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RESUMO DE IMUNOLOGIA @BIOMEDGABRIEL Produzido por Gabriel Oliveira 2.0 INTRODUÇÃO________________________________________ 3 IMUNIDADE INATA_________________________________ 5 IMUNIDADE ADQUIRIDA____________________________ 15 IMUNIDADE_________________________________________ 17 HIPERSENSIBILIDADE_______________________________ 23 IMUNODEFICIÊNCIA_________________________________ 26 DOENÇAS AUTOIMUNES _____________________________ 2 REFERÊCIAS___________________________________________34 SUMÁRIO Este material é de uso exclusivo daquele que o adquiriu. Portanto, fica proibido o compartilhamento e/ou a comercialização do mesmo, visto que se trata de um crime previsto no art.184 do código penal brasileiro, com pena de 3 meses a 4 anos de reclusão ou multa ATENÇÃO!!! 3 5 5 17 23 26 29 34 SISTEMA IMUNE: Conjunto de fatores que medeiam a resistência contra infecções IMUNIDADE : Resistencia a doenças infecciosas RESPOSTA IMUNOLÓGICA: Reação coordenada dos fatores do sistema imune aos microrganismos infecciosos IMUNIDADE INATA: Refere-se a imunidade nativa, ou natural, ela é a primeira linha de defesa e tem resposta rápida IMUNIDADE ADQUIRIDA: chamada de imunidade específica ou imunidade adaptativa ela se adapta na presença de agentes patológicos 3 INTRODUÇÃO O sistema imune está divididos em dois tipos de imunidade IMUNIDADE INATA E IMUNIDADE ADQUIRIDA Barreiras epiteliais Células NK Células Dendríticas Fagócitos Sistema Complemento Linfócitos Anticorpos 4 IMUNIDADE INATA A primeira linha de defesa da imunidade inata são as barreiras epiteliais, células e antibióticos naturais COMPONENTES Barreiras Epiteliais epitélio que fornece barreiras físicas e químicas contra as infecções Saliva Suor Lagrima Pele Suco GástricoMuco Cílios 5 Associado a infecções bacterianas e fungos Leucócitos mais abundantes no sangue Associados a fagocitose A produção de neutrófilos é estimulada pelas citocinas, conhecidas como fatores estimulantes de colônias NEUTRÓFILOS NEUTROFILIA N° de neutrófilos acima do valor de referência NEUTROPENIA N° de neutrófilos abaixo do valor de referência MONÓCITOS Ingerem microrganismos no sangue (Monócitos ) e nos tecidos (Macrófagos) Atua na apresentação de antígenos Produzem citocinas MONOCITOSE N° de monócitos acima do valor de referência MONOCITOPENIA N° de monócitos abaixo do valor de referência 6 Basófilos Associados a alergias Essa célula libera heparina evitando a formação de coágulos Libera histamina, o que permite a vasodilatação no local da inflamação, possibilitando um acesso facilitado de outros soldadinhos de defesa Fator de ativação das plaquetas BASOFILIA N° de basófilos acima do valor de referência BASOPENIA N° de basófilos abaixo do valor de referência Eosinófilos Associados a infecções parasitárias e alergias Não são especializados em fagocitose Realizam sua função de defesa liberando para o meio extracelular o conteúdo dos seus grânulos EOSINOFILIA N° de eosinófilos acima do valor de referência EOSINOPENIA N° de eosinófilos abaixo do valor de referência função de captura e apresentação de antígenos ela é como uma ponte entre a imunidade inata para a adaptativa, pois ela que faz a apresentação de antígenos aos linfócitos T Nome Local micróglia sistema nervoso central células de Kupffer Fígado macrófagos alveolares Pulmões osteoclastos Ossos 7 Macrófagos Função de fagocitose Produzem quimiotaxia No sangue são chamados de monócitos formas morfológicas em diferentes tecidos Células dendríticas 8 Células NK produzem uma citocina que ativa os macrófagos, o IFN-g São um tipo de linfócito Reconhecem células infectadas por vírus e bactérias intracelulares Destruição de células tumorais e células infectadas Induzem apoptose nas células infectadas São células citotóxicas da imunidade inata Mastócitos estão presentes na pele e no epitélio mucoso São derivadas da medula óssea grânulos citoplasmáticos abundantes Os mastócitos estimulam a inflamação produzindo e secretando mediadores lipídicos e citocinas Responsável pela defesa contra helmintos ( parasita) e doenças alérgicas Os mastócitos possuem em seus grânulos aminas vasoativas, como a histamina, que causam vasodilatação e aumento da permeabilidade dos capilares 9 Sistema complemento Conjunto de proteínas importantes na defesa do organismo A grande maioria das proteínas do complemento são enzimas proteolíticas A ativação depende de uma ativação sequencial dessas enzimas A cascata do complemento pode ser ativada por três vias : Via alternativa, clássica e Via da Lectina Via Alternativa Via Classica Via Lectina Algumas proteínas de complemento são ativadas na superfície do microrganismo, como as proteínas reguladoras de complemento só estão presente na célula do hospedeiro, não há controle por não existir essas proteínas também no patógeno É mais comum acontecer quando o anticorpos se ligam aos patógenos É ativada quando a lectina ligante de manose, liga-se à manose terminal nas glicoproteínas da superfície dos microrganismos Então você deve esta se perguntando, como nosso corpo sabe que um patógeno invadiu meu corpo? 10 RECONHECIMENTO DE ANTIGENO para começarmos a ver como todo funcionamento do sistema imune inato precisamos ver cada etapa Então é agora que entra a primeira fase que é de reconhecimento Eu sei que você é um patógeno Como? Os leucócitos identificaram você Como você notou nessa pequena charge não tão boa, os leucócitos são os responsáveis por identificar esses patógenos Mas.. como eles fazem essa identificação? Para facilitar vamos usar um exemplo simples 11 Para exemplificar, você provavelmente sabe que isso são duas bolas, e você também sabe qual é a de basquete e a de futebol e sabe pq? porque elas tem padrões e a mesma coisa acontece com os antígenos Então podemos encontrar no antígeno, exatamente na membrana do antígeno padrões moleculares associados ao patógeno ( PAMPs) Mas como no exemplo da bolas, não só as bolas precisam de padrões, imagina que você não tivesse olhos, logo você não conseguiria identificar esses padrões Os leucócitos por sua vez precisam também de algo para identificar os PAMPs ! e são os receptores de reconhecimento de padrões , e com esses receptores é possível que eles identifiquem os agentes patológicos Logo se apresenta PAMPs o sistema imune já entende que aquilo é um patógeno Mas não acabou por aqui Se uma célula estiver danificada ou necrótica elas também liberam moléculas que podem ser identificadas pelo sistema inato Essas moléculas são chamadas de padrões moleculares associados ao dano (DAMP) E as resposta ao DAMP tem como objetivo eliminar essas células e fazer o reparo tecidual Dentre os PAMPS podemos ser citar os ácidos nucleicos ( RNA de fita dupla, presentes nos vírus) , proteínas, lipídeos de parede celular ( LPS - bactérias Gram negativas) e carboidratos 12 Agora vamos ver a segunda etapa, após a identificação, os leucócitos vão precisar de mais ajuda não é? então é hora de recrutar alguns fagócitos visto anteriormente ( Neutrófilos e Monócitos) Mas como eles fazem esse recrutamento? por um alto falante ou será que o osso rádio serve para isso? kkkk nenhuma das opções Então sabe os macrófagos que vimos anteriormente eles são atraídos por algumas coisas, que podem ser toxinas provenientes do agente patológico ou tecidual, e os fagócitos encontram o alvo através desses estímulos químicos Depois que esta todo mundo lá qual é o próximo passo? Hora da refeição E quando essas células chegam no locam elas liberam ainda mais estímulos químicos atraindo mais fagócitos Como assim Gabriel? hora da refeição ? Então, é hora de fagocitar Lembra que no inicio eu te falei de duas coisinhas encontradas nos antígenos e nos leucócitos? se não lembra vou te relembrar: São os PAMPs ( encontrados nos antigenos) e os PRRs ( encontradas nos leucócitos) As PRRs ligam-se aos PAMPs Depois o patógeno é envolvidopelo fagócito fagossomos se fundem aos lisossomos para formar fagolisossomos Kabum, o patógeno é destruído 1. 2. 3. 4. 13 Agora vou usar uma referência de "What If " quem é fã da MARVEL vai entender Sem dar spoiler , " what if "é uma série que busca contar uma narrativa do que aconteceria se algo não desse certo ou se tivesse um desfecho diferente na historia dos personagens da Marvel Ok Gabriel, mas o que isso tem a ver com o sistema imune? Então eu vou te mostrar o que acontece se o sistema imune não conseguir identificar o patogeno? Existem bactérias que são como ninjas, mas ao invés de usar um aquelas roupas pretas para ficar oculta, elas tem uma capsula ao redor da membrana que dificulta a identificação desse antígeno O sistema imune produz anticorpos chamados de opsoninas, esses anticorpos vão se ligar a esse patógeno através de seus receptores, depois disso os fagócitos encontram esses antígenos, se ligam neles e Kabum, fagocita esse antígeno Mas para isso o nosso sistema imune já tem uma solução 14 REAÇÕES IMUNES INATAS INFLAMAÇÃO Uma reação complexa do tecido vascularizado à infecção, exposição a toxinas, ou dano celular Sinais Cardinais da inflamação Calor EdemaRubor Perda de função Dor INFLAMAÇÃO AGUDA É a reação inicial de curta duração na qual ocorre acúmulos de células de defesa ( neutrófilos) e algumas proteínas plasmaticas ( fibrinas e etc) INFLAMAÇÃO CRÔNICA è uma inflamação que tem um período de duração maior, e por consequência a destruição do tecido e a tentativa de reparo do mesmo Imunidade adquirida após o contato com o patógeno ela é especifica ao patógeno que entrou em conato e ela possui memoria 15 IMUNIDADE ADAPTATIVA DIVIDIDA EM RESPOSTA IMUNE HUMOTRAL Mediada por linfócitos B RESPOSTA IMUNE CELULAR Mediada por linfócitos T Linfócitos T Formação na medula óssea Maturação no Timo As células T são diferenciadas em 3 tipos T CD4+ chamadas de células T auxiliares ajudam os linfócitos B a produzir anticorpos ajudam as células fagocitárias a ingerir os microrganismos T CD8+ chamados de linfócitos T citotóxicos Eles destroem as células infectadas por microrganismos intracelulares Linfócitos T reguladores Controle da resposta imune 16 Linfócitos B Formação e maturação na medula óssea Se tornam plasmócitos e secretam anticorpos que eliminam microrganismos extracelulares são as únicas células capazes de produzir anticorpos Agora que você sabe quem são os linfócitos, vamos ver como ambos trabalham Os linfócitos são os principais mediadores da imunidade adquirida, pois são as únicas células que possuem receptores específicos para antígenos diversos Como você notou eles se originam no mesmo local, mas a maturação ocorre em locais diferentes Mas como ocorre essa maturação? Durante a maturação os linfócitos adquirem seus receptores, e esse linfócito é o responsável pelo ataque aos invasores Esses linfócitos ficam nos órgãos linfoides esperando para serem ativados, essa ativação depende do patógeno, já que ele são específicos A cada vez que um patógeno começa um ataque, um receptor é utilizado por causa da sua especifidade Após essa ativação, os linfócitos se multiplicam para enfrentar esses antígenos Pensa no anime " Naruto " quando o Naruto vai enfrentar os inimigos, ele sempre usa o o jutsu clones da sombra, e esses clones são iguais a ele, acontece a mesma coisa com o linfócito, até os receptores específicos são iguais os linfócitos específicos para o antígeno proliferam e depois se diferenciam em células efetoras ( eliminam antígenos) e células de memória ( Iniciam a resposta imunológica secundaria quando encontram o mesmo antígeno que induziu o seu desenvolvimento 17 A resposta imunológica do linfócito B é dividido em duas fases Primária Quando os linfócitos B encontram um antígeno pela primeira vez , os linfócitos B se ligam aos receptores dos antígenos, logo depois algumas dessas células se transformam em células de memoria e outras em plasmócitos, esses são responsáveis pela produção de anticorpos, que vamos falar mais quando falarmos de imunidade humoral, a primeira fase tem resposta lenta Secundária2 1 Quando as células de memória encontram o antígeno pela segunda vez, essa resposta é mais rápida, pois já é feita pelas células de memoria que se transforma em plasmócitos que secretam e libera anticorpos nos tecidos 18 Os plasmócitos são as células efetoras dos linfócitos B, e essa célula é responsável pela produção de anticorpos IMUNIDADE HUMORAL X IMUNIDADE CELULAR IMUNIDADE HUMORAL Mediada por proteínas produzidas pelos linfócitos B:, os anticorpos neutraliza e elimina os microrganismos e as toxinas microbianas extracelulares ANTICORPOS variável Cadeialeve Cadeia pesada co ns ta nt e FAB Fc sitio de lig açãopontes dissulfeto Estrutura do anticorpo Neutralizar e eliminar microrganismos e toxinas Ativação do sistema complemento Opsonização Funções IMUNOGLOBULINAS As imunoglobulinas (Ig) ou anticorpos são produzidas por linfócitos B ativados , e secretadas no organismo em resposta à exposição ao antígeno. Anticorpos tem diferentes classes ou isótipos, e são denominados de acordo com a cadeia pesada ( IgM, IgD, IgG, IgE e IgA) 19 IgG: único capaz de atravessar a placenta e fornece ao recém-nascido a imunidade que vão durar vários meses., neutraliza as toxinas lançadas pelos agentes invasores e fornece imunidade em longo prazo. IgE: Atua em processos alérgicos, e defesa contra parasitas helmintos IgD: Atua como receptor de antígeno, e esta presente na superfície de células B imaturas e auxiliam essas células a amadurecerem IgM: indica uma infecção recente, está presente no meio intravascular e funciona como um receptor de antígeno. É a primeira produzida em resposta a um antígeno, porém não fornece imunidade a longo prazo. IgA: Usa a neutralização para proteger a mucosa, evitando que o patógeno penetre no epitélio. Está presente nas secreções corporais como, por exemplo, saliva, suor, lágrimas, etc. IMUNOGLOBULINAS 20 IMUNIDADE CELULAR Mediada por linfócitos T Defesa contra microrganismos intracelulares APC's APCs apresentam aos Linfócitos T, as APCs são macrofagos, células dendriticas e linfócitos B, elas apresentam os antígenos aos linfócitos T T CD4+ chamadas de células T auxiliares reconhecem os antígenos na superfície das células por meio do complexo MHC classe II Secretam citocinas { interleucina 2 (IL-2)} que promovem na expansão clonal estimulam a produção de anticorpos IgE e ativam eosinófilos, os quais atuam principalmente na defesa contra parasitas helmintos 1. 2. 3. Mas afinal o que é citocina? Citocinas são proteínas que regulam a resposta imunológica As células T auxiliares CD4+ podem diferenciar-se em subgrupos de células efetoras, as quais realizam funções diferentes, pois produzem grupos diferentes de citocina 21 Th1: Estimula a citocina (INF-γ), ela estimula a ativação dos macrófagos, e a produção de IgG e defesa contra microrganismos intracelulares Th2: Estimula as citocinas IL-4, IL-5, e IL-13, ela estimula a ativação dos eosinófilos, e a produção de IgE através de mastócitos e eosinófilos e defesa contra parasitas helmintos Th17: Estimula as citocinas IL-17A, IL-17F, e IL-22, ela estimula a inflamação a eosinófilos, defesa contra bactérias extracelulares e fungos, e atua em doenças autoimunes e inflamatórias T CD8+ Chamados de linfócitos T citotóxicos reconhecem o complexo MHC classe I Eles destroem as células infectadas por microrganismos intracelulares 1. 2. COMPLEXO PRINCIPAL DE HISTOCOMPATIBILIDADE ( MHC) São proteínas especializadas que são expressam na superfície da célula da pessoa infectada MHCI MHCII Linfócitos TCD8+ Intracelular Linfócitos TCD4+ Extracelular 22 IMUNIDADE IMUNIDADE ATIVA É quando o individuo produz os anticorpos, possui memória de longo prazo e pode ser adquirida de duas formas: Natural ( Após entrar em contato com o patógeno) Artificial(Vacinas) IMUNIDADE PASSIVA É quando o individuo recebe os anticorpos, não possui memória e é de curto prazo e pode ser adquirida de duas formas: Natural ( Anticorpos são passados de mãe para o bebe através da placenta ou do leite materno) Artificial(soro hiperimune ; soro antiofídico..) SORO X VACINA Possui anticorpos resposta rápida imunidade de curto prazo Possui antígenos desativados resposta lenta imunidade de longo prazo 23 HIPERSENSIBILIDADE As reações de hipersensibilidade são reações imunes prejudiciais ou patológicas HIPERSENSIBILIDADE TIPO I Causada por mastócitos e anticorpos IgE Chamada de hipersensibilidade imediata Alergias Exposição ao antígeno Células APCs Ativação do Th2 Liberação de citocinas Produção e secreção de anticorpos IgE pelos plasmócitos Anticorpos se liga aos basófilos e mastócitos Síndromes Clínicas Anafilaxia Edema laríngeo Rinite alérgica Hipotensão Asma Brônquica 24 HIPERSENSIBILIDADE TIPO II Mediadas por anticorpos Acontece quando os anticorpos ( IgG e IgM) se ligam aos antígenos presentes na membrana da célula Doenças mediadas por anticorpos : Anemia hemolítica autoimune Anemia perniciosa Doença reumática do coração Púrpura trombocitopênica autoimune Febre reumática Miastenia gravis HIPERSENSIBILIDADE TIPO III Mediada por Imunocomplexos Acontece quando imunocomplexos ficam depositadas em locais inespecíficos levando a reação de inflamação Doenças mediadas por imunocomplexos: Lúpus eritematoso sistêmico. poliarterite nodosa 25 HIPERSENSIBILIDADE TIPO IV Mediadas por células Acontece quando algumas células induzem a inflamação, essas células fazem isso através de citocinas, e as células responsáveis são os linfócitos T, monócitos ou macrófagos Doenças mais comum : Tuberculose Toxoplasmose Lepra Doença de Crohn Artrite reumatoide Diabete Melito Tipo I Hepatite Viral ( HBV; HCV) imunodeficiências congênitas (ou primárias) imunodeficiências adquiridas (ou secundárias) 26 IMUNODEFICIÊNCIA Disturbios por falhas no sistema imune Causada por anormalidades genéticas podem ser causada por infecções, anormalidades nutricionais IMUNODEFICIÊNCIAS CONGÊNITAS (OU PRIMÁRIAS) Muitas imunodeficiências congênitas causam defeitos na maturação dos linfócitos T ou linfócitos b ou em ambos, vamos ver agora algumas imunodeficiências relacionadas aos linfócitos DEFEITOS NA MATURAÇÃO DOS LINFÓCITOS As imunodeficiências congênitas são de causa genética, na qual os componentes do sistema imune sofrem bloqueio da sua maturação ou função, agora vamos ver alguns tipos dessas imunodeficiências congênitas imunodeficiência combinada grave( SCID): Partes dos casos é ligado defeitos genéticos no cromossomo X , que afetam a maturação do linfócito T. Outra mutação ocorre em uma enzima chamada adenosina desaminase (ADA), essa mutação é conhecida como SCID autossômica iagamaglobulinemia ligada ao X( SCID): síndrome clínica mais comum causada por um bloqueio na maturação de células B, nesses distúrbio as células B só amadurecem até certo estágio, pois eles não conseguem ir além do estagio da célula pré-B. A causa da doença é uma mutação no gene tirosina cinase de Bruton (BTK), esse que codifica a quinase, afetando a função desta enzima, este gene está localizado no cromossomo X 27 síndrome de DiGeorge: alterações genéticas no cromossomo 22. Resultando no desenvolvimento incompleto do timo, que é um órgão linfoide e falhas na maturação dos linfócitos T síndrome da hiper-IgM ligada ao X : A doença é causada por mutações no ligante CD40 (CD40L). Tem como característica com a troca de classe de cadeia pesada defeituosa nos linfócitos B, assim a imunoglobulina IgM acaba sendo gerada em mais quantidade, e imunoglobulinas IgA e IgG uma produção diminuida DEFEITOS NA ATIVAÇÃO E NA FUNÇÃO DOS LINFÓCITOS Como vimos anteriormente, o sistema imune é algo bastante amplo, que envolve ativações, liberações, células, citocinas, interleucinas e etc. Então vamos ver agora algumas imunodeficiência que causa problemas na ativação e função dos linfócitos imunodeficiência comum variável (CVID) : baixa produção de anticorpos IgG, IgA e, com frequência, IgM devido a falhas na ativação dos linfócitosB síndrome do linfócito desnudo : Redução profunda de células T CD4+, pois essa doença causa falhas na expressão do MHC Classe II, e sem isso os linfócitos T não conseguem fazer o reconhecimento, afetando sua maturação DEFEITOS NA IMUNIDADE INATA doença granulomatosa crônica : A característica dessa doença é uma mutação na qual os fagócitos não conseguem eliminar o microrganismo, pois a mutação ocorre nos genes que codificam a enzima fagócito oxidase deficiência na adesão leucocitária : tem como característica a dificuldade dos fagócitos chegarem ao local da infecção, pois há uma deficiência de glicoproteínas de adesão Síndrome de Chédiak-Higashi : É uma imunodeficiência rara, na qual apresenta defeitos nos grânulos presentes no citoplasma dos leucócitos, comprometendo sua função nesse caso o individuo tem suscetibilidade aumentada à infecção bacteriana 28 síndrome de Wiskott-Aldrich: Tem como característica uma inflamação cutânea, plaquetopenia e imunodeficiência. Essa doença deixa as plaquetas e leucócitos menores, pois ela causa uma mutação em um gene localizado no cromossomo X, esse gene tem papel de codificar uma proteína que se liga a varias moléculas adaptadoras e componentes citoesqueleticos nas células hematopoiéticas ANORMALIDADES LINFOCITÁRIAS ASSOCIADAS A OUTRAS DOENÇAS Algumas doenças podem envolver vários sistemas do corpo, sendo o imunológico não o principal podem ter característica de imunodeficiência ataxia-telangiectasia) : Essa doença tem como característica imunodeficiência, problemas de coordenação e equilíbrio e má formação vasculares, essa doença está associado a uma mutação em um gene que a proteína pode está envolvido no reparo do DNA, com a ausência dessa proteína o reparo é anormal resultando em uma mutação linfocitária comprometida SÍNDROME DE IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA (AIDS) : Causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana ( HIV) em inglês Human Immunodeficiency Virus , é um retrovírus que infecta as células de defesa, principalmente os linfócitos TCD4+, causando destruição progressiva dessas células, o ciclo de vida do vírus possui as seguintes fases : Infecção da célula do hospedeiro, produção de DNA vira, e sua integração no genoma do hospedeiro e expressão de genes e partículas virais. A infecção por HIV pode ser adquirida através de transfusão de sangue, agulhas contaminadas, transferência placentária e através de relações sexuais com indivíduos infectados sem uso de proteção IMUNODEFICIÊNCIAS ADQUIRIDAS (SECUNDÁRIAS) Como vimos anteriormente, as imunodeficiência primarias tem como característica o fator genético, no caso das imunodeficiências secundarias elas são causadas por neoplasias, infecções por vírus e outro fatores que veremos a seguir 29 DOENÇAS AUTOIMUNES A doença imune nada mais é que o sistema imune atacando os seus próprios tecidos e células saudáveis Antes de falarmos sobre doenças autoimunes precisamos falar de um mecanismo chamado tolerância imunológica, mas o que é isso? é um mecanismo capaz de permitir que o sistema imune saiba distinguir os antígenos nocivos de suas próprias células e moléculas Porém, se esse mecanismo falhar, o nosso sistema imune acaba atacando as células e substancias do próprio corpo, é o que chamamos de autoimunidade Os principais fatores no desenvolvimento da autoimunidade são fatores genéticos e os estímulos ambientais, como as infecções Vamos ver agora algumas doenças autoimunes 30 DIABETES MELLITUS TIPO 1 Essa doença ocorre quando há uma grande produção de anticorpos contra as nossas próprias células betado pâncreas. Essas células atuam na produção de insulina, e como você sabe que a glicose que está no sangue para entrar na célula precisa da ajuda da insulina. Conforme esta células vão sendo destruída, a produçãode insulina tende a cair, então chega uma hora que não vai ter células suficientes para produzir insulina suficiente para controlar a glicemia fatores genéticos podem contribuir para a causa dessa doença, porem não há 100% de certeza, visto que já que existem irmãos gêmeos idênticos em que apenas um deles apresenta diabetes tipo 1. O tratamento consiste apenas na administração regular de insulina para controlar a glicemia com o objetivo de manter os níveis de glicose no sangue apropriados. ARTRITE REUMATOIDE A artrite reumatoide (AR) é uma doença inflamatória crônica, que acomete vários órgãos e tecidos do corpo, principalmente as articulações, A causa dessa doença tem origem desconhecida, porém o mais sugestivo são fatores genéticos Essa doença acomete principalmente a membrana sinovial, que produz um líquido viscoso que serve para diminuir o atrito entre os ossos, A confirmação do diagnóstico é obtido através dos sintomas e da positividade de um auto-anticorpo fator reumatoide, que é produzido 31 LUPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO Esta doença é a mais conhecida das doenças autoimunes, o sistema imune a produz anticorpos contra estruturas essenciais à nossa vida ( DNA, Núcleo das células) O lupos pode causar lesões renais na maior parte dos pacientes As principais manifestações clinicas nas articulações são artrites e artralgia O Lúpus pode atacar pele, rins, articulações, pulmão, coração, vasos sanguíneos, células do sangue, sistema nervoso, trato gastrointestinal entre outros órgãos e tecidos. As principais manifestações clinicas na pele são lesões como o rash malar ( área avermelhada que encobre as bochechas e o nariz) Os auto anticorpos também podem atacar as células sanguíneas causando anemia, leucopenia e trombocitopenia Além disso o lupos ataca o sistema nervoso, orgãos, vasos sanguíneos O diagnóstico de lúpus é feito através dos achados clínicos e da dosagem de anticorpos no sangue. quando a presença de Anti-Sm e anti-DNA(ds) e fator antinúcleo (FAN) positivo é confirmado o diagnostico da doença 32 A TIREOIDITE DE HASHIMOTO . A tireoidite de Hashimoto é uma doença autoimune que ocorre por destruição da glândula pelos nossos próprios anticorpos. Essa doença é a principal causa de hipotireoidismo não há causa exta do motivo pelo qual o sistema imune produz anticorpos que destroem essa glândula, o processo de destruição é lento e pode levar vários anos O diagnostico é dado pela baixos níveis de T3 e T4, presença de anticorpos anti-TPO e TSH aumentado DOENÇA DE GRAVES Esta doença é um processo autoimune onde o sistema imune passa produzir anticorpos contra a própria tireoide. Estes anticorpos atacam receptores do TSH, fazendo com que a tireoide pense que há excesso de TSH na circulação sanguínea. Devido a isso ocorre a liberação excessiva de hormônios tireoidianos. A causa mais comum de hipertireoidismo é a doença de Graves. O diagnostico é dado pelos altos níveis de T3 e T4, TSH diminuído 33 HEPATITE AUTOIMUNE A hepatite autoimune é uma doença crônica em que o sistema imune do próprio organismo ataca os hepatócitos ( Células do figado) A doença é diagnosticada usando exames de sangue para detcção de anticorpos ( presença de auto anticorpos presentesno sangue como o FAN , o anti-LKM e anticorpo anti-músculo liso) e biópsia hepática Se não for tratada rapidamente, pode causar um quadro de hepatite crônica, cirrose a ao óbito A causa de hepatite autoimune é desconhecida, mas fatores genéticos estão ligados ao desenvolvimento da doença que pode ser desencadeada após quadros de hepatites virais e uso de medicações 34 Abbas, A. K., Lichtman, A. H., & Pillai, S. Imunologia celular e molecular. 7 ed. Rio de Janeiro: Elsevier Brasil, 2012. AZEVEDO, MARIA REGINA ANDRADE DE. Hematologia Básica: Fisiopatologia e Diagnóstico Laboratorial. 5 ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2013. REFERÊNCIAS