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ATIVIDADE DE ADVOCACIA</p><p>Atividade de Advocacia: exercem atividade de</p><p>advocacia os advogados privados (trabalham para entes</p><p>privados) e os advogados públicos (trabalham para</p><p>entes públicos), sendo, como regra geral, obrigados a se</p><p>inscreverem na OAB para o exercício de suas atividades.</p><p>Tema 1074 - O STF decidiu que é inconstitucional a</p><p>exigência de inscrição do Defensor Público nos quadros</p><p>da OAB.</p><p>Empresas Estatais: advogados privados.</p><p>Os integrantes da advocacia pública são elegíveis e</p><p>podem integrar qualquer órgão da OAB.</p><p>Tempo de Advocacia: é participação anual mínima em</p><p>cinco atos privativos previstos no artigo 1º do EAOAB, em</p><p>causas ou questões distintas.</p><p>Características: a advocacia representa verdadeiro</p><p>múnus público, mesmo quando exercido no ministério</p><p>privado do advogado. As principais características da</p><p>advocacia são:</p><p>a) Indispensabilidade,</p><p>b) Inviolabilidade,</p><p>c) Independência,</p><p>d) Exclusividade,</p><p>e) Parcialidade,</p><p>f) Onerosidade mínima obrigatória,</p><p>g) Singularidade (Lei n. 14.039/2020)</p><p>Advocacia pro bono (exceção à onerosidade mínima</p><p>obrigatória): prestação gratuita, eventual e voluntária</p><p>de serviços jurídicos em favor de instituições sociais</p><p>sem fins econômicos e aos seus assistidos, sempre</p><p>que os beneficiários não dispuserem de recursos para</p><p>a contratação de profissional, podendo ser exercida</p><p>também em favor de pessoas naturais que, igualmente,</p><p>não dispuserem de recursos para, sem prejuízo do próprio</p><p>sustento, contratar advogado. Não poderá, entretanto,</p><p>ser utilizada para fins político-partidários ou eleitorais,</p><p>nem beneficiar instituições que visem a tais objetivos,</p><p>ou como instrumento de publicidade para captação de</p><p>clientela.</p><p>Atividades Privativas de Advocacia:</p><p>1) Postulação em juízo, salvo nos seguintes casos:</p><p>a) impetração de habeas corpus; b) nas causas até 20</p><p>salários mínimos no JEC (se houver recurso precisa</p><p>de advogado); c) causas no Juizado Especial Federal</p><p>(60 salários mínimos). Se houver recurso precisa de</p><p>advogado; d) Processo Administrativo Disciplinar; e) Jus</p><p>postulandi na Justiça do Trabalho e f) Revisão Criminal.</p><p>2) Visar os atos e contratos constitutivos de pessoas</p><p>jurídicas, salvo em relação às Microempresas e Empresas</p><p>de Pequeno Porte.</p><p>3) Consultoria e assessoria jurídicas, bem como direção</p><p>jurídica de empresa pública, privada ou paraestatal.</p><p>ATENÇÃO (Lei n. 14.365/22): consultoria e assessoria</p><p>podem feitas de maneira informal, podendo ser verbal ou por</p><p>escrito, e sem a necessidade de outorga de procuração e de</p><p>contrato de honorários.</p><p>Mandato: Causas de Extinção:</p><p>RENÚNCIA</p><p>A renúncia ao patrocínio</p><p>deve ser feita sem menção</p><p>do motivo que a determinou</p><p>(art. 16 do CED), devendo o</p><p>advogado comunicar ao cliente</p><p>por escrito, preferencialmente,</p><p>com aviso de recebimento (AR)</p><p>e, posteriormente, ao juiz da</p><p>causa (RGEAOAB). Além disso,</p><p>o advogado que renunciar ao</p><p>mandato continuará, durante</p><p>os dez dias seguintes à</p><p>notificação da renúncia, a</p><p>representar o mandante,</p><p>salvo se for substituído antes</p><p>do término desse prazo.</p><p>REVOGAÇÃO</p><p>O cliente pode revogar os</p><p>poderes dados ao advogado.</p><p>A revogação não o desobriga</p><p>o cliente do pagamento</p><p>das verbas honorárias</p><p>contratadas, assim como</p><p>não retira o direito do</p><p>advogado de receber o</p><p>quanto lhe seja devido em</p><p>eventual verba honorária</p><p>de sucumbência, calculada</p><p>proporcionalmente em face</p><p>do serviço efetivamente</p><p>prestado (art. 17 do CED).</p><p>SUBS. SEM</p><p>RESERVAS</p><p>DE PODERES</p><p>No substabelecimento sem</p><p>reserva de poderes, desde que</p><p>haja concordância do cliente, o</p><p>advogado originário transfere</p><p>de forma definitiva os poderes</p><p>que lhe foram concedidos,</p><p>extinguindo o mandato.</p><p>ARQUIVAMENTO</p><p>DOS AUTOS OU</p><p>CONCLUSÃO DA</p><p>CAUSA (EXTINÇÃO</p><p>PRESUMIDA)</p><p>Concluída a causa ou</p><p>arquivado o processo,</p><p>presume-se cumprido e</p><p>extinto o mandato (art. 13 do</p><p>CED).</p><p>Procuração: instrumento do mandato. Não pode ser</p><p>outorgada de forma genérica para a sociedade.</p><p>Urgência - juntada da procuração em 15 dias,</p><p>prorrogáveis por mais 15 dias.</p><p>Procuração ad judicia: foro em geral.</p><p>Procuração ad judicia et extra: poderes especiais,</p><p>como receber citação, confessar, reconhecer a procedência</p><p>do pedido, transigir, desistir, renunciar, receber, dar</p><p>quitação, firmar compromisso, etc.</p><p>Substabelecimento:</p><p>Licensed to Evelyn de Oliveira - evelyng3@gmail.com</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>|</p><p>RE</p><p>SU</p><p>M</p><p>O</p><p>PA</p><p>RA</p><p>A</p><p>P</p><p>RO</p><p>VA</p><p>D</p><p>A</p><p>OA</p><p>B/</p><p>FG</p><p>V</p><p>ÉTICA PROFISSIONAL - RESUMO PARA A PROVA DA OAB/FGV</p><p>22</p><p>SUBST. COM RESERVA DE PODERES SUBST. SEM RESERVAS DE PODERES</p><p>• Ato pessoal do advogado. Não precisa da</p><p>concordância do cliente.</p><p>• Não extingue o mandato, mas permite que o</p><p>substabelecente e o substabelecido atuem em favor do</p><p>cliente.</p><p>• Substabelecido não pode cobrar os honorários</p><p>advocatícios diretamente do cliente, salvo se tiver</p><p>contrato com o cliente (Lei n. 14.365/2022).</p><p>• Precisa da concordância do cliente (prévio e</p><p>inequívoco conhecimento).</p><p>• Gera a extinção do mandato.</p><p>• Como há extinção do mandato originário, o</p><p>substabelecido poderá cobrar os honorários</p><p>devidos do cliente.</p><p>2. DIREITOS DO ADVOGADO</p><p>A primeira ideia que se deve ter em relação a atuação do advogado é que não existe qualquer hierarquia entre</p><p>o advogado e os demais operadores do direito, devendo todos se respeitarem reciprocamente. O art. 7º do EAOAB</p><p>assegura uma série de direitos aos advogados, a saber:</p><p>DIREITO ASSEGURADO COMENTÁRIO</p><p>I - Exercer, com liberdade, a profissão em todo o</p><p>território nacional.</p><p>Se o advogado exercer atividade de forma habitual</p><p>(mais de 5 causas) em Estado diverso do qual tenha</p><p>sua inscrição principal, deverá promover a inscrição</p><p>suplementar no Conselho Seccional da OAB.</p><p>II – Inviolabilidade de seu escritório ou local de</p><p>trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho,</p><p>de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e</p><p>telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia.</p><p>ATENÇÃO: A violação a este direito caracteriza crime,</p><p>conforme art. 7º-B ao EAOAB, acrescido pela Lei nº</p><p>13.869/2019.</p><p>Não se trata de inviolabilidade absoluta. Presentes</p><p>indícios de autoria e materialidade da prática de</p><p>crime por parte de advogado, o juiz competente poderá</p><p>decretar a quebra da inviolabilidade, em decisão</p><p>motivada, expedindo mandado de busca e apreensão,</p><p>específico e pormenorizado, a ser cumprido na presença</p><p>de representante da OAB, sendo vedada a utilização</p><p>de documentos de clientes ou de instrumentos do</p><p>advogado que contenham informações sobre clientes,</p><p>salvo se o cliente estiver sendo formalmente investigado</p><p>como partícipe ou coautor pela prática do mesmo crime</p><p>que deu causa à quebra da inviolabilidade, conforme</p><p>§§s 6º e 7º do art. 7º do EAOAB.</p><p>Atenção: a Lei n. 14.365/22 acrescentou o § 6º-D ao</p><p>art. 7º do EAOAB, dispondo que, no caso de inviabilidade</p><p>técnica quanto à segregação da documentação, da mídia</p><p>ou dos objetos não relacionados à investigação (SSD</p><p>ou HD, por exemplo), a cadeia de custódia preservará</p><p>o sigilo do seu conteúdo, assegurada a presença do</p><p>representante da OAB.</p><p>III - Comunicar-se com seus clientes, pessoal e</p><p>reservadamente, mesmo sem procuração, quando</p><p>estes se acharem presos, detidos ou recolhidos</p><p>em estabelecimentos civis ou militares, ainda que</p><p>considerados incomunicáveis.</p><p>ATENÇÃO: A violação a este direito caracteriza crime,</p><p>conforme art. 7º-B ao EAOAB.</p><p>O advogado, portanto, tem o direito de conversar</p><p>com o seu cliente em qualquer situação, mesmo sem</p><p>possuir procuração.</p><p>IV - Ter a presença de representante da OAB, quando</p><p>preso em flagrante, por motivo ligado ao exercício da</p><p>advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de</p><p>nulidade e, nos demais casos, a comunicação expressa à</p><p>seccional da OAB.</p><p>ATENÇÃO: A violação a este direito caracteriza crime,</p><p>conforme art. 7º-B ao EAOAB.</p><p>O advogado poderá ser preso em flagrante, por motivo</p><p>ligado ao exercício da profissão, apenas no caso de crime</p><p>inafiançável (§ 3º do art. 7º do EAOAB) e desde que haja</p><p>a presença de um representante da OAB. Nas demais</p><p>hipóteses de prisão, não há necessidade da presença</p><p>de representante da OAB, mas apenas a comunicação</p><p>expressa à Seccional da OAB.</p><p>Licensed to Evelyn de Oliveira - evelyng3@gmail.com</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>|</p><p>RE</p><p>SU</p><p>M</p><p>O</p><p>PA</p><p>RA</p><p>A</p><p>P</p><p>RO</p><p>VA</p><p>D</p><p>A</p><p>OA</p><p>B/</p><p>FG</p><p>V</p><p>ÉTICA PROFISSIONAL - RESUMO PARA A PROVA DA OAB/FGV</p><p>33</p><p>V - Não ser recolhido preso, antes de sentença transitada</p><p>em julgado, senão em sala de Estado Maior, com instalações</p><p>e comodidades condignas, assim reconhecidas pela OAB,</p><p>e, na sua falta, em prisão domiciliar (a expressão “assim</p><p>reconhecidas pela OAB” foi suspensa pelo STF na ADIN</p><p>1.128).</p><p>Após o trânsito em julgado da sentença condenatória,</p><p>o advogado deverá ser recolhido à cela comum.</p><p>ATENÇÃO: A violação a este direito caracteriza crime,</p><p>conforme art. 7º-B ao EAOAB, acrescido pela Lei nº</p><p>13.869/2019.</p><p>VI - Ingressar livremente: a) nas salas de sessões</p><p>dos tribunais, mesmo além dos cancelos que separam</p><p>a parte reservada aos magistrados; b) nas salas e</p><p>dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios</p><p>de justiça, serviços notariais e de registro, e, no caso de</p><p>delegacias e prisões, mesmo fora da hora de expediente e</p><p>independentemente da presença de seus titulares; c) em</p><p>qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição</p><p>judicial ou outro serviço público onde o advogado deva</p><p>praticar ato ou colher prova ou informação útil ao exercício</p><p>da atividade profissional, dentro do expediente ou fora</p><p>dele, e ser atendido, desde que se ache presente qualquer</p><p>servidor ou empregado; d) em qualquer assembleia ou</p><p>reunião de que participe ou possa participar o seu cliente,</p><p>ou perante a qual este deva comparecer, desde que</p><p>munido de poderes especiais</p><p>O advogado tem livre acesso a prédios públicos,</p><p>incluindo as salas de sessões dos tribunais, mesmo</p><p>na parte reservada aos magistrados. Entretanto, para</p><p>participar de reuniões ou assembleias que deva participar</p><p>o seu cliente, o advogado pode comparecer sozinho, mas</p><p>deve possuir procuração com poderes especiais.</p><p>VII - Permanecer sentado ou em pé e retirar-se</p><p>de quaisquer locais indicados no inciso anterior,</p><p>independentemente de licença.</p><p>O advogado não precisa prestar esclarecimentos ou pedir</p><p>licença a qualquer autoridade, podendo permanecer em pé</p><p>ou sentado, ausentando-se do recinto quando quiser.</p><p>VIII - Dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas</p><p>e gabinetes de trabalho, independentemente de horário</p><p>previamente marcado ou outra condição, observando-se</p><p>a ordem de chegada.</p><p>O advogado tem direito de ser atendido pelos magistrados</p><p>sem necessidade de marcar horário previamente,</p><p>respeitando-se apenas a ordem de chegada.</p><p>IX - Sustentar oralmente as razões de qualquer recurso</p><p>ou processo, nas sessões de julgamento, após o voto do</p><p>relator, em instância judicial ou administrativa, pelo prazo</p><p>de quinze minutos, salvo se prazo maior for concedido”.</p><p>Na ADIN 1.105-7, o STF declarou inconstitucional o</p><p>conteúdo deste inciso,. Como resposta, a Lei n. 14.365/22</p><p>acrescentou o § 2º-B ao art. 7º do EAOAB, dispondo que o</p><p>advogado poderá realizar a sustentação oral no recurso</p><p>interposto contra a decisão monocrática de relator que</p><p>julgar o mérito ou não conhecer dos seguintes recursos</p><p>ou ações: I - recurso de apelação; II - recurso ordinário;</p><p>III - recurso especial; IV - recurso extraordinário; V -</p><p>embargos de divergência; VI - ação rescisória, mandado</p><p>de segurança, reclamação, habeas corpus e outras ações</p><p>de competência originária.</p><p>X - usar da palavra, pela ordem, em qualquer tribunal</p><p>judicial ou administrativo, órgão de deliberação coletiva</p><p>da administração pública ou comissão parlamentar</p><p>de inquérito, mediante intervenção pontual e sumária,</p><p>para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação</p><p>a fatos, a documentos ou a afirmações que influam na</p><p>decisão;.</p><p>A Lei n. 14.365/2022 modificou o inciso X, deixando</p><p>claro que o direito de intervenção sumária pode ser</p><p>exercido também na esfera administrativa, nos órgãos</p><p>de deliberação da Administração Pública e nas CPIs. .</p><p>XI - Reclamar, verbalmente ou por escrito, perante</p><p>qualquer juízo, tribunal ou autoridade, contra a inobservância</p><p>de preceito de lei, regulamento ou regimento.</p><p>Não havendo a intervenção sumária citada no item</p><p>anterior, o advogado tem o direito de reclamar verbalmente</p><p>ou por escrito contra o descumprimento de preceito legal, a</p><p>fim de que a irregularidade não seja repetida.</p><p>XII - Falar, sentado ou em pé, em juízo, tribunal ou</p><p>órgão de deliberação coletiva da Administração Pública</p><p>ou do Poder Legislativo.</p><p>O advogado tem o direito de se manifestar sentado ou</p><p>em pé, não podendo ser constrangido, por exemplo, a se</p><p>manifestar obrigatoriamente em pé.</p><p>XIII – Examinar, em qualquer órgão dos Poderes</p><p>Judiciário e Legislativo, ou da Administração Pública</p><p>em geral, autos de processos findos ou em andamento,</p><p>mesmo sem procuração, quando não estejam sujeitos</p><p>a sigilo, assegurada a obtenção de cópias, podendo</p><p>tomar apontamentos.</p><p>O advogado pode examinar processos já terminados</p><p>ou em andamento, inclusive autos eletrônicos (Lei nº</p><p>13.793/2019), mesmo quando não estiver munido de</p><p>procuração e sem atuar no processo, salvo aqueles</p><p>sujeitos a sigilo, em que será exigida a procuração.</p><p>Licensed to Evelyn de Oliveira - evelyng3@gmail.com</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>|</p><p>RE</p><p>SU</p><p>M</p><p>O</p><p>PA</p><p>RA</p><p>A</p><p>P</p><p>RO</p><p>VA</p><p>D</p><p>A</p><p>OA</p><p>B/</p><p>FG</p><p>V</p><p>ÉTICA PROFISSIONAL - RESUMO PARA A PROVA DA OAB/FGV</p><p>44</p><p>XIV - Examinar, em qualquer instituição responsável por</p><p>conduzir investigação, mesmo sem procuração, autos de</p><p>flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos</p><p>ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade,</p><p>podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio</p><p>físico ou digital.</p><p>Atenção: a violação a esse direito pode caracterizar</p><p>o crime do art. 32 da Nova Lei de Abuso de Autoridade.</p><p>O Advogado também tem direito de ter acesso aos</p><p>autos, mesmo sem procuração, inclusive autos digitais</p><p>(Lei nº 13.793/2019), devendo, entretanto, apresentar</p><p>procuração se os autos forem sigilosos. Além disso,</p><p>a autoridade competente poderá limitar o acesso do</p><p>advogado apenas aos elementos de prova relacionados</p><p>a diligências em andamento e ainda não documentados</p><p>nos autos (§§ 10 e 11 do art. 7º do EAOAB).</p><p>XV - Ter vista dos processos judiciais ou administrativos</p><p>de qualquer natureza, em cartório ou na repartição</p><p>competente, ou retirá-los pelos prazos legais.</p><p>A Lei n. 14.365/22 revogou os parágrafos primeiro e</p><p>segundo do art. 7 º do EAOAB, mas a revogação decorreu</p><p>de falha legislativa, por isso, as regras desses parágrafos</p><p>continuam valendo para a prova.</p><p>XVI - Retirar autos de processos findos, mesmo sem</p><p>procuração, pelo prazo de dez dias.</p><p>Se o processo já tiver sido encerrado, o advogado pode</p><p>retirá-lo para análise pelo prazo de 10 dias, não sendo</p><p>necessário apresentar procuração.</p><p>XVII - ser publicamente desagravado, quando ofendido</p><p>no exercício da profissão ou em razão dela.</p><p>O desagravo público é promovido pelo Conselho</p><p>Seccional competente, de ofício, a seu pedido ou</p><p>de qualquer pessoa. O desagravo não depende da</p><p>concordância do advogado ofendido, tendo como função</p><p>reestabelecer a dignidade do exercício da advocacia.</p><p>Somente cabe desagravo quando houver ofensa ao</p><p>advogado no exercício de sua função.</p><p>XVIII - Usar os símbolos privativos da profissão de advogado.</p><p>XIX - recusar-se a depor como testemunha em processo</p><p>no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato</p><p>relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado,</p><p>mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte,</p><p>bem como sobre fato que constitua sigilo profissional.</p><p>Cabe ressaltar que, além de direito, constitui dever</p><p>do advogado guardar sigilo dos fatos de que tome</p><p>conhecimento no exercício da profissão, conforme art. 35</p><p>do CEDOAB.</p><p>XX - Retirar-se do recinto onde se encontre aguardando</p><p>pregão para ato judicial, após trinta minutos do horário</p><p>designado e ao qual ainda não tenha comparecido a</p><p>autoridade que deva presidir a ele, mediante comunicação</p><p>protocolizada em juízo.</p><p>O direito de se retirar do recinto apenas ocorre quando,</p><p>além do critério temporal de 30 minutos, o juiz não tiver</p><p>comparecido para realizar a audiência. Se houver o</p><p>comparecimento do juiz e a pauta de audiência estiver</p><p>atrasada, não há o direito de retirada. A regra do inciso</p><p>XX não se aplica ao processo do trabalho, uma vez que a</p><p>CLT possui regra própria estampada no parágrafo único</p><p>do art. 815 da CLT (15 minutos).</p><p>XXI - assistir a seus clientes investigados durante</p><p>a apuração de infrações, sob pena de nulidade</p><p>absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e,</p><p>subsequentemente, de todos os elementos investigatórios</p><p>e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou</p><p>indiretamente, podendo, inclusive, no curso da respectiva</p><p>apuração apresentar razões e quesitos.</p><p>O advogado tem direito de participar de interrogatório</p><p>ou depoimento em procedimentos de investigação,</p><p>permitindo-se ainda ao advogado apresentar razões e</p><p>quesitos, sob pena de nulidade absoluta dos elementos</p><p>probatórios decorrentes.</p><p>o § 2º do art. 7º do EAOAB garante ao advogado</p><p>imunidade profissional, não constituindo injúria ou</p><p>difamação puníveis qualquer manifestação de sua parte,</p><p>no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem</p><p>prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos</p><p>excessos que cometer (esse parágrafo foi revogado pela</p><p>Lei n. 14.365/22, mas ele continua valendo porque a</p><p>revogação ocorreu por “falha de técnica legislativa”)</p><p>A redação original do § 2º do art. 7º do EAOAB previa</p><p>incialmente a imunidade profissional também para</p><p>eventuais atos que caracterizassem desacato. Entretanto,</p><p>no julgamento da ADIN 1.127-8, o STF suspendeu a eficácia</p><p>da expressão “desacato”, de modo que o advogado pode</p><p>responder por atos que caracterizem desacato, ainda</p><p>que no exercício de sua função. Além disso, a imunidade</p><p>profissional do advogado não abrange eventuais atos que</p><p>caracterizem calúnia.</p><p>Cautelares contra escritórios de advocacia (Lei n. 14.365/22): a) hipótese excepcional, b) vedada quando baseada</p><p>apenas em declaração feita em colaboração premiada, c) no cumprimento da medida, a autoridade não pode filmar ou</p><p>apreender objetos não relacionados à investigação, d) se houver inviabilidade técnica quanto à separação do conteúdo,</p><p>Licensed to Evelyn de Oliveira - evelyng3@gmail.com</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>|</p><p>RE</p><p>SU</p><p>M</p><p>O</p><p>PA</p><p>RA</p><p>A</p><p>P</p><p>RO</p><p>VA</p><p>D</p><p>A</p><p>OA</p><p>B/</p><p>FG</p><p>V</p><p>ÉTICA PROFISSIONAL - RESUMO PARA A PROVA DA OAB/FGV</p><p>55</p><p>a cadeia de custódia irá preservar o sigilo, na presença de represntante da OAB, e) toda a análise dos documentos deve</p><p>ser feita na presença do advogado investigado e de represntante da OAB, devendo o Conselho Seccional ser avisado,</p><p>com antecdência mínima de 24h, a data que os documentos serão analisados.</p><p>COLABORAÇÃO PREMIADA (Lei n. 14.365/22) - o advogado está proibido de efetuar colaboração premiada contra</p><p>cliente e ex-cliente, sob pena de exclusão em processo disciplinar e de responder pelo crime de violação de segredo</p><p>profissional (art. 154 do CP).</p><p>Direitos da advogada gestante, lactante e adotante:</p><p>DIREITOS DA ADVOGADA GESTANTE</p><p>Entrada em tribunais sem ser submetida a detectores</p><p>de metais e aparelhos de raios X;</p><p>Reserva de vaga em garagens dos fóruns dos tribunais;</p><p>Preferência na ordem das sustentações orais e das</p><p>audiências a serem realizadas a cada dia, mediante</p><p>comprovação de sua condição.</p><p>DIREITOS DA ADVOGADA LACTANTE,</p><p>ADOTANTE OU QUE DER À LUZ</p><p>Acesso a creche, onde houver, ou a local adequado ao</p><p>atendimento das necessidades do bebê;</p><p>Preferência na ordem das sustentações orais e das</p><p>audiências a serem realizadas a cada dia, mediante</p><p>comprovação de sua condição.</p><p>DIREITOS DA ADVOGADA ADOTANTE</p><p>OU QUE DER À LUZ</p><p>Suspensão de prazos processuais quando for a única</p><p>patrona da causa, desde que haja notificação por escrito ao</p><p>cliente (período de suspensão será de 30 (trinta) dias, contado</p><p>a partir da data do parto ou da concessão da adoção).</p><p>Abuso de autoridade: a Lei nº 13.869/2019 (nova</p><p>lei de abuso de autoridade) acrescentou o art. 7º - B</p><p>ao Estatuto da OAB, prevendo como crime de abuso de</p><p>autoridade a violação aos incisos II, III, IV e V do caput do</p><p>art. 7º do Estatuto.</p><p>3. INSCRIÇÃO NA OAB</p><p>Para exercer a advocacia é necessária a prévia</p><p>inscrição nos quadros da OAB, exigindo-se, para tanto,</p><p>o preenchimento dos seguintes requisitos (art. 8 do</p><p>EAOAB): I - capacidade civil; II - diploma ou certidão de</p><p>graduação em direito, obtido em instituição de ensino</p><p>oficialmente autorizada e credenciada; III - título de</p><p>eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro; IV -</p><p>aprovação em Exame de Ordem; V - não exercer atividade</p><p>incompatível com a advocacia; VI - idoneidade moral; VII</p><p>- prestar compromisso perante o conselho.</p><p>Inscrição principal: deve ser feita no Conselho</p><p>Seccional do domicílio profissional do advogado, ou seja,</p><p>a sede principal da atividade de advocacia, prevalecendo,</p><p>na dúvida, o domicílio da pessoa física do advogado.</p><p>Inscrição suplementar: o advogado possui liberdade</p><p>para atuar em todo o território nacional. Entretanto, se</p><p>pretender atuar de forma habitual (mais de 5 causas</p><p>por ano) em Estado diverso do qual tenha sua inscrição</p><p>principal, deverá promover a inscrição suplementar no</p><p>Conselho Seccional da OAB do Estado que pretende atuar.</p><p>Transferência da inscrição: no caso de mudança</p><p>efetiva de domicílio profissional para outra unidade</p><p>federativa, deve o advogado requerer a transferência de</p><p>sua inscrição para o Conselho Seccional correspondente.</p><p>Cancelamento da Inscrição: trata-se de interrupção</p><p>definitiva da inscrição, que pode ocorrer nos seguintes</p><p>casos (art. 11 do EAOAB): I – se o advogado assim o</p><p>requerer; II - sofrer penalidade de exclusão (o advogado</p><p>pode requerer novamente a inscrição, comprovando a</p><p>reabilitação, conforme art. 41 do EAOAB); III - falecer;</p><p>IV - passar a exercer, em caráter definitivo, atividade</p><p>incompatível com a advocacia; V - perder qualquer um</p><p>dos requisitos necessários para inscrição. O advogado</p><p>que tiver sua inscrição cancelada poderá posteriormente</p><p>solicitar nova inscrição, sem necessidade de ser aprovado</p><p>novamente no Exame da Ordem, mas perderá o número</p><p>antigo de inscrição.</p><p>Licenciamento da Inscrição: trata-se de interrupção</p><p>temporária da inscrição, que pode ocorrer nos seguintes</p><p>casos (art. 12 do EAOAB): I – se o advogado assim o</p><p>requerer, por motivo justificado; II - passar a exercer,</p><p>em caráter temporário, atividade incompatível com o</p><p>exercício da advocacia (ex: exercício do cargo de prefeito</p><p>e governador); III - sofrer doença mental considerada</p><p>curável. No licenciamento, o advogado não perde o</p><p>número de inscrição da OAB, podendo retomá-lo quando</p><p>cessar a causa que gerou o licenciamento. Durante o</p><p>período de licenciando, não há necessidade de pagamento</p><p>da anuidade da OAB nem necessidade de votar.</p><p>4. ADVOGADO ESTRANGEIRO</p><p>O advogado estrangeiro pode atuar no Brasil, mesmo</p><p>sem a inscrição na OAB, desde que obtenha autorização</p><p>do Conselho Seccional pelo prazo de 3 anos (renovável</p><p>a cada período de 3 anos), mas apenas para os atos de</p><p>consultoria/assessoria do direito estrangeiro referente</p><p>ao seu país de origem, sendo vedadas a postulação</p><p>judicial e/ou assessoria jurídica em direito brasileiro,</p><p>mesmo que esses atos sejam realizados em conjunto com</p><p>o advogado brasileiro (Provimento n. 91/2000 do CFOAB).</p><p>Licensed to Evelyn de Oliveira - evelyng3@gmail.com</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>|</p><p>RE</p><p>SU</p><p>M</p><p>O</p><p>PA</p><p>RA</p><p>A</p><p>P</p><p>RO</p><p>VA</p><p>D</p><p>A</p><p>OA</p><p>B/</p><p>FG</p><p>V</p><p>ÉTICA PROFISSIONAL - RESUMO PARA</p><p>A PROVA DA OAB/FGV</p><p>66</p><p>5. ESTAGIÁRIO</p><p>A inscrição do estagiário é feita no Conselho</p><p>Seccional em cujo território se localize seu curso jurídico</p><p>e, para ser deferida, o estagiário deve preencher os</p><p>mesmos requisitos para a inscrição do advogado, salvo</p><p>os referentes ao diploma de graduação e à aprovação no</p><p>Exame da Ordem.</p><p>ATOS DO ESTAGIÁRIO</p><p>EM CONJUNTO COM</p><p>O ADVOGADO</p><p>ATOS QUE O</p><p>ESTAGIÁRIO PODE</p><p>PRATICAR SEM</p><p>A PRESENÇA DE</p><p>ADVOGADO</p><p>Postulação a órgão do</p><p>Poder Judiciário e aos</p><p>juizados especiais;</p><p>Atividades de consultoria,</p><p>assessoria e direção jurídicas.</p><p>Retirar e devolver autos,</p><p>assinando carga;</p><p>Obter certidões de</p><p>peças ou autos de</p><p>processos em curso</p><p>ou findos;</p><p>Assinar petições de</p><p>juntada de documentos</p><p>a processos judiciais</p><p>ou administrativos.</p><p>Atividade Incompatível: o aluno de curso jurídico</p><p>que exerça atividade incompatível com a advocacia</p><p>pode frequentar o estágio ministrado pela respectiva</p><p>instituição de ensino superior, para fins de aprendizagem,</p><p>mas é vedada a inscrição na OAB.</p><p>Bacharel - O estágio profissional poderá ser cumprido</p><p>por bacharel em Direito que queira se inscrever na Ordem</p><p>(§ 4º do art. 9º)</p><p>Lei 14.365/22 - estágio pode ser feito no regime</p><p>de teletrabalho em situações excepcionais, como a</p><p>pandemia. Se houver necessidade de equipamentos</p><p>específicos ou infraestrutura para a realização do</p><p>estágio em teletrabalho, essa informação deverá constar,</p><p>expressamente, do convênio de estágio e do termo de</p><p>estágio</p><p>6. SOCIEDADE DE ADVOGADOS</p><p>Forma da sociedade: o EAOAB permite que o advogado</p><p>constitua sociedade simples (reunido com outros</p><p>advogados) ou sociedade unipessoal de advocacia (art.</p><p>15, caput), as quais adquirem personalidade jurídica com o</p><p>registro de seus atos constitutivos no Conselho Seccional</p><p>da OAB em cuja base territorial tiver sede (art. 15, § 1º).</p><p>SOCIEDADE</p><p>SIMPLES</p><p>SOCIEDADE</p><p>UNIPESSOAL</p><p>A razão social - nome</p><p>de, pelo menos, um</p><p>advogado responsável</p><p>pela sociedade, podendo</p><p>permanecer o de sócio</p><p>falecido, desde que</p><p>prevista tal possibilidade</p><p>no ato constitutivo.</p><p>A denominação da sociedade</p><p>unipessoal de advocacia</p><p>deve ser obrigatoriamente</p><p>formada pelo nome do seu</p><p>titular, completo ou parcial,</p><p>com a expressão ‘Sociedade</p><p>Individual de Advocacia’.</p><p>Registro: deve ser realizado no Conselho Seccional</p><p>da OAB em cuja base territorial tiver sede, ou seja, não</p><p>se permite o registro de sociedade de advogado na Junta</p><p>Comercial nem no Registro Civil.</p><p>Principais Regras: a) nenhum advogado pode</p><p>integrar mais de uma sociedade de advogados, seja</p><p>qual for a modalidade, com sede ou filial na mesma</p><p>área territorial do respectivo Conselho Seccional; b) os</p><p>advogados integrantes da mesma sociedade profissional,</p><p>ou reunidos em caráter permanente para cooperação</p><p>recíproca, não podem representar, em juízo ou fora dele,</p><p>clientes com interesses opostos (art. 19 do CEDOAB); c)</p><p>o sócio e o titular da sociedade individual de advocacia</p><p>respondem subsidiária e ilimitadamente pelos danos</p><p>causados aos clientes por ação ou omissão no exercício da</p><p>advocacia, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar</p><p>em que possam incorrer, conforme art. 17 do EAOAB.</p><p>Coworking (Lei 14.365/22) - a sociedade de</p><p>advogados e a sociedade unipessoal de advocacia podem</p><p>ter como sede, filial ou local de trabalho espaço de uso</p><p>individual ou compartilhado com outros escritórios</p><p>de advocacia ou empresas, desde que respeitadas as</p><p>hipóteses de sigilo previstas nesta Lei e no Código de</p><p>Ética e Disciplina (§ 12 ao art. 15 do EAOAB).</p><p>Averbação (Lei n. 14.365/22) - o impedimento ou a</p><p>incompatibilidade em caráter temporário do advogado</p><p>não o exclui da sociedade de advogados à qual pertença e</p><p>deve ser averbado no registro da sociedade.</p><p>Advogado associado (Lei n. 14.365/22) - profissional</p><p>que atua no escritório de advocacia, não é sócio nem</p><p>empregado, mas que tem participação nos resultados do</p><p>escritório. Necessidade de contrato, conforme art. 17-B do</p><p>EAOAB. Havendo uma relação legítima entre a sociedade</p><p>e o advogado associado, o contrato deve ser averbado no</p><p>registro da sociedade de advogados.</p><p>7. ADVOGADO EMPREGADO</p><p>Conceito: a relação de emprego, na qualidade de</p><p>advogado, não retira a isenção técnica nem reduz a</p><p>independência profissional inerentes à advocacia. Além</p><p>disso, o advogado não é obrigado a prestar serviços de</p><p>interesse pessoal de seu empregador e, se o fizer, será de</p><p>forma desvinculada do emprego</p><p>Jornada de trabalho (Lei 14.365/22): 8 horas diárias</p><p>e 40 semanais.</p><p>Adicional de horas extras: 100%</p><p>Horário noturno: das 20h às 5h, com adicional de 25%</p><p>Teletrabalho (Lei 14.365/22): advogado empregado</p><p>pode trabalhar no regime I) exclusivamente presencial, II)</p><p>não presencial (teletrabalho) e c) misto. As partes poderão</p><p>pactuar, por acordo individual simples, a alteração de um</p><p>regime para outro</p><p>8. ÉTICA DO ADVOGADO</p><p>Principais deveres do Advogado (art. 2º do CEDOAB):</p><p>estimular, a qualquer tempo, a conciliação e a mediação</p><p>entre os litigantes, prevenindo, sempre que possível, a</p><p>instauração de litígios; desaconselhar lides temerárias,</p><p>a partir de um juízo preliminar de viabilidade jurídica;</p><p>Licensed to Evelyn de Oliveira - evelyng3@gmail.com</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>|</p><p>RE</p><p>SU</p><p>M</p><p>O</p><p>PA</p><p>RA</p><p>A</p><p>P</p><p>RO</p><p>VA</p><p>D</p><p>A</p><p>OA</p><p>B/</p><p>FG</p><p>V</p><p>ÉTICA PROFISSIONAL - RESUMO PARA A PROVA DA OAB/FGV</p><p>77</p><p>bem como abster-se de: I) entender-se diretamente com</p><p>a parte adversa que tenha patrono constituído, sem o</p><p>assentimento deste; II) ingressar ou atuar em pleitos</p><p>administrativos ou judiciais perante autoridades com as</p><p>quais tenha vínculos negociais ou familiares; III) contratar</p><p>honorários advocatícios em valores aviltantes.</p><p>Recusa de Patrocínio (art. 4º do CEDOAB): é</p><p>legítima a recusa, pelo advogado, do patrocínio de</p><p>causa e de manifestação, no âmbito consultivo, de</p><p>pretensão concernente a direito que também lhe seja</p><p>aplicável ou contrarie orientação que tenha manifestado</p><p>anteriormente, conforme art. 4º do CED.</p><p>Relações com o cliente: a) o fato de o cliente outorgar</p><p>um mandato ao advogado, não lhe retira a sua liberdade e</p><p>independência de atuação, devendo atuar de acordo com</p><p>suas convicções para melhorar atender aos interesses de</p><p>seu cliente, conforme art. 11 do CEDOAB; b) o advogado</p><p>não deve aceitar procuração de quem já tenha patrono</p><p>constituído, sem prévio conhecimento deste, salvo por</p><p>motivo plenamente justificável ou para adoção de medidas</p><p>judiciais urgentes e inadiáveis (art. 14 do CEDOAB); c) os</p><p>advogados integrantes da mesma sociedade profissional,</p><p>ou reunidos em caráter permanente para cooperação</p><p>recíproca, não podem representar, em juízo ou fora dele,</p><p>clientes com interesses opostos (art. 19 do CED); d)</p><p>sobrevindo conflitos de interesse entre seus constituintes</p><p>e não conseguindo o advogado harmonizá-los, caber-lhe-á</p><p>optar, com prudência e discrição, por um dos mandatos,</p><p>renunciando aos demais, resguardado sempre o sigilo</p><p>profissional (art. 20 do CEDOAB); e) é direito e dever do</p><p>advogado assumir a defesa criminal, sem considerar sua</p><p>própria opinião sobre a culpa do acusado; f) ao receber</p><p>uma procuração, o advogado não é obrigado aceitar que</p><p>outro profissional atue ou interfira no curso do processo</p><p>que patrocina; g) o advogado é proibido de atuar no</p><p>mesmo processo, simultaneamente, como patrono e</p><p>preposto do empregador ou cliente (art. 25 do CEDOAB).</p><p>Sigilo Profissional: decorre da lei, devendo ser</p><p>respeitado independentemente de pedido expresso</p><p>do cliente. Além disso, as comunicações feitas entre</p><p>advogado e cliente (carta, telefonemas, e-mail, etc.)</p><p>presumem-se confidenciais, não podendo ser violadas.</p><p>Direito de não depor: o advogado tem o direito</p><p>de não depor, em processo ou procedimento judicial,</p><p>administrativo ou arbitral, sobre fatos a cujo respeito deva</p><p>guardar sigilo. Esse direito não é absoluto, podendo ceder</p><p>em face de circunstâncias excepcionais que configurem</p><p>justa causa, como nos casos de grave ameaça ao direito</p><p>à vida</p><p>e à honra ou que envolvam defesa própria (art. 37</p><p>do CED).</p><p>Publicidade: a publicidade profissional do advogado</p><p>deve ter caráter meramente informativo primando pela</p><p>discrição e sobriedade, não podendo configurar captação</p><p>de clientela ou mercantilização da profissão, conforme</p><p>art. 39 do CEDOAB.</p><p>Cartões profissionais e materiais de escritório: não</p><p>poderá incluir nos cartões de visita fotografias pessoais</p><p>ou de terceiros nem fazer menção a qualquer emprego,</p><p>cargo ou função ocupado, atual ou pretérito, em qualquer</p><p>órgão ou instituição, salvo o de professor universitário.</p><p>Publicidade pela Internet: o CEDOAB passou a</p><p>permitir a publicidade feita pela internet ou outros meios</p><p>eletrônicos, estabelecendo em que a telefonia e a internet</p><p>podem ser utilizadas como veículo de publicidade, desde</p><p>que estas não impliquem o oferecimento de serviços ou</p><p>representem forma de captação de clientela</p><p>Boletins: permite-se a divulgação de boletins, por</p><p>meio físico ou eletrônico, sobre matéria cultural de</p><p>interesse dos advogados, desde que sua circulação fique</p><p>adstrita a clientes e a interessados do meio jurídico (art.</p><p>45 do CEDOAB).</p><p>Panfleto: o art. 40, VI, do CEDOAB veda a</p><p>publicidade por meio de panfleto se houver finalidade</p><p>de captação de clientela.</p><p>Meios de Comunicação: o Código de Ética e Disciplina</p><p>proíbe ainda que a publicidade seja veiculada em rádio,</p><p>cinema, televisão, outdoors, painéis luminosos ou</p><p>formas assemelhadas de publicidade, inscrições em</p><p>muros, paredes, veículos, elevadores ou em qualquer</p><p>espaço público, bem como a utilização de mala direta,</p><p>a distribuição de panfletos ou formas assemelhadas de</p><p>publicidade, com o intuito de captação de clientela (art.</p><p>40 do CEDOAB).</p><p>Programa de Televisão ou Rádio: o advogado</p><p>deve visar a objetivos exclusivamente ilustrativos,</p><p>educacionais e instrutivos, sem propósito de promoção</p><p>pessoal ou profissional, vedados pronunciamentos</p><p>sobre métodos de trabalho usados por seus colegas de</p><p>profissão (art. 43, caput, do CED).</p><p>9. HONORÁRIOS DE ADVOGADO</p><p>De acordo com o art. 22 do EAOAB, os honorários</p><p>advocatícios podem ser: convencionados, arbitrados</p><p>judicialmente, de sucumbência e assistenciais.</p><p>Honorários Convencionados (contratuais):</p><p>recebidos em razão de contrato feito com cliente, valendo</p><p>o contrato como título jurídico extrajudicial. Se não houver</p><p>convenção sobre a forma de pagamento, os honorários</p><p>serão pagos da seguinte forma: 1/3 no início do serviço,</p><p>1/3 até a decisão de primeira instância e 1/3 no final (§</p><p>3º do art. 22 do EAOAB).</p><p>Lei n. 14.365/22 - são considerados também</p><p>honorários convencionados aqueles decorrentes da</p><p>indicação de cliente entre advogados ou sociedade de</p><p>advogados (§ 8º ao art. 22 do EAOAB).</p><p>Honorários arbitrados judicialmente: são arbitrados</p><p>pelo Poder Judiciário por existir dúvida acerca do seu</p><p>valor e não podem ser inferiores aos limites do CPC (Lei</p><p>n. 14.365/22). Além disso, o advogado, quando indicado</p><p>para patrocinar causa de juridicamente necessitado, no</p><p>caso de impossibilidade da Defensoria Pública no local da</p><p>prestação de serviço, tem direito aos honorários fixados</p><p>pelo juiz, segundo tabela organizada pelo Conselho</p><p>Seccional da OAB, e pagos pelo Estado.</p><p>Honorários de sucumbência: são aqueles devidos</p><p>pela parte vencida, sendo que, de acordo com o CPC/2015,</p><p>serão fixados entre o mínimo de 10% e o máximo de 20%</p><p>(art. 85, § 2º, do CPC/15). É nula qualquer disposição,</p><p>cláusula, regulamento ou convenção individual ou coletiva</p><p>que retire do advogado o direito ao recebimento dos</p><p>honorários de sucumbência (§ 3º do art. 24 do EAOAB).</p><p>Licensed to Evelyn de Oliveira - evelyng3@gmail.com</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>|</p><p>RE</p><p>SU</p><p>M</p><p>O</p><p>PA</p><p>RA</p><p>A</p><p>P</p><p>RO</p><p>VA</p><p>D</p><p>A</p><p>OA</p><p>B/</p><p>FG</p><p>V</p><p>ÉTICA PROFISSIONAL - RESUMO PARA A PROVA DA OAB/FGV</p><p>88</p><p>Honorários assistenciais: são os fixados em ações</p><p>coletivas para entidades de classe que atuam como</p><p>substitutos processuais, como os sindicatos. Importante:</p><p>I) possibilidade de cumulação entre honorários</p><p>assistenciais e honorários de sucumbência, o que muitas</p><p>vezes era vedado pela Justiça do trabalho em relação às</p><p>ações dos sindicatos e II) a possibilidade de a entidade</p><p>de classe firmar contrato de honorários advocatícios</p><p>diretamente com os beneficiários da ação coletiva</p><p>Renúncia - a Lei n. 14.365/2022 passou a dispor</p><p>que eventual renúncia aos honorários somente será</p><p>considerada após o protocolo da petição que revogue</p><p>os poderes que lhe foram outorgados ou que noticie</p><p>a renúncia a eles, e os honorários serão devidos</p><p>proporcionalmente ao trabalho realizado nos processos.</p><p>Bloqueio universal de bens - até 20% desse</p><p>patrimônio deve ser liberado para fins de recebimento de</p><p>honorários e reembolso de gastos com a defesa, salvo</p><p>Lei de Drogas e art. 243 da CF/88 (plantação psicotrópico</p><p>e trabalho escravo), conforme art. 24-A do EAOB (Lei n.</p><p>14.365/22)</p><p>Cláusula quota litis: aquela que estipula participação</p><p>do advogado sobre o ganho da demanda. Para ser válida,</p><p>os honorários devem ser necessariamente representados</p><p>por pecúnia e, quando acrescidos dos honorários da</p><p>sucumbência, não podem ser superiores às vantagens</p><p>advindas a favor do cliente.</p><p>Execução: pode ser promovida nos mesmos autos</p><p>da ação em que tenha atuado o advogado, se assim lhe</p><p>convier.</p><p>Prescrição: o prazo prescricional para que o</p><p>advogado ajuíze a ação de cobrança dos honorários</p><p>advocatícios é de 5 anos, contados: I - do vencimento do</p><p>contrato, se houver; II - do trânsito em julgado da decisão</p><p>que os fixar; III - da ultimação do serviço extrajudicial; IV -</p><p>da desistência ou transação; V - da renúncia ou revogação</p><p>do mandato.</p><p>Título de Crédito: o crédito por honorários advocatícios,</p><p>não autoriza o saque de duplicatas ou qualquer outro</p><p>título de crédito de natureza mercantil, podendo, apenas,</p><p>ser emitida fatura, quando o cliente assim pretender, com</p><p>fundamento no contrato de prestação de serviços, a qual,</p><p>porém, não poderá ser levada a protesto.</p><p>Compensação: permite-se a compensação de créditos,</p><p>pelo advogado, de importâncias devidas ao cliente, quando</p><p>o contrato de prestação de serviços a autorizar ou quando</p><p>houver autorização especial do cliente (art. 48, § 2º, do</p><p>CEDOAB).</p><p>Alteração Importante: a) a Lei nº 13.725/2018</p><p>revogou o art. 16 da Lei 5.584/1970, o que deixou claro</p><p>que os honorários advocatícios, nas ações sindicais,</p><p>devem ser revertidos para advogados habilitados na</p><p>ação e não em favor da entidade sindical; b) a mesma</p><p>lei acrescentou os §§ 6º e 7º ao art. 22 do EAOAB</p><p>estabelecendo: I) a possibilidade de cumulação entre</p><p>honorários assistenciais fixados com entidade de classe</p><p>e honorários de sucumbência, e II) a possibilidade de</p><p>a entidade de classe firmar contrato de honorários</p><p>advocatícios diretamente com os beneficiários da ação</p><p>coletiva.</p><p>Sistema de cartão de crédito: pode ser usado para</p><p>o recebimento de honorários, mediante credenciamento</p><p>junto a empresa operadora do ramo (art. 53 do CEDOAB).</p><p>10. INCOMPATIBILIDADE E</p><p>IMPEDIMENTO</p><p>Incompatibilidade: proibição total do exercício da</p><p>advocacia, mesmo em causa própria (salvo policiais e</p><p>militares)</p><p>Impedimento: restrição parcial para o exercício da</p><p>advocacia.</p><p>INCOMPATIBILIDADE</p><p>(ART. 28 DO EAOAB) IMPEDIMENTO</p><p>I - Chefe do Poder</p><p>Executivo e membros da</p><p>Mesa do Poder Legislativo e</p><p>seus substitutos legais</p><p>II - Membros de órgãos do</p><p>Poder Judiciário, do Ministério</p><p>Público, dos tribunais e</p><p>conselhos de contas, dos</p><p>juizados especiais, da justiça</p><p>de paz, juízes classistas, bem</p><p>como de todos os que exerçam</p><p>função de julgamento em</p><p>órgãos de deliberação coletiva</p><p>da administração pública</p><p>direta e indireta</p><p>III - Ocupantes de cargos ou</p><p>funções de direção em Órgãos</p><p>da Administração Pública</p><p>direta ou indireta, em suas</p><p>fundações e em suas empresas</p><p>controladas ou concessionárias</p><p>de serviço público</p><p>IV - ocupantes de cargos</p><p>ou funções vinculados direta</p><p>ou indiretamente a qualquer</p><p>órgão do Poder Judiciário</p><p>e os que exercem</p><p>serviços</p><p>notariais e de registro.</p><p>V - Ocupantes de cargos</p><p>ou funções vinculados direta</p><p>ou indiretamente a atividade</p><p>policial de qualquer natureza.</p><p>VI - Militares de qualquer</p><p>natureza, na ativa.</p><p>VII - Ocupantes de cargos</p><p>ou funções que tenham</p><p>competência de lançamento,</p><p>arrecadação ou fiscalização</p><p>de tributos e contribuições</p><p>parafiscais</p><p>VIII - Ocupantes de funções</p><p>de direção e gerência em</p><p>instituições financeiras,</p><p>inclusive privadas.</p><p>I - Os servidores da</p><p>administração direta,</p><p>indireta e fundacional,</p><p>contra a Fazenda Pública</p><p>que os remunere ou à</p><p>qual seja vinculada a</p><p>entidade empregadora.</p><p>II - Os membros</p><p>do Poder Legislativo,</p><p>em seus diferentes</p><p>níveis, contra ou a</p><p>favor das pessoas</p><p>jurídicas de direito</p><p>público, empresas</p><p>públicas, sociedades</p><p>de economia mista,</p><p>fundações públicas,</p><p>entidades paraestatais</p><p>ou empresas</p><p>concessionárias ou</p><p>permissionárias de</p><p>serviço público.</p><p>Licensed to Evelyn de Oliveira - evelyng3@gmail.com</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>|</p><p>RE</p><p>SU</p><p>M</p><p>O</p><p>PA</p><p>RA</p><p>A</p><p>P</p><p>RO</p><p>VA</p><p>D</p><p>A</p><p>OA</p><p>B/</p><p>FG</p><p>V</p><p>ÉTICA PROFISSIONAL - RESUMO PARA A PROVA DA OAB/FGV</p><p>99</p><p>Policiais e Militares (Lei n. 14.365/22) - apesar da</p><p>incompatibilidade, policiais e militares poderão advogar</p><p>em causa própria, estritamente para fins de defesa e</p><p>tutela de direitos pessoais, mas o interessado deverá ter</p><p>inscrição especial na OAB e pagar anuidade.</p><p>O advogado que atua impedido comete ato infracional</p><p>punível com censura (art. 34, I, o EAOAB), já o advogado</p><p>que mantém conduta incompatível com a advocacia</p><p>comete infração punível com suspensão (art. 34, XXV, do</p><p>EAOAB).</p><p>11. INFRAÇÕES E SANÇÕES DISCIPLINARES</p><p>CENSURA</p><p>Representa a reprovação oficial</p><p>da conduta do advogado, fazendo-</p><p>se constar nos seus assentamentos</p><p>a infração cometida, mas não se</p><p>permite a divulgação/publicidade da</p><p>censura. Quando houver circunstância</p><p>atenuante, poderá ser convertida em</p><p>advertência, por meio de um ofício</p><p>reservado ao advogado, sem registro</p><p>nos seus assentamentos.</p><p>SUSPENSÃO</p><p>Acarreta ao infrator a interdição</p><p>do exercício profissional, em todo</p><p>o território nacional, pelo prazo</p><p>de trinta dias a doze meses, ou</p><p>por tempo indeterminado até que</p><p>o advogado cumpra determinada</p><p>providência, como satisfação</p><p>integral da dívida (incisos XXI e XXIII</p><p>do art. 34) e nova habilitação (inciso</p><p>XXIV do art. 34).</p><p>EXCLUSÃO</p><p>Aplicada quando o advogado</p><p>cometer infração gravíssima ou</p><p>quando houver reiteração, por</p><p>três vezes, da pena de suspensão.</p><p>Representa a exclusão do advogado</p><p>dos quadros da OAB e somente será</p><p>aplicada se houver voto de 2/3 dos</p><p>membros do Conselho Seccional</p><p>Competente.</p><p>MULTA</p><p>A multa, variável entre o mínimo</p><p>correspondente ao valor de uma</p><p>anuidade e o máximo de seu décuplo,</p><p>é aplicável cumulativamente com a</p><p>censura ou suspensão, em havendo</p><p>circunstâncias agravantes (art. 39 do</p><p>EAOAB).</p><p>Hipóteses de aplicação:</p><p>Censura: cometer infrações mais leves, definidas</p><p>nos incisos I a XVI e XXIX do art. 34 do EAOAB, quando</p><p>houver violação a preceito do Código de Ética e Disciplina</p><p>ou quando houver violação a preceito do EAOAB, e para</p><p>a infração não se tenha estabelecido sanção mais grave.</p><p>I - exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo,</p><p>ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos não</p><p>inscritos, proibidos ou impedidos;</p><p>II - manter sociedade profissional fora das normas e</p><p>preceitos estabelecidos nesta lei;</p><p>III - valer-se de agenciador de causas, mediante</p><p>participação nos honorários a receber;</p><p>IV - angariar ou captar causas, com ou sem a</p><p>intervenção de terceiros;</p><p>V - assinar qualquer escrito destinado a processo</p><p>judicial ou para fim extrajudicial que não tenha feito, ou</p><p>em que não tenha colaborado;</p><p>VI - advogar contra literal disposição de lei,</p><p>presumindo-se a boa-fé quando fundamentado</p><p>na inconstitucionalidade, na injustiça da lei ou em</p><p>pronunciamento judicial anterior;</p><p>VII - violar, sem justa causa, sigilo profissional;</p><p>VIII - estabelecer entendimento com a parte adversa</p><p>sem autorização do cliente ou ciência do advogado</p><p>contrário;</p><p>IX - prejudicar, por culpa grave, interesse confiado ao</p><p>seu patrocínio;</p><p>X - acarretar, conscientemente, por ato próprio, a</p><p>anulação ou a nulidade do processo em que funcione;</p><p>XI - abandonar a causa sem justo motivo ou antes de</p><p>decorridos dez dias da comunicação da renúncia;</p><p>XII - recusar-se a prestar, sem justo motivo, assistência</p><p>jurídica, quando nomeado em virtude de impossibilidade</p><p>da Defensoria Pública: Desse modo, a recusa que</p><p>caracteriza a infração disciplinar é aquela feita sem justo</p><p>motivo quando não houver assistência da Defensoria</p><p>Pública;</p><p>XIII - fazer publicar na imprensa, desnecessária e</p><p>habitualmente, alegações forenses ou relativas a causas</p><p>pendentes;</p><p>XIV - deturpar o teor de dispositivo de lei, de citação</p><p>doutrinária ou de julgado, bem como de depoimentos,</p><p>documentos e alegações da parte contrária, para</p><p>confundir o adversário ou iludir o juiz da causa;</p><p>XV - fazer, em nome do constituinte, sem autorização</p><p>escrita deste, imputação a terceiro de fato definido como</p><p>crime;</p><p>XVI - deixar de cumprir, no prazo estabelecido,</p><p>determinação emanada do órgão ou de autoridade da</p><p>Ordem, em matéria da competência desta, depois de</p><p>regularmente notificado;</p><p>XXIX - praticar, o estagiário, ato excedente de sua</p><p>habilitação.</p><p>A censura pode ser convertida em advertência,</p><p>quando houver, entre outras, as seguintes circunstancias</p><p>atenuantes (art. 40 do EAOAB): I - falta cometida na defesa de</p><p>prerrogativa profissional; II - ausência de punição disciplinar</p><p>anterior; III - exercício assíduo e proficiente de mandato</p><p>ou cargo em qualquer órgão da OAB e IV - prestação de</p><p>relevantes serviços à advocacia ou à causa pública.</p><p>Licensed to Evelyn de Oliveira - evelyng3@gmail.com</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>|</p><p>RE</p><p>SU</p><p>M</p><p>O</p><p>PA</p><p>RA</p><p>A</p><p>P</p><p>RO</p><p>VA</p><p>D</p><p>A</p><p>OA</p><p>B/</p><p>FG</p><p>V</p><p>ÉTICA PROFISSIONAL - RESUMO PARA A PROVA DA OAB/FGV</p><p>1010</p><p>Suspensão: a sanção de suspensão é aplicável nos</p><p>casos de infrações mais graves definidas nos incisos</p><p>XVII a XXV do art. 34, ou quando houver reincidência da</p><p>prática de infração disciplinar.</p><p>XVII - prestar concurso a clientes ou a terceiros para</p><p>realização de ato contrário à lei ou destinado a fraudá-</p><p>la;</p><p>XVIII - solicitar ou receber de constituinte qualquer</p><p>importância para aplicação ilícita ou desonesta;</p><p>XIX - receber valores, da parte contrária ou de</p><p>terceiro, relacionados com o objeto do mandato, sem</p><p>expressa autorização do constituinte;</p><p>XX - locupletar-se, por qualquer forma, à custa</p><p>do cliente ou da parte adversa, por si ou interposta</p><p>pessoa;</p><p>XXI - recusar-se, injustificadamente, a prestar contas</p><p>ao cliente de quantias recebidas dele ou de terceiros</p><p>por conta dele;</p><p>XXII - reter, abusivamente, ou extraviar autos</p><p>recebidos com vista ou em confiança;</p><p>XXIII - deixar de pagar as contribuições, multas</p><p>e preços de serviços devidos à OAB, depois de</p><p>regularmente notificado a fazê-lo (Atenção: essa</p><p>previsão passou a ser considerada inconstitucional</p><p>pela STF desde abril de 2020 - RE 647885 -</p><p>repercussão geral) ;</p><p>XXIV - incidir em erros reiterados que evidenciem</p><p>inépcia profissional;</p><p>XXV - manter conduta incompatível com a advocacia;</p><p>Exclusão: é aplicável nos casos de infrações</p><p>gravíssimas, definidas nos incisos XXVI a XXVIII do art.</p><p>34 do EAOAB, ou no caso de aplicação, por três vezes,</p><p>de suspensão, não importando a infração cometida. O</p><p>advogado excluído terá sua inscrição cancela, podendo</p><p>voltar a advogar apenas se for reabilitado.</p><p>XXVI - fazer falsa prova de qualquer dos requisitos</p><p>para inscrição na OAB;</p><p>XXVII - tornar-se moralmente inidôneo para o exercício</p><p>da advocacia;</p><p>XXVIII - praticar crime infamante.</p><p>Observação: O advogado que efetuar colaboração</p><p>premiada contra cliente ou ex-cliente também</p><p>poderá ter pena de exclusão (Lei nº 14.365/2022).</p><p>Prescrição: de acordo com o art. 43 do EAOAB, a</p><p>pretensão à punibilidade (prescrição da pretensão</p><p>punitiva)</p><p>das infrações disciplinares prescreve em 5 (cinco) anos,</p><p>contados da data da constatação oficial do fato.</p><p>Interrupção: o § 2º do art. 43 do EAOAB, por sua</p><p>vez, estabelece que a prescrição será interrompida:</p><p>I - pela instauração de processo disciplinar ou pela</p><p>notificação válida feita diretamente ao representado e II</p><p>- pela decisão condenatória recorrível de qualquer órgão</p><p>julgador da OAB.</p><p>Prescrição Intercorrente: aplica-se a prescrição a</p><p>todo processo disciplinar paralisado por mais de três</p><p>anos, pendente de despacho ou julgamento (prescrição</p><p>intercorrente), devendo ser arquivado de ofício, ou a</p><p>requerimento da parte interessada, sem prejuízo de</p><p>serem apuradas as responsabilidades pela paralisação.</p><p>Reabilitação: de acordo com o artigo 41 do EAOAB, é</p><p>permitido ao que tenha sofrido qualquer sanção disciplinar</p><p>requerer, um ano após seu cumprimento, a reabilitação,</p><p>em face de provas efetivas de bom comportamento.</p><p>Entretanto, se a sanção disciplinar tiver resultado</p><p>da prática de crime, apenas após a reabilitação criminal</p><p>decretada pelo Poder Judiciário poderá ser pleitear a</p><p>reabilitação disciplinar na OAB. Nesse caso, não haverá</p><p>necessidade de outras provas de bom comportamento,</p><p>porque todas já foram apreciadas em sede judicial.</p><p>Revisão disciplinar: a revisão do processo disciplinar</p><p>é cabível quando houver erro de julgamento ou por</p><p>condenação baseada em falsa prova e pode ser pedida a</p><p>qualquer tempo, desde que haja o trânsito em julgado da</p><p>decisão condenatória.</p><p>Legitimidade: tem legitimidade para requerer a</p><p>revisão o advogado punido com a sanção disciplinar.</p><p>Competência: a competência para processar e</p><p>julgar o processo de revisão é do órgão de que emanou a</p><p>condenação final.</p><p>12. ORDEM DOS ADVOGADOS</p><p>DO BRASIL</p><p>Vejamos cada um dos órgãos da OAB:</p><p>1) CONSELHO FEDERAL</p><p>Composição: dotado de personalidade jurídica</p><p>própria, com sede na capital da República, é o órgão</p><p>supremo da OAB e é composto por: a) Um Presidente:</p><p>representa a OAB nacional e internacionalmente, em</p><p>juízo ou fora dele, devendo promover a administração</p><p>patrimonial e dar execução às suas decisões do Conselho;</p><p>b) Conselheiros Federais integrantes das delegações de</p><p>cada unidade: Cada Unidade da Federação (Conselho</p><p>Seccional) envia três conselheiros federais para compor o</p><p>Conselho Federal; c) Ex-presidentes: não possuem direito</p><p>a voto, mas apenas direito a voz nas sessões. Assegura-</p><p>se, como exceção, o direito de voto aos ex-presidentes</p><p>que exerceram mandato antes da vigência do EAOAB ou</p><p>que se encontravam em exercício naquela data.</p><p>Órgãos: o Conselho Federal é formado pelos</p><p>seguintes órgãos: Conselho Pleno, Órgão Especial do</p><p>Conselho Pleno, Primeira, Segunda e Terceira Câmaras,</p><p>Diretoria e Presidente. O voto em qualquer órgão</p><p>colegiado do Conselho Federal é tomado por delegação.</p><p>Principais atribuições: a) representar, em juízo</p><p>ou fora dele, os interesses coletivos ou individuais</p><p>dos advogados; b) representar, com exclusividade, os</p><p>advogados brasileiros nos órgãos e eventos internacionais</p><p>da advocacia; c) editar e alterar o Regulamento Geral,</p><p>o Código de Ética e Disciplina, e os Provimentos que</p><p>julgar necessários; d) intervir nos Conselhos Seccionais,</p><p>onde e quando constatar grave violação desta lei ou do</p><p>regulamento geral; e) elaborar as listas (listas sêxtuplas)</p><p>Licensed to Evelyn de Oliveira - evelyng3@gmail.com</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>|</p><p>RE</p><p>SU</p><p>M</p><p>O</p><p>PA</p><p>RA</p><p>A</p><p>P</p><p>RO</p><p>VA</p><p>D</p><p>A</p><p>OA</p><p>B/</p><p>FG</p><p>V</p><p>ÉTICA PROFISSIONAL - RESUMO PARA A PROVA DA OAB/FGV</p><p>1111</p><p>constitucionalmente previstas, vedada a inclusão de nome</p><p>de membro do próprio Conselho ou de outro órgão da OAB;</p><p>f) ajuizar ação direta de inconstitucionalidade de normas</p><p>legais e atos normativos, ação civil pública, mandado de</p><p>segurança coletivo, mandado de injunção e demais ações</p><p>cuja legitimação lhe seja outorgada por lei e g) criar de</p><p>novos Conselhos Seccionais por meio de resolução, h) -</p><p>fiscalizar, acompanhar e definir parâmetros e diretrizes</p><p>da relação jurídica mantida entre advogados e sociedades</p><p>de advogados ou entre escritório de advogados sócios</p><p>e advogado associado, inclusive no que se refere ao</p><p>cumprimento dos requisitos norteadores da associação</p><p>sem vínculo empregatício, o que pode ser delegado ao</p><p>Conselho Seccional (incluído pela Lei nº 14.365/2022),</p><p>i) - promover, por intermédio da Câmara de Mediação e</p><p>Arbitragem, a solução sobre questões atinentes à relação</p><p>entre advogados sócios ou associados e homologar, caso</p><p>necessário, quitações de honorários entre advogados e</p><p>sociedades de advogados, observado o disposto no inciso</p><p>XXXV do caput do art. 5º da Constituição Federal, o que</p><p>pode ser delegado ao Conselho Seccional (incluído pela Lei</p><p>nº 14.365/ 2022), j) analisar e decidir sobre a prestação</p><p>efetiva do serviço jurídico realizado pelo advogado,</p><p>sendo nulo, em qualquer esfera de responsabilização, o</p><p>ato praticado com violação da competência privativa do</p><p>Conselho Federal da OAB (§ §s 14 e 16 do art. 7º do EAOAB,</p><p>acrescidos pela Lei n. 14.365/22), k) analisar e decidir</p><p>sobre os honorários advocatícios dos serviços jurídicos</p><p>realizados pelo advogado, resguardado o sigilo (§ 15 do</p><p>art. 7º do EAOAB, acrescido pela Lei n. 14.365/22).</p><p>2) CONSELHOS SECCIONAIS</p><p>Os Conselhos Seccionais possuem personalidade</p><p>jurídica própria e têm jurisdição sobre os respectivos</p><p>territórios dos Estados-membros, do Distrito Federal</p><p>e dos Territórios. Para cada Estado e para o Distrito</p><p>Federal, portanto, há um Conselho Seccional.</p><p>Composição: o Conselho Seccional compõe-se</p><p>de conselheiros em número proporcional ao de seus</p><p>inscritos, segundo critérios estabelecidos no regulamento</p><p>geral: I – abaixo de 3.000 (três mil) inscritos, até 30 (trinta)</p><p>membros e II – a partir de 3.000 (três mil) inscritos, mais</p><p>um membro por grupo completo de 3.000 (três mil)</p><p>inscritos, até o total de 80 (oitenta) membros.</p><p>Direito à voz: quando presentes às sessões do</p><p>Conselho Seccional, o Presidente do Conselho Federal,</p><p>os Conselheiros Federais integrantes da respectiva</p><p>delegação, o Presidente da Caixa de Assistência dos</p><p>Advogados e os Presidentes das Subseções terão direito</p><p>a voz na sessão. Os ex-presidentes do Conselho Seccional</p><p>e o Presidente do Instituto dos Advogados local são</p><p>membros honorários e também possuem direito à voz.</p><p>Principais atribuições: a) criar as Subseções e a</p><p>Caixa de Assistência dos Advogados; b) julgar, em grau</p><p>de recurso, as questões decididas por seu Presidente,</p><p>por sua diretoria, pelo Tribunal de Ética e Disciplina,</p><p>pelas diretorias das Subseções e da Caixa de Assistência</p><p>dos Advogados; c) fixar a tabela de honorários, válida</p><p>para todo o território estadual; d) realizar o Exame de</p><p>Ordem; e) decidir os pedidos de inscrição nos quadros</p><p>de advogados e estagiários; d manter cadastro de seus</p><p>inscritos; * determinar, com exclusividade, critérios para</p><p>o traje dos advogados, no exercício profissional; f) definir</p><p>a composição e o funcionamento do Tribunal de Ética e</p><p>Disciplina, e escolher seus membros; g) eleger as listas</p><p>(listas sêxtuplas), constitucionalmente previstas, vedada a</p><p>inclusão de membros do próprio Conselho e de qualquer</p><p>órgão da OAB; h) intervir nas Subseções e na Caixa de</p><p>Assistência dos Advogados; i) ajuizar, após deliberação:</p><p>I) ação direta de inconstitucionalidade de leis ou atos</p><p>normativos estaduais e municipais, em face da Constituição</p><p>Estadual ou da Lei Orgânica do Distrito Federal; II)</p><p>ação civil pública, para defesa de interesses difusos</p><p>de caráter geral e coletivos e individuais homogêneos;</p><p>III) mandado de segurança coletivo, em defesa de seus</p><p>inscritos, independentemente de autorização pessoal</p><p>dos interessados; IV) mandado de injunção, em face</p><p>da Constituição Estadual ou da Lei Orgânica do Distrito</p><p>Federal.</p><p>3) SUBSEÇÕES</p><p>Não possuem personalidade jurídica própria. Podem</p><p>ser criadas pelo Conselho Seccional, que fixa a área</p><p>territorial e os seus limites de competência e autonomia.</p><p>A</p><p>área territorial da Subseção pode abranger um ou mais</p><p>municípios, ou parte de município, inclusive da capital do</p><p>Estado, contando com um mínimo de quinze advogados, nela</p><p>profissionalmente domiciliados (§ 2º do art. 60 do EAOAB).</p><p>Principais atribuições: a) representar a OAB perante</p><p>os poderes constituídos; b) instaurar e instruir processos</p><p>disciplinares, os quais, após instruídos, são remetidos</p><p>Tribunal de Ética e Disciplina para Julgamento; c) instruir</p><p>e emitir parecer sobre pedido de inscrição de advogado e</p><p>estagiário, para decisão do Conselho Seccional.</p><p>Conflitos de Competência: os conflitos de</p><p>competência entre subseções e entre estas e o Conselho</p><p>Seccional são por este decididos, com recurso voluntário</p><p>ao Conselho Federal (119 do RGEAOAB).</p><p>4) CAIXA DE ASSISTÊNCIA DOS ADVOGADOS</p><p>As Caixas de Assistência dos Advogados possuem</p><p>personalidade jurídica própria, adquirida com a</p><p>aprovação e registro de seu estatuto pelo respectivo</p><p>Conselho Seccional da OAB, e são criadas pelos Conselhos</p><p>Seccionais, quando estes contarem com mais de 1.500</p><p>(mil e quinhentos) inscritos, para prestarem assistência</p><p>aos inscritos no Conselho Seccional a que se vincule,</p><p>como serviços de livraria e farmácia, podendo ainda</p><p>promover seguridade complementar.</p><p>Eleições e mandatos</p><p>Eleição na segunda quinzena do mês de novembro, do</p><p>último ano do mandato, mediante cédula única e votação</p><p>direta dos advogados regularmente inscritos. O voto é</p><p>obrigatório para todos os advogados inscritos na OAB.</p><p>Para se canditar, o advogado deve ter 3 anos de advocacia</p><p>(Conselho e Subseções) e 5 anos nos demais cargos.</p><p>O mandato em qualquer órgão da OAB é de três</p><p>anos, podendo ser extinto automaticamente, antes</p><p>do seu término, quando: I - ocorrer qualquer hipótese</p><p>de cancelamento de inscrição ou de licenciamento</p><p>do profissional; II - o titular sofrer qualquer tipo de</p><p>condenação disciplinar; III - o titular faltar, sem motivo</p><p>justificado, a três reuniões ordinárias consecutivas de</p><p>cada órgão deliberativo do conselho ou da diretoria da</p><p>Subseção ou da Caixa de Assistência dos Advogados, não</p><p>podendo ser reconduzido no mesmo período de mandato.</p><p>Licensed to Evelyn de Oliveira - evelyng3@gmail.com</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>|</p><p>RE</p><p>SU</p><p>M</p><p>O</p><p>PA</p><p>RA</p><p>A</p><p>P</p><p>RO</p><p>VA</p><p>D</p><p>A</p><p>OA</p><p>B/</p><p>FG</p><p>V</p><p>ÉTICA PROFISSIONAL - RESUMO PARA A PROVA DA OAB/FGV</p><p>1212</p><p>Aquisição, oneração ou alienação de bens da OAB</p><p>Compete à Diretoria de cada órgão decidir pela</p><p>aquisição de qualquer bem (móvel ou imóvel) e dispor</p><p>sobre os bens móveis.</p><p>Já alienação ou a oneração de bens imóveis</p><p>depende de aprovação do Conselho Federal (maioria</p><p>das delegações) ou do Conselho Seccional (maioria dos</p><p>membros efetivos), conforme art. 48 do RGEAOAB.</p><p>13. PROCESSO NA OAB</p><p>Processo Disciplinar: para que as sanções</p><p>disciplinares sejam aplicadas ao advogado infrator, deve</p><p>ser instaurado prévio processo disciplinar, conforme a</p><p>seguir estudado.</p><p>Local de Tramitação do Processo Disciplinar: o poder</p><p>de punir disciplinarmente os inscritos na OAB compete</p><p>exclusivamente ao Conselho Seccional em cuja base</p><p>territorial tenha ocorrido a infração, salvo se a falta for</p><p>cometida perante o Conselho Federal (art. 70 do EAOAB).</p><p>A competência territorial, portanto, é do local onde</p><p>ocorreu a infração.</p><p>Instauração: o processo disciplinar pode ser</p><p>instaurado por representação, formulada ao Presidente</p><p>do Conselho Seccional ou ao Presidente da Subseção, por</p><p>escrito ou verbalmente, devendo, neste último caso, ser</p><p>reduzida a termo, ou de ofício, em função do conhecimento</p><p>do fato, quando obtido por meio de fonte idônea ou em</p><p>virtude de comunicação da autoridade competente.</p><p>Denúncia Anônima: o CEDOAB não admite a</p><p>instauração de processo disciplinar em razão de denúncia</p><p>anônima (§ 2º do art. 55). Portanto, a representação feita</p><p>sem a identificação do representante não será aceita.</p><p>Designação de Relator para Instrução do Processo:</p><p>Recebida a representação, o Presidente do Conselho</p><p>Seccional ou o da Subseção, quando esta dispuser</p><p>de Conselho, designa relator, por sorteio, um de seus</p><p>integrantes, para presidir a instrução processual (art. 58,</p><p>caput, do CED).</p><p>Competência: A instrução do processo ocorre</p><p>no Conselho Seccional ou na Subseção, quando esta</p><p>dispuser de Conselho. Após a instrução, o processo será</p><p>remetido ao Tribunal de Ética, que proferirá decisão.</p><p>Designação de Relator para Instrução do Processo:</p><p>recebida a representação, o Presidente do Conselho</p><p>Seccional ou o da Subseção, quando esta dispuser</p><p>de Conselho, designa relator, por sorteio, um de seus</p><p>integrantes, para presidir a instrução processual.</p><p>Análise de Admissibilidade: o relator, atendendo</p><p>aos critérios de admissibilidade, emitirá parecer</p><p>propondo a instauração de processo disciplinar ou o</p><p>arquivamento liminar da representação, no prazo de</p><p>30 (trinta) dias, sob pena de redistribuição do feito pelo</p><p>Presidente do Conselho Seccional ou da Subseção para</p><p>outro relator, observando-se o mesmo prazo, conforme</p><p>§ 3º do art. 58 do CEDOAB. Preenchidos os requisitos</p><p>de admissibilidade, compete ao relator do processo</p><p>disciplinar determinar a notificação dos interessados</p><p>para prestar esclarecimentos ou a do representado para</p><p>apresentar defesa prévia, no prazo de 15 (quinze) dias,</p><p>em qualquer caso (art. 59, caput, do CEDOAB).</p><p>Defesa Prévia: preenchidos os requisitos de</p><p>admissibilidade, compete ao relator do processo</p><p>disciplinar determinar a notificação dos interessados</p><p>para prestar esclarecimentos ou a do representado para</p><p>apresentar defesa prévia, no prazo de 15 (quinze) dias</p><p>(art. 59, caput, do CED).</p><p>Revelia: se o representado não apresentar defesa</p><p>prévia ele será considerado revel, mas o efeito da revelia</p><p>é a nomeação de defensor dativo, não havendo presunção</p><p>de veracidade dos fatos alegados na representação.</p><p>Indeferimento Liminar: se, após a defesa prévia,</p><p>o relator se manifestar pelo indeferimento liminar da</p><p>representação, este deve ser decidido pelo Presidente do</p><p>Conselho Seccional, para determinar seu arquivamento</p><p>(§ 2º do art. 73 do EAOAB).</p><p>Instrução: oferecida a defesa prévia, que deve ser</p><p>acompanhada dos documentos que possam instruí-la</p><p>e do rol de testemunhas, até o limite de 5 (cinco), será</p><p>proferido despacho saneador e, ressalvada a hipótese</p><p>de indeferimento liminar, será designada, se for o caso,</p><p>audiência para oitiva do representante, do representado</p><p>e das testemunhas (§ 3º do art. 59 do CED). O relator</p><p>pode determinar a realização de diligências que julgar</p><p>convenientes, cumprindo-lhe dar andamento ao processo,</p><p>de modo que este se desenvolva por impulso oficial (§ 5º</p><p>do art. 59 do CED).</p><p>Parecer liminar: concluída a instrução, o relator</p><p>profere parecer preliminar, a ser submetido ao Tribunal</p><p>de Ética e Disciplina, dando enquadramento legal aos fatos</p><p>imputados ao representado (§ 7º do art. 59 do CED). Abre-</p><p>se, em seguida, prazo comum de 15 (quinze) dias para</p><p>apresentação de razões finais (§ 8º do art. 59 do CED).</p><p>Tribunal de Ética e Disciplina: o processo é</p><p>encaminhado ao Tribunal de Ética e Disciplina (TED) e seu</p><p>Presidente designará novo relator para proferir o voto. O</p><p>TED órgão que pertence aos Conselhos Seccionais.</p><p>Julgamento: do julgamento do processo disciplinar</p><p>lavrar-se-á acórdão. A decisão condenatória irrecorrível</p><p>deve ser imediatamente comunicada ao Conselho</p><p>Seccional onde o representado tenha inscrição principal,</p><p>para constar dos respectivos assentamentos.</p><p>Sigilo: o processo disciplinar tramita em sigilo, até o</p><p>seu término, só tendo acesso às suas informações as partes,</p><p>seus defensores e a autoridade judiciária competente. Após</p><p>o julgamento, haverá publicidade da decisão</p><p>Competência do Conselho Federal: a representação</p><p>contra membros do Conselho Federal, Presidentes de</p><p>Conselhos Seccionais, membros Honorários Vitalícios</p><p>e detentores da Medalha Rui Barbosa será processada</p><p>e julgada pelo Conselho Federal, conforme § 5º do art.</p><p>58 do CED.</p><p>Competência exclusiva do Conselho Seccional:</p><p>a</p><p>representação contra dirigente de Subseção é processada</p><p>e julgada pelo Conselho Seccional (§ 6º do art. 58 do CED).</p><p>Termo de Ajustamento de Conduta (TAC): situações</p><p>que envolvam publicidade irregular (art. 47-A do CEDOAB)</p><p>e infrações sujeitas à censura (art. 58-A do CEDOAB),</p><p>Licensed to Evelyn de Oliveira - evelyng3@gmail.com</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>|</p><p>RE</p><p>SU</p><p>M</p><p>O</p><p>PA</p><p>RA</p><p>A</p><p>P</p><p>RO</p><p>VA</p><p>D</p><p>A</p><p>OA</p><p>B/</p><p>FG</p><p>V</p><p>ÉTICA PROFISSIONAL - RESUMO PARA A PROVA DA OAB/FGV</p><p>1313</p><p>desde que o fato não tenha gerado repercussão negativa</p><p>à advocacia. Provimento 200 do CFOAB: a) TAC não pode</p><p>ser firmado por advogado com condenação disciplinar</p><p>transitada em julgado, salvo o reabilitado, b) suspensão</p><p>do processo disciplinar por 3 anos e não fluência do prazo</p><p>prescricional, c) Se cumprido o TAC, processo disciplinar</p><p>é arquivado, se não for cumprido volta ao seu curso</p><p>normal.</p><p>Recursos: o EAOAB (arts. 75 e 76), partindo da</p><p>simplicidade processual, previu um único recurso geral</p><p>e inominado para provocar manifestação do Conselho</p><p>Federal ou do Conselho Seccional, conforme quadro</p><p>abaixo ilustrativo:</p><p>RECURSO PARA O</p><p>CONSELHO FEDERAL</p><p>(ART. 75)</p><p>RECURSO PARA O</p><p>CONSELHO SECCIONAL</p><p>(ART. 76)</p><p>Decisões definitivas</p><p>não unânimes proferidas</p><p>pelo Conselho Seccional.</p><p>Decisões unânimes do</p><p>Conselho Seccional que</p><p>contrariem o EAOAB, decisão</p><p>do Conselho Federal ou de</p><p>outro Conselho Seccional</p><p>e, ainda, o regulamento</p><p>geral, o Código de Ética e</p><p>Disciplina e os Provimentos.</p><p>Decisões proferidas</p><p>pelo Presidente do</p><p>Conselho Seccional.</p><p>Decisões proferidas</p><p>pelo Tribunal de Ética e</p><p>Disciplina.</p><p>Decisões proferidas pela</p><p>diretoria da Subseção ou</p><p>da Caixa de Assistência</p><p>dos Advogados.</p><p>Além do recurso inominado previsto no EAOAB,</p><p>há outros recursos específicos que também podem ser</p><p>citados, a saber: a) embargos de declaração e b) embargos</p><p>(o Presidente do Conselho Federal pode embargar as</p><p>decisões não unanimes proferidas pelo órgão).</p><p>Efeitos do recurso: de acordo com o art. 77 do EAOAB,</p><p>todos os recursos têm efeito suspensivo, exceto quando</p><p>tratarem de eleições (arts. 63 e seguintes), de suspensão</p><p>preventiva decidida pelo Tribunal de Ética e Disciplina, e</p><p>de cancelamento da inscrição obtida com falsa prova</p><p>Licensed to Evelyn de Oliveira - evelyng3@gmail.com</p>