cappelletti, que compartimos, tras la Novelle, 
el sistema austríaco-kelseniano presenta ya un carácter 
hibrido. 
Por lo demás, una opinión doctrinal muy extendida 
en nuestros días, si es que no casi generalizada, subraya la 
existencia de una clara tendência convergente entre los 
dos clásicos modelos. 
Es el caso, entre otros muchos, de CappeIletti, para 
quien el control jurisdiccional de las leyes, en su 
funcionamiento en el mundo contemporáneo, revela el 
hundimiento de las antiguas dicotomías, hallándose los 
dos modelos en vías de Ilegar a uno sólo, en proceso, en 
defInitiva, de unifIcación." (SEGADO, Francisco 
Femández. La Obsolescencia de la Bipolaridad Tradicional 
(Modelo Americano - Modelo Europeo-Kelseniano) de los 
Sistemas de Justicia Constitucional. In: Direito Pú- blico, 
Brasília: mP/Síntese, ano 1, n.o 2, out./dez. 2003).
6. No mais, quanto aos outros argumentos levantados na 
peça recursal, não é possível vislumbrar omissão, obscuridade 
ou contradição. Na verdade, o que pretendem os embargantes 
é rediscutir o mérito do acórdão, providência que não é 
compatível com a natureza dos embargos declaratórios. O certo 
é que o aresto recorrido, longe de padecer de qualquer vício 
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RE 511961 ED / SP 
capaz de justificar essa investida recursal, constitui 
pronunciamento jurisdicional válido, imune, portanto, às 
alterações pretendidas pela embargante. A esse respeito, 
confiram-se os arestos prolatados na Pet-AgR-ED n° 4.0711DF 
(ReI. Exmo. Sr. Min. Eros Grau, DJe 21.08.2009), no MS-ED n° 
23.1911PB (ReI. Exmo. Sr. Min. Eros Grau, DJe 14.11.2008) e na 
Ext-ED n° 1.1221IL (ReI. Exmo. Sr. Min. Carlos Britto, DJe 
20.11.2009), assim respectivamente ementados: 
‘EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO 
REGIMENTAL. NOTIFICA- çÃO JUDICIAL. DEVER DE 
DAR RESPOSTA A TODOS OS FUNDAMENTOS DO 
RECORRENTE. INEXISTÊNCIA. AUSÊNCIA DE 
OMISSÃO. EMBARGOS REJEITADOS. 1. O magistrado 
não está vinculado pelo dever de responder todos os 
fundamentos alegados pela parte recorrente [AgR-AI n. 
511.581, de que fui Relator, DJe de 14.8.08 e AI n. 281.007, 
Relator o Ministro OCTÁVIO GALOTTI, Dl de 18.8.00]. 2. 
Os embargos de declaração têm pressupostos certos [art. 
535, I e 11, do CPC]. Não configuram via processual 
adequada à rediscussão do mérito da causa. São 
admissíveis em caráter infringente somente em hipóteses, 
excepcionais, de omissão do julgado ou de erro material 
manifesto. [EDAgR-AI n. 177.313, Relator o Ministro 
CELSO DE MELLO, Dl de 13.9.96]. Embargos de 
declaração rejeitados’
‘EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. MANDADO DE 
SEGURANÇA. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, 
CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. EMBARGOS 
REJEITADOS. 1. Os embargos de declaração têm 
pressupostos certos [art. 535, I e 11, do CPC]. Não 
configuram via processual adequada à rediscussão do 
mérito da causa. São admissíveis em caráter infringente 
somente em hipóteses, excepcionais, de omissão do 
julgado ou erro material manifesto. Precedente [RE n. 
223.904-ED, Relatora a Ministra ELLEN GRACIE, DJ 
18.02.2005]. 2. Não há no acórdão embargado obscuridade, 
14 
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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Supremo Tribunal Federal
RE 511961 ED / SP 
capaz de justificar essa investida recursal, constitui 
pronunciamento jurisdicional válido, imune, portanto, às 
alterações pretendidas pela embargante. A esse respeito, 
confiram-se os arestos prolatados na Pet-AgR-ED n° 4.0711DF 
(ReI. Exmo. Sr. Min. Eros Grau, DJe 21.08.2009), no MS-ED n° 
23.1911PB (ReI. Exmo. Sr. Min. Eros Grau, DJe 14.11.2008) e na 
Ext-ED n° 1.1221IL (ReI. Exmo. Sr. Min. Carlos Britto, DJe 
20.11.2009), assim respectivamente ementados: 
‘EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO 
REGIMENTAL. NOTIFICA- çÃO JUDICIAL. DEVER DE 
DAR RESPOSTA A TODOS OS FUNDAMENTOS DO 
RECORRENTE. INEXISTÊNCIA. AUSÊNCIA DE 
OMISSÃO. EMBARGOS REJEITADOS. 1. O magistrado 
não está vinculado pelo dever de responder todos os 
fundamentos alegados pela parte recorrente [AgR-AI n. 
511.581, de que fui Relator, DJe de 14.8.08 e AI n. 281.007, 
Relator o Ministro OCTÁVIO GALOTTI, Dl de 18.8.00]. 2. 
Os embargos de declaração têm pressupostos certos [art. 
535, I e 11, do CPC]. Não configuram via processual 
adequada à rediscussão do mérito da causa. São 
admissíveis em caráter infringente somente em hipóteses, 
excepcionais, de omissão do julgado ou de erro material 
manifesto. [EDAgR-AI n. 177.313, Relator o Ministro 
CELSO DE MELLO, Dl de 13.9.96]. Embargos de 
declaração rejeitados’
‘EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. MANDADO DE 
SEGURANÇA. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, 
CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. EMBARGOS 
REJEITADOS. 1. Os embargos de declaração têm 
pressupostos certos [art. 535, I e 11, do CPC]. Não 
configuram via processual adequada à rediscussão do 
mérito da causa. São admissíveis em caráter infringente 
somente em hipóteses, excepcionais, de omissão do 
julgado ou erro material manifesto. Precedente [RE n. 
223.904-ED, Relatora a Ministra ELLEN GRACIE, DJ 
18.02.2005]. 2. Não há no acórdão embargado obscuridade, 
14 
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Voto - MIN. ROSA WEBER
RE 511961 ED / SP 
contradição ou omissão que autorizariam a integração do 
julgado com fundamento nos incisos I e 11 do artigo 535 
do Código de Processo Civil. Embargos de declaração 
rejeitados.’
‘EXTRADIÇÃO. ESTADO DE ISRAEL. EMBARGOS 
DECLARATÓRIOS. ALEGADA OMISSÃO NO 
ACÓRDÃO EMBARGADO. SUPOSTA AUSÊNCIA DE 
CITAÇÃO VÁLIDA DO EXTRADITANDO. OBJETIVO 
MERAMENTE PROTELATÓRIO DOS EMBARGOS. 
CUMPRIMENTO IMEDIATO DO ACÓRDÃO 
EMBARGADO. PREJUÍZO DO PEDIDO DE 
TRANSFERÊNCIA. 1. Não há omissão a suprir ou 
contradição a desfazer. Isto porque a alega- ção de 
cerceamento de defesa foi expressamente rechaçada pelo 
acórdão embargado. Ademais, a simples leitura dos autos 
revela pleno atendimento aos termos do artigo 85 da Lei 
n° 6.815/80. Pelo que não cabe falar em nulidade do 
processo extradicional. 2. Evidente a intenção de 
rejulgamento do mérito da extradição, finalidade para a 
qual não se prestam os embargos declaratórios, nos 
termos da pacífica jurisprudência do STF (Ext 947-ED e 
936-ED, da relatoria do ministro Carlos Velloso; Ext 720-
ED, da relato ria do ministro Celso de Mello). 3. Embargos 
declaratórios rejeitados. 4. Ante o propósito meramente 
protelatório destes embargos, fica determinado o imediato 
cumprimento do acórdão impugnado, 
independentemente de publicação. Precedentes:Ext 966-
ED, da relatoria da ministro Sepúlveda Pertence; e Ext 984-
ED, da minha relatoria. 5. Prejudicado o pedido de 
transferência do extraditando’."
Não configuradas, portanto, quaisquer das hipóteses elencadas no 
art. 535 do CPC/1973, evidenciando-se tão somente o inconformismo da 
parte com a decisão que lhe foi desfavorável.
Rejeito os embargos declaratórios.
É como voto.
15 
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contradição ou omissão que autorizariam a integração do 
julgado com fundamento nos incisos I e 11 do artigo 535 
do Código de Processo Civil. Embargos de declaração 
rejeitados.’
‘EXTRADIÇÃO. ESTADO DE ISRAEL. EMBARGOS 
DECLARATÓRIOS. ALEGADA OMISSÃO NO 
ACÓRDÃO EMBARGADO. SUPOSTA AUSÊNCIA DE 
CITAÇÃO VÁLIDA DO EXTRADITANDO. OBJETIVO 
MERAMENTE PROTELATÓRIO DOS EMBARGOS. 
CUMPRIMENTO IMEDIATO DO ACÓRDÃO 
EMBARGADO. PREJUÍZO DO PEDIDO DE 
TRANSFERÊNCIA. 1. Não há omissão a suprir ou 
contradição a desfazer. Isto porque a alega- ção de 
cerceamento de defesa foi expressamente rechaçada pelo 
acórdão embargado. Ademais, a simples leitura dos autos 
revela pleno atendimento aos termos do artigo 85 da Lei 
n° 6.815/80. Pelo que não cabe falar em nulidade do 
processo extradicional. 2. Evidente a intenção de 
rejulgamento do mérito da extradição, finalidade para a 
qual não se prestam os embargos declaratórios, nos 
termos da pacífica jurisprudência do STF (Ext 947-ED e 
936-ED, da relatoria do ministro Carlos Velloso; Ext 720-
ED, da relato ria do ministro Celso de Mello). 3. Embargos 
declaratórios rejeitados. 4. Ante o propósito meramente 
protelatório destes embargos, fica determinado o imediato 
cumprimento do acórdão impugnado, 
independentemente de publicação. Precedentes: Ext 966-
ED, da relatoria da ministro Sepúlveda Pertence; e Ext 984-
ED, da minha relatoria. 5. Prejudicado o pedido de 
transferência do extraditando’."
Não configuradas, portanto, quaisquer das hipóteses elencadas no 
art. 535 do CPC/1973, evidenciando-se tão somente o inconformismo da 
parte com a decisão que lhe foi desfavorável.
Rejeito os embargos declaratórios.
É como voto.
15 
Supremo Tribunal Federal
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Extrato de Ata - 30/08/2019
PLENÁRIO
EXTRATO DE ATA
 EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 511.961
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
EMBTE.(S) : FENAJ- FEDERAÇÃO NACIONAL DOS JORNALISTAS
ADV.(A/S) : JOÃO ROBERTO EGYDIO PIZA FONTES (54771/SP)
EMBDO.(A/S) : SINDICATO DAS EMPRESAS DE RÁDIO E TELEVISÃO NO 
ESTADO DE SÃO PAULO - SERTESP
ADV.(A/S) : RONDON AKIO YAMADA (157508/SP)
EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
INTDO.(A/S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
Decisão: O Tribunal, por unanimidade, rejeitou os embargos de 
declaração, nos termos do voto da Relatora. Não participou deste 
julgamento, por motivo de licença médica, o Ministro Celso de 
Mello. Plenário, Sessão Virtual de 23.8.2019 a 29.8.2019.
 
Composição: Ministros Dias Toffoli (Presidente), Celso de 
Mello, Marco Aurélio, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Cármen 
Lúcia, Luiz Fux, Rosa Weber, Roberto Barroso, Edson Fachin e 
Alexandre de Moraes.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Assessora-Chefe do Plenário
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http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código EA5E-9741-A075-5A0B e senha 4492-12E2-D747-449F
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EXTRATO DE ATA
 EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 511.961
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
EMBTE.(S) : FENAJ- FEDERAÇÃO NACIONAL DOS JORNALISTAS
ADV.(A/S) : JOÃO ROBERTO EGYDIO PIZA FONTES (54771/SP)
EMBDO.(A/S) : SINDICATO DAS EMPRESAS DE RÁDIO E TELEVISÃO NO 
ESTADO DE SÃO PAULO - SERTESP
ADV.(A/S) : RONDON AKIO YAMADA (157508/SP)
EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
INTDO.(A/S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
Decisão: O Tribunal, por unanimidade, rejeitou os embargos de 
declaração, nos termos do voto da Relatora. Não participou deste 
julgamento, por motivo de licença médica, o Ministro Celso de 
Mello. Plenário, Sessão Virtual de 23.8.2019 a 29.8.2019.
 
Composição: Ministros Dias Toffoli (Presidente), Celso de 
Mello, Marco Aurélio, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Cármen 
Lúcia, Luiz Fux, Rosa Weber, Roberto Barroso, Edson Fachin e 
Alexandre de Moraes.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Assessora-Chefe do Plenário
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código EA5E-9741-A075-5A0B e senha 4492-12E2-D747-449F
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