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TESTES Avaliação Visual: A avaliação visual funcional exibe a genitália externa, analisando se existe a presença ou ausência de contração voluntária da musculatura do assoalho pélvico (observa se existe movimento do períneo para dentro durante a contração dos músculos do assoalho pélvico) logo após o comando verbal. Para a visualização da contração da muscular do assoalho pélvico (MAP) existe uma escala baseada na graduação de 0 a 5, a qual permite determinar a classificação funcional do MAP, que deve ser apresentada na ficha de avaliação do paciente Perineômetro Manômetro da pressão que mede a habilidade dos músculos do assoalho pélvico para desenvolver o aperto vaginal. O perineômetro avalia o pico máximo de contração muscular do assoalho pélvico, que é visto no visor do aparelho em cm H2O, e varia de 0 a 256 cmH2O. Com a ajuda de um cronômetro digital é medido o tempo máximo de contração com esse método. PAD TEST – avaliação na clinica Peso da fralda pré-teste: _______ Peso da fralda pós-teste: __________ Diferença: ____________. Como fazer o Pad test: oriente ao paciente a urinar antes do teste, após isso deve pesar uma fralda nova sem uso, colocar a mesma no paciente, o paciente deve ingerir 500ml de água em 15 minutos, após isso deixe ele aguardando 15 minutos. Depois ele deve fazer em um tempo de 20 minutos uma série de exercícios tipo sentar e levantar 10 repetições, tossir 10 repetições, pegar objetos no chão 10 repetições, caminhar por 10 minutos, subir e descer escadas por 5 minutos, oriente a lavar as mãos por dois minutos. No final do teste pese novamente a fralda. PAD TEST – avaliação em casa e o paciente trás os protetores Considerar uma margem de 5 a 10 % para suor, corrimento…arredondar para 10% para facilitar a conta. Cones Vaginais A avaliação funcional do assoalho pélvico é feita com o uso de cones vaginais, que são utilizados na incontinência urinária por esforço também. Esses dispositivos quando introduzidos no canal vaginal, proporcionam um vigoroso biofeedback tátil e cinestésico, o que facilita a contração do assoalho pélvico de forma reflexa na tentativa de retê-lo. Os cones possuem tamanhos iguais, porém possuem pesos diferentes e que devem ser introduzidos e mantidos na vagina. O peso que a paciente consegue manter o aparelho fixado na vagina, é graduado em 0 (não mantém o peso de 25 gramas) até 5. DIÁRIO MICCIONAL: Primeira linha de tratamento. O diário miccional vai ser usado para saber quanto de urina o paciente está perdendo. O próprio paciente vai anotar durante 24horas a quantidade de líquido ingerido e eliminado durante o dia e a noite, deve anotar a forma que perde a urina, ex: eliminação de urina ao tossir. Esse diário vai ajudar para saber qual a maior necessidade do paciente no momento, si a incontinência é de urgência, de esforço ou mista. Orientar o paciente escolher o dia; Ele vai precisar de 2 copos de medida, 1 vai deixar na cozinha e o outro no banheiro. · 1 para ingerir liquido · 1 para fazer o xixi Colocar o nome, o dia que realizou o diário, horário que iniciou o teste. Ex: Urinou as 6 horas (urinar no potinho e anotar a quantidade). Horário que ingeriu o liquido: Ex: tomou café as 6h15 (não é para colocar o café direto no copo de medida, colocar 1º na xicara/copo de costume e antes de beber colocar no copo de medida para medir a quantidade). Anotar a quantidade no diário. Explicar que não é toda hora que vai ao banheiro que precisa beber alguma coisa; · Tem que ser o mais próximo da vida dele. Obs: Se foi dormir e acordou de madrugada para ir ao banheiro o paciente precisa coletar até fechar as 24 horas. Motivo que levou o paciente ir ao banheiro Tipo de incontinência 0 Não tinha vontade de ir ao banheiro mas foi por motivos/razões sociais 1 Teve vontade de urinar sem urgência associada Urgência 2 Teve urgência, mas passo pelo caminho ao banheiro Urgência 3 Teve urgência e perdeu urina antes de chegar ao banheiro Urgência 4 Teve urgência e perdeu urina, não tinha banheiro próximo Urgência 5 Perdeu quando fez algum esforço Esforço INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE URGÊNCIA: Hiperatividade da bexiga causando urgência de micção (vontade de urinar frequentemente). INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO: Fraqueza da musculatura da bexiga ou esfíncter causando vazamento de urina, aos pequenos esforços. NOCTURIA: Durante a noite, paciente acorda para urinar uma ou mais vezes. ENURESE: Qualquer perda da urina involuntariamente, “QUANDO FAZ XIXI NA CAMA”. EXEMPLO PARA INTERPRETAÇÃO DO DIARIO MICCIONAL: FREQUENCIA MICCIONAL: paciente foi 10 vezes ao banheiro CAPACIDADE VESICAL MAXIMA: Urinou 500ml nessas 10 vezes CAPACIDADE VISICAL MINIMA: Fez xixi de 20ml (a baixo do trigono vesical) CAPACIDADE VISICAL MEDIA: Soma todo o xixi feito e divide pela frequência (ex: 500/10) CAPACIDADE VISICAL FUNCIONAL: Pegar as 3 maiores e dividir por 3. FREQUENCIA MICCIONAL IDEAL: DE 5 A 7 VEZES Olhar a diferença entre uma hora e outra entre as idas ao banheiro. · Ver quanto tempo os pacientes aguentam sem fazer xixi. VOLUME DE LIQUIDO: Somar tudo · Ex: tomou 4 mil ml e urinou 3 Fazer análise na frente do paciente. Exemplos de Diagnóstico Fisioterapêutico para incontinência urinaria. • Fraqueza dos músculos do assoalho pélvico; • Alteração funcional; • Perda de propriocepção PAD TEST – avaliação em casa e o paciente trás os protetores Considerar uma margem de 5 a 10 % para suor, corrimento…arredondar para 10% para facilitar a conta. Ex: Protetor seco pesa 2g -> se pesar até 2,20 não consideramos incontinência urinaria. Exemplos: 1.Paciente trouxe um protetor seco 2g e 1 usado pesando 18g. Quanto a paciente tem de IU? · Calculo: 2g+10%= 2,20 18g - 2,20 = 15,8 2.Paciente trouxe protetor de 2g seco. Trouxe 3 usados e eles todos pesaram 60g. Quanto ela tem de IU? · Calculo: 2g +10= 2,20 2,20x 3 (protetores usados) = 6,60 (margem para considerar suor) · 6,60 -60g= 53,40 3.Sempre livre com abas pesa 7g seco, com a margem de 10% fica 7,70. Paciente trouxe 8 usados pesando 118g. Quanto ela tem de IU? · Calculo: 7,70 x 8= 61,6 118g- 61,6 = 56,4 4.Homem que tirou a próstata trouxe a frauda seca que pesa 50g. (50+10%= 55g) Ele trouxe: · 2 fraudas usada do dia que pesaram 400g · 1 frauda usada a noite que pesou 350g Calculo: · Dia: 55g x 2= 110g – 400g = 290g · Noite: 55g – 350= 295g LEVE Até 20g MODERADO 20g a 50g GRAVE Acima de 50g AVALIAÇÃO DO ASSOLHO PELVICO 1º Posicionamento: pedir para paciente deitar em DD com os joelhos fletidos. Em seguida fazer uma ponte aí desce vertebra por vertebra até não deixar passar 1 fio na lombar. A pelve tem que estar em Antero versão! INSPEÇÃO Após posicionamento correto o fisioterapeuta deve observar Coloração: o ideal é que o assoalho pélvico na região entre a vagina e o ânus seja da mesma cor que a pele da paciente. · Escurecimento da vagina e do ânus na gravidez é dentro da fisiologia: não vai como uma alteração na ficha. Integridade dos grandes e pequenos lábios: preservado /não preservado Períneo: Olhar a distância do períneo, ideal + ou – dois dedos Hemorróides: Se a hemorroida inflamada, pele de plicoma Manchas, assaduras, fissuras, cicatrizes: Secreção: Se tiver não falar para a paciente, mas anotar na ficha depois. (Perguntar se esta anda sentindo dor) · Se for uma jovem pode estar no período ovulatório, mas se for uma idosa não é comum. Higiene: preservado /não preservado Odor: preservado /não preservado Presença de pelos: presente ou ausente Capacidade de contração: analisando se existe a presença ou ausência de contração voluntária da musculatura do assoalho pélvico (observa se existe movimento do períneo para dentro durante a contração dos músculos do assoalho pélvico) logo após o comando verbal. · Ver se ela prende a respiração, se usa musculatura acessória: caso acontece explica que deve contrair só a região da vagina e anus. · Caso usar ajuda dos “universitários” para contrair colocar na ficha os músculos queforam usados para evitar usar exercícios que utilizem estes músculos. · Se usa o abdome, começar o exercício de barriga para baixo para isolá-lo e trabalhar só o assoalho pélvico. Se a paciente contrai expulsando o assoalho pélvico primeiro devemos ensinar com se contrai para depois fazer a palpação. PALPAÇÃO Reflexo: (Sem gel) ver se há contração. 1. Próximo a região do clitóris 2. 1 traço na região dos grandes lábios 3. E do lado do ânus Com o gel KW introduz 1 dedo Região 12: Verificar se a queda da parede anterior Região 6: Verificar se a queda da parede posterior Verificar se ela evacuou no dia. Tônus (DIETZ) 0 a 5 1. Região 5 2. Região 7 Controle (ausente/presente) Capacidade de contração/Capacidade de relaxamento Região 5 e 7: empurrar o dedo e segurar na mão do paciente, quando apertarmos a mão dela ela tem que contrair a musculatura. Coordenação adequada/inadequada Observar se ela aperta, suga e eleva o dedo. Distopias/Cistocele (Graus): I,II,III,IV Ao introduzir já sentir algo encostando na ponta do dedo = Distopia, pode ser do útero ou da queda da parede anterior. Ou se não tiver o útero a bexiga que rodou – Cistocele · Grau II: introduziu o dedo e já senti · Grau III: é visível, já está na porta do canal vaginal. · Grau IV: já saiu do canal vaginal para fora. Reflexo da tosse · Sentir se a distopias · Região 5 e 7 · Região 9 e 3 Ponto doloroso · Posição 9 e 3: avaliar se há ponto dolorosos · Se doer perguntar o quanto dói. De 0 a 10 · Usar escala de EVA · Usar uma massagem ou peridel Força (OXFORD) 0 a 5 Fibras rápidasFibras musculares TIPO I: Contrações tônicas, lenta, continua e pouco fatigáveis. TIPO IIA e IIB: Contrações fásicas, rápida, breve, fatigáveis. IIA: aporte energético: oxigênio. IIB: aporte energético: açucar. Fibras musculares Pubovaginal e puborretal: 70% fibras tônicas e 30% fibras fásicas. Pubococcixeo: 90% fibras tônicas e 10% fibras fásicas. · Marcar no relógio 15 segundos · Pedir para a paciente contrair e relaxar, contar quantas vezes ela conseguiu. · Mínimo de contração ideal é de 12 a 15 vezes. Fibras lentas · Pedir para a paciente puxar o ar (inspirar) e soltar (expirar), na expiração ela contrair sem soltar e contamos o quanto ela conseguiu sustentar a contração. · Repetir 3 vezes. · Ex: conseguiu contrair 4 segundos, sabemos que o plano de tratamento é contração de 4 seg e descanso de 8 seg. Sensibilidade · Introduzir um pouco mais · Fazer movimentos para cima, para baixo, para direita e para esquerda. · Cada movimento perguntar para a paciente qual local que está meu dedo. · Possível diagnostico Déficit de sensibilidade. Obturador Interno · Palpar lá no fundo, os dois 2 lados. · Colocar a outra mão no joelho da paciente e pedir para ela abduzir · Sentir se o obturador interno é palpável ou não. AVALIAÇÃO DO HOMEM POSICIONAMENTO: · Ver se ele esvaziou a bexiga · Pedir para ele vestir a camisola · Deitar em DD · Fazer a ponte e descer devagar e deixar a lombar bem grudada na maca. · Ficar com os joelhos afastados. INSPEÇÃO Observar Coloração, presença de pelos, se a gotejamento de urina. Pedir para o paciente levantar a bolsa escrotal e observar a distância do períneo. · Idosos com problemas neurológicos que as vezes ficam com uma alteração de um lado do testículo com muito inchaço. Chamado de hidrocele. · Hidrocele é o aumento de liquido na bolsa escrotal Se a varizes na bolsa escrotal, varicocele. Presença de hemorroida; Higiene preservada ou não. Presença de cicatrizes, fissuras, manchas. Solicitar uma contração, sem ensinar como é. (se usa adutor, glúteo e musculatura acessória) PALPAÇÃO · Pedir para ele virar de lado, de costa para mim. · Observar onde está a região anal e ir direto, não ficar enrolando ou demorando porque está com vergonha. 1º... Ver se apresenta resistência a palpação (é normal dar positivo) · Pacientes com alzaimher, AVC, hidrocefalia eles vão ter alteração e não vão sentir. Ao introduzir verificar: Tônus: como se fosse uma estrelinha · Segura na mão do paciente e pede para ele contrair, se contrair contração efetiva. Coordenação: · Pedir para ele sustenta bem e não soltar o dedo, · Observar se ele aperta suga e eleva Fibras rápidas: · Marcar no relógio 15 segundos e pedir para ele contrair várias vezes. Se fez, mas usou muito a musculatura abdominal/acessória colocar na ficha: paciente faz uso de musculatura acessória de forma exacerbada na hora da contração das fibras rápidas. Fibras lentas: · Pedir para puxar o ar e soltar, contrair e sustentar. · Contar até quando ele sustenta; · Repetir 3 vezes Tosse · Pedir para ele tossir, observar se sente retocele O homem quando retira a próstata geralmente pergunta para nós porque ele tem que continuar fazendo a palpação. Responder que mesmo que ele não tenha a próstata a sua musculatura devido à idade vai ficando enfraquecida e precisamos fazer esta avaliação para traçar o plano de tratamento. TRATAMENTO FISIOTERAPEUTICO Tudo que identificarmos de alteração na ficha temos que colocar o objetivo e plano de tratamento – CIF Ex: · DOR: eletroestimulação, terapia manual e hidroterapia. Obs: Para cada disfunção e objetivo ter pelo menos 3 planos de tratamento. Biofeedback Instrumento que permite com que à paciente tenha uma resposta através de sinais luminosos, numéricos e sonoros, permitindo com que ela consiga realizar uma auto avaliação do MAP sobre o movimento, aumentando a contração muscular, devido a sua maior consciência corporal. O biofeedback de pressão utiliza-se de uma sonda inflável, que é introduzida no interior da vagina, ou do ânus, de mulheres virgens. Quando feito a contração, a variação de pressão dentro dessa sonda inflável é detectada pelo aparelho e mostrada à paciente. “É também útil para melhorar a visão sinestésica da região”. Biofeedback: Aparelho utilizado para avaliar e tratar (serve como propriocepção) geralmente utilizado quando a paciente tem diminuição de sensibilidade ou hipotonia. Na mulher pode ser: sonda vaginal ou via anal. No homem pode ser: sonda via anal ou eletrodos de superfície. Eletrodos de superfície · Na mulher é colocado um no grande lábio direito e o outro no centro tendineo do períneo. · No homem é colocado na região anal – posição 3 e 9 com diferença do raio de 3 cm. Orientações: Deve-se orientar ao paciente que os exercícios têm que ser feitos em casa também para um melhor resultado. Explicar que o ideal é contrairmos a região 60 vezes ao dia. Exemplos de Diagnóstico fisioterapêutico Câncer de mama · Déficit de força muscular; · Limitação na ADM de MS; · Hipoestesia; · Aderência cicatricial; · Fibrose; · Alterações posturais; · Escapula alada; · Linfedema; · Dor Exemplos de Diagnóstico fisioterapêutico no Câncer de próstata · Disfunção da musculatura do assoalho pélvico. · Fraqueza da musculatura acessória · Desintegração social · Déficit esfincteriano · Disfunção erétil. Exemplos de Objetivos do tratamento no Câncer de próstata · Dar função a musculatura do assoalho pélvico · Fortalecer musculatura acessória · Reintegração social · Controle esfincteriano · Consciência corporal · Restaura o controle vesical · Melhora função erétil Glossário Frequência diurna aumentada Paciente urina várias vezes ao dia Noctúria Durante a noite, paciente acorda para urinar uma ou mais vezes Urgência Urgência Desejo incontrolável de urinar Incontinência Urinária Perda involuntária da urina Incontinência de esforço Perda involuntária durante algum esforço físico (exercícios, tosse, espirro) Incontinência mista Perda involuntária associada a urgência e ao exercício Incontinência insensível Paciente não define especificamente como ocorre Incontinência coital Perda involuntária quando ocorre penetração ou orgasmo Incontinência postural Durante a mudança de posição do paciente ocorre perda de urina Incontinência urinária por vazamento Ocorre quando a bexiga está sempre cheia, ocorrendo vazamentos Incontinência urinária contínua Incontinência ininterruptaEnurese Qualquer perda da urina involuntariamente Hidrocele Aumento de liquido na bolsa escrotal Avaliação do Tônus Fibras muscularesTIPO I: Contrações tônicas, lenta, continua e pouco fatigáveis.TIPO IIA e IIB: Contrações fásicas, rápida, breve, fatigáveis.IIA: aporte energético: oxigênio.IIB: aporte energético: açucar. Fibras muscularesPubovaginal e puborretal: 70% fibras tônicas e 30% fibras fásicas.Pubococcixeo: 90% fibras tônicas e 10% fibras fásicas. image9.png image6.png image1.png image3.png image5.png image2.png image4.png image8.png image7.png image10.png