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Professor: Sabricio 
Aluno: 
 
INTRODUÇÃO A BIOÉTICA 
 
Introdução à bioética é o estudo interdisciplinar das questões éticas e morais que surgem 
no campo das ciências da vida e da saúde. Ela envolve a reflexão crítica sobre dilemas 
éticos relacionados à pesquisa biomédica, práticas clínicas, políticas de saúde pública, 
biotecnologia, e outros temas que afetam a vida humana, animal e ambiental. 
A bioética busca fornecer um quadro ético para lidar com questões complexas, muitas 
vezes envolvendo conflitos entre princípios como autonomia, beneficência, não 
maleficência e justiça. Ao longo do tempo, desenvolveu-se como um campo dinâmico que 
adapta seus princípios e diretrizes à medida que novas descobertas científicas e 
tecnológicas surgem. 
Um dos marcos na história da bioética foi a publicação do Relatório Belmont em 1979, 
que estabeleceu princípios éticos fundamentais para a pesquisa envolvendo seres 
humanos. Desde então, a bioética expandiu seu escopo para abranger questões como 
engenharia genética, cuidados paliativos, reprodução assistida, e o impacto ambiental das 
práticas científicas. 
Em suma, a bioética não apenas examina as implicações éticas das práticas científicas e 
médicas, mas também promove o diálogo público e a legislação informada para garantir 
que o progresso científico seja acompanhado por considerações éticas robustas e 
responsáveis. 
DIRETRIZES FILOSÓFICAS DA BIOÉTICA 
As diretrizes filosóficas da bioética são fundamentais para orientar a reflexão e a 
tomada de decisão ética em contextos complexos envolvendo a vida, a saúde e a 
biotecnologia. Aqui estão alguns dos princípios e abordagens fundamentais da 
bioética: 
1. Autonomia: Respeito à autonomia refere-se ao princípio de que indivíduos têm o 
direito de tomar decisões informadas e livres sobre sua própria saúde e bem-estar. 
Isso implica fornecer informações claras e compreensíveis, respeitar as escolhas 
dos pacientes e garantir seu consentimento voluntário em procedimentos médicos. 
2. Beneficência: O princípio da beneficência enfatiza a obrigação de agir no melhor 
interesse dos pacientes, maximizando os benefícios e minimizando os danos. Isso 
inclui garantir que os tratamentos médicos sejam eficazes e seguros, e que os 
profissionais de saúde ajam com competência e cuidado. 
3. Não maleficência: Este princípio exige que os profissionais de saúde evitem 
causar danos ou malefícios aos pacientes, seja intencionalmente ou por 
negligência. Isso envolve a consideração cuidadosa dos riscos associados a 
tratamentos médicos e ações preventivas para mitigar esses riscos. 
4. Justiça: O princípio da justiça aborda a distribuição equitativa dos recursos de 
saúde e o tratamento justo de todos os indivíduos. Isso inclui questões de acesso 
igualitário a cuidados médicos, distribuição de recursos escassos de forma justa e 
eliminação de disparidades injustas de saúde. 
Além desses princípios básicos, a bioética também incorpora diversas abordagens 
filosóficas e teóricas para lidar com dilemas éticos específicos. Isso pode incluir a ética 
deontológica, que se concentra nos deveres e obrigações morais; a ética 
consequencialista, que avalia as consequências éticas das ações; e a ética das virtudes, 
que enfatiza a formação de hábitos éticos e virtuosos. 
Em resumo, as diretrizes filosóficas da bioética oferecem um quadro ético robusto para 
orientar práticas médicas, pesquisa científica e políticas de saúde, promovendo o respeito 
pela dignidade humana e a responsabilidade ética na busca pelo avanço do 
conhecimento e da saúde. 
EXERCÍCIOS 
1-O que é bioética e por que é importante? 
2-Quais são os princípios éticos fundamentais da bioética? 
3-A Bioética norteia ações frente a dilemas que vão desde as necessidades básicas de 
saúde pública e direitos humanos, até as mais complexas consequências do 
aprimoramento técnico, como a utilização do genoma humano. Entre os princípios da 
Bioética, está a Autonomia. Baseado no exposto, analise as afirmações que seguem, 
assinalando V para Verdadeiro e F para Falso, e, em seguida, marque a opção com a 
sequência CORRETA de cima para baixo. 
( ) Qualquer procedimento preventivo, diagnóstico ou terapêutico deve ser autorizado pelo 
paciente. 
( ) A Autonomia diz respeito ao poder de decidir sobre si mesmo e preconiza que a 
liberdade de cada ser humano deve ser resguardada. 
( ) Em pacientes intelectualmente deficientes e no caso de crianças, o princípio da 
Autonomia deve ser exercido pela família ou pelo responsável legal. 
( ) Os profissionais de saúde devem oferecer informações técnicas necessárias para 
orientar as decisões do paciente, sem utilizar formas de influência ou de manipulação, 
para que estes possam tomar decisões a respeito da assistência à sua saúde. a) V,V,V,F 
b) F,V,V,V 
c) V,V,V.V 
 d) F,F,F,V 
e) V,V,F,V 
 4-A Bioética tem como objetivo facilitar o enfrentamento de questões éticas e bioéticas 
que surgirão na vida profissional. Sem esses conceitos básicos, dificilmente alguém 
consegue enfrentar um dilema, um conflito e se posicionar diante dele de maneira ética. 
Assim, não é princípio da bioética: 
a) Justiça. 
b) Autonomia. 
c) Beneficência. 
d) Não maleficência. 
e) Jurisprudência 
5-A Bioética pode ser definida como a ética aplicada à vida e/ou à saúde. De acordo com 
o Principialismo, o ponto de partida para orientar qualquer discussão bioética deve ser a 
análise de quatro condições ‐ não maleficência, beneficência, respeito à autonomia e 
justiça – e de como elas podem ser melhor respeitadas em cada caso. Baseado no 
princípio da não maleficência, assinale a afirmativa CORRETA. 
a) O profissional tem a obrigação moral de agir para o benefício do outro. 
 b) O profissional deve fundamentar sua ação na dignidade da pessoa humana e na 
capacidade de decidir, fazer ou buscar aquilo que ele julga ser o melhor para si. 
c) O profissional deve ter consciência do direito do paciente de possuir um projeto de vida 
próprio e de ter seus pontos de vista particulares. 
d) O profissional tem a obrigação de dar ao paciente a mais completa informação, com o 
intuito de promover uma compreensão adequada da situação. 
e) O profissional de saúde tem o dever de, intencionalmente, não causar mal e/ou danos 
a seu paciente. 
AS ÁREAS DE ESTUDO DA BIOÉTICA SEMANA 2 
CLONAGEM 
Dentro da bioética, vários temas são 
discutidos, sendo um deles a clonagem. Aqui 
vamos entender o que é; quais os tipos e os 
posicionamentos dentro da bioética sobre o 
assunto. 
O mecanismo que promove o surgimento 
de clones é denominado de clonagem e 
constitui um modo de reprodução assexuada, 
comum em algumas plantas e bactérias. 
O termo clonagem atualmente tem sido 
Utilizado para indicar um processo feito em 
Laboratório que produz indivíduos iguais por 
intermédio de técnicas de transferência nuclear. 
Na clonagem, o núcleo de um óvulo é 
substituído pelo núcleo de uma célula somática, 
dessa forma, ocorrerá o desenvolvimento de 
um ser semelhante ao doador do material 
genético da célula somática. 
A clonagem é um processo que envolve a criação de um organismo geneticamente 
idêntico a outro já existente. Existem duas principais formas de clonagem: 
1. Clonagem reprodutiva: Consiste na criação de um organismo vivo que é uma 
cópia genética exata de outro organismo já existente. Exemplo notável foi a ovelha 
Dolly, o primeiro mamífero clonado a partir de uma célula adulta. 
2. Clonagem terapêutica: Envolve a produção de células e tecidos geneticamente 
idênticos para tratamento de doenças. É uma técnica promissora para a medicina 
regenerativa, usando células-tronco. 
 
 
Ética e Clonagem Humana 
 
Vários aspectos bioéticos são levantados, principalmente no que diz respeito à dignidade 
da pessoa humana, a proteção ao patrimônio genético da humanidade e à própria 
natureza humana. Temos portanto, alguns aspectos respaldados em resoluções, leis ou 
mesmo órgãos que limitam a ação do homem comrelação aos procedimentos que 
envolvam a clonagem. 
Dentro da bioética, vários temas são discutidos, sendo um deles a clonagem. Aqui vamos 
entender o que é; quais os tipos e os posicionamentos dentro da bioética sobre o assunto. 
O mecanismo que promove o surgimento de clones é denominado de clonagem e 
constitui um modo de reprodução assexuada, comum em algumas plantas e bactérias. O 
termo clonagem atualmente tem sido utilizado para indicar um processo feito em 
laboratório que produz indivíduos iguais por intermédio de técnicas de transferência 
nuclear. .Na clonagem, o núcleo de um óvulo é substituído pelo núcleo de uma célula 
somática, dessa forma, ocorrerá o desenvolvimento de um ser semelhante ao doador do 
material genético da célula somática. 
A Constituição Federal, em seu artigo 1o, inciso II, erigiu à categoria de fundamento do 
Estado Democrático de Direito o princípio da dignidade humana, que tem sua raiz na 
Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada pela Assembleia Geral das 
Nações Unidas, em 1948. A tutela conferida não é destinada somente à vida biológica e 
sim à dimensão moral e social do ser humano como pessoa, no âmbito de sua liberdade e 
autonomia. É uma carga de atributos que a pessoa humana carrega, diferenciando-a e 
entronizando-a em um cenário de proteção para que possa desenvolver de forma 
conveniente seu projeto de vida, contando com o respeito do próximo e a proteção 
estatal. 
A Declaração Universal do Genoma Humano e dos Direitos Humanos, em seu artigo 11, 
enfatiza: “Não serão permitidas práticas contrárias à dignidade humana, tais como 
clonagem reprodutiva dos seres humanos”. No mesmo sentido a Organização das 
Nações Unidas (ONU), em 2005, expediu um documento proibitivo, pois acredita que a 
clonagem contraria a dignidade da vida humana, assim como é incompatível com sua 
proteção. O Código de Ética Médica3 , por sua vez, em seu artigo 15, expressa 
taxativamente: “o médico não deve realizar a procriação medicamente assistida com 
nenhum dos seguintes objetivos: criar seres humanos geneticamente modificados; criar 
embriões para investigação; criar embriões com finalidades de escolha de sexo, eugenia 
ou para originar híbridos ou quimeras” 
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), na sua função regulatória, editou a 
Resolução RDC No. 29/2008, que regulamenta toda atividade que envolva fertilização in 
vitro, congelamento e utilização de embriões. Já a Lei de Biossegurança12, assim 
conhecida, erigiu à categoria de crime a utilização de embriões humanos produzidos por 
fertilização in vitro para fins de pesquisa e terapia, a não ser que sejam considerados 
inviáveis; que se encontrem congelados há três anos ou mais e sempre contando com o 
consentimento dos genitores. E considera ilícita a realização de clonagem humana. Reza 
o artigo 26 da lei referida: “Realizar clonagem humana: 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos e multa”. 
A legislação mundial repudia a técnica de clonagem por considerar que se trata de um 
procedimento despojado de ética e que afronta os princípios da própria natureza humana. 
Além de tudo o que foi colocado, ainda há de considerar a dificuldade de se estabelecer a 
vocação genética e a ordem hereditária, para saber quem é o pai, o filho e assim por 
diante. Aceita-se a intervenção científica que seja para controlar ou até mesmo extirpar 
definitivamente doenças, a fim de que o homem possa usufruir com mais dignidade de 
sua existência. Mas entregar a ela o poder de replicar um ser humano vivo ou que já 
tenha morrido, foge totalmente do consentimento da humanidade. É até desumano. 
Mesmo socialmente, não se vislumbra nenhum benefício com a replicação do ser 
humano. Pelo contrário. Todo procedimento tecnológico tem que carregar dividendos para 
a saúde e vida do homem, pois, de outra forma, não poderia se pensar em um trabalho de 
pesquisa que não desejasse tais objetivos. O princípio da justiça social apregoado pela 
bioética divulga a mesma recomendação. 
 
Retirado do artigo: Aspectos éticos e legais da clonagem. 
Disponível em: http://www.saocamilo-sp.br/pdf/bioethikos/89/A6.pdf 
Questões éticas importantes relacionadas à clonagem incluem: 
• Identidade e individualidade: A clonagem reprodutiva levanta questões sobre a 
identidade pessoal e individualidade do organismo clonado. 
• Bem-estar do organismo clonado: Animais clonados frequentemente apresentam 
problemas de saúde, levantando preocupações éticas sobre o bem-estar dos 
clones. 
• Aspectos legais e regulatórios: Muitos países têm leis que proíbem ou regulam 
estritamente a clonagem humana reprodutiva, enquanto a clonagem terapêutica 
pode ser permitida em certos contextos. 
• Perspectivas religiosas: Diferentes religiões têm visões variadas sobre a 
clonagem, com algumas preocupações sobre a dignidade humana e a intervenção 
no processo natural. 
Em resumo, a clonagem é uma área de estudo da bioética que continua a gerar debates 
profundos sobre os limites éticos da ciência, as implicações para a identidade pessoal e 
as questões morais envolvidas na manipulação genética e na criação de vida. 
A manipulação genética, incluindo técnicas como a edição de genes utilizando CRISPR-
Cas9, apresenta uma série de implicações éticas significativas tanto em humanos quanto 
em outras espécies. Aqui estão alguns dos principais pontos de debate e preocupação: 
Em Humanos: 
1. Ética do aprimoramento humano: A capacidade de editar genes pode levar a 
possíveis aplicações para melhorar características humanas, como inteligência, 
resistência a doenças ou características físicas. Isso levanta questões sobre 
equidade, justiça social e o potencial de criar disparidades entre os indivíduos que 
podem ou não ter acesso a essas tecnologias. 
2. Consentimento informado e autonomia: A edição de genes em humanos envolve 
questões de consentimento informado, especialmente quando se trata de modificar 
genes em embriões ou em indivíduos incapazes de consentir, como crianças. 
3. Segurança e efeitos imprevistos: A tecnologia CRISPR ainda está em 
desenvolvimento, e há preocupações sobre a precisão das edições genéticas, 
possíveis efeitos colaterais não intencionais e a segurança a longo prazo para os 
indivíduos tratados. 
4. Impacto nas futuras gerações: As alterações genéticas em células germinativas 
(espermatozoides, óvulos ou embriões) podem ser transmitidas para as gerações 
futuras, levantando questões sobre o direito das futuras gerações de consentir com 
as modificações genéticas feitas em seus antepassados. 
5. Ética da pesquisa e publicação: A pesquisa em edição de genes em humanos 
deve ser conduzida de maneira ética e transparente, com consideração cuidadosa 
dos riscos e benefícios potenciais. 
Em outras Espécies: 
1. Bem-estar animal: A edição de genes em animais levanta questões sobre o bem-
estar dos animais modificados, especialmente quando alterações genéticas podem 
afetar sua saúde ou comportamento. 
2. Impacto ambiental: A liberação de animais geneticamente modificados no 
ambiente natural pode ter consequências imprevisíveis e impactar ecossistemas 
locais, levantando preocupações sobre biossegurança e sustentabilidade. 
3. Ética da conservação: A edição genética pode ser usada em esforços de 
conservação para preservar espécies ameaçadas, mas questões éticas surgem 
sobre a manipulação da natureza e a preservação da diversidade genética natural. 
4. Uso em pesquisa e produção alimentar: A edição genética em plantas e animais 
pode ter implicações éticas na agricultura e na produção de alimentos, levantando 
questões sobre segurança alimentar, impacto ambiental e aceitação pública. 
5. Patentes e propriedade intelectual: A quem pertencem os direitos sobre 
organismos geneticamente modificados e suas tecnologias associadas? Questões 
éticas sobre patentes e propriedade intelectual surgem quando se trata de lucro 
com a edição de genes em seres vivos. 
Em conclusão, a manipulação genética, incluindo a ediçãode genes como CRISPR, 
oferece potenciais benefícios significativos em termos de saúde, agricultura e 
conservação, mas também levanta questões éticas complexas que exigem uma reflexão 
cuidadosa sobre os impactos a curto e longo prazo em indivíduos, sociedades e 
ecossistemas. 
 
CRISPR (Clustered Regularly Interspaced Short Palindromic Repeats) é uma tecnologia 
revolucionária de edição de genes que permite aos cientistas fazer modificações precisas 
no DNA de organismos vivos. Aqui estão alguns postos-chave sobre CRISPR: 
1. Origem e Funcionamento: CRISPR foi descoberto inicialmente como parte do 
sistema imunológico bacteriano, onde é utilizado para identificar e cortar o DNA de 
vírus invasores. Consiste em duas partes principais: sequências de repetição 
(CRISPR) e sequências espaçadas (espaçadores), que juntas formam um sistema 
que pode ser programado para cortar o DNA em locais específicos. 
2. Aplicações em Edição de Genes: CRISPR-Cas9 é a forma mais comum de 
CRISPR utilizada para edição de genes. Funciona introduzindo uma pequena 
sequência de RNA programável que guia uma enzima (geralmente a Cas9) para 
um local específico no DNA, onde pode cortar, reparar ou substituir segmentos de 
DNA. 
3. Precisão e Eficiência: CRISPR é altamente preciso e eficiente em comparação 
com tecnologias de edição de genes anteriores. Isso permite aos cientistas 
modificar o genoma de uma forma mais controlada e acessível do que antes. 
4. Potenciais Aplicações: As aplicações de CRISPR são vastas e incluem terapia 
genética para tratar doenças genéticas, desenvolvimento de culturas agrícolas 
mais resistentes e adaptadas às mudanças climáticas, criação de modelos animais 
para estudar doenças humanas, e até mesmo a possibilidade de editar genes em 
embriões humanos para prevenir doenças hereditárias. 
5. Questões Éticas: Apesar de seu potencial promissor, CRISPR levanta diversas 
questões éticas, como a segurança a longo prazo das edições genéticas, o uso de 
tecnologia em embriões humanos, questões de equidade no acesso às terapias 
genéticas, e as implicações sociais e éticas de alterar permanentemente o genoma 
de uma espécie. 
6. Desenvolvimento Contínuo: A pesquisa e o desenvolvimento de CRISPR 
continuam avançando rapidamente, com novas variantes e técnicas sendo 
desenvolvidas para aumentar sua precisão, eficiência e aplicabilidade em 
diferentes contextos científicos e clínicos. 
Em resumo, CRISPR representa uma das ferramentas mais promissoras e 
transformadoras na biotecnologia atualmente, mas seu uso responsável e ético é 
essencial para maximizar seus benefícios potenciais enquanto minimiza os riscos 
associados. 
 
EXERCÍCIOS 
1-Como a clonagem afeta a identidade pessoal e a singularidade de um indivíduo clonado? 
 2-Explique o que e clonagem quais são as questões éticas envolvendo a clonagem 
humana e a de outras espécies? 
3- Explique o que e a técnica CRISPR? 
4- Faça em seu caderno 10 perguntas com resposta sobre clonagem. 
TRANSGÊNICO 
A palavra "transgênico" refere-se a organismos vivos que foram geneticamente 
modificados pela introdução de material genético de outra espécie através de técnicas de 
engenharia genética. Essa tecnologia permite aos cientistas transferir genes específicos 
de uma fonte para outra, criando organismos com características novas ou aprimoradas. 
Os transgênicos têm sido amplamente utilizados na agricultura para desenvolver culturas 
mais resistentes a pragas, tolerantes a condições ambientais adversas, e até mesmo para 
melhorar a qualidade nutricional dos alimentos. No entanto, essa prática não está isenta 
de controvérsias e questões éticas, especialmente relacionadas à segurança alimentar, 
impactos ambientais, e preocupações sobre o controle corporativo dos recursos 
genéticos. A regulamentação rigorosa é frequentemente necessária para assegurar que 
os transgênicos sejam desenvolvidos, testados e utilizados de maneira segura e 
responsável. 
O processo de criação de organismos transgênicos envolve várias etapas técnicas 
complexas de engenharia genética. Aqui está uma visão geral simplificada de como 
ocorre esse processo: 
1. Identificação do gene de interesse: Primeiramente, os cientistas identificam o 
gene específico que desejam inserir no organismo-alvo. Esse gene pode ser 
escolhido por suas características desejáveis, como resistência a doenças, maior 
produção de nutrientes, ou qualquer outra característica que se queira introduzir no 
organismo receptor. 
2. Isolamento do gene: O gene de interesse é isolado a partir do DNA da espécie 
doadora. Isso pode ser feito utilizando enzimas de restrição, que cortam o DNA em 
locais específicos, permitindo que o gene desejado seja separado do restante do 
DNA. 
3. Preparação do vetor de DNA: Um vetor de DNA, como um plasmídeo bacteriano, 
é preparado para receber o gene de interesse. O vetor é modificado para conter 
sequências que permitem sua replicação dentro do organismo-alvo. 
4. Inserção do gene no vetor: O gene isolado é então inserido no vetor de DNA. Isso 
é feito utilizando enzimas ligases que unem o gene ao vetor de forma precisa. 
5. Introdução do vetor no organismo-alvo: O vetor de DNA contendo o gene de 
interesse é introduzido no organismo-alvo. Isso pode ser feito de várias maneiras, 
dependendo da espécie e do tipo de células envolvidas. Por exemplo, pode-se usar 
técnicas como eletroporação (choque elétrico), microinjeção, ou métodos mais 
sofisticados como o uso de agrobactérias em plantas. 
6. Integração e expressão do gene: Uma vez dentro do organismo-alvo, o vetor de 
DNA transporta o gene para o núcleo celular. O gene é então integrado ao genoma 
do organismo receptor, geralmente aleatoriamente em regiões do DNA. O gene 
inserido é capaz de ser transcrito e traduzido, permitindo que a proteína 
correspondente seja produzida. 
7. Seleção e caracterização dos transgênicos: Após a inserção do gene, os 
cientistas realizam testes para identificar quais células ou organismos foram 
transformados com sucesso. Isso geralmente envolve técnicas de seleção 
baseadas em marcadores genéticos que indicam a presença do gene inserido. 
8. Avaliação de características: Os organismos transgênicos são então avaliados 
para determinar se possuem as características desejadas, como resistência a 
pragas, maior produção de nutrientes, etc. 
9. Testes de segurança e regulamentação: Antes da liberação para uso comercial, 
os transgênicos passam por rigorosos testes de segurança para garantir que não 
apresentem riscos significativos para o ambiente ou para a saúde humana. 
Regulamentações governamentais frequentemente supervisionam esse processo. 
10. Liberação e uso comercial: Após a aprovação dos testes de segurança e 
regulamentação, os transgênicos podem ser liberados para uso comercial em 
agricultura, pesquisa médica, ou outros campos, dependendo da aplicação 
específica. 
Em resumo, o processo de criação de organismos transgênicos é altamente técnico e 
envolve várias etapas cuidadosamente planejadas para garantir que os genes desejados 
sejam introduzidos de forma eficaz e segura nos organismos receptores. 
 
No Brasil, alguns dos alimentos transgênicos mais comuns incluem: 
1. Soja: A soja transgênica é amplamente cultivada no Brasil. A maioria das safras de 
soja no país é geneticamente modificada para ser resistente a herbicidas, como o 
glifosato, o que facilita o controle de ervas daninhas. 
2. Milho: O milho transgênico também é bastante cultivado no Brasil. As variedades 
transgênicas de milho podem ser geneticamente modificadas para resistir a pragas 
específicas ou tolerar herbicidas, proporcionando maior produtividade e reduzindo 
custos de produção. 
3. Algodão: O algodão transgênico é cultivado para resistir a pragas, especialmente a 
lagarta-do-cartucho, que é uma praga comum na cultura do algodão. 
4. Cana-de-açúcar: Embora menos comum, há pesquisas e desenvolvimentos em 
andamentopara produzir variedades de cana-de-açúcar geneticamente 
modificadas para resistir a doenças e melhorar a qualidade do açúcar. 
5. Feijão: Recentemente, o Brasil aprovou a comercialização do feijão transgênico, 
que foi desenvolvido para ser resistente ao vírus do mosaico dourado, uma doença 
que afeta severamente as plantações de feijão. 
6. Papaya: Embora não seja tão comum quanto outras culturas, o papaya transgênico 
resistente ao vírus ringspot está sendo cultivado em algumas regiões do Brasil. 
É importante observar que, no Brasil, alimentos transgênicos são rigorosamente 
regulamentados pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), que avalia 
os riscos à saúde humana e ao meio ambiente antes de autorizar sua comercialização. 
Além disso, a legislação brasileira exige a rotulagem de alimentos que contenham 
ingredientes transgênicos para garantir a informação ao consumidor. 
EXERCÍCIOS 
1. Impacto ambiental: Quais são os impactos ambientais associados ao cultivo de 
alimentos transgênicos, como o uso de herbicidas e a resistência de pragas? 
2. Regulamentação e controle: Como os alimentos transgênicos são 
regulamentados e controlados no Brasil e em outros países? Quais são os órgãos 
responsáveis por garantir a segurança e a transparência na comercialização? 
3. Ética e direitos do consumidor: Quais são os argumentos éticos a favor e contra 
o cultivo e consumo de alimentos transgênicos? Como as preocupações éticas, 
como o direito à informação e escolha, são abordadas? 
4. Impacto socioeconômico: Qual é o impacto dos alimentos transgênicos na 
agricultura familiar e na economia rural? Quais são as implicações para a 
segurança alimentar global e a distribuição de renda? 
5. Alternativas e sustentabilidade: Existem alternativas viáveis aos alimentos 
transgênicos que promovem práticas agrícolas sustentáveis e segurança 
alimentar? 
6. Efeitos a longo prazo: Quais são os potenciais efeitos a longo prazo do consumo 
de alimentos transgênicos na saúde humana? Existem preocupações específicas 
com alergias ou outras reações adversas? 
7. Propriedade intelectual e patentes: Quais são os desafios éticos e legais 
relacionados à propriedade intelectual de sementes transgênicas e a influência de 
empresas de biotecnologia na agricultura global? 
8. Comunicação científica e pública: Como a comunicação científica sobre os 
alimentos transgênicos pode ser melhorada para aumentar a compreensão pública 
e reduzir a desinformação? 
9. Pesquisa e inovação: Quais são as novas fronteiras da pesquisa em alimentos 
transgênicos? Como a inovação pode ser equilibrada com a segurança e os 
interesses sociais? 
 
FERTILIZAÇÃO IN VITRO 
A reprodução humana assistida é um dos métodos mais tradicionais de procriação, 
auxiliando aqueles que, por algum motivo, não conseguem realizar o projeto parental de 
modo natural. Um dos métodos de reprodução humana assistida é a fertilização in vitro, a 
qual se faz através da junção de material genético do homem e da mulher, criando em 
laboratório embriões que serão implantados no útero, dando início a gestação. Para que 
ocorra sucesso no tratamento, são produzidos embriões além do necessário, ou seja, 
embriões excedentários, que poderão ser congelados, doados e até mesmo descartados. 
Em 1978, a introdução da fertilização in vitro (sigla em inglês IVF) desencadeou intenso 
debate ético sobre o uso de tecnologias inovadoras de reprodução, que se haviam 
deflagrado uma década antes. Foram levantadas questões sobre se as técnicas 
prejudicariam crianças e pais e/ou alterariam a compreensão sobre o significado de 
procriação, família e paternidade. A controvérsia diminuiu gradualmente, quando bebês 
saudáveis nasceram por esses recursos: em pelo menos oito países, comitês voltados à 
Ética e à Bioética emitiram declarações que consideraram, em princípio, o uso de IVF 
“eticamente aceitável”, pela chance de permitir que casais inférteis gerassem 
descendentes, até como extensão do modo natural de reprodução: embora envolva a 
junção de espermatozoide e óvulo em uma placa de petri (recipiente usado em laboratório 
para cultura de micro-organismos) ou em tubo de ensaio, uma vez implantados, os 
embriões cumprem um período natural de gestação, que culmina no nascimento de 
bebês. A reprodução humana assistida renovou a esperança dos que não podiam concluir 
com o planejamento familiar de filiação, trazendo consigo inúmeros questionamentos 
quanto a ética na pesquisa e na manipulação do material genético doado. 
Os conflitos diminuíram ao se verificar que tais tecnologias, com exceção da inseminação 
artificial por doador, levaram pessoas até então estéreis a terem seus próprios filhos 
genéticos. Além disso, filhos gerados pelos novos métodos não se traduziram, então, em 
riscos às famílias nucleares e tradicionalmente estruturadas. Os desafios éticos voltaram 
à tona a partir da década de 1990, devido os avanços científicos, aliados às mudanças de 
ambientes sociais e culturais: a intervenção humana no processo de procriação tornou-se 
mais frequente, mais complexa, e altamente tecnológica. 
Dilemas éticos 
Atualmente é difícil argumentar que tais métodos inovadores correspondem a meras 
extensões do jeito natural de se reproduzir. Partenogênese (desenvolvimento de um ser 
vivo a partir de um óvulo não fecundado); clonagem (processo utilizado para criar uma 
réplica geneticamente exata de uma célula, tecido ou organismo), e ectogênese (conjunto 
de técnicas necessárias para produzir bebês fora do corpo da mulher, isto é, úteros 
artificiais) já estão no horizonte científico. 
Doadoras de óvulos, mães substitutas e doadores de esperma figuram como “auxiliares” 
aos que não têm filhos de maneira natural. Novas formas de reprodução assistida são 
cada vez mais usadas para gerar crianças sem vínculos hereditários ou genéticos com as 
famílias que as criarão. 
Finalmente, tecnologias de reprodução assistida não são mais usadas exclusivamente no 
contexto de famílias nucleares tradicionais: casais homossexuais e mulheres e homens 
solteiros contam acesso a elas, o que leva grupos religiosos – e até alguns seculares – a 
expressarem preocupações quanto ao enfraquecimento do compromisso mútuo familiar e 
o bem-estar dos filhos resultantes de processos artificiais. Também na mira dos críticos 
está eventual “uso indevido de recursos sanitários”, porque esses métodos não são 
empregados somente na superação de problemas médicos, mas com a intenção de 
contornar limites biológicos à paternidade. 
Além disso, há quem veja o perigo de mercantilização de seres humanos e seus produtos 
corporais: oferecer grandes quantias de dinheiro a terceiros, principalmente os mais 
carentes, pode diminuir a voluntariedade de sua escolha em participar do processo. 
Lembrando: no Brasil, o Conselho Federal de Medicina (CFM) proíbe que a cessão 
temporária de útero tenha caráter lucrativo ou comercial. 
Aqui vale lembrar outra questão ética importante: apenas poucas pessoas se beneficiam 
das novas tecnologias reprodutivas: o acesso depende, entre outros, de fatores econômicos, 
culturais, de raça e de classe social. Assim, seu uso tem potencial para ampliar ainda mais 
as fronteiras econômicas e sociais entre ricos e pobres, e entre uma subcultura e outra. 
No Brasil, não existe ainda nenhuma legislação que regulamente os procedimentos de 
reprodução assistida. O único documento de que se dispõe para tanto é a Resolução 
1358/923 do Conselho Federal de Medicina. Este, apesar de não ter força de lei, oferece 
as orientações éticas para utilização das novas tecnologias reprodutivas nas clínicas de 
fertilização. Nesse documento estão presentes algumas informações sobre o que os 
médicos estão permitidos ou impedidos de fazer no uso das tecnologias reprodutivas. Em 
uma análise das sessões dessa resolução, percebe-se uma tentativa de banalizar a 
atividade médica quando da manipulação de gametas para fins reprodutivos. A utilização 
de técnicas médicas para realizaçãode procedimento de fecundação abriu uma série de 
novas situações que impõem dilemas específicos, os quais demandam reflexão e 
regulamentação ética para além dessa resolução. Diversos aspectos do uso das novas 
tecnologias conceptivas, porém, encontram-se defasados nesse documento, como a 
assistência à reprodução para casais não- heterossexuais, a doação de embriões pré- 
implantados para pesquisa científica e clonagem humana. 
 
CÉLULAS TRONCO 
Células-tronco são células que têm a capacidade de se transformar em diferentes tipos de 
células especializadas no corpo. Elas são essenciais para o desenvolvimento e a 
manutenção dos tecidos em organismos multicelulares. Existem dois principais tipos de 
células-tronco: 
1. Células-tronco embrionárias: São encontradas em embriões humanos e têm a 
capacidade de se diferenciar em qualquer tipo de célula do corpo. São muito 
versáteis, mas seu uso levanta questões éticas devido ao fato de que sua obtenção 
envolve a destruição do embrião. 
2. Células-tronco adultas: Também conhecidas como células-tronco somáticas, são 
encontradas em tecidos adultos como medula óssea, pele e sangue. Elas têm a 
capacidade de se transformar em alguns, mas não em todos os tipos de células 
especializadas. Seu uso não levanta as mesmas questões éticas que as células-
tronco embrionárias. 
As células-tronco têm um enorme potencial para a medicina regenerativa, pois podem ser 
utilizadas para reparar tecidos danificados ou substituir células perdidas devido a doenças 
ou lesões. Pesquisas continuam explorando novas aplicações e técnicas para aproveitar 
seu potencial terapêutico. 
As questões éticas em torno das células-tronco são complexas e frequentemente 
debatidas, especialmente no caso das células-tronco embrionárias. Aqui estão algumas 
das principais questões éticas relacionadas: 
1. Origem das células-tronco embrionárias: A obtenção de células-tronco 
embrionárias envolve a destruição de embriões humanos, o que é visto por alguns 
como equivalente a destruir uma vida humana em estágio inicial. Isso levanta 
preocupações sobre o valor e o estatuto moral do embrião. 
2. Autonomia e consentimento: O uso de células-tronco, especialmente 
embrionárias, envolve decisões éticas sobre quem pode decidir sobre a utilização 
dos embriões. Questões de consentimento informado, especialmente no contexto 
de doação de embriões excedentes de fertilização in vitro, são cruciais. 
3. Potencial comercialização: A comercialização de tecnologias baseadas em 
células-tronco levanta questões sobre justiça distributiva, acesso equitativo aos 
tratamentos desenvolvidos e a possibilidade de exploração de doadores de células-
tronco. 
4. Pesquisa e progresso científico: Há um debate contínuo sobre até que ponto a 
pesquisa com células-tronco embrionárias deve ser permitida e incentivada. 
Algumas sociedades e culturas têm pontos de vista diferentes sobre a moralidade e 
a aceitabilidade dessa pesquisa. 
5. Alternativas e desenvolvimento de novas tecnologias: O avanço das técnicas 
de reprogramação celular, como as células-tronco induzidas (iPSCs), oferece 
alternativas às células-tronco embrionárias, mas questões éticas ainda persistem 
em torno de sua segurança e eficácia. 
6. Regulação e políticas públicas: A criação de diretrizes éticas e regulamentações 
adequadas para pesquisa e aplicação clínica de células-tronco é essencial para 
garantir que os benefícios potenciais sejam maximizados enquanto se respeitam 
considerações éticas. 
Essas questões refletem a complexidade moral e ética envolvida no uso e na pesquisa de 
células-tronco, destacando a necessidade de um diálogo contínuo e cuidadoso entre 
cientistas, éticos, legisladores e a sociedade em geral. 
 
ABORTO 
No Brasil, as leis que regulam o aborto estão principalmente contidas no Código Penal 
brasileiro, especificamente nos artigos 124 a 127. Aqui estão os principais pontos: 
1. Aborto provocado pela gestante ou com o seu consentimento (Artigo 124 do 
Código Penal): 
• O aborto provocado pela gestante ou com o seu consentimento é 
considerado crime no Brasil. A pena para quem pratica aborto varia de 1 a 3 
anos de detenção. 
2. Aborto necessário (Artigo 126 do Código Penal): 
• Não se pune o aborto praticado por médico se não há outro meio de salvar a 
vida da gestante. Este é o aborto terapêutico, permitido apenas quando há 
risco de morte para a mulher. 
3. Aborto no caso de gravidez resultante de estupro (Artigo 128, inciso I, do 
Código Penal): 
• O aborto é permitido em caso de gravidez resultante de estupro. A gestante 
deve comunicar o fato à autoridade policial e apresentar laudo médico 
atestando o estupro para que o aborto seja realizado de forma segura e 
legal. 
4. Aborto no caso de anencefalia fetal (Decisão do Supremo Tribunal Federal - 
ADPF 54): 
• Em 2012, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a interrupção da 
gravidez nos casos de anencefalia fetal não constitui crime, considerando 
que o feto anencéfalo não tem possibilidade de vida fora do útero. 
Além dessas situações específicas, o aborto é considerado crime no Brasil e sua prática 
pode resultar em penalidades legais para os envolvidos. A legislação brasileira é uma das 
mais restritivas do mundo em relação ao aborto, e a discussão sobre sua reforma e 
despenalização é um tema controverso na sociedade brasileira. 
No Brasil, as questões de saúde pública e direitos reprodutivos em relação ao aborto são 
tratadas de maneira complexa e muitas vezes controversa. Aqui estão alguns pontos 
importantes: 
1. Saúde pública: O aborto clandestino é uma realidade significativa devido à 
legislação restritiva. Estima-se que milhares de mulheres recorram a 
procedimentos inseguros anualmente, o que aumenta os riscos de complicações 
graves e morte materna. Isso coloca um ônus considerável no sistema de saúde, 
especialmente nos hospitais públicos. 
2. Direitos reprodutivos: Há um debate contínuo sobre o direito das mulheres de 
decidir sobre seu próprio corpo e ter acesso a serviços de saúde reprodutiva 
seguros, incluindo o acesso ao aborto seguro e legal. Defensores dos direitos 
reprodutivos argumentam que a restrição ao aborto viola os direitos humanos das 
mulheres, limitando sua autonomia e colocando-as em situações de risco. 
3. Impacto nas populações vulneráveis: Mulheres de baixa renda, jovens e aquelas 
que vivem em áreas rurais têm menos acesso a serviços de saúde reprodutiva 
adequados, aumentando sua probabilidade de recorrer ao aborto clandestino e 
inseguro. Isso pode perpetuar ciclos de pobreza e desigualdade. 
4. Desafios legais e políticos: As tentativas de reformar as leis de aborto no Brasil 
enfrentam resistência de setores conservadores, incluindo grupos religiosos e 
políticos. Isso cria um ambiente político complexo onde mudanças significativas na 
legislação são difíceis de serem alcançadas. 
5. Evidências e pesquisa: A falta de dados precisos e atualizados sobre aborto 
clandestino e suas consequências torna difícil avaliar plenamente o impacto na 
saúde pública e formular políticas eficazes para mitigar os riscos. 
Em suma, as questões de saúde pública e direitos reprodutivos relacionadas ao aborto no 
Brasil continuam sendo temas importantes de debate e luta política, envolvendo 
considerações éticas, de saúde pública e direitos individuais das mulheres. 
 
 EXERCÍCIOS 
1) Quais são as circunstâncias em que o aborto é permitido de acordo com a 
legislação brasileira? 
2) Como são tratadas as questões de saúde pública e direitos reprodutivos em 
relação ao aborto? 
3) Quais são os argumentos a favor da despenalização e legalização do aborto 
no Brasil? 
4) Quais são os argumentos contra a despenalização e legalização do aborto no 
Brasil? 
5) Qual é o papel das questões religiosas e éticas no debate sobre o aborto? 
6) Como as políticas de aborto variam entre diferentes estados brasileiros? 
7) Como a criminalização do aborto afeta as mulheres de diferentes classes 
sociais e gruposvulneráveis? 
8) Quais são as estatísticas e dados disponíveis sobre aborto clandestino e 
seus impactos na saúde pública? 
9) Quais são as propostas ou movimentos atuais para reformar as leis de aborto 
no Brasil? 
10) Quais são as leis atuais sobre o aborto no Brasil? 
 
 
 
 
	Em Humanos:
	Em outras Espécies:

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