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AULA 3 SISTEMA DE SEGURANÇA E DEFESA CIBERNÉTICA NACIONAL Prof. Luiz Augusto de Oliveira Santiago 2 TEMA 1 – A INTERNET – ORIGEM 1.1 Introdução Vimos como a questão do conflito permeia toda a história da humanidade, ocasionando e motivando sua própria evolução. Analisamos também a definição dos termos “segurança” e “defesa”, que passamos a adotar no curso. Em seguida, discutimos dilemas do momento atual, verificando o impacto com que o atual estágio da humanidade nos conduz à Quarta Revolução Industrial, ou a Era da Informação. Na realidade, o que vimos serve de moldura para contextualizar o meio em que se desenvolve o escopo de nossa matéria: o cibernético. Para isso, agora passaremos a ver como a internet foi criada e se desenvolveu, fornecendo o meio de cultura no qual atuam a segurança e a defesa cibernética. 1.2 A evolução dos computadores Como já vimos, o mundo vivia no pós-guerra a chamada Guerra Fria, capitaneada pelos EUA de um lado e a União Soviética do outro. Havia uma disputa velada entre esses países em todos os aspectos da vida: artes, cultura, esportes, propaganda etc. Dessa forma, o setor acadêmico era impulsionado tanto pelo advento dos computadores quanto pelas contribuições científicas oriundas da guerra, assim como o aporte governamental dos países em tela. A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) fez com que uma grande quantidade de dados precisasse ser processada, e com rapidez. O desenvolvimento de máquinas que atendessem a essas necessidades foi bem demonstrado no filme O jogo da imitação (2014), no qual se vê a criação da Máquina de Turing, responsável por decifrar o complexo código alemão Enygma, contribuindo sobremaneira para a vitória dos aliados. A partir daí surgem os primeiros computadores à válvula, como o Eniac: grandes, pesados e lentos para os padrões de hoje. Diante da substituição da válvula pelo transistor, aparecem os computadores de segunda geração: os Leprechaun. 3 No fim dos anos 1950, concebe-se o circuito integrado (chip), e assim surge a terceira geração, que teve como ideia inicial juntar transistores, capacitores e demais componentes em uma só peça, reduzindo o tamanho do computador. Com a chegada dos circuitos de integração em grande escala (ou large- scale integration – LSI), surge a quarta geração. Nela os computadores se tornam acessíveis, chegam na residência das pessoas e, com o surgimento do personal computer (PC), a informática é de fato disseminada. Atualmente nos encontramos na quinta geração de computadores, com a característica de haver circuitos integrados com transistores por chip e processadores que realizam várias tarefas ao mesmo tempo no mesmo computador. Dos mais variados modos, a computação está presente no dia a dia das pessoas, seja na forma como você está lendo esta aula ou como você assiste, no celular, à sua série preferida enquanto vai de ônibus ao trabalho pela manhã. TEMA 2 – ARPANET 2.1 Origem O mesmo ambiente de Guerra Fria possibilitou o advento da internet. Por essa razão, muitos associam seu surgimento como uma invenção de propósitos bélicos. No entanto, veremos a seguir que sua origem vem do casamento entre necessidades de defesa e interesses do meio acadêmico. Sempre se imaginou um modo de comunicação em tempo real entre pessoas que estivessem em locais diferentes. Cientistas e escritores já imaginavam isso muito tempo antes de os computadores surgirem. A primeira forma de comunicação desse tipo foi com o telégrafo e, em 1956, ao ligar a Escócia e o litoral do Canadá, surgiu o primeiro transatlântico telefônico. Nessa época, os diversos laboratórios do meio acadêmico dos EUA se concentravam nas mais variadas universidades do país. Havia um anseio natural de pesquisadores e cientistas em se comunicar com outros centros de pesquisa com rapidez, a fim de trocar experiências e informações. Paralelamente, você tinha a necessidade do governo norte-americano em não perder esse conhecimento, armazenando-o em dois ou mais lugares, uma vez que, na época, a possibilidade de um ataque nuclear soviético era factível. 4 Em 1958, o presidente Dwight Eisenhower, assustado com o avanço tecnológico soviético explicitado pelo lançamento do satélite Sputnik ao espaço, resolve criar a Agência de Projetos e Pesquisas Avançadas (Advanced Research Projects Agency – Arpa), cujo propósito era dar continuidade à vantagem tecnológica dos EUA e prevenir avanços dos adversários. Preocupada com a segurança de comunicações em relação a ataques nucleares, desenvolveu a precursora da atual internet: a Arpanet (“rede da Arpa”). Em certo momento, a Arpa passou a ser subordinada ao Departamento de Defesa, sendo denominada Darpa. Por isso alguns estudiosos ligam a criação da internet a um programa de origem puramente militar. O cientista da computação Joseph Carl Robnett Licklider, da BBN Technologies, em 1960 publicou um trabalho em discurso do conceito da “Rede Intergalática de Computadores”, ou seja, a primeira ideia para uma rede global de computadores. Em 1963, Licklider, já no comando da Arpa, convenceu os engenheiros de que o conceito de rede merecia atenção especial e, desse modo, dois engenheiros – Ivan Sutherland e Bob Taylor – deram continuidade à aprendizagem, permitindo que cientistas patrocinados pela Arpa em diversos ambientes, tanto corporativos quanto em universidades, usufruíssem de computadores fornecidos, disseminando os novos softwares de maneira veloz. A Arpa financiou três terminais de computadores para Bob Taylor, conectados por computadores separados: um para a Corporação de Desenvolvimento de Sistemas (SDC) Q-32, em Santa Mônica; um para o projeto Genie, da Universidade da Califórnia, em Berkeley; e outro para o Multics, no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Em paralelo, no início dos anos 1960, Paul Baran, da Rand Corporation, pesquisava sistemas relacionados a guerra nuclear, e acabou por desenvolver a ideia de computação de blocos e mensagens adaptáveis. O primeiro manual de recursos para a Arpanet foi elaborado em 1969, por Elizabeth J. Feinler e uma equipe composta essencialmente por mulheres, desenvolvendo o diretório da Arpanet e possibilitando sua navegação. As duas primeiras redes que utilizaram a comutação de pacotes foram a rede NPL e a Arpanet, que foram conectadas ao mesmo tempo em 1973, com velocidades respectivas de 768 kbit/s e 50 kbit/s. Charles Herzfeld, diretor da Arpa, foi convencido por Bob Taylor em 1966 a financiar um projeto de rede. Esse 5 financiamento foi fruto de uma transferência de um milhão de dólares, que seriam utilizados em um programa de defesa de mísseis balísticos. Desde então, diversos estudos sobre comutação de computadores e transmissão de mensagens foram desenvolvidos, até que em 1969 houve a primeira conexão da Arpanet entre a Universidade da Califórnia (UCLA) e o Instituto de Pesquisas Stanford. A curiosidade fica por conta da primeira mensagem enviada: resolveram escrever a palavra “Login” e, para ter certeza de que o outro lado estava recebendo, estabeleceram uma ligação telefônica. Digitaram o “L” e perguntaram se estavam vendo do outro lado. A resposta foi “sim, vemos o L”. Então digitaram o “O”, e a resposta também foi positiva. Quando digitaram o “G”, a conexão caiu. Mas a revolução havia começado. Em 5 de dezembro do mesmo ano, a Universidade de Utah e a Universidade Santa Bárbara se juntaram à rede. Em 1970, o governo dos EUA liberou o desenvolvimento de pesquisas nas universidades para que estudos na área de defesa também pudessem entrar na Arpanet. Diante do grande número de localidades universitárias, a Arpanet teve dificuldades em gerenciar todo o sistema. Com a média de adesão de um novo membro a cada 20 dias, por volta de 1981 já eram 213 associados. Muito embora a Arpanet seja consideradaa precursora do que hoje entendemos como internet, ela não era a única rede de computadores desenvolvida na ocasião. Diversas outras organizações acadêmicas e governos, particularmente europeus, procuravam desenvolver seus próprios sistemas. O Darpa resolveu bancar pesquisas que visavam unificar as diversas redes, como a X.25 europeia. O foco passou a ser o protocolo para o hospedeiro incluso na rede, em vez da rede em si mesma. Dessa forma, ao cabo de algum tempo, com a rede reduzida, houve a possibilidade de unir as redes, não havendo importância quanto às suas características. A palavra “internet” é uma abreviação de “internetworking”. Possivelmente, o que podemos chamar de “pulo do gato” da expansão da internet se deu quando a Arpanet resolveu trocar, no dia 1º de janeiro de 1983, seu protocolo de comunicações do Programa de Controle da Rede (Network Control Program – NCP), utilizado até então, para o mais flexível Programa de Controle de Transmissão/Protocolo de Internet (Transmission Control Program/Internet Protocol – TCP/IP). 6 No mesmo ano, devido ao crescimento vertiginoso da Arpanet, o setor militar resolveu se separar, a fim de dar maiores condições de segurança à sua rede, surgindo assim a Milnet. Após vários desdobramentos relativos à expansão e substituição da Arpanet ao longo dos anos 1980, ela finalmente foi descomissionada em 1990, sendo substituída pela mais moderna NSFNET (rede da National Science Foundation – Fundação Nacional da Ciência). TEMA 3 – A INTERNET CRESCE 3.1 A evolução da rede Inicialmente, como já foi visto, as redes atendiam a finalidades puramente acadêmicas e governamentais (incluindo militares). No entanto, o apelo comercial que tal plataforma proporcionava logo atiçou a curiosidade de quem via uma oportunidade de ganhar dinheiro com essa ligação que, pouco a pouco, se tornava global. Assim, ainda nos anos 1980, e aproveitando a falta de regulamentação sobre o que era de interesse comercial ou não, surgiram as primeiras empresas provedoras de serviços para a internet. Ao mesmo tempo, os computadores individuais (PCs) também se expandiram globalmente. Muito embora tenha havido um boicote e uma tentativa de evitar o uso comercial da internet, a NSF finalmente daria sua autorização. Várias redes interligadas iriam florescer nessa controvérsia, até que em 1995 a própria NSF decidiu encerrar o patrocínio da NSFNET, uma vez que seus objetivos iniciais já tinham sido atingidos e ultrapassados, dando lugar a novas formas de ligação. A própria NSF proveu o suporte inicial para que os pontos de acesso de redes (network access points – NAPs) se tornassem as conexões primárias entre diversas redes, além de ter apoiado o desenvolvimento de soluções que levassem à migração do ambiente acadêmico/governamental ao comercial. 3.2 A rede nos moldes atuais O termo “internet”, hoje usado como nome próprio para descrever a interligação das redes, tem origem em “internetworking”, que descrevia o funcionamento e processamento da Arpanet. No final dos anos 1980, já com o 7 atrativo do apelo comercial, a internet rapidamente se espalhou para a Europa e Austrália, atingindo a Ásia na virada da década. Nos anos 1990, o tráfego na internet aumentava cerca de 100% ao ano, continuando a se expandir e a aumentar o número de informações e conhecimento em áreas diversas: comércio, entretenimento e redes sociais. O aumento do tráfego da internet é resultado da ausência da administração central, que é conivente com o crescimento orgânico da rede, e pela natureza não proprietária e aberta dos protocolos de internet. Em 1993, as informações enviadas pela internet eram de apenas 1%. Em 2000 esse número aumentou para 51% e, em 2007, chegou a 97%. E os dados só aumentam: 22% da população de todo o mundo acessava computadores, fazendo um bilhão de buscas pelo site do Google diariamente, e dois bilhões de pessoas assistiam ao YouTube todos os dias. Em 2011, atingimos a estimativa de 30% da população mundial usando a internet. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil fechou 2017 com 126 milhões de pessoas conectadas à internet, sendo 69,8% dessa população com idade acima de 10 anos. Estima-se também que 69,3% das casas brasileiras têm acesso à rede. Em janeiro de 2019, estudos mostravam que cerca de 4,4 bilhões de pessoas – 57% da população do planeta – estariam conectadas, o que mostra o impacto da internet no mundo. Enquanto a população mundial cresce cerca de 1% ao ano, o número de usuários da internet cresce cerca de 9%. Cerca de 1,8 trilhão de dólares é comercializado, hoje, pela internet. Você consegue imaginar um mundo sem ela no nosso tempo? TEMA 4 – SERVIÇOS DA REDE 4.1 A evolução da rede Diante das rápidas mudanças atuais e do estímulo à criatividade, muitos serviços estão sendo disponibilizados na internet, e seus organizadores estão cientes de que os serviços ainda não lançados certamente estarão disponíveis no futuro. 8 4.2 Correio eletrônico O ato de enviar mensagens para outra pessoa é anterior à internet, uma vez que cartas e arquivos análogos já têm muito tempo de história. No entanto, há uma curiosidade que passa por uma transformação conceitual. Antigamente, era necessário um endereço físico fixo para que a mensagem ou telefonema chagassem ao destinatário. Hoje é possível que um cidadão brasileiro de férias nos EUA envie uma mensagem para um amigo canadense num transatlântico. Com seu e-mail pessoal, a mensagem será entregue, não importa o local físico. 4.3 World wide web – “teia gigante mundial” Quando se fala em internet, é normal o usuário raciocinar em termos de páginas de conteúdo a serem acessadas (um site de notícias, a página do seu clube de futebol, dicas de beleza, pesquisas de educação etc.). A www é talvez o serviço mais utilizado e popular na internet, e possibilitou uma total descentralização da informação e dos dados, diferente de enciclopédias e bibliotecas tradicionais. Esse processo inclui também páginas pessoais e redes sociais; qualquer pessoa com acesso à internet pode disponibilizar conteúdo. Desse modo, é preciso ficar atento ao que é útil e o que não é, ao que é bom e o que não traz benefício algum para a sociedade. 4.4 Acesso remoto Diante da possibilidade de conexão de computadores, mesmo em localidades diversas, o acesso pode ocorrer de modo seguro, com autenticação e criptografia de dados. E assim surgem novos meios de trabalho. A troca constante de informações, vindas de diferentes locais, fez surgir o “teletrabalho”, ou seja, trabalho a distância, em casa. Por exemplo, um advogado hoje pode peticionar e protocolar sua peça processual sem sair de sua residência. 4.5 Colaboração O avanço tecnológico na área de compartilhamento de dados via redes tornou o trabalho corporativo muito mais fácil, uma vez que os custos não são altos e há o compartilhamento de ideias em tempo real. Assim, o grande alcance 9 de ideias fez surgir o software livre, que produziu o Linux, o Mozilla Firefox, o OpenOffice, entre vários outros. 4.6 Compartilhamento de arquivos Sabe-se que o mesmo arquivo pode ser partilhado por pessoas variadas na internet, por meio de um servidor web ou disponibilizado num servidor FTP, com apenas um local de fonte para o conteúdo. Quando esse arquivo é disponibilizado, o proprietário inicial perde o controle sobre ele, o que possibilita a pirataria. 4.7 Transmissão de mídia Hoje um computador com internet pode ter acesso a mídias de uma forma que antigamente era possível apenas para a televisão ou rádio. Ainda, a disponibilidade de materiais compartilhados é infinita se comparada com algumas décadas atrás, indo desde pornografia a materiais didáticos. Uma das novas mídias que surgiram com a popularização da internet é o podcasting. Trata-sede um áudio com conteúdos diversos, sobre os mais variados temas. Essas técnicas, que exigem apenas alguns equipamentos simples para serem utilizadas, permitem que qualquer um, com pouco ou nenhum controle de censura ou licença, difunda conteúdo audiovisual em escala mundial. As webcams podem ser vistas como uma extensão menor do mesmo fenômeno. 4.8 Telefonia na internet (VoIP) “VoIP” significa “voice over internet protocol” (voz sobre protocolo de internet), referindo-se ao protocolo que acompanha toda a comunicação on-line. Como a internet permite tráfego de voz, o VoIP pode ser gratuito ou custar muito menos do que telefonemas normais, especialmente em telefonemas de longa distância, sendo muito útil para quem sempre está conectado, seja a cabo ou por ADSL. O VoIP está se constituindo como uma alternativa competitiva ao serviço tradicional de telefonia. A interoperabilidade entre diferentes provedores melhorou com a capacidade de fazer ou receber ligações de telefones tradicionais. Adaptadores de redes VoIP simples e baratos estão disponíveis, podendo eliminar a necessidade de um computador pessoal. 10 TEMA 5 – O IMPACTO SOCIAL DA REDE 5.1 Como a humanidade é afetada Com a propagação e o fácil manuseio da internet, surge uma nova forma de interação de organizações e atividades sociais, que são as redes sociais, como o Facebook. Elas criaram uma forma de socialização diferente da que conhecíamos até então. Os usuários desses serviços, além da interação pessoal, adquirem um círculo de conhecimentos existentes, uma vez que permitem a troca de informações entre diferentes grupos, em escala mundial. 5.2 Controle e censura A campanha de Barack Obama em 2008 recebeu doações via internet. Desse modo, vemos que as sociedades democráticas utilizam a internet como forte ferramenta política. Porém, os governos da Arábia Saudita, Bielorrússia, Birmânia, Cuba, Egito, Etiópia, Irã, Coreia do Norte, Síria, Tunísia, Turcomenistão, Uzbequistão, Vietnã e Zimbábue limitam o uso da internet para suas populações, principalmente no que tange a informações políticas e religiosas. A Coreia do Norte, por exemplo, possui apenas dois websites: o órgão de controle de uso da rede (Centro Oficial de Computação) e o portal oficial do governo. Somente quem é do governo pode se conectar, via satélite. Vários Estados, entre eles os EUA, têm leis que incriminam posse e repasse de conteúdos como pornografia infantil, porém não os bloqueiam com a utilização de softwares. 5.3 Educação A internet está sendo uma ferramenta extremamente útil para a educação, porque a utilização das redes amplia a comunicação entre discente e docente, bem como o intercâmbio educacional. Desse modo, temos que a educação com o uso das redes ultrapassa fronteiras, contribui para a autonomia da aprendizagem e respeita o tempo de cada aluno. Por mais que ainda exista o analfabetismo tecnológico, o ensino se torna mais acessível a todos. A internet é um forte instrumento de desenvolvimento de projetos e de discussão de temas, sendo uma peça pedagógica de extrema importância na construção do conhecimento tanto para alunos como para docentes. 11 5.4 Lazer Encontramos na internet uma gama de possibilidades de lazer, como os fóruns dedicados exclusivamente a jogadores, ou então fóruns dedicados a vídeos de entretenimento. Há charges, imagens, e mais de seis milhões de pessoas utilizam simultaneamente blogs e mensagens em tempo real. Nessa indústria do entretenimento, encontramos também a pornografia e os jogos de azar, que detêm vantagens na world wide web em decorrência de uma grande fonte de renda com publicidade. Por mais que os governantes tenham tentado restringir o uso da internet para essa indústria, não conquistaram resultados satisfatórios. Quanto ao lazer, não podemos esquecer da utilização da internet para acessar músicas e filmes, que têm fontes pagas e não pagas, com servidores centralizados ou que usam tecnologias distribuídas em P2P (peer to peer – ponto a ponto). 5.5 Publicidade A internet também se tornou uma forma de negócio valioso para as empresas, por causa do mercado da publicidade e do comércio, que atingem menores custos com recursos on-line. Outro fator é a rapidez para difundir informações a várias pessoas ao mesmo tempo. Também não podemos negar o impacto da internet na propaganda eleitoral das recentes eleições nos EUA e no Brasil, revolucionando o conceito de votação. Como toda atividade humana, no entanto, se a internet trouxe coisas boas, também atraiu o ilícito, o criminoso, o malfeito. Esse é um grande desafio do administrador do futuro! 12 REFERÊNCIAS CASTELLS, M. A galáxia da internet: reflexões sobre a internet, os negócios e a sociedade. Rio de Janeiro: Zahar, 2003. KEMP, S. Digital 2019: global internet use accelerates. Wearesocial, [S.l.], 31 jan. 2019. Disponível em: <https://wearesocial.com/us/blog/2019/01/digital-2019- global-internet-use-accelerates>. Acesso em: 22 jan. 2020. LÉVY, P. O que é virtual. São Paulo: Editora 34, 1996. WIKIPÉDIA. Arpanet. 2018. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/ARPANET>. Acesso em: 22 jan. 2020. _____. História da internet. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/História_da_internet>. Acesso em: 22 jan. 2020. _____. History of internet. Disponível em: <https://en.wikipedia.org/wiki/History_of_the_internet>. Acesso em: 22 jan. 2020. PORTAL EDUCAÇÃO. Os primeiros computadores. 2015. Disponível em: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/informatica/os-primeiros- computadores/63505> Acesso em: 22 jan. 2020.