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ÉTICA PROFISSIONAL									 Isabela Bachega Salesse
____________________________________________________________________________________________
ÉTICA PROFISSIONAL
INTRODUÇÃO
1. ÉTICA
Ética (éthos - éthe): conjunto de costumes e hábitos do comportamento e da cultura (valores, ideias ou crenças) de grupos ou coletividades.
A ética corresponde ao exercício social de reciprocidade, respeito e responsabilidade (regra de conduta). Enquanto exercício de humanidade, nos confirma em nossa condição de seres que vivenciam, aprendem e trocam valores.
- Reciprocidade: significa algo presente numa relação entre duas partes, quando, existindo de um lado, existe de igual modo do outro;
- Respeito: demonstração de consideração, reverência, deferência, apreço. Do latim “respectus” (olhar outra vez), um sentimento positivo;
- Responsabilidade: qualidade de quem é responsável. Obrigatoriedade de responder pelos próprios atos ou por atos de pessoas por quem responde.
1.1. Ação moral
Ação moral é aquela cuja habitualidade comportamental confere ao indivíduo a característica de ser único e poder de governar-se a si mesmo. Está relacionada com princípios, valores, tradições, cultura e comportamentos.
É uma ação voltada à pratica da ética, mas para isso é necessário habitualidade, pois uma única atitude não traduz a ética de uma pessoa.
1.2. O que a ética demanda do agente?
A ética demanda do agente uma conduta livre e autônoma, isto é, uma conduta voluntária que parte de uma decisão interior, sem o uso da força e da coerção externa, seja ela física ou moral. O indivíduo age pautado em decisões internas, que estão padronizadas interiormente, que formam o seu conjunto de crenças, valores e padrões morais. A convicção pessoal é a certeza que temos. Ela também é livre de coerção, ou seja, a conduta do indivíduo não é dirigida e não pode ser, por pressões externas.
1.3. Finalidade da ética
Todas as éticas, sejam quais forem suas orientações, premissas, engajamentos e preocupações, sempre elegem “o melhor” como sendo a finalidade do comportamento humano.
2. NORMA
A norma é um enunciado normativo que prescreve condutas, permissivas ou proibitivas. Ela é um gênero dividido em duas espécies: princípios e regras.
Principios são espécies de norma jurídica de conteúdo aberto, vago, impreciso, e por isso proporcionam um maior espaço para interpretação. Regras são espécies de norma jurídica, de conteúdo mais fechado, concreto, objetivo, e devido a isso, tem um espaço menor para interpretação (Regra do Tudo ou Nada) → Robert Alexy: Teoria dos Princípios
3. ÉTICA PROFISSIONAL
“É o conjunto de princípios e regras de conduta que o indivíduo deve observar na realização de sua atividade profissional, no sentido de valorizar a profissão e bem servir aos que dela dependam” (MORAIS, 2015, p. 559).
“[…] corresponde a parte da ética aplicada (ética ecológica, ética religiosa, ética familiar, ética profissional..), debruçando-se sobre um conjunto de atividades humanamente engajados e socialmente produtivas” (BITTAR, 2018, p.403).
TÍTULO I – DA ADVOCACIA
1. ADVOGADO
É o bacharel em Direito que foi aprovado no exame da OAB, pediu a sua inscrição e a teve deferida.
O exercício efetivo da advocacia se dá com a prática de pelo menos cinco atividades privativas no decorrer de um ano.
Obs.: o advogado pode contribuir com o processo legislativo e com a elaboração de normas jurídicas no âmbito dos Poderes da República – art. 2º-A, EAOAB.
Art. 2º-A, EAOAB. O advogado pode contribuir com o processo legislativo e com a elaboração de normas jurídicas, no âmbito dos Poderes da República. (Incluído pela Lei nº 14.365, de 2022)
1.1. Princípios
1.1.1. Sigilo profissional – arts. 35/38, CED
O princípio do sigilo profissional é um direito e dever do advogado.
Art. 34. Constitui infração disciplinar: 
VII - violar, sem justa causa, sigilo profissional;
A violação do sigilo profissional sem justa causa enseja um processo disciplinar, sujeito a censura.
Art. 36, EAOAB. A censura é aplicável nos casos de:
I - infrações definidas nos incisos I a XVI e XXIX do art. 34;
No caso de reincidência (em qualquer infração), a punição do advogado será suspensão.
Art. 37, EAOAB. A suspensão é aplicável nos casos de: 
II - reincidência em infração disciplinar.
Art. 38, EAOAB. A exclusão é aplicável nos casos de:
I - aplicação, por três vezes, de suspensão;
O sigilo profissional é de ordem pública, portanto, não é preciso requerê-lo.
Não tem prazo de validade, ou seja, não prescreve.
Também deve ser observado pelo advogado que atua como mediador, arbitro, conciliador ou que exerça atividade junto a OAB.
 E no caso do advogado ser testemunha? O advogado deve comparecer para prestar depoimento, mas não poderá quebrar o sigilo.
1.1.1.1. Exceção ao princípio do sigilo
O sigilo profissional pode ser inobservado em casos excepcionais, como por exemplo em casos de ameaça a vida e/ou honra. O advogado poderá quebrar o sigilo profissional até o limite necessário a sua defesa.
1.1.2. Confiabilidade e pessoalidade
A confiança recíproca é condição para exercício da advocacia. A confiabilidade será adquirida, preferencialmente, de forma pessoal.
2. ATIVIDADE DE ADVOCACIA – arts. 1º a 5º, EAOAB e arts. 1º a 7º, RGEAOAB
2.1. Atividades privativas
Art. 1º, EOAB. São atividades privativas de advocacia:
Quem pratica essas atividades não sendo advogado constitui exercício ilegal da profissão, que no direito brasileiro, é uma contravenção penal (art. 47, LCP e art. 4º, RGEAOAB) e seus atos são nulos.
Art. 4º, EOAB. São nulos os atos privativos de advogado praticados por pessoa não inscrita na OAB, sem prejuízo das sanções civis, penais e administrativas.
Também são considerados nulos os atos praticados por advogado suspenso, licenciado, impedidos ou que exerçam atividade incompatível com a advocacia.
Art. 4º, EOAB. [...]
Parágrafo único. São também nulos os atos praticados por advogado impedido - no âmbito do impedimento - suspenso, licenciado ou que passar a exercer atividade incompatível com a advocacia.
Obs.: os serviços profissionais de advogado são considerados técnicos e singulares quando comprovada a sua notória especialização – art. 3º-A, EAOAB.
Art. 3º-A, EAOAB. Os serviços profissionais de advogado são, por sua natureza, técnicos e singulares, quando comprovada sua notória especialização, nos termos da lei. (Incluído pela Lei nº 14.039, de 2020)
Parágrafo único. Considera-se notória especialização o profissional ou a sociedade de advogados cujo conceito no campo de sua especialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos, experiências, publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica ou de outros requisitos relacionados com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial e indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto do contrato. (Incluído pela Lei nº 14.039, de 2020)
Obs.: é vedado ao advogado, no mesmo processo, atuar como preposto (representante que fala pela empresa em juízo) – art. 23, CED.
Art. 23, CED. É defeso ao advogado funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e preposto do empregador ou cliente
2.1.1. Postular em juízo
Art. 1º, EOAB. [...]
I - a postulação a qualquer órgão do Poder Judiciário e aos juizados especiais;
Há três exceções:
a. habeas corpus: em primeira e em segunda instância não precisa de advogado; mas não abarca a possibilidade de impetração de mandado de segurança, mandado de injunção, habeas data, ação popular e recurso em habeas corpus – art. 1º, § 1º, EAOAB.
Art. 1º, EOAB. [...]
§ 1º. Não se inclui na atividade privativa de advocacia a impetração de habeas corpus em qualquer instância ou tribunal.
b. Justiça do Trabalho – art. 791, CLT e súmula 425, TST;
c. Juizado Especial Cível – Lei nº 9.099/95: não é aplicado para grau de recurso. E no Juizado Especial Criminal (JECrim)? É obrigatório advogado; 
d. Justiça de Paz – art. 98, II, CF;
e. ADIn proposta pelo Presidente da República;
f. ação de alimentos – art. 2º, Lei nº 5478/68.
g. Processo Disciplinar Administrativo: há dois posicionamentos:i) súmula n. 343 do STJ: obrigatória a presença de advogado em todas as fases; ii) Recurso Extraordinário 434.059 e Súmula Vinculante n. 5 do STF: a ausência do advogado não ofende a Constituição.
Obs.: a Lei nº 11441/07 disciplinou as atividades profissionais dos advogados, em escrituras públicas de inventário, partilhas, separações e divórcios no âmbito extrajudicial, sendo indispensável a intervenção de advogado nesses casos.
2.1.2. Consultoria, assessoria e direção jurídica
Art. 1º, EOAB. [...]
II - as atividades de consultoria, assessoria e direção jurídica; → gerência jurídica também
Podem ser prestadas por escrito ou verbal e não dependem de mandato e de contrato de honorários.
2.1.3. Visar atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas
Art. 1º, EOAB. [...]
§ 2º. Os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas, sob pena de nulidade, só podem ser admitidos a registro, nos órgãos competentes, quando visados por advogados.
Advogado que presta serviço para Junta Comercial do Estado ou para órgão a que a JCE esteja vinculada, não pode visar atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas – art. 2, parágrafo único, RGEAOAB.
Exceção: Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) dispensam a assinatura do advogado no contrato social – Lei Complementar nº 123/2006
2.2. Administração da justiça – art. 2º, EAOAB
Art. 2º, EOAB. O advogado é indispensável à administração da justiça.
Art. 133, CF. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei. 
§ 1º. No seu ministério privado, o advogado presta serviço público e exerce função social. 
§ 2º. No processo judicial, o advogado contribui, na postulação de decisão favorável ao seu constituinte, ao convencimento do julgador, e seus atos constituem múnus público.
§ 3º. No exercício da profissão, o advogado é inviolável por seus atos e manifestações, nos limites desta lei.
2.3. MANDATO JUDICIAL – art. 5º, EAOAB e arts. 9º/26, CED
Mandato é o contrato civil pelo qual alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome, praticar atos ou administrar interesses (art. 653, CC). O contrato de mandato é o ajuste/acordo de vontades entre o mandante (outorgante) e o mandatário (outorgado).
O mandato judicial é um contrato misto, pois abrange outros tipos de contrato dentro de si. O objetivo do contrato é conferir capacidade postulatória.
2.3.1. Características
a. personalíssimo (intuitu personae): é um contrato celebrado levando em conta a pessoa. No contrato de mandato, a confiança é o elemento chave;
b. preparatório: pois prepara para outro negócio jurídico;
c. consensual: formação pelo simples acordo de vontades;
d. bilateral: se perfazem com duas manifestações de vontade coincidentes;
e. cifronte: podem ser onerosos (honorários) ou gratuitos (pro bono).
2.3.2. Início do mandato
A prova do contrato de mandato no processo ocorre por meio do instrumento chamado procuração – art. 5º, EAOAB.
Art. 5º, EAOAB. O advogado postula, em juízo ou fora dele, fazendo prova do mandato.
A procuração deve ser escrita, duas exceções: procuração “apud acta” (é aquela feita e assinada na presença do juiz, é reduzida a termo pelo escrevente e fica constando data de audiência) ou mandato verbal (é possível, no âmbito dos juizados especiais, e também deve ser reduzido a termo).
Se a procuração for particular, não precisa do reconhecimento de firma.
A procuração possui obrigatoriamente três partes: 
a. nome e qualificação do outorgante; 
b. nome e qualificação do outorgado; e 
c. poderes outorgados (que podem ser gerais ou especiais). 
Possui duas espécies: procuração para o foro em geral/ad judicia (é aquela em que o outorgante concede ao advogado poderes gerais para praticar todos os atos do processo) ou procuração para poderes especiais/ad judicia et extra (é aquela que contém, além dos poderes gerais para o foro, também os especiais, previsto no art. 105, CPC).
O contrato de mandato tem início com a assinatura do instrumento. A procuração deve ser juntada pelo advogado do autor logo na petição inicial, e pelo advogado do réu na primeira vez que se manifestar num processo.
No caso de urgência, omissão ou esquecimento, o advogado poderá pedir ao juiz o prazo de quinze dias para juntar a procuração, prorrogáveis por mais quinze (art. 5º, § 1º, EAOAB e art. 104, § 1º CPC) → não é 30 dias, pois o juiz não irá necessariamente conceder a prorrogação.
Art. 5º, EAOAB. [...]
§ 1º. O advogado, afirmando urgência, pode atuar sem procuração, obrigando-se a apresentá-la no prazo de quinze dias, prorrogável por igual período.
O advogado não pode receber procuração de uma pessoa que já tenha outro advogado constituído no processo (art. 36, II, EAOAB e art. 11, CED).
2.3.3. Extinção do mandato
O mandato não se extingue com o decurso do tempo (art. 16, CED), uma vez que a ação pode demorar para ser julgada. Podendo ser extinta por: revogação, renúncia, conclusão e substabelecimento.
2.3.3.1. Revogação
É ato unilateral do outorgante (cliente). É necessária a ciência inequívoca do advogado (notificação judicial ou extrajudicial, carta com AR, telegrama com AR), podendo ser feita a qualquer tempo e por qualquer motivo.
A revogação passa a produzir efeitos já no próximo dia.
Obs.: não é possível incluir cláusula no contrato a fim de vedar a revogação.
Os honorários contratuais serão devidos proporcionalmente aos serviços realizados, também podendo receber honorários sucumbenciais (também proporcionalmente).
2.3.3.1.1. Cláusula penal
Os tribunais tem entendido que a cláusula penal não é admitida quando o cliente revoga o mandato, salvo se estiver em mora ou inadimplente. 
2.3.3.1.2. Demanda contra ex cliente
É possível, desde que resguardado sigilo profissional (art. 21, CED) por tempo indeterminado e desde que respeitado o prazo de 2 anos entre a revogação do contrato e a propositura da ação (abstenção bienal). 
2.3.3.2. Renúncia
É ato unilateral do advogado, podendo ocorrer a qualquer tempo e independe de motivo, desde deixe o cliente ciente de forma inequívoca, preferencialmente através de carta com AR – art. 6º, RGEAOAB.
Art. 6º, RGEAOAB. O advogado deve notificar o cliente da renúncia ao mandato (art. 5º, § 3º, do Estatuto), preferencialmente mediante carta com aviso de recepção, comunicando, após, o Juízo.
Após o recebimento da renúncia pelo cliente, o advogado deve permanecer nos autos pelo prazo de 10 dias, contando a partir da ciência do cliente – art. 5º, § 3º, EAOAB. 
Art. 5º, EAOAB. [...]
§ 3º. O advogado que renunciar ao mandato continuará, durante os dez dias seguintes à notificação da renúncia, a representar o mandante, salvo se for substituído antes do término desse prazo.
O motivo da renúncia é de foro íntimo, ou seja, não é permitido revelar a motivação da renúncia.
Para efetivar a renúncia, junta-se a carta com AR no processo.
Diante de conflito de interesses (ex.: divórcio/inventário consensual que resultou em conflitos de interesses, precisando seguir para o rito comum), o advogado deverá optar por uma das procurações e renunciar às demais. Pode optar por qualquer das procurações, não necessariamente a primeira que assinou.
Obs.: o advogado deve deixar o cliente ciente, de forma inequívoca, dos riscos de sua pretensão e das consequências que podem advir da ação.
2.3.3.3. Conclusão/arquivamento
São formas de extinção presumida do mandato. Concluída a causa ou arquivado o processo, presume-se cumprido e extinto o mandato (art. 13, CED). 
2.3.3.4. Substabelecimento
Ato praticado pelo advogado constituído que transfere poderes a outro profissional, podendo reservar-lhe os mesmos poderes ou não. 
O substabelecimento é uma forma de conseguir ajuda de auxiliares para a realização dos atos convencionados. 
O substabelecimento pode ser feito mediante instrumento particular, ainda que a procuração originária tenha sido outorgada por instrumento público (art. 665, CC). 
O estagiário pode ser substabelecido e exercer os seguintes atos: retirar e devolver autos em cartórioe assinar a carga; obter certidões junto aos escrivães e chefes de secretaria; assinar petições de juntada. 
2.3.3.4.1. Com reservas de poderes
O advogado originário permanece como patrono da causa, e pode ocorrer a reserva de poderes de maneira ampla ou restrita.
O substabelecido não pode cobrar honorários diretamente do cliente sem o conhecimento ou autorização do substabelecente, salvo se tiver contrato com o cliente – art. 26, caput e parágrafo único, EAOAB.
Art. 26, EAOAB. O advogado substabelecido, com reserva de poderes, não pode cobrar honorários sem a intervenção daquele que lhe conferiu o substabelecimento.
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de o advogado substabelecido, com reservas de poderes, possuir contrato celebrado com o cliente. (Incluído pela Lei nº 14.365, de 2022)
O substabelecido deve ajustar os honorários antecipadamente – art. 24, § 2º, CED
Art. 24, CED. [...]
§ 2º O substabelecido com reserva de poderes deve ajustar antecipadamente seus
honorários com o substabelecente.
É ato pessoal do advogado e não precisa de ciência ou autorização do cliente – art. 24, CED
Art. 24, CED. O substabelecimento do mandato, com reserva de poderes, é ato pessoal do advogado da causa.
2.3.3.4.2. Sem reservas de poderes 
Ato em que o substabelecente transfere todos os direitos recebidos para o advogado substabelecido. Como consequência, ele deixa de ser o patrono da causa e o contrato de mandato se extingue. 
Os honorários contratuais e sucumbenciais serão devidos proporcionalmente. 
É necessária a prévia e inequívoca ciência do cliente – art. 24, § 1º, CED. 
Art. 24, CED. [...]
§ 1º. O substabelecimento do mandato sem reservas de poderes exige o prévio e
inequívoco conhecimento do cliente.
3. INSCRIÇÃO NA OAB – art. 8º/14, EAOAB
3.1. Requisitos
Art. 8º, EAOAB. Para inscrição como advogado é necessário:
I - capacidade civil;
II - diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de ensino oficialmente autorizada e credenciada;
III - título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro;
IV - aprovação em Exame de Ordem;
V - não exercer atividade incompatível com a advocacia;
VI - idoneidade moral;
VII - prestar compromisso perante o conselho.
E para a inscrição como estagiário? São os mesmos requisitos, exceto o diploma ou certidão de graduação em direito e aprovação em Exame de Ordem.
Art. 9º, EAOAB. Para inscrição como estagiário é necessário:
I - preencher os requisitos mencionados nos incisos I, III, V, VI e VII do art. 8º;
II - ter sido admitido em estágio profissional de advocacia.
3.1.1. Diploma ou certidão de graduação em direito
Art. 8º, EAOAB. [...]
II - diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de ensino oficialmente autorizada e credenciada;
E se a faculdade for em outro país? É possível requerer a inscrição desde que a pessoa valide seu diploma no Brasil – art. 8º, § 2º, EAOAB[footnoteRef:1]. [1: Art. 8º, EAOAB. [...]
§ 2º O estrangeiro ou brasileiro, quando não graduado em direito no Brasil, deve fazer prova do título de graduação, obtido em instituição estrangeira, devidamente revalidado, além de atender aos demais requisitos previstos neste artigo.
] 
3.1.2. Aprovação no Exame da Ordem
Art. 8º, EAOAB. [...]
IV - aprovação em Exame de Ordem;
Obtida a aprovação no Exame de Ordem, o indivíduo recebe certificado de aprovação, o qual não possui validade.
3.1.3. Não exercem atividades incompatíveis
Art. 8º, EAOAB. [...]
V - não exercer atividade incompatível com a advocacia;
As atividades incompatíveis estão previstas no art. 28 do Estatuto. 
Os que exercem atividade policial e militares na ativa, apesar de incluídos no art. 28, podem realizar uma inscrição especial para atuar em causa própria na defesa de interesses pessoais – Lei nº 14.365/22.
3.1.4. Idoneidade moral
Art. 8º, EAOAB. [...]
VI - idoneidade moral;
A inidoneidade pode ser suscitada por qualquer pessoa, mas deve ser declarada por, no mínimo, 2/3 dos membros do Conselho Seccional em procedimento que observe os termos do processo disciplinar (contraditório e ampla defesa devem ser observados)
Art. 8º, EAOAB. [...]
§ 3º. A inidoneidade moral, suscitada por qualquer pessoa, deve ser declarada mediante decisão que obtenha no mínimo dois terços dos votos de todos os membros do conselho competente, em procedimento que observe os termos do processo disciplinar.
E em crime infamante[footnoteRef:2]? A condenação em um crime infamante é presunção legal de inidoneidade. [2: Crime infamante: qualquer crime contrário a honra, dignidade ou má-fama de quem pratica, ex.: estelionato (art. 171, CP), falsificação de documentos (art. 297, CP), falsidade ideológica (art. 299, CP).] 
Art. 8º, EAOAB. [...]
§ 4º. Não atende ao requisito de idoneidade moral aquele que tiver sido condenado por crime infamante, salvo reabilitação judicial.
✱ Inscrição especial
A Lei nº 14.365/22 trouxe a hipótese de inscrição especial para militares na ativa e aqueles que exercem atividades policiais para atuação em causa própria na defesa de interesse pessoal.
3.2. Local
Deve-se dar entrada no pedido de inscrição no seu domicílio profissional ou, na falta ou dúvida deste, no domicílio pessoal.
Art. 10, EAOAB. A inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho Seccional em cujo território pretende estabelecer o seu domicílio profissional, na forma do regulamento geral.
§ 1º. Considera-se domicílio profissional a sede principal da atividade de advocacia, prevalecendo, na dúvida, o domicílio da pessoa física do advogado.
E para o estagiário? A inscrição do estagiário deve ser no local do curso.
Art. 9º, EAOAB. [...]
§ 2º. A inscrição do estagiário é feita no Conselho Seccional em cujo território se localize seu curso jurídico.
✱ Inscrição suplementar
Com a inscrição principal (padrão), o advogado pode atuar em até 5 causas judiciais em cada Estado do País. Caso precise atuar em mais de 5 causas judiciais em Estado diverso do qual o advogado mantém inscrição principal, ele deverá providenciar inscrição suplementar em cada Estado. 
Entretanto, o advogado deverá pagar anuidade de todos os Estados que possuir inscrição suplementar.
3.3. Cancelamento – art. 11, EAOAB
O cancelamento é definitivo em relação ao número da inscrição, isto é, uma vez cancelada, não poderá reaproveitar a numeração. É possível que retorne com a inscrição, mas com um número diferente.
O cancelamento se dá através de um requerimento simples.
Art. 11, EAOAB. Cancela-se a inscrição do profissional que:
I - assim o requerer;
II - sofrer penalidade de exclusão;
III - falecer;
IV - passar a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a advocacia;
V - perder qualquer um dos requisitos necessários para inscrição.
3.3.1. Retorno do cancelamento
É preciso novo Exame de Ordem? Não.
Art. 11, EAOAB. [...]
§ 2º. Na hipótese de novo pedido de inscrição - que não restaura o número de inscrição anterior - deve o interessado fazer prova dos requisitos dos incisos I, V, VI e VII do art. 8º.
Se o cancelamento se deu pela exclusão? Quando ocorre a exclusão, o advogado deixa de ser primário para a Comissão da OAB e para retornar com sua inscrição, é preciso que volte a ser primário. Isso se dá através de provas de reabilitação – art. 41, EAOAB
Obtida a reabilitação, é restaurada a primariedade e o advogado deve prosseguir com o procedimento do § 2º (fazer provas dos requisitos da inscrição)
§ 3º. Na hipótese do inciso II deste artigo, o novo pedido de inscrição também deve ser acompanhado de provas de reabilitação.
E se a exclusão for por um crime? Primeiro é preciso obter reabilitação judicial, depois segue o procedimento padrão.
3.4. Licenciamento – art. 12, EAOAB
Com o licenciamento, mantém-se o número de inscrição quando retorna.
O licenciamento se dá através de um requerimento justificado.
Art. 12, EAOAB. Licencia-se o profissional que:
I - assim o requerer, por motivo justificado;
II - passar a exercer, em caráter temporário, atividade incompatível com o exercício da advocacia;III - sofrer doença mental considerada curável.
4. DIREITOS DO ADVOGADO
4.1. Direitos da advogada – art. 7º-A, EAOAB
A advogada gestante, apenas durante o período de gestação, tem o direito de entrar nos tribunais sem que seja submetida a detectores de metais ou aparelho raio-x e reserva de vaga – art. 7º-A, I, EAOAB.
Art. 7º-A. São direitos da advogada: (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
I – gestante: (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
a) entrada em tribunais sem ser submetida a detectores de metais e aparelhos de raios X; (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
b) reserva de vaga em garagens dos fóruns dos tribunais; (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
Já a advogada lactante, adotando ou que der à luz tem direito de acesso à creche (ou a local adequado) por 120 dias ou enquanto perdurar o período de amamentação – art. 7º-A, II, EAOAB.
Art. 7º-A. São direitos da advogada: 
II - lactante, adotante ou que der à luz, acesso a creche, onde houver, ou a local adequado ao atendimento das necessidades do bebê; (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
Todas as advogadas (gestantes, lactantes, adotantes ou que der à luz) tem preferência na ordem de audiências e sustentações orais, por 120 dias ou enquanto perdurar o período de amamentação – art. 7º-A, III, EAOAB.
Art. 7º-A. São direitos da advogada: 
III - gestante, lactante, adotante ou que der à luz, preferência na ordem das sustentações orais e das audiências a serem realizadas a cada dia, mediante comprovação de sua condição; (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
Para as adotantes ou que der à luz é assegurado o direito de suspensão de prazos processuais por 30 dias desde que: i) seja a única patrona da causa e ii) haja notificação por escrito ao cliente – art. 7º-A, IV, EAOAB.
Art. 7º-A. São direitos da advogada: 
IV - adotante ou que der à luz, suspensão de prazos processuais quando for a única patrona da causa, desde que haja notificação por escrito ao cliente. (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
E para o advogado pai ou adotante? Tem suspensão do prazo por 8 dias.
4.2. Desagravo público – art. 7º, XVII e § 5º, EAOAB e arts. 18 e 19, RGEAOAB
4.2.1. Conceito
Desagravo público é um direito do advogado ofendido no exercício da sua profissão ou em razão dela.
Art. 7º, EAOAB. São direitos do advogado:
XVII - ser publicamente desagravado, quando ofendido no exercício da profissão ou em razão dela;
Art. 18, RGEAOAB. O inscrito na OAB, quando ofendido comprovadamente em razão do exercício profissional ou de cargo ou função da OAB, tem direito ao desagravo público promovido pelo Conselho competente, de ofício, a seu pedido ou de qualquer pessoa
É uma sessão solene promovida pela Ordem dos Advogados do Brasil para repudiar a conduta do ofensor.
Art. 7º, EAOAB. [...]
§ 5º. No caso de ofensa a inscrito na OAB, no exercício da profissão ou de cargo ou função de órgão da OAB, o conselho competente deve promover o desagravo público do ofendido, sem prejuízo da responsabilidade criminal em que incorrer o infrator.
4.2.2. Legitimados
Pode ser promovido de ofício (quando a Ordem toma ciência do ocorrido) ou a pedido do ofendido ou ainda, a pedido de qualquer pessoa.
O desagravo público independe de concordância do ofendido, uma vez que o desagravo público é em defesa de todos os advogados, e não apenas do advogado ofendido.
Art. 18, RGEAOAB. [...]
§ 7º. O desagravo público, como instrumento de defesa dos direitos e prerrogativas da advocacia, não depende de concordância do ofendido, que não pode dispensá-lo, devendo ser promovido a critério do Conselho.
4.2.3. Arquivamento do pedido
Pode ocorrer em situações de discussão de caráter pessoal, doutrinário, político ou religioso.
Art. 18, RGEAOAB. [...]
§ 2º. O relator pode propor o arquivamento do pedido se a ofensa for pessoal, se não estiver relacionada com o exercício profissional ou com as prerrogativas gerais do advogado ou se configurar crítica de caráter doutrinário, político ou religioso.
4.2.4. Prazo – art. 18, §§ 5º e 6º, 
O prazo é de 60 dias.
Art. 18, RGEAOAB. [...]
§ 5º. Na sessão de desagravo o Presidente lê a nota a ser publicada na imprensa, encaminhada ao ofensor e às autoridades e registrada nos assentamentos do inscrito.
§ 6º. Ocorrendo a ofensa no território da Subseção a que se vincule o inscrito, a sessão de desagravo pode ser promovida pela diretoria ou conselho da Subseção, com representação do Conselho Seccional. 
 
4.2.5. Competência
Em regra, a competência é do Conselho Seccional. Entretanto, o Conselho Federal pode ser competente quando o ofendido for Conselheiro Federal, Presidente de Conselho Seccional ou advogado se a ofensa for de repercussão nacional.
Art. 19, RGEAOAB. Compete ao Conselho Federal promover o desagravo público de Conselheiro Federal ou de Presidente de Conselho Seccional, quando ofendidos no exercício das atribuições de seus cargos e ainda quando a ofensa a advogado se revestir de relevância e grave violação às prerrogativas profissionais, com repercussão nacional. 
Parágrafo único. O Conselho Federal, observado o procedimento previsto no art. 18 deste Regulamento, indica seus representantes para a sessão pública de desagravo, na sede do Conselho Seccional, salvo no caso de ofensa a Conselheiro Federal.
5. SOCIEDADES DE ADVOGADOS – arts. 15/17-B, EAOAB; 37/43, RGEAOAB; 19, CED
Art. 15, EAOAB. Os advogados podem reunir-se em sociedade simples de prestação de serviços de advocacia ou constituir sociedade unipessoal de advocacia, na forma disciplinada nesta Lei e no regulamento geral. (Redação dada pela Lei nº 13.247, de 2016)
§ 6º. Os advogados sócios de uma mesma sociedade profissional não podem representar em juízo clientes de interesses opostos.
5.1. Registro
Devem ser registradas no Conselho Seccional da OAB do local da sede da sociedade.
Art. 15, EAOAB. [...]
§ 1º. A sociedade de advogados e a sociedade unipessoal de advocacia adquirem personalidade jurídica com o registro aprovado dos seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede. (Redação dada pela Lei nº 13.247, de 2016)
5.2. Responsabilidade
A responsabilidade na sociedade é subsidiária e ilimitada.
Os associados também respondem? Sim.
5.3. Filial
Só é possível constituir filial de sociedade em Estado diverso.
Art. 15, EAOAB. [...]
§ 4º. Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados, constituir mais de uma sociedade unipessoal de advocacia, ou integrar, simultaneamente, uma sociedade de advogados e uma sociedade unipessoal de advocacia, com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional. (Redação dada pela Lei nº 13.247, de 2016)
Constitui pré-requisito para abertura de uma filial que todos os sócios promovam inscrição também no local da filial.
Art. 15, EAOAB. [...]
§ 5º. O ato de constituição de filial deve ser averbado no registro da sociedade e arquivado no Conselho Seccional onde se instalar, ficando os sócios, inclusive o titular da sociedade unipessoal de advocacia, obrigados à inscrição suplementar. (Redação dada pela Lei nº 13.247, de 2016)
5.4. Espaço
Pode ter como sede, filial ou local de trabalho espaço de uso individual ou compartilhado com outra sociedade ou outra empresa, contanto que preserve as questões de sigilo profissional.
5.5. Espécies
5.5.1.Sociedade de Advogados 
5.5.1.1. Nome
Basta o nome ou sobrenome de pelo menos um dos sócios acompanhado de uma expressão que deixe claro que se trata de uma sociedade de advogados, ex.: advogados, associados, etc.
Diante da morte do advogado que dá nome a sociedade, é permitido que mantenha o nome na razão social desde que esteja prevista essa possibilidade no ato constitutivo (contrato social) da sociedade.
É permitido nome fantasia? Não.
5.5.2. Sociedade Unipessoal de Advocacia
5.5.2.1. Nome
É necessário o nome completo ou parte do nome do titular acompanhado da expressão “sociedade individual de advocacia”.
5.6. Advogado associado
A sociedade de advogados podem associar-se com advogados sem vínculo de emprego para participação dos resultados.Para formalizar a associação é preciso ser feito em contrato próprio registrado no Conselho Seccional da OAB onde esteja localizada a sede da sociedade.
O advogado pode ter associações diversas? Sim.
6. ADVOGADO EMPREGADO – arts. 18/21, EAOAB e arts. 11/14, RGEAOAB
Art. 18, EAOAB. A relação de emprego, na qualidade de advogado, não retira a isenção técnica nem reduz a independência profissional inerentes à advocacia.
§ 1º. O advogado empregado não está obrigado à prestação de serviços profissionais de interesse pessoal dos empregadores, fora da relação de emprego. (Incluído pela Lei nº 14.365, de 2022)
6.1. Jornada de trabalho
Compreende-se como jornada de trabalho todo o tempo que o advogado está à disposição do empregador, dentro e fora do escritório.
Art. 20, EAOAB. [...]
§ 1º. Para efeitos deste artigo, considera-se como período de trabalho o tempo em que o advogado estiver à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, no seu escritório ou em atividades externas, sendo-lhe reembolsadas as despesas feitas com transporte, hospedagem e alimentação.
Para o advogado exclusivo, aquele que tem contrato, a jornada pode ser de até 8 horas por dia e 40 horas na semana. Já para o advogado não exclusivo, a jornada é de 4 horas por dia e 20 horas semanais.
Art. 20, EAOAB. A jornada de trabalho do advogado empregado, quando prestar serviço para empresas, não poderá exceder a duração diária de 8 (oito) horas contínuas e a de 40 (quarenta) horas semanais. (Redação dada pela Lei nº 14.365, de 2022)
As horas extras devem ser remuneradas em 100%.
Art. 20, EAOAB. [...]
§ 2º. As horas trabalhadas que excederem a jornada normal são remuneradas por um adicional não inferior a cem por cento sobre o valor da hora normal, mesmo havendo contrato escrito.
Há também adicional noturno, que engloba o período das 20h às 5h e deve ser remunerado em 25%.
Art. 20, EAOAB. [...]
§ 3º. As horas trabalhadas no período das vinte horas de um dia até as cinco horas do dia seguinte são remuneradas como noturnas, acrescidas do adicional de vinte e cinco por cento.
6.2. Estágio – arts. 27/31, RGEAOAB
Art. 27, RGEAOAB. O estágio profissional de advocacia, inclusive para graduados, é requisito necessário à inscrição no quadro de estagiários da OAB e meio adequado de aprendizagem prática.
O estagiário pode fazer tudo, desde que em conjunto e responsabilidade do advogado. Entretanto, há algumas atividades que pode ser realizada somente pelo estagiário – art. 29, RGEAOAB.
Art. 29, RGEAOAB. [...]
§ 1º O estagiário inscrito na OAB pode praticar isoladamente os seguintes atos, sob a responsabilidade do advogado: 
I – retirar e devolver autos em cartório, assinando a respectiva carga; 
II – obter junto aos escrivães e chefes de secretarias certidões de peças ou autos de processos em curso ou findos; 
III – assinar petições de juntada de documentos a processos judiciais ou administrativos. 
§ 2º. Para o exercício de atos extrajudiciais, o estagiário pode comparecer isoladamente, quando receber autorização ou substabelecimento do advogado
Caso o estagiário faça mais do que o permitido, enquadra-se como infração disciplinar, sujeito a sanção de censura.
7. INCOMPATIBILIDADE E IMPEDIMENTOS 
Art. 27, EAOAB. A incompatibilidade determina a proibição total, e o impedimento, a proibição parcial do exercício da advocacia.
7.1. Incompatibilidade – art. 28, EAOAB
As atividades incompatíveis com a advocacia são aquelas que decorrerem de uma atividade que traria privilégio para o exercício da profissão, como por exemplo a facilidade de atrair clientes.
A incompatibilidade gera uma proibição total, isto é, não podem advogar em hipótese alguma. Entretanto, apesar dos militares estarem previstos no art. 28 inciso VI e, portanto, terem função incompatível com a advocacia, a Lei nº 14.365/22 estabelece que os militares na ativa ou os que exercem atividade policial podem, mediante uma inscrição especial, exercer advocacia em causa própria em defesa de direitos pessoais.
Art. 28, EAOAB. A advocacia é incompatível, mesmo em causa própria, com as seguintes atividades:
I - chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder Legislativo e seus substitutos legais;
II - membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais e conselhos de contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes classistas, bem como de todos os que exerçam função de julgamento em órgãos de deliberação coletiva da administração pública direta e indireta; (Vide ADIN 1.127-8)
III - ocupantes de cargos ou funções de direção em Órgãos da Administração Pública direta ou indireta, em suas fundações e em suas empresas controladas ou concessionárias de serviço público;
IV - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a qualquer órgão do Poder Judiciário e os que exercem serviços notariais e de registro;
V - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a atividade policial de qualquer natureza;
VI - militares de qualquer natureza, na ativa;
VII - ocupantes de cargos ou funções que tenham competência de lançamento, arrecadação ou fiscalização de tributos e contribuições parafiscais;
VIII - ocupantes de funções de direção e gerência em instituições financeiras, inclusive privadas.
§ 1º. A incompatibilidade permanece mesmo que o ocupante do cargo ou função deixe de exercê-lo temporariamente.
§ 2º. Não se incluem nas hipóteses do inciso III os que não detenham poder de decisão relevante sobre interesses de terceiro, a juízo do conselho competente da OAB, bem como a administração acadêmica diretamente relacionada ao magistério jurídico.
§ 3º. As causas de incompatibilidade previstas nas hipóteses dos incisos V e VI do caput deste artigo não se aplicam ao exercício da advocacia em causa própria, estritamente para fins de defesa e tutela de direitos pessoais, desde que mediante inscrição especial na OAB, vedada a participação em sociedade de advogados. (Incluído pela Lei nº 14.365, de 2022)
§ 4º. A inscrição especial a que se refere o § 3º deste artigo deverá constar do documento profissional de registro na OAB e não isenta o profissional do pagamento da contribuição anual, de multas e de preços de serviços devidos à OAB, na forma por ela estabelecida, vedada cobrança em valor superior ao exigido para os demais membros inscritos. (Incluído pela Lei nº 14.365, de 2022)
7.2. Impedimento – art. 30, EAOAB
Os impedimentos são proibições parciais, isto é, podem exercer a atividade de advocacia, mas com ressalvas. As duas atividades que possuem impedimentos são os servidores públicos e os membros do Poder Legislativo.
Art. 30, EAOAB. São impedidos de exercer a advocacia:
I - os servidores da administração direta, indireta e fundacional, contra a Fazenda Pública que os remunere ou à qual seja vinculada a entidade empregadora;
II - os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes níveis, contra ou a favor das pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas, entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou permissionárias de serviço público.
Os servidores públicos são impedidos de advogar em ações contra a Fazenda Pública que a remunera ou a qual esteja vinculado.
Já os membros do Poder Legislativo são impedidos de advogar em ações contra ou a favor de pessoa jurídica de direito público, de empresas públicas, de sociedade de economia mista, de fundações públicas, de entidades paraestatais e de empresas concessionárias ou permissionárias de serviço público.
Obs.: quando for membro da mesa do Poder Legislativo é incompatibilidade – art. 28, I, EAOAB.
Válido ressaltar que para o advogado professor em curso de direito, mesmo em faculdade pública, é exceção à regra do impedimento – art. 30, parágrafo, EAOAB.
Art. 30, EAOAB. Parágrafo único. Não se incluem nas hipóteses do inciso I os docentes dos cursos jurídicos.
8. PUBLICIDADE PROFISSIONAL – arts. 39/47-A, CED
Toda publicidade profissional deve observar a discrição e a sobriedade e deve ser meramente informativa.A publicidade não pode ter como objetivo a captação de causas ou clientelas e não pode adotar características mercantis. O cliente que deve ir até o advogado, e não ao contrário.
E placa na fachada do escritório? É permitido para fins de identificação, desde que observados os critérios de discrição e sobriedade.
9. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – arts. 22/26, EAOAB; arts. 48/54, CED; e art. 14, RGEAOAB
É preciso observar os ditames da moderação e levar em consideração a tabela de honorários da OAB e o Código de Ética e Disciplina (CED).
A tabela, criada pelo Conselho Seccional de cada estado – art. 58, CED, estabelece o piso (mínimo a ser cobrado). E se os honorários forem fixados muito abaixo da tabela (aviltamento)? O Código de Ética proíbe expressamente no art. 2º, VIII, “f”.
Art. 2º, CED. O advogado, indispensável à administração da Justiça, é defensor do Estado Democrático de Direito, dos direitos humanos e garantias fundamentais, da cidadania, da moralidade, da Justiça e da paz social, cumprindo-lhe exercer o seu ministério em consonância com a sua elevada função pública e com os valores que lhe são inerentes.
VIII - abster-se de:
f) contratar honorários advocatícios em valores aviltantes.
Obs.: não é permitido receber honorários em duplicata ou letra de câmbio, uma vez que são características típicas de comércio. Podem ser recebidos por cheque ou nota promissória, sendo possível levar a protesto em caso de inadimplemento. Fatura bancária (boleto) pode ser recebido desde que o advogado contrate com o cliente dessa forma, mas diante do inadimplemento não pode ser levado ao protesto.
Os honorários tem prazo prescricional para serem cobrados de 5 anos após o término da relação profissional – art. 25, EAOAB.
Art. 25, EAOAB. Prescreve em cinco anos a ação de cobrança de honorários de advogado, contado o prazo:
I - do vencimento do contrato, se houver;
II - do trânsito em julgado da decisão que os fixar;
III - da ultimação do serviço extrajudicial;
IV - da desistência ou transação;
V - da renúncia ou revogação do mandato.
Diante do bloqueio de patrimônio do cliente, está garantido ao advogado a liberação de até 20% dos bens bloqueados para o recebimento dos honorários e reembolso de gastos com a defesa – art. 24-A, EAOAB. Exceto para causas relacionadas à lei de drogas. O pedido deve ser feito em autos apartados/separados.
Art. 24-A, EAOAB. No caso de bloqueio universal do patrimônio do cliente por decisão judicial, garantir-se-á ao advogado a liberação de até 20% (vinte por cento) dos bens bloqueados para fins de recebimento de honorários e reembolso de gastos com a defesa, ressalvadas as causas relacionadas aos crimes previstos na Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 (Lei de Drogas), e observado o disposto no parágrafo único do art. 243 da Constituição Federal. (Incluído pela Lei nº 14.365, de 2022)
9.1. Advocacia pro bono – art. 30, CED
É a prestação de serviço jurídico de forma gratuita, eventual e voluntária.
Art. 30, CED. No exercício da advocacia pro bono, e ao atuar como defensor nomeado, conveniado ou dativo, o advogado empregará o zelo e a dedicação habituais, de forma que a parte por ele assistida se sinta amparada e confie no seu patrocínio.
Só pode ser feita para: i) instituições sociais sem fins lucrativos e seus assistidos; e ii) pessoas naturais que não tem condições de contratar advogado sem comprometer sua subsistência – art. 30, §§ 1º e 2º, CED.
Art. 30, CED. [...]
§ 1º. Considera-se advocacia pro bono a prestação gratuita, eventual e voluntária de serviços jurídicos em favor de instituições sociais sem fins econômicos e aos seus assistidos, sempre que os beneficiários não dispuserem de recursos para a contratação de profissional.
§ 2º. A advocacia pro bono pode ser exercida em favor de pessoas naturais que, igualmente, não dispuserem de recursos para, sem prejuízo do próprio sustento, contratar advogado.
§ 3º. A advocacia pro bono não pode ser utilizada para fins político-partidários ou eleitorais, nem beneficiar instituições que visem a tais objetivos, ou como instrumento de publicidade para captação de clientela.
A finalidade da advocacia pro bono é cumprir com a função social que caracteriza a advocacia.
9.2. Espécies de honorários
Art. 22, EAOAB. A prestação de serviço profissional assegura aos inscritos na OAB o direito aos honorários convencionados, aos fixados por arbitramento judicial e aos de sucumbência.
9.2.1. Honorários convencionados
São aqueles convencionados diretamente com o cliente, preferencialmente através de um contrato escrito.
Salvo estipulação em sentido contrário, o advogado deve receber 1/3 ao início da atuação, 1/3 na sentença e 1/3 ao final.
Art. 22, EAOAB. [...]
§ 3º. Salvo estipulação em contrário, um terço dos honorários é devido no início do serviço, outro terço até a decisão de primeira instância e o restante no final.
Obs.: a compensação de crédito deve estar prevista no contrato – art. 48, § 2º, CED.
Art. 48, CED. [...]
§ 2º. A compensação de créditos, pelo advogado, de importâncias devidas ao cliente, somente será admissível quando o contrato de prestação de serviços a autorizar ou quando houver autorização especial do cliente para esse fim, por este firmada.
9.2.2. Honorários arbitrados
São aqueles arbitrados pelo juiz: i) quando o advogado for contratado de formal verbal que não conseguiu receber os honorários; ou ii) no caso de beneficiários da assistência judicial, diante da impossibilidade da Defensoria Pública no local (são pagos pelo Estado, independente do resultado da ação).
9.2.3. Honorários de sucumbência
São aqueles honorários fixados pelo juiz ao término da ação ao advogado vencedor, devendo ser pagos pela parte vencida.
Os honorários de sucumbência não excluem os convencionados, uma vez que são pagos por pessoas distintas. Entretanto, devem ser levados em consideração no momento da contratação.
Art. 14, RGEAOAB. Os honorários de sucumbência, por decorrerem precipuamente do exercício da advocacia e só acidentalmente da relação de emprego, não integram o salário ou a remuneração, não podendo, assim, ser considerados para efeitos trabalhistas ou previdenciários. 
Parágrafo único. Os honorários de sucumbência dos advogados empregados constituem fundo comum, cuja destinação é decidida pelos profissionais integrantes do serviço jurídico da empresa ou por seus representantes.
9.2.4. Honorários assistenciais
São aqueles fixados pelo juiz em ações coletivas, propostas por entidades de classe (sindicatos).
Art. 22, EAOAB. [...]
§ 6º. O disposto neste artigo aplica-se aos honorários assistenciais, compreendidos como os fixados em ações coletivas propostas por entidades de classe em substituição processual, sem prejuízo aos honorários convencionais. (Incluído pela Lei nº 13.725, de 2018)
§ 7º. Os honorários convencionados com entidades de classe para atuação em substituição processual poderão prever a faculdade de indicar os beneficiários que, ao optarem por adquirir os direitos, assumirão as obrigações decorrentes do contrato originário a partir do momento em que este foi celebrado, sem a necessidade de mais formalidades. (Incluído pela Lei nº 13.725, de 2018)
9.2.5. Honorários ad exitum (ou contrato com cláusula quota litis)
É uma forma de contratação na qual o advogado estabelece, a título de honorários, uma porcentagem do proveito obtido pelo cliente ao término da ação.
Para ser válida, é preciso estar estabelecida no contrato.
10. INFRAÇÕES E SANÇÕES DISCIPLINARES – arts. 34/43, EAOAB
10.1. Sanções
As sanções só serão aplicadas após todo o processo legal, garantido a ampla defesa e o contraditório.
Art. 35, EAOAB. As sanções disciplinares consistem em:
I - censura;
II - suspensão;
III - exclusão;
IV - multa.
Parágrafo único. As sanções devem constar dos assentamentos do inscrito, após o trânsito em julgado da decisão, não podendo ser objeto de publicidade a de censura.
10.1.1. Censura
A censura é a sanção mais leve, e, portanto, aplicadas as infrações menos graves: violação do CED, violações por estagiário, violar sigilo profissionalsem justa causa etc.
Art. 36. A censura é aplicável nos casos de:
I - infrações definidas nos incisos I a XVI e XXIX do art. 34; ex.: violar o sigilo profissional sem justa causa
II - violação a preceito do Código de Ética e Disciplina;
III - violação a preceito desta lei, quando para a infração não se tenha estabelecido sanção mais grave.
A sanção de censura não é objeto de publicidade, isto é, não é publicada/divulgada. Entretanto, será registrada nos assentamentos (prontuários) do advogado inscrito, fazendo com que este deixe de ser primário.
A advertência é uma alternativa a sanção de censura diante de uma circunstância atenuante. 
Art. 36, EAOAB. [...]
Parágrafo único. A censura pode ser convertida em advertência, em ofício reservado, sem registro nos assentamentos do inscrito, quando presente circunstância atenuante. 
Além de também não ser publicada, a advertência não é registrada nos assentamentos do inscrito, apenas consta em ofício reservado para fins de consulta pela OAB no caso de segunda infração – art. 40, EAOAB.
Art. 40, EAOAB. Na aplicação das sanções disciplinares, são consideradas, para fins de atenuação, as seguintes circunstâncias, entre outras:
I - falta cometida na defesa de prerrogativa profissional;
II - ausência de punição disciplinar anterior;
III - exercício assíduo e proficiente de mandato ou cargo em qualquer órgão da OAB;
IV - prestação de relevantes serviços à advocacia ou à causa pública.
10.1.2. Suspensão
Em regra, suspende o exercício da advocacia em todo o território nacional por 30 dias a 12 meses quando houver:
a. reincidência em infração (não precisa ser a mesma infração); 
b. reter autos de forma abusiva ou extraviar autos: é necessário a intimação do advogado para devolver os atos e o não cumprimento, mas independe de dolo e/ou de prejuízos a parte contrária;
c. conduta incompatível com advocacia de forma habitual (ex.: alcoolismo, toxicomania, jogos de azar 
d. infrações relacionadas a dinheiro (ex.: advogado que deixa de prestar contas, advogado que solicitou ou recebeu quantia ilícita, enriquecimento ilícito etc.);
Art. 37, EAOAB. A suspensão é aplicável nos casos de:
I - infrações definidas nos incisos XVII a XXV do art. 34;
II - reincidência em infração disciplinar.
§ 1º. A suspensão acarreta ao infrator a interdição do exercício profissional, em todo o território nacional, pelo prazo de trinta dias a doze meses, de acordo com os critérios de individualização previstos neste capítulo.
Há duas suspensões que podem perdurar por mais de 12 meses: i) suspensão do advogado que deixa de prestar contas ao cliente, ficando suspenso até reparar o dano (prestar contas); e ii) suspensão por erros reiterados, sendo suspenso até prestar novas provas de habilitação.
Art. 37, EAOAB. [...]
§ 2º. Nas hipóteses dos incisos XXI e XXIII do art. 34, a suspensão perdura até que satisfaça integralmente a dívida, inclusive com correção monetária.
§ 3º. Na hipótese do inciso XXIV do art. 34, a suspensão perdura até que preste novas provas de habilitação.
A suspensão é objeto de publicidade e é registrada nos assentamentos do inscrito, portanto, deixando de ser primário.
10.1.3. Exclusão
AULA 14/09
10.1.4. Multa
11. PROCESSO NA OAB
11.1. Processo disciplinar – arts. 68/74, EAOAB + arts. 55/68, CED
...
11.1.1. Prazo
O prazo para instaurar processo disciplinar é de 15 dias úteis, ou seja, para apresentar defesa prévia, razões finais e recursos o prazo é de 15 dias.
Art. 69, EAOAB. Todos os prazos necessários à manifestação de advogados, estagiários e terceiros, nos processos em geral da OAB, são de quinze dias, inclusive para interposição de recursos.
11.1.2. Sustentação oral
É admitido sustentação oral no Tribunal de Ética e Disciplina? Sim, é permitido sustentação oral de 15 minutos após o voto do relator.
11.1.3. Sigilo
O processo disciplinar é sigiloso, de forma que somente as partes, os defensores e a autoridade judiciária competente.
Art. 72, EAOAB. [...]
 § 2º. O processo disciplinar tramita em sigilo, até o seu término, só tendo acesso às suas informações as partes, seus defensores e a autoridade judiciária competente.
11.1.4. Defensor dativo
É possível indicar defensor dativo? É possível quando o advogado representado não for encontrado ou quando foi encontrado, mas permaneceu revel.
Art. 73, EAOAB. [...]
§ 4º. Se o representado não for encontrado, ou for revel, o Presidente do Conselho ou da Subseção deve designar-lhe defensor dativo;
11.1.5. Testemunhas
É permitido arrolar cinco testemunhas, as quais as partes devem assegurar o comparecimento, salvo se por motivo justificado solicitarem que sejam notificadas a comparecer.
11.1.6. Indeferimento de provas
O relator pode indeferir provas protelatórias
11.1.7. Revisão
A revisão da decisão transitada em julgada é permitida diante: i) de erro de julgamento; e ii) condenação com base em falsa prova.
Art. 73, EAOAB. [...]
§ 5º. É também permitida a revisão do processo disciplinar, por erro de julgamento ou por condenação baseada em falsa prova.
A legitimidade para requerer é do advogado punido, sendo que a competência é do órgão que proferiu a decisão, podendo ser o Conselho Seccional ou o Conselho Federal.
11.1.8. Competência
Em regra, a competência é do Conselho Seccional do local da infração. Em exceção, será de competência do Conselho Federal quando a infração foi praticada: i) perante o Conselho Federal; ii) por membro do Conselho Federal; ou iii) pelo presidente de Conselho Seccional.
Art. 70, EAOAB. O poder de punir disciplinarmente os inscritos na OAB compete exclusivamente ao Conselho Seccional em cuja base territorial tenha ocorrido a infração, salvo se a falta for cometida perante o Conselho Federal.
Ainda, caso o representado for membro do Conselho Federal (i) ou presidente do Conselho Seccional (ii), a competência será da 2ª Câmara do Conselho Federal.
E se o representado for membro da diretoria do Conselho Federal? Membro honorário vitalício (ex-presidente da OAB)? Ou detentor da medalha Rui Barbosa? Serão julgados pelo Conselho Federal, sendo competência do Conselho Pleno.
11.2. Recurso – arts. 75/77, EAOAB
Assim como o processo disciplinar, o prazo é de 15 dias úteis.
Em regra, a competência é do Conselho Seccional (ex.: de decisão do TED, de Subseção, da Diretoria da Caixa de Assistência dos Advogados, do Presidente do Conselho Seccional). O Conselho Federal só será competente em recurso de decisão do Conselho Seccional não unânime ou que contrarie entendimento da OAB.
Ou seja, o Conselho Seccional é o 1º grau e o Conselho Federal é o 2º grau, de forma que só cabe recurso ao 2º grau de uma decisão do 1º.
O recurso sempre possui efeitos suspensivo e devolutivo, entretanto, o recurso terá apenas efeito devolutivo quando: i) a condenação for por base em falsa prova para inscrição; ii) o processo for relacionado a eleição; ou iii) houver suspensão preventiva.
ESTATUTO DA ADVOCACIA E ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL
1. ESTRUTURA LEGISLATIVA DA OAB
I - Estatuto da Advocacia - Lei nº 8906/94
II - Regulamento Geral da Advocacia - art. 78, EOAB
III - Novo Código de Ética e Disciplina - arts. 33 e 54, V, EOAB
IV - Provimento do CF OAB
2. OAB
Com o nascimento do Estado do moderno, o sistema da autotutela em que as partes resolviam os conflitos pelas próprias forças foi deixado de lado. O Estado chamou para si a responsabilidade de resolver os conflitos de interesse.
Haverá um conflito de interesses toda vez que um dos indivíduos tiver uma pretensão e ela for resistida por outro. Quando se leva isso ao poder judiciário, nasce uma lide. Lide é um conflito de interesses qualificado com uma pretensão resistida que é levada à juízo.
O poder judiciário não atua de ofício (sem ser provocado). Por isso, para que ele possa solucionar os conflitos que nascem na sociedade, precisa ser provocado.
A pessoa que tem um conflito e deseja levar ao judiciário deverá exercer o seu direito de ação, que é um direito público e subjetivo de provocar o poder judiciário para que ele dê uma resposta definitiva à lide que lhe foisubmetida.
Obs.: jurisdição é uma função-poder-dever do Estado de dizer o direito nos casos concretos que lhes são submetidos para resolução.
Para provocar o judiciário é necessário ter capacidade civil e postulatória (é a capacidade de solicitar/requerer/pedir/exigir do poder judiciário a tutela de um direito). Como regra geral, a capacidade postulatória é do advogado, por isso, a pessoa que tem um conflito precisa contratar um advogado para que ele lhe empreste essa capacidade.
Art. 3º, EOAB. O exercício da atividade de advocacia no território brasileiro e a denominação de advogado são privativos dos inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB): 
§ 1º. Exercem atividade de advocacia, sujeitando-se ao regime desta lei, além do regime próprio a que se subordinam, os integrantes da Advocacia-Geral da União, da Procuradoria da Fazenda Nacional, da Defensoria Pública e das Procuradorias e Consultorias Jurídicas dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das respectivas entidades de administração indireta e fundacional; (Vide ADIN 4636) (Vide ADIN 6021)
§ 2º. O estagiário de advocacia, regularmente inscrito, pode praticar os atos previstos no Art. 1º, na forma do regimento geral, em conjunto com advogado e sob responsabilidade deste.
2.1. Órgãos da OAB
2.1.1. Conselho Federal da OAB – arts. 51 a 55, EAOAB
O Conselho Federal é formado por delegações e pelos seus ex-presidentes, os quais fazem parte na qualidade de membro de honorário vitalício.
Cada delegação é formada por 3 conselheiros federais os quais são eleitos a cada três anos por eleições diretas, e, portanto, há 81 conselheiros.
As delegações são as únicas que possem direito de voto, sendo que os ex-presidentes, em regra, têm apenas direito a voz; exceto os ex-presidentes que exerceram o cargo antes de 1994, que possuem direito a voz e voto.
O presidente exerce o voto unipessoal e de qualidade.
Art. 54, EAOAB. Compete ao Conselho Federal:
I - dar cumprimento efetivo às finalidades da OAB;
II - representar, em juízo ou fora dele, os interesses coletivos ou individuais dos advogados;
III - velar pela dignidade, independência, prerrogativas e valorização da advocacia;
IV - representar, com exclusividade, os advogados brasileiros nos órgãos e eventos internacionais da advocacia;
V - editar e alterar o Regulamento Geral, o Código de Ética e Disciplina, e os Provimentos que julgar necessários;
VI - adotar medidas para assegurar o regular funcionamento dos Conselhos Seccionais;
VII - intervir nos Conselhos Seccionais, onde e quando constatar grave violação desta lei ou do regulamento geral;
VIII - cassar ou modificar, de ofício ou mediante representação, qualquer ato, de órgão ou autoridade da OAB, contrário a esta lei, ao regulamento geral, ao Código de Ética e Disciplina, e aos Provimentos, ouvida a autoridade ou o órgão em causa;
IX - julgar, em grau de recurso, as questões decididas pelos Conselhos Seccionais, nos casos previstos neste estatuto e no regulamento geral;
X - dispor sobre a identificação dos inscritos na OAB e sobre os respectivos símbolos privativos;
XI - apreciar o relatório anual e deliberar sobre o balanço e as contas de sua diretoria;
XII - homologar ou mandar suprir relatório anual, o balanço e as contas dos Conselhos Seccionais;
XIII - elaborar as listas constitucionalmente previstas, para o preenchimento dos cargos nos tribunais judiciários de âmbito nacional ou interestadual, com advogados que estejam em pleno exercício da profissão, vedada a inclusão de nome de membro do próprio Conselho ou de outro órgão da OAB;
XIV - ajuizar ação direta de inconstitucionalidade de normas legais e atos normativos, ação civil pública, mandado de segurança coletivo, mandado de injunção e demais ações cuja legitimação lhe seja outorgada por lei;
XV - colaborar com o aperfeiçoamento dos cursos jurídicos, e opinar, previamente, nos pedidos apresentados aos órgãos competentes para criação, reconhecimento ou credenciamento desses cursos;
XVI - autorizar, pela maioria absoluta das delegações, a oneração ou alienação de seus bens imóveis;
XVII - participar de concursos públicos, nos casos previstos na Constituição e na lei, em todas as suas fases, quando tiverem abrangência nacional ou interestadual;
XVIII - resolver os casos omissos neste estatuto.
XIX - fiscalizar, acompanhar e definir parâmetros e diretrizes da relação jurídica mantida entre advogados e sociedades de advogados ou entre escritório de advogados sócios e advogado associado, inclusive no que se refere ao cumprimento dos requisitos norteadores da associação sem vínculo empregatício; (Incluído pela Lei nº 14.365, de 2022)
XX - promover, por intermédio da Câmara de Mediação e Arbitragem, a solução sobre questões atinentes à relação entre advogados sócios ou associados e homologar, caso necessário, quitações de honorários entre advogados e sociedades de advogados, observado o disposto no inciso XXXV do caput do art. 5º da Constituição Federal. (Incluído pela Lei nº 14.365, de 2022)
2.1.2. Conselhos Seccionais da OAB – arts. 56 a 59, EAOAB
Tem-se os conselheiros seccionais em número proporcional ao número de advogados inscritos no Estado/Conselho Seccional, sendo no mínimo trinta e no máximo oitenta.
Os conselheiros seccionais têm direito a voz e voto nas deliberações, já os ex-presidentes do Conselho Seccional e Presidente do Instituto dos Advogados (membros honorários) têm direito apenas a voz. A exceção do Conselho Federal em relação aos ex-presidentes eleitos antes de 1994 possuírem direito a voto também persiste no Conselho Seccional.
Art. 58, EAOAB. Compete privativamente ao Conselho Seccional:
I - editar seu regimento interno e resoluções;
II - criar as Subseções e a Caixa de Assistência dos Advogados;
III - julgar, em grau de recurso, as questões decididas por seu Presidente, por sua diretoria, pelo Tribunal de Ética e Disciplina, pelas diretorias das Subseções e da Caixa de Assistência dos Advogados;
IV - fiscalizar a aplicação da receita, apreciar o relatório anual e deliberar sobre o balanço e as contas de sua diretoria, das diretorias das Subseções e da Caixa de Assistência dos Advogados;
V - fixar a tabela de honorários, válida para todo o território estadual;
VI - realizar o Exame de Ordem;
VII - decidir os pedidos de inscrição nos quadros de advogados e estagiários;
VIII - manter cadastro de seus inscritos;
IX - fixar, alterar e receber contribuições obrigatórias, preços de serviços e multas;
X - participar da elaboração dos concursos públicos, em todas as suas fases, nos casos previstos na Constituição e nas leis, no âmbito do seu território;
XI - determinar, com exclusividade, critérios para o traje dos advogados, no exercício profissional;
XII - aprovar e modificar seu orçamento anual;
XIII - definir a composição e o funcionamento do Tribunal de Ética e Disciplina, e escolher seus membros;
XIV - eleger as listas, constitucionalmente previstas, para preenchimento dos cargos nos tribunais judiciários, no âmbito de sua competência e na forma do Provimento do Conselho Federal, vedada a inclusão de membros do próprio Conselho e de qualquer órgão da OAB;
XV - intervir nas Subseções e na Caixa de Assistência dos Advogados;
XVI - desempenhar outras atribuições previstas no regulamento geral.
XVII - fiscalizar, por designação expressa do Conselho Federal da OAB, a relação jurídica mantida entre advogados e sociedades de advogados e o advogado associado em atividade na circunscrição territorial de cada seccional, inclusive no que se refere ao cumprimento dos requisitos norteadores da associação sem vínculo empregatício; (Incluído pela Lei nº 14.365, de 2022)
XVIII - promover, por intermédio da Câmara de Mediação e Arbitragem, por designação do Conselho Federal da OAB, a solução sobre questões atinentes à relação entre advogados sócios ou associados e os escritórios de advocacia sediados na base da seccional e homologar, caso necessário, quitações de honorários entre advogados e sociedades de advogados, observado o disposto no inciso XXXV do caput do art.5º da Constituição Federal. (Incluído pela Lei nº 14.365, de 2022) 
Art. 105, RGEAOAB. Compete ao Conselho Seccional, além do previsto nos arts. 57 e 58 do Estatuto:
I - cumprir o disposto nos incisos I, II e III do art. 54 do Estatuto;
II - adotar medidas para assegurar o regular funcionamento das Subseções;
III - intervir, parcial ou totalmente, nas Subseções e na Caixa de Assistência dos Advogados, onde e quando constatar grave violação do Estatuto, deste Regulamento Geral e do Regimento Interno do Conselho Seccional;
IV - cassar ou modificar, de ofício ou mediante representação, qualquer ato de sua diretoria e dos demais órgãos executivos e deliberativos, da diretoria ou do conselho da Subseção e da diretoria da Caixa de Assistência dos Advogados, contrários ao Estatuto, ao Regulamento Geral, aos Provimentos, ao Código de Ética e Disciplina, ao seu Regimento Interno e às suas Resoluções;
V - ajuizar, após deliberação:
a) ação direta de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais e municipais, em face da Constituição Estadual ou da Lei Orgânica do Distrito Federal;
b) ação civil pública, para defesa de interesses difusos de caráter geral e coletivos e individuais homogêneos; 
c) mandado de segurança coletivo, em defesa de seus inscritos, independentemente de autorização pessoal dos interessados;
d) mandado de injunção, em face da Constituição Estadual ou da Lei Orgânica do Distrito Federal.
2.1.3. Subseções da OAB – arts. 60 e 61, EAOAB
Para criar-se uma subseção é preciso, no mínimo, 15 advogados profissionalmente domiciliados na área territorial da subseção, a qual pode abranger um ou mais municípios (inclusive a capital do Estado) ou, ainda, é possível que dentro de um único município haja várias subseções.
Art. 60, EAOAB. A Subseção pode ser criada pelo Conselho Seccional, que fixa sua área territorial e seus limites de competência e autonomia.
§ 1º. A área territorial da Subseção pode abranger um ou mais municípios, ou parte de município, inclusive da capital do Estado, contando com um mínimo de quinze advogados, nela profissionalmente domiciliados.
§ 2º. A Subseção é administrada por uma diretoria, com atribuições e composição equivalentes às da diretoria do Conselho Seccional.
§ 3º. Havendo mais de cem advogados, a Subseção pode ser integrada, também, por um conselho em número de membros fixado pelo Conselho Seccional.
§ 4º. Os quantitativos referidos nos §§ 1º e 3º deste artigo podem ser ampliados, na forma do regimento interno do Conselho Seccional.
§ 5º. Cabe ao Conselho Seccional fixar, em seu orçamento, dotações específicas destinadas à manutenção das Subseções.
§ 6º. O Conselho Seccional, mediante o voto de dois terços de seus membros, pode intervir nas Subseções, onde constatar grave violação desta lei ou do regimento interno daquele.
Art. 61, EAOAB. Compete à Subseção, no âmbito de seu território:
I - dar cumprimento efetivo às finalidades da OAB;
II - velar pela dignidade, independência e valorização da advocacia, e fazer valer as prerrogativas do advogado;
III - representar a OAB perante os poderes constituídos;
IV - desempenhar as atribuições previstas no regulamento geral ou por delegação de competência do Conselho Seccional.
Parágrafo único. Ao Conselho da Subseção, quando houver, compete exercer as funções e atribuições do Conselho Seccional, na forma do regimento interno deste, e ainda:
a) editar seu regimento interno, a ser referendado pelo Conselho Seccional;
b) editar resoluções, no âmbito de sua competência;
c) instaurar e instruir processos disciplinares, para julgamento pelo Tribunal de Ética e Disciplina;
d) receber pedido de inscrição nos quadros de advogado e estagiário, instruindo e emitindo parecer prévio, para decisão do Conselho Seccional.
2.1.4. Caixa de Assistência dos Advogados (CAA) – arts. 62, EAOAB
É criada pelo Conselho Seccional quando há mais de 1.500 advogados inscritos na área da seccional, com o objetivo de prestar assistência aos advogados (ex.: desconto em livros e remédios, ambulância no fórum, fácil acesso ao fórum por transporte público etc.).
Art. 62, EAOAB. A Caixa de Assistência dos Advogados, com personalidade jurídica própria, destina-se a prestar assistência aos inscritos no Conselho Seccional a que se vincule.
§ 1º. A Caixa é criada e adquire personalidade jurídica com a aprovação e registro de seu estatuto pelo respectivo Conselho Seccional da OAB, na forma do regulamento geral.
§ 2º. A Caixa pode, em benefício dos advogados, promover a seguridade complementar.
§ 3º. Compete ao Conselho Seccional fixar contribuição obrigatória devida por seus inscritos, destinada à manutenção do disposto no parágrafo anterior, incidente sobre atos decorrentes do efetivo exercício da advocacia.
§ 4º. A diretoria da Caixa é composta de cinco membros, com atribuições definidas no seu regimento interno.
§ 5º. Cabe à Caixa a metade da receita das anuidades recebidas pelo Conselho Seccional, considerado o valor resultante após as deduções regulamentares obrigatórias.
§ 6º. Em caso de extinção ou desativação da Caixa, seu patrimônio se incorpora ao do Conselho Seccional respectivo.
§ 7º. O Conselho Seccional, mediante voto de dois terços de seus membros, pode intervir na Caixa de Assistência dos Advogados, no caso de descumprimento de suas finalidades, designando diretoria provisória, enquanto durar a intervenção.
2.2. Eleições na OAB
Obs.: voto é obrigatório para todos os advogados regularmente inscritos.
	
	ELEIÇÕES GERAIS DA OAB
	ELEIÇÃO DA DIRETORIA DO CONSELHO FEDERAL
	data das eleições
	2ª quinzena de novembro
	31 de janeiro do ano seguinte
	início do mandato
	1º de janeiro
	1º de fevereiro
	prazo do mandato
	3 anos
	3 anos
	voto
	eleição direta
	eleição indireta
2.2.1. Candidatura
Não é possível a candidatura isolada, de forma que para concorrer é preciso formar uma chapa, que é formada por: i) conselheiros seccionais; ii) diretoria do conselho Seccional; iii) conselheiros federais; iv) diretoria da Caixa de Assistência dos Advogados.
Os requisitos para se candidatar: i) ser advogado com inscrição no respectivo Conselho Seccional; ii) não exercer atividade incompatível com advocacia; iv) estar em situação regular com a OAB (anuidade); v) não ocupar cargo exonerável ad nutum[footnoteRef:3]; vi) não condenação disciplinar, salvo se em reabilitação; vii) exercer advocacia efetivamente por mais de 3 anos para o Conselho Seccional e Subseções e por mais de 5 anos para os demais cargos. [3: Ad nutum: é aquele que pode ser exonerado unilateralmente, ex.: cargo de confiança.] 
2.2.2. Extinção do mandato
Pode ocorrer por: i) cancelamento da inscrição; ii) licenciamento do profissional; iii) condenação disciplinar; iv) falta injustificada por 3 reuniões.
✱ Conferência da Advocacia brasileira (CNA) – arts. 145/150, RGEAOAB
É o órgão consultivo máximo do Conselho Federal que ocorre a cada três anos, no segundo ano do mandato.
DEVE
nome (do advogado, social ou da sociedade)
PODE
endereço, telefone, site, e-mail
títulos e especializações
NÃO PODE
antigas profissões, salvo se professor universitário
propaganda em serviços de rádio/tv
número da OAB
fotos do escritório
horário de atendimento
idioma de atendimento
valores de serviço
propaganda em muros, outdoors, fotografia no cartão de visita

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